revista ilustrar 29

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  • 8/13/2019 Revista Ilustrar 29

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    Silvano Mello,

    Glen Orbik,

    Jean Fhilippe,

    Kobra e

    Renato Alarco

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    ENDEREO DO SITE:www.revistailustrar.com

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    ricardo antunes

    so paulo / Lisboa

    [email protected]

    www.ricardoantunes.com

    Cada vez maior...

    estamos de volta com 138 pginas recheadas do que h demelhor em ilustrao prossional, abrangendo todas as reas, gneros eestilos.

    Nesta edio temos o genial cartum de Silvano Mello, que lembra muitouma sesso de cinema mudo, e no Sketchbook temos Jean Fhilippe comcadernos que transitam entre o Brasil e os Estados Unidos.

    O grande ilustrador Renato Alarco marca presena em dose dupla:apresenta um sensacional passo a passo detalhado de uma ilustraomezzo analgico/mezzo digital, alm de assinar a sua tradicional coluna,desta vez falando sobre estudar fora, ilustrada por Pacha Urbano.

    Sempre procuramos abordar todas as reas da ilustrao, e na seo 15Perguntas trouxemos um assunto que nunca havamos falado antes, que o grate e a pintura mural, com um dos maiores nomes brasileiros, oartista Eduardo Kobra.

    E na seo internacional temos Glen Orbik e suas ilustraes em um estiloque remete aos anos de ouro da ilustrao americana.

    Espero que gostem, e dia 1 de setembro tem mais.

    Grande abrao,

    E

    EDITORIAL: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

    PORTFOLIO: Si lvano Mel lo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4INTERNACIONAL: G len O rb ik . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . 14

    SKETCHBOOK: J ean Fh i l i ppe . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . 24

    STEP BY STEP: Renato A la rco . .. . . . . . . . . .. . . . . . 31COLUNA NACIONAL: Renato A larco . . . . . . . . . . . . . .40

    15 PERGUNTAS PARA: Kobra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

    ESPAO ABERTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54

    CURTAS.............................................................. 67

    LINKS DE IMPORTNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68

    DIREO, COORDENAO E ARTE-FINAL:Ricardo [email protected]

    DIREO DE ARTE:Neno Dutra- [email protected] Ricardo Antunes - [email protected]

    REDAO:Ricardo Antunes - [email protected]

    REVISO:Helena Jansen - [email protected]

    COLABORARAM NESTA EDIO:

    Angelo Shuman(Divulgao) - [email protected] DE CAPA:Glen Orbik- www.orbikart.com.

    PUBLICIDADE: [email protected]

    DIREITOS DE REPRODUO:Esta revista pode ser copiada, impressa, publicada, postada,distribuda e divulgada livremente, desde que seja na ntegra, gratuitamente, sem qualqueralterao, edio, reviso ou cortes, juntamente com os crditos aos autores e co-autores, e comindicao do site ocial para download.

    Os direitos de todas as imagens pertencem aos respectivos ilustradores de cada seo.

    Foto:

    arquivoRicardoAntunes

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    J est venda na loja da Reference Press o livro Sex & Crime: The Book CoverArt of Benicio, 60 pginas cheias das mais incrveis e sensuais pin-ups, feitas por

    um dos mais geniais artistas do Brasil, o grande ilustrador Benicio.No blog da editora h um preview do livro: http://tinyurl.com/beniciopreview

    Para comprar basta acessar a loja da Reference Press: www.referencepress.com

    E para conhecer outras formas de pagamento e estar por dentro das ltimasnovidades, acesse tambm o blog da Reference:

    http://referencepress.blogspot.com

    Reference Press. A sua referncia em arte.

    "SEX & CRIME"

    J venda!

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    SILVANOMELLO

    utodidata, Silvano Mello tem sededicado ao humor grco desde 2007,desenvolvendo seu trabalho nas reasde cartum, charge e caricatura.

    Durante esse perodo, recebeu29 prmios e menes honrosasem concursos nacionais einternacionais em pases como Brasil, EUA,

    Rssia, Ir, Sria, Turquia e Azerbaijo.

    Com um trabalho renadssimo e usandouma linguagem que remete ao cinemamudo, Mello tem trabalhos publicados no

    jornal Le Monde Diplomatique Brasil, narevista Dossi, do prprio jornal Le MondeDiplomatique Brasil e no SuplementoLiterrio Pernambuco, entre vrios outros.

    A

    Lembro de, ainda muito jovem, comcerca de 4 ou 5 anos, ter feito meusprimeiros rabiscos numa calada queexistia em frente casa de meus pais,

    usando pedaos de tijolo ou carvo.

    Com esta idade ainda no frequentavaa escola e no tinha acesso a qualquermaterial que pudesse ser utilizado paradesenho, como lpis, giz ou tinta.

    Os poucos materiais que tnhamos emcasa pertenciam a meus irmos que

    j tinham idade escolar, mas utiliz-los para outros ns que no fossem

    escolares resultaria numas boaspalmadas.

    Por um bom tempo z meus desenhos

    sem muito propsito ou ambio deganhar alguma grana. Desenhava pelosimples prazer de desenhar, at mesmoporque o mais importante era ter umemprego e ajudar no sustento da casa.

    No tenho noo de quantos desenhosz e que caram perdidos, sumiram ouforam simplesmente jogados fora. Hojeme arrependo de no t-los guardado.Bom, so lies da vida!

    O C O M E O

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    SILVANO MELLO

    Jaboticatubas - MG

    mello.carto [email protected] m.br

    http:// mellocartuni sta.blogspo t.com

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    Mello

    Foto:arquivoSilvanoMello

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    Em meados de 2007 resolvi me dedicarnovamente ao desenho. Participeide sales de humor, adquiri novosmateriais, mantive contatos comoutros artistas, busquei informaes,aprendi novas tcnicas, etc.

    De l pra c venho tentando conciliarmeu trabalho como funcionrio pblicoe cartunista.

    Costumo dizer que sou um cartunistacoruja, pois geralmente s desenho noite, quando tenho tempo disponvele tranquilidade para desenvolverminhas ideias.

    Confesso que nos primeiros mesesfoi um pouco frustrante participar desales de humor, pois em alguns delesmeu trabalho nem era selecionado econcorrer com os chamados ferase medalhes do humor grco, quesempre eram premiados, gerava um

    enorme desnimo.

    Mas a troca de informaes comoutros cartunistas, me fazendoentender que isso fazia parte de umprocesso natural, de um aprendizadoe que com tempo o meu trabalhoseria reconhecido, renovou minhaautoestima.

    S A L E S D E H U M O R

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    Por muito tempo li muitos quadrinhos,como Turma da Mnica, Pato Donald,heris da Marvel, DC e aquelas tirinhasque sempre eram publicadas nos

    jornais.

    Ainda hoje algumas destas tirinhasso publicadas, mas com o surgimentoda internet, o acesso ao trabalho dediversos artistas, de todas as partesde mundo, com tcnicas e estilosdiversicados se tornou algo bem fcil eisto resulta, acredito eu, numa enormeinuncia em nosso trabalho, candos vezes difcil dizer qual artista mais teinuenciou.

    Eu particularmente curto muito, eacredito que sejam minhas maioresinuncias, o trabalho do mestreZiraldo, do grande maestro dacaricatura, Loredano, do espanholMiguelanxo Prado, o italiano Srgio

    Toppi e principalmente do mexicanoAngel Bolign.

    P R I N C I P A I SI N F L U N C I A S

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    Angel se tornou um grande amigo econselheiro, pois sempre me ensinaalgo novo, seja por meio de seu prpriotrabalho ou com alguns dos sbiosconselhos que me passa.

    No incio chegaram a me falar quemeus desenhos lembravam muito oseu trabalho, mas o prprio Bolign medisse que isso algo natural, pois todosns temos nossas inuncias, que nosservem de referncia at encontrarmosnosso prprio caminho e formaparticular de expresso.

    A N G E L B O L I G N

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    Uma de minhas paixes, alm dodesenho de humor, a ilustraona literatura infantil. Principalmenteaquelas dos livros onde a histria contada somente com imagens.

    Toda criana comea a ter acesso

    ao mundo e tambm aos livros pormeio das imagens. Elas comeam ainterpretar aquilo que lhes ensinadoatravs das imagens.

    No posso armar que uma mensagemexpressa somente com imagens sermais bem interpretada do que aquelaem que tambm se use o texto,mas com certeza posso dizer que o

    alcance dessa mensagem, expressavisualmente, ser muito maior e maisamplo pois rompe com as barreirasda linguagem falada ou escrita,remetendo ao citado cinema mudoonde a observao, a ateno e oolhar do espectador eram totalmente

    atrados.

    O ser humano atrado pelo olhar.Uma mensagem, quando expressasomente com imagens, exige maisdeste olhar, atrai a ateno de formamais acentuada, atia a curiosidade,levando o espectador a um estudodetalhado daquilo que observa e aodesejo de decifr-lo.

    O P O D E RD A I M A G E M

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    Como disse anteriormente, esta formade comunicao vem romper comas barreiras da linguagem, tornandoo desenho e, consequentemente amensagem ali transmitida, universal,

    com um alcance muito amplo ecompreendida em todas as partes,por todas as culturas.

    Acredito que boa parte do

    reconhecimento que meu trabalhotem alcanado, aqui no Brasil eprincipalmente em outros pases, sedeve a esta caracterstica especca,marcada pela ausncia de texto e

    expressa em poucas imagens, sem sepreocupar com adornos ou cenrios,de forma objetiva, onde o olhar doespectador atrado para a mensagemprincipal ali contida.

    S I L N C I O C O M OL I G U A G E M U N I V E R S A L

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    Eu acredito que meu trabalho aexpresso das minhas palavras,dos meus pensamentos.

    No sou muito bom com palavras, como ato de falar e por isso utilizo este

    dom concedido por Deus para expressaro que penso e o que gostaria de dizer.

    O limite para o que um cartunistapossa dizer, de forma pessoal, com seutrabalho pode ser muito relativo.

    Eu particularmente acredito que antesde tudo devemos ter conscincia denossa atitude, daquilo que queremostransmitir. Devemos estar cientes de

    que uma mesma informao poder serinterpretada de formas muito diferentese que muitos podero car no muitocontentes.

    preciso ter sua opinio baseada

    em informaes verdicas, nuncaem mentiras ou em boatos, que lheassegurem a razo daquilo quedeseja dizer.

    Mas acima de tudo estar conscientedo seu papel, daquele que leva ainformao, de que o seu direitotermina onde comea o do outro e queseu trabalho poder inuenciar muitaspessoas, de forma positiva ou no.

    T R A B A L H OO P I N A T I V O

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    Muitos associam a palavracartunista quele cara que faz acharge do jornal, onde as crticas smazelas da sociedade esto semprepresentes ou quele outro que faz um

    cartum escrachado, cmico, muitasvezes contendo uma piada grcacom duplo sentido.

    Eu gosto de pensar que sou umcartunista que faz rir, mas quetambm informa. H alguns cartuns

    meus que s vezes at no causamnenhum riso, mas quase sempretrazem alguma informao.

    Acredito sim que o cartum tem a

    funo de causar riso, pelo simplesprazer de rir, de fazer uma piada, comqualquer tema ou situao cotidiana,mas pode tambm fazer pensar,reetir e questionar.

    O cartum uma ferramenta poderosadentro da sociedade. Uma

    ferramenta que pode e deveser usada de forma crtica oucmica.

    Penso que a funo docartunista us-la, da melhormaneira possvel, seja parafazer rir, para informar, causar

    questionamentos ou paraexpressar sua opinio.

    A funo do cartunista, acima detudo, fazer com que o viver avida seja algo muito melhor, commuito humor!

    C R T I C A S O C I A L

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    GLENORBIK

    O trabalho que Glen Orbikvem produzindo ao longo dos anos nico na medida que resgata asilustraes retr da poca de ouroda ilustrao americana, mas comum certo frescor dos dias de hoje.

    Assumidamente em um estilo dosantigos livros de bolso de dcadas

    atrs e altamente inspirado emlmes noir das dcadas de 30 a50, Glen Orbik tem aplicado todosesses recursos em cenas atuais,fazendo com que seus trabalhos setornem atemporais.

    Nesta entrevista exclusiva Glenfala como o veterano da ilustraoFred Fixler, os lmes e o teatroacabaram por ser importantes emsua formao.

    Tudo isso junto. Muitos dos meusinteresses iniciais eram as histrias emquadrinhos do costume, Sci-Fi, e defantasia, como a maioria das crianasde 13 anos de idade que eu conhecia.

    At eu ter comeado as aulas comFred, tive pouca orientao ou ideia

    de quantos eram os ilustradoressurpreendentes que haviam naquelemomento, e quantos existiram antes.

    Meus interesses comearam com o fatode que Fred desenhava as mulheresincrivelmente bonitas. Perguntei-lhequem eu deveria estudar sobre o assuntoe ele recomendou Robert McGinnis.

    Minha coleo de histrias emquadrinhos simplesmente evoluiu parauma coleo de livros de bolso porcausa das artes das capas.

    Comeando pelo bvio: voc tem um estilovintage, com uma atmos fera noir em suasilustraes. Esse estilo bem definido apareceupela exigncia dos textos que voc ilustra,por influncia de Fred Fixler (com quem vocestudou) ou por um gosto pessoal?

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    GLEN ORBIK

    ESTADOS UNIDOS

    [email protected]

    www.orbikart.com

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    Foto:arquivoGlenOrbik

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    Sabe, eu provavelmente poderiaencontrar uma resposta muitointeligente para isso, mas a razo mais

    provvel que eu cresci assistindomuita TV nos anos 60 com os velhos(para mim) shows e amava asgarotas bonitas vistas ali. Fred eraum especialista em descrever aqueletempo, uma vez que viveu nele - porisso era uma adaptao natural.

    Muitas vezes, nossas propostas detrabalho ditam a era que devemosilustrar, mas eu gosto de indicar umperodo de tempo mais clssicono geral.

    As imagens so um pouco maisintemporais e, espero, no

    envelheam to rapidamente quantouma pintura rigorosamente realista ouum quadro atual.

    Alm disso, como eu ca no amor commuitos ilustradores clssicos e pelotrabalho deles, uma tima maneira de

    sentir como se eu conseguisse estar umpouquinho mais perto de trabalhar noestilo dos heris de minha arte.

    As mulhere s, as roupas, a atmosfera , tudoem suas ilustraes evoca outra poca,recriando todo o universo dos anos 30 a50, mesmo em cenas de hoje em dia. Essaescolha apenas uma questo de estilo ouas mulheres, as roupas e a atmosfera dehoje no so mais interessantes?

    Eu gosto de ser capaz de caardetalhes dos melhores elementos decada poca. A silhueta das roupas,estilos de cabelo, chapus de grandeshomens. Eu tambm tenho umatonelada de msica dos anos 20 a 40.

    Quais aspectos daquela poca, entreos anos 30 e 50, voc considera maisinteressantes?

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    Bem, como possvel no amar ailuminao dramtica e encenao?Essa a parte divertida ao fazer otrabalho de capas - seu trabalho chamar a ateno das pessoas do outrolado da sala.

    Algo como criar um grande efeito ouquando vemos uma imagem em um

    outdoor enquanto viajamos a 100 kmpela estrada.

    Ento, como eu gosto de imagensdramticas, tentei me posicionar emum campo onde tenho que forar esserecurso.

    Basicamente, estamos apenas fazendouma verso moderna do chiaroscuro. Aprimeira coisa que Fred nos ensinou emsala de aula foi a forma de ver a formadenida pela luz e sombra - fonte deluz forte, em vez de luz ambiente.

    Um recurso comum usado em seu trabalho a iluminao e sombras densas, criandoum clima noir com efeito dramtico. Para

    voc, o drama impor tante como pa rte dacomposio de uma cena?

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    Eu teria sido um tipo muito diferentede artista (de fato, sem ter tido ainuncia dele, eu talvez nem estivesse

    ganhando a vida como artista).

    Minha viso dos ilustradores antes daescola de arte era limitada a apenasquadrinhos e animao. Eu penseique estava indo para a escola dearte simplesmente para aprender a

    desenhar melhor.

    Nunca tive uma dica de que eu pudesserealmente aprender a pintar e viver

    disso. Fred, alm de ser um artistafantstico, foi um grande artce.

    Alm de aprender a desenhar, nstambm aprendemos como organizar,como resolver problemas. Como vero ofcio envolvido na arte de outrosprossionais e analisar o que eleszeram, o que esto tentando fazer e

    como eles zeram isso.

    estranho, mas fazendo a arte menosmisteriosa, ela se torna muito maisemocionante quando somos capazes derealmente entender o que ns estamosolhando.

    Isso, e o fato de que tive vrias aulascom ele, que ainda tenta ensinar seusmtodos ao longo de quase 30 anos.

    Tal como j falamos, uma de suasinfluncias mais importantes o ilustradorFred Fixler, com quem voc estudoudurante muito tempo - e absorveu muito doseu estilo. At que ponto ele foi importantena formao de seu trabalho atual?

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    Bem, tudo sobre como contarhistrias. Como Norman Rockwelldisse: qualquer coisa que no ajuda ahistria, faz mal a ela.

    Eu acho que ele estava provavelmentese referindo aos elementos includosna ilustrao, mas tambm se aplicaa tudo: iluminao, ngulos de

    cmera, corte, at mesmo o estilo depinceladas.

    Eu posso usar um estilo de pinceladasmuito mais ativo ou varivel em umjeito de contar histrias de ao do quequando quero uma histria mais suave.

    Posso borrar as imagens quando euquero velocidade ou ao, tal comoposso trabalhar cada pequeno detalhequando quero o espectador maisdevagar ou at mesmo parar a aonum momento especco.

    Seu trabalho tambm tem uma forteinfluncia de filme noir, principalmente nailuminao. Alm da luz, o que mais essetipo de filme ajudou na formao de seu

    estilo?

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    Laurel Blechman, minha parceira nocrime nos ltimos 25 anos ou mais, jera uma aluna avanada de Fred Fixlerquando comecei.

    Ela tem um amplo conhecimento degurino, histria e teatro em geral (sua

    me tinha sido uma designer de moda

    na dcada de 1940). Colaboramos empraticamente todas as fases no trabalhoum do outro.

    Laurel a nica que abriu meus olhospara o palco e o teatro, bem comoaos lmes noir clssicos como umamina de ouro de ideias e impressesa serem usadas como uma rampa delanamento.

    E como outros tipos de ar te, como cinema

    em geral, msica e literatura podemajudar e influenciar a concepo de umailustrao?

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    JEAN

    FHILIPPE ascido na cidadede Natal (RN) e vivendodesde criana entre o Brasile os Estados Unidos, JeanFhilippe mais um autodidataque, com determinao,desenvolveu um trabalhobastante pessoal que temse destacado entre as

    editoras, em especial fazendoinfogrcos e ilustraeseditoriais.

    Jean tem uma paixo especialpor seus sketchbooks,que tem usado como umlaboratrio de estudo ede explorao de novosconceitos. Poderemos ver oresultado dessas experinciasnas pginas a seguir.

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    Amo sketchbooks e acho que os levobem a srio, tenho vrios.

    Lembro quando montei meu primeiro,com papel A5 encardenado comespiral... foi um evento.

    At hoje, quando procuro um novo,

    meio que um ritual, mesmo que sejaum simples qualquer. No momento quedesenho na primeira pgina comea umrelacionamento de amor e s vezes (nopoucas) de dio.

    Mas acho que assim com qualqueresforo criativo, no?

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    Foto:JeanFhilippe

    JEAN FHILIPPE

    BRASIL / ESTADOS UNIDOS

    [email protected]

    www.tychocafe.com

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    Duas formas que me vejo nesserelacionamento so: um, comoestudioso; dois, como explorador.

    Na primeira, aplicando ofoco quase que por inteiro desconstruo/construo de umalinguagem ou estrutura. Estudosde anatomia, gura, tcnica,trao, design, composio.

    Nesse momento o sketchbook como um laboratrio, e eu sou umcientista maluco e obsessivo. Ooutro mais descompromissado;o importante a histria, amensagem, os conceitos e namaioria das vezes as emoes.

    Nesse momento o sketchbook um terreno, e coloco junto oque aprendi - ou destru - nolaboratrio, para usar comoinstrumento de navegao.

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    Geralmente separo o que fao emlivros. Creio que isso aparece no livrocom estudos de anatomia em bic, emcomparao ao moleskine bagunado.

    Creio que tudo que uso e fao nosketchbook pode ser aproveitado dealguma forma... no trabalho comercial

    provavelmente o lado mais tcnico eprtico aproveitado do que o criativo,mas em geral tento tirar proveito dosdois.

    No acho que sigo um tema especcopois no limito meu sketchbook apenasa esboos. Creio que estou num eternodilogo comigo mesmo, ou com quemquer que seja do outro lado, s vezesisso escapa por escrito.

    Muito do que aparece tem sido oresultado de uma interao entre o queme cerca, hoje, e o que me cercavana minha infncia, s vezes em formasingular ou como histrias que venhoescrevendo ao longo do tempo. Tenhoforte apego natureza, curiosidade e incerteza.

    Gosto de contraste. Todos ns vivemosuma fbula pessoal que ltra arealidade em que vivemos e isso mefascina.

    Tento manter um certo senso de humortambm, que no acho cmico, talvezabsurdo ou sem sentido, mas t l.No acho que expliquei o que deveria,mas... tudo bem!

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    RENATO

    ALARCO m dos mais talentososilustradores do Brasil, com mestradona School of Visual Arts of NewYork e trabalhando para as maiorespublicaes do Brasil e do mundo,Renato Alarco j colaboradorconstante da Ilustrar comocolunista.

    Alm disso j participou da revistaem outras duas oportunidades comoconvidado - uma delas tambm emum passo a passo, mostrando aproduo de um livro.

    Desta vez Alarco mostra oprocesso de colorizao digital deuma ilustrao criada originalmentea grate e guache sobre papelcinza, criando um efeito misto entreanalgico e digital.

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    Em meus trabalhos gosto sempre decombinar tcnicas analgicas com asdigitais. Neste processo busco na medidado possvel manter as caractersticas que,para mim, so as mais atraentes nasartes ditas analgicas: a sua textura, asmarcas da artesania manual, os rudose at mesmo os bons acidentes (ouacidentes felizes).

    H tcnicas de pintura digital queresultam em um visual polido, perfeitoe computadorizado. O que busco

    justamente o contrrio. Me atrai aorganicidade de marcas de pincel, agranulao da tinta sobre a textura de um

    bom papel, as sujeirinhas...

    Somado a tudo isso, o digital me d aindaa possibilidade de escolher exatamenteas cores que desejo colocar ou combinarno meu trabalho (na pintura analgicaisso s vezes - no sempre - pode darerrado!)

    Nesta ilustrao, que faz parte do livroinfanto-juvenil Eu Sou Mais Eu (SylviaOrthof - Editora Rovelle 2012), seguiexatamente este caminho: buscarda maneira mais simples e rpidaacrescentar cores uma ilustrao empreto e branco.

    Toda ilustrao minha comea com umthumbnail, que um desenho bastantesimples, muitas vezes de tamanhodiminuto, e que atende muito mais funo de ponte para que a mo dialoguecom as ideias e suas possibilidades decomposio.

    Nesta fase de esboos de thumbnailso desenho ainda no busca detalharnem denir com clareza absoluta, mas

    apenas sugerir alguns dos principaiselementos que a ilustrao nal ter.J nestes primeiros esboos o desenholeva em conta a aplicao da ilustraono formato de pgina dupla (o chamado

    spread).

    importante garantir que existamreas livres nas quais o texto serposteriormente inserido, semprebuscando boa legibilidade.

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    RENATO ALARCO

    Rio de janeiro

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    www.renatoalarcao.com .br

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    INTRODUO

    O PROCESSO

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    Um novo estudopara a personagemque voa prximo lua aplicado noPhotoshop sobre aquele desenho inicial.

    A menina ento reduzida e ligeiramenterotacionada, j visando abrir mais espaolivre para o texto.

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    Para desenhar a cidade do alto, foinecessrio contar com a ajuda derefernciasvisuais.

    Sempre que precisamos utilizaresse recurso, procuramos combinarinformaes de diferentes fotograaspara garantir que o resultado nal

    car o mais prximo possvel da nossaviso pessoal. Aqui, nesta compilaode imagens, gostamos particularmentedas cores da foto-referncia que mostrao Rio de Janeiro noite, e decidimosseguir aquela paleta mais quente nahora de colorir os prdios da cena.

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    No papel cinza possvel perceber o tomlevemente alaranjado da impresso (mare montanhas).

    A ilustrao desenhadaa lpis grate(e os meus favoritos so dos da marcaPrismacolor Ebony 14420) e tem suasluzes aplicadas com pastel seco branco e

    tambm guache branco.

    Quando usamos o guache sobre asreas midas acontece um acidentefeliz durante a decantao do pigmento,formando granulaes interessantes nasuperfcie da nuvem.

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    Com o efeito Distort>warp do Photoshop,a paisagem ganha uma perspectivamaisdinmica.

    Quando a composio nal agrada,fazemos uma impresso em tons de laranja

    claro sobre papel Canson Miteintes cinza.

    Para este projeto decidimos que osoriginais tero um tamanho relativamentepequeno (A4), o que vai realar a texturado trao e tambm a granulao do papel.

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    A camada Contraste ento duplicada erenomeada para Azuis.

    Em seguida clica-se emImage>Adjustments>HueSaturation.

    Marque o pequeno boxcolorize e, nos comandosde hue, saturation elightness (que eu costumochamar de trip da cor),

    o desenho tonalizadopara a cor azul (um azulnoturno e insaturado,como se pode ver).

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    O original de papel digitalizado.

    De volta ao Photoshop, a primeiraao duplicar a camada (parapreservar o scan original) emLayer>duplicate layer.

    Esta segunda camada ganha

    o nome de Contraste, e,imediatamente, recebe umajustede claros e escuros emImage>Adjustment>Levels, ofamoso Control-L.

    Agora os nveis de branco,preto e tons mdios do desenhoganham mais equilbrio. Se umailustrao funciona bem em PB,por certo ir funcionar tambmem cores.

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    Agora com o clique no boto do Quickmask, vamos parao lugar no Photoshop onde faremos a prxima etapa. Noambiente do Quickmask podemos criar mscaras e reasde seleo utilizando para isso diversas ferramentas depintura, desenho e at efeitos. Considero este um recursofundamental do programa.

    Escolhemos como cor-guia o amarelo, pois ir facilitar avisualizao (a escolha desta cor ou de qualquer outra noQuickmask no afeta em nada as cores do meu original).

    Com a camada vermelha selecionada, pintamos todas asreas cuja cor iremos em breve modicar.

    Para os no iniciados em Photoshop importante deixarclaro que as cores que usamos no Quickmask tmnalidade apenas de visualizao, no possuindo qualquerpoder para colorir o desenho.

    Finalizada a etapa de pintura da rea de seleo damosum novo clique no boto do Quickmaskpara retonar ao

    mundo real.

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    Duplica-se a camada azule a nova camada entotonalizadapara as coresda famlia das quentes.

    A camada vermelha posicionada embaixo dacamada azul.

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    Clique novamente no boto do Quickmaske depois, com a camada Backgroundselecionada, v em Layer>New> Layervia Copy e crie uma camada a partirdaquela seleo que havia sido feita antes

    em Magenta.A nova camadaresultante deve ser

    posicionada no topo das demais. Com oscomandos de Hue/Saturation (CTRL + U)e colorize, a nova camada recebe os tonsde azul claro e turquesa.

    Finalmente, dentro na janela dos Layers,clicamos no comando Flatten para grudartodas as camadas em uma.

    11Agora possvel ver o pisca-pisca da reade seleo com suas linhas tracejadas.Apertamos o deletee, com isso, abrimosum buraco na camada vermelha, o que vairevelar a camada de baixo (azul).

    As duas camadas sobrepostas mostram a

    Agora vamos trazer de volta aquele brilhoferico da lua e alguns elementos (como oCristo). Para isso voltaremos ao ambiente

    combinao dos vermelhos e azuis. A linhatracejada e piscante corresponde quelaque foi pintada antes no Quickmask.

    Agora ela forma um buraco na camada

    vermelha, revelando a camada azul queest embaixo.

    do Quickmask para fazer uma novaseleo na camada Background. Uso acor magenta para facilitar a visualizao.

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    Imaginando que na cidade noturna amaior parte das luzes provm da rua,acentuamos a iluminao na parteinferiordos prdios.

    Finalizados estes pequenos toquesde laranja na cidade, o trabalho considerado pronto. Este processo de

    pintura, alm de muito simples tambmbastante rpido.

    A colorizao da ilustrao pela via digitalno demorou mais de 45 minutos eacredito que o resultado nal manteveas caractersticas que eu tanto prezo emuma arte analgica.

    13A cidade l embaixo pede luzesmaisintensas, por isso vamos trabalhar sobreelas com a ferramenta de pintura. Primeirofazemos a setagem do pincel de pintura emColor Dodge e opacidade 12%.

    Para destacar a iluminao alaranjada dos

    prdios, escolhemos uma cor da famlia dolaranja, porm bem mais escura, chegandoquase a um marrom.

    So estes os tons que normalmenteutilizamos com o pincel de pintura emsetagem Color Dodge.

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    Estudar Fora do

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    por Renato Alarco

    O sonho de passar uma temporada deestudos fora do Brasil algo que jpassou pela imaginao da maioria dosartistas visuais.

    As expectativas so imensas quandofazemos este enorme investimentopessoal. Imaginamos que a experinciano exterior ser daquelas quetransformaro nossa vida em algonovo, e que, l fora, iremos reinventar-nos, tornaremo-nos artistas melhores,mais criativos, mais livres, mais cultose que, longe de casa, sero incrveis

    as oportunidades de aprendizado ede trabalho, conheceremos genteinteressante - vindas de todas as partesdo mundo - e nos tornaremos maisexperientes e tudo isso junto far dens prossionais mais bem-sucedidos,mais respeitados, etc., etc., etc.

    Well, preciso dizer que nem sempreisso acontece.

    Em todo caso, cuidado com o que vocdeseja, porque voc pode conseguir.Mas tenha certeza de que isso vai lhedemandar bastante trabalho.

    comum que um monte de quimerasvenha cabea muito antes de apessoa pensar objetivamente naescolha da escola ideal para o seu

    perl. Jovens artistas possuem muitosinteresses, objetivos e necessidades,mas em geral falta-lhes o foco quandolhes perguntamos o que queremobjetivamente que acontea com suascarreiras, seus portfolios, enm, suasvidas aps uma experincia de estudosno exterior.

    Futuros estudantes tm que pesarum grande nmero de fatores nahora de decidir pela escola ou cursointernacional. H diferentes programas,focos e mtodos de ensino, custosvariados, tempos de durao, idiomas,e tambm h que se considerar a vidacultural da cidade, as reputaes dosprofessores e a opinio de quem jpassou por isso.

    Este um projeto complexo e que,portanto, deve ser visto sob diversosngulos, quebrado em etapas menores

    e com preparativos que podem lhedemandar alguns bons anos deplanejamento. sempre bom caratento para que a nuvem rosada eorida das expectativas irreais nonuble seus poderes de observao,

    julgamento e deciso.

    Os desaos so muitos e, no caminho,ocorre uma verdadeira seleo naturalque escolhe no necessariamente osmais ricos ou os mais talentosos, mas

    tambm aqueles dotados de pacincia,disciplina, resilincia e o rme desejode cumprir at o m cada uma dasetapas que antecedem a to sonhadapartida para o exterior.

    O fator nanceiro costuma ser aprimeira muralha que faz a maioriasimplesmente desistir. Se a pessoa jcristalizou a ideia de que aquele sonho grande demais para ela no h nadaque a faa nem mesmo comear umapesquisa por escolas, cursos, bolsas,nanciamentos e o que mais fornecessrio. Para elas vale o conselhode Henry Ford, o dos automveis em

    linha de produo: se voc acreditaque pode, voc est certo. Se vocacredita que no pode, voc tambmest certo.

    H todo tipo de gente que vive ou viveuem outro pas por conta dos estudos.Conheo diversas pessoas que zeramisso e, curiosamente, percebo que oque elas tm em comum o fato de

    no terem vindo de nenhum bero deouro.

    H aqueles que descobriram cursosincrveis em cidades fora dosgrandes centros, que matricularam-se em cursos excelentes e baratos(subvencionados por prefeituras ougovernos europeus), gente que ganhoubolsa cultural de consulado, prmio emconcurso, gente que trabalhou 3 anoss para realizar isso, gente que faz issode 2 em 2 anos com recursos prprios,e eu at conheo pessoalmente umapublicitria que vendeu tudo o quetinha, carro, mveis, enm queimou

    suas caravelas e os velhos retratos,e partiu para uma temporada de 2anos em Nova York para aprender atransformar seus bonecos de palitinhoem belssimos desenhos e pinturas (eo que melhor nessa histria que elaconseguiu).

    O que quero ressaltar que h todotipo de histria, e em todas as que

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    renato alarco

    Rio de janeiro

    [email protected]

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    acompanhei de perto o que encontreiforam simplesmente personagensmovidos por uma irrefrevel forade vontade qual adicionaram umprincpio indispensvel chamado ao.

    Tenha em mente, portanto, que estudarfora no um privilgio que cabeapenas aos afortunados, aos ungidospelo destino, aos que sempre deram

    sorte, aos que nasceram de bundapra lua, aos endinheirados ou aossuper talentosos. Muitas vezes at acapacidade de resistir ao impulso dedesistir pode ser a diferena entrequem vai e quem ca.

    Proponho um exerccio a voc que, porenquanto, apenas sonha em estudar noexterior. Separe um caderno somente

    nossa e aprendemos a correr atrs dalebre veloz da subsistncia. L fora agente acaba aprendendo tambm nosomente a fazer uma tima - e barata- lentilha (a minha tinha paio recheadode cheddar, nham!), mas aprendemosprincipalmente a ser sujeitos mais

    safos, o que, convenhamos, umitem bastante interessante de ter emnosso cinto de utilidades pela vida

    afora.

    Nosso prximo artigo dar continuidadea este e trar depoimentos e portfoliosde quem fez esse percurso, e ainda,uma lista com algumas escolas ecursos em diversas partes do mundo,como: Europa, Canad, EUA e, senossos contatos permitirem, falaremostambm de outras partes mais exticasdo planeta, como o Brasil.

    Por enquanto, aqui vai uma lista deaperitivos mentais para quem pretendefazer essa viagem:

    Qual o seu interesse? O que vocquer? Ilustrar revistas, livros infantis,trabalhar com mdias digitais, pintarpara galerias, tornar-se futuramenteprofessor universitrio? Seu interessedita o tipo de escola ou curso aescolher.

    Pesquise e informe-se!

    essencialfuxicar todas asinformaes possveis: prazos,documentos, bolsas de estudo, dicasde quem estudou l, Google, sites egrupos de discusso. Quanto maisplanejamento houver, melhor.

    Saber encontrar a informao que vaite ajudar na misso tudo. H curiososque descobrem instituies nacionais einternacionais com agendas bastanteespeccas de auxlio a estudos noexterior; outros j partem do Brasilcom seu esquema de moradia j todoacertado com algum morador da cidadeonde ca a escola, enm, mesmo antesda partida preciso ser pr-ativo e safo

    para este projeto. Quando deparar-secom a frase No tenho dinheiro paraestudar fora, experimente substitu-lapor perguntas como:

    Qual a escola (ou curso) que meinteressa?

    Quanto custa estudar l?Como morar, comer, me locomover nacidade onde ca a escola?

    Como conseguir a grana para ir?Durante quanto tempo deverei juntaressa grana ou me preparar para daresse passo?

    Existem bolsas? Concursos? Possveispatrocinadores?

    Quando eu estiver nalmente naminha escola e em outro pas, existe apossibilidade de ganhar algum dinheiropara cobrir meus gastos por l?

    E se eu criar um Crowd Funding paraum projeto de livro em quadrinhosque farei quando estiver morando eestudando l?

    No deixe de anotar todas as

    suas respostas, dvidas,questionamentos e ideiasem seu caderno, por mais

    absurdas que paream.Nada deve impedir omovimento do seu uxode pensamento. Estasperguntas, mesmo quequem sem respostaspor um tempo longo

    demais, tm o poderde manter sua mentetrabalhando (inclusiveinconscientemente).

    De experincia prpria

    lhes digo: ningumvolta o mesmo depoisde viver alguns mesesou anos em um outropas. Estudamos,trabalhamos,conhecemos uma pde gente nova, nosviramos numa lnguae cultura estranhas

    para descobrir as informaes que irote ajudar a formatar o plano.

    Tipo de curso- Nos EUA oscursos BFA ou Bachelor in Fine Artscorrespondem a uma faculdade de 4anos. So bastante completos, masdemandam um longo tempo e umvultoso investimento (mensalidade,moradia, alimentao). Cursos do

    tipo MFA ou Masters of Fine Arts soequivalentes ao nosso mestrado de 2anos e qualicam o mestre a concorrera vagas de professor em universidadespblicas no Brasil ( bom informar-se seo curso tem reconhecimento do MEC).

    H excelentes cursos de curta duraoque podem ser uma especializao,grupos privados com artistas derenome, cursos de extenso (que solistados nos sites das escolas como

    Continuing Education), cursos devero, retiros artsticos ou mesmocursos formatados como maratonas dedesenho em 5 ou 6 semanas. Lembre-

    se que nem todo mundo precisa deum mestrado, principalmente se seuinteresse no dar aulas.

    Dinheiro Ponha na ponta dolpis as despesas que o curso irdemandar (inscrio, semestralidade,mensalidade), materiais artsticos,alojamento e moradia, gastos bsicoscom alimentao e transporte. No sedeixe abater caso as respostas para oseu nanciamento demorem a surgir.Olho no objetivo por enquanto (esempre).

    Tempo de durao do curso

    Obviamente este fator inui no dinheiroque voc ir gastar para manter-sefora do pas. A carga horria do cursotambm importante, pois lhe d umanoo do quanto voc car ocupado,tempo para fazer os trabalhos daescola, tempo de resolver um frila e,porque ningum de ferro, tempolivre para o cio criativo de absorver acultura da cidade em que se vive.

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    Nada de improviso! - H casosde pessoas que deixaram decisesimportantes para a ltima hora eacabaram colocando em risco umano inteiro de preparao. Certosdocumentos brasileiros podem demorarpara sair, e este tempo de espera podeser crucial.

    Quem decide fazer a viagem com

    a cara e a coragem na esperanade resolver as coisas quando estivermorando e trabalhando l, podeamargar uma longa espera at tercondies de fazer seu curso. H quemtenha conseguido e h tambm quem

    j tenha se metido em alguma roubada.

    Lngua estrangeira Desnecessriodizer sobre a importncia de possuirdesenvoltura na lngua do pas. NaEspanha, por exemplo, h 2 lnguas:catalo e espanhol (nada de portunhol,portanto, amiguinhos). Informe-se sea escola exige diplomas especcos deprocincia no idioma (como TOEFL,

    IELTS, Cambridge, entre outros). Saberingls fundamental hoje em dia, noimporta para qual pas voc v.

    Especialidade da escola Busqueinformar-se quais escolas so asmelhores na rea em que voc desejase aprofundar, o que mais vai valer apena entre tempo, custo e benefciosoferecidos pelo curso. Avalie osportfolios do corpo de professores, achamada Faculty, que a alma daescola.

    Pr-requisitos do curso precisocar atento ao que cada escola pedede documentao: desde visto epassaporte a diploma de faculdadecom traduo juramentada, histricosescolares, comprovante de crditonanceiro, cartas de recomendao,portfolio, testes, provas, dentre outros(que podem incluir at vacinas).

    Prazos Muitos cursos possuemlongos prazos de inscrio, ondese tem tempo para juntar toda adocumentao (em geral assim noscursos mais longos). Em contrapartida,estes s oferecem inscrio uma vez aoano. Outras escolas so mais exveis- em geral oferecem cursos maiscurtos e mais baratos - com inscriesabertas de seis em seis meses ou em

    temporadas (Vero, Inverno, etc.).

    Anidade com o pas/regio Pessoas que detestam frio, porexemplo, devem tomar cuidado compases nrdicos em geral. Outros comoo Canad, por exemplo, tm tambminvernos bastante rigorosos. precisolembrar que estudar fora implica quevoc tambm dever ambientar-se como que forma a identidade de outro pas:sua cultura, as pessoas, a lngua, acomida, o clima, etc.

    Vistos de estudante e de trabalho-Informe-se sobre os vistos de

    estudante. Em geral o consuladodo pas para onde se vai fornece ovisto mediante a apresentao dadocumentao que comprova suamatrcula na escola.Vistos de trabalho so umapossibilidade bastante remota caso noexista uma documentao ocial dogoverno fornecida pela empresa quedeseja contrat-lo.

    Mercado de trabalho Para quemespera cobrir seus custos de estudos,moradia, transporte, enm, suasubsistncia, importante consideraro mercado de trabalho do pas

    escolhido. Em pocas de xenofobia ecrise nanceira mundial preciso estaratento para no criar expectativasotimistas alm da medida.

    (Colaborou com este artigo MarianaErthal)

    A Revista Ilustrar agradece a participao especial de PACHA URBANOnas ilustraes desta seo:

    [email protected]

    www.pachaurbano.com

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    KOBRA trajetria prossional e ohistrico de vida de Eduardo Kobraso exemplos tocantes de como adeterminao e o talento acabamproduzindo prossionais geniais.

    Sem qualquer apoio, sado da periferiapobre de So Paulo onde chegoua ser preso por pixao, Kobraevoluiu seu trabalho e se tornou um

    muralista consagrado, expondo noLouvre a convite e com um trabalhoreconhecido em quase todo o mundo,com convites para pintar murais eminmeros pases.

    Alis, esta entrevista foi feita numapausa em um mural que ele estterminando em Los Angeles, ondefalamos sobre arte, grate, pixao ea tnue linha que dene a ilegalidadeda obra de arte.

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    Estou completando mais de 24 anos de

    carreira, comecei aos 12 anos, a pintarna rua, porque o desenho surgiu antes,acho que aos 7 ou 8 anos.

    o gratti surgiu anos depois, acho queuns 3 anos, quando vi alguns lmes elivros americanos.

    O incentivo veio da minha me, que medava muitos cadernos e lpis coloridos;sempre foi assim. Primeiro comecei apixar muros, como muitos; no sabiaque era possvel desenhar em muros,

    Permaneci durante anos gratando,at conhecer o trabalho de artistasmexicanos como Diego Rivera, enorte-amercianos como Erick Grohe- e a partir deste momento comeceia pensar diferente e a estabelecer omural no meu trabalho.

    Para comear: quantos anos voctrabalha com street art?1

    E teve algum tipo de incentivo?2

    E a passagem do grafite para omural?3

    Mural da srie Muros da Memria - So Paulo

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    EDUARDO KOBRA

    SO PAULO - SP

    [email protected]

    http://eduardokobra.com

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    Foto:arquivoKobra

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    Vivo intensamente a pintura, emtodos os aspectos; nunca tive dvidasa respeito disso, mas claro queem determinados momentos tive

    confrontos internos e, claro, com aspessoas que estavam ao meu redor.

    Tive pouco incentivo, andei nacontramo de tudo, abandoneisituaes estveis para me dedicar aalgo totalmente marginal, ilegal, e semremunerao.

    Todo mundo admira um artistacomo voc fazendo sucesso, maspouca gente sabe das dificuldadesque teve para chegar onde chegou.Que dificuldades voc passou comoartista de rua?

    4Sim. Imagine algum da periferia que

    j tem poucas oportunidades decid iroptar por algo to discriminado comoa arte de rua em meados dos anos 90.

    Mas tudo vem acontecendonaturalmente, penso que a dedicaoao longo de mais de 20 anos faz agoravaler a pena tudo o que passei.

    Ainda mais vindo da perife ria...5

    Sim, por vrias vezes, inclusive fuidetido 3 vezes, correndo o risco deser preso.

    Teve problemas com a polcia porcausa disso?6

    Ontem li uma frase em Los Angelesem um muro que dizia o seguinte:

    por que preciso de uma galeria seposso colocar minha arte aqui?.

    Claro que alguns artistas saramdas ruas e foram para as galerias e

    vice-versa, muitos artistas formadosem faculdade, que antes colocavamsuas obras apenas em galerias, hojepercebem a grande importncia dastreet art, pintar nas ruas, arte pblicaao acesso de milhes de pessoas.

    Na minha opinio o que vale a arte,esteja ela onde estiver.

    Existe aquela velha discuso entrearte de galeria e arte de rua, comprs e contras em ambos os lados.Acha que, para a arte em geral, es saquesto tem sentido?

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    O motivo do meu trabalho existirso as ruas, amo isso!

    Costumo dizer que vejo as ruascomo uma grande galeria de arte

    a cu aberto, onde os muros soas minhas telas!

    Pretendo continuar pintando nascidades, isso perfeito, emborano tenha preconceito algumcom trabalhos em galerias, mas aprioridade sempre vai ser as ruas.

    A pixao e o graf itti soessencialmente manifestaes derua com origem no hip-hop. No casodo grafitti, e em especial no seutrabalho, acha que um tipo de arteque s vlida na rua como formade manifestao?

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    Mural produzido em New York - EUA

    Mural da srie Muros da Memria - So Paulo

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    mas alguns detalhes precisam serrespeitados, quase uma lei das ruas.

    Respeitar outros artistas, mesmo queestejam comeando, respeitar o espaoocupado por outros artistas.

    No meu caso posso incluir respeitaresculturas, monumentos, prdioshistricos - o meu espao termina ondeo seu comea.

    Desde Duchamp, tudo mudou.Atualmente temos artistas comoBanksy, Mr. Brainwash, Jr, enm,variados estilos para variados gostos,

    No o seu caso, mas o fato dealgum simplesmente jogar tinta naparede no faz dele um artista, e

    nem faz do resultado uma obra dearte. Para voc, nas manifestaesde arte urbana, o que separa a arteda depredao?

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    Alguns artistas que nasceram nas ruasesto nas maiores e melhores galeriasde arte; colees, chegam a valermilhes!

    Isso no por acaso, deixa claro quemuitos talentos esto simplesmentepintando muros na periferia ou emqualquer lugar.

    No ltimo ano, pintamos em algunspases, acho que o nome apropriado Street Art, porque engloba tudo:sticker, grate, mural, todas asmanifestaes que esto acontecendoneste momento em escala jamais vista.

    Apenas para dar um exemplo, no naldeste ano participei da Art Basel emMiami. Cerca de 150 muralistas domundo inteiro pintavam os muros aomesmo tempo.

    Em Sarasota, na Flrida, durante oChalk Festival, mais de 300 artistas.Nova York, Londres, Atenas, Paris,So Paulo, em todos os lugares omovimento frentico.

    Sempre houve muito preconceito emrelao arte de rua em geral, masaos poucos o grafitti de qualidadetem se destacado. Acha que aindaexiste muito preconceito com ografitti?

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    Hoje as pessoas reconhecem isso, oque surgiu com Jean Michel Basquiat,Keith Haring e vrios grateiros de NY -hoje tem reexo em todos os pases.

    Ento o reconhecimeto geral?11

    Voc tem trabalhos produzidos emvrios pases. Como os outros pasestm visto o grafitti e a arte mural?

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    Tenho um projeto chamadoGREENPINCEL, a ideia justamentecombater a denunciar os vrios tipos

    de agresses do homem ao meioambiente e aos animais, utilizando osmuros para protestar e passar umaideia, e isso muito importante.

    Muitos perderam isso por conta davalorizao comercial da arte derua e da inteno direta dos artistasde estarem antes de mais nada emgalerias de arte.

    A origem bsi ca da art e de r ua acontestao, apesar de que a quasetotalidade do que se v hoje em diaem pixao e grafitti deixaram deser contestatrios. Para voc, quaisos rumos que a arte de rua tem tidohoje em dia?

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    Sou apaixonado por objetos antigos eum dia fui a uma exposio na AvenidaPaulista, de fotograas antigas daprpria avenida, que mostravamcenas da dcada de 20, 30... Alipercebi nitidamente as mudanas queocorreram na cidade, como as pessoas

    deixaram de preservar o patrimniohistrico importante da cidade de SoPaulo para construir estacionamentos,prdios comerciais, etc.

    Nesse momento decidi pintar ummural com uma das fotos na prpriaavenida, criando assim um contrasteentre as pocas, e assim surgiu oprojeto Muro das Memrias.

    Um de seus projetos mais conhecidose aclamados a srie Muros daMemria. Como surgiu esse projeto?

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    Mural da srie Greenpincel - So Paulo

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    Na minha opinio, nada.Percebo que os artistas quecolocam seu corao no

    que fazem mais cedo oumais tarde conseguem oreconhecimento por mritodo trabalho que realizam.

    Voc comeou o grafitti naperiferia pobre de So Pauloe, anos depois, chegou aexpor no Louvre. O quefalta para o grafitti ter oreconhecimento que merece?

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    Mural da srie Muros da Memria - So Paulo

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    Mural da srie Muros da Memria - Av. 23 de Maio - So Paulo - mural com mais de 1.000 m2

    Mural da srie Muros da Memria - Av. 23 de Maio - So Paulo - mural com mais de 1.000 m2

    Mural da srie Muros da Memria - Av. Helio Pellegrino - So Paulo

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    Mural em Londres - Inglaterra

    Mural da srie Muros da Memria - Praa Panamericana - So Paulo

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    Mural em Miami - EUA

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    Mural em Atenas - Grcia

    Mural em Lyon - Frana

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    Mural da srie Muros da Memria - SENAC - Santo Amaro

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    BETO FIORI

    PORTUGAL

    [email protected]

    http://betofiori.soup.io

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    ELIHU DUAYER

    RIO DE JANEIRO - RJ

    [email protected]

    http:// elihuduayer.blogspot.co m

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    FILIPE LAURENTINO

    CURITIBA - PR

    [email protected]

    www.laurentino.com.br

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    MARCELO SOUZA FILHO

    SO CAETANO DO SUL - SP

    caricarts@ yahoo.co m.br

    www.brazoocartoonestudio.blogspot.com.br

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    celloSouzaFilho

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    MARCIO LUIZ DEL NINO

    ITAQUAQUECETUBA - SP

    [email protected]

    http://marcioninoaranha.blogspot.com

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    GLEYTON LADISLAU

    SO CAETANO DO SUL - SP

    [email protected]

    http://gleytonlp.blogspot.com.br

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    Pinto

    A Revista Ilustrar abriu espao paraos leitores, fs e amigos que queiram terseus trabalhos divulgados na mais importante

    revista de ilustrao do Brasil, por meio da seoEspao Aberto.

    Para participar simples: mande um e-mail com o ttuloESPAO ABERTO para [email protected] como nome, cidade onde mora, e-mail e site que pretenda ver publicados,uma autorizao simples de publicao dos trabalhos na revista, eno mnimo 7 ilustraes a 200 dpi (nem todas podero ser usadas).

    A Ilustrar vai disponibilizar para cada artista selecionado 4 pginas inteiras.Por isso escolham seus melhores trabalhos; esta pode ser a oportunidade deter seus trabalhos publicados ao lado dos maiores prossionais do mercado.

    ESPAO ABERTO, a sua entrada na Revista Ilustrar.

    Como participar

    S E S S O DE MODELO EM CAS A

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    CU

    RTAS

    W I K I PA I NT I N G

    R E F ER N C I A PAR A P I N -U PS

    S E S S O DE MODE LO EM CAS A

    R E TR ATO FA LADO

    No h dvida de que uma dasmelhores invenes na internet foia Wikipedia, a grande enciclopdiavirtual que est em constantecrescimento.

    E a partir da Wikipedia surgiramdiversas crias, muitas delasespecializadas em um determinadoassunto, facilitando a consulta.

    Uma dessas crias o timoWIKIPAINTINGS, uma Wikipedias para pintura.

    Nela d para navegar pesquisandopor nome de artistas, tcnicasde pintura, perodos da histria,movimentos artsticos, estilos, etc.

    A pesquisa basicamente visual, e

    muitos dos textos complemetaresfazem ligao com a Wikipedia:

    www.wikipaintings.org

    Para quem busca referncias de mulheres gordinhassensuais, referncias para pin-ups ou simplesmentegosta de mulheres com curvas generosas, vai gostardo simptico site GOSTOSA.

    Ele no ertico, no artstico e nem prossional, apenas uma imensa coleo de imagens degordinhas altamente atraentes colecionadas por umf, mas uma excelente fonte de referncias paraquem precisa desenhar uma mulher sexy e cheia decurvas.

    E o site tem o divertido, sugestivo e merecidosubttulo Gostosa Que Se Acha Gorda:

    http://gostosa.tumblr.com/archive

    Para quem no consegue ir a umasesso de modelo vivo mas precisatreinar anatomia, existem na netalguns programas que simulamuma sesso dessas, no conforto decasa.

    Agora existe o ARTSY POSER,

    um programa bem interessanteonde no s as poses e osmodelos so excelentes, comoo prprio programa em si servecomo ferramenta de consulta dereferncias para quem precisa dealgo especco em uma ilustrao.

    Como sesso de modelo, voc podeescolher o tempo de exposio e otipo de modelo, e como refernciade desenho h uma srie de opespara chegar no que necessita:

    www.artsyposes.com/models

    Sabe quando a polcia faz o retratofalado de um criminoso? Antigamenteusavam um desenhista para colocar nopapel a descrio que a vtima dava,mas as vezes o desenhista era to ruimque o resultado era uma comdia.

    Depois, com a tecnologia, vieram os

    softwares para fazer um retrato faladomais el. E um deles est disposiona net para qualquer um brincar dedetetive. Com o FlashFacevoc podeno encontrar o criminoso, mas vaipassar horas se divertindo reproduzindoo rosto dos amigos:

    http://ashface.ctapt.de

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    GUIA DO ILUSTRADOR- Guia de Orientao Profissional

    ILUSTRAGRUPO- Frum de Ilustradores do Brasil

    SIB- Sociedade dos Ilustradores do Brasil

    ACB / HQMIX- Associao dos Cartunistas do Brasil / Trofu HQMIX

    UNIC- Unio Nacional dos Ilustradores Cientficos

    ABIPRO- Associao Brasileira dos Ilustradores Profissionais

    AEILIJ-Associao de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil

    ADG / Brasil- Associao dos Designers Grficos / Brasil

    ABRAWEB- Associao Brasileira de Web Designers

    CCSP- Clube de Criao de So Paulo

    TUPIXEL- Maior banco de dados de ilustradores do Brasil

    www.guiadoilustrador.com.br

    http://br.groups.yahoo.com/group/ilustragrupo

    www.sib.org.br

    www.hqmix.com.br

    http://ilustracaocientica.multiply.com

    http://abipro.org

    www.aeilij.org.br

    www.adg.org.br

    www.abraweb.com.br

    Aqui encontrar o contato da maior parte das agncias de publicidadede So Paulo, alm de muita notcia sobre publicidade:www.ccsp.com.br

    www.tupixel.com.br

    Dia 1 de Setembro tem mais... dia 1 dia de IlustrarDia 1 de Setembro tem mais... dia 1 dia de Ilustrar

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    Uma produo

    Revista Ilustrar - prmio HQMix 2011

    www.referencepress.com

    http://referencepress.blogspot.com

    www.revistailustrar.com