revista sobed 2011 - edição nº 14

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Publicado pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva Edição n o 14 Julho-Setembro 2011 REVISTA SOBED ISSN 2179-7285 SBAD Programação disponível e inscrições abertas para o maior evento brasileiro da área COMISSÕES Acompanhe o trabalho de avaliação e creden- ciamento de Centros de Ensino e Treinamento ESPECIAL Endoscopia Gaúcha e aspectos da cidade que recebe a Semana Brasileira do Aparelho Digestivo SOBED trabalha pela estruturação e pelo fortalecimento da especialidade no País, em sintonia com diretrizes e tendências da Comissão Mista de Especialidades (CME) Endoscopia em DESENVOLVIMENTO

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Revista SOBED 2011 - Edição nº 14

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Page 1: Revista SOBED 2011 - Edição nº 14

Publicado pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva

Edição no 14

Julho-Setembro 2011

REVISTASOBEDISSN 2179-7285

SBADProgramação disponível e inscrições abertas para o maior evento brasileiro da área

comiSSõeSAcompanhe o trabalhode avaliação e creden-ciamento de Centros de Ensino e Treinamento

eSpeciAlEndoscopia Gaúcha easpectos da cidade querecebe a Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

SOBED trabalha pela estruturaçãoe pelo fortalecimento da especialidade

no País, em sintonia com diretrizese tendências da Comissão Mista

de Especialidades (CME)

Endoscopia emdEsEnvolvimEnto

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julho/setembro 2011revista sOBeD2

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julho/setembro 2011 revista sOBeD 3

índice Revista Sobed Edição 14

24

5 RadaR SOBedAcompanhe os programas, ações e eventos realiza-

dos pela Sociedade. Ainda, a agenda de eventos das

unidades estaduais e a organização da X SBAD

20 dnaCarlos Cappellanes, membro da

Comissão de Resgate da Especialidade

16 cOmiSSõeSComissão de Credenciamento de

Centros de Treinamento da SOBED

24 em açãOa importância da retomada da especialidade em discussão pelo presidente da sOBeD, sérgio Bizinelli e outros ex-dirigentes da sociedade

34 cOBeRtuRa5o Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva

40 amBMedicina suplementar

20 3630

12 in lOcOAs inscrições já estão abertas para a X SBAD

36 VOcêAventuras de motocicleta

50 teSte SeuS cOnhecimentOSPassatempo informativo com questões técnicas e

assuntos relacionados à especialidade

julho-setembro 2011

42 éticaO direito de não saber e a ética médica

44 pOR dentRONotícias sobre o aparelho digestivo, agenda de even-

tos nacionais e internacionais da área e a composi-

ção da diretoria nacional, comissões e estaduais

30 eSpecialReportagem sobre a cidade de Porto Alegre e um

panorama sobre a endoscopia gaúcha

Page 4: Revista SOBED 2011 - Edição nº 14

julho/setembro 2011revista sOBeD4

editORial Palavra do Presidente

ISSN 2179-7285

revista sOBeD é uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira

de Endoscopia Digestiva distribuída gratuitamente para médicos.

O conteúdo dos artigos é de inteira responsabilidade de seus autores

e não representa necessariamente a opinião da SOBED.

Jornalista responsável Roberto Souza (Mtb 11.408)

editor-chefe Fábio Berklian

editor Faoze Chibli

editores-assistentes Thiago Bento

Rodrigo Moraes

reportagem Marina Panham

Projeto editorial Fábio Berklian

Projeto Gráfico Luiz Fernando Almeida

Designers Leonardo Fial

Luiz Fernando Almeida Felipe Santiago

Foto de Capa Dreamstime

tiragem 3.000 exemplares

Rua Cayowaá, 228, Perdizes São Paulo - SP CEP: 05018-000

11 3875-5627 / 3875-6296 [email protected]

www.rspress.com.br

Estamos a menos de três meses do maior evento de endoscopia digestiva no País: a

Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD), que acontecerá entre os dias 19 e 24 de

novembro, em Porto Alegre (RS). Não perca a chance de fazer parte deste momento tão

importante. Esta é a primeira vez que a organização do evento e da programação científica

fica sob a responsabilidade da SOBED, em conjunto com a Federação Brasileira de Gastroen-

terologia (FBG) e com o Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD). Sabemos de nossa

imensa responsabilidade.

As inscrições estão abertas e, até o momento, a SOBED já oficializou os principais temas a

serem debatidos em mesas-redondas, conferências, oficinas, apresentações de vídeos livres

e pôsteres. Vários convidados internacionais já confirmaram presença. Uma programação

multidisciplinar especial faz parte do encontro. Também teremos várias programações de cur-

sos, pré, durante e pós-congresso, entre eles o Curso Teste seus Conhecimentos, Curso ao Vivo

de Endoscopia, com vários experts nacionais e internacionais, o Fórum de Estudos Estratégicos

em Endoscopia Digestiva; os cursos de Endoscopia Pediátrica, Ecoendoscopia, Hands On e de

Suporte Avançado de Vida em Endoscopia (SAVE).

Além da X SBAD, esta edição traz outro assunto de extrema importância para a nossa

categoria: a retomada da especialidade de endoscopia digestiva. Em 2003, a Comissão Mista

de Especialidades revogou a posição da endoscopia digestiva enquanto especialidade médica

e a colocou como área de atuação dentro da especialidade médica de endoscopia. Desde en-

tão, a SOBED vem lutando pela retomada a partir de uma Comissão instituída e ações que vão

desde credenciamento dos Centros de Treinamento até o registro de programas de Residên-

cia Médica. E a Sociedade já demonstrou que atualmente a endoscopia digestiva preenche

todos os requisitos exigidos para ser uma especialidade médica. A pujança da entidade em

termos administrativos, de infraestrutura e, principalmente, os aspectos técnicos e científicos

que envolvem os procedimentos diagnósticos e terapêuticos na endoscopia digestiva.

Confira também um panorama especial sobre a endoscopia gaúcha e o trabalho realizado

pela Comissão de Avaliação e Credenciamento de Centros de Ensino e Treinamento.

MOMentO úniCO

Boa leitura e nos vemos na SBAD!

Sérgio Bizinelli

Presidente Nacional da SOBED

Page 5: Revista SOBED 2011 - Edição nº 14

REVISTA SOBEDjulho/setembro 2011 5

RADAR sobeD sobed.org.br

Mensalmente, um novo módu-lo é inserido no programa SOBED em Casa 2011, o que contabiliza ao longo do ano aproximada-mente 20 horas de programação. O prazo para assistir cada mó-dulo é de seis meses. Estão dis-poníveis as principais palestras apresentadas durante a IX SBAD, realizada em Florianópolis (SC). Dentre os especialistas, estão os convidados internacionais, como Alberto Larghi, da Itália, Klaus Monkemuller, da Alemanha, e Shinya Kodashima (foto), do Ja-pão, além dos brasileiros Esteban Sadovski, Kleber Bianchetti de Faria, Luis Fernando Tullio e Wal-nei Fernandes Barbosa. Confira os principais temas dos módulos disponíveis até o momento:

Módulo 1: Diagnóstico e trata-mento das doenças do intestino médio e câncer colorretal; Módulo 2: Neoplasias gastro-duodenais: diagnóstico, tratamen-

to e seguimento, estado atual da endoscopia na cirurgia bariátrica e esôfago de Barrett;Módulo 3: Acessos enterais por endoscopia, lesões benignas das vias biliares e ESD x EMR nas le-sões neoplásticas do aparelho;Módulo 4: Doença intestinal in-flamatória e gastrites e atrofias gástricas;Módulo 5: Lesões subepiteliais e ‘Melhorando as técnicas de colo-noscopia’;Módulo 6: Obstruções malignas das vias biliares e tratamento en-doscópico das estenoses benignas do esôfago;Módulo 7: Neoplasias precoces co-lorretais: diagnóstico e tratamento endoscópico, e pólipos colorretais.

Cada um dos módulos equi-vale a um 1 ponto na CNA. Para mais informações sobre o conte-údo, valores e inscrição, acesse o site da SOBED e selecione a opção “SOBED em Casa 2011”.

SOBED em Casa

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REDE SOBEDEstão disponíveis no site da Sociedade

Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED)

os módulos de junho, julho e agosto do Rede

SOBED. As aulas de junho abordam divertí-

culo de Zenker, Hepaticolitíase, Hemorragia

digestiva baixa e esôfago de Barrett. Confira

no site da SOBED a programação dos meses

seguintes. Cada módulo oferece 1 ponto

perante a Comissão Nacional de Acredita-

ção (CNA). Todos os procedimentos foram

gravados durante o IV Curso Internacional

Interativo Ao Vivo de Endoscopia Digestiva

Diagnóstica e Terapêutica, realizado em

Florianópolis (SC) durante a IX SBAD. Para se

inscrever e saber mais sobre a programação,

acesse o site da SOBED.

DIpLOmA DE ESpEcIALISTACom a proposta de valorização dos endosco-

pistas associados, a SOBED desenvolveu para

seus titulares um diploma confeccionado em

pergaminho, que pode ser solicitado dire-

tamente pelo site da SOBED. O custo é de

R$195,00, a serem pagos por boleto bancário.

SOBED DIgITAL 2011Já está disponível o programa SOBED Digital

2011. São dois cursos selecionados e grava-

dos durante a IX SBAD em 2010, na cidade

de Florianópolis (SC). Os conteúdos são: III

Simpósio Internacional de Ecoendoscopia da

SOBED e o Curso de Endoscopia Pediátrica.

Ao todo, há cinco DVDs, com dezenas de

palestrantes nacionais e internacionais. Para

adquirir, basta acessar o site da SOBED, clicar

em SOBED Digital no menu ‘Espaço Científico’.

SELO DE ESpEcIALISTAComo forma de reconhecimento ao médico

especialista em endoscopia digestiva ou em

endoscopia associado à SOBED, a Sociedade

criou os Selos de Especialista e para Certifica-

ção, para referendar os laudos emitidos pelos

especialistas – ambos emitidos aos associados

da entidade adimplentes com as anuidades.

Confira no site como fazer para solicitá-los.

Page 6: Revista SOBED 2011 - Edição nº 14

REVISTA SOBED julho/setembro 2011

RADAR sobeD Notas

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OBED

A unidade Paulista da SOBED realiza a reunião dos Residentes, no anfiteatro do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, sempre na quarta segunda-feira do mês. O encontro tem a participação de residentes, assisten-tes e chefes de grupo, na discussão de casos clínicos. Ao longo do ano, são nove reu-niões divididas entre a Escola Paulista de Medicina, Hospital Ipiranga, Hospital 9 de Julho, Hospital da Beneficência Portugue-sa, Santa Casa de São Paulo, Hospital do Servidor Público Estadual, Hospital Sírio-Libanês, Hospital Universitário e Hospital das Clínicas da USP.

Além disso, quatro jornadas científicas são organizadas com o apoio da Comissão Científica nas cidades de Bauru, Sorocaba, São José do Rio Preto e Presidente Prudente. Em 2012, Taubaté, em março, e São Carlos, em junho, foram as escolhidas. De acordo com a presidente da SOBED-SP, Adriana Safatle-Ribeiro, a estadual vem ainda traba-lhando na organização da Semana Paulista do Aparelho Digestivo, a ser realizada em abril de 2012, em Campos do Jordão (SP), em conjunto com a Federação Paulista de Gastroenterologia e o Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva – Capítulo de São Paulo. As entidades estão representadas por Joa-quim Prado e Maria Aparecida Henry.

SOBED São PauloO Clube do Médico, na cidade de Itajaí (SC),

recebeu entre os dias 19 e 20 de agosto a XII Jornada de Gastroenterologia Clínica, Cirúrgica e Endoscopia. No mês de outubro, entre os dias 7 e 8, será a vez de São Bento do Sul, também em Santa Catarina, organizar o X Módulo de Atualização em Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva. O encontro acontecerá no Novotel. Informações sobre os eventos podem ser obti-das pelo telefone (48) 3231-0324 ou pelo email [email protected].

Santa Catarina

A cidade de Belo Horizonte (MG) receberá no Ouro Minas Palace Hotel o Gastrominas 2011, de 21 a 24 de setembro. O encontro é fruto de parceria entre a Sociedade de Gastroenterologia e Nutrição de Minas Gerais (SGNMG), a Socieda-de Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) Estadual Minas Gerais e a Sociedade Mineira de Coloproctologia (SMCP). Fique atento às novida-des sobre a programação científica, temas livres, convidados internacionais, valor das inscrições e expositores do encontro por meio do site www.gastrominas2011.com.br.

Gastrominas

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REVISTA SOBEDjulho/setembro 2011 7

Os 28 participantes do Cur-so Suporte Avançado de Vida em Endoscopia (SAVE), realiza-do em Goiânia (GO) em 12 de junho, tiveram aulas teóricas e práticas sobre sedação, reani-mação cardiorespiratória, vias áreas, situações clínicas e ética e responsabilidade. Para Samir Lisak, um dos coordenadores do curso juntamente com Guinter Giroldo Badessa e Leonardo Van-zato, a parte de legislação e as técnicas de sedação são dois dos temas que mais geram interesse

Suporte Avançado de Vida em Endoscopia

As reuniões científicas em endoscopia digestiva aconte-cem sempre nas últimas quar-tas-feiras do mês em conjunto com a Sociedade de Gastroen-terologia de Brasília. Entre os temas já discutidos este ano estão: hemocromatose; desin-fecção de equipamentos endos-cópicos; hepatite por vírus C; aspectos clínicos, endoscópicos e cirúrgicos do câncer gástrico; rastreamento de câncer colorre-tal – DALM e DDI e Acalasia –; tratamento clínico, cirúrgico e dilatação.

E nos dias 2 e 3 de setem-bro, acontece a 2ª Jornada de

Gastrenterologia e Endoscopia Digestiva do Distrito Federal. Os convidados são Walton Al-buquerque (MG), Renato Luz Carvalho (SP) e Gildo Furtado Barreira (CE). O encontro foi realizado na sede da associação médica local na cidade de Bra-sília (DF).

O Hospital Santa Helena, em Brasília (DF), recebeu nos dias 29 e 30 de abril a Oficina SOBED de Balão Intragástrico. Os nove profissionais inscritos tiveram a experiência prática de realizar dez procedimentos de colocação do balão intragástrico e a retira-da em outros três pacientes.

Atividades na capital federalO principal evento da SOBED-RJ em

2011 é o VI Congresso de Endoscopia Diges-tiva do Rio de Janeiro, que aconteceu nos dias 2 e 3 de setembro, no Rio de Janeiro (RJ). Os convidados foram: Claudio Rolim Amaro, Edivaldo Moreira Fraga, José Celso Ardengh e Vitor Nunes Arantes.

A agenda do segundo semestre inclui: ‘Esôfago de Barrett: análise do diagnósti-co, seguimento e terapêutica endoscópica’, sob a moderação do endoscopista Luiz Leite Luna (1/08); ‘Diagnóstico e conduta nas le-sões císticas e sólidas do pâncreas’ (3/09); ‘Tecnologias emergentes em endoscopia di-gestiva’ (7/11) e, por fim, a reunião ‘Otimi-zação do tratamento do sangramento diges-tivo agudo (alto, médio e baixo)’ encerra a programação em 5 de dezembro.

Programação fluminense

e dúvidas dos participantes. “Trata-se de uma oportuni-

dade para formação do médico em geral, especificamente do endoscopista, para conheci-mento, proteção legal e, prin-cipalmente, para que ele possa oferecer um serviço mais quali-ficado e melhor estruturado ao paciente.” Mais de 500 médicos já passaram pelo SAVE desde que o curso foi idealizado em 2003. Para este ano, já está de-finida sua realização durante a X SBAD, em Porto Alegre (RS).

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REVISTA SOBED julho/setembro 2011

RADAR sobeD Notas

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Foi realizada em São Paulo (SP), no dia 02 de setembro, a prova prática para obtenção do título de especialista em endoscopia e área de atuação em endoscopia digestiva. Foram 42 candidatos vindos dos estados do Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.

A avaliação foi feita no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e no Hospital Ipiranga e a banca exa-minadora foi composta pelos endoscopistas: Fá-bio Segal (presidente da Comissão de Título da SOBED), Flávio Ejima, Afonso Paredes, Marcos Clarêncio, Antonio Carlos C. Conrado, Gerônimo Franco, Paulo Campoli, Jimi Scarparo e Ricardo Anuar Dib. Os examinadores tiveram apoio da equipe do serviço de endoscopia de ambos os hospitais.

Prova prática de Título

Em outubro, a SOBED Estadual Bahia apoiará a III Jornada do Aparelho Digestivo do Sudoeste da Bahia, que ocorrerá de 6 a 8 de outubro, no Auditório do Centro Municipal de Atendimento Especializado (CEMAE) na cidade de Vitória da Conquista (BA).

Jornada nosudeste baiano

A SOBED–ES organizou, em conjunto com a So-ciedade de Gastroenterologia do Espírito Santo, a Jornada Capixaba do Aparelho Digestivo, entre os dias 25 e 27 de agosto, na cidade de Vitória (ES).

Jornada capixaba

Residência Médica no Hospital Ipiranga

Este ano, a SOBED passou a contar com mais um programa de Residência Médica (RM) em en-doscopia digestiva. Com a inclusão do Hospital Ipiranga – UGA II, em São Paulo (SP), coordenado pelo diretor de sede da SOBED Ricardo Dib, agora são 10 Centros de RM nos estados do Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro.

A Sociedade vem desempenhando um traba-lho de apoio desses serviços para ampliação do número de residências. Confira a lista dos 10 cen-tros existentes: Hospital Ipiranga - UGA II - São Paulo (SP); Hospital Geral de Fortaleza - Fortaleza (CE); Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - São José do Rio Preto (SP); Hospital Mili-tar de Minas Gerais - Belo Horizonte (MG); Hos-pital Sírio-Libanês - São Paulo (SP); Hospital Uni-versitário Gaffrée e Guinle - Rio de Janeiro (RJ); Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - São Paulo (SP); Hospital de Pedreira - São Paulo (SP); Hospital César Cals - Fortaleza (CE) e Hospital da Restauração - Recife (PE).

A SOBED tem

atualmente 10 Cen-

tros de Residência

Médica em endos-

copia digestiva

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REVISTA SOBEDjulho/setembro 2011 9

Na sequência da agenda programada pela SOBED-PR, acontecem em Londrina (PR), no dia 24 de setembro, as ati-vidades: “O papel da colonos-copia na HDB” e “HDA: Hemor-ragia digestiva obscura”. No dia 25, os trabalhos começam com uma sessão de vídeos. Os temas apresentados serão: “Lesões su-bepiteliais do TGI diagnóstico e conduta” e “Abordagem endos-cópica das neoplasias precoces do TGI – EMR x ESD”.

Eventos daSOBED-PR

Jardim Botânico de

Curitiba é um dos

principais pontos

turísticos da cidade

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REVISTA SOBED julho/setembro 2011

RADAR sobeD Notas

10

Aconteceu na cidade de Belém (PA), en-tre os dias 4 e 6 de setembro, o VI Congresso Paraense de Gastroenterologia (GASTROPA-RÁ). Além dos temas gerais da gastroentero-logia, o tradicional evento na região Norte do País apresenta aspectos relacionados a endoscopia digestiva, nutrição, gastrope-diatria e hepatologia. Realizado a cada dois anos, o Congresso Paraense se divide em conferências, mini-conferências, mesas-re-dondas e cursos de oncologia digestiva, nu-trição, cirurgia videolaparoscópica avançada e endoscopia digestiva.

Integram ainda a programação do evento a IV Jornada Paraense de Gastroenterologia Pediátrica e o II Simpósio Paraense de Nutri-ção. Associados da SOBED têm desconto nas inscrições para o Congresso.

A comissão de honorários médicos da SOBED-MT efetivou um acordo anual com o Grupo Uni-das. Para o presidente da Unidade, Roberto Barre-to, a negociação trouxe ganhos para a categoria. “Fortalecer as comissões de honorários dentro das estaduais foi uma das resoluções do Fórum de Ho-norários Médicos deste ano”, lembrou.

SOBED-MT negocia com operadoras

A SOBED-CE segue com as sessões integradas das residências médicas em endoscopia digesti-va. Os encontros acontecem na segunda semana de cada mês. Além disso, este ano, a Estadual organiza em conjunto com a Sociedade Cearense de Gastroenterologia a V Jornada de Gastroente-rologia do Cariri, entre os dias 7 e 8 de outubro, em Juazeiro do Norte (CE).

Ceará promoveintegração de residentes

Diferentemente do que foi publicado na Reportagem “Amplitude de ações” – página 11 – da Edição nº 14 da Revista SOBED, o Livro de Endoscopia Digestiva da SOBED possui quatro reedições após 1999. As edições posteriores a esta são de 2000, 2004, 2006 e 2010.

Na nota “Prova de Título em um clique” – página 3 – da edição do Jornal da SOBED do 5º Simpósio Internacional de Endosco-pia Digestiva, foi dito que esta era a primei-ra vez que a prova de TEE era feita de ma-neira interativa. Entretanto, antes disso, a primeira iniciativa nessa linha já havia sido feita pela SOBED em 1995 e 1997.

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revista sOBeD julho/setembro 2011

RADAR sobeD In loco

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X SBAD:inscrições abertas

Terra fértil com múltiplas expres-sões culturais, de variadas origens étnicas e religiosas, em Porto Alegre (RS) os contrastes e diferenças são acolhidos e bem-vindos. Ao longo de sua história, a cidade recebeu imi-grantes portugueses açorianos, ale-mães, italianos, espanhóis, africanos, poloneses, judeus e libaneses. Este cenário multicultural será palco do encontro com mais de 5 mil profissio-nais de todas as regiões do País e tam-

bém do exterior, na décima edição da Semana Brasileira do Aparelho Diges-tivo, a X SBAD, entre os dias 19 e 24 de novembro de 2011.

Esta é a primeira vez que a orga-nização do evento e da programação científica fica sob a responsabilidade da SOBED, em conjunto com a Fede-ração Brasileira de Gastroenterologia (FBG) e o Colégio Brasileiro de Cirur-gia Digestiva (CBCD). Ao endoscopis-ta interessado em antecipar sua ins-crição, no dia 30 de setembro ocorre o segundo vencimento para efetuá-la com desconto. A Taxa de Inscrição deverá ser paga na forma de boleto bancário. Logo após o preenchimento Fo

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Área livre do teatro

do SESI e parte do

complexo do Centro

de Eventos da

FIERGS

Os principais temas, os convidados in-ternacionais e a programação multidiscipli-nar da SOBED já estão confirmados para o maior evento da especialidade no País

Page 13: Revista SOBED 2011 - Edição nº 14

revista sOBeDjulho/setembro 2011 13

da ficha de inscrição, o interessado receberá instruções para efetuar o pa-gamento. Confira no box os valores.

As inscrições para apresentação de trabalhos científicos na forma de apresentação oral, pôster ou vídeo na X SBAD se encerraram no dia 16 de setembro. Fique atento às princi-pais novidades e atualizações sobre o encontro no site oficial da SBAD, www.sbad.org.br. Confira a lista dos principais temas sobre endosco-pia digestiva definidos:

• Câncer Colorretal;• Doença do Refluxo Gastroesofági-

co;• Doença Inflamatória Intestinal;• Endoscopia Bariátrica;• Endoscopia nas Doenças Pancreá-

ticas;• Gastrointestinal: Manejo Endoscó-

pico;• Endoscopia no Paciente Idoso;• ERCP;• Esofagites, Gastrites, Duodenites

e Colites;• Estenoses Benignas do Trato;• Fístulas no Trato Gastrointestinal:

Manejo Endoscópico;• Hemorragia Gastrointestinal;• Lesões Pré-neoplásicas do Trato

Gastrointestinal;• Novas Tecnologias;• Pólipos Colorretais;• Tumores Neuroendócrinos do Tra-

to Gastrointestinal.

Centro de Eventos FIERGSA SBAD acontece no Centro de

Eventos da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), localizado a 15 km, apro-ximadamente 15 minutos, do centro da cidade – e a 12 km do Aeroporto Internacional Salgado Filho. O Cen-tro de Eventos FIERGS possui uma área total de mais de 36 mil m² e

palavra DO presiDente

A cidade de Porto Alegre sediará entre

os dias 19 e 24 de novembro o maior

encontro do aparelho digestivo do País.

A SBAD deve reunir mais de cinco mil

pessoas no Centro de Eventos da FIER-

GS. A capital Gaúcha por si só, com seus

encantos e tradições, já teria ingredien-

tes suficientes para garantir um evento

único. Entretanto, além disso, a X SBAD traz novidades na or-

ganização do evento e da programação científica, pela primei-

ra vez, sob a responsabilidade da SOBED, em conjunto com a

Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) e o Colégio

Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD). Trata-se de uma opor-

tunidade e, também, uma responsabilidade grande, de mos-

trar a importância e a capacidade de a SOBED organizar tão

importante encontro.

Situada em um ponto estratégico na América do Sul, a cidade

de Porto Alegre é o centro geográfico das principais rotas do

Cone-Sul, com distâncias semelhantes tanto de Buenos Aires,

na Argentina e de Montevidéu, no Uruguai, quanto da capital

Paraguaia, Assunção. Para os congressistas que tiverem inte-

resse em conhecer mais sobre a região, além da própria POA,

quem chega as terras gaúchas tem que conhecer os princi-

pais atrativos turísticos das cidades das Serras Gaúchas como

Gramado, Canela, Bento Gonçalves e Caxias do Sul. Há uma

mistura de paisagens, gastronomia e cultura entre os diversos

encantos da região.

Além das conferências, palestras e mesas-redondas, a SOBED

confirmou uma programação especial de eventos durante a

SBAD. Entre eles, estão o VI Fórum de Estudos Estratégicos em

Endoscopia Digestiva; o Simpósio de Hemorragia Digestiva; os

Cursos Pré-Congresso de Endoscopia Pediátrica, Ecoendosco-

pia, hands on e de Suporte Avançado de Vida em Endoscopia

(SAVE). Os assuntos da Endoscopia Digestiva serão apresenta-

dos em 32 Oficinas, apresentações de Temas e Vídeos livres e

um Vídeo Fórum. Isso sem contar a caravana de especialistas

internacionais que chega à Porto Alegre Saiba mais sobre a

programação e os convidados confirmados para a X SBAD no

site www.sbad.org.br.

Espero que todos tenham um ótimo congresso. Nos vemos em

Porto Alegre.

Sérgio Bizinelli, presidente da SOBED e da X SBAD

Page 14: Revista SOBED 2011 - Edição nº 14

revista sOBeD julho/setembro 2011

RADAR sobeD In loco

14

conta com tecnologia em equi-pamentos para iluminação cê-nica, sonorização de ambientes e multimídia, além de internet banda larga, videoconferência e telefonia digital.

Prova de TítuloTambém no local, a SOBED

realizará no dia 20 de novem-bro a prova prática para obten-ção de Título de Especialista em Endoscopia e/ou Certificado de Área de Atuação em Endoscopia Digestiva. Confira os editais, va-lores, regimentos, regulamentos e faça sua inscrição para prova no site da SOBED. Fique atento, pois o prazo se encerra no dia 10 de outubro.

Programação especialAlém das conferências, pa-

lestras e mesas-redondas, a SOBED já confirmou uma pro-gramação especial de eventos durante a SBAD. Entre eles, estão o VI Fórum de Estudos

Estratégicos em Endoscopia Digestiva; o Simpósio de He-morragia Digestiva; o Curso In-ternacional Interativo Ao Vivo de Endoscopia Diagnóstica e Terapêutica e os Cursos Pré-Congresso de Endoscopia Pedi-átrica, Ecoendoscopia, Hands On, Learning Center, Guidelines em endoscopia bariátrica e o de Suporte Avançado de Vida em Endoscopia (SAVE). Além das apresentações de Temas e Víde-os livres e um Vídeo Fórum.

A SOBED anunciou a lista dos convidados internacionais para a X SBAD. Entre os espe-cialistas estão: Carlos Robles-Medranda (Equador), Daniel Cantero (Paraguai), Todd Ba-ron (Estados Unidos), Luis Carlos Sabbagh (Colômbia), Luis Ernesto Caro (Argentina), Ralf Jakobs (Alemanha), Mar-co Giovannini, Renée Lambert e Thierry Ponchon (França), Chisato Yokoi e Shinji Tanaka (Japão), Guido Costamagna (Itália) e Horácio Gutierrez Galiana (Uruguai).

taxas De insCriçãO

Médicos

Sócios SOBED,

FBG e CBCD

Médicos Não-

sócios SOBED,

FBG e CBCD

Estudantes de

Medicina

Residentes

em Medicina

Acompanhantes*

Categoria

R$ 560,00

R$ 800,00

R$ 275,00

R$ 275,00

R$ 150,00

até 30/09

R$ 600,00

R$ 850,00

R$ 300,00

R$ 300,00

R$ 175,00

após 30/09 e no loCal

* Acompanhantes têm direito a circular pela feira de

exposições, participar das atividades sociais do congresso

e da cerimônia de abertura, não tendo acesso,

entretanto, às salas científicas. Foto

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revista sOBeD julho/setembro 2011

RADAR sobeD Comissões

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Referência com chancela

Entre as atribuições da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), está a promoção e o desen-volvimento do ensino e pesquisa na área do conhecimento da endoscopia no sistema digestivo. Para cumprir esse dever estatutário, uma das princi-pais formas de atuação se dá pelo cre-denciamento de Centros de Ensino e Treinamento (CET), mediante o cum-

primento das normas técnicas estabe-lecidas pelo regulamento da Comissão de Avaliação e Credenciamento de Centros de Ensino e Treinamento.

Atualmente, são 13 os centros es-palhados pelos estados de Ceará, Mi-nas Gerais, Pernambuco e São Paulo. De acordo com o presidente desta Comissão, Edivaldo Fraga Moreira, a criação dos CET tem como objetivo buscar a uniformização dos padrões mínimos necessários para o processo de ensino e aprendizagem, visando à certificação de médico especialista em endoscopia digestiva, mediante avaliação promovida pela Comissão

Novos Centros de Ensino e Treinamentosão cadastrados pela SOBED, em trabalho

que uniformiza padrões de ensino eaprendizagem para certificação de especialistas

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revista sOBeDjulho/setembro 2011 17

de Título de Especialista da SOBED. “Nossa principal via de atuação

consiste em avaliar os serviços de en-doscopia digestiva candidatos ao cre-denciamento. Temos feito também reuniões periódicas presenciais e vir-tuais, com o objetivo de aprimorar as avaliações dos serviços de endoscopia, além de instituir um fórum online en-tre os 10 membros da comissão, para discutir e apontar questões relaciona-das ao regulamento do CET para futu-ras modificações”, explica Moreira.

Os critérios estabelecidos para credenciamento de um CET, a qua-lificação dos membros docentes, in-fraestrutura adequada, movimento assistencial e programa pedagógico exigido, já garantem que o discente tenha um local diferenciado para sua especialização.

Para o credenciamento dos cen-tros, a primeira fase consiste na aná-lise criteriosa da solicitação, obede-cendo aos itens do box a seguir. Após atender estes requisitos, a instituição postulante passa por uma segunda

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Edivaldo Fraga

Moreira, presidente

da Comissão de

Atualização e

Credenciamento da

SOBED

fase de visitas presenciais dos mem-bros da comissão ao serviço de en-doscopia digestiva. “Nesta etapa é emitido um parecer técnico de cre-denciamento, que serve como base para avaliação da diretoria da SOBED e, consequentemente, para emissão da chancela de Centro de Treinamen-to da SOBED.”

A validade da chancela concedi-da aos CETs é de um ano, e deve ser renovada mediante a apreciação de relatórios periódicos de desempenho dos discentes e da produção assisten-cial do CET - número de procedimen-tos diagnósticos e terapêuticos rea-lizados e relatórios sobre estrutura física e operacionalidade dos vídeo-endoscópios. O relatório da reavalia-ção oferece quatro possibilidades de resultado:

I - Manter o credenciamento do CET.

II - Manter o credenciamento do CET, com redução do número de vagas.

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RADAR sobeD Comissões

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Novos Centrosde Treinamento

A SOBED passa a contar com três novos CETs, nos estados de São Pau-lo e Minas Gerais. O Hospital Uni-versitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU/UFJF), em Juiz de Fora (MG), sob a responsabilida-de do endoscopista Lincoln Eduardo Villela Veiga C. Ferreira; o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Pau-lo (SP), sob a coordenação de Pedro Renato Chocair, Jefferson Gomes Fernandes e Paulo Sakai e o Centro de Doenças do Aparelho Digestivo – Gastrocentro – da Unicamp, chefia-do por José Olympio Meirelles dos Santos e coordenado por Cristiane Kibune Nagasako.

O presidente da Comissão de Centro de Treinamento, Edivaldo Fraga Moreira, lembra que no Hos-pital Alemão Oswaldo Cruz, antes do início da avaliação, os membros da diretoria do hospital e do serviço de endoscopia fizeram um breve e objetivo histórico sobre a institui-ção e o setor de endoscopia, além de uma visita às áreas relaciona-das à atividade da endoscopia. “Foi uma ação bastante útil. Talvez uma sugestão para as próximas avalia-ções de outros serviços candidatos aos CETs.”

Existem mais seis serviços candi-datos, alguns em avaliação do pedi-do de credenciamento e outros que ainda não formalizaram a solicita-ção. “A ideia é cumprir a avaliação dos centros tão logo as solicitações estejam de acordo com os critérios estabelecidos pelo regulamento dos centros de ensino e treinamento da SOBED.” Confira no site os requi-sitos de regimento e regulamento para efetivar a criação de um Centro de Treinamento com a chancela da SOBED e a lista completa dos 13 Centros credenciados.

rigOr necessáriO

Confira os itens obrigatórios analisados

na primeira fase da solicitação de cre-

denciamento dos CETs:

Nome do serviço;

Endereço postal físico e eletrônico;

Nome do hospital sede em que fica

o serviço de Endoscopia Digestiva;

Médico responsável;

Número de salas para realização

de procedimentos endoscópicos;

Número de vídeo-processadoras;

Número e tipos de tubos de inserção.

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III - Manter o credenciamento do CET após verificar a solução das questões apontadas pela Comis-são.

IV - Indicar o descredenciamento do CET.

Atualmente, a Comissão tem por meta reavaliar todos os centros já credenciados, além de atender às novas solicitações de creden-ciamento dos serviços candidatos a CET da SOBED. “Seguramente, essa tarefa de reavaliação irá exigir muito trabalho da comissão e será fundamental para a padronização de reavaliação de outros serviços”, ressalta o presidente da Comissão. De acordo com o regulamento do Centro de Ensino e Treinamento da SOBED, as vistorias presenciais de-vem ser feitas no prazo máximo de cinco anos, em qualquer intervalo. Mas os membros da comissão pre-tendem realizá-las na maioria dos CETs durante a gestão atual.

Centros de

treinamento passam

por uma criteriosa

análise para o

credenciamento

e revalidação

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DNA Carlos Alberto Cappellanes

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reconquista do

Por Marina PanhamColaborou Rodrigo Moraes

Presidente da comissão científica e editorial da soBed revelacenário de resgate da especialidade de endoscopia digestiva

credencial especialidade médica em endoscopia digestiva é um requisito obrigatório para ob-tenção de cargos em hospitais públicos e privados, clínicas,

concursos e, também, para o reconhecimento pela sociedade civil”, ressalta o presidente da Comissão Científica e Editorial da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), Carlos Alberto Cappellanes. Para isso, a SOBED tem lutado pelo reconhecimento da endoscopia digestiva como especialidade médica. Por meio de uma Comissão de Res-gate da Especialidade de Endoscopia Digesti-va, todas as gestões vêm lutando bravamente pela recuperação da especialidade.

Além do diálogo aberto com a Comissão Mista de Especialidades (CME), que delibera, em voto unânime obrigatório, se uma espe-cialidade é incluída, volta ou sai do quadro de especialidades médicas do País, a SOBED trabalha pelo credenciamento de novos Cen-tros de treinamento e programas de residên-cia médica em endoscopia digestiva.

Confira entrevista do ex-presidente e tam-bém membro da Comissão de Resgate da Espe-cialidade de Endoscopia Digestiva da SOBED.

a endoscopia digestiva foi reconhecida como especialidade médica pela resolução CFM Nº 1.362, de 11 de dezembro de 1992, e, pouco mais de 10 anos, em 2003, essa decisão foi alte-rada. Por quais razões ela perdeu essa posição?

A Associação Médica Brasileira (AMB), em 2003, reestruturou o quadro de espe-cialidades médicas no Brasil. Nessa rees-truturação, por iniciativa da AMB, a en-doscopia foi caracterizada como área de atuação da gastroenterologia. A impres-são que se tem é que essa reestruturação foi baseada em associações médicas de outros países e adaptada para a realidade brasileira.

Qual é o atual cenário da endoscopia digestiva em termos dos requisitos médicos para que ela seja uma especialidade?

Desde aquela época, no momento em que houve uma corrida da SOBED para que a situação da endoscopia digestiva como es-pecialidade médica fosse mantida, o que nos era informado é que a endoscopia di-gestiva não tinha programas de residência médica da especialidade, estando sempre atrelada a programas de residência médi-

prestígio“a

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ca em gastroenterologia clínica ou a es-tágios não ligados à SOBED, sendo que estes estágios eram descontinuados, com duração não estabelecida. Aqueles com duração estabelecida eram realizados em um período em que não era possível um aprendizado completo da especialidade, enquanto havia outros que faziam parte de programas de residência médica em ci-rurgia, etc. Um verdadeiro ‘futebol’.

De que forma as últimas gestões da sOBeD li-daram com a retomada da endoscopia digestiva como especialidade medida?

Todas as gestões vêm lutando bravamente pela recuperação da endoscopia digesti-va como especialidade médica. O início desse trabalho, que perdura até hoje, foi junto à AMB, pois essa entidade faz parte da Comissão Mista de Especialidades, da qual ainda fazem parte o Conselho Fede-ral de Medicina (CFM) e a Comissão Na-cional de Residência Médica (CNRM). É a Comissão Mista de Especialidades que delibera, em voto unânime obrigatório, se uma especialidade é incluída, volta ou sai do quadro de especialidades médicas do

País. Esse trabalho junto à AMB iniciou na gestão do professor Flavio Quilici (2002-2004). Foi nesse período que se conseguiu junto à AMB que saíssemos da condição de área de atuação da gastroenterologia e passássemos para especialidade en-doscopia. Foi uma grande vitória, pois a SOBED, a bem da verdade, é a detentora dessa especialidade que engloba várias atividades endoscópicas em várias outras especialidades médicas como ortopedia, ginecologia e cirurgia plástica. Contudo,

carlos alberto

cappellanes preside

a comissão científica

e editorial da soBed

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DNA Carlos Alberto Cappellanes

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isso nos causa um grande desconforto, pois atuamos no aparelho digestivo, por-tanto nossa luta é para que sejamos uma especialidade médica de endoscopia di-gestiva. Esse trabalho junto à AMB vem sendo realizado, sempre com anuência da assembleia geral da SOBED.

Quais os avanços conquistados no processo de retomada da especialidade nas últimas gestões?

Em 2008, o secretário geral da AMB e representante da AMB junto à Comissão Mista, Aldemir Soares, foi convidado para uma visita em nossa sede nacional, opor-tunidade em que pudemos novamente ex-por nossa determinação em recuperar nos-sa especialidade médica. Nessa reunião fomos aconselhados a não reivindicar na-

quele momento o retorno da especialida-de, pois a situação política, na época, não era propícia para que fossemos a Brasília (DF) apresentar para a Comissão Mista de Especialidades essa reivindicação. Soares aconselhou ainda que deveríamos incentivar a abertura de programas de re-sidência médica em endoscopia digestiva e regularizar os estágios em endoscopia digestiva.

existe uma Comissão de resgate da especia-lidade dentro da sOBeD. Quais ferramentas esta Comissão tem utilizado para alcançar seu objetivo?

Sim, existe essa comissão e os membros participantes sempre estão presentes em todas as reuniões que as entidades que compõem a Comissão Mista de Especiali-dades, ou ela própria, organizam, sempre em prol de uma atitude forte da SOBED, no que diz respeito a ensino, políticas mé-dicas, políticas de saúde.

O que representa para o profissional que atua nessa área não ter a especialidade reconhecida? De que forma isso interfere no dia a dia?

A credencial especialidade médica em en-doscopia digestiva é um requisito obriga-tório para obtenção de cargos em hospitais públicos, privados, clínicas, concursos e, também, para o reconhecimento pela so-ciedade civil. Assim, muitas vezes somos obrigados a explicar o porquê dessa situ-ação, inclusive algumas vezes solicitando à própria AMB um documento explicando que é a SOBED que cuida da especialida-de endoscopia no Brasil.

Como é tratada essa questão da especialidade nos centros mundiais de referência em termos de endoscopia digestiva, como Japão, europa e estados Unidos? É possível traçar um paralelo entre a situação brasileira e a de algum outro país?

Não há paralelo entre esses países e o Bra-sil. Na maior parte desses países a endos-copia digestiva é conduzida por gastroen-terologistas.

a credencial

especialidade médica em

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um requisito obrigatório

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em hospitais públicos,

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Saiba mais sobre a situaçãoda endoscopia enquantoespecialidade médica emreportagem nesta edição

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em ação Especialidade médica

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Em Resolução CFM nº1973, de 1º de agosto de 2011, a Comissão Mista de Especialidades (CME) preservou a SOBED, como sociedade que respondia pela especiali-dade de endoscopia digestiva – transformada em área de atuação –, o direito de conferir a certificação de área

de de atuação aos interessados. Essa posição já havia sido confirmada e em reunião da Comissão de Resgate da Especialidade de Endosco-pia Digestiva da SOBED com o secretário Geral da Associação Médi-ca Brasileira (AMB), Aldemir Soares. De acordo com o presidente da SOBED, Sérgio Bizinelli, a AMB deixou bem clara essa tendência de diminuir e estabilizar o número de especialidades médicas. “Entende-mos que este ainda não é o melhor momento para pleitear a retomada da endoscopia digestiva enquanto especialidade médica.”

Perguntado sobre a atual posição da SOBED, Bizinelli explica que, em função dessa nova resolução em vigor, que oferece à endoscopia digestiva a oportunidade de responder pela coordenação do Título de Especialista em Endoscopia, a questão a se definir agora é qual caminho a seguir. “Ou coordenamos a especialidade de endoscopia, englobando a responsabilidade de conceder o Título para as áreas de endoscopia peroral, colonoscopia, endoscopia ginecológica e endoscopia urológica, ou continuamos por essa linha de tentar colocar a endoscopia digestiva como especialidade médica, mesmo com a ciência de que a AMB pode recusar nosso pedido. Essa é a pergunta que fica no ar”, ressalta.

Comissão MistaAo longo da história da Medicina, e especialmente no século XX,

houve uma tendência para a progressiva fragmentação do conheci-mento médico em uma vasta gama de áreas. Atualmente, de acordo

ESPECiAliDADE EM

Desde 2002, o trabalho realizado pela categoria junto à Comissão Mistade Especialidade desenha um novo panorama da endoscopia digestiva

construção

Por Rodrigo Moraes

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em ação Especialidade médica

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É preciso estimular chefesde serviço para a criação de

programas de residênciaem endoscopia digestiva

e Centros de Treinamento

com a CME, criada em 2002 fruto de convênio firmado entre o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), são 53 especialidades médicas re-conhecidas, como a endoscopia e outras 53 áreas de atuação reconhecidas, entre elas a endoscopia digestiva.

Essa Comissão foi instituída com a finali-dade de reconhecer as Especialidades Médicas e as Áreas de Atuação. Ficou estabelecido tam-bém que outras especialidades e áreas de atu-ação médica poderiam vir a ser reconhecidas pelo CFM, mediante proposta da Comissão Mista de Especialidades. Assim, atendendo às solicitações de sociedades de especialidades, em conformidade com a deliberação da Co-missão Mista, anualmente é realizada a revi-são das especialidades médicas reconhecidas, bem como das áreas de atuação. Seguindo esse preceito, a Resolução do CFM nº 1.666/2003 revogou a posição da endoscopia digestiva enquanto especialidade médica e a colocou como área de atuação dentro da especialidade médica de endoscopia.

A definição de especialidade médica tem implicações no desenvolvimento científico; na formação, na regulamentação e no exercício profissional e no mercado de trabalho. Por fim, na promoção da saúde e bem-estar individual e coletivo. Em resposta a essas considerações e tomando como base os critérios estabelecidos, “a SOBED já demonstrou que a endoscopia di-gestiva preenche todos os requisitos exigidos para ser uma especialidade. Desde a pujança da entidade representante em termos administra-tivos, de infraestrutura e, principalmente, dos aspectos técnicos e científicos que envolvem os procedimentos diagnósticos e terapêuticos na endoscopia digestiva”, analisa o presidente da SOBED (2010-2012), Sérgio Bizinelli.

Além disso, ressalta o presidente da SO-BED, o Brasil vem exercendo uma liderança na América do Sul e estabelecendo um bom relacionamento com as grandes referências em endoscopia digestiva na Europa, nos Esta-dos Unidos e no Japão. “Também mantivemos a mesma linha de atuação de mais de três dé-cadas como Sociedade filiada à AMB”, com-pleta Artur Parada, ex-presidente da SOBED

1992

A endoscopia digestivaé reconhecida comoespecialidade médicapela Resolução do CFMnº 1.362, de 11 deDezembro de 1992.

1998

São entregues as primeiras fases dos estudos que tratam da endoscopia como especiali-dade médica, sendo afirmada posição contrária à extinção da especialidade.

2002

A Resolução CFM nº 1634/2002 cria a Comissão Mista de Especialidades, com objetivo de reconhecer critérios e deno-minações das Especialidades Médicas e as Áreas de Atuação. A Resolução revoga a posição da endoscopia digestiva como especialidade médica e a coloca como área de atuação dentro da especialidade de gastroenterologia.

Linha DO tempO

Saiba a trajetóriada endoscopia

digestivaenquanto

especialidademédica

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2003

A Resolução CFM nº 1.666/2003 aprova redação da Resolução nº 1.634/2002 que revoga a posição da endoscopia digestiva enquanto especialidade médica e a coloca como área de atuação dentro da especialidade de endoscopia, preservando à SOBED o direito à certificação de Área de Atuação.

2005

É feito requerimento à CME para retorno da endoscopia digestiva como especialidade. Em setembro, são aprovadas as primeiras Residências Médicas em endoscopia digestiva, na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP), no Hos-pital Geral de Fortaleza (CE) e no Hospital Sírio-Libanês (SP).

2008

A Resolução CFM nº 1845/08 aprova a inclusão da endoscopia digestiva como área de atuação da especia-lidade médica em cirurgia geral. Documento preserva à endoscopia digestiva o direito à certificação de área de atuação para as Sociedades que respondiam por especialida-des transformadas em áreas de atuação.

2011

A Resolução CFM nº 1.973/2011, de 1º de agosto de 2011, aprova a nova redação do Anexo II da Resolução CFM nº 1.845/08, que dispõe sobre a preservação à endoscopia digestiva o direito à certificação de área de atuação. A concessão do Título de Espe-cialista em Endoscopia fica a cargo do Concurso da SOBED.

(2006-2008). Para ele, o fato é que a endos-copia digestiva já nasceu com uma vocação terapêutica, “cresceu demais e, hoje, é, sem dúvida, uma grande especialidade conside-rando-se todos os critérios que caracterizam uma especialidade”.

Comissão de ResgateA SOBED criou uma Comissão de Resga-

te da Especialidade de Endoscopia Digestiva. Dela, fazem parte Sérgio Bizinelli, Carlos Al-berto Cappellanes, Artur Parada, Flávio Quili-ci, João Carlos Andreoli, Paulo Alves de Pinho e Flávio Ejima. Esse trabalho junto à AMB teve início na gestão do ex-presidente da SOBED Flavio Quilici (2002-2004). Foi nesse período que se conseguiu junto à AMB que a endos-copia digestiva saísse da condição de área de atuação da gastroenterologia e passasse para especialidade endoscopia. “Essa foi uma gran-de vitória, pois a SOBED, a bem da verdade, é a detentora dessa especialidade que engloba várias atividades endoscópicas em outras es-pecialidades médicas, como ortopedia, gine-cologia e cirurgia plástica”, aponta o presiden-te da Comissão Científica e ex-presidente da SOBED (2008-2010), Carlos Cappellanes.

Esse trabalho junto à AMB vem sendo re-alizado sempre com anuência da assembleia geral da SOBED. Em 2008, o secretário geral da AMB e representante da AMB junto à Co-missão Mista, Aldemir Soares, já havia sido convidado para uma visita na sede nacional da SOBED. Nessa reunião, fomos aconselhados a não reivindicar naquele momento o retorno da especialidade e que deveríamos incentivar

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em ação Especialidade médica

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a abertura de programas de residência médica em endoscopia digestiva e regularizar os está-gios em endoscopia digestiva.”

DesafiosEntre os deveres das Sociedades de espe-

cialidades ou de áreas de atuação reconhe-cidas, estão a comprovação de participação em centros de treinamento e na formação a partir de programas de residência médica – mediante relatório anual enviado à AMB. Na avaliação da SOBED, estes foram pontos cru-ciais na visão da AMB para a negativa de con-ceder à endoscopia digestiva o registro como especialidade médica.

“Estes desafios foram superados. Hoje a SOBED possui 13 Centros de Treinamento em Endoscopia Digestiva oficialmente chan-celados no Brasil e, aos poucos, estamos es-truturando melhor a questão das residências médicas”, explica Bizinelli. Ele pondera que a SOBED vem, gradualmente, consolidando sua posição frente à AMB e às demais entida-des de classe médica no País.

Para o presidente da Sociedade, ainda é preciso estimular os chefes de serviço de en-doscopia para que criem programas de resi-dência em endoscopia digestiva e os creden-ciem como Centros de Treinamento. De acordo com o ex-presidente Artur Parada, é sempre importante reafirmar a finalidade principal de

aperfeiçoar os conhecimentos dos endoscopis-tas, no sentido amplo e específico. Por isso, a SOBED “se consolida como uma sociedade ati-va, dinâmica e progressista”.

Em outra frente do trabalho, a SOBED con-ta com o apoio e o reconhecimento oficial de entidades como a Federação Brasileira de Gas-troenterologia (FBG) e o Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD). “É vital que tenha-mos esse apoio. inclusive, a proposta de união das entidades na organização da Semana Bra-sileira do Aparelho Digestivo (SBAD) tinha como um dos compromissos esse apoio pela retomada da especialidade”, ressalta Bizinelli

AtuaçãoAinda de acordo com Sérgio Bizinelli, o

profissional endoscopista também possui meios diversos de auxiliar nessa questão. Os mais experientes, que exercem cargos de di-reção em serviços de endoscopia, podem pro-curar a SOBED para credenciá-los como Cen-tros de Treinamento. E também os associados à SOBED que são atuantes contínuos, ou até os mais jovens que obtiveram o Título de Es-pecialista recentemente, podem contribuir dentro desse contexto. “Quanto mais pessoas estiverem remando nesse barco, mais próxi-mo do porto nós vamos chegar”, ilustra Bizi-nelli, sobre a importância da participação do endoscopista nesse trabalho.

cenáriO atuaL

TÍTULO DE ESPECIALISTA EM ENDOSCOPIAFormação: 2 anos

CNRM: Programa de Residência Médica em Endoscopia

AMB: Concurso da SOBED

Áreas de atuação: Endoscopia Digestiva, Endosco-

pia Respiratória

CERTIFICADO DE ÁREA DE ATUAÇÃOEM ENDOSCOPIA DIGESTIVAFormação: 1 ano

CNRM: Opcional em Programa de Residência

Médica em Endoscopia, Cirurgia do Aparelho

Digestivo, Gastroenterologia ou Coloproctologia

AMB: Concurso do Convênio AMB / SOBED

Requisitos: Título de Especialista AMB em Endos-

copia, Título de Especialista AMB em Cirurgia, do

Aparelho Digestivo, Título de Especialista AMB em

Gastroenterologia, Título de Especialista AMB em

Coloproctologia, Título de Especialista AMB em Ci-

rurgia Geral

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especial Endoscopia gaúcha

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BRASILIDADE

Desfrute do melhor lazer, gastronomia

e cultura na capital gaúcha, com suas

influênciasmarcantes e sua

sofisticaçãoacolhedora

Fundada por missionários portugueses no século XVI, a cidade acolheu imigrantes italia-nos, alemães, espanhóis, poloneses e libaneses nos últimos 100 anos, que contribuíram para a formação cultural de seu povo. Para aqueles que adoram visitar museus e centros culturais durante suas viagens, a capital oferece vasta gama de atrativos. Entre eles, a Fundação Iberê Camargo, instituição com acervo permanente do célebre artista plástico brasileiro. A própria edificação é um marco arquitetônico da cidade.

Outro ponto de encontro cultural é o Mu-seu de Arte do Rio Grande do Sul, que reúne 2,7 mil obras, sobretudo de artistas gaúchos do século XX, sendo considerado um dos

Começou a contagem regressiva para a aber-tura da décima Semana Brasileira do Apare-lho Digestivo (X SBAD). Este ano, o principal evento do calendário da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) será rea-lizado em Porto Alegre (RS), de 19 a 24 de novembro, e reunirá aproximadamente 5 mil médicos especialistas. Além da programação repleta de novidades nas áreas científica, de cursos e de palestras, que contarão com a presença de convidados estrangeiros, a SBAD tem como atrativo a própria capital gaúcha, considerada por alguns um “pedaço da Euro-pa no Brasil”, graças à sua qualidade de vida, às suas tradições e ao clima da região.

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julho/setembro 2011 revista sOBeD 31

principais acervos do País. Lá o visitante pode adquirir charmosos suvenires e livros de arte exclusivos na loja do museu, ou desfrutar do delicioso cardápio do bistrô que traz ótimas opções da culinária italiana.

Em homenagem a um dos seus maiores expoentes da literatura, Porto Alegre dispõe ainda da Casa de Cultura Mario Quintana, er-guida no antigo Hotel Majestic, onde o poeta morou durante anos. No local são mantidos pertences do escritor em um quarto recons-truído, que revelam um pouco de sua per-sonalidade. O núcleo mantém programação cultural permanente com apresentações de música, teatro, cinema e exposições.

Boa mesaPorto Alegre também oferece excelentes

opções gastronômicas para seus visitantes. Para os que desejam experimentar um típico churrasco gaúcho, boa pedida é o restaurante Barranco, uma das casas de carnes mais ba-daladas da capital. Com mesas a céu aberto, a churrascaria não tem o sistema de rodízio, mas oferece diversos cortes de carne no espe-to, entre eles o cordeiro desossado, a picanha e o lombinho de porco com queijo, e mais de 200 opções na carta de vinhos.

Especializado na autêntica culinária argen-tina, o restaurante La Pampa dispõe de sele-cionados cortes de carnes de gado Angus e

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especial Endoscopia gaúcha

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pratos que surpreendem o paladar, assinados pelo chef Ricardo Sabbado – graduado na re-nomada escola gastronômica Le Cordon Bleu. Aos amantes da cozinha italiana, é recomen-dado fazer reserva no Atelier das Massas, con-siderado o melhor da cidade nesta culinária. O cardápio da casa detém por volta de cem opções de antepastos e deliciosos pratos de massas bem servidos e caprichados, como o agnollini aos quatro queijos e os tortellonis.

Para quem não conhece, Porto Alegre tem também um dos melhores restaurantes polone-ses do País: o Polska. O local funciona na casa da família proprietária e serve três tipos de so-pas, pães, patês e pratos típicos, como pierogi (pastel cozido recheado com ricota ou cogume-lo), panqueca de batata recheada com goulash e filé com molho de vinho branco, cogumelos, pepino e bacon. Boa mesa e animação são os atrativos do Chairs Resto Lounge, um dinning club com pista de dança e restaurante.

ComprasQuem quer encontrar as melhores gri-

fes e ateliês de alta costura deve dar uma passadinha no bairro Moinhos de Vento, um

dos mais chiques da capital gaúcha. As lojas dividem espaço com galerias de arte, livra-rias, floricultura, importadoras e confeita-rias, em agradáveis ruas arborizadas. Porto Alegre dispõe também de diversos centros de compras. O mais antigo deles é o Shop-ping Center Iguatemi, inaugurado em 1983. Outro importante endereço é o Praia de Be-las Shopping Center, localizado próximo à margem do Rio Guaíba. Direcionado ao pú-blico de alto poder aquisitivo, há ainda o Moinhos Shopping.

Endoscopia gaúcha valorizadaA endoscopia digestiva no estado do Rio

Grande do Sul vem atravessando um momen-to muito positivo. É o que garante o médico especialista Julio Carlos Pereira Lima, presi-dente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva do Rio Grande do Sul (SOBED/RS). De acordo com Lima, na rede de saúde privada do estado, tanto no interior quanto na capital, estão disponíveis todas as tecno-logias de ponta do ramo da endoscopia. “Os modernos equipamentos, como cápsulas en-doscópicas, enteroscopia, endoscopia biliar

1

1. Modo de preparo do

churrasco tipicamente

gaúcho

2. Paço municipal de

Porto Alegre, sede oficial

da Prefeitura da cidade

3. Presidente da

SOBED-RS, Júlio Carlos

Pereira Lima, fala

durante o 5º Simpósio

Internacional de

Endoscopia Digestiva

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julho/setembro 2011 revista sOBeD 33

terapêutica e ecoendoscopia já fazem parte da nossa realidade há três anos”, afirma.

Além disso, o presidente da SOBED do Rio Grande do Sul destaca que o segmento médi-co obteve grandes conquistas no último biê-nio. “Depois de muito empenho, conseguimos reajustar as tabelas de remuneração do setor da endoscopia da Unimed e do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPERS). Atualmente, nosso estado detém os valores mais altos de honorários médicos na área da endoscopia do País”, celebra Lima.

Segundo ele, excluindo as taxas da sala, dos equipamentos e do material, em média, os honorários médicos desembolsados pela Unimed são de R$ 150, enquanto os do IPERS somam R$ 70. “Aproximadamente 70% dos usuários de planos de saúde no Rio Grande do Sul são atendidos pela Unimed. Já o IPERS, que dá cobertura aos servidores públicos esta-duais, soma um milhão de usuários”, explica.

Entre os eventos científicos organizados pela SOBED/RS no segundo semestre deste ano, em 12 de agosto, foi realizado o encon-tro ‘Churrasco e Endoscopia’, na cidade de Rio Grande, com a apresentação do convida-do Djalma Ernesto Coelho Neto, do Rio de

tOme nOta

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Janeiro. E, antes da SBAD, a unidade Gaúcha organiza o Simpósio de Gastroenterologia de Bagé, em parceria com a Sociedade Gaúcha de Gastroenterologia (SGG), entre os dias 30 de setembro e 01 de outubro de 2011.

Lima relembra que, durante 11 anos, os valores médios dos honorários médicos pagos pelo IPERS estavam fixados em R$ 50. “Fo-ram dois anos de negociações até chegarmos a um entendimento. Mas, no final, consegui-mos atingir um montante mais satisfatório”, diz. O presidente da SOBED/RS também considera um gran-de êxito a vitória da candidatura de Porto Alegre (RS) para se-diar a décima edição da Semana Brasileira do Aparelho Digesti-vo (X SBAD). Há 17 anos, a capital gaú-cha não sediava o evento, considerado o mais importante do segmento médico da endoscopia.

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cobertura Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva

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Número expressivo de congressistas, palestrantes de nível internacional, temas e debates qualificados: com estes elementos, o 5º Simpósio Internacional de Endoscopia Di-

gestiva se consolida como evento de crescen-te importância na agenda anual da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED). Entre os dias 10 e 11 de junho, 290 participan-tes estiveram em Goiânia (GO) para debater e trocar experiências em relação aos mais impor-tantes temas da endoscopia digestiva atual.

De acordo com o presidente da SOBED, Sérgio Bizinelli realizar o encontro no Cen-tro-Oeste brasileiro era o próximo passo a ser dado. “Goiânia foi a cidade selecionada e, neste momento, a escolha não poderia ter sido melhor, tanto pela acolhedora cidade quanto pela grande adesão por parte dos en-doscopistas: em relação ao simpósio anterior, o número de participantes aumentou signifi-cativamente.”

Em seu discurso de abertura, Bizinelli agradeceu a presença de todos, especialmen-te dos profissionais da região Centro-Oeste, e lembrou a iniciativa do ex-presidente da Sociedade, Artur Parada, idealizador do Sim-pósio em 2007. O presidente da SOBED men-cionou a Diretoria Executiva pelo trabalho realizado e o presidente da Comissão Cien-

tífica, Carlos Cappellanes, pela coordenação do programa. Por fim, reconheceu o apoio do presidente da SOBED-Goiás, Marcus Vinicius da Silva Ney, desde a definição da capital goiana como sede para o Simpósio.

Alguns dos temas abordados durante o Simpósio foram tumores, hemorragia diges-tiva baixa, desinfecção em endoscopia, diag-nóstico e tratamento das neoplasias malignas avançadas do aparelho digestivo, megaesôfa-go, e esofagite eosinofílica. No programa, foi privilegiado o que há de mais recente em ter-mos terapêuticos, sem esquecer o diagnóstico endoscópico. “O sucesso do Simpósio Inter-nacional se dá por concentrar assuntos tanto para profissionais jovens quanto para os mais experientes”, disse, na ocasião, o presiden-te da Comissão Científica da SOBED, Carlos Cappellanes.

Sérgio Bizinelli completou ao afirmar que “a grade foi bem definida”. Ele reconheceu a escassez de tempo, pois “é claro que em dois dias de trabalho não se consegue abordar de forma profunda tantos assuntos importantes para a especialidade”. Mas afirmou ser “de suma importância” a possibilidade de “rever temas significantes para o cotidiano do en-doscopista, abordar novas técnicas e promo-ver a troca de informações e experiências”.

Entre os convidados internacionais, Ho-

Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva da SOBED tem ganhado projeção nacional com presença em regiões diversas

expansãoEncontro Em

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julho/setembro 2011 revista sOBeD 35

Quantidade de

participantes do

5º Simpósio superou

os números da

edição anterior

rácio Gutierrez Galiana, do Uruguai, não pôde comparecer em função das cinzas do complexo vulcânico chileno Puyehue-Cordón Caulle, que fechou aeroportos no continente durante a semana. Já o especialista francês Claude Liguory, importante nome da endos-copia mundial, esteve presente no encontro. O “professor” Liguory, como é chamado pelos colegas, foi responsável, em 1972, por reali-zar o primeiro procedimento endoscópico de vias biliares das Américas, em Niterói (RJ).

PlanejamentoPara a 6ª edição do Simpósio, a expectati-

va é de incrementar diferentes cursos e vídeos interativos. O presidente da SOBED informou que 10 cidades haviam se candidatado para sediar o encontro em 2012. De acordo com Bizinelli, a expectativa da diretoria era definir o local até o mês de agosto. Acompanhe as co-municações oficiais da SOBED e saiba qual foi a cidade escolhida para receber o 6º Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva.

Interesse regionalDe acordo com o presidente da SOBED

Estadual Goiás, Marcus Vinicius da Silva Ney, Goiânia (GO) não recebia um encontro de grande porte da área de gastroenterologia ha-via 15 anos, desde o 10º Congresso Brasileiro de Endoscopia Digestiva (CBED), em 1996. “A endoscopia goiana precisava deste estímu-lo”, considera Ney. Nesse período, as ações de reciclagem e atualização profissional ficaram restritas aos acontecimentos regionais orga-nizados em parceria com a SOBED e a Fede-ração Goiana de Gastroenterologia. Entre os desafios atuais está o aumento do número de sócios. “Na região metropolitana de Goiânia, são aproximadamente 100 endoscopistas, 40 associados. Creio que a vinda do Simpósio possa até triplicar o número de interessados em se associar à SOBED.”

Prova de Título em um cliqueNo dia 10 de junho, candidatos à prova Fo

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ED

teórica para obtenção do Título de Especia-lista em Endoscopia / Certificado de Área de Atuação em Endoscopia Digestiva tiveram oportunidade de fazer uma prova interativa. A iniciativa partiu do presidente da Comissão de Título de Especialista e sua Atualização, Fábio Segal. Os 89 inscritos responderam a 70% das questões a partir de um sistema que utiliza controle remoto para escolha e confir-mação das respostas.

Para o 1º Secretário da SOBED, Jimi Scarparo, o objetivo agora é fazer com que a próxima prova teórica, a ser realizada na X SBAD, seja 100% interativa. Do total de candidatos, 46 foram aprovados para a prova prática, índice de 49%. (RM)

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36

gos saiu da cidade de São Paulo (SP) rumo a Florianópolis (SC), passando pela estrada SC–438, também conhecida como estrada da Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina. Se-gundo informações da assessoria de imprensa do Departamento Estadual de Infraestrutura de Santa Catarina (DEINFRA-SC), são 23 qui-lômetros entre a cidade de Lauro Müller – a última antes do começo da serra – até o ponto mais alto do local. Dessa distância, 12 quilô-metros cortam a cadeia montanhosa.

A viagem começou às 4h30 do dia 23 de junho. Scarparo e mais três motociclistas saíram da capital de São Paulo pela Rodo-via Castello Branco (SP-280), passando pela cidade de Tatuí (SP), para dali alcançarem

Quando protagonizaram em 1969 o filme “Sem Destino” (Easy Rider), Peter Fonda e Dennis Hopper, res-pectivamente produtor e diretor da película, talvez não imaginas-

sem que popularizariam um ideal das viagens sobre duas rodas. A história trata de dois mo-tociclistas que viajam em busca da liberdade, cruzando belos cenários em dias ensolarados, pelas regiões Sul e Sudoeste dos Estados Uni-dos. Mudam os tempos, mudam as paisagens, mas o fascínio das duas rodas não esmorece. Pelo contrário, angaria entusiastas.

Um deles é o 1º secretário da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), Jimi Scarparo, que junto com quatro ami-

sulRUmo ao

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Ponta Grossa (PR). “Foram 200 quilômetros a mais do que se tivéssemos ‘descido’ pela Ré-gis Bittencourt (BR-116). Mas optamos por um caminho mais ‘reto’ e com poucos cami-nhões”, explica o 1º secretário da SOBED.

O quinto integrante do grupo se juntaria aos motociclistas em um trecho mais avan-çado da viagem: um norte-americano idea-lizador do passeio e conhecedor do destino final e de parte da estrada. “Eram vários tipos de motos diferentes: tinha Harley-Davidson, esportiva e trail, como a minha, uma BMW F800GS.” O modelo é indicado para estradas asfaltadas, de terra e trilhas leves. O grau de experiência dos pilotos também era diversifi-cado. Um deles estava começando a pilotar

motos e por isso ia mais devagar acompanha-do por outro motociclista – seu irmão.

Próximo à cidade de Santa Cecília (SC), Scarparo decidiu acelerar, seguido por um dos amigos, e se distanciou dos dois irmãos que vinham na retaguarda. Na cidade, os dois adiantados resolveram parar no acostamento e esperar pelos outros integrantes do grupo. “Ficamos lá e nada de eles aparecerem. Foram 10 minutos e não os víamos. Nesse espaço de tempo anda-se muito de moto. Não tinha por onde eles passarem, senão na nossa frente.” Como os transeuntes que passavam por ali olhavam demais – e de maneira estranha – para as motos, os pilotos optaram por ir até um posto de gasolina na beira da estrada.

Scarparo aprendeu a pilotar ainda adolescente.

Vivendo a 13 anos na capital paulista, só come-

çou a sair de moto em 2008. “Não sabia como

seria, então comprei uma pequena.” A opção foi

um scooter Burgman de 125 cilindradas, da mar-

ca japonesa Suzuki. Acostumado ao trânsito da

cidade, trocou o pequeno veículo por algo maior:

uma Harley-Davidson, modelo Fat Boy, mundial-

mente famoso ao ser pilotado pelo ator e ex-

governador da Califórnia (EUA), Arnold Schwar-

zenegger, no filme “Exterminador do Futuro 2”.

A cor, inclusive, era semelhante: preta. A compra

da alemã BMW só aconteceu graças a uma cam-

panha de amigos do 1º secretário da SOBED. “Eles

viviam dizendo que era a melhor escolha para

meu estilo de viagem.”

motivado por amigos,o 1º secretário da

SoBED, o paranaense Jimi Scarparo, embarcou em uma viagem de moto

entre São Paulo (SP)e Florianópolis (SC)

O cOmeçO

Por Thiago Bento

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julho/setembro 2011revista sOBeD

você Hobby

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MistérioScarparo lembra que ambos abasteceram

as motos, esperaram mais um pouco e nada dos amigos. “O frentista, que ouvia nossa conversa, se aproximou e disse que, havia um ano, seu pai morrera de moto naquela estrada, depois de atropelar um bêbado que atravessa a via.” A preocupação tomou con-ta dos dois, que decidiram voltar até o local onde o grupo havia se distanciado. “Foram 25 quilômetros e nem sinal deles.”

Inicialmente o 1º secretário da SOBED e o amigo pensaram que o pneu de uma das motos pudesse ter furado e isso seria o moti-vo da demora. “Chegamos ao local e não os vimos. Eles não teriam voltado e nem passa-ram por nós. Então voltamos para Santa Ce-cília (SC).” Com a noite já escura, a limitar o campo de visão ao redor, eles pararam em outro local da cidade na expectativa de avis-tarem os amigos. Foi nesse momento que o celular de Scarparo – que assim como o de seu amigo não tinha sinal – tocou.

Era um dos irmãos perguntando pela loca-lização da dupla de apressados. “Eles estavam nos esperando em Lajes (SC), 100 quilômetros à nossa frente.” O alívio foi a motivação até a cidade, para encontrar os outros dois integran-te da equipe, mas não foi o suficiente para evi-tar uma discussão entre os motociclistas. “Nós dizíamos que eles estavam devagar demais e eles nos culpavam de estarmos com pressa.” A briga virou piada e deu lugar às tentativas de explicar o que poderia ter acontecido. A nebli-na, a escuridão e o excesso de caminhões que passavam por ali pode ser a resposta. “Talvez eles tenham saído por detrás de um veículo que diminuiu a velocidade para passar pelo quebra-molas”, cogita Scarparo. No total, fo-ram duas horas de desencontro.

Aventura sinuosaDormir em Lajes (SC) virou enredo para

outra piada. “Não encontrávamos nenhum hotel, só aqueles de quinta categoria para baixo.” Depois de aproximadamente 15 ho-ras de viagem, o grupo finalmente encontrou um lugar para dormir, acordando no dia se-guinte às 9h30. “Meia hora depois, o quinto integrante da equipe nos encontrou em Lajes (SC). Ele chegou a Curitiba (PR) à meia-noi-te, saiu de lá às 4h e nos alcançou. O percurso que levamos um dia ele fez em oito horas.”

Deste ponto em diante, o norte-americano se tornou o “batedor” da equipe, função até então exercida por Scarparo. Entre os moto-ciclistas, “batedor” é quem vai à frente avi-sando sobre as condições da estrada e sobre eventuais perigos, como caminhões parados,

De cima para baixo: Jimi durante uma

das paradas da viagem; se preparando

para seguir pelo percurso; e da esquerda

para a direita Valdir e Valdemir Lima, Richard

Rivehart, Jimi Scarparo e murilo Liberal Quino

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animais na pista ou acidentes. Foi nesse dia que eles atravessaram a Serra do Rio do Rastro, com curvas extremamente fechadas, rumo à cidade de Urussanga (SC) e, dali, para Urubici (SC), região mais fria do Brasil.

“Lá, visitamos o Morro da Igreja e a Pedra Furada [formação natural, uma das principais atrações turísticas do Parque da Serra Furada]. O lugar é frio mesmo, enquanto lá o termôme-tro marcava 3ºC, na cidade, a temperatura era de 15ºC.” Dali, viajaram até Florianópolis (SC), onde chegaram às 21h, debaixo de chuva. “Acordamos no dia seguinte para voltar a Curi-tiba (PR), também debaixo de muita chuva.”

Na capital paranaense, ainda sob o agua-ceiro, os motociclistas pararam em um posto de gasolina para decidir se ‘subiriam’ pela Régis Bittencourt, ou por uma estrada que os levaria ao interior do estado de São Paulo, chamada Rastro da Serpente. “Como muitos caminhões subiam a Régis, fomos pela ou-tra.” Scarparo acredita que a escolha foi um

Eles atravessaram aSerra do Rio do Rastro, com curvas extremamente fechadas, rumo à cidade de Urussanga (SC) e, dali, para Urubici (SC), região mais fria do Brasil.

erro, pois nenhum dos integrantes do grupo conhecia a estrada, repleta de curvas desi-guais, ora muito abertas, ora fechadas de-mais. “Chegamos a São Paulo à meia-noite. Também, quem mandou irmos por um lugar chamado ‘Rastro da Serpente’? Mas, quer sa-ber? A viagem foi ótima.”

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julho/setembro 2011revista sOBeD

amb Associação Médica Brasileira

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Nos mais de 11 anos seguintes, a ANS passou a cuidar das coberturas e das garan-tias financeiras das operadoras de planos de saúde. As propostas da ANS voltadas para regulamentação passaram ao largo das rela-ções entre médicos e operadoras de planos de saúde. Ao verem coibidas as práticas abu-sivas que aplicavam aos usuários, as operado-ras passaram a reduzir os custos por meio da interferência na prática clínica, restringindo intervenções diagnósticas e terapêuticas. As lacunas no processo regulatório permitiram que, ano após ano, se ampliasse o descom-passo entre reajustes aplicados aos “benefici-ários” e remuneração médica.

E m 1988, A NovA CoNStituição Brasileira caracterizou o sistema de saúde do País, o Sistema Único de Saúde (SuS),

definindo os papéis dos setores público e priva-do, denominado “suplementar” ou o dos “planos de saúde”. A regulação da saúde suplementar se iniciou, entretanto, 10 anos depois, com as leis 9656/98 e 9961/2000, esta última, a que criou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Essas iniciativas, contudo, não eliminaram insa-tisfações, nem impediram a multiplicação de con-flitos nessa área.

Os médicos e amedicina suplementar

Na última década, a ANS tem autorizado reajustes dos planos individuais, em média, 2% acima da inflação, o que resulta em acú-mulo de 20% no período. os planos coletivos, o que representa 80% dos planos de saúde, são objeto de negociação direta e todos fo-ram reajustados em valores substancialmen-te superiores aos concedidos aos individuais. tal majoração, porém, não foi considerada com relação a eventuais reajustes na remu-neração médica.

Em 1996, ao analisar diversos elementos que compõem o custo da consulta, a Funda-ção instituto de Pesquisas Econômicas (FiPE) chegou ao valor de R$ 29. Se esse montante fosse corrigido pela variação do salário míni-mo, deveria ser de R$ 130. Caso fosse pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (iPCA), seria de R$ 70. As poucas ope-radoras que reajustaram honorários médicos dificilmente remuneram consultas acima de R$ 50. A situação é ainda mais grave no que concerne aos procedimentos. As empresas têm resistido a reajustar proporcionalmente os procedimentos médicos e, quando o fa-zem, aplicam reajustes aos que são menos frequentes. Assim, muitos médicos veem-se obrigados a limitar suas atividades no siste-ma de saúde suplementar.

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José Luiz Gomes do amaral,presidente da Associação Médica Brasileira (AMB)

Florisval Meinão,coordenador da Comissão Nacional

de Consolidação e Defesa da CBHPM

Florentino Cardoso,diretor de Saúde Pública da AMB

Para solucionar tais graves distorções, a AmB propôs a utilização da Classificação Bra-sileira Hierarquizada de Procedimentos mé-dicos (CBHPm), que reúne os procedimentos tecnicamente qualificados e os hierarquiza, para trazer coerência e valorização ao traba-lho do médico.

Foi criado recentemente, pela ANS, um grupo de trabalho para buscar acordo entre operadoras e médicos. Nesta instância, as empresas recusaram-se a adotar a CBHPm e a considerar reajustes. Apesar da Resolução Normativa 71 da ANS exigir que contratos entre médicos e operadoras incluam cláusulas tratando de critérios para reajuste e periodi-cidade de sua aplicação, essas empresas têm sistematicamente ignorado essa obrigação. Assim, cresce a insatisfação e o movimento em busca da regularização dos contratos se alastra pelo País.

É urgente reajustar consultas e procedi-mentos dentro de um processo de hierarquiza-

ção que traga transparência à valorização do trabalho médico. o reajuste tem de ser regula-do por contrato e balizado pela lógica de hie-rarquização incorporada na CBHPm. A ANS deve atuar como facilitadora desse processo, arbitrando os reajustes. Quando não for possí-vel, deve participar ativamente do acordo com as empresas. mais do que uma prerrogativa da ANS, esta é uma obrigação que a sociedade espera que seja cumprida.

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ética José Luiz Barbosa Pimenta Júnior

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Muito se comenta sobre o singular e reco-nhecido dever de bem informar. Perante o seu avançado e bem formulado Código de Ética, o médico não tem dúvidas quanto ao cumpri-mento desta obrigação, sendo na atualidade realizada de forma esclarecida, na clássica vi-são do consentimento informado. Na mesma linha, situa-se o direito de ser informado, que é assegurado ao paciente por força de Lei, a adequada e clara informação sobre o serviço médico a ser prestado, inclusive, na condição de consumidor. Mas pouco se fala sobre o di-

U M exaMe de saNgue CaPaz de revelar o quanto se está envelhecendo, de modo a estimar o que resta de vida,

por meio da medição de estruturas dos cromosso-mos (telômeros). Outro capaz de utilizar biomar-cadores para prevenção e diagnóstico prematuro de doenças. Ferramentas da medicina preditiva, que tratam da possibilidade de doenças genéti-cas, entre outras funções. estes são exemplos dos avanços científicos e tecnológicos nos quais, em um futuro próximo, se situará a Medicina. Mas como estariam sintetizados os limites da boa re-lação médico-paciente diante deste cenário? e o direito-dever de informar e ser informado sobre doenças que seriam previsíveis? seria útil, e re-comendável, colocar à disposição dos respectivos pacientes a previsão de doenças ainda incurá-veis? estas e outras questões merecem reflexão.

O direito de não sabere a ética médica

reito de não saber. Teria o paciente o direito de não saber sobre a probabilidade de vir a ser acometido por uma doença grave? Teria o médico o dever de respeitar tal decisão? O que diz o Código de Ética Médica, caso, de fato, já estivéssemos diante desta realidade?

ao exame, em tese, desta situação, tem-se como assegurado ao paciente o direito de não saber, segundo o Princípio da autonomia da Vontade, e da autodeterminação, cujas bases estão assentadas na Constituição Federal e na Lei Civil. Reinaldo Pereira e silva, quan-do do estudo do uso da genética para predi-zer a possibilidade de manifestação de uma doença monogênica de manifestação tardia como a doença de alzheimer, sem terapêu-tica segura de cura, já apontava, em 2003, que seria necessário disciplinar o Direito de Não Saber, por meio do Biodireito, o que sig-nificaria dizer “que interesse algum justifica a sujeição involuntária de um ser humano a testes diagnósticos e, uma vez realizados vo-luntariamente, nada autoriza a divulgação de seus resultados para além da relação médico-paciente” (In Biodireito – a nova fronteira dos direitos humanos, LTR, páginas 34/35).

Por analogia, em que pese estar dirigida ao tratamento médico do enfermo e não propria-mente ao direito de não saber, por exemplo, sobre a probabilidade de ser acometido por doença grave e incurável, merecem ser su-

Teria o paciente o direito de não saber sobre a pro-babilidade de vir a ser acometido por uma doença grave? Teria o médico o dever de respeitar tal deci-são? O que diz o Código de Ética Médica?

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julho/setembro 2011 revista sOBeD 43

José Luiz Barbosa Pimenta Júnior, advogado da SOBED

blinhados os seguintes comandos incertos no Código de Ética Médica: “É vedado ao médico: art. 24. deixar de garantir ao paciente o exer-cício do direito de decidir livremente sobre sua pessoa ou seu bem-estar, bem como exercer sua autoridade para limitá-lo; art. 34. deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prog-nóstico, os riscos e os objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta possa lhe provocar dano, devendo, nesse caso, fazer a comunicação a seu representante legal”.

Mesmo considerando a relevância jurídica que possui hoje o dever de informar, é impor-tante ressalvar que existem situações nas quais a regra vira a exceção e, visando assegurar a autonomia do paciente de bem decidir, desde que tenha prévia e expressamente manifesta-do sua vontade.

deve-se, ainda, observar excepcionais situ-ações nas quais o prévio conhecimento benefi-ciará o paciente, tendo em vista que – sabedor de seus possíveis graus de morbidade – poderá

melhorar seus hábitos e buscar meios de me-lhor qualidade de vida, visando evitar possíveis agravamentos clínicos e até mesmo estas previ-síveis doenças.

Outro ponto a ser sublinhado é o de não assegurar esse direito, quando possa vir a transmitir doenças aos seus descendentes, caso haja um conteúdo hereditário na respec-tiva moléstia, ou quando da possível contami-nação, tenha-se caráter epidêmico, hipóteses nas quais seria prudente ponderar direitos in-dividuais e de ordem pública. Pois, caso con-trário, acabaríamos por violar direitos alheios, direitos de outrem.

Refletir, avançando na Medicina, assegu-rando-se direitos pouco reconhecidos e va-lendo-se do amadurecimento do médico e do seu excelente balizamento ético, eis a equação que traduz o tema Direito de Não Saber.

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revista sOBeD julho/setembro 2011

Por dentro Aparelho digestivo e saúde em destaque

44

Embora o screening colonoscópico de rotina para câncer colorretal (CCR) não seja recomendado para idosos, estudos apresentados durante a Digestive Disease Week (DDW) 2011 o recomendam. A pesquisadora do National Colonoscopy Study e bioestatística do Memo-rial Sloan-Kettering Cancer Center, de Nova York (EUA), Ann G. Zauber, apresentou um modelo que simulou screening para CCR em pessoas com 75 anos de idade ou mais, que nunca haviam se submetido ao método.

De acordo com a pesquisadora, pessoas que nunca se submeteram a screening e têm risco moderado aos 75 anos de idade devem ser submetidas à colonosco-pia até aproximadamente os 85 anos, dependendo da avaliação dos riscos e benefícios. Em 2008, o United States Preventive Services Task Force (USPSTF, ou For-ça-Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos, em uma tradução livre) recomendou que o screening para CCR fosse iniciado aos 50 anos de idade e conti-nuado até os 75 anos - quando então deveria ser sus-penso se houvessem consistentes achados negativos.

Porém, a idade média para o diagnóstico de CCR é de 71 anos e 43% dos casos são identificados aos 75 anos ou mais. Segundo Ann, 37% das pessoas com idade en-tre 75 e 84 anos nunca foram submetidas à colonosco-pia. Durante a pesquisa, ela e colaboradores calcularam os anos de vida ganhos (AVG) pela realização do méto-do em vários grupos etários. E chegaram à conclusão de que o método iniciado aos 50 anos de idade certamente é mais vantajoso, mas é preciso tornar a realização do screening dos 75 aos 80 anos mais segura.

Ainda de acordo com a pesquisadora, a análise mostrou que os anos de vida ganhos reduzem niti-damente após os 75 anos. O número de anos de vida ganhos por 1000 pessoas triadas foi de aproxima-damente 150 aos 65 anos, 100 aos 75 anos, 60 aos 80 anos, 20 aos 85 anos, e menos de 5 aos 90 anos de idade. Paralelamente, o número de colonoscopias necessárias por anos de vida ganhos aumentou pro-gressivamente com a idade.

Colonoscopia de screening pode ser benéfica para idosos

Eficácia da cirurgia bariátrica no tratamento do diabetes tipo 2 e de outras doenças relacionadas a obesi-dade foi avaliada pela Sociedade Bri-tânica de Cirurgia Bariátrica e Meta-bólica, em parceria com a Associação de Cirurgiões Laparoscópicos. Duran-te o estudo, que se tornou o primeiro relatório nacional de cirurgia bariá-trica do Reino Unido, 8.710 pacientes foram avaliados, e 7.045 operados entre abril de 2008 e março de 2010. Dois anos após o procedimento cirúr-gico, 86% tiveram o controle do dia-betes tipo 2.

Três tipos de cirurgia se mostram eficientes no controle do diabetes: by-pass gastrojejunal, as derivações bilio-pancreáticas “scopinaro” e “duodenal switch”, e a banda gástrica ajustável. Além do diabetes, um ano após o pro-cedimento cirúrgico, o número de pa-cientes com hipertensão caiu, assim como o daqueles com colesterol e ap-neia do sono.

Segundo o cirurgião membro titu-lar da Sociedade Brasileira de Cirur-gia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Roberto Rizzi, o relatório nacional de cirurgia bariátrica do Reino Unido reforça o que vem sendo confirma-do em estudos realizados em todo o mundo – que a cirurgia bariátrica não auxilia apenas na perda de peso, mas é eficaz e segura no tratamento de doenças associadas, em especial, o diabetes tipo 2, devido a mudança metabólica.

Cirurgia bariátrica controla casos de diabetes

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revista sOBeDjulho/setembro 2011 45

Check-upsreduzem inci-dência de cân-cer de cólon

Levantamento realizado pelo Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos reve-lou que a incidência do câncer de cólon caiu devido ao aumen-to dos check-ups. Quase dois terços da população norte-ame-ricana fez o check-up em 2010, mas 22 milhões que precisavam do exame não o fizeram. Em 2007, morreram de câncer de cólon 32 mil pessoas a menos que em 2003, enquanto o nú-mero de exames cresceu de 52% para 65% entre 2002 e 2010. Tanto homens quanto mulheres, com mais de 50 anos, devem se submeter à revisão, pois os prin-cipais fatores de risco da doença são: idade, genética, atividade física e dieta.

A pesquisa, chamada “Vital Signs”, conclui que o câncer de cólon poderia deixar de ser o segundo mais mortífero nos EUA caso o número de pessoas que se submetem a revisão con-tinue aumentando. O diretor do CDC, Thomas R. Frieden, reite-rou que o câncer de cólon pode ser prevenido e cada vez mais pessoas se submetem à revisão. Ainda de acordo com o estudo do CDI, a redução da incidência deste tipo de câncer pode eco-nomizar aos cofres do Estado US$ 14 bilhões por ano. Este valor representou o tratamento do câncer de cólon em 2010, de acordo com a pesquisa.

Fotomicrografia de câncer de cólon

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De 12 a 14 de setembro de 2011, foi realizado, em Los Angeles (EUA), o International Congress of Endoscopy (ICE) 2011. Na ocasião, renomados especialistas apresentaram técnicas de execução de procedimentos, além de promover discussões sobre a am-

ICE 2011

Cápsula endoscópicacontrolada à distância

Segundo os autores do método, batizado de “Sereia”, trata-se da pri-meira vez que um endoscópio se des-loca de maneira autônoma pelo apa-relho digestivo e grava imagens do cólon. De acordo com o professor da faculdade de Medicina de Osaka, Ka-zuhide Higuchi, a cápsula pode exa-minar desde o esôfago até o cólon em poucas horas e descobrir tumores.

Pesquisadores da Universidade Ryukoku e da Faculdade de Medici-na de Osaka (Japão) desenvolveram cápsula endoscópica com 1 cm de diâmetro e 4,5 cm de comprimento, autopropulsionada e controlada à distância. Com uma espécie de nada-deira, os movimentos da cápsula são controlados por meio de um “joystick” e acompanhados em um monitor.

pla gama de alternativas cirúrgicas e endoscópicas para o tratamento de doenças gastrointestinais. Confi-ra a programação científica do ICE 2011 no site www.ice2011.com/ scientific-programme.html

Page 46: Revista SOBED 2011 - Edição nº 14

revista sOBeD julho/setembro 2011

Por dentro Aparelho digestivo e saúde em destaque

46

Célebre por sua participação no programa da apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, o médico cirurgião cardíaco Mehmet Oz, mais conhecido como “Doctor Oz”, foi sur-preendido recentemente com a des-coberta de um tumor maligno duran-te exames de rotina realizados após seu aniversário de 50 anos. Adepto e defensor das práticas sobre estilo de vida saudável, ele teve diagnóstico confirmado depois de se submeter a uma colonoscopia.

De maneira franca, o Dr. Oz relata, em artigo que foi capa da revista Time de 13/06/2011, como a sua má condu-ta no preparo intestinal antes do pro-cedimento gerou ‘um puxão de orelha’ e exigiu que ele fosse submetido a um novo exame após um pólipo ter sido encontrado – apesar das recomenda-ções do médico. Após o episódio, o mé-dico se tornou um defensor ainda mais ferrenho quando o assunto é seguir as indicações de preparação do intestino para garantir que o cólon esteja cuida-dosamente limpo antes do exame.

O honesto relato de sua experiên-cia pessoal como paciente mostra que mesmo uma pessoa disciplinada, que adota hábitos saudáveis de vida, com boa alimentação e exercício físicos, pode não seguir as recomendações médicas e também estar suscetível a doenças graves.

Diretor do Programa de Medicina Integrada da Universidade Colúmbia, em Nova York, Mehmet Oz é consultor da famosa clínica antienvelhecimento do médico Michael Roizen, seu par-ceiro na publicação de uma série de

De médico a paciente

A notícia do câncer de Mehmet Oz obteve grande repercussão in-ternacional porque o especialista era um exemplo dos princípios mé-dicos que defende. Diariamente, ele ingeria suplementos multivitamíni-cos ricos em ômega 3, vitamina D3 e cálcio, que diminuem os riscos de aparecimento de problemas cardía-cos, além de câncer e osteoporose, entre outras doenças.

Em seu programa televisivo exi-bido no Discovery Channel e nos seus livros, Doctor Oz sempre afirmou que a bagagem genética determi-na a maneira como cada um de nós envelhece. Mas ele mostrava como era possível mudar o funcionamento dos nossos genes. Argumentava que o simples hábito de caminhar diaria-mente por dez minutos era suficiente para retardar o desenvolvimento de um tumor maligno.

“Os exercícios físicos são uma fer-ramenta essencial. Eles combatem o primeiro sinal do envelhecimen-to, que é a perda de força muscular. Outros recursos importantes são ali-mentar-se bem e meditar. Uma boa recomendação é a prática do tai chi chuan, exercício oriental que combi-na equilíbrio, coordenação motora e também meditação. Se todos adotas-sem essas medidas, a média de vida da população poderia subir para 110 anos”, afirmou na entrevista à Time.

Má conduta nopreparo intestinal antesdo procedimento exigiuque ele fosse submetido a um novo exame após um pólipo ter sido encontrado

Famoso cirurgião norte-americano defensor de hábitos saudáveis teve câncerdiagnosticado em colonoscopia e fez mea culpa sobre má preparação para o exame

livros que ensinam a manter o corpo e o organismo mais jovens do que a idade cronológica. Entre estes best- sellers, está You Staying Young (em uma tradução livre do inglês, Você Continu-ando Jovem), que vendeu milhões de exemplares nos Estados Unidos.

A matéria na íntegra pode ser lida neste endereço: http://migre.me/5fugw

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julho/setembro 2011 revista sOBeD 47

Por dentro Agenda

1 a 4 de outubroSUNTEC Singapore International

Convention & Exhibition CentreCingapura

www.apdw2011.org.sg

6 a 8 de outubroSimpósio da ESGE - Quality in

Endoscopy: ERCPMunique, Alemanha

www.quality-in-endoscopy.org

14 e 15 de outubro1º Curso Prático de Colonoscopia

Terapêutica do Hospital Santa CatarinaSão Paulo - SP

Organização: Hospital Santa Catarina - Centro de Estudos e Pesquisa

Confira na relação abaixo os principais eventosligados à gastroenterologia e à endoscopia

digestiva dos próximos meses

outubro

15 de outubroProcesso Seletivo Santa Casa de

Misericórdia - CFBEUSSão Paulo - SP

Organização: Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

22 a 26 de outubroUEGW Congresses 2011

Estocolmo, Suéciawww.uegw11.uegf.org

28 e 29 de outubroOficina Sobed 2011 de Balão Intragástrico

São Paulo (SP)www.sobed.org.br

21 a 24 de setembroGatrominas 2011

Belo Horizonte (MG)Ouro Minas Palace Hotel

www.gastrominas2011.org.br

setembro

20 a 24 de novembroX SBAD

Porto Alegre (RS)www.sobed.org.br

novembro

Page 48: Revista SOBED 2011 - Edição nº 14

revista sOBeD julho/setembro 201148

Por dentro Diretorias nacionais

Presidente: Sérgio Luiz Bizinelli (PR)Vice-Presidente: Flávio Hayato Ejima (DF)1º secretário: Jimi Izaques Bifi Scarparo (SP)2º sesoureiro: Afonso Celso S. Paredes (RJ)1º tesoureiro: Thiago Festa Secchi (SP)2º tesoureiro: Ramiro Robson F. Mascarenhas (BA)

diretoria nacional

Comissões eleitoral, de estatutos,regimentos e regulamentos

Presidente: Carlos Marcelo Dotti (MS)Antonio Gentil Neto (MS)Nilza Maria Lopes Marques Luz (AL)Gerônimo Franco de Almeida (PB)Eli Kahan Foigel (SP)Geraldo Vinicius Ferreira Hemerly Elias (MS)

Comissão de admissão e sindicânciaPresidente: Admar B. Costa Junior (PE)Fábio Segal (RS)Aloisio Fernando Soares (DF)Cláudio Lyoiti Hashimoto (SP)Huang Ling Fang (RJ)José Olympio Meirelles dos Santos (SP)Paulo Anselmo Andrade Paternostro (BA)Vitor Nunes Arantes (MG)

Comissão Científica e editorialPresidente: Carlos Alberto Cappellanes (SP)Adriana Vaz Safatle Ribeiro (SP)Flavio Hayato Egima (DF)Huang Ling Fang (RJ)Jairo Silva Alves (MG)José Celso Ardengh (SP)Josemberg Marins Campos (PE)Julio Cesar Pisani (PR)Marcelo Averbach (SP)Marco Aurélio D’Assunção (SP)Marcos Bastos da Silva (ES)Ricardo Anuar Dib (SP)

Comissão de Ética e Defesa ProfissionalPresidente: Vera Helena A. F. de Mello (SP)Luis Fernando Tullio (PR)Francisco José Medina Pereira Caldas (RJ)Wagner Colaiacovo (SP)Ricardo de Sordi Sobreira (SP)José Narciso de Carvalho Neto (RJ)

Comissão de avaliação e Credenciamentos de Centros de ensino e treinamento

Presidente: Edivaldo Fraga Moreira (MG)Giovani Antonio Bemvenuti (RS)Daniel Moribe (SP)Luiz Cláudio Miranda da Rocha (MG)Erivaldo de Araujo Maués (PA)Edson Ide (SP)Afonso Celso da Silva Paredes (RJ)Flávio Heuta Ivano (PR)Ramiro R. F. Mascarenhas (BA)José Eduardo Brunaldi (SP)

Comissão de título de especialista e sua atualização Presidente: Fabio Segal (RS)Secretário/Imagens: Jimi Scarparo (SP)Secretário/Logística: Ricardo Anuar Dib (SP)Secretário/Avaliadores: Flávio H. Ejima (DF)Helenice Pankowski Breyer (RS)Júlio César Souza Lobo (PR)Dalton Marques Chaves (SP)Marcos Clarêncio Batista Silva (BA)Vitor Nunes Arantes (MG)Antônio Carlos Coelho Conrado (PE)Silvana D’Agostin (SC)Afonso Celso da Silva Paredes (RJ)

comissões estatutáriassede sOBeD

Diretor: Ricardo Anuar Dib (SP)

Comissão de acreditação de serviços de endoscopiaPresidente: Renato Luz Carvalho (SP)Ricardo Orígenes B. Vandermaás Contão (ES)Ricardo Teles Schulz (SC)Lincoln E. Vilela V. de Castro Ferreira (MG)Rodrigo José Felipe (BA)Luis Masuo Maruta (SP)

Comissão de Centro de treinamento em técnicasendoscópicas – Centro de treinamento

Coordenador: Ricardo Anuar Dib (SP)Lucio Giovanni Battista Rossini (SP)Admar Borges da Costa Jr. (PE)Ciro Garcia Montes (SP)

Comissão de relações internacionaisCoordenação GeralPaulo Sakai (SP)Glaciomar Machado (RJ)

Comissão de resgate da especialidade de endoscopia Digestiva

Sérgio Bizinelli (PR)Carlos Alberto Cappellanes (SP)Artur Adolfo Parada (SP)Flávio Quilici (SP)João Carlos Andreoli (SP)Paulo R. Alves de Pinho (RJ)Flávio H. Ejima (DF)

Comissão de implantação de Honorários Médicos das Unidades estaduais

Coordenador: Luiz Fernando Tullio (PR)Vera Helena de Aguiar Freire de Mello (SP)Julio Carlos Pereira Lima (RS)Paulo Fernando Souto Bittencourt (MG)Antônio Carlos Coêlho Conrado (PE)Viriato João Leal da Cunha (SC)Sandra Teixeira (PR)José Edmilson Ferreira da Silva (RJ)

Comissão para implantação da Cooperativados endoscopistas das Unidades estaduais

Coordenador: Marcus V. Saboia Rattacaso (CE) Vice-coordenador: Julio César Souza Lobo (PR)Francisco das Chagas Gonçalves de Oliveira (CE)Francisco Paulo Ponte Prado Júnior (CE)Sandra Teixeira (PR)Edson Luiz Doncatto (RS)Julio Carlos Pereira Lima (RS)Viriato João Leal da Cunha (SC)José Edmilson Ferreira da Silva (RJ)Antônio Carlos Coelho Conrado (PE)Paulo Fernando Souto Bittencourt (MG)

siteFlavio Braguim (SP)José Luiz Paccos (SP)Gustavo Andrade de Paulo (SP)Ricardo Leite Ganc (SP)Horus Antony Brasil (SP)

Diretrizes e ProtocolosEduardo Guimarães Hourneaux de Moura (SP)Fabio Segal (RS)Maria Cristina Sartor (PR)Fernando Herz Wolff (RS)

Núcleo de ecoendoscopiaWalton Albuquerque (MG)Lucio Giovanni Batista Rossini (SP)José Celso Ardengh (SP)Marco Aurélio D’Assunção (SP)Simone Guaraldi da Silva (RJ)Vitor Nunes Arantes (MG)Fauze Maluf Filho (SP)

Núcleo de PediatriaCoordenadora: Cristina Helena T. Ferreira (RS)Coordenadora: Eloá M. Morsoletto Machado (PR)Paulo Fernando Souto Bittencourt (MG)Silvia Regina Cardoso (SP)Paula Bechara Poletti(SP)

Núcleo de Desenvolvimento do NOtes Kiyoshi Hashiba (SP)Ângelo Paulo Ferrari Junior (SP)Pablo Rodrigo de Siqueira (SP)Paulo Sakai (SP)Marco Aurélio D’Assunção (SP)

Núcleo de tabagismo Everton Ricardo de Abreu Netto (AM)

MarketingJoão Carlos Andreoli (SP)

Conselho editorial (livros)Artur A. Parada (SP) - fascículosMarcelo Averbach (SP) – livroSérgio L. Bizinelli (PR)

núcleos

representantes em instituições

Conselho Federal de Medicina e Comissão Nacional de residência Médica

Coordenador: Flávio H. Ejima (DF)Zuleika Barrio Bortoli (DF)

agência Nacional de vigilância sanitária Coordenadora: Vera Helena de A. F. de Mello (SP)Flávio H. Ejima (DF)Francisco José Medina Pereira Caldas (RJ)Tadayoshi Akiba (SP)

associação Médica BrasileiraCoordenador: Maria das Graças P. Sanna (MG)Carlos Alberto Cappellanes (SP)Rodrigo José Felipe (BA)Wagner Colaiacovo (SP) - Órteses e Próteses

Comissão Nacional de acreditação (CNa)Coordenador: Renato Baracat (SP)Carlos Alberto da Silva Barros (MG)Ricardo Schmitt de Bem (PR)

trabalhos MulticêntricosPaulo Alberto Falco Pires Correa (SP)Walnei Fernandes Barbosa (SP)

revista sOBeD /sOBeD em CasaThiago Festa Secchi (SP)Horus Antony Brasil (SP)Gustavo Andrade de Paulo (SP)

representante nas revistas GeD earquivos Brasileiros de Gastroenterologia

Paulo Roberto Arruda Alves (SP)

Ricardo Rangel de Paula Pessoa (CE)Geraldo Ferreira Lima Junior (MG)Paulo Moacir de Oliveira Campoli (GO)Fábio Marioni (SP)Gerônimo Franco de Almeida (PB)

comissões não-estatutárias

Av. Silvio Viana, 1751 - Ponta Verde – MaceióCEP: 57035-160 | (82) 3327-4500 / (82) [email protected]

Presidente: Henrique José Menezes MaltaVice-presidente: Carlos Henrique Barros Amaral1º Secretário: Hunaldo Lima de Menezes2º Secretário: José Wenceslau da Costa Neto1º Tesoureiro: Laercio Tenório Ribeiro2º Tesoureiro: Herbeth José Toledo Silva

alagoas

R. Rio Jutaí, 15, Quadra 35 - Conj. Vieira Alves – ManausCEP: 69053-020 | (92) 3584-2495 / [email protected]

Presidente: Alinne Lais Bessa MaiaVice-presidente: Jeanne Monique Guimarães Pimentel1º Secretário: Deborah Nadir Cruz Ferreira2º Secretário: Lourenço Candido Neves1º Tesoureiro: Jorge Luis Bastos Arana

amazonas

R. Baependi, 162, sala 3 - Ondina – SalvadorCEP: 40170-070 | (71) [email protected]

Presidente: Alice Mendes de Souza CairoVice-presidente: Sylon Ribeiro de Britto Junior1º Secretário: Luiz Eduardo da Silva Góes2º Secretário: Rubem Oliveira Castro1º Tesoureiro: Luciana Rodrigues Leal da Silva2º Tesoureiro: Alcione Prates Leite

bahia

R. Cel. Alves Teixeira, 1.578 - Joaquim Távora – FortalezaCEP: 60130-001 | (85) 3261-8085 [email protected]

Presidente: Francisco Paulo Ponte Prado Junior1º Secretário: Ricardo Augusto Rocha Pinto1º Tesoureiro: Adriano Cesar Costa Cunha

ceará

SGAS 910 - Cj. B - bloco A - sala 224CEP: 70390-100 | (61) 3242-9203 / [email protected]

Presidente: Francisco Machado da SilvaVice-presidente: Zuleica Bario Bortoli1º Secretário: Cláudia Maria Ferreira de Macedo2º Secretário: Luciana Machado Nonino 1º Tesoureiro: Columbano Junqueira Neto2º Tesoureiro: Raimundo Nonato Miranda Lopes

distrito federal

R. Francisco Rubim, 395 – VitóriaCEP: 29050-680 | (27) 3324-1333 / [email protected] | [email protected]

Presidente: José Joaquim de Almeida FigueiredoVice-presidente: Bruno de Souza Ribeiro1º Secretário: Roseane Valério Bicalho F. Assis2º Secretário: Giovana Pereira Nogueira Gama1º Tesoureiro: Esteban Sadovsky2º Tesoureiro: Marcio Demoner Brandão

espírito santo

Av. Mutirão, 2.653, GoiâniaCEP: 74115-914 | (62) 3251-7208 / (62) [email protected] | [email protected]

Presidente: Marcus Vinicius Silva NeyVice-presidente: Marcelo Barbosa Silva1º Secretário: Fernando Henrique Porto Barbosa Ramos2º Secretário: Daniela Medeiros Milhomem Cardoso1º Tesoureiro: Rennel Pires de Paivas2º Tesoureiro: Luiz Lázaro Rodrigues Alves

goiás

R. Carutapera 2, Quadra 37b - Jd. Renascença – São LuísCEP: 65075-690 | (98)[email protected]

Presidente: Clelma Pires BatistaVice-presidente: Milko A. de Oliveira1º Secretário: Selma Santos Maluf2º Secretário: Nailton J. F. Lyra1º Tesoureiro: Djalma dos Santos2º Tesoureiro: Elian O. Barros

maranhão

Page 49: Revista SOBED 2011 - Edição nº 14

revista sOBeDjulho/setembro 2011 49

Por dentro Diretorias estaduais

Av. Silvio Viana, 1751 - Ponta Verde – MaceióCEP: 57035-160 | (82) 3327-4500 / (82) [email protected]

Presidente: Henrique José Menezes MaltaVice-presidente: Carlos Henrique Barros Amaral1º Secretário: Hunaldo Lima de Menezes2º Secretário: José Wenceslau da Costa Neto1º Tesoureiro: Laercio Tenório Ribeiro2º Tesoureiro: Herbeth José Toledo Silva

alagoas

R. Rio Jutaí, 15, Quadra 35 - Conj. Vieira Alves – ManausCEP: 69053-020 | (92) 3584-2495 / [email protected]

Presidente: Alinne Lais Bessa MaiaVice-presidente: Jeanne Monique Guimarães Pimentel1º Secretário: Deborah Nadir Cruz Ferreira2º Secretário: Lourenço Candido Neves1º Tesoureiro: Jorge Luis Bastos Arana

amazonas

R. Baependi, 162, sala 3 - Ondina – SalvadorCEP: 40170-070 | (71) [email protected]

Presidente: Alice Mendes de Souza CairoVice-presidente: Sylon Ribeiro de Britto Junior1º Secretário: Luiz Eduardo da Silva Góes2º Secretário: Rubem Oliveira Castro1º Tesoureiro: Luciana Rodrigues Leal da Silva2º Tesoureiro: Alcione Prates Leite

bahia

R. Cel. Alves Teixeira, 1.578 - Joaquim Távora – FortalezaCEP: 60130-001 | (85) 3261-8085 [email protected]

Presidente: Francisco Paulo Ponte Prado Junior1º Secretário: Ricardo Augusto Rocha Pinto1º Tesoureiro: Adriano Cesar Costa Cunha

ceará

SGAS 910 - Cj. B - bloco A - sala 224CEP: 70390-100 | (61) 3242-9203 / [email protected]

Presidente: Francisco Machado da SilvaVice-presidente: Zuleica Bario Bortoli1º Secretário: Cláudia Maria Ferreira de Macedo2º Secretário: Luciana Machado Nonino 1º Tesoureiro: Columbano Junqueira Neto2º Tesoureiro: Raimundo Nonato Miranda Lopes

distrito federal

R. Francisco Rubim, 395 – VitóriaCEP: 29050-680 | (27) 3324-1333 / [email protected] | [email protected]

Presidente: José Joaquim de Almeida FigueiredoVice-presidente: Bruno de Souza Ribeiro1º Secretário: Roseane Valério Bicalho F. Assis2º Secretário: Giovana Pereira Nogueira Gama1º Tesoureiro: Esteban Sadovsky2º Tesoureiro: Marcio Demoner Brandão

espírito santo

Av. Mutirão, 2.653, GoiâniaCEP: 74115-914 | (62) 3251-7208 / (62) [email protected] | [email protected]

Presidente: Marcus Vinicius Silva NeyVice-presidente: Marcelo Barbosa Silva1º Secretário: Fernando Henrique Porto Barbosa Ramos2º Secretário: Daniela Medeiros Milhomem Cardoso1º Tesoureiro: Rennel Pires de Paivas2º Tesoureiro: Luiz Lázaro Rodrigues Alves

goiás

Rua Barão de Melgaço, 2777 – CuiabáCEP: 78000-000 | (65) 3634-4610 / [email protected]

Presidente: Roberto Carlos Fraife BarretoVice-presidente: Ubirajarbas Miranda Vinagres1º Secretário: José Geraldo Favalesso2º Secretário: José Carlos Comar1º Tesoureiro: Elton Hugo Maia Teixeira2º Tesoureiro: Carlos Eduardo Miranda de Barros

mato grosso

R. Maracaju, 1148, Jd. dos Estados – Campo GrandeCEP: 79002-212 | (67)8136-3363 / [email protected]

Presidente: Geraldo Vinícius F. Hemerly EliasVice-presidente: Adriano Fernandes da Silva1º Secretário: Rogério Nascimento Martins2º Secretário: Thiago Alonso Domingos1º Tesoureiro: Eduarda Nassar Tebet Ajeje2º Tesoureiro: Marcelo de Souza Cury

mato grosso do sul

Av. João Pinheiro, 161 – Belo HorizonteCEP: 30130-180 | (31) 3247-1647 / [email protected] | [email protected]

Presidente: Paulo Fernando Souto BittencourtVice-presidente: Atanagildo Cortes Junior1º Secretário: Rodrigo Roda Rodrigues da Silva2º Secretário: Roberta Nogueira de Sá1º Tesoureiro: José Celso Cunha Guerra Pinto Coelho2º Tesoureiro: Rodrigo Roda Rodrigues da Silva

minas gerais

R. Cônego Jerônimo Pimentel, 900 / 1702 – BelémCEP: 66055-000 | (91)8112-9085 / [email protected]

Presidente: Marcos Moreno DominguesVice-presidente: Erivaldo Maués1º Secretário: Aida Sirotheau2º Secretário: Cássio Caldato1º Tesoureiro: Laércio Silveira2º Tesoureiro: Ermínio Pessoa

pará

Av. Epitacio Pessoa, 3360 - Tambauzinho – João PessoaCEP: 58045-000 | (83) 2106-0900 / [email protected]

Presidente: Fábio da Silva DelgadoVice-presidente: Pedro Duques de Amorim1º Secretário: Jeferson Queiroz Carneiro2º Secretário: Carlos Sérgio Garcia1º Tesoureiro: Francisco Sales Pinto2º Tesoureiro: Daniel Chaves Mendes

paraíba

R. Candido Xavier, 575, – CuritibaCEP: 80240-280 | (41) 3342-3282 / [email protected] | [email protected]

Presidente: Sandra TeixeiraVice-presidente: Maria Cristina Sartor1º Secretário: Flávio Heuta Ivano2º Secretário: Paula Beatriz Moreira Salles1º Tesoureiro: Silvia Maria da Rosa2º Tesoureiro: Wanderlei da Rocha Carneiro Jr.

paraná

R. Sen. José Henrique, 141, 1º andar, Ilha do Leite – RecifeCEP: 52050-020 | (81) 3221-6959 / [email protected]

Presidente: Antônio Carlos Coêlho ConradoVice-presidente: Admar Borges da Costa Junior1º Secretário: Carlos Eugênio Gantois2º Secretário: Eduardo Carvalho Gonçalves de Azevedo1º Tesoureiro: Júlia Corrêa de Araújo2º Tesoureiro: José Julio Viana

pernambuco

Rua 1º de Maio, 575 – TeresinaCEP: 64001-450 | (86) 3221 5968 / [email protected]

Presidente: Antonio Moreira Mendes FilhoVice-presidente: Conceição Maria Sá e Rego Vasconcelos1º Secretário: Carlos Dimas Carvalho Sousa2º Secretário: Adelmar Neiva de Sousa Sobrinho1º Tesoureiro: Wilson Ferreira Almino2º Tesoureiro: Teresinha Quirino Vieira da Assunção

piauí

R. da Lapa, 120 – sl. 309 – Rio de JaneiroCEP: 20021-180 | (21) 2507-1243 / [email protected] | [email protected]

Presidente: José Edmilson Ferreira da SilvaVice-presidente: Marcius Batista da Silveira1º Secretário: Vladimir Molina de Oliveira2º Secretário: José Narciso de Carvalho Netos1º Tesoureiro: Carlos Eduardo F. de Mesquita2º Tesoureiro: Luiz Armando Rodrigues Velloso

rio de janeiro

R. Maria Auxiliadora, 807, Tirol – NatalCEP: 59014-500 | (84) 3211-1313 / [email protected]

Presidente: Veronica de Souza ValeVice-presidente: João Batista Caldas1º Secretário: Licia Villas-Boas Moura

rio grande do norte

Av. Ipiranga, 5.311, sl. 207 – Porto AlegreCEP: 90610-001 | (51) 3352-4951 / [email protected] | [email protected]

Presidente: Julio Carlos Pereira LimaVice-presidente: Carlos Eduardo Oliveira dos Santos1º Secretário: Everton Hadlich1º Tesoureiro: Cesar Vivian Lopes

rio grande do sul

Rua Campos Salles, 2245 – Porto VelhoCEP: 76801-081 | (69)3221-5833 / [email protected]

Presidente: Domingos Montaldi LopesVice-presidente: Adriana Silva Assis1º Secretário: Douglas Alexandre de M Rodrigues2º Secretário: Victor Hugo Pereira Marques1º Tesoureiro: Edson Aleotti2º Tesoureiro: Volmir Dionisio Rodigueri

rondônia

Rodovia SC 401 - Km 04, 3854 – FlorianópolisCEP: 88032-005 | (48) 3231-0324 / [email protected] | [email protected]

Presidente: Viriato João Leal da CunhaVice-presidente: Luiz Carlos Bianchi1º Secretário: Emir Dacoregio1º Tesoureiro: Eduardo Nobuyuki Usuy Junior2º Tesoureiro: Manoel Tiago Vidal Ramos Junior

santa catarina

R. Carutapera 2, Quadra 37b - Jd. Renascença – São LuísCEP: 65075-690 | (98)[email protected]

Presidente: Clelma Pires BatistaVice-presidente: Milko A. de Oliveira1º Secretário: Selma Santos Maluf2º Secretário: Nailton J. F. Lyra1º Tesoureiro: Djalma dos Santos2º Tesoureiro: Elian O. Barros

maranhão

R. Itapeva, 202 - sl. 98 – São PauloCEP: 01332-000 | Fone: (11) 3288-6883 / [email protected] |[email protected]

Presidente: Adriana Vaz Safatle RibeiroVice-presidente: Thiago Festa Secchi1º Secretário: Dalton Marques Chaves2º Secretário: Eduardo Curvello Tolentino1º Tesoureiro: Tomazo Antônio Franzini2º Tesoureiro: José Olympio Meirelles dos Santos

são paulo

R. Guilhermino Rezende, 462, São José – AracajuCEP: 49020-270 | (79) 3246-2763 / [email protected] | [email protected]

Presidente: Miraldo Nascimento da Silva FilhoVice-presidente: Patricia Santos Rodrigues Costa1º Secretário: Simone Déda Lima Barreto2º Secretário: Jilvan Pinto Monteiro1º Tesoureiro: Kelly Menezio Jardim Oliveira2º Tesoureiro: Raul Andrade Mendonça Filho

sergipe

306 Sul, Alameda 14, nº 3 e 5 – PalmasCEP: 77021-036 | (63) 3215-5383 / (63) [email protected] | [email protected]

Presidente: José Augusto M. F. CamposVice-presidente: Zoroastro Henrique Santana1º Secretário: Mery Tossa Nakamura2º Secretário: Marcos Rossi Moreira1º Tesoureiro: Jorge Luiz de Mattos Zeve2º Tesoureiro: Rone Antonio Alves de Abreu

tocantins

Page 50: Revista SOBED 2011 - Edição nº 14

julho/setembro 2011revista sOBeD

teste Estômago

50

Nesta edição da editoria “Teste seus conhecimentos”,

o tema escolhido foi estômago. Confira a seguir as perguntas e

consulte as respostas comentadas no site da SOBED. Boa leitura e boa diversão!

I. Assinale a alternativa correta:

a. O câncer gástrico precoce, tratado cirurgicamente, apresenta índices de sobrevida, após cinco anos, superiores a 90%, apesar do risco de comprome-timento linfonodal ser de 20% para os tumores restritos à submucosa

b. O câncer gástrico do tipo intestinal (classificação de Lauren) é, do ponto de vista etiopatogênico, associado aos fatores genéticos

c. Cerca de 90% dos adenocarcinomas gástricos são do tipo difuso, e são altamente agressivos, ou seja, lançam metástases precocemente

d. Os hábitos alimentares, e o teor de nitrato no solo e na água, explicam a maior incidência de câncer gástrico do tipo difuso no Japão, Chile e Costa Rica

e. O câncer gástrico precoce caracteriza-se por não acometer a camada muscular nem as cadeias de linfonodos.

II. Hamartomas gástricos são associados com as seguintes condições, com exceção de:

a. Polipose familiarb. Síndrome de Gardnerc. Síndrome de Peutz-Jeghersd. Síndrome de Cronkhite-Canadae. Doença de Cowden

III. O tumor carcinóide gástrico tipo I está associa-do com:

a. Síndrome de Zollinger- Ellissonb. Neoplasia endócrina múltipla tipo Ic. Gastrite crônica atróficad. Anemia perniciosa e. Mucosa gástrica adjacente normal

IV. Em quais situações deve-se suspeitar de Gas-trinoma?

a. Na presença de várias úlceras duodenais com hi-possecreção ácida e Helicobacter pylori positivo

b. Pacientes idosos com esofagite intensa e Diabe-tes Mellitus Tipo II de difícil controle

c. Pacientes do sexo feminino com mais de setenta anos de idade, com várias úlceras no fundo gás-trico

d. Sempre que houver um tumor de pâncrease. Pacientes com várias úlceras gástricas e duode-

nais que recidivam frequentemente e com diar-reia importante

V. Qual das seguintes condições não está associada com gastrite linfocítica?

a. Câncer gástricob. Doença celíacac. Linfoma gástricod. Enteropatia perdedora de proteínae. Doença de Menetrier

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por Jimi Scarparo e Fábio Segal

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julho/setembro 2011 revista sOBeD

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