revista integração ed.100

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REDE LA SALLE ANO XXXVII - MAIO DE 2008 - N.º 100 REDE LA SALLE ANO XXXVII - MAIO DE 2008 - N.º 100 www.lasalle.edu.br Matéria de capa: Aprendizagem no processo de formação docente Entrevista com os educadores Irmão Alvimar D´Agostini e Ana Poppe Colégios Lassalistas jubilares no ano de 2008 Materiais Pedagógicos digitais sob medida Projeção de um dos jogos pedagógicos da Rede La Salle ISSN 1982-3991 9 777198 239918 0 0 1 0 0

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Revista Integração

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Page 1: Revista Integração Ed.100

REDE LA SALLE

ANO XXXVII - MAIO DE 2008 - N.º 100

REDE LA SALLE

ANO XXXVII - MAIO DE 2008 - N.º 100

www.lasalle.edu.br

Matéria de capa:

Aprendizagemno processo de

formação docente

Entrevista com os educadores

Irmão Alvimar D´Agostini e

Ana Poppe

Colégios Lassalistas jubilares

no ano de 2008

Materiais Pedagógicos

digitais sob medida

Pro

jeção

de

um

dos

jogos

pedagógic

os

da

Rede

La

Salle

ISSN1982-3991

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P:\CLIENTES\La Salle Provincia\03918 - La Salle_Revista\Pdf´s - Alta\1° pROVA\03918 Capas Integracao 100.cdr

quinta-feira, 15 de maio de 2008 15:15:40

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Page 2: Revista Integração Ed.100

Expediente

ANO XXXVII – Nº 100

MAIO DE 2008

A o orgão oficial de

comunicação das Comunidades Educativas

da Província Lassalista de Porto Alegre

(Reg.Esp.Matr.N.º170), com tiragem de

2.500 exemplares e circulação quadrimes-

tral.

éRevista Integração

Diretor Administrativo

Diretor Presidente

Diretor de Educação e Pastoral

Diretor de Formação

Diretor Secretário

Revisão

Comissão Editorial

Redação e Expediente

Editoração

Ctp, Impressão e Acabamento

Marcos Antonio Corbellini

Jardelino Menegat

Paulo Fossatti

Paulo Lari Dullius

João Angelo Lando

João Angelo Lando

Setor de Marketing da Rede La Salle

Rua Honório Silveira Dias, 636

Porto Alegre-RS - Brasil - 90550-150

Fone: +55 (51) 3358-3600

Fax: +55 (51) 3343-2322

[email protected]

Roberto Monte Maior de Oliveira

Algo Mais - Gráfica e Editora

Os artigos são de responsabilidade dos seus

respectivos autores.

Ivan José Migliorini

João Angelo Lando

Ana Paula Diniz

Adriana Beatriz Gandin

Hugo Bruno Mombach

4065 DRT-RS

Jornalista Responsável

PROVÍNCIA LASSALISTA DE PORTO ALEGRE

A edição número 100 da Revista Integração trata de um assunto importante

para a Rede La Salle: a formação continuada dos profissionais que atuam na

área da educação. Uma edição que ressalta a preocupação das pessoas em

educar e a necessidade de reciclar os conhecimentos para transmitir idéias de

maneira atualizada. Para marcar este momento, um novo projeto visual está

sendo apresentado para que a atenção de todos os leitores seja renovada. Os

nomes das seções tiveram pequenas alterações para garantir que a linguagem

seja atualizada, facilitando o melhor entendimento das informações que serão

passadas. “Sou Lassalista” é uma seção criada para trazer a opinião, os

depoimentos dos diferentes públicos da Rede La Salle.

Os colégios jubilares serão homenageados com textos escritos pelas direções

para que todas as comunidades da Rede La Salle saibam a importância do

espaço conquistado pela Educação Lassalista durante os mais de 100 anos de

presença no Brasil.

A entrevista mostra que todos precisam aprender com a vida e com tudo o que

é oferecido no cotidiano.

Durante o ano de 2008 todas as edições abordarão o conhecimento a partir de

diferentes ângulos. O segundo número abordará o ato de aprender dos alunos,

as dificuldades que os alunos e os educadores enfrentam nesse momento em

que o acesso as informações é fácil e diversificado, e os males que esse

acesso pode gerar.

A última edição do ano, distribuída para as Famílias Lassalistas, fará um

apanhado dos temas anteriores para enfocar detalhadamente o conhecimento

de maneira ampla, incluindo todas as partes responsáveis na transmissão e

captação de conhecimento.

Comissão Editorial

Editorial

02

Oensin

oque acompanha

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Colégios Lassalistas Jubilares em 2008

www.lasalle.edu.br

P:\CLIENTES\La Salle Provincia\03918 - La Salle_Revista\Pdf´s - Alta\1° pROVA\03918 Capas Integracao 100.cdr

quinta-feira, 15 de maio de 2008 15:33:26

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Page 3: Revista Integração Ed.100

Índice 08

09

10

13

Entrevista 05

Cultura

Nossos Ícones

Indica uma página

na internet ou um e-mail.

Referências bibliográficas ou mesmo

indicações de leituras que digam

respeito à matéria em pauta.

Entrevista com o Diretor do

Colégio La Salle Canoas, Ir. Alvimar D´Agostini e

com a Vice-diretora e Supervisora Pedagógica do

Colégio La Salle São João, Ana Poppe

Eventos

Centenário

São João Batista de La Salle

Rede

Experiências

Capa22

27

34

42

16

41

17

Diário de Classe

Artigos

Canal Aberto

Conheça a peça de teatro “Exército de Sonhos”

10. Recepção aos calouros do Unilasalle Canoas

11.Inauguração das reformas na Escola La Salle Pão dos Pobres

12. Via Sacra representa a Identidade Católica Lassalista

13. Acompanhando gerações no centro de Porto Alegre

14. Grande importância na sociedade caxiense

15. Contribuição para o crescimento da cidade

É La Salle conhecido hoje?

Materiais pedagógicos digitais

sob medida

17. Biblioteca - Espaço de incentivo à leitura e valorização da vida

18. Educação Musical - La Salle Caxias lança projeto diferenciado

19. Pré-Missão Jovem - Um projeto que promove o desenvolvimento social

20. Obras Assistenciais - Campanha divulga Responsabilidade Social da Rede La Salle

21. Conselhos do Leitor - Alunos de Canoas participam de grupos de produção textual

A aprendizagem no processo

de formação docente

Breves relatos de atividades

desenvolvidas nos Colégios Lassalistas

34. Mediação Pedagógica

36. Exponha-se a uma quantidade maior de livros

38. O ato de aprender brincando

Ludoteca - Um novo olhar pedagógico

39. Os novos desafios no ato de aprender

40. O gesto de aprender e ensinar na escola

Zeladores da Marca

A importância de uma Campanha Institucional

Sou LassalistaDepoimentos de alunos, professores e

colaboradores lassalistas sobre sua

vivência na Rede La Salle

P:\CLIENTES\La Salle Provincia\03918 - La Salle_Revista\03918 - 03.cdr

quinta-feira, 15 de maio de 2008 11:28:19

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Page 4: Revista Integração Ed.100

Revista Integração

04 www.lasalle.edu.br

Reinventar-se ao longo do tempo. Esta foi a pauta corajosa e perseverante da Revista Integração nos seus 36 anos de

existência. Do seu inventário de múltiplas expressões, merece destaque, também, a agora marca histórica de 100 edições. Por feliz

coincidência, em 2008, Integração circula seu nº 100, nos 100 anos de fundação das instituições lassalistas: Colégio La Salle Dores, de

Porto Alegre, Colégio La Salle, de Canoas e Colégio La Salle Carmo, de Caxias do Sul, para as quais é também destinada. Celebrar esta

centésima edição é evocar o passado, responder ao presente e projetar o futuro. Chegar ao seu nº 100 é sinal que o produto é bom. Nas

suas mais de 11.000 páginas, o pensar, o sentir e o proceder das Comunidades Educativas Lassalistas. Aproveitando este aniversário

de 100 edições, apresentamos uma breve retrospectiva da evolução da Revista, já que fomos testemunhas de parte desta caminhada,

desde 1975, participando em momentos distintos da Comissão Editorial, em 54 edições e 19 anos de serviços. Parabéns à Integração

por mais esta conquista e que continue, ao longo do tempo, com sinais tangíveis de sua marca, a produzir em campo fértil semeaduras

de vida e esperança.

REINVENTAR-SEao longo do tempoIr. Ivan José Migliorini

NOVEMBRO - Encontro das CELs - Comunidades Educativas

Lassalistas, Província Lassalista de Porto Alegre, na Colônia de

Férias do Grêmio Sargento Expedicionário Geraldo Santana, em

Tramandaí - RS. No Encontro, foi sugerida a criação de uma Revista

de divulgação.

1971

MARÇO - Conselho Provincial Lassalista autoriza a criação da

Revista Integração, de conteúdo pastoral-pedagógico.1972

MAIO - Edição nº 1 - Lançamento da Revista Integração Órgão de

Intercomunicação das Comunidades Educativas Lassalistas, da

Província Lassalista de Porto Alegre. Redação: Departamento

Pastoral-Pedagógico. Seções básicas: artigos, notícias e resenha

bibliográfica. Formato: 15 x 20, em preto e branco, impressão no

Departamento 3M, Livraria Santo Antônio Pão dos Pobres.

Circulação quadrimestral.

1975MARÇO - Edição nº 8 - A partir de sugestão do Encontro das APMs -

Associações de Pais e Mestres, realizado em maio de 1974, a

Integração, nº 8, é apresentada com nova diagramação, formato

15 x 20, capa colorida, miolo preto e branco, em offset, com

inserções comerciais para seu custeio. Redação: Departamento

Pastoral-Pedagógico. Seções: Catequese, Educação, Filosofia,

Lassalianismo, Administração, Experiências, Notícias, Colégios e

Bibliografia. Tiragem: variável, conforme assinaturas das CELs.

Impressão: Gráfica Dom Bosco.

1981JULHO - Edição nº 24 Término das inserções comerciais. Mantença

da Revista: apenas pelas assinaturas das Comunidades

Educativas Lassalistas.

1982NOVEMBRO - Edição nº 28 - Impressão na Gráfica Editora La Salle.

Continua a capa colorida e seu miolo, agora, formatado em

linotipia.

OUTUBRO - Edição nº 58 - Editoração eletrônica, em offset.

Redação: Comissão Educação-Escola.1991

JULHO - Edição nº 79 - Nova diagramação, ainda no formato 15 x

20, agora, totalmente em cores. Seções: matéria de capa,

reportagem, artigos, experiências pedagógicas, legislação,

destaques. Entre os textos, inserções de boxes com variadas

informações ligadas à linha editorial. Redação: Comissão

Educação-Escola. Arte Gráfica: EML Design. Impressão: Gráfica

Editora La Salle.

2000

2003MARÇO - Edição nº 85 - Ano XXXII Novo lay out, com mudanças

estruturais no seu formato, 20 x 30, papel couché, toda em cores,

com valorização da qualidade formal, sem desmerecer a sua linha

editorial. Novas Seções: Entrevista (matéria de capa), Cultura,

Eventos, Troca de Experiências, Rede La Salle, Recordando,

Artigos, Diário de Classe e Canal Aberto. Projeto Gráfico e

Editoração: Setor de Comunicação e Marketing. Redação:

Comissão de Educação e Pastoral. Impressão: Algo Mais Artes

Gráficas e Editora. Tiragem: 15.000 exemplares e circulação

quadrimestral. Distribuição: Comunidades Educativas

Lassalistas.

2008

MAIO - Marca histórica da

Edição nº 100

P:\CLIENTES\La Salle Provincia\03918 - La Salle_Revista\03918 - 04_RevInt.cdr

quarta-feira, 14 de maio de 2008 21:13:06

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Page 5: Revista Integração Ed.100

Entrevista

APRENDENDO

COM A VIDA

Desde o nascimento somos

desafiados a abrir os olhos, a enxergar um

novo mundo, a mudar concepções, a voltar

atrás, a refazer, a reconhecer o que é

essencial... Tudo porque o ato de aprender é

um processo que acompanha o ser humano

em toda a sua vida. É vivendo e aprendendo

que colocamos à prova nossa capacidade

de interação e intervenção com o mundo.

Desta forma, podemos notar que a

aprendizagem é um processo contínuo,

capaz de transformar a sociedade, a

tecnologia, a ciência, a saúde e,

principalmente, a nós mesmos. E este

processo que nos desafia a caminhar só se

constrói com o outro, ou seja, com as

pessoas que escolhemos para partilhar e

comungar idéias, saberes, desafios,

projetos... Isso se verifica nas reflexões do

escritor e biólogo Humberto Maturana, que

afirma que “o educar se constitui no

processo em que a criança ou o adulto

convive com o outro e, ao conviver com o

outro, se transforma espontaneamente...”.

A aprendizagem não pode ser vista

como uma simples acumulação de

conhecimentos e muito menos como algo

que está pronto para ser consumido. Trata-

se de essência construída no dia a dia,

A escola é detentora de um

período da formação humana alicerçada em

uma organização formal, mas isso é pouco

para quem deseja preparar crianças e

adolescentes para um mundo que exige

constante atualização. O período escolar

termina com o ensino médio para alguns e

com o ensino superior para outros, mas a

v i d a e x i g e o u t r a s r e s p o s t a s e

aprendizagens de todos nós.

Mente aberta. Vontade de arriscar.

Dizer não ao não. Esses são requisitos

básicos para professores que desejam

acompanhar os desafios da educação

contemporânea. E ah... como diz Philippe

Perrenoud, é importante que esses saberes

sejam construídos e contextualizados, pois,

aí sim os conteúdos de aula não ficarão

somente nos cadernos.

O ato de aprender acontece

em todo o período da vida da pessoa. Nós,

seres humanos, pelo simples fato de

estarmos vivos, já estamos aprendendo

alguma coisa. O ser humano se distingue de

outros seres vivos principalmente pela sua

capacidade de aprendizagem. Eu considero

que o ato de aprender é uma constante na

vida do ser humano e que acontece em

todas as circunstâncias, no dia-a-dia, nos

relacionamentos, no estudo, no trabalho. O

ato de aprender não é só para quem estuda.

RI - O QUE IMPULSIONA O ATO DE

APRENDER?

IR. ALVIMAR -

através das relações. A família, a escola e a

sociedade são as grandes orientadoras dos

atos educativos que temos hoje.

A Revista Integração convidou dois

educadores da Rede La Salle para trocar

idéias sobre o ato de aprender, com

desdobramentos para os processos

educativos que desafiam a escola particular

da atualidade. O Ir.Alvimar D'Agostini é

diretor do Colégio La Salle Canoas e tem sua

formação básica na Filosofia e Mestrado e

Doutorado em Educação. Já Ana Poppe é

Vice-diretora e Supervisora Educativa do

Colégio La Salle São João, Pedagoga, Pós-

graduada em Psicopedagogia e Supervisão

Escolar.

A entrevista vai apresentar os

destaques de uma conversa sobre

inovação, tecnologias, motivação para

educar, recursos pedagógicos. Assim, as

páginas a seguir são um convite à leitura

para aqueles e aquelas que vêem a

educação como um caminho cheio de

possibilidades.

Ir. Alvimar D´Agostini e

Ana Poppe

Revista Integração • Maio 2008 05

Entrevista

Por Cíntia Miguel

Jornalista

APRENDENDO

COM A VIDA

A aprendizagem não pode ser vista

como uma simples acumulação de

conhecimentos e muito menos

como algo que está pronto

para ser consumido.

030918 - 05-07_Entrevi.cdr

quarta-feira, 14 de maio de 2008 21:33:23

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Page 6: Revista Integração Ed.100

Ana -

Ir. Alvimar -

Ana -

Dentro da prática da escola, temos um

ideal, aquilo que gostaríamos e de certa

forma esperamos das famílias. Às vezes, a

família delega toda essa parte da

aprendizagem para a escola, como se ela

não fizesse parte do processo. As pessoas

aprendem e aprendem também para

mostrar às outras pessoas. E, se a criança

não tiver, desde pequena, para quem

apresentar o que ela aprendeu, o resultado

é muitas vezes a desmotivação. Cada vez

mais a famíl ia está delegando a

aprendizagem, não só a formal, mas a

aprendizagem como um todo para a escola.

A família e a escola possuem um

papel complementar no ato de aprender.

Uma instância complementa a outra até

mesmo porque nós, muitas vezes, exigimos

dos alunos que em casa também continuem

a sua formação. Na realidade, no dia-a-dia,

encontramos algumas dificuldades em fazer

esse meio campo, ora porque os pais

trabalham e porque não podem, ora porque

a escola também não pode. Os ritmos da

família e da escola são diferentes,

diversificados e são poucos os momentos

em os dois organismos conseguem

encontrar espaços e momentos para

trabalharem juntos.

Há algum tempo, a escola ficava com o

objeto da aprendizagem formal, com o

currículo, com o conteúdo e não se

trabalhava essa questão de uma formação

mais integral, não se educava para a vida. A

RI - A EDUCAÇÃO QUE TEMOS HOJE PODE-

SE CHAMAR DE “EDUCAÇÃO PARA A

VIDA”? POR QUÊ?

ANA -

IR. ALVIMAR -

RI - E NA ESCOLA, QUEM SÃO OS

ENVOLVIDOS NA APRENDIZAGEM?

ANA -

IR. ALVIMAR -

Aí entra o momento da interação com

o outro. No relacionamento e interação com

o outro, a pessoa está aprendendo. Não é

necessário ir formalmente para a sala de

aula ou para a escola para que haja

aprendizagem.

Poderíamos, talvez, observar

uma criança e quantas aprendizagens que

ela faz pelo simples contato, pela interação

que exerce com a mãe, por exemplo. A mãe

é uma mediadora da aprendizagem, mas a

criança aprende sozinha também, à medida

em que ela vai mexendo, tocando, correndo,

se movimentando. A vida é uma constante

aprendizagem. Enquanto vivemos,

aprendemos...até o último dia.

Toda a Comunidade Educativa faz

parte desse processo. Para que um aluno

possa aprender, necessitará ter um bom

ambiente, uma sala adequada, limpa,

organizada. É uma engrenagem que

contribui para o aspecto da aprendizagem

na sala de aula. Agora, tem o aspecto do

vínculo que, principalmente nas crianças,

não podemos descaracterizar. A empatia e o

vínculo amoroso com o professor,

sobretudo nas séries iniciais, faz muito

sentido para a aprendizagem. Aí vem a

questão da aprendizagem pelo afeto que

nós, como escola lassalista, não podemos

deixar de ver principalmente nas relações

do professor com o aluno.

Quando se fala em

aprendizagem, poderíamos fazer uma

distinção entre aprendizagem consciente e

a p r e n d i z a g e m i n c o n s c i e n t e o u

aprendizagem espontânea, natural que

ocorre na informalidade ou aquele ato de

aprender consciente, formal, estruturado. A

escola trabalha no campo do ato de

aprender estruturado, ou seja, uma das

grandes funções do trabalho da escola é

sistematizar os conhecimentos, os

conteúdos, a realidade e torná-la mais

visível de modo sistematizado. Já a

aprendizagem espontânea, inconsciente é

algo natural da vivência, da informalidade,

do dia-a-dia. A escola trabalha com este

lado mais estruturado, mais organizado.

Nesse contexto, no ato de aprendizagem

intencional, o afeto é muito importante e o

papel do mediador faz essa diferença. A

realidade, o mundo do conhecimento é algo

complexo, com muitas facetas e o professor

tem a função de tornar essa realidade mais

clara, visível e compreensível. Por isso o

professor tem a função de motivar para que

o aluno possa aprender de modo mais fácil e

prazeroso.

RI - COMO OCORRE A PARTICIPAÇÃO DA

FAMÍLIA NA APRENDIZAGEM FORMAL DO

ESTUDANTE?

escola, por todo um movimento de

sociedade, de núcleo familiar, já incorporou

outras aprendizagens como parte do seu

cotidiano. Muitas vezes, em conselhos de

classe, acabamos usando muito mais

tempo para discutir questões do contexto

da família, para entender, para ver, para

ajudar a criança ou o adolescente nas suas

aprendizagens, do que falando das

dificuldades da aprendizagem em si.

A escola particular sempre foi

uma opção de formação, uma opção livre

que as famílias fazem juntamente com seus

filhos e ela tem o papel de colaborar na

formação do indivíduo. E não é só formação

em termos de conhecimento cognitivo, é

uma formação muito mais ampla. A escola

não pode simplesmente ficar alheia ao

ENEM, ao vestibular, porque nós estamos

nesse contexto e mesmo nessas

circunstâncias, a formaçao integral que

envolve o todo do ser humano deve ser

priorizada. O ato de aprender é isso. Não

aprendemos só cognitivamente, mas nós

aprendemos fazendo, aprendemos

brincando, aprendemos nas relações entre

as pessoas, com nossos sentimentos.

Através da educação, estudamos questões

sobre o nosso corpo, sobre os movimentos,

a afetividade, a sexualidade. Isso é muito

mais integral que aquilo que muitos

vestibulares e exames nacionais avaliam.

O papel da escola vai muito além da

aprendizagem. Não conseguimos avaliar o

relacionar-se com o outro, a cordialidade, a

questão da solidariedade, o entendimento

do outro, perceber o outro com as suas

individualidades... isso não cai nos exames

de nenhum processo avaliativo. Com

certeza, essas questões o jovem, a criança,

o aluno leva para a vida toda. Eu acho que o

papel da escola é este também. Não dá para

nos fixarmos somente na questão do

conhecimento.

Quando nós falamos de

tecnologia, entramos na questão dos

r e c u r s o s , d a s m e t o d o l o g i a s d a

aprendizagem. As tecnologias colaboram

muito para facilitar o ato de aprender. Hoje a

pessoa pode aprender a fazer muitas coisas

com recursos que no passado não

tínhamos. Então hoje nós somos

RI - ESSA MUDANÇA SOCIAL E CULTURAL

MUDA TAMBÉM O LUGAR DAS ESCOLAS

PARTICULARES. VEMOS RECENTEMENTE

NO ENEM QUE O ENSINO PÚBLICO ESTÁ

MELHORANDO NO RS. ASSIM, QUAL O

ESPAÇO DA ESCOLA PARTICULAR HOJE?

RI - QUAL O PAPEL DA ESCOLA EM UM

U N I V E R S O V O L T A D O P A R A O

DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS E

ACESSO ÀS INFORMAÇÕES?

Ir. Alvimar -

Ana -

Ir. Alvimar -

Entrevista

06 www.lasalle.edu.br

Inovação requer tomar

consciência, dar-se conta de

que a realidade muda constan-

temente, que a realidade

é dinâmica e que há

pluralismos de informaçõesIr. Alvimar D´Agostini

030918 - 05-07_Entrevi.cdr

quarta-feira, 14 de maio de 2008 21:33:43

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Page 7: Revista Integração Ed.100

Entrevista

Revista Integração • Maio 2008 07

privilegiados, podemos proporcionar certas

aprendizagens de modo muito mais rápido,

exatamente porque o ser humano

desenvolveu uma gama de recursos que nos

facilitam isso. Nas escolas, vemos muitas

vezes que o aluno já não se preocupa em

memorizar certos conteúdos porque

simplesmente a informação está

disponível. No entanto, o ato de aprender

também é importante porque as pessoas

criam memória. As tecnologias estão aí para

tornar mais fácil a aprendizagem e elas

podem ser utilizadas de muitas formas para

o processo de aprendizagem se tornar mais

prazeroso, interativo. Tudo vem para

facilitar.

A palavra inovação chama à

atenção para o fato de que a escola também

precisa de adaptar aos tempos atuais. Há

mudanças constantes, novas tecnologias

aparecem e a escola não pode ignorar isso.

A escola tem que se modernizar também,

porque o próprio mundo é dinâmico, a

própria sociedade é dinâmica e a escola

precisa estar atenta para essa realidade.

Por outro lado, a inovação também está nas

coisa simples, no fato de fazer a rotina

sempre de um modo diferente, mais

agradável, cuidando pequenas coisas. Isto

também é ser i novado r . Não é

s i m p l e s m e n t e u m a p a r a f e r n á l i a

tecnológica.

Não adianta nos atermos muito às

novas tecnologias e esquecer do principal

que é a interação do professor com o aluno.

Eu me questiono muito o que seria

realmente inovação. Precisamos começar a

buscar o uso de tecnologias, de recursos, de

metodologias que favoreçam uma

atualização pedagógica. No entanto não

podemos virar escravos do mercado, porque

existe toda uma questão mercadológica por

trás de tudo isso.

Eu percebo que o professor que

consegue mexer com o aluno é aquele que

faz o estudante ter o desejo de voltar para a

sala de aula. É aquele que faz com que o

aluno não fique contando o tempo para que

termine a aula, o período, a tarde, o turno...

É aquele que consegue provocar e deixar

aquele gostinho de quero mais, de ficar na

sala, de poder chegar em casa e abrir um

livro e ir além.

RI - QUANDO SE PERCEBE QUE UMA

ESCOLA ESTÁ EM BUSCA DE PROCESSOS

INOVADORES?

RI - PHILIPPE PERRENOUD FALA EM SUAS

O B R A S Q U E A E S C O L A P R E C I S A

RELACIONAR OS SABERES DE FORMA

COMPLEXA E DESAFIADORA. VOCÊS

ACREDITAM QUE A EDUCAÇÃO PRIVILEGIA

E AGUÇA A CURIOSIDADE DO EDUCANDO?

Ir. Alvimar -

Ana -

Ana -

Ir. Alvimar -

Ana -

Ir. Alvimar -

Ir.Alvimar -

Ana -

Todos nós somos diferentes e

temos necessidades diferentes. Assim

todos os alunos possuem necessidades

especiais. O outro não aprende por mim,

mas ele me desafia, ele me ajuda, é um

mediador para que eu aprenda. Eu também

penso que cada caso é um caso. Dentro de

uma sala de aula temos alunos com

histórias diferentes, alguns mais rápidos,

outros menos rápidos. Essa questão de

necessidades especiais está muito ligada

ao ritmo de aprendizagem de cada um.

Assim, é importante que as escolas

analisem situação por situação, caso por

caso: por vezes, as necessidades de um

aluno são muito diferentes daquilo que a

escola tem e pode oferecer. E aí a escola

não estaria sendo responsável por este

aluno, não o estaria ajudando. Da mesma

forma, algumas escolas, talvez, não

poderiam aceitar os alunos muito

inteligentes, pois não estariam adaptadas

para alguém que já esteja à sua frente.

Em primeiro lugar, comprometimento.

Tu tens que estar comprometido com aquilo

que fazes. E entra também a questão da

responsabilidade e poder estar disponível

ao outro para atender tudo isso que

conversamos sobre aprendizagem. Talvez o

papel do professor fosse bem mais simples

se fixado somente na transmissão do

conhecimento, da questão acadêmica e

curricular. Mas entra todo o lado da

formação, da pessoa.

Vou usar duas palavras para

sintetizar essa gama de características do

professor atual. Ele deve ser um grande

profissional, estar muito bem preparado,

com conhecimento da sua área. E deve

também ser um grande ser humano,

exatamente contemplando essas questões

de relacionamento, de afetividade, de

educação de valores. Em resumo é

necessário ser um grande profissional e um

grande ser humano.

As próprias instituições são

agentes de aprendizagem. A escola como

um todo precisa estar constantemente

atenta para as demandas, exigências e

novos conhecimentos que são produzidos.

É necessário aliar o trabalho com a

formação continuada.

A instituição aprende quando se

autoavalia, quando pára para ver o que está

bem, o que precisa ser melhorado,

fortalecendo o diálogo entre todos os

segmentos da escola.

RI - QUE HABILIDADES O PROFESSOR

P R E C I S A D E S E N V O L V E R P A R A

ACOMPANHAR TODOS ESSES DESAFIOS

DA EDUCAÇÃO ATUAL?

RI - E COMO A ESCOLA APRENDE?

Ir. Alvimar -

Ana -

O professor é desafiador

quando, por exemplo, ele torna os

conteúdos dinâmicos, agradáveis, quando

ele simplesmente não faz o aluno reproduzir

as aprendizagens. Esse é o grande papel do

professor: ser mediador e, sendo mediador,

desafiar os alunos a buscarem mais, não

dar respostas prontas, mas fazer com que o

aluno busque, se interesse, perceba um

sentido para aquele conteúdo, que vale a

pena aquela aprendizagem, que vai ser útil.

Não podemos querer que todos, ao

mesmo tempo, cheguem ao mesmo nível de

conhecimento. O desafio ainda está em

trabalhar com os professores para que eles

possam entender que existe este tempo

diferenciado para as crianças com

necessidades especiais. Lembro-me do que

o Irmão Paulo Fossatti, Diretor de Educação

e Pastoral da Rede La Salle, colocou na

abertura do ano letivo, no La Salle Dores:

hoje trabalhamos com outro tipo de

necessidade, com outro tipo de carência

nas nossas escolas particulares, que é o

a l u n o c a r e n t e d e a f e t o , d e

acompanhamento... e, para isso, temos que

fazer também um atendimento especial.

Mas tudo é uma aprendizagem. Creio que as

escolas estão aprendendo a respeitar esse

tempo. Há toda uma questão pedagógica, a

questão do ambiente, de ter uma sala

especial, uma classe. A escola precisa estar

imbuída desse espírito.

RI - EM UM CONTEXTO DE INSERÇÃO DE

E S T U D A N T E S P O R T A D O R E S D E

NECESSIDADES EDUCACIONAIS NAS

E S C O L A S , C O M O D E V E S E R

ACOMPANHADO O ATO DE APRENDER?

Não adianta nos atermos

muito às novas tecnologias e

esquecer do principal que

é a interação do professor

com o aluno

Ana Poppe

030918 - 05-07_Entrevi.cdr

quarta-feira, 14 de maio de 2008 21:34:01

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Page 8: Revista Integração Ed.100

Sou Lassalista

08 www.lasalle.edu.br

Amor à primeira vista

Ela define sua relação com a Rede La Salle como amor à primeira vista. Quando era

criança, a professora do Colégio La Salle Núcleo Bandeirante-DF, Izôlda Manoela

Barbosa Moura, ficou encantada com a filosofia da escola e destaca que sempre

sonhou em estudar lá. “Comecei a trabalhar bem próximo à escola, até que um dia

decidi que era ali que queria trabalhar”. A professora conta que foi até o diretor e falou

sobre seu desejo. Na semana seguinte foi contratada como recepcionista. “Meu

sonho de criança se tornava realidade. Aprendi muito aqui e trabalhei em vários

setores até chegar à regência de sala de aula, meu laboratório vivo”.

Hoje, Izôlda se sente realizada e considera que ser lassalista é respeitar o próximo e

ter fé na educação. “É desenvolver ações comunitárias, por meio da educação. É

partilhar conhecimento e valores. É acreditar que, por meio da educação, é possível

mudar a vida de um ser humano”. A professora, que é formada em pedagogia e

psicopedagogia, está há sete anos no La Salle Núcleo Bandeirante.

Inspiração nos ideais educativos lassalistas

Eliane Lucia Roman é colaboradora lassalista desde 1985 e trabalha

na Secretaria do Colégio La Salle Xanxerê, em Santa Catarina.

Formada em Informática e pós-graduada em Gestão de Pessoas,

afirma que se sente realizada e orgulhosa por pertencer à Rede La

Salle. “Busco inspiração nos ideais educativos lassalistas,

desempenhando meu trabalho com dedicação e ética, me

aperfeiçoando continuamente e procurando cumprir não somente

minha função, mas contribuir sempre mais”. Para Eliane, ser

Lassalista representa o desafio de formar gerações mais jovens,

através da valorização do relacionamento humano, fazendo da escola

um ambiente harmônico onde há respeito aos outros, vivência da fé e

Eliane Lucia Roman

La Salle Xanxerê, SC

Izôlda Manoela Barbosa Moura

La Salle Núcleo Bandeirante, DF

Daniela Lima Gomes

La Salle Esteio, RS

Momentos marcantes no Colégio

“Um Lassalista não é apenas mais um no mundo, mas sim um cidadão que pode e

deve fazer a diferença”. Essa é a opinião da aluna do Colégio La Salle Esteio,

Daniela Lima Gomes, 13 anos. Ela estuda na instituição desde os 4 anos e hoje

está na 8ª série do Ensino Fundamental. Daniela se define como uma menina que

tem muito para aprender. “Aproveito todos os momentos para tirar um

aprendizado. Sei muitas coisas sobre a vida, só que tenho muitas dúvidas e tenho

que encontrar as respostas”.

A estudante afirma que cresceu muito desde que está no Colégio e que se

fortaleceu bastante como pessoa. Ela lembra de momentos marcantes

proporcionados pelo La Salle. “Tenho momentos muito marcantes como a Páscoa

Jovem. Lá encontrei pessoas sensacionais e aprendi muitas coisas sobre a vida e

sobre Jesus. Era como estar com minha família, de tão bem que me senti”.

presença de Deus. Ela conta que iniciou no La Salle com 23 anos e foi contratada como bibliotecária. Na época, nenhum setor do

Colégio era informatizado. “Uma das secretárias solicitava constantemente o meu auxílio para trabalhos de secretaria.Me sentia

feliz em poder ajudar”, recorda ela.

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 21:40:10

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Page 9: Revista Integração Ed.100

Te

atr

oCulturaCultura

Por Maria Elisa Schuck Medeiros

Vice-diretora do Colégio La Salle Canoas - RS

iante de um cenário totalmente globalizado, em que

situações de descaso com a vida estão muito

presentes, entendemos que o mundo de hoje requer

pessoas que assumam integralmente suas

responsabilidades. Precisamos fazer do espaço escolar um

local de mobilização, de sensibilização para questões ligadas

à formação da cidadania, contribuindo para a qualidade de

vida, especialmente de nossas crianças e jovens, através da

pedagogia lassalista, de fé e solidariedade. As demandas de

educação já sinalizam para a construção de um amplo projeto

que prepare jovens não apenas para um mercado de trabalho,

mas que transforme-os em pessoas realmente capazes de

valorizar a vida, através do cuidado com a mesma. As

perguntas que seguidamente temos são: o que fazer? Como

fazer? Com que meios? Podemos começar com múltiplas

formas de sensibilização para a defesa da Vida.

Hoje, temos uma necessidade muito presente em

nosso mundo de conscientizar as crianças, os jovens e

também os adultos sobre as questões relacionadas aos

acidentes de trânsito. Quantas pessoas diariamente perdem

a vida por atos imprudentes no trânsito? Essa é uma causa

urgente nas nossas escolas.

Por isso indicamos, para fazer essa conscientização dos

jovens sobre os acidentes de trânsito e a preservação da vida, a

peça de teatro “Exército de Sonhos”.

Exército de Sonhos é uma produção gaúcha, voltada

para estudantes de 8ª série e Ensino Médio. O texto é do roteirista

Eduardo Cabeda e a direção de Ângela Gonzaga, tia de Thiago, cuja

morte em acidente de trânsito originou a Fundação Thiago de

Moraes Gonzaga. O elenco é composto por quatro atores, todos

jovens, uma exigência de Diza Gonzaga, mãe de Thiago e

presidente da Fundação.

A peça foi construída através de fatos reais. A história,

muito bem interpretada pelos atores, procura mostrar situações

semelhantes às que os jovens vivenciam, seus sonhos, suas

irreverências diante da vida e suas noites de festas. Mostra

também que um sonho de uma vida linda pode acabar

instantaneamente, quando deixamos de escutar a voz da

consciência e dizemos sim para tudo o que nos oferecem, para

não ser ridicularizados ou até mesmo excluídos pelo grupo,

acreditando que nada vai acontecer (cultura de super-herói). A

ênfase dessa história está no perigo real de ingerir bebida

alcóolica e dirigir, e essa mensagem é muito bem compreendida

pelos jovens.

Revista Integração • Maio 2008 09

O Exército de Sonhos

Contato com o Vida Urgente - 3231.0893

[email protected]

D

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 21:45:03

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Page 10: Revista Integração Ed.100

Eventos

10

Os novos acadêmicos do

Unilasalle Canoas-RS para o primeiro

semestre de 2008 foram recebidos com um

show da banda Chimarruts, contratada

exclusivamente para animar o início do ano

letivo da Instituição. O alto astral marcou o

show na noite de 6 de março. O evento

reuniu em torno de 3.500 pessoas no

pátio da Instituição. Em mais de uma

hora de show, a banda manteve os

alunos no pátio até a última música.

A festa transcorreu em clima de

alegria e descontração. Para a Reitoria, a

contratação de uma banda de nível

nacional foi a forma de demonstrar a

importância do acadêmico para a

administração da instituição, que com a

recepção festeja a escolha pelo Unilasalle

feita pelos novos alunos na hora do

vestibular.

No palco com todos os recursos de

áudio e iluminação estruturado no pátio

central, a banda gaúcha que hoje é sucesso

em todo o país mostrou novos e velhos

sucessos, num show super produzido.

A reitoria do Unilasalle convidou os

calouros do primeiro semestre a substituir o

trote por uma atividade na área de

responsabi l idade social , t rocando

alimentos não-perecíveis por camisetas.

O total de doações arrecadadas

fo i de 668 qui los de a l imentos

encaminhadas para o Banco de Alimentos

de Canoas, que tem a presidência exercida

pelo Unilasalle.

A proposta da Instituição é

proporcionar aos novos acadêmicos a

comemoração da entrada na vida

universitária, exercitando seu lado social.

Muitas novidades

A volta às aulas no Unilasalle,

neste início de semestre, foi marcada por

novidades resultantes de grandes

investimentos por parte da Instituição.

Os acadêmicos puderam ver obras

que vão desde a renovação das fachadas,

passando por reforma nos banheiros,

ampliação da área da biblioteca,

renovação das estações de trabalho

nos laboratórios de informática, salas

de aula com climatização e mobília

diferenciada para os cursos de

m e s t r a d o e p ó s - g r a d u a ç ã o ,

duplicação dos geradores de energia

elétrica, acabando com os riscos de

paralisação das aulas por cortes no

fornecimento, inauguração do Centro

Poliesportivo, que oferece estrutura para os

alunos e para a comunidade, aquisição de

microônibus para a realização de atividades

acadêmicas, até a reforma total do salão de

atos, que será concluída em maio.

Por Raquel Guimarães

Assessora de Imprensa do

Unilasalle Canoas-RS

www.lasalle.edu.br

Recepção aos calouros

do Unilasalle Canoas

A volta às aulas foi marcada por

novidades resultantes de grandes

investimentos por parte da Instituição.

Recepção aos calouros

do Unilasalle Canoas

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 22:15:15

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Page 11: Revista Integração Ed.100

Eventos

No dia 26 de março, em

solenidade marcada para às 16h, a Rede La

Salle reinaugurou os espaços da Escola

Assistencial La Salle Pão dos Pobres.

Desde o início de 2008, esta importante

instituição de Serviço Educativo aos Pobres

fo i tota lmente incorporada pelos

Lassalistas. A Escola atenderá os órfãos da

Fundação O Pão dos Pobres, também

administrada pela Rede La Salle, bem como

alunos carentes da região do bairro Cidade

Baixa.

O prédio foi totalmente reformado

e conta com 10 salas de aula, ludoteca,

biblioteca, laboratório de informática,

laboratório de ciências, setor pedagógico,

setor administrativo, sala dos professores e

sanitários. A capacidade de atendimento da

Escola Assistencial será de 450 alunos. A

Escola La Salle Pão dos Pobres fica

localizada na Rua da República, 801 - Porto

Alegre/RS.

Por que o Pão dos Pobres?

Desde 1916, os Lassalistas fazem

parte da Fundação O Pão dos Pobres. A

partir de 2008, além de oferecer os Irmãos

para administrarem a Fundação, a Rede

assume a responsabilidade econômica e

financeira da Escola, como forma de ampliar

sua responsabilidade social no município de

Porto Alegre, por ter sido o município que

acolheu os Irmãos fundadores em 1907.

Assim, Porto Alegre terá três escolas

lassalistas pagantes (La Salle Dores, La

Salle Santo Antônio, La Salle São João) e

duas escolas totalmente gratuitas (La Salle

Esmeralda e La Salle Pão dos Pobres).

A Rede La Salle se dedica ao

atendimento de crianças e jovens menos

favorecidos, através das obras educativas

que mantém em várias cidades do Brasil.

Estes locais cumprem um importante papel,

proporcionando educação humana e cristã

de qualidade e, principalmente, gratuita.

Também são desenvolvidos projetos em

escolas inseridas nos meios populares. Ao

todo são 10 instituições da Rede dedicadas

a este fim.

Por Tiago Schmitz

Setor de Marketing da

Província Lassalista de Porto Alegre-RS

Inauguração das reformas

na Escola La Salle

Pão dos Pobres

Revista Integração • Maio 2008 11

Inauguração das reformas

na Escola La Salle

Pão dos Pobres

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 22:15:36

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Page 12: Revista Integração Ed.100

Eventos

12

Quem chega ao Colégio La Salle e

ao Unilasalle, em Canoas, pela Rua XV de

Janeiro tem a certeza de que está entrando

em um lugar privilegiado. Por todo o

caminho até a chegada no pátio central é

possível acompanhar obras de arte que

representam a Via Sacra percorrida por

Jesus Cristo, a Gruta de Lourdes e a

representação do Calvário. As obras, que

foram criadas há mais de 60 anos pelo Ir.

Julio, juntamente com o escultor espanhol

Bartolomeo Lull já passaram por três

restaurações. No dia 04 de março, data de

fundação do Colégio La Salle Canoas, foram

entregues as últimas restaurações,

comandadas pelo Ir. Renato Koch com a

colaboração do artista plástico Paulo

Joaquim que se dedica à instituição há mais

de trinta anos.

Segundo o Ir. Renato Koch, a Via

Sacra representa as quatorze estações

tradicionais do devocionário da época

Barroca até os dias de hoje. Ir. Renato

também é responsável pela restauração da

Capela São José que fica dentro do Colégio.

Além de artista plástico, Irmão Renato

também se dedica à música erudita e é

membro do setor de arte da Comissão

Arquidiocesana de Arte Sacra Porto Alegre.

As quatorze Estações retratadas

na Via representam os episódios mais

marcantes na Paixão e Morte de Cristo. Esta

tradição reproduz a Via Dolorosa, ou seja, o

percurso feito por Jesus desde o Tribunal de

Pilatos até o Calvário em Jerusalém.

São as últimas horas na vida de

Jesus Cristo e foram montadas em quadros

individuais em forma de cruz francesa,

formando uma série de monumentos ao

longo do bosque. As obras foram

cuidadosamente retiradas e guardadas por

Ir. Renato que, juntamente com Paulo

Joaquim, retirou o mofo e refez as partes

quebradas e danificadas. “Esse trajeto nos

ajuda a percorrer com as crianças e

Conjunto arquitetônico adolescentes um caminho espiritual e a

compreender melhor a vida de Jesus e o

amor que teve por nós” comenta a

coordenadora da Pastoral do Colégio e

catequista, .

Passando pela Gruta de Lourdes

que foi inteiramente reformulada em Pedra

de Arenito, encontra-se o Calvário onde

foram criados dois espaços para aulas de

catequese e celebrações religiosas. O

espaço em torno de Cristo, Maria e João

possui um semicírculo para aulas com até

trinta pessoas. “Os Colégios Lassalistas

como colégios confessionais têm o dever de

oportunizar à comunidade educativa o

conhecimento dos fundamentos da fé cristã

e a participação em atos litúrgicos”,

considera Marli.

Marli Zangalli Guilardi

Por Camila Arocha

Assessora de Comunicação

do Colégio La Salle Canoas-RS

www.lasalle.edu.br

Via Sacra representa

a Identidade Católica

Lassalista

Via Sacra representa

a Identidade Católica

Lassalista

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 22:15:56

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Page 13: Revista Integração Ed.100

Centenário

Revista Integração • Maio 2008 13

Oensin

oque acompanha

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-P

OR T O A L E

GR

E

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RS

“O Colégio La Salle Dores

continua com a mesma

filosofia e empenho que os

Irmãos Pioneiros. Os cem

anos são uma garantia da

importância histórica do La

Salle Dores, ao mesmo

Os cem anos de trajetória de uma das mais tradicionais escolas de

Porto Alegre foram marcados por momentos importantes. O ponto de partida

para a instalação do “Dores” foi a criação de uma escola na paróquia de

Nossa Senhora das Dores. O então Colégio Nossa Senhora das Dores foi

fundado no dia 3 de fevereiro de 1908 como escola masculina e uma turma

de 27 alunos. Em função do aumento da população escolar, em 27 de janeiro

de 1909 abrem-se as atividades do Colégio na Rua Riachuelo, n° 124 e 126

(atual nº 800), sob a direção do Ir. Fabiano Clemente.

Nos anos seguintes, a estrutura física do colégio foi ampliada e

passou por melhorias para atender as necessidades geradas pelo

crescimento. O Colégio já se chamou Ginásio Nossa Senhora das Dores e,

nos anos 40, intensificou sua relação com a cidade através da realização de

desfiles em datas comemorativas. Foi na década de 40, também, a

construção a atual fachada do prédio da Rua Riachuelo, quando mais uma

vez a escola trocou de nome. Na década de 50, iniciou a formação da Banda

Marcial Dorense, uma das maiores expressões culturais estudantis da

época. Alcançando seu auge na década de 60, a banda se apresentou em

muitos eventos importantes de Porto Alegre e do Estado como os Jogos

Mundiais Universitários e o Desfile da Legalidade. A adoção do regime misto

na escola ocorreu no início da década de 70. No final da década de 70,

iniciou-se a construção do Ginásio de Esportes, década também marcada

pelo funcionamento dos cursos técnicos na escola. Nos anos 90, a Província

reforça o conceito de escola lassalista e o Colégio Nossa Senhora das Dores

passa a se chamar Colégio La Salle Dores.

O comprometimento com a qualidade, o aprimoramento

pedagógico constante, o conforto, a segurança e um ambiente saudável para

convivência fazem com o La Salle Dores tenha um lugar especial nas

lembranças de quem teve ou tem alguma ligação com o colégio. Hoje, o

Colégio oferece formação nos níveis educação infantil, ensino fundamental,

ensino médio e turno integral. São cerca de 800 alunos engajados num

projeto de educação cristã que visa a formação integral do ser humano e é

fiel à obra de São João Batista de La Salle.

Acompanhando gerações

no centro de Porto Alegre

1908 20081910 1948 1960 1970

Colégio tem aumento

expressivo no número de alunos

Construção do atual

prédio da instituição

Um marco na cultura gaúcha

foi a criação da Banda Marcial

Primeira turma mista

de alunos dorenses

Alguns momentos marcantes

tempo em que são um desafio para mantermos vivo o

carisma que motivou tantos Irmãos, professores,

funcionários, alunos e famílias que por aqui passaram” -

Ir. Olavo José Dalvit

Por Juliane Penteado

Assessora de Comunicação do Colégio La Salle Dores

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 22:26:56

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Page 14: Revista Integração Ed.100

Centenário

Em quatro de fevereiro iniciou-se o centenário do La Salle

Carmo. Uma entidade educacional, com 100 anos de existência , com

certeza, deixa marcas profundas em uma sociedade. Se isso não

acontecer, em vão foi o trabalho e comemorar o centenário nessas

condições seria uma “ falsidade ideológica”. Mas, dentro da história

do La Salle Carmo, na sua caminhada educacional e pedagógica, a

influência dele em Caxias do Sul e região foi e é notória e de grande

importância, porque a presença tornou-se constante na sociedade

nos inícios do século passado e até hoje. Em 1908, quando aqui

chegaram os seis Irmãos pioneiros, a pedagogia lassalista foi

implantada com a marca européia em sua origem e com todo o vigor.

Basta ver o currículo de então. Além do ensino tipicamente

lassalista, a Escola, então denominada Nossa Senhora do Carmo,

implantou, criou e construiu grupos, todos eles voltados, de certa

maneira, à sociedade caxiense. Muitos, embora não mais presentes

na Escola como tal, foram transferidos para a Sociedade e persistem

até hoje, beneficiando a sociedade no seu todo. Para detalhar o que o

Carmo de então realizou e como fez parte da Comunidade, é

interessante nomear algumas delas. A SCAN ( Sociedade Caxiense de

Amparo aos Necessitados), foi fundada em 1935. Hoje é uma

instituição independente.

Em 1936, ex-alunos do Carmo compram terreno no Bairro de

São Pelegrino, onde começa a “ Escola La Salle Gratuita aos Pobres”.

De 1934 até 1940, funciona na Escola o Círculo Operário Caxiense,

fundado pelo padre jesuíta Clemente Brentano. Hoje, tal organização

possui sede própria, farmácia, ambulatório, clínica médica e

Grande importânciana sociedade caxiense

odontológica, hospital e planos de saúde. Até 1947, alguns Irmãos

foram secretários da referida entidade. Quanto ao ensino

propriamente dito,¸já em 1915 foi introduzido o Ensino Comercial.

Este curso solidificou-se na década de 1930. Contadores,

economistas que hoje atuam em diversos setores da sociedade,

passaram pela Escola. A Escola Técnica de Comércio foi e continua

sendo um marco para a cidade de Caxias e região. Hoje, cursos

profissionalizantes, não menos eficientes, são realizados em um ano.

O Ensino Médio, implantado em 1953, tem caráter pioneiro em Caxias

e também no interior do Estado.

Famosos e também de não menos importância foram os

Grupos da JEC, de onde surgiram pessoas de liderança na política e

outros setores da sociedade. O Escotismo (1938), a Organização de

grupo de Bandeirantes ( 1980). Hoje funcionando em sede própria e

fora da Escola. A Banda Marcial, famosa na cidade e região, foi

fundada em 1958.

A história do La Salle Carmo é a história de Caxias. A cidade

contava com 33 anos quando o então Colégio Nossa Senhora do

Carmo nasceu. Os seus caminhos são quase paralelos. Com certeza,

a cidade deve muito a esta Instituição, pois ela deu à sociedade

homens empreendedores, cidadãos conscientes, criativos e

lassalistas, nos campos da economia, indústria, política, religião, na

carreira militar; não só nesses campos , mas também na vida comum

dos cidadãos comuns, pois a educação e a filosofia lassalista,

herança dos pioneiros Irmãos, ergueram do nada a Escola pujante que

é hoje.

14 www.lasalle.edu.br

Dependências do Colégio em 1938

Por Ir. Valter Zanatta

Vice-Diretor do Colégio La Salle Carmo

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 22:27:13

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Page 15: Revista Integração Ed.100

Centenário

Desde seu princípio, o La Salle Canoas buscava dar fácil

acessibilidade aos seus estudantes, permitindo os deslocamentos de seus

alunos de forma mais segura e prática. O que mudou de cem anos para cá

foi a ampliação das possibilidades de chegar ao Colégio de modo mais

rápido e fácil. No início, o trem a vapor era um dos principais meios de

transporte, havendo uma antiga estação bem aos pés da Escola, uma

verdadeira facilidade.

O Colégio fica a cem metros da estação Canoas/La Salle da

Trensurb. Além do fácil acesso do trem, que leva aproximadamente trinta

minutos de Porto Alegre ao Colégio, outros transportes são freqüentemente

utilizados pelos alunos, como por exemplo, as linhas de ônibus com

terminais próximos ao Colégio. Localizado no Centro da quarta cidade mais

populosa do Estado, o La Salle Canoas tem mais de 15% dos seus alunos

vindos de outros municípios como Esteio, Nova Santa Rita, Sapucaia do Sul

e Porto Alegre que se unem à maioria dos alunos que são moradores dos

bairros de Canoas e principalmente do Centro da cidade.

Conforme aponta o Ir. Diretor Alvimar D'Agostini as modificações

do Colégio acompanharam o desenvolvimento da cidade. “O

desenvolvimento de qualquer cidade está diretamente ligado à educação

dos cidadãos. A educação é a base e o princípio do desenvolvimento

econômico, cultural e social de qualquer região. Nós, Irmãos Lasalistas,

temos orgulho de ter construído nossa história junto a Canoas”, afirma

D'Agostini. Com a chegada dos Irmãos Lassalistas em Canoas, em 1908,

houve a aquisição de terras para a construção de escolas. Existiam poucas

edificações e uma enorme área de plantio. Com as mudanças gradativas

desse quadro e com a cidade tornando-se mais urbanizada, o Colégio

também foi sendo ampliado. Ao longo dos anos, prédios com mais salas de

aula, laboratórios e bibliotecas foram se erguendo no coração da cidade.

Um exemplo do acompanhamento do Colégio ao crescimento da cidade é a

construção do Centro Poliesportivo, inaugurado no mês passado e que

atenderá alunos Lassalistas e também a comunidade.

Outro aspecto importante na história dessa instituição centenária

foi a transferência de propriedades dos Irmãos à comunidade. Dentre

essas, a área do Capão do Corvo, que foi entregue à cidade em 1980, sendo

transformado em Parque Municipal Getúlio Vargas e que hoje é utilizado por

famílias e esportistas.

Contribuição para

o crescimento da cidade

1908 20081910 1930 1950 1970

Colégio tem aumento

expressivo no número de alunos

Construção do atual

prédio da instituição

Um marco na cultura gaúcha

foi a criação da Banda Marcial

Primeira turma mista

de alunos dorenses

Oensin

oque acompanha

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- 2 0 0 8 | C A N O AS

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RS

CANOAS

Neste ano o Colégio La Salle

está comemorando 100 anos

de vida. É uma data que poucas

instituições têm o privilégio de

celebrar. Uma das principais

razões, no meu ponto de vista,

foi a existência de um ideal,

constantemente renovado,

Revista Integração • Maio 2008 15

Evolução no Centro de Canoas

atualizado e concretizado, de Irmãos e outros Lassalistas,

de disponibilizar educação para a comunidade local e

regional. - Ir. Diretor Alvimar D' Agostini

Por Camila Arocha

Assessora de Comunicação do Colégio La Salle Canoas

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 22:27:28

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Page 16: Revista Integração Ed.100

Rede La SalleRede La Salle

As tecnologias da informação e da comunicação estão

cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas,

especialmente crianças e jovens. Os métodos tradicionais de

ensino buscam, cada vez mais, apoio em ferramentas

tecnológicas, visando a tornar a prática de ensino mais atrativo e

próximo desta realidade tecnológica que vivemos.

Algumas editoras já iniciaram essa trajetória ao criarem

espaços na web, associando o uso de materiais como CD ou DVD,

ao material tradicional e impresso utilizado no ensino. No entanto,

cada rede de ensino possui suas origens, peculiaridades e

demandas, muitas vezes não atendidas.

O projeto, demandado pela Direção de Educação e

Pastoral da Rede La Salle, de construção de um material digital de

ensino religioso, está sendo viabilizado junto a uma empresa de

tecnologia que formou uma equipe multidisciplinar, contemplando

também o conhecimento lassalista. Assim, foi possível permitir e

viabilizar o casamento da alta tecnologia com ambientes atrativos

de hipermídia que atendam aos princípios filosóficos,

antropológicos e epistemológicos presentes na Proposta

Educativa Lassalista.

Com um trabalho realizado sob a análise de um contexto

pedagógico e social, foi possível criar espaços para se contar a

história do fundador, São João Batista de La Salle, e os princípios

religiosos, num formato que surpreende os alunos. Foi feita a

inserção de mídia visual e áudio, em um ambiente programado

para permitir a multidisciplinaridade através de jogos

pedagógicos, dentro de um contexto de diversão e aprendizagem

que segue a filosofia Lassalista.

O projeto de buscar profissionais de mercado e

especialistas em suas áreas de tecnologia e gestão, aliando-os

às questões e às necessidades pedagógicas, é possível de ser

realizado nas diversas áreas do conhecimento. Pioneiro na área

do ensino religioso, esse tipo de projeto pode desvendar o

potencial para o desenvolvimento de muitas outras

oportunidades pedagógicas da própria Rede.

Os materiais digitais pedagógicos, elaborados sob

medida, constituem-se em uma nova perspectiva de ferramenta

pedagógica extremamente relevante e necessária. Isto se deve à

forma personalizada com que são desenvolvidos, atendendo as

características e especificidades da infância e da adolescência.

Assim, além de estruturarem-se nos princípios de educação da

instituição que o utiliza, os materiais também agregam um novo

valor que se torna um importante diferencial a ser percebido pelo

aluno.

16 www.lasalle.edu.br

Materiais pedagógicosdigitais sob medida

Por Diego SilvaGerente da Parmênia Empreendimentos

Colaboração - Adriana Beatriz GandinAssessora Educacional da Rede La Salle

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 22:32:02

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Page 17: Revista Integração Ed.100

Experiência

17Revista Integração • Maio 2008

BIBLIOTECAEspaço de incentivo à leitura e valorização da vidaSilvana Corrêa da SilvaBibliotecária do Colégio La Salle Dores - Porto Alegre/RS

Sensibilizar para as diversas

manifestações culturais e fomentar o hábito

da leitura é uma forma de promoção da vida.

Assim, a biblioteca escolar deve servir de

apoio pedagógico para as diversas

atividades desenvolvidas no cotidiano

escolar. É um local para se aprender, para

se obter respostas às nossas necessidades

de informação e, principalmente, um local

prazeroso que permite o desenvolvimento

da criatividade, da imaginação e do senso

crítico.

Tornar este lugar prazeroso e

atrativo para o aluno não é tarefa fácil em

nossa sociedade, pois os meios de

comunicação exercem um apelo muito forte

aos nossos educandos. Assistir televisão

não pode ser comparado com a atividade da

leitura. A televisão nos condiciona a sermos

um agente passivo, enquanto o livro permite

a nossa inserção nas pequenas lacunas

deixadas pelo autor, lacunas, estas

preenchidas pela nossa imaginação.

A partir da necessidade de

conquistar o leitor, criou-se um projeto de

incentivo à leitura junto aos alunos da

Educação Infantil e alunos de 1º ano à 5ª

série do Ensino Fundamental do Colégio La

Salle Dores.

Esse projeto está composto por

duas etapas, primeiramente a Hora do

Con to , a t i v i dade que pe rm i te o

desenvo l v imen to da imag inação ,

inteligência e liberdade, ampliando seu

universo de leitura, pois a leitura é a

possibil idade de acesso a outros

conhecimentos que garantirão ao educando

seu desenvolvimento integral.

A Hora do Conto é realizada

s e m a n a l m e n t e n a b i b l i o t e c a . A

dramatização é feita com o auxílio de

materiais diversos, variando a cada sessão.

No decorrer deste projeto notou-se uma

grande mudança de hábitos: o interesse

pela leitura, a busca constante por novos

títulos, o aumento do fluxo de alunos e pais

na biblioteca, bem como a valorização aos

serviços prestados pela bibliotecária,

destacando seu envolvimento nos

processos pedagógicos.

A segunda etapa do projeto surgiu

pela necessidade de mostrar aos pais as

possibilidades de trabalhar a literatura de

maneira informal auxiliando no processo de

ensino-aprendizagem. Assim, surgiu o

Sarau Literário, atividade que integra

música e literatura em um momento para os

famil iares. Desta forma, estamos

conscientizando alunos, pais e professores

da importância da biblioteca na formação de

leitores, bem como, propondo um trabalho

de interação entre biblioteca e comunidade,

pois se acredita que a biblioteca escolar

deva trabalhar com alunos e professores e

não para alunos e professores.

Não é suficiente ensinar a ler, faz-

se necessário ensinar a gostar de ler. A

biblioteca deve ser vista de modo menos

formal, não apenas como um local onde se

emprestam livros, mas um espaço de

difusão cultural que tenha atrativos,

despertando o interesse, a curiosidade e

formação de hábitos.

Iniciativas como esta têm a

intenção de promover o bem-estar do

educando, pois a vida deve ser agradável em

todos os seus aspectos e toda a atividade

que fizermos empenhando nosso amor pelo

ser humano levará à medidas eficazes de

promoção da vida.

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 22:45:04

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Page 18: Revista Integração Ed.100

Experiência

EDUCAÇÃO MUSICALLa Salle Caxias lança projeto diferenciadoTiago SchmitzSetor de Marketing da Província Lassalista - Porto Alegre/RS

Com o objetivo de auxiliar de forma

s i g n i f i c a t i v a n a a p r e n d i z a g e m ,

proporcionando a auto-expressão e

valorização individual e coletiva, o Colégio

La Salle Caxias lançou um projeto inovador

de Educação Musical. Com atividades

curriculares e extracurriculares, a proposta

coloca a instituição em posição de destaque

no contexto educacional da cidade, já que

oferece aos educandos uma formação

consistente e diferenciada, através da

progressão e da abrangência dos estudos

musicais, contemplando não só a música

erudita, mas principalmente a música

tradicional brasileira.

Nas atividades em sala de aula, cada turma

dispõe de um período semanal, com

duração de 50 minutos, ministrados pelas

professoras e regentes Cristiane Ferronato

e Denise Tomazzoni Lucca. As aulas de

musicalização compreendem atividades

com conteúdos específicos para cada série

desenvolvidos progressivamente. Já o

trabalho musical extracurricular, sobretudo

nas atividades coletivas desenvolvidas pelo

Coro e pela Orquestra Experimental,

pretendem ajudar na formação do caráter

dos jovens, cumprindo um papel

socializador fundamental.

Método Carl Orff

Carl Orff (1895-1982) - foi um dos mais

importantes compositores do século XX.

Dentre as suas inúmeras obras, destaca-se

a cantata Carmina Burana. A maior

contribuição do músico alemão, no entanto,

deve-se à sua influência na pedagogia da

música. Em 1925, criou um centro de

educação musical para crianças e leigos, a

Günlter Schule, em Munique, onde,

juntamente com Guni ld Keelman,

desenvolveu as bases para o que hoje é

internacionalmente conhecido como

“Música e Movimento na Educação”. Com

uma visão que valoriza as dimensões

emocional e relacional, a Pedagogia Musical

Orff caracteriza-se por ser uma abordagem

de educação musical para crianças que visa

a desenvolver a sensibilidade e a estética

para a prática da música e da dança,

estimular a sociabilização por meio destas

atividades e valorizar o silêncio e a quietude

como elementos indispensáveis para o

desenvolvimento da concentração.

Experiência

18 www.lasalle.edu.br

O Colégio La Salle Caxias terá as

seguintes atividades musicais:

- Coro Infantil do Colégio La Salle Caxias

- Coro Juvenil La Salle Caxias

- Coro La Salle Caxias

- Oficina de Musicalização Infantil

- Oficina de Prática Instrumental para o

Ensino Fundamental e Médio

- Oficina de Prática de Instrumentos

Sinfônicos

- Oficina de Percussão Orff

- Oficina de Flauta Doce

- Violão

- Orquestra Experimental do

Colégio La Salle Caxias

- Programa Concertos Didáticos

(ex-alunos, pais e colaboradores)

(crianças de 5 a 10 anos)

(professores da Rede La Salle)

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 22:45:15

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Page 19: Revista Integração Ed.100

Experiência

PRÉ-MISSÃO JOVEMUm projeto que promove o desenvolvimento socialPor Danielle Ferazzo Corrêa

e

Ir. Maurício Perondi

Ex-aluna do Colégio La Salle Niterói

Coordenador do Setor de Pastoral da Província Lassalista de Porto Alegre/RS

Entre os dias 20 e 22 de março

aconteceu, na Vila Santa Marta, periferia da

cidade de São Leopoldo, a Pré-Missão

Jovem Lassalista. Participaram jovens e

assessores que já tiveram uma caminhada

maior na pastoral dos Colégios da Rede La

Salle.

Esta foi a primeira etapa de um

processo mais amplo da Missão Jovem que

será real izada ao longo do ano,

principalmente no período do Natal. Um dos

principais objetivos foi realizar uma

pesquisa sócio-antropológica com os

moradores e lideranças do local a fim de

averiguar as principais necessidades

daquela comunidade.

As entrevistas ajudaram muito a

perceber as necessidades do local, com

perguntas diversas sobre o cotidiano no

bairro, como disse Clarissa Dreon, de

Canoas - RS: "A pesquisa (conversa) foi bem

produtiva, pois assim tivemos um contato

maior com as pessoas do bairro, que se

dispuseram a contribuir com o grupo e isso

foi muito estimulante". O desejo é de que os

Lassalistas assumam, de modo gradativo,

um projeto concreto para auxiliar no

desenvolvimento desta Vila. Além da

pesquisa, os missionários também

estiveram na Escola Santa Marta, onde

conversaram com as crianças, entregaram

doces e material escolar, participaram da

celebração de lava-pés realizada na

comunidade e da Procissão da Via Sacra, na

Sexta-feira Santa.

N e s t a p r o c i s s ã o t a m b é m

participaram os jovens lassalistas que

estavam em Nova Santa Rita fazendo o

retiro da Páscoa Jovem. Depois desse

momento foi realizado um encontro entre os

dois grupos, onde cada um partilhou como

estava sendo a sua experiência.

A partir das atividades realizadas,

foram percebidos vários aspectos

significativos sobre a comunidade, além de

ser uma experiência marcante para todos,

como falou a jovem Tânia Mascarello de São

Miguel do Oeste - SC, que em sua primeira

pré-missão destacou: “Foi algo único, no

final parecia que éramos todos uma grande

família, estou muito ansiosa pra chegar o

dia da missão em dezembro”.

Um dos aspectos mais marcantes

da Pré-Missão foi a hospedagem dos jovens

e assessores na casa das famílias da Vila,

pois estes cederam suas casas sem saber

quem iriam receber, o que demonstrou um

sentimento de confiança mútua entre

todos: “Com certeza dormir na casa do

pessoal da comunidade foi uma experiência

muito significativa, além de importante.

Podemos vivenciar a situação real do local e

também criar vínculos verdadeiros com o

pessoal de lá”, comentou Glaziéle

Ongaratto, também de Canoas - RS.

De toda essa jornada ficou o

entusiasmo para seguir em frente, as

e x p e c t a t i v a s p a r a d e z e m b r o e ,

principalmente, a motivação e o sonho de

transformação, de dar continuidade ao

processo iniciado e não perder o sentimento

de luta que está presente em cada

missionário.

19Revista Integração • Maio 2008

A partir das atividades realiza-

das, foram percebidos vários

aspectos significativos,

além de ser uma experiência

marcante para todos,

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 22:45:29

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Page 20: Revista Integração Ed.100

Experiência

OBRAS ASSISTENCIAISCampanha divulga Responsabilidade Social da Rede La SalleTiago SchmitzSetor de Marketing da Província Lassalista - Porto Alegre/RS

A Província Lassalista de Porto Alegre

mantém obras assistenciais por todo o

Brasil. São doze em todo o território

nacional, envolvendo mais de 200

colaboradores e beneficiando cerca de 10

mil pessoas por ano. Essas unidades

proporcionam, gratuitamente, um ensino de

q u a l i d a d e p a r a

pessoas de baixa

renda, nos níveis de

Educação Infantil e

Ensino Fundamental,

além dos diversos

c u r s o s d e

q u a l i f i c a ç ã o

profissional. Com o objetivo principal de

divulgar este importante trabalho de

responsabilidade social, a Direção de

Educação e Pastoral, juntamente com o

Setor de Marketing, desenvolveu a criação

de um vídeo, cartazes e folderes para que

colaboradores, alunos e famílias lassalistas

conheçam as obras assistenciais mantidas

pela Província Lassalista de Porto Alegre e

saibam mais sobre os diferenciais do

Serviço Educativo aos Pobres da Rede La

Salle.

PEÇAS - As peças de divulgação destacam a

missão lassalista de “promover o

desenvolvimento integral da pessoa e a

transformação da sociedade através da

educação humana e cristã, solidária e

participativa”. Também explicam o que é ser

Lassalista, com enfoque para a educação

além das fronteiras da

sala de aula e para a

formação humana. “Ser

Lassalista é ensinar

c o m q u a l i d a d e , é

assumir a educação

como um processo

integral, progressivo e

contínuo de crescimento das pessoas e das

comunidades”. Os materiais ainda

destacam três diferentes projetos

desenvolvidos em algumas das Obras:

Formação de Educadores Populares e

L íderes Comuni tár ios , do Cent ro

Educacional La Salle, de Presidente Médici-

MA; Noções Básicas de Marcenaria, da

Escola La Salle Hipólito Leite, de Pelotas-

RS; e os Cursos Livres de Formação

Profissional, do Centro de Assistência

Social La Salle, de Canoas-RS.

Experiência

20 www.lasalle.edu.br

Em sua missão de educar, a

Rede La Salle continua fiel

à sua vocação, primando

pelo desenvolvimento integral da

pessoa e pela transformação

da sociedade.

Para ver as peças e ter acesso aos materiais

acesse o site www.lasalle.edu.br

no menu Conexão

Escola Agrícola, em Xanxerê-SC, é

uma das obras mantidas pela Rede

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quinta-feira, 15 de maio de 2008 12:01:50

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Page 21: Revista Integração Ed.100

Experiência

CONSELHOS DO LEITORAlunos do La Salle Canoas e La Salle Niteróiparticipam de grupos de produção textualPor Tiago SchmitzSetor de Marketing da Província Lassalista de Porto Alegre/RS

Definir pautas, discutir temas

importantes da sociedade, ler e exercer a

prática de produzir notícias e reportagens

geralmente são tarefas atribuídas à

profissão de jornalistas de redação. Mas,

nos Colégios La Salle Canoas e La Salle

Niterói alunos de diferentes níveis de ensino

estão participando de um projeto

diferenciado de produção textual e liderança

juvenil.

Desde 2005, o Conselho do Leitor

é composto por um grupo de estudantes do

Colégio La Salle Canoas. Na época, a equipe

foi selecionada para que os jovens da

Instituição discutissem temas relevantes e

auxiliassem na produção do Informativo

Lassalinho, uma publicação interna dirigida

aos pais e alunos. A publicação trouxe

inovações e entrevistas com diversas

personalidades gaúchas, além de assuntos

relevantes para o público jovem.

A partir de 2007, o Lassalinho

passou a se chamar Jornal do La Salle

Canoas e começou a ser encartado no

Jornal Zero Hora, principal veículo impresso

da Região Sul do Brasil. Foi nesse momento

que a responsabilidade da equipe editorial

aumentou, pois o veículo passou a circular

em toda a Região Metropolitana de Porto

Alegre e, além de ser focado nos pais e

alunos, ganhou leitores externos. Hoje, o

Conselho do Leitor é coordenado pela

jornalista Camila Arocha e supervisionado

pela Coordenação Pedagógica da

Instituição. O Conselho do Leitor

desenvolve o senso crítico e cultural nos

estudantes, além da liderança juvenil e

coletividade.

No Colégio La Salle Niterói o

Conselho Editorial Estudantil surgiu em

2006 com intenção de ser um canal de

comunicação jovem que trata do ambiente

escolar. A equipe, chamada Tá Ligado!,

envolve alunos dos Ensinos Fundamental e

Médio que se reúnem uma vez por semana

para discutir as pautas e planejar as

edições, também encartadas em Zero Hora.

No projeto são proporcionadas

aprendizagens relacionadas aos meios de

comunicação com objetivo de preparar e

incentivar a compreensão dos estudantes

acerca do mercado de trabalho. Questões

técnicas como a formação e a preparação

p a r a o t r a b a l h o e m e q u i p e , o

21Revista Integração • Maio 2008

desenvolvimento de habilidades, a

formação humana e o sentimento de

pertença também são desenvolvidos. Neste

ano, além do informativo impresso, os

jovens criaram um blog com atualização

semanal. O layout é o mesmo do jornal e o

endereço é .

Lá as pessoas podem comentar à vontade e

mandar dicas para a equipe do Colégio. O Tá

Ligado! é coordenado pela assessora de

comunicação, Vivian Rejane Piber

Donaduzz i e superv is ionado pela

Coordenação Pedagógica.

http://taligado.lsn.zip.net/

Equipe do Tá Ligado! em

encontro de integração

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 22:46:46

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Page 22: Revista Integração Ed.100

Capa

A aprendizagemno processode formaçãodocenteTiago ScmitzSetor de Marketing, Sede Provincial, Porto Alegre

e Paulo Freire afirmava que entre educador e educandos

não há mais uma relação de verticalidade em que um é o

sujeito e o outro objeto, mas sim que ambos são

protagonistas do conhecimento, São João Batista de La

Salle, nos meados de 1700, já pensava na formação de seus

mestres para que fossem profissionais dedicados e

competentes, através de seu “Guia das Escolas”. Com a rápida

proliferação das informações na sociedade atual, a capacidade de

aprender e se (re)adaptar às novas situações e contextos se

tornou fundamental. A Revista Integração conversou com

especialistas no assunto e apresenta algumas práticas

desenvolvidas nas instituições da Rede La Salle.

F o r m a r o p r o f e s s o r s e m p r e f o i u m d o s

empreendimentos mais importantes de La Salle. Para a doutora

em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e

integrante da Comissão de Educação da Rede La Salle, Dirléia

Fanfa Sarmento, La Salle demonstrou ser um educador com um

pensamento e posturas inovadoras dentro do contexto de sua

época. “Sua concepção também é atual no que se refere à

necessidade do professor possuir uma formação integral, sendo

esta entendida no sentido de prepará-los nas suas dimensões

pessoal e profissional”. Conforme ela, este enfoque na pessoa do

professor como ponto de partida para sua constituição

profissional busca resgatar a totalidade da pessoa humana. “O

professor não nasce pronto, mas vai constituindo sua identidade

docente no decorrer de seu percurso profissional”.

Para Dirléia, que também é professora e coordenadora

dos Cursos de Extensão do Unilasalle Canoas/RS, a formação

humana é um processo contínuo. “O professor, enquanto

construtor de si mesmo, precisa estar aberto para buscar novas

aprendizagens e ampliar suas experiências e conhecimentos”.

Uma das grandes dificuldades encontradas no magistério é a

articulação entre a teoria e a prática. “Não podemos assegurar

que a construção de um corpo teórico por parte do professor

garanta que o mesmo consiga nortear e traduzir em sua ação

pedagógica tais conhecimentos”, considera. Ela explica que já se

tornou senso comum a idéia de que “na teoria tudo é muito

bonito” e cita o conceituado escritor Donald Schön, um dos

autores que teve maior peso na difusão do conceito de reflexão

sobre o campo da formação de professores. “O fazer pedagógico

deve ser orientado pelo conhecimento na prática, pela reflexão da

prática e pela reflexão sobre a reflexão sobre a prática. Sem

dúvida, um professor que chega a este patamar terá uma prática

pedagógica diferenciada”, avalia.

22 www.lasalle.edu.br

S

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quinta-feira, 15 de maio de 2008 11:27:26

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Page 23: Revista Integração Ed.100

Capa

Revista Integração • Maio 2008 23

Além de presencial, o PEC passou a ser desenvolvido a

distância pelo ambiente virtual do TelEduc

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 22:58:16

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Page 24: Revista Integração Ed.100

Capa

24 www.lasalle.edu.br

A Educação Lassalista está direcionada para a formação

de uma pessoa consciente de suas capacidades, detentora de

senso crítico, transformadora de sua realidade e criadora de uma

nova sociedade. “Percebo que os Lassalistas investem na

formação humana, haja vista a existência de políticas e

programas de formação tanto para os Irmãos quanto para os

leigos, que se efetivam em diferentes espaços e tempos. Talvez

seja este um dos fatores que contribuem para que a Rede La Salle

tenha um potencial em termos de recursos humanos”. Dirléia

entende que, para defender uma formação integral do professor, é

preciso ter presente a urgência de propiciar uma educação

integral para o aluno. “Esta educação possivelmente se efetivará

na prática se tivermos como meta o desenvolvimento cognitivo,

afetivo-emocional, ético e moral, estético e sócio-cultural

auxiliando o aluno a se tornar um cidadão responsável”. Para

tanto, a professora considera que a problematização, o incentivo

à pesquisa, o diálogo, a co-responsabilidade nos processos de

ensino e aprendizagem, a busca pela

autonomia cognitiva, o cultivo dos

valores cristãos e a construção de

regras coletivas são pontos

fundamentais a serem perseguidos.

“Precisamos ter como meta uma

educação que viabilize a construção

de uma consciência planetária,

conforme aponta Morin em conceitos

c o m o i n t e r d e p e n d ê n c i a ,

solidariedade, justiça social, direitos

h u m a n o s , p a z , e s p e r a n ç a ,

d e s e n v o l v i m e n t o e r e l a ç ã o

sustentável”.

E l a a i n d a r e l a c i o n a

questões ligadas ao protagonismo

coletivo, tanto na formação docente

quanto no fazer pedagógico cotidiano. Para Dirléia, o professor

enquanto um ator social não é um ser isolado, mas faz parte de

uma coletividade juntamente com outros profissionais.“A

excelência na educação se constrói a partir da adesão e do

comprometimento daqueles que estão à frente dos processos e

práticas educativas. Aqui incluo todos os colaboradores de uma

comunidade educativa, independente do seu nível funcional”.

As tecnologias do mundo moderno fizeram com que as

pessoas deixassem a leitura de livros de lado. A prática da leitura

é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através

dela que as pessoas podem enriquecer seu vocabulário, obter

conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação.

“Possivelmente, um professor que desenvolveu o gosto pela

leitura se constituirá num incentivador de seus alunos para que

eles também venham a apreciá-la e utilizá-la para novas

aprendizagens ou até mesmo para o lazer”, afirma Dirléia.

Conforme a professora, a leitura é uma das vias para se

chegar à inovação na educação. “Para que as práticas educativas

sejam inovadoras, além de um instrumental teórico-metodológico

Inovação Pedagógica

é necessário que o professor se constitua num pesquisador,

revise suas posturas e reflita constantemente sobre o seu fazer

pedagógico, analisando se a mesma está atendendo ou não as

demandas contextuais de seus alunos”, reflete. Segundo ela, é

necessário assegurar ao professor espaços e tempos coletivos

para a partilha de experiências, e articulação entre múltiplos

saberes e o planejamento em conjunto. “Simplesmente adotar

novos procedimentos e técnicas não é indício de que o professor

seja inovador. Apesar de o termo inovação nos remeter à idéia de

algo novo, ela não implica, necessariamente, em algo inédito,

original”.

A educadora ressalta que práticas educativas

inovadoras pressupõem a existência de um projeto pedagógico

inovador e de uma gestão educativa que incentive, defenda e

auxilie na construção das condições necessárias para haver tal

inovação. Com a crescente valorização e a transitoriedade do

conhecimento, Dirléia acredita que, neste cenário, o professor

precisa aprender a ser um gestor

do próprio conhecimento e investir

na (re) construção de um corpo de

s a b e r e s q u e l h e p e r m i t a

desenvolver estratégias de auto-

a p r e n d i z a g e m , g e r e n c i a r

s i tuações de conf l i to , ter

flexibilidade para atuar em

diferentes contextos e saber

incluir e lidar com a complexidade

e a diversidade, enfrentando

situações adversas presentes na

docência. “Enquanto professores,

talvez a aprendizagem mais

urgente que precisamos ter é

sobre como mantermos acesa a

chama da esperança, da crença

em nós mesmos como educadores e do nosso papel e significado

para a vida daqueles que nos são confiados”.

Vivenciar a aprendizagem. Assim como afirma Dirléia, a

educação lassalista prima pela formação humana e continuada.

Um bom exemplo disso é o Programa de Educação Continuada

(PEC) que nasceu para motivar educadores a continuar se

aperfeiçoando. Desenvolvido pelo Colégio La Salle Medianeira

desde 2006, contempla a proposta pedagógica da Rede La Salle

da formação integral e continuada, através do estudo

permanente, da pesquisa e da investigação. “Na Proposta

Educativa e no Projeto Pedagógico da Rede La Salle, a opção pela

formação permanente dos educadores é condição para a

eficiência e a eficácia da implementação de qualquer projeto

educativo”, lembra a professora Neusa Scheid, coordenadora do

projeto. A educadora conta que o programa teve como ponto de

partida a constatação de que os professores estavam

distanciados do ato de aprender. “Eles estavam concentrados

apenas em como ensinar e o objetivo era que não perdessem a

dimensão de como o aluno aprende”, justifica Neusa.

Exemplo de Aprendizagem no dia-a-dia

Percebo que os Lassalistas

investem na formação humana

com políticas e programas

de formação tanto para

os Irmãos quanto para os

leigos. Talvez seja este

um dos fatores que contribuem

para que a Rede La Salle

tenha um potencial em termos de

recursos humanos

Dirléia Fanfa Sarmento - Doutora em Educação

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 22:58:53

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Page 25: Revista Integração Ed.100

Capa

Revista Integração • Maio 2008 25

Outra meta perseguida era a de desenvolver uma atitude

investigativa por parte dos educadores. “A intenção é que eles se

acostumem a pesquisar, detectando problemas, procurando na

literatura educacional, na troca de experiência com os colegas e na

utilização de diferentes recursos, formas de entender e gerir os

desafios que a prática docente atual demanda”, explica. Com esse

propósito, a coordenadora organizou encontros mensais, sempre

aos sábados, para proporcionar a participação do maior número

possível de docentes. A intenção era que a qualificação deles

deixasse de ser feita de forma isolada, como em palestras ou

encontros pontuais.

A partir do estudo de referenciais teóricos atuais,

essenciais para situar o educador na dinâmica do ensino e da

aprendizagem, se propôs uma reflexão da prática pedagógica

docente. Com leitura de textos, debates e trabalhos em grupo, os

professores iniciaram um processo de atualização e auto-

conhecimento que os ajudou a refletir sobre sua prática e postura

em sala de aula. “Eu saí da universidade com a idéia de que meu

papel era repassar os conhecimentos acadêmicos adquiridos. Vi

que a prática era bem diferente, pois na relação com o aluno você

aprende muito, há troca de saberes, de sentimentos e emoções e

isso tudo interfere na aprendizagem”, declara a professora Simone

Jaeschke. Ela destaca que o PEC mudou seu modo de dar aulas.

“Hoje eu adapto os materiais pedagógicos que utilizo em sala de

aula e as provas às necessidades de cada turma, pois cada uma

tem características distintas e sinto que quanto mais

individualizado esse processo melhor”, observa.

Outra experiência que auxiliou os professores nesta

mudança de atitude foi a confrontação com seu próprio jeito de

lecionar. Uma das tarefas propostas, que se mostrou reveladora

para eles, foi gravar uma de suas aulas e analisá-la, fazendo uma

auto-avaliação. “A gente se enxergou melhor. Eu, particularmente,

percebi que falava muito mais que os alunos e a partir daí passei a

dar mais oportunidades deles se manifestarem em sala de aula”,

conta Ana Cristina, que considera o PEC um programa que lhe

fornece conhecimento, didática e recursos para melhorar como

educadora.

Como forma primeira de expressão do conhecimento, a

fala deve ser estimulada, assim como a leitura. A

percepção de que se pode falar sobre um assunto e

encontrá-lo expresso em diferentes gêneros textuais

estimula o interesse por outras formas de passar aos

outros o conhecimento adquirido. Escrever é pensar e por

isso se torna importante dominar a língua padrão escrita,

adequá-la aos diferentes gêneros, usá-la com

criatividade em todas as situações mostrando

competência lingüística.

Inez Pasqualina Tortelli

Coord. Pedagógica do Colégio La Salle Canoas /RS

O professor mediador não se limita a aplicar teorias ou

técnicas de ensino, mas ser professor mediador exige

criatividade, experiência, paciência e tempo. O professor

aprende a ser professor pelo exercício do magistério e pela

busca constante do conhecimento, mas para isto é preciso

assumir uma postura de abertura do ensinar e do aprender

com seus colegas professores, bem como com seus

alunos.

Ir. Jardelino Menegat

Diretor Administrativo da Rede La Salle

O ato de aprender, constantemente torna-se

transformador, na medida em que o amor e a sabedoria

juntos podem ser a força de uma educação para o pensar,

ao despertar no indivíduo a busca pelo conhecimento e

aprendizagem investigativa de uma forma prazerosa, em

um processo dialógico, onde os conceitos e conteúdos

filosóficos serão construídos e discutidos na união entre

família e escola.

Iderlane Cristina Bonfim Macedo Gomes

Professora do Colégio La Salle, Núcleo Bandeirante/ DF

O ATO DE APRENDER

Professores em atividade formativa

no La Salle Medianeira

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 22:58:44

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Page 26: Revista Integração Ed.100

Capa

26 www.lasalle.edu.br

O programa também foi incluído nas Jornadas

Pedagógicas anuais do Colégio, proporcionando uma maior

motivação e oportunidade de intercâmbio entre os educadores.

No início deste ano, o programa deu um passo à frente na busca

de garantir mais espaço de ação dos professores, principalmente

para aqueles que ainda sentiam dificuldade em acompanhar os

encontros por conta de outros compromissos. Além de

presencial, o PEC passou a ser desenvolvido à distância pelo

ambiente virtual do TelEduc, disponibilizado através do Unilasalle,

Canoas/RS.

No TelEduc, os professores foram reunidos em um grupo

de discussão, o que proporcionou uma socialização das reflexões

e uma troca de experiências em tempo mais real. “Facilitou o

repasse de textos e informações e podemos acompanhar

também a produção dos colegas”, afirma a professora Ana

Cristina Fritzen. Dessa forma, os educadores podem tirar dúvidas

sobre os trabalhos mais rapidamente, o que antes só era possível

nos encontros mensais ou, informalmente, nos diálogos pelos

corredores ou sala de professores.

O PEC virtual possibilitou ainda a inserção mais ativa de

outros educadores que ainda tinham participação restrita nos

encontros presenciais. “Alguns que quase não se manifestavam

nos encontros presenciais passaram a participar ativamente no

ambiente virtual e com contribuições significativas”, declara

Marlete Gut, que é uma das formadoras do PEC virtual. Desde

janeiro, a modalidade on-line do programa vem fazendo crescer o

diálogo entre os educadores. Além do bate-papo pelo

computador, eles sentem-se animados em comentar o texto uns

dos outros quando se encontram na escola. Tanto nos encontros

presenciais, quanto nos grupos de discussão on-line, o PEC

garante o espaço e o tempo necessários para que os educadores

possam socializar suas pesquisas, estudos, reflexões e

inquietações acerca da temática eleita como prioridade para

aquele momento. No final deste ano, o objetivo é organizar um

livro com as conclusões obtidas. Os educadores são avaliados

conforme seu grau de interatividade com o programa. A

participação individual deve ser de, no mínimo, 75% dos

encontros presenciais. No TelEduc cada participante deve, no

mínimo, ter três acessos com participações mensais. Ao final de

cada ano letivo é fornecido um certificado de 80h (32h

correspondentes a oito encontros presenciais de 4h cada um,

mais 48h de estudos individuais e participação no grupo de

discussão on-line).

Após dois anos de caminhada, outros resultados

também serviram para testar a eficiência do PEC. O principal deles

foi a motivação docente. Neusa já relatou o programa em eventos

da Rede La Salle, como o ENEB de Carazinho e de Canoas e o CILE,

realizado em 2007 em Niterói, no Rio de Janeiro. Com o programa

socializado, alguns professores sentiram-se animados a

empreenderem seus projetos, apresentando suas pesquisas de

pós-graduação em eventos. “Após esses dois anos do PEC, já se

percebe um comprometimento maior de cada um dos educadores

com sua formação continuada”, conta a coordenadora, que será

uma das painelistas do Fórum Lassalista, no dia 17 de maio. Com

o título PEC: Vivência de Aprendizagens, Neusa espera motivar

programas semelhantes em outras escolas da Rede La Salle,

para que a qualificação docente seja uma experiência cada vez

mais proveitosa e prazerosa aos educadores.

Colaboração no conteúdo sobre o Programa

de Educação Continuada (PEC) - Silvia Dewes

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 22:59:20

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Page 27: Revista Integração Ed.100

Diário de Classe

www.revistaintegracao.com.br 27Revista Integração • Maio 2008

O que significa escolher a vida, proposta de reflexão deste ano da campanha da

Fraternidade? Para os estudantes do Colégio La Salle Medianeira, essa opção vai

muito além de preservar a natureza e os animais. Através de textos, desenhos e

painéis, eles manifestaram sua opção pela vida defendendo um mundo mais justo,

onde os direitos humanos são respeitados e as relações mais fraternas. Nas séries

iniciais o assunto coloriu as salas de aulas. No 2º ano e na 3ª séries, os estudantes

confeccionaram painéis com desejos de paz, amor e amizade em meio a pinturas de

paisagens e muita natureza. Dedicação, Família, Hospitalidade, Vida e Amor foram

algumas das palavras que as crianças do 2º ano estamparam em barquinhos de

papel coloridos com tinta que foram afixados em um painel de fundo azul

simbolizando o mar. “Essas são as palavras que eles querem levar para o mundo”,

resume a professora Ana Cristina Fritzen. Na 4ª série, por exemplo, desenhos

retratando o planeta e a desejada união entre as pessoas em sua defesa, encheram

as paredes de vida.

Em Defesa da Vida

O Colégio La Salle Santo Antônio possui novos espaços para as

experiências práticas da área de Ciências da Natureza e

Matemática. Dois novos e modernos Laboratórios foram

organizados nos meses de janeiro e fevereiro para proporcionar

aos estudantes melhores condições de realizar experimentos

nas diferentes disciplinas. Os espaços contam com

instalações modernas e arrojadas. O Laboratório de Ciências

da Natureza já está sendo suporte para comparações de

células animais e vegetais, através dos microscópios,

experiências químicas, verificação de termometria, estudos de

rochas, além de outras aprendizagens dos Ensinos

Fundamental e Médio. Já o Laboratório de Matemática está

sendo suporte para facilitar, através do concreto, as

abstrações do aprendizado da disciplina.

Homenagem na Câmara

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Novos Laboratórios

Colégio La Salle Santo Antônio - Porto Alegre/RSColégio La Salle Carmo - Caxias do Sul/RS

A Câmara de Vereadores de Caxias realizou, na noite do dia 10

de abril, Sessão Solene em homenagem aos 100 anos do

Colégio La Salle Carmo. A cerimônia foi proposta pelo Vereador

Francisco Spiandorello/PSDB e pela Vereadora Geni

Peteffi/PMDB. Na homenagem diversas pessoas prestigiaram

o evento; entre as autoridades estavam o deputado federal, Ruy

Pauletti/PSDB, a deputada estadual Marisa Formolo/PT, o

reitor da Universidade de Caxias do Sul, Isidoro Zorzi, o ex-

prefeito Mário Vanin, entre outros. Irmão Bonifácio Mathias, de

89 anos, foi uma das personalidades mais lembradas pelos

presentes. Aos 21 anos, ele veio morar em Caxias e lecionar no

Carmo, onde atuou por 45 anos como professor. Para ele esse

tempo todo foi dedicado à educação dos jovens. O diretor do

Colégio La Salle Carmo, Ir. Olir Fachinello, agradeceu a

homenagem recebida frisando que a Instituição contribuiu para

o desenvolvimento de Caxias do Sul, oferecendo uma educação

cristã de qualidade. Ele ainda agradeceu a todos os que

participaram desses cem anos.

Colégio La Salle Medianeira - Cerro Largo/RS

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quinta-feira, 15 de maio de 2008 08:50:19

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Page 28: Revista Integração Ed.100

Diário de ClasseEnvie seu “Diário de Classe” para [email protected]

28 www.lasalle.edu.br

As turmas da Pré-escola do Colégio La Salle Canoas estão aprendendo através de

histórias infantis as diferentes constituições familiares. As professoras Adriana Lima

Nunes e Cecília Stern Sallaberry, utilizaram os livros do Nemo para fazer alusão a

famílias formadas apenas pelo pai e o filho, a história da Cachinhos dourados e a

família Urso para retratar famílias com pai, mãe e filho e também a história do Tigrão,

personagem da Disney, para falar sobre as pessoas que têm como família apenas os

amigos. “Partindo dessas histórias vamos mostrando para os pequenos as

diferentes constituições familiares para que eles não se sintam diferentes e saibam

que independente da formação familiar, todas são especiais e todos são amados por

seus familiares”. Para concluir o trabalho as professoras trouxeram para a sala de

aula a história “Uma família parecida com a da gente” da autora infantil Rosa Amanda

Straus. Representando a importância de compartilhar e de preservar as amizades, os

alunos também prepararam mingau de morango e de chocolate para compartilhar na

sala de aula.

Mingau para aprender

Colégio La Salle Canoas/RS

No dia 26 de abril, alunos do Colégio La Salle Caxias tiveram a

oportunidade de reciclar suas leituras, sem nenhum custo, na 1ª

Feira de Troca de Livros Infantis e Gibis, trocando títulos já lidos

por outros de seu interesse. Promovida pela Associação de Pais

e Mestres e pelas Bibliotecas do Colégio La Salle Caxias, a

iniciativa foi realizada com a dupla finalidade de estimular ainda

mais nas crianças o gosto pela leitura e comemorar o Dia

Nacional do Livro Infantil (18 de abril), data instituída em

homenagem ao nascimento de Monteiro Lobato.

Aproximadamente 2600 livros infantis e gibis usados, em bom

estado de conservação, foram doados pelos alunos da Creche à

6ª série do Ensino Fundamental, que receberam cupons para

serem trocados no dia da Feira por outros livros infantis. Durante

o evento, que também recebeu doações de livrarias da cidade

(Maneco, Rossi, Paulus e UCS), houve sessões de contação de

histórias com a contadora Elaine Pasquali Cavion. Os livros que

não foram trocados serão encaminhados à Associação Centro

de Promoção do Menor Santa Fé (ACPMen).

Troca de Livros

Colégio La Salle Caxias do Sul/RS La Salle Esmeralda - Porto Alegre/RS

Arte e VidaCom o objetivo de ocupar parte do tempo dos alunos no turno

inverso e também despertar as habilidades, talentos e gosto

pelo belo, a Escola La Salle Esmeralda está oferecendo Curso de

Artesanato. Coordenados pela professora Norma Freitas, os

encontros acontecem em três dias da semana, no turno da tarde

e contam com a participação de 30 pessoas, incluindo mães.

Uma das principais metas do curso é a reciclagem e o

reaproveitamento de materiais, favorecendo o desenvolvimento

da criatividade e a participação da comunidade.

A Escrita e o NúmeroCom o objetivo de privilegiar o trabalho com as diferentes

dimensões do desenvolvimento humano, os alunos do 1º ano do

Ensino Fundamental da Escola La Salle Esmeralda estão

descobrindo dados históricos sobre a evolução da humanidade

até os nossos dias. Desta forma, a professora Mayling, da turma

11, acredita que através da história da escrita e do número

possa proporcionar importantes aprendizagens respeitando o

desenvolvimento biopsicossocial das crianças, integrando-os no

mundo letrado de maneira lúdica e prazerosa.

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 23:18:17

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Page 29: Revista Integração Ed.100

Diário de Classe

www.revistaintegracao.com.br 29Revista Integração • Maio 2008

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Durante o terceiro trimestre de 2007, com os estudos realizados sobre alimentação

saudável, o Colégio La Salle Esteio desenvolveu o projeto Pequeno Gourmet com as

turmas de 3ª série do Ensino Fundamental. A idéia surgiu como forma de transformar

hábitos de ingestão de alimentos gordurosos e pouco nutritivos feitos no recreio, por

outros mais saudáveis. Para isto, as professoras trabalharam com os alunos a

importância de uma alimentação saudável e balanceada, a função dos alimentos

construtores, reguladores e energéticos no organismo e os processos de

conservação dos alimentos industrializados. Também foi feita uma análise dos

lanches trazidos e consumidos diariamente. “Realizamos, também, atividades com

tabelas alimentares, leitura e diálogo, pesquisas em rótulos de produtos alimentícios

e transformação de receitas pouco nutritivas em pratos e lanches saudáveis”,

contam as professoras Fabiane Vieira da Silva e Sibele Ariane Paulos. As turmas

também desenvolveram receitas que foram apresentadas em sala de aula e

elaboraram um livro com dicas de alimentação e receitas.

Pequeno Gourmet

Atendendo aos anseios dos alunos em abordar questões que

possam ser tratadas no vestibular, O Colégio La Salle São João

está desenvolvendo, com turmas da 3ª série do Ensino Médio,

um trabalho com compostos orgânicos. A atividade,

coordenada pela professora Ildanice Mansan, é trabalhada no

Laboratório Multidisciplinar, envolvendo também questões de

Eletroquímica. Segundo a professora, como são atividades

diretamente ligadas a questões de saúde, uma etapa foi dando

origem à outra e se multiplicando até que chegaram sugestões

como a coleta seletiva do lixo eletrônico no Colégio (lâmpadas,

celulares, pilhas, fones de ouvido e outros).

Somando-se às inúmeras ações propostas pelo grupo, foi

planejada, também, a vinda da mãe de uma aluna, funcionária

do Departamento Municipal de Lixo Urbano (DMLU), para

conversar com os alunos sobre o assunto.

Praticando a Matemática

Questões ambientais

Colégio La Salle São João - Porto Alegre/RS La Salle Manaus/AM

A matemática faz parte do nosso dia-a-dia, no entanto aprendê-

la, para alguns, nem sempre é uma das tarefas mais fáceis.

Pensando nisso, a professora de matemática do Colégio La

Salle Manaus, Patrícia de Paula Pereira, proporcionou aos

alunos do 6º ano, situações práticas onde pudessem trabalhar

o raciocínio lógico e a observação, dando significado ao

conteúdo da disciplina. A prática consistia em utilizar noções

de medidas e geometria, conteúdo ministrado em sala de aula.

Após a teoria, os alunos foram a campo medindo áreas da

escola, com o conhecimento prévio sobre geometria, unidade

de medidas de comprimento, área e perímetro. Com auxílio de

folhas de jornal e munidos de fita métrica, trena e régua,

começaram a pôr em prática todo o conhecimento adquirido na

aula de matemática, a fim de estabelecer relações entre área e

perímetro. Utilizando as folhas de jornais como figuras

geométricas em forma de quadrados e retângulos, os alunos

anotaram as medidas para trabalhar as escalas. O exercício foi

praticado em vários ambientes da escola, como escadas, sala

de aula e quadras.

Colégio La Salle Esteio/RS

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 23:18:35

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30 www.lasalle.edu.br

No dia 12 de abril, o Colégio La Salle Dores realizou o primeiro dia de

jogos dos Encontros Esportivos do Centenário Dorense. Na data, o

Colégio recebeu a presença dos alunos da Escolinha de Futsal do

Petrópolis Tênis Clube. A exemplo da série de jogos realizados em

alusão ao Centenário da Rede La Salle no ano passado, o Colégio está

promovendo esta atividade em comemoração à importante passagem

na história da Instituição. O campeonato comemorativo visa à

integração dos alunos dorenses com estudantes de outras escolas. Os

Encontros seguem até novembro com jogos nas modalidades de futsal,

basquete, vôlei e handebol.

Encontros Esportivos

Colégio La Salle Dores - Porto Alegre/RS

Educar para a Vida

Colégio La Salle Carazinho/RS La Salle Hipólito Leite - Pelotas/RS

Melhora na infra-estrutura

A Escola La Salle Hipólito Leite realizou várias melhorias em

suas dependências. Alguns espaços foram totalmente

reformados para o ano letivo com melhorias nas salas de

aulas, novos laboratórios de informática e de aprendizagem

múltiplas, ampliação da biblioteca, novas salas para os

serviços de Coordenação Pedagógica e de Orientação

Educacional, criação de uma sala para atividades diversas,

bem como a implantação do 1º ano com infra-estrutura

adaptada aos pequenos. Conforme a direção da Instituição,

todas estas melhorias colaboraram muito para o atendimento

dos 960 alunos.

O Corpo e o movimentoDurante este ano, a Escola Fundamental La Salle Hipólito Leite

retomou o projeto das aulas de dança com o intuito de

oportunizar um espaço para o desenvolvimento das

habilidades dos alunos. São cinco grupos nas categorias

infantil e juvenil. Em março, começaram as atividades com o

grupo infantil. As aulas são ministradas pelo Ir. Jeime

Gonçalves Viana e pelo coreógrafo Wilson, ex-aluno da escola.

A partir de estudos realizados sobre os Direitos da Criança e

do Adolescente, a turma do 1º ano do Ensino Fundamental do

Colégio La Salle Carazinho conheceu o Projeto Yacamin,

desenvolvido na cidade e com a sede gestora na própria

escola. A palavra, em tupi-guarani, quer dizer Pai de todas

muitas estrelas e este é um dos objetivos do programa, ser pai

e mãe de muitas crianças, ajudá-las a crescer, a sonhar e criar

expectativas de um futuro mais humano e feliz. Os alunos

foram questionados sobre o porquê de algumas crianças

estarem ali tendo aula de informática. Conforme a professora

Francine Bohne Ritta, algumas crianças diziam que ali era a

sala dos sonhos, outras a do soninho, como é conhecida a

sala dos alunos do turno integral que tiram um cochilo na

escola.

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 23:18:44

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Page 31: Revista Integração Ed.100

Diário de Classe

www.revistaintegracao.com.br 31Revista Integração • Maio 2008

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Além de auxiliar na produção dos conteúdos para o Jornal do La Salle

Niterói, encartado em Zero Hora, a Comissão Editorial Estudantil Tá

Ligado, lançou em abril a versão on-line da publicação impressa. No

endereço, os estudantes postam conteúdos de interesse jovem e mantêm

os leitores atualizados sobre o dia-a-dia da equipe. A intenção é que, a

partir de agora, os estudantes tenham mais uma maneira de ficar por

dentro das atividades que ocorrem no Colégio.

O Projeto da Comissão Editorial Estudantil visa a oportunizar

aos alunos momentos de protagonismo através do incentivo ao

desenvolvimento de lideranças.

Deixe seu comentário no BLOG da galera!

Tá Ligado! -

Http://taligado.lsn.zip.net/

Blog do Tá Ligado!

Desenvolvendo atividades de conscientização sobre a Dengue

(doença infecciosa transmitida pelo mosquito aedes aegypti),

os alunos do Turno Integral do Colégio La Salle São João

trabalharam, durante a semana de 31 de março a 4 de abril,

realizando pesquisas e confeccionando cartazes.

Na sexta-feira, 4 de abril, juntamente com suas professoras

eles organizaram um mural, exposto nas dependências do

Turno Integral com cartazes, recortes de jornais, desenhos e

pinturas, com informações sobre índices da doença no País,

medidas de precaução e outras informações sobre o mosquito

transmissor. O trabalho deverá ainda resultar num teatro, que

já está sendo pensado pelos estudantes.

Todas as Nações

Combate à Dengue

Colégio La Salle São João - Porto Alegre/RS Colégio La Salle Canoas/RS

Os alunos das 7ª séries do Ensino Fundamental do Colégio La

Salle Canoas tiveram muito trabalho para montar a Feira das

Nações que envolvia as disciplinas de Ciências e Geografia.

Sob a coordenação da professora Luciane Escobar os

estudantes usaram muita criatividade para apresentar pratos

típicos e seus valores nutricionais, além de se caracterizarem

de acordo com os países que representavam. Os estudantes

trouxeram informações sobre as origens, costumes e

tradições de diversas nações que participaram das

Olimpíadas. “Pude notar que através da pesquisa sobre os

alimentos os alunos compreenderam a importância da boa

alimentação”, comenta a professora. Essa atividade também

teve como objetivo desenvolver o trabalho em equipe e o

companheirismo entre as turmas.

Colégio La Salle Niterói - Canoas/RS

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 23:18:59

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Diário de ClasseEnvie seu “Diário de Classe” para [email protected]

32 www.lasalle.edu.br

O Tempo Integral do La Salle Santo Antônio teve aumento superior a 50% no ano de 2008,

comparando com os dados referentes a 2007. Um dos fatores desse acréscimo é o

atendimento no turno da tarde para os estudantes de 4ª e 5ª séries do Ensino

Fundamental. Outros motivos estão relacionados à segurança e tranqüilidade das

famílias em deixar os filhos em um único espaço de convivência e aprendizagem. Desde

2003, a proposta do Tempo Integral era oferecida somente no turno da manhã para

estudantes de Educação Infantil a 4ª série que freqüentavam o turno regular de aulas à

tarde. Com o novo serviço, o Colégio adaptou ambientes educativos para melhor atender

às famílias. Com um acompanhamento pedagógico constante, as crianças contam com

atividades diferenciadas no Tempo Integral, entre elas Iniciação Esportiva, Informática,

Inglês, Natação, Patinação, Dança, Capoeira, Hora do Descanso, Hora do Brinquedo, Hora

dos Temas Escolares, entre outros diferenciais.

Turno Integral cresce 50%

Colégio La Salle Santo Antônio - Porto Alegre/RS

Centenário no 1º ano

Colégio La Salle Dores - Porto Alegre/RS Colégio La Salle Esteio/RS

Solidariedade na PáscoaO Projeto da Páscoa no Colégio La Salle Esteio é realizado todos

os anos, desde 2003, com os alunos de 5ª a 8ª série do Ensino

Fundamental. Em 2008, nas aulas de Ensino Religioso e

Educação Artística, os alunos e as professoras confeccionaram

cartões e cestas que foram entregues no Asilo Betel, na cidade.

“Foi um passeio muito legal, as histórias contadas pelos idosos

foram tristes e legais, mas fomos lá para levar carinho e amor

para eles”, destaca a aluna Débora, da 7ª série. Conforme as

professoras organizadoras do projeto, a transformação da

consciência e da sensibilidade dos jovens se reflete em suas

atitudes no meio em que vivem. A intenção do Colégio foi

oportunizar, através de projetos solidários, o espírito fraterno

aos alunos, favorecendo a escolha de atitudes concretas para

um mundo mais digno e humano.

Para engajar as crianças nas comemorações dos cem anos do

Colégio La Salle Dores, as professoras das turmas de 1º ano

do Ensino Fundamental Ana Maria, Liliane, Ulânia e Nara

iniciaram o ano letivo realizando um trabalho baseado na

história “E agora? É hora de ir para a escola”. Durante a

realização dos trabalhinhos, os alunos tiveram a oportunidade

de contar como se sentem em fazer parte da “Família

Dorense” e suas expectativas para 2008. “Gosto muito dos

meus colegas e quero aprender a ler e escrever”, afirma o

motivado aluno Guilherme Martins Spetch.

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 23:19:10

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Page 33: Revista Integração Ed.100

Enfrentar o empobrecimento social que exclui jovens dos meios de comunicação, do

convívio familiar, do mercado de trabalho e do acesso a educação e à cultura motivou

estudantes do Colégio La Salle Medianeira, integrantes dos grupos da Pastoral da

Juventude Lassalista, a interpretarem a problemática de uma forma diferente

através do teatro. Durante a semana, considerada a Semana da Cidadania em todo o

país, eles chamaram a atenção dos colegas realizando intervenções cênicas na

escola. O objetivo foi motivá-los a construir ações que os levassem a acreditar que a

vida vale a pena. Nas salas de aula ou mesmo pelos corredores, os grupos

personificaram, através de vestimentas e representações gestuais, os espaços que

mais afetam o jovem na sua vivência social. “Não é apenas a pobreza que exclui o

jovem da sociedade, mas a violência, a falta de perspectivas e a alienação da mídia,

que molda nosso senso crítico”, destaca a estudante Roberta Schreiner, do 2º ano do

Ensino Médio.

Semana da Cidadania

Relacionar-se de forma positiva nos vários grupos que

pertencemos não é fácil. A cada etapa da vida as relações

acontecem em ritmo e intensidade diferenciados; por vezes

não sabemos lidar com tantos sentimentos ao mesmo

tempo e as relações podem ficar “tumultuadas”.

Pensando que as relações no ambiente escolar podem

adquirir mais qualidade é que o La Salle Niterói está

realizando, através do Setor de Orientação Educacional e

do Setor de Coordenação de Turno, o PROJETO CONVIVER.

Este projeto tem por objetivo convidar os alunos de primeiro

ano do ensino fundamental a terceira série do ensino

médio, a criar um espaço de reflexão sobre o ambiente

escolar e o grupo que está inserido, tendo como foco

principal o respeito mútuo, a construção da cidadania e as

relações de ajuda.

No mês de março os setores de SOE e SCT deram início ao

projeto proporcionando aos alunos a possibilidade da co-

autoria dos PRINCÍPIOS de cada turma; entende-se como

princípio, preceito e regras. Após esse momento os

regentes de cada turma trabalharam os princípios de

maneira a reforçar sua importância e os mesmos também

são mencionados durante o conselho de classe

participativo.

Exposição de ArtesProjeto Conviver

Colégio La Salle Niterói - Canoas/RS Colégio La Salle Peperi - São Miguel do Oeste/RS

O trabalho artístico se mostra de acordo com o estilo de cada

um. Com este objetivo, o Colégio La Salle Peperi está

incentivando os estudantes a mostrarem seus talentos,

através da realização de diferentes trabalhos. O material

produzido é exposto na escola para apreciação dos colegas.

Desta forma é oportunizada a possibilidade da leitura ampla,

de diversidade de temas e elementos, tendo como objetivo a

ampliação de conhecimentos intelectuais, formais, vivenciais

e apreciação estética. Os estudantes dos anos iniciais e anos

finais do Ensino Fundamental e 1ª série do Ensino Médio

fizeram pesquisas para descobrir o estilo de cada um. A

exposição foi organizada pela professora de Artes Marines

Andres Schons.

Colégio La Salle Medianeira - Cerro Largo/RS

Diário de Classe

www.revistaintegracao.com.br 33Revista Integração • Maio 2008

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 23:19:22

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Page 34: Revista Integração Ed.100

Artigos

MEDIAÇÃO PEDAGÓGICAIr. José KollingDiretor da Escola La Salle Hipólito Leite - Pelotas/ RS

t e r m i n o l o g i a “ m e d i a ç ã o

p e d a g ó g i c a ” i m p l i c a e m

abordagens diversas e distintas. Os

termos não possuem um significado

e sentidos únicos. Há diversas correntes e

abordagens sobre este tema e que muitas

vezes são divergentes na compreensão e

forma de explicitação.

A s s u m o c o m o b a s e a

compreensão que nos apresentam

Gutiérrez e Castillo (1999), que entendem

por “mediación pedagógica el tratamiento

de contenidos y de las formas de expressión

de los diferentes temas a fin de hacer

posible el acto educativo, dentro del

horizonte de una educación concebida como

participación, creatividad, expressividad y

relacionalidad”.

Emprego o termo “pedagógico”

com o sentido a tudo o que se refere e

contribui ao ato educativo. Pois pedagógico

é todo esforço de estabelecer uma ponte

entre as diversas áreas do saber e a prática

humana. O ato educativo é sempre uma

relação entre seres humanos e estes com

seu espaço que por sua vez se relaciona

com as aprendências. E há “relações que

não são significativas, são sem sentido,

pois o sentido é sempre relacional”

(Guiérrez e Castilho (1999). O que quer

também dizer, que nem todo ato educativo é

pedagógico, mas nele sempre há

aprendizagem, pois todas as nossas

aprendizagens se dão de forma mediada.

Assim, quanto mais ricas e diversas mais

significativas serão nossas experiências de

aprendizagem mediada.

Para favorecer e ampliar as

aprendências desenvolvem-se, cada vez

mais, tecnologias e dinâmicas relacionais

distintas. E o pedagógico tem a ver com o

uso desses recursos bem como as

modalidades de nossa relação presencial

ou não com os aprendizes. A dimensão

pedagógica está diretamente vinculada à

capacitação humana, que se apresenta

cada vez mais complexa. Esta capacitação

urge, pois o uso e o manuseio das

tecnologias, que a criatividade e inteligência

humanas permitiram criar e desenvolver até

o momento, são estímulo para a recriação e

reinvenção contínua de novas relações e

aprendizados.

A partir do horizonte que me move,

e dos pressupostos das minhas crenças é

possível inferir uma visão e uma

compreensão de vida, de humano e de

universo mais complexos, sistêmicos,

interconectados e interdependentes, onde

o homem é encarado como sujeito histórico

ativo, que atua, interage modifica o seu

contexto, ao mesmo tempo em que é por

este modificado.

34 www.lasalle.edu.br

A

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 23:35:25

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Page 35: Revista Integração Ed.100

Artigos

35Revista Integração • Maio 2008

Creio que algumas idéias da

grande produção de Vygotsky, iluminam e

ajudam compreender nossa temática, em

sua perspectiva histórico social, ao nos

a p r e s e n t a r q u e a a q u i s i ç ã o d o

conhecimento se dá pela interação do

sujeito com o meio. E, uma idéia central de

sua concepção sobre o desenvolvimento

humano como processo histórico social é o

conceito de mediação.

Apresenta que, enquanto sujeito

do conhecimento, o homem não tem acesso

direto aos objetos, mas tem um acesso

mediado, através dos recortes do real,

operado pelos sistemas simbólicos de que

dispõe. Neste sentido apresenta a

construção do conhecimento como uma

interação mediada por várias relações, ou

em outros termos, o conhecimento se

constrói não por uma ação direta do

sujeito sobre a realidade, mas pela ação

mediada de outros sujeitos. Assim, o

“outro social” pode apresentar-se por

meio de objetos, por meio da

organização do ambiente, do mundo

cultural em que vive este sujeito.

Nesta perspectiva, este autor

dá ênfase muito significativa à

linguagem como sistema simbólico,

também como uma função psicológica

superior e que depende de um processo de

a p r e n d i z a g e m . E e s t a s f u n ç õ e s

psicológicas superiores (linguagem,

memória, pensamento...) são construídas

ao longo da história social do homem, em

sua relação com o mundo. De modo que

estas se referem a processos voluntários,

ações consc ien tes , mecan ismos

intencionais e dependem de processos de

aprendências.

Afirma que é a linguagem que

fornece os conceitos, as formas ou as

categorias de organização do real, a

mediação do sujeito e o objeto do

conhecimento. E é também pela linguagem

que as funções mentais superiores são

socialmente formadas e culturalmente

transmitidas. Assim a cultura fornece ao

sujeito os sistemas simbólicos de

representação da realidade, ou em outros

termos, o universo de significações que lhe

permitem construir a interpretação do

mundo real.

Para Vygotski o desenvolvimento

cognitivo é produzido pelo processo de

internalização da interação social com os

elementos (materiais) fornecidos pela

cultura, de modo que este processo se

constrói de fora para dentro. Ou seja, a

atividade do sujeito relaciona-se ao domínio

dos instrumentos de mediação, inclusive

sua transformação, por uma atividade

mental.

Nesta perspectiva, o sujeito não é

apenas ativo, mas interativo, porque forma

conhecimentos e se constitui a partir de

relações intra e interpessoais. Afirma ainda,

que é na partilha, nas trocas ou nas

conversações com outros sujeitos, portanto

no social, e consigo próprio, que vai

internalizando conhecimentos e se vai

constituindo a própria consciência.

Nesta dinâmica das interações,

das trocas que se pode afirmar com

Gutiérrez e Prieto, da importância da auto-

aprendizagem e da interaprendizagem. A

autoaprendizagem significa que é um

processo pessoal, único, próprio de cada

um e que não depende dos fatores

exógenos. Não há um iluminado externo que

possa determinar a aprendizagem interna.

BIBLIOGRAFIA

GUTIÉRREZ P., F.; PRIETO C., D.

6. ed, Buenos Aires:

Ciccus. 1999.

________. .

Guatemala: Save de Children Noruega, 2004

________.

. Costa Rica: Editorialpec, 1997

VYGOTSKI, Lev Semiónovic.

São Paulo: Martins Fontes,

1999.

______.

. In: Obras Escogidas. Madrid: Visor

Dis, 1995. T.3

______.

. São Paulo: Martins Fontes, 2000

La mediación

pedagógica: apuntes para una educación a

distancia alternativa.

Pedagogia del aprendizage

Ecopedagogia y ciudadania

planetaria

Teoria e Método

em Psicologia.

Problemas del Desarrollo de la

Psique

A Construção do Pensamento e da

Linguagem

Emprego o termo “pedagógico”

com o sentido a tudo o que se

refere e contribui ao ato educativo.

Pois pedagógico é todo esforço de

estabelecer uma ponte entre

as diversas áreas do saber

e a prática humana.

““

Significa também a implicação de cada um, em

u m p r o c e s s o a t i v o e r e q u e r a

responsabilidade, a disciplina, o desejo

pessoal, uma vontade decidida para a própria

aprendência.

A interaprendizagem nos desafia a

apropriação do que nos é apresentado pela

mediação dos materiais, recursos tecno-

pedagógicos e pelas interações, partilhados

com os outros, com o grupo e com os

educadores. Ela implica uma condição ativa de

protagonismo de cada um. Requer que cada

aprendente rompa com uma atitude de

passividade, de conformidade, de receber

tudo pronto, tão comum hoje.

A interaprendizagem provoca uma

ruptura com o hábito da simples leitura como

decodificação de mensagens e textos e, estes,

como acúmulo de informações e dados.

Pede uma atitude crítica e reconstrutiva

das mensagens, das informações com as

quais interage. Precisa desenvolver uma

at i tude e uma capac idade de

comunicação, mas, sobretudo, de uma

leitura diferente. Implica-nos uma

compreensão e uma leitura crítica do

ambiente social e cultural em que

estamos inseridos.

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 23:35:35

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Page 36: Revista Integração Ed.100

Artigos

Exponha-se a umaquantidade maior de livrosIr. César MeurerDiretor do Colégio La Salle Medianeira, Cerro Largo/RS

á tempos uma professora

universitária descreveu seu

trabalho como ler livros e contá-los

aos alunos. O relato foi marcante,

pois era nítido tratar-se de algo muito

prazeroso. Outro mestre, num daqueles

envolventes debates do intervalo, declarou

preferir dialogar com pessoas que leram A

Montanha Mágica, de Thomas Mann. Uma

terceira declaração plástica, profunda e

r e c e n t e v e m d e u m e s t u d a n t e

extraordinário: tudo o que aprendi somente

terá valor se eu continuar aprendendo.

Hölderlin, o grande poeta de Heidegger,

escreveu que somos uma conversa que aos

poucos torna-se uma cantiga, evidenciando

que conversar previne o emagrecimento

moral e intelectual da pessoa. Tacitamente,

esses exemplos desconexos sugerem o

propósito deste texto.

Um dos modos de promover o

desenvolvimento integral da pessoa e a

transformação da sociedade através da

educação é incentivando que estudantes e

educadores “exponham-se” a uma

quantidade maior de livros. Carlos Novaes

apontou que a roda da civilização teve de

passar por uma longa noite para que o ser

humano saísse da sombra e, começando a

adquirir consciência dos seus direitos, se

aventurasse ao papel de protagonista de

sua própria existência. Há pouco

protagonismo na sombra, assim como há

pouco a ser feito com as letras nas

penumbras impostas pela distância e pelo

cerceio do tempo.

A história do esquecimento das

aventuras de protagonista bem poderia ter

um capítulo sobre as letras engavetadas e

sobre o estranho sentido que liga o diálogo à

leitura e a incapacidade de diálogo à

incapacidade de leitura. Se os nossos

enunciados democráticos nos fazem

desejar a igualdade, a experiência de leitura

soa como saudável desigualdade, como

expressou o pensador ao dizer-se diferente

dos estudantes simplesmente por ter lido

mais.

A quantidade de livros lidos

contribui significativamente para o

desenvolvimento de pessoas que se

apóiam antes na persuasão do que na força,

que praticam a paciência e acabam

distintas como sendo de caráter razoável.

Conjeturo que a quantidade de livros lidos é

inversamente proporcional à quantidade de

certezas. Refiro-me àquelas certezas que

supostamente elevam a uma posição além

da perspectiva e do entendimento

intersubjetivo. Belo quadro da inutilidade:

sei tudo e nada abala minhas certezas...

nem mesmo a televisão, minha companhia

preferida desde as primeiras horas do dia. A

comunicação barata inunda e sufoca a

memória, em vez de alimentá-la e estabilizá-

la. A uniformidade produzida alimenta a

conformidade e a outra face da

conformidade é a intolerância, como

observa o sociólogo polonês Zigmunt

Bauman.

Ler não nos torna mais racionais,

se entendermos racionalidade no sentido

de captar a realidade das coisas. Nenhuma

área do conhecimento da ciência natural à

teologia, incluindo literatura, arte, política e

filosofia possui acesso privilegiado à

realidade. Assim, a exposição a textos de

cientistas, de teólogos, de poetas, de

historiadores, de filósofos (e outros tantos

q u a n t o f o r p o s s í v e l ) p e r m i t e

compreendermos a linguagem como

ferramenta mais ou menos útil, de acordo

com o propósito. Para o propósito de

descrever uma força e um movimento, o

vocabulário da física é o mais adequado. Se

o propósito é mobilizar pessoas em torno de

um projeto comum, então o vocabulário da

política talvez seja o mais útil. Para a

introspecção e a reflexão, seria de pouca

utilidade manter a linguagem da física,

sendo o vocabulário da religião (ou outro)

mais útil para esse propósito. Assim como

não há linguagem que acesse a realidade,

não há vocabulário que seja melhor

independente do contexto.

36 www.lasalle.edu.br

H

Um dos modos de

promover o desenvolvimento

integral da pessoa

e a transformação

da sociedade

através da educação

é incentivando que

estudantes e educadores

exponham-se a uma

quantidade maior de livros.

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 23:35:46

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Page 37: Revista Integração Ed.100

Artigos

37Revista Integração • Maio 2008

A exposição a uma quantidade

maior de livros gera dúvidas acerca da idéia

corrente de que a linguagem tem uma

relação representacional para com o

mundo, no sentido de a palavra representar

a coisa. Os que confiam nessa idéia

corrente falam freqüentemente da

evidência dos sentidos para dizer que a

mesa, a árvore ou a parede existem

realmente. O que temos sobre a existência

da mesa, da árvore, da parede, da justiça, de

Deus, de nós mesmos e do que mais

quisermos é sempre um conjunto de

sentenças que acreditamos serem

verdadeiras. Crenças, portanto. A relação

da linguagem com o mundo é meramente

causal, e não representacional. As palavras

não representam as coisas, no sentido de

haver algo chamado linguagem um

esquema que organiza ou ajusta-se com um

conteúdo chamado mundo.

Uma vez que tenhamos nos

exposto a livros de Aristóteles e de Galileu

(um exemplo aleatório), temos condições de

inferir que não há meio de traduzir aspectos

importantes do vocabulário do primeiro em

partes importantes do vocabulário do

segundo. Assim, não há meio de argumentar

contra Aristóteles com o vocabulário de

Galileu, nem o inverso. Disso decorrem

duas possibil idades: (a) tanto as

afirmações de Aristóteles quanto as de

Galileu precisam ser tomadas como

verdadeiras e, por conseguinte, a palavra

“verdade” precisa ser relativizada aos

vocabulários ou (b) a coerência interna tanto

de Aristóteles quanto de Galileu não intitula

suas visões como verdadeiras, já que

somente a coerência com nossos pontos de

vista poderia fazer isso. Isso é suficiente

para demonstrar a plausibilidade da

sugestão de que a leitura problematiza

beneficamente as nossas certezas.

Interpreto os exemplos do primeiro

parágrafo como dizendo a mesma coisa:

exponha-se a uma quantidade maior de

livros sem descrever-se como o Perseguidor

da Iluminação. Não abuse de livros que

recomendam sínteses em unidades

maiores e dê uma chance aos que foram

escritos com o propósito de ajudar a

dramatizar a existência. Soa um tanto

autobiográfico recomendar Nietzsche como

o melhor remédio para males como

realidade-aparência, essência-acidente,...

o alemão foi contundente ao sugerir que

pensar assim equivale a contentar-se com

metáforas gastas que perderam a

sensualidade.

A terrível dor socrática de saber-se

ignorante é uma conseqüência previsível em

casos de exposição prolongada a livros.

Suspeito, no entanto, que ela pode ser

condição para estabelecer a convicção na

sociedade enquanto a forma redimida do

homem.

Parada da Leitura, em abril, no

Colégio La Salle Santo Antônio

OBRAS CITADAS

A montanha mágica

Cidadania para principiantes

Das coisas que aprendi

Friedensfeier

Globalization: The Human Consequences

Über Wahrheit und Lüge im

außermoralischen Sinne

, de Thomas Mann

, de Carlos

Novaes

, de Moacir Orth

, de Friedrich Hölderlin

,

de Zigmunt Bauman

, de Friedrich

Nietzsche

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 23:49:04

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Page 38: Revista Integração Ed.100

Artigos

O ato de aprender brincandoLudoteca: Um novo olhar pedagógicoJanara de Jesus MachadoPedagoga e psicopedagoga do Colégio La Salle, de Manaus/AM

brincadeira e o jogo são atividades

que sempre existiram em nossa

sociedade, pois é algo que faz parte

da natureza humana e, na idade

infantil, é uma atividade privilegiada. Na

verdade se constitui como uma linguagem,

pois é através da brincadeira que a criança

muitas vezes expressa seus medos, suas

alegrias, sua realidade e seus desejos.

É brincando que manifesta suas

potencialidades e, assim, através de

e x p e r i ê n c i a s , v a i a p r e n d e n d o e

amadurecendo com segurança. Dessa

forma, a brincadeira infantil está muito mais

relacionada a estímulos internos que a

condições exteriores.

Atua lmente , a re lação da

brincadeira com o ensino-aprendizagem

tem sido muito estudada, comprovando que

através dela disseminamos valores,

conceitos, hábitos e atitudes. Assim,

brincando, as crianças não apenas

aprendem, mas recriam, experimentam,

interagem e se comunicam estimulando as

relações cognitivas.

Com objetivo de estreitar a relação

da brincadeira com o ensino formal e torná-

la parte da rotina da escola, a Ludoteca do

Colégio La Salle Manaus foi criada em 1997

buscando atender uma necessidade das

c r i a n ç a s d e t e r e m u m e s p a ç o

pedagogicamente projetado. Com material

lúdico especialmente preparado de acordo

com as fases de desenvolvimento infantil,

oportunizando o desenvolvimento das

múltiplas inteligências da criança e o

enriquecimento de sua socialização.

A Ludoteca não se resume na

criação de um espaço de brincadeiras. Ela

foi projetada para atender também uma

demanda educat iva . Toda a sua

estruturação espacial e pedagógica, desde

a escolha de brinquedos até a elaboração

dos projetos que foi baseada no Sistema

ESAR de classificação dos brinquedos. Um

Sistema desenvolvido em Quebec (Canadá)

pela psicopedagoga Denise Giron, inspirado

na psicologia e nas ciências documentais

fundamentadas em estudo de Piaget, Freud,

Erikson, Winnicott e Parten.

Portanto, “ao oferecer um espaço

para a criança experimentar e escolher o

brinquedo, qualquer brinquedo, qualquer

brinquedoteca ou ludoteca incentiva a

autonomia e desenvolve a capacidade

crítica” (Nylse H. S. Cunha). Partindo deste

pressuposto as brincadeiras de imaginação

e reprodução do dia-a-dia ou de sua fantasia

(casinhas, teatro, cantinhos do médico, do

dentista, do salão de beleza); brincadeiras

de acoplar ou de encaixe com blocos

grandes e pequenos para exercitar tanto a

imaginação quanto a coordenação motora

da criança fazem parte do contexto da

ludoteca. Os jogos de regras, de memória e

quebra-cabeça, são muito procurados pelas

crianças. As visitas são realizadas através

de agendamentos semanais para a

Educação Infantil e quinzenais para o Ensino

Fundamental até o 4º ano.

Por se tratar de um ambiente

privilegiado onde a criança se sente a

vontade para se expressar, oferece aos

pedagogos e educadores recursos para

intervir em caso de apoio pedagógico. É

portanto, um espaço de aprendizagem

significativa, de descobertas onde a

realidade se mistura com o simbólico para

que assim possa se descobrir e descobrir o

outro, onde o pedagógico busca trabalhar o

real e o emocional, desenvolvendo técnicas

que possam intervir no processo ensino

aprendizagem positivamente.

A

38 www.lasalle.edu.br

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 23:49:27

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Page 39: Revista Integração Ed.100

Artigos

Os novos desafios no

ATO DE APRENDERSandra Mara Garmus

Monaliza Zucchi

Fabiano de Melo Almeida

Elizandra Fiorin Soares

1

2

3

4

Colégio La Salle Peperi, São Miguel do Oeste/SC

novo modelo de educação,

apresentado pela lei 9394/96,

define o ensino fundamental de

nove anos, trazendo novos desafios

para nós, professores das séries iniciais,

d e s a f i a n d o - n o s a b u s c a r n o v a s

compreensões e procedimentos ao ato de

ensinar.

Com o início do ano escolar e

frente às oportunidades e expectativas para

trabalhar com uma turma do 2º ano do

Ensino Fundamental de nove anos, novas

perspectivas surgiram e outras formas de

ensinar se fizeram necessárias. No grupo de

alunos que atuo há uma heterogeneidade,

alunos alfabetizados e outros em processo

inicial de alfabetização. Diante dessa

realidade uma situação problema se

apresenta: Como trabalhar com as

diferenças em meio a tantas necessidades

e diferenças, sendo uma única educadora?

Inicialmente, foi necessário

construir atividades direcionadas às

realidades de aprendizagem apresentadas

em sala de aula, sem promover a exclusão, o

que tem sido um desafio já que uma das

características da turma é a dificuldade em

respeitar as diferenças. Foi preciso, além de

alfabetizar, trabalhar a auto-estima dos

alunos em processo de alfabetização e a

questão dos limites e direitos individuais

com toda a turma, além de continuar o

processo normal de conteúdos. Assim, a

necessidade de promover a questão dos

valores tem sido fundamental no processo

de alfabetização. Os alunos com

dificuldades demonstram que não se

sentem mais envergonhados, estão

participando das aulas e demonstram

vontade de aprender. E, ainda, percebe-se

que a partir das atividades realizadas e o

acompanhamento na auto-estima, os

alunos estão gostando das leituras em voz

alta, sempre participam e têm paciência em

esperar o colega ler, mesmo quando este lê

baixo e com dificuldade (considerando que

essa dificuldade faz parte da fase do

desenvolvimento de cada um). O que tem

contribuído para o melhoramento no

processo de aprender é o bom

relacionamento da turma. As crianças que já

cobram uma das outras quando há um

colega lendo, usando da seguinte frase,

como exemplo: “Vamos escutar, cada um

tem o sei jeito e o seu tempo de ler”. É muito

significativo, enquanto educadora, ouvir

esse comentário dos alunos, já que o

processo de alfabetização é construção de

conhecimento, como temos, “[...] não existe

um mundo real, único, preexistente à

atividade mental humana (...) o mundo das

aparências é criado pela mente”. (BRUNER,

1988 a, 103 in SACRISTÁN & GÓMEZ, 1998,

59).

Mesmo, trabalhando de forma

inclusiva, já que todos acompanham os

mesmos conteúdos, vimos a necessidade

de proporcionar ao educando em processo

de alfabetização, momentos para trabalhar

suas dificuldades de forma particular.

Estamos utilizando os momentos da Hora

do Conto, que acontecem quinzenalmente,

para tirar as dúvidas destes alunos,

promover a leitura e centralizar a

alfabetização. Esse momento tem a

duração de uma aula e os alunos trabalham

a questão da leitura com a Monaliza (auxiliar

de biblioteca), enquanto que outro grupo de

alunos fica com a professora titular para o

a p r o f u n d a m e n t o d o p r o c e s s o e

compreensão de palavras.

O desafio está em realizar um

trabalho vislumbrando a participação e o

interesse do grupo e na descoberta do

prazer em realizar atividades que

contribuíam para as novas descobertas da

leitura e da escrita. Hoje é possível perceber

que gostam das aulas, pois estão tendo a

oportunidade de esclarecer suas dúvidas e

utilizar material diferenciado.

Oportunizar leituras, bem como o

questionamento a respeito dessas leituras,

permite o aprimoramento dos alunos no que

se refere a buscar conhecimento, e

interesse por pesquisas. Junto a esses

momentos de prazer e descobertas estão

os encontros e vivências com a natureza, de

brincadeiras durante as aulas que,

atribuídos ao prazer e ludicidade, também

contribuem com o processo de ensino-

aprendizagem. Sendo assim, é importante

que o processo de ensinar esteja vinculado

à compreensão do que é a educação, sua

finalidade, seus desafios, suas articulações

e, principalmente, o nosso aluno, que nos

coloca em situação de pesquisadores,

realizando novas buscas de como ensinar e

para quem ensinar, vencendo os limites dos

nossos medos, procurando sermos o

melhor enquanto educadores.

O

BIBLIOGRAFIA

ANTUNES, Celso.

. Coleção fascículo na sala de

aula. Petrópolis: Vozes, 2001.

SACRISTÁN, J. Gimeno & GÓMEZ, A . I.

Pérez.

. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Alfabetização moral em

sala de aula e em casa, do nascimento aos

doze anos

Compreender e transformar o

ensino

1 -

2 -

3 -

4 -

Professora Titular da turma do 2º ano

do Ensino Fundamental de 9 anos;

Auxiliar de Biblioteca e responsável

pela hora do conto;

Responsável pelo setor de informática;

Coordenadora Pedagógica do turno

vespertino.

39Revista Integração • Maio 2008

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 23:49:36

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Page 40: Revista Integração Ed.100

Artigos

O gesto de e

na escola

ensinaraprenderFabiana Schumacher D'ÁvilaOrientadora Educacional do Colégio La Salle São João, Porto Alegre/ RS

ato de aprender não é uma mera

acumulação de conhecimentos, mas

uma interação de saberes vividos

em sala de aula, onde professores e

alunos articulam-se pela busca do

conhecimento sendo necessário colocar

esse conhecimento à disposição do maior

número de pessoas, possibilitando a criação

de potencialidades, criando uma atmosfera

de investigação, colaboração e reflexão

crítica, e permitindo uma aprendizagem

contínua, permanente e autônoma.

Aprendemos em diferentes

contextos e de diferentes maneiras.

Possuímos estilos de aprendizagem

diferentes e esse conhecimento não pode

ser ignorado pelo professor. Sabe-se que

não há uma forma única de aprender. Assim,

a criação de uma consciência do fato de que

algumas estratégias funcionam e outras

não, para os diferentes aprendizes, é de

suma importância para uma aprendizagem

mais eficaz. Pensemos como nossos alunos

precisam aprender os conteúdos do currículo

para utilizá-los na extraordinária tarefa de

viver. Se eles perceberem o sentido desses

conteúdos para sua vida, agora e no futuro,

ficarão mais abertos e dispostos a realizar

as atividades de aprendizagem. Um aluno

emocionalmente envolvido pelo conteúdo

aprende mais. Como afirma Elvira Lima:

“Temos uma genética própria da espécie que

determina os tempos de amadurecimento.

Aprendemos conforme o corpo e o cérebro

ficam aptos para isso.” O cérebro cresce e se

modifica durante toda a vida.

Esse desenvolvimento é mais

rápido nos primeiros anos de vida e na

adolescência, e mais lento na fase adulta e

na velhice. Sem concentração, o cérebro não

armazena nada, aí a necessidade do

professor criar situações interessantes para

ensinar, o que vai fazer com que o aluno

associe o aprendizado ao prazer, atingindo

um nível maior de concentração. Mais

proveitoso em sala de aula é provocar boas

emoções, aliando a sensação de prazer ao

conhecimento. Para aprender com prazer é

preciso que o professor procure valorizar

sempre as maiores habilidades e somente

depois mostre os pontos que necessitam ser

aprimorados; é importante não chamar

atenção do aluno na frente dos colegas; isso

é expor e causa constrangimentos. Elogiar o

desempenho do aluno sempre que ele se

esforçar para realizar a tarefa, mesmo que

essa não seja executada com o sucesso

esperado.

Antes valia o ensinar, mas hoje a

ênfase está no aprender, onde o professor

deixa de ser aquele que passa as

informações para virar quem, numa parceria

com crianças e adolescentes, prepara todos

para que elaborem o seu conhecimento. Em

vez de despejar conteúdos, ele agora pauta o

seu trabalho no jeito de fazer os alunos

desenvolverem formas de aplicar esse

conhecimento no dia-a-dia. O principal papel

dos professores é desafiar os conceitos já

aprendidos; é despertar a “sede de

aprender” e isso significa dizer que quanto

mais sabemos, mais temos condições de

aprender. E aprender é fruto do esforço que

precisa ser a busca de uma solução, de uma

resposta que nos satisfaça e nos re-

equilibre.

Segundo Lino de Macedo, “para

aprender as crianças precisam saber

comparar, ordenar, classificar, efetuar

trocas, cooperar, praticar regras, interpretar,

antecipar, calcular, resolver problemas,

explicar, argumentar, concluir, tomar

decisões, tomar consciência, abstrair

generalizar, enfim, realizar e compreender”.

Tais conhecimentos são essenciais à

aprendizagem escolar e valem para a vida.

Quando nos preocupamos mais em dar

respostas do que fazer perguntas, estamos

evitando que o aluno faça o necessário

esforço para aprender, ocorrendo, assim,

uma acomodação cognitiva, impedindo o

aluno de realizar o exercício de uma

aprendizagem significativa.

Lembremo-nos que as crianças

podem aprender muito mais do que

acreditamos; elas têm competência para

viver, ouvir, interrogar, comunicar e atribuir

sentidos e significados às próprias

experiências individuais e coletivas. São

aprendizes curiosos e isso é ampliado ou

estragado ao longo do tempo. Aí está a

grande responsabilidade do professor em

ser o mediador e o colaborador, auxiliando o

aluno no que for preciso, dando-lhe

segurança no aprendizado, proporcionando

condições para o aprender qualitativo, dando

lugar à construção do conhecimento, pois o

ser humano que vai para a escola não leva

apenas sua dimensão intelectual, sua

mente; ele vai como um todo em busca de

crescimento físico, intelectual e afetivo.

Aprender o que é amor, afeto, respeito,

justiça também é educação.

E é através da aprendizagem nas

relações com os outros que construímos os

conhecimentos que permitem o nosso

desenvolvimento mental. Vigotsky defendia

que “na ausência do outro, o homem não se

constrói homem”. Essa interação é

imprescindível na sala de aula, estimulando

os alunos a trocarem idéias e opiniões.Para

Crippa, “a admiração, o temor, a curiosidade,

a busca, o esforço, a coragem e o amor tanto

devem estar presentes no gesto de aprender

como jamais devem ausentar-se do gesto de

ensinar”.

40 www.lasalle.edu.br

O

Leitura Complementar:

ANTUNES, Celso.

Porto

Alegre: Artmed, 2002.

ASSMANN, H.

Petrópolis:

Vozes, 1998.

FULLAN, Michael e HARGREAVES, Andy.

Porto Alegre: Artmed, 2000.

TIBA, Içami.

. São Paulo: Gente, 1998.

VIGOTSKI, Liev Semionovich.

6 ed São Paulo: Martins

Fontes, 2000.

WERNECK, Hamilton.

Petrópolis: Vozes,

1987.

Novas maneiras de

ensinar, novas formas de aprender.

Reencantar a Educação:

rumo à sociedade aprendente.

A

escola como organização aprendente.

Ensinar Aprendendo: como

superar os desafios do relacionamento

p r o f e s s o r - a l u n o e m t e m p o s d e

globalização

A formação

social da mente.

Ensinamos demais

Aprendemos de menos.

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quarta-feira, 14 de maio de 2008 23:49:49

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Page 41: Revista Integração Ed.100

São João Batista de La Salle

www.revistaintegracao.com.br 41

Irmão Edgard Hengemüle

É La Salle

conhecido hoje?

Revista Integração • Maio 2008

Já mais de uma vez devemos ter

ouvido de gente que fez o curso de

Pedagogia dizer que durante o mesmo não

ouviu referência a La Salle. E terá ouvido a

pergunta que naturalmente se segue: Por

que o Patrono do Magistério não é mais

conhecido e falado, especialmente no meio

acadêmico? Uma tentativa de resposta

pode ser dada em vários níveis.

O grande historiador da

educação Paul Monroe diz que a obra

educativa de La Salle lhe garantiu um lugar

importante na História da Educação.

Examinando-se os autores que tratam desta

História, verifica-se que aproximadamente

três terços deles se referem a ele em seus

textos, consagrando-lhe desde alguma

referência até capítulos inteiros. Mas na

França, país onde ele nasceu, há uma

questão que contribuiu para que não fosse

devidamente conhecido. É que, sobretudo

no passado moderno, a França marcou

presença forte no pensamento e na prática

da educação. E, por muito tempo, travou-se

ali uma luta em torno da questão de saber a

quem cabia a primazia na implantação da

escola primária popular.

Um grupo , de o r i en tação

decididamente laical, fazia nascer tal escola

como projeto da Revolução Francesa,

momento em que o ensino passou a figurar

entre as atribuições oficiais. De trás disso,

estava, em realidade, uma luta ideológica

contra a Igreja Católica, instituição a ser de

todas as maneiras denegrida. Afirmar a

educação do povo como obra da Revolução

1.

2.

era forma de ignorar todas as iniciativas da

Igreja, praticamente a única a preservar a

cultura ocidental milenar e a preocupar-se

com a educação do povo durante a Idade

Média e no período do Antigo Regime

francês.

Disso resultou que, por longo

período, as leituras históricas da educação

fossem fortemente ideológicas, unilaterais,

dependendo da ala em que estava quem

escrevia. Alfred de Cilleuls redigiu, por

exemplo, em 1898, uma obra ao mesmo

tempo narrativa e polêmica, de nada menos

de 790 páginas, propondo-se a destruir a

legenda que para ele era a versão laica

sobre a origem da escola popular. E aí entra

La Salle de cheio. Ele viveu antes da

Revolução Francesa. E era não só católico,

mas também sacerdote da Igreja Católica.

Desconhecê-lo, desconsiderá-lo ou falar

negativamente dele era desconhecer,

desconsiderar, falar mal da instituição

religiosa a que pertencia.

Ao examinar os livros de História

da Educação da França, percebe-se que é

sobretudo a partir de 1950 que uma

objetividade maior passa a comandar a

confecção dos tex tos , com uma

consideração maior, por exemplo, pelo

contexto histórico, pelo qual, no conjunto, os

educadores e pedagogos foram, em cada

momento, o que então podiam ser. Haja

vista, por exemplo, a História da Educação

na França do século XVI ao XVIII que Roger

Chartier escreveu com D. Julia e M-M.

Compère.

Ao interior do Instituto

lassaliano, até a metade do século

passado, nem todas as obras de La Salle

tinham sido impressas e faltava-lhes estudo

crítico. Essa lacuna começou a ser sanada

particularmente a partir de 1956, ano em

que o Capítulo Geral Lassalista criou os

chamados Estudos Lassalianos, que já

publicaram mais de 60 volumes dos

Cadernos Lassalianos, com obras todas

sobre La Salle e estudos sobre ele.

Disponibilizados, em francês, para muitas

bibliotecas de universidades, são subsídios

que possibilitam uma presença mais ampla

e rica de La Salle nos tratados sobre a

História da Educação. Basta ver a “História

da educação no século XVII”, de Ruy A. da

Costa Nunes, professor da USP, e “O

aparecimento da escola moderna”, de

Maria L. Spedo Hilsdorf, também professora

dessa universidade, e que se valeu de

elementos do texto de Nunes para compor o

que escreveu sobre La Salle.

Entre nós, apenas agora está

sendo providenciada a tradução da Obra

Completa de La Salle e, depois da tese de

doutorado do Irmão Henrique Justo, que é

de 1952, só bem recentemente tem sido

feitos e publicados estudos de caráter mais

acadêmico sobre o Patrono do Magistério.

E há ainda o fato de o

conhecimento de La Salle depender

particularmente dos próprios lassalistas.

Do interesse que eles têm em estudá-lo e

em divulgá-lo.

3.

4.

5.

P:\CLIENTES\La Salle Provincia\03918 - La Salle_Revista\Arquivos Novos\41_LaSalle.cdr

quinta-feira, 15 de maio de 2008 08:31:18

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Page 42: Revista Integração Ed.100

Canal Aberto

Zeladores da Marca

A importância de umaCampanha InstitucionalSetor de Marketing da Rede La Salle

Pesquisa, oportunidade de mercado, estratégia e

inovação são alguns dos preceitos básicos de uma Campanha

Institucional. Estes esforços conjuntos podem-se dar através do

uso de diferentes canais de comunicação que farão com que a

marca seja vista pelo público interno (funcionários, diretores,

clientes) e pelo público externo (clientes potenciais, sociedade e

concorrentes).

O cuidado com a marca faz parte da estratégia de

grandes empresas. Não é à toa que a Coca-Cola, que mantém

campanhas de divulgação, ano a ano, desde a década de 1950,

detém a marca de maior valor do mundo. E seguem este mesmo

padrão, outras grandes marcas do mercado globalizado como

MC Donald´s , General Eletric, Disney e outras brasileiras como

Itaú e Havaianas.

Isso nos mostra que não basta a marca ser vista

apenas uma vez para que uma Campanha Institucional seja

eficiente. É preciso que os públicos-alvo se identifiquem com a

marca e entendam para que ela existe. Portanto, se faz

necessário escolher veículos de comunicação que passem

credibilidade e que contemplem as necessidades de divulgação

da marca.

Uma campanha institucional serve para divulgar as

características de uma marca para seus públicos, tornando-a

forte, percebida e entendida a ponto de ser escolhida diante das

opções oferecidas no mercado. Zelar pela marca precisa ser uma

preocupação constante para que qualquer forma de

comunicação a torne vista de maneira positiva. A identidade

visual é o primeiro fator a ser zelado, para manter as

características específicas que a identifiquem (cor, forma, letra,

estilo, símbolos). E é aí que entra o papel dos “zeladores” da

marca, função freqüentemente destinada aos setores de

marketing das instituições para dar seriedade as características

da marca e fazer com que todos os envolvidos se sintam

importantes no zelo por ela.

Uma empresa que zela pela marca e a torna importante

para seus públicos está com parte da campanha institucional

garantida, já que a motivação estará entranhada nos

funcionários, diretores, clientes e será percebida pelos

concorrentes e clientes potenciais. Em 2007, a Província

Lassalista de Porto Alegre deu o primeiro importante passo para

fortalecimento da marca LA SALLE com a Campanha Institucional

veiculada durante o período de matrículas. Com o conceito “Rede

La Salle – Muito mais que um Colégio” as peças circularam em

diversos veículos de mídia e, também, em materiais de

relacionamento dentro das instituições lassalistas.

Neste ano, para que a Rede La Salle ganhe força é

necessário um trabalho contínuo de divulgação da marca. Para

tanto, os projetos executados estão tendo seqüência com uma

segunda etapa de Campanha Institucional, no período de maio e

junho, e com a Campanha de Matrículas, de setembro a

dezembro. O material conta com fotos de alunos lassalistas de

diferentes colégios, em todos os níveis de ensino da Educação

Básica da Rede. O planejamento de mídia contempla televisão,

jornal, rádio, internet, frontlight, outdoor, busdoor, além de

diversas peças de relacionamento com o público-interno.

Fortalecer a marca e contribuir para o crescimento da educação

lassalista no Brasil são os principais objetivos dos zeladores da

marca.

42 www.lasalle.edu.br

Confira outras peças da campanha no site:

www.muitomaisqueumcolegio.com.br

P:\CLIENTES\La Salle Provincia\03918 - La Salle_Revista\Fechados\03918 - 42.cdr

quinta-feira, 15 de maio de 2008 18:32:31

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Page 43: Revista Integração Ed.100

Expediente

ANO XXXVII – Nº 100

MAIO DE 2008

A o orgão oficial de

comunicação das Comunidades Educativas

da Província Lassalista de Porto Alegre

(Reg.Esp.Matr.N.º170), com tiragem de

2.500 exemplares e circulação quadrimes-

tral.

éRevista Integração

Diretor Administrativo

Diretor Presidente

Diretor de Educação e Pastoral

Diretor de Formação

Diretor Secretário

Revisão

Comissão Editorial

Redação e Expediente

Editoração

Ctp, Impressão e Acabamento

Marcos Antonio Corbellini

Jardelino Menegat

Paulo Fossatti

Paulo Lari Dullius

João Angelo Lando

João Angelo Lando

Setor de Marketing da Rede La Salle

Rua Honório Silveira Dias, 636

Porto Alegre-RS - Brasil - 90550-150

Fone: +55 (51) 3358-3600

Fax: +55 (51) 3343-2322

[email protected]

Roberto Monte Maior de Oliveira

Algo Mais - Gráfica e Editora

Os artigos são de responsabilidade dos seus

respectivos autores.

Ivan José Migliorini

João Angelo Lando

Ana Paula Diniz

Adriana Beatriz Gandin

Hugo Bruno Mombach

4065 DRT-RS

Jornalista Responsável

PROVÍNCIA LASSALISTA DE PORTO ALEGRE

A edição número 100 da Revista Integração trata de um assunto importante

para a Rede La Salle: a formação continuada dos profissionais que atuam na

área da educação. Uma edição que ressalta a preocupação das pessoas em

educar e a necessidade de reciclar os conhecimentos para transmitir idéias de

maneira atualizada. Para marcar este momento, um novo projeto visual está

sendo apresentado para que a atenção de todos os leitores seja renovada. Os

nomes das seções tiveram pequenas alterações para garantir que a linguagem

seja atualizada, facilitando o melhor entendimento das informações que serão

passadas. “Sou Lassalista” é uma seção criada para trazer a opinião, os

depoimentos dos diferentes públicos da Rede La Salle.

Os colégios jubilares serão homenageados com textos escritos pelas direções

para que todas as comunidades da Rede La Salle saibam a importância do

espaço conquistado pela Educação Lassalista durante os mais de 100 anos de

presença no Brasil.

A entrevista mostra que todos precisam aprender com a vida e com tudo o que

é oferecido no cotidiano.

Durante o ano de 2008 todas as edições abordarão o conhecimento a partir de

diferentes ângulos. O segundo número abordará o ato de aprender dos alunos,

as dificuldades que os alunos e os educadores enfrentam nesse momento em

que o acesso as informações é fácil e diversificado, e os males que esse

acesso pode gerar.

A última edição do ano, distribuída para as Famílias Lassalistas, fará um

apanhado dos temas anteriores para enfocar detalhadamente o conhecimento

de maneira ampla, incluindo todas as partes responsáveis na transmissão e

captação de conhecimento.

Comissão Editorial

Editorial

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Colégios Lassalistas Jubilares em 2008

www.lasalle.edu.br

P:\CLIENTES\La Salle Provincia\03918 - La Salle_Revista\Pdf´s - Alta\1° pROVA\03918 Capas Integracao 100.cdr

quinta-feira, 15 de maio de 2008 15:33:26

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Page 44: Revista Integração Ed.100

REDE LA SALLE

ANO XXXVII - MAIO DE 2008 - N.º 100

REDE LA SALLE

ANO XXXVII - MAIO DE 2008 - N.º 100

www.lasalle.edu.br

Matéria de capa:

Aprendizagemno processo de

formação docente

Entrevista com os educadores

Irmão Alvimar D´Agostini e

Ana Poppe

Colégios Lassalistas jubilares

no ano de 2008

Materiais Pedagógicos

digitais sob medida

Pro

jeção

de

um

dos

jogos

pedagógic

os

da

Rede

La

Salle

ISSN1982-3991

9777198239918

00

10

0

P:\CLIENTES\La Salle Provincia\03918 - La Salle_Revista\Pdf´s - Alta\1° pROVA\03918 Capas Integracao 100.cdr

quinta-feira, 15 de maio de 2008 15:15:40

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