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ISSN 2179-7285 REVISTA Publicada pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva Janeiro-Março 2015 Edição n o 28 Programação científica, convidados internacionais e transmissão ao vivo da Europa são destaques do IX Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva da SOBED DIAGNÓSTICO Saiba mais sobre os pólipos serrilhados sésseis de cólon DNA Presidente da SOBED fala sobre as expectativas para a gestão 2015-2016 RADAR Sociedade oferece acesso à Rede Informática de Medicina Avançada (RIMA) Bem-vindos a MACEIÓ

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ISSN 2179-7285

REVISTAPublicada pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva

Janeiro-Março 2015

Edição no 28

Programação científica, convidados internacionais e transmissão ao

vivo da Europa são destaques do IX Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva da SOBED

DIAGnóstIcoSaiba mais sobre

os pólipos serrilhados sésseis de cólon

DnAPresidente da SOBED

fala sobre as expectativas para a gestão 2015-2016

RADARSociedade oferece acesso à Rede Informática de

Medicina Avançada (RIMA)

Bem-vindos a MACEIÓ

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janeiro/março 2015 REVISTA SOBED 3

índice Revista SOBED Edição 28

janeiro-março 2015

AMBMédicos devem continuar batalhando por

melhores condições de trabalho

éticAContratação de enfermeiros para os serviços de

endoscopia digestiva

6 RAdAR SOBedSOBED firma parceria com a Rede Informática

de Medicina Avançada (RIMA)

40

42

14

dnARamiro Mascarenhas, novo presidente da

Sociedade, fala sobre os desafios e perspectivas

para os próximos dois anos

EM AçãoDestaques da programação do IX Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva da SoBED

28 inFOProgramas de intercâmbio são grandes

diferenciais na carreira de um endoscopista

32 diAGnÓSticOSaiba mais sobre as lesões/pólipos

serrilhados do cólon

44 ARtiGOPlanejamento tributário para clínicas médicas de

prestação de serviços de endoscopia

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in LOcOComissão deve promover mutirões para

prevenção e detecção de câncer colorretal

50 AGendA

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janeiro/março 2015revista sOBeD4

editorial Palavra do Presidente

É com muito carinho e especial atenção que escrevo este editorial, o primeiro desde que

assumi a presidência da SOBED. Entre muitos anseios e metas, uma de nossas missões

como grupo médico é estimular a difusão do conhecimento científico em torno dos mais

diferentes ramos de nossa especialidade. Para isso, a Revista SOBED se coloca como im-

portante e fundamental instrumento, tendo sido pensada para nos unir enquanto classe

e nos desenvolver como profissionais.

Com isso em mente, fiz questão de conceder uma entrevista à seção DNA para apre-

sentar o objetivo e foco de nossa gestão: o endoscopista. Como presidente da SOBED – e

com a ajuda de toda a diretoria e de toda a comunidade sobediana –, espero não apenas

consolidar todas as conquistas que obtivemos nos últimos anos, mas também ampliar e

fortalecer ainda mais a nossa especialidade em todos os estados do Brasil.

Como exemplo, cito o acesso à Rede Informática de Medicina Avançada (RIMA).

Trata-se de um enorme benefício oferecido a todos os associados quites, e uma pode-

rosa ferramenta online que permitirá a médicos e pesquisadores lerem mais de 26.600

revistas científicas, muitas delas referentes à endoscopia e gastroenterologia.

Como não poderia deixar de ser, esta edição abordará todos os destaques do

IX Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva da SOBED, que retorna ao nordeste

brasileiro integrando as belezas naturais de Maceió (AL) com as maravilhas científicas

da medicina. Portanto, anote na agenda: o evento acontece nos dias 10 e 11 de abril

no Hotel Jatiúca.

Por fim, a Revista SOBED traz uma reportagem especial e detalhada sobre pólipos serri-

lhados sésseis de cólon, um tipo de lesão geralmente associada a 15% de todos os casos

de câncer colorretal. Seu diagnóstico é realizado por colonoscopia de screening e pode

contribuir substancialmente para a redução da mortalidade por câncer de cólon proximal.

Desejo a todos uma excelente leitura, reiterando meu otimismo de fazer nossa

Sociedade crescer cada vez mais.

Um grande abraço!

Boas perspectivas

Ramiro Mascarenhas

Presidente da SOBED Nacional

ISSN 2179-7285

revista soBeD é uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira

de Endoscopia Digestiva distribuída gratuitamente para médicos.

O conteúdo dos artigos é de inteira responsabilidade de seus autores

e não representa necessariamente a opinião da SOBED.

Jornalista responsável Roberto Souza (Mtb 11.408)

editor Rodrigo Moraes

reportagem Lais Cattassini

Renato Santana de Jesus Vinícius Morais

colaboração Samantha Cerquetani

revisão Paulo Furstenau

projeto editorial Fábio Berklian

projeto Gráfico RS Press

Luiz Fernando Almeida

Designers Lenon Della Rovere

Leonardo Fial Luiz Fernando Almeida

Willian Fernandes

tiragem 2.800 exemplares

impressão Maxi Gráfica

Foto de capa Shutterstock

Rua Cayowaá, 228, Perdizes São Paulo - SP CEP: 05018-000

11 3875-6296 [email protected]

www.rspress.com.br

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revista sOBeD janeiro/março 2015

RADAR sobeD Notas

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Prof. Dr. Flávio Antonio Quilici, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), recebeu o diploma de cirurgião emérito do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), em sessão solene realizada em 30 de janeiro.

Na programação aconteceu a posse de novos membros titulares e entrega de diplo-mas aos novos membros eméritos e jubilados, além da entrega dos prêmios Alfredo Monteiro, Ruy Ferreira Santos e Mariano de Andrade do XXIX Fórum de Pesquisa em Cirurgia, realizado em agosto de 2014.

A cerimônia aconteceu no Centro de Convenções do CBC, no Rio de Janeiro (RJ). A SOBED parabeniza Dr. Quilici pela justa e relevante homenagem.

Solenidade aconteceu em 30 de janeiro, no Centro de Convenções do CBC, no RJ

Com o objetivo de conhecer a opinião e os interesses dos leitores da Revista SOBED, a Sociedade lançou recen-temente uma pesquisa de público, simples e rápida de ser respondida e sem necessidade de cadastro ou identificação. Pedimos a colaboração de todos os endoscopistas, associa-dos e interessados na especialidade, que respondam ao questionário para que a SOBED possa aprimorar a publicação e oferecer cada vez mais informações relevantes, atrativas e interessantes sobre a endoscopia digestiva brasileira e internacional. A pesquisa estará disponível na página principal do site da SOBED, bem como em posts esporádicos nas redes sociais da entidade, até 15 de abril de 2015.

A partir disso, segundo a Comissão de Comunicação da SOBED, os resul-tados serão tabulados e a Comissão se reunirá com os responsáveis pela publicação na agência de comuni-cação responsável (RS Press) para definir um novo projeto gráfico e editorial para a revista.

Participe da pesquisa da Revista SOBED!

Ex-presidente da SOBED é diplomado cirurgião emérito

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REVISTA SOBEDjaneiro/março 2015 7

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou no final de janeiro a Resolução nº 2.116/2015 reconhecendo a cirurgia bariátrica e a reprodu-ção assistida como áreas de atuação - a primeira ficará vinculada às especialidades de cirurgia do aparelho digestivo e cirurgia geral; já a segunda se vinculará à ginecologia e obstetrícia. No Brasil, são realizadas cerca de 80 mil cirurgias bariátricas por ano e 25 mil fertilizações in vitro.

Com essa Resolução, os médicos que atuam nessas duas áreas poderão buscar, via Associação Médica Brasileira (AMB), sua certificação. A Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) também poderá credenciar programas de formação específicos para essas áreas. Tanto os documentos emitidos pela AMB como pela CNRM habilitam o médico a buscar o registro da área de atuação junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM).

Para o 1º vice-presidente do CFM, Mauro Ribeiro, é natural que periodicamente o Conselho atua-lize as áreas de atuação e especialidades. “Como a medicina reinventa-se a cada dia, é importante que o CFM regulamente o que vai surgindo, pois dessa forma estabelecemos parâmetros e aprimo-ramos a prática médica, dando mais segurança ao paciente”, argumenta. Atualmente existem 53 especialidades e 56 áreas de atuação reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina.

BariátricaO presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) e membro da SOBED, Josemberg Campos, avalia como muito positiva a inclusão da cirurgia como área de atua-ção: “Haverá uma oficialização da cirurgia e os médicos serão melhor treinados, pois terão uma residência específica. O principal beneficiado será o paciente, que terá profissionais mais qualifica-dos para atendê-lo”. Campos também acredita que aumentará o número de cirurgias bariátricas no

País, principalmente no Sistema Único de Saúde (SUS), já que os cursos de residência oferecerão esse tipo de procedimento.

A residência médica em cirurgia bariátrica deve durar dois anos, mas antes de cursá-la o médico terá de se especializar em cirurgia geral ou do apa-relho digestivo. No caso da reprodução assistida, cuja residência durará um ano, o médico deve ser especialista em ginecologia e obstetrícia.

Fonte: CFM

Cirurgia bariátrica e reprodução assistida são reconhecidas como área de atuação

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revista sOBeD janeiro/março 2015

RADAR sobeD Notas

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Da esq. para a dir.: Everson Luiz de Almeida Artifon, Claudio Rolim Teixeira,

Eloá Marussi Morsoletto, Gilberto Reynaldo Mansur, José Celso Ardengh, Djalma

Ernesto Coelho Neto, Luiz Claudio Miranda da Rocha e Edivaldo Fraga Moreira

Em 17 de janeiro, os membros da Comissão Científica da SOBED se reuniram na sede, em São Paulo, para discutir os temas da progra-mação científica dos próximos eventos organizados pela Sociedade.

Estiveram presentes na ocasião: Everson Luiz de Almeida Artifon, Claudio Rolim Teixeira, Eloá Marussi Morsoletto, Gilberto Reynaldo Mansur, José Celso Ardengh, Djalma Ernesto Coelho Neto, Luiz Claudio Miranda da Rocha e Edivaldo Fraga Moreira.

Comissão Científica se reúne na sede da SOBED

Em dezembro de 2014, a SOBED-PE promoveu um grande jantar comemorativo para festejar as várias conquistas do ano e, sobretudo, o fortalecimento da endoscopia digestiva no estado.

Em evento realizado em uma das mais luxuosas churrascarias de Recife, localizada no bairro do Derby, no centro da cidade, mais de 200 associa-dos puderam compartilhar histórias e casos profissionais de maneira leve e descontraída. O jantar foi oferecido pela própria entidade, como um benefício de fim de ano para seus membros adimplentes.

De acordo com o presidente do capítulo pernambucano da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, Antônio Carlos Coelho Conrado, o encontro também foi uma grande chance para o estreitamento pes-soal e profissional de toda a comunidade sobediana. “Foi uma opor-tunidade muita boa”, afirma o gastroenterologista.

Mais de 200 profissionais presentes em jantar da SOBED-PE

A sede da SOBED Nacional, em

São Paulo (SP), recebeu a pri-

meira edição oficial da reunião

da diretoria da SOBED em 10 de

janeiro de 2015. Capitaneados

pelo presidente da SOBED, Ramiro

Mascarenhas, foram feitas várias

reuniões ao longo do dia com o

objetivo de apresentar os mem-

bros, discutir linhas de atuação ou

seguir com os trabalhos já inicia-

dos pelas respectivas comissões.

Confira a programação dos

assuntos:

• Diretoria de Sede e ques-

tões administrativas

• Comissão de Comunicação

e Agência RS Press

• Comissão de Honorários

Médicos e Comissão de

Prevenção ao Câncer

Colorretal e de Mutirões

• Comissão Científica – atuali-

zação do Simpósio

Internacional de Endoscopia

Digestiva da SOBED 2015

(Maceió)

• CCM Eventos – SBAD 2015

• Reunião geral de diretoria

SOBED

PRimEiRa REuniãO Da DiREtORia naciOnal

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REVISTA SOBEDjaneiro/março 2015 9

Evento da

SOBED-RJ

recebeu mais

de 50 pessoas

na Casa de

Saúde São José

A 1ª reunião científica do ano da SOBED-RJ ocor-reu em 2 de março, no auditório da Casa de Saúde São José. O evento teve a presença de 52 pessoas e foi o primeiro realizado no local. O presidente da Estadual, Ronaldo Taam, iniciou a noite de apresentações explicando algumas mudanças que ocorreram na SOBED-RJ, incluindo a mudança do local das reuniões científicas. Além disso, falou sobre o novo site da entidade e como os associa-dos podem se beneficiar dele com a área restrita exclusiva para os mesmos.

Em seguida, a Caroline Camargo, residente R2 de Gastroenterologia do serviço do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ) realizou apresentação sobre casos clíni-cos, abrindo espaço para debate com os presen-tes após a apresentação.

Após um intervalo, a endoscopista do Hospital do Câncer I, maior unidade hospitalar do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Maria Aparecida Ferreira, realizou palestra sobre Lesões Serrilhadas do Cólon e, logo em seguida, Heinrich Bender Kohnert Seidler, médico patologista gastrointestinal, com forma-ção em Patologia pela Tokyo Medical and Dental University, professor de Patologia da Universidade Católica de Brasília (UCB) e da Universidade de Brasília (UnB) e diretor do Laboratório Brasiliense, falou sobre o mesmo tema.

Os associados interessados em baixar e assistir as palestras apresentadas na reunião

devem acessar a aba Reuniões Científicas no site www.sobedrj.com.br.

A próxima reunião científica será no dia 6 de abril, na própria Casa de Saúde São José. Em breve será divulgada a programação científica do evento.

Minas GeraisA SOBED-MG realizou no mesmo dia (2), na Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), a sua segunda reunião científica. Dessa vez, o palestrante convidado do encontro foi Gilberto Mansur, que tratou sobre o tema Atualização em Gastrostomia e Jejunostomia Endoscópica: Indicações, Complicações, Técnicas, Truques e Follow up. Ele é endoscopista, doutor em onco-logia pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, onde exerce suas atividades.

A reunião aconteceu em formato de oficina de aprendizado e houve espaço para apenas três casos relacionados ao tema.

Na reunião de fevereiro os palestrantes con-vidados foram a presidente da SOBED-MG, Christiane Soares Poncinelli, e o endoscopista Jairo Silva Alves. Ambos esclareceram ques-tões acerca da normatização das biopsias do esôfago, estômago e duodeno para médicos e residentes da área.

Fonte: SOBED-RJ e SOBED-MG

Reuniões científicas em Minas e no Rio de Janeiro

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revista sOBeD janeiro/março 2015

RADAR sobeD Notas

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Prova prático-oral de TEEMais de 60 candidatos participaram da prova prá-tica para obtenção do Título de Especialista em Endoscopia e/ou Certificado de Área de Atuação em Endoscopia Digestiva, entre 4 e 7 de fevereiro, nas cidades de Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

A prova prático-oral individual consta da reali-zação de procedimentos endoscópicos, preferencial-mente terapêuticos, seguidos de arguição oral e aná-lise do curriculum vitae para aferição da capacidade de interpretar os achados e orientar o paciente em situações usuais da prática endoscópica. Esses can-didatos haviam prestado a prova teórica para obten-ção do título durante a última edição da Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD), realizada em 26 de novembro de 2014, no Rio de Janeiro (RJ).

Confira as datas e locais onde aprova prática foi realizada:

Salvador (BA)4/2/2015Hospital Geral Roberto Santos - Serviço de Endoscopia Digestiva e Centro de Hemorragia Digestiva Prof. Dr. Igelmar Barreto PaesCentro de Treinamento SOBED

São Paulo (SP)5/2/2015 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) - Serviço de Endoscopia GastrointestinalCentro de Treinamento SOBED

Rio de Janeiro (RJ)6/2/2015 Hospital Naval Marcílio Dias - Setor de Endoscopia

Porto Alegre (RS)7/2/2015Fundação Riograndense Universitária de Gastroenterologia (FUGAST) Membros da banca examinadora após a prova realizada em São Paulo (SP) ©

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REVISTA SOBEDjaneiro/março 2015 11

Promover o desenvolvimento do ensino, pesquisa e prática da endoscopia digestiva é um dos objetivos da nova diretoria da SOBED (gestão 2015-2016). Diante disso, a Sociedade estabeleceu parceria com a Rede Informática de Medicina Avançada (RIMA).

A biblioteca virtual possibilitará aos associa-dos quites acesso gratuito a 2.600 revistas científi-cas, com textos completos e tradução simultânea. Desse total, 59 são publicações da especialidade, incluindo Endoscopy, Gastrointestinal Endoscopy, Gastroenterology, GUT, Hepatology e Gastrointestinal Endoscopy Clinics North America.

A plataforma oferece pesquisas personalizadas de informação médica sobre temas específicos, tra-balhos de medicina baseada em evidências, coleções de diretrizes da prática clínica, calendário acadêmico de eventos nacionais e internacionais e aplicativos gratuitos para telefonia celular e computadores. Trata-se de uma ferramenta de fácil navegação que pode ser personalizada de acordo com as preferên-cias do usuário. O associado quite com a anuidade recebe um acesso inicial de cinco créditos, que cor-respondem a cinco artigos completos. Mediante interesse, o associado poderá ter seus créditos, ou artigos, aumentados através de um e-mail enviado à RIMA. No entanto, para a manutenção dos créditos adquiridos, a constância de utilização será avaliada.

Segundo o presidente da SOBED, Ramiro Mascarenhas, a RIMA é um grande benefício, não apenas científico, mas também financeiro, oferecido aos associados da SOBED, pois propicia o acesso a várias publicações que, se assinadas individualmente, representariam um custo maior para o associado.

Associados quites terão acesso a 2.600 revistas científicas, com textos completos e traduzidos

SOBED faz parceria com biblioteca virtual internacional

1) Acesse o site da SOBED: www.sobed.org.br;

2) Efetue o login no canto superior direito do site;

3) Ao acessar a ’Área do Usuário’, clique no botão

’Novo Pedido’;

4) Procure o produto ’RIMA’ na lista e clique nele;

5) Pronto! Sua solicitação foi efetuada com sucesso!

A RIMA enviará a chave de acesso para o e-mail de

cadastro na SOBED no prazo de sete dias úteis. Uma

dica importante: fique atento à caixa de lixo eletrô-

nico, pois o endereço de e-mail da RIMA possui a ter-

minação ’@fbcm.md’ e pode ser interpretado como

spam em sua caixa de e-mail.

cOmO SOlicitaR a Sua chavE DE acESSO à Rima

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revista sOBeD janeiro/março 2015

RADAR sobeD In loco

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Por Vinícius Morais

Em 2015, a SOBED planeja pelo menos seis mutirões. O objetivo é a prevenção contra o câncer colorretal

Task Force

A nova diretoria da SOBED, eleita para o biênio 2015-2016, chega para essa gestão com propostas sociais

que favorecem não só a comunidade de endoscopistas como também o serviço de saúde no País. O desafio apresentado para a Sociedade será a divulgação e conscientização do diagnóstico precoce de câncer color-retal (CCR) para a população. A ini-ciativa surgiu da preocupação e do interesse do presidente da SOBED, Ramiro Mascarenhas, que falou pela primeira vez sobre o assunto aos asso-ciados durante as reuniões do Conselho Deliberativo e na Assembleia Geral realizadas na XIII SBAD, em novem-bro, no Rio de Janeiro (RJ). A ideia é organizar mutirões de endoscopia antes e durante os simpósios e con-gressos da Sociedade.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o número de óbitos

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REVISTA SOBEDjaneiro/março 2015 15

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por câncer colorretal em 2011 foi de 14 mil, com leve prevalência em mulheres. No ano de 2014, a estimativa foi de 32 mil novos casos. Esse tipo de câncer é o terceiro tumor mais comum em homens e mulheres e a quarta causa mais frequente de morte por câncer. O Brasil, como um país em desenvolvi-mento, apresenta um número superior de novos casos de câncer colorretal se comparado à taxa de países desenvol-vidos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Pensando na prevenção, desde 2003 a União Europeia (UE) recomenda que seus estados-membros adotem a prática do rastreamento populacio-nal para o câncer colorretal. A orien-tação atualmente é para a realização de exame de sangue oculto nas fezes na população assintomática entre 50 e 74 anos, seguida de colonoscopia nos casos positivos, com opção prefe-rencial pelo rastreamento organizado ou de base populacional.

Correr contra o tempo no caso do câncer colorretal é uma das premissas mais cruciais. Em entrevista à edição 26 da Revista SOBED, o coordenador cirúrgico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) e profes-sor associado de cirurgia do aparelho digestivo da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), Ulysses Ribeiro Júnior, relatou que mais de 50% dos pacientes com câncer colorretal aten-didos no Instituto são diagnosticados

já em estado avançado (estádio IV), com metástases a distância.

De acordo com o presidente da recém-criada Comissão Não Estatutária de Prevenção de Câncer Colorretal e Mutirões e professor da disciplina de cirurgia endoscópica da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Lix Alfredo Reis de Oliveira, a prevenção do câncer color-retal é muito eficiente, desde que seja realizada por um especialista. O exame de colonoscopia é considerado o melhor para prever a doença. A taxa de sobrevida cresce proporcionalmente ao momento de identificação da patologia. Ela é de 90% quando a doença é diagnosticada ainda localizada na parede intestinal, 68% quando acomete linfonodos e ape-nas 10% quando é metastática.

Por isso, a intenção dos mutirões é educar a população para a importância dos exames de prevenção, com a rea-lização de um grande número de colo-noscopias em um curto tempo, além de palestras informativas. “Uma vez feito isso, faremos o exame nesses pacien-tes. O objetivo é eventualmente desco-brir lesões do tipo. Aqueles que tiverem suspeita de câncer serão encaminhados para a atenção multidisciplinar com as outras áreas que darão suporte. Este paciente já terá o tratamento cirúrgico conduzido pelo hospital onde será reali-zado o procedimento”, explica Oliveira.

Ao longo de 2015 pretende-se promover pelo menos seis mutirões.

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revista sOBeD janeiro/março 2015

RADAR sobeD In loco

16

passa em relação ao acesso a proce-dimentos avançados, como o endos-cópico. “Os endoscopistas são muito mal remunerados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e os hospitais públi-cos hoje não conseguem atender a população sintomática. Às vezes, leva um ano para o indivíduo mar-car uma colonoscopia pelo SUS, por exemplo“, diz o presidente da SOBED. Ele ainda afirma que a recepção tem sido muito boa entre os colegas e muitos se interessaram em partici-par do programa de mutirões.

No ano passado, a American Society for Gastrointestinal Endoscopy (ASGE) divulgou uma campanha de esclareci-mento e indicação de orientações sobre o câncer colorretal para a população americana. O artigo Optimizing Adequacy of Bowel Cleansing for Colonoscopy: Recommendations from the U.S. Multi-Society Task Force on Colorectal Cancer ressalta que de 20% a 25% de todas as colonoscopias apresentam uma preparação inadequada. Segundo o estudo, são várias as razões, tais como a conformidade com as instruções de preparação e uma variedade de con-dições médicas que tornam a limpeza intestinal mais difícil, como a espera pelo agendamento da colonoscopia.

A estrutura clínica para a realização da iniciativa será garantida pela parce-ria com hospitais próximos aos locais onde ocorrerem os congressos e sim-pósio. No entanto, a ideia é não coin-cidir sempre com as datas dos even-tos. Na próxima edição do Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva da SOBED, a ser realizada em Maceió (AL), em abril deste ano, a Sociedade fechou parcerias com três hospitais universitários da região para a reali-zação dos exames.

“Os três hospitais de Maceió nos darão o suporte, com local adequado. A complexidade do exame exige o preparo antecipado do cólon. Então temos que ter uma equipe de enfer-magem, uma equipe clínica e uma de cólon-patologistas em caso de um paciente ter que ser submetido a alguma cirurgia”, diz Oliveira.

Os participantes do Simpósio poderão observar os procedimen-tos, que farão parte do ensino pro-pagado durante os eventos, acompa-nhados por especialistas da SOBED. Médicos em treinamento poderão atuar também.

O objetivo da SOBED não é prestar assistência. A Sociedade entende as dificuldades pelas quais a população

MutirõeS pelo BraSil

A prática de mutirões é comum

nos serviços de saúde no País, nas

mais diferentes especialidades e

com objetivos distintos. No último

trimestre de 2014, foram realiza-

dos mutirões em todas as regiões.

Em Cuiabá (MT), a Santa Casa de

Misericórdia promoveu nos dias 20

e 21 de dezembro exames de pre-

venção contra o câncer. O público-

-alvo da ação foram pessoas com

dificuldade de acesso aos serviços

de saúde e com mais de 50 anos.

Também no âmbito da oncologia,

o Hospital Dr. Hélio Angotti, em

Uberlândia (MG), realizou, em 29

de novembro, mutirão de exames

que atendeu 1.683 homens. Após a

ação, 93 pacientes foram encami-

nhados para exames complementa-

res e eventuais tratamentos na ins-

tituição. O objetivo do ‘Dia D’ anual

foi alertar a população masculina

sobre cuidados importantes para a

saúde do homem e a importância

da prevenção ao câncer de próstata.

Em outubro, o Hospital Estadual de

Bauru (HEB) já havia promovido o

Mutirão Outubro Rosa para avalia-

ção clínica da mama. O programa

foi idealizado em 2010 pelo Grupo

Amigas do Peito. Nessa edição con-

tou com a parceria da Faculdade

Método de São Paulo (Famesp) e

médicos voluntários. No mesmo

mês, 100 pessoas com diferentes

níveis de obesidade foram aten-

didas e orientadas em relação à

cirurgia bariátrica, no Hospital das

Clínicas, em Vitória (ES). A iniciativa

foi um alerta para o Dia Nacional de

Prevenção à Obesidade, que é lem-

brado em 11/10.

O objetivo da SOBED não é prestar assistência

à comunidade. A Sociedade entende as dificuldades pelas quais

a população passa em relação ao acesso a procedimentos avançados

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janeiro/março 2015revista sOBeD

DNA Ramiro Mascarenhas

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NOvaSpErSpEctivaS

Por Rodrigo Moraes e Vinicius Morais

de trabalhoÀ frente da gestão 2015-2016 da SOBED, o baiano Ramiro Mascarenhas tem por objetivo realizar um trabalho mais próximo dos associados

t odo início de gestão é marcado por uma série de expectativas, objetivos e uma boa dose de energia e otimismo para fazer as coisas acontecerem. Com a nova diretoria da SOBED Nacional não seria diferente. Depois de assumir oficialmente o posto no início de janeiro, o novo presidente da Sociedade, Ramiro

Mascarenhas contou à revista SOBED um pouco sobre sua história, características e desafios da gestão. Ele passa uma mensagem clara e direta aos associados: “nosso compromisso realmente será com a valo-rização do endoscopista e seguir difundindo a especialidade no País”.

A nova diretoria projeta uma série de ações e eventos para os próximos dois anos que vão beneficiar não apenas os associados, como também a população. No aspecto científico, Mascarenhas fala sobre a parceria com a Rede Informática de Medicina Avançada (RIMA), do Simpósio Internacional e da SBAD e enfatiza a ideia de uma campanha de conscientização e prevenção do câncer colorretal e a realização de mutirões de exames para a população em geral. Confira a seguir a íntegra da entrevista.

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janeiro/março 2015 REVISTA SOBED 19

e do Dr. Paulo Arruda, e toda a parte de vias biliares e CPRE também foi com o auxílio e treinamento com o agora ex-presidente da SOBED Dr. João Carlos Andreoli. Estive tam-bém uma época no Hospital Israelita Albert Einstein, com o Dr. Arnaldo Ganc.

Quando e como surgiu o interesse pela endosco-pia digestiva?Houve uma identificação natural com a espe-cialidade. Lá pelo quinto ano, na disciplina de gastroenterologia, notei que tinha uma maior afinidade por ela: gostava de estudar doenças do aparelho digestivo. Comecei a me apaixonar pela gastro e, depois da residência, pela endoscopia digestiva.

Quem foi seu grande mestre da especialidade?Minha história na medicina esteve sempre muito ligada ao saudoso professor Luiz Gui-lherme Costa Lyra, falecido no ano passado.

conte um pouco sobre a sua história de vida, sua formação.Nasci em Feira de Santana, na Bahia. Vim para Salvador aos 17 anos para cursar medicina e acabei ficando por aqui. Naque-la época a vontade era voltar para minha terra e atuar com medicina lá. Cursei me-dicina na Universidade Federal da Bahia (UFBA), depois tive a oportunidade de ser contratado como médico no Hospital das Clínicas da UFBA e já comecei a trabalhar no serviço de endoscopia. Também atuei na disciplina de gastroenterologia. Fiz residên-cia médica no próprio HC, onde concluí o mestrado e doutorado. Inclusive, na época do mestrado, eu estava fazendo um estágio na Universidade de São Paulo (USP), entre 1984 e 1985, no serviço de endoscopia di-gestiva chefiado pelos doutores Shinichi Ishioka e Paulo Sakai. Treinei ainda colo-noscopia no serviço da Dra. Angelita Gama

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DNA Ramiro Mascarenhas

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Ele participou diretamente da minha residên-cia, mestrado e doutorado.

O senhor atua na SOBED há vários anos, partici-pou do trabalho em várias comissões e foi, in-clusive, vice-presidente da última gestão da So-ciedade. como tem sido essa experiência e como avalia o desenvolvimento da especialidade nos últimos anos?A atividade associativa sempre me deu prazer, acho uma coisa importante. Posso dizer que sempre lutei pelo desenvolvimento da espe-cialidade, pela valorização do trabalho do mé-dico, principalmente do médico endoscopista.

Tenho experiência tanto no setor público quanto privado. E nós sabemos que o inves-timento em saúde no setor público é muito pequeno: a endoscopia digestiva se desen-volveu muito e nosso País avançou muito, mas deveria ter havido mais investimentos. Trabalhei 30 anos no HC–UFBA e houve re-almente melhorias, mas não as desejadas – a demanda sempre foi muito maior que a ofer-ta. Em termos científicos, a endoscopia brasi-leira evoluiu também.

Temos hoje grandes serviços que não de-vem em nada para nenhum serviço do exte-rior. Mas é interessante e triste observar que temos no Brasil situações absolutamente dis-tintas, como se tivéssemos uma hora na Bél-gica, outra na Índia.

O que significa para o senhor ser o presidente da Sociedade?A chapa em que concorri a presidente da SOBED, apesar de ter sido chapa única, foi denominada Ética e Transparência. Estou as-sumindo o comando da direção nacional com esse objetivo, juntamente com a nova direto-ria. Estamos vivendo um período de muito oti-mismo e esperança. E quero deixar bem claro que tenho uma confiança muito grande nos membros de nossa diretoria. Tive a felicidade de convidar pessoas motivadas, engajadas e

com uma história de participação ativa nas uni-dades regionais e na própria SOBED nacional.

E, na minha avaliação, temos excelentes perspectivas de trabalho.

A Prova de Título de Especialista já tem data marcada. A Comissão Científica já está se reunindo, os programas do IX Simpósio In-ternacional de Endoscopia Digestiva da SOBED e da Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD) estão prontos.

Quais são os desafios e expectativas de sua gestão?Em nossa gestão, o foco será o endoscopista. Nosso grande interesse é ampliar os benefí-cios e aumentar o número de sócios. A Socie-dade é estruturada em 23 estados e o Distrito Federal. Temos 24 unidades regionais consti-tuídas, algumas com sede própria, outras não. É um trabalho também que vamos tentar esti- ©

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O presidente tem

anos de atuação

associativa

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so Nacional e Câmaras dos Deputados a desen-volver um cenário mais positivo em relação ao diagnóstico e tratamento do câncer colorretal. A ideia é trabalhar em conjunto com a Socie-dade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), com a Federação Brasileira de Gastroentero-logia (FBG) e com a Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino (Abrapreci). Sabemos que a melhor conduta de prevenção é a colonoscopia, exame ao qual hoje, mesmo com convênios médicos, a maioria dos pacien-tes acima dos 50 anos ainda não se submeteu. Está provado cientificamente que a colonos-copia diminui a incidência e mortalidade por câncer colorretal.

Vamos investir muito na divulgação da prevenção do câncer colorretal e chamar a atenção em relação à alimentação, dieta e atividade física. Isso será prioridade também.

a SOBED também passará a oferecer um impor-tante benefício aos associados com o acesso à riMa (rede informática de Medicina avançada). Qual é o objetivo dessa ação e o que isso repre-senta dentro das suas metas para a gestão?Vamos dar acesso à RIMA a todos os sócios quites com a SOBED. É nossa prioridade número um. Esse deve ser realmente um di-ferencial para o associado, além de um be-nefício econômico. Só a assinatura de uma revista dessas custa em torno de R$ 700.

Daremos acesso a mais de 2.600 revistas, incluindo várias das áreas de endoscopia e gastroenterologia. A RIMA é uma ferramenta online que pode ser acessada de sua casa, do consultório ou na residência médica, e é um importante instrumento de pesquisa e atuali-zação científica.

E em relação aos eventos da SOBED, como es-tão os planejamentos e qual a importância deles para os endoscopistas?Nosso Simpósio Internacional e a SBAD têm uma qualidade semelhante aos congressos de

mular: que a unidade regional consiga ter sua sede própria com uma estrutura física admi-nistrativa para atender aos associados. Ape-nas três estados não possuem uma unidade da SOBED: Acre, Amapá e Roraima. Esses es-tados, pelo que percebi, não têm um número de sócios suficiente para montar uma unidade regional. Estamos avaliando uma maneira de haver uma maior representação nesses es-tados. E quem sabe, com essa aproximação, nós possamos também ampliar o número de sócios nessas regiões. Outro objetivo é a parti-cipação em uma campanha para a prevenção do câncer colorretal, juntamente com outros especialidades e entidades médicas.

Em relação a esse assunto, a SOBED criou uma comissão de prevenção ao câncer colorretal e realizou mutirões de procedimentos endoscó-picos durante os eventos e eventualmente em outras situações. De onde veio a ideia e como está o andamento? O mutirão deve ser apenas uma das ações des-sa comissão, será uma atividade no sentido de congregar e estimular tanto os médicos endos-copistas como a sociedade em geral, Congres-

Nosso compromisso realmente é com a valorização do endoscopista e

seguir difundindo a especialidade no País

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DNA Ramiro Mascarenhas

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nível internacional. Claro que lá fora eles têm mais estrutura, são muito maiores em volume de pessoas, mas estamos caminhando. Cole-gas que nos visitam sempre nos parabenizam pela excelência da qualidade científica.

A SBAD hoje é uma marca forte. Além disso, tenho a felicidade de ter um bom rela-cionamento com a atual presidente da Fede-ração Brasileira de Gastroenterologia (FBG), Dra. Maria do Carmo Friche Passos e com o presidente do Colégio Brasileiro de Cirur-gia Digestiva (CBCD), Dr. Bruno Zilberstein. Estamos trabalhando em conjunto, com uma programação científica e social conjunta. Nossa expectativa é fazer uma grande SBAD, também no aspecto social. Estamos planejan-do uma série de atividades em conjunto tanto com a FBG quanto com o Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD). A programa-ção científica do IX Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva da SOBED está bem adiantada, mas não descuidaremos da parte social. Vamos cuidar dessa parte prática em relação aos associados, mas na parte cientí-fica tem a RIMA e os congressos, e estamos também analisando a realização de cursos nas unidades regionais, cobrando que as uni-dades estaduais nos enviem um planejamento

estratégico. A ideia é organizar uma reunião administrativa com todos os presidentes das unidades estaduais para aumentar a integra-ção e motivar. Essa reunião deve acontecer no IX Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva da SOBED, em Maceió (AL).

Gostaria de deixar uma mensagem aos associados da SOBED?A mensagem é essa: nosso compromisso re-almente é com a valorização do endoscopista e seguir difundindo a especialidade no País.

A SOBED tem essa função e ela representa o endoscopista perante os poderes legislativo, judiciário, executivo, e as associações tam-bém. Temos representantes no Conselho Fede-ral de Medicina (CFM), na Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Continuaremos fazendo esse trabalho com a realização dos congressos, simpósios e cursos. Tudo isso focado na valorização da endoscopia digestiva brasileira. Estamos oti-mistas, esperançosos e confiantes. Estamos abertos ao diálogo e queremos que esta seja uma gestão ética e transparente, focada no associado – queremos que ele se sinta à von-tade para participar ativamente da SOBED.

Nova diretoria

está motivada

e otimista para

realizar um bom

trabalho em prol

da especialidade

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revista sOBeD janeiro/março 2015

em ação IX Simpósio Internacional

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das águasParaíso

em ação IX Simpósio Internacional

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REVISTA SOBEDjaneiro/março 2015 25

De volta aos fundamentos: essa será a tônica do IX Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva, pro-movido pela Sociedade Brasileira de Endoscopia

Digestiva (SOBED), que retorna ao nordeste – o evento ocorrerá nos dias 10 e 11 de abril no Hotel Jatiúca, em Maceió (AL). Entre os destaques da programação estão a transmissão ao vivo de casos direto do Hospital Erasme, da Universidade Livre de Bruxelas, na Bélgica, conferências internacionais e debates.

Em 2015, a nova diretoria da SOBED busca maior aproximação com os sobedianos a partir de um encontro de nível internacional (veja entrevista com o presidente eleito Ramiro Mascarenhas na seção DNA, pág. 18). Para o livre docente em gastroenterologia da Universidade de São Paulo (USP), primeiro--tesoureiro e presidente da Comissão Científica e Editorial da SOBED, José Celso Ardengh, o IX Simpósio foi programado para aproximar os profissionais. “O encontro deste ano é um marco importante na nova diretoria da SOBED, momento em que estamos tentando torná-lo mais atrativo”, diz.

A escolha da cidade de Maceió seguiu parâ-metros da Sociedade para a divulgação da especialidade em âmbito nacional, além de uma melhor adaptação e acesso para os pro-fissionais interessados. “Mais do que apenas levar o evento para cidades do interior do País, a ideia é contemplar até cidades grandes que ainda não tenham um centro de convenções com estrutura e capacidade para cinco ou seis

mil pessoas, como é o caso de Maceió”, explica o médico e pesquisador Julio Pereira Lima, da Fundação Riograndense Universitária de Gastroenterologia (FUGAST) e presidente da Comissão do Simpósio Internacional da SOBED.

Sobre a programação científica do encon-tro, Lima adianta que os debates e palestras tratarão do dia a dia do endoscopista: “Em vez de coisas mirabolantes e temas avançados, serão abordados assuntos que todo médico deve conhecer sobre aquela matéria. Será uma revisão geral do estado atual da endoscopia”.

Os convidados internacionais para essa edi-ção do Simpósio serão José Cotter (Portugal), vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Gastroenterologia (SPG); Jacques Devière (Bélgica), pesquisador no Laboratório Experimental de Gastroenterologia da Universidade Livre de Bruxelas; Manuel Perez Miranda (Espanha), chefe do Departamento de Endoscopia e Hepatologia do Hospital Universitário Rio Hortega; e Ram Chuttani (EUA), diretor de Gastroenterologia e Endoscopia Intervencionista no Beth Israel Deaconess Medical Center de Boston e professor assistente na Harvard Medicine School.

das águasSimpósio Internacional de Endoscopia

Digestiva da SOBED volta ao nordeste com o objetivo de fortalecer a especialidade local

Por Vinícius Morais

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revista sOBeD janeiro/março 2015

em ação IX Simpósio Internacional

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Na programação do primeiro dia, sexta--feira, 10/4, o destaque será a transmissão de casos ao vivo direto do Departamento de Gastroenterologia do Hospital Erasme, da Universidade Livre de Bruxelas, na Bélgica. Durante todo o período da manhã, Jacques Devière liderará a equipe que irá conduzir os procedimentos. No decorrer do dia, aconte-cem as preleções seguidas de debates sobre Endoscopia avançada do dia a dia; Corpo estra-nho: dicas e truques para a retirada; Balão intra-gástrico. Colocar é fácil. Como manejar as com-plicações e retirá-lo?; e Coledocolitíase, do fácil ao difícil: como devem ser retirados os cálculos?.

O dia abragerá ainda uma série de pales-tras: A ligadura ou a esclerose falharam: o que faço com a recidiva hemorrágica varicosa e não varicosa?; O que o especialista do aparelho diges-tivo precisa saber sobre diagnóstico diferencial de lesões subepiteliais do TGI; Quando é factível o tratamento endoscópico das lesões subepite-liais; Carcinoides do TGI; Endoscopia digestiva alta do dia a dia; Metaplasia e atrofia gástri-cas: devem ser seguidas? Tratadas?; Doença eosinofílica do tubo digestivo; e A cromoscopia virtual aumenta o índice de detecção precoce de esôfago/estômago?.

No sábado, 11/4, o destaque fica com as conferências internacionais Que procedimen-tos terapêuticos podemos fazer por ecoendosco-pia?; O que há de novo no diagnóstico e trata-mento das estenoses malignas das vias biliares; Quando indicar cápsula, enteroscopia ou ente-roressonância no intestino delgado?; e Nódulo pancreático: sinônimo de ecoendoscopia?. E tam-bém as exposições Endoscopia digestiva alta do dia a dia; Barrett e displasia: como aumentar a acurácia diagnóstica; Barrett: como diagnos-ticar e vigiar?; Tratamento do EB: a endosco-pia é a primeira opção?; O que há de novo em endoscopia: esôfago, pâncreas, estômago e cólon; entre outras atividades. Ainda no segundo dia, ocorrerá a série de palestras Colonoscopia do dia a dia (ver box).

Conforme o presidente da Comissão do Simpósio Internacional, Júlio Pereira Lima, o fato de a SOBED trazer esse tipo de evento para o nordeste em especial o torna mais pró-ximo dos associados. “É uma região que pre-cisa receber eventos de porte nacional para fortalecer a medicina local”, defende.

Teste Seus Conhecimentos eProva de Título de Especialista

Durante o Simpósio acontece também mais uma edição do curso Teste Seus Conhecimentos Baseado em Evidências. A oportunidade de atuali-zação precede o exame para obtenção do Título de Especialista em Endoscopia (TEE) e/ou Certificado de Área de Atuação em Endoscopia Digestiva. O curso acontece em 9 de abril e o exame de TEE no dia 12.

Rastreamento do câncer colorretal: como fazê-lo?

Seguimento pós-polipectomia/mucosectomia

Como evitar lesões residuais ou recorrentes

após a ressecção endoscópica?

Como chegar mais facilmente ao íleo?

Qual a melhor técnica de inserção?

Colonoscopia difícil: dicas de como fazer e quando parar

Como podemos avaliar a qualidade de nosso exame colonoscópico?

Magnificação e cromoscopia - são essenciais para um bom exame?

A classificação endoscópica de lesões colorretais é útil. Por quê?

Dicas e truques para ressecção de pólipos difíceis e

para mucosectomias

Qual a melhor conduta em pacientes com lesões

hiperplásicas e serrilhadas?

Quais os critérios de cura após a ressecção endoscópica de

neoplasias malignas?

Como abordar lesões recidivantes e metacrônicas?

Como e quando usar racionalmente hemoclips em colonoscopia?

Hemorragia digestiva baixa: como e quando fazer a colonoscopia?

Diagnóstico diferencial das lesões inflamatórias do

cólon e íleo – o que há além da doença de Crohn e RCUI?

Do polipinho ao polipão: com que método ressecá-lo?

As lesões não polipoides (planas) são mais difíceis

de diagnosticar? Mais agressivas?

Quando devemos realmente passar da mucosectomia

para a ESD

COlOnOSCOPIA DO DIA A DIA

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barcos de turismo pela cidade. Também chamada de Paraíso das Águas, a capital alagoana tem pouco mais de um milhão de habitantes e é conhecida pelas belas praias, cultura local e culinária típica. Entre as praias urbanas, os visitantes podem apro-veitar a Pajuçara - a mais visitada –, além de Ponta Verde e Jatiúca, consideradas as mais bonitas da orla. Seguindo o litoral norte, encontra-se o segundo polo turístico mais importante de Alagoas, a região de Maragogi, com coqueirais e águas verdes e mornas. São aproximadamente duas horas de carro até a praia. De lá, é preciso pegar um catamarã para chegar até as piscinas.

Ainda em Maceió, uma das boas opções de passeio se encontra no Pontal da Barra, no litoral sul, com comércio de artesanato regional. A caminho do litoral norte, é possí-vel apreciar pratos típicos na Praia de Riacho Doce, como tapioca, grude, cocada, bolo de macaxeira e massa puba.

O curso Teste Seus Conhecimentos é com-posto pela apresentação de diferentes temas, com questões teóricas ou baseadas em imagens e res-postas de múltipla escolha. Após cada pergunta haverá uma breve discussão acerca do item cor-reto com base em literatura (livros editados pela SOBED, diretrizes publicadas no site da SOBED e guidelines relativos aos temas propostos), com participação de debatedores e da plateia.

A atividade visa promover a revisão de con-ceitos bem estabelecidos e condutas baseadas em evidência científica dos temas da endosco-pia digestiva. O público-alvo são endoscopis-tas titulados e candidatos à prova de Título de Especialista em Endoscopia e/ou Certificado de Área de Atuação em Endoscopia Digestiva.

“Ai, que saudades do céu,do sal, do sol de Maceió...”Quem já foi a Maceió provavelmente já ouviu essa música em táxis, bares, restaurantes e

IX Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva

Hotel JatiúcaAv. Álvaro Otacílio, 5.500 –

Jatiúca, Maceió (AL)Contato: (82) 3325-3468

SERVIçO

HOSPEDAGEM

Acima, Julio Pereira Lima, presidente

da Comissão do Simpósio Internacional.

Ao lado, o endoscopista Jacques Devière,

que apresentará casos ao vivo de Bruxelas

Hotel JatiúcaHotel oficial do evento,a partir de R$ 312,00

ESGOTADO

Hotel RadissonAprox. 5 km do evento,a partir de R$ 516,00

Hotel MercureAprox. 5,3 km do evento,

a partir de R$ 330,00

Hotel Maceió AtlanticAprox. 2,3 km do evento,

a partir de R$ 315,60

Hotel Ponta VerdeAprox. 2,8 km do evento,

a partir de R$ 318,00

Hotel TrópicoAprox. 4,4 km do evento,

a partir de R$ 192,00

Hotel PajuçaraAprox. 5,5 km do evento,

a partir de R$ 318,00

Ritz Plaza Mar HotelAprox. 4,4 km do evento,

a partir de R$ 184,80

Ritz Praia HotelAprox. 3,3 km do evento,

a partir de R$ 171,60

Hotel Brisa MarAprox. 1,9 km do evento,

a partir de R$ 300,00

Pousada Praia VerdeAprox. 2,9 km do evento,

a partir de R$ 144,00

Matsubara HotelAprox. 1,3 km do evento,

a partir de R$ 264,00

Hotel Praia do PortoAprox. 2,2 km do evento,

a partir de R$ 250,80

Expresso R1 HotelAprox. 0,7 km do evento,

a partir de R$ 117,60

Holiday Inn ExpressAprox. 3,2 km do evento,

a partir de R$ 250,80

Ritz Lagoa da AntaAprox. 50 m do evento,a partir de R$ 324,00

Para reservas e orçamentos, consultarhttps://comuniceventos2.websiteseguro.com/index.

php/contato

* Valores consultados em janeiro de 2015, para diária

em apartamento duplo

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revista sOBeD janeiro/março 2015

info Internacional

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Por Renato Santana de JesusPrograma de Intercâmbio da SOBED começa 2015 a pleno vapor

Viajando para o

conhecimento

info Internacional

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REVISTA SOBEDjaneiro/março 2015 29

e stimulado pela constante troca de informações científicas que manteve com os diretores dos mais conceitua-dos serviços de endoscopia digestiva do mundo, por força de seu cargo

como presidente da Organização Mundial de Endoscopia Digestiva (WEO, sigla em inglês), Glaciomar Machado decidiu, em 2012, idealizar um programa de intercâmbio que contemplasse endoscopistas brasileiros e de outros países.

Machado, que já dirigiu a Sociedade Brasi-leira de Endoscopia Digestiva (SOBED) entre 1982 e 1984, conversou com o então presiden-te da entidade, Sérgio Bizzinelli, que imedia-tamente concordou com a iniciativa. Nascia, então, o Programa de Intercâmbio da SOBED. “No mandato seguinte, tive grande apoio do Dr. João Carlos Andreoli, que me permitiu desen-volver definitivamente essa atividade. Assim, contatei os chefes dos serviços de endoscopia digestiva selecionados, preenchendo os requisi-tos exigidos para que minha proposta pudesse ser analisada e aceita, tornando-a factível. Isso demandou algum tempo, pois ainda restava es-tabelecer as normas de inscrição para os futuros candidatos ao programa”, relata Machado.

Sob a coordenação da Comissão de Rela-ções Internacionais, chefiada por Machado, o Programa de Intercâmbio já está recebendo inscrições (ver mais detalhes no box) e deve-rá ganhar incrementos ao longo do ano, por decisão do novo presidente da SOBED, Ramiro Mascarenhas, que decidiu adotar o projeto de forma definitiva.

Atualmente, fazem parte do programa os serviços de endoscopia digestiva de oito países, além do Brasil: Alemanha, Argentina, Bélgica, Canadá, Estados Unidos, França, Inglaterra e Itália. Os candidatos selecionados poderão fre-quentar esses serviços como observadores, inte-grando a rotina dos procedimentos neles realiza-dos, reuniões científicas, organização e estrutura como um todo, além de participar da interrela-ção entre a endoscopia e os departamentos das diferentes especialidades do hospital.

Em contrapartida, estas mesmas facilidades serão oferecidas, no Brasil, aos endoscopistas dos países participantes do programa. Vale res-

saltar que tanto os brasileiros quanto os estran-geiros deverão arcar com suas despesas de pas-sagem e estada. “A simples participação, ainda que como observadores, em renomados servi-ços de endoscopia digestiva, permite aos pro-fissionais assimilar suas rotinas, estimulando-os a implantá-las entre nós. O candidato partici-pará, também, das reuniões científicas desses centros, com especialistas de várias áreas, como cirurgia, gastroenterologia e anatomia patoló-gica, entre outras”, diz o criador do projeto.

Por enquanto, apenas dois brasileiros já se beneficiaram do programa, ambos frequentan-do o serviço do médico Bjorn Rembacken, em Leeds, na Inglaterra. “Um terceiro candidato, já aceito e programado para frequentar o servi-ço do Dr. Gregory Haber, em Nova Iorque, não pôde viajar por motivos pessoais”, explica Ma-chado. Inglaterra e Estados Unidos, aliás, são os destinos mais procurados pelos profissionais bra-sileiros, embora França, Bélgica e Canadá tam-bém despontem como rumos bastante atraentes. Na outra ponta do programa, nenhum endosco-pista estrangeiro veio ao Brasil até o momento. Na avaliação de Machado, o fato do projeto es-tar no nascedouro contribui para que os chefes dos serviços desses países ainda não estimulem seus estagiários a participar.

Um dos diferenciais do Programa de In-tercâmbio da SOBED, relata o ex-mandatário da WEO, é sua estrutura informal. Pelo fato do calendário de atividades nos outros países ser diferente do brasileiro – e como os partici-pantes vão ao exterior apenas na qualidade de observadores –, os interessados podem viajar em qualquer época do ano e, portanto, não há obrigatoriedade de datas para inscrição. Toda-via, pela mesma razão, o número de vagas é variável e depende da época e do serviço esco-lhido pelo candidato. “Isso quer dizer também que, desde que a documentação esteja com-pleta, todos os inscritos deverão ser contem-plados”, explica.

A Comissão de Relações Internacionais da SOBED é composta por: Glaciomar Machado (coordenador), José Celso Ardengh, Simone Guaraldi, Vitor Arantes, Jairo Silva Alves, Admar Borges da Costa Jr. e Julio Pereira Lima.©

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revista sOBeD janeiro/março 2015

info Internacional

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paÍSeS e proFiSSionaiS do proGrama

Alemanha: Dr. Horst Neuhaus (Düsseldorf) e Dr. Horst Grimm (Hamburgo)

Argentina: Dr. Horacio Rubio (Buenos Aires)

Bélgica: Dr. Jacques Deviere (Bruxelas)

Canadá: Dr. Robert Bailey (Edmonton)

Estados Unidos: Dr. Gregory Haber (Nova Iorque) e

Dr. Klaus Mönkemüller (Birmingham-Alabama)

França: Dr. Jéan Escourrou (Toulouse), Dr. Thierry Ponchon (Lyon) e

Dr. Marc Giovannini (Marselha)

Inglaterra: Dr. Bjorn Rembacken (Leeds)

Itália: Dr. Giancarlo Caletti (Bolonha)

Eles foram até láCamila Adour faz fellow de endoscopia diges-tiva no Instituto Nacional de Câncer (Inca) e trabalha em uma clínica particular do Rio de Janeiro (RJ). Em fevereiro de 2014, indica-da por Machado, foi até Leeds, na Inglaterra, acompanhar o médico Bjorn Rembacken em dois hospitais ingleses, o St. James Hospital e o Leeds General Infirmary (LGI), ambos no setor de endoscopia oncológica. “Tive a opor-tunidade de acompanhar vários tipos de pro-cedimentos endoscópicos, como ablação por radiofrequência, ESD e mucosectomia.”

A endoscopista ficou um mês na Inglaterra. O tempo pode parecer pouco, mas, segundo ela, foi o suficiente para uma grande oportuni-dade em sua carreira, apreendendo técnicas e inovações que muitas vezes não teria a chance de ver no Brasil. “Foi uma experiência única. Aconselho todos a fazerem algo parecido. É a chance de conhecer uma nova cultura, novas técnicas e vivenciar uma nova rotina. Lá pude aprender não só um pouquinho mais de téc-nicas endoscópicas, como também participar de reuniões científicas com profissionais de diferentes áreas e publicar artigos. Tive ainda a oportunidade de participar de um congresso de endoscopia na Alemanha, convidada pelo próprio Bjorn Rembacken. Foi uma experiên-

cia incrível, que sem dúvida nenhuma aumen-tou de maneira considerável minha bagagem como endoscopista”, afirma.

Quem também realizou intercâmbio pro-fissional recentemente foi Otávio Micelli Neto, endoscopista e assistente do Setor de Ecoen-doscopia do Hospital 9 de Julho, em São Paulo (SP). Entre março e julho de 2013, ele esta-giou no Clinique de l’Alma, um dos mais con-ceituados institutos em endoscopia digestiva da França, já chefiado pelo professor Claude Liguory e atualmente conduzido por Cyrille Pauphilet. “A oportunidade surgiu através de meu professor, José Celso Ardengh, que tem grande amizade com o professor Pauphilet e com o professor Liguory. Após esse conta-to, ambos abriram as portas do serviço, per-mitindo um agradável e proveitoso estágio”, descreve Micelli Neto. Sua experiência in-ternacional foi parte do programa do Curso de Especialização em Ecoendoscopia Avan-çada dos hospitais Ipiranga e 9 de Julho. De acordo com o coordenador e idealizador do Curso, José Celso Ardengh, após um ano de dedicação, o aluno tem o direito de realizar esse estágio de três meses. “Vários profissio-nais já fizeram esse estágio. Entre eles, Vini-cius Hooper, Cristina Guedes, Livia Alckmin Uemura e Eloy Taglieri. Hemanoel de Souza Ribeiro também já foi aceito e irá viajar para a França em meados de abril para comple-mentar seu aprendizado em ecoendoscopia ©

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Camila Adour fez

intercâmbio de um

mês em Leeds,

na Inglaterra

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REVISTA SOBEDjaneiro/março 2015 31

como participar do proGrama de intercÂmBio

1) Podem inscrever-se, em qualquer

época do ano, todos os sócios da

SOBED, aspirantes ou titulares,

desde que quites com suas obri-

gações estatutárias. O programa

torna-se, desse modo, mais um

benefício que a Sociedade ofere-

ce aos seus associados.

2) Caso o candidato seja sócio

aspirante, será exigido que ele:

a) tenha completado a residência

médica em endoscopia; ou b)

tenha, pelo menos, dois anos

completos de treinamento em en-

doscopia digestiva, comprovados

por meio de certificado de conclu-

são do curso de especialização ou

estágio reconhecido pela SOBED

(não poderão candidatar-se aque-

les que não tiverem completado o

treinamento e/ou residência).

3) O candidato que não satisfizer

o item a ou b acima terá

seu pedido analisado pela

Comissão de Relações Interna-

cionais da SOBED.

4) O candidato deve apresentar

seu curriculum vitae, preferen-

cialmente no formato Lattes.

Para se inscrever, basta enviar um

e-mail para [email protected],

solicitando a participação no progra-

ma. A documentação será encami-

nhada e analisada pela Comissão

de Relações Internacionais.

avançada e CPRE”, diz José Celso Ardengh, que também é 1º Tesoureiro da SOBED. Em Paris, Micelli Neto teve a oportunidade de acompanhar casos em ecoendoscopia diag-nóstica e terapêutica e em colangiopancreato-grafia retrógrada endoscópica (CPRE). “O es-tágio me fez crescer muito como profissional. Proporcionou conhecer diferentes técnicas e culturas, desde a solicitação de exames até a sua realização, permitindo o aprimoramento não só da técnica, mas principalmente da in-terpretação dos procedimentos. Pude acompa-nhar e realizar uma série de procedimentos, entre eles ecoendoscopia, CPRE, colocação de próteses autoexpansíveis e terapêutica de fís-tulas, entre outros.”

Vale ressaltar que o estágio de Micelli Neto não fez parte do Programa de Intercâmbio da SOBED, mas tanto ele quanto Camila adota-ram uma estratégia semelhante antes de via-jar: investiram em aulas de idioma e estuda-ram extensivamente os assuntos relacionados aos campos do conhecimento com os quais teriam contato. “Antes de ir, estudei bastante sobre os procedimentos que acompanharia em Leeds e tive aulas de inglês para aprimorar mais o idioma”, diz Camila. “O mais impor-tante, na minha opinião, foi fazer o máximo para saber a língua local, o que facilitou muito a troca de informações e de experiências en-tre as partes”, conclui o assistente do Setor de Ecoendoscopia do Hospital 9 de Julho.

Otávio Micelli Neto

(à esq.) ficou três meses

estagiando no Clinique

de l’Alma em Paris

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janeiro/março 2015revista sOBeD

diagnóstico Pólipos

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Adenomas ou Pólipos Serrilhados Sésseis de CólonQuinze por cento de todos os casos de câncer colorretal estão relacionados a este principal subtipo das lesões serrilhadas

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esso

alPor Samantha CerquetaniRevisão Dra. Elisa Baba

“Nos últimos 20 aNos, quase todos os pólipos colorretais eram divididos em dois priNcipais grupos: pólipos hiper-plásicos e adeNomatosos. Atualmente, esses pólipos hiperplásicos são denominados lesões serrilhadas de cólon, caracterizados pelo aspecto serrilhado (ou em dentes de serra) das criptas das glândulas.” A afirmação sobre um dos processos que podem levar ao câncer colorretal é da endos-copista do Serviço de Endoscopia Gastrointestinal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) e do Serviço de Endoscopia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Elisa Ryoka Baba.

De acordo com o estudo Pathogenesis and Management of Serrated Polyps: Current Status and Future Directions, publicado na revista Gut Liver, edi-ção de novembro de 2014, o subtipo desses pólipos pode ser considerado precursor de pelo menos 15% de todos os cânceres colorretais. “A via ser-rilhada, portanto, é atualmente conhecida como o processo que pode levar ao câncer, geralmente de cólon proximal, e contabiliza fração considerável de cânceres que ocorrem após colonoscopias de rotina, também conheci-dos como cânceres de intervalo”, destaca a especialista.

Para o patologista chefe do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Católica de Brasília (UCB), Heinrich Seidler, a relação com o câncer de intervalo também representa um ponto fun-damental no reconhecimento dessa lesão. “Essas lesões não apresentam

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janeiro/março 2015 REVISTA SOBED 33

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janeiro/março 2015revista sOBeD

diagnóstico Pólipos

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manifestação clínica específica, sendo diag-nosticadas durante uma colonoscopia. Elas, no entanto, têm baixo ou nenhum impacto na redução da mortalidade por câncer de cólon proximal.” Ele diz que isso possivelmente ocorra tanto pela velocidade do desenvol-vimento das lesões quanto pelo desenvol-vimento de uma lesão avançada entre duas colonoscopias. O mecanismo molecular do adenoma serrilhado séssil determina a his-tória natural da lesão e aparentemente sua velocidade de desenvolvimento.

Segundo Elisa, as lesões serrilhadas colorretais são formadas por um grupo hete-rogêneo que inclui os pólipos hiperplási-

cos (PH), os adenomas ou pólipos serrilha-dos sésseis (A/PSS) e adenomas serrilha-dos tradicionais (AST). Os pólipos hiper-plásicos são os mais comuns e representam 75% das lesões serrilhadas, com prevalên-cia estimada de 20%, contabilizando cerca de um terço de todos os pólipos ressecados. Eles geralmente possuem coloração pálida e de dimensões menores que 5 mm, locali-zados no cólon distal (Figuras 1 e 2). “Esse subtipo apresenta pouco significado clínico, pois é o único que não possui progressão displásica ou risco de lesões metacrônicas”, explica. Já os adenomas ou pólipos serrilha-dos sésseis, também conhecidos como lesão

serrilhada séssil, são considerados os prin-cipais precursores da via serrilhada da car-cinogênese colorretal e têm sua prevalência subestimada há anos, variando de 0,1% a 14,7%. “Clinicamente, é o mais importante dos três subtipos devido à sua dificuldade de detecção e ao potencial para desenvolvi-mento de displasia e transformação maligna subsequente.” E, por fim, o adenoma serri-lhado tradicional (AST) representa menos de 1% de todas as lesões serrilhadas. É tipi-camente viloso, avermelhado e pediculado, o que lhe confere o aspecto de pinha, loca-lizado na porção distal (Figura 3). Pode apresentar displasia tanto convencional via

adenoma-like quanto via serrilhada. Devido à baixa frequência, bem como à morfologia exofítica e de fácil detecção, a preocupação clínica do AST é menor do que a do A/PSS.

A endoscopista aponta que diversas pes-quisas associam as lesões serrilhadas distais e proximais de grandes dimensões ao taba-gismo. “Na carcinogênese colorretal, a via clássica da sequência adenoma-carcinoma é regida principalmente pela instabilidade cromossômica e mutações do gene KRAS, enquanto na via serrilhada as alterações genéticas incluem mutação do gene BRAF e hipermetilação do gene promotor (CIMP). A instabilidade microsatélite (MSI) é outra

1. Aspecto típico de

múltiplos PHs do tra-

jeto retossigmoidea-

no sem cromoscopia

2. PHs após

cromoscopia com

índigo-carmim

3. Típica apresen-

tação do AST com

superfície vilosa e

avermelhada, em

aspecto de ‘pinha’

1 2 3

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janeiro/março 2015 REVISTA SOBED 35

4. A/PSS de difícil iden-

tificação (no centro),

localizado em ceco,

recoberto por muco e com

apagamento dos vasos

5. A mesma lesão 4

com melhor definição

das bordas após

cromoscopia com

índigo-carmim

6. Típico aspecto

do A/PSS recoberto

por muco

êxito da colonoscopia na prevenção do câncer colorretal. “Estudos iniciais descobriram que a variabilidade da detecção de lesões serri-lhadas no cólon proximal é maior do que a relatada em adenomas, o que sustenta base racional para intervalos de seguimento relati-vamente curtos, a fim de detectar lesões ser-rilhadas não diagnosticadas.” Elisa reforça que não existem dados suficientes sobre a eficácia da ressecção endoscópica de lesões serrilhadas. Entretanto, a forma muito plana dos A/PSSs, associada a bordas mal definidas, levanta preocupações de que sua ressecção incompleta poderia ser problema clínico importante.

Detecção e tratamentoO diagnóstico das lesões serrilhadas é rea-lizado por meio do exame de colonoscopia de screening, pois as lesões iniciais benig-nas não causam sintomas ao indivíduo. Os A/PSSs são normalmente de coloração semelhante à mucosa, com melhor definição das bordas após cromoscopia com índigo-carmim (Figuras 4 e 5). Na maioria das vezes, os A/PSSs e PHs de cólon proximal são recober-tos por capa ou tampão de muco firmemente aderido (Figura 6). O muco pode fazer com que os pólipos fiquem de cor pálida, amare-lada, esverdeada ou avermelhada. “Devem ser tomados cuidados quando se retira o

via molecular que pode ser detectada em ambas as sequências: adenoma-carcinoma e via serrilhada.” De acordo com estudos, as lesões serrilhadas menores ou com 1 cm de tamanho, que foram provavelmente A/PSSs na maioria dos casos, estavam fortemente associadas aos cânceres sincrônicos, parti-cularmente em cólon proximal.

Segundo a especialista do HC-FMUSP, os cânceres de intervalo desenvolvem-se mais no lado direito. E como a colonoscopia é menos eficaz na prevenção de cânceres pro-ximais do que distais, os dados sugerem que as lesões serrilhadas (principalmente as não diagnosticadas) contribuem para a falta de

As lesões serrilhadas colorretais são formadas por um grupo heterogêneo que inclui os pólipos hiperplásicos (PH)

4 5 6

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janeiro/março 2015revista sOBeD

diagnóstico Pólipos

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muco do pólipo, uma vez que a lesão pode ficar mais difícil de ser identificada sem ele. Um recente estudo prospectivo de avalia-ção endoscópica de 158 A/PSSs identificou tampão de muco em 64% das lesões, borda com detritos ou bolhas em 52%, alteração do contorno de uma prega em 37% e inter-rupção do padrão vascular da mucosa em 32%”, expõe Elisa.

A especialista afirma que as técnicas de cromoscopia com magnificação de imagem permitem diferenciação confiável entre ade-nomas convencionais e lesões serrilhadas em tempo real durante a colonoscopia. Entretanto, a distinção entre PHs e A/PSSs pode não ser

possível quando se avalia somente a super-fície da lesão, uma vez que as característi-cas histológicas de A/PSS estão principal-mente na base das criptas. A presença de muco espesso também pode dificultar a téc-nica. Porém, de acordo com Elisa, os A/PSSs podem apresentar pequenas ramificações do pit pattern em aspecto de ‘folha de samambaia’ à colonoscopia com magnificação (Figura 7). “Infelizmente a técnica de magnificação é pouco disponível no Brasil e em países ociden-tais, exceto em grandes centros de referência. Grandes A/PSSs podem desenvolver dobras e ficarem ‘enrugados’ durante a polipecto-mia, característica que lhes dá a aparência de

prega redundante (Figuras 8 e 9). É provável que os fatores que influenciam a qualidade da colonoscopia na detecção de neoplasias precoces de cólon, como preparo intestinal adequado, tempo adequado de exame, ava-liação minuciosa, técnicas adequadas de poli-pectomia e habilidades do examinador, são importantes também para a detecção e tra-tamento dos A/PSSs”, completa.

Recomenda-se remoção completa de todas as lesões serrilhadas e o material retirado é examinado pelo patologista, que analisa os aspectos histológicos do pólipo. Ao exame microscópico, os PHs apresentam criptas retas e uniformes, sem atipias citológicas.

7. Pit pattern com

aspecto de ‘folha

de samambaia’ do

A/PSS à colonoscopia

com magnificação

8. A/PSS após

cromoscopia

9. A mesma lesão 8

com redundância

de mucosa

O diagnóstico das lesões serrilhadas

é realizado por meio do exame de colonoscopia

de screening

7 8 9

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janeiro/março 2015 REVISTA SOBED 37

Já os A/PSSs são caracterizados pela presença de padrão de crescimento desorganizado e distorcido das crip-tas, facilmente identificável em menor aumento. As criptas são dilatadas e/ou ramificadas em relação ao plano horizontal, o que causa o aspecto típico de bota, de âncora ou da letra L, além de apresentar ou não sinais de displasia citológica. Sendo assim, biópsias superficiais podem ser insufi-cientes para o diagnóstico de A/PSSs.

Ainda segundo Elisa, são três prin-cipais características que podem difi-cultar a ressecção endoscópica de lesões serrilhadas: tamanho, formato e localização, que são as mesmas do adenoma. Além disso, ela cita outros fatores como idade do paciente e suas comorbidades, além da experiência e habilidade do endoscopista, que podem influenciar a remoção. “Grandes lesões planas são difíceis de remover. As lesões que margeiam o óstio apendicular ou a válvula ileo-cecal podem não ser ressecáveis por via endoscópica.” Como a delimitação exata das margens das lesões serri-lhadas pode ser difícil, é importante a utilização de colonoscopias de alta definição e cromoscopia baseada em corantes ou digital. Lesões serrilha-das menores que 1 cm podem ser ressecadas com ou sem eletrocauté-rio. Para as lesões planas, exceto as diminutas menores de 5 mm, a poli-pectomia com alça ‘a frio’ é mais efi-ciente e adequada do que a ressec-ção fragmentada utilizando pinça ‘a frio’. Essa polipectomia deve incluir estreita margem de mucosa normal em torno das bordas da lesão. Durante o fechamento da alça ‘a frio’, a lesão se descola facilmente da muscular da mucosa. Se não ocorrer esse des-prendimento imediato, é sinal de que a alça englobou tecidos mais pro-fundos e, consequentemente, nova apreensão mais superficial da lesão

IdEntIfIcando as lEsõEs sErrIlhadas

É importante aprender a identificar e ressecar essas

lesões. Seguem abaixo algumas recomendações:

• Emcólonsbempreparados,prestaratençãoaáreas

focais recobertas por muco ou debris sem motivo al-

gum,principalmentenocólondireito.

• Sempre quando possível, utilizar cromoendoscopia

comíndigo-carmimoudigital.

• Tomar o mesmo cuidado para detecção de lesões

precocesplanasdocólon,comoalteraçõessutisde

coloraçãoevascularização,principalmenteaidentifi-

caçãodemudançasderelevomucosoepresençade

pregas redundantes.

• Assimcomonosadenomas,a taxadedetecçãode

lesões serrilhadas está diretamente relacionada ao

tempo de exame.

• Todosospóliposserrilhadosqueselocalizamacima

dosigmoideemaioresque5mmdevemserresse-

cados completamente.

Histologia Tamanho Nº de lesões LocalizaçãoIntervalo

(anos)

HP < 10 mm QualquerRetossig-

moide5-10

HP ≤5mm ≤ 3Proximal ao

sigmoide10

HP Qualquer ≥ 4Proximal ao

sigmoide5

HP >5mm ≥ 1Proximal ao

sigmoide5

A/PSSou

AST< 10 mm < 3 Qualquer 3-5

A/PSSou

AST≥ 10 mm 1 Qualquer 3

A/PSSou

AST< 10 mm ≥ 3 Qualquer 3

A/PSS ≥ 10 mm ≥ 2 Qualquer 1-3

A/PSSc/

displasiaQualquer Qualquer Qualquer 1-3

Fonte: Am J Gastroenterol 2012

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janeiro/março 2015revista sOBeD

diagnóstico Pólipos

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será necessária. Ela ressalta que a ressecção cirúrgica do cólon por lesão serrilhada rara-mente é necessária, mas é apropriada quando não é possível retirá-la endoscopicamente e indicada quando existem diversas lesões no cólon proximal.

Para Elisa, as taxas de detecção de lesões serrilhadas variam dramaticamente entre endoscopistas, o que indica que elas são signi-ficativamente pouco diagnosticadas na prática clínica, devido ao desconhecimento dos espe-cialistas. “O endoscopista deve fornecer dados relevantes da lesão encaminhada ao patolo-gista, como história clínica, aspectos endos-cópicos e suspeita diagnóstica para correlação

anatomoendoscópica adequada.” Ela explica que as lesões em monobloco retiradas por via endoscópica devem ser esticadas sobre super-fície lisa (isopor ou cortiça) e fixadas com agu-lhas; as pequenas (10 mm) também podem ser esticadas em papel cartão ou filtro de papel, sem a necessidade de agulhas, antes de serem embebidas em formol. “É importante lembrar que materiais muito fragmentados, com artefa-tos de esmagamento e de pinçamento, podem dificultar avaliação histológica devido à dis-torção e fragmentação das criptas.”

Segundo Seidler, a frequência de diag-nósticos pode aumentar desde que haja uma política de educação sobre suas caracterís-ticas clínicas, endoscópicas e morfológicas. “O trabalho conjunto entre endoscopistas e patologistas é igualmente importante nessa questão. Informações sobre localização, aspecto endoscópico e tamanho da lesão são fundamentais para chamar a atenção do patologista para a hipótese diagnóstica”, ressalta. Para ele, o reconhecimento e abor-dagem das lesões serrilhadas, especialmente do adenoma serrilhado séssil, representam uma oportunidade incrível de redução da mortalidade pelo câncer de cólon proximal. “A chave nesse processo está na educação sobre as caraterísticas clínicas, endoscópicas e histológicas da lesão, permitindo sua iden-tificação pelo endoscopista e análise crítica dos laudos histopatológicos. Finalmente, uma compreensão sobre seu comportamento bio-lógico leva tanto à abordagem consciente da lesão como ao acompanhamento adequado do paciente”, completa.

Elisa Baba é

endoscopista do

Serviço de Endoscopia

Gastrointestinal do

HC-FMUSP e do Icesp

As taxas de detecção de lesões serrilhadas variam dramaticamente entre endoscopistas, o que indica que elas são significativamente pouco diagnosticadas na prática clínica

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janeiro/março 2015 REVISTA SOBED 39

síndromE da polIposE sErrIlhada (sps)

Caracteriza-sepelapresençademúl-

tiplas lesões serrilhadas colorretais

(queabrangemA/PSSstípicose/ou

PHs).Estararaentidade,relativamente

nova,substituiuotermo‘Síndrome da

Polipose Hiperplásica’,apósavanços

de conhecimentos mais detalhados

das vias moleculares envolvidas e da

histórianatural.Em2010,aOrganização

MundialdaSaúde(OMS)definiucomo

SPSapresençadequalquerumadas

seguintes condições: cinco lesões ser-

rilhadasproximaisaocólonsigmoide,

sendo duas ou mais maiores de 10 mm;

qualquernúmerodelesõesserrilhadas

proximaisaocólonsigmoideem

indivíduoquepossuiparentede

primeirograucomSPS;oumaisque

20lesõesserrilhadas,dequalquer

tamanho,distribuídasaolongodocólon.

DeacordocomElisaBaba,otratamento

consiste em ressecar sistematicamente

todasaslesõesmaioresque5mmcom

polipectomias(‘afrio’oumucosecto-

mias),pormeiodecolonoscopiascom6

a12mesesdeintervalo.“Arealização

de colonoscopias de screening com

cromoscopia em parentes de primeiro

grauéaconselhávelapartirdos25anos

oucom10anosamenosqueofamiliar

maisnovodiagnosticadonafamília.”

Amaioriadasdiretrizesrecomenda

screeningapartirdos40anos,mas

devido à possibilidade de desenvolvimento

de câncer em pacientes com menos de

30anos,épreferíveliniciá-lomaispreco-

cemente.Atéomomento,nãohátestes

genéticosdisponíveis,apesardaevidên-

ciaclínicadepredisposiçãohereditária.

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revista sOBeD janeiro/março 2015

amb Associação Médica Brasileira

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todavia, jamais esmorecemos ou fraquejamos na luta séria, verdadeira, engajada nos ideais coletivos, cujo principal foco sempre foi fazer o melhor pelo nosso povo, pela saúde do bra-sileiro, pela medicina. Fica o legado do que fizemos e a esperança de melhorias futuras.

Inicia-se o mandato 2014-2017, com pes-soas que continuam e outras que se juntam ao time, sempre tendo espaço para outros que queiram juntar-se a nós, cerrando fileiras para o bom combate, no campo das ideias, dos pensamentos e sem interesses que não sejam coletivos. A luta é a mesma: buscar sempre o melhor para a saúde das pessoas e para nossa querida medicina.

Precisamos continuar unidos às outras tantas entidades médicas, fortalecendo nossa

Terminado o mandato 2011-2014, precisa-mos agradecer a todos que nos ajudaram nessa árdua e gratificante missão. Pedir desculpas se não realizamos tudo o que era necessário e desejávamos. Foram muitos empecilhos,

2015: A luta continua!

Mais um ano se inicia e esperamos que 2015 nos proporcione mais saúde. Que possa-mos ter o Brasil melhorando seus indica-

dores na saúde, educação, economia etc. Que o povo brasileiro tenha acesso com qualidade aos serviços de saúde e não sofra nas longas filas de espera para consultas, exames e cirurgias. Que não encontre emergências superlotadas, falta de medi-camentos e outros insumos para seu atendimento. Que tenhamos cada vez mais profissionais qualifi-cados e dedicados.

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REVISTA SOBEDjaneiro/março 2015 41

Florentino Cardoso,Presidente da Associação Médica Brasileira (AMB)

caminhada e possibilitando que tenhamos a saúde no Brasil com mais recursos, melhor gestão e sem corrupção. Não tem sido fácil, porém, temos muita garra, força e vontade para construir sempre algo melhor. Façamos a nossa parte e torçamos para que os que vierem depois façam ainda mais, assim é melhor para todos.

Aproxima-se um novo governo federal e estadual (2015-2018), e embora percebamos grandes diferenças conosco, estaremos sem-pre dispostos a dialogar e construir um futuro alvissareiro para o Brasil, pois é o que mais importa. Queremos avançar na construção de escolas médicas excelentes, na residência médica profissionalizada, contemporânea, qualificada, no título de especialista valori-zado, na educação médica continuada sendo estimulada e cobrada. Somente assim teremos médicos adequadamente habilitados para cui-dar das pessoas com qualidade e segurança.

A AMB quer e pode ajudar em vários pro-jetos e campanhas: obesidade, atendimento na urgência e emergência, diminuição da mortalidade materna, tuberculose, AIDS, hanseníase e tantos outros. Urge que atue-mos no enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis, que o paciente oncológico tenha seu diagnóstico e tratamento mais pre-coces, que não amputemos tantos membros de pacientes diabéticos, que possamos diminuir os acidentes vasculares e suas sequelas, que tenhamos políticas públicas para o envelhe-cimento e para a criança. Pensemos e cons-truamos melhor o futuro.

País rico é país sem miséria e corrupção!A saúde é o nosso bem maior e o povo brasi-leiro merece respeito.

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revista sOBeD janeiro/março 2015

ética Parecer médico

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“Gostaria de saber se vocês têm alguma Resolução que dispense a necessidade de enfermeiro na unidade de endoscopia de clí-nica privada.”

Para esclarecimento ao colega endosco-pista, relatamos abaixo parte de um Processo - consulta CFM nº 11.656/11 e Parecer CFM nº 16/12, cujo relator foi o Dr. Jecé Freitas Brandão, atual vice-presidente do CFM e mem-bro dessa nossa Comissão:

Assunto Exigência do Conselho Federal de Enfermagem de contratação de profissional enfermeiro em clínicas de endoscopia digestiva e outras clínicas médicas.

Da conclusãoPelo exposto, concluo que as clínicas médicas e consultórios médicos e de endoscopia diges-tiva não estão obrigados a contratar profissio-nal enfermeiro para supervisionar o trabalho do auxiliar médico nos procedimentos endos-cópicos e médicos em geral. O diretor técnico da instituição tem o direito e o dever legal e ético de exercer tal supervisão, posto ser o responsável pelo ato médico.

Os consulentes, como médico e diretor técnico, devem submissão apenas à fiscaliza-ção e às normas de seu conselho de classe, que são os Conselhos Regional e Federal de Medicina, bem como devem atender às exi-gências da Vigilância Sanitária.

A íntegra do Parecer está disponível no www.portalmedico.org.br

Contratação de enfermeiros para os serviços de endoscopia digestiva

DE FORMA RECORREntE, OS endoscopistas de várias regiões do País têm sido instados a con-

tratar enfermeiros para seus serviços de endoscopia digestiva.

Assim, pressionados, solicitam à sua SOBED estadual – como já ocorreu na SOBED-MG – ou à SOBED nacional uma orientação sobre que conduta tomar ou como agir quando diante dessa situação.

no limiar da nova gestão SOBED 2015-2016, nossa Comissão de Ética e Defesa Profissional já recebeu, em 7 de janeiro, uma consulta sobre o assunto enviada por um médico especialista em endoscopia, e que segue:

Paulo Afonso Leandro (MG), presidente da Comissão de Ética e Defesa Profissional da SOBED ©

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revista sOBeD janeiro/março 2015

artigo Tributos

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Por sua vez, os estabelecimentos hospitala-res utilizam os percentuais reduzidos de pre-sunção de lucro de 8% sobre o faturamento para o IRPJ e 12% para a CSLL.

Entretanto, vale salientar que a Lei no 11.727/2008, alterando a Lei nº 9.249/1995, estabeleceu que, além dos serviços hospita-lares, também faz jus à presunção de lucro diferenciada os serviços de auxílio a diagnós-tico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a prestadora desses serviços seja organi-zada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Explicando melhor, a sociedade empresá-ria deverá ser devidamente registrada na junta comercial do estado e possuir sede que atenda aos ditames da RDC 50 da Anvisa. A empresa deve ainda estar certificada por intermédio da concessão de alvará. Em razão disso, ficam excluídos do benefício da alíquota reduzida os endoscopistas que, preenchendo apenas o requisito da constituição na modalidade de sociedade empresária, prestem serviços para outros estabelecimentos de saúde.

Cabe esclarecer que a Instrução Normativa nº 1.234, de 11 de janeiro de 2012, emanada da Receita Federal do Brasil, embora tenha por finalidade tratar essencialmente sobre a retenção de tributos nos pagamentos efetua-dos pelos órgãos da administração pública federal, também dispõe sobre as pessoas jurí-dicas que têm direito à presunção de lucro

Isso pode ser feito de diversas formas. Dentre elas, podemos citar o regime tribu-tário, se é lucro real, presumido ou adesão ao simples; se há o perfeito enquadramento à atividade desenvolvida; a observância a possíveis faixas diferenciadas de tributação e o aproveitamento de créditos tributários.

Sabe-se que um dos aspectos que atingem diretamente o resultado de uma empresa é a carga tributária incidente sobre sua operação. Sendo assim, ao longo do presente trabalho se demonstrará o impacto direto dos tribu-tos sobre o lucro da empresa e, consequente-mente, a significativa economia conseguida por intermédio de um planejamento tributá-rio adequado.

Na tributação pelo lucro presumido, as pres-tadoras de serviços em geral utilizam como base de cálculo para a apuração da presunção do lucro o percentual de 32% sobre o faturamento bruto, tanto para o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) quanto para a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). Aplicando-se sobre a presunção de lucro os percentuais de 15% para IRPJ e 9% para a CSLL.

Planejamento tributário para clínicas médicas de prestação de serviços de endoscopiaO atual cenário econômico do País é de incer-

teza. Some-se a isso a forte concorrência no setor médico e a alta carga tributária

e teremos a receita perfeita para a diminuição na margem de lucro e consequente dificuldade para se manter ativo no mercado. Por esse motivo, mais do que nunca se faz necessário o planeja-mento tributário como medida lícita de redução de tributos a pagar.

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REVISTA SOBEDjaneiro/março 2015 45

reduzida, quando no parágrafo único de seu Art. 31 diz que:

Aplica-se o disposto no caput aos seguintes serviços de saúde considerados como espé-cies de auxílio diagnóstico e terapia: exames por métodos gráficos, endoscópicos, radio-terapia, quimioterapia, diálise e oxigenote-rapia hiperbárica.

Dessa forma, as clínicas médicas que pres-tam serviços de apoio a diagnóstico, entre elas as clínicas de endoscopia digestiva, desde que sejam constituídas na forma de sociedade empre-sária e atendam aos requisitos da RDC 50 da Anvisa, também terão direito a usar a presun-ção de lucro nos percentuais de 8% e 12% para a tributação de IRPJ e CSLL, respectivamente. A adoção dessas alíquotas diferenciadas pro-porciona uma significativa economia na carga tributária, conforme será demonstrado a seguir.

Para demonstração do impacto financeiro, imaginemos uma clínica médica que tenha uma receita bruta da ordem de R$ 100 mil, refe-rente à prestação de serviços de diagnóstico

por imagem. Pelas alíquotas normais, ela teria a seguinte tributação:

• Faturamento mensal: R$ 100 mil. • Observando-se que no lucro presumido a

apuração para o IRPJ e CSLL é trimestral, teremos então o faturamento no trimestre da ordem de R$ 300 mil e presunção de lucro de 32%.

• Logo, a tributação para o IRPJ incidirá sobre R$ 96 mil.

• Aplicando-se sobre esse montante o per-centual de 15%.

• Isto é, R$ 96 mil x 15% = R$ 14.400,00, que corresponde ao percentual de 4,80% sobre o faturamento bruto.

Entretanto, conforme determina a Lei, sobre a parcela do lucro que exceder a R$ 60 mil no trimestre incidirá o IRPJ adicional de 10%. Desse modo, no exemplo citado temos que a presunção de lucro no trimestre foi de R$ 96 mil. Deduzidos os R$ 60 mil, teremos como parcela excedente para efeito da aplica-ção do IRPJ adicional o montante de R$ 36 mil.

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revista sOBeD janeiro/março 2015

artigo Tributos

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Wadih Habib,advogado sócio da Habib Advocacia, coordenador e professor da Pós-Graduação em Direito Processual

da Faculdade Dom Pedro II e do Juspetrum, pós-doutor em Direito Processual pela Universidad

de La Matanza, Buenos Aires, Argentina, mestre em Planejamento Ambiental pela Ucsal, especialista em Direito Processual Civil e Direito do Trabalho, palestrante em diversos seminários e congressos

nacionais e internacionais, professor homenageado pela Universidad de Moron, Argentina.

Para efeito do cálculo da CSLL, teremos a presunção de lucro líquido de 12% sobre o faturamento. Logo: R$ 300 mil x 12% = R$ 36 mil - sobre esse montante incidirá a alíquota de 9% referente à CSLL: R$ 36 mil x 9% = R$ 3.240,00, que corresponde a 1,08% sobre o faturamento bruto.

Nesse caso, teremos de impostos a recolher no trimestre: R$ 3.600,00 de IRPJ + R$ 3.240,00 de CSLL. Total: R$ 6.840,00 e total anual: R$ 27.360,00.

Do estudo feito, percebe-se que pela tribu-tação normal a clínica médica pagará, a título de IRPJ e CSLL, anualmente, a importância de R$ 106.560,00. Ao passo que com a alíquota reduzida sofrerá uma tributação da ordem de R$ 27.360,00, o que significa uma economia de tributos da ordem de R$ 79.200,00 ao ano. Se essa conta for feita observando-se um período de cinco anos, a economia será da ordem de R$ 396 mil.

Todavia, faz-se necessário destacar que no caso de atividades diversificadas deverá ser aplicado o percentual correspondente a cada atividade. Dessa forma, os serviços prestados que não se enquadrem nas atividades de aná-lises clínicas laboratoriais, de análises toxico-lógicas, de análises citológicas, citogenéticas e anatomopatológicas e de serviços de diagnós-tico por imagem, deverão ser contabilizados em separado e sofrer a tributação com as alíquotas normais de presunção de lucro de 32%.

Valor sobre os quais será aplicado o percentual de 10%: R$ 36 mil x 10% = R$ 3.600,00. Total de IRPJ a recolher no trimestre: R$ 14.400,00 + R$ 3.600,00 = R$ 18 mil.

Para a CSLL, o cálculo será semelhante, aplicando-se a presunção de lucro de 32%, entretanto o percentual do imposto será de 9%, portanto teremos:

Faturamento no trimestre: R$ 300 mil x 32% (presunção de lucro) = lucro presumido de R$ 96 mil - sobre esse montante incidirá a CSLL de 9%: R$ 96 mil x 9% = R$ 8.640,00 de CSLL a recolher, que corresponde a 2,88% sobre o faturamento bruto.

Total de tributos a recolher no trimestre: R$ 18 mil de IRPJ + R$ 8.640,00 de CSLL = R$ 26.640,00.N o a n o t e r e m o s o m o n t a n t e d e R$ 106.560,00.

Façamos agora a mesma conta tomando como base os percentuais reduzidos:

• Faturamento no trimestre: R$ 300 mil.• Presunção de lucro de 8% para efeito de IRPJ.• Logo, R$ 300 mil x 8% = R$ 24 mil (lucro

presumido) - sobre esse montante incidirá 15% de IRPJ.

• Portanto, R$ 24 mil x 15% = R$ 3.600,00, que corresponde a 1,2% sobre o faturamento bruto - IRPJ a recolher de R$ 3.600,00.

As clínicas médicas que prestam serviços de apoio a diagnóstico, entre elas as clínicas de endos-copia digestiva, também terão direito a usar a presunção de lucro nos percentuais de 8% e 12% para a tributação de IRPJ e CSLL

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REVISTA SOBEDjaneiro/março 2015 47

Por dentro Diretorias nacionais

GeStão 2015-2016Presidente: Ramiro Robson Fernandes Mascarenhas (BA)Vice-Presidente: Admar Borges da Costa Junior (PE)1° Secretário: Paulo Fernando Souto Bittencourt (MG)2° Secretário: Julio Cesar Souza Lobo (PR)1º Tesoureiro: José Celso Ardengh (SP)2ª Tesoureira: Maria Elizabeth Cardoso de Castro (RJ)Diretor de Sede: Tomazo Antonio Prince Franzini (SP)

ConSelHo FiSCalAlice Mendes de Souza Cairo (BA)Carlos Alberto Cappellanes (SP)Carlos Alberto da Silva Barros (MG)Dalton Marques Chaves (SP)Rodrigo José Felipe (BA)Sergio Luiz Bizinelli (PR)

Diretoria eleitaGeStão 2017-2018Presidente: Flavio Hayato Ejima (DF)Vice-Presidente: Jairo Silva Alves (MG)1º Secretário: Afonso Celso da Silva Paredes (RJ)2º Secretário: Ricardo Rangel de Paula Pessoa (CE)1º Tesoureiro: Thiago Festa Secchi (SP)2º Tesoureiro: Eduardo Nobuyuki Usuy Junior (PR)

• comissões estatutáriaseleitoral, De eStatutoS, reGiMentoS e reGulaMentoS

Presidente: Laercio Tenório Ribeiro (AL)

aDMiSSãoPresidente: Jose Olympio Meirelles dos Santos (SP)

CientíFiCa e eDitorialPresidente: José Celso Ardengh (SP)Claudio Rolim Teixeira (RS)Djalma Ernesto Coelho Neto (RJ)Edivaldo Fraga Moreira (MG)Eloa Marussi Morsoletto (Pr)Everson Luiz de Almeida Artifon (SP)Gilberto Reynaldo Mansur (RJ)Luiz Claudio Miranda da Rocha (MG)Marcos Clarencio Batista Silva (BA)

ÉtiCa e DeFeSa ProFiSSionalPresidente: Paulo Afonso Leandro (BA)Adriane Graicer Pelosof (SP)Ana Maria Zuccaro (RJ)Geraldo Ferreira Lima Junior (MG)Jece Freitas Brandão (BA)

avaliação e CreDenCiaMento De CentroS De enSino e treinaMento

Presidente: Admar Borges da Costa Junior (PE)Daniela Medeiros Milhomem Cardoso (GO)Eduardo Guimarães Houneaux de Moura (SP)Eloá Marussi Morsoletto (PR)Fauze Maluf Filho (SP)Fernando Pavinato Marson (SP)Giovani Antonio Bemvenuti (RS)João Paulo de Souza PontualRenato Luz Carvalho (SP)Simone Guaraldi da Silva (RJ)

título De eSPeCialiSta e Sua atualizaçãoPresidente: Vitor Nunes Arantes (MG)Secretário: José Celso Cunha Guerra Pinto Coelho (MG)Afonso Celso da Silva Paredes (RJ)Antonio Carlos Coelho Conrado (PE)Daniela Medeiros Milhomem Cardoso (GO)Edson Ide (SP)Ermelindo Della Libera Junior (SP)Luis Fernando Tullio (PR)Luiz Leite Luna (RJ)Manoel Ernesto Peçanha Gonçalves (SP)Mauro José Wagner Moreira Maia (RS)Paulo Fernando Souto Bittencourt (MG)Sylon Ribeiro de Brito Junior (BA)

• diretoria nacional • comissões não estatutáriaseventoS SobeDXiv Sbad 2015

Presidente XIV SbaD: Ramiro Robson Fernandes Mascarenhas (BA)Secretário XIV SbaD: Paulo Fernando Souto Bittencourt (MG)Tesoureiro XIV SbaD: José Celso Ardengh (SP)

SimpóSio internacional de endoScopia digeStivaPresidente: Julio Carlos Pereira Lima (RS)Beatriz Monica Sugai (SP)Dalton Marques Chaves (SP)Herbeth Jose Toledo Silva (AL)Jose Wenceslau da Costa Neto (AL)Laercio Tenório Ribeiro (AL)

curSo ao vivoPresidente: Artur Adolfo Parada (SP)

teSte SeuS conhecimentoSPresidente: Jairo Silva Alves (MG)

aSSeSSoria À PreSiDênCiaIgelmar Barreto Paes (BA)Luiz Felipe Paula Soares (PR)

ConSelHo eDitorial e livroSLuiz Leite Luna (RJ)Paulo Sakai (SP)

CoMuniCaçãoCoordenador: Bruno da Costa Martins (SP)Gustavo Andrade de Paulo (SP)Jarbas Faraco M. Loureiro (SP)José Celso Ardengh (SP)Rodrigo Azevedo Rodrigues (SP)

DiretrizeS e ProtoColoSCoordenador: Claudio Lyoiti Hashimoto (SP)Adorisio Bonadiman (PR)Alexandre de Sousa Carlos (SP)Caio Cesar Furtado Freire (SP)Cristina Flores (RS)Fernando Pavinato Marson (SP)Gustavo Andrade de Paulo (SP)Huang Ling Fang (RJ)Juliana Dantas Ramos Brito (PB)Lix Alfredo Reis de Oliveira (SP)Luana Vilarinho Borges (SP)Luiza Maria Filomena Romanello (SP)Marcela Paes Rosado Terra (SP) Maria Das Graças Pimenta Sanna (MG) Paulo Roberto Alves de Pinho (RJ) Rafael Gonzaga Nahoum (SP) Ricardo Teles Schulz (SC) Rodrigo de Rezende Zago (SP) Wladimir Campos de Araújo(BA)

iMPlantação De HonorárioS MÉDiCoS e CooPerativaS naS uniDaDeS eStaDuaiS

Coordenador: Oswaldo Luiz Pavan Junior (ES)Ana Celia Rego Sales (BA)Antonio Gentil Neto (MS)Artur Adolfo Parada (SP)Julio Cesar de Soares Veloso (DF)Lincoln Eduardo V V de Castro Ferreira (MG)Luiz Paulo Reis Galvão (PE)Sergio Luiz Bizinelli (PR)Viriato João Leal da Cunha (SC)Wander Campos Marcos (MG)

Prevenção De CânCer Colorretal e MutirõeSCoordenador: Lix Alfredo Reis de Oliveira (SP)Carlos Eduardo Oliveira dos Santos (RS)Claudio Rolim Teixeira (RS)Flavio Heuta Ivano (PR)Herbeth Jose Toledo Silva (AL)José Olympio Meirelles dos Santos (SP)Lincoln Eduardo V V de Castro Ferreira (MG)Luiz Claudio Miranda da Rocha (MG)Marcelo Averbach (SP)Paulo Roberto Alves de Pinho (RJ)Rodrigo José Felipe (BA)Sergio Luiz Bizinelli (PR)

relaçõeS internaCionaiSCoordenador: Glaciomar Machado (RJ)Admar Borges da Costa Junior (PE)Jairo Silva Alves (MG)José Celso Ardengh (SP)Julio Carlos Pereira Lima (RS)Simone Guaraldi da Silva (RJ)Vitor Nunes Arantes (MG)

rePreSentanteS eM inStituiçõeSCFM / CnrM

Flavio Hayato Ejima (DF)Admar Borges da Costa Junior (PE)

anviSa / CoMSu

Carlos Alberto da Silva Barros (MG)Flavio Hayato Ejima (DF)

aMb câmara técnica implanteS

Wagner Colaiacovo (SP)

conSelhoS deliberativo e científicoMaria Das Graças Pimenta Sanna (MG)

CnaCarlos Alberto da Silva Barros (MG)Renato Baracat (SP)

eDitoreS reviSta CientíFiCaEverson Luiz de Almeida Artifon (SP)

rePreSentanteS reviStaSged – gaStroenterologia e endoScopia digeStiva

Paulo Roberto Arruda Alves (SP)

arquivoS de gaStroenterologiaEverson Luiz de Almeida Artifon (SP)

• núcleosColanGioPanCreatoGraFia enDoSCóPiCa retróGraDa (CPre)

Coordenador: Everson Luiz de Almeida Artifon (SP)Djalma Ernesto Coelho Neto (RJ)Julio Carlos Pereira Lima (RS)Julio Cesar Pisani (PR)Luiz Paulo Reis Galvão (PE)Ricardo Rangel de Paula Pessoa (CE)

eCoenDoSCoPiaCoordenador: Fauze Maluf Filho (SP)Cesar Vivian Lopes (RS)Eloy Taglieri (SP)Marcos Clarencio Batista Silva (BA)Rodrigo Roda Rodrigues da Silva (MG)Simone Guaraldi da Silva (RJ)Wladimir Campos de Araújo (BA)

enDoMiCroSCoPia ConFoCalCoordenadora: Adriana Vaz Safatle-Ribeiro (SP)Claudio Rolim Teixeira (RS)Elisa Ryoka Baba (SP)Fauze Maluf Filho (SP)José Celso Ardengh (SP)Lucio Giovanni Battista Rossini (SP)Simone Guaraldi da Silva (RJ)

inteStino DelGaDoCoordenador: Artur Adolfo Parada (SP)Afonso Celso da Silva Paredes (RJ)Paula Bechara Poletti (SP)Thiago Festa Secchi (SP)

PatoloGia enDoSCóPiCa

Coordenador: Filadelfio Eucliedes Venco (SP)

PeDiatriaCoordenadora: Cristina Helena Targa Ferreira (RS)Juliana Cristina Eloi (RS)Mário César Vieira (PR)Silvia Regina Cardoso (SP)

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revista sOBeD janeiro/março 201548

Por dentro Diretorias estaduais

Av. Luiz Calheiros Junior, 110, Maceió | CEP: 57055-230 (82) 8811-3339 | [email protected]

Presidente: José Wenceslau Da Costa Neto Vice-Presidente: Herbeth José Toledo Silva 1ª Secretária: Maria Marta Braga de Albuquerque2º Secretário: Gilson de França dos Santos1º Tesoureiro: José Nobre Pires2º Tesoureiro: Francisco Milton Lucio Melo

• ALAGOAS

Rua do Congresso, 90, Manaus | CEP: 69010-970(92) 9152-9119 | [email protected]

Presidente: Jeanne Monique Guimarães PimentelVice-Presidente: Ricardo Paes Barreto Ferreira1º Secretário: Edilson Sarkis Gonçalves2ª Secretária: Deborah Nadir Ferreira Botelho1º Tesoureiro: Jorge Luis Bastos Arana2º Tesoureiro: Lourenço Candido Neves

• AMAZONAS

Rua Baependi, 162 - sala 03, Salvador | CEP: 40170-070(71) 9338-0220 | [email protected]

Presidente: Durval Gonçalves Rosa Neto Vice-Presidente: Luciano Magalhães Oliveira 1º Secretário: Wladimir Campos de Araújo 2º Secretário: Marcus Melo Martins dos Santos 1º Tesoureiro: Daniel Barreto Lira Cavalcante 2º Tesoureiro: Luiz Sergio do Amaral Junior

• BAHIA

Av. Santos Dumont, 1168 - Sala 301, Fortaleza | CEP: 60150-160 (85) 9985-5636 | [email protected]

Presidente: Miguel Angelo Nobre e SouzaVice-Presidente: Eder Janes Cavalcante Guerra1º Secretário: Tarciso Daniel Dos Santos da Rocha2º Secretário: Marcellus Henrique Loiola P. de Souza1º Tesoureiro: Daniel de Paula Pessoa Ferreira2º Tesoureiro: Decio Sampaio Couto Junior

• CEARÁ

Setor de Clubes Sul - SCS - Trecho 03- Conj 06- Sala 208, BrasíliaCEP: 70200-003 | (61) 9989-4131 [email protected]

Presidente: Julio Cesar Soares VelosoVice-Presidente: Flavio Hayato Ejima1º Secretário: Rodrigo Aires de Castro2º Secretário: Tecio de Araújo Couto1º Tesoureiro: Bruno Chaves Salomão2ª Tesoureira: Zuleica Barrio Bortoli

• DISTRITO FEDERAL

Associação Médica do Espirito Santo – Sede SOBED/ESRua Francisco Rubim, 395, Bento Ferreira, Vitória/ES (27) 3324-1333 | (27) 9902-3779 | Whatsapp: (27) 99222-9826 [email protected] | [email protected]: Luis Filipe Duarte da SilvaVice-Presidente: Bruno de Souza Ribeiro1º Secretário: Antonio Zanotelli2ª Secretária: Roseane Valeria Bicalho Ferreira Assis1º Tesoureiro: Antonio Luiz Lazzari2º Tesoureiro: Roger Luiz de Oliveira Costa

• ESpíRITO SANTO

Av. Portugal, 1052, Goiânia | CEP: 74150-030 (62) 3251-7208 | [email protected]

Presidente: Daniela Medeiros Milhomem CardosoVice-Presidente: Américo de Oliveira Silvério1º Secretário: Marcos Vinicius da Silva Ney2º Secretário: Marcius Vinicius de Moraes1º Tesoureiro: Fernando Henrique Porto Barbosa Ramos2ª Tesoureira: Mirela Rebouças Fernandes de LimaConselho Fiscal: Fabiano Pizzo Reis e Eduardo Aguiar S. Neto

• GOIÁS

Rua Carutapera, Quadra 37 B, nº 2, Jd. Renascença, São Luis CEP: 65075-690 |(98) 6227-7106 | [email protected]

Presidente: Djalma dos SantosVice-Presidente: Nailton Jorge Ferreira Lyra1ª Secretária: Keila Regina Matos Cantanhede2º Secretário: George Hermes Rêgo de Oliveira1º Tesoureiro: Milko Abrantes de Oliveira2ª Tesoureira: Jerusa Santos dos Reis

• MARANHãO

Rua 25 de Agosto, 33, Apto 1801, Edificio Maison Du Park, CuiabáCEP: 78043-382 | (65) 9983-1701 | [email protected]

Presidente: Roberto Carlos Fraife BarretoVice-Presidente: Carlos Eduardo Miranda de Barros1º Secretário: Benedito Borges Almeida Filho2º Secretário: José Geraldo Favalesso1º Tesoureiro: Elton Hugo Maia Teixeira2º Tesoureiro: Ubirajarbas Miranda Vinagre

• MATO GROSSO

Av. Afonso Pena, 4455, Campo Grande | CEP: 79020-000 (67) 92143687 (67) 33823826 | [email protected]

Presidente: Antonio Gentil NetoVice-Presidente: Carlos Marcelo Dotti1ª Secretária: Eduarda Nassar Tebet Ajeje2º Secretário: Adriano Fernandes da Silva1ª Tesoureira: Agatha Christie Fernandes Gonzáles Molinari2º Tesoureiro: Fernão Gonçalves MagalhãesC. Fiscal: José K. Tobaru, Thiago A. Domingos e Rogério N. Martins

• MATO GROSSO DO SuL

Av. João Pinheiro, 161, Belo HorizonteCEP: 30130-180 (31) 3247-1647 | [email protected]

Presidente: Christiane Soares PoncinelliVice-Presidente: Elmar José Moreira Lima1ª Secretária: Patrícia Coelho Fraga Moreira 2ª Secretária: Karen Orsini de Magalhães Brescia1º Tesoureiro: Rodrigo Roda Rodrigues da Silva2º Tesoureiro: Geraldo Henrique Gouvêa de Miranda

• MINAS GERAIS

Rua Roberto Camelier 202/501 VC, BelémCEP: 66025-420 | [email protected]

Presidente: Marcos Moreno DomingosVice-Presidente: Erivaldo de Araújo MauésSecretária: Aida Lopes Sirotheau CorreaTesoureira: Lilian Costa Almeida

• pARÁ

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REVISTA SOBEDjaneiro/março 2015 49

Av. Ipiranga, 5.311, sl. 210, Porto AlegreCEP: 90610-001 (51) 3014-2072

Presidente: Carlos Eduardo Oliveira dos SantosVice-Presidente: Alexandro Vaesken Alves1º Secretário: Ari Ben-Hur Stefani Leão 1º Tesoureiro: César Vivian Lopes

• rio GranDe Do Sul

Serviço de Endoscopia-Hospital 9 de Julho de Rondônia Rua Senador Álvaro Maia, 1600, Porto Velho | CEP: 76801-270 (69) 3224-7917 (69) 3216-1187 | [email protected]

Presidente: Marcelo Pereira Da SilvaVice-Presidente: Olavo Raimundo dos Santos Filho1º Secretário: Spencer Vaiciunas2ª Secretária: Adriana Silva Assis1ª Tesoureira: Márcia Coelho De Mello Bach2º Tesoureiro: Victor Hugo Pereira Marques

• ronDÔnia

Rodovia SC 401, nº 3854, Km 04, FlorianópolisCEP: 88032-005 | (48) 3231-0324 | [email protected]

Presidente: Odemari Miranda FerrariVice-Presidente: Amilton Carniel Guimarães1º Secretário: Francisco José Salfer do Amaral2º Secretário: Luiz Carlos Bianchi1º Tesoureiro: Jolnei Antonio Hawerroth2º Tesoureiro: Juliano Coelho LudvigConselho Fiscal: Silvana Dagostin e Felipe Paludo Salles

• Santa Catarina

Rua Itapeva, 202, sl. 98, São Paulo | CEP: 01332-000(11) 3288-6883 | [email protected]

Presidente: Dalton Marques ChavesVice-Presidente: Gustavo Andrade de Paulo1º Secretário: Renato Luz Carvalho2ª Secretária: Regina Rie Imada1º Tesoureiro: Marcel Langer2º Tesoureiro: Ricardo Anuar Dib

• São Paulo

R. Guilhermino Rezende, 462, 1º andar, São José – AracajuCEP: 49020-270 | (79) 9977-7653

Presidente: Patrícia Santos Rodrigues Costa1ª Secretária: Simone Déda Lima Barreto1º Tesoureiro: Miraldo Nascimento da Silva Filho2º Tesoureiro: Jilva Pinto Monteiro

• SerGiPe

Qd 206 Sul – Alameda 12 – Lote 41, Palmas | CEP: 77020-521 (63) 3215-1877 (63) 8428-2571 | [email protected]

Presidente: Eduardo Komka FilhoVice-Presidente: Mery Tossa Nakamura1º Secretário: Francisco Valtercio Pereira2º Secretário: José Augusto Menezes Freitas de Campos1º Tesoureiro: Zoroastro Henrique de Santana2º Tesoureiro: Jose de Brito Filho

• toCantinS

Av. Epitácio Pessoa, 3360, João Pessoa | CEP: 58840-000 (83) 2106-0900 (83) 9121-9144 | [email protected]

Presidente: Pedro Ferreira de Sousa Filho Vice-Presidente: Edigar Targino da Rocha Junior1º Secretário: Francisco Sales Pinto2º Secretário: Carlos Antônio de Melo Feitosa1º Tesoureiro: Fábio da Silva Delgado2º Tesoureiro: Héliton Aurélio de Lima

• Paraíba

Rua Candido Xavier, 575, Curitiba | CEP: 80240-280 (41) 3342-3282 | [email protected]

Presidente: Flávio Heuta IvanoVice-Presidente: Marco Aurelio D’Assunção1ª Secretária: Camila Leticia Leiner2º Secretário: Eduardo Aimoré Bonin1º Tesoureiro: Ricardo Taqueiyoshi Sugisawa2º Tesoureiro: Luciano Okawa

• Paraná

Presidente: Antônio Carlos Coelho Conrado Vice-Presidente: Admar Borges da Costa Junior1º Secretário: Carlos Eugênio Gantois2º Secretário: José Alberto de Melo e Lima1ª Tesoureira: Júlia Corrêa de Araújo2º Tesoureiro: José Julio Ribeiro VianaComissão de Honorários Médicos: Luiz Paulo Reis GalvãoConselho Fiscal: Luis Carlos Gondim Sampaio, Mário Brito Ferreira e Luiz Paulo Reis Galvão

• PernaMbuCo

R. Magalhães Filho, 476, Teresina | CEP: 64001-350 (86) 3223-7314 (86) 9981-6350| [email protected]

Presidente: Carlos Dimas Carvalho SouzaVice-Presidente: Antonio Moreira Mendes Filho1º Secretário: Valdeci Ribeiro de Carvalho2º Secretário: Lucidio Balduino Leitão1º Tesoureiro: Wilson Ferreira Almino de Lima2º Tesoureiro: Artur Pereira e Silva

• Piauí

Rua da Lapa, 120, sl. 309, Rio de Janeiro | CEP: 20021-180(21) 2507-1243 | [email protected]

Presidente: Ronaldo TaamVice-Presidente: Luiz Armando Rodrigues Velloso1ª Secretária: Lílian Machado Silva2ª Secretária: Paula Perruzi Elia1º Tesoureiro: Flávio Abby2º Tesoureiro: João Carlos de Almeida Soares

• rio De Janeiro

Rua Jundiaí, 512 - Apto 202, Natal | CEP: 59020-120 (84) 9982-8401 (84) 9643-4901 (84) 3211-4962 [email protected]

Presidente: Verônica de Souza ValeVice-Presidente: Conceição de Maria Lins da Costa Marinho1ª Tesoureira: Licia Villas Boas Moura

• rio GranDe Do norte

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50 revista sOBeD janeiro/março 2015

Por dentro Agenda

9 de abrilCurso Teste seus Conhecimentos

Baseado em EvidênciasHotel Jatiúca – Maceió (AL)

www.simposiosobed2015.com.br/CursoProva

12 de abrilProva de Título de Especialista em

Endoscopia e/ou Certificado de Área de Atuação em Endoscopia Digestiva

Hotel Jatiúca – Maceió (AL)www.simposiosobed2015.com.br/

CursoProva

abril

16 a 19 de maioDigestive Disease Week (DDW 2015)

Walter E. Washington Convention Center – Washington DC

www.ddw.org

21 a 25 de novembroXIV Semana Brasileira do

Aparelho Digestivo (SBAD)ExpoUnimed – Curitiba (PR)

www.sobed.org.br/educacao/eventos-sobed/sbad

maio

novembro

10 e 11 de abrilIX Simpósio Internacional de

Endoscopia Digestiva da SOBEDHotel Jatiúca – Maceió (AL)

www.simposiosobed2015.com.br

Confira na relação abaixo os principais eventosligados à gastroenterologia e à endoscopia

digestiva dos próximos meses

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