revista integração ed. 104

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Matéria de capa: REDE LA SALLE ANO XXXVIII - NOVEMBRO DE 2009 - N.º 104 REDE LA SALLE ANO XXXVIII - NOVEMBRO DE 2009 - N.º 104 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR A FORMAÇÃO DO PROFESSOR e os reflexos das metodologias de conteúdo na sala de aula ENTREVISTA REDE LA SALLE Entrevista com os diretores de educação da Rede La Salle no Brasil Apoio às instituições beneficentes através da Rede Parceria Social Ouro no

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Revista Integração

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Page 1: Revista Integração Ed. 104

Matéria de capa:

REDE LA SALLEANO XXXVIII - NOVEMBRO DE 2009 - N.º 104

REDE LA SALLEANO XXXVIII - NOVEMBRO DE 2009 - N.º 104

A FORMAÇÃO DO PROFESSORA FORMAÇÃO DO PROFESSORe os reflexos das metodologias de conteúdo na sala de aula

ENTREVISTA

REDE LA SALLE

Entrevista com osdiretores de educação da

Rede La Salle no Brasil

Apoio às instituições beneficentesatravés da Rede Parceria Social

Ouro no

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quarta-feira, 11 de novembro de 2009 19:38:53

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Page 2: Revista Integração Ed. 104

Expediente

ANO XXXVII – Nº 104

NOVEMBRO DE 2009

Província Lassalista de Porto Alegre

Diretor Presidente

Diretor Administrativo

Diretor de Educação e Pastoral

Diretor de Formação

Diretor Secretário

Revisão

Comissão Editorial

Redação e Expediente

Editoração

Foto da Capa

Marcos Antonio Corbellini

Jardelino Menegat

Paulo Fossatti

Paulo Lari Dullius

João Angelo Lando

João Angelo Lando

Setor de Marketing da Rede La Salle

Rua Honório Silveira Dias, 636

Porto Alegre-RS - Brasil - 90550-150

Fone: +55 (51) 3358-3600

Fax: +55 (51) 3343-2322

[email protected]

Roberto Monte Maior de Oliveira

Colégio La Salle Brasília

Os artigos são de responsabilidade dos seus

respectivos autores

Província Lassalista de São Paulo

Presidente

Tesoureiro

Secretário Provincial

Jornalista Responsável

Paulo Petry

Arno Francisco Lunkes

Waldemiro José Schneider

Israel José Nery

Ivan José Migliorini

João Angelo Lando

Ana Paula Diniz

Adriana Beatriz Gandin

Tiago Schmitz

Tiago Schmitz

12842 - DRT RS

Vice-Presidente

A o orgão oficial de

comunicação das Comunidades Educativas

das Províncias Lassalistas de Porto Alegre e de

São Paulo (Reg.Esp.Matr.N.º170), com

tiragem de 13.500 exemplares e circulação

quadrimestral.

éRevista Integração

Quem é Lassalista sabe que formar pessoas com conteúdo é formar cidadãos

transformadores e atuantes na sociedade. Para isso, todos os dias, nossos

milhares de alunos no Brasil afora estão em contato com educadores

transformadores. Educadores que, como dizia São João Batista de La Salle em

suas meditações, exercem um emprego que os coloca na obrigação de tocar os

corações. Na última edição de 2009 da , centramos o debate

neste professor que traz consigo a missão de transmitir o conhecimento com

eficiência, responder às perguntas e às curiosidades dos alunos, ajudá-los a

resolver problemas e trabalhar todas as dificuldades sociais que se apresentam

no ambiente escolar. Trazemos também o questionamento sobre quem forma

este professor. Na publicação, dentre os temas abordados destacam-se o debate

sobre a formação ainda em “linhas de montagem” nas licenciaturas; o incentivo

ao aprendizado além dos bancos escolares e, principalmente, a importância da

formação continuada, aliada à experiência em sala de aula. Também

apresentamos recortes sobre os programas de formação lassalistas,

fundamentais para que tenhamos nas nossas escolas, faculdades e obras

assistenciais, o perfil de educadores que almejamos. São características do

educador lassalista a preocupação com os conteúdos de sua disciplina, mas

também o zelo e o afeto no tratamento com seus alunos, assumindo o desafio de

formar pessoas humanas. Um educador que cuida do outro, mas que para isso

sabe que deve cuidar de si mesmo e de sua vida.

Além da temática central da Revista, aproveitamos a edição para tratar de um

assunto pertinente a todos Lassalistas: a nova gestão provincial na Província

Lassalista de Porto Alegre. Para a nova equipe que assume o desafio, desejamos

êxitos. Para a atual diretoria que finda em 2009, agradecemos pelo excelente

desempenho na consolidação da Rede La Salle e na constante busca pelo

crescimento sustentável de nossas obras.

Viva Jesus em nossos corações. Uma boa leitura a todos!

Revista Integração

Comissão Editorial

Editorial

02

CINCO OUROS!!

Mais uma vez, a Revista Integração recebeu a premiação máxima do

Prêmio Destaque em Comunicação do SINEPE/RS com o ouro na

categoria Mídia Impressa - Mantenedora. A publicação já havia sido

premiada em 2003, 2004, 2005 e 2007.

02.PS

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009 15:16:07

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Page 3: Revista Integração Ed. 104

Índice

Entrevista 07

Cultura

Nossos Ícones

Indica uma página

na internet ou um e-mail.

Referências bibliográficas ou mesmo

indicações de leituras que digam

respeito à matéria em pauta.

A formação do professor e os reflexos

das metodologias e dos conteúdos

em sala de aula

Eventos

45 anos

São João Batista de La Salle

Rede

Experiências

Capa

24

32

37

47

57

21

22

Diário de Classe

Artigos

Canal Aberto

Estrela - Conheça a mais nova Cidade Lassalista

13. A dinâmica e as decisões da AMEL 2009

14. Livro ressalta importância das discussões sobre ética e moral

15. Unilasalle Canoas inaugura novo prédio com 10 andares

16. Inaugurada a Faculdade La Salle Estrela

17. Ir. José Ignácio festeja bodas de ouro

18. Mais de 800 alunos da Rede La Salle no 3º Campustour

19. IV Congresso de Educação Infantil

La Salle Hipólito Leite comemora 45 anos

Mediador de Conteúdos e Métodos

22. Natal Solidário - Rede La Salle trabalhando

na construção de um mundo melhor

23. Apoio às instituições beneficentes através

da Rede Parceria Social

24. Quem foi que disse que aquilo que eles fazem não é sério?

25. Patrulheiros Mirins Ambientais

26. Expocol 2009 promove momentos de aprendizado prático

27. Sacola Viajante

28. As aventuras do Sítio do Picapau Amarelo

29. A voz dos alunos no recreio

30. 19º Encontro de Jovens Lassalistas

31. A experiência Lassalista na educação dos chilenos

Formando professores

com conteúdo

Breves relatos de atividades

desenvolvidas nos Colégios Lassalistas

47. Projeto Primeiro Ciclo - Solidão que nada

48. A Responsabilidade Social é uma estratégia empresarial?

50. O Bullying e a “Lei do Silêncio”

52. Como desconstruir muros compactos usando tijolos novos

54. Reflexões sobre Alfabetização

56. A opção de viver com os mais pobres

57. Novo Portal La Salle - Inovação para

os alunos na Internet

58. Comunicação cheia de valor para

Educação Superior

Sou Lassalista

Depoimentos de alunos, professores e

colaboradores lassalistas sobre sua

vivência na Rede La Salle

12

11

13

20

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 12:21:37

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Page 4: Revista Integração Ed. 104

Revista Integração

04 www.lasalle.edu.br

Foi na edição 48, de 1987, que os responsáveis pela edição da Revista

Integração - Ir. Edgard Hengemüle, como coordenador, e Ir. Ivan José

Migliorini, como editor - organizaram uma publicação especial sobre os 80

anos da Presença Lassalista no Brasil.

EDITORIAL

Na apresentação da edição, a Redação trouxe uma

bela reflexão à escola lassalista: “Na hora da

colheita, sentimos o quanto foi oportuna a direção

perseverante desses heróis que multiplicaram

seus talentos para os outros. É a imagem do grão

de trigo que morre para dar vida a rebentos verdes

de esperança. E quem sabe, seja este um dos

caminhos para a escola lassalista continuar sendo

presença atualizada nos campos de sua atuação:

o de redescobrir os autênticos líderes e neles depositar confiança para

que as mudanças pretendidas por todos se tornem realidade”.

A Catequese em nossa vida foi o tema do artigo escrito pelo Ir. Israel

José Nery, na época, em Brasília-DF. O Irmão Lassalista

questionava, então, o catecismo e a catequese. “Durante muito

tempo a imensa riqueza da Catequese ficou, por circunstâncias

históricas, reduzida ao Catecismo: um livro que contém uma

determinada síntese da doutrina cristã das verdades principais da

fé cristã...O Catecismo não se casa com a realidade complexa do

século XX-XXI porque seus horizontes, seu conteúdo, metodologia,

ponto de partida e de chegada, sua linguagem estão fora do contexto

do mundo atual...” Em outro trecho, Ir. Nery destacava a missão de

Ser Lassalista. “Ser LASSALISTA é viver em espírito de fé e zelo

apostólico: “Signum Fidei”, em fraternidade: “indivisa manent”.

Ora, para se chegar a este SIGNUM FIDEI, este sinal de FÉ proposto

por La Salle, cada Lassalista deve assumir de modo muito radical a

CATEQUESE, para si e para os outros: “EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA

PERMANENTE , PROGRESSIVA , ORGÂNICA , ORDENADA e

SISTEMÁTICA DA FÉ, visando sempre seu amadurecimento contínuo

que se expressa em sinais históricos concretos de mudança da vida,

de relações humanas, de estruturação social e de relacionamento

com Deus...”

Juan Diaz Bordanave, do Rio de Janeiro, discorreu

sobre o modelo participativo de gestão nas

instituições. “Quando uma instituição resolve

democratizar sua estrutura e seu funcionamento,

abrindo espaços de participação para os diversos

setores que a compõem, ela escolhe, consciente

ou inconscientemente, um modelo participativo

dentre os muitos modelos possíveis...O importante

é que tanto os administradores como os

administrados, concordem em construírem juntos um Projeto

Institucional que, partindo de um modelo participativo claramente

CATEQUESE EM NOSSA VIDA

MODELO PARTICIPATIVO

Os 80 anos da Presença Lassalista no Brasil

Edição 48 - 1987

definido, se proponha a avançar em etapas de crescente participação

na medida em que aumente a capacidade dos administrados para a

tomada de decisões .

Ficou a cargo do Ir. Norberto Luiz Nesello, de

Canoas, o artigo sobre os 80 anos da chegada

dos Lassalistas ao Brasil. Contava ele: “Os

primeiros dias de nova terra serão muito

agitados. Entre o planejar e o realizar havia

ainda boa distância. Em abril, Irmão Pedro e

João Maria viajam para Vacaria para tomar

contato “in loco” da fundação da Escola São

Carlos. Foram oito dias de penosa viagem...” Ir.

Norberto relata com detalhes a fundação das primeiras escolas da

Rede e um pouco da história dos primeiros irmãos no país. “Se 1907 é

o ano da chegada, 1908 será o ano da consolidação da obra lassalista

no Brasil”.

ALGUNS DOS OUTROS ARTIGOS DA REVISTA - “Mais um Lassalista nos

altares”; “Poluição Sonora”; “Sugestões para ser um bom estudante”;

entre outros.

80 ANOS DA PRESENÇA LASSALISTA

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 12:30:39

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Page 5: Revista Integração Ed. 104

Direção Provincial 2010

Ir. Jardelino Menegat eleito Provincial

da Província Lassalista de Porto Alegre

Revista Integração • Novembro 2009 05

CONTINUA >

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 12:49:30

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Page 6: Revista Integração Ed. 104

Direção Provincial 2010

06 www.lasalle.edu.br

Novos desafiosfundamentais da : elementos da identidade

lassalista; gera um clima de confiança na Instituição;

: tratamento justo e caridoso para com todos os envolvidos

no processo; pelos atos

praticados, por parte de todos, especialmente dos envolvidos em

funções de gestão;

aceitação, como algo pessoal, da Missão, da

Visão de futuro e dos Princípios da

Instituição.

O plano de ação para o próximo período terá

presente os seguintes objetivos: afrontar as

dificuldades do diagnóstico Provincial;

assumir os desafios da Vida Religiosa;

promover sinergia entre os Irmãos e

Lassalistas; assegurar a continuidade do

Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs;

garantir o cumprimento da Missão, Visão e

Princípios, e fortalecer o entusiasmo de ser

Irmão e Lassalista.

Para bem conduzir os destinos de nossa

Província e da mantenedora precisamos,

juntos, buscar alternativas que possam fazer

com que tenhamos mais Irmãos e

Colaboradores Lassalistas comprometidos

com a causa do seguimento a Jesus Cristo

por meio da educação humana e cristã.

Conto com o apoio de cada Irmão,

vocacionados a Irmão Lassalista e dos

Colaboradores Lassalistas.

fé, fraternidade e serviço

transparência:

equidade

responsabilidade e corresponsabilidade:

comprometimento:

Foi em espírito de fé que recebi a nomeação para exercer a função de

Provincial e de Presidente da Sociedade Porvir Científico. Interpreto

como sinal da vontade de Deus em minha vida, um desafio a enfrentar

e um renovado convite para colocar-me a serviço dos Irmãos, dos

vocacionados a Irmão Lassalista e dos Colaboradores Lassalistas.

Os anos de convivência e de trabalho na

Província Lassalista de Porto Alegre me

permitiram conhecer as múltiplas riquezas

como as debilidades. Espero que com a

graça de Deus possa fazer com que as

fortalezas se multipliquem e as debilidades

se minimizem. Não faltará de minha parte

disposição, vontade de acertar na animação

e orientação de nossa Província. Somos

chamados, Irmãos e Lassalistas, a estar

prioritariamente atentos, nos anos que

temos pela frente, ao acompanhamento dos

Irmãos; à formação inicial e permanente de

Irmãos e Colaboradores Lassalistas; à

pastoral vocacional; à vida espiritual e

comunitária dos Irmãos e Formandos; às

diretrizes e decisões de nosso XII Capítulo

Provincial; garantir a realização da vocação

do Irmão de ser testemunha do

transcendente; à viabilidade de nossas

Comunidades Educativas e ao processo de

criação da nova Província entre as

Províncias do Brasil e a Delegação do Chile.

A realidade atual exige das organizações um

repensar o modelo de gestão. O que se aplica também a nossa

Província. É comum encontrar nas organizações ligadas à área de

educação que ampliaram sua capacidade instalada, terem reduzido

sua participação no mercado educacional e, com isso, precisaram

remodelar seus procedimentos e processos, bem como reavaliar seu

quadro de colaboradores. Tudo porque sua fonte de recursos

(mensalidades) não suportava mais uma estrutura organizacional tão

pesada.

O modelo de gestão que pretendemos aplicar no próximo período quer

embasar-se no crescimento sustentável com base nos princípios

Por Ir. Jardelino Menegat

Provincial da Província Lassalista de Porto Alegre a partir de 2010

“O modelo de gestão que

pretendemos aplicar no

próximo período quer

embasar-se nos princípios

fundamentais: fé,

fraternidade e serviço.”

Ir. Jardelino Menegat

Quem é o Provincial?

O Irmão Provincial é nomeado pelo Irmão Superior Geral, ouvido o

parecer de seu Conselho. Ele é eleito por três ou quatro anos,

conforme decisão do Capítulo Provincial. É o responsável máximo

por uma Província Lassalista, exercendo autoridade de superior

maior também constituindo as comunidades, nomeando diretores

e cargos de responsabilidade. Uma vez por ano, o Irmão Provincial

visita as comunidades mantidas e assegura a vinculação com a

região e o Centro do Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs -

Irmãos Lassalistas.

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 12:49:32

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Page 7: Revista Integração Ed. 104

EntrevistaEntrevista

Para falar da formação do professor em geral, e situar o profissional da Rede

La Salle no amplo e complexo cenário da Educação, nada melhor do que gente

com muita experiência na área e também na vida, e com muito conteúdo. A

Revista Integração aproveitou um recente encontro do Irmão Paulo Fossatti

(Diretor de Educação e Pastoral da Província Lassalista de Porto Alegre) com o

Irmão Arno Lunkes (Coordenador do Conselho para a Missão Educativa

Lassalista) para sorver dos dois como se dá a formação do professor e quais

os reflexos desta base lassalista em sala de aula.

Entre um compromisso e outro em Niterói, no Rio de Janeiro, tendo em comum

a dificuldade de horários nas agendas e a agitação típica de quem trabalha

sem parar sempre em prol de educar, os Irmãos Paulo e Arno falaram um

pouco de ricos e infinitos temas da área, em especial, da importância da

educação integral e integradora. Totalmente afinados quando o assunto é

formação, eles destacaram alguns dos muitos programas criados pela Rede

para fazer do professor um profissional de educação integral, com conteúdo e

formação humana. É a interdisciplinariedade ensinada por La Salle, que

transcende o aprendizado comum em sala de aula, sendo levada aos cinco

Revista Integração • Novembro 200907

Para falar da formação de educadores, nada

melhor do que bons exemplos lassalistas. E, nesta

edição, pela primeira vez a Revista Integração saiu

de Porto Alegre em busca de uma entrevista que

ajudasse os educadores a entender a importância

da formação continuada. Foi em Niterói, no Rio de

Janeiro, que conseguimos reunir os diretores de

educação e pastoral das duas Províncias

Lassalistas do Brasil. Os sábios Irmãos

Lassalistas Paulo Fossatti e Arno Lunkes nos

presenteiam com excelentes respostas para quem

acredita na missão de educar. Confira!

conteúdos em sala de aula

A formação do professore os reflexos das metodologias e dos

Por Jeline Rocha

Jornalista

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 13:20:58

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Page 8: Revista Integração Ed. 104

continentes do planeta pelos Irmãos e

colaboradores lassalistas que apostam na

pessoa, e não apenas na formação do aluno; na

pessoa do educador, mais do que no simples

professor; na instituição de educação e não só

na mera instituição de ensino.

Com a agitação que lhe é peculiar, Irmão Arno

saiu da entrevista, em seu gabinete no Instituto

Abel, como um cometa, se adiantando para ver

os alunos no recreio, receber pais, conversar

com professores, atualizar leituras, dar conta de

mais reuniões... Ufa! Já Irmão Paulo saiu

apressado para o Aeroporto Internacional Tom

Jobim, prosseguindo com o roteiro variado de

compromissos de Norte a Sul do país, e a

certeza de só chegar em casa em 18 dias,

depois de cumprir agendas em cidades como

Brasília, Altamira e Zé Doca, no Maranhão. Sem

dúvida, exemplos perfeitos da essência do

educador lassa l i s ta , que se educa

permanentemente para poder educar. É a

formação continuada, dia após dia, de semestre

em semestre, de ano em ano, pela vida toda...

O mercado exige um professor que

acompanhe as mudanças. Um professor

moderno, de vanguarda, o que para nós, da Rede

La Salle, não é novidade, pois sempre

entendemos e trabalhamos o conceito de

professor como um profissional em formação

continuada. Um verdadeiro educador na

concepção da palavra, pronto para acompanhar

as demandas exigidas pela vida e pelo mercado.

Afinal, preparamos pessoas para um mundo

cada vez mais competitivo, investindo na

formação como um todo, não só de nossos

educandos, mas também de nossos

educadores.

E esta formação como um todo não

é só para nossos alunos. É também para nossos

professores que, em nossa Rede, são

educadores. É com esta visão que trabalhamos

para despertar no professor a importância de

ser um educador. Professor é uma profissão,

enquanto o educador é todo um processo, um

caminho... Esta é a nossa proposta.

Quanto mais a sociedade avança rumo ao

conhecimento, mais são as cobranças de

preparo do educador. Nesta realidade, o

mercado desenhou um novo perfil de professor,

que precisa inovar para incentivar este

conhecimento. Como definir este novo

professor?

Irmão Paulo -

Irmão Arno -

Com as mudanças no mercado, o que podemos

destacar como reflexos mais relevantes da

formação lassalista no aprendizado em sala de

aula?

nosso professor se conheça para conseguir

conhecer o outro, e assim contribuir na

educação do outro. Ele precisa se educar para

depois educar. E este é o maior diferencial do

professor lassalista que, com esta base

diferenciada, tem condições de cumprir em sala

de aula a principal meta da Rede La Salle: formar

pessoas com conteúdo, como o próprio mercado

já exige.

Na prática, percebemos que

conhecimento todos passam. É só uma questão

de metodologia. Mas entendemos o educador a

partir da definição de La Salle, que inovou ao

juntar conteúdo, metodologia e formação

humana, chegando ao educador ícone, integrado

por estas três vertentes. Quando este educador

ícone é acionado, mais do que expressar a

formação individual, ele comprova a importância

de se educar para poder educar. Mostra a

capacidade que profissionais com esta base

têm de superar e contornar situações difíceis

apresentadas por este novo perfil de aluno que,

diante de tanta violência propagada pelos meios

de comunicação, atrelado à ausência de pais

que se desdobram em suas atividades

profissionais, tem às vezes um comportamento

até agressivo. É uma das formas que ele

encontra de estravasar carência e medos. Por

outro lado, o elevado nível de informações que

este novo aluno recebe do mundo cibernético o

torna sempre muito questionador, o que é, ao

mesmo tempo, desgastante e muito positivo,

pois obriga o professor a se reciclar, aprender,

se atualizar e se preparar para este aluno. Daí

investirmos em educadores ícones...

Para darmos conta deste novo

aluno sempre bem informado, criativo, crítico e

questionador, só mesmo mantendo vivo o

espírito de educador em cada professor.

Recebemos professores com 4, 5 ou mais anos

de formação, e nosso maior desafio é

justamente o de transformá-los em educadores.

Alguns deles chegam com o foco em ser apenas

professor, o que não basta para atender às

necessidades da pessoa e de um mercado cada

vez mais exigente, competitivo. Trabalhamos o

professor, aquele que chega com o saber

técnico, e nos ocupamos com a formação do

educador, investindo na essência de sua

formação como professor e em sua

humanização e vivência dos princípios da

educação lassalista. Só com um profissional de

ponta, que atrele um lado pessoal bem

Um dos protagonistas do conhecimento, o

avanço tecnológico tem, em contrapartida,

provocado mudanças em muitas carreiras. Na

área de Educação, por exemplo, tantos

avanços fizeram surgir um novo perfil de aluno.

Como as Instituições Lassalistas preparam

seus educadores para dar conta desses alunos?

Irmão Arno -

Irmão Paulo -

Entrevista

08 www.lasalle.edu.br

O ideal seria associar aos

currículos de nossos

educadores títulos equivalentes

aos processos de integração pessoal,

aos gestos e atitudes

humanizantes que constróem

pessoas. E é para isso que

investimos cada vez mais

na formação de nossos educadores.

Ir. Paulo Fossatti

Doutor em Educação e Diretor de

Educação e Pastoral da Província

Lassalista de Porto Alegre

Irmão Paulo -

Irmão Arno -

Sem dúvida, a formação com

conteúdo, integral e integradora de todos os

destinatários da missão educativa lassalista. A

qualidade da relação intersubjetiva da pessoa

expressa em sua capacidade de relacionamento

que acontece entre o Eu e o Tu. Investimos

firmemente em nossos professores para que

vivam a peculiaridade de sua missão, que vai

muito além do que passar conhecimento. É

preciso mais... Como prega a própria filosofia

lassalista, é viver a missão de educar. É preciso

que cada um de nossos professores seja um

educador. Este é um dos mais importantes

princípios do programa de educação

diferenciada de nossa Rede. Trabalhamos

intensamente para fazermos de nossos

colaboradores profissionais competentes,

éticos e preparados para a educação

integradora, para dar o diferencial aos nossos

alunos.

O interessante nesta percepção é o

paradigma com o qual nos deparamos na

formação desse educador. Necessitamos do

conhecimento subjetivo do professor, ao mesmo

tempo em que precisamos de todo um trabalho

de investimento, atrelado a uma reflexão

profunda. Dentro desta linha, é fundamental que

07444_07-10 entrevista roberto 7 - 8 - 9 -10.ps

T:\CLIENTES\la salle\la salle provincia\07444 - revista integraçao nº 104\07444_07-10 entrevista roberto.cdr

sexta-feira, 13 de novembro de 2009 09:56:28

Perfil de cores: Perfil genérico de impressora CMYK

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Page 9: Revista Integração Ed. 104

Entrevista

09

estruturado a conhecimentos técnicos e às

novidades de mercado é que conseguimos dar

conta das novas exigências educacionais.

Precisamos resgatar os

referenciais familiares no processo formativo

dos filhos. Construirmos uma realidade onde a

família assuma uma atitude de educação e

formação continuada. Vemos pais, muitas

vezes, dando razão ao filho e se preocupando em

dar a solução das questões. A vida, ao contrário,

exige pessoas que saibam lidar com as

dificuldades que se apresentam. Por isso, a

grande jogada é preparar a pessoa para

t r a b a l h a r c o m s u a s d i f i c u l d a d e s ,

transformando-as em desafios, em um processo

de aprendizado contínuo, entendendo que um

“não” no momento certo ajuda a pessoa a

crescer.

Certamente, já passamos do

tempo de não poder dizer “não”. Os pais devem

assimilar isso, e o educador tem que se

preparar, estar em constante atualização para

saber como lidar com este novo jovem, com as

desavenças, as destemperanças, com o estilo

de jovens equipados com as novidades das

ciências.

Não tem saída: para educar o outro

preciso educar a mim mesmo. É preciso se

perceber por inteiro para acolher o outro por

inteiro. E este entendimento de Educação já

atingiu e perpassa a maioria dos cursos de

formação continuada. Afinal, precisamos

preparar o educador para atender a pessoa e a

s o c i e d a d e q u e e x i g e m c o n t e ú d o ,

c o n h e c i m e n t o s t é c n i c o s e t a m b é m

responsabilidade social, atitudes de ajuda ao

próximo, ética de humanização e de cidadania.

Definitivamente, o mercado e a vida exigem

pessoas formadas como um todo, com

habilidade e competências em sua área de

conhecimento acompanhadas de humanização,

bem dentro do espírito de La Salle. É preciso

cada um se reconhecer como pessoa física e

psíquica, profissional e espiritualmente,

trabalhando o afeto em um processo integral e

integrador. E isso é uma tendência mundial.

Quando a pessoa não concilia a formação

integral com a integradora podemos ver, por

Como os senhores avaliam a participação dos

pais, da família em geral, na formação deste

novo aluno?

Irmão Paulo -

Irmão Arno -

Para atender a diversificadas demandas e

acompanhar a velocidade das novidades no

mercado é preciso mudar a fonte. O que os

senhores destacariam como mudanças

essenciais nos cursos de formação de

professores?

Irmão Paulo -

Irmão Paulo -

Irmão Arno -

Dentro da visão geral da formação do professor

lassalista, que tal detalharmos os programas

de cada uma de nossas Províncias no Brasil?

Irmão Arno -

Irmão Paulo -

Nossa formação começa

imediatamente quando o professor ingressa em

nossa Instituição e perdura por toda a vida.

Intensificamos o processo da formação

lassalista com ênfase nas áreas humana, cristã,

lassalista e profissional. Este cuidado com a

formação nos legitima estarmos junto aos

nossos irmãos menores como irmãos maiores,

na responsabilidade e na atitude de educar com

o conhecimento, com a técnica e com o exemplo.

Numa cultura do imediatismo, nem sempre é

fácil sair de uma cultura de atos isolados para

uma cultura de formação integradora,

continuada, dia após dia, passo a passo, de

semestre em semestre, de ano em ano, por toda

vida, até a morte...

Buscamos profissionais

sintonizados com a proposta da Rede,

transformando o professor em um coadjuvante à

nossa identidade, dentro da realidade de uma

instituição católica, lassalista, que tem estes

princípios como ideal de vida. Só a faculdade não

é suficiente. Defendemos um processo de

formação integrada à formação de cidadania.

Com valores éticos, morais, solidários...

Na Província de São Paulo,

investimos na formação com programas

específicos para pequenos grupos, com no

máximo 40 professores. Exploramos a formação

lassalista, humana, espiritual e de teologia no

curso realizado em três etapas: uma semana de

janeiro, uma semana de julho e a terceira

semana em janeiro do ano seguinte. Há também

o Congresso dos Administradores da Educação

Lassalista, retiros e uma série de frentes dentro

de uma visão de que não é “estou educador

lassalista”, mas sim “sou educador lassalista”.

Na Província de Porto Alegre,

desenvolvemos o processo de educação

continuada ao longo do ano. Temos um Plano de

Formação em andamento. Uma de suas

atividades consiste no Programa I de Formação

Básica, comum a todos os lassalistas,

correspondendo a 80 horas formativas, sendo

20 horas de formação humana, 20 de formação

espiritual, 20 de formação lassalista e 20 de

formação técnica. Para amarrar tudo isso, temos

o Programa II de Formação Continuada, com

quatro semanas formativas envolvendo as áreas

humana, cristã, lassalista e projeto de vida

pessoal profissional. Estes são apenas alguns

exemplos de processos formativos que

acreditamos agregarem valor aos processos

formativos pelo poder de investimento na

exemplo , um pro f i ss iona l douto r em

conhecimento mas com sérias dificuldades em

transmitir afeto a seus filhos. Podemos encontrar

um professor que tenha excelente formação

integral, mas que não atingiu o básico da

integração humana. É preciso percorrer o caminho

da humanização conjugando a formação integral à

integradora. O ideal seria associar aos currículos

de nossos educadores títulos equivalentes aos

processos de integração pessoal, gestos e

atitudes humanizantes que constróem pessoas. É

para isso que investimos cada vez mais na

formação de nossos educadores.

Sem dúvida, para chegarmos ao

conhecimento pleno, temos que incentivar a

espontaneidade, o afeto integral, encontrando

mais um caminho para a formação integradora. É

nisso que apostamos, acreditando que é como

uma receita de bolo básica, que ganha uns

ingredientes a mais, dependendo do segmento

trabalhado. Não podemos desconectar a

formação da experiência, como estar em dia com a

vida, com as conquistas, com os desafios... Foi-se

o tempo que ser professor era ter a vara na mão e

pronto. Se bem que na educação lassalista nunca

foi assim...

Irmão Arno -

Desenvolvendo um trabalho identificado como de

vanguarda, quais são as áreas que a Rede mais

prioriza na formação do professor lassalista?

É fundamental que nosso professor

se conheça para conseguir

conhecer o outro e assim contribuir

na educação do outro.

Ele precisa se educar para depois

educar. E este é o maior diferencial

do Professor Lassalista.

Ir. Arno Lunkes

Diretor de Educação e Pastoral

da Província Lassalista de São Paulo

Revista Integração • Novembro 2009

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009 09:56:29

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Page 10: Revista Integração Ed. 104

pessoa dos educadores.

Em nosso país, educação e

formação de educadores não são prioridades. E

não foi à toa que assumimos, enquanto

lassalistas do Brasil e da América Latina, o

Projeto Dignificação do Magistério. O mal-estar

docente está instalado em nossas pessoas e,

consequentemente, no ambiente educacional.

Este mal-estar apresenta-se nos mais diversos

sintomas. Temos muito o que construir para

dignificar a profissão docente no Brasil.

Enquanto lassalistas, procuramos assumir

políticas de formação docente que promovam o

bem-estar das pessoas, que passa pela

valorização do clima institucional, do

fortalecimento de uma boa autoestima e

imagem pessoal, profissional e institucional,

promotoras de alegrias e satisfação com a

escolha pela missão de educar.

Em nossa Rede, adotamos ações

que priorizam o profissional como pessoa,

destacam o potencial de cada um e criam um

bem-estar dentro de cada profissional, o que

reflete favoravelmente no ambiente de trabalho.

As Instituições Lassalistas funcionam como

verdadeiras ilhas de produção de bem-estar,

com ações que visam melhorar cada vez mais o

ambiente de trabalho. Frentes que dignificam a

profissão docente.

Ao assumirmos o projeto de

reestruturação para, em 2012, sermos uma

única Província Lassalista Brasil e Chile,

também assumimos o compromisso de

aproximarmos nossas políticas formativas. A

título de políticas públicas para a educação

chilena, creio que muito temos a aprender com

este país, que conta com programas de

incentivo à educação e à formação docente,

fazendo do Chile uma exceção entre os países

latino americanos. A qualidade da educação

básica e o cuidado com a formação docente têm

uma trajetória de êxitos que poderão enriquecer

os discursos e práticas educacionais

brasileiros.

Vale lembrar que o Chile aprovou,

em agosto, sua nova Ley de Educación General,

a LEGE. E para a segurança deste processo de

unificação das Províncias, cabe-nos estudar a

nova LEGE chilena. E sobre o que o Irmão Paulo

No cenário nacional, como descrever a

formação básica do professor brasileiro, e o que

esperar do Governo em termos de políticas de

incentivo à Educação?

Irmão Paulo -

Irmão Arno -

Considerando o processo de unificação das

Províncias do Brasil com a Delegação do Chile,

importante aqui falarmos da formação do

professor chileno e da participação do Governo

na Educação...

Irmão Paulo -

Irmão Arno -

significativas é a Mostra Cultural do La Salle

Águas Claras, com a culminância de projetos

desenvolvidos por professores de todos os

segmentos ao longo do ano. Do tema aos

procedimentos, tudo é planejado em conjunto

com as coordenações, revelando as conexões

entre as diferentes disciplinas a partir do tema

central na semana de apresentações, e um dia

inteiro em que o colégio se transforma em

exposição de cultura, arte, conhecimento e

convivência. Outro projeto muito interessante é

o q u e c h a m a m o s d e “ d i d á t i c a d a

contextualização”. No La Salle Instituto Abel, um

exemplo são as Provas Multidisciplinares, que

têm como referência um texto escolhido pelos

professores, base para a elaboração das

questões das diversas disciplinas. A mesma

didática é usada nas aulas, com a vantagem de

habituar o aluno a estabelecer a conexão entre

os fenômenos, a perceber que a origem e

permanência de um fenômeno de qualquer

natureza está relacionado a fatores de outra

natureza. Quer dizer, na nossa vida, na natureza,

na sociedade, na história da humanidade, nada

acontece isoladamente.

Entrevista

10 www.lasalle.edu.br

acaba de falar, temos uma prioridade ampliada

para 14 anos de educação básica, com novas

exigências relacionadas à formação docente.

Vivemos em uma sociedade onde,

em geral, coube à escola a responsabildiade por

formar bons cérebros. Mas, e a formação da

pessoa? E é exatamente nisso que os

lassalistas apostam: na educação integral e

integradora, com conteúdo e formação humana.

Apostamos na pessoa do educando, e não

apenas na formação do aluno; na pessoa do

educador, mais do que no simples professor; na

Instituição de Educação, e não apenas na mera

Instituição de Ensino. Dentro dessa linha,

trabalhamos em busca do crescimento, do

progresso, do desenvolvimento humano,

visando dar sentido pessoal e institucional ao

nosso jeito de educar.

E confirmamos a importância da

formação de conteúdo em nosso dia a dia, onde

atestamos a riqueza que é a mistura de

conhecimentos no mundo acadêmico. Temos

profissionais com 30 anos de trabalho que

prosseguem se educando para educar, em um

processo de formação continuada, com

demonstração de habilidade e competência. E

vemos jovens que simplesmente pararam no

tempo...

É difícil destacar um quando

vemos toda uma Província em processo docente

de formação continuada. São centenas de

educadores que se reconhecem nos múltiplos

compromissos que registram o cuidado de si

enquanto processo de reflexão sobre seu ser

pessoa e educador na contemporaneidade.

Mas, destaco a excelente experiência vivenciada

por grupos que participam do Programa II de

Formação Continuada. Outro exemplo é a

iniciativa de escolas que, a partir de organização

própria, estão seguindo programas de formação

para seus colaboradores com ênfase na reflexão

e no registro das reflexões emanadas de suas

vivências e estudos relacionados à prática

docente.

Uma das experiências bem

A diversidade de recursos que chegam à

sociedade pós-moderna confirma a importância

da educação de vanguarda instituída por La

Salle já em 1680. Quais as estratégias mais

expressivas da Rede para manter este

vanguardismo, segredo de uma fórmula que dá

certo há mais de 300 anos?

Irmão Paulo -

Irmão Arno -

Diante da premissa lassalista de “pensar o

professor como um educador que passa a vida

se educando para bem educar”, citem

exemplos de da interdisciplinariedade da

educação lassalista.

Irmão Paulo -

Irmão Arno -

Ir. Arno Lunkes

Entre os muitos títulos do vasto

currículo, Irmão Arno Lunkes tem

licenciatura em Filosofia, graduação em

Teologia e Pedagogia, pós-graduação

em Administração Escolar, curso de

extensão em Antropologia e mestrado

em Educação. Antes de assumir a

direção do La Salle Instituto Abel em

2007, Irmão Arno foi diretor do La Salle

Águas Claras e do Instituto Assistencial

La Salle de Taguatinga, foi presidente da

Associação Brasileira de Educadores

Lassalistas e Superior Provincial dos

Irmãos Lassalistas da Província de São

Paulo por dois mandatos.

Quem são eles?

Ir. Paulo Fossatti

Graduado em Psicologia e em Filosofia ,

Ir. Paulo Fossatti é mestre em Psicologia

Social e Institucional pela Universidade

Federal do Rio Grande do Sul e

recentemente foi aprovado com louvor

no doutorado em Educação pela

Pontifícia Universidade Católica do Rio

Grande do Sul, PUCRS. Também é um

dos membros da Direção da Província

Lassalista de Porto Alegre, Pró-reitor

Acadêmico Adjunto e Vice-reitor do

Unilasalle/Canoas, além de exercer a

função de Diretor Primeiro Vice-

presidente da Sociedade Porvir

Científico.

cases

case

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009 09:56:29

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Page 11: Revista Integração Ed. 104

CulturaCultura

Revista Integração • Novembro 2009 11

Setor de Marketing

Rede La Salle

strela é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul.

Localizado no Vale do Taquari sua população estimada em 2008 era de

30.329 habitantes. É um município banhado pelo Rio Taquari e um dos

poucos no Estado que contam com um entroncamento rodo-hidro-ferroviário,

devido à presença do Porto de Estrela, de uma ferrovia ligada à Ferrovia do Trigo

e das rodovias BR-386 e RST-453 (Rota do Sol).

Quando os primeiros colonizadores chegaram à região, eles perceberam uma

intensa luz num pântano. Na verdade era apenas o reflexo da lua cheia que

estava ali, porém eles acreditaram que era uma estrela cadente. Daí surge a

denominação de Estrela.

Os primeiros colonizadores chegaram a Estrela no ano 1856, época em que foi

instalada a Fazenda Estrela, de propriedade do Cel. Victorino José Ribeiro,

cujas terras pertenciam administrativamente à freguesia de São José do

Taquari, hoje município de Taquari. O líder do movimento emancipacionista e

fundador de Estrela foi Antônio Vitor Sampaio Mena Barreto. Os primeiros

imigrantes alemães eram originários de Dois Irmãos; um dos primeiros a

chegar foi Johann Heberle, mais tarde conhecido pelo apelido de João Capataz.

O município emancipou-se em 20 de maio de 1876, conforme a Lei nº 1044,

sancionada pelo Conselheiro Tristão de Alencar Araripe, presidente da

Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, sendo assim o segundo município

mais antigo do Vale do Taquari.

Desde 2007, a cidade de Estrela também integra a Família Lassalista. Isso,

porque a tão esperada Faculdade de Tecnologia La Salle Estrela-RS finalmente

chegou. No dia 03 de setembro de 2009, a Câmara de Educação Superior do

Conselho Nacional de Educação aprovou a abertura da Instituição que

oferecerá cursos de qualidade nas áreas de graduação tecnológica –

Agronegócio, Gestão de Turismo e Secretariado – com 150 vagas totais anuais.

Além da graduação, serão oferecidos cursos de pós-graduação em Gestão

Financeira, Turismo Rural, Agronegócio e Gestão Ambiental, Gestão

Estratégica e Inovação, Gestão Educacional e Gestão da Qualidade de Vida.

A Faculdade de Tecnologia La Salle Estrela integra a Rede La Salle de Educação

que atua nas áreas de Educação Básica, Educação Superior e Obras

Assistenciais no Brasil e em 82 países pelo mundo. Conforme o diretor da

Faculdade, Ir. Jardelino Menegat, a abertura da Instituição representa um

passo significativo para o crescimento da Rede La Salle. “A Faculdade de

Tecnologia La Salle – Estrela é mais um passo para Rede La Salle se tornar um

referencial na educação, a nível regional, estadual e nacional”.

Origem do Nome

Colonização

Emancipação

Faculdade La Salle em Estrela

ESTRELAE

Conheça a mais nova Cidade Lassalista

11.ps

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 13:32:51

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Page 12: Revista Integração Ed. 104

Ação , ded icação e

criatividade são palavras

que ajudam a traduzir o

espírito com o qual a

professora

d e s e m p e n h a s u a s

atividades como profes-

sora lassalista. Nadya é

uma daquelas pessoas

que parece estar ligada

na tomada, com perdão

pela brincadeira. Está

sempre propondo uma

n o v a a t i v i d a d e o u

envolvida em algum

projeto com a sua turma

da 4ª série do Ensino

Fundamental, além de ser vice-presidente do Centro de Professores

e Funcionários do Colégio La Salle São João, em Porto Alegre. Claro,

tudo isso ao mesmo tempo e com igual competência.

Iniciou na Instituição como alfabetizadora em 1995 e, logo em

seguida, passou a lecionar música para a Educação Infantil e Anos

Iniciais. Deixou o Colégio em 2000 para ter bebê e retornou em

2005. Graduada em Pedagogia e Música, também é especialista em

Psicologia Escolar e Artes e, atualmente, cursa o mestrado em

Educação Musical como aluna ouvinte. Para ela, o período mais

emocionante vivido no La Salle São João foi justamente o seu

retorno. “Saí para ter a minha filha e fiquei cinco anos afastada.

Nesse período passei por outras duas escolas e quando voltei ficou

muito claro que aqui é diferente. O nosso colégio tem outra cara, um

outro acolhimento. A equipe é solidária e temos vontade de fazer as

coisas, de participar. Olhamos o aluno como um futuro cidadão que

pode mudar o mundo”, declara a professora.

Igualmente empolgada, continua: “Quando fazemos estudos sobre a

vida de La Salle estamos dizendo que temos raízes e identidade, um

fundamento. Temos que saber de onde viemos e aonde queremos

chegar, e sabemos, queremos transformar a sociedade. Queremos

ensinar a bem viver no aspecto integral do ser humano nem que para

isso tenhamos que reaprender a bem viver também”.

Nadya Vorga

Sou Lassalista

12 www.lasalle.edu.br

Fabiana Barth é professora lassalista há 22 anos

Ensinando e

aprendendo

a bem viver

Educação inclusiva

em sala de aulaHá 22 anos a professora Fernanda Barth Gomes leciona na Rede La

Salle. Ela conta que inicialmente foi professora de alfabetização.

Depois começou a trabalhar com a 2ª série do Ensino Fundamental -

atualmente 2° ano/9 anos. Ela conta que neste ano recebeu um

desafio especial com o ingresso de um aluno com necessidades

especiais em sua turma. “Estou verdadeiramente encantada com a

educação inclusiva, uma vez que proporcionou momentos de

solidariedade e crescimento em que os vínculos estabelecidos

reafirmaram a sua importância na relação com a construção do

conhecimento, bem como me desafiou a buscar meios para inserir a

criança no grupo e elaborar estratégias para alcançar uma

aprendizagem integral”, destaca. Segundo Fernanda, esta é a maior e

a melhor aprendizagem que um professor pode experimentar: a

aceitação do outro, o auxílio, a vivência e a preocupação em inserir a

criança no grupo e em fazer com que o grupo a aceite. “Assim todos

ganham em conhecimento, elaboração de estratégias, solidariedade,

amor ao próximo, afetividade”, enumera a professora.

Segundo ela, um dos diferenciais em ser educador lassalista é o de

estar em uma instituição que acredita e investe em seus

profissionais, oportunizando que o quadro de professores elabore

seus próprios materiais de trabalho e desenvolva, com autonomia e

consciência, estratégias para contemplar um processo de ensino e

aprendizagem eficaz em sala de aula. “A credibilidade, o apoio, a

valorização ao trabalho, o incentivo, os laços de amizade, a

cumplicidade, dentre outros tantos que poderia citar, revelam o

quanto estes diferenciais são capazes de nos manter com a chama de

nos superarmos a cada ano na busca de uma educação de qualidade,

embasada na formação integral e no desenvolvimento de uma vida

mais solidária, consciente e justa”.

“A equipe é solidária e temos vontade

de fazer as coisas, de participar.

Olhamos o aluno como um futuro cidadão

que pode mudar o mundo ”

“Estou verdadeiramente encantada

com a educação inclusiva,

uma vez que proporcionou momentos

de solidariedade e crescimento.”

Professora Nadya Vorga

12.ps

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 13:37:43

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Page 13: Revista Integração Ed. 104

Eventos

Revista Integração • Novembro 2009 13

Por Adriana Beatriz Gandin

Assessora Educacional da Rede La Salle

o período de 04 e 06 de novembro de

2009, os Lassalistas (Irmãos e leigos),

da Província Lassalista de Porto Alegre,

estiveram reunidos na Assembleia da Missão

Educativa Lassalista - AMEL, em Veranópolis. A

AMEL tem o objetivo de avaliar e planejar a

Missão Educativa da Rede La Salle.

A Assembleia é constituída por representantes,

das Comunidades Educativas Lassalistas

pertencentes à Província Lassalista de Porto

Alegre, eleitos ou indicados, na proporção de

dois leigos para um Irmão. Para a AMEL 2009

foram convidados, ainda, um Irmão e um leigo

da Província Lassalista de São Paulo e um

Irmão e um leigo da Delegação Lassalista do

Chile.

Conforme descrito no artigo 3º da Resolução

PLPOA 003/2009, a AMEL 2009 trabalhou com

os seguintes subtemas:

• Avaliação da Missão Educativa na Província

Lassalista de Porto Alegre, no quadriênio 2006-

2009.

• Aplicação das determinações do XII Capítulo

Provincial relacionadas à missão educativa

lassalista.

• Perspectivas em face da reestruturação das

Províncias Lassalistas de Porto Alegre e de São

Paulo, e da Delegação Lassalista do Chile.

• Eleição dos membros do Conselho da Missão

Educativa Lassalista.

Os participantes da AMEL assumiram o

compromisso de realização de um estudo

prévio de documentos, contendo as temáticas a

serem abordadas na Assembleia. Durante o

período de realização da AMEL aconteceram

momentos de trabalho em grupos e de plenária

onde foram discutidas e aprovadas algumas,

proposições para os próximos anos. São elas:

Qualificar os processos de

formação, capacitação e acompanhamento dos

Lassalistas, assegurando a excelência

institucional e profissional.

Buscar a excelência de ensino

e avançar em inovações pedagógicas.

Possibilitar que cada

comunidade educativa tenha um grupo de

vivência e irradiação do carisma e da

espiritualidade Lassalista.

Fortalecer ações que

promovam a Escola em Pastoral, garantindo a

identidade Cristã e Lassalista.

Iniciar o processo de

elaboração da Proposta Educativa e o Projeto

Pedagógico tendo em vista a criação da nova

Província Brasil-Chile.

PROPOSIÇÃO 1:

PROPOSIÇÃO 2:

PROPOSIÇÃO 3:

PROPOSIÇÃO 4:

PROPOSIÇÃO 5:

N

A dinâmica e as

decisões da AMEL 2009

A dinâmica e as

decisões da AMEL 2009

A AMEL tem o objetivo de avaliar

e planejar a Missão Educativa

da Rede La Salle.

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009 10:08:32

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Page 14: Revista Integração Ed. 104

Eventos

14

ançado em julho de 2009 em São Paulo,

“Ética e Moral na Educação”, do Irmão

Lassalista Roque do Carmo Amorim Neto

e de Margaréte May Berkenbrock-Rosito, discute

o gradual desaparecimento do termo

“moral” e a transformação do significado de

“ética” no campo da educação. Indicada para

professores e futuros educadores, a obra

também aborda o surgimento do “homem light”,

que se nutre da sociedade do consumo e do

relativismo generalizado.

Com o objetivo de discutir o significado e as

consequências de ética e moral no campo

educativo, Roque Amorim Neto e Margaréte May

Berkenbrock-Rosito lançam “Ética e Moral na

Educação”. Em quatro capítulos, o livro traz à

tona a importância da compreensão exata

desses valores e de seu enfrentamento em uma

sociedade na qual tem destaque o “homem

light”, expressão de um novo jeito de ser

humano, marcado pela permissividade e

também pelo tédio.

O livro é resultado de uma ampla pesquisa de

Amorim Neto, que foi orientado por Margaréte

May no Programa de Mestrado em Educação da

Universidade Cidade de São Paulo, localizada na

zona leste de São Paulo. O objetivo, explica a

professora, foi estudar o sentido de ética e moral

nas Diretrizes Curriculares para o Curso de

Pedagogia.

Margaréte May relata que tudo começou a partir

da constatação de que o documento das

Diretrizes Curriculares não traz a palavra

“moral”, e sim a palavra “ética”, sendo que esta

foi usada no sentido de “moral”. Assim, partindo

de um exercício de precisão conceitual, os

autores chegam à compreensão da formação de

Por Ir. Israel José Nery

Secretário Provincial da Província Lassalista de São Paulo

www.lasalle.edu.br

Livro ressalta importância das

discussões sobre ética e moral

Lprofessores na Educação Superior como um

processo que favorece o desenvolvimento

humano em seus diferentes conteúdos, com

atenção especial à dimensão da afetividade. As

reflexões do livro são fundamentadas na Teoria

do Desenvolvimento Moral, de Lawrence

Kohlberg. Com uma linguagem acessível, “Ética

e Moral na Educação” torna-se leitura essencial

para professores e educadores de qualquer

nível.

Roque do Carmo Amorim Neto é mestre em

Educação, especialista em Psicopedagogia,

formado em Filosofia e integrante da Associação

Brasileira de Educadores Lassalistas.

Atualmente estuda Psicologia em Saint Mary’s

College of California, nos Estados Unidos. “Ética

e Moral na Educação” pode ser encomendado

em livrarias de todo o país ou diretamente no

site da Editora Wak: www.wakeditora.com.br.

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009 10:08:43

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Page 15: Revista Integração Ed. 104

Eventos

Revista Integração • Novembro 2009 15

o dia 24 de julho, o Unilasalle Canoas

apresentou suas novas instalações

para autoridades e imprensa. Trata-se

de um dos maiores investimentos da Rede La

Salle nos últimos anos, ratificando o

desenvolvimento acadêmico do tradicional

estabelecimento de ensino canoense. O

Prédio 15 conta com dez andares em 20 mil m²

de área construída. Com 30 meses de obras, o

projeto integra-se ao Centro Poliesportivo La

Salle e foi planejado para dar o suporte

necessário ao crescimento de curto prazo da

Instituição.

A estrutura completa oferece mais de 50 salas

de aula, dois auditórios com 200 lugares, seis

elevadores, três quadras poliesportivas e seis

vestiários, arquibancada para 1 mil pessoas,

estacionamento coberto com 104 vagas,

piscina semi-olímpica aquecida, restaurante

panorâmico e salas para eventos. A

construção pretende atender não só

fisicamente – o progresso do Unilasalle,

sedimentado na dimensão acadêmica do

ensino, pesquisa e extensão. Segundo o pró-

reitor administrativo, Luiz Carlos Danesi, o

novo prédio foi planejado a partir de conceitos

de otimização dos recursos naturais. “As

janelas são muito amplas, as paredes são

pintadas de cores claras e a ventilação é toda

otimizada para o aproveitamento da

temperatura ambiente, evitando o uso de ar

Por Setor de Marketing

Rede La Salle

Unilasalle Canoas inaugura

novo prédio com 10 andares

Ncondicionado e de iluminação artificial, que é

planejada para ser econômica, sem perder em

qualidade para os usuários dos espaços",

destaca.

Outro aspecto importante do planejamento do

novo prédio é o mobiliário. As salas de aula e

os auditórios projetados tiveram toda a

mobília prevista para o uso de formas

múltiplas e para que os estudantes possam

acomodar seus notebooks. O Unilasalle ainda

teve a preocupação de buscar um fornecedor

comprometido com questões como ergonomia

e preservação do meio ambiente. A escolha foi

feita a partir do preceito básico de que o

fabricante tivesse a certificação ISO 14.000. A

obra dispõe da cobertura da rede wireless, já

disponibilizada pela Instituição em todo o

campus e está totalmente adaptada para as

necessidades de pessoas com deficiência.

Novas instalações têm

20 mil m² de área construída

planejadas para dar suporte

ao crescimento da Instituição.

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009 10:08:50

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Page 16: Revista Integração Ed. 104

Eventos

16

“Pés em Estrela, olhos na região e coração nas

pessoas”. A frase do diretor geral da Faculdade

La Salle Estrela, Ir. Jardelino Menegat, repetida

por diversas vezes ao longo do dia marcou a

inauguração da Instituição. A movimentação

começou logo cedo com um café da manhã para

a imprensa. Mas foi no entardecer do dia 29 de

setembro que centenas de pessoas

presenciaram o lançamento oficial da primeira

instituição de educação superior da cidade.

Estudantes, autoridades, comunidade local,

Irmãos Lassalistas e colaboradores da Rede La

Salle participaram e aplaudiram entusiasmados

a importante conquista.

A programação da noite contou com diferentes

discursos. O prefeito municipal de Estrela, Celso

Brönstrup, enfatizou que há mais de 20 anos a

cidade esperava por isso. “Este é um primeiro

passo de um grande desafio que temos pela

frente. Mas tenho certeza que Estrela crescerá

com a implantação desta Faculdade”. O

Provincial da Província Lassalista de Porto

Alegre, Ir. Marcos Corbellini, lembrou que a

cidade contará com todo o suporte de uma rede

mundial de ensino. “Pretendemos estimular o

crescimento de Estrela e da Rede La Salle desde

quando iniciamos a parceria com a Prefeitura

Municipal, em 2007”. Já o diretor da Faculdade

La Salle, Ir. Jardelino Menegat, destacou

entusiasmado: “Não queremos ser uma grande

instituição em porte físico ou até mesmo número

de alunos. Mas queremos ser uma grande

Discursos

instituição em qualidade que universalize o

conhecimento para toda a população da região

dos vales”.

Após os discursos oficiais, foi descerrada e

abençoada a placa de inauguração da

Instituição. De maneira simbólica, também

foram entregues cert i f icados a oi to

representantes dos participantes nos cursos de

extensão promovidos desde abril.

Também foi lançado o site oficial da Faculdade

na internet , d isponível no endereço

www.unilasalle.edu.br/estrela.

Ao final da solenidade, centenas de pessoas

brindaram o lançamento da Faculdade com

espumante e torta. No pátio da Instituição ainda

aconteceram apresentações artísticas de

grupos folclóricos locais e show pirotécnico.

Está prevista, a realização de cursos de

especialização e MBA da Faculdade La Salle

Estrela. A Instituição oferecerá seis opções de

pós-graduação: Gestão da Qualidade de Vida;

Gestão Educacional da Escola Básica; MBA em

Agronegócio e Gestão Ambiental; MBA em

Gestão Estratégica e Inovação; MBA em Gestão

Financeira; e Turismo Rural. Mais informações

sobre as pós-graduações, graduação e

v e s t i b u l a r d i s p o n í v e i s n o

Site Oficial

Comemoração

Pós-graduação

http://www.unilasalle.edu.br/estrela

Por Setor de Marketing

Província Lassalista de Porto Alegre/RS

www.lasalle.edu.br

Inaugurada a

Faculdade La Salle Estrela

Inaugurada a

Faculdade La Salle Estrela

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009 10:08:58

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Page 17: Revista Integração Ed. 104

Eventos

Revista Integração • Novembro 2009 17

Por Silvia Dewes

Assessora de Comunicação do Colégio La Salle Medianeira - Cerro Largo/RS

Ir. José Ignácio festeja

bodas de ouro

ma missa e um almoço no dia 30 de

agosto marcaram os 50 anos de vida

religiosa do Irmão José Ignácio

Reckziegel, que há 18 anos atua no

Colégio La Salle Medianeira. A celebração

reuniu funcionários, Irmãos, professores e

alunos da Instituição, além de amigos e

parentes do educador na comunidade de

Rolador Alto, no município de Santo Cristo, onde

nasceu em 1934.

Além das bodas de ouro como Irmão Lassalista,

o Ir. José Ignácio celebrou seus 75 anos de vida

e 55 anos como educador. Ele começou a dar

aulas em 1954 no Colégio Gonzaga, em

Pelotas, para as séries iniciais. Também atuou

em Porto Alegre, no La Salle Pão dos Pobres e

no La Salle Dores, onde foi professor por 30

anos após concluir a faculdade de Matemática

em 1960. Um de seus orgulhos é o costume de

sempre entregar as provas aplicadas corrigidas

no dia seguinte e de ter se ausentado da sala de

aula apenas 90 dias ao longo destas cinco

décadas de atividade.

Ao avaliar o significado de sua vida dedicada à

educação, o Ir. José Ignácio destaca que foram

anos de muito trabalho, alegrias e

entusiasmos. “Se fosse preciso recomeçar,

faria tudo de novo com ainda mais ânimo e

c o r a g e m . F a r i a m a i s c u r s o s d e

aperfeiçoamento na minha área e também para

ser um educador de Ensino Religioso”, afirma.

Aos jovens que estão iniciando sua formação

como educadores e religiosos, o Ir. José deixa

uma mensagem de perseverança: “Além do

curso de Teologia, tenham como objetivo fazer

uma faculdade profissionalizante. Sejam

competentes para ter sempre um grande

sucesso em sala de aula. É muito bom sentir o

progresso dos alunos e acompanhá-los durante

vários anos”.

Irmão José Ignácio Reckziegel nasceu aos 29

de agosto de 1934, no interior de Santo Cristo,

quando ainda era distrito de Santa Rosa. É filho

de Reinoldo Reckziegel e Carolina Steffen. Tem

oito irmãos; desses, duas são irmãs religiosas

e 04 irmãos já são falecidos.

Iniciou seus estudos em Santo Cristo. Em 1947

entrou no Juvenato em Canoas. Em 1951 fez a

tomada de hábito e a 28 de fevereiro de 1952

professou os primeiros votos. Em Canoas fez a

Escola Normal e depois foi transferido para

Pelotas onde iniciou o Magistério.

BIOGRAFIA

U

Ir. José Ignácio festeja

bodas de ouro

“Se fosse preciso

recomeçar, faria tudo

de novo com ainda

mais ânimo e coragem.”Ir. José Ignácio

Em 1957 foi transferido para Porto Alegre onde

lecionou no Pão dos Pobres e fez Faculdade de

Matemática na PUC. Em 1960 foi transferido

para o Colégio La Salle Dores, onde

permaneceu 31 anos. Desde 1991, trabalha no

Colégio La Salle Medianeira como professor de

Matemática.

Está celebrando seus 50 anos de profissão

perpétua, como Irmão de La Salle, além dos 55

anos de Magistério ininterruptos, quase

exclusivamente dedicados ao ensino de

Matemática, e também celebra seus 75 anos

de vida.

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009 10:09:10

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Page 18: Revista Integração Ed. 104

Eventos

18

A terceira edição do Campustour Unilasalle

apresentou intensa programação durante a

manhã e tarde do dia 08 de julho. O evento

reuniu cerca de mil estudantes dos 2º e 3º anos

do Ensino Médio dos Colégios da Rede La Salle

no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Tendo

como mestre de cerimônias o comunicador da

Rádio Atlântida e RBS TV, Luciano Potter, foram

anunciados os destaques da programação do

tradicional evento. Na sequência, o discurso de

abertura contou com as sábias palavras a cargo

do Reitor Ir. Ivan Migliorini: “É na escola que

acontecem momentos marcantes das nossas

vidas, desfrutem muito disso”, enfatizou ele.

O destaque do dia foi a aguardada palestra

“Experiências de Sucesso no Competitivo

Mercado de Trabalho”, do jornalista da Rede

Globo, Caco Barcellos. Saudado com

entusiasmo pela plateia que lotou o Centro

Poliesportivo La Salle, o repórter gaúcho -

nascido na periferia de Porto Alegre -

apresentou um detalhado panorama de sua

atividade profissional, intercalado com

CACO BARCELLOS

lembranças de juventude e os motivos que o

levaram a decidir-se pela carreira. “Meu pai me

ensinou a ter coragem e vencer os desafios na

minha vida profissional. A dignidade e a vontade

de fazer mais pelas pessoas que estão ao

nosso lado devem prevalecer”, aconselhou ele

aos atentos estudantes.

Ao longo do dia, os futuros universitários

tiveram a oportunidade de conhecer os 32

cursos de graduação oferecidos pelo Unilasalle

Canoas, através da devida orientação

profissional com os coordenadores de cada um

dos cursos, e também realizaram testes

vocacionais.

Diversas atividades de integração e diversão

completaram o evento com espaço interativo

para esportes radicais, games e oficinas. A

banda Reação em Cadeia subiu ao palco,

encerrando o 3º Campustour em alto e bom

som.

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

DIVERSÃO

Por Setor de Marketing

Província Lassalista de Porto Alegre/RS

www.lasalle.edu.br

Mais de 800 alunos da

Rede La Salle no 3º Campustour

“Que bela estrutura essa

Rede mantém para

educar seus estudantes.

Parabéns pelo evento."Caco Barcellos

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009 10:09:19

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Page 19: Revista Integração Ed. 104

Eventos

Revista Integração • Novembro 2009 19

Por Eloisa de Ávila

Diretora do Colégio La Salle Carazinho/RS

IV Congresso de Educação Infantil

o período de 30 de setembro a 03 de

outubro de 2009 ocorreu o IV

Congresso Nacional de Educação

Infantil e I Simpósio Internacional de

Educação, no Colégio La Salle, de Carazinho

RS, sob o tema Educação e Cidadania

Territórios de Responsabilidades: por uma

Cidade Educadora. Os palestrantes

apresentaram excelentes contribuições e o

público sentiu-se envolvido. As temáticas

versaram sobre a cidadania, partindo da

família, perpassando pela escola e

comprometendo outros segmentos sociais.

Houve a participação de mais de 400

pessoas, entre professores, conselheiros

tutelares, médicos, advogados, psicólogos,

vereadores e líderes empresariais. Enfim

esse evento marcou a diferença por traçar um

plano de ação conjunta para a formação

cidadã.

Todos estiveram muito envolvidos com o

lema: “É preciso toda uma cidade para educar

uma criança”. O evento iniciou com a palestra

de abertura “Educar para Sonhar acordado”,

proferida pelo maestro Juan da Rosa, da

cidade de Artigas/Uruguai. Na manhã de 1º de

outubro foi a vez de ouvir a professora Katia

B ieh l , do , que

brilhantemente abordou a questão da Família

e a Cidadania, seguida pela apresentação do

de sucesso Yacamim (Pai de muitas

estrelas), onde há uma ação social coletiva há

mais de dois anos envolvendo diversos

segmentos sociais em prol de crianças e

adolescentes que recebem atendimento aos

sábados e domingos, realizando esportes,

lazer e cultura, prevenindo o uso de drogas e

as situações de risco e vulnerabilidade social.

Na tarde de quinta-feira, o professor Dr.

Gilmar Maroso abordou o tema do cidadão

pós-moderno. Em seguida, houve a mesa

temática: Infância e Cidadania, com o

professor Marcelo Müller e a professora Nair

Angélica Marchesan. À noite houve a palestra

do professor Rogério Ferraz de Andrade: “ Um

tabuleiro chamado escola: entre o desejo de

saber e a necessidade de estudar”.

Na sexta-feira pela manhã aconteceu a grande

m e s a t e m á t i c a “ T e r r i t ó r i o s d e

Responsabilidades”, coordenada pela

Jornalista Nadja Hartmann, envolvendo

diversos profissionais das seguintes áreas:

Secretaria Municipal de Educação, Saúde,

Un i l asa l l e Canoas

NCâmara de Vereadores, Conselho Municipal

dos Direitos da Criança e do Adolescente,

Associação Comercial e Industrial de

Carazinho, Psicologia e Serviço Social. Na

sexta-feira à tarde foi a vez da professora

Deise, falando sobre a Educação Infantil e a

Cidadania.Houve a exibição do Documentário

“Perambulantes”, que apresentou a vida de

indígenas em Porto Alegre. Para encerrar o

evento, no sábado ocorreu a apresentação da

peça: Azul Maior, com a Cia La Trupe Azul, que

versou sobre a educação ambiental e a

cidadania. Finalizando, foi proferida a palestra

“Cidade Educadora”, com os Mestres

Alexsandro Machado e Márcio Taschetto da

Silva, ambos consultores do Ministério da

Educação, em Brasília.

A conclusão dos trabalhos motivou os

congressistas para construírem um Museu do

Futuro, onde jovens, crianças e adolescentes

devem ser ouvidos quanto às suas

expectativas como cidadãos conscientes e

participativos. Eis os desafios: criar o Museu e

dar continuidade à proposta por uma Cidade

Educadora que envolva mais os Territórios de

Responsabilidades.

IV Congresso de Educação Infantil

case

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009 10:09:23

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Page 20: Revista Integração Ed. 104

45 anos45 anos

20 www.lasalle.edu.br

Por Cristiele Blass

Escola La Salle Hipólito Leite - Pelotas/RS

Escola La Salle Hipólito Leite, de cunho assistencial, mantida pelos

Lassalistas, localizada no Bairro Cruzeiro, no município de Pelotas

(RS), tem o desafio de oferecer um serviço educativo de qualidade e de

promoção de vida aos 852 educandos que atende.

É uma escola que, assim como toda a Rede La Salle, se preocupa com a

formação integral de seus educandos tanto na área profissional como em

todas as outras áreas que constituem o ser humano.

A Instituição não se limita a uma educação formal de qualidade uma vez que

procura atender todas as necessidades dos educandos. Com este intuito

oferece atividades esportivas das mais variadas, laboratórios de

aprendizagem e aulas de reforço com ritmo diferenciado.

Proporciona atividades no laboratório de informática, aulas de dança,

formação de lideranças, confecção de artesanatos com os pais dos alunos e

comunidade, atendimento psicológico, orientação educacional,

acompanhamento e orientação aos pais, grupos de jovens, orientação

vocacional e profissional, grupos de estudo e outras atividades conforme a

necessidade.

Juntamente com a semana de La Salle, dias 11 a 15 de maio, celebramos o

quadragésimo quinto aniversário da Escola. Nesse período, os alunos

tiveram um cronograma diferenciado de atividades, dentre elas: reflexão

diária mais prolongada, formação e gincanas esportiva e cultural.

Na gincana cultural, as turmas foram distribuídas por cores e tiveram

diversas tarefas para executar, e na gincana esportiva ocorreram atividades

como: caranguejobol, vassourobol, circuito e cabo de guerra.

As comemorações incluíram um bolo de aniversário partilhado com os

alunos, simbolizando os 45 anos de atividades educativas da Escola

Fundamental La Salle Hipólito Leite direcionadas às crianças e jovens

carentes do Bairro Cruzeiro do Sul e Bairro Navegantes.

No dia 15 de maio de 2009, para finalizar as comemorações, foi celebrada,

na capela Santa Rita, às 19horas, uma Celebração Eucarística com a

participação da Comunidade Educativa e autoridades convidadas.

La Salle Hipólito Leite

comemora 45 anos

A

La Salle Hipólito Leite

comemora 45 anos

Escola ganhou nova fachada e La Salle virou nome

de rua em Pelotas em homenagem ao aniversário.

Queremos externar nossos sinceros agradecimentos a todos os que

se envolveram e participaram das festividades, tanto da comunidade

educativa e comunidade local, como outras pessoas que nos

prestigiaram.

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009 10:13:56

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Page 21: Revista Integração Ed. 104

São João Batista de La SalleSão João Batista de La Salle

Irmão Edgard Hengemüle

Mediador de Conteúdos e Métodos

ma verificação preliminar: Entre os

componentes do processo educativo,

certamente dois não podem faltar:

com quê se educa e como se educa?

Em outros termos: com qual conteúdo e com que

metodologia se faz a educação?

Mas há, pelo menos, dois outros componentes,

que são condicionadores desses dois primeiros:

para quê se educa? E: quem é que educa? Em

outros termos, novamente: para quê os

conteúdos selecionados, organizados e

trabalhados e as metodologias a empregar? E:

quem é a pessoa que vai ser a mediação

veiculadora dos conteúdos, e o implementador,

quando não, o criador das metodologias

usadas?

Trata-se, em última análise, daquele que, com o

seu ser e seu fazer, é fator determinante do

processo: o educador. Suas opções de vida e os

valores que preza o levarão a destacar alguns

conteúdos e a deixar outros na sombra, a

priorizar alguns tipos de métodos e a relativizar

ou desconhecer outros. E, independente de ele

ter disso consciência mais ou menos explícita,

ele é, em realidade, o primeiro conteúdo e

método a alimentar o educando e a influenciar-

lhe o modo de preparar-se para a vida.

La Salle destaca os conteúdos a estarem

presentes em sua “Escola Cristã” elementar,

destinada prevalentemente aos pobres: o

essencial conteúdo religioso e “tudo o que se

refere ao exterior”, isto é, as matérias profanas,

também “da estrita obrigação” do mestre

lassaliano.

U“formador de novos mestres”, ao qual cabe

fundamentalmente ajudar aos neófitos no

magistério a eliminarem “tudo o que têm e não

deviam ter” e a desenvolver “tudo o que

deveriam ter e não têm”. Mas, por mais

importância que dê aos conteúdos e métodos, o

Padroeiro dos Educadores se preocupa, acima

de tudo, com o ser e o modo de ser da pessoa do

educador, que vai desenvolver os primeiros e

aplicar os segundos.

O que constitui este ser e modo de ser, do ponto

de vista pedagógico, além de disseminá-lo

discriminadamente ao longo de todos os seus

escritos, ele o anuncia por duas vezes, em dois

textos distintos, sob o título de: “as doze

virtudes de um bom mestre”. E este ser e modo

de ser em geral, ele ajuda a formá-los

permanentemente com alguns exercícios de

desbaste e polimento ascéticos e com outros de

alimentação e crescimento humano em geral, e

pedagógico e espiritual em particular.

Entre eles, estão os exames diários, nos quais

faz seus mestres avaliarem, “diante de Deus”,

tanto o seu preparo nos conteúdos trabalhados

e as modalidades e eficácia dos métodos por

eles utilizados, quanto o tipo de pessoa que são

com seus discípulos. E entre eles está também a

meditação, com a qual La Salle os estimula a

que busquem inspiração, também para

trabalharem conteúdos e implementarem

métodos exemplarmente e com

m í s t i c a i n s p i r a d o r a e

sustentadora.

Ele insiste no domínio perfeito desses

conteúdos através do estudo porque a

ignorância das verdades a ensinar seria culposa

e criminosa, diz La Salle na linguagem de seu

tempo, por ser causa da ignorância do

educando. E, no campo prático, nas regras de

vida que estabeleceu com seus mestres e para

eles, prevê tempos sistemáticos para o estudo

dos conteúdos teóricos, a exercitação nas

competências e a aquisição das habilidades

concretas a desenvolver nos educandos.

Homem marcadamente prático, no Guia das

Escolas, o seu manual de pedagogia, a ser

periodicamente relido por seus mestres, além

de definir minuciosamente e organizar

sequencialmente os conteúdos, especifica as

modalidades e os passos metodológicos a ter

presente no trato das diversas matérias.

Ao levar seus discípulos a contemplarem a Jesus

Cristo Pastor e Pedagogo, recomenda-lhes

inspirar-se nele, assumindo o seu projeto e

intenções, estando atento à sua doutrina, isto é,

a seu conteúdo, e observando o seu modo de

agir, quer dizer, a sua metodologia na difusão de

sua mensagem. Em sua Escola Normal para

alunos leigos, estes não têm tempo fixo de

permanência. Ficam nela o tempo suficiente até

estarem “integralmente formados nas coisas

referentes à sua profissão”, o que inclui também

os métodos de ensino. E seus educadores

religiosos são treinados em escola de aplicação,

em formas como as mini-aulas de

catequese, e com período de estágio,

quando são acompanhados por

Revista Integração • Novembro 2009 21

21.ps

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 13:51:50

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Page 22: Revista Integração Ed. 104

Rede La SalleRede La Salle

responsabilidade social se apresenta como um tema cada vez

mais importante no comportamento das organizações,

exercendo impactos nos objetivos, estratégias e no próprio

significado da empresa.

Conscientes das questões sociais e de seu papel na sociedade, a Rede

La Salle realiza, desde 2007, o projeto Natal Solidário. Através da

adoção de uma instituição beneficente, são desenvolvidas diferentes

ações de integração entre os alunos da Rede, colaboradores e famílias

que auxiliam as entidades e crianças carentes praticando ações de

solidariedade e ajuda ao próximo.

O Projeto Natal Solidário surgiu em 2005, no Colégio La Salle Santo

Antônio, de Porto Alegre/RS. Com o objetivo de envolver os alunos em

trabalhos sociais, presentear crianças e propagar o espírito natalino, a

ideia logo se estendeu por toda Rede. Assim, em 2007, tornou-se um

projeto institucional e de caráter permanente, sendo desenvolvido em

todas as mantidas da Província Lassalista de Porto Alegre. Todo ano,

colaboradores e comunidades educativas se juntam numa corrente de

solidariedade com objetivo de arrecadar brinquedos e material

pedagógico para atender crianças carentes e instituições

beneficentes.

A evolução do Natal Solidário foi grande nos últimos anos. De um

projeto de uma escola apenas realizado em Porto Alegre, a iniciativa

passou a acontecer em todo o Brasil, envolvendo colégios,

colaboradores, alunos, professores, famílias e comunidade.

- 25 instituições da Rede La Salle participantes

- 19 instituições beneficentes envolvidas

- 6 mil crianças beneficiadas com as doações na Árvore Solidária

- Mais de 7 mil agasalhos arrecadados

- Cerca de 4 toneladas de alimentos doados

A partir do projeto, e com grande envolvimento das comunidades

educativas, trabalhamos por um Natal e um mundo melhor e mais feliz

para todos.

Participe você também desta corrente solidária. Mande sugestões

para o projeto através do e-mail

( dados do projeto em 2008)

[email protected]

22 www.lasalle.edu.br

Equipe Motivadora*

Natal Solidário 2009

Natal Solidário

A

Rede La Salle trabalhando na construção de um mundo melhor

* Equipe composta por Adriana Babot, Eucledes Casagrande, Luciana Basile,

Maria Regina Laner, Omero de Freitas Borges Júnior e Tiago Schmitz

22.ps

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 13:56:24

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Page 23: Revista Integração Ed. 104

Rede La SalleRede La Salle

Apoio às instituições beneficentes

através da Rede Parceria Social

Revista Integração • Novembro 2009 23

Por Luciana Basile

Assistente Social da Rede La Salle

stamos na era da Responsabilidade Social. Este é um tema cada vez

mais importante dentro das organizações, sejam elas públicas, privadas

ou do terceiro setor. Vivemos em uma sociedade cada vez mais desigual,

com inúmeras demandas e novas expressões da questão social. Com

esse cenário, faz-se necessária uma intervenção conjunta, congregando

esforços e conhecimento para efetivar uma mudança social. Pensando nisso, o

Governo do Estado do Rio Grande do Sul inova ao lançar, em 2007, a Rede

Parceria Social. Essa iniciativa, inédita no país, envolve a cooperação entre o

Poder Público, o Terceiro Setor e empresas privadas com o objetivo de ampliar e

qualificar as ações sociais no Estado. Fundamentada na Lei da Solidariedade

(Lei nº 11.853/2002), que proporciona incentivo fiscal para empresas que

desejam investir em projetos sociais, a Rede Parceria Social propõe uma nova

abordagem para os problemas sociais, desenvolvendo trabalhos em diversas

áreas.

Na sua segunda edição, em 2008, a Rede La Salle juntou-se a essa corrente.

Enquanto empresa âncora, assim denominadas por terem um papel de ancorar e

apoiar entidades menores a desenvolverem seus projetos, a Rede, além de

gerenciar os recursos oriundos da empresa financiadora (DANNA), presta

assessoria técnica e assim busca a qualificação das ações executadas na

ponta. Voltados para Segurança Alimentar e Sustentabilidade, os oito projetos

gerenciados pela Rede estão sendo executados por instituições de diferentes

municípios do Estado, com realidades distintas e públicos diferenciados.

A riqueza dessa experiência está justamente nessa diversidade. Propondo

ações que contemplam adequação e melhoria das instalações físicas, aquisição

de equipamentos e utensílios de cozinha, desenvolvimento de atividades que

gerem renda através do reaproveitamento integral dos alimentos e iniciativas de

trabalho em grupo, embora todas tenham o mesmo foco, cada instituição

apresenta sua singularidade, algo peculiar.

É a instituição social que propõe o projeto e o desenvolve com

o auxílio das entidades parceiras em todo o Estado.

É o projeto em si, com seus objetivos e metas definidos pela

entidade-âncora e aprovados pela Câmara Técnica e pelo Conselho Estadual de

Assistência Social (CEAS).

É a empresa interessada em contribuir com recursos

financeiros, que se beneficia da Lei da Solidariedade.

São as organizações em todo o Estado que

buscam desenvolver os projetos propostos pelas entidades-âncoras, recebendo

também capacitação gerencial.

COMO FUNCIONA?

Entidade- âncora:

Projeto Social:

Empresa financiadora:

Entidades parceiras selecionadas:

E

ENTIDADES PARCEIRAS

Grupo Chimarrão da Amizade / Canoas

AMENCAR / São Leopoldo

Escola de Orientação Profissional Assis Brasil / Rio Grande

Escola Louise Braille

Associação de Vilas / Frederico Westphalen

REDECRIAR / Porto Alegre

ASBEM / Novo Hamburgo

Maria Mulher / Porto Alegre

23-n.ps

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009 18:00:18

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Page 24: Revista Integração Ed. 104

Experiência

Por Carlos Alberto Barcellos

Professor e Padrinho do Núcleo Vida Urgente La Salle

Experiência

24 www.lasalle.edu.br

que faziam aqueles 37 jovens reunidos

na velha Universidade do Vale do Rio

dos Sinos em setembro de 2003?

Nascia uma pequena conspiração da esperança

chamada Conselho da Juventude. Um sonho

pensado coletivamente capaz de criar vínculos

afetivos e um sentimento de pertencimento. Era

preciso abraçar uma causa que fosse a mola

propulsora de toda essa inquietação. Tinham a

consciência de seu capital social e cultural.

Nascia o Fórum Vida Urgente. A causa de uma

borboleta pela vida uniu sonhos. Agregou

cidades, aproximou jovens de realidades

diferentes. Todos irmanados pelo sonho de uma

juventude melhor. Uma vida amada e cuidada. O

Fórum trouxe, desde sua primeira história, o

compromisso de capacitar para mobilizar.

Quando vemos o Conselho da Juventude reunido

fica difícil identificar em que escola estudam. A

sinergia é tanta que nem mesmo as diferenças

de idade chega a ser perceptível.

Redes de Engajamento Cívico , resposta ativa,

afetiva e efetiva para conjugar palavras sérias

como fé, serviço e solidariedade. Ao abraçarem

a causa da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga

percebem com maturidade que estatísticas

possuem rostos. São projetos de vida abortados

aos quinze, dezesseis, dezoito anos.

Impressiona nesse Conselho da Juventude essa

paixão pela humanidade traduzida na

construção de cada etapa de um Fórum Vida

Urgente.

Essa crônica, por mais expressiva que possa

ser, jamais conseguirá traduzir o significado

desse projeto. A seriedade dos eixos temáticos

trazidos para o centro do debate revelam a fome

de uma vida com significado que une essa

gurizada show de bola. São eles que definem em

pautas importantes, o desdobramento de cada

momento mágico de cada Fórum. “A cultura da

vida como resposta à cultura da morte”, tema do

primeiro Fórum, revelava o cuidado pela vida . E

vieram as questões sobre o preconceito, a

sexualidade, a ecologia e a formação política na

juventude, tema do Fórum do La Salle Dores em

2009, escola companheira e centenária.

Hoje é possível afirmar que passamos da fase do

ensaio. Há uma história para contar, vivida de

uma forma intensa no dia 21 de outubro de 2009

quando aconteceu a sexta edição do Fórum Vida

Urgente. Com o tema “Jovens em ação: A Força

do Voluntariado”, o evento reuniu no La Salle de

Canoas 600 jovens a beber da fonte da

sabedoria e do desejo de contribuir para uma

Ocomunidade melhor, uma escola melhor, um

grupo melhor, amigos melhores. Jovens sadios e

cheios de energia para partilhar lições de

cidadania.

Impressionou a todos no auditório do La Salle de

Canoas os significativos momentos de silêncio

reverencial para ouvir palavras sérias vindas de

uma mesa temática para mobilizar. Oficinas

vivencias para ajudar no entendimento do tema

do Fórum. Uma caminhada cívica pelas ruas de

Canoas que a todos encantou.

A leitura da Carta do Fórum, uma juventude de

mãos dadas a assumir um compromisso de

defesa e valorização da vida. Que maravilha

saber que temos instituições adultas que

acolhem essa força que emana da juventude.

Bênção cruzar com educadores que fazem as

mediações necessárias. O que falar então

desses 42 jovens que escreveram a história

desse Fórum ?

Há uma água viva na fonte. Uma sede de

profundidade em cada olhar. Um desejo de que

queremos mais. Essa história ainda será escrita

em 2009 quando juntos iremos definir o tema e

o local do sétimo Fórum Vida Urgente. Sim, quem

foi que disse que não é sério aquilo que eles, os

jovens, fazem?

Quem foi que disse queaquilo que eles fazem não é sério?

24.ps

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 18:16:02

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Page 25: Revista Integração Ed. 104

do Colégio, com o objetivo de desenvolver junto

à comunidade escolar aspectos fundamentais

da educação ambiental na atualidade:

sensibilidade, compreensão, responsabilidade

e competência.O projeto constitui-se de uma

série de atividades que são postas em prática

no decorrer do ano letivo, tendo como área de

atuação o Parque Cinquentenário, situado nas

proximidades da Escola. Nesse ecossistema,

os alunos interagem realizando atividades de

observação, orientação, coleta de materiais e

escotismo, conduzidos pelo Grupo Moacara, de

Caxias do Sul.

Experiência

Por Ingrid Nára Courtois

Coordenadora de Projetos do Colégio La Salle Caxias/RS

o contrário do que se pensa, a natureza

não é fonte inesgotável de recursos,

suas reservas são finitas e devem ser

utilizadas de maneira racional para a

manutenção da vida no planeta. A preservação

da natureza, entretanto, depende fortemente

do desenvolvimento de uma educação

ambiental, processo ativo e participativo em

que o educando deve aprender a assumir o

papel de agente transformador. Nesse

contexto, torna-se indispensável que a Escola

seja um espaço de formação e de

desenvolvimento de habilidades e atitudes,

através de uma conduta ética, condizentes ao

exercício da cidadania.

A partir dessa perspectiva, o Colégio La Salle

Caxias e a Associação de Pais e Mestres, em

parceria com a Secretaria Municipal do Meio

A m b i e n t e d e C a x i a s d o S u l , v e m

desenvolvendo, sob a coordenação da

professora Ingrid Nára Courtois, o Projeto

Patrulheiros Ambientais Mirins, formado por

alunos de 5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental

25Revista Integração • Novembro 2009

Patrulheiros Mirins Ambientais

A

A verdadeira educação

para a vida começa

com atitudes concretas,

através das quais o aluno

é convidado a dar

sua contribuição a favor

da natureza.

Durante o segundo semestre de 2008, os

patrulheiros realizaram plantio de mudas e

colocação de estacas, sob a orientação de

profissionais da Secretaria do Meio Ambiente,

e plantio de orquídeas com os orquidófilos de

Caxias do Sul. Além disso, realizaram a mostra

fotográfica, intitulada “As Belezas do Parque” e

exposta no Parque Cinquentenário, na Praça

Dante Alighieri, no Shopping Iguatemi e na

Biblioteca do Colégio. Nessa mostra, foram

destacadas, através das fotografias, as

belezas naturais do parque e feito um resgate

histórico desde a sua fundação. O empenho e o

envolvimento demonstrados pelas turmas

foram muito significativos.

Na Semana do Meio Ambiente 2009 de Caxias

do Sul, os patrulheiros ambientais mirins

representaram a escola, apresentando a

mostra fotográfica e o projeto à comunidade

caxiense, bem como dinamizaram a atividade

promovida pela Secretaria “Domingo no

Parque”, despertando a conscientização

comunitária para as questões de preservação

ambiental.

25.PS

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 18:17:05

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Page 26: Revista Integração Ed. 104

Experiência

Por Luciana Nunes Goulart

Assessora de Comunicação do Colégio La Salle Canoas/RS

Experiência

26 www.lasalle.edu.br

Expocol 2009 promovemomentos de aprendizado prático

Expocol (Exposição Multidisciplinar do

Colégio La Salle Canoas) é uma feira

que reúne todas as áreas de ensino,

caracterizando-se por uma atividade

multidisciplinar. Os alunos se envolvem com a

Feira desde o início do ano letivo através da

pesquisa, coleta de dados, escolha do tema,

elaboração da justificativa e testando as

hipóteses. É por isso que a Expocol procura

integrar os conhecimentos desenvolvidos em

sala de aula com a prática escolar.

Durante a Exposição os alunos demonstraram

interesse, criatividade, trabalho em equipe,

aplicando, na prática, competências e

habilidades específicas aos conhecimentos

adquiridos em sala de aula. Este ano a feira

expôs 144 trabalhos. Os objetivos da Escola

são estimular novas vocações para as

ciências e aproximar os alunos de diferentes

níveis promovendo a troca de conhecimentos.

Os estudantes são avaliados por professores

e recebem nota pelo desempenho

apresentado em sala de aula, durante a

pesquisa, no desenvolvimento do trabalho e

na apresentação durante a Exposição.

O que um violão tem a ver com ciência?

Por que o violão gera sons?

Tudo, afirma Felipe Ribeiro, que acaba de

completar 16 anos e está no 2º ano do Ensino

Médio. Ele apresentou, na sexta-feira, dia 17

de julho, um trabalho sobre o instrumento na

Expocol.

A física explica: o som é energia, aponta o

adolescente Vinícius Ávila Eichenberg, 15

anos, da mesma série, e que também

escolheu um tema que, aparentemente, não é

muito científico: a produção de vinho. Ele e

outros colegas contaram ao público a história

da bebida de cerca de 8 mil anos e detalharam

o processo químico que envolve sua

fabricação. O grupo caprichou, levando até um

microscópio para mostrar as leveduras, os

fungos que ajudam a transformar o suco de

uva. “Muitas pessoas chegaram para ver

nosso trabalho e saíram impressionadas”,

orgulha-se.

Enquanto isso, Lucas Palmeiro, 14 anos, do 1º

ano do Ensino Médio, mostrava o

funcionamento de lâmpadas em uma

maquete. E Isadora Batista, da mesma idade

e série, falava sobre o tango vestida a caráter.

No evento, alunos são protagonistas

Um dos responsáveis pelo evento é o

professor de biologia, Marcelo Palma. “Os

alunos colocam em prática o que

aprenderam na sala de aula. E conseguem

expor seu conhecimento científico, cultural,

de história etc”, salienta.

A professora de química, Daniela Pletsch,

salientou que, ao lado de outros docentes,

levou algumas turmas ao Museu de Ciências

da PUCRS, para que elas pudessem buscar

inspiração.

Os estudantes não são obrigados a

participar, e é feita uma seleção prévia dos

trabalhos. Mesmo assim, o salão da escola

estava lotado. Entre os temas, drogas,

astronomia, nova gripe, bombas atômicas e

captadores.

O diretor, Ir. Alvimar D'Agostini, lembra que

muitas vezes os jovens não têm a chance de

assumir o papel de professor. Mas, na

Expocol, são eles que ensinam aos colegas.

E o melhor: de uma forma lúdica.

A exposição aconteceu entre os dias 15 e 18

de julho. Cada dia foi destinado a um grupo:

Educação Infantil a 4ª série, 5ª a 8ª série do

Ensino Fundamental, e Ensino Médio.

A

Expocol 2009 promovemomentos de aprendizado prático

26.PS

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 18:18:32

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Page 27: Revista Integração Ed. 104

Experiência

SACOLA VIAJANTEPor Silvia Dewes

Assessora de Comunicação do Colégio La Salle Medianeira - Cerro Largo/RS

evar um mundo de conhecimento para

casa já tornou-se hábito para os

estudantes do 1º ano do ensino

fundamental do Colégio La Salle Medianeira.

Toda semana uma dupla de alunos escolhe os

livros que deseja levar para compartilhar do

prazeroso universo da leitura com os pais. A

iniciativa integra o projeto Viajando na Sacola

Mágica da Leitura, desenvolvido pela

professora Ana Cristina Fritzen.

O projeto nasceu da percepção das

dificuldades de leitura de alguns estudantes e

da consciência do prazer que as histórias

proporcionam às crianças. A professora

também sentia o receio que a turma tinha na

hora de contar uma história e o esforço que

cada um fazia para superar suas inibições.

“Com o projeto percebi que eles ficaram mais

seguros e felizes na hora de apresentar-se para

os colegas”, conta a professora.

Nas sacolas, que os estudantes ajudaram a

confeccionar em sala de aula, também vai um

caderno de registros, no qual cada leitor anota

suas impressões das obras lidas e reconta a

história preferida através de textos, colagem de

figuras ou desenhos. No retorno à escola, os

estudantes relatam sua experiência familiar

com os livros e apresentam sua criação aos

colegas usando materiais recicláveis. São

personagens que viram bonecos e cenários que

ganham forma pela imaginação e criatividade

das crianças. A participação dos pais é outro

estímulo para a garotada ler. “Essa integração

familiar em torno do livro desperta ainda mais o

prazer em ler. O envolvimento da família em

casa também possibilita aos pais perceberem

o modo como os filhos desenvolvem a leitura e

se relacionam com os textos, estimulando-os

na tarefa de ajudar a criança a superar suas

dificuldades ”, afirma a educadora.

Os pais receberam com entusiasmo a ideia.

“Achamos ótimo! É uma bela ideia fazer a

família toda ler bons livros”, afirmou Marli

Muders, mãe da estudante Gabriela Muders

Villetti, que leu com a família o livro O Tesouro

da Raposa. “A casa da raposa era seu tesouro e

ela ensinou aos outros animais a construir

também os seus tesouros”, contou a estudante

sobre o que aprendeu com a história.

“Achamos muito legal. Essa ideia é

maravilhosa. Os alunos aprendem bastante e

os pais também participam”, destaca Ana

Amélia Both, mãe de Patrícia. “Achamos o

projeto muito bom, pois envolve a família nas

leituras e estimula o aluno a gostar de ler e

interpretar os textos”, destacou Vera Spohr,

mãe de Leonardo, que cursa hoje o 3º ano do

ensino fundamental e participou do projeto no

ano passado.

Os resultados em sala de aula foram tão bons

que estudantes e professora querem dar

continuidade ao projeto no segundo semestre,

propondo novas atividades de envolvimento

lúdico com a leitura. “A ideia é que cada

estudante possa dar vida às obras e refletir

sobre o que leu através da confecção de jogos,

como o dominó ou memória, ou mesmo

planejando um caça-palavras sobre o assunto”,

explica Ana Cristina. No final do ano, um livro

será montado com as histórias ilustradas pelos

alunos e exposto em uma Feira da Criatividade,

onde os pais poderão apreciar todo o trabalho

desenvolvido.

L

27Revista Integração • Novembro 2009

27.PS

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 18:21:32

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Page 28: Revista Integração Ed. 104

Experiência

Por Tatiane Amaral, Tatiane Fernandes e Vanessa Catto

Professoras do Colégio La Salle Niterói - Canoas/RS

Experiência

28 www.lasalle.edu.br

As aventuras do Sítio

do Picapau Amarelo

abemos que a Educação Infantil

representa a primeira experiência de

educação escolar vivenciada pela

criança porque é nessa fase que inicia o

processo de aquisição do conhecimento formal

e de integração com o mundo que a cerca,

através da interação social. Nesta perspectiva

a Educação Infantil determina a passagem de

um contexto familiar para outro universo

social: a escola.

Brincando, a criança experimenta, descobre,

inventa, exercita e aprende com maior

facilidade. Desperta a curiosidade, sendo

estimulada a ter iniciativa, autoconfiança,

desenvolvendo a aprendizagem, a linguagem, o

pensamento e a concentração. Desta forma, o

trabalho pedagógico é desenvolvido

objet ivando a construção de novas

significações, para que a vivência na Educação

Infantil dê ênfase à participação ativa da

criança em experiências de aprendizagens

significativas. Buscamos a reestruturação do

conhecimento existente, o envolvimento com

atividades lúdicas, construtivas, para que

desta maneira, a criança compreenda a si

mesma, tornando-se mais independente e

autônoma, e consequentemente, consolide o

seu desenvolvimento intelectual. De acordo

com os Planos de Atividades propostos pela

Província Lassalista e em consonância com a

legislação vigente “mais importante do que a

aquisição de conhecimentos teóricos é o

exercício prático da sociabilidade, do

companheir ismo, da cooperação, da

criatividade, da convivência e da expressão da

religiosidade, educando as crianças na

autoconfiança, autonomia e auto estima”.

O Projeto Criando e recriando as aventuras do

Sítio do Picapau Amarelo, do Colégio La Salle

Niterói, tem como objetivo central oportunizar

aos educandos o conhecimento literário da

obra de Monteiro Lobato, criando um espaço de

interdisciplinaridade e reflexão sobre as

características da linguagem escrita,

promovendo situações lúdicas de leitura e

escrita.

Iniciamos o projeto como uma atividade em

homenagem ao dia do Livro, mas o interesse e

a curiosidade das crianças foram aumentando

gradativamente e o envolvimento das famílias

também. A partir desse interesse ampliamos

as atividades realizando um paralelo com os

conteúdos abordados em cada nível da

Educação Infantil. Dessa forma estamos

desenvolvendo os conteúdos previstos através

de situações de aprendizagem significativas e

prazerosas para os educandos. A partir dos

estudos da obra e do autor percebemos que a

preocupação de Monteiro Lobato com a

educação brasileira veio ao encontro

dos nossos objetivos, pois ele já se

preocupava em trabalhar de uma forma

contextualizada as suas histórias. Através da

interdisciplinariedade de suas obras, que têm

um incrível valor didático, nos sentimos

motivadas e desafiadas a buscar novas

metodologias.

Até o presente momento observamos que o

projeto acionou nos alunos um entusiasmo

em relação às atividades propostas. Esta

postura dos alunos também está contagiando

as famílias. E, assim, o que era uma simples

atividade cresceu e transformou-se em um

belo projeto pedagógico. Depois de muitas

horas de “falação” e com toda a inquietação

típica da infância que até pareciam estar com

a “fala recolhida”, a Educação Infantil do La

Salle Niterói se encantou ao conhecer o

trabalho de um dos maiores autores da

Literatura Infantil, Monteiro Lobato.

Como educadoras lassalistas almejamos que

o nosso trabalho com os alunos seja sempre

assim: divertido, repleto de inquietação e que

proporcione para nós, e principalmente para

eles, a possibilidade de criar, recriar e cada

dia, juntos, descobrirmos algo novo!

S

As aventuras do Sítio

do Picapau Amarelo

28.PS

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 18:24:02

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Page 29: Revista Integração Ed. 104

Experiência

A voz dos alunos no recreioPor Raphaela Donaduce Flores

Assessora de Comunicação do Colégio La Salle Dores - Porto Alegre/RS

ma iniciativa do Colégio La Salle Dores

vem colhendo bons frutos no que diz

respeito à comunicação entre alunos e

escola. É a Rádio FalaDores, que estreou sua

programação em junho, nos recreios das sextas-

feiras. Com conteúdo exclusivamente

confeccionado por alunos, a FalaDores é uma

rádio-poste que nasceu com um principal

objetivo representar a voz dos alunos no

Colégio.

Idealizado pela assessoria de comunicação do

Colégio, o projeto teve início em maio. Foram

feitas algumas pesquisas e chegou-se à

conclusão de que os mecanismos de

comunicação utilizados com os alunos não

estavam sendo satisfatórios. Com o projeto

lançado, foi feita uma votação para escolher

quem seriam os “comunicadores” da rádio.

Foram eleitos um aluno de cada turma, da 8ª

série do Ensino Fundamental ao 3º ano do

Médio. Estes representam a voz da sua turma na

rádio. Ao todo, são oito estudantes que

“trabalham” na rádio que também ganhou um

blog ( ).

O blog foi criado para incentivar a interatividade

entre os alunos. Através dele, os demais

estudantes podem pedir músicas, fazer

sugestões de pautas, participar de promoções,

dar opiniões, fazer críticas etc.

O Programa Rádio FalaDores vai ao ar todas as

sexta-feiras, no intervalo da manhã, das 10h às

10h20min. A atração conta com diversos

http://radiofaladores.blogspot.com

Rotina de emissoras de rádio

quadros, como música, aniversariantes da

semana, dicas culturais, eventos que estão

previstos no Colégio, entrevistas com alunos e

professores, cobertura esportiva, além de

notícias da semana buscando fazer um

retrospecto dos principais assuntos debatidos

na mídia. Toda segunda-feira eles se reúnem

com a assessora de comunicação no turno

inverso ao das aulas e fazem uma reunião de

pauta. Definidas as atividades, cada aluno tem o

restante da semana para produzir seu material,

que é gravado por meio de um microfone ligado

diretamente a um computador. Depois de

editado, o programa vai ao ar, através de caixas

de som espalhadas no pátio, nas salas de aula e

nos demais espaços do Colégio.

Nos primeiros encontros, os estudantes tiveram

orientações sobre programação, segmentação e

público-alvo. Também treinaram locução e texto

para rádio e blog. Na sequência, os alunos foram

levados aos estúdios das rádios Atlântida FM e

Cidade FM, e à redação do clicRBS. Eles ainda

conheceram um estúdio profissional - TEC Áudio,

onde editaram o primeiro programa e fizeram as

vinhetas, com o apoio do músico Marcelo

Corsetti e do Relações Públicas Rafael Guerra,

que trabalha na Rádio Gaúcha.

A experiência com veículos de comunicação já

despertou nos alunos a vontade de ir além. Dois

Primeiros encontros

Revelação de novos talentos

deles querem prestar vestibular para

Comunicação Social no final do ano. Um deles

para Publicidade e Propaganda e outra para

J o r n a l i s m o . ” É u m a o p o r t u n i d a d e

superimportante. Estou aprendendo a ser uma

radialista, o que não é nada fácil. Também posso

exercitar a carreira que pretendo seguir, que é da

notícia escrita, pois posto matérias no blog.

Estou adorando participar! É um projeto que

todas as escolas deveriam adotar para

incentivar os alunos”, comenta Nathália

Carapeços, estudante do 3º ano do Ensino

Médio que vai prestar vestibular para Jornalismo

no final do ano.

A ideia de uma rádio interna é inspirada na

extinta Rádio Dorense que décadas atrás

revelou talentos como o jornalista Cláudio Brito.

Em uma entrevista com a assessora de

comunicação, no programa Gaúcha 19 Horas,

Brito contou que foi na época em que estudava

no La Salle Dores que despertou para a carreira

jornalística. “Em 1962, no estúdio que havia lá

no porão do Colégio junto ao pátio, havia um

equipamento de som, vários alto-falantes e,

diante daquele microfone eu comecei minha

trajetória como comunicador na Rádio Dorense”,

conta Brito. Além dele, diversas personalidades

conhecidas da imprensa já passaram pelo La

Salle Dores. Cristina Ranzolin, Rogério

Mendelski, Família Mendes Ribeiro e Flavia Mur

são alguns exemplos.

Exemplos de sucesso

U

29Revista Integração • Novembro 2009

29.PS

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 18:25:11

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Page 30: Revista Integração Ed. 104

Experiência

Por Setor de Marketing

Rede La Salle

Experiência

30 www.lasalle.edu.br

19º Encontro de

Jovens Lassalistas

o dia 26 de setembro, cerca de 400

jovens lassal istas invadi ram

Xanxerê/SC para celebrar o 19º Encontro de

Jovens Lassalistas, que ficou marcado pelo

tema “Jovem Lassalista, semente da paz” e

pelo lema “A semente que nasce é vitória da

paz”. Embalados pela música de Jorge

Trevisol “Eu creio na semente”, os jovens da

Pastoral da Juventude Estudantil Lassalista

mostraram a beleza de ser protagonista num

mundo onde há tanto individualismo.

O Encontro foi sediado pelo Colégio La Salle

Xanxerê, que recebeu a juventude com muito

entusiasmo e alegria, destacando-se pelo

seu excelente grupo de teatro que fez todos

pensarem sobre a questão da violência que

se apresenta de diferentes maneiras. O

Encontro também proporcionou momentos

de troca de experiências entre os 41 grupos

de jovens que se fizeram presentes, e levou

até Xanxerê organizações parceiras que

mostraram seus trabalhos para combater a

criminalidade e a violência juvenil.

Para encerrar, os jovens participaram de um

momento de mística, receberam lembranças

e curtiram um show com a banda Caus

Restrito. Acreditamos que este Encontro

entusiasmou a juventude lassalista para

continuar semeando a paz nos diferentes

espaços onde atuam, e que este Encontro não

é um acontecimento isolado, ele fomenta a

transformação e novas atitudes no meio

juvenil!

O Encontrão também aconteceu no Colégio La

Salle Núcleo Bandeirante-DF. O grande evento

reuniu jovens de Manaus, Sobradinho, Brasília

e Núcleo Bandeirante com três dias de

atividade, de 25 a 27 de setembro.

No Distrito Federal

N

19º Encontro de

Jovens Lassalistas

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quarta-feira, 11 de novembro de 2009 23:14:41

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Page 31: Revista Integração Ed. 104

Experiência

A experiência Lassalista

na educação dos chilenosPor Setor de Marketing

Rede La Salle

Já faz algum tempo que ouvimos falar na

reestruturação das Províncias Lassalistas de

Porto Alegre e São Paulo, e da Delegação

Lassalista do Chile. As instituições do Brasil - e

sua atuação - já conhecemos bem. Mas até

então ainda tínhamos pouca noção da

presença da Rede La Salle no Chile. A Revista

Integração foi atrás de alguns dados para

entendermos um pouco mais sobre a realidade

lassalista naquele país e aproveita para, três

anos antes da reestruturação, desejar boas-

vindas aos colegas chilenos. Afinal estamos

todos juntos na missão lassalista de educar

para a vida, seja no Brasil, no Chile ou em

qualquer lugar onde existe alguma unidade De

La Salle.

Há 138 anos os Irmãos Lassalistas estão

presentes no Chile. Hoje, são sete obras

educativas no país, sendo três colégios pagos e

quatro com participação do Estado. Ao todo,

são 500 colaboradores lassalistas que

atendem atualmente três mil alunos. “Nossos

números não são como os que vocês vivenciam

Presença no Chile

no Brasil, porém o trabalho para garantir uma

educação de qualidade é igualmente árduo”,

afirma o assessor educacional da Delegação

Lassalista do Chile, Santiago Amurrio.

Conforme ele, os Irmãos sempre tiveram

influência importante na educação dos

chilenos, inclusive na mudança que aconteceu

na década de 70, quando o governo do Chile

aumentou o período em que o estudante está

na educação básica de oito para 12 anos.

Segundo Amurrio, as obras educativas da Rede

La Salle no Chile primam pela excelência no

ensino e estão entre as melhores instituições

educativas do país, segundo os diferentes

rankings de avaliação. “Além das pesquisas,

temos a visão da sociedade que percebe que os

nossos colégios proporcionam formação plena,

incentivando a formação de líderes e

preparando os jovens para desempenharem

funções na sociedade através de valores

fortes”. Como no Brasil, o assessor enfatiza

que o trabalho visa ao desenvolvimento

integral. “A pessoa do aluno e as famílias são

Desenvolvimento Integral

fatores fundamentais. Trabalham em conjunto

com os colégios, formando pessoas com papel de

liderança na sociedade e com uma visão cristã do

mundo.”

Conforme Amurrio, a unificação das Províncias do

Brasil com a Delegação do Chile será um processo

tranquilo, pois são caminhos comuns percorridos.

“Com isso, pais, alunos e colaboradores sentirão,

de fato, a presença de uma Rede mundial de

ensino”.

Unificação das Províncias

Portal La Salle Chile

Obras Lassalistas no Chile

www.lasalle.cl

- Colegio De La Salle La Reina - Santiago

- Instituto De La Salle La Florida - Santiago

- Colegio San Gregorio - Santiago

- Escuela San Lazaro - Santiago

- Colegio De La Salle Talca

- Colegio De La Salle Temuco

- Escuela Francia Temuco

31Revista Integração • Novembro 2009

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009 17:33:45

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Page 32: Revista Integração Ed. 104

Capa

Formando professores

Jornalista -

Revisão de Conteúdo

Tiago Schmitz

Setor de Marketing da Província Lassalista de Porto Alegre

: Ir. Nelso Bordignon

O ano de 2009 foi marcado pelo debate sobre as

mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio. Segundo o

Ministério da Educação, processo fundamental para que

as escolas passem a trabalhar em sala de aula questões

relacionadas ao raciocínio lógico, boa escrita, boa oralidade, cultura,

cidadania, valores, respeito ao meio ambiente, aptidão às

tecnologias, entre outras. Nas unidades da Rede La Salle exigências

como estas sempre foram realidade. Mas, oferecer uma estrutura

pedagógica que contemple tais necessidades fundamentais

depende, e muito, do perfil de educador que mantemos em nossos

ambientes educativos.

A , através de entrevistas e pesquisas sobre o

assunto, apresenta alguns recortes sobre a formação do educador

lassalista diante dos novos desafios da educação no século XXI. Se

desejamos formar pessoas com conteúdo, também buscamos

formar professores preparados para as demandas da sociedade.

O avanço dos conhecimentos, especialmente da ciência e da

tecnologia nos aponta para um futuro pleno de mudanças, e nos

coloca frente a frente com os conflitos e problemas do mundo

contemporâneo, que tendem a aumentar a cada dia. Conforme o

Irmão Lassalista e diretor geral da Faculdade La Salle Lucas do Rio

Verde-MT, Nelso Antonio Bordignon, os sistemas de transformação

de inovação em tecnologias são muito rápidos e nos países onde as

universidades e os sistemas educacionais estão integrados às

indústrias e à sociedade, elas se tornam centros de pesquisas e

inovações tecnológicas inseridas nas salas de aula. “No entanto,

esta mesma capacidade de transformação de conhecimentos sobre

educação em novos processos educativos e pedagogias não ocorre

na mesma proporção. Ainda prevalecem nos cursos de licenciatura

as linhas de montagem – disciplinas estanques, metodologias

Revista Integração

Avanços da sociedade

tradicionais e organizações matriciais”, destaca. Segundo

Bordignon, que também é doutor em educação, na contramão da

evolução está o sistema legislativo educacional, sumamente

burocrático. “Lembrando que, segundo Weber, a burocracia progride

na medida em que reprime as qualidades humanas”.

Os avanços tecnológicos têm, em contrapartida, provocado

mudanças em muitas carreiras. Na área de Educação, por exemplo,

tantos avanços fizeram surgir um novo perfil de aluno e por

consequência de professor. Segundo o Conselho Nacional de

Educação, em 2006, os parâmetros curriculares dos cursos de

licenciaturas e de pedagogia preveem a inclusão da pesquisa, a

análise e a aplicação dos resultados de investigações de interesse

da área educacional, além da produção e difusão do conhecimento

científico-tecnológico, em contextos escolares e não-escolares.

“Mas nem todas as instituições formadoras de educadores

conseguem atender a estas exigências e os professores não

desenvolvem tais competências”, avalia.

Ele acredita que o novo modelo pedagógico do paradigma evolutivo

deve compreender as dimensões técnicas de interatividade,

comunicação, sistematização e agilidade das novas tecnologias, das

competências e habilidades de autonomia, auto-organização,

curiosidade e outras despertadas, sem deixar de fundamentar numa

antropologia que integra a dimensão afetiva, a cognitiva e a conativa

na formação integral da pessoa, e a preparação do aluno para esta

nova realidade. Bordignon também lembra que convém agregar, aos

processos pedagógicos em sala de aula, as descobertas sobre o

cérebro humano e formas de conhecimento, buscando reelaborar os

estágios de desenvolvimento cognitivo propostos por Piaget à luz das

novas interações de aprendizagem.

O professor do futuro

32 www.lasalle.edu.br

com conteúdoO Educador Lassalista | O Professor do Futuro | A Formação Permanente

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 18:08:33

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Page 33: Revista Integração Ed. 104

Capa

Revista Integração • Novembro 2009 33

Para quem é Lassalista,

formar pessoas com conteúdo

é formar cidadãos transformadores

para o mundo.

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Page 34: Revista Integração Ed. 104

Capa

34 www.lasalle.edu.br

Capacitação

Provocar a interface entre a capacitação

teórica, experiências práticas e formação

humana é um dos deveres das universidades,

conforme ressalta Bordignon. “A academia,

em suas diversas instâncias de graduação e

pós-graduação, tem a função de inspirar as

novas teorias, a discussão e análise de sua

aplicabilidade através de tempos de

experiência e pesquisas inseridas na

realidade na qual acontece a educação”. O

diretor apresenta dados de uma pesquisa da

UNESCO, realizada em 2004, sobre conceitos

de educação. “Ao serem perguntados sobre os

conceitos de educação como ‘transmissor’ de

c o n h e c i m e n t o o u ‘ f a c i l i t a d o r ’ d e

aprendizagem, a pesquisa da UNESCO revelou

que apenas 17,3% dos professores se vê

como transmissor de conhecimento e 79,2%

como facilitador de aprendizagem, sendo que

ainda sua intensidade varia em função das

condições sociais e econômicas no

desempenho da docência”.

Ele explica que esta concepção tem crescido

com a implantação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB Nº 9394/96) que

reforça o conceito da educação como processo de aprendizagem,

centrada no aluno, sendo para tal necessária a preparação exigente e

esmerada do professor em sua prática educativa. “A educação

continuada na integração destas três dimensões é indispensável

para acompanhar a velocidade e a contemporaneidade do

desenvolvimento das ciências e das tecnologias, das culturas, enfim,

de tudo o que mundo , especialmente a partir do

fenômeno da globalização”.

confere à história

Trabalhar o conteúdo da disciplina escolar com eficiência, responder

às perguntas e às curiosidades dos alunos, ajudá-los a resolver

Reflexões

problemas, dar conta da violência e de todas as

dificuldades sociais que se refletem no ambiente

escolar. Estas são algumas das muitas

atribuições de um professor, hoje. Sabe-se

também que um professor não se forma apenas

nos bancos das universidades.O que se busca é

uma boa formação continuada aliada à

experiência que se ganha a cada dia com o

contato direto com os alunos. No Brasil, 68,5%

dos professores têm formação superior, apesar

disso não ser a única garantia de bom

desempenho profissional.

Em entrevista à Revista Escola, da Editoria Abril,

a professora do departamento de educação da

Universidade de Campinas (Unicamp), Maria

Márcia Malavasi, destaca que o professor ideal

para os tempos atuais deve ter passado por um

bom curso de graduação, com projeto

pedagógico consistente, que forneça cultura

ampla e não fique restrito aos conteúdos

disciplinares. “A continuidade dos estudos é

fundamental. Um bom professor jamais poderá

deixar de ler, de fazer cursos e frequentar

palestras”, explicava ela na publicação.

Saber lidar com a diversidade também é um ponto fundamental para

ser um bom professor. Diferenças físicas, sociais e culturais estão

mais do que nunca presentes na sala de aula, e a graduação não

consegue contemplar todos os problemas que o profissional vai

enfrentar durante o exercício da profissão. “Precisamos de

faculdades que consigam levar em conta a realidade da comunidade

na hora de formar educadores. Mas, infelizmente, a maioria não

consegue fazer isso”, avaliou Márcia. Segundo a professora, dar

aula é um fazer que se aprende ao longo dos anos e os quatro anos

de graduação não bastam. “Quanto maior a aproximação do

estudante de pedagogia ou licenciatura com a sala de aula, melhor”,

considera.

Para pensar

“A academia, em suas

diversas instâncias de

graduação e pós-graduação,

tem a função de inspirar as

novas teorias e a discussão

e análise de sua aplicabilidade

através de tempos de

experiência e pesquisas

inseridas na realidade na qual

acontece a educação”

Ir. Nelso Bordignon

Doutor em Educação

Fonte: Censo Escolar da Educação Básica 2007

A Formação do Professor no Brasil

> 61,7% são graduados com licenciatura.

> 6,8% não estuda licenciatura.

é a média de idade do professor

da educação básica.> 38 anos

> 82,1%dos professores cursaram

Magistério no ensino médio.

A Formação do Educador Lassalista

> 92,78% são graduados com licenciatura.

> 54,07%têm especialização, mestrado

ou doutorado.

têm idade entre 25 e 40 anos.> 56,56%

> 70%participa dos diferentes programas

de formação Lassalistas.

Fonte: Avaliação dos Profissionais Lassalistas, 2009

(Província Lassalista de Porto Alegre)

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Page 35: Revista Integração Ed. 104

Capa

Revista Integração • Novembro 2009 35

Educando para educar

Formação Permanente

Pensar o professor como um educador que passa a vida se

educando para bem educar é uma premissa de São João Batista de

La Salle. O próprio Projeto Pedagógico Lassalista comprova que o

perfil do educador que se deseja é aquele que busca formação

permanente. “Desenvolvemo-nos no ensinar e educar, através da

formação permanente, da pesquisa e da investigação pedagógica.

Nossa ação educativa é focada na aprendizagem, na apropriação e

produção do conhecimento e na formação humana e cristã dos

educandos”. O projeto enfatiza que na função de

educadores lassalistas, o professor caracteriza-se

por ser competente, ético e zeloso pelo crescimento

integral dos educandos.

E pode-se dizer que a formação integral de

professores foi uma das maiores contribuições

deixadas por São João Batista de La Salle à

educação. Por isso, em uma ação inovadora para a

época, reuniu um grupo de educadores de Nyel em

sua própria casa para dar início a um processo de formação

espiritual e pedagógica, que revolucionou os moldes educativos.

Esse passo corajoso de La Salle, com referência à formação de

professores, registrado em publicações sobre vida e obra de São

João Batista de La Salle, foi crucial para elevar o nível educativo na

França, valorizar a pessoa do educador e disseminar a ideia que

temos hoje, de que o processo formativo é permanente, e que

precisa atingir, ainda, outros níveis da pessoa: espiritual,

emocional, humano, social, na sua complexidade e sutileza.

Um dos exemplos atuais desta busca pela formação permanente é

o Programa 2 de Formação de Colaboradores Lassalistas onde,

livremente, colaboradores se dispõe a fazer sua formação

continuada. O processo desenvolve-se através de quatro etapas

realizadas em período de recesso escolar (janeiro – julho), durante

dois anos. Cada módulo tem duração de 05 dias, sendo que os três

primeiros são compostos de 40 horas, e o último de 22 horas,

totalizando, no mínimo, 142 horas de atividade. Todos os módulos

são realizados em modalidade de retiro tendo como foco a

interiorização e o conhecer a si mesmo. É organizado de forma que

propicie momentos de silêncio, de acolhimento das próprias

fragilidades e também as do outro, de reflexão, de partilha de

experiências, de escuta, de aceitação da pessoa

humana com limites e potencialidades, e do

estímulo à identificação e superação das

limitações em todo o processo, levando, assim, a

um maior amadurecimento humano, espiritual e

cristão.

Ao se investir no desenvolvimento da pessoa, nos

seus diversos níveis, em um mundo em mudanças,

exigem-se sempre competências renováveis, e a

Rede La Salle, ciente disso, pensa em formação condizente com as

exigências atuais, que demandam do indivíduo competências

diferenciadas. A intenção do Programa 2 é de propor uma parada

para a busca da integração de valores, resgatando na pessoa a

capacidade de amar, de acolher e de se solidarizar com outro para

termos sempre melhores profissionais nas instituições lassalistas,

preocupados com o bem-estar do aluno em sala de aula e dos

indivíduos na sociedade. Na sua essência, tanto com os

colaboradores, quanto com os estudantes, a Rede La Salle

trabalha no desenvolvimento integral das pessoas através de

vivências, da sensibilização e do pensar no outro. Para quem é

Lassalista, formar pessoas com conteúdo é formar cidadãos

transformadores para o mundo.

Com conteúdo!

FORMAÇÃO CONTINUADA NA REDE LA SALLE

“Vocês exercem um

emprego que os coloca

na obrigação de tocar

os corações”.

Meditações de São João

Batista de La Salle

Educadores Lassalistas durante uma das etapas

do Programa 2 de Formação de Colaboradores

Educadores Lassalistas durante uma das etapas

do Programa 2 de Formação de Colaboradores

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 18:08:41

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Page 36: Revista Integração Ed. 104

Especial

DICAS PARA APROVEITAR

Muitos pais ficam apreensivos quando as férias se aproximam. O

que fazer com as crianças em casa? A apreensão é legítima,

principalmente se os pais trabalham e não tiram férias no mesmo

período. A traz uma lista de algumas sugestões

para que as crianças aproveitem bem esse período de descanso e

lazer.

As Colônias de Férias das escolas e os projetos de verão podem ser

uma boa opção. As crianças ficam em contato com outras crianças,

de idades diferentes, e as atividades são variadas. Os clubes,

museus, parques e escolas têm oferecido diferentes opções como

oficinas de teatro, artes plásticas, culinária, jardinagem, vários

tipos de esportes, caminhadas ecológicas etc. Apesar das colônias

de férias serem interessantes, vale reservar um tempo para ficar

em casa, sem fazer “nada” mesmo. Ver televisão, reencontrar

brinquedos esquecidos, um cantinho misterioso, um armário nunca

antes explorado, fazer uma receita, ler um livro ou gibi. As

possibilidades são inúmeras.

As férias escolares são também uma excelente oportunidade para

atividades em família. Mesmo quando os pais não têm a

possibilidade de tirar férias no mesmo período, é importante tentar

negociar um horário, como sair mais cedo ou chegar mais tarde. Um

piquenique em um parque da cidade ou visitar algum ponto turístico

local. Uma outra sugestão é levar as crianças/adolescentes a

atividades culturais como museus, exposições, cinema, teatro,

shows de música etc. Muitas vezes durante o período de aulas, na

correria do dia a dia, acaba não sobrando tempo para isto.

Quanto mais ricas e diversificadas forem as experiências da

criança e do adolescente, mais “conexões” eles poderão fazer.

Oferecer essa variedade de experiências, afetivas e intelectuais, é

uma forma de oferecer mais ferramentas para lidar com a vida,

presente e futura.

Com muito tempo livre e longe do colégio, a

garotada só quer aproveitar o verão. Preservar a qualidade no

hábito alimentar das crianças requer esforços multiplicados.

Procure manter a rotina. Horário para acordar, para fazer

as refeições, para se divertir e para dormir.

Se possível, faça com que a criança mantenha uma

atividade física, a fim de evitar o computador e o videogame.

No verão, quanto mais líquidos melhor, mesmo no horário

do lanche. Abuse de vitaminas com leite e frutas ou de sucos super

nutritivos.

Revista Integração

Alimentação Saudável:

Horários:

Mexa-se:

Líquidos:

Nada de exageros:

Matemática sem dor:

Nunca diga nunca:

A refeição ideal não deve misturar muitos

sabores e nem conter muito tempero. Mas é importante deixar o

prato colorido para chamar a atenção dessa galerinha.

Não encha o prato da criança, pois seu

estômago é pequeno. O ideal é aumentar gradativamente. Fracione

as refeições em seis ao longo do dia e procure variar, para que eles

não enjoem.

O correto é impor limites e dizer porque naquele

momento ela não poderá comer certo alimento. Doces,

guloseimas, refrigerantes e pizza podem até ser liberados aos

finais de semana.

LEIA MAIS!!

Ai Vem Os Backyardigans, de Janice Burgess

Neste livro, os Backyardigans apresentam uma aventura

com imagens que interagem de uma página a outra. A

busca de Uniqua por seu amigo Pablo se transforma numa

aventura cheia de fantasia quando ele visita o deserto, a

selva e um navio pirata.

As Aventuras Do Capitão Cueca, de Dav Pilkey

Com este livro você vai conhecer Jorge e Haroldo, uma

dupla de garotos legais. Além de pregar peças nos outros,

o que eles mais gostam de fazer é criar suas próprias

histórias em quadrinhos.

Fala Sério, Amor!, de Thalita Rebouças

Malu, a Maria de Lourdes, moradora da Tijuca, filha da

Ângela Cristina, está de volta para contar suas

descobertas amorosas desde a infância até o fim da

adolescência. E a menina está afiada. Sorte das leitoras,

que certamente vão se identificar com as muitas alegrias

e furadas.

A Terra das Sombras, de Jenny Carroll

Falar com um fantasma pode ser assustador. A jovem

Suzannah seria uma adolescente nova-iorquina comum,

com seu indefectível casaco de couro, botas de combate

e humor cáustico, se não fosse por um pequeno detalhe.

Ela conversa com mortos. Um dom nada bem-vindo e que

a deixa em apuros com mãe e professores. Como

convencê-los da inocência nas travessuras provocadas

por assombrações?

Dicas de Leitura da

REDEBILARede de Bibliotecas Lassalistas

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 18:47:54

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Page 37: Revista Integração Ed. 104

Diário de Classe

www.revistaintegracao.com.br37Revista Integração • Novembro 2009

Envie seu “Diário de Classe” para [email protected]

Colégio La Salle Caxias/RS

O Colégio La Salle Caxias participa, desde 2008, do Programa

Miniempresa com alunos da 2ª série do Ensino Médio, uma

ação promovida pelo Departamento de Jovens Empresários da

Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC

Jovem), com apoio da Associação Junior Achievement e

Parceiros Voluntários de Caxias do Sul. Dentro da programação

que iniciou em maio de 2009, o CIC Jovem realizou no final de

semana de 18 e 19 de julho a Feira da Miniempresa, na Praça

de Eventos do Shopping Iguatemi Caxias. Durante a feira, os

alunos tiveram a oportunidade de oferecer seus produtos,

vivenciando aspectos empresariais como preparação do ponto

de venda, oferta, comercialização e atendimento aos clientes.

O nome dado para a Miniempresa é LE BONETE.

Parabéns pela participação, empenho e comprometimento dos

alunos participantes!Para auxiliar na escolha ou na busca de um caminho, o Colégio La Salle

Canoas promoveu uma semana de preparação para o Vestibular,

Enem e mercado de trabalho. A atividade foi realizada na semana de

06 a 10 de julho e o evento esteve voltado aos estudantes das turmas

de 2ª e 3ª séries do Ensino Médio do Colégio.

No primeiro dia foi realizado o SIMULADO LA SALLE/2009 que teve

como um de seus objetivos proporcionar vivência e preparação para o

vestibular, familiarizando o educando com esse momento. No

segundo dia os alunos participaram da terceira edição do Campustour

Unilasalle; eles participaram de atividades de orientação profissional,

integração e diversão no Unilasalle Canoas-RS. A empresária Lúcia

Pedroso, diretora da Cia. do Sono também conversou com os

estudantes durante a semana. A palestrante abordou o tema

“libertação é diferente de liberdade”. O objetivo da apresentação foi

oferecer a oportunidade para os alunos refletirem sobre

empreendedorismo e mercado de trabalho. Encerrando a semana, a

Psicóloga Fabiana Dalla Corte ministrou para os alunos das 3ª séries

do Ensino Médio a palestra “Como se portar em uma entrevista de

emprego”. No final a orientadora educacional do colégio, Sheila,

passou aos alunos informações sobre a proposta da UFGRS de o

Enem servir como a 10ª nota.

Preparação para o ENEM

Colégio La Salle Canoas/RS

Miniempresa Júnior

Olimpíadas Escolares 2009

Colégio La Salle Manaus/AM

O Colégio La Salle Manaus despediu-se das Olimpíadas Escolares de 2009 fazendo

bonito e conquistando o primeiro lugar no masculino e o segundo no feminino das

decisões da primeira divisão do Torneio de Basquete, no Ginásio do Colégio Pelicano,

em Poços de Calda (MG).O ouro no basquete masculino foi conquistado frente ao

Colégio Santa Cecília, do Ceará, com o placar de 42 a 31. O time feminino, Equipe

Infantil, jogou com o mesmo adversário, conquistando a medalha de prata. O judô

também foi bronze nas categorias Meio Médio 53Kg por Equipe e Individual, com o

aluno Caio Rodrigues, e Médio 58kg Equipe, com Lucas Campos.

“Ganhar o regional do JEAs foi uma honra para o Colégio, mas ser medalha de ouro,

prata e bronze nas Olimpíadas Escolares é uma honra que o La Salle traz para o

Amazonas”, relata o diretor do La Salle Manaus, Ir. Antônio Cantelli, em entrevista a um

jornal local ao parabenizar seus atletas, coordenadores, professores e pais pelo

desempenho nos jogos. O Amazonas conquistou nas Olímpiadas 9 medalhas, das

quais 4 foram consquistadas pelo Centro Educacional La Salle.

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 19:00:58

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Page 38: Revista Integração Ed. 104

Diário de ClasseEnvie seu “Diário de Classe” para [email protected]

38 www.lasalle.edu.br

No 1º ano do Ensino Fundamental, a alfabetização é entendida como um processo

de apropriação do conhecimento da língua escrita, que é ampliado pela criança de

acordo com o seu desenvolvimento. O La Salle Santo Antônio prioriza uma

aprendizagem contextualizada, que desafia o estudante a pesquisar, criar e

interpretar os códigos e sinais de comunicação.

A sala de aula é um espaço de associação das aprendizagens cotidianas, que

propicia uma constante melhoria das formas de expressão, pois ler e escrever

implica muito mais que o conhecimento das letras. A Oficina do Saber, desenvolvida

semanalmente, é um momento especialmente preparado pelas professoras para a

integração das turmas e para o aprimoramento de aspectos motores, cognitivos e

afetivos das crianças. Os alunos são organizados em grupos que, em alguns

momentos, alteram salas, colegas e professoras da série. Essa proposta visa

dinamizar e potencializar a aprendizagem de forma a integrar ainda mais os alunos

com o processo de alfabetização.

Construção do Saber

Colégio La Salle Santo Antônio - Porto Alegre/RS

Estudantes da 1ª série do Ensino Médio, participaram de uma

atividade diferente para aprender propriedades e características

de elementos químicos. A professora de Química construiu um

jogo da tabela periódica, baseado no modelo de Denise Leal de

Castro, apresentado no XIV ENEQ.

A tabela periódica funciona como tabuleiro, e o objetivo do jogo é

descobrir qual é o elemento químico partindo de algumas dicas

sobre esse elemento. ‘‘Acredito ter sido uma experiência válida

pois os estudantes participaram e colocaram em prática alguns

conceitos e propriedades vistas em sala de aula de uma maneira

interativa’’, enfatiza a Profª Judite Scherer Wenzel. A

coordenadora pedagógica Simoni Priesnitz Friedrich destaca que

a utilização do jogo favorece de maneira significativa o interesse

pelo aprendizado. O jogo é um instrumento atraente e

estimulador no processo de construção do conhecimento,

inclusive quando se trata de aulas de Química no Ensino Médio.

Jogando com a Tabela Periódica

Colégio La Salle Medianeira - Cerro Largo/RS Colégio La Salle Canoas/RS

Sarau Literário em Canoas

Na manhã do dia 21 de julho, no Salão de Atos, ocorreu o I Sarau

Literário do Colégio La Salle. Os alunos da 2ª série do Ensino

Médio, orientados pela professora Ana Aurora Cadorin, de

Literatura, realizaram diferentes apresentações, como:

dramatizações, recitações de poesias, produções de textos e

muito mais. O Sarau é uma atividade destinada somente aos

alunos e visa ressaltar a importância da Literatura como

instrumento de construção de conhecimento e fonte inesgotável

de sensibilização do mundo que nos cerca, e da arte.

Foi um verdadeiro show de talentos, alguns alunos

surpreenderam por expressar seu lado criativo, espontâneo e

irreverente. A aula foi realmente diferente, e teve como objetivo

estimular a parte artística dos estudantes, que surpreenderam e

demonstraram suas habilidades em belíssimas apresentações.

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 19:01:23

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Page 39: Revista Integração Ed. 104

Diário de Classe

www.revistaintegracao.com.br39Revista Integração • Novembro 2009

Envie seu “Diário de Classe” para [email protected]

Os estudantes da 3ª série do Ensino Médio do Colégio La Salle

Sobradinho-DF, participaram de uma atividade diferente

envolvendo as disciplinas de Artes, Português, História e Filosofia.

Eles produziram a Revista Arte Moderna sob a coordenação dos

professores Cristina, Edileusa e Vinícius. O objetivo foi de

materializar, a partir da publicação, os principais fatos e

acontecimentos ocorridos em um período de grandes

transformações para o contexto artístico.

Arte Moderna é o termo genérico usado para designar a maior

parte da produção artística do fim do século XIX até meados dos

anos 1970 (embora não haja consenso sobre essas datas e

alguns de seus traços distintivos), enquanto que a produção mais

recente da arte é chamada frequentemente de arte

contemporânea ou pós-moderna).

O que é?

Desenhos de La Salle

Revista Arte Moderna em Sobradinho

Colégio La Salle Sobradinho/DF Colégio La Salle Xanxerê /SC

Alunos do 6º ano do Ensino Fundamental do Colégio La Salle

Xanxerê/SC, após estudarem a vida de La Salle, baseados em

fundamentos teóricos, criaram histórias sobre a vida do padroeiro

dos professores. O trabalho foi interdisciplinar, envolvendo as

disciplinas de Língua Portuguesa e Artes. Os alunos lassalistas

conheceram a filosofia e a vida de La Salle de forma mais

aprofundada e tiveram a oportunidade de expor seu trabalho a outros

colegas do Colégio através de painéis expostos nos corredores.

Todo ano, as instituições da Rede La Salle estão

promovendo uma semana com intensas atividades em comemoração

ao dia De La Salle. João Batista de La Salle, nasceu em Réims, na

França, em 30 de abril de 1651 e faleceu em Ruão, em 7 de abril de

1719. Em 1900, La Salle foi proclamado, pelo Papa Leão XIII, santo

herói nas virtudes cristãs. E em 1950, no dia 15 de maio, às vésperas

do tricentenário de seu nascimento, o Papa Pio XII o proclamou

Patrono Universal dos Professores e Educadores Cristãos. E há 57

anos se comemora esta data como Dia De La Salle.

La Salle -

Grupos Artísticos em parceria

Colégio La Salle Caxias/RS

A equipe de Educação Musical do Colégio La Salle Caxias e o Núcleo de Teatro do

Colégio La Salle Carmo estão trabalhando conjuntamente na montagem do espetáculo

de teatro e música Villa-Lobos, o menino Tuhu, inspirado na obra original de Karen

Acioly, sobre a vida e a obra do compositor, com a participação de alunos e professores

de ambas as escolas, e de convidados especiais. Como se sabe, neste ano, a

comunidade musical nacional e internacional homenageiam o compositor brasileiro

Heitor Villa-Lobos, relembrando os 50 anos de morte do maestro. Considerado um dos

músicos mais importantes do Brasil, Villa-Lobos compôs, ao longo de seus 72 anos,

mais de mil obras, na sua maioria inspiradas em melodias e ritmos folclóricos

brasileiros como cirandas, choros, serestas, modinhas. Além disso, Heitor Villa-Lobos

desempenhou papel de destaque no ensino de música no país. O espetáculo Villa-

Lobos, o menino Tuhu, portanto, visa inserir-se nesse ciclo de homenagens ao nosso

genial compositor; difundir junto à Comunidade Educativa Lassalista e à comunidade

local vida e obras do compositor brasileiro, bem como realizar atividades conjuntas

entre os Colégios em Caxias do Sul, promovendo a integração das comunidades

educativas da Rede La Salle.

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 19:02:40

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Page 40: Revista Integração Ed. 104

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Voluntariado: uma ação possível!

Colégio La Salle Santo Antônio - Porto Alegre/RS

Histórias Encenadas

Colégio La Salle Medianeira - Cerro Largo/RS Colégio La Salle Peperi - São Miguel do Oeste/SC

Ação Solidária em SC

Ingressar no mundo das histórias infantis é um exercício de

imaginação que pode ir muito além de uma simples leitura. Para os

estudantes do 3º ano do ensino fundamental do La Salle Medianeira,

a leitura de obras literárias provocou o desejo de dar vida aos

personagens de histórias como Os Três Porquinhos , Menina Bonita

do Laço de Fita e de outras criadas por eles mesmos.

A vontade de ultrapassar as páginas dos livros surgiu da declamação

de poemas, que reuniu a turma para um sarau de apresentação dos

versos que marcaram a infância dos pais. A professora Angelita

Hister coordenou o trabalho, deixando livre a escolha das histórias.

Os estudantes pesquisaram as obras de seu interesse na biblioteca

e no laboratório de informática. “A ideia foi deixar que eles próprios

contassem as histórias do seu jeito, apresentando-as para os

colegas de forma criativa”, conta a professora. Assim surgiram

fantoches, dedoches e até cenários e figurinos confeccionados de

acordo com a interpretação de cada grupo.

O trabalho foi tão diversificado que as histórias ganharam um palco

maior. Foram apresentadas para os estudantes da Educação Infantil

e Séries Iniciais em uma hora cívica diferente, onde o teatro deu

novas cores ao aprendizado literário.

Atualmente vivemos em um mundo marcado por um modelo econômico de exclusão e de

concentração de renda. Neste contexto, a escola torna-se um veículo fundamental para a

re-significação de valores e para a construção de líderes capazes de transformar a

realidade que se apresenta. Nesta perspectiva, vislumbra-se o voluntariado como

ferramenta de transformação pessoal e, portanto, social. Mais que uma tendência ou um

modismo, voluntariado é, hoje, uma realidade que beneficia não só àqueles que recebem

os seus resultados, mas também aos que praticam estas ações.

Atento a este desafio, o Colégio La Salle Santo Antônio, por iniciativa da professora de

Ensino Religioso, Marlise Germani, criou em 2009 o Voluntariado, um projeto que envolve

cerca de 25 estudantes do 7º ano. No turno inverso ao período escolar, estes jovens

realizam Oficinas Educativas e Recreativas quinzenais junto a crianças e adolescentes do

Instituto de Assistência e Proteção à Infância (IAPI) de Porto Alegre. Ao entrar em contato

com a realidade de outros jovens, também cheios de sonhos e esperanças, porém em

condição de vulnerabilidade social, nossos estudantes vivenciam situações que

oportunizam o respeito às diferenças sociais e a prática do exercício da cidadania.

A cidade de Guaraciaba-SC, nos dias 07 e 08/9, foi atingida por

um temporal com tornados e ventos que chegaram a 130 km por

hora. Dados da Defesa Civil indicam que 90% da população foi

atingida e quatro mortes foram registradas. Em virtude desta

tragédia, o Colégio La Salle Peperi, de São Miguel do Oeste/SC,

montou um ponto de arrecadação de donativos para os

flagelados da cidade vizinha. No dia 11, o diretor do Colégio, Ir.

Daniel Steinmetz, passou pelas comunidades mais atingidas em

Guaraciaba, realizando a entrega do material arrecadado. “Em

nome do Colégio, reconhecemos a contribuição dos pais, alunos,

professores, enfim, todos os que prontamente se mobilizaram

com a situação das pessoas atingidas, exercendo a nobreza de

ajudar o próximo nas suas dificuldades.” afirma o Diretor.

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 01:12:15

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Page 41: Revista Integração Ed. 104

Há quatro anos, a Jornada Literária Dorense vem realizando uma

série de atividades culturais no Colégio La Salle Dores.

Envolvendo alunos, ex-alunos, pais, professores, funcionários,

escritores, músicos e a comunidade em geral, a ação visa

estimular o hábito da leitura, fazendo com que este se espalhe

de maneira prazerosa e divertida. A edição deste ano aconteceu

em junho e faz parte do projeto Ciranda da Leitura.

Uma intensa programação teve início no dia 23/06 e se

estendeu até dia 26/06. Durante estes três dias, os alunos

saíram das salas de aula e se mobilizaram para participar de

diversas atividades como palestras, bate-papos com escritores,

apresentações de ballet, dramatizações de peças teatrais, Hora

do Conto, espetáculos musicais dentre outras.

O vocalista do Nenhum de Nós, Thedy Corrêa, foi o ex-aluno

homenageado na edição deste ano da Jornada Literária

Dorense. Emocionado, Thedy lembrou os anos em que estudou

no Colégio e disse que foi no La Salle Dores que aprendeu a ser

persistente, a acreditar nele mesmo e que o sonho de ter uma

banda surgiu nos corredores desta escola.

“Eu encontrei os caras do Nenhum de Nós aqui nos corredores

deste prédio. Eu falo tudo isso porque este colégio foi muito

importante pra mim. Eu morava aqui na frente e desde pequeno

eu já sonhava que eu iria estudar aqui. E este Colégio foi tudo

para o Nenhum de Nós. Se não existisse o Dores, não existiria a

banda”, revelou Thedy.

Os alunos fizeram diversas homenagens ao músico. O 4ª ano

criou uma coreografia para uma das canções do Nenhum de Nós;

professores e alunos interpretaram canções da banda; foi

montado um painel com desenhos que representavam trechos

de obras conhecidas e ainda foi feita uma apresentação com

fotos antigas e curiosidades sobre a vida de Thedy. A

homenagem aconteceu no Ginásio e contou com a presença da

família do músico.

Músico Thedy Corrêa foi o ex-aluno homenageado

Química com Jogos

Jornada Literária Dorense

Colégio La Salle Dores - Porto Alegre/RS

Colégio La Salle São João - Porto Alegre/RS

A disciplina de Química está entre as mais temidas por muitos

alunos no Ensino Médio. Faz parte da tríade que grande parte dos

estudantes considera difícil, juntamente com Física e

Matemática. Como forma de dinamizar a aprendizagem dos

compostos orgânicos e funções orgânicas, a professora Ildanice

Mansan propôs o desenvolvimento de jogos. As turmas da 3ª

série do Ensino Médio descobriram que é possível, por meio de

brincadeiras como dominó, bingo, cartas e memória, aprender

habilidades e conceitos em um ambiente motivador. Estudos

teóricos e práticos apontam que as atividades lúdicas são

fundamentais para o processo de desenvolvimento das funções

cognitivas porque colaboram para a apropriação de regras e, em

especial, de conhecimentos. Os jogos desenvolvem nos alunos

seus sentimentos, pensamentos, aprendizado, seu agir e espírito

investigativo.

Diário de Classe

www.revistaintegracao.com.br41Revista Integração • Novembro 2009

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Projeto Leitura

Uma das atividades do Projeto de Leitura deste ano, desenvolvida

pelas turmas 111, 112 e 113 (1º ano da Escola La Salle Hipólito Leite),

é denominada "Arca de Noé". As professoras enfocam o lado cristão

(bíblico) da história e trabalham com contribuições do poeta Vinícius

de Moraes. Aproveitando a poesia e a música do poeta, o foco do

trabalho concentrou-se na expressão artística e corporal das crianças,

bem como a musicalidade. Há um convencimento de que estas

experiências trazem aos alunos aprendizagens significativas.

Escola La Salle Hipólito Leite - Pelotas/RS

07444_Integracao Miolo 41.ps

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 22:37:52

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Page 42: Revista Integração Ed. 104

Pensando em dinamizar as atividades da disciplina de Matemática,

a fim de despertar a consciência do potencial de raciocínio dos

alunos, surgiu o projeto Matemática...Muito além das Contas. Os

alunos de 5º, 6º e 7º anos confeccionaram jornais com cadernos de

desafios, curiosidades, cultura, história, quebra-cabeças,

horóscopo, classificados, pesquisas de opinião expressas por

gráficos e palavras-cruzadas. Tudo relacionado à disciplina. Além de

desenvolver o raciocínio lógico-matemático, a atividade estimula a

criatividade e o interesse, e contribui para conscientizar os alunos

sobre a importância do esforço e da dedicação na obtenção de bons

resultados. Considerando que o ensino da Matemática deve incluir

inúmeras oportunidades de comunicação e pesquisa, é muito

importante que os alunos possam associar materiais a sua volta e

imagens com ideias matemáticas para refletir e ampliar seus

conhecimentos, relacionar sua linguagem diária com a linguagem e

os símbolos dessa disciplina. Não basta apenas ensinar, é

necessário dar condições aos alunos na construção de seus

próprios caminhos para a resolução de situações desafiadoras.

Muito além das contas

Colégio La Salle São João - Porto Alegre/RS

Diário de ClasseEnvie seu “Diário de Classe” para [email protected]

42 www.lasalle.edu.br

Aluno vence o Freio de Ouro

Colégio La Salle Carazinho/RS

No dia 05 de setembro, o ginete e aluno lassalista Felipe

Feldmann Weber, 11 anos, conquistou o primeiro lugar na

categoria infantil masculino do Prêmio Freio de Ouro, na Expointer,

realizada em Esteio. Estudante do Colégio La Salle Carazinho, o

pequeno gaudério demonstra habilidade com os cavalos e

também ao expressar a emoção da vitória.

“Eu me emociono com a vitória principalmente por ter montado

um cavalo da nossa cabanha que eu vi nascer e que agora é meu

companheiro de corrida. Eu monto desde bebê, mas comecei a

correr aos 8 anos de idade. Mesmo assim a competição na

Expointer foi bem acirrada." Destaca.

O Freio de Ouro é a maior prova da raça Crioula e onde

podem ser comprovadas as habilidades de cavalo e ginete,

reproduzindo nas pistas os trabalhos do dia a dia no campo.

Testa-se a doma, a resistência, a docilidade, a aptidão e a

coragem, que formam a funcionalidade do cavalo Crioulo.

O que é?

Na noite do dia 24 de junho, os alunos da Escola Agrícola La Salle, de Xanxerê,

participaram de uma palestra sobre o mercado de trabalho na área. Ministrada pelo

presidente do Sindicato dos Técnicos Agrícolas de Santa Catarina – SINTAGRI, Antônio

Tiago da Silva, a atividade teve como objetivo esclarecer dúvidas sobre a profissão de

técnico agrícola e registro profissional, bem como atuais exigências e direitos no

segmento. A palestra faz parte dos inúmeros projetos desenvolvidos na Instituição,

voltados ao aprendizado teórico e prático para que o estudante esteja apto a cumprir

suas funções no setor.

A Escola Agrícola La Salle tem 32 anos de atuação e é referência na

formação técnica sendo reconhecida nacional e internacionalmente por empresas da

área. Durante os dias 24 e 25 de junho, o Setor de Marketing visitou a Instituição com o

objetivo de coletar material para divulgação interna e externa da Escola.

Saiba Mais -

Palestra na La Salle Agro

Escola Agrícola La Salle - Xanxerê/SC

42.ps

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 19:09:25

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Page 43: Revista Integração Ed. 104

Diário de Classe

www.revistaintegracao.com.br43Revista Integração • Novembro 2009

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No dia 29 de outubro aconteceu o 3º Encontro de Educação

Infantil. Na data, estudantes e professoras de Escolas de

Educação Infantil do Bairro Niterói, Canoas foram recebidos por

educadores e alunos do Colégio La Salle Niterói vestidos com a

camiseta do projeto, em clima de muita alegria.

Os alunos visitantes, com idades entre 3 e 5 anos, aproveitaram e

conheceram as estruturas da Instituição, através de oficinas

direcionadas e monitoradas de pintura, hora do conto, informática,

psicomotricidade, teatro, música e muito mais.

Participaram as Escolas de Educação Infantil Bem Me Quer,

Gotinha de Mel, Pinguinho de Gente, Amiguinhos da Natureza,

Estrela Guia, Kinder Haus, Universo Infantil, Taz Mania, Só para

Baixinhos, Turma da Xuxinha e alunos da Educação Infantil do

Colégio La Salle Niterói.

Conhecendo a Serra Gaúcha

3º Encontro de Educação Infantil

Colégio La Salle Niterói - Canoas/RS Colégio La Salle Esteio /RS

O Projeto “Viajar é aprender muito mais” tem colaborado com o

processo de ensino-aprendizagem de maneira extraordinária, pois

aproxima ensinantes e aprendentes de contextos que vão além

dos objetivos propostos. No dia 30 de setembro, o passeio à Serra

Gaúcha realizado pelas turmas da 3ª série do Ensino Fundamental

do Colégio La Salle Esteio, possibilitou o contato com novos

ambientes, manifestações culturais diversificadas e atividades

corporativas, aumentando o interesse pelos conteúdos

aprendidos e um acréscimo fantástico nas relações pessoais.

“A Escola é lugar de aprender, brincar, conhecer pessoas, cultivar

amizades e ganhar experiências diversificadas, pois todos

crescem culturalmente”, destaca a coordenadora pedagógica da

Instituição, Rosângela de Mello Maciel.

Sempre Alerta em Lucas!

Colégio La Salle Lucas do Rio Verde/MT

No dia 31 de outubro, com a participação de pais e autoridades, aconteceu a

fundação oficial do Grupo de Escoteiros CALANGO, em Lucas do Rio Verde. O

ritual fez memória da origem histórica dos Escoteiros, do grupo Calango de

Lucas, e empossou oficialmente a diretoria. Durante a cerimônia, também

aconteceram os passos das promessas da Diretoria, dos Chefes, dos

Escoteiros e dos Lobinhos - muitos deles alunos do Colégio La Salle Lucas do

Rio Verde.

O Escotismo, fundado por Lorde Robert Stephenson Smyth Baden-

Powell, em 1907, é um movimento mundial, educacional, voluntariado,

apartidário e sem fins lucrativos. A sua proposta é o desenvolvimento do jovem,

por meio de um sistema de valores que prioriza a honra, baseado na Promessa e

na Lei escoteira, e através da prática do trabalho em equipe e da vida ao ar livre,

fazer com que o jovem assuma seu próprio crescimento, tornar-se um exemplo

de fraternidade, lealdade, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina. O

lema dos escoteiros é SEMPRE ALERTA!

Saiba Mais -

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 19:11:24

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Page 44: Revista Integração Ed. 104

Unilasalle Canoas/RS

Cursos de Capacitação

Educação Superior

Faculdade La Salle Estrela/RS

Projeto RecreAção

O projeto RecreAção nasceu de uma iniciativa da Coordenação e

acadêmicos do Curso de Turismo da Faculdade La Salle, que a partir da

disciplina de Lazer e Recreação, foram incentivados a elaborar um

projeto que possibilitasse a aplicação de atividades recreativas e de

lazer com crianças.

Em Lucas do Rio Verde a Secretaria de Desenvolvimento Social, em

específico o CREAS – Centro de Referência Especializado em

Assistência Social, desenvolve um programa do Governo Federal

denominado PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil. Este

programa atende crianças carentes do município com idades entre 7 a

16 anos, sendo atualmente 25 de manhã e 29 à tarde, através de

atividades complementares.

Faculdade La Salle Lucas do Rio Verde/MT

A Faculdade de Tecnologia La Salle Estrela, com objetivo de tornar-

se um referencial regional na capacitação e formação profissional,

oferecerá, em parceria com a Prefeitura Municipal, o Curso de

Capacitação para Cuidadores de Idosos. Voltado aos beneficiários

dos programas de assistência social do município de Estrela com

idades a partir de 18 (dezoito) anos, a intenção é oferecer

formação que habilite para o cuidado de idosos, garantindo as

competências básicas de manejo de higiene, alimentação,

administração de medicamentos, bem como a compreensão das

mudanças típicas da idade adulta madura.

Entrega Domiciliar de Obras

A Biblioteca do Unilasalle Canoas inova mais uma vez ao implantar o

serviço de entrega domiciliar de obras. O serviço visa atender toda a

comunidade acadêmica, ou seja, professores, Irmãos, colaboradores,

estagiários e acadêmicos do Unilasalle. A exemplo de outros

segmentos de mercado, esse serviço oferece vantagens e facilidades,

tais como: entrega do material na residência do usuário; evita

desgaste e o inconveniente de carregar volumes muito pesados;

rapidez no atendimento, principalmente nos dias em que o acadêmico

não tem encontros presenciais na universidade; conforto e economia

para o usuário (tempo e custo de transporte).

Para utilizar o serviço é necessário fazer um cadastro, preenchendo o

Termo de Ativação do Serviço disponível no balcão de atendimento da

Biblioteca e no site da Instituição. Os empréstimos seguem as normas

de utilização da Biblioteca e os pedidos podem ser solicitados através

de formulário disponível no site ou pelo telefone. A entrega das

solicitações será através do serviço de “Motoboy” e abrangerá a região

de Canoas, Porto Alegre, Grande Porto Alegre, Vale dos Sinos, Caxias,

Torres entre outras.

A Coordenadora da Biblioteca, Cristiane Pozzebom, explica que “a

iniciativa vem ao encontro de uma tendência atual do mercado, que é a

de suprir a falta de tempo e encurtar distâncias, levando o produto

desejado até o local indicado pelo cliente”. Até o momento, não se tem

notícias desse tipo de prestação de serviço em bibliotecas brasileiras.

Dia do Contador

Em comemoração ao dia do contador, a Faculdade La Salle sediou

atividades para homenagear o profissional de Ciências Contábeis, no dia

22 de setembro. Este dia também é dedicado a São Mateus, um apóstolo

que antes de se tornar evangelizador exercia a função equivalente a de

um contador, sendo considerado padroeiro dos Contadores. A data

marca a criação do curso de Ciências Contábeis no Brasil, no ano de

1945. Atualmente, o campo de atuação do profissional contábil é amplo,

permitindo-o atuar no mercado como professor, consultor, auditor

interno e externo, assessor, analista, perito, auditor fiscal federal,

estadual e municipal . Além de gerenciar arquiteturas de sistemas de

informações internos e externos de uma empresa, pode realizar

trabalhos de perícias, auditorias internas e externas, controladoria,

planejamento tributário e consultoria.

Faculdade La Salle Manaus/AM

44 www.lasalle.edu.br

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 19:15:55

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Page 45: Revista Integração Ed. 104

Obras Assistenciais

Ação Voluntária na Missão LassalistaAção Voluntária na Missão Lassalista

A educação na região Norte e Nordeste do país clama por homens e

mulheres de boa vontade, disposição e competência para ajudar aos

professores em formação a caminharem com ânimo pelas estradas

que se apresentam como desafio. Através da resolução Nº 006/2008,

a Província Lassalista de Porto Alegre aprovou o Projeto de

voluntariado, desenvolvido nesta região, significando uma

oportunidade inigualável e marcante na vida de quem ensina e de

quem aprende.

Átila Bizarro (professor do Colégio La Salle Esteio/RS) trabalhou como

voluntário e fez história nesta parte do país. Sua presença motivadora

conduziu os professores em formação a uma viagem marcante pelo

mundo da educação, para onde viajar é muito mais que aprender, tanto

na Ilha do Marajó quanto em Presidente Médici.

O voluntariado vai além da Lei n° 9.608, que em seu artigo primeiro

caracteriza o serviço voluntário como “[...] a atividade não

remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de

qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que

tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos,

recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade”. Este

serviço oportuniza um encontro que marca a vida do educador e do

educando. Para conhecer a história de educadores que se conta no

Norte e Nordeste é importante ouvir o depoimento intitulado “Leitura

de um Educador”:

“Quem há de vir para presidente Médici, no Maranhão, trabalhar como

voluntário na Missão Lassalista, deve primeiro se libertar de todas

suas necessidades materiais. Aqui muita coisa não é necessária,

traga apenas amor e carinho. Não venha para cá trazer a discórdia, o

desânimo, a fraqueza e, principalmente, não traga a desilusão. Isso,

esse povo sofrido já tem de sobra. Seja portador dos sentimentos

mais nobres que o ser humano possa sentir. Traga o amor, a

esperança, o respeito; dispa-se de preconceitos e aprenderás a

compartilhar, e entenderás o que é viver. Traga em sua bagagem

apenas um coração aberto que seja capaz de ouvir, apenas isso,

ouça... dedique boa parte de seu tempo para aprender a ouvir quando

a boca se cala e os olhos enxergam...aqui tudo é muito intenso, se vive

muito... se estuda muito... se brinca muito...e, principalmente, se ama

muito...esse povo é muito religioso, aqui se acredita intensamente em

DEUS! Não semeie a descrença!!! E, por fim, quando estiveres indo

embora entenderás que quem aprendeu foi você o que há muito tempo

já havia esquecido: respeitar ao próximo como a si mesmo.

Obrigado por me ensinarem...e viva Jesus em nossos corações! Para

sempre!

Atila Bizarro - Colégio La Salle Esteio-RS

Através do projeto Formação de Educadores Populares e Líderes

Comunitários, objetiva-se:

- Oportunizar formação de educadores que trabalham em zonas rurais

e de difícil acesso;

- Ampliar os espaços de participação dos educadores, visando à

transformação da realidade;

- Profissionalizar educadores para o exercício do Magistério em locais

marginalizados;

- Estimular o futuro educador no esforço de superar suas deficiências

e dificuldades, projetando suas ações em prol do desenvolvimento da

sociedade, garantindo sua auto-sustentação;

- Elevar o nível de qualificação da educação nos Estados do Maranhão

e do Pará, através da formação de professores.

Para atender a tantos objetivos e oferecer uma educação de qualidade

é importante contar com o auxílio de outros Lassalistas, dispostos a

fortalecer esta missão educativa, porque a aprendizagem em locais

mais necessitados deve ser atendida por professores competentes

que se disponham a compartilhar suas vivências com aqueles que não

tiveram as mesmas oportunidades que ele de formação, visando

desta forma, uma formação continuada para os educadores atendidos

por este projeto.

Por Jackson Bentes e Átila Bizarro

Centro Educacional La Salle - Presidente Médici/MA

NOVA SESSÃO!!!A partir desta edição a RevistaIntegração conta com um novoespaço de valorização dotrabalho desenvolvido na RedeLa Salle. A editoria traráassuntos relevantes sobre asobras assistenciais lassalistasde Norte a Sul do Brasil.

www.revistaintegracao.com.br45Revista Integração • Novembro 2009

45.ps

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 19:58:58

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Page 46: Revista Integração Ed. 104

Obras Assistenciais

Eles mantêm parceria com mais de 50 empresas de todo o país. Em oito avaliações

realizadas com os estudantes pelo conselho da área, em Santa Catarina, receberam

cinco primeiros lugares e três segundos entre todas as instituições agrícolas do Estado.

A Escola Agrícola La Salle, fundada em 1977, é conhecida no Brasil inteiro como

referência em formação técnica no segmento, e quem visita suas dependências tem a

certeza de que tal título não é por acaso. São 187 hectares de terra aproveitados em

sua totalidade para a prática de diferentes técnicas. A Escola funciona em regime de

internato, onde 255 jovens de diferentes regiões estudam pela manhã, realizam

práticas à tarde e voltam à sala de aula à noite. Todas as refeições são feitas no local,

que conta com 10 professores de Ensino Médio, 12 professores da área técnica, 2

técnicos agrícolas, além de nove colaboradores das áreas administrativa, serviços

gerais, cozinha e segurança.

À frente desta importante obra lassalista está o incansável diretor, Irmão Aníbal Thiele

que parece seguir exatamente os preceitos de São João Batista de La Salle ao educar

com a firmeza de pai e a ternura de mãe. Ir. Aníbal é muito respeitado entre os

adolescentes e apaixonado pela Instituição que coordena com todo o zelo possível.

Sem falar nos oito Irmãos Lassalistas da comunidade, que dedicam sua vida para dar

vida à Escola. Outro responsável pelo excelente conceito que a Instituição tem é o ex-

aluno e coordenador da La Salle Agro, Gerson Batistella. Atualmente, ele tem dedicado

grande parte do seu tempo para um projeto referência em parceria com o SEBRAE para

desenvolver pesquisas científicas junto aos estudantes em áreas como suinocultura,

bovinocultura de leite, fruticultura, cultura do trigo, olericultura, foragicultura e

agroindústria. “Estamos vivendo uma nova fase na Escola, que é a de aprender a

pesquisar e documentar todo trabalho referencial que desenvolvemos aqui”, destaca.

Segundo Batistella, a Escola Agrícola La Salle também é referência, inclusive, para

cursos de graduação da área agrícola. “Recebemos visitas de universidades da região

que se impressionam com o trabalho desenvolvido pelos nossos professores e alunos”,

afirma. O coordenador conta que na 3ª série do Ensino Médio os alunos fazem estágios

práticos e muitas empresas de diferentes localidades voltadas ao agronegócio no Brasil

selecionam profissionais formados pela Escola.

Por Setor de Marketing

Rede La Salle

Referência

Nacional

em formação

técnica

Referência

Nacional

em formação

técnica

46 www.lasalle.edu.br

46.ps

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 19:31:15

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Page 47: Revista Integração Ed. 104

Por Annick Martin

Irmão Arnaldo Mário Hillebrand

Enfermeira de profissão e associada lassalista, em Sartrouville, França

Tradução:

ertenço a um ambiente burguês. Meu

pai era arquiteto da Armada Nacional.

Digo isto, porque esse circunstancial

provocou numerosas mudanças domiciliares,

em regiões muito diversas. O que era verdade

em um lugar, já não o era em outro, e isto me

obrigava a refletir profundamente.

Aos meus 17 anos de idade estávamos na

Martinica. Ali vi um homem com as costas

dilaceradas pelos açoites que o proprietário da

plantação de cana de açúcar lhe infligira. Esse

proprietário esteve ao nosso lado na missa do

domingo. Naquele momento, eu me disse que

tinha de optar por um lado, e que urgia me situar.

Meu desejo de tornar-me enfermeira deve ter

despertado naquele momento.

Trabalhei durante dois anos, permanecendo na

casa de meus pais. Depois fui residir em Alnay-

sous-Bois ( na periferia de Paris). Era a época do

chabolismo (chabolas: cabanas ou barracos,

indício de extrema pobreza, de miséria), da

“cidade Emaus”, das mercancias de dormir

(dormitórios de miséria nos subterrâneos dos

edifícios, três pessoas na mesma cama, e

quando alguém estivesse doente eu o

encontrava no chão). Depois me apresentei

como voluntária no mais insignificante reduto da

República do Tchad, e mais tarde na República

de Camarões. Ao retornar, decidi viver com os

mais pobres na cidade, porque me parecia que

era ali que as pessoas viviam em situações mais

opressivas. Vivi em três grandes cidades. A

mais difícil de todas é a atual: a cidade de

Índias”, em Sartrouville (subúrbio de Paris).

Conforme as circunstâncias locais eu me

envolvia em alfabetização, ACI (Ação Católica da

Infância), JOC (Juventude Operária Católica),

catequese, equipe de Evangelho partilhado nos

bairros, contato com o mundo muçulmano...

Manter esse viver com, nem sempre foi fácil.

Após retornar da África cursei estudos na Escola

de Dirigentes de Enfermeiras. Depois de passar

alguns anos em reanimação cardíaca, estou

trabalhando desde há 15 anos como enfermeira

dirigente num grande centro público de idosos,

tendo conseguido um diploma universitário de

gerontologia.

Conquistei também um diploma em Teologia.

Não se tratara de ter mais um diploma, mas

como já disse, porque de acordo com os países,

parecia que as verdades não eram as mesmas, e

porque nós estamos numa Igreja na qual alguns

e r i g e m e m v e r d a d e c a n ô n i c a s u a s

interpretações pessoais.

Faz 24 anos, conheci Denis, um Irmão Lassalista

(formávamos parte do mesmo setor de Ação

Católica de Operários), e por meio dele adquiri

conhecimentos acerca de São João Batista de

La Salle. Denis adoeceu, foi hospitalizado e eu

fui designada a cuidar dele. Acompanhei-o até a

morte dele. Dadas as circunstâncias, foi um

relacionamento muito intenso. Não é nada fácil

explicar a um jovem que, dado às possibilidades

terapêuticas, não restem esperanças. Foi um

exemplo para todos os que o haviam conhecido

por sua serenidade em face da morte. Por meio

dele, e depois de sua morte, conheci a outros

Irmãos e o grupo “Irmãos no Mundo

Operário”(FMO). Vivenciávamos as mesmas

realidades. Nossos encontros, nossas revisões

de vida, os retiros...me permitiram manter os

compromissos. Esse companheirismo me deu

vontade de conhecer melhor a espiritualidade

do Fundador.

Desde há um ano, meus relacionamentos com o

conjunto dos Irmãos do Distrito, se tornaram

ainda mais importantes, tendo em vista que

formo parte da comissão técnica das casas dos

Irmãos idosos e enfermos. Por esse fato tenho

encontrado Irmãos idosos ou doentes, de oito

dessas casas. Entre parênteses, fiquei muito

impressionada pela abertura dos Irmãos, por

vezes muito idosos, à realidade da associação

partilhada com os leigos.

Solidariedade com os Irmãos no Mundo

Operário, mas também com o conjunto dos

Irmãos do Distrito da França. Diversos

encontros nacionais, o Capítulo, o trabalho nas

casas de idosos me provaram que faço parte de

um grupo mais amplo que trabalha para a

mesma Missão.

Solidariedade com outros leigos associados.

Nossos compromissos na vida, às vezes, são

muito diferentes, mas essas diferenças também

são fontes de riqueza no âmbito de uma escuta

autêntica. Associados que não se elegeram, que

são diferentes, mas que querem participar da

mesma Missão e “crescer juntos”.

O processo de Associação converte-se num

sinal e dá outro sentido ao que se vive. Ademais,

aceitar a assinatura de algo implica em certa

responsabilidade. A celebração em que emiti

meu compromisso foi um momento muito

intenso. Além da presença de numerosos

Irmãos e associados, muitos deles vindos de

longe, estavam presente pessoas de minha

comunidade paroquial, da cidade. As pessoas

com as quais convivo são gente simples,

consideram-me como parte delas, mas sabem

perfeitamente que eu poderia viver em outro

local e em outras condições. Dificilmente

entendem a noção de associação, mas, até

mesmo os muçulmanos, sentem que minha vida

adqu i r i u ou t ra d imensão com esse

compromisso.

Não estou exercendo o serviço educativo a

pobres, crianças, adolescentes, jovens e adultos

em instituição escolar. Mas vivo com todos eles

num entorno que, amiude é muito difícil. Nós nos

encontramos com jovens e com adultos e com

idosos, muitas vezes completamente

desestruturados.

- A ACI e a JOC oferecem às crianças e aos jovens

espaços de liberdade que lhes ajudam a se

construírem e interatuarem com seus pares.

Trata-se de atividades lúdicas: aprendem a

desenhar, recortar, refletir, brincar, jogar, fazer

coisas junto com outros... O clube é seu espaço

de liberdade. É também lugar de escuta, onde

podem narrar suas vidas, seus problemas.

- O concernente aos adul tos é um

acompanhamento de todos os dias: ajudar-lhes

a redigir algumas páginas, prestar atenção às

suas dificuldades, estar presente nos

momentos difíceis (e os temos acumulados!...)

partilhar com simplicidade a vida de todos.

- As pessoas idosas também estão

abandonadas por nossa sociedade moderna

ocidental. Lutar para que elas vivam

dignamente, respeitando seus direitos,

rodeados de calor humano... também isto é

serviço aos pobres.

P

A OPÇÃO DE VIVER COM

OS MAIS POBRES

REFERÊNCIAS

Publicado no Boletim FSC, Nº 250, páginas

69 e 70, na França.

Artigos

47Revista Integração • Novembro 2009

07444 - 47-56_artigos_roberto.ps

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009 09:56:37

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Page 48: Revista Integração Ed. 104

Artigos

A RESPONSABILIDADE SOCIAL

Por Ir. Jardelino Menegat

Diretor Administrativo e Ecônomo Provincial da Província Lassalista de Porto Alegre/RS

s necessidades sociais da sociedade

brasileira e a sociedade em geral nas

áreas da educação, saúde e

habitação, são maiores do que as

capacidades administrativas e orçamentárias

do governo, seja ele municipal, estadual ou

federal. O governo está consciente de suas

limitações quanto ao atendimento pleno das

necess idades soc ia is . D iante das

dificuldades, alia-se às organizações

f i l a n t r ó p i c a s , o r g a n i z a ç õ e s n ã o

governamentais e, mais recentemente, conta

com organizações privadas que promovem

ações para minimizar as carências na área

social.

A responsabilidade social, particularmente no

final do século passado e início deste novo

milênio, se apresenta como um tema cada vez

mais significativo para o comportamento das

organizações, exercendo impactos nos

objetivos, nas estratégias e na própria missão

da empresa. At ravés deste art igo

pretendemos trazer alguma contribuição no

sentido de uma melhor compreensão e da

importância da responsabilidade social, bem

como dos benefícios que ela mesma pode

trazer para as empresas quando aplicada

corretamente.

A responsabilidade social das organizações é

um dos novos fenômenos de mercado

advindos possivelmente da globalização da

economia. Ao longo dos anos tivemos a

empresa orientada sucessivamente para o

produto, para o mercado e para o cliente.

Nesta época estamos assistindo ao

movimento das empresas no Brasil também

voltadas para o social. Embora possam existir

exceções, as empresas procuram converter

os obstáculos sociais em oportunidades de

negócios; usam isto como estratégia de

marketing e como incremento de consumo.

1. Responsabilidade Social nas Empresas

2. Responsabilidade Social é uma ação

estratégica das empresas ?

A concepção de responsabilidade social por

parte das empresas vem sendo bastante

difundida. Especialmente nos países mais

desenvolvidos elas enfrentam novos desafios

impostos pelas exigências dos consumidores,

pela pressão de grupos da sociedade

organizada e por legislações e regras

comerciais que demandam, por exemplo,

proteção ambiental, produtos mais seguros e

menos nocivos à natureza e o cumprimento de

normas éticas e trabalhistas em todos os

locais de produção e em toda a cadeia

produtiva.

A responsabilidade social nas empresas não

deve ser uma ação emergencial e pontual de

ajuda social, mas sim, uma perspectiva a

longo prazo, de tomada de consciência das

empresas no sentido de incorporarem em sua

missão, em sua cultura e na mentalidade de

seus dirigentes e colaboradores na busca do

bem-estar social da população.

Há quem afirme que as empresas nada mais

estão fazendo do que pagar tardiamente uma

culpa por ter descuidado da natureza e ter

produzido tanta miséria social. Teria,

portanto, chegado o tempo de minimizar o

descuido com a natureza e com o homem por

meio de ações sociais, isto é, seria esta uma

forma de reportar-se à sociedade com ações

reparadoras, que são os projetos de

responsabilidade social.

Acredita-se que as empresas estão

aproveitando a oportunidade da necessidade

da responsabilidade social para transformar a

necessidade em uma ação estratégica. As

empresas descobriram a dimensão

estratégica da responsabilidade social, na

medida em que ela passou a contribuir para

uma maior competitividade e com a imagem

institucional positiva, e ainda, por favorecer o

estabelecimento de relacionamentos

calcados em maior comprometimento com

seus parceiros de negócio.

As empresas estão inseridas em um ambiente

de incertezas e de pressões que exigem cada

vez mais um desempenho global que promova

e f i c iênc ia , e f i các ia , e fe t i v i dade e

economicidade, que suas ações sejam

transparentes e socialmente responsáveis.

Neste contexto, nos últimos anos foram

desenvolvidas inúmeras técnicas gerenciais

direcionadas às organizações para que elas

busquem formas de garantir sobrevivência no

mercado e de maximizar os seus resultados

financeiros.

A responsabilidade social empresarial virou

uma prioridade inevitável para os dirigentes

empresariais de qualquer país, não

importando se o país está desenvolvido ou em

desenvolvimento. Os programas de

responsabilidade social empresarial são

altamente visíveis e costumam gerar

publicidade favorável para a empresa. Talvez

esta seja uma das razões dos altos

investimentos que as empresas estão

fazendo na área social.

48 www.lasalle.edu.br

A

é uma ação estratégica empresarial?

A responsabilidade social,

particularmente no final

do século passado e início

deste novo milênio, se

apresenta como um tema

cada vez mais significativo

para o comportamento

das organizações.

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Page 49: Revista Integração Ed. 104

Artigos

49Revista Integração • Novembro 2009

3. Benefícios que a Responsabilidade Social

pode trazer para as empresas

Entre os principais benefícios que a

responsabilidade social pode trazer para as

empresas podemos citar os seguintes:

Essa nova tendência no comportamento das

empresas já demonstrou, embora de maneira

empírica, que a responsabilidade social

propicia mais vendas, aumenta a fatia no

mercado, a lealdade da clientela e ainda a

motivação dos colaboradores. Já não se pode

mais subestimar a importância desta para

com os consumidores, uma vez que as opções

de compra e a competitividade em preços

aumentam dia a dia. Com o movimento a nível

mundial no sentido de responsabilização de

todos para o cuidado da natureza, do meio

ambiente e das pessoas humanas, aumenta o

compromisso das empresas para com o

social. E o consumidor cada vez mais está

atento à responsabilidade social, antes de

consumir um produto de determinadas

empresas. E com o incentivo dos governos em

exigir dos produtores que o produto apresente

o selo de origem, os consumidores

certamente vão estar atentos na hora de

escolher um produto para consumir, pois

observam com muito cuidado as empresas

que possuem maior quantidade de ações de

responsabilidade social.

- Maior valor agregado à imagem da empresa,

à marca e aos produtos e serviços. A empresa

passa a ser mais admirada pelos

consumidores atuais e potenciais, pela

comunidade, que desenvolvem atitudes

favoráveis em relação aos seus produtos e

serviços. Em muitos casos, a decisão de

compra pode ser definida a partir dessa

atitude.

- Maior motivação de seus funcionários. Os

funcionários percebem que trabalham para

uma empresa que se preocupa realmente com

o bem-estar social e onde podem ampliar a

sua cidadania. Os funcionários beneficiados

pelas ações sociais da empresa e,

principalmente, os que delas participam são

mais motivados, melhoram seu desempenho,

e são mais aderentes aos programas da

empresa. E possuir funcionários motivados e

comprometidos com a empresa, certamente

isto é uma importante fonte de vantagem

competitiva.

- Maior capacidade de obter recursos

necessários e conhecimento para o

desenvolvimento da empresa. As empresas

que investem em ações sociais são mais

admiradas também pelos empregados em

potencial, pois existem pessoas que desejam

trabalhar em organizações deste tipo.

Consequentemente, essas empresas são

mais capazes de atrair melhores funcionários.

Além disso, ao se aproximarem da

comunidade, as empresas tornam-se mais

aptas a obter informações e conhecimentos

sobre os clientes e o mercado e sobre si

próprias. As atividades de cunho social

também funcionam como locais de

aprendizado para seus funcionários em

assuntos como liderança, trabalho em equipe,

alocação de recursos,...

Outro ponto extremamente importante é que

quando uma empresa demonstra a seus

steakholders sua responsabilidade social,

eles sentir-se-ão responsáveis pelo alcance

das aspirações da empresa; desta forma,

aliam-se à empresa para que os objetivos

possam ser alcançados.

Espera-se das empresas uma postura

comprometida com o desenvolvimento

Considerações Finais

BIBLIOGRAFIA

ALESSIO, Rosemeri.

l: reprodução de postura ou

novos rumos. Porto Alegre, EDIPUCRS, 2008.

MARTINS, José Pedro Soares.

; como a postura responsável

compartilhada pode gerar valor. Campinas SP,

Komedi, 2008.

MELO NETO, Francisco Paulo de; FROES, César.

: a administração do terceiro setor. 2.

ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.

Responsabilidade Social das

Empresas no Brasi

Responsabilidade

Social Corporativa

Responsabi l idade socia l e c idadania

empresarial

sustentável do país, isto é, que se envolvam

principalmente com a proteção do meio

ambiente, a redução da pobreza e o aumento

da expectativa de vida da população.

Cada vez mais surgem, em vários cantos do

planeta, movimentos de educação ambiental,

preservação cultural e resguardo do

patrimônio da humanidade. A relação do

homem com a natureza e o seu semelhante

está mudando na mesma medida em que

cresce o respeito à vida.

Desta forma podemos considerar que a

prát ica de responsabi l idade socia l

empresarial traz benefícios não somente ao

público-alvo de suas ações, mas também à

própria empresa pela criação de vínculo de

identidade e lealdade com o consumidor ou,

ainda, pelo retorno financeiro que isso pode

trazer à organização.

As empresas descobriram que uma das

formas de se tornarem competitivas está

associada ao fazer responsabilidade social.

Cada vez mais as empresas adotam práticas

de responsabilidade social, seja por valores

éticos ou pela busca de vantagens financeiras

e mercadológicas. De qualquer forma a

permanência das empresas no mercado

competitivo certamente poderá condicionar a

sua postura e a ações de responsabilidade

social.

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Page 50: Revista Integração Ed. 104

Por Maria Elisa Schuck Medeiros

Vice-diretora do Colégio La Salle Canoas

oje, a palavra Bullying já é conhecida

pela maioria das pessoas que fazem

p a r t e d o c o n t e x t o e s c o l a r ,

principalmente por professores e equipe

pedagógica. Mas entre conhecer o real

significado e agir para diminuir a ação do

Bullying na escola, há um longo caminho a ser

percorrido. Pode-se definir o Bullying como as

atitudes agressivas praticadas por jovens,

sem uma motivação explícita, mas de forma

intencional e repetitiva (FANTE e PEDRA,

2008, p.34). O Bullying é um fenômeno que

marca de forma negativa sua presença nas

escolas e o grande desafio destas está em

conscientizar os alunos sobre a atitude

impensada de praticar o Bullying, diminuindo,

assim, o número de vítimas de tal ação. Os

agressores agem com atitudes arrogantes e

medíocres, escolhendo suas vítimas e estas

sofrem, muitas vezes, de forma silenciosa.

Alguns conseguem em determinado momento

colocar “para fora” seus sentimentos, talvez

de forma equivocada, através de atitudes

agressivas, gerando conflitos dentro do

ambiente em que convivem. Mas o que

percebe-se na escola é que ainda prevalece a

“lei do silêncio”. Professores não identificam

essa violência, ou quando identificam se

calam diante da situação, as direções das

escolas também desconhecem a existência

de casos e o aluno agredido não exterioriza

seus sentimentos. Assim, a situação se

estende até a mesma ultrapassar os limites

da aceitação, do respeito ao ser humano. Para

combater os praticantes de Bullying é

necessário que a escola esteja muito atenta

ao comportamento dos alunos em aula e que

as famílias busquem identificar se os seus

filhos estão sendo vítimas desse tipo de

comportamento, pois muitos agredidos são

sofredores desse problema e não conseguem

falar a respeito (SACHETTO, 2009).

Mas como identificar que é Bullying o que

está acontecendo?

IDENTIFICANDO O BULLYING NA ESCOLA

Para identificar o Bullying, precisa-se ter claro

quais as ações mais comuns que são

praticadas pelos agressores. Segundo Fante

e Pedra (2008), São inúmeras as ações,

dentre elas apelidar, ofender, “zoar”,

“sacanear”, humilhar, intimidar, “encarnar”,

constranger, discriminar, aterrorizar,

amedrontar, tiranizar, excluir, isolar, ignorar,

perseguir, chantagear, assediar, ameaçar,

difamar, insinuar, agredir, bater, chutar,

empurrar, derrubar, ferir, esconder, quebrar,

furtar e roubar pertences (p.36).

Como pode-se perceber o Bullying ocorre

quando um ou mais alunos escolhem uma

vítima para agredir repetitivamente, seja de

forma verbal, física, moral ou psicológica e

esta não consegue se defender. Agridem

fazendo “g rac inhas” em c ima de

características consideradas por eles

“negativas”. Segundo Fante e Pedra (2008,

p.37), “na maioria dos casos a vítima se sente

isolada e excluída do convívio dos colegas”. É

preciso ter cuidado para não pensar que

qualquer brincadeira, própria muitas vezes da

idade, se trata de Bullying. Há brincadeiras em

que todos se divertem e que podem ser

consideradas normais e saudáveis, mas

quando esta extrapola os limites deixando

alguém constrangido, deixou, então, de ser

uma simples brincadeira. Para identificar as

condutas de Bullying é preciso estar atento às

ações repetitivas contra a mesma vítima,

juntamente com a ausência de motivo.

Normalmente os bullies escolhem como

vítimas pessoas que não demonstram

capacidade de reação ao serem atacadas.

Nesse processo de identificação de Bullying é

importantíssimo o papel da família, pois

muitas vezes quem sofre a agressão não

consegue expor seu problema na escola para

seus colegas ou professores, e as pessoas

que teriam maior facilidade em fazer com que

o mesmo exponha seus sentimentos são da

sua família. Por isso, o ambiente familiar deve

sempre ser de diálogo e de respeito, para que

os filhos tenham confiança e segurança em

colocar seus sentimentos aos seus pais

(FANTE e PEDRA, 2008, p.123). Os pais

precisam estar atentos a qualquer mudança

de comportamento dos filhos e assim que

identificarem algo diferente, precisam

encaminhar à escola a situação, a fim de que a

mesma possa ser resolvida em parceria.

A escola tem como principal objetivo promover

a qualidade de ensino, e entende-se e deseja-

se que seja dentro de um ambiente sadio e

seguro. Os pais e alunos escolheram a escola

para seu filho estudar, confiando no trabalho

desenvolvido por ela. Nesse sentido, é

extremamente importante que haja formas de

p revenção a qua lque r mode lo de

comportamento agressivo, pois ninguém está

na escola para sofrer e principalmente para

sofrer em silêncio, por medo, vergonha,

timidez. Conforme Fante e Pedra (2008, p.

118), “a escola deve disponibilizar espaços

para que alunos e professores discutam o

tema e encontrem soluções para as situações

apresentadas pelo grupo”. O autor sugere que

seja realizada uma pesquisa com a intenção

de ouvir os alunos para identificar a existência

desse fenômeno na escola. A pesquisa pode

ser uma redação em que o aluno escreve

anonimamente, identificando sua trajetória na

escola. Essa atividade auxilia a romper o

A ESCOLA QUEBRANDO O SILÊNCIO DO

BULLYING

H

e a “Lei do Silêncio”

O BULLYING

Artigos

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Page 51: Revista Integração Ed. 104

silêncio dessa violência fazendo com que a

escola reconheça a existência do Bullying.

Além da pesquisa com os educandos, a

escola deverá promover a formação

necessária aos professores para que os

mesmos possam identificar de forma

adequada atitudes de Bullying. Essa é uma

medida primordial no trabalho preventivo a

esse fenômeno. Também o professor, o

supervisor e o orientador educacional devem

adotar uma postura de observadores das

relações interpessoais que acontecem

dentro do ambiente escolar, percebendo

quando algo não está de acordo com a

normalidade. Precisam observar algumas

atitudes, tais como: se o aluno está

constantemente isolado dos demais,

inclusive e principalmente no horário de

recreio, se colegas fazem brincadeiras

repetitivas, zoando e a vítima não responde,

demonstrando-se envergonhada, se

aparenta um aspecto triste, deprimido,

irritadiço, se falta às aulas com frequência,

se houve queda no rendimento escolar e no

desinteresse pelos estudos. Enfim, são

muitas as situações que precisam ser

observadas dentro do contexto escolar a fim

de identificar situações de Bullying.

Após as observações e identificações dos

casos de Bullying, precisam encaminhar os

envolvidos para as entrevistas individuais,

ouvindo primeiramente a vítima e depois o

agressor. A vítima precisa sentir confiança

para que relate os seus sentimentos e sua

problemática. Esse mesmo procedimento

deverá ser realizado com quem está

praticando o Bullying, pois precisa entender

que esse comportamento está causando

prejuízos sérios em alguém. Muitas vezes,

após uma conversa aberta e firme, o aluno

praticante de Bullying se conscientiza do

prejuízo que está causando ao seu colega e

não mais o pratica, mas para isso é

necessário que haja uma tomada de

consciência da pessoa.

O Bullying, por ser uma agressão séria, grave

e repetitiva, precisa ser tratado com

seriedade por todos os envolvidos no

contexto escolar. Os alunos agredidos pelos

colegas precisam ser orientados e

trabalhados para que melhorem sua auto-

estima, a fim de que apaguem ou amenizem

as marcas causadas pelas agressões. E os

agressores precisam ser orientados de

forma firme para que se deem conta da

situação causada por eles. Caso essa

orientação não seja suficiente, a escola

precisa aplicar medidas educativas,

CONSIDERAÇÕES FINAIS

BIBLIOGRAFIA

FANTE, Cléo; PEDRA, José Augusto.

perguntas e respostas. Porto Alegre:

Artmed, 2008

SACHETTO, Karen Kaufmann.

Disponível em

HTTP://guiadobebe.uol.com.br/bb4a5/a_agre

ssividade_infantil_bullying.htm. Acesso em

30/05/09, às 10h30min.

Bullying

Escolar:

A agressividade

infantil.

conforme o que prevê no regimento escolar

de cada instituição, pois o Bullyng infringe as

regras de convivência da sala de aula.

A escola precisa garantir que nenhum aluno,

seja criança ou adolescente, sinta-se ou seja

excluído, bem como humilhado dentro do

ambiente escolar. Para isso, os profissionais

precisam estar atentos a todos os

movimentos e ações do contexto escolar,

colocando em questão o assunto para que

seja amplamente discutido, envolvendo pais,

professores, direção, serviços pedagógicos e

principalmente os alunos, quebrando, assim,

a lei do silêncio. Estaremos, dessa forma,

agindo de forma preventiva para que

pessoas tão jovens não sofram caladas.

ArtigosArtigos

51Revista Integração • Novembro 2009

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Page 52: Revista Integração Ed. 104

Parada da Leitura, em abril, no

Colégio La Salle Santo AntônioA cultura Pop eternizou a crítica ao sistema

escolar através do famoso vídeoclip “Another

brick in the wall” da banda Pink Floyd produzido

no início dos anos 80. Nele, o compositor Roger

Waters resgata suas memórias estudantis

construídas em um rigorosíssimo sistema

educacional inglês no qual a opressão

“disciplinadora” do professor toma conta das

primeiras cenas, enquanto o menino-

personagem que o representa escapa do

marasmo das aulas escrevendo poemas nas

páginas de seu caderno. Prevaleciam naquela

escola pequenos e “educativos” castigos em

uma ordem de classe que se aproximava da

repressão dos antigos tribunais inquisidores.

Enquanto a música segue, as crianças, já

resignadas, vão sendo mostradas com rostos

iguais postas em uma esteira rolante. Seu

destino final é um moedor de carnes. O produto

deste modelo escolar não passa, portanto, de

uma mera massa homogênea destinada ao

consumo social. Mas eis que uma virada toma

conta da história de Waters: enquanto cantam

em coro os versos fortes da música, os

estudantes, outrora resignados, rebelam-se

ante aquele modelo escolar retirando máscaras

e escapando do controle da esteira industrial.

“Desordem” e “indisciplina” tomam conta da

cena na qual um verdadeiro motim condena

toda a escola à destruição.

O vídeo e a música tornaram-se ícones de um

tempo em que a rebeldia frente ao complexo

sistema opressor vivido em todo o planeta e

marcado por cruéis ditaduras de esquerda ou

de direita ocupava a maioria das manifestações

de arte. Mas mais do que isso, a crítica dura à

ordem escolar ali proposta traz à tona questões

referentes às compreensões de disciplina e

indisciplina, estruturas e modelos escolares

interessantes de serem refletidas. Marchesi,

em “O que será de nós os maus alunos”,

propõe-se a pensar possíveis causas da

desmotivação e indisciplina escolar e apontar

estratégias para o surgimento de uma nova

escola capaz de motivar indisciplinados,

desinteressados ou aqueles que, sob a

observação homogeneizadora do sistema

escolar, tendem fortemente ao fracasso. Se

observarmos atentamente as obras citadas

aqui, podemos nos propor a pensar: Qual o

sentido de ordem e disciplina presentes nas

nossas escolas, seja na compreensão dos

professores, seja no imaginário popular? O que

determina que uma ou outra ação acontecida ou

proposta na escola possa ser enquadrada como

bom ou mau comportamento? Até que ponto

atitudes transgressoras podem ser vistas como

indisciplina, desrespeito ou desordem? De que

forma a estrutura de conteúdos e currículos

influem na motivação e no desenvolvimento da

aprendizagem dos estudantes?

É interessante salientar, antes de mais nada,

que todos os modelos postos em questão estão

diretamente relacionados com o momento

histórico e a realidade cultural de onde estes

partem. O historiador Eric Robsbawn credita

sugestivamente ao século XX o título de a “Era

dos Extremos” a fim de dimensionar a

perplexidade das suas enormes mudanças.

Num mesmo e único século vimos a explosão

tecnológica, o avesso da razão exposto em duas

grandes guerras (para citar apenas duas!),

culturas de massa e contra-cultura,

antagon ismos po l í t i cos , revo luções ,

movimentos sociais, enfim, padrões sendo

testados, desafiados e recriados a todo o

momento. O que vivemos agora pois, é reflexo

disso. Atualmente, como sabemos, a escola

não é mais a detentora única das informações

nem tampouco passaporte para o ingresso no

mundo profissional ou para a ascensão social.

Se outrora a experiência escolar tinha seu

objetivo, ainda que limitado, centrado nestes

dois aspectos, hoje os mesmos não podem

mais ser considerados. Se pontuarmos,

portanto, apenas esta questão, podemos nos

deparar com um aspecto importante: a escola

deixa de ter um objetivo claro para a história de

vida dos sujeitos.

Sem perspectivas mais audazes, a maioria dos

estudantes tende não só a queixar-se do

marasmo tedioso que toma conta das aulas

mas a interessar-se muito pouco por elas. Em

muitas das vezes não conseguem perceber

conexão alguma entre aquilo que se quer

ensina-lhes e suas vidas. Tudo ao seu redor

parece mais sedutor e atraente do que a escola.

Não obstante isso, como podem estes ainda,

sejam eles crianças ou jovens, acolher os

discursos escolares proferidos pelos adultos

personificados nos professores ao darem-se

conta do mundo repleto de contradições,

desrespeito, beirante ao fracasso criado por

esses e para onde supostamente estão sendo

“preparados” pela escola? É fundamental que

ao refletirmos o insucesso escolar estejamos

atentos também a estas questões. Marchesi

propõe:

É preciso abrir novos horizontes, portanto, para

se pensar a formação escolar que temos

proposto para nossos estudantes. Boa parte

(...) Em muitos casos, o 'tédio” dos alunos não se

traduz em uma atitude oposta à participação no

processo de ensino, mas leva-os a tratar de aprender

o imprescindível para passar a fim de evitar a

repetição de ano ou o aborrecimento dos professores

e da família (...)

(MARCHESI. Pág. 60)

É necessário levar em conta, no entanto, que a

motivação para a aprendizagem não é um problema

que possa ser atribuído exclusivamente aos alunos,

porque ocorre pela interação entre o aluno e o

ambiente escolar” (...)

(MARCHESI. Pág. 60)

Como desconstruir muroscompactos usando tijolos novosPor Daniel da Silva Assum

Professor de História, Ensino Religioso e Sociologia do Colégio La Salle Niterói

1 - Ainda no início do século XX os castigos e humilhações percorriam livremente os espaços escolares. Não raro era o uso da palmatória ou outros recursos tidos como reguladores dos comportamentos

indisciplinados. Sobre isso ver “A escola de nossos avós”, em <http://cienciahoje.uol.com.br/materia/view/2312.

2 - O clipe sobre o qual falamos é da música “Another brick in the wall – Part II” e é parte do álbum e do filme “The wall”, ambos lançados em 1982.

Não precisamos de nenhuma educação

Não precisamos de nenhum controle de

pensamento

De nenhum sarcasmo sombrio na sala de aula

Ei, professor! Deixe as crianças em paz!

Ao todo, isto é apenas mais um

tijolo no muro

Ao todo, você é apenas mais um

tijolo no muro

(Tradução para a música “Another brick in the wall”

- Disponível: www.letrasnaweb.com)

Artigos

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Page 53: Revista Integração Ed. 104

das ações educativas das nossas escolas segue

reproduzindo padrões e normas que já não

atendem mais as exigências do tempo em que

estão inseridas. Sabemos que a definição dos

conhecimentos que determinam o currículo

escolar é, a grosso modo, o retrato de uma

intencionalidade afinal, constrói-se, defini-se, a

partir de critérios que determinam a distinção

entre saberes “úteis” (e, portanto, oficializados)

de outros não úteis socialmente falando. Há

nele implícita ou explicitamente, um desejo de

homem e de mulher, um desejo de sociedade,

um desejo político sendo dito. Como, então,

admitir que nossas escolas sigam reprodutoras

de práticas educativas calcadas em listagens de

conteúdos já enrijecidas pela ação do tempo?

Como admitir que em nossa compreensão de

formação escolar não haja espaço para

experiências que transcendam a sala de aula (e

que por vezes podem ser tão ou mais ensinantes

pela forma que o fazem) sendo a essas legado

no máximo, o papel de “extra-curriculares”?

A transformação social ou os anseios de

transformação que permeiam a maioria das

falas inflamadas de educadores comprometidos

passa fundamentalmente pelo repensar do

nosso modelo de escola. Mesmo cercado por

reflexões importantes, estes, no entanto,

continuam em boa parte dos lugares

reproduzindo conteúdos da mesma forma em

que há duas ou três gerações. Ainda que certa

autonomia seja permitida às escolas no que diz

respeito à construção de seus currículos, boa

parte desses ainda prevê disciplinas imutáveis e

hierarquizadas quanto ao seu valor, tempos

escolares estanques, pouca ou nenhuma

experiência de outra ordem que não a da sala de

aula como elementos formativos dos sujeitos.

Sua ação pedagógica (ensinante e/ou

aprendente) precisa ser vista para além dos

conteúdos fechados em si. A escola é espaço

socializador por excelência. Por ser “viva”, vibra

com a intensidade das experiências

(vivenciadas, portanto, apreendidas) tão ou mais

fundamentais para quem as vive do que o saber

instituído legitimado e aprovado. A “inter-

relação”, a “inter-ação” (ora conflitiva, ora

aproximadora) trazida pela essencialidade

comunitária da escola possibilita que os sujeitos

(vale destacar não somente alunos) consolidem

suas leituras do mundo, suas leituras de si e seu

entendimento da vida, tanto quanto o dito

conhecimento “oferecido” e “exercitado” em

sala de aula. Afinal, não só o discurso eleito

como oficial é necessariamente palavra

proferida, nem tampouco é a palavra a única

linguagem ensinante. Toda a experiência,

coletiva ou individual, é por sua vez,

essencialmente educativa e deve ser vista como

tal.

Remeto-me, enquanto escrevo, às falas que

ouço nas rodas informais com os estudantes no

recreio e às memórias que tenho de meu tempo

escolar. Lembro, por exemplo, do dia em que

orgulhoso fiquei quando um de meus

professores do outrora chamado “segundo

grau”, juntou sua bandeja de almoço a minha no

refeitório da Escola. Naquele momento

pequeno, separado entre um tocar de sineta e

outro, dividimos gostos musicais, discussões

esportivas e opiniões corriqueiras sobre o

telejornal que passava quase desapercebido na

TV ao lado. Elementos supérfluos, páreas se

comparados ao “saber oficializado” dos

currículos escolares. Em curto tempo, no

entanto, aquele jovem menino, não aprendia

fórmulas matemáticas ou capitais e

continentes, mas sentia-se orgulhosamente

respeitado enquanto gente. Aprendia o valor da

escuta atenta, desprovida de qualquer critério

segregador, do laço possível entre aluno e

professor. Saberes necessários socialmente

falando, mas não relevados oficial e ou

curricularmente.

É preciso ver a escola para além das teorias

duras ou dos saberes desprovidos de sentido.

Perceber sua vocação socializadora nas ações e

reações de gente que ao educar e aprender,

partilha de suas histórias seja “formal” ou/e

informalmente. Quem sabe ousar ainda mais ao

desenferrujar a estrutura que define como

sendo única e exclusivamente aceita como ação

pedagógica, aquela acontecida na sala de aula,

que obedece ao método e é registrada e avaliada

em prova, a fim de dar novo sabor para a vida que

acontece nela. Ser capaz de reconhecer no

informal, no não planejado, na ação “extra-

curricular” ações de valor educativo capazes de

construírem saberes outros, não descritos nos

livros ou em conteúdos programáticos. O futuro

da educação passa, talvez, pela valorização das

relações e experiências na construção dos

saberes. O mundo transformas-se rapidamente

empurrado pela evolução tecnológica. O maior

desafio para a construção de uma nova escola

que não precise mais salientar seus “maus

alunos” (sejam estes por indisciplina ou baixo

nível de aprendizagem) é fazer andar a passos

largos não só o conhecimento, mas também a

nossa “humanização”. E é justamente

propondo/desenvolvendo novas relações para o

ser humano com seu próximo, a Natureza e o

Sagrado, que a escola encontra seu papel mais

imprescindível nestes novos tempos. Estes

saberes, que não estão nos livros nem nas

páginas da Internet, devem ser vistos com

atenção em nossos currículos escolares.

Estamos repletos de informação por todos os

lados, mas empobrecidos da experiência que

ensina. Para dar sentido a um saber é preciso,

sobretudo, senti-lo. E nada melhor do que

colocar a mão na terra, inspirar o perfume da flor,

conhecer os males da exclusão social

emocionar-se com isto e realizar uma ação

solidária - para fazer marcar um saber para toda

a vida, a fim de que a busca pelo conhecimento e

a experiência escolar sejam algo que nos faça

mais plenos enquanto homens e mulheres e não

apenas elementos definidores de carreiras

profissionais, divisores sociais ou mesmo

determinadores de poder.

REFERÊNCIAS

ABERASTURY, Arminda e KNOBEL, Maurício.

Um enfoque

psicanalítico. Porto Alegre: Artes médicas,

1981.

DELORS, Jacques (org.)

Questões e perspectivas. Porto

Alegre: Artmed. 2005.

DUARTE, Sara. Disponível

em<http://www.terra.com.br/istoe/1628/co

mportamento/1628_fim_palmatoria.htm.

Acesso em 04 de julho de 2007.

ENGUITA, Mariano Fernandes.

Rio de Janeiro. Editora

Artmed. 2004;

FERREIRA, Berta. [et al].

Desenvolvimento humano,

adolescência e vida adulta. 2 ed. Porto Alegre:

EDIPUCRS, 2003.

FREIRE, Paulo.

Saberes necessários À prática educativa. Rio

de Janeiro. Paz e Terra. 1996.

MARCHESI, Álvaro.

. Porto Alegre: Artmed. 2005.

PAPALIA, Diane; OLDS, Sally; FELDMAN, Ruth.

8 ed. Porto Alegre:

Artmed, 2006.

ROBSBAWN, Eric. São

Paulo. Companhia das Letras. 1995.

Adolescência normal.

A educação para o

século XXI:

O fim da palmatória.

Educar em

tempos incertos.

Psicologia e

educação:

Pedagogia da autonomia:

O que será de nós os maus

alunos?

Desenvolvimento humano.

A Era dos Extremos.

3 - ROBSBAWN, Eric. A Era dos Extremos. Op. Cit.

4 - Na organização das cargas horárias e na divisão dessas entre as séries escolares tem-se essa clara percepção do juízo de valor

para esta ou aquela disciplina. Tais determinações são essencialmente exigências sociais.

ArtigosArtigos

53Revista Integração • Novembro 2009

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Page 54: Revista Integração Ed. 104

Por Luis Iloar dos Santos Júnior | Sandra de Gasperin |

Eloisa de Avila |

Professor de Educação Infantil | acadêmica de Pedagogia

e Diretora do Colégio La Salle Carazinho/RS

o mundo em que vivemos, no século

XXI, num tempo que também é

conhecido como Pós-Modernidade, o

índice de analfabetismo ainda é muito alto.

Como sabemos, o nosso país já passou por

inúmeras “eras políticas”, que marcaram

diferentes mudanças em muitos sistemas e

aspectos de nossa República; isso não seria

diferente no quesito educação, sobretudo em

alfabetização.

Apesar de o governo proporcionar programas

específicos para reduzir este percentual e

também pela razão que o acesso ao Ensino

Fundamental é obrigatório para crianças de 6

a 14 anos, ainda assim as políticas públicas

voltadas para a educação precisam ser

repensadas para uma educação de qualidade,

pois suas propostas e ações são de curta

duração, o que torna difícil de realizar um

processo pedagógico de aprendizagem

relevante e significativo para a formação de

alunos no exercício da cidadania em vista de

uma plena participação na sociedade.

Considera-se o processo de alfabetização nos

primeiros anos do Ensino Fundamental

visando garantir o domínio mínimo dos

códigos que vão além do alfabético e que

envolvam todas as áreas do conhecimento,

incluindo até mesmo a leitura fragmentada do

mundo. No entanto muitos educadores

insistem em continuar acreditando numa

alfabetização um tanto distante da mais

eficaz, isso porque, segundo SCHEIBEL,

(2006, p. 136), ensina-se a mera

“justaposição das letras para formarem

palavras que culminaram e frases”

demonstrando que nossa concepção de

educação ainda está longe do seu ápice. Com

base nesses aspectos, vejamos agora um

breve relato sobre a caminha da alfabetização

em nosso país, bem como sugestões a

respeito do perfil profissional e sua missão de

alfabetizador.

A história da educação pública começa a partir

da revolução de trinta, onde as inúmeras

mudanças políticas e econômicas resultam no

início da implantação e consolidação de um

sistema público de educação elementar no

país culminando na elaboração da

constituição de 1934 começando a criação de

um Plano Nacional de Educação, nesse

momento a educação dá um salto

significativo, um salto reparador histórico,

onde está incluido em suas normas a oferta do

ensino primário integral, gratuito e de

frequência obrigatória, extensiva para

adultos.

N

Reflexões sobre a

ALFABETIZAÇÃO

Artigos

54 www.lasalle.edu.br

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009 09:56:41

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Page 55: Revista Integração Ed. 104

Dessa maneira, a alfabetização como

percebemos já vem sendo colocada em pauta

há muito tempo, mas foi somente no ano de

2003 que o governo atuou na base e colocou o

profissional como alvo de melhorias

educacionais em prol do povo. Isso segundo o

material retirado de um site educacional, que

nos ajuda a esclarecer um pouco quais os

intuitos do Ministério da Educação e Cultura, o

MEC, em relação aos profissionais que atuam

nessa nobre missão de educar:

Em janeiro de 2003 (...) foi criada a Secretaria

E x t r a o r d i n á r i a d e E r r a d i c a ç ã o d o

Analfabetismo, cuja meta é erradicar o

analfabetismo durante o mandato de quatro

anos do governo Lula. Para cumprir essa meta

foi lançado o Programa Brasil Alfabetizado, por

meio do qual o MEC contribuirá com os órgãos

públicos estaduais e municipais, instituições

de ensino superior e organizações sem fins

lucrativos que desenvolvam ações de

alfabetização.

A partir do ano citado percebemos o interesse

do Estado para com a capacitação dos

profissionais que atuam na alfabetização que

é, sim, uma tarefa muito importante, pois

profissionais capacitados podem oferecer,

aos seus alunos, material atualizado, inovador

e diferenciado, e com novas tecnologias; para

isso devem estar aptos e bem informados a

respeito do manuseio das mesmas.

Capacitar o profissional é torná-lo melhor no

desempenho de sua função. Diante desse

contexto o docente deve dominar as

tecnologias atuais para que, sem titubear,

possa exercer sua função com confiança e

domínio garantindo uma educação inovadora,

diferenciada e atraente para seus alunos.

Evidenciando nossa preocupação com a

qualidade pedagógica e social das ações da

alfabetização, e pensando na formação

técnica de alfabetizadores e professores,

devemos descentralizar o poder público, as

instituições de ensino superior e a sociedade,

valorizando e priorizando a educação nesse

nível de ensino.

No Programa Brasil Alfabetizado, a assistência será

direcionada ao desenvolvimento de projetos com

as seguintes ações: Alfabetização de jovens e adultos

e formação de alfabetizadores. (LOPES, SOUSA,

2005, p. 8)

Já no ano de 2004, as universidades e os

centros de ensino superior formadores do

magistério abraçaram essa ação e

começaram a socializar suas reflexões e

experiências, com o compromisso de intervir e

fazer a diferença na melhoria do processo de

a l f a b e t i z a ç ã o . D e s s a m a n e i r a e

parafraseando SCHEIBEL, (2006, p. 15)

acreditamos ser esse um dos meios de

contribuição para a melhoria do ensino,

impregnando-o e enriquecendo-o com mais

qualidades, o que demandará em jovens e

adultos mais conscientes, autônomos e

cidadãos capazes de pensar e lutar pelos

seus direitos, num verdadeiro processo de

inclusão social, diferente da inserção que

muitas vezes é o que acontece. Isso porque

inserção e inclusão têm uma vasta diferença.

Nossa missão como docente é mais do que

inserir, precisamos incluir.

Devemos salientar que capacitar o

profissional para fazer uso de material

diferenciado e das tecnologias durante sua

docência, melhorando assim o ensino e

aprendizagem em sala de aula, tem o

propósito único de melhorar sua didática na

aplicação da aula e não de substituir sua

função como professor. Isso porque o

profissional se atém a estas ferramentas para

aprimorar a arte de educar e de forma alguma

é substituído pela máquina, por mais moderna

que seja, pois todo investimento é em prol de

uma única e importantíssima causa, que é a

educação .

A educação é um direito de todos, não é uma

questão de solidariedade, mesmo para

aqueles que não tiveram oportunidade de

estudar na época adequada. Não

proporcionar este direito seria penalizar os

analfabetos adultos, as classes mais

desfavorecidas e aqueles que não se

adaptaram ao ensino regular. Só se consegue

equacionar os problemas da educação

investindo nela, investindo em educadores

qualificados, valorizando a bagagem cultural

dos alunos, reorganizando o currículo e

reavaliando a responsabilidade do Estado.

A verdadeira educação deve ser um ato

dinâmico e permanente de conhecimento

centrado na descoberta, anál ise e

transformação da realidade em que vivemos,

construindo cidadãos criativos inventivos,

críticos e com autonomia. Para tanto o

docente, especialmente o alfabetizador que é

o profissional responsável pela formação e

também pela fomentação do gosto pela

descoberta, deve, antes de tudo, garantir o

respeito e a admiração de seus alunos, por-

que na medida em que o professor conquista o

aluno, tudo flui com muito mais naturalidade.

O docente deve começar o processo de

alfabetização e letramento de uma forma

suave e significativa para que o aluno não

sofra qualquer estresse e, gradativamente,

inclua-se no mundo escrito apropriando-se

dos códigos de maneira prazerosa e

contagiante.

A arte de educar é sem dúvida uma tarefa

árdua, compensatória e incessante, onde o

educador deve vestir a camisa, lutar contra

inúmeros empecilhos e atualizar-se sempre.

Sua visão crítica do mundo deve ser aguçada e

o professor deve formar cada vez mais

cidadãos críticos, autocríticos e reflexivos que

sejam participativos e ativos, e dessa

maneira, segundo FREIRE, 1998, p.24 ,“A

reflexão crítica sobre a prática se torna uma

exigência da relação teoria/prática sem a qual

a teoria pode ir virando blábláblá e a prática,

ativismo”.

REFERÊNCIAS

SCHEIBEL, Maria Fani, LEHENBANER Silvana.

Canoas, 2006.

LOPES, Selva Paraguaçu e SOUSA, Luzia Silva.

(2005). Site Educacional, Centro de Referencia

em Educação de Jovens e Adultos. Disponível

em http://www.cereja.org.br/. Acessado em

12/04/09.

FREIRE, Paulo. 17ª ed.

Rio de Janeiro, Paz e Terra,1987.

Reflexões sobre a Educação de Jovens e

Adultos.

EJA: Uma educação possível ou mera utopia?.

Pedagogia do Oprimido.

Muitos educadores

insistem em continuar

acreditando numa

alfabetização um tanto

distante da mais eficaz.

ArtigosArtigos

55Revista Integração • Novembro 2009

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Page 56: Revista Integração Ed. 104

Por Juliana Fraga

Professora da Escola La Salle Sapucaia/RS

efletindo constantemente acerca de

questões relacionadas à prática

p e d a g ó g i c a e i n t e r e s s e d o s

educandos, a Escola Fundamental La

Salle Sapucaia tem procurado investir nas

metodologias e estratégias em sala de aula,

focando suas forças não somente em

diagnosticar os problemas, mas em propor

alternativas de superação. Em 2008, a turma do

segundo ano do Primeiro Ciclo esteve engajada

no projeto “Solidão? Que nada...”, experiência

que nos permitiu visualizar os reflexos positivos

das metodologias e dos conteúdos em sala de

aula. Como é de praxe da Escola La Salle

Sapucaial, no início do ano letivo, a construção

do Complexo Temático da Escola e o complexo

das turmas, já se procura traçar o perfil e

problemáticas de cada turma.

Sendo assim, detectamos que na turma 121

havia uma problemática bastante forte entre os

alunos desta turma. Estes reclamavam de ter

pouco espaço para brincar, por morarem em

casas pequenas com pátios pequenos, ou

porque precisavam ficar dentro de casa por

medidas de segurança, pois muitos pais

trabalham fora e não tem outra alternativa senão

restringir ao máximo o tempo das crianças na

rua, ou de brincadeiras no pátio.

E s t e p r o b l e m a c a u s a v a i n ú m e r a s

consequências como crianças com dificuldade

de relacionamento umas com as outras,

dificuldades em trabalhar em grupo e agitadas

em sala de aula. Tínhamos que dar conta de

suas aprendizagens, pois estavam em processo

de alfabetização, como também dos problemas

de relacionamento, o que exigiu metodologias

apropriadas a essa situação. projeto

intitulado “Solidão? Que nada...”, foi elaborado

com o objetivo de ajudar as crianças desta turma

a acalmarem suas inquietações pessoais,

conseguirem melhor l idar com seus

sentimentos, redimensionar a visão do seu

espaço (bairro, casa, escola), reorganizar seu

tempo, e constituir relações mais saudáveis

quando tivessem acesso.

Iniciamos valorizando suas brincadeiras

individuais e pedimos que levassem para a

escola suas coleções e brinquedos preferidos

para apresentar aos colegas. Através dessas

coleções trabalhamos conteúdos de

matemática e iniciamos o contato com a escrita.

Após essa etapa, trabalhamos o livro o

Colecionador de Pedras, história que valoriza a

troca de experiências e a importância da

O

amizade. Com esta história exploramos diversos

t e m a s c o m o a m i z a d e , s o l i d ã o e

companheirismo. Os alunos pintaram em rochas

para dar de presente a um colega, repetindo o

gesto do personagem da história.

Aproveitando o interesse despertado pela

leitura, partimos para a história dos “Músicos de

Bremenn”, dos Irmãos Grinn, sendo que

podemos trabalhar temas como amizade,

companheirismo, sonhos, diferenças e união. As

crianças amaram e pudemos trabalhar todas as

áreas através do conhecimento da historinha.

Intensificamos os temas do projeto e a

alfabetização dando continuidade ao trabalho

com os saltimbancos, porém através das

músicas do cd Os Saltimbancos, de Chico

Buarque. Para cada uma das músicas propomos

atividades diferenciadas (leituras, quadrinhos,

dramatizações, expressão corporal), em

consonância com o projeto.

Também trabalhamos com a música “Se essa

Rua Fosse minha”, e com outras versões da

mesma. Através das atividades relacionadas a

ela re-significamos a visão acerca do lugar que

viviam. Também exploramos poemas de Mário

Quintana, que abordavam o cuidado consigo e

com o mundo ao seu redor. Após reflexões

partimos para atividades práticas. Através de

aula-passeio fomos observar o que tinha de bom

e ruim no bairro. Com essa atividade os alunos

puderam perceber as consequências das boas e

das más ações na vida em sociedade.

Construíram murais de conscientização com as

fotos e maquetes de suas casas, refletindo

sobre agir melhorando esse espaço privado. Os

resultados desta etapa foram compartilhados

na Mostra de Conhecimento da Escola, onde um

grupo de alunos apresentou para a comunidade

as suas observações, trabalhos e conclusões.

Correspondendo aos objetivos do projeto,

partimos para atividades de sensibilização e

valorização da história individual e para isso

optamos pela arte. Trabalhamos sobre a vida e

obra de Iberê Camargo, dando maior enfoque à

série “Os Carretéis”, relacionada às suas

lembranças de infância e obras da série “Os

ciclistas”, no qual questiona a nossa passagem

pela vida. Através dessas obras trabalhamos

leituras de imagens, interpretação, releitura e

reprodução de obras selecionadas.

Estudamos vida e obra de Frida Kahlo; sua

história de vida encantou os alunos, que se

sentiam a cada dia mais à vontade para se

expressar e compartilhar experiências. Fizemos

reproduções, auto-retratos, resgate da história

indiv idual , valor izando e respeitando

características e diferenças. A vida de Frida

motivou que criássemos um diário individual

com relatos, desenhos, fotografias, documentos

históricos da vida de cada um. As atividades

eram livres e dirigidas, motivando a escrita e a

expressão, como também servindo para a

prática do professor, pois através dos relatos

nos diários podíamos trabalhar com as famílias.

Como culminância, fizemos um passeio dirigido

de integração entre pais, professores e alunos;

fomos à Fundação Iberê Camargo conhecer

pessoalmente as obras trabalhadas deste

artista. E, também, fomos ao Teatro Novo DC

assistir à peça de Teatro “Os Saltimbancos”, já

conhecida da turma.

Na Festa de Natal da Escola apresentamos duas

músicas dos Saltimbancos que sintetizavam a

mensagem do projeto e a Interdisciplinaridade

unida aos interesses e necessidades dos alunos

é um diferencial no qual precisa ser investido,

pois a mudança de postura em aula e o

envolvimento com a aprendizagem foram

retornos imediatos que tivemos, mostrando que

a metodologia adotada pode transformar as

atitudes em sala de aula.

R

Projeto Primeiro Ciclo

SOLIDÃO QUE NADA

REFERÊNCIAS

AGUSTONI, Prisca. ,

Paulinas, 2008.

ALMEIDA, Geraldo Peçanha de.

: Desenvolvendo as

competências da escrita. Rio de Janeiro: WAK

Editora, 2005.

BUORO, Anamelia Bueno. : a

leitura da imagem e o ensino da arte. São Paulo:

Cortez, 2002. p. 252

BESSA, Valéria da Hora.

Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2006.

FREINET, Celestin. . 3ª

ed. Saão Paulo: Martins Fontes, 1991.

GOMBRICH, E. H. . 16. ed. Rio de

Janeiro: LTC, 1999. p. 15 a 37

MANFREDI, Silvia Maria (org.).

Cadernos

Cedes. São Paulo: Cortez. 1989, p. 60.

MORIN, Edgar.

São Paulo: Cortez, 2000. p.

118

OKUDA, Reiko. São Paulo:

Melhoramentos, l984. 27 p.

PANOFSKY, Erwin.

3. ed. São Paulo: Perspectiva, 1991. 439 p.

SOUZA, Alcidio Mafra De.

1. ed. Rio de Janeiro: Bloch, 1968. p.150

Colecionador de Pedras

A produção de

Textos nas Séries Iniciais

Olhos que pintam

Teorias da Aprendizagem.

Pedagogia do Bom Senso

A história da arte

Concepções e

experiências de Educação Popular:

Os sete saberes necessários a

educação do futuro.

Os músicos de Bremen.

Significado nas artes visuais.

Artes plásticas na

escola.

Artigos

56 www.lasalle.edu.br

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Page 57: Revista Integração Ed. 104

Canal Aberto

NOVO PORTAL LA SALLE

Por Setor de Marketing

Rede La Salle

Em 2005, a Província Lassalista de Porto Alegre

deu um grande passo na consolidação da Rede La

Salle ao implantar um portal unificado para todas

as Instituições Lassalistas. Apesar de ser um

portal consolidado e, inclusive premiado como

melhor portal de redes de ensino, segundo o

Sindicato das Instituições de Ensino Privado do

Estado SINEPE/RS, ainda faltavam avanços em

interatividade e inovação tecnológica no Portal. A

partir daí e de apontamentos feitos no Programa de

Avaliação Institucional da Rede La Salle (PROAVI) surgiu o projeto do

Novo Portal La Salle que pretende integrar a Rede La Salle tornando o

ambiente virtual um espaço efetivo para interação entre alunos e

colaboradores lassalistas. O objetivo central é a transformação de um

site informativo em um verdadeiro portal de relacionamento entre as

instituições de toda a Rede, seus alunos, pais, colaboradores e

professores. Para tanto, além das informações básicas, o Novo Portal

apresenta inovações estruturais e ferramentas de relacionamento

atraentes a todos os níveis de ensino da Educação Básica da Rede La

Salle.

O Portal La Salle está repaginado com um layout moderno e nova

disposição dos conteúdos. Agora, notícias, galeria de fotos, vídeos,

agenda de eventos e informações importantes sobre cada unidade

estão a um clique do usuário. Além disso, com o novo sistema de

gerenciamento dos sites, as unidades terão mais agilidade para inserir

conteúdo e deixar o site sempre atualizado.

A grande inovação em relação à internet está baseada na

interatividade. Com base nisso, surgiu o Portal Lassalista de União da

Galera - PLUGA. No ambiente, alunos e colaboradores terão acesso a

uma comunidade virtual, poderão criar personagens personalizados,

adquirir acessórios e se divertir com diferentes jogos.

Os alunos e colaboradores da Rede La Salle poderão acessar o Pluga

através do www.lasalle.edu.br/pluga. É só fazer um longin com seu

número de matrícula, cadastrar uma senha e você já estará ligado no

portal.

Para deixar o Pluga do seu jeito, basta acessar o menu

CONFIGURAÇÕES e escolher entre uma das opções de tela disponíveis.

Ao invés de utilizar fotos, no Pluga sua representação é feita através de

um AVATAR que você cria de acordo com as suas características. Para

isso, é só acessar a La Salle Store e escolher as cores, as roupas e os

acessórios que mais combinam com você e com o seu jeito de ser.

Novo Layout

Interação

SAIBA MAIS SOBRE O PLUGA

Configurações

Perfil

Revista Integração • Novembro 2009 57

Inovação para os alunos na internet

Eureka

Áreas do Pluga

Plugado:

Vestibular:

Conexão La Salle:

Cosmic Clock:

La Salle Store:

Intervalinho:

Política de uso do site

Eureka é a moeda que você acumula ao longo do jogo Cosmic Clock. As

Eurekas servem para você comprar acessórios e objetos para o seu

avatar na La Salle Store, e são fundamentais para avançar no jogo.

Notícias, novidades e acontecimentos da Rede La Salle.

Perguntas de diferentes matérias para testar seus

conhecimentos e ajudar na sua preparação para as provas.

Espaço de relacionamento onde você pode interagir

com seus amigos, conhecer colegas de todo Brasil, trocar informações,

fazer parte de comunidades criadas por professores e muito mais.

É importante lembrar que na Conexão La Salle o sistema de recados

funciona de forma semelhante aos depoimentos do Orkut, ou seja, você

pode ou não aceitar o recado deixado pelo seu colega na sua página.

Este é um jogo baseado nos quatro elementos da

natureza, onde você aprende a cuidar do planeta enquanto se diverte e

enfrenta os mais diferentes desafios.

Loja onde você adquire roupas e acessórios para

personalizar seu avatar e comprar os objetos necessários para as

fases do jogo Cosmic Clock.

Jogos destinados às crianças da Educação Infantil.

O Pluga é um espaço de diversão, aprendizagem e

interação que você deve utilizar de forma consciente e

responsável. Obedeça sempre às regras de utilização e

convivência e lembre-se que o Pluga é constantemente

monitorado por um professor/monitor/coordenador do

seu colégio. Em caso de necessidade, peça ajuda para

ele.

07444_57-58_canalaberto_roberto 57 -58.ps

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009 09:36:48

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Page 58: Revista Integração Ed. 104

Canal Aberto

Comunicação cheia de valor

para a EDUCAÇÃO SUPERIORPor RBA Publicidade

Agência responsável pela Campanha Publicitária da

Educação Superior da Rede La Salle

Estar em contato com a Rede La Salle e tomar conhecimento de sua

dimensão foi um verdadeiro privilégio para toda nossa equipe. Saber de

sua atuação nacional e mundial nos encheu de orgulho e tomou conta

de todos nós como principal mensagem a ser explorada na

comunicação, tanto institucional quanto comercial, da educação

superior. Era preciso mostrar a todos a tradição de ensino que está por

trás de uma grande estrutura.

Apesar do convite para entrar nesta Rede feito na última campanha de

vestibular, era preciso evoluir, assumir este posicionamento, definindo-

se como tal, valendo-se da aceitação e do sucesso de seu uso prévio. É

o começo de uma visão sobre a educação superior do La Salle além das

fronteiras, um valor essencial e um importante diferencial de mercado.

Entretanto, se poucas pessoas têm o conhecimento de toda essa

amplitude, o que era, até agora, a principal razão que levava os

estudantes à Instituição? Pergunta de fácil resposta quando se

estabelece uma relação com o La Salle ou com quem quer que já tenha

passado por lá: seus valores humanos. Andar pelos corredores e ver o

relacionamento cordial, pessoal, enxergar funcionários e professores

chamando alunos pelo nome, sensação de acolhimento, de

valorização. Tudo isso não só precisava ser mantido como tinha que ser

reforçado. Por isso mesmo, não podemos deixar de lembrar que Rede

supõe troca. Troca entre pessoas que se transformam pelo

conhecimento e pelas relações estabelecidas a partir dele. Quando se

transformam, mudam o outro e o próprio universo. Assim, progridem e

entram numa corrente de crescimento sem fim e cada vez mais

positiva. Preservar estes valores era de extrema importância para os

que atuam na Instituição e para os que optam por ela.

Outro fator desafiador para a comunicação foi a abrangência cultural

das comunidades em que a educação superior La Salle está inserida.

Estados de grande diversidade entre si, mas onde a Instituição cumpre

importante papel no desenvolvimento local. Necessário, dessa forma,

unificar a comunicação compreendendo todas essas nuances.

Assim, para sustentar e mover essa Rede, temos o , o

objeto do aprendizado (da formação). É ele que faz com que se saiba

fazer as perguntas certas e também buscar as respostas (que trarão

novas perguntas recomeçando o ciclo).

Chegamos então à Rede do Conhecimento que, nada mais é do que a

soma do objeto e o aprendizado de seu adequado uso (Conhecimento)

dentro de um ambiente de troca reconhecido (a Rede) e que se

alimentam entre si (Rede + Conhecimento) alcançando a dimensão

humana da transformação e evolução pessoal e social.

Traduzir isso em algo palpável era o próximo passo. E foi justamente

pensando sobre a mudanca significativa que cursar a educação

superior no La Salle representa para os seus alunos que surgiu a ideia

criativa da campanha. Percebemos que, especialmente para os alunos

da educação superior da Rede La Salle, além de evoluir

profissionalmente, havia uma revolução na vida dos estudantes; além

de conhecer, eles passavam a ser reconhecidos; mais do que

simplesmente agir, eles aprendiam a criar; mais do que se formar, eles

se transformavam.

Conhecimento

A ampliação dos seus horizontes é levada para a campanha publicitária

através de um jogo de palavras. Expressões que mudam tornando-se

algo mais significativo quando recebem novas letras através das

pessoas que as seguram (tendo nas mãos, literalmente, a mudança e o

próprio futuro).

Para completar o raciocínio de forma enriquecedora e atrativa, além das

tradicionais mídias impressas e eletrônicas, foram desenvolvidas

peças para portas de elevadores, que se fecham montando as palavras,

e placas para ações nas sinaleiras, onde promotoras vão construindo e

modificando as expressões.

Respaldo. Engrandecimento. Formação integral. Por tudo isso, fazer

parte desta Rede torna-se um convite irresistível.

58 www.lasalle.edu.br

Brinde de Matrículas

Os alunos dos colégios particulares da Rede La Salle receberão, na

matrícula e rematrícula, um brinde especial do Colégio. Para os

estudantes até a 4ª série do Ensino Fundamental o presente será uma

bela lancheira personalizada com uma garrafinha e para os estudantes

até o Ensino Médio uma mochila e um adesivo da Rede. Já os alunos da

Educação Superior receberão uma camiseta da campanha institucional.

Notinhas do Marketing

07444_57-58_canalaberto_roberto 57 -58.ps

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009 09:36:49

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Page 59: Revista Integração Ed. 104

www.lasalle.edu.br www.unilasalle.edu.br

Natal é o momento de abrir

os corações para a espiritualidade.

De deixar as realizações do ano

saltarem aos nossos olhos.

De demonstrar a todos

tudo o que sentimos de bom.

De resgatar a referência

cristã para dar valor a

todas as coisas boas que aconteceram.

De desejar com toda força um

Ano Novo repleto de realizações.

Natal é o momento de abrir

os corações para a espiritualidade.

De deixar as realizações do ano

saltarem aos nossos olhos.

De demonstrar a todos

tudo o que sentimos de bom.

De resgatar a referência

cristã para dar valor a

todas as coisas boas que aconteceram.

De desejar com toda força um

Ano Novo repleto de realizações.

BOAS FESTAS!

59.ps

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 14:08:32

Perfil de cores: Perfil genérico de impressora CMYK

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Page 60: Revista Integração Ed. 104

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009 02:15:07

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