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Ano XVIII – Set/Out 2013 - nº 104 – R$ 18,00 – www.revistalaticinios.com.br – ISSN 1678-7250 EXPOMAQ/ MINAS LÁCTEA 2013 Cobertura da EQUIPAMENTOS E INGREDIENTES Inovações em

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Ano XVIII – Set/Out 2013 - nº 104 – R$ 18,00 – www.revistalaticinios.com.br – ISSN 1678-7250

EXPOMAQ/ M INA S LÁC T EA 20 1 3

Cober tu ra da EQU IPAMENTOS E I NGRED I ENT ES

Inova ções em

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Prezado Leitor,Nas últimas décadas, as indústrias de laticínios, assim como todos

os segmentos da alimentação, foram competentes em trazer inovação ao mercado e, quando menos se espera, criam mais fôlego em novas categorias e nichos de mercado. A bola da vez são os produtos funcio-nais, que, além do território da nutrição, avança em direção a outras barreiras e se propõem a prevenir doenças ou contribuir para retardar o envelhecimento. Esse filão do mercado começa a tomar impulso no Brasil e os lácteos se apresentam como excelente veículo para trazer novos atributos valorizados pelos consumidores. Com a importância que vem ganhando esses produtos, destacamos um pouco desse mo-vimento de mercado em nossa matéria de capa.

No exterior, principalmente na Europa, os consumidores já estão buscando produtos clean lable, que não utilizam ingredientes artifi-ciais, e, no Brasil, ainda são poucos aqueles que exigem esse valor nos produtos. Para falar sobre o tema, entrevistamos Daiana de Souza, pesquisadora do ITT NUTRIFOR - Instituto Tecnológico em Alimentos para a Saúde, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (RS).

Nossa equipe visitou a Expomaq 2013, no Minas Láctea, em Juiz de Fora (MG), e as principais novidades nas áreas de máquinas, equipa-mentos e ingredientes podem ser conferidas nas próximas páginas.

Nesta edição, é possível atualizar conhecimento tecnológico na área de estudos em lácteos por meio da leitura do artigo de pesquisa-dores do Ital (SP), cujo tema é “Lactose: Alternativa para o uso e para diversificação do setor de lácteos”.

Boa leitura! Luiz Souza

Diretor e Editor

Ano XVIII – nº 104 – Setembro / Outubro 2013www.revistalaticinios.com.br

ISSN 1678-7250

Editorial

Diretor e Editor Luiz José de Souza

[email protected]

RedaçãoJuçara Pivaro

[email protected]

RevisãoJuliana Coelho

PublicidadeLuiz Souza

Carolina [email protected]

Daiane [email protected]

AtendimentoAna Carolina Senna de Souza

[email protected]

CapaImagem de arquivo

Diagramação Rafael Murad

[email protected]

Assinatura Assinatura anual - R$ 105,00 (6 edições)

Número avulso - R$ 18,00

Comitê EditorialAirton Vialta – DG/Ital

Ana Lidia C. Zanele Rodrigues – Allegis ConsultoriaAntônio Fernandes de Carvalho – UFV

Ariene Gimenes Van Dender – Tecnolat/ItalDarlila Aparecida Gallina – Tecnolat/Ital

Izildinha Moreno – Tecnolat/Ital José Alberto Bastos Portugal – Embrapa/CNPGL

Mucio Furtado – DuPont/Danisco Neila Richards – UFSM

Sebastião César Cardoso Brandão – UFV/Amazing Foods

SETEMBRO EDITORA

Ed. Green Office MorumbiRua Domingues Lopes da Silva 890, Cj. 402

Portal do MorumbiCEP 05641-030, São Paulo, SP, Brasil

Tels.: (11) 3739-4385 / 2307-5561 / 2307-5563 / 2307-5568 / 2307-5574

[email protected] opiniões e conceitos emitidos em artigos assinados não

representam necessariamente a posição da revista Indústria de Laticínios.

Mantenha seus dados atualizados preenchendo os formulários no site www.revistalaticinios.com.br

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SUMÁRIO

ANUNCIANTES

Entrevista u Onda natural nos rótulos - Daiana de Souza ----------------------------------------------------------------------------- 06

Empresas e Negóciosu Veja quem movimentou os negócios lácteos no último bimestre ------------------------------------------------- 10

Matéria de Capau Função: Qualidade de Vida --------------------------------------------------------------------------------------------------- 16

Perfilu Hiper Centrifugation - Tecnologia e experiência------------------------------------------------------------------------ 22

Mercadou Alimentos funcionais crescerão com a mudança do hábito alimentar mais saudável ------------------------ 24

Painelu Notícias e ações de empresas do setor ------------------------------------------------------------------------------------ 26

Perfilu AKSO - Expansão e mais qualidade----------------------------------------------------------------------------------------- 38

Eventou Minas Láctea - Profissionalização do setor impulsiona evento ----------------------------------------------------- 40

Conjunturau LEITE/CEPEA - Preço é o maior em seis anos; para setembro, mercado sinaliza estabilidade -------------- 58

Fazer Melhoru Lactose: alternativa para o uso do soro e para diversificação do setor de lácteos ----------------------------- 60

ASHLAND 17 FERMENTECH 60 MACALE 49

AKSO 39 FISPAL 35 M CASSAB 21

ANHEMBI 59 FORTITECH 02 QUINABRA 33

DELGO 31 GLOBALFOOD 51 SOMAROLE 29

DSM 19 GRANOLAB 45 SIG COMBIBLOC 7

CAP-LAB 11 HIDROZON 9 TATE LYLE 67

CAP-LAB 13 HIPERCENTRIFUGATION 24 TETRA PAK 68

CAP-LAB 15 INTERMARKETING 27 TOVANI 47

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O movimento intenso da inovação nas indústrias de alimentos já superou muitos desafios para tornar os produtos mais saudáveis nos últimos anos. Atendendo aos conceitos de saudabilidade, vieram inúmeros alimentos com menores teores de açúcar, sódio e gordura, além da onda de funcionais, que está em franca expansão no Brasil. Porém, outras tendências chegam ao mercado brasileiro e a preferência por industrializados mais naturais deve entrar para o cardápio dos consumidores mais informados e, consequente-mente, mais exigentes.

Na área da alimentação, o consumidor brasileiro vem seguindo as tendên-cias de outros mercados do exterior. A busca por produtos que promovam saudabilidade é uma dessas tendências que já está incorporada nas escolhas de boa parte dos brasileiros. Porém, ainda existem novos nichos de mercado, que filtram ainda mais suas escolhas, como os consumidores que procuram alimentos mais naturais vindos das indústrias, que não contenham ingredien-tes artificiais. Essa é uma das tendências que em curso no mercado europeu, que já oferece produtos clean lable (rótulo limpo), ou seja, livres de aditivos artificiais na sua formulação.

No Brasil, o assunto ainda é relativamente novo, mas já existem consumido-res checando as informações contidas nos rótulos antes de adquirir bebidas e alimentos. O Instituo ITT Nutrifor, da Unisinos, no Rio Grande do Sul, que tem como foco o desenvolvimento de pesquisa aplicada na área de alimentos para a saúde, nutrição e nutracêutica, já trabalha com pesquisas na área de clean lable, tendo como objetivo a identificação das percepções dos consumidores brasileiros em relação aos rótulos dos alimentos.

Para falar sobre o tema, entrevistamos Daiana de Souza, professora do Itt Nutrifor.

entrevista

Revista Indústria de Laticínios No Brasil, ainda há poucas empresas que buscam clean lable? A que atribui esse fato, já que há grande parcela de consu-midores preocupados com saudabilidade? ■ Daiana de Souza Sim, atualmen-te há poucas empresas brasileiras trabalhando com linhas de produtos clean label. Esse fato está associado principalmente aos desafios culturais e tecnológicos relacionados à pro-dução desses alimentos. O primeiro ponto a ser destacado é o fato de que o clean label não significa apenas substituir ingredientes artificiais por naturais. Significa também permitir que o consumidor consiga ler a lista de ingredientes e compreender o que é cada item. Este é um grande desafio, uma vez que se traduz em uma diferente postura da indústria ao comunicar seus produtos. Sabe-se que a indústria de alimentos segue, hoje, rígidos e adequados padrões de dizeres de rotulagem. Entretanto, muitas vezes por desconhecimento,

o consumidor acaba interpretando como ingredientes naturais apenas substâncias de nomenclatura conhe-cida, de forma que a presença de termos desconhecidos causa rejei-ção. Existem algumas pesquisas de percepção, realizadas fora do Brasil, principalmente com o consumidor europeu de alimentos, que indicam que alguns deles, muitas vezes, associam um ingrediente que não conhece, como a goma carragena, por exemplo, a um ingrediente artificial, nocivo à saúde, mesmo sendo um ingrediente natural, que é o caso desta goma. Além disso, as dificuldades existentes na substitui-ção de aditivos artificiais por naturais também merecem destaque. Algumas indústrias de ingredientes, principal-mente na área de aromas, corantes e amidos, por exemplo, vêm oferecendo uma série de linhas de ingredientes naturais capazes de substituir os aditivos artificiais com boa eficiência. Porém, há outros tipos de aditivos, como os emulsificantes, por exemplo, mais difíceis de serem substituídos por alternativas naturais, principal-mente porque hoje não se conhece

ingredientes naturais com as mesmas propriedades tecnológicas que alguns emulsificantes artificiais possuem. Desta forma, alguns alimentos indus-trializados são mais fáceis de serem produzidos dentro da concepção do alimento clean label, enquanto que ou-tros necessitam de maiores estudos durante o seu desenvolvimento. Além disso, as linhas de aditivos naturais apresentam um custo superior. Dessa forma, ao realizar a substituição, é necessário que o consumidor perceba e esteja disposto a pagar pelo benefí-cio agregado ao produto. Para isto é necessário comunicar adequadamente isto a ele.

Entretanto, muitas vezes por desconhecimento, o consumidor

acaba interpretando como ingredientes naturais apenas substâncias de nomenclatura

conhecida, de forma que a presença de termos

desconhecidos causa rejeição.

A onda natural

Doutoranda em Engenharia pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da UFRGS, onde trabalha com a aplicação da Tecnologia de Membranas para a obtenção de ingredientes a partir de coprodutos da indústria de alimentos. Mestre em Engenharia pelo Programa de Pós Graduação em Engenharia Química da UFRGS (2008) e engenheira de alimentos pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2004). Atualmente, é pesquisadora do ITT NUTRIFOR - Instituto Tecnológico em Alimentos para a Saúde, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, onde atua no desenvolvimento de pesquisa aplicada junto à indústria de alimentos. É também docente do Programa de Pós-Graduação em Nutrição em Alimentos e do Curso de Engenharia de Alimentos da Universidade.

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RIL Há pesquisas sobre o número de pro-dutos que já utilizam clean lable? ■ Daiana de Souza No Brasil não. Fora do Brasil já há dados sobre esse mercado, indicando o número de produtos que se enquadram na categoria de alimentos ditos mais “naturais”, isentos de aditivos artificiais, orgânicos etc. nos principais pa-íses ligados a essa tendência: Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos e França.

RIL Há pesquisas sobre o conhecimento dos consumidores a respeito desses rótu-los com ingredientes naturais? ■ Daiana de Souza Pesquisas deste caráter ainda são raras no meio cientí-fico no Brasil. Fora do Brasil sim, realiza-das principalmente com o consumidor europeu, com foco em entender suas percepções sobre o quão saudável são considerados os ingredientes de alimen-tos, sobre a eficácia da comunicação de alegações de propriedades funcionais etc. Atualmente, o Instituto ITT Nutrifor da Unisinos vem trabalhando com pesqui-sas na área, tendo em vista a identifica-ção das percepções dos consumidores brasileiros em relação aos rótulos dos alimentos. Com um olhar global, busca-mos conhecer as tendências do merca-do de alimentos, participando das prin-cipais feiras de alimentos realizadas na Alemanha, França e Estados Unidos. Os alimentos aqui desenvolvidos, por deman-da da indústria de alimentos, buscam a concepção de alimento clean lable, uma vez trabalhamos fortemente a relação entre ciência, indústria e consumidor.

RIL Do ponto de vista da legislação, caso uma empresa utilize todos os ingredientes naturais no Brasil, ela pode usar livremente a alegação de clean lable ou, como no caso de produtos funcionais, há necessi-dade de obter alguma certificação, por exemplo, junto à Anvisa? ■ Daiana de Souza Ainda não existem definições ou posicionamentos por parte das agências regulatórias a respeito do clean lable. O movimento de grandes empresas que hoje produzem alimentos clean label não é o de utilizar este termo como uma “alegação”. O que se verifica, ao serem observados rótulos de alimentos

clean label hoje comercializados fora do Brasil, é a menção no rótulo da presença de poucos ingredientes, como se pode ver em algumas marcas de iogurtes; da presença de unicamente ingredientes na-turais, no caso de alguns sorvetes; da ex-plicação de detalhes do processo produti-vo, que permite ao consumidor entender que um suco pasteurizado e embalado em uma caixa de envase asséptico pode se conservar bem mesmo sem a adição de aditivos conservantes. Isto ocorre, pois o clean label defende consumidores mais conscientes do que estão adquirindo. São consumidores mais críticos e que dificil-mente comprariam um produto simples-mente pela presença de uma alegação, mas sim lendo o rótulo e entendendo o que está contido no alimento industriali-zado que estão adquirindo.

RIL Já existem vários fornecedores de ingredientes que possuem soluções que permitem aos fabricantes usarem clean lable. Com um público crescente disposto a pagar por produtos premium, por que ainda é difícil encontrar alimentos e bebi-das com ingredientes naturais no Brasil? ■ Daiana de Souza Os alimentos com clean label fazem parte de um novo segmento do mercado, cujo público alvo é crítico e consciente do que consome. O brasileiro vem, nos últimos anos, gradualmente acompanhando a forte tendência de compreender a re-lação entre o alimento e a saúde. Está se tornando cada vez mais exigente.

Em um mundo cada vez mais dinâmico, a inovação no setor de alimentos tam-bém ocorre em ritmo mais acelerado. Desta forma, as indústrias que esti-verem atentas a estes movimentos de mercado e dispostas e investir em estudos na área, certamente esta-rão à frente, podendo cada vez mais oferecer alternativas desejadas e valorizadas pelo consumidor.

RIL A que movimento de mercado está associado o clean lable? ■ Daiana de Souza É interessante des-tacar esse conceito surgiu há cerca de uma década no setor de alimentos, muito empregado hoje pelas indús-trias de ingredientes, e que identifica uma nova classe de alimentos que vêm sendo desenvolvidos pela indústria na atualidade. Este movimento de merca-do está associado à busca por alimen-tos mais saudáveis, impulsionada pelo crescente entendimento, por parte da ciência e do consumidor, acerca do importante papel que os alimentos têm na nossa saúde. Não existe uma definição formal para um alimento clean label. Assim, podem existir dife-rentes interpretações para o termo. De uma maneira geral, clean label está associado a um alimento mais “natural”, produzido com poucos ingredientes, que possui uma lista de ingredientes simples, de fácil entendimento pelo con-sumidor e que tem em sua composição de unicamente aditivos naturais.

entrevista

Algumas indústrias de ingredientes, principalmente na área de aromas, corantes e amidos, por exemplo, vêm oferecendo uma série de linhas de ingredientes

naturais capazes de substituir os aditivos artificiais com boa eficiência.

Os alimentos com clean label fazem parte de um novo segmento do mercado, cujo público alvo é crítico e consciente do que consome. O brasileiro vem, nos últimos anos, gradualmente acompanhando a forte

tendência de compreender a relação entre o alimento e a saúde.

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Kiboninova linha e apresenta mais de 20 novidades

A partir de setembro, os consu-midores conhecerão a nova linha de produtos Kibon. São quatro linhas de produtos: 3 Seleções, Sorveteria, Cre-mosíssimo e Blast com tamanhos e sabores desenvolvidos especialmen-te para cada momento da vida.

“Trouxemos mais de 20 deliciosas novidades de uma única vez. É uma verdadeira revolução nos sabores, tamanhos e embalagens. A Kibon já faz parte da vida dos brasileiros e, sem dúvida, com essas inovações, estaremos ainda mais próximos, compartilhando novos bons momen-tos.”, afirma Bruna Hodas, gerente de marketing da Kibon.

As novas linhas de produtos tra-zem combinações minuciosamente desenvolvidas para cada ocasião. Para quem busca sobremesas mais sofisti-cadas, uma das opções é a linha 3Se-leções, nos sabores Frutas Vermelhas (amora, baunilha e framboesa) e Fru-tas Tropicais (Abacaxi, Coco e Manga), produzidas com frutas de verdade, além de Chocolates (Ao Leite, Bran-co, Meio Amargo) e Nuts (Amêndoas, Chocolate e Avelã), feitos com ingre-dientes importados, reunidos em um mesmo pote de 1,5 litro.

Para quem quer uma experiên-cia com muita indulgência e sabor, o novo sorvete Blast traz pedaços ca-prichados dos doces prediletos mis-turados com o cremoso sorvete Kibon nos sabores: Tablito, Diamante Negro, Bolo de Chocolate e Sonho de Valsa, ambos chegam às prateleiras de todo o Brasil na versão pote de 1 litro.

Já a linha Sorveteria traz os tra-dicionais Chicabon, Passas ao Rum, Doce de Leite e Laka em uma receita única e saborosa na versão pote de 1,5 litro. E para finalizar, mantemos em linha nossos produtos já consa-grados. A linha Cremosíssimo é a op-ção perfeita para quem não abre mão de seus sabores favoritos: Napolita-no, Flocos, Creme, Carioca e Napoli-tano Especial, sozinhos, ou combina-dos com frutas, bolo ou sua sobremesa preferida. Toda a linha está disponí-vel em potes de 2 litros e as regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste terão os sabores Baunilha e Mo-rango e Baunilha e Cho-colate na versão 1 litro.

E para complementar as novida-des, a Kibon também reformulou as linhas Yogo e Light. Yogo está com ainda mais calda na composição e cremosidade nos sabores Natural e Frutas Vermelhas, disponíveis em po-tes de 426 ml. A linha Light está reno-vada com os novos sabores Baunilha e Chocolate / Baunilha e Morango em novas embalagens de 1 litro.

empresas & negócios

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Vigorinova mais uma vez e lança três

sabores inéditos de iogurte Grego

Com o sucesso de Iogurte Grego, a marca Vigor lança, agora, novos sabores para ampliar sua consa-grada linha. Os sabores são inédi-tos e proporcionam novos momen-tos de consumo: ganache, goiabada e maçã com canela. Esses sabores vêm reforçar a extrema indulgên-cia da linha Vigor Grego. Com ape-lo nutricional, por possuir mais proteínas e cálcio que um iogurte convencional, os novos lançamen-tos têm previsão para chegar às gôndolas dos supermercados no fi-nal de agosto.

Disponíveis em embalagens de 100g, as três novas opções de sabor são ideais para serem consumidas em diversos momentos do dia.

Líder em vendas de Iogurte Gre-go em São Paulo, de acordo com dados divulgados pela Nielsen, a marca Vigor vêm conquistando cada vez mais consumidores devi-do a sua exclusiva textura e sabor.

A novidade reforça o posiciona-mento estratégico da Vigor como importante player de lácteos por meio de inovações de grande im-pacto, sempre expondo seus pilares principais: a tradição e a qualidade. Tudo “bem feito como deve ser”.

Sucesso absoluto na Europa e nos Estados Unidos, a Vigor apre-sentou o Iogurte Grego ao mercado brasileiro em julho de 2012. Como resultado, milhões de pessoas ex-perimentaram Vigor Grego e, desde então, as vendas do produto não pararam de crescer.

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Shefa lança produtos em embalagens

pequenas da SIG Combibloc

A Shefa acaba de lançar cinco produtos em embalagens cartona-das assépticas de tamanho pequeno da SIG Combibloc: creme de leite; achocolatado; néctares, nos sabores Tangerina, Maracujá, Pêssego, Uva e Laranja; bebidas à base de soja, nos sabores Maçã, Manga, Maracujá, Uva, Pêssego, Frutas Vermelhas e Pera; e bebidas mistas, nos sabores Abacaxi, Laranja, Maracujá, Maçã, Uva, Tange-rina e Pêssego. A nova máquina CFA 112, exclusiva para o envase de em-balagens combiblocMini de 200 ml, tem capacidade para envasar até 12 mil embalagens por hora. A Shefa, cliente da SIG Combibloc desde 2011, já possui outras linhas de envase da empresa para embalagens cartona-das assépticas de 1 litro.

De acordo com Luciana Galvão, ge-rente de marketing para América do Sul da SIG Combibloc, o pequeno for-mato é ideal para o consumo fora de casa ou na escola, nos casos dos nécta-res, bebidas mistas e do achocolatado, especialmente para crianças. “A con-

veniência do canudo favorece o consumo em movimento. Essa facilidade vai ao en-contro de uma grande tendência no mercado de bebidas prontas para o consumo: a portabilidade”.

Em 2011, quan-do lançou seus pri-meiros produtos em embalagens combifitMidi da SIG Combibloc, a Shefa garantiu uma im-portante diferencia-ção de seus leites UHT no ponto de venda. Essa vanta-gem foi reforçada pela adoção das em-balagens premium, de formato diferen-ciado e ainda mais conveniente, e do moderno sistema de identificação QR Code (Quick Respon-se Code, ou Código de Resposta Rápi-da). Ao escanear o

código impresso, com o celular, o consumidor acessa rapidamente o perfil da Shefa no YouTube e assiste aos vídeos que mostram o proces-so produtivo. Também é possível acessar a página no Facebook e no Twitter e obter outras informações relevantes sobre a empresa.

“Os frequentes lançamentos, in-cluindo os pequenos formatos, posi-cionam a Shefa como uma empresa moderna e que valoriza a proximida-de com o consumidor, atendendo às demandas do mercado de forma efi-ciente e rápida”, avalia Luciana.

Fundada em 1976, a Shefa é hoje uma grande produtora de bebidas no Brasil, com notável presença no esta-do de São Paulo. A empresa também tem uma forte atuação como co-pa-cker, sendo responsável pelo envase de bebidas de marcas líderes e con-ceituadas no mercado brasileiro. Seu portfólio inclui leite UHT, creme de leite, bebidas lácteas, sucos, néctares, bebidas à base de frutas e de soja.

empresas & negócios

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Josaparlança linha de mingau

Meu Bijuzinho

Para ampliar a linha Meu Biju, a Josapar lança sua primeira linha de mingau. Meu Bijuzinho chega ao mercado em três versões super nu-tritivas, sendo fonte de 10 vitami-nas e 4 minerais, além de ser rico em vitamina D, características que o diferenciam no mercado

A recém lançada linha da Jo-sapar de preparados para mingau chega ao mercado como uma op-ção altamente nutritiva para ali-mentação infantil.

Fonte de 11 vitaminas e 4 mi-nerais, Meu Bijuzinho conta com 3 sabores, todos eles apresentados em uma embalagem que promete atrair a atenção da criançada. À base de cereais, Meu Bijuzinho Ar-roz, Meu Bijuzinho Arroz e Aveia e Meu Bijuzinho Milho oferecem 10 vitaminas (A, B1, B2, B3, B5, B6, B9, B12, C, E), os minerais Cálcio, Ferro, Fósforo e Zinco; e são ricos em vi-tamina D.

O consumo dessas vitaminas e minerais é vital para o desenvolvi-mento de toda criança. A vitamina D, por exemplo, é essencial para absorção do cálcio, proporcionan-do um crescimento saudável de ossos e dentes, sem contar que ela também atua no sistema imunoló-gico, cerebral, cardiovascular e na secreção de insulina pelo pâncreas.

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Showroom Gail para indústria e home décor

A Gail inaugura novo espaço em São Paulo desti-nado a clientes, arquitetos, especificadores e profissio-nais de mercado: o Showroom Gail. Com ambientação contemporânea, o show-room apresenta os produtos que fazem parte do “conceito Gail” e que diferenciam a marca no mercado, pelo seu DNA técnico e seu de-sign funcional. Os exclusivos sistemas para revesti-mentos de piscinas, fachadas e indústrias, bem como os lançamentos destinados ao Home Décor, ganham destaque nos 300m² de exposição. Nele revestimentos cerâmicos, peças especiais e de acabamento, produ-tos para assentamento e limpeza, além da consultoria técnica e projetos de paginação, materializam os gran-des diferenciais da Gail.

O novo espaço tem como objetivo proporcionar um ambiente agradável para a discussão de proje-tos e conceitos. Inspirado na leitura da arquitetura

urbana dos grandes centros, o showroom destaca os produtos do portfólio Gail, desenvolvidos e alinhados com as principais tendências em revestimentos, de-coração e arquitetura.

A linha dos subway tiles, que invade as áreas residenciais e ganha espaço em cozinhas, quartos e banheiros, também é observada no mix de pro-dutos apresentados. A empresa, que é sinônimo de revestimentos de alta performance, traz para mais perto dos clientes seu conceito exclusivo em arquitetura cerâmica.

Showroom GailAvenida das Nações Unidas, 12.399 | Conj. 73B |

São Paulo | SP

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Cappuccino 3 Coraçõesganha novas versões escolhidas

pelos consumidores

Há 20 anos, o Cappuccino 3 Corações conquista os bra-sileiros com a qualidade do produto líder da categoria e com a estratégia voltada sem-pre a atender aos desejos dos consumidores. Neste ano, não será diferente.

A marca realizou uma pes-quisa exclusiva com mais de 25 mil pessoas para descobrir quais sabores elas gostariam de experimentar no Cappucci-no 3 Corações. Após o resulta-do, dois lançamentos chegam às gôndolas de todo o Brasil: Cappuccino Baunilha e Ca-ppuccino Chocomenta.

“Os consumidores come-çaram a pedir por uma ver-são em pote do sabor Bau-nilha, que já existia como sachê na linha Multisabores. A partir desse retorno, or-ganizamos a pesquisa para ampliar o potencial do lança-mento e chegamos também ao desejo pelo sabor Choco-menta”, explica Marcela Issa, gerente de inovação do Gru-po 3 corações.

Disponíveis na versão em pote com 200g, as no-vidades chegam para com-pletar o portfólio da linha do Cappuccino 3 Corações, que ainda possui os sabo-res Classic, Canela, Choco-late, Diet, Descafeinado e Light – além do Cappuccino #PRONTO, nova bebida gela-da da marca.

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Função: Qualidade de Vida Matéria de Capa

Considerados excelentes veículos de alimentos e bebidas funcionais, os lácteos estão entre os pioneiros a levantar a bandeira de nutrição asso-ciada a algum outro benefício à saúde. Seja para abrandar alguns problemas orgânicos ou na prevenção de doenças, iogurtes, bebidas lácteas e queijos já contam com atributos que vão além da mera nutrição.

Pesquisas do Instituto Euromoni-tor indicam que mercado de fun-cionais cresce 10% ao ano e, como divulgado pela Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Deriva-dos), segundo o Euromonitor, em quatro anos, representará 40% do total de alimentos distribuídos entre Estados Unidos (72%), Europa (12%) e Japão (14%). No Brasil, estima-se um mercado de U$ 700 milhões/ano.

No segmento de lácteos, entre os pioneiros está o Yakult, conhecido há muitos anos no Brasil, apresentou os benefícios do Lactobacillus casei Shirota. O produto possui microrganis-mos benéficos que conseguem chegar vivos em grande quantidade ao intes-tino e têm a propriedade de melhorar o processo de absorção de nutrientes e eliminação de toxinas através da regularização das funções intestinais, além de contribuir na diminuição das bactérias nocivas e consequente dimi-nuição da concentração de substân-cias prejudiciais à saúde. Dessa forma, os probióticos L. casei Shirota ajudam também a prevenir infecções. O leite fermentado Yakult foi o primeiro da categoria no Brasil a ser reconhecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) como ‘alimento com alegações de propriedades funcio-nais’, em 2001.

Existem diferentes cepas de Lactobacillus, entre as quais a casei, que recebeu o ‘sobrenome’ Shirota desde que o médico Minoru Shirota conseguiu isolar o microrganismo e potencializar a sua capacidade de sobreviver à passagem pelo aparelho digestório. Em pesquisas desenvolvi-

das no Instituto Central de Pesquisas Microbiológicas da Yakult, localizado em Tóquio, no Japão, os cientistas compararam a capacidade de várias cepas resistirem ao suco gástrico e à bile e os Lactobacillus casei Shirota se mostraram mais resistentes para chegar vivos aos intestinos.

A empresa possui duas versões, além do tradicional, oferece o Leite Fer-mentado 40, que contém quantidade maior de lactobacilos e foi desenvolvi-do especialmente para o público adul-to, não somente pelo fator idade, mas também pelas situações de estresse e vida agitada a que é submetido.

Proliferação benéficaOutro produto, vindo pela Danone,

tornou-se ícone de funcional entre os lácteos, o Activia, que conta com fermento específico, o Bifidobacterium animallis DN-173, o DanRegularis, que ajuda a manter o ritmo do intestino.

Posteriormente, a empresa inves-tiu em novo desenvolvimento para funcionais e lançou o Actimel, que possui Lactobacillus casei defensis DN 114-001, que atua no equilíbrio da flo-ra intestinal, onde se encontram 70% das células de defesa do corpo. Ao ajudar a equilibrar a flora intestinal, o, Actimel pode contribuir para uma melhora da resposta imunológica que ela proporciona ao corpo.

“Ainda pouco conhecidos pela po-pulação em geral, os probióticos têm seus benefícios à saúde reconhecidos pela OMS ( Organização Mundial de Saúde). Os probióticos desempenham um importante papel na saúde do sistema digestivo, fundamental para o ser humano, uma vez que está direta e indiretamente relacionado a outras áreas da saúde humana”, ressalta Ana Paula Wolf Tasca, gerente de Sáude & Nutrição da Danone.

Outro fabricante que investiu aos funcionais foi a Vigor, com o fermenta-do Actilife, que traz lactobacilos vivos e vitamina C. A empresa lançou tam-bém o Lactive, que ajuda no trânsito

Com a difusão em alta na mídia, os consumidores já conhecem uma série de ingredientes que podem trazer mais qualidade de vida. Esse movimento beneficia as indústrias de alimentos e

bebidas e abre espaço para desenvolvimento de funcionais, instrumentos para prevenir inúmeras doenças e também retardar envelhecimento. Os lácteos estão entre os segmentos que já

descobriram o novo caminho para criar novas categorias e conquistar ainda mais consumidores.

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intestinal, que conta ainda com enri-quecimento de cálcio. Um dos suces-sos da Vigor, o iogurte grego, também tem formulação com o dobro de cálcio e proteína que um iogurte normal.

Anne Napoli, diretora de marke-ting da Vigor, afirma que: “a categoria iogurte por si só ainda tem muito que se desenvolver no Brasil. A Vigor vem focando em inovação em lácteos e em apelo de saúde, que também é impor-tante. Atualmente, nesse quadro, a categoria de cálcio está começando e a de funcionais para trânsito do intestino já possui em torno de 20% do

mercado de lácteos em valor. Os fun-cionais são uma tendência devido ao apelo de vida saudável, envelhecimen-to da população e estilo de vida estres-sante em grandes centros urbanos”.

Novas soluções Com o mercado de funcionais em

ascensão no mundo e em expansão no Brasil, as empresas de ingredientes correram atrás de novas soluções para oferecer leque maior de alternativas para desenvolvimento de produtos. Hoje, os ingredientes para funcionais são aplicados em alimentos e bebidas que ganham atributos de prevenção de doenças cardiovasculares, câncer, entre outras, que têm alta incidência na população.

Entre as empresas que trazem ingredientes para a aplicação em funcionais está a DSM. Segundo Re-nata Razuk, gerente de segmentos da empresa: “fornecemos para diversos segmentos, tais como bebidas, lácteos, suplementos alimentares, panificação, nutrição infantil, entre outros. Para o mercado lácteo, atendemos, desde lei-te em pó e líquido, leite de soja, todos os tipos de iogurtes, queijos, etc”.

Para aplicação em lácteos, a empresa possui linhas que possibili-tam enriquecimento de alimentos e bebidas até ingredientes que trazem outros benéficos, a exemplo do ômega

3, importante para a saúde cardiovas-cular e licopeno, um antioxidante que combate os radicais livres e retarda o envelhecimento.

As linhas da DSM vão desde vita-minas puras ou em pré-misturas de vitaminas, minerais e outros nutrien-tes, carotenoides funcionais (luteína, zeaxanthina e licopeno), ômega 3, de origem vegetal e animal, além de ingredientes funcionais, tais como Fabuless (emulsão de óleo de palma e de aveia), OutWell (farelo de aveia com alta concentração de beta-glucana) e All-Q (coenzima Q-10).

A empresa fabrica todas as vita-minas Quali®-A, Quali®-B, Quali®-C, Quali®-D, Quali®-E e Quali®-K, mar-cas líderes mundiais em soluções de vitaminas de qualidade. Todas disponí-veis em uma variedade de formas para garantir a adequada dispersão dentro de qualquer matriz láctea.

A Quali®-caroteno e Apocarotenal Carocare® fornecem uma variedade em soluções de cor para os produtos lácteos e ajudam a manter uma con-sistência uniforme da cor em toda sua linha de produtos.

A DSM fornece também o life’sDHATM e MEG-R®, fontes sus-tentáveis de ômega-3, que fornecem benefícios importantes para o cérebro, olhos e para a saúde do coração ao longo da vida. Life’sDHA™ é um ingre-diente vegetariano, de fonte de DHA

derivado de algas, não proveniente de peixe, que já apoiou as necessidades nutricionais de mais de 60 milhões de bebês e agora é encontrada em mais de 500 produtos alimentares e bebidas em todo o mundo.

A maioria das pessoas acredita que os peixes produzem seu próprio DHA, quando na verdade, são as algas pre-sentes em sua cadeia alimentar que fazem deles uma rica fonte de DHA. MEG-3® é um óleo de alta qualidade extraído de peixe, que é produzido por um processo de produção patentea-do, resultando em um óleo de peixe conhecido por sua pureza, estabilidade e usabilidade. O ingrediente é solução para enriquecimento dos produtos lácteos com ômega-3.

As soluções para o enriquecimento de lácteos com ômega-3 da DSM são atu-almente utilizadas em todo o mundo, en-riquecendo com sucesso leites, iogurtes e queijos. As soluções estão disponíveis em formas de pó, óleo e emulsão.

Segundo a gerente de segmentos da DSM, na América Latina e, princi-palmente, no Brasil, há ainda muito espaço para funcionais, se compa-rarmos com os mercados europeu e americano, é possível visualizar a di-ferença com o mercado brasileiro. Nos outros mercados, há uma variedade de produtos lácteos superior ao do Brasil, tanto em sabor, embalagem/apresen-tação, como também de ingredientes (macro e micro) e público alvo. Os produtos funcionais no mercado brasi-leiro ainda estão sendo desenvolvidos e há bastante espaço para inovação, sendo que isso depende da indústria e da regulamentação.

Ainda é possível visualizar muito espaço para inovação, como explica Renata: “quando pensamos em público alvo, a segmentação por faixa etária ainda é mínima, sendo que há pou-ca opção de produtos para o público senior e quase nada para bebês. Nos EUA e na Europa, existe o conceito do ‘Meu Primeiro Iogurte’, o qual pode ser inserido na dieta do bebê quando se inicia a alimentação ou início do desmame. Ainda considerando a fase infantil, alguns nutrientes essenciais, como o DHA, tem ingestão muito reduzida (abaixo do ideal) após o des-mame, sendo que há falta de produtos com esse ingrediente no mercado para crianças acima de um ano. Outro pon-to que podemos considerar de extrema importância é a população intolerante à lactose, pois não existe variedade de produtos suficiente para atender à necessidade e aí está outra maneira de inovação. Também podemos consi-

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derar a mistura de categorias, como lácteos e bebidas ou lácteos e cereais, entre outros. Portanto, considerando esse cenário, ainda há muito espaço para inovação no Brasil”.

Mais funçõesEstudos agora bastante fundamen-

tados revelam novos atributos que podem ser incorporados à alimentação pela indústria. Principalmente, as mu-lheres podem comemorar uma nova possibilidade de retardar o envelheci-mento da pele. No mercado brasileiro já estão surgindo alguns produtos que utilizam colágeno, que estimula a pro-dução de colágeno natural fortalecen-do a pele, ossos e articulações, tendo como característica também conferir sensação de saciedade, já que ao en-trar em contato com a água o colágeno incha, proporcionando a sensação de preenchimento do estômago.

Novaprom está entre as empresas que fornecem colágeno para aplica-ção em vários produtos, entre eles, os lácteos. A empresa possui o NovaproR, em forma de pó, e suas funcionali-dades possibilitam aplicação como agente emulsificante e gelificante em iogurtes, bebidas lácteas e sobreme-sas gelificadas. Já, o Novapro® Hidro (colágeno bovino hidrolisado), por ser solúvel, pode ser usado em bebidas, onde não se deseja a alteração de vis-cosidade, como shakes.

“O Novapro® está presente na for-mulação de um novo iogurte, em fase de lançamento, de uma grande marca nacional de laticínios”, avisa Marisa Moraes, da divisão Novos Negócios da Novaprom. Ela salienta também que durante a tradicional feira de ingre-dientes para alimentos, a Fisa 2013, a empresa abriu frentes de desenvolvi-mento com uma série de empresas, tanto para a linha Novapro® (colágeno bovino em fibras ou pó), quanto para a linha Novapro® Hidro (colágeno bovino hidrolisado). Os fabricantes buscam, além da possibilidade de aporte proteico e o claim de um pro-duto com colágeno, as funcionalidades gelificante e emulsificante do produto não hidrolisado, o Novapro®, colágeno em Fibras ou Pó.

LegislaçãoA autorização para uso de alegações

funcionais no Brasil é de competência exclusiva da Anvisa, que realiza análi-se bastante criteriosa antes de auto-rizar o uso da alegação. Dessa forma, as evidências científicas da eficácia da alegação pleiteada deve ser conclusiva, além do alimento que veiculará tal alegação estar em linha com a Política Nacional de Alimentação e Nutrição

O caminho básico para obter alega-ção segue da seguinte forma: a empre-sa deve apresentar todos os documen-tos necessários (fórmula do produto, processo de fabricação do ingrediente funcional e do produto final, laudos de análise, estudos científicos de seguran-ça e eficácia e outros documentos que

o órgão regulador ou empresa podem achar pertinentes). Toda documenta-ção deve ser entregue para Anvisa, na forma de um Relatório Técnico Cien-tífico. Após a aprovação da alegação, ela emite um ofício autorizando o uso da alegação. Com posse desse ofício, é necessário proceder com o registro do produto no MAPA. É importante

ressaltar que a alegação funcional só é aprovada para o produto final e nunca para o ingrediente.

Com processo de desregulamenta-ção da Anvisa, que dispensou diversas categorias da obrigatoriedade de registro, houve uma redução no tempo de análise. No entanto, esse tempo ainda é conside-rável, não sendo inferior a nove meses.

“Falta de clareza por parte da Anvisa sobre quais documentos e estudos científicos são suficientes para comprovar a eficácia da alegação são aspectos que emperram a obtenção de alegações. O órgão regulador faz, constantemente, novas exigências que, na prática, inviabilizam a apro-vação da alegação. Essas exigências incluem diversos estudos clínicos (in vitro e in vivo, em humanos e, muitas vezes, com a população brasileira). As referências internacionais, como EFSA e FDA possuem pouca utilidade nesses casos”, aponta Maria Cristina Mos-quim, consultora da área de lácteos.

A Anvisa tem postura mais con-servadora que os órgão reguladores europeus e americano e, segundo a consultora, no Brasil, há uma diver-sidade de alegações aprovadas muito inferior a esses países.

Segundo Maria Cristina, para al-gumas alegações é necessário utilizar frases de advertência nos rótulos, a exemplo de alimentos com ômega 3, que devem explicitar no rótulo: “Pessoas que apresentem doenças ou alterações fisiológicas, mulheres grávidas ou ama-mentando (nutrizes) deverão consultar o médico antes de usar o produto”.

No que depender das tendências, a seguir o atual caminho dos funcio-nais, os consumidores que souberem escolher seus alimentos têm em suas mãos um valioso instrumento para prevenir doenças. Novas áreas de estudos contam com o conhecimento acumulado pelas pesquisas de ingre-dientes, a exemplo da nutrigenômica, ciência que estuda e associa alimen-tos e DNA dos indivíduos. As pesqui-sas nessa área checam as possibili-dades de doenças que um indivíduo pode vir a ter em médio ou longo prazo e, assim, é indicado consumo de determinados alimentos e ingre-dientes para evitar que as tendências identificadas sejam anuladas. Nesse cenário, os funcionais ganham impor-tância e papel de prolongar vidas com mais qualidade e saúde.

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Hiper Centrifugation

Fundada em 1996, em Campinas (SP), instalada em área construída de 1.800m², a empresa de origem 100% brasileira conta com especialistas que fizeram carreira nas mais famosas fábricas de Centrífugas, Decantado-res e Misturadores. Os profissionais da Hiper Centrifugation conhecem detalhadamente cada equipamento, além de acompanhar a evolução tecnológica e tendências do mer-cado mundial. Atuando com engenheiros, técnicos e especialistas nas indústrias de la-ticínios, de extração e refino de óleos vegetais e gorduras, cervejas, sucos, usinas de álcool, gelatinas, amido de milho e mandioca, óleos minerais, químicas, entre outras, a empresa comercializa equipamentos e presta serviços de assistência técnica especializada com linha completa de peças de reposição.

Profissionais com longa experiência na in-dústria de fabricação de equipamentos centrífu-gos, start-up de plantas industriais em diversos segmentos e manutenção preventiva ou corre-tiva garantem a qualidade dos equipamentos e serviços prestados pela Hiper Centrifugation.

Para realizar seus serviços, a empresa conta com oficina completa e totalmente preparada para atender todas as etapas de restauração de equipamentos centrífugos, com departamentos de limpeza de equipa-mentos e peças, câmara de pintura fechada

com lavador de gases, área de polimento com ferramentas especiais para espelhamento preciso das parteTs metálicas, laboratório de testes para simulação de processo, sala de co-mando elétrico completo, oficina para monta-gem, balanceadoras eletrônicas de tambores, acoplamentos, coroas e conjuntos mecânicos em geral. Dessa forma, garante a satisfação dos que compram seus equipamentos ou con-tratam seus serviços.

A Hiper Centrifugation é detentora de representação exclusiva da marca Unit Sepa-rator no Brasil, o que permite importação de equipamentos com alta qualidade e custos competitivos. Atualmente, a empresa cami-nha para expandir suas atividades, abrangen-do as áreas de industrialização e comércio de equipamentos novos, tendo como o objetivo levar grande benefício aos seus clientes, que teriam a oportunidade de acesso a equipa-mentos novos e com a mesma qualidade e garantias implícitas da Hiper Centrifugation e com outras possibilidades de financiamentos e amortizações, como programas do governo de incentivo aos produtores.

Tecnologia e experiência

Empresa reúne especialistas em indústrias, equipamentos com tecnologia eficiente e estrutura para prestação

de serviços de prevenção e manutenção.

perfil

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Todas essas novas oportunidades surgem devido ao aumento constante da demanda de equipamentos, peças e serviços para o setor de laticínios, que vem crescendo e se tornan-do cada vez mais forte e competitivo no Brasil. Esse crescimento é facilmente evidenciado pelas participações cada vez mais efetivas dos produtores lácteos nas feiras, congressos e eventos do setor.

Presente em diversos laticínios em todo o país, no fornecimento de equipamentos e peças para Centrífugas Desnatadeiras, Padro-nizadoras e Clarificadoras de leite, além da comercialização de equipamentos centrífu-gos novos e reformados, a empresa também proporciona serviços de assistência técnica preventiva e corretiva na planta do cliente ou na oficina da Hiper Centrifugation.

Especializada em todos os tipos de manu-tenções, restaurações, modificações e retro-fitting de máquinas de todos os modelos das melhores marcas existentes no mercado, a empresa também participa com assessoria de processos, desde o dimensionamento do equipamento ideal à devida aplicação, inclu-sive com testes práticos de equipamentos. Dessa maneira, o cliente tem toda segurança de que seus objetivos serão atingidos e que está optando pelo melhor equipamento, até nos ajustes para otimização dos rendimentos operacionais. A empresa disponibiliza tam-bém material e corpo técnico para palestras e treinamentos técnicos na área de operação e manutenção de Processos e Equipamentos Centrífugos Industriais.

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Alimentos funcionais crescerão com a mudança do hábito alimentar mais saudável

mercado

O crescimento do poder de consumo do brasilei-ro nos últimos anos, aliado à preocupação em viver mais e melhor, favorece um cenário de grandes opor-tunidades para o segmento de comida funcional.

Mais desenvolvido no Japão, na Europa e nos Estados Unidos, esse mercado vem crescendo signi-ficativamente nos últimos anos em todo o mundo. No do Reino Unido, como referência, o faturamento foi de 785 milhões de euros em 2011.

A maior presença de alimentos funcionais no mercado atual sugere que os consumidores brasi-leiros estão mais interessados na categoria. Apesar do crescente hábito de se fazer refeições práticas, rápidas e industrializadas, o apelo nutricional das versões saudáveis está atraindo mais, especialmen-te um público que começa a dar maior atenção à qualidade nutricional do que come.

Esse público, no entanto, está concentrado nos grupos de alta renda. Tende a crescer nos próximos anos, à medida que a conscientização da alimenta-ção saudável se reforça na população em geral.

A pesquisa da Mintel sobre hábitos saudáveis dos brasileiros aponta esse cenário: a classe média ainda está aprimorando suas práticas saudáveis. Ela se sente confusa em relação à quantidade de informações que recebe e necessita de uma melhor conscientização do tema.

Notamos que a importância dada à saúde é re-lativamente maior nas classes A/B. Pessoas dessas classes são mais preocupadas com bem-estar, prin-cipalmente a parcela feminina mais madura, entre 45 a 54 e mais de 55 anos.

Nesse sentido, os alimentos funcionais, que em sua maioria são de posicionamento premium, embora em destaque nos números de lançamentos, tem presença pouco expressiva se comparados à de produtos populares e direcionados à classe C.

Ainda assim, a grande proporção de alimentos diet/light em evidência no mercado sugere a ideia de que opções saudáveis são atraentes e que versões semelhantes a preços mais acessíveis também po-dem gerar interesse de consumo.

Light/Diet Conveniente Adicional Natural

% % % %

2009 22 12 5 11

2010 25 13 4 12

2011 24 14 8 12

2012 23 15 7 12

FIGURA 54: Participação de cada apelo no total de lançamentos dos 10 principais no setor de alimentos, 2012*

* janeiro-outubro 2012 (Fonte: Ipsos Observer Brasil/Mintel)

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De acordo com a pesquida da Mintel, mulheres de 55 anos ou mais são as que apresentam maiores menções com relação ao consumo de iogurtes tipo probiótico. Ao contrário das jovens, elas também dão preferência aos iogurtes naturais, que têm a conotação de mais saudável.

Na pesquisa, essas mulheres deixam claro que são bastante atraídas pela proposta dos iogur-tes com benefícios adicionados: 40% do total dos

consumidores entrevistados afirmaram gostar de iogurtes desse tipo. Todavia, esse número sobe para 53% quando visualizamos apenas as respos-tas desse grupo.

O resultado aponta que o mercado de iogurtes funcionais atrai principalmente um público específi-co de consumidoras e pode se aproveitar desse nicho para direcionar lançamentos e novidades centrados em suas necessidades.

Inovação deve priorizar o consumo das mulheres madurasAssim como os alimentos funcionais, o público

mais atraído pelas opções de iogurtes com promessas de benefício à saúde são as mulheres mais maduras.

Ainda que o apelo de comida saudável seja relevante para a maioria da população, o público feminino, de 55 anos pra mais, tende a comprar mais alimentos com alta função nutricional. Isso ocorre não somente pela busca da qualidade de vida, mas também pelo interesse em consumir um produto que ajude a manter a sua saúde.

Muitos alimentos funcionais ainda não apresentam comprovação científica considerada satisfatória pela Agência Nacional da Vigilância Sanitária - ANVISA e que justifiquem os efeitos benéficos de tais produtos no organismo, mas a maioria dessas consumidoras é interessada na oferta, especialmente porque há uma grande associação à ideia de “remédio natural”.

Total Mulheres, 16-24

Mulheres, 25-34

Mulheres, 35-44

Mulheres, 45-54

Mulheres, 55+

% % % % % %

Natural 21 15 17 18 22 29

Ameixa 21 13 20 22 16 19

Probiótico 14 11 8 11 10 15

FIGURA 55: Sabor de iogurte consumido por mulher e idade, junho 2012

(Fonte: Ipsos Observer Brasil/Mintel)

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Batavo

Pão de queijo Forno de Minas

incrementa linha de queijos com Parmesão Ralado

será consumido nos quatro cantos do mundo

painel

A linha de queijos da Batavo, marca de maior valor agregado da divisão de lácteos da BRF, ganha uma nova opção: Parmesão Ralado. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Queijo, essa categoria repre-senta 17% do volume total do mercado de queijos espe-ciais, sendo a mais relevante entre as opções existentes.

“A expectativa do setor é a de que o segmen-to de queijos especiais cresça até 15% em volume este ano”, afirma Luciane Matiello, diretora de ma-rketing da divisão de lácteos da BRF. A maturação do queijo parmesão ralado Batavo proporciona paladar inigualável e sabor marcante. “A ralagem está na medida certa, de acordo com a preferência do consumidor”, acrescenta Luciane.

“O brasileiro está acostumado a comer queijos no estágio inicial de maturação”, informa a dire-tora de marketing. “Os mais consumidos no país são os tipos mussarela e prato, também comercia-lizados pela Batavo”, ressalta a executiva. Embora não existam estatísticas recentes, estima-se que o brasileiro ainda consome pouco queijo. O cenário está mudando, porém ainda estamos longe dos níveis europeus.

“Essa movimentação é uma grande oportunida-de de negócio. O maior poder aquisitivo do brasilei-ro impulsionou as perspectivas do setor, que am-pliou a penetração de categorias derivadas do leite”, explica Luciane.

Cerca de 110 mil caixas de pão de queijo mineiro devem chegar aos mercados dos Estados Unidos, Ca-nadá, Portugal, Inglaterra, Chile, Uruguai a aos Emi-rados Árabes em 2013. Esse cenário se faz presente na Forno de Minas, tradicional indústria de alimen-tos congelados e líder de mercado na comercializa-ção de pães de queijo no Brasil, que estima chegar, em 2016, exportando 25% de sua produção de pão de queijo para vários países do mundo. “Fechamos importantes parcerias com a Inglaterra e com o Chi-le e estamos em fase final de negociação para en-vio do primeiro contêiner para os Emirados Árabes. Até o final deste ano, nosso objetivo é conquistar os mercados da Holanda, Suíça, Escandinávia, França, Angola e Colômbia”, afirma Ricardo Machado, diretor de marketing e desenvolvimento de negócios.

Participar de feiras e eventos nacionais e inter-nacionais direcionados para o segmento de alimen-tos e varejo, apresentando a empresa e os produtos da marca tem sido uma das principais estratégias para abertura de novos mercados. Além disso, a Forno de Minas busca constantemente novos con-tatos entre importadores e distribuidores poten-ciais. “Acreditamos que o pão de queijo tem tudo para ser um produto global”, destaca Machado.

Em cada país, a empresa adota uma estratégia para se adaptar ao mercado local e aos hábitos de compra e consumo da população. Em Portugal, por exemplo, em parceria com uma grande rede de su-permercados, a empresa oferece o pão de queijo pronto para consumo dentro das padarias de suas lojas. Além de atingir a população brasileira que vive naquele país, o produto já tem uma ótima aceitação dos consumidores portugueses.

Nos Estados Unidos, a Forno de Minas já está presente há 13 anos e tem uma forte penetração no segmento étnico. O desafio agora é conquis-tar o consumidor americano e, com esse intuito, a empresa está colocando em prática um plano

de desenvolvimento de mercado, com a expecta-tiva de triplicar o volume embarcado até 2016. Na Terra do Tio San, o pão de queijo Forno de Minas pode ser encontrado em pequenos supermercados e restaurantes que atendem ao público brasileiro e latino, mas também em várias lojas de grandes redes, como a Whole Foods, reconhecida por vender somente produtos naturais, e a rede HEB, no Texas.

O grande desafio, de acordo com o diretor, é criar novos hábitos de consumo. Para isso, várias ações promocionais e de divulgação do produto estão sendo planejadas, além da realização de degusta-ções nos estabelecimentos. “Não é fácil criar um novo hábito de consumo. Porém, quando quebra-mos a barreira e o consumidor experimenta o pão de queijo, a conquista é imediata”, diz. Outro ponto positivo tem sido o aspecto da saudabilidade. “Além de saboroso, o pão de queijo possui glúten free, não contém aditivos e é consumido assado”, completa.

Acreditando na boa perspectiva de globalização do pão de queijo, a Forno de Minas reestruturou recente-mente sua área de exportação de forma a viabilizar os vários projetos que está conduzindo simultaneamen-te. “Estamos trabalhando para levar a iguaria mineira para os quatro cantos do mundo”, diz

Após encerrar o último ano com faturamento de R$ 160 milhões, a Forno de Minas espera fechar 2013 com um incremento de R$ 60 milhões na re-ceita, totalizando R$ 220 milhões. Para alcançar o resultado almejado, foi elaborada uma estratégia que combina fortalecimento da marca no Brasil e no exterior; diversificação e lançamento de pro-dutos; ampliação da capacidade de estocagem de frios e processamento de leite e uma logística cada vez mais organizada. “As projeções são muito oti-mistas e apostamos na máxima de produzir com maior qualidade e menor custo para a concretiza-ção dos objetivos”, finaliza Machado.

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Vendas de Leite Longa Vidacrescem quase 4% no primeiro semestre de 2013

painel

O consumo de Leite Longa Vida aumentou 3,9% de janeiro a junho, em comparação a igual perí-odo do ano anterior, desempenho que já projeta para 2013 um crescimento de vendas acima dos 4% inicialmente previstos, segundo informações da Associação Brasileira da Indústria de Leite Lon-ga Vida (ABLV). Considerando-se que o segmento apresentou números bastante positivos nos anos anteriores (6,7% em 2011 e 5,3% em 2012) e que a categoria tem uma penetração nos lares brasilei-ros de 88%, o desempenho esperado para 2013 é tido como altamente significativo.

Segundo o presidente da ABLV, Cláudio Teixei-ra, o crescimento nas vendas se mantém alicer-çado no aumento da renda média das famílias, na substituição do leite pasteurizado pelo Longa Vida (UHT), bem como pela migração contínua ao segmento de consumidores que deixam de usar o leite informal, cujo consumo vem caindo signifi-cativamente nos últimos anos. Ele lembra que a indústria de leite Longa Vida é o destino de cerca de 30% do leite inspecionado do Brasil, com uma produção anual de 6,13 bilhões de litros – um ne-gócio de aproximadamente R$ 14 bilhões de reais. Hoje, o leite Longa Vida representa 78% de leite líquido consumido no País.

Com um olhar mais abrangente, pode-se cons-tatar o Leite Longa Vida mantendo-se cada vez mais como o vetor de crescimento dentro do seg-mento de leite de consumo. “O setor lácteo, par-ticularmente o segmento de leite de consumo, quando analisado no curto prazo, avança devagar, mas com consistência, e o cenário atual nos mos-tra que temos um longo caminho pela frente, pois o consumo per capita de lácteos no Brasil ainda está muito longe de seu potencial”, afirma Teixeira.

Dados históricos mostram que o consumo per capita de lácteos como um todo cresceu cerca de 60% nos últimos 20 anos, passando de pouco mais de 100 litros por habitante para 172 litros em 2012. Já o consumo per capita de leite branco, também chamado de leite de consumo, cresceu 70% nesses mesmos 20 anos, saindo dos 31 litros para os atuais 53 litros por habitante/ano. E o lei-te Longa Vida teve uma evolução espetacular nes-se mesmo período. De um volume anual da ordem de 450 milhões de litros, saltou para os mais de 6 bilhões de litros em 2012.

Custos – Para o presidente da ABLV, o maior desa-fio no curto prazo será encontrar o equilíbrio de cus-tos para toda a cadeia produtiva de forma a permitir à indústria e aos produtores trabalharem com mar-gens positivas, possibilitando, assim, investimentos em inovações e estímulo ao consumo. Nos últimos 12 meses, o aumento do custo de produção no cam-po, a menor oferta mundial e a valorização do dólar agregaram maior valor ao leite em toda sua cadeia. “Foi um conjunto de fatores internos e externos que, agora, com a entrada da nova safra, começará a ter menor reflexo nos preços”, prevê Cláudio Teixeira.

Para lembrar, nos momentos mais críticos de 2012, até meados do segundo semestre, a indústria sofreu um importante estreitamento de suas margens. Em muitos casos, isso inviabilizou o negócio e o reflexo so-bre os estoques foi grande. Tal cenário melhorou con-sideravelmente no último trimestre de 2012, quando a indústria conseguiu repassar parte dos custos.

19 anos de ABLV – A Associação Brasileira da In-dústria de Leite Longa Vida (ABLV) comemorou, no dia 21 de agosto, seus 19 anos de existência em um evento realizado no Jockey Club de São Paulo, com a presença de quase 200 empresários do setor. A asso-ciação reúne, atualmente, as 38 maiores empresas do setor que, juntas, produzem cerca de 80% de todo o Leite Longa Vida consumido no País, estimado em cerca de 6,5 bilhões de litros para este ano de 2013.

O Leite Longa Vida iniciou sua presença no mer-cado brasileiro em 1972. Até início dos anos 90, o produto tinha reduzida participação de mercado, principalmente devido ao desconhecimento do pro-cesso Ultra High Temperature (UHT). Nessa época, já com 18 anos à disposição do consumidor brasileiro, o Leite Longa Vida ainda ocupava modestíssimo lu-gar no mercado de consumo do produto.

Com esse cenário, em setembro de 1994, foi constituída a ABLV com a principal finalidade de promover o consumo do produto no Brasil, ano em que as vendas de UHT eram de apenas 730 milhões de litros/ano para um consumo total de leite de 4,8 bilhões de litros e uma população de 152 milhões de pessoas. Na época, o consumo per capita era de 31 litros/ano. Os dados de 2013 projetam aumento de cerca de 700% nas vendas do UHT, que atingirão 6,13 bilhões de litros em um mercado total 10,5 bilhões de litros de leite de consumo.

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Lançamentoda FoodTec Brasil

Lançada oficialmente em 14 de agosto de 2013, a International FoodTec Brasil (IFTB) powered by Anuga tem estreia marcada no país entre os dias 5 e 7 de agosto de 2014, em Curitiba – PR. A IFTB representa o anseio das empresas fornecedoras de tecnologia por um evento de padrão internacional para o setor no Brasil. “A ideia de trazer uma nova feira surgiu por iniciativa das empresas desse segmento. Tanto que são elas que compõem o grupo de expositores que já confirmaram presença na IFTB. A Anuga, por seu reconhecimento mundial, possui a experiência e o profissionalismo indispensáveis para contem-plar essa expectativa”, afirma Denis Steker, Vice--Presidente Internacional de Feiras da Koelnmesse, realizadora da Anuga. As empresas mencionadas pelo executivo são: Bettcher, Bremil, Cozzini Mi-ddleby, Cryovac Food Packaging & Food Solutions, Handtmann, Incomaf, Intercasing, Jarvis, Kraki – Kienast & Kratschmer, Linco, Multivac, New Max Industrial, Poly-Clip System, Sunnyvale, Tecmaes, Ulma Packaging, Vemag, Viscofan.

“Nossa expectativa é encontrar uma feira de ne-

gócios altamente profissional, organizada pela ex-periente equipe da Koelnmesse com a colaboração dos organizadores locais. O know-how da Anuga será transferido da Alemanha para o Brasil para atrair os principais fornecedores de tecnologia e, consequen-temente, o maior número de visitantes e tomadores de decisão de alto nível”, explica Michael Teschner, diretor da Multivac, fabricante de máquinas para embalagens a vácuo e atmosfera modificada. Tes-chner destaca ainda que a localização escolhida fa-cilita o acesso para a visitação: “Curitiba possui in-fraestrutura adequada, é uma cidade que ainda não tem tantos problemas de trânsito como São Paulo e, por fim, mas não menos importante, grande parte da indústria alvo está sediada na região Sul”, avalia.

Koelnmesse - Com mais de 80 anos de experi-ência e conhecimento em exposições, o centro de eventos da Koelnmesse é o principal local de feiras de negócios para mais de 25 setores comerciais. Para ajudar a globalizar seus negócios, a Koelnmesse também desenvolve e monta novas feiras de negó-cios com foco regional em várias partes do mundo. Como organizadora do maior evento de tecnologia alimentícia do mundo, a Koelnmesse tem o com-promisso de tornar a International FoodTec Brasil o mais importante evento de tecnologia de embala-gem e processamento de alimentos do Brasil.

Hannover Fairs Sulamérica (HFSA) - Membro do Deutsche Messe Group – maior promotor de fei-ras do mundo, a HFSA planeja e organiza feiras de negócios internacionais no Brasil. A HFSA trabalha com diversos parceiros nacionais e internacionais, como associações, órgãos governamentais e gran-des expositores que utilizam feiras de negócios B2B como porta de entrada no mercado brasileiro. Ao longo dos anos, a HFSA criou novos conceitos, lançou eventos personalizados e gerenciou feiras de negócios para terceiros. A HFSA é a coorganiza-dora no Brasil, da Koelnmesse, para a realização da International FoodTec Brasil 2014.

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painel

A Tetra Pak® comemorou no dia 4 de outubro, 35 anos da inauguração da sua primeira fábrica no Bra-sil, localizada na cidade de Monte Mor, interior de São Paulo. A estrutura fabril no país ampliou a ca-pacidade da empresa de desenvolver soluções com-pletas e personalizadas para os clientes locais, com atendimento rápido e eficiente.

Atualmente, a unidade opera com cerca de 900 funcionários diretos e é uma das mais versáteis da Tetra Pak® mundialmente, pois tem a capacidade de produzir diferentes tamanhos e volumes de emba-lagens. Com a capacidade produtiva de oito bilhões de embalagens anualmente, a planta abastece a in-dústria de alimentos e bebidas de diversas regiões do Brasil e também exporta para alguns países da América Latina.

Além de abrigar a fábrica, a estrutura concen-tra ainda diversos departamentos da empresa, como a área de equipamentos para processamen-

to de alimentos, a área se prestação de serviços técnicos ao cliente, o estoque de peças de reposi-ção, além dos setores de Meio Ambiente, Recursos Humanos e Compras.

A Tetra Pak® mantém também um Centro de Treinamento Técnico (CTT) na cidade, onde recebe operadores de máquinas dos clientes que utilizam os sistemas de processamento e envase da empresa. Em aulas teóricas e práticas, eles aprendem concei-tos do sistema asséptico, técnicas de operação dos equipamentos e como solucionar problemas, além dos cuidados diários e semanais para o manuseio e a manutenção dos sistemas.

Sendo uma das principais empresas instaladas em Monte Mor, a Tetra Pak® possui as certificações de qualidade ISO 9001:2008, de segurança e saú-de OHSAS 18001:2007, e de meio ambiente ISSO 14001:2004, além do sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001:2000.

Tetra Pak®

comemora 35 anos da fábrica de Monte Mor (SP)

Tetra Pak® compra empresa dinamarquesa

A Tetra Pak® adquiriu a DSS Silkeborg AS, empre-sa líder do mercado europeu em tecnologia de filtra-ção por membrana para a indústria de laticínios.

Fundada em 2000, DSS é uma empresa priva-da, com 46 funcionários, que desenvolve, projeta, constrói e comercializa sistemas de filtração por membrana para equipamentos lácteos, por osmo-se Reversa, nanofiltração, ultrafiltração e tecnolo-gias de micro-filtração. A principal competência da DSS é a maximização do uso total do leite e do soro de leite, com base em seu conhecimento profun-do dos processos de fracionamento, tratamento de água e produção de leite.

“Tornar-se parte integrante da Tetra Pak®, uma grande multinacional focada no setor de lácteos, pos-sibilita que a DSS participe de uma nova fase de cres-cimento da indústria global de laticínios”, afirma Niels Osterland, co-fundador e diretor executivo da DSS.

De acordo com Tim High, vice-presidente de sistemas de processamento da Tetra Pak®, a aqui-sição da DSS acrescenta experiência em tecnologia

de filtração por membrana, permitindo oferecer aos clientes uma gama ainda maior de soluções para produção de leite, queijo e soro de leite, bem como outras bebidas e alimentos lácteos. “Além disso, a integração da experiência da DSS com as tecnologias de redução de água, energia, resíduos da Tetra Pak® irá fornecer aos nossos clientes solu-ções de processamento que reduzam a pegada de carbono e o consumo de água, bem como os custos operacionais”, afirma Tim.

A DSS permanecerá situada no município de Silkeborg, na Dinamarca, com a sua atual equipe gerencial, fazendo parte da Unidade de Negócios de Queijos e Pó, da Tetra Pak®. Os canais de ven-das existentes serão complementados por meio de operações no mercado global da Tetra Pak®.

A Tetra Pak® oferece soluções completas de pro-cessamento baseadas em tecnologias e conheci-mentos de engenharia que abrangem todas as eta-pas da produção eficiente e higiênica de uma ampla variedade de alimentos e bebidas. Isto inclui todas as tecnologias-chave para a indústria de laticínios.

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Os produtores de leite Piracanjuba participa-ram do encontro, que teve como objetivo estreitar o relacionamento entre empresa e produtor, dispo-nibilizando informações e conhecimentos técnicos sobre a produção de leite. O evento aconteceu jun-tamente com 2º Encontro de Produtoras de Leite Piracanjuba em Bela Vista, GO.

Os produtores assistiram a duas palestras. A primeira, ministrada por Reinaldo Carlos Figuei-redo, médico veterinário e produtor de leite, que abordará o tema “Visão do negócio leite, de produ-tor para produtor”. Em seguida, Owen Willian, gra-duado em Gerenciamento de Fazendas, e Beatriz Reis, graduada em Psicologia, falou sobre “Por que produzir leite no Brasil”. “Precisamos estar prontos para atender a um mercado cada vez mais exigen-te. Por isso, encontros como esse são importantes para discutirmos as melhores práticas para tornar a produção de leite mais rentável e eficiente, sem-pre com o foco na qualidade do produto. É uma oportunidade também de estreitarmos nosso re-lacionamento com os produtores, que são funda-mentais para o nosso negócio”, diz o Diretor.

Após as palestras, todos os convidados visita-ram o Centro de Apoio Técnico Piracanjuba Pró--Campo, onde viram de perto o trabalho realizado pelos produtores treinados na fazenda-modelo.

Para a Piracanjuba, sempre foi prioridade qua-lificar a mão de obra dos produtores, com o intui-to de melhorar a qualidade da matéria-prima “lei-te”, atender o alto nível de exigência do mercado consumidor e estabelecer uma parceria duradou-ra com os fornecedores. Prova de que a empresa se preocupa com a causa é o bem sucedido Pro-grama de Apoio Técnico ao Produtor de Leite Pira-canjuba – o Piracanjuba Pró-Campo – por meio do qual a empresa disponibiliza produtos e serviços de forma a promover o desenvolvimento, o cres-cimento e o aumento da renda e da lucratividade do produtor de leite.

Trata-se de uma fazenda-modelo, localizada na cidade de Bela Vista, a 46 km de Goiânia, que funciona como escola, oferecendo aos produtores treinamento, assistência técnica e o apoio de ve-terinários, zootecnistas e agrônomos. “Na fazenda, temos todos os tipos de ordenha, vários tipos de pastagens e diversos sistemas de manejo do gado. A experiência exibida serve de exemplo a peque-nos e grandes produtores”, destaca Luiz Magno.

O programa já promoveu o treinamento de mais de 1500 pessoas e recebeu mais de 2500 pes-soas em eventos realizados, tais como dias-de--campo, visitas, excursões técnicas, entre outros.

Piracanjubarealizou 8º Encontro com Produtores de Leite

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painel

Vigordivulga os resultados do 2T13

A Receita Líquida da Vigor no segundo trimestre do ano alcançou R$ 377,3 milhões, apresentando crescimento de 16,1% em relação ao 2T12. O au-mento de 15,4% no volume e de 26,3% na Receita Líquida da categoria Lácteos, aliado ao enriqueci-mento do mix de produtos da companhia, foram os principais motores de expansão da Receita.

O Lucro Bruto totalizou R$ 114,2 milhões no 2T13, um avanço de 17,4% frente ao 2T12, com ganho de 0,4 p.p. na Margem Bruta (que atingiu 30,3% neste tri-mestre). A contabilização de deságio gerado a partir do investimento na Itambé Alimentos S.A. teve um efeito positivo no resultado, de caráter não recorren-te, elevando o EBITDA Contábil para R$118,5 milhões.

“Os últimos meses foram bastante desafiadores tanto para a Vigor, quanto para o mercado em ge-ral, com desaceleração no ritmo de expansão das categorias Lácteos e Queijos. Apesar disso, nosso fa-turamento líquido, nos seis primeiros meses do ano, apresentou crescimento consistente de 13,9%, ou 16,1% no segundo trimestre comparado ao mesmo período de 2012”, declara Gilberto Xandó, presiden-te da Vigor. “Em linha com nossa estratégia de focar em produtos de maior valor agregado, o faturamento da linha de Lácteos, que inclui iogurtes, requeijões e queijos, entre outros, cresceu 26,3% no trimestre e 18,9% no acumulado do ano”, completa o executivo.

A empresa tomou medidas importantes em maio e junho, dentre elas estão a readequação da estrutura da empresa e a inauguração do novo Centro de Distribuição, em Embu das Artes, com melhorias em todos os indicadores operacionais, o que tem refletido em um melhor nível de serviço e, consequentemente na redução dos custos de frete e armazenagem.

“A Itambé Alimentos, nosso investimento mais recente, tem apresentado bons resultados. Os no-vos CEO e CFO já foram integrados ao time de lar-ga experiência da Itambé e a curva de resultados vem melhorando desde o ano passado, acumu-lando R$65,8 milhões de EBITDA em seis meses” ressalta Xandó.

“Nos próximos meses, continuaremos traba-lhando na expansão para outros mercados, no aprimoramento dos processos de execução, nos pontos de venda e no reposicionamento de preço de nosso portfólio, atribuindo aos produtos o valor que nossas marcas adquiriram nos últimos anos”, enfatiza Xandó.

A íntegra do relatório de resultados encontra-se no link: http://vigor.riweb.com.br/ShowResultado.aspx?IdResultado=ZDvDpLy0+jhWFDhJ0I+HTA==

Com o objetivo de padronizar a produção de lei-te de acordo com a Instrução Normativa 62 (IN-62), o programa “Leite Legal – Produção de Qualidade” atendeu em agosto aproximadamente 160 produto-res rurais do Oeste e extremo Oeste catarinense, que entregaram leite para as agroindústrias e cooperati-vas da região. A iniciativa é da Confederação da Agri-cultura e Pecuária do Brasil (CNA) em convênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Em-presas (Sebrae).

O coordenador de pecuária do Senar/SC, Olices Osmar Santini, realça que no estado o programa teve início no mês de julho e está em pleno funcionamento. “O atendimento em agosto chegou a aproximada-mente 160 produtores do oeste e extremo oeste, por meio de 20 treinamentos, com o objetivo de padronizar a produção de leite de acordo com a IN-62, por isso, contamos com a parceria das coope-rativas agropecuárias e das agroindústrias”, realça.

O programa aborda os conteúdos de estrutura e fisiologia da glândula mamária; mastite: definição, diagnóstico, tratamento e controle; obtenção higiêni-

ca do leite e manejo de ordenha; qualidade da água; IN-62 do Ministério da Agricultura; higienização e limpeza de equipamentos e instalações; armazena-mento e resfriamento do leite; preservação ambien-tal e segurança no trabalho.

De acordo com o presidente do conselho de ad-ministração do Senar/SC, José Zeferino Pedrozo, em Santa Catarina, serão disponibilizadas 400 turmas e, aproximadamente, 6 mil vagas em dois anos, me-diante investimentos de R$ 1 milhão e 400 mil.

O programa estabelece treinamento teórico de um dia, visita técnica de meio dia a cada proprie-dade participante, reunião de avaliação e segunda visita três meses após o treinamento. Ao todo, serão 40 horas de atividade por grupo, sendo oito horas de ensinamento teórico e 32 horas de visitas técnicas e ensinamento prático.

A campanha nacional de melhoria da qualida-de do leite tem como slogan “o leite produzido no Brasil vai ficar ainda melhor”. A intenção é capa-citar, em dois anos, 200 instrutores e 81 mil pro-dutores no País. O investimento nacional do Se-brae e do Senar será de R$ 27 milhões.

Programa “Leite Legal”capacitará 160 produtores do oeste e extremo oeste de SC

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Em 2014Mercoláctea Milk Fair e Tecno Food Brasil, unidas em Pinhais

A Mercoláctea está em sua quinta edição e, desde 2008, vem explorando a cadeia produtiva do leite nos setores rural e industrial. Até então todas as edições aconteceram na cidade de Chapecó (SC), tendo em vista que a produção leiteira da região está se cons-tituindo como uma atividade de suma importância e com um número expressivo de produtores.

Para a quinta edição do evento, o setor industrial terá um novo formato. Através de sondagens com expositores e visitantes, passou a existir a necessida-de de focar melhor o setor da indústria de laticínios.

Surgiu, então, a oportunidade de unir uma feira do setor de carnes, Tecno Food Brasil – Feira Inter-nacional de Proteína Animal, com uma feira do se-tor de lácteos, Mercoláctea Milk Fair.

Atualmente, existe sinergia em todas as etapas das cadeias produtivas, desde a produção das ma-térias primas, processamentos, industrialização e comercialização dos mais variados segmentos in-

dustriais sejam de suínos, aves, bovinos ou de leite.A duas feiras acontecerão em Pinhais (PR), Gran-

de Curitiba, na Expotrade Convention Center, nos dias 25, 26 e 27 de março de 2014. A escolha da re-gião de Curitiba para sediar este evento levou em consideração a existência de uma ótima estrutura, capacidade hoteleira, transporte e o apelo natural e cultural que a cidade paranaense oferece.

A meta é que a Mercoláctea Milk Fair tenha ex-positores dos vários segmentos da indústria, como: transporte, laboratório (produtos e equipamentos), equipamentos para industrialização, embalagens, ingredientes e produtos para higienização.

O evento contará também com o “Pátio do Co-nhecimento”, onde serão realizados seminários, cursos intensivos e workshops envolvendo grandes entidades especialistas do setor de lácteos.

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painel

SIG Combibloc e Piáconcluem projeto ambiental em Porto Alegre (RS)

Em setembro, a SIG Combibloc conclui a entrega do projeto ambiental desenvolvido em parceria com um de seus grandes clientes, a indústria de laticínios Piá. Esta é a segunda fase do programa iniciado em junho, em Nova Petrópolis (RS). Em Porto Alegre (RS), o proje-to apoia o CEA – Centro de Educação Ambiental, com doação de cartilhas de educação ambiental desenvol-vidas pelo Instituto de Embalagens e apresentações da peça infantil ‘A busca da caixinha’. As cartilhas serão entregues às crianças e aos educadores que frequen-tam o CEA, localizado na Vila Pinto. A peça infantil foi desenvolvida com exclusividade para a SIG Combibloc e para a Piá pelo Grupo Espaço da Arte. Ela conta a tra-jetória das caixinhas longa vida desde a fabricação até o descarte final e reciclagem. “É uma forma lúdica de informarmos as crianças sobre a importância da se-paração dos resíduos pós-consumo e da reciclagem”, avalia Tiago Haugg, gerente de Marketing da Piá.

A entrega oficial do projeto contempla ainda o apoio à cooperativa de catadores de materiais reci-cláveis Reciclando pela Vida. “A cooperativa recebeu o apoio da SIG e da Piá a partir de capacitações minis-tradas pelo CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem) e de doações de equipamentos que facili-tarão a triagem dos materiais recicláveis”, explica Fa-biana Pegoraro, coordenadora de Marketing e especia-lista em Sustentabilidade da SIG Combibloc.

A especialista lembra ainda que, a partir de ou-tubro, as embalagens longa vida da Piá trarão o selo ambiental FSC (Forest StewardshipCouncil, em portu-guês Conselho de Manejo Florestal) que comprova o uso responsável e eficaz dos recursos florestais. Este selo atesta que as fibras da madeira utilizadas na fabricação das embalagens são provenientes de flo-restas com manejo sustentável. Além do selo FSC, a novas embalagens da Piá serão impressas com o en-dereço exclusivo do portal “Eu Penso Meio Ambiente”: www.piaeupensomeioambiente.com.br.

O portal “Eu Penso Meio Ambiente” busca infor-mar, orientar e sensibilizar os consumidores sobre os impactos dos hábitos diários no meio ambiente.

A Piá é o primeiro cliente da SIG a participar do projeto com uma página personalizada, além de con-teúdos específicos. “Este é mais um serviço diferen-ciado da SIGCombibloc; uma ferramenta importante que contribui para que nossos clientes divulguem sua preocupação com o meio ambiente junto ao consumi-dor final”, explica Luciana Galvão, gerente de Marke-ting da SIG para a América do Sul.

E completa: “O projeto ambiental com a Piá é parte de um conjunto de ações que a SIG tem realizado a fim de apoiar e estimular iniciativas com municípios, cooperativas de catadores de materiais recicláveis e indústrias, pois acredita que todos têm um papel essencial na cadeia de reciclagem. E esses papéis ga-nharão ainda mais importância nos próximos anos, devido à Política de Resíduos Sólidos aprovada pelo governo em 2010. As embalagens cartonadas são ide-ais para a reciclagem e preservação de recursos natu-rais, pois são compostas por 75% de papel cartão, um recurso renovável. Na SIG, toda a madeira utilizada na fabricação do papel cartão é proveniente de florestas com manejo sustentável.”

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painel

Fermentech e Cap-Lab

Ital

promovem 2º Encontro Técnico para profissionais do setor lácteo

é homenageado na Alesp em comemoração aos 50 anos de existência

Inovando com qualidade é o foco do 2º Encontro Técnico realizado pela Fermentech e Cap-Lab, que acontecerá no dia 24 de outubro, em São Paulo (SP). O evento contará com as palestras, que abordarão: “Qualidade e terá palestras sobre: Mussarella e Pra-to – aspectos práticos e alguns problemas recorren-tes” e “Queijos processados e seus fundamentos”, ministradas por Mucio Furtado Ph.D, da DuPont Nutrição & Saúde; “Análise de Rotina e detecção de fraude no controle da qualidade do leite”, com Ana

Cristina Mosquim, da Abiq, e “Qualidade na cadeia de suprimentos de lácteos”.

O encontro acontecerá no Novo Hotel Jaraguá, em São Paulo (SP) e as inscrições podem ser realiza-das até o dia 17.10.2013.

Mais informações: Fermentech – (11) 2093-4900 ou Cap-Lab – (11) 2063-4242

No dia 16 de setembro, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL-APTA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Pau-lo, recebeu homenagem da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em comemoração aos 50 anos do Instituto.

Criado em 1963, como Centro Tropical de Pesquisas e Tecnologia de Alimentos (CTPTA), a partir de um desdobramento de uma secção tecnológica do Instituto Agronômico de Campi-nas, teve como idealizadores, além do IAC e da Secretária de Agricultura, a Food and Agriculture Organization (FAO), ligada às Organizações das Nações Unidas (ONU) e o Governo Estadual e Governo Federal, que disponibilizaram investi-mentos para execução do projeto.

O objetivo principal do Ital, em seu nascimento, foi o de trazer soluções tecnológicas para a in-dústria de alimentos. Porém, o Instituto também se tornou um grande incentivador na criação de outras entidades, juntas que formaram a estrutura necessária para o desenvolvimento da então recen-te indústria de alimentos do país.

“A partir da criação do Ital, o primeiro instituto de tecnologia de alimentos do país, uma série de outras entidades foram criadas: a primeira facul-dade de engenharia de alimentos do país, associa-ções e outras entidades de apoio como a Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos (SBCTA), foram formadas para melhor organizar e desenvolver a então indústria de alimentos brasi-leira”, conta Luis Madi, diretor do Ital.

Desde sua criação, o ITAL promove muitas ações de apoio ao desenvolvimento e à inovação do

setor de alimentos e embalagens, seja através das pesquisas aplicadas de novos produtos e processos, seja pela excelência da assistência tecnológica, seja através da capacitação de recursos humanos na área do agronegócio.

Com um corpo técnico formado por pesquisa-dores qualificados, o Ital concentra seus esforços em desenvolver e trazer soluções para os proble-mas atuais do setor alimentício e também realiza estudos de tendências para antecipar as demandas futuras, de modo a garantir o oferecimento de ali-mentos mais seguros e com maior qualidade para toda a sociedade.

Atualmente, o Ital conta com unidades de pes-quisa especializadas em várias áreas do processa-mento de alimentos, bebidas e embalagens.

Em 2010, o Ital formou um grupo de especia-listas que estudam as tendências e inovações do setor de alimentos de todo o mundo, de modo a relacioná-los com as mudanças da população bra-sileira e a estrutura do setor no país.

Os primeiros resultados desses estudos mostra-ram que as áreas de processamento e engenharia de alimentos necessitam de ações muito mais estratégicas do que as enfrentadas na década de 1960. “As transformações da sociedade, tais como o aumento populacional, da expectativa de vida, do nível educacional e de renda, preocupação com meio ambiente e com a saúde - exigirão uma mudança do setor de alimentos, bebidas e embala-gens, de forma que possa suprir a necessidade de novos produtos em quantidade e qualidade para atender a demanda desta nova sociedade”, diz Luis Madi, diretor do Ital.

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Kroon faz sucesso na redeCom a primeira taberna virtual do Brasil, a holandesa Kroon

é sucesso no Facebook e já comemora sucesso em edição ao vivo

Em três meses de atividade, a Taberna Queijos Kroon, que funciona virtualmente no Facebook acompanhou o número de fãs de sua página sal-tar de algumas centenas de pessoas para 40 mil frequentadores. Com postagens que já bateram a marca de 10 mil curtidas, a ação conta apenas com a criatividade e vontade dos internautas em com-partilhar boas histórias por meio da timeline e abre mão de aplicativos e tecnologias caras e complexas. “Nosso objetivo era oferecer uma experiência in-terativa da marca com os consumidores, por isso, optamos por uma ação dinâmica e interativa no Facebook, antes mesmo de termos um website, e, o sucesso foi tanto, que já realizamos uma edição ao vivo da taberna com alguns dos pratos mais co-mentados”, explica Luana Ferreira, Brand Manager da marca Kroon para America latina e Caribe.

A Taberna Queijos Kroon foi inaugurada em ju-nho deste ano, e, desde o início, quem comanda a cozinha da taberna virtual são os chefs Carlos Ber-tolazzi, Dalton Rangel e Guga Rocha. Cada um deles tornou-se embaixador de uma variedade de queijo superior da marca holandesa: Kroon Gouda (Guga), Kroon Edam (Dalton) e Kroon Maasdam (Carlos). Semanalmente, cada um cria uma receita e, de co-legas na TV, passam a concorrentes na internet, já que travam uma disputa e apenas um deles divulga, sempre às sextas-feiras, a receita e o passo a passo de preparo do prato mais curtido pelos internautas com a sua variedade de queijo Kroon.

O desafioNo Brasil, a marca não possuia nenhum tipo de

presença publicitária e nem um website, ou seja, não havia qualquer tipo de interação com seu con-sumidor. A forma mais rápida para se construir esse relacionamento eram as redes sociais, mais espe-cificamente, o Facebook. No entanto, apenas uma fanpage não é suficiente para gerar essa interativi-dade, sendo assim, a estratégia da Kroon e da LBN, sua agência de comunicação, foi levar para o mun-do virtual a essência do produto por meio da gastro-nomia e criou o cenário da Taberna Queijos Kroon, um lugar onde amigos se reunem para beber, comer e trocar receitas. Adicionando a esse ambiente uma pitada de competição, entre três dos chefs mais ba-dalados da atualidade, o espaço começou a receber visitas, curtidas e comentários de todo o país. “Nos-so objetivo era aproximar a marca dos consumido-res, seja interagindo pela fanpage ou preparando as receitas vencedoras em casa. O sucesso é tanto que, se assim como no Facebook, tivessemos uma taber-na real aberta ao público, teríamos fila de espera para conseguir uma mesa.”, conta Thaya Marcon-des, sócia-diretora da LBN, agência de comunicação responsável pela idealização e execução do projeto.

A ação já rendeu uma edição especial ao vivo da Taberna Queijos Kroon, os chefs Carlos Bertola-zzi, Dalton Rangel e Guga Rocha deixaram a riva-lidade virtual de lado e, juntos, receberam convi-dados no Zena Café Itaim. Além da comemoração, a noite também tinha o objetivo de consolidar o perfil da marca e oferecer uma experiência Kro-on: um produto premium e que transforma mo-mentos do dia-a-dia, como reuniões entre amigos, em ocasiões especiais. Por isso, as personalidades presentes foram surpreendidas com um show da cantora inglesa Jesuton. “Foi uma noite mágica, e trouxemos a Jesuton para São Paulo, para um show exclusivo para 60 convidados, para tornar a noite ainda mais especial, assim como queremos que nossos produtos surpreendam os convidados de nossos consumidores em suas recepções em casa”, diz Luana Ferreira, Brand Manager da mar-ca Kroon para America latina e Caribe.

A Kroon é uma das marcas de queijo mais tra-dicionais do mundo, fundada em 1831, na Holanda. Seus produtos nascem da união do leite do rebanho holandês com os melhores mestres queijeiros. Toda a variedade de queijos especiais Kroon é produzida para atender aos mais exigentes paladares e àque-les que não abrem mão do melhor em qualquer momento, seja para um petisco ou um lanche em uma reunião entre amigos ou no preparo de pratos da mais alta gastronomia. No Brasil, estão disponí-veis nos principais empórios e supermercados nas variedades Kroon Gouda, Kroon Edam, Kroon Maas-dan e Defumado, que foram batizados com os no-mes de cidades holandesas de origem.

Fanpage Kroon: www.facebook.com/queijoskroon

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AKSO

Especializada na comercialização de instrumentos de medição, em 2013, a Akso inaugurou nova sede, em São Leopoldo (RS). A empresa que iniciou suas atividades em 2003, fornecendo termômetros para o mercado frigorífico, passou a oferecer uma variedade de instrumentos e de serviços ainda maior e, atualmente, atende a vários segmentos, entre eles, as indústrias alimentícias, químicas, far-macêuticas e laboratórios.

A expansão física com a nova sede de 800

m2 propiciou melhoria no nível organizacional de forma sólida e segura, que já está refletindo no aumento da qualidade dos serviços presta-dos aos clientes.

A Akso conta com um laboratório interno de metrologia, capacitado para realizar serviços de calibração rastreáveis ao INMETRO e em confor-midade com a Norma ISO 17025.

Atualmente, a empresa está em fase de im-plantação do Sistema de Gestão da Qualidade. A iniciativa visa à certificação da empresa pela Norma ISO 9001 até o final do primeiro semes-tre de 2014. Serão mapeados e documentados, através de procedimentos, instruções de traba-lho e registros da qualidade, todos os processos de trabalho relacionados aos produtos e serviços da empresa.

O objetivo da certificação será assegurar ao

cliente um atendimento adequado e padroni-zado, permitir a todos os colaboradores melhor

entendimento das rotinas operacionais e admi-nistrativas da empresa, otimizar a organização interna das atividades, minimizar os erros e des-perdícios através da melhoria contínua em seus processos, além de aumentar a confiabilidade e credibilidade da empresa perante o mercado.

Laboratório de metrologiaO Laboratório de Metrologia da Akso tem

como política prestar serviços de calibração com responsabilidade, competência técni-ca, confiabilidade, ética e confidencialida-de, atendendo aos requisitos da Norma ISO 17025.

Equipado para realizar calibrações rastreáveis ao INMETRO, o laboratório da Akso conta com téc-nicos especializados e está apto a calibrar termô-metros de líquido em vidro, digitais e infraverme-lho, indicadores e controladores de temperatura, cronômetros, medidores de pH, termohigrômetros, dataloggers, turbidímetros, detectores de gases e medidores de espessura de camadas.

Mercado de laticínios A empresa comercializa vários produtos

para laticínios e indústrias de produtos lácteos, tais como: analisadores de leite por ultrassom, medidores de pH, medidores de condutividade, termômetros tipo espeto, termômetros infraver-melho e dataloggers. Os instrumentos são aplica-dos em diversas etapas do processo, garantindo a qualidade do produto, desde o recebimento do leite, produção até o transporte para os pontos de venda.

Expansão e mais qualidade

Perfil

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Entre os analisadores de leite, destaca-se o Master Mini, um instrumento compacto e com excelente relação custo x benefício. Para os mais variados tipos de leite (vaca, cabra, ove-lha, búfala e UHT), realiza análises de gordura, extrato seco desengordurado, densidade, prote-ína, lactose, sólidos, água adicionada, ponto de congelamento e temperatura. Possui saída serial para comunicação com o computador, adaptador veicular de 12V para medições em campo e siste-ma de limpeza totalmente automatizado.

“Toda a cadeia do leite tem crescido de uma maneira geral, com maior destaque para os produtos industrializados. Esse crescimento as-sociado a um controle rigoroso na qualidade dos produtos faz com que as empresas busquem por instrumentos que atendam às suas expectati-vas e a Akso se faz presente com uma excelente relação custo x benefício. Ainda há muito espaço para a introdução de novos instrumentos de me-dição nesse setor. As indústrias são as maiores consumidoras de instrumentos, mas o produ-tor no campo também está buscando soluções rápidas e eficientes quando se trata de medição”, aponta o engenheiro Marcelo Carraro, diretor técnico da empresa.

Carraro destaca ainda que, hoje, o grande desafio, não apenas para a Akso, mas para todas as empresas, é estar sempre atualizado, não so-mente em nível tecnológico, mas também no que tange à legislação brasileira.

Nos planos para médio prazo, a empresa deverá ampliar o portfólio de instrumentos de medição para o setor de laticínios, “fortalecendo ainda mais a atuação que temos hoje no merca-do”, complementa o diretor técnico.

E-commerce Alinhada às tendências de oferecer agilida-

de e praticidade aos clientes, a empresa criou a Akso Loja Virtual (http://loja.akso.com.br), que atende a todas as regiões do Brasil e conta com mais de 200 itens para medição de diversas grandezas para os mais variados segmentos, como indústrias alimentícias, químicas, farma-cêuticas, laboratórios, segurança do trabalho, mecânica, eletroeletrônica, entre outros. Com o novo recurso, agora, pequenos empresários e profissionais liberais de todo o Brasil poderão adquirir com facilidade os produtos da empre-sa com garantia de dois anos contra eventuais defeitos de fabricação e assistência técnica local permanente.

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Profissionalização do setor impulsiona evento

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EvEnto

Profissionalização do setor impulsiona evento

Além da 41ª Expomaq, o público pode conferir o Lac’ Ideia, circuito de palestras, a 40ª Exposição

de Produtos Lácteos e o 2º Fino Paladar, além das inovações em equipamentos e

ingredientes para o setor lácteo.

Minas Láctea

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Na edição de 2013, um público visitante de 14 mil pessoas conferiu as novidades tra-zidas ao mercado por 130 expositores. Consi-derado sucesso pelos organizadores, o Minas Láctea ganha a cada ano mais impulso com a busca por profissionalização do setor de laticínios. Neste ano, entre negócios gerados e prospectados, a organização estimou giro de R$ 200 milhões nos dias 15, 16 e 17 de julho, quando o Minas Láctea aconteceu no Expominas, em Juiz de Fora (MG).

Além da 41ª Expomaq (Exposição de Máquinas, Equipamentos, Embalagens e Insumos para a Indústria Laticinista), o Minas Láctea contou com o Lac’ideia, cir-cuito de palestras, que teve como objetivo a difusão de tecnologia sobre insumos, equipamentos e técnicas para produção de lácteos e será realizado de forma bienal e alternada com as palestras científicas promovidas pelo ILCT (Instituto de Laticí-nios Cândido Tostes).

O 2º Fino Paladar, espaço para degusta-ção de produtos que utilizam tecnologias em implementos, embalagens e insumos

desenvolvidos pelas empresas exposito-ras também fez parte do Minas Láctea e o público pode esclarecer dúvidas sobre as características dos produtos disponibiliza-dos nessa área da exposição.

Os tradicionais eventos, a Expolac (40ª Exposição de Produtos Lácteos) e o 40º Con-curso Nacional de Produtos Lácteos, mos-traram aos visitantes as inovações trazidas ao mercado pelos laticínios brasileiros.

Expomaq Na área de equipamentos, o público

pode conhecer novas tecnologias que estão chegando ao Brasil. “O equipamen-to que faz a salga do queijo em cascata, trazido por uma indústria argentina, e as linhas de automação para produção de queijo fresco em menor escala, apresenta-do por uma empresa francesa, permitem que o pequeno produtor acelere a fabri-cação, reduza a mão de obra e aprimore as condições de higiene”, exemplifica o professor de projetos, instalações e equi-pamentos do ILCT, Pedro Henrique Baptis-ta de Oliveira.

EvEnto

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Entretanto, muitos equipamentos antes importados, hoje já são 100% fabricados no Brasil. “Os produtores estão enfrentan-do dificuldade com mão de obra e preci-sam ampliar produtividade para perma-necer no mercado, por isso, o setor está em franca mecanização”, explica Mairon Mesquita, coordenador do Minas Láctea.

Entre os fornecedores que trouxeram tecnologia do exterior está a Globoinox, que abriu nova empresa, a Globotecnical, fruto de joint venture com a espanhola Tec-nical. Com a parceria, a companhia fornece instalação de plantas e equipamentos para queijos prensados, inclusive, já está finali-zando implantação no Paraná.

Os componentes dos equipamentos da Globotecnical são produzidos na Espanha e fabricados no Brasil.

A Comat é outra empresa do exte-rior que acaba de se instalar no Brasil. A companhia já tinha clientes no país e as novas necessidades de laticínios brasilei-ros contribuíram para a abertura da filial. Os componentes são produzidos na Itália e engenheiros e técnicos da empresa fina-lizam a montagem no Brasil.

Entre as máquinas automatizadas da Comat do Brasil estão tanques maturado-res de coalhada em palco, máquina de filar contínua com ferramentas de filagem, mol-dadeira com sistema de pré-endurecimento, grupo de drenagem maturação da coalhada, moldadeiras, tanque maturador de coalha-da, linha de endurecimento, linha de sal-moura, linha de endurecimento e salmoura.

Rocco Tanga, da área comercial da empresa, afirma: “começamos bem, pois já fechamos dois grandes negócios para ins-talação de linhas completas automatiza-das em duas empresas, a Lacto, do Paraná e Laticínios Porto Alegre (RS)”.

Tito Pegorini, consultor italiano para lati-cínios, que atua no Brasil há alguns anos, sabe das carências nas indústrias nacionais e levou para a Expomaq produtos de empre-sas europeias para o setor de queijos.

Entre as empresas apresentadas pelo consultor está a Milklab e sua filadora a vapor. Pegorini explica que: “no Brasil, o produtor de mussarela tem lucro baixo e seu custo tem aumentado muito ultima-mente. A Milk-lab traz equipamento com tecnologia a vapor para mussarela ou re-queijão, que pode receber vapor direto ou indireto, possibilitando padronização do processo. O equipamento é adequado para médios e grandes fabricantes, que têm retorno rápido do investimento”.

Pela Agrogest, Pegorini mostrou a grande ideia de um pequeno fabricante italiano. Trata-se de prateleiras para quei-jos que necessitam cura. Atualmente, no Brasil, ainda são utilizadas prateleiras de madeira. O parmesão, por exemplo, neces-sita grande quantidade de anti-mofo. As prateleiras de polipropileno da Agrogest

evitam mofo, são laváveis e podem ser movidas por empilhadeiras e apenas um operador faz a manipulação.

Outra empresa representada na feira pelo consultor italiano foi a Tecnal, que disponibiliza equipamentos automati-zados para queijos moles para grandes laticínios e linhas de 5 mil a 30 mil litros/hora. Possui ainda linha manual com pequenas cubas para produção de 15 a 20 mil litros/dia. A vantagem dos equi-pamentos está em proporcionar maior rendimento e queijo mais padronizado. As linhas são flexíveis, permitindo produzir vários tipos de queijos moles, inclusive, os de cabra e gourmets.

Entre as empresas brasileiras, a Belli-nox chamou atenção na Expomaq, com sua drenoprensa automática para prensa-gem e corte de queijos Prato e Mussarela. O equipamento é operado por apenas um funcionário e a entrega técnica é realizada com treinamento de operador. Projeta-do e fabricado pela Bellinox, a máquina é adequada para laticínios que proces-sam a partir de 30 mil litros de leite. O diferencial do equipamento é o sistema de cremalheira que elimina ruído, além de maior durabilidade e dos rolamentos por serem também de aço inox. Alexan-dre Bonfanti, sócio-gerente da empresa, ressalta: “com a atual falta de qualifica-ção e custo de mão de obra, a busca por automação é significativa entre os laticí-nios e, consequentemente, o equipamento chamou muita atenção dos visitantes”.

Há três anos, a Águia Inox leva novi-dades para a Expomaq. “Primeiro foi uma Drenoprensa automática, que drena, pren-sa a massa e depois corta, em seguida, foi uma modadeira carrossel, na qual o queijo já sai enformado. Este ano, trouxemos uma drenoprensa menor e vertical que economiza espaço e já derrama a massa na forma. Isso é muito importante porque diminui demais o risco de contaminação do queijo”, explica Luiz Gonzaga Junior, engenheiro de produtos e vendas da Águia Inox. “Sempre fazemos bons negócios aqui, porque o movimento é grande. É uma opor-tunidade para o cliente ver a máquina e entender o processo”, completa.

A Separatori apresentou uma padroni-zadora que clarifica e retira a nata tanto quanto o produto demandar. “É a primeira padronizadora de leite 100% nacional”, co-memora Marcos Francisco, diretor indus-trial da empresa. O diretor da empresa afirma que: “esta feira sinaliza as vendas para o ano todo. Um cliente traz o outro e aqui damos desconto. Esperamos aumen-tar as vendas este ano em 25%”.

A Padroniza mostrou pela primeira vez sua máquina que “retira da salmoura a bactéria e a proteína, da qual a bactéria se alimenta, explica Milton Francisco dos San-tos, diretor comercial da Padroniza. Santos

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prefere não revelar o preço, mas afirmou que “o custo é baixo pelo que a máquina faz”.

Vista como uma feira bem focada e com público interessado em negócios, Marcos Botega, gerente de produtos da Protervac, avaliou a Expomaq: “durante o evento fechamos cerca de 19 contratos em venda de máquinas e 10, no segmento de

embalagens impressas. Ainda tivemos a satisfação de embalar a maioria dos quei-jos premiados no Concurso Nacional de Produtos Lácteos”, comemora Botega.

Entre os produtos que a Protervac levou para a mostra, está a linha Enco-Bag, termo encolhível, que traz como diferencial e inovação, a possibilidade de maior shelf life para os produtos, que pode chegar a 90 dias. A nova embalagem tem ainda mais trans-

parência e está disponível com opção para várias cores. Conta também com diversidade nas especificações de barreira de oxigênio.

No evento, a empresa apresentou suas linhas de embalagens metalizadas e per-sonalizadas, além de sua linha de máqui-nas para embalagem a vácuo.

Algumas empresas fizeram sua es-treia na Expomaq. Foi o caso da Akso e seu diretor técnico, o engenheiro Marcelo Carraro afirma que esta primeira partici-pação superou as expectativas. “O even-to permitiu conhecer melhor o setor de laticínios, proporcionando aproximação com diversos clientes e também a geração de negócios na feira e após a exposição”, enfatiza Carraro.

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No evento, a empresa destacou o Master Mini, um equipamento compacto e com excelente rela-ção custo x benefício. Para os mais variados tipos de leite, realiza análises de gordura, extrato seco desengordurado, densidade, proteína, lactose, sólidos, água adicionada, ponto de congelamento e temperatura. Possui saída serial RS232, adapta-dor veicular de 12V para medições em campo e sistema de limpeza automatizado.

Mostrando tecnologia brasileira para a área de tratamento de fluidos em bombas para leite, sucos, iogurtes, requeijão, doces e outros alimen-tos, a Tetralon apresentou suas novas tecnologias que possibilitam operação com maior eficiência, diminuindo perdas e minimizando manutenção. A empresa disponibiliza bombas especiais para cada tipo de aplicação e possui poucos concor-rentes. Segundo Ricardo Fernandes, diretor da Tetralon, muitas indústrias já enxergam os dife-renciais das bombas da empresa e valorizam sua tecnologia, que evita parar a linha de produção e possui bombas com sistema CIP. Entre os fabri-cantes que adotaram os produtos da Tetralon, estão JBS e BRF.

Entre as grandes fornecedoras do setor de leite, a Tetra Pak apresentou o One Stop Shop, que se trata de um shopping de pós-venda da compa-nhia, com atendimento 24 horas e em todos dos dias da semana. Nele, o cliente encontra tudo que necessita para as linhas de envase, de pro-cesso e distribuição funcionarem perfeitamente. Durante a Expomaq, a Tetra Pak lançou novos

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produtos para complementar o portfólio do One Stop Shop, como kits para peças de reposição para manutenções semanais e a nova cola hot-melt para canudos. “Os lan-çamentos visam aumentar ainda mais a segurança alimentar, otimizar os custos e incrementar a produtividade das linhas de produção”, complementa Eduardo Eisler, vice-presidente de Estratégia de Negócios América Central e Sul.

A área de processamento apresentou no stand uma estação com cinco categorias de atuação da empresa: lácteos, queijos, bebi-das, alimentos preparados e sorvetes.

Pedro Rodrigues, diretor de marketing e categorias da Divisão Sistemas de Proces-samento da Tetra Pak, ressaltou também outros aspectos considerados fundamen-tais para a empresa. “Voltamos a falar de rastreabilidade, mas com foco em contro-le automático de planta. A automação implica em redução de custos e a Tetra Pak propõe controle do processo, que permite otimizar o tempo de utilização da planta”, afirma Rodrigues. Os operadores vão ganhar mais o perfil de terem foco em performance e não em equipamento.

Trata-se do sistema Tetra Plant Master, que incorpora vários sistemas com o objetivo de otimizar a produção. Os processos se-rão executados sempre da mesma forma, não dependendo de humor e outros fato-res externos.

Outro conceito destacado foi o “Cai-xa no Chão”, que consiste em ampliar a integração do processo produtivo das indústrias e aumentar a produtividade, podendo incrementar sem necessidade de instalação de novos equipamentos em até 40% o volume mensal de “caixas no chão” e, consequentemente, aumentar o lucro das indústrias.

“Falamos com nossos clientes sobre to-das as áreas até chegar às caixas no chão. É um enfoque global, holístico”, comple-menta Rodrigues.

Qualidade do leiteInstrumentos com mais tecnologia para

análise do leite também foram mostrados na Expomaq. A 3M levou para o evento uma série de produtos que reduzem o tem-po e trazem resultados mais precisos.

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Entre os produtos apresentados pela 3M estava o MDS, solução para análise de patógenos, como Salmonella E.coli 0157 e Listeria por meio de reagentes especí-ficos e detecção molecular, que indicam presença ou não de microrganismos em aproximadamente 24 horas. Compacto, simples no manuseio e robusto na solu-ção, o MDS é portátil e adaptável a qual-quer laboratório.

A empresa apresentou também o MLS (Sistema de Luminescência Microbiana), método rápido de monitoramento de este-rilidade de produtos lácteos (UHT e produ-tos de shelf life estendido). O sistema pode reduzir o tempo de liberação dos produtos finais em comparação aos métodos tradi-cionais. Os resultados são detectados por meio de presença de ATP (Adenosina Tri-fosfato) microbiano e expressos em RLU’s (Unidades Relativas de Luz). Os níveis de RLU’s indicam a liberação ou reprocesso do produto final.

Marcelo Leonardo, business manager da área de Food Safety da 3M Brasil, explica que: “o leite é um de nossos principais fo-cos na área de food safety e temos soluções para as indústrias aumentarem produti-vidade. Há alguns anos, vem aumentando muito a procura por métodos e sistemas que contribuam para a melhoria da qua-lidade do leite. Ainda há muita diferença entre o segmento de cárneos e do leite na busca por qualidade, mas esse fato pode ser atribuído à exportação maior dos cárneos, que têm vencer barreira sanitá-ria para chegarem a outros países. Já, os

lácteos não têm ainda esse tipo de pressão por não ter exportação expressiva”.

Sobre o movimento da feira, Jaqueline Zaramella, analista de marketing da Cap--Lab, ressaltou que: “apesar instável mo-mento econômico que o mercado em geral está passando, não nos sentimos desfavo-recidos com relação aos anos anteriores. Tivemos um bom movimento de clientes que se mostroram muito interessados em investir em novas tecnologias para o controle de qualidade. Além de diver-sos outros que esperam a Expomaq para finalizar compras maiores ou desenvolver algum tipo de negociação”.

Neste ano, a Cap-Lab levou inúmeras novidades para a feira, entre os destaques dois novos aparelhos que vindos direta-mente da Itália: o Minifoodlab, sistema que permite quantificar a uréia em leite e cloretos em queijo e o Foodlab, um anali-sador multiparâmetro para lácteo, como ele é possível realizar análise em leite de ácido L-Láticos, fosfatase alcalina, uréia, peroxidase, lactose, , fructosil-lisina, peró-xido de hidrogênio, cloretos e amônia em leite e queijos.

No quesito segurança de alimentos, os processos para limpeza desempenham pa-pel fundamental e, nesse segmento, uma das plataformas de atuação da Sealed Air destacada na feira mostrou soluções para as indústrias. Entre elas, novas tecno-logias para desinfecção em indústrias alimentícias, como a Divosan SHP, produto formulado à base de peróxido de hidro-gênio acelerado, que garante excelente

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ação antimicrobiana para desinfecção de ralos e superfícies. Com amplo espectro de ação, é eficaz contra vírus, fungos, espo-ros e bactérias, incluindo Staphylococcus aureus, Salmonella cholaeresuis, Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus hirae, Eschirichia coli e Listeria monocytogenes.

A Sealed Air conta também com em-balagens, a exemplo da linha Grip&Tear da Cryovac, que possui sistema abre-fácil e proporciona a mesma vida útil de uma embalagem a vácuo convencional. A em-presa disponibiliza ainda a Ulma Flow-Va-cR, um sistema inovador desenvolvido para embalar carnes processadas e queijos. Além de atender demandas em qualquer formato, peso e tamanho com agilidade, a embalagem ainda permite reduzir perdas e custos com mão de obra.

Outra área de atuação da empresa oferece produtos e tecnologias para o uso consciente da água nas indústrias. A plataforma de sustentabilidade da Sealed

Air incorpora serviços que verificam onde e como é possível reduzir o uso da água, orientando seu uso racional de água, assim como de energia. Os serviços englobam reutilização de água de processo, tecnolo-gia e inovações sustentáveis, dimensiona-mento hídrico ideal para a planta indus-trial e os serviços são customizados.

IngredientesAs empresas fornecedoras de ingre-

dientes para lácteos destacaram-se ao levar inovações para o evento. Murilo Pires da Globalfood ressaltou que há um movimento grande em relação à fortifica-ção de alimentos com proteína. O iogurte grego é um exemplo e a categoria chegou para ficar no mercado. No rastro desse produto vêm outros, como os fermentados com maior teor de proteína, que possuem vários aminoácidos, ajuda a aumentar a saciedade e contribui na redução de peso. Pires afirma que: “é um produto funcional

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e a proteína e é a bola da vez mundial-mente. O iogurte grego pegou esse vácuo, trazendo também sabor e textura”.

Existe um grande mercado a ser ex-plorado no Brasil e nos demais países do BRICs com produtos que tenham apelo funcional e nutricionais e, segundo Pires, a Globalfood estruturou-se para ser rápida em apresentar soluções que permitem às indústrias levarem novos produtos em linha com as tendências de mercado.

Nesta edição da Expomaq, a Ashland voltou à carga dos queijos processados. A empresa desenvolveu produto que ainda não existia no Brasil, o queijo análogo, que tem as mesmas características do queijo, grande quantidade de amido e permite utilização de aroma. É possível produzir um Cheddar com custo de 20% a 30% infe-rior ao tradicional.

O produto é ideal para cadeias de fastfood. “Nosso foco é o mercado insti-tucional, que consome grande volume de análogo. Com o alto preço do leite e o reflexo na produção de queijos, o análogo é alternativa adequada para o mercado institucional reduzir os custos. Trabalha-mos muito na qualidade dessa solução, que pode ser aplicada em tipos de queijos para fatiar, cremoso e em bloco para ralar como substituto do parmesão”, afirma Antonio Carlos Ferreira, da Ashland.

Em sua primeira participação na Ex-pomaq, a Saporiti apresentou seus pro-dutos destinados à substituição de cacau, aromas e ingredientes. Entre as soluções estão: aromas para iogurtes e para cre-am cheese de cebola e para sobremesas lácteas. A empresa oferece ingredientes naturais e artificiais. A maior parte dos clientes da Saporiti são médios e peque-nos fabricantes.

Fernando Baglioli Lickfeldt, da área de marketing da empresa, afirma que: “é nossa primeira vez na feira e, como ficamos no pavilhão anexo, onde a grande parte dos expositores era do segmento de máquinas, a visitação não foi como espe-rávamos”.

“O mercado de produtos lácteos está em amplo crescimento no Brasil e é consi-derado estratégico pela Ingredion”, analisa o gerente de negócios do segmento de lácteos da empresa, Emerson Diniz. “Mais uma vez participamos da feira com novas soluções industriais para o segmento de laticínios, fruto de intenso investimento em tecnologia e inovação.”

Uma das novidades apresentada pela empresa no evento tem como foco o mer-cado de requeijões. A solução permite a fabricação de um produto mais saudável, com taxa zero de gordura e menos calo-rias, mas sem perder a cremosidade que o distingue. A solução une características saudáveis e também sabor e cremosidade. Um ótimo custo-benefício para o fabrican-te, que poderá ofertar produtos alinhados ao gosto do consumidor.

A Ingredion trouxe ainda novas fórmu-las para a indústria de iogurtes. Uma das sensações do mercado, o iogurte grego foi bem aceito pelo consumidor, mas ainda enfrenta resistência de quem busca pro-dutos com baixo teor calórico e de gordu-ra. “Levando em conta esse anseio do con-sumidor, desenvolvemos um iogurte grego com alto teor de fibras e menos calorias, mas sem perder a textura diferenciada do produto”, destaca Diniz.

Também foram apresentadas soluções de iogurte com substituto de gelatina para produtos mais cremosos e com textura aveludada, além de uma linha de queijos

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processados com características de fatia-bilidade e derretimento ideais para produ-ção de pizzas e aplicações semelhantes.

Em linha com a tendência de saudabi-lidade, a Tovani Benzaquen levou para a Expomaq, a Sucralose da marca Splenda, que permite redução de açúcar e de baixo custo. Outra solução distribuída pela em-presa possibilita a redução de sal em quei-jos e requeijão. Trata-se de fibra probiótica extraída da chicória. A Tovani apresentou também o fosfato de cálcio da Innophos, que substitui o fosfato de sódio.

Ainda na linha de substituição dos atuais vilões da alimentação, a Hexus apresentou produtos que substituem açúcar e gordura. A empresa possui sistemas para bebidas lácte-as, iogurtes, requeijão, doce de leite.

A Hexus possui o SSI (Soluções Saudá-veis Integradas), originários de fontes na-turais e têm como base gomas hidrocolói-des e são ideiais para produtos premium.

Tradicional fornecedora de ingredien-tes para alimentos, a BKG Adicom, que passou a ser ICL, trouxe solução inusitada para redução de sódio – o Saloma, que substitui 40% de sal e 30% de sódio. O in-grediente é natural, vem de Israel, do Mar Morto e tem como vantagem não alterar o shelf life dos produtos.

“O lançamento antes da feira demons-trou que foi muito bem recebido porque mantém a atividade da água nos níveis do sal”, esclarece Katarina Wagner, da ICL.

A Gemacom Tech divulgou na feira a inauguração de seu CIT (Centro de Ino-vação Tecnológia), que comportará uma planta piloto de UHT e será e voltado para as áreas de lácteos e panificação. A em-presa ainda investe em pesquisas e está desenvolvendo proteínas lácteas, que tem como alternativa de aplicação os iogurtes gregos light com zero gordura.

A Gemacom Tech desenvolveu também iogurte grego em pastilhas, que foi expos-to como inovação na Expolac.

Com a visão da importância da Expo-maq para o setor lácteo, Lucio Alberto Forti Antunes, gerente da divisão de laticínios da Chr. Hansen, ressalta: “é um evento em que as empresas do setor apresentam ao merca-do o que há de mais inovador. É um ponto de encontro de profissionais da área de lácteos e local onde temos certeza que está o público que nos interessa ter contato”.

Durante a feira deste ano, a Chr.Han-sen destacou o Chy-MaxTM para a catego-ria de queijos, lançado há três anos e já é sucesso. Recentemente, a empresa lançou a versão pó do produto para atender as mais diversas necessidades das indústrias.

Ainda para aplicação em queijos, a Chr.Hansen destacou as culturas RSF para produção de queijo Prato e as culturas STI para Mussarela. “Oferecer aos consu-

midores um queijo Prato com mais sabor e Mussarela com ótima fatiabilidade são detalhes de excelência e diferencia os produtos de nossos clientes no mercado”, complementa Antunes.

Com corantes naturais em seu porfólio, a diretora Helo Blanco, da Doce Aroma, ob-servou que a demanda por esse ingredien-te tem aumentado até em segmentos da alimentação em que se usavam artificiais. Durante a Expomaq, a Doce Aroma levou carmim de cochonilha, clorofila para quei-jos e cúrcuma para aplicação em iogurtes.

A Clariant mostrou no evento seus sis-temas para produção de queijos processa-dos com teores de proteína de 0 a 18, que atribui à Mussarela, por exemplo, maior fatiabilidade, aos espalháveis mais espa-lhabilidade. Os sistemas simplificam o processo de produção, pois com a mesma solução utiliza em dois tipos de queijos. A empresa possui também solução que possibilita produção de iogurte grego com menor teor de gordura e possibilita utilizar clain probiótico com apelo rico em fibras.

A DuPont, por meio da sua unidade de negócios de Nutrição & Saúde, e a Fermen-tech, distribuidora de produtos DuPont™

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Danisco®, e destacou na Expomaq as soluções em achocolatados, iogurte grego e queijos, oferecendo, melhor rendimento e valor agregado para a indústria de lácteos.

Entre os conceitos apresentados na fei-ra, estão: creme de leite com baixa concen-tração de gordura e que oferece as mesmas propriedades de cobertura e cremosidade dos produtos tradicionais, além de econo-mia e maior rendimento, graças ao siste-ma estabilizante Grindsted® WPB. Para o segmento de achocolatados, a empresa apresenta um leite achocolatado com esta-bilizante Recodan®, baixo teor de açúcar e enriquecido com cálcio e em vitamina K2, contribuindo para a saúde óssea dos con-

sumidores. Já para o mercado de iogurtes, a DuPont apresentou um conceito produ-zido com sistema estabilizante Grindsted® SBB, culturas Yo-Mix™, pectina Grindsted® e culturas protetoras Holdbac™. O iogurte é cremoso, rico em proteínas, com baixo teor de gordura e sem conservantes.

Destaque também para as soluções du-rante o processo de fabricação de Mussarela: as culturas Choozit™ Swift e a linha Choo-zit™ Star 20 para o controle isofuncional e bacteriofágico com fermentos liofilizados.

Durante o evento, Arnaldo Siguemoto, diretor de Vendas para a DuPont Nutrição & Saúde Brasil, Bolívia e Paraguai esclare-ceu que: “através da aquisição da Danisco

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foi complementado o portfólio na área de alimentos da empresa, que já contava com as marcas Bunge e Solae”. A Dupont atua com base no tripé: alimentação, energia e segurança. Com a Danisco é pos-sível servir também a indústria de alimen-tos na entrega de valor e o diretor aponta que: “já temos produtos para processos e textura para queijos e novos investimen-tos ainda estão alinhados com os projetos da Danisco, que devem englobar conceitos de nutrição e saudabilidade. Existe de-manda por alimentação mais saudável e possibilidades de explorar funcionalidade. Além de nutrir melhor, a Dupont tem em sua cultura, a inovação e seguirá investin-do nisso para crescer”.

O Brasil, atualmente, é um dos merca-dos chaves para a empresa e ocupa a ter-ceira posição de faturamento da Dupont.

Lançamento de livroNo stand da DuPont, aconteceu ainda

o lançamento do livro “Queijos Especiais”, obra de Mucio Furtado, gerente técnico da DuPont América Latina. O autor explica que: “meus livros anteriores foram dedica-dos a queijos industriais com maior volu-me de produção. Nesta nova obra, abordo queijos que agregam valor destinados a nichos de mercado de produtos premium”. Furtado destaca no livro, as propriedades dos queijos “estrangeiros” e pouco conhe-cidos, como Raclette Suíço, o Stilton Britânico, Taleggio Italiano ou o Reblochon Francês, além dos mais difundidos como Camembert, Brie, Gorgonzola e Cheddar. A obra apresenta as características de cada produto, com detalhes da fabricação, possíveis defeitos e métodos para prevenção.

O livro foi patrocinado pela DuPont e editado pela Setembro Editora, a mesma responsável pela publicação da Revista Indústria de Laticínios. A obra será distri-buída para empresas e o valor arrecadado será revertido para o fundo de bolsas de estudo de alunos carentes do ILCT.

Ainda durante a Expomaq foi lançado o livro “Queijos – Aspectos Técnicos”, de João Pedro de M.Lourenço Neto (Joca). “O objetivo foi fazer um livro sobre tecnolo-gia de fabricação e tem abordagem sobre composição de matéria-prima e tecno-logias específicas. A ideia foi focar nos constituintes do leite e como preparà-lo para fabricação e fazer o detalhamento de fases importantes de diversos tipos de queijos. A preocupação foi ser o mais prático e objetivo possível”, informa Joca, como o autor é mais conhecido no setor.

A obra é direcionada a laticinistas e iniciantes porque reduz todas as etapas de fabricação. Com o objetivo de facili-tar o entendimento, sempre que possível, as longas exposições por escrito foram

substituídas por tabelas e figuras. A linguagem, apesar da alta complexidade de algumas etapas, foram colocadas na forma mais didática possível. O livro foi doado para a Caixa Escolar do ILCT e para adquirir, os interessados podem entrar em contato com a escola.

MiniusinaIdealizada pelo Instituto de Laticínios

Cândido Tostes, pela primeira vez uma miniusina foi montada nas dependências do Minas Láctea. No local, o público pode conferir a reprodução do funcionamento de uma indústria de lácteos, desde a aná-lise da matéria-prima até a distribuição do produto. Ao final, os visitantes degustam os produtos e recebem informações sobre como produzir, quais os equipamentos necessários, a importância da higiene na produção e na qualidade dos alimentos.

O evento de Juiz de Fora teve como atração, os vencedores do 40º Concurso Nacional de Produtos Lácteos, disputado por 54 indústrias de oito estados do Brasil. Foram premiados os três primeiros lugares das categorias Queijo Prato, Queijo Gouda, Queijo Provolone, Queijo Parmesão, Queijo Reino, Queijo Minas padrão, Requeijão Cremoso, Doce de Leite Pastoso, Queijo tipo Gorgonzola, Manteiga de primeira qualidade e os três melhores produtos inovadores como ‘Destaque Especial’. (Veja com lista de vencedores)

EpamigÀ frente da Epamig, Marcelo Lana, pre-

sidente da entidade, considerou que o su-cesso do Minas Láctea deve-se ao público segmentado, interessado exclusivamente em realizar negócios. “Nesse sentido, a Epa-mig tem contribuído com a profissionaliza-ção crescente do mercado”, destacou Lana.

Durante o evento, o presidente da Epamig destacou também que a entidade deve priorizar pesquisas e inovações. Para isso, já existem metas a serem cumpri-das para atingir os objetivos. “No setor de lácteos, por exemplo, será verificado o que a sociedade espera do ILCT e como transferir o conhecimento para o pro-dutor. Estamos trabalhando em parceria com a Embrapa Polo do Leite e os grandes desafios para o setor são: diminuir custos, melhorar automação, otimizar a produção em toda cadeia e sustentabilidade”.

Em tempos em que pesquisa e inova-ção são pontos cruciais para o crescimen-to do Brasil, o Minas Láctea cumpriu sua missão de apresentar ao setor laticinista soluções para evoluir e imprimir mais qualidade à sua produção. Agora, é torcer para que a economia brasileira permita ao setor ocupar novos espaços e que o mercado continue a crescer.

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40º CONCURSO NACIONAL DE PRODUTOS LÁCTEOS

MANTEIGA

Empresa Marca Cidade Estado

1º Cooperativa Mista dos Produtores de Leite de Morrinhos Complem Morrinhos GO

2º Usina de Beneficiamento Paiolzinho Laticínios Paiolzinho Cruzília MG

3º Usina de Beneficiamento Cooperativa Regional de Produtores Rurais de Sete Lagoas Sete Sete Lagoas MG

PROVOLONE

Empresa Marca Cidade Estado

1º Ind. De Laticínios 2 irmãos Ltda Queijos Lucca Luminárias MG

2º Laticínios Tirolez TIROLEZ Tiros MG

3º Laticínios PJ Laticínios PJ Ingaí MG

REINO

Empresa Marca Cidade Estado

1º Laticínios Tirolez TIROLEZ Carmo do Paranaíba MG

2º José Geraldo Peixoto Ferreira Rio do Peixe Bom Jardim de Minas MG

3º Laticínios Curral de Minas Laticínios Curral de Minas Oliveira MG

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40º CONCURSO NACIONAL DE PRODUTOS LÁCTEOS

MANTEIGA

Empresa Marca Cidade Estado

1º Cooperativa Mista dos Produtores de Leite de Morrinhos Complem Morrinhos GO

2º Usina de Beneficiamento Paiolzinho Laticínios Paiolzinho Cruzília MG

3º Usina de Beneficiamento Cooperativa Regional de Produtores Rurais de Sete Lagoas Sete Sete Lagoas MG

PROVOLONE

Empresa Marca Cidade Estado

1º Ind. De Laticínios 2 irmãos Ltda Queijos Lucca Luminárias MG

2º Laticínios Tirolez TIROLEZ Tiros MG

3º Laticínios PJ Laticínios PJ Ingaí MG

REINO

Empresa Marca Cidade Estado

1º Laticínios Tirolez TIROLEZ Carmo do Paranaíba MG

2º José Geraldo Peixoto Ferreira Rio do Peixe Bom Jardim de Minas MG

3º Laticínios Curral de Minas Laticínios Curral de Minas Oliveira MG

REQUEIJÃO

Empresa Marca Cidade Estado

1º Laticínios Tirolez TIROLEZ Monte Aprazível SP

2º Usina de Beneficiamento Cooperativa Regional de Produtores Rurais de Sete Lagoas Sete Sete Lagoas MG

3º Laticínios Curral de Minas Laticínios Curral de Minas Oliveira MG

PRATO

Empresa Marca Cidade Estado

1º Industria de Laticínios 2 irmãos Queijos Lucca Luminárias MG

2º Laticínios Noroeste Da Vaca João Pinheiro MG

3º Laticínios PJ Laticínios PJ Ingaí MG

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DOCE DE LEITE PASTOSO

Empresa Marca Cidade Estado

1º Fundação Arthur Bernardes Laticinios Funarbe Viçosa MG

2º Laticínios Gardingo Indústria e comérico Laticínios Gardingo São João do Oriente MG

3º Doces Mirahy Doces Mirahy Miraí MG

GOUDA

Empresa Marca Cidade Estado

1º Ind. De Laticínios 2 irmãos Queijos Lucca Luminárias MG

2º Laticínios Vitória Laticínios Vitória Ltda São João del Rei MG

3º Usina de Beneficiamento Paiolzinho Laticínios Paiolzinho Cruzília MG

PARMESÃO

Empresa Marca Cidade Estado

1º Frimesa Cooperativa Central Frimesa Marechal Cândido Rondon PR

2º Laticínios Tirolez TIROLEZ Arapuá MG

3º Laticínios Curral de Minas Laticínios Curral de Minas Oliveira MG

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DOCE DE LEITE PASTOSO

Empresa Marca Cidade Estado

1º Fundação Arthur Bernardes Laticinios Funarbe Viçosa MG

2º Laticínios Gardingo Indústria e comérico Laticínios Gardingo São João do Oriente MG

3º Doces Mirahy Doces Mirahy Miraí MG

GOUDA

Empresa Marca Cidade Estado

1º Ind. De Laticínios 2 irmãos Queijos Lucca Luminárias MG

2º Laticínios Vitória Laticínios Vitória Ltda São João del Rei MG

3º Usina de Beneficiamento Paiolzinho Laticínios Paiolzinho Cruzília MG

PARMESÃO

Empresa Marca Cidade Estado

1º Frimesa Cooperativa Central Frimesa Marechal Cândido Rondon PR

2º Laticínios Tirolez TIROLEZ Arapuá MG

3º Laticínios Curral de Minas Laticínios Curral de Minas Oliveira MG

GORGONZOLA

Empresa Marca Cidade Estado

1º Laticínios D annita LATICINIOS D ANNITA LTDA Lavras MG

2º Ind. De Laticínios 2 irmãos Queijos Lucca Luminárias MG

3º Laticínios Cruziliense Queijos Cruzília Cruzília MG

MINAS PADRÃO

Empresa Marca Cidade Estado

1º Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu Coopervap Paracatu MG

2º Laticínios Fazenda Real Paladar de Minas Presidente Bernardes MG

3º Laticínio Serra Dourada Laticínio Serra Dourada Extrema MG

DESTAQUE ESPECIAL

Empresa Produto Cidade Estado

1º Laticínios Cruziliense A Lenda: Feito a quatro mãos,

pelos mestres queijeiros vivos e pelos que já se foram.

Cruzília MG

2º Laticínios Carolina Gotas de iogurte grego Ribeirão Claro PR

3º Usina de Beneficiamento Paiolzinho

Queijo Canestrado: queijo do período colonial, produzido com 4,6 % de gordura com fermento típico do norte da

Itália, sabor picante e maturado em temperatura ambiente.

Cruzília MG

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Contrariando as expectativas do mês passado, os preços do lei-te pagos ao produtor continuaram subindo em setembro e alcan-çaram o maior patamar real da série do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, que foi iniciada em 2000 – os valores foram deflacionados pelo IPCA de agosto/13. Essa foi a oitava alta consecutiva. O preço bruto, que inclui frete e impostos, aumentou 2,8% (ou 3 centavos/litro) em relação ao mês passado e chegou a R$ 1,1162/litro. Este valor, se comparado com o de setembro de 2012, representa expressivo acréscimo de 21,7% na receita do produtor. O preço líquido chegou a R$ 1,0378/litro, elevação de 2,3% (ou de 2,3 centavos/litro) em relação a agosto/13. Estas médias, calculadas pelo Cepea, são ponderadas pelo volume captado em agosto nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA.

A valorização do leite aconteceu mesmo com o aumento da captação pelas indústrias em agosto. Segundo o Índice de Capta-ção de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea), o volume comprado pelos laticínios cresceu 2,04% em agosto, sendo impulsionado especial-mente pela produção do Sul do Brasil. Nessa região, produtores forneceram 4,53% a mais de leite no comparativo com julho. Este avanço na produção continua atrelado ao maior poder de compra do pecuarista em relação à alimentação concentrada e também à qualidade da silagem fornecida no cocho, que juntas aumentam o desempenho das vacas em lactação. Já nos estados do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, a captação de leite se manteve pratica-mente estável em agosto, movimento condizente com este perío-do de entressafra de pastagens.

Apesar do aumento da oferta nacional de leite, o volume impor-tado em equivalente leite reduziu em 8% no acumulado de janeiro a agosto de 2013 frente ao mesmo período de 2012, passando de 758,5 para 697,4 milhões de litros – dados da Secex. A menor dis-ponibilidade do produto importado e o elevado patamar dos preços dos derivados proporcionaram à indústria maior rentabilidade e, consequentemente, maior remuneração ao produtor em setembro.

Já no mercado de derivados, a expectativa de representantes da indústria se confirmou. Os preços do leite UHT e do queijo muçare-la no atacado de São Paulo se estabilizaram e, segundo os agentes consultados pelo Cepea, a demanda começou a esfriar e a oferta de leite, aumentar, cenário que pode pressionar os valores destes derivados nos próximos meses. No estado de São Paulo, até o dia 27 de setembro, o leite UHT e o queijo muçarela registravam médias de R$ 2,34/litro e de R$ 13,17/kg (leves reduções de 0,14% e de 0,04% em relação a agosto), respectivamente – esta pesquisa do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL).

Para outubro, a expectativa de representantes de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea é novamente de estabili-dade nos preços. Entre os compradores entrevistados, 71,3%, que representam 75,6% do leite amostrado, acreditam que os preços continuarão no mesmo patamar de setembro e 21,3% (que repre-sentam 21,6% do volume captado) indicam que haverá nova alta. Somente 7,4% dos agentes (representam 2,8% do volume) espe-ram redução de preços em outubro.

AO PRODUTOR – Em setembro, o preço bruto do leite pago ao produtor voltou a subir em todos os estados da pesquisa do Cepea. Entre os que compõem a “média Brasil”, Goiás continuou tendo o maior preço, com o litro cotado a R$ 1,1685, alta de 1,6% (ou 1,8 centavo por litro) frente à média de agosto. Minas Gerais registrou

novamente o segundo maior preço, com média de R$ 1,1550/litro, acréscimo de 3,4% (ou 3,8 centavos/litro) em relação ao mês ante-rior. Em São Paulo, houve reajuste de 1,4% (ou de 1,6 centavo/litro), com o litro chegando a R$ 1,1121.

No Paraná, o preço de setembro aumentou 3,2% (ou 3,4 cen-tavos/litro), chegando a R$ 1,0926/litro. Em Santa Catarina, a média foi de R$ 1,0903/litro, aumento de 2,1% em relação ao mês anterior (2,2 centavos/litro). Por fim, os preços do Rio Gran-de do Sul e Bahia também registraram altas, de 4,6% (4,6 cen-tavos/litro) e de 2% (2 centavos/litro), respectivamente, com as médias a R$ 1,0545/litro e a R$ 1,0402.

Quanto aos estados que não compõem a “média Brasil” do Ce-pea, os preços apresentaram o mesmo comportamento. O maior patamar foi verificado no Rio de Janeiro, onde o litro alcançou R$ 1,1679, aumento de 3% (3,4centavos/litro). Na sequência, esteve o Espírito Santo, com média estadual de R$ 1,1155/litro e alta de 3,2% (3,5 centavos/litro). No Ceará, os valores também aumenta-ram, com variação de 3% (3 centavos/litro) e média de R$ 1,0411/litro. Em Mato Grosso do Sul, o valor pago ao produtor aumentou 4,9% (ou 4,7 centavos/litro), com o litro a R$ 1,0160.

LEITE/CEPEAPreço atinge maior patamar real

de toda a série do Cepea, de 13 anos

Gráfico 1: ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite - JULHO/13. (Base 100=Junho/2004)

Gráfico 2: Série de preços médios pagos ao produtor - deflacionada pelo IPCA

(média de RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA)

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Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquidos) em AGOSTO referentes ao leite entregue em JULHO

Tabela 2. Preços em estados que não estão incluídos na “média nacional” – RJ, MS, ES e CE

Fon

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SPFo

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salq

/USP

Outras informações sobre o mercado lácteo: www.cepea.esalq.usp.br/leite e por meio do Laboratório de Informação do Cepea, com o pesquisador Paulo Moraes Ozaki e prof. Sergio De Zen: 19-3429-8836 / 8837 e [email protected]

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fazer melhor

CADERNO DE TECNOLOGIA DE LATICÍNIOS

n LACTOSE: ALTERNATIVA PARA O USO DO SORO E PARA DIVERSIFICAÇÃO DO SETOR DE LÁCTEOS 62

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LACTOSE: ALTERNATIVA PARA O USO DO SORO E PARA A DIVERSIFICAÇÃO DO SETOR DE LÁCTEOS

Boza,Y.; Gomes, R. A. R.; Blumer, P.

ResumoHá varias possibilidades para o aproveitamento do

soro de queijo com agregação de valor aos produtos a partir dele obtidos, com consequente redução dos cus-tos com tratamento de efluentes. Este artigo apresenta possibilidades de aplicações da lactose e derivados nos diversos setores das indústrias de alimentos, farma-cêuticas, química entre outras. Também são apontados os desafios logísticos da matéria-prima, do desenvolvi-mento de novas tecnologias e da adequação de proces-sos, impostas para a eficácia dessa diversificação.

Palavras chave: soro; lactose; derivados da lactose.

AbstractThere are different technologies for processing the cheese

whey and obtain final products with high market prices, reducing the costs of wastewater treatment. This article pre-sents the applications of lactose and its derivatives in food, chemical and pharmaceutical industry. It is also demonstra-ted the challenges related to transport, development of new technologies and adaptations of the industrial processes.

Key words: cheese whey, lactose, lactose derivatives.

IntroduçãoO segmento de laticínios é um dos mais expressi-

vos da indústria de alimentos. Segundo o CEPEA (2013), ainda que o volume de leite captado tenha aumentado, essa elevação na produção foi insuficiente para suprir o forte aumento do consumo de lácteos impulsio-nando os preços desses produtos. A incapacidade de suprimento da demanda interna aumentou em 52% as importações de lácteos nos últimos meses, principal-mente dos países vizinhos, Argentina e Uruguai, sendo que mais de 90% do volume total importado compre-ende leite em pó e queijos.

Esse fato evidencia a necessidade de maior pro-dutividade no campo, através de melhor tecnificação e especialização da produção leiteira. Além da oferta de matéria-prima de qualidade para favorecer melhor rendimento na indústria de laticínios, é necessário adoção de medidas pelo setor, tais como: a diversifi-cação/diferenciação através da adequação de práticas de manejo animal, introdução de novas tecnologias e valorização co-produtos, através do desenvolvimento de novos produtos para promoção do melhor desem-penho econômico do setor laticinista.

Os dados do CEPEA (2013) evidenciam ainda, a forte expansão do mercado de queijo, cujo principal co--produto é o soro. Atualmente, o soro produzido nos laticínios tem como principais destinos: o lançamen-to em cursos d’agua, matéria-prima para fabricação de ricota e uso na alimentação animal. Contudo, a indústria de laticínios brasileira tem gradativamente adotado práticas para adequação da disposição do soro e aumentado o processamento deste. Isso se deve a uma combinação de fatores incluindo o alto custo do tratamento imposto pelas regulamentações ambien-tais dos despejos com elevada Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO); as crescentes comprovaçoes científicas do valor nutricional dos componentes do soro e das inúmeras aplicações desses pelos setores alimentício, farmacêutico, cosmético e de embalagens. A crescen-te importância do soro como matéria-prima pode ser evidenciada na pauta de exportaçoes brasileira. De acordo com Wilkinson (2010) o volume de importaçoes superam o total de soro exportado no mesmo período.

Este trabalho tem como escopo apresentar o potencial do soro como maximizador de receita para indústria de laticínios através das possibilidades de aplicações da lactose - o componente do soro cuja utilização é ainda pouco explorada pelo setor laticinis-ta e relativamente pouco estudada pelas Instituições de pesquisa do País. Esse panorama contrapõe-se com o fato da lactose ser o componente presente em maior concentração no soro, sendo um dos principais res-ponsáveis pelos altos valores de DBO dos efluentes na indústria de laticínios e com a crescente demanda de produtos lácteos deslactosado.

Lactose: consumo e possibilidades

de aplicações na indústriaA lactose (Galactose β-1,4 glucose) é um dissacarí-

deo que consiste de moléculas de galactose e glicose unidas por uma ligação glicosídica β - 1,4, existindo naturalmente na forma de 2 isômeros: alfa lactose e beta lactose. A lactose é um açúcar encontrado somen-te no leite e derivados, representando cerca de 2% a 8% do leite, contudo esse percentual varia em função da espécie (Bobbio & Bobbio, 2003).

Açúcar de sabor agradável, a lactose é um ingre-diente amplamente utilizado na fabricação de diversos produtos, como: pães e recheios, sorvetes, farinhas, alimentos enlatados e produtos lácteos (queijo, iogur-te). Devido suas propriedades físico-químicas, influi na textura, na cor e na quantidade de água ligada desses produtos e, ainda apresenta apenas um terço da doçu-ra da sacarose e menos da metade da glicose (http://www.insumos.com.br/aditivos_e_ingredientes/mate-rias). Em produtos lácteos, a lactose é um componente essencial na fabricação de produtos fermentados, influi na textura de certos produtos concentrados e congelados e pode estar associada a mudanças desejá-veis ou não de cor e de sabor, induzidas pelo calor em produtos aquecidos (Fox & Mc Sweeney, 1998).

A lactose serve como fonte de energia necessária para o desenvolvimento do sistema nervoso central, facilita a absorção de cálcio, fósforo e vitamina D; favorecendo a retenção de cálcio e prevenindo a oste-

fazer melhor

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oporose. Contudo, a lactose ainda é vista com reservas em razão da intolerância à lactose e a galactosemia (Mattar & Mazo, 2010; Camelo Junior et al 2011).

O uso do soro e a obtenção da lactosePara viabilizar o uso industrial do soro e de seus

componentes é necessária a remoção de água, processo fundamental para redução dos custos com transporte e armazenagem, além de aumentar sua vida útil (Perrone et al, 2008). A obtenção do soro em pó pode ser realiza-da através do uso de processos de filtração por mem-branas, evaporação a vacuo e secagem por atomização.

Na obtenção do soro em pó, a tecnica de ultrafiltra-ção é altamente promissora para separar as proteínas, dos outros componentes incluindo lactose e minerais. Nesse processo, o concentrado ou retentado, repre-sentado pela fração proteica, é retido pela membrana, enquanto o permeado - material que passa através da membrana, é composto basicamente por água, lactose e sais minerais. Por outro lado, o processo de secagem de soro por atomização é bastante versátil e conveniente, embora quando usado de forma empírica pode ocasionar agregação de partículas e adesão dos pós nos equipamentos, logo para minimizar problemas de funcionalidade e de rendimento são necessários estudos sobre os parâmetros de secagem (Silveira et al., 2013). Segundo Perrone et al (2008), a secagem de soro e de seus derivados implica em desafios à ciência e à tecnologia, uma vez que o comportamento dos produtos durante a secagem e o armazenamento é dis-tinto do comportamento do leite, demandando estudos sobre os efeitos das condições de processamento sobre os componentes do soro.

Nesse contexto, Sgarbieri (2004) enfatiza que as propriedades funcionais fisiológicas das proteínas do soro, através do uso nas formas de concentrados e isolados proteicos bem como de peptídeos, estão condicionadas à manutenção da integridade estrutural dessas proteínas, assim métodos especiais de obtenção devem ser adotados para a preservação das estruturas das proteínas e de suas propriedades.

A obtenção da lactose a partir do soro é feita envol-vendo as seguintes operações: a remoção de proteí-nas (por coagulação ou ultrafiltração), a evaporação a vácuo, a refiltração seguida de outra evaporação, a indução à cristalização por membrana, a indução à cristalização por semeadura, a centrifugação para remoção dos cristais e a secagem (Brandão, 1994).

Assim, para eficácia do fracionamento do soro é necessária a adequação de técnicas e das condições de processamento deste para maximizar a recuperação de seus componentes, contudo preservando suas pro-priedades funcionais e fisico-químicas. Cabe salientar que a composição do soro depende de variações da composição do leite bem como da tecnologia usada na produção de queijos (Robinson, 1994).

Potenciais aplicações da lactoseUsos e aplicações de derivados da lactose se in-

tensificaram a partir da década de 60, como matéria--prima/insumos especialmente nas indústrias de alimentos, farmacêutica e química para obtenção de inúmeros produtos entre os quais o ácido lactobiôni-co, lactitol, β - galactosidases, lactulose, galactooligos-sacarídeo, a lactosacarose, ácido láctico, polilactato e ainda etanol (Colognesi et al, 2013).

Ácido LactobiônicoÉ um ácido orgânico obtido a partir da oxida-

ção química ou microbiana da lactose, conhecido como ácido galacto-glucônico, é composta por uma molécula de galactose unida à outra de glucono-lactona (ou ácido glucônico - um alfa-hidroxiácido) através de uma ligação semelhante ao éter. Carra et al. (2006) avaliou a produção de ácido lactobiônico por células de Zymomonas mobilis livres e imobili-zadas em alginato de cálcio, obtendo uma taxa de bio-transformação de lactose com o rendimento de 85% de ácido lactobiônico ocorrendo ainda a forma-ção equimolar de sorbitol.

O ácido lactobiônico apresenta propriedades como emulsionante, estabilizante de espuma e alta solu-bilidade em água podendo ser usado em detergentes de louças e sabão em pó para uso doméstico, como substituto do fosfato (Valle, 2009). Contudo, sua maior aplicação comercial é em fluidos conservantes de órgãos transplantados, devido à ação antioxidante capaz de inibir ou retardar a oxidação por inativação de radicais livres sobre o tecido armazenado. Segundo o mesmo autor, outra potencial aplicação do ácido lactobiônico é em formulações para vetorização de drogas, estratégia terapêutica que consiste na libera-ção do fármaco nos sítios específicos de ação (célu-las, tecidos ou órgãos) possibilitando o aumento da eficácia terapêutica do ativo, a redução da toxicidade e a restrição da ação do fármaco ao tecido lesado. Em 2004, Kim et al. desenvolveram um novo processo no qual o ácido lactobiônico SIGMA® foi conjugado à quitosana hidrossolúvel com o objetivo de atingir a hepatócito-seletividade.

Os ácidos lactobiônicos (AL) de grau farmacêu-tico apresentam lactona, sub-produto do processo industrial de sua produção. A lactona devido a sua ação umectante e antienvelhecimento, pode ser uti-lizada em dermocosméticos. Por outro lado, o ácido lactobiônico possui elevada ação antioxidante e hi-dratante pode ser usado na formulação de produtos anti-fotoenvelhecimento, hidratantes e rejuvenes-cedores. O poder cicatrizante do AL também per-mite seu uso em produtos antiacneicos e em peles sensíveis (Nardin & Guiterres, 1999).

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LactitolO lactitol foi descoberto em 1920, e teve seu pri-

meiro uso em alimentos na década de 80. Ele consis-te em um dissacarídeo constituído por galactose e sorbitol, em decorrência de sua estabilidade, solubi-lidade, higroscopicidade e gosto similar ao da saca-rose, pode ser usado em chicletes, biscoitos, bolos, produtos forneados e produtos lácteos. Obtido através da hidrogenação catalítica da lactose na presença de hidrogênio gasoso e catalisadores. A lactose do soro de queijo como fonte desse ingrediente é uma alternativa promissora para suprir as necessidades de lactitol pelas indústrias farmacêuticas e alimentícias (Timmermans,1997).

O lactitol é um edulcorante cujo valor calórico é de apenas 2,4kcal/g, sendo que uma de suas prin-cipais aplicações é como substituto dos açúcares, especialmente na dieta para diabéticos e obesos. (http://www.danisco.com/product-range/sweeteners/lactitol/). Além de ser considerado um adoçante não cariogênico, por não ser metabolizado pelas bactérias da cavidade bucal, - não ocorre liberação de ácidos corrosivos ao esmalte dos dentes. Ao ser metaboliza-do, reduz o pH intestinal, restringindo o crescimento de vários patógenos e bactérias putrefativas. Segundo Playne et al. (2003) a ingestão de lactitol (20g/dia) pro-move o aumento de bifidobacterias ativas no colón.

Ainda nesse contexto, o lactitol é um fármaco utilizado pela medicina como laxante osmótico, em decorrencia de sua metabolização produzir ácidos carbônicos com poucos carbonos na cadeia, tais como: os ácidos láctico, butírico, propiônico e acético, aumenta a osmolaridade da região intestinal, provo-cando aumento do bolo fecal.

Produção de β -GalactosidasesAs β - galactosidases, conhecidas como lactases

e classificadas como hidrolases, catalisam o resíduo terminal β - galactopiranosil da lactose para formar glicose e galactose. Apresentam importância indus-trial especialmente devido a sua aplicação na indús-tria de laticínios (Husain, 2010).

Segundo o mesmo autor, a ação hidrolítica das β - galactosidases sobre a lactose produz glicose e galac-tose, resultando em alimentos com baixos teores de lactose, melhorando a solubilidade e a digestibilidade do leite e derivados, sendo indicado para consumido-res intolerantes à lactose. Adicionalmente, previne a cristalização da lactose em produtos lácteos tais como doce de leite, leite condensado, leite concentrado con-gelado, misturas para sorvetes e iogurtes, além de me-lhorar as características sensoriais desses alimentos.

β - galactosidase tem sido usada principalmente na forma livre nas indústrias de laticínio, contudo devido ao custo relativamente elevado, pesquisas com objetivo de redução dos custos tem sido volta-das à imobilização da lactase, bem como à redução

dos custos de obtenção. Santiago (2004), utilizando Kluyveromyces marxianus ATCC 46537 para a sínte-se da enzima β -galactosidase, verificou que o uso de lactose como fonte de carbono em meio formulado com soro de queijo suplementado apresentou grande potencial como meio de cultura da levedura e uma opção atrativa para reduzir os custos na obtenção da β - galactosidase.

Lactulose A lactulose (4-O-β-D-galactopiranosil-D-frutose)

é um dissacarídeo sintético, formado a partir de molécula de frutose e de uma molécula de galactose via β-1,4-ligação glicosídica. Atualmente, a lactulo-se é obtida quimicamente através da isomerização da lactose, onde muitas vezes para alcançar bons rendimentos requer o uso de catalizadores, tais como hidróxido de sódio e cálcio, sulfitos, aluminatos, fosfatos e boratos. O processo químico envolve etapas subsequentes de purificação, para remoção do eleva-do nível de produtos secundários co-produzidos. Uma alternativa na obtenção de lactulose com alto grau de pureza é através de processos de bioconversão.

Nesse sentido, processos de bioconversão da lacto-se à lactoluse têm sido estudados através da ação das enzimas β – galactosidases glicose isomerase e celo-biose 2-epimerase, oriundas de diferentes microrga-nismos. Cabe salientar que o rendimento de lactulose em torno de 88 % (v/v) foi obtido através da atividade de celobiose 2-epimerase a partir de Caldicellulosi-ruptor saccharolyticus DSM 8903 com adição de ácido bórico (Wang et al,2013).

A lactulose apresenta vários campos de aplicação na área médica, incluindo o tratamento de constipa-ção crônica, encefalopatia hepática, carcinogênese do cólon, acidente vascular cerebral isquêmico. Em alimentos é aplicada em fórmulas para alimenta-ção infantil, iogurte, leite de soja fermentado, leite fermentado desnatado, bem como aditivo alimentar. A Comissão Europeia (n º 575/2011) Quality and Safety of Feeds and Food for Europe; European Commission (2011) aprovou o uso de lactulose como ingrediente alimen-tar na produção de alimentação animal, por reduzir o consumo de antibióticos, assim como, ter ação prébiotica, aumento da absorção de minerais , efeitos hipoglicemico e hipocolesterolêmico, auxílio na pre-venção/ redução de infecção do trato urinário e ainda reduzir o tempo de trânsito intestinal. A produção de lactulose em escala comercial é urgente e necessária.

GalactooligossacarídeosGalactooligossacarídeos (GOS) são os oligossacarí-

deos provenientes da galactose e estão incluídos como carboidratos não-digeríveis, possuem propriedades pre-bióticas e efeitos fisiológicos semelhantes aos das fibras dietéticas. No intestino grosso, os GOS são consumidos apenas por bifidobactérias e lactobacilos, estimulan-

LACTOSE: ALTERNATIVA PARA O USO DO SORO E PARA A DIVERSIFICAÇÃO DO SETOR DE LÁCTEOS

Boza,Y.; Gomes, R. A. R.; Blumer, P.

Pesquisadores do Ital/SP

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do seu crescimento e influenciando beneficamente a saúde do hospedeiro, sendo, por isso denominado fator de crescimento Bifidus. Comercialmente disponíveis em países como o Japão na forma de mistura, contendo oligossacarídeos, lactose, glicose e galactose, no estado líquido ou em pó (Tomal et al. 2010)

Os GOS são produzidos pela reação de transga-lactosilação entre lactose e β-galactosidase, a partir da lactose pura ou na forma de soro de queijo. Cabe salientar que as galactosidases podem originar-se de distintas fontes, porém para obtenção GOS destinada à aplicação em alimentos, as enzimas extraídas de A. ní-ger, A. oryzae e Saccharomyces sp (lactis ou fragillis) são consideradas seguras, devido, também aos numerosos estudos realizados e histórico de aplicação (Pessela et al., 2003; Martins & Burkert, 2009; Tomal et al. 2010).

Segundo Tomal et al. (2010) um aspecto importan-te na obtenção de GOS e determinante da pureza e do rendimento é a técnica de separação/purificação empregada, sendo encontrada na literatura usos das tecnicas: - adsorção/desorção em carvão ativo e etanol, respectivamente; - cromatografia por exclu-são, através de filtração em gel utilizando Sephadex (dextrana) ou Bio-Gel P-2 (gel de poliacrilamida) e; - resina de troca catiônica Dowex 50W-X4 (K+) utilizan-do água como eluente.

LactosacaroseA lactosacaros é um oligossacarídeo com produção

anual estimada de 1600 ton, sendo os maiores produ-tores mundiais a Ensuiko Sugar Refining Co. (Japão) e a Hayashibara Shoji Inc. (Japão), cujo nome comercial dos produtos são Nyuka-Origo e Newka-Oligo, respecti-vamente (Torres et al.,2008). A lactosacarose é um açú-car de baixo teor calórico e apresenta um tempo total de duração do estímulo doce maior que o da sacarose (aproximadamente 3 vezes ao da sacarose), além de estimular o crescimento seletivo de bifidobacterias no intestino humano (Ikegaki & Park, 1997).

A lactosacarose é produzida a partir de lactose e sacarose por bioconversão modulada pela atividade da enzima β-frutofuranosidase microbiana a qual transfere resíduo de frutosil proveniente da sacaro-se para o aceptor, a lactose (Torres et al.,2008). Cabe salientar que β-frutofuranosidase possui dois tipos de atividade: a de hidrolisar a sacarose em glicose e fru-tose e a outra é a de transferir a molécula de frutose (proveniente da sacarose) para o aceptor, a lactose (Ikegaki & Park, 1997).

Acido láctico O ácido lático (ácido 2-hidroxipropanóico ou ácido

β-hidroxipropanóico ) foi descoberto pelo químico sueco Carl Wilhelm Scheele, no leite coalhado e sua produção comercial se iniciou nos Estados Unidos com Charles E. Avery, em 1881. Produto químico in-tensamente usado em diferentes setores da indústria,

incluindo a indústria alimentícia, farmacêutica, cos-mética, química e têxtil. Apresentando um β-carbono assimétrico (centro quiral), o ácido láctico pode ser produzido nas formas isoméricas L(+), D(-) ou forma de mistura racêmica (DL) por meio de via de fermentativa ou por reação química. Através de biossíntese a partir de lactose, amido ou da cana-de-açucar (sacarose) uti-lizando Bacillus Delbrücki (Vijayakumar et al., 2008 )

A produção biotecnológica do ácido láctico apre-senta como vantagens: - o baixo custo de substratos (carboidratos renováveis), - menor temperatura de processo, menor consumo de energia e dependendo da cepa microbiana, do substrato e das condições do processo há possibilidade da obtenção de D- ou L- ácido láctico opticamente puro ou uma mistura em diferentes proporções dos dois isômeros. A obtenção biotecnológica do ácido lático pode ser realizada através de inúmeros microrganismos, contudo o uso de bactérias lácticas homofermentadoras e como substrato, o soro de queijo ou ainda açúcares simples, como a lactose produz especialmente ácido lático, (Xavier, 2011; Vijayakumar et al., 2008).

De acordo com a Resolução - RDC Nº 45, de 3 de novembro de 2010, que “Dispõe sobre aditivos alimen-tares autorizados para uso segundo as Boas Práticas de Fabricação (BPF)” o ácido láctico e seus deriva-dos (sais de sódio, potássio e de cálcio) apresentam inúmeras funções, incluindo o uso como acidulante, regulador de acidez, umectante, antioxidante, agente de corpo ou massa, melhorador de farinha na produ-ção de produtos de panificação.

Entre as aplicações industriais, incluem-se as bebidas, a produção de cerveja e sucos de frutas. Nas conservas, o ácido láctico é usado em azeitonas ver-des, repolho, pepino e maxixe como conservante, me-lhorador da turbidez da salmoura e do sabor. No setor cárneo, o uso de ácido láctico na descontaminação de carnes, aves e carcaças suínas em matadouro reduz a infecção por Salmonella e a contaminação por E. coli (Vijayakumar et al., 2008).

Segundo os mesmos autores, na formulação de cosméticos o ácido láctico é usado principalmente como hidratante e regulador de pH. Contudo, apre-senta outras propriedades como a de clareamento e a de hidratação da pele, além da atividade antimicro-biana. Os derivados de ácido láctico, como os ésteres de ácido lático com alcoóis alifáticos de cadeia longa são usados como emulsificantes e estabilizantes em produtos de higiene pessoal. Na indústria química, o ácido láctico apresenta inúmeras aplicações como matéria-prima na obtenção de óxido de propileno, acetaldeído, ácido acrílico, PLA, ácido propanoico, enquanto no setor têxtil, o ácido láctico é usado no curtimento e acabamento têxtil incluindo: o tingi-mento da seda, na descalcificação de vegetais, como neutralizador, agente regulador de pH.

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fazer melhor

Polilactatos (PLA)O PLA é um bioplástico biodegradável, reciclável,

bioabsorvível e compostável, transparente, com exce-lente biocompatibilidade. Polilactatos são poliésteres alifáticos obtidos por polimerização do ácido lático. A produção do PLA é principalmente a partir do ácido láctico obtido através de processo biotecnológico e, transformado em plástico por meio de processos quí-micos, envolvendo reações de dimerização subsequen-te e polimerização moduladas pela ação de catalisa-dores. Cabe salientar que, a produção de PLA requer ácido lático de alta pureza óptica e química, pois as propriedades físicas e biológicas do PLA estão relacio-nadas com o grau de pureza enantiomérica dos estere-ocopolímeros de ácido lático. (Drumond et al.,2007)

Atualmente, a principal aplicação do PLA produzida é na área de embalagens, cerca de 70%, sendo o restan-te nos setores de fibras e têxtil, agricultura, eletrônicos e, produção de aparelhos e aparatos domésticos.

Há interesse especial do PLA na área médica principalmente em engenharia de tecidos e implantes ósseos, devido à possibilidade de serem utilizados em implantes temporários. No caso de implantes tempo-rários, o PLA, por tratar-se de material bioabsorvível, à medida que se degrada transfere a tensão gradual-mente para o osso em cicatrização e, também elimina a necessidade de uma segunda cirurgia para retirada do implante, fatos que promovem melhor recupera-ção do paciente e reduzem custos com o tratamento (Rezende & Duek, 2003)

O PLA ainda não é amplamente utilizado devido ao alto custo e propriedades térmicas e mecânicas infe-riores em relação aos polímeros sintéticos convencio-nais. Como são crescentes as preocupações ambientais e sustentáveis associados aos polímeros petroquímicos convencionais, as aplicações do PLA tendem a aumen-tar. Nesse contexto, visando aumentar a aplicabilidade do PLA tem sido intensivamente estudadas alterna-tivas para melhorar suas propriedades mecânicas e térmicas, bem como a processabilidade e a cristali-nidade, admitindo-se que uma das alternativas mais promissoras é através da mistura com diferentes plas-tificantes e polímeros (Drumond et al, 2007, Falcone et al. 2007). Cabe ainda salientar que um dos principais obstáculos ao aumento das aplicações/uso do PLA é o custo, assim para viabilizar o aumento das aplicações são necessários: escala de produção e disponibilidade de matéria-prima (ácido láctico).

ConclusãoAs possibilidades de aplicações para a lactose

elencadas nesse artigo vêm a somar as inúmeras razões para se processar o soro de queijo, incluindo a proteção ao meio ambiente, a produção de insumos para outros ramos industriais e a sustentabilidade econômica do setor. Contudo, desafios logísticos da matéria-prima, desenvolvimento de novas tecnologias e adequação de processos devem ser equacionados.

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