revista integração

62
Matéria de capa: EDUCAR COM AMOR Uma proposta de educação que transcende habilidades e competências técnicas Uma proposta de educação que transcende habilidades e competências técnicas ENTREVISTA ARTIGOS Educadores da Rede La Salle refletem sobre a aprendizagem e o afeto. Interesse e motivação: um passo para a satisfação em aprender ENTREVISTA ARTIGOS Educadores da Rede La Salle refletem sobre a aprendizagem e o afeto. Interesse e motivação: um passo para a satisfação em aprender REDE LA SALLE ANO XXXV - DEZEMBRO DE 2011 N.º 108

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Revista Integração Ed.108

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Page 1: Revista Integração

Matéria de capa:

EDUCAR COM AMORUma proposta de educação que transcendehabilidades e competências técnicasUma proposta de educação que transcendehabilidades e competências técnicas

ENTREVISTA

ARTIGOS

Educadores da Rede La Sallerefletem sobre a aprendizageme o afeto.

Interesse e motivação: um passopara a satisfação em aprender

ENTREVISTA

ARTIGOS

Educadores da Rede La Sallerefletem sobre a aprendizageme o afeto.

Interesse e motivação: um passopara a satisfação em aprender

REDE LA SALLEANO XXXV - DEZEMBRO DE 2011N.º 108

Page 2: Revista Integração

Expediente

ANO XXXV – Nº 108DEZEMBRO DE 2011

A o orgão oficial decomunicação das Comunidades Educativasdas Províncias Lassalistas de Porto Alegre e deSão Paulo (Reg.Esp.Matr.N.º170), com tiragemde 3 mil exemplares e circulação semestral.Está inscrita sob o ISSN 1982-3991.

Jardelino Menegat

Olavo José Dalvit

Cledes Antonio Casagrande

João Angelo Lando

Elisa Becher Ávila

Setor de Marketing da Rede La SalleRua Honório Silveira Dias, 636Porto Alegre-RS - Brasil - 90550-150Fone: +55 (51) 3358-3600Fax: +55 (51) [email protected]

Roberto Monte Maior de OliveiraTiago Schmitz

Campanha Institucional da Rede La Salle

Os artigos são de responsabilidade dos seusrespectivos autores

éRevista Integração

Província Lassalista de Porto AlegreDiretor Presidente

Diretor Administrativo

Diretor de Educação e Pastoral

Diretor Secretário

Revisão

Comissão Editorial

Redação e Expediente

Editoração

Foto da Capa

Província Lassalista de São PauloPresidente

Tesoureiro

Secretário Provincial

Jornalista Responsável

Paulo Petry

Arno Francisco Lunkes

Waldemiro José Schneider

Israel José Nery

Cledes Antonio Casagrande - coordenadorAdriana Beatriz GandinArno LunkesJoão Angelo LandoLúcia RosaMary RangelTiago Schmitz

Tiago Schmitz - Mtb 12842

Vice-Presidente

O conhecimento nos leva à descoberta, ao inusitado, ao que pareciaimpossível alcançar. O conhecimento abre portas, escancara janelas,aponta caminhos e torna real o desejo impossível. Quanto mais a gentesabe, mais quer saber. Quanto mais conhecimento, mais vontade deaprender. Porque o conhecimento seduz, cativa, inspira e emociona.

O texto acima integra a carta de lançamento do novo posicionamento institucional daRede La Salle “O Conhecimento Emociona”, lançado em agosto de 2011. Decidimosabordar esse tema na nossa Revista Integração Nº 108 e quando começamos aexplorar livros, reler documentos oficiais e entrevistar especialistas em educação,não imaginávamos encontrar tantos subsídios históricos e atuais que comprovam oideal de que a educação lassalista tem na sua essência o amor. E se pararmos parapensar no dia a dia de nossas comunidades educativas, seja ela de educação básicaou educação superior, seria impossível negar que educação e emoção estãointimamente relacionadas. É emocionante acompanhar a alfabetização dascrianças, as descobertas dos pré-adolescentes, as escolhas de futuro dos jovens, ea consolidação das carreiras dos adultos. É emocionante viver e trabalhar pela causada educação.Por isso, as editorias Entrevista e Capa estão totalmente dedicadas ao afeto e aemoção. Além delas, ao passar por todas as páginas da publicação, você poderácomprovar que, desde os tempos de São João Batista de La Salle, esta verdade édifundida pela Rede. Também aproveitamos para registrar o nosso especialagradecimento ao Irmão Lassalista Arnaldo Hillebrand, tradutor do livro Tocar osCorações – Educar a partir do amor, que embasou todas as seções que abordam atemática central da Revista.Aproveitamos este espaço para comemorar junto aos nossos leitores mais um anoem que somos premiados pelo Sindicato do Ensino Privado do RS (SINEPE/RS) nacategoria Mídia Impressa, do Prêmio Destaque em Comunicação. É mais umacomprovação de que, há 35 anos, a Revista busca apresentar temáticas relevantes,comprometida com o desenvolvimento das instituições da Rede La Salle.

Desejamos uma excelente leitura!

Comissão Editorial

Editorial

02

SEIS OUROS!!!

A Revista Integração detém a premiação máxima do Prêmio Destaqueem Comunicação do SINEPE/RS com o ouro na categoria MídiaImpressa - Mantenedora. A publicação foi premiada em 2003, 2004,2005, 2007, 2009 e 2011.

Page 3: Revista Integração

Índice

Entrevista 08

Cultura

Nossos Ícones

Indica uma páginana internet ou um e-mail.

Referências bibliográficas ou mesmoindicações de leituras que digamrespeito à matéria em pauta.

Aprendizagem de mãos dadascom o afeto

Eventos

Nos tempos de La Salle

Rede

Experiências

Capa

22

34

40

52

60

20

Diário de Classe

Artigos

Canal Aberto

Memórias da Feira do Livro de Porto Alegre

16. Projeto Orquestra La Salle Caxiasproporciona música para todos

17. O incentivo à educação em debateno II Fórum de Ensino Superior

18. Campus Tour Unilasalle reúne mais de 1200 alunos19. Mundo ONU La Salle 2011:

“Promover direitos, valorizar culturas”

Conhecer, Amar e Praticar

20. Província La Salle Brasil - Chile: Nova Direçãoda Rede La Salle para o triênio 2012-2014

21. Mensagem à família Lassalista

22.23. Um sonho chamado “Chair Parade”24.25.26.

Semana dos Esportes Radicais

II Festival da Matemática em AçãoIntercâmbio Cultural entre InstituiçõesEducação para o trânsito:parada obrigatória na escola

27. O aniversário de seu Alfabeto28. A interface entre Conhecimento e a Emoção

29. Perfil do profissional do Ensino Religioso30. Oficina das Profissões31. A Culinária na Educação Infantil32. Atividades em comemoração

a Semana do Estudante33. La Salle Esmeralda:

uma escola cheia de encantos

Educar com Amor - Uma propostade educação que transcende

habilidades e competências técnicas

Breves relatos de atividadesdesenvolvidas nos Colégios Lassalistas

52. Afetividade e a educação do século XXI54. Adequação dos métodos de Ensino55. Leitura: Conhecimento e Emoção56. Interesse e motivação: um passo para

a satisfação em aprender58. Emoções na sala de aula59. A confiança básica

60. As razões da emoção62. A influência das Redes Sociais

Sou LassalistaDepoimentos de alunos, professores ecolaboradores lassalistas sobre suavivência na Rede La Salle

12

05

06

16

Page 4: Revista Integração

Revista Integração

Educar com AmorEdição 71 - 1996

04 www.lasalle.edu.br

A Edição 71, da Revista Integração, trouxe como tema os estudantes, pois“são eles a razão de ser das Escolas Lassalistas e de toda a preocupação,tanto oficial, como da iniciativa privada pela educação. Para nós,lassalistas, este olhar para o educando tem uma tonalidade de fé e deamor. Esta reflexão faz parte da seção EDUCAÇÃO, que nos apresentaoutras reflexões importantes”.

É esse o título do artigo escrito pelo Ir.Adriano J. H. Vieira, com o intuito de provarque é possível sim uma escola ter, comoprincipal ponto de currículo, o amor. “(...) oamor participativo, dinâmico, criativo. Afinalde contas, a quem interessa mais aeducação se não aos educandos? (...)Educar com amor não é ser complacente, édesafiar porque se acredita (...). A Escolaconstrói sua verdadeira educação a partirdessa valorização do outro, sua história esuas experiências (...). A escola, como

espaço educativo, se concretizará se oportunizar o encontro de saberes, apartilha das riquezas culturais que recheiam os educandos que seapresentam diante de nós, com os olhos brilhando, esperando o momentode manifestar sua experiência, como luz que vai ajudar a iluminar a vida deoutros. A escola constrói sua verdadeira educação a partir dessavalorização do outro, sua história e suas experiências. (...) Educar comamor é levar a sério a realidade de cada educando. Dispor-se a aprendercom ele. Desafiá-lo. Olhar para cada um acreditando na riqueza que trazconsigo. Lembrando sempre que a prática educativa autêntica carrega emsi os valores evangélicos. Educar com amor é ensinar a bem viver”.

Quando em 1989 foi convidado para fazerparte do 1º Grupo de Formação Lassalista, oIr. Luiz Silvestre Vian, na época AssistenteSocial do La Salle Hipólito Leite, não podiaimaginar uma nova visão de engajamento queiria provocar em sua vida. “(...) Nestes seteanos de caminhada com o leigo lassalista,sinto que valeu a pena ter aceito este desafio,pois, nesses encontros, nessa caminhada,pude contribuir, não tanto pelas palestras, oupelos conteúdos desenvolvidos, mas pelavivência, pelo estar-junto e ser um amigo

lassalista entre lassalistas. Penso que recebi mais amizades, incentivos ecrescimento na fé do que dei a esses leigos. (...) Nós, Irmãos, precisamosdos leigos, não só porque eles são os nossos colaboradores diretos, maspara fazê-los sentir que existe uma vocação laical, a vocação batismal que

Educar, com amor!

7º grupo de formação de leigo lassalista

pode ser vivenciada no mundo da educação. (...) Olhando para trás, caroLeigo Lassalista, hoje você pode dizer com Espírito de Fé: Deus meajudou quando escolhi a profissão de Professor. Quando o Diretor doColégio o aceitou como colaborador, foi a mão de Deus que inspirou aresponder sim, trabalhe conosco. Também Deus o inspirou quando vocêaceitou o desafio de ingressar no Leigo (...)”

Uma importante reflexão feita pelo Ir.Maurice de Coen, traduzido por Ir. JoaquimSfredo, sobre as necessidades dos jovensde hoje: “Como no tempo de La Salle, vivemos jovens um período de crise: criseeconômica, crise social, crise moral. Umaescola lassalista deve criar para eles ummarco, um modo de vida e de relações e umtipo de pedagogia que tornem possível adescoberta de uma pessoa de referência,Deus; a criação de um quadro de valores; acriação de uma comunidade onde possam

ter compreensão, desenvolver-se e expressar-se (...) A escola lassalistaensinaria aos jovens executar com abnegação, sob o olhar de Deus,coisas singelas – mas úteis para todos e a bem fazê-las, como La Salle,com S. Muciano Maria”.

As necessidades dos jovens de hoje

Page 5: Revista Integração

CulturaCultura

Por Cristiane Pozzebon e Ana Guimarães

Coordenadora e Suporte da Rede de Bibliotecas Lassalistas - REDEBILA

Com o slogan “Se o povo não vem à livraria, vamos levar a livraria ao povo” é que, há 57 anos, ocorre a maior feira delivros a céu aberto da América Latina: a Feira do Livro de Porto Alegre. O evento acontece todos os anos, na Praça daAlfândega, localizada no Centro da Capital gaúcha, com o objetivo de popularizar o livro, apresentando descontosatrativos e promoções, bem como balaios, nos quais se encontram obras mais antigas, porém com preços acessíveis.

A Feira foi idealizada por Say Marques, diretor-secretário do Diário de Notícias e o seu formato foi inspirado em umaFeira da Cinelândia, no Rio de Janeiro. Com estandes de livrarias e editoras ao ar livre, bem como atrativos. Sessõesde autógrafos são comuns de acontecerem, e a presença de grandes autores atraem o público para a Feira.

Algumas curiosidades constroem a história da feira, que em 2010 foi considerada Patrimônio Imaterial da Cidade dePorto Alegre pela Secretaria de Cultura. Dentre elas:

A primeira Feira do Livro foi inaugurada em 16 de novembro de 1955, com 14 barracas de madeira, instaladas aoredor do monumento General Osório.O espaço para sessão de autógrafos acontece pela primeira vez, na segunda edição da Feira.Em 1963, foi fundada a Câmara Rio-Grandense do Livro que ficou responsável pela organização das Feiras do Livro.A partir de 1980 foi iniciada a venda de livros usados.Em 1994, algumas alamedas ganharam cobertura, pois é histórica a relação da Feira com a chuva.Em 1996, a Feira passou a realizar parcerias e receber patrocínios através da Lei Nacional de Apoio à Cultura (LeiRouanet), também nesse ano foi criado um espaço para atender ao público infantil.No início de 2000, a partir da conquista na área de patrimônio e criação de novos centros culturais em torno da Praçada Alfândega, a programação cultural cresceu em número de autores e visitantes (Santander Cultural, CentroCultural CEEE Érico Veríssimo, além dos já existentes Museu de Arte do Rio Grande do Sul e Memorial do RS).Em 2006, foi reconhecida pela Presidência da República como um dos eventos mais importantes do país.

A Feira do Livro traz uma particularidade: a cada edição, homenageia-se um patrono. A figura de um patrono trazia, emseu conceito, a ideia de homenagem a um escritor, artista ou cientista já falecido. Esta ideia foi praticada até 1983,mas a partir de 1984, a escolha do patrono passou a homenagear, em vida, escritores gaúchos radicados no Estado.

Por se tratar de um evento cultural, influenciado pelas transformações urbanas e sociais, considerado por muitoscomo um evento elitizado, mesmo assim, é possível afirmar que a Feira do Livro de Porto Alegre é um espaçodemocrático, que proporciona o acesso à cultura aos mais diversos públicos. Prova disso, são as atividadesoferecidas com entrada franca, como debates, aproximação com os escritores, saraus, contações de histórias,seminários, oficinas, apresentações artísticas, exibições de filmes entre outras atividades.

Memóriasda Feira do Livro de Porto Alegre

05

BENTANCUR, Paulo; FONSECA, Joaquim da. Porto Alegre: Câmara Rio-Grandense do Livro, 1994.

CÂMARA RIO-GRANDENSE DO LIVRO. Histórico. Porto Alegre, 2011.Disponível em: Acesso em nov. 2011

DEROSSO, Simoni; ORTIZ, Helen; SODRÉ, Elaine.Porto Alegre: Secretaria Municipal da Cultura, 2000.

A Feira do Livro de Porto Alegre.

<http://www.feiradolivro-poa.com.br/feira/historico>

Os bastidores da Feira do Livro.

Revista Integração • Dezembro 2011

Page 6: Revista Integração

São João Batista de La SalleNos tempos de La Salle

06 www.lasalle.edu.br

Por Irmão Edgard Hengemüle

Conhecer, Amar e Praticar

Page 7: Revista Integração

Nos tempos de La Salle

Revista Integração • Dezembro 2011 07

REFERÊNCIAS

BLAIN, Jean-Baptiste.

Vol. II; Relato de várias coisas ocorridasno Instituto. Rouen: Jean-Baptise Machuel, 1733.

BRAIDO, Pietro.Roma: LAS, 1989.

FIÉVET, Michel. Paris:IMAGO, 2001.

FURET, François; OZOUF, Jacques (Dir.).Paris: Les Éditions de Minuit, 1977.

LA SALLE, João Batista de. em viasde publicação. Editora Unilasalle (Coord. da tradução:Edgard Hengemüle). Inclui, entre outras:Cânticos espirituais (CE). Cartas (C). Guia das EscolasCristãs (GE). Meditações para todos os domingos doano (MD). Meditações para as principais festas do ano(MF). Meditações para o Tempo do Retiro (MR). RegrasComuns dos Irmãos das Escolas Cristãs (RC). Regrasdo decoro e da urbanidade cristãos (RU).

MORALES, Alfredo A. Bogotá:Monserratte, 1990.

La vie de Monsieur Jean-

Baptiste de La Salle, instituteur des Frères des Écoles

Chrétiennes.

La experiencia pedagógica de Don

Bosco.

Les enfats pauvres à l´école.

Lire et écrire.

Obras Completas,

Espíritu y vida. 2 vol.

Page 8: Revista Integração

EntrevistaEntrevista

08 www.lasalle.edu.br

Aprendizagem de mãosPor Clarissa Thones MendesJornalista dadas com o afetoA

Page 9: Revista Integração

Entrevista

Revista Integração • Dezembro 2011 09

Ir. Arnaldo Hillebrand

O pai tem que dar limites,

mas não bater. Tem que

respeitar o filho, assim como

o professor também deve

respeitar o aluno.

Já a mãe entende o filho, ela

é educadora por natureza

Page 10: Revista Integração

Entrevista

10 www.lasalle.edu.br

“A afetividade, ou os

processos afetivos nunca são

em excesso. Tornam-se de

pouco valor se não há relação

com a compreensão do que

está acontecendo no

momento, ou sem referência

à história pessoal.”

Ir. Paulo Dullius

Page 11: Revista Integração

Entrevista

Revista Integração • Dezembro 2011 11

“Para a Criança, a relação

afetiva é extremamente

importante para que a

aprendizagem ocorra.

O professor precisa

estabelecer esta relação

entre aprendizagem e afeto”

Rosilene NogueiraDiretora da Escola La Salle Sapucaia

Irmão Arnaldo Hillebrand

Irmão Paulo Lari Dullius

Rosilene Nogueira

É um sábio lassalista responsável pela traduçãopara o português da obra “Tocar os corações apartir do amor”. Formado em Letras Anglo-Germânicas, com Especialização em

, ele tem 41 anos de experiênciadocente e vivência escolar.

É Doutor em Antropologia Filosófica pelaUniversidade Pontifícia Salesiana, de Roma, jáintegrou a diretoria da Rede La Salle, e defendeo ato de educar a partir da pedagogia dofundador da congregação, João Batista de LaSalle.

É diretora da Escola La Salle Sapucaia/RS, comformação e especialização em educação, trouxepara a entrevista sua experiência no dia a dia deuma instituição lassalista que busca educar apartir e para o amor.

English

Composition

Quem são eles?

Page 12: Revista Integração

Sou La Salle

12 www.lasalle.edu.br

QUEM?

QUANDO?

ONDE?

POR QUÊ?

O aluno Leonardo NunesNo dia 19 de agosto

Na biblioteca do La SalleSanto Antônio, de Porto Alegre/RS

O aluno estava procurando umlivro, quando perguntaram, o que ele “maisama”, e ele respondeu, com todo carinho,que ama a Professora Vera. “Profe.”, fica orecado do seu aluno.

QUEM?

QUANDO?

ONDE?

POR QUÊ?

O aluno Diogo TaunayNo dia 19 de agosto

Na entrada do Colégio LaSalle Abel, de Niterói/RJ

O aluno estava na hora dorecreio e perguntaram a ele o que ele “maisama no Colégio” de acordo com o tema daCampanha da Rede, “Eu amo fazer Amigos”.

QUEM?

QUANDO?

ONDE?

POR QUÊ?

O aluno Nikolas SoaresNo dia 19 de agosto

No pátio do ColégioLa Salle Santo Antônio, de Porto Alegre/RS

O Nikolas estava no horário dorecreio, brincando com os seus amigos,quando deram um papel e uma caneta epediram que ele dissesse “o que ele maisama”. E a resposta está ai!

Page 13: Revista Integração

Sou La Salle

Revista Integração • Dezembro 2011 13

QUEM?

QUANDO?

ONDE?

POR QUÊ?

Os amigos Adriano

Cicolella e Gabriela Chaves

No dia 15 outubro

No Parque da Redenção, em

Porto Alegre/RS.

A Rede La Salle e a

agência Matriz juntas na ação

“La Salle nas alturas”.

QUEM?

QUANDO?

ONDE?

POR QUÊ?

A Assessora deComunicação do La SalleSão João, Daniele Lopes

No dia 16 de outubroNo Parque da Redenção,

em Porto Alegre/RS.A Dan i dec id iu

experimentar o voo no balão esentir a sensação de estar nasalturas.

QUEM?

QUANDO?

ONDE?

POR QUÊ?

O Vice-Diretordo Colégio La Salle Dores,Ir. Carlos A. Jamade Hirmas

e a Assessora EducacionalAdriana Gandin

No dia 16 de outubroNo Parque da Redenção,

em Porto Alegre/Durante a Ação do Balão,

registrando o momento em que obalão estava pronto para voar.

RS.

QUEM?

QUANDO?

ONDE?

POR QUÊ?

A galera do Colégio La Salle Dores,apresentando o FalaDores: CarolineCastiel, João Pedro Torma Lindemann,Samyra Espíndola, Bruno Brodt, Otávio Antunes eSamara Espíndola.

No dia 15 de outubroNo Parque da Redenção, em Porto Alegre/RS.

Durante a Ação do Balão, realizada pelaRede La Salle, os estudantes do La Salle Doresapresentaram, ao vivo, o programa comandado poreles durante o recreio do Colégio. Eles entrevistaramo pessoal que por ali passava .

Page 14: Revista Integração

QUEM?

QUANDO?

ONDE?

POR QUÊ?

O colaboradorZacharias Nascimento

No dia 20 de agostoNa sala de aula do Colégio

La Salle Abel, em Niterói/RJDando continuidade a nossa

Campanha, o Zacharias estava indo para assuas atividades e parou para responder “oque ele mais ama”. A resposta mostra queo colaborador lassalista também ama o quefaz.

QUEM?

QUANDO?

ONDE?

POR QUÊ?

O aluno Daniel Rosa

No dia 20 de agostoNa sala de aula do Colégio

La Salle Abel, em Niterói/RJO Daniel estava na sala

de aula, preparando-se para ir parao recreio e parou pra responder oque ele “mais ama”. E “Participar”foi a resposta dele. Isso aí, Daniel, ésempre bom contar com pessoasmotivadas.

QUEM?

QUANDO?

ONDE?

POR QUÊ?

O aluno Marcio

No dia 20 de agostoNo corredor do Colégio La

Salle São João, de Porto Alegre/RSEstava indo para a aula, e

perguntaram a ele “O que tu maisamas?”. Ele respondeu que gosta det raba lhar com vo lun tar iado .Parabéns, Marcio, pois se todosajudarmos um pouco, fazendo anossa parte, o mundo será mais feliz.

QUEM?

QUANDO?

ONDE?

POR QUÊ?

As alunas Gabriela Rossie Karina Hopperdizel

No dia 25 de fevereiroNo recreio do Colégio La Salle Dores,

em Porto Alegre/RSAs meninas estavam conversando

sobre o final de semana e foi solicitado queescrevessem “o que elas mais amam”.Música e expressão são habilidadesfundamentais no desenvolvimento.

Sou La Salle

14 www.lasalle.edu.br

Page 15: Revista Integração

Sou La Salle

Revista Integração • Dezembro 2011 15

QUEM?

QUANDO?

ONDE?

POR QUÊ?

Graciema de Fátima da Rosa03 de novembro

No Saguão do Prédio 15, noUnilasalle – Canoas/RS

A Graciema ama ser La Salle etambém estava participando do Lançamentodo Vestibular de Verão Unilasalle e do Blogdo Vestibular 365 dias.

QUEM?

QUANDO?

ONDE?

POR QUÊ?

Profª. Vera Ramirez, Ir. PauloFossatti, Ico Thomaz e Ir. CledesAntonio Casagrande

03 de novembroNo Saguão do Prédio 15, no Unilasalle –

Canoas/RSLançamento do Vestibular de Verão

do Unilasalle, com Ico Thomaz, apresentadordo Programa Patrola, trabalhando a CampanhaInstitucional da Rede La Salle“O Conhecimento Emociona”.

PARTICIPE!

[email protected]

Mande sua foto com a descrição de situações do dia a dia nosambientes das instituições lassalistas para a Revista, através do e-mail

. As fotos devem ter no mínimo 2 mega deresolução.

PARTICIPE!

[email protected]

Mande sua foto com a descrição de situações do dia a dia nosambientes das instituições lassalistas para a Revista, através do e-mail

. As fotos devem ter no mínimo 2 mega deresolução.

QUEM?

QUANDO?

ONDE?

POR QUÊ?

Os alunos Juliana Magalhães,Vanessa Santos, Greyce Sironi Mullere Arthur Santos

03 de novembroNo saguão do Prédio 15, no Unilasalle –

Canoas/RSA galera estava participando do

Lançamento do Vestibular de Verão Unilasallee do Blog do Vestibular 365 dias.

Page 16: Revista Integração

Eventos

16 www.lasalle.edu.br

Projeto Orquestra La Salle Caxias é umainiciativa cultural e social da Rede LaSalle, em parceria com a Associação de

Pais e Mestres, que atende, gratuitamente,mais de duzentas e cinquenta crianças e jovensde escolas públicas e particulares, bem comoadultos de diversos segmentos da comunidadecaxiense e da região.

Sob a direção artística e regência do MaestroIon Bressan e coordenação geral de ClaudiaBressan, os alunos desenvolvem, no projeto,atividades de prática de instrumento, orquestrae canto coral, integrando as Orquestras La SalleCaxias, Preparatória e de Câmara, e os CorosAdulto e Infanto-Juvenil La Salle Caxias.

Em 2011, foram realizados quatro concertos.No dia 29 de maio, na Igreja ImaculadaConceição, o Colégio La Salle Caxiascomemorou a passagem de seus 75 anos defundação, com um concerto que reuniu 320instrumentistas e cantores, a partir de seteanos de idade.

O público teve a oportunidade de conferir umrepertório que incluiu músicas como “Ameno”,do grupo Era, e “Conquista do Paraíso”, docompositor grego Vangelis. Em 16 de outubro,aconteceu o Grande Concerto Sinfônico, noGinásio de Esportes da Escola, onde mais de1700 pessoas assistiram, em duas sessões, a400 músicos do Projeto e grupos convidados,dentre eles a Orquestra de Metais da BandaMarcial do Colégio La Salle São João. E,encerrando a programação, no dia 19 denovembro, a apresentação ocorreu no Largo daEstação Férrea, a convite da SecretariaMunicipal de Cultura, por ocasião do BrilhaCaxias.

O Projeto, que conta com a Lei Federal deIncentivo à Cultura e é patrocinado pelasEmpresas Randon, Cadence, Roni da SilvaChaves, Florense, Di Ferro Aços Especiais eCaderode, pretende formar, a partir de 2012, aOrquestra Sinfônica La Salle (OSLA), orquestrada Rede La Salle, integrando grupos de diversasescolas lassalistas.

Por Claudia Giovana BressanCoordenadora do Projeto no Colégio La Salle de Caxias do Sul/RS

Projeto Orquestra La Salle Caxiasproporciona música para todos

O

Page 17: Revista Integração

Eventos

Revista Integração • Dezembro 2011 17

noite do dia 29 de setembro foireservada para debater educação naFaculdade La Salle Estrela. A Instituição

sediou o II Fórum de Ensino Superior, quereuniu estudantes, professores, autoridades eempresários da região.

Em pauta, esteve a importância da educaçãosuperior e como ela é uma ferramenta para acapacitação e qualificação profissional. Noencontro, o Diretor Geral da La Salle Estrela,Irmão Marcos Antonio Corbellini, e o DiretorAcadêmico da Faculdade e Coordenador doEvento, Padre Rogério Ferraz de Andrade,salientaram a necessidade de se criarempolíticas públicas para elevar o nível do ensinono país.

Para o Padre Rogério, mesmo que o número dealunos em cursos superiores tenha duplicadonos últimos anos, com a ampliação da oferta deinstituições e incentivos por parte do governo,

ainda existe uma grande falha na formaçãosuperior. Ela ocorre pela falta de estímulo paraque os jovens e adultos busquem umaformação acadêmica. “Não basta só incentivarcom bolsas de estudo. Se o estudante não temapoio no trabalho, como flexibilização na cargahorária ou até incentivo do empregador, muitosalunos da graduação desistem antes deconcluir o curso”, observou o Padre.

O evento teve também a participação doprofessor Silvio Teitelbaum, que é assessor emGestão da Rede La Salle. Teitelbaum falou aopúblico e ressaltou, especialmente aosempresários que estavam presentes no fórum,que a educação pode ser estratégica em favordas organizações, já que colaboradorescapacitados podem gerar melhor retorno àsempresas onde atuam.

Durante o encontro, a direção da Faculdadeapresentou um histórico do trabalho que vem

A

O incentivo à educaçãoem debateno II Fórum de Ensino Superior

desenvolvendo em Estrela. A Faculdadecompletou dois anos, no município, no mês desetembro. Nesse período, iniciou e tem emandamento turmas nos cursos superiores detecnologia em Turismo, Secretariado eAgronegócio. Além de também já ter aprovado ocurso superior de tecnologia em GestãoAmbiental, e Gestão Financeira, e o Curso deBacharelado em Administração que serãooferecidos no próximo Vestibular. Na pós-graduação, a instituição tem quatro cursos emandamento e novas especializações e MBAscom inscrições abertas. Os cursos serãoofertados no primeiro semestre de 2012.

Para a direção da Faculdade La Salle Estrela,que projeta a autorização de novas graduaçõesem breve, o oferecimento dos cursos, tanto nagraduação como na pós-graduação, é umamaneira de oportunizar o acesso e de incentivaro Ensino Superior na comunidade onde ainstituição está inserida.

Por Fernanda MallmannAssessora de Comunicação da Faculdade La Salle Estrela/RS

Page 18: Revista Integração

Eventos

18 www.lasalle.edu.br

vento promovido anualmente peloUnilasalle, com o objetivo de abrir asportas da instituição aos alunos de

ensino médio de Canoas e região, promovendoum contato mais direto dos alunos com os 36cursos de graduação da instituição. Este é oCampustour, realizado no mês de outubro noUnilasalle. Mais de 20 escolas estiverampresentes, proporcionando aos alunos da 2ª e3ª série do Ensino Médio a participação emtestes vocacionais, esportes radicais, palestrae visitação aos lounges dos cursos.

Às 8h da manhã, os ônibus já começavam achegar ao Unilasalle e foram lotando, pouco apouco, o Centro Poliesportivo com rostos dosmais variados perfis. Ico Tomaz, apresentadordo Programa Patrola, fez a recepção,despertando a atenção e animando a plateia. OProf. Dr. Paulo Fossatti, Reitor do Unilasalle, fezo uso da palavra, relembrando os objetivos doevento e dando as boas-vindas. “Todosqueremos ser bem sucedidos no mercado detrabalho, por isso desejo que hoje seja um dia dereflexão e aprendizado para todos”, falou oReitor.

A aluna Bianca Vitale, do Colégio José Loureiroda Silva de Esteio, chegou no Campustouransiosa para saber mais sobre o curso deEnfermagem. “Sempre gostei da área da saúdee agora descobri que aqui tem o curso quequero”, falou a aluna, de 17 anos. Sua colega,Carine Oliveira ficou interessada no Curso deDesign de Produto. “Eu penso em fazerArquitetura, mas de repente esse cursotecnólogo seja interessante também”, falouCarine.

O palestrante Carlos Alberto Carvalho Filho,autor de “Você é o Cara”, conquistou a atençãodos alunos ao falar de uma forma descontraídasobre a escolha profissional. “Nunca queiramser quem vocês não são. Somos únicos,inimitáveis e irrepetíveis: todos podemos fazera diferença”, falou o palestrante, intensamenteaplaudido pelos alunos. “Ele conseguiu atingiros alunos e falou exatamente o que elesprecisam ouvir nessa época tão importante davida. Nós trabalhamos todos os dias para queeles busquem paixão naquilo que fazem”, faloua orientadora educacional do La Salle São João,Fabiana Schumacher D’ávila.

Paixão pelo que se faz

Campustour Unilasalle

reúne mais de 1.200 alunos

E

Por Clarissa Thones MendesAnalista de Comunicação do Unilasalle Canoas/RS

Depois da palestra, os alunos puderamescolher entre participar de um testevocacional, aplicado por professores e alunosdo Curso de Psicologia do Unilasalle, ouconhecer os cursos na área da Feira dasProfissões. Também estava à disposição dosalunos um ambiente repleto de atrações comocama elástica, escalada, luta de cotonetes eorbital. O ambiente de descontração permitiutambém a integração dos alunos de diferentesescolas, que no final do evento, ainda curtiram oshow da Banda Splash.

Page 19: Revista Integração

Eventos

Revista Integração • Dezembro 2011 19

om o tema:

aconteceu, nos dias

20 e 21 de outubro deste ano, no Centro

Educacional La Salle Manaus, a 2ª edição da

. Num mundo de cerca de

200 países e quase cinco mil etnias, além das

várias filiações ideológicas e religiosas, faz-se

necessário o debate sobre o tema da

diversidade cultural e do respeito às

liberdades, combatendo a discriminação,

incentivando o respeito e a tolerância.

Durante os dois dias do evento, os estudantes

do Ensino Médio, tornaram-se diplomatas de

países membros da Organização das Nações

Unidas e simularam procedimentos de

negociação internacional, procurando solucionar

conflitos e estabelecer cooperação. A

visa desenvolver princípios

fundamentais para o aperfeiçoamento pessoal,

social, acadêmico e profissional de todos os

envolvidos por meio de três pilares: 1) aquisição

de conhecimento; 2) desenvolvimento de

habilidades e 3) adição de valores.

“Promover Direitos,

Valorizar Culturas”

Mundo ONU La Salle

Mundo

ONU La Salle

Na aquisição de conhecimentos os estudantesdedicam-se a conhecer e estudar os tópicos daagenda internacional, a história e a cultura dospaíses que irão representar, sua posição diantedos grandes temas mundiais, bem como osistema das Nações Unidas. Quanto aodesenvolvimento de habilidades, enquantoconferencistas, os mesmos têm a oportunidadede aprimorar a oratória, os métodos depesquisa, a escrita, a comunicação, o trabalhoem equipe, as técnicas de negociação e osprocessos decisórios. Além disso, osparticipantes entram em contato com osvalores e propósitos da ONU, dentre os quais, atolerância, a cooperação e o respeito aosdireitos humanos.

Por uma equipe coordenada pela Profª.Clisivânia Duarte de Souza, CoordenadoraPedagógica do EM, pelo Prof. Jones Godinho edemais professores, os alunos foram avaliadosna produção de documentos oficiais, portfólios,nos discursos, demonstrando coerência com apolítica externa do país representado; nadiplomacia e cordialidade no trato com ospares, além do bom uso de estratégias denegociação.

C

Mundo ONU La Salle 2011:

“Promover direitos, valorizar culturas”

Em sua segunda edição, acontou com 13 Comitês em Língua Portuguesae dois em Língua Estrangeira, sendo um eminglês e outro em espanhol, totalizando 32nações representadas. A participação eenvolvimento dos alunos dos 9º anos com aFesta das Nações foi fundamental. Momentode confraternização e convivência, no qual osalunos, organizados em stands, apresentaramelementos culturais de cada nação: trajes,comidas típicas, fotos, vídeos, danças,maquetes, bandeiras e muita descontração.

Mundo ONU La Salle

Por Jones GodinhoProfessor do Colégio La Salle Manaus/AM

“A Mundo Onu La Salle 2011 acabou, mas oque ficam são boas lembranças e aquela

sensação de dever cumprido. O propósito doevento foi alcançado! Posso citar aqui,especialmente o comitê em que estive

presente, o da UNESCO, realmenteme surpreendi com a postura e o

comprometimento geral, só tenho elogiosa acrescentar. Ao término dos debates

já sentia saudades. Muito obrigadaprofessores e coordenação por me

fazerem ter certeza do caminho profissionalque irei seguir em minha vida!”

Rayna CoelhoDiretora de Mesa do Comitê

da UNESCO - Aluna do 3º Ano EM

Page 20: Revista Integração

Rede La Salle

20 www.lasalle.edu.br

PROVÍNCIA LA SALLE BRASIL - CHILENova Direção da Rede La Salle para o triênio 2012-2014

Diretoria da Rede La SalleBrasil - Chile 2012-2014

Provincial Auxiliar para o Chile: Irmão Israel José Nery

Provincial Auxiliar para Moçambique: Irmão Lino Matias Jung

Ir. Arno Francisco Lunkes >

Diretor Provincial de Missão

e Pastoral

< Ir. Jardelino Menegat

Provincial

Província La Salle Brasil-Chile

< Ir. João Angelo Lando

Secretário Provincial

Ir. Nelson Rabuske >

Diretor Provincial de

Formação e Acompanhamento

< Ir. Olavo José Dalvit

Diretor Provincial de Gestão

e Administração e Ecônomo Provincial

Também presidiu várias Assembleias Nacionais e Internacionais, tendocomo tema a Educação e acumulou a função de Presidente da RegiãoLatina Americana da Rede La Salle. Ainda representou o Brasil naAssembleia Geral das Escolas da Rede La Salle, no ano de 2000, realizadaem Roma.

Terminado o mandato de Presidente da Sociedade Porvir Científico,exerceu, de 2002 a 2005, a função de Diretor do Centro Educacional LaSalle, de Manaus/AM, onde organizou o processo de implementação daFaculdade La Salle que, formalmente, foi concretizada com o início dasaulas em fevereiro de 2005, sendo nomeado o primeiro Diretor destainstituição. Cursou ainda Mestrado em Gestão do Conhecimento eTecnologia da Informação na Universidade Católica de Brasília. Em 2005iniciou o MBA em Administração de Empresas, pela Fundação GetúlioVargas (FGV). No ano seguinte, assumiu a Direção Administrativa daSociedade Porvir Científico, mantenedora da Rede La Salle, ondeatualmente exerce a função de Provincial da Província Lassalista de PortoAlegre e presidente da Rede La Salle. Atua, também, como membro detrês Conselhos Universitários: Universidade Católica de Brasília, CentroUniversitário La Salle, Canoas/RS e Faculdade La Salle, Manaus/AM,representando as respectivas Mantenedoras. Além disso, é doutorandoem administração pela Universidad de La Empresa, do Uruguai e tambématua como professor convidado, ministrando palestras e disciplinasrelacionadas à Gestão do Conhecimento em Cursos de Pós-Graduação.

O atual Provincial da Província Lassalista de Porto Alegre, Irmão JardelinoMenegat, foi nomeado pelo Irmão Superior Geral do Instituto dos Irmãosdas Escolas Cristãs, Álvaro Rodríguez Echeverría, para a função deProvincial da Província La Sallle Brasil-Chile, a partir de 1º de janeiro de2012. O comunicado foi feito em setembro. Atualmente, a presençaLassalista no Brasil, Chile e Moçambique está estruturada em duasProvíncias brasileiras (São Paulo e Porto Alegre) e uma Delegação (Chile).A partir de 2012 a estrutura será unificada em uma única província,abrangendo estes três países, conduzida pelo Irmão Provincial nomeado.Os novos desafios que serão assumidos estão relacionados,principalmente, à vida consagrada e à missão educativa no Brasil, noChile e em Moçambique.

Em novembro, o Provincial divulgou sua diretoria para o triênio 2012-2014. Na carta enviada aos Irmãos e Colaboradores, Menegat ressaltaque foi necessário realizar um longo processo de escuta aos Irmãos doBrasil, Chile e Moçambique. Para isso, aconteceram visitas a algumasComunidades ligadas atualmente à Província Lassalista de São Paulo e atodas as Comunidades da Delegação Lassalista no Chile. O objetivo dasreuniões foi partilhar, com os Irmãos e outras lideranças das Províncias eDelegações, as alternativas existentes para a definição dos Irmãos queassumirão as funções de Provincial Auxiliar e as correspondentes asdiferentes áreas da Província, além do Ecônomo Provincial e doSecretário Provincial. Segundo o Provincial, o processo realizado parachegar aos nomes indicados foi de consulta e de consenso, dialogandoabertamente com os Irmãos e oferecendo-lhes a oportunidade deexpressarem suas opiniões e posições.

Depois de um processo de quase seis anos de estudos, reflexões etomada de decisões, a instituição pode compreender um pouco melhoras necessidades futuras, fixando os olhares em direção aos novoshorizontes que se descortinam com a Província La Salle Brasil-Chile. Parachegar à criação da Província La Salle Brasil-Chile, foi preciso um longoprocesso com muitas reuniões da Comissão de Reestruturação ediversos grupos de trabalho que culminaram na Assembleia Constituinteque contou com as importantes presenças do Irmão Edgar GenuínoNicodem (Conselheiro Geral para a Região Lassalista Latino-americanaLassalista) e do Irmão Superior Geral Álvaro Rodríguez Echeverría, queveio especialmente de Roma para o encontro.

Por quase 20 anos, Irmão Jardelino Menegat foi diretor em diversasescolas da Rede La Salle, situadas nas cidades de Caxias do Sul,Canoas, Esteio e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e em Manaus, noAmazonas. Exerceu ainda, por três anos a função de Diretor de Educaçãode toda a Rede La Salle. Foi nomeado Presidente da Mantenedora daRede La Salle, denominada Sociedade Porvir Científico, com Sede emPorto Alegre/RS, por dois períodos de três anos. Essa funçãoproporcionou a ele conhecer a realidade educativa brasileira, bem comoa situação de vários países da América do Sul, da Europa e da África.

A unificação

Saiba Mais sobre o Provincial

Page 21: Revista Integração

Rede La Salle

Revista Integração • Dezembro 2011 21

Queridos Lassalistas:

Cordiais Saudações!

Alegra-me saudá-los e manifestar minha alegria em poder dirigir estaprimeira correspondência a todos(as) os(as) Colaboradores(as) da Província LaSalle Brasil-Chile, após ter recebido a nomeação do Irmão Superior Geral, no dia 22de setembro do corrente ano, para animar esta nova Província que inicia,juntamente com cada um de vocês. Foi em espírito de fé que recebi esta nomeaçãoe como um sinal da vontade de Deus em minha vida, um desafio a enfrentar e umrenovado convite para colocar-me a serviço dos Irmãos, dos Formandos e dos(as)demais Colaboradores(as).

A reestruturação das Províncias do Brasil e da Delegação do Chile está apenas começando. Para que tudo transcorra da melhor maneirapossível precisamos nos dispor a agir com o coração, isto é, fazer com que a reestruturação das Províncias e da Delegação não seja apenas umaideia, mas a continuidade da nossa vida, o sentido do nosso atuar como educadores(as) lassalistas. As riquezas pessoais e institucionaisdisponibilizadas aos demais nos ajudarão a dar vida às Comunidades Educativas e a todas as pessoas envolvidas com a Província. Tenho ciênciadas riquezas pessoais existentes nas Províncias e Delegação das quais nos originamos. Tudo isto posto em comum, com certeza, fortalecerá avida da Província La Salle Brasil-Chile.

Estamos iniciando a Província La Salle Brasil-Chile formada por duas Províncias e uma Delegação que tiveram uma bela e rica história.Essa história não termina com a reestruturação. A partir de agora temos uma grande história a construir em conjunto, valorizando as riquezaspessoais e institucionais que fazem parte de cada instituição atual. As linhas balizadoras da Província já foram estabelecidas pela AssembleiaConstitutiva, em julho do corrente ano, em São Paulo-SP. As Prioridades da missão educativa para o primeiro triênio também foram definidas ecabe a nós buscar as melhores formas para operacionalizá-las. Nosso olhar e nosso coração precisam estar voltados para estas prioridades, poisserão a base do nosso agir diário como Irmãos e Colaboradores. O Estatuto da Província já foi aprovado pelo Irmão Superior Geral e seu Conselho.Com isso temos todas as condições para iniciarmos bem a Província La Salle Brasil-Chile.

Ao começar a Província não podemos esquecer o essencial que é a nossa missão educativa. Todos aqueles que nós educamos devemser o centro da nossa reestruturação, particularmente os mais necessitados. A nova Província nos oferece um futuro novo e nos permite planejá-locom realismo e esperança. Por outro lado, este passo pressupõe termos atitudes de humildade que nos permitam reconhecer nossos limites,nossas necessidades e nossas fortalezas.

A Província La Salle Brasil-Chile nos interpela a nos colocarmos numa atitude de êxodo, que nos permita visualizar um novo horizonte,abertos e flexíveis a novas formas de ser e agir. Ainda, nos convoca para que assumamos uma atitude de desinstalação e nos abre à riqueza deexperiências de vida e de missão educativa internacional. Esta realidade nos instiga, inevitavelmente, a buscar novos paradigmas para interpretare orientar nossa vida e a missão educativa, sem desperdiçar o melhor e mais genuíno do nosso passado.

Por decisão dos últimos Capítulos Gerais ampliou-se o sentido de pertença à família lassalista. Surgiram outras formas de viver aespiritualidade e a pedagogia, o que por muito tempo esteve reservado aos Irmãos. Até a metade do século XX, os Irmãos realizaram a missãoeducativa sozinhos. Hoje, os Irmãos e os(as) Colaboradores(as) se associam para realizar o ministério da educação, cada um mantendo suaespecificidade. Com isso, nos últimos anos aumentou significativamente o número de Colaboradores(as) que se comprometem com aespiritualidade e a pedagogia lassalista. Cada vez mais percebemos a importância da associação dos Irmãos e dos(as) Colaboradores(as) para oserviço educativo aos pobres. Na Província La Salle Brasil-Chile que estamos iniciando, tendo presente a Circular 461 sobre a associação doslassalistas, Irmãos e Colaboradores(as) para o serviço educativo aos pobres, certamente buscaremos formas criativas para impulsionar estaassociação.

E, para concluir, peço a Deus, por intermédio de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, Nossa do Carmo, padroeira do Chile,Nossa Senhora da África, padroeira de Moçambique e de São João Batista de La Salle, que me conceda a graça de animar e orientar a cada Irmãona busca da vivência fiel de sua vocação de consagrado a Deus para exercer, em comunidade, o ministério da educação humana e cristã. Aosnossos Formandos, peço a graça de serem fiéis ao chamado de Deus a respeito de sua vocação, e aos(às) nossos(as) Colaboradores(as), quecada vez mais se sintam comprometidos(as) com a causa do Reino de Deus por meio da missão educativa lassalista.

ProvincialProvíncia La Salle Brasil-Chile

Ir. Jardelino Menegat, fsc

Família LassalistaMensagem à

Page 22: Revista Integração

ExperiênciasProjetos Inovadores&&

22 www.lasalle.edu.br

Por Marcos DonaduceAssessor de Comunicação do Colégio La Salle Dores, de Porto Alegre/RS

A prática de esportes radicais está entreas modalidades que mais crescematualmente. Além da segurança

proporcionada ao usuário através da tecnologiaaplicada ao esporte, a produção em larga escalapermite maior acesso, estando ao alcance detodos que tenham vontade de experimentarsensações mais fortes.

Pensando nisso, o professor de Educação Físicado Colégio La Salle Dores, Rogério Luz, resolveuinovar e, com o apoio da Direção da Escola,instituiu a Semana dos Esportes Radicais noColégio La Salle Dores. As atividadesaconteceram entre os dias 3 e 7 de outubroestando, até o penúltimo dia, limitadas as aulasde Educação Física, ao recreio, e, para os maisinteressados e apaixonados por esportes, aointervalo entre o período da manhã e da tarde.

Com o intuito de proporcionar um ambiente maisconv idativo , a equ ipe de educadores ,responsáveis pelo evento, iniciou com ospreparativos pela manhã, instalando as rampas,os obstáculos de street, as pistas para bikes,patinetes e similares, como patins, e até ospontos para a prática do Slackline (surfe na fita).As opções eram tantas, que os alunos foram

convidados a trazer seus equipamentos paraque, durante o recreio, ou no período deEducação Física, pudessem praticar amodalidade de sua preferência: “Tivemos muitasorte de termos uma semana ensolarada deprimavera, com temperaturas amenas, ideaispara esse tipo de esporte ao ar livre”, comenta oprofessor Rogério. Além dos alunos, muitos ex-a lunos e a té mesmo co laboradoresparticiparam, em certos momentos, dasatividades oferecidas.

O encerramento da semana surpreendeu atodos. Ao som da banda Triathlon, uma equipede instrutores de rapel, da empresa Mundo

Semana dos Esportes RadicaisVertical, proporcionou emoções fortes aosalunos mais ousados, que desceram o prédio docolégio pela maneira menos convencional:presos em cordas.

O professor Rogério, que também é praticantede esportes radicais garante: “É muito bom queeles tenham essa referência. Que vejam queprofessores e outros colaboradores tambémpraticam esse tipo de esporte que é,geralmente, atribuído aos jovens, ao uso dedrogas e coisas do gênero. Essa imagem,apesar de estar mais enfraquecida, ainda ébastante forte e sofre com preconceitos. Trazeressa cultura desportiva para dentro da escola éfortalecer ainda mais os laços entre o aluno e ainstituição de ensino”.

Para muitos, o evento vai deixar saudades pois,permitiu aos alunos que extravasassem suasemoções, praticando esportes radicais dentroda escola, deixando a todos muito satisfeitos ealegres. Feliz com os resultados alcançados, oprofessor de Educação Física já começou oplanejamento da atividade para o próximo ano epromete ainda mais emoções e surpresas.

Page 23: Revista Integração

ExperiênciasProjetos Inovadores&&

23Revista Integração • Dezembro 2011

Por Morgana Larissa SägeProfessora de Língua Portuguesa do Colégio La Salle Carmo, de Caxias do Sul/RS

Um sonho chamado “Chair Parade”

Tal como a arte surrealista baseou-se nalibertação das exigências lógico-

racionais por meio do pensamento onírico, oprojeto “Chair Parade” nasceu de um sonho. Àsturmas da oitava série do Colégio La Salle Carmode Caxias do Sul (RS) foi promovido um processode ensino-aprendizagem mais prazeroso,abordando literatura e arte. O objetivo da Prof.Morgana Larissa Säge, ”sonhadora” do projeto,era o de proporcionar aos estudantes autonomiareflexiva, criatividade intertextual e metodologiade pesquisa interdisciplinar.

A partir de pesquisas sobre arte, os alunosconheceram o Cow Parade, um dos eventos dearte pública mais famosos do mundo, quemistura releitura de obras clássicas comoriginalidade da cultura regional de cada cidadevisitada, a partir de “vacas” de fibras de vidro.Foi aí que surgiu o insight: os estudantes fariama releitura de uma obra de arte que pudesse“dialogar” com uma poesia (conteúdoprogramático que estava sendo desenvolvidonas aulas de língua portuguesa no mesmo

período)! Como não tinham (obviamente)vaquinhas para fazer isso, optou-se pelautilização de outro objeto na construção dessasreleituras: cadeiras de palha que estavam nodepósito da escola.

A partir disso, a intertextualidade poética éproposta em separado. Primeiramente, osalunos pesquisaram na internet poemas quetivessem alguma conexão entre obra de arte epoesia o que resultou em Renoir misturado aCecília Meireles, Cartola conectado a Van Gogh eaté Olavo Bilac unido a Tarsila do Amaral.

Pesquisas e escolhas feitas, os alunos iniciaramsua releitura lixando as cadeiras. A criação veiodepois: com a ajuda imprescindível da prof. deEducação Artística, Iró Kormann, as cadeirasforam criando vida, com cores, casinhas depapelão, tinta, pedaços de madeira etc. Parafinalizar, foi proposta uma construção de umtexto reflexivo, preferencialmente no formato decrônica, sobre justamente a interação entre apeça artística (re)criada por eles e a poesiaintertextualmente relacionada.

O foi colocar em prática o

exercício da arte: fazer uma exposição. Com a

ajuda do vice-diretor, Ir. Eucledes Casagrande,

as “cadeiras-de-arte”, com poesia e crônicas,

foram expostas em uma instalação no Shopping

San Pelegrino (em Caxias do Sul). O resultado foi

uma combinação visual criativa e cativante que

mixou cadeira-de-arte + poesia + crônica do

aluno.

Ainda estão no projeto outra exposição, desta

vez no Centro de Cultura da cidade, e um leilão a

ser feito na escola para que os pais possam

comprar as “cadeiras-de-arte”. Em outras

instituições, este projeto pode ser adaptado,

utilizando outros objetos como mesas, armários,

uniformes ou materiais que estejam em

depósitos ou inutilizados. Assim reutilização de

materiais, educação e cultura estão unidos num

projeto só. Sonho realizado, conhecimento

concretizado e emoção garantida são

ingredientes de projetos da Rede La Salle, afinal

o conhecimento emociona.

“grand finale”

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ExperiênciasProjetos Inovadores&ExperiênciasProjetos Inovadores&

24 www.lasalle.edu.br

Por Cristina Cruz

Professora do Colégio La Salle Esteio/RS

Pelo segundo ano consecutivo, oFestival da Matemática em Açãoencantou o público do Colégio La Salle

Esteio, nos dias 21 e 22 de julho de 2011. Coma participação entusiasmada dos alunos, foramduas manhãs de competição saudável,desafios, torcidas e realizações de tarefasrelacionadas à Matemática. O Festival é umaatividade diferenciada que acontece no Colégiodesde 2010, coordenada pelas professoras dadisciplina, Cristina Cruz, Elisiane Teixeira eMagali Gazul.

A abertura oficial ocorreu com o desfile dasequipes, no Ginásio do Colégio, onde cadagrupo apresentou sua bandeira, seu mascote eum sólido geométrico, todos confeccionadospelos alunos. As tarefas são realizadas dosalunos da 6ª série do Ensino Fundamental aosalunos do 3º ano do Ensino Médio, e consiste nadivisão de oito equipes, identificadas por umacor, por uma figura geométrica, por um mascotee por um Matemático, constituídas de dois aquatro alunos de cada turma.

A confecção do sólido geométrico foi um dosprimeiros desafios, e a exigência era que a cor eas características da figura fossem a da sua

equipe, tivessem, no mínimo, um metro dealtura, comprimento ou largura. O objetivo erademonstrar seus conhecimentos geométricose suas habilidades artísticas na confecção dossólidos.

Com a proposta de significar a Matemáticavoltada aos interesses sociais para que sepossa discutir, criar, participar e refletir sobrediversos aspectos do cotidiano, buscou-seconcretizar a disciplina, tirando-a da abstraçãoe tornando-a ao alcance de todos, fazendoparte constante do desenvolvimento social.

Assim, as professoras, responsáveis pelaorganização do Festival, prepararam asatividades que foram realizadas pelas equipes,de forma que estimulasse o interesse, aautoconfiança, a capacidade de criarestratégias de resolução nos desafios epropiciar a socialização entre os alunosparticipantes.

No ginásio, realizaram-se as atividades decompetição em forma de gincana, e emalgumas tarefas foi necessário um, dois, trêsou mais alunos para competir pela equipe,assim, vários estudantes representaram asequipes em momentos diferenciados,oportunizando a participação de todos. Osucesso do 2º Festival da Matemática em Açãofoi a participação dinâmica e organizada dosalunos, respeitando as normas do regulamentodo mesmo, sem deixar de competir com alegriae muita torcida.

II Festival da Matemática em Ação

Foto

s:

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cio

Concatt

o

As salas de aula foram utilizadas

como QG para as equipes, e lá

os alunos realizaram as tarefas

em grupos, sob a orientação dos

demais professores do colégio,

que se engajaram no projeto.

Page 25: Revista Integração

ExperiênciasProjetos Inovadores&ExperiênciasProjetos Inovadores&

25Revista Integração • Dezembro 2011

Intercâmbio Cultural entre InstituiçõesPor Gilvani Kuyven

Professora do Curso de Turismo da Faculdade La Salle, de Lucas do Rio Verde/MT

Com o ob jetivo de oportunizarpossibilidades de trocas; aquisição de

novos conhec imentos e exper iênc iaslinguísticas; confronto de valores culturais eestabelecer redes de contatos para outrosintercâmbios, com a perspectiva de maioraproximação e união entre os povos, o ColégioLa Salle e a Faculdade La Salle de Lucas do RioVerde-MT buscam realizar intercâmbiosculturais.

Assim, em maio de 2011, estudantes eprofessores do Colégio La Salle e do Curso deTurismo da Faculdade La Salle viajaram aoChile, com o objetivo de conhecer a cultura e ahistória deste país. Uma viagem que teve umcaráter especial, devido à formação da novaProvíncia Brasil-Chile, a partir de 2012.

O grupo, composto por 38 pessoas, sendo 28alunos do Colégio La Salle, das turmas 211 e212 do 1º ano E.M., acompanhados pelo IrmãoJosé Kolling, Vice-Diretor do Colégio, pelaOrientadora Educacional, Magda Borges, epela Professora Gilvani Kuyven; 05 alunas doCurso de Turismo da Faculdade La Salle,juntamente com a Coordenadora do Curso,Professora Flaviane Weiss e a Profª. Claudia M.

Em Santiago, o grupo foi muito bem recebidono Colégio De La Salle La Reina por D. RafaelMatamala, Coordenador Pedagógico, porGeraldo Rubilar Friz, Reitor do Colégio, bemcomo seus professores, funcionários e alunos.Na acolhida ao grupo, o Diretor, entre diversosaspectos abordados, assim se expressou:

.

Os estudantes brasileiros tiveram umaacolhida surpreendente. Mas a oportunidadede entrar nas salas de aula e conversar com osalunos sobre diversos assuntos foi o momentomais marcante. Também almoçaram juntos,se integrando e conhecendo costumes e umpouco da cultura e hábitos alimentares deambos os países. De forma mais informal,houve, em seguida, um momento intenso deintegração e partilha no ginásio do Colégio LaReina.

“é

uma honra receber este grupo de brasileiros.

Principalmente por ser do Brasil e muito

especialmente por ser da Rede La Salle do

Brasil, pois sentimos que temos que trabalhar

como irmãos, sob a orientação de nosso

Santo Fundador San Juan Bautista de La

Salle”

Além de Santiago (capital),

o grupo também conheceu

as cidades de Viña del Mar

e Valparaiso, assim como

o Vale Nevado, subindo

a Cordilheira dos Andes até

3.600 metros de altitude.

Borges, partiu cheio de expectativas, pois paramuitos era a primeira viagem a outro país epara todos era a primeira viagem cultural como intuito de estreitar relações com umainstituição lassalista irmã de fé e deconhecimentos.

Page 26: Revista Integração

ExperiênciasProjetos Inovadores&ExperiênciasProjetos Inovadores&

26 www.lasalle.edu.br

Por Célia Regina Marques

Assessora de Comunicação do Centro Educacional La Salle Manaus/AM

O trânsito é um dos grandes problemasque a cidade de Manaus enfrenta

diariamente e todas as pessoas estãodiretamente envolvidas nesse contexto.Problemas estes causados, muitas vezes, porfalhas humanas e que colocam em risco aprópria vida e a de outros.

Segundo especialistas, 90% dos acidentes detrânsito são causados por falhas humanas, 4%são falhas mecânicas e 6% são causados pormás condições das vias. Levando em contaque o homem é responsável pelo estado deconservação dos veículos e das vias, quasetodos os acidentes são causados por elesmesmos. Mas levar a educação do transitopara as escolas, pode ser um bom caminhopara a redução destes acidentes, tendo emvista que as crianças de hoje serão oscondutores do trânsito de amanhã.

Neste sentido, a Equipe de Educação Infantilconvidou o Instituto Municipal de Trânsito deManaus – INTRANS, para apresentar o projeto:“Sou legal no trânsito”. O convite partiu do

projeto da Profª Bernadeth Avelino, que abordasobre o tema: “Educação para o Transito:Parada obrigatória na escola”.

De acordo com a professora, o trabalho foibaseado no art. 76 do CTB (Código de TrânsitoBrasileiro) o qual, um capítulo específico,refere-se à utilização da temática do trânsito,ser explorada como tema transversal em salade aula, promovendo a reflexão e aconscientização sobre a segurança no trânsito.“Um dos objetivos da atividade é valorizar acr iança como agente mu lt ip l icador e

transformador, para a educação da boaconvivência no trânsito”. A coordenadoraValdenice Barbosa reforça a importância darealização do projeto, pois através dele, osestudantes levam as informações para dentrode casa. “Muitos pais vieram comentar queagora eles precisam “andar na linha”, porqueos “agentes mirins” estão de olho, qualquerdescuido são advertidos pelos filhos”.

As atividades foram realizadas nas salas deau las , no pátio do Lassa l inho e noestacionamento norte da escola (foto). Nopátio, um minicircuito foi criado com oselementos principais do trânsito: faixa desegurança, sinais de trânsito representadosem suas cores por balões, levando os futuroscondutores, passageiros e pedestres, oconhecimento e a importância do uso corretodas regras e normas de trânsito, que devem serrespeitadas por todos. Os alunos tambémreceberam uma carteirinha fictícia de trânsito, etornaram-se cidadãos habilitados a dirigir abicicleta.

Parada obrigatória na escolaEducação para o trânsito:

Page 27: Revista Integração

ExperiênciasProjetos Inovadores&ExperiênciasProjetos Inovadores&

27Revista Integração •Dezembro 2011

O aniversário do seu AlfabetoPor Ana Cristina Fritzen

Professora do Colégio La Salle Medianeira, de Cerro Largo/RS

O projeto O Aniversário do Seu Alfabeto,desenvolvido no 1º ano do Ensino

Fundamental, do Colégio La Salle Medianeira,foi criado com o objetivo de associar aalfabetização com o prazer da leitura. Este ano,além de dramatizações e confecções de jogos,os alunos fizeram colagens e criaram poemascom as letras do alfabeto.

Com o intuito de fazer a criança a estimular ocontato das crianças com as letras além dosmuros da escola, um boneco de pano foiconfeccionado de forma artesanal e, a cadasemana, um estudante, acompanhado peloboneco, leva o livro para casa dentro de umapequena maleta, que contém ainda uma folhade registro e um caderno para as produçõesartísticas. Junto com os pais, a criança lê,analisa a obra e depois cria desenhos, colagense poemas. A atividade familiar encerra com aconfecção de um presente para o personagemaniversariante, que deve iniciar com uma dasletras do alfabeto até que, de A à Z, todastenham sido utilizadas.

A experiência que as crianças têm com oboneco, durante os finais de semana, écompartilhada com os colegas em sala de aula.Cada aluno também conta o que entendeu dahistória e apresenta o presente que fez. Aolongo do ano, outras atividades complementama proposta, tais como: a confecção de um bingodas letras, a realização de jogos e brincadeiras,

como o da batata quente, memória e forca,dramatizações e reconto de histórias com aparticipação do Seu Alfabeto.

Em setembro houve a realização da grandefesta de aniversário do “Seu Alfabeto” na salade aula, onde cada estudante entregou opresente que criou para o personagem. Ascrianças também fabricaram os convites e osporta-balas, e os pais contribuíram, enviandoum quitute para a festa. Para a professora AnaCristina Fritzen, “O projeto quer proporcionaruma vivência real e concreta do alfabeto,fac i l itando a ass im i lação das letras ,estimulando o gosto pela linguagem literária,desenvolvendo a escrita espontânea e a leitura,além de resgatar valores e trabalhar aemoção”, explica.

“Com o Seu alfabeto nos divertimos muito. Eudormi com ele e fiz o meu quadro. A mãe teveque tapar os olhos dele porque o presente erapara ele e eu aprendi no livrinho que nãopodemos brigar com os irmãos”, contou a alunaRaira Arocha, que junto com os paisconfeccionou um grande painel feito commaterial emborrachado. O presente foientregue ao Seu Alfabeto na festa deaniversário. A mãe, Marta, explica que o bonecoproporcionou momentos encantadores para afamília. "Ele nos trouxe o grande prazer do

A experiência nas famílias

conhecimento, das palavras, histórias econtos", afirma, destacando que o projetoaguçou ainda mais a vontade da filha em ler e aaprender.

Simone Crestani, mãe do aluno Eduardo, avaliaque o projeto é envolvente e muito educativo: “Avisita do Seu Alfabeto nas casas é um projetomu i to lega l , ens ina as cr ianças aresponsabilidade em cuidar de alguém etambém integra os pais com as atividadesescolares das crianças. Todos se divertem comas atividades propostas pelo projeto: cuidar,brincar e confeccionar um presente para ele”,afirma. A mãe da Maria Eduarda Cegelka,Andrea, também destaca que a visita do SeuAlfabeto proporciona integração familiar edesperta o interesse pela leitura nas crianças enos pais. “O projeto fez com que todos em casaparticipassem das atividades”, resume.

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ExperiênciasProjetos Inovadores&ExperiênciasProjetos Inovadores&

28 www.lasalle.edu.br

Por Giani Manganelli

Professora da Educação Infantil do Colégio La Salle Santo Antônio, de Porto Alegre/RS

O ser humano não é algo inerte, estásubmetido frequentemente às emoções

que movem as diferentes aprendizagens. Paraque possamos assumir o desafio de sermossujeitos de novos conhecimentos em umprocesso instigante, que impulsione a busca devivenciá-los em harmonia, é preciso viver aemoção, é preciso aprender a sonhar, a evocar aimaginação.

A emoção não é, simplesmente, umacaracterística da espécie humana, ela aacompanha e se desenvolve ao longo da vida dosujeito, é parte integrante no processo deaprendizagem, porque aprender envolve oes tabe lec imen to de conexões en t reinformações, construindo significados à vida dosujeito, considerando sua história pessoal. Amemória é modulada pelas emoções, isso querdizer que os estados emocionais podeminterferir, facilitando ou dificultando osdiferentes processos de aprendizagem. Asexperiências vividas podem ser evocadas etrazidas à consciência com riqueza de detalhesacompanhadas de emoção. A construção doconhecimento no ser humano só é possívelporque temos a função simbólica que estáimersa no emocional de cada ser, conferindosignificados aos símbolos.

Somente aprendemos quando algo nos motiva,quando algo toca nossos sentimentos, desejos,emoções. Ao visualizarmos uma sala de aula naEducação Infantil, com alunos curiosos,entus iasmados , v ibrantes , br inquedosorganizados nas prateleiras, livros, jogos,painéis coloridos, tendo acesso a modernas

tecnologias e um professor com domínio dosconteúdos e formação adequada à faixa etária,podemos perguntar: Falta algum elemento paraa vivência de um processo significativo deaprendizagem? A resposta é afirmativa, casofalte neste professor a capacidade de lidar comas suas emoções e a dos alunos, de se inserir noimaginário infantil, até de tornar-se criança emalguns momentos para dar vida à construção denovos conhecimentos.

A implantação de um clima participativo, detrocas afetivas constantes é favorável apromoção de uma educação de qualidade. Façoda minha prática o exercício constante depromover as capacidades interpessoais paraentender e interagir com o outro, para poderresponder adequadamente aos humores e aostemperamentos. Também, tento estabeleceruma relação intrapessoal com os alunos para teracesso aos sentimentos e emoções dosmesmos. É através deste processo, queconstruo projetos de aprendizagem quevalorizam as relações intra e interpessoais dossujeitos. Talvez esteja aí a possibilidade e osucesso de tantas aprendizagens saudáveis.

A interface entre o Conhecimento e a Emoção

Quando percebo a necessidade de um grupofrente a uma temática, crio um cenário, um climapara que o mesmo possa sentir um conjunto deemoções que o desafiará buscar conhecimentos,bem como a autoria dos mesmos. A alegria fazparte deste processo, permite sustentar osmomentos necessários para a esperança doaprender. Hoje, mais do que nunca, faz-seimprescindível recuperar a alegria como modo deestabelecer espaços no qual a autoria depensamento possa se tornar forte e sólida.

Perceber a aprendizagem como uma construçãosingular é condição cinequanon no processoeducativo, em que, cada sujeito vai descobrindoo seu saber para ir transformando asinformações em conhecimento. Na escola abre-se um espaço riquíssimo para utilizar a emoção,como o prazer do desafio da descoberta, criandoa possibilidade de resgatar a alegria do pensar. Eessa aprendizagem somente será significativase houver a elaboração de sentido e se essaatividade acontecer em um contexto de vidasocial de interelações no qual um possainterpretar e aprender com as experiências dooutro.

Enfim, penso e acredito em uma educaçãosistêmica que nasce da relação entre aspessoas, que dialogam, conversam, riem, vibrame se emocionam. Os projetos de trabalhoplanejados e vivenciados neste contexto sãofundamentais na Educação Infantil para que osalunos possam assumir o papel de protagonistasdo seu processo de aprendizagem.

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ExperiênciasProjetos Inovadores&ExperiênciasProjetos Inovadores&

29Revista Integração • Dezembro 2011

Perfil do profissional do Ensino ReligiosoPor Arlisson Peres Marinho

Professor de Ensino Religioso da Escola Fundamental La Salle, de Sapucaia do Sul/RS

Perfil é a palavra certa para apontar ummodelo de profissional para o Ensino

Religioso (ER), já que este termo significa omesmo que descrever alguém em traços rápidos.Por isso, temos consciência que é umaabordagem incompleta, a qual expressa algunsapontamentos para atitudes básicas e práticaspara esta função/missão de ser um profissionalde ER qualificado e competente. E é nestaperspectiva de missão, que este educador temque ter clareza que na sua prática devedesenvolver uma espiritualidade sem nenhumtipo de coação direcionada a uma determinadaconfissão religiosa, ou seja, seu papel é proporum ambiente de diálogo e respeito ao diferente.

Tal profissional também deve ter a compreensãode um ER “laico e científico”, pois desta formadiminui consideravelmente a possibilidade deelaborar planos de ensino de acordo com omodelo “catequético-prosélito”. E, conhecer alegislação que ampara esse componentecurricular já é o começo da garantia de uma boaseleção dos conteúdos que serão ministrados nodecorrer do ano letivo. Estes pressupostos sãolevantados justamente porque a construçãodesse perfil está sendo feita através das própriaspráticas pedagógicas, e não como habitualmentese realiza, através de cursos acadêmicos. E,mesmo com esse desafio há possibilidade deconstruir um perfil que vai além da racionalidadeinstrumental, alcançando a desejada dimensãopraxe reflexiva, direcionada a um conhecimentoque causa emoção ao aprender, e que dá sentidoà vida.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionaisdo Ensino Religioso, “Desse profissional espera-se que esteja disponível para o diálogo e seja

capaz de articulá-lo a partir de questõessuscitadas no processo de aprendizagem doeducando.” (PCNER, 2009. p. 43) Assumindo aproposição do ER, na perspectiva de missão, oeducador necessita cultivar uma espiritualidadeaberta às confissões religiosas, num ambiente dediálogo e respeito ao diferente. Desse modo, oprofissional desta área cria um caráter deresponsabilidade com o ensino-aprendizagem demodo coletivo e particular, na medida em queconstrói um ambiente fraterno entre os diversosmodos de pensar das distintas culturas, o quegarantirá o respeito à diversidade religiosa.

Em vista disso este educador tem que ir além desi, ir ao encontro do outro, ou seja, ter presenteque na sua prática o sentido de alteridade é umaexigência constante. No intuito de ensinar e aomesmo tempo valorizar o Transcendente dasdiversas religiões é necessário utilizar ametodologia da partilha. Como se sabe esteprofissional deve possuir uma competênciapedagógica, assim como os demais profissionaisde outras áreas do conhecimento, porém comuma capacidade de compreensão mais profundana interação do diálogo inter-religioso em sala deaula, pois este perfil deve constituir-se a partir deuma contextualização proveniente tanto darealidade do educando como também do projetopolítico-pedagógico da instituição escolar em queatua.Deste modo este perfil estará embasado numavivência orientada pela interdisciplinaridade, pelorespeito à pluralidade religiosa, pela valorizaçãodo ser humano, entre outros valores universais. Esem dúvida, o educador lassalista de ER, estaráaderindo às insistências do Projeto Educativo

Regional Lassalista Latino-Americano (PERLA),cujas linhas de ação implicam uma docênciacrítica e inovadora.

Estes pontos são relevantes para que este ensinose realize de modo coerente com a nova concepçãopedagógica do ER, e na colaboração da construçãode um perfil para este profissional, Fernandes(2000, p.38) destaca o comprometimento emqualificar-se nessa área para ter a consciência deque este ensino é distinto da catequese. Comesses breves apontamentos sobre o perfil ideal doprofissional do ER, fica o desafio e o compromissohistórico deste educador compreender sua própriapráxis, no objetivo de aprimorar os requisitosessenciais para a sua atuação pedagógica. Assimcomo também valorizar sua ação profissionalreferida no Art. 57 da legislação federal, resoluçãoCNE/CEB nº 04/2010, a qual exemplifica dizendoque dentre os princípios para educação nacional éimprescindível a valorização do profissional daeducação, na “compreensão de que valorizá-lo évalorizar a escola, com qualidade gestorial,educativa, social, cultural, estética, ambiental”(RESOLUÇÃO 04/2010).

Portanto, os principais traços do perfil doprofissional do ER, é aprimorar a sensibilidade,discernimento e equilíbrio nas relações humanas,valorizando o diálogo entre os diferentes modosde pensar e viver as experiências religiosas, nabusca de uma educação que emociona ehumaniza.

REFERÊNCIAS

Disponível em:http://www.profdomingos.com.br/federal_resolucao_cne_ceb_04_2010.html. Acessado em 06 deSetembro de 2011.

FERNANDES, Maria Madalena S.

São Paulo: Paulus, 2000.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS.

São Paulo: Mundo Mirim, 2009.

PERLA – Versão 2011.

IdiomaOriginal: Espanhol.

Afinal, o que é o

ensino religioso? : sua identidade própria em

contraste com a catequese.

Ensino

Religioso / Fórum Nacional Permanente do Ensino

Religioso.

Aprovado a 1ª Assembléia

Regional para a Missão 02 a 05 de Maio de 2011,

Fusagasugá, Cundinamarca, Colômbia.

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30 www.lasalle.edu.br

ExperiênciasProjetos Inovadores&ExperiênciasProjetos Inovadores&

Por Karine Ribeiro César

Responsável pelo Setor de Orientação Educacional do Colégio La Salle, de Sobradinho/DF

Uma das práticas pedagógicas que temsido um sucesso dentro do projeto de

Orientação Vocacional é a “Oficina deProfissões”, que acontece uma vez por ano noColégio La Salle Sobradinho/DF.

Esta oficina tem como objetivo oportunizar, aosalunos da 3ª série do Ensino Médio, oconhecimento das diferentes profissões eesclarecer dúvidas sobre as mesmas, pois é omomento em que eles estão se definindo porcursos da Educação Superior, direcionandoseus rumos profissionais, afinal, muitosdestes alunos se encontram na reta final, masainda têm dúvidas sobre o que estudar emuitos desconhecem quais alternativasprofissionais oferecem os diversos cursosuniversitários.

Deste modo, a contribuição de cadaprofissional que participa dos bate-papos coma galera é sempre muito importante para os

jovens estudantes que pretendem ingressar naEducação Superior.

A participação de cada profissional na oficina,consiste em explicar aspectos principais dasespecialidades exercidas por eles.Trata-se deum momento oportuno em que os alunos têmcontato face a face com especialistas,podendo esc larecer suas dúv idas equestionamentos referentes às áreas de seusinteresses.

Esta tem sido uma experiência rica e válida,pois nota-se a participação integral dos alunos,sendo possível perceber que eles se sentemmais motivados a dar continuidade aosestudos, buscando, assim, suas realizaçõespessoais e profissionais. E é com esseentusiasmo que os alunos, que participaramda Oficina de Profissçoes, dão seusdepoimentos:

Oficina das Profissões“A Oficina de Profissões deste ano foi muitointeressante. Os profissionais esclareceramas dúvidas que tínhamos sobre as profissões,o mercado de trabalho onde podemos atuar.Para quem ainda tinha dúvidas quanto àprofissão a seguir, a feira foi muito útil, assimcomo para os alunos que já se decidiram e quepuderam conhecer melhor a área quedesejam”.

“O objetivo principal desta feira foi despertarnosso interesse sobre qual área profissionalseguir, recebendo informações sobre osaspectos positivos e negativos da profissão.Com a participação de profissionais quetrabalham diretamente na área foi mais fácilidentificar estes aspectos. Com este projetooferecido pelo Colégio La Salle, uma grandeporcentagem dos alunos saiu motivado a seguiro curso escolhido com mais responsabilidade,conscientes das facetas favoráveis edesfavoráveis de cada profissão”.

“A Oficina de profissões foi muito importanteporque ajudou muitas pessoas a decidiremqual o curso fazer e deu ainda mais certezapara aqueles que já sabiam. O maisinteressante é que tivemos contato comprofissionais de várias áreas e tiramos todasas nossas dúvidas sobre o curso e tambémsobre o dia a dia deles”.

Marcela Eduarda Somoni

aluna da T.302

Renata Aparecida Silva Fernandes

aluna da T. 301

Brunna Ferreira Quilão

aluna da T. 302

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31Revista Integração • Dezembro 2011

ExperiênciasProjetos Inovadores&ExperiênciasProjetos Inovadores&

A Culinária na Educação InfantilPor Giseli Fernandes

Professora da Educação Infantil do Colégio La Salle Canoas/RS

Brincadeira de criança sempre é bome quando elas brincam e aprendem, é

melhor ainda. Foi com esse propósito que osprofessores do Pré II C, do Colégio La SalleCanoas, incluíram as aulas de culinária emsuas atividades, facilitando o entendimento eo estudo das crianças sobre as aulasensinadas, e se tornando cada vez maisfrequentes.

Com a temática de ensino, os pequenos cozinheiros tiveram,

como tarefa, preparar um bolo formigueiro,propiciando que todos se envolvessem desdea escolha dos ingredientes até a mistura epreparo do doce. Atentos, sentiram a texturadas subs tânc ias e compararam asquantidades utilizadas. Cada criança trouxe oingrediente que lhe foi solicitado.

A atividade propiciou às crianças quecomparassem quantidade, analisassemmedidas inteiras, metades, quantidades de

“Vida das

Formigas”

colheres e de xícaras, de líquidos e sólidos,entre outros. Também ensinou um poucosobre “trabalho em equipe”, uma vez que, nahora de prepararem a receita, eles iammexendo os ingredientes e passando para ooutro colega ajudar também. Além disso, elesobservaram a escrita da palavra ebrincaram com as letras.

Depois de o bolo estar pronto, veio a parteconsiderada mais divertida: as crianças seorganizaram para a brincadeira de padaria dasformigas, na qual eles compravam o bolo feitopor eles mesmos e comiam depois,desenvolvendo a sensação de aprender acomprar e desfrutar de algo feito por eles, alémdo raciocínio.

Com máscaras de formigas, confeccionadasem sala de aula, eles se disfarçaram para omomento da brincadeira. Cada bolo tinha um

“formiga”

valor, e essa importância deveria ser paga pelaformiguinha que estivesse comprando. Cadanota de dinheiro era representada por uma cor,e a criança deveria observar o valor de cadauma, para então, poder efetuar a compra.

Através de uma dinâmica prazerosa, foipossível englobar diferentes conteúdos, alémde tornar a disciplina de Matemáticacompletamente divertida.

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ExperiênciasProjetos Inovadores&ExperiênciasProjetos Inovadores&

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Por Irmão Laércio Ferreira Sousa

Cordenador de Pastoral do Colégio La Salle Sobradinho/DF

O Dia do Estudante é comemorado nodia 11 de Agosto, onde, desde 2003, as

Pastorais da Juventude elaboram e discutemdiversas atividades que serão realizadasdurante o período.

O principal objetivo é celebrar essa data epropiciar um debate amplo sobre asproblemáticas da juventude em suas diversasrealidades, em especial as realidadesestudantis nos mais diferentes espaçosescolares, na educação e na Sociedade. Éfundamental que as escolas criem espaços decriatividade e ousadia, principalmente no quediz respeito à cultura, à arte, à religiosidade.

A sociedade técnica não permite uma visãocrítica sobre a existência, ao contrário, muitasvezes esconde o real significado da vida com acapa do imediatismo, do individualismo, donarcisismo, etc. Estudante é o jovem todo ecompleto, com suas curiosidades, folguedos,

sentimentos e razão. Ser estudante é criarespaço para aprender e, também, paraensinar.

A Semana do Estudante é promovida pelasPastorais da Juventude do Brasil (PJB) ecoordenada pela Pastoral da JuventudeEstudantil (PJE). Este ano, em âmbito nacional,a Semana traz como tema:

– Comunidades de Resistência; ecomo lema:

. Durante esse período, em todo oBrasil, muitas escolas se organizam parace lebrar e v iver esse acontec imentoimportante na vida dos estudantes. Valelembrar que 2011, a PJE completa 30 anos deorganização e mobilização.

Desde 2006 o Colégio La Salle-Sobradinhoorganiza e celebra essa semana com grandesa c o n t e c i m e n t o s i n t e r n o s , c o m o aapresentação de bandas montadas pelos

Juventude Negra e

Indígena

“Dos Tambores e Cirandas à Luta

pela Vida”

Atividades em comemoração à

Semana do Estudanteestudantes, grupos de teatros, declamação depoemas. Também houve espaço para trabalharcom os estudantes em sala de aula,especialmente na disciplina de EducaçãoReligiosa. Neste ano, as atividades ocorreramde 08 a 12 de Agosto no nosso Colégio. Dentrodo tema geral da Semana do Estudantetivemos como Tema:

. E como Lema:.

Durante toda a semana os estudantes do 2ºAno do Ensino Fundamental até a 3º série doEnsino Médio foram convidados a apresentarsuas habilidades musicais, poéticas e teatrais.Além da presença dos jovens, também sedestaca a banda que trouxe umrepertório atual colocando todos pra dançar ecantar. Juventude é presença viva e vivificante,na certeza de que ousar é ser.

SOU LA SALLE: SOU

OUSADO “A beleza de ser um

eterno aprendiz”

“The Teachers”

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ExperiênciasProjetos Inovadores&&

33Revista Integração • Dezembro 2011

Por Sonia Maria da Silva FragaVice-Diretora e Supervisora Educativa da Escola La Salle Esmeralda, de Porto Alegre/RS

Uma escola cheia de encantosQuem visita a Escola La SalleEsmeralda se encanta da porta de

entrada até as salas de aula e os espaços delazer. Do jardim com flores e palmeiras, até adeliciosa merenda preparada com carinho eboa vontade. É dessa forma que os alunos,funcionários, colaboradores e pais, veem, naEscola, um espaço gostoso de estudar econviver, proporcionando prazer e alegria.

E é nesse clima de alegria que é possível verformandos vendendo lanches no colégio, paraarrecadar verba para a formatura; os alunos sereunindo para o Grupo de Jovens; paischegando entusiasmados para as reuniõescom os professores; cerimônias de conclusãodo Ensino Fundamental; comemorações dedatas festivas e atividades solidárias dacomunidade local.

Dentre outros momentos de felicidade, que aEscola La Salle Esmeralda proporciona, está aparticipação da Escolinha de Futebol na TaçaEscolar, ao lado das grandes Escolas da

Região Metropolitana e o Grupo de Danças,que corajosamente se apresentou no “Sul emDança” e se maravilhou com um espetáculoque ainda não tinham presenciado.

Para a vice-diretora e supervisora educativa daEscola, Sonia Fraga, a dedicação doseducadores, a limpeza e organização dosespaços escolares, os bons livros da biblioteca,o Grupo de Jovens, as atividades extraclasses,o modelo de divisão que tiramos da merendapartilhada, foram posicionamentos feitos commuita convicção e principalmente com muitaemoção: “Somos uma equipe de professores efuncionários que trabalha com amor e commuita vontade de ajudar o outro. Comoeducadores procuramos entender situações,buscar alternativas e apontar caminhos paraque os discentes se sintam valorizados,incluídos e integrados na Escola, numatentativa de resgatar-lhes as carênciasimpostas pela realidade em que vivem”,completa Sonia.

Com esse espírito de solidariedade e união, quefortalece a equipe todos os dias, trabalhar comsituações inusitadas e desafiadoras docotidiano, motivam para que os estudantesvençam os obstáculos que aparecem nocaminho e com a apropriação do conhecimento,o sucesso é mais garantido. Além disso, é umconhecimento que se manifesta, como diz aCampanha Publicitária Lassalista/2012,através do amor solidário, justo, fraterno elibertário.

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Por Tiago Schmitz | Jornalista

"Sonho com uma escola séria, que fosse ao mesmo tempo,transbordante de alegria. Uma escola onde a força do amorsuperasse o rigor da lógica. Sonho com uma escola em que o alunoseja o mais importante, o foco das atenções. Onde os professorescrescessem conjuntamente, e com os alunos construíssem ahistória. Sonho com uma escola em que os alunos, mais queinstruídos, saíssem como pessoas em plenitude. Onde vivendo,aprendessem a ser felizes. Uma escola onde não houvessedistinções de classes sociais, nem se classificassem alunos. Enfim,uma escola que já fosse projeto de uma nova sociedadefutura"(CERVANTES HERNÁNDEZ, 2010, p.16).

A citação faz parte do livro Tocar os Corações: educar a partir doamor, escrito pelo Irmão Lassalista mexicano, José CervantesHernández, que foi traduzido ao português e presenteado aoseducadores da Rede La Salle em 2010, por ocasião do dia doprofessor. Essa obra sintetiza, em pouco mais de 100 páginas, aessência do modelo educativo Lassalista que transcendehabilidades e competências técnicas. Nesta edição da RevistaIntegração procuramos explorar um pouco mais a relação entreformação e amor no contexto educacional. Conceber os processosformativos sob o signo do amor implica compreender que a educaçãoenvolve conhecimento e emoção. Numa época em que a aparênciavale mais que a essência, e a competitividade mais que orelacionamento, para nós Lassalistas é imprescindível falar decompanheirismo, de amizade e de amor, enquanto instituiçãoeducativa com presença mundial e preocupada com a transformaçãoda sociedade.

“Existe uma única pedagogia: a pedagogia do amor”. A frasepertence a Frederico Mayor Zaragosa, que foi diretor geral daUnesco. Para Hernández, a primeira ferramenta pedagógica doprofessor, não são tanto seus conhecimentos nem sua capacidadede organização, nem sequer suas habilidades metodológicas, massim conseguir conquistar o coração de seus alunos. “Estácientificamente provado que aquilo que faz avançar o conhecimento,não é a aprendizagem, mas são os afetos. A afetividade é a base daeducação”, considera. Para o autor, é urgente que se criem ações

A pedagogia do amor

educativas que cultivem o desenvolvimento dos afetos, do coração,da beleza, através da música, da poesia, da literatura, da dança, daética, da estética, da mística, da religião, da filosofia, do silêncio, dameditação, da alegria, do esporte, e, sobretudo, a expressão desentimentos como amor e ternura. A pedagogia do amor é baseadaem atitudes de empatia e de carinho por parte do professor que nãoemprega apenas seu conhecimento, mas também gestos deamizade, sorrisos de aprovação, simplicidade e espontaneidade.Cultivar as habilidades afetivas, segundo o autor, é fundamental paraqualquer ser humano. Ele cita José Antonio Marina para defender aimportância da inteligência emocional: “a vida sentimental dohomem tem dois centros de interesse: seu próprio eu, ao qualirremediavelmente tem de proteger, e os seres humanos, ou pelomenos alguns deles, com os quais está relacionado por sentimentosexcêntricos, como sejam a compaixão ou o amor”.

O mestre em educação e pesquisador da Rede La Salle, Irmão EdgardHengemüle, lembra que desde os tempos de São João Batista de LaSalle a educação com afeto é uma premissa para os Lassalistas.“Evidentemente, não se fala de um amor abstrato, de purosentimento, mas de um amor concreto, expressado em palavrasaudíveis, em gestos sensíveis, em ações eficazes de vida: acolhida,atenção ao que ocorre com o educando, reconhecimento evalorização de seus esforços, motivação e apoio ao seucrescimento”, ressalta. Segundo ele, o amor palpável é evidência dozelo, isto é, do interesse e ação criativos do mestre pelo bem doeducando. “La Salle não tinha as bases atuais para afirmar apresença do afeto e da emoção no ato da construção doconhecimento. Em seu tempo, não estava teórica e empiricamentedesenvolvida a certeza de que, no desenvolvimento cognitivo, asdimensões afetiva e emotiva são essenciais; de que o conhecimento,o afeto e a emoção são mais que complementares: são inseparáveis,intimamente imbricadas e implicadas. Mas, sobretudo ao falar dainstrução religiosa e do compromisso do educador cristão de levar osalunos a repercutir na concretude do dia a dia os conhecimentosadquiridos, nosso pedagogo e santo não somente associa oconhecimento com o afeto e a emoção; também liga, um e outra, àprática da vida”, defende.

Um amor concreto

EDUCAR COM AMORUma proposta de educação que transcende

habilidades e competências técnicas

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Revista Integração • Dezembro 2011 35

A Educação Lassalista propõe o

desenvolvimento de um trabalho que

ajude o educando "a conhecer os seus

direitos e os seus deveres; a exercer

seu papel de cidadão; a ter consciência

e acreditar na possibilidade de

vivenciar um mundo melhor”

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36 www.lasalle.edu.br

Formação Integral e Integradora

Recentemente lançado, também entregue aos educadores pelaRede, a obra Ensinar a Bem Viver apresenta diferentes artigos depensadores lassalistas acerca da temática da educação. Nolivro, os Irmãos Cledes Antonio Casagrande e Paulo Fossatti,destacam que a educação lassalista está centrada num conceitode educar que engloba o todo da pessoa e, ao mesmo tempo,todo o transcorrer da vida. “Essa compreensão inclui etranscende a lógica da educação formal escolar. Procuraassegurar, juntamente com as habilidades e as competências,próprias de cada etapa formativa, ideais e valores responsáveispor uma formação humana e cristã de qualidade que dê unidadee sentido à vida”(p.72), consideram. A afirmação vem aoencontro da Proposta Educativa e do Projeto Pedagógico da RedeLa Salle que aproxima o conceito de educação ao de formação,enquanto processo de desenvolvimento da originalidade de cadaum, acrescido das experiências acumuladas da cultura e darealidade atual, em vista de uma presença mais significativa nasociedade do presente e do futuro. Para isso, segundo odocumento adotado por todas instituições mantidas pela Redeno Brasil, é preciso zelar pelos conteúdos e pelos processoscoerentes que construam a verdadeira identidade humana,através do desenvolvimento harmônico do afeto, da inteligência eda vontade, em unidade, a partir e para o amor (Cf. PropostaEducativa e Projeto Pedagógico Lassalista, 2008, p. 21).Ainda no livro Ensinar a Bem Viver, os Irmãos Jardelino Menegat,Marcos Antonio Corbellini, e a colaboradora Adriana Gandin,consideram, no artigo Educação Eficaz e Eficiente (2011, p. 139-149), que a educação de hoje, assim como a de todos os tempos,deveria ser a base da construção da identidade de um cidadão.“Diante da realidade da educação hoje, cabe a nós, educadores –que somos privilegiados, pois temos acesso à educação, e quesomos parte dela – contribuirmos com a transformação dasociedade por meio do ensinar e do aprender.

Educar com amor é entender que cada estudante é uma pessoaúnica. Só assim é possível despertar vocações, desenvolvertalentos e formar cidadãos de verdade. Esse é o jeito de educar daRede La Salle. Um bom exemplo deste modelo educativo quevaloriza a pessoa e sua centralidade acontece em Caxias do Sul,na Serra Gaúcha, onde a Rede mantém dois tradicionais colégios.No La Salle Carmo encontramos o estudante Flavio Bayer que aos16 anos já desponta para um talento nato, embora ainda estejaindeciso sobre qual carreira pretende seguir. Aluno do 3º Ano doEnsino Médio, Flavio começou a prestar serviços, em 2008, parauma das empresas mais famosas do mundo, a Google. Em 2011sua dedicação passou a dar resultados financeiros e dereconhecimento. O estudante trabalha em casa, sempre àssextas-feiras, e utiliza o seu computador pessoal para desenvolveraplicativos. Quando precisa se comunicar com a Google, faz issopor e-mail. Ele explica que o Google possui uma espécie deprograma aberto de parceria chamado AdSense: uma pessoa criaum site e se inscreve no programa, o Google analisa o trabalhodesenvolvido pelo candidato e, se for aceito por uma equipe,recebera um código para incorporar ao seu site e exibir anúnciospublicitários. Foi isso que o Flavio fez. Criou uma extensão para onavegador do Google (Google Chrome), permitindo aos usuáriosbaixarem vídeos do YouTube, essa extensão adiciona um botão napág ina do v ídeo para que o mesmo se ja ba ixadoinstantaneamente. Sempre com vontade de aprender, o estudantenão fez nenhum curso de programação ou desenvolvimento desites e foi na curiosidade, pesquisas e leituras que passou agostar da ideia de desenvolver sites. E mesmo com todo essetalento, o aluno não está convicto do que irá fazer na faculdade,embora goste de computadores e desenvolvimento web, pretendefazer disso apenas um hobby. Mas tirando o Google um pouco delado, pedimos que Flavio se definisse como pessoa. Foi aí queentendemos que a educação lassalista transcende mesmo ashabilidades e competências técnicas: “Eu sou uma pessoa quetento sempre ser positiva, se algo não está dando certo, procurover algum ponto positivo e me basear nele”.

No Google aos 16 anos

Para algumas palavras mais comuns e usadas não se encontramfacilmente formas atinadas para defini-las, sobretudo quando se tratade um sentimento como este, o amor, que nos relaciona de maneiraímpar com as outras pessoas. “O amor é a manifestação de umasolicitude ativa pela vida e o crescimento do ser que amamos. Casofaltar uma preocupação ativa, não há amor” (Erich Fromm). SaintExupéry, em seu Pequeno Príncipe, insiste no sentido de que amor éresponsabilidade: “...a gente se torna responsável toda a vida poraquele que se treinou para conviver”. Portanto, amor é responder àcomunicação. Amor é prestar atenção em nosso trato com os outros. Oamor é inseparável do respeito. Lembremos que respeito vem do latim

, olhar, tornar a olhar, interessar-se. Amor é a capacidade dever a pessoa assim como ela é. Há pais que impõem sua vontade aofilho, mesmo que este não se interesse, nem lhe agrade aquilo que o paiquer. Amar não é necessitar o outro para preencher nossas própriascarências. Amar é animar a outra pessoa para que siga seu própriocaminho; é respeitar as necessidades e expectativas dessa pessoa.(CERVANTES HERNÁNDEZ, 2010, p. 13)

“respicere”

O amor definível

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Revista Integração • Dezembro 2011 37

O acadêmico do curso de História do Instituto Superior LaSalle, de Niterói/RJ, Gustavo Reis, lembra que uma boaformação faz a diferença em qualquer campo de atuação.

Faz-se necessário reformular nossas práticas educativas, remodelarou mesmo mudar conceitos e práticas de educação” (p. 142),acreditam. Para os autores, a educação eficaz e eficiente é aquelaque consegue, como um dos resultados, motivar os alunos e osprofessores para aprender e ensinar tanto as habilidades básicasquando as metacognitivas.

Se realmente é verdade que aprendemos 15% do que escutamos,30% do que vemos e 55% do que praticamos, a aprendizagemexperiencial é fundamental no processo educativo. Medianteambientes lúdicos, que valorizem a experiência prática através dejogos, dinâmicas, dramatizações, laboratórios, é possívelpotencializar a capacidade de aprendizagem. “As pessoas vivemsensações, emoções, situações e aprendem delas e com elas,assim, estas experiências atuam como fixadoras da aprendizagemtanto intelectual como emocional”, avalia Irmão José CervantesHernandez (p. 57). A aprendizagem experiencial insiste ematividades ao ar livre e define o professor como um facilitador doprocesso de ensino e aprendizagem. Ao invés de uma aulaconvencional, busca a inter-relação entre o emocional e o racionalem espaços abertos, valorizando características individuais, como acriatividade, a curiosidade, a espontaneidade e a intuição. AUNESCO realizou uma pesquisa com mais de 500 crianças entre 8 e12 anos, de 50 diferentes países, questionando como deveria serum bom professor. Chama atenção a resposta de uma pequena

Aprendizagem Experiencial

neozelandesa, de 9 anos, quando aconselha os professores: “Vocêtem de ser bom, amigável e ter confiança em mim. Deve escutar ecompreender a nós todos e nunca perder a calma, ou ignorar-nos. Euadoro um sorriso e uma palavra amável”. O depoimento apresenta oque todas as pessoas que convivem em um ambiente educativo nãodevem jamais esquecer: as crianças e jovens precisam de educaçãode qualidade baseadas no afeto e no prazer de ensinar e aprender.Antes de serem alunos dispostos em uma sala de aula, são pessoase como pessoas devem ser cuidadas.

Engana-se quem acredita que afeto, cuidado, zelo e amor sãopalavras importantes apenas para educadores que trabalham comcrianças da educação básica. Tão importante quanto o carinho pelospequenos estudantes que ingressam na Educação Infantil é aproximidade dos professores com os adolescentes do Ensino Médioe, até mesmo, com os acadêmicos de um curso de graduação. Umadas principais revistas de negócio do mercado brasileiro, a RevistaVocê S/A, tem apresentado diferentes reportagens acerca doprofissional do futuro e das mudanças sociais e culturais quepermeiam o ambiente empresarial. Diante de um mercado detrabalho concorrido e extremamente feroz, as grandes corporaçõesnão buscam somente profissionais com maior capacitação técnica.

Afeto para uma sociedadeque precisa se reinventar

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Dia de confraternização em comemoração aos 25 anosda Educação Infantil do La Salle Medianeira. Aprofessora Raquel Jaeschke estava com as alunasManuella Haas e Maísa Haab Stracke em meio a muitasbrincadeiras. A cena retrata o cuidado, a acolhida e oafeto que nossos professores tem com seus alunos. Éassim que ela se despede diariamente na chegada aescola, bem como na saída.

Segundo a publicação, são as habilidades pessoais que nosdiferenciam enquanto profissionais e levam ao alto desempenho.Se tais habilidades não forem exploradas e valorizadas, odesempenho acaba comprometido. Na mesma edição, a Revistadestaca que nunca a decisão sobre a escolha profissional estevetão próxima da satisfação pessoal. Se optarmos por um trabalhoque não gostamos, dificilmente teremos energia para nosespecializar o suficiente, ao ponto de nos diferenciarmos nomercado. Os projetos de carreira estão aliados aos projetos devida.

Na obra O processo da estratégia, de Henry Mintzberg e outros, umdos artigos aborda o trabalho do novo líder na construção deorganizações de aprendizado “Os seres humanos são feitos para oaprendizado. Ninguém precisa ensinar uma criança a andar, a falarou dominar as relações espaciais necessárias para empilhar oitoblocos de construção sem que eles caiam”. O artigo reforça a ideiade que as crianças possuem um desejo insaciável de explorar eexperimentar e que as instituições da nossa sociedade sãoorientadas para controlar e não para aprender, recompensandopessoas por fazer pelos outros, e não por cultivar sua curiosidadenatural e impulso para aprender. O autor acredita que este sistemainfluencia os modelos de gestão das empresas. “As pessoasnascem com motivações intrínsecas, auto estima, dignidade,curiosidade de aprender, alegria no aprendizado. No trabalho

Prazer por aprender

Um olhar de afeto e

zelo à nossa realidade

Segundo tabela publicada no livro “Tocar os Corações, educar apartir do amor”, existem índices no Brasil e no mundo que sãopreocupantes e devem ser considerados.

Todos estes dados, e muitos outros, clamam por atenção, ternurae afeto, especialmente dos que menos podem se ajudar, e aquelesque mais dependem da ação dos adultos.

No Brasil o número de crianças e jovens obesos aumentou em,

talvez, até 50% nos últimos 10 anos.

Os índices de gravidez na adolescência são elevados no país.

Nos últimos 20 anos há um crescente número, já bastante

elevado, de suicídios, inclusive de crianças e jovens.

A qualidade da educação brasileira é uma das mais baixas do

mundo.

A tensão, o estresse e a medicação das crianças e jovens tem

aumentado de maneira alarmante nos últimos anos.

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Revista Integração • Novembro 2011 39

pessoas e equipes são avaliadas e recompensadas por estaremno topo, atingirem metas financeiras. A administração é porobjetivos e pagamentos de incentivos, quando na verdade deveriaestar centrada e focada nas pessoas e em sua qualidade de vidano trabalho”. Mais uma prova de que afeto e conhecimento devemestar relacionados sempre.

Como já mencionado, a educação oferecida pela Rede La Salleconcebe o ser humano como pessoa, em suas múltiplasdimensões: física, psíquica e racional-espiritual. Entende otrabalho educativo como um processo que zela pelos conteúdos epelo desenvolvimento integral e integrador das múltiplasdimensões do humano, de modo que se construa a verdadeiraidentidade humana, através do desenvolvimento harmônico doafeto, da inteligência e da vontade. Embora a prática destemodelo educativo seja um grande desafio, o depoimento dediferentes acadêmicos lassalistas comprova que, além de formarprofissionais para bem atuarem em suas áreas, a Rede La Sallebusca formar cidadãos, preocupados com uma sociedade melhor.

A assessora parlamentar formada pelo Instituto Superior La Salle,de Niterói/RJ, Clarisse Corrêa de Mattos, integrou a primeiraturma de Direito da instituição. Em entrevista, ela afirma:“apaixonei-me pelo Direito e o curso que antes era secundário setornou de dedicação exclusiva. E essa paixão pelo curso éfacilmente justificável, a começar pelos professores. Grandeparte do êxito de um aluno é mérito daqueles professores que nãorestringem conhecimento, mas que ensinam para seremsuperados. E eu posso dizer que tive o privilégio de aprender commestres assim”. Para ela, o curso de Direito e, especialmente, oLa Salle, abriram muitas portas. “Ao longo do curso, vários foramos convites para estágios, tanto no âmbito público quanto noprivado. Ao final do curso, ser aprovada no exame da OAB foi amaterialização da certeza de qualidade do ensino. Hoje, algunsmeses após a conclusão do curso, estou exercendo minhaprofissão com muita felicidade e, em grande parte, graças ao LaSalle”, considera.

Já o acadêmico do curso de História da mesma faculdadelassalista, Gustavo Reis, lembra que uma boa formação faz adiferença em qualquer campo de atuação. “Como ex-aluno doColégio La Salle Abel, eu nem poderia ter dúvidas sobre aqualidade do ensino no La Salle, mas o curso de Históriaconseguiu superar minhas expectativas. Professores decompetência inquestionável, conteúdo abrangente, eventosinteressantes e muito bem coordenados. Não tenho dúvidas deque o período vivido no La Salle é um capítulo importante emminha história”, afirma ele que é escritor e roteirista. A acadêmicaFabiana Rodrigues Souza, do curso de Ciências Contábeis doUnilasalle Canoas, está há pouco mais de um mês da suaformatura. Para ela, formar-se é muito bom pela conquista delongos anos de dedicação de luta, de muitos altos e baixos.

Superando expectativas

Atualmente a Rede La Salle conta com 15 unidades assistenciais em 11estados brasileiros, beneficiando cerca de 12 mil pessoas por ano. Alémdestas unidades, no dia a dia dos Colégios e Instituições de EducaçãoSuperior acontecem inúmeros trabalhos sociais em prol da sociedade.Recentemente passando por Manaus, encontramos um excelenteexemplo de que ajudar o próximo realmente está na essência da Rede.Foi lá que conversamos com a coordenadora de Recursos Humanos doLa Salle Manaus/AM, Jacqueline Ramalho Mota e descobrimos que, poriniciativa própria, iniciou um belo movimento em prol dos haitianos queemigraram para a capital amazonense depois da tragédia, em 2010.Quando estava se deslocando para o trabalho observou uma casa comcerca de 20 homens dormindo no chão e o local parecia uma grandebagunça. O incômodo que a cena lhe causou fez Jacqueline se aproximardos haitianos e descobrir que eles precisavam de muita ajuda.Passavam fome, não tinham noções básicas de higiene e não entendiama cultura brasileira em muitas questões. Ao viajar para o Brasil, pegavamempréstimos e reuniam o mísero dinheiro da família, para buscar algumaoportunidade de sobrevivência. “Por aqui eles encontram dificuldade etodo dinheiro que recebem enviam para a família, ficam somente com odinheiro da comida”, conta. Juntamente com outros colaboradoreslassalistas, Jacqueline conseguiu inúmeras doações, curso deinformática, entre outras iniciativas para ajudar. Também adotou quatrodeles para acompanhar de perto, como uma segunda mãe. Há cincomeses no Brasil, Jean Enock Jean, 24 anos, é um dos filhos deJacqueline. Ele abre um sorriso largo quando fala da sua mãe brasileira.“A Jacqueline é um presente de Deus em nossas vidas”, comenta. Jeanatualmente trabalha em uma revenda de carros, fala português, inglês,francês e caboclo e, com muita fé em Deus, está cheio de esperança paradar um futuro melhor para sua família.

A gente AMAajudar o próximo

“O Unilasalle é mais que uma instituição de ensino, aqui eu não só meformei, mas me senti em uma família mesmo. Eu vim de outra instituiçãoe quando cheguei aqui me senti em um ambiente totalmente amigo”.Outra formanda do Centro Universitário, Grasiela Aragão Mauer, docurso de Psicopedagogia, lembra que a formação escolhida foi muitoimportante para o seu crescimento. “Hoje já estou atuando comopsicopedagoga, e recomendo o curso para todos que trabalham comaprendizagem, não só de crianças mas de todas as faixas etárias. Foimuito bom me formar no Unilasalle. Pretendo continuar atuando na áreae também fazer a Pós-Graduação aqui na Instituição”.

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La Salle Esmeralda em Festa

Escola La Salle Esmeralda - Porto Alegre/RS

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Música faz pensar

Colégio La Salle Dores - Porto Alegre/RS

Com o intuito de relacionar a filosofia e a arte, de uma maneira quebuscasse um pensamento reflexivo e dialógico entre os alunos, aProfessora de música, do Colégio La Salle Dores, Cecília Laval, criou oprojeto “Música faz Pensar”, proporcionando aos alunos das sériesiniciais do Ensino Fundamental, uma experiência estética musical,através da apreciação, reflexão, execução e composição de letras emelodias. Antes do registro sonoro, existe todo um processo para aconstrução de algumas etapas, e o resultado tem sido muito superiorao esperado: “É um trabalho muito simples, e por ser simples mesurpreendeu com a qualidade das canções que estão sendoelaboradas por todas as turmas”, completa a professora Cecília.Graças aos resultados positivos do Projeto, a professora resolveucriar um blog onde o processo criativo das turmas está sendodetalhado e divulgado, bem como as canções, que estão em fase definalização e que em breve estarão disponíveis. O endereço do Blog é omusicfazpensar.blogspot.com

Quando chegam os momentos finais da Escola e se aproxima o momentode escolher uma profissão, muitos jovens ficam inseguros e incertos doque irão seguir no futuro. Muitas vezes, eles dependem do apoio da família,da Escola e até mesmo daqueles que estão na mesma situação e com omesmo questionamento: “o que eu realmente quero ser quando crescer?”Foi com esse intuito, de auxiliar os adolescentes, na hora da decisão, que aEditora Positivo, em parceria com suas escolas conveniadas, promoveu oencontro “A HORA É AGORA”, voltado para os alunos de 8ª série do EnsinoFundamental e os alunos do Ensino Médio. A palestra aconteceu no dia 2de setembro, no Pepsi On Stage em Porto Alegre. E dentre os Colégiosparticipantes, estava o La Salle Carmo, de Caxias do Sul/RS.Os alunos foram convidados a participar desse momento de reflexão sobreo seu futuro profissional, foram ouvidos e orientados pelo Coordenador doCurso Positivo, que também é psicólogo e professor, Ivo Carraro, e pelo

, ou seja, “recrutador”, Edson Gil. Ambos compartilharam comos alunos, suas experiências de vida e vivências profissionais, bem comoas tendências no Mercado de Trabalho.

headhunter

A hora é agora

Colégio La Salle Carmo - Caxias do Sul/RS

No dia 31 de agosto, a Escola La Salle Esmeralda, referência naComunidade, comemorou 30 anos de fundação, que foramfestejados com muita alegria.A Instituição preparou uma programação que iniciou na quinta-feira,dia 25/08, com a abertura de uma gincana de integração entrealunos e professores, e que teve continuidade no dia seguinte.Além disso, uma missa comemorativa foi celebrada no dia 1º desetembro, na qual alunos e colaboradores puderam agradecer pormais um ano de aprendizado, trocas, ensino. Após, foi servido umbolo para toda Escola. O encerramento foi no sábado, dia 03 desetembro, com a presença da Banda do Colégio La Salle São João,que fez um show de emocionar, e que sempre teve uma importanteparticipação na história da La Salle Esmeralda. Também, nestamesma manhã, houve a premiação dos vencedores da Gincana.

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Projeto Dança Educação

Escola La Salle Hipólito Leite - Pelotas/RS

A Escola La Salle Hipólito Leite desenvolveu um projeto para ninguémficar parado. Intitulado “Dança Educação”, este projeto tem, comoprincipal objetivo, ensinar a dança como arte criativa e transmitir o seupapel no desenvolvimento e na aprendizagem da criança e doadolescente. Além disso, possibilita um melhoramento das habilidadesartísticas, bem como uma boa sincronia corpórea, proporcionandocoordenação motora corporal e uma boa expressão por meio de gestose fala. Durante as aulas de dança, procura-se desenvolver, com osalunos, o espírito de cooperação e de liderança grupal, bem como orespeito aos diferentes modos e tempos de aprendizagem, motivandoos estudantes a apreciarem a dança. As aulas estão pautadas em trêsações: ver, criar e executar, onde os alunos assistem, criam e executam.Outros temas, trabalhados durante as aulas, são os assuntos docotidiano, que vem à tona, para a realidade dos alunos, através dedebates e de questionamentos permitindo que, a partir disto, elestransformem em linguagem artística, com a função de conscientização.O projeto existe a quatro anos na escola, oferecendo as modalidadesJazz, Estilo livre e Dança de Rua e é coordenado pela professora MariaLuísa Fagundes.

Além das aulas de Educação Física

Colégio La Salle Esteio/RS

As aulas de Educação Física, na Escola La Salle Esteio, vão além doconhecimento sobre regras esportivas e suas práticas. Lá busca-sedesenvolver, no corpo docente, os ideais de São João Batista de LaSalle, através de atividades onde os próprios alunos são co-responsáveis por eles e por seus colegas, cuidando de sua integridadefísica, bem como do outro. E é com esse espírito de cooperação eparticipação em grupo, que os alunos passam a aprender a ajudar unsaos outros e a desenvolver um lado de solidariedade perante aosamigos. O resultado tem sido muito positivo e os professores daEscola estão muito contentes com esse tipo de atividade, pois além deajudar a facilitar o processo de aprendizagem, incentiva a cristalizaçãodos conceitos educacionais, de forma que o educando, ao incorporá-los no seu cotidiano, passa a reproduzí-los de forma tácita einconsciente.E é sobre esse amor por educar, que o Ir. Hernández, emum dos trechos do seu livro “Tocar os Corações – Educar a partir doamor” –, descreve: “um bom professor se compromete a melhorar avida das pessoas; sabe que ensinar é, antes de tudo, um ato de amor”.Por isso que o conhecimento emociona, pois abre caminhos, desafia,instiga a buscar novos conhecimentos, desacomoda. Torna o mundomais interessante.

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Com o objetivo de promover momentos dirigidos elúdicos na hora do recreio, os alunos do 1° ano do CursoNormal do Colégio La Salle Carazinho estão realizandoatividades de integração e socialização com as criançasdo Ensino Fundamental I. Dentre as brincadeirasoferecidas estão: futebol, vôlei, pular corda, handebol,amarelinha, boliche entre outras.O Projeto Minutos de Alegria, orientado pela professoraFrancine Bohne Ritta, avalia os alunos dos Anos Iniciaismediante envolvimento participação e respeito aopróximo e os alunos do Curso Normal, através daparticipação, capacidade de organização e liderança,além da interação e iniciativa com as crianças.

Minutos de Alegria

Colégio La Salle Carazinho/RS

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A emoção ligada ao conhecimento

Colégio La Salle Medianeira - Cerro Largo/MT

O mote da Campanha, da Rede La Salle: “O conhecimentoemociona”, tocou na definição fundamental da Filosofia, que é oamor à sabedoria. Com diferentes conceitos sobre o amor, umenriquecedor debate foi promovido entre os estudantes do 2º anodo Ensino Médio do Colégio La Salle Medianeira, sobre as diversasformas desse sentimento muitas vezes tão complexo de entender.A turma trouxe, para discussão, o pensamento dos principaisfilósofos sobre o assunto, além de frases de personalidadesfamosas de várias áreas do conhecimento, propiciando uma trocade idéias e de conhecimento. Após debaterem, os alunosapresentaram as conclusões das reflexões de forma dinâmica emuma mesa-redonda, coordenada pela professora Sandra Freitas.

Brincadeira séria

Colégio La Salle Santo Antônio - Porto Alegre/RS

No Colégio La Salle Santo Antônio, as professoras do 2º ano doEnsino Fundamental desenvolveram um projeto sobre as leis detrânsito, no qual as crianças compartilharam suas experiênciascomo pedestres e caronas, realizaram pesquisas, observaram ocomportamento dos motoristas e conheceram o significado dealgumas placas de sinalização, usadas para manter a ordem, orespeito e a harmonia no trânsito. Com muita criatividade eempenho, as famílias, dos estudantes, participaram do projeto,auxiliando durante a construção de veículos feitos com materialreciclável. Dessa forma, cada aluno trouxe os seus carros dediferentes estilos, tais como ônibus, trens e caminhões, pois deforma lúdica e divertida, assumiram o papel de motoristas. Parareforçar o conteúdo já estudado em sala de aula, todos participaramde um mini-circuito, com sinaleira e placas de sinalização, tais como:proibido estacionar; proibido ultrapassar; limite de velocidade; faixade segurança, e área para estacionamento, entre outras. Durante aatividade, ao oferecer carona para um amigo, os estudantesexercitaram o coleguismo, o respeito ao espaço do outro e nosmomentos de engarrafamento, a organização e a paciência.

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Para comemorar o Dia do Folclore, os estudantes dos 5º anos, doEnsino Fundamental, do Colégio La Salle Manaus, exploraram aslendas do Amazonas, ampliando os conhecimentos sobre a línguaportuguesa, em aulas criativas, orientadas e coordenadas pelaProfessora de Português Ruth Jobim. Dividida em três etapas, aatividade teve, em seu primeiro momento, um festival de poesias como slogan: “Eu sou um pequeno poeta”, realizado pelos alunos. Elesdeclamaram os poemas de diversos escritores brasileiros, e algunsforam de autoria dos estudantes. A segunda parte, consistia empesquisas sobre as origens das lendas regionais, e a terceira e últimaetapa deu-se com a dramatização das estórias com o tema: “É hora derepresentar”.Segundo a Professora Ruth, o trabalho estimulou a turma, de umamaneira que possibilitou a identificação e reconhecimento astradições de um povo e suas manifestações, valorizando o pensar e oagir através dos mitos lendários como: Bôto cor-de-rosa; Iara, eVitória-Régia: “O projeto também proporciona às turmas, o valor dalíngua escrita e falada como meio de informação e transmissão dacultura”, completa Ruth.

Lendas do folclore amazonense

Colégio La Salle Manaus/AM

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Respeito e aceitação

Escola La Salle Sapucaia do Sul/RS

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No mês de setembro, os alunos do Ensino Médio do Colégio La SalleSão João participaram da Feira das Profissões 2011. O evento,tradicional no calendário escolar, tem como objetivo orientar os jovensna escolha da profissão, além de proporcionar troca de experiências einformações com profissionais do mercado de trabalho. Através de umaprogramação diversificada, os alunos puderam tirar dúvidas a respeitodas carreiras profissionais de maior interesse e demais assuntosrelacionados à educação superior. O evento iniciou com a palestra doprofessor da FARGS, Dilo Daniel Rodrigues, sobre o tema “Mercado deTrabalho”. No segundo dia, o professor do Senac RS, Franz Figueroa,ministrou a palestra "O novo perfil do profissional da era doTwitter/Facebook" e no encerramento, o professor da UFRGS, RubensRuaro, falou do “Perfil do Vestibulando da UFRGS”. Além disso, houvebate-papo com os ex-alunos da Escola, Lívia Sombrio, acadêmica deEnfermagem na UFCSPA, e Agnelo França Jr., graduado em Direito pelaPUCRS. Também ocorreram testes vocacionais e visitação aosestandes das seguintes universidades e faculdades: Unilasalle,PUCRS, Fargs, Unisinos, FAPA, ESPM, Feevale, IPA, Uniritter, Esade,FTEC e Faculdades Senac.

Orientação Profissional

Colégio La Salle São João - Porto Alegre/RS

A emoção do conhecimento

Colégio La Salle Sobradinho/DF

As turmas do 1º ano do Ensino Fundamental, da Escola La Salle deSapucaia, vivenciaram a importância do sentimento da “emoção”,através da atividade Releitura de Imagens, na qual os alunosconseguiram compartilhar e expressar seu potencial artístico,desenvolvendo, assim, seu pensar e sentir.A atividade consistia na escolha de imagens diversas, pelos alunos,onde cada um deveria expressar o que a figura lhe transmitiu eelaborar uma releitura artística da mesma, fazendo com que todosna sala de aula se emocionassem com os comentários daspreocupações e ânsias dos estudantes, para um futuro melhor donosso planeta.Expressar-se faz parte integrante do conhecimento. O aluno quandoconsegue mostrar o que sente, consegue se relacionar melhor com ooutro e assim oportunizar trocas e experiências. Quando o professortem claro como o aluno está pensando, planeja de maneiraestratégica a forma de oportunizar o avanço do conhecimento. Osfrutos desse avanço só emocionam.

Sempre ouvimos dizer que o Brasil é um país rico em diversidade étnica ecultural, uma mistura de branco, índio, afro-descendente, imigrante. Mas,inúmeros são os preconceitos e discriminações que ainda impedem muitosbrasileiros de viverem bem uns com os outros. A escola pode exercer um papelimportantíssimo nesse contexto, formando valores capazes de transformar esuperar preconceitos. Foi partindo do princípio de ensinar, de fazer reconhecere de transformar que as professoras Alessandra e Fernanda, do 3º ano doEnsino Fundamental I e Juliana, Contadora de História, funcionárias do ColégioLa Salle de Sobradinho/DF, desenvolveram um projeto que teve como objetivodiscutir questões como: respeito, autoaceitarão amor ao próximo. Asprofessoras proporcionaram aos alunos momentos de encantamento edescontração por meio da leitura e caracterização dos personagens do livroMenina bonita do laço de fita, de Ana Maria Machado. Após a apresentação,houve a exploração e atividades relacionadas à mensagem apresentada pelotexto de que “devemos nos aceitar como nascemos e como somos”, diz aaluna Maria Eduarda Oliveira Lopes. O projeto teve encerramento na FeiraMulticultural da escola, que abordou o tema Cultura e Diversidade Étnica.

Page 44: Revista Integração

Piquete em PelotasAs atividades alusivas da Semana Farroupilha, na Escola La SalleHipólito Leite, começaram no dia 14 de setembro, onde houve omomento cívico e a abertura do Piquete Hipólito Leite, para todos osalunos da escola. Durante o período de 14 a 19 de setembro, a Escolapromoveu diversas ações relacionadas à nossa Cultura, tais como:mateada; exposições com alguns objetos que marcaram a vida dogaúcho; declamações de poesias; e um almoço, para os alunos, ondefoi servido um prato típico gaúcho, o carreteiro. À noite a programaçãocontinuou, com uma janta entre alunos, professores e funcionários daEscola. As atividades propostas buscaram sensibilizar e valorizar acultura gaúcha, dando espaço às pessoas para demonstrarem umpouco do que sabem a respeito da mesma, proporcionando, dessaforma, momentos de manifestação artística, aprendizagens econvivência dos nossos costumes. Assim, foi possível despertar nosalunos a curiosidade de conhecer e valorizar a tradição, a fim deaumentar o interesse da juventude pela sua cultura.

Dia do Estudante

Colégio La Salle Xanxerê/RS

A Escola La Salle Xanxerê preparou, para comemorar o Dia doEstudante, uma programação diversificada, envolvendo toda acomunidade escolar, com o intuito de que essa data marcasse, tantopara os alunos, quanto para os colaboradores.O cronograma de atividades iniciou no dia 09 de agosto, com oespetáculo “Em busca do conhecimento”, apresentado e estreladopelo Grupo P2, de Joaçaba, Santa Catarina, que encantou as crianças,através de um show de teatro de bonecos. À noite, a programação foivoltada para os alunos do 3º ano do Ensino Médio. No dia 10 deagosto, os alunos de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental assistiram a“Contos de enganar a morte” e à tarde, a programação foi o Cine-fórum com o filme: Diálogos da Diferença, e debate sobre acomposição étnica da Região Oeste de Santa Catarina, com oProfessor Délcio Marquetti, de Xanxerê. À noite foi presenteada pelapresença dos pais dos alunos, para assistirem à Peça: “Só não vêquem não quer”, com o Grupo de teatro Quebra-Galho e a Palestra“Poder Familiar”. Com uma programação que realmente homenageouos estudantes que buscam seu espaço na sociedade e veem noColégio La Salle o caminho para essa conquista.

O Colégio La Salle Dores, promoveu, durante o segundo semestre de2011, o projeto Blitz da Fama, coordenado pela educadora KonstansSteffen. A atividade permitiu que se abrisse um espaço para ostalentos existentes dentro da Escola, oferecendo, assim, uma formadeles mostrarem o que sabem fazer. A estreia, que ocorreu no dia 02 desetembro, foi um verdadeiro sucesso, fazendo com que todosacabassem revelando aquela aptidão escondida. Apresentado pelocolaborador Bruno Brodt, o público deu boas risadas com as suasimprovisações e imitações de personalidades do cenário nacional.Um mural, intitulado Hall da Fama, criado para colocar as fotos de quemapresentava suas performances, foi inaugurado com a imagem doestagiário, Juliano Rodrigues, que tocou violão durante o recreio,embalando os estudantes não só com a sua boa música, mas tambémcom seu carisma e simpatia. Nas outras edições, os alunos foramperdendo a vergonha e novos talentos foram se revelando eaparecendo.

Blitz da Fama

Colégio La Salle Dores - Porto Alegre/RS

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Escola La Salle Hipólito Leite - Pelotas/RS

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A educação e a motivação odontológica são ferramentasextremamente importantes, pois são capazes de desenvolver umaconsciência em nossas crianças e despertar o interesse pelamanutenção da saúde. A educação odontológica oferecida ao TurnoIntegral, do Colégio La Salle Carmo, realizada no dia 02/08, visouestimular a mudança do comportamento das crianças pré-escolares com idade entre 3 e 6 anos, e do Ensino Fundamental,quanto aos problemas de saúde bucal, minimizando, assim, onúmero de ocorrências futuras de cárie, doenças periodontais (dagengiva) e perda precoce dos dentes. O evento contou com aimportante parceria da Clínica Individual.

Saúde Bucal

Colégio La Salle Carmo - Caxias do Sul/RS

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Festival do Folclore

Colégio La Salle São João - Porto Alegre/RS

Projeto Moda e Estilo

Colégio La Salle Santo Antônio - Porto Alegre/RS

No mês de outubro de 2011, o “Moda e Estilo”, projeto realizado no LaSalle Santo Antônio, realizou sua 11ª edição com uma grande festa,que reuniu estudantes, familiares, professores e participantes deanos anteriores. Para as turmas de 7ª série do Ensino Fundamental –171, 172 e 173 – esta foi a noite de estreia, quando apresentaram oresultado do trabalho realizado ao longo do ano letivo.Idealizado pela professora de Artes, Miriam Viana, o Projeto passa poravaliações constantes, e cada vez mais se volta para a vivência deuma escola inclusiva, trazendo este debate e esta reflexão para ocotidiano da sala de aula. Tendo a moda como pano de fundo e umtema específico a cada edição, é aberto um espaço para a valorizaçãodas diferenças, para o pensamento filosófico, para a imaginação e adescoberta, fazendo com que os estudantes trabalhem de formacolaborativa. Nesta edição, o tema foi “Século XX – Música e Moda dosanos 40 aos 90”. Assim, os grupos escolheram músicas relacionadasao período através de pesquisas e customizaram roupas e acessórios,além de terem preparado belíssimas coreografias.

Os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental apresentaram, no mês desetembro, a sétima edição do Festival La Salle São João de Folclore eCultura Popular. A programação contou com apresentação artística dosalunos do Turno Integral, exposição de trabalhos, ilhas gastronômicas,danças étnicas e dramatização da obra “Piá Farroupilha” feita através deum musical, resultado de um projeto interdisciplinar desenvolvido pelasprofessoras Ana Paula Oliveira e Marilia Mentz. Aberto ao público, oFestival promove a integração das etnias com a comunidade lassalista eporto-alegrense. A proposta é valorizar a origem e as características dasdiferentes etnias que formam o Estado para que os alunos entendam aforma na qual o povo gaúcho vive atualmente e busquem uma sociedademais justa e menos preconceituosa. O evento é a culminância de umprojeto que engloba diversas atividades de pesquisa sobre a formaçãohistórica do Rio Grande do Sul, entre elas duas viagens para os municípiosde colonização alemã e italiana, realizadas ao longo do ano, e a construçãodos bonecos étnicos, os “Bonétnicos”.

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Encontro com escritores

Colégio La Salle Carazinho/RS

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Os alunos da turma 33, da Escola La Salle Esmeralda,estudaram as diferentes paisagens e modo de viver daspessoas da Zona Rural e Urbana. Sobre orientação daProfessora Rosângela, após os estudos, os alunosrealizaram um trabalho no qual deveriam mostrar seusconhecimentos adquiridos e também muita criatividade.Utilizando diversos materiais, como isopor, papelão,diferentes tipos de papéis, erva de chimarrão, argila epequenos brinquedos, a turminha criou maquetes comintuito de representar as diferenças entre estas áreas.Finalizando o trabalho, os alunos realizaram umaexposição na sala de aula, recebendo visita dos demaisalunos da Escola.

Estudo sobre a Zona Rural e Urbana

Dando início ao projeto “Poesia nos ônibus”, o Colégio La SalleCarazinho recebeu os escritores Odillo Gomes, Lourival Leimbeiger eMárcia Sbardelotto para apresentarem suas obras e ressaltarem aimportância da Poesia para a vida de cada um.O escritor Lourival, ex-aluno Lassalista e autor do livro 'Inquietações– Poesia e Prosa', falou da importância do uso do dicionário na vida dequalquer pessoa e disse: “ser poeta é ter sensibilidade”.Já a escritora Márcia Sbardelotto, autora do livro 'Cinco luas e umacanção', relatou que iniciou a escrever muito cedo, quando aindaestava no colégio. Atualmente, Márcia escreve poesias gaúchas epoesias destinadas para a terceira idade.

Escola La Salle Esmeralda - Porto Alegre/RS

Pensando em auxiliar os estudantes na escrita espontânea e a ajudá-los a entender como os textos se organizam, os professores do EnsinoFundamental, do Colégio La Salle Lucas do Rio Verde, desenvolveramum projeto chamado “Diário Viajante”, que não só motiva os alunos aaprenderam, como também propõe ensinar os aspectos específicos dalinguagem escrita. Mais do que enumerar as características dosdiferentes gêneros, o Projeto leva os pequenos estudantes a perceberque existe diferença na forma de falar e escrever, estimulando a escritaespontânea, o gosto pela leitura, ampliando o repertório de leitura eescrita, valorizando os espaços de leitura. Para atrair mais as crianças,foi criado o boneco de pano “Zé”, onde toda semana um aluno éresponsável por ele, e precisa levá-lo para sua casa e apresentá-lo paraa sua família. Todas as atividades realizadas com o boneco sãoregistradas no diário, no qual eles também podem colar fotos oudesenhar. A família registra no diário sua opinião sobre o projeto ecomo foi o envolvimento do filho(a) na realização das atividades. Naescola, o aluno apresenta seus registros aos colegas.

Diário Viajante

Colégio La Salle Lucas do Rio Verde/MT

Page 47: Revista Integração

Unilasalle Canoas/RS

Acadêmicos de Lucas do Rio Verdevisitam Unilasalle Canoas

Acadêmicos do curso de Direito da Faculdade La Salle de Lucas deRio Verde, no Mato Grosso, realizaram uma visita ao Campus doUnilasalle. Cerca de 40 acadêmicos da instituição mato-grossensepuderam ter uma visão mais ampla sobre as instituições lassalistase do próprio Unilasalle, além de conhecer outras instituições como aSede Provincial Lassalista, em Porto Alegre, e as instalações desessões de julgamento do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.O coordenador do curso de Direito da Faculdade La Salle, Prof.Guilherme Ribeiro, que acompanhou os acadêmicos, agradeceu areceptividade que teve na instituição “O Unilasalle conta com ótimasinstalações, que claramente inspiram a convivência universitária,fato estimulador dos estudos. Além disso, devo registrar que fomosmuito bem recebidos pelo Reitor, Ir. Paulo Fossatti, que nosapresentou a história e estrutura da instituição, e pela professoraCintia Moura Amaro que nos mostrou e explicou o funcionamento eas instalações destinadas ao Curso de Direito”, ressaltou Ribeiro.Os visitantes também participaram do III Congresso Anual de Direitodo Unilasalle. A acadêmica e representante discente do Colegiadodo Curso de Direito, Derlise Marchiori, comentou a importância daparticipação no Congresso para os acadêmicos. “A participação noCongresso foi de suma importância para o crescimento intelectualdos presentes, uma vez que as palestras assistidas trouxeramtemas importantes e despertaram o interesse em muitos na buscade respostas sobre as novas tendências do direito brasileiro”,finalizou Derlise.Os alunos do Colégio La Salle, também de Lucas do Rio Verde,visitaram o Unilasalle. Guiados pelo Assessor de AssuntosInterinstitucionais e Internacionais, Prof. José Alberto Miranda, osalunos, acompanhados de professores e do Diretor do ColégioIr.Lauro Bohnenberger, fizeram um teste vocacional e conheceram ainstituição. Os alunos conheceram, também, aspectos culturaisvisitando locais como a Serra Gaúcha e a cidade de Porto Alegre.Para o reitor do Unilasalle, Ir. Paulo Fossatti, visitas como essa são“importantes para estreitar o relacionamento das unidadeslassalistas do Brasil, facilitando a troca de experiência eaprendizado” concluiu.

www.revistaintegracao.com.br 47Revista Integração • Dezembro 2011

Educação Superior

Um Guia de belezas

Os ervais de Ilópolis, o Convento São Boa Ventura, em Imigrante, e aLagoa Armênia, em Taquari, são apenas algumas das belas paisagensque podem ser conferidas por quem se propõe a descobrir o Vale oTaquari de modo mais detalhado. Esses e outros locais estãoelencados no Guia Turístico Vale do Taquari, produzido pela FaculdadeLa Salle Estrela em parceria com empresas da região.O guia, lançado em setembro, é repleto de fotos e apresenta noverotas. Elas contemplam museus, igrejas e engenhos, além de belezasnaturais, como cascatas e grutas. O guia também traz um pouco datradição de algumas cidades por meio de roteiros, como é o caso daRota das Gemas & Joias, que inclui visitas a pontos de industrializaçãode pedras em Lajeado.Conforme os idealizadores do guia – alunos e professores do curso deGestão em Turismo –, a publicação tem a função de valorizar e dedivulgar a região por ser um material que, além de mostrar aspotencialidades do Vale, também motiva a visitação. Foram impressos2 mil exemplares que estão sendo distribuídos gratuitamente.

Faculdade La Salle Estrela/RS

Faculdade La Salle Estrela/RS

Pioneiros na pós-graduação

Depois de dois anos de aulas, oito educadores concluíram aespecialização em Gestão Educacional da Escola Básica, na FaculdadeLa Salle Estrela. As defesas das monografias ocorreram nos dias 4 e 5de novembro. A especialização foi a primeira a ser concluída naFaculdade. Os alunos tiveram como orientador o Diretor Geral daFaculdade, Ir. Marcos Corbellini, que é Doutor em Educação. A bancaesteve composta pelo Ir. Marcos, pelo Diretor Acadêmico daFaculdade, padre Rogério Ferraz de Andrade, e ainda pelo DiretorPrimeiro Vice-presidente da Rede La Salle, Ir. Cledes AntonioCasagrande.Conforme o padre Rogério, o término do primeiro curso de pós-graduação é um momento importante, pois reforça o trabalho que vemsendo desenvolvido na unidade e o seu compromisso com acomunidade e com a educação. No fim de novembro, o segundo cursode pós-graduação da La Salle Estrela será concluído. Para o dia 25,está marcada a defesa dos trabalhos de conclusão dos alunos do MBAem Gestão Financeira.

Page 48: Revista Integração

Educação Superior

O Reitor do Unilasalle Prof. Dr. Paulo Fossatti, fsc e a Prof. Dr. GilcaKortmann estiveram reunidos com o Embaixador da ONU ChristianGuillermet Fernández, no último mês. Na ocasião, foi discutido oprograma mundial da ONU para a educação nos direitos humanos e aDeclaração da ONU sobre a educação e a formação em direitoshumanos. Experiências desenvolvidas na instituição na área deDireitos Humanos, Docência e Infância foram relatados comoexemplos pelos representantes do Unilasalle.

A formação docente e o desenvolvimento de valores criativos,vivenciais e atitudinais, foco do trabalho de pós-doutoramento do Prof.Dr. Paulo Fossatti foi uma das experiências relatadas como exemplona promoção de direitos humanos no Seminário em Genebra. Apesquisa promoveu o desenvolvimento de grupos docentes emMoçambique na África e no nordeste do Brasil. Também o Núcleo deAtendimento Psicopedagógico (NAPSI), que promove o atendimentode bebês recém-nascidos através da estimulação precoce e odesenvolvimento de crianças, adolescentes e adultos em situação devulnerabilidade social através de atividades educativas, informativase intervencionaistas, diagnóstico, intervenção e acompanhamentopsicopedagógico totalmente gratuito, foi apresentado ao Embaixadorda ONU, pela Prof. Dr. Gilca Kortamann, coordenadora do Curso dePsicopedagogia, como prática desenvolvida pelo Unilasalle.

De 10 a 14 de outubro ocorreu em Genebra, o seminário DireitosHumanos, Direito à Educação e Educação aos Direitos Humanos.Representaram o Unilasalle o Reitor Dr. Paulo Fossatti, fsc e aprofessora Dr. Gilca Maria Lucena Kortmann. São 21 lassalistas daAmérica Latina, Caribe e Europa reunidos. O evento serviu para ocompartilhamento de experiências e políticas comuns das obraslassalistas sobre direitos humanos e educação.

Exemplo na promoção dos direitos humanos

O evento

Na Foto: da Esquerda para a Direita: Irmão Arno Lunkes - Diretor do Colégio ABEL -Niterói-RJ; Prof. Gilca Kortmann; Christian Guillermet Fernández - Embaixador da ONU;Dr. Paulo Fossatti, fsc - Reitor do Unilasalle e Alessandra Aula - Secretária do EscritórioInternacional Católico da Infância em Genebra.

Unilasalle Canoas/RS

48 www.lasalle.edu.br

Faculdade La Salle Lucas do Rio Verde/MT

Reunião com Embaixadorda ONU em Genebra

Missão acadêmica internacionaldas IES Lassalistas Brasileiras

Em 15 de outubro de 2010, esteve em visita à Faculdade La Salle deLucas do Rio Verde-MT e ao Unilasalle Canoas, o Prof. Felipe Choquet,Reitor do Instituto Politécnico La Salle de Beauvais, França. Naocasião, Prof. Felipe fez o convite à Diretoria das IES, bem como aosempresários locais, para participar da 7ª Conferência da GCHERA(Consórcio da Educação Superior e Pesquisa para a Agricultura), quese realizaria em Beauvais, em junho de 2011.Acolhendo o convite, o Unilasalle e as Faculdades La Salle de Lucas doRio Verde-MT e de Manaus-AM, e os Institutos Superiores La Salle deEducação Superior de Niterói-RJ, organizaram a Missão Acadêmica aoInstituto Politécnico La Salle de Beauvais e à 7ª Conferência GCHERA,que ocorreu de 27 a 29 de junho de 2011.A 7ª Conferência GCHERA tratou sobre “o papel estratégico dasUniversidades de Agronomia e da Ciência da Vida, e de Empresas eOrganizações Governamentais e Não Governamentais, nodesenvolvimento sustentável”. Mais de 60 países estiveramrepresentados na discussão sobre o desenvolvimento sustentável daalimentação no mundo, por representantes de Universidades,Cientistas e Pesquisadores, Representantes de OrganismosInternacionais em programas de Agricultura, Diretores de Empresas,Estudantes e pessoas interessadas no tema do desenvolvimentosustentável.Nos dias que se seguiram à Conferência, até o dia 02 de julho, osmembros da Missão tiveram a oportunidade de conhecer o InstitutoPolitécnico La Salle por visitas técnicas à Instituição. Como resultadodas propostas de discussão, ficou configurada uma agenda comum deproposições que tratam de: Mobilidade Estudantil de cursos deGraduação, Extensão e Especialização; Mobilidade de Professoresem Cursos pós-graduação: stricto sensu e lato sensu; Elaboraçãode Pesquisas em comum da Rede La Salle Brasil e Internacional;Realização de cursos de Extensão, Especialização: stricto senso e latosensu in company; Projeção do Curso de “Agronomia La Salle” comapoio de empresas internacionais. Além disso, a comitiva brasileirateve a oportunidade de visitar empresas locais que mantém parceriascom o Instituto. Assim, conheceram a Its Lucien, empresabeneficiadora de carnes de gado, suíno, ovelha/cervo em produtosprontos para o consumo, e a Sofiprotéol, Indústria de Óleo de Granolapara diferentes níveis de utilização.

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49Revista Integração • Dezembro 2011

Obras Assistenciais

A escola La Salle Sapucaia trabalha com a organização curricular porciclos de aprendizagem. Um dos aspectos presentes, na práticapedagógica desta proposta, é a ciclagem, onde os educandos do mesmociclo podem conviver e trocar conhecimentos. Com o passar do tempo osestudantes foram se acostumando com a prática e conseguiu-seaprimorá-la, porém, ainda não é possível realizá-la com a frequênciadesejada.Um fato interessante ocorreu no mês de outubro de 2011, em respostaa todos os outros momentos de ciclagem realizados na escola: Umgrupo de alunos do III ano do II ciclo (6º ano) questionou a professora doII ano do II ciclo (5º ano) se os alunos estavam aprendendo alguma coisasobre animais.A professora Gabriele respondeu que eles estavam trabalhando osseres vivos. Então, eles questionaram se podiam ir até a turma paraensinar dobraduras que eles haviam aprendido em livros da biblioteca.Iniciou-se ali a Oficina de dobradura. Patos que abriam a boca, corujas,lírios, sapos que saltavam, cachorros, garças e o que mais se possaimaginar. Durante as oficinas os alunos formavam grupos para melhorensinar o passo a passo aos alunos mais novos e sempre traziam umaou duas dobraduras diferentes.Os alunos do II ano do II ciclo estavam sempre ansiosos para descobrirqual seria a nova dobradura. A professora Gabriele relacionava o que eraaprendido nas dobraduras com o conteúdo de ciências, montandocadeias alimentares e relações entre o ecossistema com as dobradurascriadas pelos educandos.

Por Gabriele Bonotto

Professora da Escola Fundamental La Salle, Sapucaia/RS

CompartilharCompartilharooconhecimentoconhecimento emociona!emociona!

Os estudantes que ensinavam saiam satisfeitos por transmitir seusconhecimentos e todos os dias pesquisavam em livros e na internetnovas dobraduras. Passavam o recreio treinando cada nova peça paranão esquecer nenhum detalhe e conseguir passar para a turma tudo oque sabiam.Inclusive os alunos do III ano do II ciclo foram convidados para realizaresta oficina com outras turmas no projeto do dia da criança. E mais umavez, ficaram satisfeitos em pesquisar dobraduras adequadas para cadaano ciclo e ensinar cada grupo com muita paciência. Esta iniciativa dosalunos demonstra que as aprendizagens conquistadas despertam odesejo de serem compartilhadas. Esta é uma prova de que oconhecimento realmente emociona.

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Obras Assistenciais

50 www.lasalle.edu.br

Por Aline Marin

Coordenação de Ensino do Centro de Assistência Social La Salle - Canoas/RS

O Centro de Assistência Social La Salle, em Canoas promoveu noperíodo de 17 de setembro a 08 de outubro, o curso para capacitaçãode monitores. Os encontros dos professores aconteceram em quatrosábados pela manhã, nos quais foi tratado o tema: Iniciação àDocência Profissional, para capacitação de monitores. Ao todo, 32professores participaram desta formação.Quem ministrou o curso foi a professora Rosângela Maria BorgesMartins, que abordou assuntos como elaboração de projetosinterdisciplinares, planejamento, organização do ambiente didáticopedagógico e os aspectos básicos do planejamento, aprendizagempor competência e a metodologia de resolução de problemas,estratégias didáticas e técnicas de ensino, organização e utilização derecursos didáticos.Também são responsáveis, pela elaboração e organização do curso, odiretor do Centro de Assistência Social La Salle, Ir. Valdecir SilvaRocha Filho, a Coordenação de Ensino, e o Unilasalle Canoas, que éparceiro neste projeto, através da Diretora de Extensão, Pós-graduação e Pesquisa, Dirléia Fanfa Sarmento.O objetivo deste curso foi dar continuidade à formação dosprofessores que iniciaram a primeira etapa deste projeto, no anopassado com o curso sobre Capacitação Docente em EducaçãoProfissional. O curso finalizou-se com um almoço preparado pelosprofessores. Já no dia 11 de outubro, foi realizada uma oficina para asprofessoras voluntárias dos cursos de artesanato sobre Pintura comAquarela em Seda.

Curso de Capacitação de ProfessoresCurso de Capacitação de Professorese Oficina de Artesanato para Voluntáriose Oficina de Artesanato para Voluntários

As instruções para a atividade ficaram por conta da professora RoseliLeal, que passou a tarde mostrando as técnicas e materiaisnecessários para a produção das peças. A pintura em seda requermais paciência e dedicação das alunas, pois lida com diferentes tiposde penetração da tinta na seda.A proposta da oficina de artesanato é levar a aprendizagem de técnicasde artesanato que favorecem o desenvolvimento da criatividade, dehabilidades específicas e de domínio de técnicas para criação deprodutos com potencial de comercialização.

O objetivo das oficinas é fortalecer o grupo de artesãsatravés da integração entre elas, entre a comunidade e o Centro deAssistência, favorecer um espaço de convivência e troca de ideias,além de oferecer mais uma formação prática para as participantes.

Page 51: Revista Integração

VocacionalVocacional

Revista Integração • Dezembro 2011 51

Um caminho para você!Um caminho para você!IRMÃOS DE LA SALLEIRMÃOS DE LA SALLE

A Província Lassalista de Porto Alegre assume a Pastoral Vocacional como prioridadedentro das suas várias áreas de expressão. Percebe nela não apenas uma oportunidadede despertar jovens para a vida de Irmão mas, também, um espaço de manifestação davitalidade e do dinamismo do ser lassalista. Em outras palavras, assumir a PastoralVocacional significa expressar com alegria e comprometimento a identidadecristã/lassalista.

Todas as Comunidades Educativas Lassalistas são interpeladas a se engajarem nessemovimento de construção de espaços educativos fortemente marcados por umambiente cristão, e onde sejam visíveis os modos de ser lassalistas, especialmente oestilo de vida do Irmão.

A vocação na sua compreensão ampla abarca uma série de respostas que vão desde osim ao dom da vida, passa pela assunção do batismo e culmina na opção por um estilode vida específico. A criação de uma cultura vocacional em nossas ComunidadesEducativas, além de reforçar nossa identidade cristã/lassalista, abre possibilidadespara despertar jovens que vislumbrem na Vida Religiosa como Irmão um caminho pararesponder às suas inquietações existenciais.

Na nossa Província, e de modo geral no Brasil, as vocações para Irmão não surgemdentro das obras lassalistas. No mundo lassalista, somos um dos poucos países, senão o único, em que ocorre esse fenômeno. Falta de testemunho e de poder deconvocação? Pouca iniciativa para promover a vocação de Irmão?Portanto, fica o apelo de que todos os lassalistas nos sintamos comprometidos eenvolvidos na Pastoral Vocacional em nossas obras. Contamos com a iniciativa, acriatividade e o dinamismo de Irmãos e Colaboradores.

Que São João Batista de La Salle nos abençoe e que viva Jesus em nossos corações!

Por Ir. Kárliton Pereira

Coordenador da Pastoral da Juventude e Vocacional da Rede La Salle

JOVEM LASSALISTA!

Junte-se a nós na missão de evangelizar através daeducação. Cristo o chama e nós o acolhemos debraços abertos para ajudá-lo a descobrir suavocação. A nossa vida deve ser tecida deexperiências profundas de vida e esperança. SerIrmão De La Salle é uma resposta ao Deus da Vida.Se você sente o chamado de Deus para servir amissão como Irmão das Escolas Cristãs (Irmão deLa Salle), existem passos vocacionais a seremdados e compromissos a serem assumidos. Vivercomo Irmão De La Salle requer não somentededicação e interesse, mas dispor-se a aprender aviver o estilo de vida do Irmão conforme o projeto deJesus Cristo.

Venha conhecer-nos e participar

dos Encontros Vocacionais!

www.lasalle.edu.br/vocacional

[email protected]

Page 52: Revista Integração

ArtigosArtigos

52 www.lasalle.edu.br

Por Camila Cupes Biazetto

Professora do Colégio La Salle Canoas/RS

alar em afeto na educação, nos leva arefletir qual a importância da afetividadena prática pedagógica e como ela pode

interferir na vida dos educandos e dos educadoresa ponto de transformar a realidade da educaçãoque vivenciamos no século XXI. É notável que adiscussão entre nós, profissionais de educação,parece estar agregada sempre as mesmasquestões, como: qualificação profissional,metodologias a serem usadas, nível deaprendizagem dos educandos e até mesmoquestões salariais. Ao que parece, esquecemosde conhecer a nossa clientela como um todolevantando questões que levem o reconhecimentode toda a bagagem emocional do educando esuas vivências.

Falar do conceito de amor e afeto é um ato muitocomplexo, e ao mesmo tempo muito simples, poispara os apaixonados o amor é sentido,expressado e não definido. Já poetas osconceituam das mais diversas maneiras desde oinicio dos tempos. Porém, vejamos o que relatamaqueles que tentam conceituar a afetividade:GALVÃO (1999) diz que são quatro os temasfundamentais nos quais Wallon se baseou paraelaborar seu projeto teórico no qual pretendeufazer a psicogênese da pessoa completa:afetividade, movimento, inteligência e a questãoda pessoa, do eu.

Pensando, pois, em afetividade, podemos defini-lade acordo com FERREIRA (2000) como sendo o"Conjunto de fenômenos psíquicos que seman ifestam sob a forma de emoções ,sentimentos e paixões, acompanhados sempre daimpressão de dor ou prazer, de satisfação ouinsatisfação, de agrado ou desagrado, de alegriaou tristeza.”. Assim, podemos conceber asemoções como uma forma de comunicação e paraos recém-nascidos é a maneira de serelacionarem com o mundo, comunicação que aospoucos é substituída por novas formas desocialização.

Apesar de exibir uma linguagem verbal bemdesenvolvida, a criança menor de 6 anos(aproximadamente) ainda utiliza intensamente alinguagem emocional. O choro, as expressõescorporal e facial permitem ao professor perceberseu aluno. Isso é coisa a ser pensada na práticapedagógica. (GALVÃO, 1999). Segundo GALVÃO(1999) "... se a criança está ao sabor de suas

Conceito de afetividade

emoções, ela não tem condições neurológicas decontro lá- las...". Então , ma is uma vez,destacamos o valoroso papel do professor nacompreensão do grau de maturidade neurológicoda criança, para que não considere certasatitudes tomadas por ela como indisciplina,manha, atrevimento ou hipocrisia. Devemos terconsciência da importância da afetividade para odesenvolvimento emocional da criança, mastambém temos de considerar os fatoresbiológicos necessários a esse desenvolvimento.

É de g rande necess idade um me iosócioemocional, motor, afetivo e cognitivo para odesenvolvimento da criança. O amor e o ódiocircundam a vida afetiva do ser e estão semprelado a lado, interferindo em nossos pensamentose ações. Dessa forma, a compreensão dasemoções é de suma impor tânc ia noentendimento da afetividade. Em nossa cultura ogênero masculino é proibido de demostrar assuas emoções através do choro, enquanto ogênero feminino é incentivado a isso. Oimportante, então, é entendermos que aafetividade interfere no crescimento pessoal doser, mas não está indiferente a fatoresbiológicos, sociais e cognitivos, e que depende dacultura na qual o indivíduo está inserido.

Nossos educandos sempre demostram irritaçãoquando se sentem prejudicados de algumaforma, ficam alegres quando os agradamos e seentristecem quando se chateiam. As criançassão seres autênticos sempre expressam o querealmente sentem, falta apenas a capacidade desaber como agir em relação a estes sentimentos.GOTTMAN (1997) é claro ao dizer que os pais,mu itas vezes , agem negativamente napreparação emoc iona l de seus f i lhos.Pr inc ipa lmente quando os sentimentosdemonstrados pela criança são do tipo"negativos", como raiva, medo, tristeza...

Na maioria das vezes, nós, pais, ignoramos oumesmo recriminamos o sentimento da criançacom atitudes desagradáveis a ela. Estas atitudessão aconselhar a criança, reclamar com ela oumandar fazer outra atividade. No fundo, o queestamos querendo é nos livrar do problema dacriança que, para nós, é nada diante dos que játemos. O que não percebemos, no entanto, é queagindo dessa maneira estamos valorizando maisum tipo de emoção do que outro, o que é

Desenvolvimento emocional

extremamente prejudicial, pois a criançadesenvolve conceitos de inferioridade e baixaautoestima, sentindo-se ínfera às outraspessoas da família, uma vez que, para ela, os paise irmãos não sentem aquelas coisas negativas.

No futuro, a criança poderá apresentardificuldades de relacionamento. Principalmentena escola. Assim, torna-se muito importante queos pais e educadores permitam a vivência deemoções, a experimentação do novo e que acriança, através dessas experiências, desenvolvaa capacidade de aprender a conviver com assituações que são próprias do ser humano. ParaGOTTMAN (1997) existem cinco passos para apreparação emocional:

Relação educador - educando

Devido às mudanças em nossa visão de mundo,a escola vem assumindo papéis destinados aoseio familiar. E, talvez por esse acréscimo nassuas obrigações, não esteja acompanhando oavanço social e não esteja cumprindo com o quepais e sociedade esperam dela: a completaformação do ser humano e cidadão. Devido aesse fator, sentimos a necessidade de formaruma escola nova resultante da fusão entre aescola antiga e a atual, capaz de desenvolverhabilidades e competências ligadas aodesenvolvimento afetivo e cognitivo do ser.

Conforme CURY (2003) os professoresprecisam deixar de serem bons e se tornaremfascinantes para que suas aulas e conteúdosfaçam sentido e possam ser assimilados porseus alunos. Diz também que são sete ospecados capitais dos professores: corrigir

F

Afetividadee a educação do século XXI

1.Perceber a emoção da criança.

2.Reconhecer a emoção como uma

opo rtunidade de int im idade ou

transmissão de experiência.

3.Escutar com empatia, legitimando os

sentimentos da criança.

4.Ajudar a criança a nomear e verbalizar as

emoções.

5. Impor limites e, ao mesmo tempo, ajudar

a criança a resolver seus problemas.

Page 53: Revista Integração

Artigos

53Revista Integração • Dezembro 2011

publicamente, expressar autoridade, serexcessivamente crítico, punir quando estiverbravo, colocar limites sem dar explicações, serimpaciente e destruir a esperança dos sonhos.

Para FURLANI (1995), as característicasafetivas, culturais e de personalidade doprofessor se problematizam, originandomodelos através dos quais ele se situa emrelação ao aluno: modelos autoritários, modelosdemocráticos e modelos permissivos. SegundoFURLANI (1995), o modelo democrático ainda éuma utopia, ainda encontra obstáculos para serimplantado nas escolas, pois a própriasociedade brasileira é cheia de modelospermissivos e autoritários que influenciam avivência dos alunos. Como diz CHALITA (2003),os valores do amor, da amizade, do idealismo, dacoragem, da esperança, do trabalho, dahumildade, da sabedoria, do respeito e dasolidariedade precisam ser resgatados,ensinados, apropriados por todos que gostariamde, um dia, voltar aos tempos de infância.

Como relata BOFF (1999), há um descaso pelavida das crianças, pelo destino dos pobres emarginalizados, pelos desempregados eaposentados, um descuido e abandono dossonhos de generosidade, da sociabilidade, umdescaso pela dimensão espiritual do serhumano, pela coisa pública, pela vida, pelaTerra... Enfim, há necessidade de uma novaaliança de paz entre o homem e todas as demaisespécies da Terra na expectativa de salvarmos anós e a nossa casa. Então precisamos, deacordo com CHALITA (2003), deixar que afantasia e a energia da criança interior de cadaum de nós esteja sempre presente, ajudando-nos – pais e professores – a formar, informar,transmitir saberes e afeto para que nãodeixemos de ser humanos, capazes de sentir, decuidar, de amar.

Para CURY (2003) dez técnicas compõem o"Projeto Escola da Vida" que objetiva "... aeducação da emoção, a educação daa u t o e s t i m a , o d e s e n v o l v i m e n t o d asolidariedade, da tolerância, da segurança, doraciocínio esquemático, da capacidade degerenciar os pensamentos nos focos de tensão,da habilidade de trabalhar perdas e frustrações.Enfim, formar pensadores.". Uma delas é aMúsica ambiente e clássica em sala de aulaque, para CURY (2003), contribui paradesacelerar o pensamento, aliviar a ansiedade,melhorar a concentração, desenvolver o prazerde aprender e educa a emoção. Dessa forma, ofluxo de informações passa do subconscientepara o consciente no momento da aula ocorrecom maior facilidade e rapidez, contribuindoassim para uma aprendizagem mais expressivae duradoura.

Motivações para aprender

As outras nove técnicas apresentadas por CURY(2003) para desenvolver o "Projeto Escola daVida" e construirmos a "Escola dos NossosSonhos" são:

Sendo assim, não há necessidade de mudançasque consideramos físicas no meio escolar e simtécnicas que levem a interação interpessoal queauxiliam na formação de cidadãos capazes deenfrentarem a situações conflituosas do dia adia.

Todo educador acumula conhecimentos quepodem ser utilizados em sua vida pessoal eprofissional através da troca de experiência e aconvivência, onde um ser sempre tem algo a

Sentar em círculo ou em U, para que sejatrabalhada a habilidade de participação econstruída a ideia de coletividade entre osintegrantes da turma e professor;Exposição interrogada, através da qual oprofessor exercita a arte de interrogar,instigando seus alunos a pensar por meio dedesafios propostos;Exposição dialogada, quando o professorpergunta e estimu la seus a lunos àpartic ipação, debe lando a tim idez emelhorando a concentração;Ser contador de histórias, criando clima deconfiança e descontração, educando aemoção e dando significado ao que étrabalhado;Humanizar o conhecimento, dando aoportunidade aos alunos de conhecerem asansiedades, os medos, os erros e a vidadaqueles que construíram os conceitosestudados em sala de aula, para quepercebam que foram pessoas normais comoeles;Humanizar o professor, desmistificando aideia de um profissional sem sentimentos eemoções, cruzando as experiências eaprendizagens dele com a dos alunos,contribuindo assim para socialização,afetividade e valorização do "ser";Educar a autoestima, elogiando sempre antesde criticar e evidenciando a importância quecada ser humano tem, ajudando a educar aemoção, a autoestima e a resolver conflitos,além de promover a solidariedade;Gerenciar os pensamentos e as emoções,resgatando a liderança do eu através dogerenciamento dos pensamentos negativos edas emoções angustiantes;Participar de projetos sociais, a fim dedesenvolver a responsabilidade social, asolidariedade, o trabalho em equipe,educando-se para a saúde, paz e direitoshumanos.

Conclusão

ensinar e ao mesmo tempo aprender. ParaFREIRE (1996) "...quem forma se forma ereforma ao formar e quem é formado forma-se eforma ao ser formado”. O que confirma aimportânc ia da troca de saberes , dorelacionamento afetivo e de sua importância emseu crescimento como ser participante doprocesso de desenvolvimento da sociedade.

Não podemos deixar de citar a importância doseio familiar na construção do ser, participantede uma sociedade mentalmente saudável. Apresença efetiva dos pais na construção do seu“filho-cidadão” contribui para transformaçõessociais que cultivem a discriminação, odesrespeito e as desigualdades. Segundo TIBA(2002) as pessoas apresentam três estilos deagir: o comportamento estilo vegetal, ocomportamento estilo animal e o comportamentoestilo humano. Ainda de acordo com TIBA (2002)o comportamento estilo humano, característicode cérebros mais evoluídos, é aquele adotadopelas pessoas que buscam a felicidade a partirda integração de d isc ip l ina , gratidão ,religiosidade, ética e cidadania, visando suasobrevivência, perpetuação de sua espécie,preservação do meio ambiente, formação degrupos solidários e construção da civilização.Sendo assim afirmamos a importância daafetividade na educação e na aprendizagem doser.

REFERÊNCIAS

ALVES, R. A.20 ed. São Paulo: Cortez Editora. 1985.

BOFF, L.Petrópolis, Rio de Janeiro: Ed. Vozes. 1999.

CHALITA, G.

São Paulo: Ed. Gente. 2003.

CURY, A. J.Rio de Janeiro: Ed. Sextante. 2003.

FERREIRA, A. B. H. Rio de Janeiro: EditoraNova Fronteira. 2000.

FREIRE, P.11 ed. São Paulo:

Paz e Terra. 1996.

FURLANI, L. M. T.4 ed. São Paulo: Cortez Editora. 1995.

GALVÃO, I.Revista Criança. São Paulo: Ministério da

Educação. p. 3-7. dez. 1999.

GOTTMAN, J.; DECLAIRE, J. 34ed. Rio de Janeiro: Objetiva. 1997.

TEZOLIN, O. M.4 ed. Rio de Janeiro:

DP&A. 2003.

TIBA, I. 131 ed. São Paulo: Ed.Gente. 2002.

Conversas com quem gosta de ensinar.

Saber cuidar: ética do humano – compaixão

pela Terra.

Pedagogia do amor: a contribuição das

histórias universais para a formação de valores das

novas gerações.

Pais brilhantes, professores fascinantes.

Mini Aurélio.

Pedagogia da autonomia: saberes

necessários à prática educativa.

Autoridade do professor: meta, mito

ou nada disso?

Wallon e a criança, esta pessoa

abrangente.

Inteligência Emocional.

Re-criando a educação: uma nova

visão da psicologia do afeto.

Quem ama, educa.

Page 54: Revista Integração

ArtigosArtigos

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Por Jonas Vanderlei Theisen

Professor do Colégio La Salle Niterói, de Canoas/RS

odas as pessoas têm uma maneirad istinta de aprender e possueminteresses e habilidades distribuídos

dentro das diferentes áreas do saber. Umadessas formas, e a meu ver a mais eficaz, se dáatravés do acompanhamento de um educadorque deverá propiciar subsídios pedagógicosimportantes ao crescimento integral e específicode cada educando. Essa profissão é uma dasmais antigas e importantes para a formação docidadão. É ele quem promove e desenvolve osprocessos de aprendizagem que melhor fazem oestudante interiorizar os conhecimentos. Porisso, torna-se o “facilitador do processo deaprendizagem”, pois, com o professor, oeducando é capaz de assimilar os processos deconstrução da autonomia, da sensibilidade emaceitar o diferente, do reconhecimento da suacultura, entre outros.

A importância do educador é indiscutível, se eleainda mesclar o conhecimento técnico com aprática e o cotidiano do aluno, o processo dedesenvolvimento das capacidades cognitivasserá enriquecido significativamente. O educandoé influenciado a todo instante por tudo e portodos, valorizando todos os dados da realidade(Plano Pastoral, 2006, p.17). Anexar osconteúdos técnicos, básicos e necessários, ànossa forma de viver é fundamental no sentidode dar significado ao que se está trabalhando emsala de aula. Quando a informação nos érepassada, através da nossa própria leitura, daexplanação de um professor, da escrita ou detantos outros meios que estão a nossadisposição, ela pode se tornar importante para anossa vida e, se for importante e nos chamara t e n ç ã o , i r e m o s t r a n s f o r m á - l a e mconhecimento.

O e lemen to cen t ra l do processo deaprendizagem é a experiência e, para que algoseja marcante, é necessário que toque ocoração, que esteja ligado ao processo culturaldo educando, e não que ele saiba apenasteoricamente (Plano Pastoral, 2006, p.27). E énesse modo de aprender que se cria uma análisecrítica do que nos influencia, pois se oaprendizado foi interiorizado é facilmentea s s o c i a d o . O m e s t r e t e m e n o r m eresponsabilidade sobre a formação integral deseu aluno, já que o mesmo precede o educador.Esta é uma forma de ver não só a importância deum professor na vida de uma pessoa, mastambém a responsabilidade que ele carrega.Outro aspecto que desejo ressaltar é em relaçãoà formação do conhecimento. Este não se dá deforma coletiva, mas visa, em sentido último, a

integração social. À primeira vista estas duasideias se apresentam como contraditórias, maspossuem relações próximas. Quando se afirmaque conhecimento não se dá de forma coletiva,quer-se dizer que o processo de aprenderacontece em cada um e de forma distinta, sendocada indivíduo responsável por seu processo deaprend izado. Por ma is que exista um“facilitador”, grupos de partilha, meios decomunicação e informação, o processo deaprender exige iniciativa, compreensão e esforçopróprio.

Todo conhecimento adquirido e produzido visa,em sentido último, a integração social, o contatocom a sociedade, com as estruturas que acompõem, com as pessoas. Um sujeito confiantede seu processo formativo, do conhecimento desua cultura e do que a compõe, bem como desuas disposições psicológicas, possui os meiospara o viver bem consigo e com as pessoas que ocercam. Portanto, a produção de conhecimentoparte da iniciativa e condiz essencialmente comcada ser. O educador conhecendo essasparticularidades vai atuar sobre elas. “Quantomelhor o educador conhecer seus educandos,mais poderá contribuir em seu crescimento”(Plano Pastoral, 2006, p.20). Já nos falava SãoJoão Batista de La Salle da importância do mestre(educador ) conhecer seus d isc ípu los(educandos) para instruí-los ao caminho dafelicidade e da dignidade:

Além disso, o professor pode, com o educando,enriquecer o método de aprendizagem partindoda percepção de fatores que contribuem ou nãopara esse método, ou seja, descobrir os fatoresimplícitos no afeto e na vontade para despertar ainteligência. Pois nós, educadores lassalistas,“reafirmamos a importância de conhecer oeducando e conectar-se ao seu percursohistórico, para que a intervenção pedagógicaresgate o desejo, a alegria e o sabor de aprender”(Projeto Pedagógico da Província Lassalista dePorto Alegre, 2004, p.22).

“Esta deve ser uma das principais

atenções dos que são responsáveis

pela Educação de meninos: conhecê-

los e discernir o modo de tratar a cada

um deles. Com uns é necessário mais

bondade; com outros, mais firmeza. Há

os que exigem muita paciência e os que

necessitam de estímulo. Para alguns há

necessidade de repreensões e castigos

para que se corrijam de seus defeitos

(...). Estas atitudes dependem do

conhecimento e do discernimento dos

diferentes espíritos (...)” (LA SALLE, md.

33,1).

T

Adequação dos métodos de Ensino

Para São João Batista de La Salle, oconhecimento do estudante, por parte doprofessor, constitui-se uma das bases de umaboa educação. É “através deste conhecimentoque o educador pode adequar conteúdos,linguagem e tratamento às necessidades ecaracterísticas do educando” (Plano Pastoral,2006, p.11). Cabe ao educador dinamizar seutrabalho para direcionar a vontade do aluno,dando v ida à ativ idade ou ao menosrelacionalidade.

Adequar-se no sentido de adaptar e proporcionarmeios diferenciados a forma de cada educandoapropriar-se dos conhecimentos tanto aquelesque lhe despertam mais interesse quantoaqueles que exigem maior esforço. Isso vai se darno ato de planejar a aula, de acompanhamentopor parte dos supervisores, do diálogo com afamília, de atividades diferenciadas quedespertam interesse, de acompanhamentoindividual. Cabe a cada educador, em sua área,otimizar seus conteúdos, torná-los atraentes ecativar seus educandos. “Uma escola centradano indivíduo seria rica na avaliação dascapacidades e tendências individuais. Elaprocuraria adequar os indivíduos não apenas aáreas curriculares, mas também a maneirasparticulares de ensinar esses assuntos”(Gardner, 1995, p.16).

Ao mesmo tempo sentimos a necessidade deperceber os fatores que auxiliam no processoeducativo e de outros que o compõem, pois nãose trata de responsabilidade atribuída apenas aoeducador, mas provém também da iniciativa doeducando. Ainda outros processos ou fatorescomo, por exemplo, o número excessivo dealunos por turma, a falta de comprometimento dafamília com o processo educativo e tantas outrasformas atrapalham o despertar do conhecimento.Para reflexão: Como atender todas asnecessidades de aprendizagem dos educandosde uma turma?

REFERÊNCIAS

BGARDNER, Howard.Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

FREIRE, Paulo.16. ed. São Paulo:

Paz e Terra, 2000.

LA SALLE, João Batista de.(Trad. Irmão Albino Afonso Ludwig)

Porto Alegre, RS: La Salle, 1988.

Inteligências múltiplas: a teoria

na prática.

Pedagogia da autonomia: saberes

necessários à prática educativa.

Meditações de São João

Batista de La Salle.

Page 55: Revista Integração

Artigos

55Revista Integração • Dezembro 2011

presente artigo procura estabelecerrelações entre leitura, conhecimento eemoção. Nesse contexto, destaca-se arealização da Semana Literária e Feira

do Livro no La Salle Carmo.

Ao se buscar a etimologia das palavras,encontra-se: leitura

(ler) que pode significar soletrar, agruparas letras em sílabas; ao ato de colher e a açãode roubar; conhecimento que denotaconhecer ou aprender (mento= ou ato); e apalavra emoção , "movimento,comoção, ato de mover, comoção, gesto."

Como se sabe no ato de ler, o leitor aciona seuc o n h e c i m e n t o p r é v i o , o u s e j a , o sintralinguísticos, os textuais, os pragmáticos e ode mundo em geral: é todo o conhecimento queo leitor traz para o texto antes da leitura. E,nesse contexto, importa destacar o quão umbom texto literário é capaz de despertaremoção. Por isso, interessa-nos a terceiradefinição de ler ao ato de “roubar”, isto é, apossibilidade de retirar, projetar sentidos/significados, que em princípio, não estão notexto, já que esses novos sentidos nascem dasvontades do leitor.

Mario Quintana - em uma de suas frasescélebres - sentenciou: “o leitor que mais admiroé aquele que não chegou até a presente linha.Neste momento já interrompeu a leitura e estácontinuando a viagem por conta própria.”Quintana atribui ao leitor a capacidade de geraroutros significados, de conferir outras vidas aotexto literário e nessa acepção entra ocomponente emocional. Inúmeras vezes,ouvimos relatos de alunos de como o texto osseduziu, provocou mudanças de pensamento(mesmo que momentâneas) ou ainda aperspectiva de uma nova abordagem.

“O texto é uma espécie de estímulointermediário entre autor e o leitor,ambos com conhecimentos de mundoe sistema de referência próprios.”

(MARCUSCHI)

leitura,

conhecimento e emoção

legere

cognore

atum

emotione

2

3

Esses “novos olhares”, com alto grau subjetivo,fazem com que o texto literário, além detransmitir conhecimento, traga à tonasentimentos, gerando emoção e, muitas vezes,mudanças comportamentais. Uma experiênciasignificativa, nessa área, é a realização da Feirado Livro e Semana Literária do Colégio La SalleCarmo. Esse evento possibilita o encontro doescritor com o aluno-leitor e nesse espaçointeracional escritor e alunos trocamexperiências, compartilham sentimentos e,principalmente, permitem-se travessias.Saramago corrobora com o pensamentoquando afirma que:

Desses encontros podemos destacar aconversa com o escritor Gilmar Marcílio . Compalavras simples, porém de modo quasepoético, Marcílio proporcionou momentos depura reflexão. Ao abordar a temática de seustextos, sua forma de produção e sua concepçãosobre a vida, o cronista pôde perceber e sentir oquanto seus relatos sensibilizaram, e os alunos,por sua vez, puderam compartilhar experiênciase relatar por que “Vida sem manchete” é umtexto rico e que possibilitou o crescimentointerior.

Já a conversa com a romancista Tadiane Troncapermitiu o resgate do passado histórico. Aomostrar algumas imagens de Caxias dos anos40 e 50, os alunos puderam constatar não só amudança paisagística, mas principalmenterefletir sobre a necessidade de preservação deespaços histórico-culturais, bem como de

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5

6

7

terás de ler de outra maneira, como,

não serve a mesma para todos, cada

um inventa a sua, a que lhe for própria,

há quem leve a vida inteira a ler sem

nunca ter conseguido ir mais além da

leitura, ficam pegados à página, não

percebem que as palavras são apenas

pedras postas a atravessar a corrente

de um rio, se estão ali é para que

possamos chegar à outra margem, a

outra margem é que importa.

O

REFERÊNCIAS

MALARD, Letícia.Porto Alegre: Mercado

Aberto, 1995.

MARCUSCHI, Luiz Antonio.Recife:

Universidade Federal de Pernambuco, 1983.

QUINTANA, Mario. Porto Alegre:Globo,1980.

SARAMAGO, José. São Paulo:Companhia das Letras, 2000.

SCOTT, Michael. São Paulo:Cortez, 1983. Cadernos da Pontifícia Universidadecatólica – 16.

SOUSA, Francisco António.Porto: Lello & Irmãos editores, 1958.

Trevisan, Eunice.

Santa Maria: UFSM, 1992.

Ensino e literatura no 2º grau:

problemas & perspectivas.

Leitura como processo

inferencial num universo cultural-cognitivo.

Caderno H.

A caverna.

Lendo nas entrelinhas.

Novo dicionário latino-

português.

Leitura: coerência e

conhecimento prévio – uma exemplificação com o

frame carnaval.

documentos, filmes e objetos. Desse bate-papodescontraído, ficaram duas grandes lições: aprimeira reporta-nos a entender que a históriareal ou ficcionalizada ajuda-nos a compreendere fortalecer nossa identidade; e a segunda, quecultura/erudição não é sinônimo de “algochato”.

Assim, pode-se associare visto que se complementam e

interligam-se numa relação dialógica em que oaluno-leitor desempenha um papel fundamental.A leitura, nesse contexto, deve ser entendidacomo um processo construtivo, interativo e, emcerta medida, criativo. Nessa construção desentidos, sabe-se que o leitor competente éaquele que traz seu background para oprocesso de leitura. Nesse sentido, atividadescomo a Feira do Livro e Semana Literáriacolaboram para o desenvolvimento dehabilidades e competências em que o raciocínio,a intuição, a criatividade, o senso ético e apercepção aguçada tornam-se a fundamentaçãode um novo jeito de aprender e de ensinar.

leitura, conhecimento

e emoção

8

Por Roseli Simone Pinto ¹

Professora do Colégio La Salle Carmo, de Caxias do Sul/RS

Conhecimento e EmoçãoLEITURA:

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4

8

Mestre em Letras e Cultura Regional (UCS). Professora do Colégio La Salle Carmo desde 1991. Docente do Curso de Administração da Faculdade da Serra Gaúcha (FSG).Palavras de origem latina.Da arte de ler. Caderno H.Atividade realizada de 13 a 16 de setembro, tendo como tema “Ler é construir histórias” e como patrona Lisana Bertussi: doutora em Teoria da Literatura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Pós-Doutorado em Letras pela PUCRS. Autora de: “de Simões Lopes Neto aos poetas da Califórnia”, “Regionalismo e Romantismo”, “Os causos do boi-voador”, entre outros.Saramago, José. A Caverna. 2000, p.77.Escritor e filósofo caxiense. É autor de “Frutos Ardentes” (2005), “O mundo é o que é” (2009) e “Vida sem manchete” (2011).Escritora caxiense. Publicou “Vapor Drina” (1995) e “Script” (2010).Entre outros significados quer dizer "experiência". Nas estratégias de leitura traduz-se por experiência e conhecimentos prévios do individuo que lhe permitirá extrair significados no processo de leitura dos textos.

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Artigos

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Por Giseli Fernandes

Professora do Colégio La Salle Canoas/RS

abemos que a aprendizagem se dá emtodos os lugares. Compreendemostambém que estamos aptos a aprender

em qualquer fase de nossas vidas. Em umaescola, isso deve acontecer sempre, durante aconversa na rodinha, lá na Educação Infantil, orealizar uma atividade sem auxílio, gerandomaior autonomia, na Educação Básica, nosmomentos de trabalhos em grupo e pesquisas,no Ensino Médio, onde aprendem a aceitar ooutro como ele é, entre outras tantas formas.Certamente sempre estamos retendoinformações.

O desafio é fazer com que tudo a ser vivenciadoseja prazeroso. Enfim, que se torne maisinteressante do que o simples conteúdo a servisto e aprendido e seja capaz de envolvê-los,fazê-los pensar e refletir, tornando isso parteintegrante da vida do aluno. Tornando cadamomento vivido, capaz de satisfazê-loplenamente.Por outro lado, a família mais doque nunca deve ser colocada em conjunto como corpo docente e alunos. Para que participejuntamente das etapas de formação de um serhumano, mais consciente, autônomo e social.

Percebe-se que a educação de qualidade hoje,é imprescindível e, diante de tal compromisso,entende-se que um dos caminhos a serpercorrido chama-se interação entre família eescola. Ou seja, a grande tarefa é desafiantepara ambas as partes, pois é nelas que seformam os primeiros grupos sociais de umacriança. A Escola assume uma importantemissão, fazer da aprendizagem uma tarefacompleta e não simples transmissão deconteúdos, contribuindo assim para o plenodesenvolvimento do aluno. Todos os objetivospoderão ser alcançados, melhor dizendo osucesso dos alunos no processo de ensino–aprendizagem e a satisfação de todos com oandamento desse procedimento.

É possível imaginar um tipo de relação

que consista simplesmente de uma

“ajuda” gratuita dos pais à escola. Pode-

se pensar em uma concepção

elaborada de educação que, por um

lado, é um bem cultural para ambos, por

outro, pode favorecer a educação

escolar e, isso faz, reverter-se em

benefício dos pais na forma da melhoria

da educação de seus filhos. (PARO,

2007, p.25)

Qual seria o motivo para o andamento conjunto?Seria a satisfação de ambas as partes?Certamente sim, pois no momento de grandeintercâmbio, a família fica a par de todos osacontecimentos podendo aprender junto com oaluno e interessar-se por buscar o que o grupoainda não sabe.

É no ambiente familiar e escolar que o sujeito seprepara de acordo os padrões sociais para atuarno mundo que o cerca, mundo esse que todos osque o rodeiam fazem parte. É necessário quehaja a aproximação desses dois contextos(família e escola), a partir de uma ação coletiva,que complete a atuação. E que essaaproximação não seja pura e simplesmente parao controle das ações do educando e sim para aparticipação efetiva no desenvolver dele.

Segundo essa concepção de educação, éimportante se fazer uma análise do contextofamiliar, voltando-se para o que pensam os paissobre seu papel no processo de escolarizaçãodos seus filhos, pois não há como articularfamília-escola sem entender o que eles pensame sem tentar sensibiliza-los da sua importânciano aprendizado dos seus filhos.

A participação ativa dos pais no processo deaprendizagem facilita a prática pedagógica dosprofessores. As duas instituições sãoresponsáveis pela inserção do sujeito nocontexto social, devendo torná-lo capaz dealcançar o conhecimento com autonomia eacompanhar as mudanças que estarão por vir nomundo.

(SEAGOE, 1978, p. 07). Para esse fim família eescola caminhariam juntas.

Educação é o conjunto de ações,

processos, Influências, estruturas que

intervêm no desenvolvimento humano de

indivíduos e grupo na relação ativa com o

amb iente natura l e soc ia l , num

determinado contexto de relações entre

grupos e classes sociais (LIBÂNEO,

ressalta 2000, p. 22).

“Ensinar é propiciar situação que

permitam ao educando modificar o seu

comportamento de determinado modo”

S

um passo para a satisfação em aprenderInteresse e motivação:

A família, especialmente os pais, ocupa umi m p o r t a n t e p a p e l n a m u d a n ç a d ocomportamento de seus filhos. Ela intervém nodesenvolvimento humano do indivíduo, narelação com o meio natural e social. Dessemodo, a postura dos pais, sua contribuição, suasações e principalmente sua concepção sobre opapel de participador efetivo em todos os anosde vida escolar, é fundamental para o bomandamento e satisfação com a escola; levandoem consideração que as crianças absorvemtudo o que ouvem, seria importante ressaltarque a motivação pode começar ao perceber queos pais encontram-se voltados para o contextoeducacional.

É na Escola que a criança adquiri suas primeirasexperiências educativas, sociais e históricas,aprende a se adaptar às d i ferentescircunstâncias, a opinar e a negociar,independente das normas educacionais que sãoimpostas. As famílias ocupam papel importantena vida escolar dos filhos, e este não pode serdescons ide rado , po is consc ien te eintencionalmente ou não, influenciam nocomportamento escolar dos filhos.

A motivação e satisfação humana é observadadesde tenra idade, sob diferentes formas. Obebê que busca a satisfação de sua fome,somada ao aconchego de um colo acolhedor. Emoutra época, cujo desenvolvimento permite certaindependência de movimentos, de locomoção emanipulação de ob jetos, vê-se outraspossibilidades inerentes ao tipo de motivação

“(...) a criança constitui seus esquemas

comportamentais, cognitivos e de

avaliação através de formas que

a s s u m e m a s r e l a ç õ e s d e

interdependência com as pessoas que a

cercam com mais freqüência e com mais

tempo, ou seja, os membros da família.

(...) Suas ações são reações que 'se

apóiam' relacionalmente nas ações dos

adultos que, sem sabê-lo, desenham,

traçam espaços de comportamento e de

representações possíveis para ela”.

(LAHIRE apud ZAGO , 2000, p. 21)

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ArtigosArtigos

57Revista Integração • Dezembro 2011

na criança. No brincar, especial circunstância docotidiano infantil, encontra-se rica fonte deinformações acerca de seu mundo interno: suasemoções e pensamentos. Podemos notar que,em todas as fases, a família deve estarpresente, como deixar de lado essa presençaconstante após a inserção no mundo escolar.As pessoas podem perder a motivação, quandoas suas necessidades não são satisfeitas,desde as ma is bás icas necess idadesfisiológicas até as mais elaboradas precisões doego. Precisamos ter em mente que a motivaçãoe o interesse caminham juntos para o alcance dasatisfação. As coisas que interessam, ou seja,prendem nossa atenção, podem ser diversas.

Quando falamos em Projetos por interesse,estamos falando em trabalhar em um tema aoqual os alunos estejam interessados e quecertamente os fará centrar a atenção. Para oandamento deve haver motivação, ou seja, atemática deve continuar sendo tão interessantecomo no início. O aluno satisfeito com o que estáaprendendo, motivado e interessado conseguirátransmitir aos familiares mais próximos a belezade sua aprendizagem e esses familiares, sendo

abertos e se colocando a disposição paraparticipar, farão com que o sucesso seja total.Certamente isso se torna muito mais fácil naEducação Infantil e nas séries iniciais, pois sãoas etapas que as crianças necessitam de maiorsupervisão .

Quanto mais avançada as séries, os problemastendem a ser mais complexos e profundos. Nãodeve haver esse contato da família somente noinício da escolarização, a parceria deve serdurante todo o período e o professor deve ser oprincipal mediador, sendo sensível paraperceber que não é o único que pode transmitir oconhecimento e nem somente ele privilegiadopor possuir ideias envolventes. Deve abrir-separa a participação, colocar a famílialiteralmente em sala de aula. Do ponto de vistahumanístico, motivar os alunos e familiaressignifica encorajar seus recursos interiores, seusenso de competência, de autoestima, deautonomia e de autorealização. Na motivaçãoaqui vista, competência não é característica dequem faz bem feito, mas sim de quem conseguedespertar nos outros a vontade de fazer bemfeito.

REFERÊNCIAS

BORUCHOVITCH, E.; BZUNECK, J. A. (orgs.).

3. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

BZUNECK, J. A.In: F.F. Sisto, G.de Oliveira, & L. D. T.

Fini (Orgs.).Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes,

2000.

LIBÂNEO, José Carlos.

8. ed. São Paulo: Loyola, 1985.

NOT, Louis. SãoPaulo: DIFEL, 1993.

SOUZA, Rose Keila Melo de ; COSTA, Keyla Soaresda.

Disponível em:<http://www.educacaoonline.pro.br>. Acessadoem: 25 maio 2005.

VYGOTSKY, L.São Paulo: Martins Fontes, 1989.

WOOLFOLK, Anita E.Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

MORAES, Carolina Roberta; VARELA, Simone.

Revista Eletrônica de Educação.Ano I, No. 01, ago. / dez. 2007

PARO, V. H.São Paulo: Xamã, 2007.

A motivação do aluno: contribuições da psicologia

contemporânea.

As crenças de auto-eficácia dos

professores.

Leituras de psicologia para formação de

professores.

Democratização da escola

pública: a pedagogia críticasocial dos conteúdos.

As pedagogias do conhecimento.

O aspecto sócioafetivo no processo ensino-

aprendizagem na visão de Piaget, Vygotsky e

Wallon. 2000.

A formação social da mente.

Psicologia da educação.

Motivação do Aluno Durante o Processo de Ensino-

Aprendizagem.

Qualidade do ensino: a contribuição dos

pais.

Page 58: Revista Integração

Artigos

58 www.lasalle.edu.br

Por Marisa Claudia Jacometo Durante e Janete Rosa da Fonseca

Professora e Coordenadora do Curso de Pedagogia da Faculdade La Salle de Lucas do Rio Verde/MT

aprendizagem significativa subjaz àin tegração cons t ru t iva en t repensamento, sentimento e ação que

conduz ao engrandecimento humano”(MOREIRA, 2000, p.43). Assim, qualquerevento educativo é, segundo Novak (apudMOREIRA, 2000), uma ação para intercambiarsignificados e sentimentos entre o estudante eo professor.

Joseph Novak propõe uma teoria de educaçãoampla da qual a teoria da aprendizagemsignificativa faz parte” (MOREIRA, 2000, p.39). Considera a educação como o conjunto deexper iênc ias cogn i t ivas , afe t ivas epsicomotoras que contribuem para odesenvolvimento do indivíduo, seres humanosque pensam, sentem e atuam. Uma dascondições para a aprendizagem significativa,segundo Ausubel e Novak (apud MOREIRA,2000), é que o estudante apresente umapredisposição para aprender, ou seja, o eventoeducativo é acompanhado de uma experiênciaafetiva.

A hipótese de Novak é que a experiência

afetiva é positiva e intelectualmente

construtiva quando o aprendiz tem

g a n h o s e m c o m p r e e n s ã o ;

reciprocamente, a sensação afetiva é

negativa e gera sentimentos de

inadequação quando o aprendiz não

sente que está aprendendo (MOREIRA,

2000, p.42).

Novak (apud MOREIRA, 2000) aponta para opapel da afetividade na regulação das relaçõesde significação entre o professor e osestudantes e na estreita inter-relação entrepredisposição para aprender e aprendizagemsignificativa.

A

Emoções na sala de aulaAs emoções como manifestações de afetividadeem sala de aula podem ser entendidas como umfenômeno essencialmente interativo, aquientendido como fenômeno social em que há umencadeamen to en t re as ações dosinterlocutores, não necessariamente na direçãode um sentido comum. Como situaçõescomunicativas, essas ações devem provocar,em alguma medida, intervenção no processo enos resultados dessa comunicação.

Para Maturana (1998), as expressões daafe t iv idade es tão re lac ionadas comexperiências sensoriais, Se sou visto, souamado . Se sou perceb ido , no tado ,considerado, sou querido. A experiênciasensorial, para Maturana (1998), parte de umapercepção para validar a experiência que osujeito vive. As emoções, acrescenta, fazemparte do espaço relacional, trata-se deapreciações sobre o que se vê em seu espaçorelacional. E delas se nutrem as relações deaprendizagem, independente do lugar em queaconteçam, já que devem ser movidas pordesejo, e não por esforço.

Page 59: Revista Integração

Artigos

59Revista Integração • Dezembro 2011

criança chega para o primeiro dia deaula e logo se integra com o grupo decolegas. A família acompanha e

observa os novos amigos de seu filho, atentos,também ao o lhar da professora , seestabelecendo um ambiente de confiança eaceitação mútua.

Os pais voltam para casa conversando sobre oprocesso de socialização que a criança vaienfrentar e comentam que ela sempre foi aalegria do lar, pois desde seu nascimento tinhasido “bem-vinda” e desejada. E agora cumpriamuma nova etapa do desenvolvimento afetivo emsua integração com as outras crianças demesma idade, na escola. Sim, conformeBordignon (2008), a alegria interior e asensação de bem estar na dimensão física enos cuidados de ser acolhida e atendida emsuas necessidades afetivas que nasce daqualidade dos cuidados quanto à saúde física eps íqu ica , proporc ionado pe los pa is ,pr inc ipa lmente pe la mãe , é cond içãofundamental para que a criança desenvolva emsi os sentimentos de autoestima e consiga seintegrar de forma madura com as outrascrianças ao ingressar na escola. Estesentimento sustenta a esperança de que acriança dará continuidade a estes mesmossentimentos agora, na escola e em sua relaçãocom seus colegas de escola.

Por outro lado, outro casal, estava muito maispreocupado e ansioso. A criança não desejavamuito ir para a escola e não manifestouinteresse em se integrar com os novos colegas.Mesmo em casa, suas amizades eramlimitadas. Os pais, por sua vez, não tiveram umarelação tão tranquila de aceitação mútua, bemcomo a criança não foi planejada e parecia nãoser bem-vinda. Alguns sentimentos dedesconfiança e insegurança pairavam nacapacidade da criança para se integrar comoutros. Os mesmos significados afetivos quealimentavam os relacionamentos na família,agora aparecem no momento da criançaingressar na escola. A professora logo percebea diferença de relacionamento de cada criançae sabe que terá que assumir atitudes diferentespara educar cada uma delas.

Erikson (1998), em sua teoria do desenvolvimentopsicossocial, propõe como sentimentosfundamentais, no primeiro estágio dodesenvolvimento da criança, o quadro dialético daconfiança versus desconfiança. Isto é, a criançaassimila os padrões de sentimentos de confiança

ou desconfiança que os pais manifestam para eladesde seu nascimento ou mesmo antes dele e oscarrega consigo ao longo da vida. Assim, aoingressar na escola, a criança manifesta ossentimentos que aprendeu e desenvolveu nafamília. Da resolução positiva dessa dialéticanasce a esperança, como força e certeza interiorde que a vida tem sentido e pode enfrentá-la emtodos os momentos desde a vida infantil até avida adulta.

A criança, ao ingressar na escola se senteconfiante e segura neste novo momento de suavida quando os gestos e ritos diáriosalimentados pela família, lhe forneceramautonomia e confiança. Seu cérebro, conformeafirma Nicolelis (2011), vai continuar atuandopor meio de um trabalho coletivo de rede decircuitos neurais distribuídos, com os mesmosimpulsos já iniciados.

No caso da criança que não percebeu os valoresde estima e consideração, mas dúvidas edesconfortos, se sente ansiosa quandoingressa no ambiente da escola. Normalmentevai transferir estes sentimentos de insegurançapara a professora e colegas. Por sua vez, osprofessores que recebem esses pequenos,também passaram por este processo deformação da confiança e desconfiança emmaior ou menor intensidade. Mesmo após aformação acadêmica, a formação afetiva doprofessor continua fazendo parte de suapersonalidade. Isto é, os graus de confiança oude desconfiança alimentam sua relação afetivacom as crianças que educam. Assim, asrelações afetivas que agora se estabelecemsão um complexo de afetos mútuos entre todosos integrantes dessa nova sala de aula.

A pesquisa realizada por Bordignon (2008)revelou que, normalmente, os professores seexpressaram de forma bem homogênea em

A

REFERÊNCIAS

BORDIGNON, Nelso Antonio.

Brasília: Universa, 2008.

ERIKSON, Erik. PortoAlegre: Artmed, 1998.

NICOLELIS, Miguel. 1ª.Reimpr. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

A formação do

professor na perspectiva da psicanálise cultural:

orientações pedagógicas.

O Ciclo de vida completo.

Muito além do nosso eu.

relação aos valores e sentimentos deconfiança; o que significa um bom grau deconsistência na vivência pessoal, familiar e noexercício profissional. No entanto, não deixamde demonstrar momentos de insegurança emsua vida de educador. A avaliação demonstrouque a d ia lética da conf iança versusdesconfiança existencial é uma realidadepresente na vida deles, como uma experiênciade certeza/incerteza que perpassa sua vidapessoal e profissional.

A confirmação dos valores e sentimentos deconfiança básica dos professores em si, naescola e em sua missão, sustenta sua açãoeducativa junto aos alunos e fortalece osmesmos sentimentos de confiança existentesnas crianças. Por isso, eles entendem econseguem processar melhor os sentimentosde desconfiança e ansiedades das crianças,pois conseguiram superar em si estasexperiências. Por outro lado, os professorest a m b é m m a n i f e s t a m a n s i e d a d e s einseguranças em sua vida e trabalho, emsituações que se apresentam desconfortáveis edifíceis. O que confirma a presença dessessentimentos em sua vida, como um elementodialético com o qual devem conviver e sãoconvidados a enfrentar e superar. Casocontrário, terão dificuldades no desenvolvimentoafetivo das crianças, permanecendo comoelementos de ansiedade e insegurança e suasconsequências ao longo de toda a vida delas.

Como atitude pedagógica da formação dessesvalores e sentimentos na criança, cabe aoprofessor, como pessoa mais significativa doprocesso educativo, dar continuidade àelaboração da confiança e à superação dadesconfiança. A ação educativa compreende oacompanhamento desses sentimentos nacriança, como um processo dialético deformação que deve culminar na esperança ecerteza individual do valor da vida e daaprendizagem.

Por Ir. Nelson Antonio Bordignon

Diretor Geral da Faculdade La Salle, de Lucas do Rio Verde/MT

A confiança básica

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Canal Aberto

60 www.lasalle.edu.br

As razões da emoçãoPor Agência Matriz

O poeta Lupicínio Rodrigues cantou em Felicidade: “Opensamento parece uma coisa à toa, mas como é que a gente voaquando começa a pensar?” Pensar é isso, a possibilidade de libertar aalma. É dar a verdadeira dimensão à existência humana. E o melhor dopensamento é que ele não se esgota, nem tem limites de tempo oulugar. Ao contrário, ele se acumula na memória na forma deconhecimento e na alma, como sentimento.

Por isso, o conhecimento é prazeroso, estimulante, instigante,provocativo. É o que nos faz querer a felicidade cantada e nos leva até lá.O conhecimento dispara todos os sentimentos, inclusive o amor. Talvez,por isso, se diga que a gente só ama de verdade aquilo que conheceprofundamente. A Rede La Salle trabalha com o conhecimento há muitosanos, no mundo inteiro, com pessoas de todas as idades, mas com umponto em comum: muita paixão em tudo o que pensa e faz.

Este é o enredo da campanha de comunicação que a Rede LaSalle lançou no segundo semestre de 2011, promovendo os princípiosda Educação Lassalista e divulgando todos os caminhos para alcançá-los, desde os primeiros passos e descobertas, até os cursos deGraduação e Extensão, passando ainda por ações sociais ecomunitárias. “O conhecimento emociona” é o conceito desenvolvidopela Agência Matriz Comunicação e Marketing, sob coordenação doDepartamento de Marketing e sob orientação da Direção Geral da RedeLa Salle.

A campanha publicitária foi desenvolvida com base empesquisa com diferentes públicos e debatida por toda a comunidadeacadêmica. Desta análise, surgiram as peças que tem trêscaraterísticas fundamentais:

O conceito de Rede. Pela primeira vez, todas as instituiçõesLassalistas do país estão trabalhando dentro de um posicionamentoúnico, reforçando a identidade da instituição e potencializando o poderde comunicação e fixação da marca La Salle.

As peças associam amor e conhecimento como expressão do DNA daRede La Salle. Mais do que isso, sintetizam a paixão Lassalista pelaeducação.

A construção e a preparação da campanha foram um exercício decolaboração conjunta, envolvendo profissionais e responsáveis de todasas áreas, visando a uma integração total das equipes em torno daspropostas desenvolvidas e das metas programadas.

A campanha foi planejada e criada para veicular em diferentesmeios de comunicação – rádio, jornal, televisão, revista e internet - comênfase nas mídias sociais, impactando alunos, suas famílias, professores,funcionários e toda a comunidade, no país inteiro. Há uma grandecampanha institucional de apresentação e promoção do conceito

com desdobramentos para as mídias locais,respeitando hábitos de informação e disseminação de conteúdo de cadacidade, onde atuam as unidades da Rede La Salle.

Nas mídias, o conceito se desdobra em campanhas dematrículas e de divulgação dos vestibulares e Pós-Graduação, mantendosempre a linha gráfica criada e os apelos promocionais inerentes a cadafato anunciado. Ao mesmo tempo, toda a campanha de mídia estáreplicada em material de comunicação interna como ferramenta detrabalho para os colaboradores da instituição e como forma de estímulo daintegração que marca o espírito da nova campanha.

É uma única Rede La Salle, transmitindo uma só mensagem, comdiferentes formas de expressão e distintos canais de comunicação, mascom a mesma identidade, a mesma cara e a mesma emoção contida noconhecimento. Amor pela descoberta, amor pela arte, pela ciência, pelosnovos amigos, pela possibilidade de aprender, pelo prazer de ensinar. Só oconhecimento é capaz de conter, despertar e potencializar o amor quemove o mundo. O amor pela vida.

“O

conhecimento emociona”

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Criar um clima favorável à construção do

conhecimento é o maior diferencial da Rede La

Salle, que está presente em 11 estados brasileiros

e em mais de 80 países. Porque estimular

as pessoas a crescer e evoluir é a parte mais

emocionante do nosso trabalho. w w w . l a s a l l e . e d u . b r

O C O N H E C I M E N T O E M O C I O N A .

Aqui a gente

Ama.encontra tudo

o que

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O C O N H E C I M E N T O E M O C I O N A .