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l EDITORIAL

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ário

Propriedade:Federação do Setor FinanceiroNIF 508618029

Correio eletrónico:[email protected]

Diretor:Delmiro Carreira – SBSI

Diretores Adjuntos:Carlos Marques – STASCarlos Silva – SBCHorácio Oliveira – SBSIPereira Gomes – SBN

Conselho editorial:Constança Sancho – SBSIFirmino Marques – SBNPatrícia Caixinha – STASSequeira Mendes – SBC

Editor:Rui Santos

Redação e Produção:Rua de S. José, 1311169-046 LisboaTels.: 213 216 062/090Fax: 213 216 180

Revisão:António Costa

Grafismo:Ricardo Nogueira

Execução Gráfica:Xis e Érre, [email protected] José Afonso, 1 – 2.º Dto.2810-237 Laranjeiro

Tiragem: 70.000 exemplares(sendo 2.500 enviados porcorreio eletrónico)Periodicidade: MensalDepósito legal: 307762/10Registado na ERC: 125 852

Ficha Técnica

l STAS ActividadeSeguradora

20

29l Bancários Norte

23

26

l Bancários Centro

l Bancários Sul e Ilhas

ACT foi denunciadoBanqueiros escolheram um mau momento

Atravessamos um período "dos oitenta". Não há mí-nimos. Só máximos. Não bastava a troika, a penúriados trabalhadores, com perda de rendimentos e

aumento das despesas, a míngua dos reformados e pensionis-tas, o aumento da taxa de portugueses que vive abaixo dolimiar da pobreza, uma concertação social invisível, umadesmesurada taxa de desemprego, que atinge os jovens deforma dramática, a mais do que esperada quebra dasreceitas do Estado, uma economia que tem tudo menos deativa e já andam a falar de eventuais novas medidas, pararesolver o "buraco" resultante do que o Governo tinha aprevisão de receber de impostos e não conseguiu.

Restam-nos os homens e mulheres de bom senso quevão avisando que o povo já não suporta mais sacrifícios.

No meio de tudo isto, os banqueiros tiraram o coelho dacartola. "Eureka! Descobrimos a forma de solucionar acrise. É esta a altura ideal para pôr em causa o escopofundamental da relação contratual com os bancários,esses privilegiados do sistema".

"Eureka!". Após décadas de vergonhosa exploração dosseus trabalhadores, de atitude social condenável que pôs(e ainda põe) em causa a relação familiar e a liberdade dosbancários disporem do seu tempo, de trabalho não remu-nerado, de uma intolerável imposição de competição quegerou um nefasto individualismo, que fez esquecer oconceito de solidariedade, com custos para este País nãoquantificáveis e que ajudou a construir sobre os escombrosda amizade, do companheirismo, do bem-estar na profis-são, da coragem de ser atitude e da palavra.

TEXTO: HORÁCIO OLIVEIRA

São estes, os mesmos, ou os seus seguidores, amigos dogolfe, companheiros de qualquer coisa, de partido, de interes-ses, de lobby, são estes que, para além de considerarem umamanobra de diversão o pedido de aumento de 3% apresentadopela Febase, recusando qualquer que seja pelo segundo anoconsecutivo, se divertem a denunciar o ACT do setor bancário.

É legítima essa denúncia? Claro! Mas imoral. Desneces-sária no atual estado depressivo dos portugueses e dosbancários em particular. Um vexame. Um ataque a estaclasse que quase lhes vendeu a alma para serem o que são.Uma atitude inoportuna, porque geradora de revolta, deapreensão, de dúvida.

Mas os bancários são pessoas de bom senso, educadas,bem formadas, razoáveis. Não são oportunistas nem pro-vocadores. Estão, provadamente, na primeira linha da-queles que elevam o diálogo em detrimento da arruaça.

Mas são trabalhadores aqueles que tudo deram, fizerame contribuíram para que o setor bancário português seja oque hoje é; e é dos rendimentos do trabalho que sustentame educam a prole. Será bom que ninguém se esqueça destarealidade nem pense que os Sindicatos da Febase, abertos,obviamente, à negociação, estarão dispostos a aceitartabelas salariais miseráveis, a troco de remunerações quefiquem ao livre arbítrio dos empregadores.

A Febase vai dar resposta aos banqueiros. Uma respostaeficaz. A desregulamentação coletiva que os patrões apre-sentaram com a denúncia do ACT não é aceitável.

O longo processo que se seguirá vai culminar comequilíbrio. Vamos, todos, estar atentos.

São trabalhadores aquelesque tudo deram, fizeram

e contribuíram para que o setorbancário português seja o que

hoje é; e é dos rendimentosdo trabalho que sustentam

e educam a prole. Será bomque ninguém se esqueça desta

realidade nem pense queos Sindicatos da Febase, abertos,

obviamente, à negociação, estarãodispostos a aceitar tabelas salariais

miseráveis, a trocode remunerações que fiquem ao

livre arbítrio dos empregadores

entrevistaTeixeira Guimarães:"Instituições de Crédito querem a total desregulamentação do ACT" 4

"Continuaremos muito atentos à redução de efetivos na banca"6

dossiêSindicatos contestam ação do Santander Totta 8

Tribunal declara inconstitucional corte de subsídios 10

CONTRATAÇÃO l BancaACT do setor bancário está e continuará em vigor 12

Sindicatos repudiam atitude do Governo na Parvalorem e no BPN Crédito 13

BdP: subsídios retidos não vão para a CGA 13

Febase defende manutenção dos postos de trabalho no Banif 14

Governo pretende pôr fim ao ACT no ex-IFADAP 14

Carlos Silva é candidato a secretário-geral da UGT 14

CONTRATAÇÃO l SegurosReflexos no CCT da atividade seguradora - o trabalho suplementar 15

TEMPOS LIVRES l NacionalFebase faz bis com a sua 2.ª caminhada 17

TiroMiguel Penteado é novo campeão nacional 18

FutsalNovo campeão nacional mora em Setúbal 19

PescaManuel Oliveira vence no alto mar 19

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Atualidade l SINDICALl Teixeira Guimarães

Teixeira Guimarães sobre proposta de revisão do acordo coletivo

"Instituições de Crédito querema total desregulamentação do ACT"

Face à postura negocial demonstrada nos últimos tempos,a indisponibilidade da banca para a revisão de 2012

não surpreendeu a Febase – que mantém a sua reivindicaçãode 3% de aumento salarial. Pelo contrário, a denúncia

do ACT por parte das Instituições de Crédito subscritoras foiinesperada e a Federação reage com indignação à proposta

de novo clausulado. "Demonstram o que querem parao setor e para os trabalhadores bancários: a sua total

desregulamentação", afirma Teixeira Guimarães, membrodo Pelouro da Contratação da Febase, que em entrevista faz

o balanço da situação laboral na banca. E deixa o aviso: "Nãopactuaremos com a tentativa de implementar a lei da selva"

TEXTO: ELSA ANDRADE

Revista Febase – As Instituições deCrédito já anunciaram, na sua resposta àproposta de revisão salarial, estaremindisponíveis para proceder a aumentos.Esta posição surpreendeu a Febase?

Teixeira Guimarães – Para nós, Febase,não foi uma resposta de que não estivés-semos à espera. O grupo negociador dasInstituições de Crédito (IC) desde há muitoque tem um discurso redutor em relaçãoa eventuais aumentos salariais, bemcomo em relação a alterações de clausu-lado, por mais simples que sejam, mos-

o nosso País não ficou imune. Portugalenfrenta hoje dificuldades que são detodos conhecidas, mas parece-nos a nós,representantes sindicais, que o setorbancário português tem vindo a respon-der de forma categórica aos desafios quese lhe têm apresentado. Muito dessaresposta deve-se ao esforço dos traba-lhadores – que têm sabido ultrapassar asdificuldades colocadas – mas tem mere-cido uma indiferença muito grande porparte dos responsáveis da banca, comoagora mais uma vez ficou demonstradocom a resposta à proposta sindical deatualização salarial.

P – A Febase reivindica um aumentosalarial de 3%. É uma percentagem plau-sível na atual conjuntura? Em que sebaseia?

R – Os técnicos que nos acompanharamna feitura da nossa proposta analisaramcom toda a atenção a atual conjuntura dosetor bancário português, tendo em con-ta todo o passado do mesmo e o presente,nomeadamente o facto de no último anonão se ter verificado qualquer atualiza-ção da tabela salarial do setor. A propostade tabela apresentada – 3% – pareceu-nos,e continua a parecer-nos, perfeitamenteexequível e capaz de ter por parte dos

bancos uma resposta afirmativa, assimhaja boa vontade em negociar, o que nãonos parece ser o caso.

O grupo negociador das IC (especial-mente algumas delas) continua a manterposições retrógradas em matérias nego-ciais, e num momento importante comoeste que o setor atravessa torna-se im-portante que a Associação Portuguesade Bancos (APB) se defina claramentecomo associação patronal e se sente àmesa com a Febase - Federação do SectorFinanceiro para negociar uma convençãocoletiva transversal a todo o setor bancá-rio. Só que não o quer fazer, fugindo destemodo às responsabilidades que nestemomento deveria assumir.

Febase repudia proposta

P – O ano passado os bancários nãolograram aumentos salariais. Qual a per-ceção da Febase sobre as expetativasdos bancários para este ano? Aceitarãomais um ano de perda de poder decompra?

R - A questão não passa por os bancá-rios aceitarem, ou não, mais um ano deperda de poder de compra. Os bancáriostêm demonstrado ao longo dos últimosanos serem uma classe profissional res-ponsável, têm demonstrado às respeti-vas entidades patronais o seu profissio-nalismo e vontade em "tocar o barcopara a frente" – e que resposta têmobtido? As Instituições de Crédito nadatêm respondido às solicitações dos Sin-dicatos e dos bancários, mantendo-seindiferentes às mesmas.

P – Que medidas pensa a Federaçãoadotar em resposta à indisponibilidadenegocial das IC?

R – Neste momento nada posso adian-tar quanto à posição que possa ser assu-mida pela Febase, pois está já marcadauma reunião do seu Secretariado Nacio-nal para analisar a proposta. Mas possodesde já afirmar que a proposta apre-sentada pelas IC vai merecer, com todaa certeza, o repudio desta Federação,como já mereceu de todos os trabalha-dores bancários nossos associados, que

todos os dias nos demonstram, de diver-sas formas, o seu descontentamentoquer quanto a esta proposta, quer quan-to à sua situação profissional.

P – Tendo já passado metade do ano,poder-se-á dizer que o processo de revi-são salarial inicia-se tardiamente. A quese deve essa eventual demora?

R – Poder-se-á colocar essa questão,mas há que lembrar que só recentemen-te foi encerrado o processo negocialreferente ao ano de 2011 – e embora nãotenha havido acordo na tabela salarialhouve clausulado aprovado e publica-do, pelo que este foi o timing que achá-mos certo para propor as alteraçõessalariais, não resultando deste factoqualquer prejuízo para os trabalhadoresdado o facto de a tabela, a ser acordadaqualquer alteração, ter sempre efeito a1 de janeiro.

"Proposta das IC é vergonhosa"

P – As IC subscritoras do ACT denuncia-ram o acordo. Qual a posição da Febase?

R – Há muito que vínhamos demons-trando junto do grupo negociador dasInstituições de Crédito – dada a suaanunciada vontade de proceder a atua-lizações no Acordo Coletivo de Trabalhodo Sector Bancário – que estaríamosdisponíveis para nos sentarmos à mesapara negociar, com regras e dentro deum espírito de boa-fé negocial, pois outraposição não poderiam pedir-nos. Sem-pre o dissemos e mantemos: estamosdisponíveis para negociar, mas não pac-tuaremos com a tentativa de imple-mentar a "lei da selva" na banca, comojá hoje vai acontecendo, apesar da ten-tativa por parte dos Sindicatos de que talnão aconteça.

P – Quais as propostas mais gravosaspara os trabalhadores constantes do novoacordo coletivo proposto pelas IC?

R – A proposta que nos foi apresentada,na sua totalidade, não é gravosa para ostrabalhadores bancários. Ela é, sim, ver-gonhosa para as Instituições de Créditoque a apresentam, pois finalmente de-monstram o que querem para o setor epara os trabalhadores bancários: a suatotal desregulamentação. Numa alturaem que muito se fala de diálogo social, deresponsabilidade social das empresas, aproposta apresentada pelo grupo ne-gociador é uma total afronta aos traba-lhadores bancários e às suas organiza-ções sindicais. Mas estamos certos quetodos, em unidade, saberemos dar a res-posta que esta proposta merece.

Ataque aos bancários

P – A Febase poderá aceitar o fim dosautomatismos do ACT, como reivindi-cam as IC?

R – Não se trata, neste momento, deaceitar este ou aquele clausulado, estaou aquela alteração. Temos de olhar aproposta como um todo, e como taltrata-se de um ataque aos bancários,apresentada num momento em que osetor precisa de tranquilidade e não deagitação.

A Febase e os Sindicatos que a com-põem têm demonstrado ao longo dostempos serem capazes de ultrapassaros desafios que lhes são colocados,tomando posições responsáveis e ca-pazes de defender os interesses dostrabalhadores e, também, dos bancos –como ainda recentemente aconteceunum processo que se perspetivava con-flituoso e potenciador de graves confli-tos e no qual, de forma responsável, foipossível obter um acordo que, estamoscertos, garantiu largas centenas depostos de trabalho.

Não esperávamos qualquer gratidãopor tal ter acontecido, mas esperamose exigimos, dos responsáveis dos ban-cos, respeito pelos Sindicatos e pelostrabalhadores bancários, que tudo têmfeito para o sucesso que a banca emPortugal obteve nos últimos anos, eque pelo mesmo foi reconhecido – reco-nhecido o êxito, não o esforço dos tra-balhadores bancários para tal.

Mas respondendo à questão, temos jáassinadas convenções em que os "auto-matismos" a que se refere não existem eos trabalhadores abrangidos por essasconvenções sentem-se confortáveis e não

trando-se sempre indisponível para pro-ceder a alterações do mesmo.

P – A Federação aceita a argumentaçãoapresentada, nomeadamente a "situaçãoeconómica" e os "condicionalismos nega-tivos que se perspetivam para o setor"?

R – Não se trata de aceitar ou não certoscondicionalismos que a banca ou o gruponegociador tem colocado em cima damesa aquando das negociações, salariaisou não. Todos sabemos as dificuldadesque a Europa atravessa, situação à qual

P – Nas restantes mesas em que a Febase ésubscritora de convenções, em que ponto estão osprocessos negociais?

R – Até agora, quer a Caixa Geral de Depósitos, asempresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos e oBanco de Portugal, baseados nos constrangimentosdecorrentes da aprovação do Orçamento do Estado,transmitiram à Febase a sua total indisponibilidadepara procederem a qualquer aumento salarial em2012.

Já o Banif, as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo eo Banco BIC SA informaram que acompanharão oque for decidido em sede de APB, aguardando-seneste momento qual a posição que virá a serassumida pelo Banco Comercial Português, que atéeste momento não respondeu à nossa proposta.

Todos à espera da APB

As Instituições de Créditonada têm respondido àssolicitações dos Sindicatose dos bancários, mantendo-seindiferentes às mesmas

entrevista

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 17 de julho 2012 ––––– 54 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 17 de julho 2012

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Atualidade l SINDICALSINDICAL l Atualidade l Teixeira Guimarãesentrevistasão minimamente prejudicados pela exis-tência de clausulado diferente daqueleque existe no Acordo Coletivo de Traba-lho do Sector Bancário.

P – E como reage a Federação à pro-posta das IC de as compensações fica-rem exclusivamente no âmbito de cadabanco e dependentes unicamente doscritérios de gestão de cada empresa,excluindo essas matérias do ACT?

R – Essa é a prova provada daquiloque pretendem as Instituições de Cré-dito, ou pelo menos algumas: quefique ao seu livre arbítrio a formacomo pretendem "compensar" os seustrabalhadores pelo trabalho que de-

P – Os sindicatos da Febase têm estadosob pressão face a situações inusitadas quetêm surgido, como a questão do pagamen-to dos 13.º e 14.º meses. Que balanço épossível fazer das negociações desenvolvi-das para resolução desses problemas?

R – Infelizmente também nesta matériaa banca não demonstrou vontade de nego-ciar com os Sindicatos o que quer que seja.A base de negociação só poderia ser a de

Processos têm sido pacíficos

"Continuaremos muito atentos à redução de efetivos na banca"

mente a questão da isenção de horá-rio, cujo valor vai ser substancialmen-te reduzido por força da entrada emvigor do novo Código do Trabalho?

R – A questão do Código do Trabalho(CT), com a última alteração sofrida,coloca outras questões nas relaçõeslaborais.

O valor a pagar pelas isenções dehorário de trabalho sofre substancialredução com o novo CT, sendo maisuma vantagem para os bancos, quedesta forma veem substancialmentereduzidos os custos do trabalho. Mas háque lembrar que a introdução das isen-ções de horário nas diversas conven-ções existentes no setor bancário ti-

nham inicialmente uma função, funçãoessa que a banca ao longo dos anos foidesvirtuando, transformando-as numcomplemento remuneratório, ficandoem alguns casos mais barato aos ban-cos atribuir isenções do que pagar ho-ras extraordinárias. Nesta matéria abanca vai ganhar muitos milhões deeuros, e os Sindicatos pouco podemfazer quanto a esta matéria, pois talmudança decorre de alteração legisla-tiva, legislação essa à qual as conven-ções coletivas terão de se adaptar.

P – Um total desentendimento entreas partes poderá levar à caducidade doACT, ficando os trabalhadores abrangi-

dos apenas pelas normas do Código doTrabalho. De que forma esta situaçãopoderá pesar na posição negocial daFebase?

R – Nesta matéria o Código do Traba-lho é claro no seu artigo 501.º, quandodiz que "a cláusula da convenção quefaça depender a cessação da vigênciadesta da substituição por outro instru-mento de regulamentação coletiva detrabalho caduca decorridos cinco anossobre a verificação de um dos seguin-tes factos: a) última publicação inte-gral da convenção; b) denúncia da con-venção; c) apresentação de propostade revisão da convenção que inclua arevisão da referida cláusula".

Mas ao responder desta forma nãose pode inferir que a Febase e os Sin-dicatos que a compõem pretendemprotelar no tempo a resolução dasnegociações. Não foi nunca essa anossa posição, sempre estivemos dis-poníveis para negociar e neste mo-mento já estamos a preparar a respos-ta adequada a esta posição dos ban-cos. A nossa proposta será apresenta-da dentro dos prazos legais para, apartir daí, iniciarmos as negociações.E não havendo acordo nas negociaçõesexistem outros procedimentos legaisque poderão ser utilizados, como se-jam a conciliação, mediação ou arbi-tragem.

que a banca deve pagar os 13.º e 14.ºmeses aos seus trabalhadores, pelo quenão nos restou outra solução que não fosseo recurso aos tribunais. Assim, posso di-zer-lhe que neste momento se encontramem tribunal processos contra a Caixa Geralde Depósitos, IFAP e Direção-Regional deAgricultura e Pescas (DRAPs).

Aguardamos ainda a posição do Bancode Portugal relativamente aos seus traba-lhadores na situação de reforma para de-cidirmos se, também neste caso, os Sindi-catos recorrem ou não aos tribunais. Te-mos tido sobre esta matéria uma posiçãomuito clara, e dela não abdicamos – ostrabalhadores têm direito ao pagamentodos dois meses que lhes foram retirados,e tudo faremos para que os recebam.

Não renovação de contratos a termo

P – Do ponto de vista laboral, o setorbancário vive um momento conturbado,com encerramento de balcões e anúnciode redução de efetivos. Qual a posição daFebase na proteção dos trabalhadores atin-gidos: defesa dos postos de trabalho ounegociação de rescisões?

R – Até este momento todo o processoa que se refere tem decorrido de formaperfeitamente pacífica, e assim julgamosque continuará a acontecer.

Tivemos o problema do Montepio Geral,que afetou unicamente os associados doSindicato dos Bancários do Norte, proces-so que numa primeira fase decorreu deforma algo tumultuosa por falta de vonta-de de diálogo da administração do Monte-pio. Mas, embora não se encontrando

ainda totalmente encerrado, foi possívelposteriormente encontrar uma soluçãonegociada, que, repito ainda não conside-ramos encerrada.

Tivemos recentemente as rescisões vo-luntárias e negociadas por parte do Bar-clays, que talvez por se tratar de um bancocom administração estrangeira decorreude forma exemplar – e, face ao númeroelevado de trabalhadores que a este planoaderiu, eventualmente com boas condi-ções negociais. Não podemos deixar semreparo a posição do Barclays, que antes deavançar para o processo de rescisões infor-mou os Sindicatos da sua vontade, dotan-do-nos sempre de informação quanto àforma como o mesmo decorria. Alguémouviu algum ruído quanto à forma comotodo o processo se desenrolou?

Até este momento a redução de efeti-vos tem acontecido com reformas anteci-padas, algumas rescisões de contratonegociadas e, na sua esmagadora maio-ria, através da não renovação dos contra-tos a termo, que atinge a faixa mais jovemde trabalhadores da banca. Mas conti-nuaremos a prestar toda a atenção a estamatéria, dada a delicadeza da mesma e asquestões sociais que envolve.

IC não devempenalizar trabalhadores

P – Na perspetiva da Febase, a maioriadas IC tem capacidade para acomodar adiminuição do negócio sem recorrer adispensa de trabalhadores?

R – Como todos sabemos, a crise que oMundo atravessa tem a sua origem bem

definida e não há como escondê-lo: na suagénese tem estado o setor bancário, no-meadamente o norte-americano. Há atéum livro cuja leitura aconselho vivamen-te, da autoria de Marc Roche, correspon-dente financeiro do Jornal "Le Monde"naCity de Londres, intitulado "O Banco –Como o Goldman Sachs Dirige o Mundo" eque, de forma clara, nos dá uma imagemdo que aconteceu e, mais importante, doque acontece atualmente.

Temos também palavras proferidas ain-da recentemente pelo governador do Ban-co de Portugal, Dr. Carlos Costa, bem comopelo presidente da Associação Portuguesade Bancos (APB), Dr. Faria de Oliveira,todas elas elogiosas para o setor bancárioportuguês e para a forma como tem ultra-passado todas as vicissitudes que enfren-tou nos últimos tempos.

Também sabemos que alguns bancosrecorreram ao apoio dos dinheiros da troi-ka para se recapitalizarem, atingindo des-sa forma os objetivos de capital impostospor Basileia III e exigidos pelo Banco dePortugal e pela troika, mas tal apoio nãopode servir, nunca, para despedir traba-lhadores.

Em suma, acho que o sector bancáriotem capacidade para resistir às dificulda-des por que momentaneamente atraves-sa e todos teremos que aprender com acrise que atravessamos, de modo a quepossamos sair dela mais reforçados e nãorepetindo os erros do passado.

P – Como é que a Febase classifica aposição das IC face à atual situação dabanca?

P – As consequências da crise são especialmente gravo-sas para os trabalhadores. Na atual conjuntura, os Sindi-catos têm força e apoio das bases suficientes para desen-cadearem a resposta necessária à ofensiva das IC, quer noque diz respeito à salvaguarda de postos de trabalho querem matéria salarial e de defesa do ACT?

R – Há quem, muito mais importante do que eu, diga quealturas de crise são alturas de novas oportunidades, assimsaibamos aprender com os nossos erros para que possa-mos corrigi-los no futuro. Esta crise, originada por uns, estáa ser paga por outros, que nenhuma culpa tiveram namesma.

Os trabalhadores portugueses em geral, e os bancáriosem particular, têm sentido bem isso no seu quotidiano ena fatura mensal que lhes tem sido apresentada e têmcontinuado a responder com o seu trabalho para vencer acrise, e desta forma salvaguardarem os seus postos detrabalho.

Também é isso que acontece no setor bancário, querquanto a trabalhadores, quer quanto à Febase, que temsabido responder de forma clara aos desafios que se lhetêm apresentado. Os sindicatos têm sempre a força que osseus associados, em cada momento, lhes querem dar.

A proposta que o grupo negociador das Instituições deCrédito apresentou para negociação deve fazer-nos pen-sar, a todos, sobre o que eventualmente estará por trás damesma.

Há por isso que acompanhar com todo o cuidado eatenção as negociações que se irão desenrolar e, estamoscertos disso, os trabalhadores bancários e os seus Sindica-tos – Sindicato dos Bancários do Centro, Sindicato dosBancários do Norte e Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas– e a Febase – Federação do Sector Financeiro saberão dara resposta adequada a esta proposta de algumas Institui-ções de Crédito, que deveria envergonhá-las, pois julgáva--mos que teriam mais respeito e consideração pelostrabalhadores bancários, que tudo têm feito para que osbancos sejam o que são em Portugal.

sempenham. Pretenderão, eventual-mente, a existência de uma tabelasalarial com baixas remunerações,deixando que incentivos e outras for-mas atípicas de remuneração passema ser a prática, lançando desta formaa divisão entre trabalhadores, comojá hoje acontece com a atribuição degratificações e comparticipação noslucros. Também aqui fica provado oque alguma banca pretende ao apre-sentar esta proposta.

Resposta a ser preparada

P – A Febase tomará a iniciativa dedebater outros assuntos, nomeada-

Os Sindicatos têm a forçados seus associados

R – Tenho alguma dificuldade em respon-der à pergunta, porque temos ouvido daparte dos responsáveis discursos que, se nãocontraditórios, pelo menos não coinciden-tes. Ouvimos os primeiros responsáveis dosbancos – os seus presidentes – transmitiremserenidade e confiança no futuro; igual discur-so ouvimos ao Presidente da APB (no-meadamente no "Jornal de Notícias" de 30de junho), bem como ao governador doBanco de Portugal, nas diversas interven-ções públicas que tem tido ultimamente.

Já nas reuniões de negociações quemantemos com os representantes dosbancos ouvimos outro tipo de discurso,não coincidente com o dos seus adminis-tradores – e este é que é o problemaprincipal para os Sindicatos, para o qual hámuito chamamos a atenção.

É cada vez mais importante que a Asso-ciação Portuguesa de Bancos se assumacomo associação patronal, e se sente àmesa com a Febase para negociar umcontrato coletivo de trabalho para todo osetor bancário, acabando-se de vez comesta aberração negocial que é o gruponegocial das Instituições de Crédito. Todosteremos a ganhar com isso!

A redução de efetivos temacontecido com reformasantecipadas, algumas rescisões decontrato negociadas e, na suaesmagadora maioria, através da nãorenovação dos contratos a termo,que atinge a faixa mais jovem detrabalhadores da banca

Teixeira Guimarães no terreno,durante a luta do Montepio

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 17 de julho 2012 ––––– 76 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 17 de julho 2012

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SINDICAL l Atualidade Atualidade l SINDICAL Diferendo Sindicatos/BST

OBanco Santander Totta (BST) foiuma das instituições de créditoque este ano contestou o paga-

mento dos subsídios de férias e deNatal aos reformados e pensionistasintegrados na Segurança Social (SS) enunca inscritos na CAFEB, conformeestá previsto no ACT, com base nas

Sindicatos contestam ação do Santander Totta

Parecer defende pagamento dos 13.º e 14.º meses aos reformadosO Santander Totta colocou

uma Ação com processodeclarativo especial

de interpretação de cláusulasdo ACT contra os três

Sindicatos dos Bancáriose a Febase. Federação

e sindicatos contestarama ação com base no parecerdo professor Pedro Romano

Martinez, que considera estaro banco obrigado

ao pagamento dos 13.ºe 14.º meses aos reformados.O processo corre no Tribunal

de Trabalho de Lisboa

medidas do Orçamento do Estado para2012 que impedem o pagamento aostrabalhadores da função pública e aospensionistas do regime geral e da Cai-xa Geral de Aposentações daquelasprestações.

O Santander Totta tem atualmente um universo de 2.960 reformados ou beneficiários depensões de invalidez e sobrevivência que auferem pensões do regime geral de SegurançaSocial.

Trata-se de antigos trabalhadores do banco ou das Instituições de Crédito que lhe deramorigem, bem como das respetivas famílias. Estas pensões – por velhice, invalidez ousobrevivência – são calculadas e pagas de acordo com as regras do regime geral.

No entanto, no caso de 1.690 daqueles pensionistas, o valor da pensão que auferem daSegurança Social é inferior ao montante que receberiam se estivessem integrados no regimeprevidencial constante dos acordos coletivos de trabalho vigentes no setor, pelo que o bancoassume o pagamento da pensão designada no ACT por "invalidez presumível", (invalidez ousobrevivência, conforme os casos), calculada nos termos constantes nas convençõescoletivas.

A pensão por "invalidez presumível" corresponde à diferença entre o montante da pensãoque seria atribuída de acordo com o regime do ACT e o da pensão do regime geral daSegurança Social.

Assim, em 2012 o Santander deve pagar ao conjunto dos 1.690 pensionistas, a título depensão por "invalidez presumível", um total de 8.520.708 euros.

Complementos custam ao BST oito milhões

O banco acabou por pagar aquela pres-tação em abril, mas em moldes distintosdos assumidos até agora.

Para o efeito calculou o valor corres-pondente a 12 meses de pensão pagapela Segurança Social (ou seja, às 14prestações anuais deduziu duas, uma vezque as correspondentes às férias e Natalnão são pagas este ano pela SS). O valorassim apurado foi comparado com o re-sultante da aplicação do ACT mas combase na retribuição anual, corresponden-te a 14 mensalidades.

Nos casos em que este segundo valor(ACT) é superior, o BST dividiu a diferen-ça por dois e apurou o valor do subsídiode férias que veio a pagar em abril (aoutra parte corresponde ao Natal), sob"protesto".

Os sindicatos discordaram da interpre-tação que o banco fez das normas do ACTe o Santander Totta avançou com umaAção com Processo Declarativo Especialde Interpretação de Cláusulas do AcordoColetivo de Trabalho (ACT), na qual sãoréus os três Sindicatos dos Bancários –SBC, SBN e SBSI – e a Febase.

Em causa está a interpretação dascláusulas 136.ª e 137.ª do ACT, quedizem respeito ao pagamento dos 13.ºe 14.º meses. Pretende-se assim que ojuiz se pronuncie sobre se o pagamentodestas prestações é devido – por forçada própria convenção coletiva – inde-pendentemente de a Segurança Socialpagar, ou não, aos reformados e pensio-nistas tais prestações, parcialmente oupor inteiro.

Ou seja, se o banco é obrigado a pagarpela totalidade os 13.º e 14.º meses em

Para a Febase, o Santander Totta, ao lançar agora dúvidas sobre a interpre-tação do ACT, põe em causa princípios essenciais que existem há décadasentre os negociadores da convenção coletiva, como sejam o da confiança eo do respeito mútuo.

É que, desde logo, não faz sentido a via judicial adotada pelo banco, quandoo próprio ACT prevê o recurso a uma comissão paritária com competência parainterpretar as disposições da convenção coletiva e integrar as suas lacunas.

Para a Federação, o Santander Totta visa, com esta ação, a usurpação dodireito dos trabalhadores às pensões ou complementos de pensão.

Banco desrespeita boa-fé negocial

dossiê

Então, ainda o Santander não punha em causa o direito dos reformados aos subsídios

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TEXTO: INÊS F. NETO

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SINDICAL l Atualidadedossiê

O Tribunal Constitucional pronunciou-se pela inconstitucionalidade do corte dos 13.º e 14.ºmeses dos trabalhadores do setor público e reformados da Segurança Social. Dada aimportância da decisão, a "Febase" publica o comunicado daquele órgão de soberania:

Na sessão plenária de 5 de julho, o Tribunal Constitucional aprovou o Acórdão n.º 353/12que julgou o pedido de declaração de inconstitucionalidade das normas constantes dos artigos21.º e 25.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro (Lei do Orçamento do Estado para 2012).

Pelas referidas normas foi suspenso o pagamento dos subsídios de férias e de Natal, ou dequaisquer prestações correspondentes aos 13.º e, ou, 14.º meses, quer para pessoas queauferem remunerações salariais de entidades públicas, quer para pessoas que auferempensões de reforma ou aposentação através do sistema público de Segurança Social, duranteos anos de 2012, 2013 e 2014.

O Tribunal verificou que esta medida se traduzia numa imposição de um sacrifício adicionalque não tinha equivalente para a generalidade dos outros cidadãos que auferem rendimentosprovenientes de outras fontes, tendo concluído que a diferença de tratamento era de tal modoacentuada e significativa que as razões de eficácia na prossecução do objetivo de redução dodéfice público que fundamentavam tal opção não tinham uma valia suficiente para a justificar.

Por isso entendeu que esse diferente tratamento a quem aufere remunerações e pensõespor verbas públicas ultrapassava os limites da proibição do excesso em termos de igualdadeproporcional.

Apesar de a Constituição não poder ficar alheia à realidade económica e financeira, sobretudoem situações de graves dificuldades, ela possui uma específica autonomia normativa queimpede que os objetivos económico-financeiros prevaleçam, sem qualquer limites, sobreparâmetros como o da igualdade, que a Constituição defende e deve fazer cumprir.

Por estas razões, o Tribunal concluiu que a dimensão da desigualdade de tratamento queresultava das normas sob fiscalização, ao revelar-se manifestamente desproporcionadaperante as razões que a fundamentavam, se traduzia numa violação do princípio da igualdade,consagrado no artigo 13.º, da Constituição, pelo que declarou inconstitucionais as normasconstantes dos artigos 21.º e 25.º, da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro (Lei do Orçamentodo Estado para 2012).

Atendendo a que a execução orçamental de 2012 já se encontra em curso avançado, oTribunal reconheceu que as consequências desta declaração de inconstitucionalidade,poderiam colocar em risco o cumprimento da meta do défice público imposta nos memoran-dos que condicionam a concretização dos empréstimos faseados acordados com a UniãoEuropeia e o Fundo Monetário Internacional, pelo que restringiu os efeitos da declaração deinconstitucionalidade, nos termos permitidos pelo artigo 282.º, n.º 4, da Constituição, não osaplicando à suspensão do pagamento dos subsídios de férias e de Natal, ou quaisquerprestações correspondentes aos 13.º e, ou, 14.º meses, relativos ao ano de 2012.

A decisão foi tomada por maioria.

Tribunal declara inconstitucionalcorte de subsídios

obediência à convenção coletiva, mes-mo no caso de a Segurança Social nadapagar. Isto é, saber se o que está estipu-lado na convenção coletiva se impõequanto a tais prestações, independente-mente das vicissitudes que ocorram noâmbito da Segurança Social.

E, por fim, está ainda em causa saber seé aceitável falar-se em transferência deencargos para o banco (terceiro), pelofacto de o Estado ter suspendido o paga-mento destas prestações aos reforma-dos e pensionistas por contraponto àobrigação desse pagamento constanteda convenção coletiva. Ou seja, se estaobrigação de caráter contratual, aindaassim, terá de permanecer.

Essa ligação entre o ex-Banco Totta e asua Caixa de Previdência implicava que obanco recebesse diretamente da Caixa osvalores devidos aos reformados, credi-tando-os posteriormente.

Por outro lado, sempre o ex-Totta e oatual BST suportaram integralmente osvalores das pensões de reforma dos seustrabalhadores – incluindo o pagamentodo subsídio de Natal e do 14.º mês – noscasos de reformas antecipadas por acor-do (antes dos 65 anos), independente-mente desses trabalhadores ainda nãoestarem reformados pela Caixa de Previ-dência e nada receberem desta.

Não há causa para dúvidas

Mais tarde, a Caixa de Previdência da Cufe Empresas Associadas foi integrada noregime geral da Segurança Social, o queem nada não alterou os procedimentos dobanco nem os direitos dos trabalhadores.

Por outro lado, quando as partes outor-gantes da convenção coletiva de 1978 acor-daram os termos da cláusula 131.ª preten-deram evitar que os trabalhadores bancá-rios em situação de reforma pudessemacumular essa pensão com outra recebidada Segurança Social que decorresse domesmo tempo de serviço no banco.

Ou seja, sempre foi intenção das partesque o direito à pensão de reforma – emque se inclui o subsídio de Natal e 14.ºmês – emergisse da convenção coletiva,podendo haver apenas um mero encon-tro de contas com os valores eventual-

mente pagos pela Segurança Social.É entendimento dos sindicatos que o

direito à pensão de reforma, incluindo osubsídio de Natal e o 14.º mês, sempre foiconsiderado um direito autónomo, emer-gente do Instrumento de Regulamenta-ção Coletiva de Trabalho (IRCT), sendo areferência aos valores a pagar pela Segu-rança Social meramente instrumentalpara não ocorrer sobreposição.

O banco foi sempre um dos subscrito-res, sem qualquer reserva, dos IRCT dosetor bancário e nunca contestou estainterpretação – até agora, em que pedeque o Tribunal interprete as cláusulas136.ª e 137.ª do ACT.

Refira-se ainda que até agora o bancoteve sempre encargos bem menores comos seus trabalhadores do que a restantebanca, obrigada a suportar na íntegra osvalores das pensões de reforma, bemcomo do subsídio de Natal e do 14.º mês.

Mantém-se obrigaçãode pagamento

Os sindicatos entendem que as medi-das da Lei do Orçamento do Estado para2012 (LOE) que suspendem os subsídiosde Natal e de férias durante a vigência doPrograma de Ajustamento Económico eFinanceiro (PAEF) se aplicam a trabalha-dores e reformados apenas do setor pú-blico, com exceção das situações em queIRTC estipule o contrário.

Ou seja, com esta medida excecionalde estabilidade orçamental ocorre uma

Com base no parecer dos especialistasem Direito do Trabalho Prof. Dr. PedroRomano Martinez e do Mestre Luís Gon-çalves da Silva – os Sindicatos defendema interpretação de que a convenção cole-tiva determina que as Instituições deCrédito subscritoras assumiram uma dí-vida e continuam obrigadas ao seu cum-primento: o pagamento da diferença en-tre o montante das prestações pagaspelo regime da Segurança Social e as quesão pagas por si.

Por outro lado, na sua qualidade degarantes – quer por efeito da assunção dedívida quer nos termos consagrados non.º 3 da Cláusula 136.ª – e apesar dodisposto na Lei do Orçamento do Estado

(LOE), as Instituições de Crédito devemefetuar o pagamento integral das presta-ções sociais, pois não houve extinção dosdireitos dos beneficiários e das correspe-tivas obrigações por parte da SegurançaSocial.

Logo, a pretensão do Santander Tottaradica em dúvida que agora lhe interessacolocar, quando deveria preocupar-se empagar o que é devido aos seus reformadose pensionistas, concluem os Sindicatos.

Razões históricasdos trabalhadores do ex-Totta

O ex-Banco Totta fazia parte do entãochamado Grupo Cuf, que tinha uma cai-xa de previdência própria, a Caixa dePrevidência da CUF e Empresas Associa-das, que abrangia todos os seus traba-lhadores e empresas – entre os quais osdo ex-Banco Totta.

Ao contrário do que acontecia na res-tante banca, o ex-Totta e os seus traba-lhadores descontavam para aquela caixade previdência, o primeiro enquanto en-tidade patronal e os segundos como be-neficiários. Por isso, quando qualquertrabalhador do banco era colocado nasituação de reforma tinha direito à pen-são que lhe competisse de acordo com aconvenção coletiva, ficando o banco obri-gado, de acordo com a convenção, agarantir sempre tal pagamento pela to-talidade, independentemente do valorque esse trabalhador viesse a receber daCaixa.

paralisação temporária do pagamentodaquelas prestações e não a sua extin-ção – só nessa eventualidade termina-riam os direitos dos beneficiários e ascorrespetivas obrigações da SegurançaSocial.

Por outro lado, os sindicatos alegam queaquela medida não tem o intuito de abran-ger as convenções coletivas em geral,impedindo os empregadores de pagaremos 13.º e 14.º meses aos seus reformadose pensionistas. Logo, a norma legal não édesrespeitada pela manutenção da posi-ção de garante das Instituições de Créditoconstante na convenção coletiva.

E, na qualidade de garantes de umadívida por si assumida, as Instituições deCrédito devem continuar a efetuar o pa-gamento das prestações sociais a que sevincularam no ACT.

Por razões históricas e até ao passadorecente, os benefícios de natureza previ-dencial assim consagrados eram substi-tutivos dos proporcionados pelo sistemapúblico de Segurança Social.

Para os sindicatos, a cláusula 136.ª, n.º1 do ACT deve ser interpretada no sentidode continuar a ser devido aos reformadose beneficiários da pensão de sobrevivên-cia integrados no regime geral da Segu-rança Social o valor dos subsídio de Natale do 14.º mês (mensalidades previstas nacláusula 137.ª), independentemente de aSegurança Social ter, ou não, esse paga-mento suspenso na sua totalidade ouparcialmente devido à Lei do Orçamentodo Estado para 2012.

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CONTRATAÇÃO l Banca Banca l CONTRATAÇÃO

IC apresentam proposta minimalista

ACT do setor bancário está e continuará em vigor

AFederação desafia as Instituiçõesde Crédito a sentarem-se à mesacom abertura suficiente para mo-

dernizar o ACT, sem porem em causa asaspirações e expetativas dos bancários.

O pelouro da Contratação da Febaseestá a analisar cuidadosamente a pro-posta de convenção coletiva apresenta-da pelas IC e a preparar a sua contrapro-posta.

Esta é a primeira vez, recorde-se, queuma das partes faz a denúncia do ACT.

A "Revista Febase" publica, na íntegra,o comunicado da Federação, do passadodia 5:

ACT do setor bancárioestá e continuará em vigor

Como não transcorreram 5 anos, nostermos da lei, desde qualquer denúnciada convenção ou de proposta de revisãodo n.º 6 da cl.ª 3.ª do ACT, que mantém emvigor o ACT até ser substituído por outro,nem sobre a última publicação integraldo ACT (que ocorreu em 22-01-2011),existe um relativo longo prazo de sobre-vigência da convenção atual para permi-tir, o que desejamos, a negociação de umacordo entre as partes ou a sua obtençãopelas vias normais de resolução de con-flitos que a lei prevê.

Em resposta à proposta da Febase derevisão da tabela salarial, recebemosdo grupo negociador representante dasatuais IC subscritoras do ACT do setorbancário a denúncia global do mesmo,contrapropondo, em matéria salarial, amanutenção dos valores em vigor, ouseja, pelo segundo ano consecutivo, aexemplo do que se passa no setor públi-

A proposta de novoclausulado do ACTapresentada pelas

Instituições de Crédito apósa denúncia da convençãocoletiva é uma tentativa

de impor no setor uma totaldesregulamentação,

considera a Febase

co, não se verificariam quaisquer au-mentos.

Quanto à denúncia do ACT, tal comoinformámos, estamos a preparar a res-posta, ponto por ponto, para posterior-mente darmos início ao processo nego-cial que se prevê longo e difícil. Longo,porque abrange a totalidade do clausu-lado. Difícil, porque a proposta apresen-tada pretende alterar profundamente oACT em vigor.

A proposta dessas IC pretende:- Acabar para o futuro com as promo-

ções por antiguidade e mérito, diutur-nidades e prémio de antiguidade;

- Fazer depender das decisões decada instituição a criação de funçõesespecíficas e de carreiras profissionais,bem como o valor dos subsídios infantile estudo aos filhos dos trabalhadores eos valores do crédito à habitação;

- Submeter exclusivamente à lei ge-ral – o Código do Trabalho (CT) em vigor–, matérias como direitos e deveres dasIC e dos trabalhadores, mobilidade geo-gráfica (transferências), intervalos dedescanso, isenções de horário, traba-lho noturno e por turnos, trabalho su-plementar, descanso semanal, feria-dos (exceto véspera de Natal), etc.,limitando-se, em muitos casos, pura esimplesmente a transcrever as disposi-ções legais;

- Regular o exercício da atividadesindical nas empresas, tal como estáatualmente consagrada, para as dispo-sições restritivas do CT, mas que omesmo faz depender da contrataçãocoletiva;

- Alterar a base de incidência para ocálculo da isenção de horário de traba-lho, do trabalho noturno e do trabalhosuplementar (valores que já vão sersubstancialmente reduzidos por forçadas recentes alterações ao CT);

- Congelar o subsídio de almoço diá-rio, apresentando como valores a pra-ticar os que são pagos aos funcionáriospúblicos;

- Acabar com a obrigatoriedade decada instituição adiantar a pensão acargo da Segurança Social e, na situa-ção de doença, a exemplo da SegurançaSocial pagar apenas as prestações aque o trabalhador atualmente tem odireito a partir do 4.º dia de ausência aoserviço.

Como supostas contrapartidas pro-põem:

- Manter, em geral, o horário detrabalho diário e semanal de 7 horas e35 horas, respetivamente; pretendem,no entanto, introduzir o regime de adap-tabilidade nos termos da lei (máximo12 horas diárias e 60 horas semanais).Por outro lado, o horário pode ser fixadoentre as 8h00 e as 20h00;

- Respeitar os 25 dias úteis de férias;- Manter o valor das diuturnidades já

vencidas, bem como o valor da isenção,nos termos da lei, acréscimo a título defalhas ou subsídio de turno;

- Pagar aos trabalhadores que estão naexpetativa de receber mais diuturnida-des um suplemento correspondente amais uma, de valor proporcional aos anosdecorridos entre o vencimento da últimae a data da entrada em vigor do novo ACT;

- Atribuir um prémio de antiguidadede valor correspondente ao que o tra-balhador receberia se se reformassenessa data, nos termos da cl.ª 150.ª doACT em vigor;

- Substituir o atual regime de contri-buições para os SAMS, a cargo das en-tidades patronais, propondo-se pagarum valor mensal (100•) por cada traba-lhador ou reformado, independente-mente da retribuição que estes aufi-ram; refira-se que esta ideia de umvalor "per capita" é uma já velha reivin-dicação dos sindicatos da Febase.

Febase desafia ICpara negociação séria

Desta análise, forçosamente sintéti-ca (há várias outras propostas de redu-ção e/ou eliminação de normas do ACT),podemos concluir que a Banca preten-de impor no setor uma total desregula-mentação.

Os sindicatos da Febase tudo farãopara impedir a concretização de taisobjetivos.

E desafiamos as Instituições de Cré-dito a sentarem-se à mesa com abertu-ra suficiente para modernizar o ACT,sem no entanto porem em causa asjustas aspirações e expetativas dosbancários que representamos.

Os trabalhadores podem contar con-nosco. Nós contamos com eles. Só juntosconseguiremos vencer este confronto.

Por solicitação dos Sindicatos daFebase, realizou-se dia 11 umareunião com a secretária de Esta-

do do Tesouro e Finanças, com o obje-tivo de debater os problemas laboraisque decorrem ainda da privatização doBPN. É o caso da situação dos trabalha-dores da Parvalorem, empresa sob tu-tela do Estado para onde foram transfe-ridos os trabalhadores que não transi-taram para o BIC e do BPN Crédito.

As questões colocadas pelos Sindi-catos prenderam-se primordialmentecom a manutenção do emprego e como cumprimento do ACT, aplicável atodos os trabalhadores deste univer-so.

Nesse sentido, os Sindicatos exigi-ram, entre outras matérias, o cumpri-mento da majoração salarial a que ostrabalhadores têm direito por força dasua integração no regime geral da Se-gurança Social, o que não está a acon-tecer.

Perante a confirmação pela gover-nante de que a Parvalorem vai ser extin-ta – transferindo a gestão de ativos parauma entidade externa a ser selecionadaatravés de concurso público –, os Sindi-catos da Febase manifestaram a suaindignação por tal opção do Governo,que consideraram inadmissível.

Os Sindicatos lembraram à secretá-ria de Estado que há matérias decorren-

tes do ACT que têm de ser tidas emconta no futuro, nomeadamente o regi-me de crédito à habitação – que, comoresulta do IRCT em vigor, é mantido emcaso de despedimento coletivo – e dei-xaram muito claro que em caso algumabdicarão de fazer valer os direitos dostrabalhadores. A governante adiantouque se essa é a lei, o Estado cumpre alei e por isso irá reanalisar essa ques-tão.

Rescisões amigáveis

Face a estes cenários – que repudiamtotalmente – os Sindicatos defenderama manutenção dos postos de trabalho einstaram a representante do governo aaplicar o regime de reformas antecipa-das, evitando assim o despedimentocoletivo.

As propostas de rescisões amigá-veis, se outra situação não for encon-trada, frisaram os Sindicatos, devemter em conta o facto de se estar peranteuma instituição de um setor onde ostrabalhadores têm direito a um serviçode assistência médica próprio e normasdistintas no crédito à habitação, bemcomo outras especificidades.

A secretária de Estado informou quepoderá ainda não estar completamen-te esgotado o quadro de transferênciasda Parvalorem para o BIC.

Diversos ex-trabalhadores do Ban-co de Portugal têm contactadoos Sindicatos no sentido de ser

instaurada uma providência cautelarque vise impedir que o valor dos sub-sídios retidos seja entregue à CaixaGeral de Aposentações.

Sindicatos repudiam atitude do Governona Parvalorem e no BPN CréditoA secretária do Estado do Tesouro e Finanças confirmoua extinção da Parvalorem, numa reunião com os Sindicatosda Febase. Os Sindicatos repudiaram esta atitudee desafiaram o Governo a avançar com soluçõesque permitam salvaguardar os postos de trabalho

Até decisão sobre eventuais cortes aos reformados

BdP: subsídios retidos não vão para a CGAOs Sindicatos, que sobre este assun-

to tiveram já uma reunião com a admi-nistração do banco, receberam a infor-mação de que o valor em causa nãoserá transferido para a CGA enquantonão for decidida a questão da atribui-ção dos subsídios, aguardando o Banco

de Portugal o parecer que solicitou aoBanco Central Europeu sobre esta ma-téria.

Os Sindicatos continuarão a acom-panhar este processo e, também, ainformar os trabalhadores da sua evo-lução.

E adiantou também que está já indi-gitada a nova administração da empre-sa, que deverá ser anunciada durante apróxima semana.

Ficou acordado que logo que a novaadministração tome posse e se inteiredos dossiês, reunirá com os Sindicatos,de forma a serem aprofundadas as ques-tões agora colocadas. O objetivo dosSindicatos é tornar menos onerosas paraos trabalhadores as medidas que oGoverno pretende aplicar.

BPN Crédito

Ainda nesta reunião os Sindicatosda Febase abordaram a situação daempresa BPN Crédito, que não tendoestado ligada ao negócio Banco BIC//BPN atravessa neste momento umperíodo de indefinição quanto ao seufuturo.

Os Sindicatos foram informados queexistem interessados na aquisição des-ta empresa, mas face às informaçõesrecebidas, temem que o desfecho donegócio a efetivar possa não ser o quemelhor serve os legítimos interessesdos trabalhadores.

Os Sindicatos manifestam a sua pro-funda estranheza e repúdio pela posi-ção do Governo e garantem aos traba-lhadores envolvidos que tudo farão paraos defender.

TEXTOS: INÊS F. NETO

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Seguros l CONTRATAÇÃO

Após o 25 de Abril, assistimos a umcrescimento significativo da con-tratação coletiva, com uma con-

sequente melhoria das condições de tra-balho. Na verdade, a contratação cole-tiva, na sua essência, visa regular, mastambém equilibrar, os poderes em "opo-sição" nas relações laborais: emprega-dores versus trabalhadores.

No entanto, e com o passar dos anos,fomos assistindo à criação de normaslegais imperativas, que se foram sobre-pondo às normas emergentes dos ins-trumentos de regulamentação coletiva(IRCT). Em 2003 pretendeu-se, inclusiva-mente, "promover" a caducidade dosIRCT vigentes. Como os objetivos pre-tendidos não foram alcançados, em 2009foram introduzidas novas alterações,

Reflexos no CCT da atividade seguradora- o trabalho suplementar

A alteração ao Código do Trabalho e o ataque à contratação coletiva

cente ataque o decorrente da últimaalteração ao Código do Trabalho (Lei n.º23/2012, de 25/06).

Com a entrada em vigor da Lei, tam-

Apesar de o Código do Trabalho já preverque os acréscimos previstos legalmentepodem ser afastados por IRCT, no artigo 7.ºda Lei n.º 23/2012 prevê-se que ficamsuspensas durante dois anos, a contar de1/08/2012 (data de entrada em vigor daLei), as cláusulas de IRCT ou contratos detrabalho que disponham sobre os acrésci-mos de pagamento do trabalho suple-mentar superiores aos atrás indicados.

O CCT para a atividade seguradora (comotodos os IRCT em vigor) verá assim a suacláusula suspensa, durante o período dedois anos. E surpreendentemente, no n.º 5daquele mesmo artigo 7.º, o legisladorrefere que, decorridos que sejam esses doisanos, sem que aquelas cláusulas tenhamsido alteradas, os montantes por elas pre-vistos são reduzidos para metade, apenasnão podendo ser inferiores aos estabeleci-dos no Código do Trabalho. O legisladorpermite-se, assim, modificar as cláusulasnegociadas, modelando impositivamenteos contratos coletivos de trabalho, numaviolação clara, em nossa opinião, da Cons-tituição da República Portuguesa.

O CCT da atividade seguradora, queprevê um acréscimo de 20% superior aoda Lei, verá essa percentagem reduzidapara 10%, decorridos que sejam os doisanos. Se apenas tivessem sido previstosos valores legais, os trabalhadores seriamainda mais prejudicados, pois os acrésci-mos passariam a ser aqueles que, naprática, o Código passará agora a prever.

TEXTO: CARLA MIRRA

O STAS travou a sua "batalha",no respeitante à invocaçãoda caducidade do CCT pela APS,acabando todo o processo porculminar numa negociação séria

A reforma tem uma forte incidênciasobre questões de naturezaquantitativa, mais concretamentecom um embaratecimentodos procedimentos: trabalhosuplementar e a respetivaretribuição e descansocompensatório decorrente;e compensação em casosde despedimento, entre outras

O legislador permite-se, assim, modificaras cláusulas negociadas, modelandoimpositivamente os contratos coletivos detrabalho, numa violação clara, em nossa opinião,da Constituição da República Portuguesa

Na conjuntura existente, já por sidifícil, o STAS acabou por negociarum CCT que teve como objetivosalvaguardar a contratação coletivana atividade seguradora

que criaram as condições que facilitama verificação da caducidade das conven-ções coletivas.

O STAS travou a sua "batalha", no respei-tante à invocação da caducidade do CCTpela APS, acabando todo o processo porculminar numa negociação séria, que vi-sou dotar a atividade seguradora de umCCT inovador e ajustado à realidade atual.Foram salvaguardados direitos, melhora-dos e atualizados aspetos previstos no CCTanterior, mas, obviamente, também fei-tas algumas cedências (por se tratar deuma negociação), havendo inclusivamen-te a incursão em matérias novas. Naconjuntura existente, já por si difícil, o STASacabou por negociar um CCT que tevecomo objetivo salvaguardar a contrata-ção coletiva na atividade seguradora.

Ao que tudo indica, no entanto, einfelizmente, a tendência parece ser ade, cada vez mais, a lei se substituir àcontratação coletiva, sendo o mais re-

bém o CCT da atividade seguradora,publicado no BTE n.º 1 de 15/01/2012,como todos os contratos coletivos emvigor, sofre um "ataque" inequívoco.

A reforma tem uma forte incidênciasobre questões de natureza quantitati-va, mais concretamente com um em-baratecimento dos procedimentos: tra-balho suplementar e a respetiva retri-buição e descanso compensatório de-corrente; e compensação em casos dedespedimento, entre outras.

No que se refere ao trabalho suplemen-tar, há que realçar que o trabalhador queo prestasse em dia útil, em dia de descan-so semanal complementar ou em feriado,tinha direito a descanso compensatórioremunerado, correspondente a 25% dashoras de trabalho suplementar realiza-das. Tal norma foi revogada, mantendo-seo descanso compensatório, em caso detrabalho suplementar prestado em dia dedescanso semanal obrigatório. As cláusu-las de IRCT que prevejam em sentidodiverso do ora indicado, passarão a sernulas, por imposição legal.

Por outro lado, o trabalho suplementarpassará, a partir de 1 de agosto de 2012,a ser pago pelo valor da retribuição horá-ria, com os seguintes acréscimos:

a) 25%, pela primeira hora ou fraçãodesta, e 37,5%, por hora ou fração subse-quente, em dia útil;

b) 50%, por cada hora ou fração, em diade descanso semanal obrigatório ou com-plementar, ou em feriado.

Assistimos, assim, a uma redução parametade, relativamente aos valores an-teriores.

Muito mais haveria a dizer, nomeada-mente no impacto das compensações ealterações dos critérios de despedimento,também eles impostos pela Lei, bem comoo alargamento da possibilidade de aplica-ção do banco de horas, eliminação dequatro feriados e outras matérias; masdeixaremos essa temática para analisarnuma outra oportunidade.

A aplicação destas alterações ditará,com toda a certeza, um impacto socialinegável, havendo um acréscimo do tra-balho prestado e efetivamente não pagona prática.

Carlos Silva, presidente da Direçãodo Sindicato dos Bancários do Cen-tro (SBC) e vice-secretário-geral

da Febase, foi eleito candidato a secretá-rio-geral da UGT com 95% dos votos doSecretariado Nacional da central sindical.

A votação decorreu na sessão do Secre-tariado Nacional da UGT de dia 10 e foidivulgada nessa tarde por João Proença,em conferência de imprensa.

João Proença, que não será candidatono próximo Congresso da central sindi-cal – que se realizará a 6 e 7 de abril de2013 – explicou a metodologia decididaem dezembro pelo Secretariado Nacio-nal para a seleção do seu candidato aocargo máximo da central.

Sempre o Secretariado apresentouum candidato ao Congresso, mas destavez optou pela abertura de um processode candidaturas, que decorreu até maio,e votação em julho, de forma a possibi-litar que o eleito candidato pudesseestar já envolvido na elaboração dasvárias propostas a apresentar à reu-nião magna da central. Tal não obsta aque os delegados possam apresentarcandidaturas em Congresso.

Nesta primeira fase, a candidatura deCarlos Silva foi a única e, segundo JoãoProença, "amplamente discutida no seioda central e recolheu o apoio de grandenúmero dos filiados da UGT". Na reuniãodo Secretariado Nacional de dia 10 obte-ve uma votação muito expressiva: dos 61votos em urna, 58 foram favoráveis, 2contra e 1 voto em branco. Ou seja, foieleito candidato a secretário-geral daUGT com o apoio de 95% do Secretariado.

"Manifesto a minha grande satisfa-ção por termos um candidato tão habi-litado e que ao mesmo tempo recolheum tão grande consenso e apoio no seioda UGT", congratulou-se João Proença,realçando o facto de a votação ter de-corrido por voto secreto.

Carlos Silva é candidatoa secretário-geral da UGT

CONTRATAÇÃO l Banca

Os Sindicatos da Febase foram in-formados pela Administração doBanif, em reunião realizada dia

6, que o banco pretende reduzir osencargos com pessoal através da redu-ção do quadro de efetivos em cerca de280 trabalhadores.

Nesse mesmo dia, o banco entrou emcontacto com trabalhadores – seleciona-dos com base em critérios desconhecidos

pelos sindicatos –, a quem apresentoupropostas de rescisões de contrato. Algu-mas das condições propostas inicialmen-te foram já alteradas, face à pressão dostrabalhadores e às posições assumidaspelos Sindicatos da Febase.

Os sindicatos têm insistido que a questãoessencial é a manutenção dos postos detrabalho, pois é a que defende os interessesdos trabalhadores, o direito ao trabalho.

O Governo tem em discussão dois projetos de decretos-lei que pretendem pôr fim ao ACTdo setor bancário em vigor para os trabalhadores do ex-IFADAP e atualmente a exercerfunções no IFAP e nas DRAP.

Para a Febase, o Governo pretende assim, através de decretos-lei dirigidos a um universoespecífico de trabalhadores, que se desrespeite a lei em vigor, emanada do Parlamento.

Os contratos coletivos só podem ser revogados por acordo das partes – o que não severificou – ou por denúncia, decorrido o prazo de dez anos desde a sua revisão global, o que,no caso, aconteceu em 2009.

A Febase considera que estes projetos de decretos-lei consubstanciam um abuso do poderexecutivo, que pretende impor uma solução ilegal sobre um determinado grupo detrabalhadores, contrariando uma lei geral da Assembleia da República.

Febase defende manutençãodos postos de trabalho no Banif

Para os sindicatos, a questão essencial é a manutenção dos postos detrabalho no Banif, pois esta solução é a que melhor defende os

interesses dos trabalhadores. No entanto, estão a pressionar o bancopara alterar as suas propostas de rescisão de contrato, concedendo

condições mais vantajosas a quem deseje chegar a acordo

Desde o início do processo, os sindica-tos têm estado em contacto com a Direçãode Recursos Humanos (DRH) do bancoatravés do envio de e-mails. Além disso,foi enviada uma carta ao presidente doconselho de administração a solicitar amarcação urgente de uma reunião paradiscutir as condições apresentadas paraeventuais rescisões de contrato de traba-lho, nomeadamente as matérias relati-vas ao crédito à habitação e aos SAMS. Ossindicatos pretendem também sensibili-zar o responsável para a necessidade deprorrogação do prazo para a resposta dostrabalhadores, de forma a que estes pos-sam em consciência tomar uma decisão.

Refira-se que em relação à questãodos SAMS, o banco está a endossar aresponsabilidade aos sindicatos, o quenão é curial nem legítimo, pois até aomomento – e apesar de instado a fazê--lo – não forneceu aos sindicatos oselementos indispensáveis à tomada deuma posição responsável.

Os sindicatos só se pronunciarão após areceção de resposta às questões coloca-das, que dizem respeito essencialmente àmanutenção dos SAMS – e que se pren-dem, nomeadamente, com o número desócios/beneficiários a abranger, duraçãodo período de manutenção e base de inci-dência das contribuições – o que esperamvenha a acontecer a todo o momento.

Governo pretende pôr fim ao ACT no ex-IFADAP

TEXTOS: INÊS F. NETO

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TEMPOS LIVRES l Nacional

As caminhadas FEBASE continuama arrastar colegas, famílias eamigos. E a segunda iniciativa foi

uma experiência noturna em Monsanto.Contou com 75 pessoas, que partiram àprocura de uma aventura por aquele be-líssimo parque lisboeta.

O Parque Florestal de Monsanto é oprincipal pulmão da capital portuguesae inclui espaços lúdicos que proporcio-nam aos habitantes e visitantes váriasatividades, sendo uma delas as cami-nhadas.

Febase faz biscom a sua2.ª caminhada

O ponto de partida foi a Alameda dasUniversidades, na Ajuda. Uma vez feitoo "check in", a Febase distribuiu, a cadaparticipante, um saco com água, frutas,diversa documentação sobre a históriado parque e uma lanterna para ajudar,no percurso que se avizinhava.

De saco às costas, lá partiram peloparque dentro, num imenso cordão hu-mano. O final do dia estava quente maspropício a este tipo de aventura.

O grupo era bastante animado, percor-rendo os 16 quilómetros a cantar e acontar anedotas. Passámos por váriospontos do parque, alguns deles desco-

nhecidos para alguns dos caminhantes.Visitámos o parque da Pedra, onde houvetempo para a diversão, com uma descidapelo escorrega e tudo e para explorar oparque aventura lá existente.

O percurso decorreu sem incidentes,tendo sido feita uma paragem, pararecarregar energias, no Moinho do Par-que do Calhau. A refeição, ainda queligeira, à base de fruta, pão e água,permitiu prosseguir viagem de uma for-ma mais confortável.

Fizemos o caminho da Rota da Água,um dos percursos mais interessantesdo parque.

O Gastão, o canídeo que faz parte daorganização, acompanhou-nos nesta via-gem e esteve sempre muito atento aoscaminhantes, zelando pelos que ficavammais atrás, ou a verem as belas paisa-gens ou a tirarem fotografias.

A meio do percurso começou a anoi-tecer e foi então altura de acender aslanternas e os frontais, o que deu umbrilho especial ao grupo que se aventu-rava no interior do parque.

A vista noturna espetacular de Mon-santo, aliada ao cheiro da natureza ca-racterística do parque, assinalou estacaminhada.

TEXTO: PATRÍCIA CAIXINHA

A próxima caminhada já está agendada e ocorrerá nopróximo dia 21. Terá, sensivelmente, 20 quilómetros eserá um percurso de Algés a Cascais, apanhando tam-bém parte da noite.

Mais informações em: [email protected]

Paragem, pararecarregar energias,

no Moinho do Parquedo Calhau

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TEMPOS LIVRES l Nacional

A"final four" começou, na prática,com o sorteio dos jogos das meias--finais, realizado na noite de sexta-

-feira e já com as equipas em estágio nacidade berço da nossa nacionalidade. Umsorteio que determinou duelos entre oUniteam, de Setúbal, e o Millennium BCP,de Coimbra, e o Team Foot, de Lisboa, eo Ventus Popularitas, do Porto.

Estes dois confrontos tiveram lugar namanhã de sábado, dia 9, e a jornadaproporcionou um inesperado empate semgolos no primeiro jogo, entre sadinos econimbricenses, apesar dos esforços dasduas equipas para chegarem à vanta-gem. Foi a equipa do BCP que teve maioriniciativa na primeira parte do encontro,com o Uniteam a responder em velozescontra-ataques, que poderiam ter pro-porcionado golos em lances de PauloGuerreiro, que rematou ao lado, e deJorge Santos, que permitiu a antecipaçãodo guardião contrário, Nuno Carvalho.

No segundo tempo, desde cedo as equi-pas se mostraram mais preocupadas emnão sofrer golos do que em marcá-los efoi assim que se chegou ao termo dos 50minutos de jogo e do prolongamento semo registo de golos, que só surgiram nodesempate por penalidades e onde aequipa setubalense foi mais certeira,ganhando por 5-4.

No segundo jogo, o Team Foot venceuo Ventus Popularitas por expressivos 5-1,após 2-0 ao intervalo, graças ao golos deRogério Gomes e de Miguel Silveira. Norecomeço, João Rebocho ampliou e só aos26 minutos Tiago Gomes logrou o tentode honra dos nortenhos, que ainda sofre-ram mais dois golos, de Rogério Gomes ede Rui Morgado.

Na manhã desse dia, o mar estava bastante alteroso – masnavegável – uma situação que costuma prejudicar a ação dospescadores, embora acabe por proporcionar melhores captu-

ras. Não foi esse o caso, naquela ocasião, já que foi baixo o volume depescado, como se constata pela pontuação obtida pelos melhores.

Mesmo assim, o maior exemplar – uma choupa com quase 40centímetros de comprimento – foi capturado por António Valério, doBCP de Lisboa.

Estas foram as classificações dos dez primeiros: 1.º Manuel Oliveira(BES/Porto), 895 pontos; 2.º António Valério (BCP/Lisboa), 750; 3.º Luís Ferreira (BST/Lisboa),690; 4.º João Nunes (BST//Lisboa), 670; 5.º Fernando Pereira (Unicre/Lisboa), 520; 6.º Rui Nunes(BPI/Leiria), 495; 7.º Fernando Costa (BPI/Porto), 475; 8.º Bruno Ferreira (B. Popular/Setúbal),470; 9.º Fernando Igreja (BCP/P. Varzim), 450; 10.º Jorge Pinto (BES/Porto) e Manuel Alves (BCP/Porto), 410.

Convirá referir, a terminar, que nesta final participaram 18 pescadores: oito em representaçãodo SBSI, seis do SBN e quatro do SBC. E que a comissão organizadora do campeonato integrouos mesmos elementos que estiveram envolvidos no campeonato de tiro, a que também se fazreferência neste número.

Tiro

Miguel Penteado é novo campeão nacionalA 15.ª edição do campeonato nacionalinterbancário de tiro aos pratos chegou

ao fim em 16 de junho, coma realização da final nacional, que teve

lugar no campo de tiro dos Caçadoresdo Baixo Alentejo, em Beja,

e que contou com a participaçãode 23 atiradores, que ali estiveram

em representação dos três Sindicatosverticais dos bancários, com 16 do SBSI,

três do SBN e quatro do SBC

Aprova foi disputada a cem pra-tos, na vertente do "fosso univer-sal", com todos os atiradores a

empenharem-se na obtenção da me-lhor classificação possível. E até finalhouve luta pelo primeiro lugar e pelaconquista do consequente título de cam-peão nacional.

A competição chegou ao fim com doisatiradores empatados no primeiro lu-gar, já que Jaime Sampaio, do GDBANIF,e Miguel Penteado, do GDBES, tinhampartido o mesmo número de pratos, 94.

Por isso, e para encontrar o vencedor,foi necessário proceder a um desempa-te, com os dois atiradoraes na pranchaa disparar, tiro a tiro.

Quando se pensava que a maior expe-riência de Jaime Sampaio lhe desse algu-ma vantagem, acabou por ser a juventu-de de Miguel Penteado a superar a expe-riência, acabando por se sagrar campeãonacional, com toda a justiça.

ClassificaçõesEsta foi a classificação dos dez pri-

meiros na final nacional:1.º Miguel Penteado (GDBES/SBSI),

94 pratos; 2.º Jaime Sampaio (GDBA-NIF/SBSI), 94; 3.º Luís Casadinho (CMB-CP/SBSI), 91; 4.º Rui Martins (GDST/SBSI), 90; 5.º Carlos Coelho (CMBCP/SBC), 87; 6.º João Gouveia (GDST/SBSI),87; 7.º Salvador Ribeirinha (CMBCP/SBSI), 86; 8.º Ventura Ferreira (GDBP/SBSI), 85; 9.º Teixeira Campos (CMBCP/SBC), 85; 10.º José Confraria (GDBPI/SBSI), 84.

O concorrente mais pontuado do SBNfoi António Huet Bacelar, do CMBCP,que, com 81 pratos partidos, obteve a18.ª posição na classificação final.

Seguiu-se a distribuição dos prémiosaos melhores classificados, pelos ele-mentos da comissão organizadora, quefoi composta por Alfredo Correia, Antó-nio Pimentel, Francisco Carapinha, Fran-cisco Mateus, Henrique Rego, João Car-valho e Manuel Camacho.

Futsal

Novo campeão nacional mora em SetúbalA 36.ª edição do torneio nacional

interbancário de futsal chegouao fim em 10 de junho,

com a realização da "final four",que teve como cenário o pavilhão

municipal de Guimarães, ondedecorrem os festejos

da atribuição do título de cidadeeuropeia da cultura. E o título

nacional acabou por serconquistado pelo "Uniteam", deSetúbal, com mérito indiscutível

Já no domingo, e para apuramento do3.º e 4.º lugar da competição, o VentusPopularitas bateu o Millennium BCP portangencial 1-0, com o tento da vitória aser obtido por Rui Silva, capitão da equipacoimbrã, a meio do primeiro tempo.

Ainda antes da final, teve lugar um jogoentre colaboradores dos três Sindicatos,com a equipa do Sul e Ilhas a bater ummisto do Norte e do Centro por 3-1, comtrês golos de Paulo Silva, como que "a abriro apetite" para o derradeiro jogo da com-petição, entre o Uniteam e o Team FootActivoBank, que os sadinos venceram porrotundo 5-1. Contudo, essa superioridadesó viria a notar-se mais na etapa comple-mentar, já que, ao intervalo, apenas ven-cia por 1-0, com golo de Paulo Guerreiro,aos 4 minutos de jogo, aproveitando damelhor maneira o ressalto de um lancerepartido, a meio campo.

Aos 2 minutos do recomeço, Jorge San-tos ampliou a vantagem e isso obrigou oslisboetas a optarem pelo recurso ao guar-dião avançado, o que mais os fragilizou efoi aproveitado da melhor maneira pelosrivais para fazerem mais três golos, por

Jorge Santos, António Monteiro e CarlosSantos. E só no último minuto o Team Footreduziu, por Rogério Gomes, batendo pelaprimeira vez o guardião Carlos Sanches,que foi o "homem do jogo".

Registe-se que as duas equipas finalis-tas são habituais participantes nas finaisnacionais da modalidade, de tal modoque, nas últimas seis edições, o Team Footesteve sempre presente e o Uniteam ape-nas por duas vezes não participou nadiscussão do título nacional.

Pesca

Manuel Oliveira vence no alto marManuel Oliveira, do BES do Porto, é o novo campeão

nacional de pesca de alto mar, ao vencer a finalda 11.ª edição do campeonato nacional interbancário,

realizada em 7 de junho, ao largo da Figueira da Foz

Uniteam faz a festa do título

TEXTOS: RUI SANTOS

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Notícias l Bancários CentroBancários Centro

Notícias l Bancários CentroTEXTOS: SEQUEIRA MENDES

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A criação das Uniões distritais foia pedra de toque de todos ospalestrantes no seminário que

teve lugar em 30 de maio. Todos eles, semexceção, fizeram ressaltar os ganhos quea Central obteve, quer em termos orga-

UGT-Viseu comemora 2.º aniversário

A UGT-Viseu comemorouo seu 2.º aniversário,

promovendo um semináriosob o tema "As Uniões

e os Sindicatos– uma nova sinergia"

nizativos quer em termos de mobiliza-ção. Este tema foi glosado por todos osintervenientes, que não se cansaramde explicar e escalpelizar, com dadosconcretos, a participação e a inserção,cada vez maior, das Uniões no mundolaboral e a sua interligação, em termosde organização. Estamos perante umnovo paradigma laboral. A palavra pro-dutividade, introduzida no glossário la-boral, conjuntamente com a liberaliza-ção dos despedimentos, conduzem àsituação calamitosa que vivemos emtermos de desemprego e daí que acriação das Uniões distritais da UGTconstitua uma resposta firme de mobi-lização contra a crise para onde estegoverno nos está inexoravelmente aempurrar. E, pela voz do Secretário--Geral, João Proença, que procedeu aoencerramento do seminário, as Uniõesdevem, elas próprias, avançar já para asindicalização coletiva e individual,como forma de colmatar a grande ondade dessindicalização que se verifica,não só entre nós, como a nível europeue mundial. A questão da sindicalizaçãoé premente, referiu, face à perda desócios que os sindicatos têm vindo aregistar, – os sindicatos europeus emundiais perderam milhões e milhõesde sócios desde que a crise estalou. AsUniões devem avançar já, concluiu.

Os diversos oradores referiram-se,também, à candidatura de Carlos Silva

a Secretário-Geral da UGT, tendo mere-cido o apoio incondicional de todos ospresentes, não só do ponto de vistapessoal como do ponto de vista institu-cional, isto é, dos sindicatos que repre-sentam.

Estiveram presentes como convi-dados, fazendo parte da mesa de tra-balhos, João de Deus, Presidente daUGT, João Dias da Silva, Presidente daUGT-Porto e da FNE, Carlos Silva, Pre-sidente da UGT-Coimbra e do SBC,Jorge Mesquita, diretor do Cefosap,Jorge Santos, Vice-Presidente do SPZC,e João Melo, Presidente da Mesa do CGda UGT/Viseu, que moderou o debate.

Ainda no âmbito das comemora-ções do segundo aniversário, a UGT//Viseu inaugurou as novas instala-ções, passando a ocupar um edifíciocondizente com a sua dignidade, ondetem lugar, também, a delegação regi-onal do Sindicato dos Professores daZona Centro, bem como um polo deatendimento que, entretanto, a UGT/Viseu acabou de criar.

Depois do seminário, teve lugar umlanche/convívio que culminou com ocorte do bolo do 2.º aniversário daUGT/Viseu.

Pelas 24 horas, quem quis deslo-cou-se a uma discoteca no Palácio doGelo, onde os convidados se diverti-ram num agradável "after party" daUGT-Viseu.

Debate em Alcobaça

A Escola Secundária DonaInês de Castro, em Alcobaça,

foi palco de um debateoriginal, intitulado "Artee Política – uma relação

necessária, mas umdesassossego dos diabos!"

Arte e política, relação necessária

AUGT-Leiria promoveu este debatesobre as relações entre a arte e apolítica, em parceria com aquela

Escola, de cujo painel fizeram parte, comooradores, Carlos Silva, Presidente do SBC,Amílcar Coelho, Presidente da UGT-Lei-ria, Gaspar Vaz, Diretor da ESDICA, Vasco

Conforme foi divulgado no último nú-mero da revista de informação doSindicato dos Bancários do Centro,

foi levado a efeito, de 19 a 21 de junho, umcurso de formação na área das enxertias,com uma vertente essencialmente práti-ca e que teve início no espaço adstrito àAssociação de Viveiristas do distrito deCoimbra, onde se localizam as estufas, ascâmaras e os alfobres das diversas espé-cies de árvores e arbustos que ali sãotrabalhados, em função dos enxertos quelhes são ministrados. Aos serviços técni-cos daquela entidade coube a explicaçãoteórica e as consequentes visitas guia-das, numa colaboração digna de realce.As práticas dos dois últimos dias realiza-ram-se no jardim das instalações do SBC,na Rua Lourenço Almeida Azevedo, emCoimbra, para onde foram levados os

O debate interessou fortemente a nu-merosíssima plateia, que encheu até trans-bordar o auditório da Escola, evoluiu nofinal para os problemas da cidadania nasua relação com a arte (participação cívicano espaço público, tomada da palavra, serartista num país em crise, acesso ao mun-do do trabalho, questões fundamentais dacidadania, como a emigração, a educação,a Europa, a globalização, etc.). Tratou-sede ouvir jovens artistas com sucesso, adiscutir os problemas atuais, tendo umpolítico experiente como moderador.

Agricultura está na moda e saber não ocupa lugar

mais diversos porta enxertos e as respe-tivas espécies, para ensaios do tipo degarfo, encosto, cunha inglesa, alporca eborbulha, entre outros.

Foi também naquele espaço aprazível,e no seguimento do êxito desta ação, queforam servidos os almoços aos forman-dos, tendo circulado uma petição paraque fosse dada continuidade a este traba-lho, por forma a concluir-se o ciclo dasárvores através das podas, nas épocaspróprias.

Assim sendo, estão a ser agendadasiniciativas que respondam a tais solicita-ções, ao mesmo tempo que se equacionaa hipótese de alargar ensinamentos emáreas como a jardinagem, horticultura efruticultura.

Atendendo às inúmeras solicitaçõesque nos têm chegado de colegas de ou-tros distritos, para que estes cursos alidecorram, o Departamento de TemposLivres está a equacionar essa possibilida-de, que oportunamente será divulgada.

TEXTO: A. CASTELO BRANCO

Duarte, dos Homens da Luta,Miguel Ribeiro, da banda "TheGift", e Ricardo Coelho, da ban-da "Loto".

Amílcar Coelho fez a apre-sentação dos intervenientes,tendo também procedido à de-finição dos objetivos do deba-te, aberto por Carlos Silva quefixou as suas palavras nas en-cruzilhadas do emprego e nasperspetivas dos jovens emPortugal, tendo, para o efeito,pautado a sua intervençãocom a sua própria experiên-cia, enquanto trabalhador, eno aspeto académico, enquan-to trabalhador estudante.

Ricardo Coelho divagou sobre a músicacomo alternativa de vida, sublinhandoque só sendo forte e persistente é que seobtém sucesso, e o músico Miguel Ribeirodesenvolveu o seguinte tema: como éque um jovem de sucesso encara o futuroem Portugal, concluindo que a fama pelafama leva sempre ao desastre, encerran-do as intervenções o Dr. Gaspar Vaz,Diretor da ESDICA, com uma alocuçãointitulada "E a Escola – como é que elaencara o problema da cidadania e dosmais jovens?".

Assistência encheu o auditório da Escola

Carlos Silva fixou as suas palavrasnas encruzilhadas do emprego

João Proença tambémesteve no Seminário

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Notícias l STAS - Actividade SeguradoraSTA

S-Activid

ade Segurad

ora

Em 9 de junho e no parque de pescade Folhadosa, da Fundação Dr.António Tovar Magalhães, decor-

reu o tradicional convívio de pesca des-portiva de rio, uma marca com prestí-gio nos eventos daquela Secção Regio-nal e que mais uma vez se traduziunuma jornada de alegria, camarada-gem e salutar convívio.

A lagoa artificial onde decorreu oevento – um equipamento belíssimo,situado numa quinta com mais de 200hectares, com a Serra da Estrela emfundo – encontra-se preparada para for-necer aos competidores todas as condi-ções para a exigente prática da moda-lidade.

Oriundos dos quatro distritos da áreageográfica do SBC, compareceram àchamada mais de quarenta pescadorese foi vê-los, logo bem cedo, a procede-rem à montagem do sofisticado equi-pamento que esta modalidade necessi-ta para que os pescadores consigamenganar os incautos peixes.

Os resultados não se fizeram esperar.Começaram a sair centenas de peixes,carpas, pimpões e achigãs, numa com-petição saudável, que envolveu todosquantos ali se encontravam. No final,

TEXTOS: SEQUEIRA MENDES

Convívio piscatórioda Secção Regional de Viseu

os pescadores retiraram das águas maisde 80 quilos de pescado, que, depois depesado, foi devolvido à água, pois as-sim mandam os regulamentos da pescadesportiva.

Ainda a manhã ia a meio e já a sinetachamava toda a gente para a tradicio-nal piqueta, constituída por um lanche,onde não faltaram os enchidos da Beirae variados petiscos.

Retomada a pesca, que viria a termi-nar pelas 13 horas, procedeu-se depoisà pesagem, saindo vencedor António

Morais, um vencedor já habitual e quepescou mais de quatro quilos de peixe.

Seguiu-se um almoço, que decorreunas instalações da Fundação, mesmoao lado da lagoa, tendo dado lugar auma bela jornada de confraternização.Procedeu-se, então, a uma distribuiçãode lembranças, com a presença deManuel António e de João Antunes, e,antes da partida, ficou a promessa deCouto Ribeiro, coordenador distrital, deque o evento terá repetição no próximoano.

Pesca

Foi em 23 de junho que se realizoua segunda prova de pesca de rio doSBC, prova para a qual se encon-

travam inscritos 33 pescadores.Quer as condições climatéricas, quer

o excelente estado da pista, proporcio-naram aos participantes um ótimo diade pesca e de confraternização, poisaconteceu mesmo que saiu muito peixee no final, os que puderam, confraterni-zaram à volta da mesa.

A concentração teve lugar à entrada dapista, pelas 8 horas, tendo a prova come-çado às 10 e terminado três horas depois.

Após esta prova – ainda falta umapara apurar definitivamente os nossosdoze representantes na final nacional –são estes os melhores classificados:

Segunda prova de rio em Monte Real1.º Paulo José Figueiredo (BCP/Vi-

seu), 3 pontos; 2.º José A. Bonito (CCAM//Montemor-o-Velho), 4; 3.º Joaquim M.Oliveira (BES/Fig. Vinhos), 4; 4.º Antó-nio Lucas Cascão (BES/Coimbra), 4; 5.ºJosé Costa Pinto (BPI/Condeixa-a-Nova),4; 6.º Armando Oliveira Veiga (BES/Coim-bra), 5; 7.º Mário Alberto Cardoso(CCAM/Seia), 5; 8.º Rui Batista Prata(BPI/Cantanhede), 5; 9.º Carlos FariaCunha (BPI/Coimbra), 8; 10.º João Pe-dro Agostinho (BES/Coimbra), 8; 11.ºManuel Brito Barqueiro (CGD/Soure),9; 12.º José Silva Ferreira (BCP/Viseu),10; 13.º Rogério Marques Silva (BCP/C.Rainha), 11.

A 3.ª e última prova efetuar-se-á em8 de setembro, na mesma pista.

Quadriénio 2012/2016

Novos órgãos estatutários tomam posse

TEXTO: PATRÍCIA CAIXINHA

No passado dia dezanove de ju-nho, na cidade de Lisboa e nasede do Sindicato dos Trabalha-

dores da Actividade Seguradora (STAS),sita no Largo do Intendente Pina Mani-que, n.º 35, tomaram posse os novosórgãos estatutários para o mandatoreferente ao quadriénio 2012/2016:Assembleia Geral, Conselho Geral, Con-selho Fiscal, Conselho de Disciplina eDireção Nacional.

Para a Mesa da Assembleia Geral edo Conselho Geral tomou posse o Pre-sidente, José Alfredo Lopes Val-Figuei-ra; o Vice-presidente, Manuel Augus-to Mateus Silvestre; o Secretário, Ví-tor Manuel Costa Alegria; o Suplente,José Alberto Mendes Neves; e o Su-plente, João Baptista Andrade Barros.

O Conselho Fiscal passa a ser com-posto, neste mandato, por Mário LuizSalvo Paiva (Presidente), FranciscoCelestino Ventura (Secretário), Joséda Fonseca de Sousa (Secretário), JoséLuís Cosme Cruz (Suplente) e SilvinoÍndias Cordeiro (Suplente).

Tomou posse, também, o Conselhode Disciplina, que passa a ser consti-tuído por Eduardo Alberto Farinha Pe-reira (Presidente), Emília Maria Mar-ques Carapuço (Secretária), Maria daGraça Figueiredo Costa Maia (Secre-tária), Mário José Rodrigues de Olivei-ra e Silva (Suplente) e José ManuelPereira Martinez (Suplente).

Perante o Presidente da Mesa daAssembleia Geral e do Conselho Ge-ral, José Alfredo Lopes Val-Figueira, a

nova Direção Nacional do Sindicato,eleita a 31 de maio, tomou posse.

De acordo com os termos estatutários,foi conferida, aos novos membros daDireção, a posse para o respetivo cargo,a saber: Carlos Alberto Marques, Presiden-te; José Luís Coelho Pais, 1.º Vice-presi-dente; Mário José Rúbio de Oliveira Sil-va, 2.º Vice-presidente; António JoséPinto Mendes, Vogal; Leonel AlexandreCosme Jorge dos Santos, Vogal; Marinade Sousa Baeta Paixão, Vogal; PatríciaAlexandra da Silva Bento Caixinha, Vo-gal; Dulce Alexandra de Sousa SantosMedley, Suplente; Paulo Jorge Santos

Gonçalves, Suplente; Ricardo João deOliveira Marques, Suplente; e Rui Antó-nio Viveiros Tavares Santiago, Suplen-te.

O presidente empossado deu os para-béns e as boas vindas aos novos ele-mentos da Direção e, numas brevespalavras, falou do atual momento queo movimento sindical atravessa, sendoexpetável que este mandato seja ummarco de mudança positiva.

A nova Direção foi organizada emonze pelouros, apresentando-se estru-turada da seguinte forma: ContrataçãoColetiva e Apoio Jurídico ao Associado;Relações Externas; Articulação com osÓrgãos Estatutários; Sindicalização;Comunicação e Imagem; Desporto; For-mação Sindical; Universidade SéniorPedro Santarém; Cultura, Turismo eLazer; Administrativo e Financeiro; Re-cursos Humanos.

O principal objetivo desta nova Direçãoé a proximidade ao sócio e a satisfaçãodas suas necessidades essenciais, noque diz respeito ao apoio, acompa-nhamento, aconselhamento e aosbenefícios que temos ao seu dispor.

Ainda que não seja fácil a missão queos novos elementos têm em mãos,estes apresentam-se com motivação evontade de fazer o seu melhor pelostrabalhadores que defendem e repre-sentam.

Presidente da Direção Nacional dá as boas vindas aos novos elementos

Presidente da MAG e do Conselho Geral,José Alfredo Lopes Val-Figueira

Presidente da Direção Nacional,Carlos Alberto Marques

Prova de riotambém teveparticipação

feminina

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TEXTO: MÁRIO RÚBIOTEXTO: JOSÉ LUÍS PAIS

Em plena época de férias, aprovei-temos para uma reflexão sobrealgumas das realidades do nosso

setor de atividade profissional, proje-tando e programando a ação sindicalpara o curto e médio prazo, dentro deparâmetros objetivos.

Será hoje importante e necessárioencontrar a resposta dos trabalhadorese do movimento sindical, que se impõeesteja ao seu serviço, nomeadamentedo nosso Sindicato, da Febase e da UGT,aos problemas da hora presente, quecondicionarão de forma decisiva o futu-ro de todos nós.

Os tempos são difíceis e decisivos paraos trabalhadores portugueses. No nossosetor, estamos empenhados em defenderos interesses dos trabalhadores.

Em vigor está, desde janeiro último,um CCT capaz de dinamizar a vida labo-ral nas empresas de seguros.

Claramente diremos frontal e direta-mente NÃO a quem inobserve o estatuídonaquela novel convenção coletiva.

Exemplos muito recentes obrigam areforçar a nossa atenção e a dar aresposta adequada.

Foi assim que nos insurgimos contrao Conselho de Administração da Cosec,pela alteração das componentes dosrecibos de vencimento dos trabalhado-res, pondo em causa o conceito deordenado base mensal. Nos termos doCCT define-se este ordenado e a empre-sa resolveu, unilateralmente e sem quenada o fizesse prever, alterar o montan-te do ordenado base, decompondo-o emordenado base (mínimo da tabela sala-rial) e margem livre (o excedente),mantendo, no entanto, a retribuiçãototal.

Tal atitude poderá ter consequênciasfuturas negativas, designadamente:atualização salarial em que a margemlivre poderá ser absorvida; efeitos noPlano Individual de Reforma.

Este procedimento da empresa, in-justificável, foi objeto de reclamaçãoem reunião com o Presidente da Cosec,realizada em 18 de junho.

Aguardamos que a situação seja rea-valiada, no sentido da sua justa reposi-ção. Caso contrário, para nós é claro queexiste uma violação clara das leis dotrabalho e do CCT aplicável e considera-

mos agir, através dos meios legais, emdefesa dos interesses dos trabalhado-res abrangidos.

Outra inquietante atitude empresa-rial surgiu no passado mês de junho: umprocesso de despedimento coletivo naCompanhia de Seguros Açoreana.

E lamentamos ainda mais este pro-cedimento, por não ter sido acolhida,pela Administração, a solicitação quefoi feita pessoalmente para a resoluçãodos problemas laborais no quadro deuma negociação direta, sem qualquertipo de pressão sobre os trabalhadores.

O STAS bate-se pelo respeito dos di-reitos dos trabalhadores da empresa,particularmente pelos seus associados,neste caso porque tem possibilidade elegitimidade de maior intervenção.

Utilizamos os meios legais ao nossoalcance e estamos a patrocinar as açõesde impugnação de despedimento cole-tivo, colocando os serviços jurídicos aodispor dos associados.

Noutro quadrante, mas que impõeuma intervenção ativa, em defesa dostrabalhadores que representamos numaempresa de assistência, estamos apos-tados em formalizar um Acordo deEmpresa.

Esta empresa prossegue e concretizaum objeto social e atividades empresa-riais inseridas inequivocamente na ati-vidade seguradora. As funções e tare-fas profissionais são também compro-

vadas pelos trabalhadores ao seu ser-viço.

Após algumas reuniões com repre-sentantes da empresa, constatam-sedivergências de pontos de vista quantoao "modus operandis" laboral, apesarde, numa determinada data, teremdemonstrado abertura para a discus-são de um Acordo de Empresa.

O processo tem sido dilatado, porquea empresa alega que há dois anos asituação económica tem sido negativa,contudo ainda recentemente procede-ram a aumentos salariais facultativos.

Suscitam-se assim dúvidas sobre avontade dos responsáveis daquela em-presa para acordarem um AE, sem o qualpodem "manobrar" a seu belo prazer.

Não ficaremos passivos e iremos atéonde nos for possível, para que se con-siga um instrumento regulamentadorde trabalho justamente positivo paraas duas partes – trabalhadores e em-presa.

O STAS, organização com 78 anos deexistência ao serviço dos trabalhado-res, continuará a trabalhar quotidiana-mente, vencendo frustrações, desâni-mos e desalentos, na concretização daesperança e do sonho que cimentamsolidariedade, suavizam a vida e possi-bilitam construir o futuro.

Desejamos a todos os associadosumas descansadas e retemperadorasférias.

Concluiu-se mais um campeonatode futebol de 7 do STAS, que contoucom a participação de sete equi-

pas, oriundas do setor de seguros.Os jogos realizaram-se no recinto

desportivo da Escola Azevedo Neves,situada no Alto da Damaia, na Amado-ra.

A equipa vencedora foi a do Clube deColaboradores da Axa Seguros, tendosido, ainda, esta equipa a vencedorado troféu Fair Play.

Nos restantes troféus, os vencedo-res foram: o Grupo Desportivo e Cultu-ral da Fidelidade - Companhia de Segu-ros, no troféu Disciplina; o Centro de

Futebol de sete

Mais um grande êxitoCultura e Desporto da CA Seguros notroféu para a melhor defesa, e o me-lhor marcador foi o atleta AntónioAmaral, também da equipa da CA Se-guros.

Aos justos vencedores, endereça-mos as nossas felicitações pelos re-sultados obtidos, aproveitando paradirigir uma palavra de reconhecimen-to a todos os atletas participantes,pela forma desportiva como contri-buíram para o êxito de mais estecampeonato.

Finalmente, podemos já anunciar que,a partir de outubro do corrente ano, iráter lugar mais uma edição do torneio de

futsal do STAS, este ano com a novidadede ser também organizado um torneiodestinado a equipas femininas.

Refletir e lutar

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TEXTOS: RUI SANTOS

Ociclo de formação do 1.º semes-tre encerrou com o curso de "ges-tão de clientes", para associados

da Secção Regional de Ponta Delgada erealizou-se, nos passados dias 23 e 24,

Formação

Ciclo do 1.º semestreencerrou em Ponta Delgada

naquela cidade da Região Autónomados Açores.

Estiveram presentes 20 formandos,oriundos de sete Instituições de Crédi-to, na sua maioria jovens, sendo que,

mais uma vez, se registou uma esma-gadora presença de mulheres.

Os formandos participaram ativa-mente naquela ação de formação e, nofinal, evidenciaram o elevado interes-se do curso e sublinharam a importân-cia que terá para a sua atividade profis-sional.

Este curso foi acompanhado pelo res-ponsável do Pelouro da Formação, RuiSantos Alves, que, na intervenção deencerramento, destacou a necessidadede os sócios se manterem unidos emtorno do SBSI, sobretudo numa alturaem que os trabalhadores bancários sedebatem com graves problemas, de-signadamente no domínio da salva-guarda dos postos de trabalho e darevisão da tabela salarial.

Esta ação foi também acompanhadapelos membros do secretariado daque-la Secção Regional, Filipe Cordeiro, Afon-so Quental e Gilberto Pacheco.

OSindicato dos Bancários do Sul e Ilhas e a Universidade Católica Portuguesaacabam de celebrar um protocolo de vantagens para os associados do SBSI,relativamente à inscrição e frequência do "Programa avançado de gestão

para a Banca".Este curso, que vai já para a sua 7.ª edição, interessa a boa parte dos

trabalhadores bancários portugueses. E, se forem associados do SBSI, beneficiarãode condições especiais sobre os preços praticados naquela Universidade.

O curso começa em 28 de setembro e terá um total de 81,5 horas. E será lecionadona "melhor business school portuguesa", no ranking do credenciado "FinancialTimes".

Informações complementares sobre a inscrição e programa deste curso poderãoser obtidas pelos telefones 217 227 800, 217 214 220 e 217 272 634 ouwww.clsbe.lisboa.ucp.pt/executivos.

Programa avançado de Gestão para a Bancacom condições especiais para sócios do SBSI

Bancários Sul e Ilhas

OGrupo Desportivo e Cultural dosTrabalhadores da Unicre (GDCTU)realizou o seu terceiro encontro

anual, no passado dia 24, em Lisboa,com cerca de centena e meia de parti-cipantes, sendo mais de 90% associa-dos do SBSI com os seus familiares.

O programa começou com atividadesdiversas num centro de diversões deum centro comercial, em Benfica, eonde todos puderam jogar bowling e

Festa anual do Grupo Desportivo da Unicre

snooker, sendo que os mais pequenosestiveram entretidos no parque desti-nado a atividades infantis.

O almoço foi num restaurante brasilei-ro da avenida José Malhoa, onde o SBSIrealizou a confraternização de encerra-mento dos campeonatos de bowlingdeste ano.

Durante a tarde, todos tiveram opor-tunidade de passear no Rio Tejo, numminicruzeiro, desde a zona do Oriente

até Algés, no navio "Ópera". Neste pas-seio houve oportunidade de entregartroféus aos atletas da Unicre que maisse distinguiram em 2011.

Seguiram-se momentos lúdicos inol-vidáveis, onde também houve oportu-nidade para momentos musicais, comos colegas Fernando e Rosa Salgueiro adistinguirem-se a cantar o fado. Foi,sem dúvida, um dia memorável para afamília bancária da Unicre.

Durante o passeio no Rio Tejo

Como foi noticiado nas páginas de "OBancário" de junho, o nosso Sindica-to inscreveu, pela primeira vez, uma

equipa para participar na credenciadacompetição de golfe organizada pelo se-manário "Expresso" e designada como"Expresso BPI Golf Cup".

A equipa do SBSI, constituída pelos pa-res João Sá/Noé Fontes e Pedro Taborda//Carlos Felício, foi chamada a participarna quinta jornada da qualificação regionalde Lisboa, que decorreu em 25 de junho,nas instalações do Belas Clube de Campo.

Com o campo em excelentes condi-ções, vento ameno pelos "standards" dolocal e um dia quente, estavam reunidasas condições para excelentes prestaçõesdas 22 equipas participantes, sendo umadelas a equipa representante do SBSI.

Num dia em que se registaram exce-lentes resultados, a prestação da equipado SBSI foi muito empenhada mas insufi-ciente para obter a qualificação para a

Golfe

Valorosa prestação da equipa do SBSIronda seguinte, uma vez que passavamas onze melhor classificadas e a do SBSIfoi 15.ª, tendo ficado a uns meros trêspontos de garantir o apuramento.

No final, foi possível ouvir o porta-vozda equipa, tendo afirmado que "é sem-pre possível fazer melhor, mesmo que aequipa se tenha empenhado afincada-mente por obter um resultado suficientepara a qualificação. E a ponta final dosegundo par foi um pouco aziaga, impe-dindo a equipa de alcançar o objetivo aque se propôs. Mas a equipa agradece oempenho do Pelouro dos Tempos Livresdo SBSI para que esta participação fossepossível e que novas oportunidadespossam surgir".

Durante a entrega de prémios foi efe-tuado o sorteio do "lucky loser", que con-siste na repescagem de uma das equipasnão diretamente apuradas, cabendo asorte à equipa da CIMO que, por acaso, foia última classificada.

Acrescente-se que essa quinta jornadada qualificação regional foi ganha pelaequipa da Zon e que a equipa 2 do BPIobteve o 13.º lugar, com o "BarclaysWealth" logo a seguir, enquanto a equipa2 do BPI foi 18.ª na tabela.

A equipa do SBSI

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A27.ª edição do campeonato in-terbancário de pesca de alto marterá diversas fases de apuramen-

to, que decorrerão ao largo da zonaentre Setúbal, Sesimbra e Sines, com afinal a ter lugar em local a determinar.As inscrições estão abertas até ao pró-ximo dia 27.

Pesca

Campeonato de alto marcomeça em setembro

O campeonato será disputado indivi-dualmente e por equipas, contandocomo equipas os Grupos Desportivos daBanca, as Secções Regionais e de Em-presa e grupos de associados que comotal se inscrevam, com um mínimo decinco pescadores.

Dado o elevado número de inscriçõesesperadas, o campeonato será faseadoe decorrerá a partir de 1 de setembro.As provas de apuramento terão lugaraos sábados, ou sábados e domingos,podendo ser efetuadas eliminatóriasdurante a semana. Em cada eliminató-ria serão apurados de 4 a 7 concorren-tes por barco, para participarem naseliminatórias seguintes, até ao apura-mento de 15 a 18 finalistas.

Cada equipa formalizada poderá in-dicar um elemento para integrar o nú-

cleo de delegados de mar, a utilizarpela comissão organizadora. As inscri-ções devem ser enviadas para a SecçãoRegional de Setúbal até 27 de julho,acompanhadas da ficha de inscrição ede um cheque de € 30, por cada pesca-dor, à ordem daquela Secção Regional.As organizações que inscrevam equi-pas terão de pagar mais € 15 por cadaconcorrente inscrito. As inscrições fe-mininas serão gratuitas.

No final serão distribuídos diversosprémios aos participantes individuais eàs equipas, além de um troféu ao pes-cador que capturar o maior exemplar.

Tal como em anos anteriores, a Sec-ção Regional de Setúbal foi constituídaem comissão organizadora, por dele-gação do Pelouro dos Tempos Livres doSBSI.

Manuel Pinheiro é campeão do Sul e Ilhas

Como antes se refere, o apuramen-to da área do nosso Sindicato co-meçou em 16 de junho, na barra-

gem do Maranhão e com a participaçãode nove dezenas de pescadores, queforam distribuídos por seis zonas.

A barragem tinha pouca água e, porisso, o peixe não abundava. Mesmoassim, foi possível ao vencedor, DavidFranco, do BPI, totalizar 12 900 pontos,tendo sido nove os pescadores que ul-trapassaram os dez mil pontos.

Com o triunfo de ManuelPinheiro, do Santander Totta,chegou ao fim o apuramento

do Sul e Ilhas para a 34.ªedição dos encontros

nacionais interbancários depesca de rio. Uma competiçãoque começou em 16 de junho

e vai terminar em 29 desetembro, com a realização

da final nacional, já marcadapara a pista de Monte Real

Estas foram as classificações dos seisprimeiros, todos eles vencedores na suazona de ação: 1.º David Franco (BPI 3), 12900 pontos; 2.º Manuel Pinheiro (GDST 1),12 880; 3.º João Sousa Feira (GDST 1), 12440; 4.º António Ferreira (CA Team), 12000; 5.º César Pinto (CA Team), 7380; 6.ºJoão Manuel Agualusa (GDST 1), 6200.

Coletivamente, a vitória coube à equi-pa 1 do GDST, com 7 pontos e com igualpontuação a ser obtida pelo CA Team.

A segunda prova teve lugar uma se-mana depois, na pista de Coruche. E ascapturas foram ainda mais fracas, dan-do a ideia que o peixe foge dos pesca-dores bancários como os aumentos de

salários destes. De tal forma que ape-nas dois pescadores ultrapassaram ostrês mil pontos, de acordo com a clas-sificação apurada, como segue: 1.º Fer-nando Antão (CGD 1), 3780 pontos; 2.ºAntónio Bugalho (BPI 1), 3120; 3.º Ma-nuel Pinheiro (GDST 1), 2620; 4.º Bene-venuto Rei (BES 1), 2020; 5.º José MariaMarques (CGD 1), 1740; 6.º Alberto Fer-reira Costa (BES 2), 1680.

As equipas 1 da CGD e 2 do BEStotalizaram 10 pontos e a 1 do BSTsomou 12 pontos.

A terceira prova serviu como final doapuramento do Sul e Ilhas e teve lugar nopassado dia 7, na ribeira do Cabeção. EManuel Pinheiro seria o vencedor, com4920 pontos, seguido de António Buga-lho, com 3960, e de João Manuel Agualu-sa, com 3620, tendo a vitória coletivasido da equipa 1 do GDST.

A classificação final foi liderada porManuel Pinheiro, com António Bugalho,João Manuel Agualusa, José Maria Mar-ques e Pedro Fernandes nos lugares ime-diatos.

Por equipas, a vitória coube à equipa 1do GDST, com 31 pontos, com as equipasprincipais do BPI e da CGD nas posiçõesseguintes.

D. Ximenes Belo e o vigário geral do Portonas jornadas geriátricas da TrofaSenior

Em 2 de junho, a TrofaSenior recebeuas "I Jornadas Geriátricas", sob otítulo "Demências". E cerca de uma

centena de profissionais de saúde encheuo auditório, participando ativamente nodecorrer dos trabalhos, através da colo-cação de questões aos palestrantes emanifestando opiniões sobre o assuntoem debate.

Foi um dia de trabalho intenso, mas que,pela forma e pelos conteúdos das apresen-tações realizadas pelos palestrantes e coma participação ativa dos convidados, setornou numa iniciativa de sucesso.

Foram convidados de honra D. XimenesBelo, Prémio Nobel da Paz, e o padreAmérico Aguiar, vigário geral da diocese doPorto, que, com a exposição das suas expe-riências pessoais, abriram da melhor formao dia de trabalho.

D. Ximenes Belo sublinhou a importân-cia de todos os profissionais de saúde naminoração da dor dos mais velhos, afir-mando que "a razão desta atividade profis-sional é a pessoa humana". Centrou a suaapresentação no idoso, suas carências enecessidades, e no papel que todos temosde ter, particularmente os profissionais desaúde, nos cuidados às pessoas que outroraforam "jovens e ativos como todos nós".

Seguiu-se o padre Américo Aguiar, ver-sando a apresentação sobre o papel e aatenção das famílias, combatendo destaforma o principal flagelo dos idosos: asolidão.

Frisou também o papel relevante que asinstituições como a TrofaSenior têm nanossa sociedade, oferecendo aos idososcasas acolhedoras, onde possam viver comdignidade e qualidade.

Esta apresentação teve elevado impac-to, já que, de modo muito direto e informal,falou da sua experiência e deu a sua opiniãosobre este assunto, muitas vezes encaradocomo tabu.

A conferência da manhã foi encerradapor Alfredo Gomes, administrador da Trofa-Senior, que alertou para o problema dasolidão do idoso e o que fazer, dandoexemplos de como na TrofaSenior o idosonão se sente sozinho.

Os restantes palestrantes convidadosiniciaram as mesas redondas abordando o

tema das jornadas de forma mais técnicae científica, visando um público que todosos dias se depara com o problema dasdemências.

Estas foram as primeiras jornadas –espera-se que de muitas – que espelhama preocupação da TrofaSenior sobre pro-blemas que assolam a nossa sociedade,particularmente aqueles que afetam umafaixa tão frágil da nossa população: osidosos.

O sucesso das jornadas demonstra tam-bém o empenho, a atenção e o trabalhoárduo que a administração da TrofaSeniortem vindo a colocar na procura de pres-tação do melhor serviço à nossa socieda-de, encontrando e apresentando solu-ções nos cuidados a idosos e oferecendo--lhes uma elevada qualidade de vida.

Pelo número de presenças e pelo pres-tígio dos convidados, esta iniciativa re-veste-se já de projeção a nível nacional,superando as expetativas e projetando aTrofaSenior como uma instituição de re-ferência nos cuidados a idosos.

No final do dia e durante o jantar deencerramento, os participantes manifes-taram a sua satisfação, agradecendo oconvite e desafiando a administraçãopara a realização de mais iniciativas si-milares, contribuindo assim para a suaformação.

Indo ao encontro daquelas expetativas,a administração anunciou que as II Jorna-das Geriátricas se realizarão em 1 de junhodo próximo ano. O esforço da TrofaSeniorcontinua, assim, no sentido de contribuirpara uma melhor sociedade.

Maria do Deserto apresenta livrosobre a vida e obra de Carlos Paião

No mesmo dia 2, foi apresentado o livro sobre avida e obra de Carlos Paião, pela autora, aescritora e pintora Maria do Deserto que, em

boa hora, aceitou o convite e o desafio endereçado pelopresidente da Direção do SBN, Mário Mourão, paraapresentar um livro sobre "alguém que não pode seresquecido". O interesse e a curiosidade pela vida dohomem que, além de médico, foi também um reco-nhecido cantor, poeta e artista, levaram a que aapresentação do livro tivesse sido um sucesso, coma sala repleta.

A sua vida pode ser agora conhecida através destelivro, construído com base em testemunhos de pes-soas que privaram com o cantor.

TEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

TEXTOS: RUI SANTOS

Os oradores,ladeados pelos

membrosda mesa

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TEXTOS: FIRMINO MARQUES

AComissão Permanente do Con-selho Geral pronunciou-se favo-ravelmente, em 20 de junho,

sobre o plano de obras apresentadopela Direção, referente ao rés-do-chãoda Rua de S. Brás – SAMS – e à impermeabi-lização do terraço, bem como sobre amudança de instalações da Novótica.

Assim, quanto aos SAMS, serão altera-dos, remodelados e modernizados osserviços dos balcões de informações e dereceção das comparticipações, a tesou-raria e os serviços para atendimento desócios e beneficiários e de marcações.

No que respeita à Novótica, ocuparáum espaço privilegiado no rés-do-chão– frontaria – redimensionando-se etornando-se mais visível e apelativa,

Terminou o 33.º campeonato regio-nal de pesca desportiva de mar,que contou com a presença de qua-

renta associados do Sindicato dos Ban-cários do Norte.

Após a terceira e última prova fica-ram classificados nos primeiros trêslugares Manuel Silva Oliveira (BES),Augusto Antunes Vieira (BCP) e Abílio

Pesca

Manuel Oliveira vence no mare José Loureiro ganha no rio

Lemos Bastos (MG), respetivamente.A final nacional está prevista para 6

de outubro, em Porto Covo, onde o SBNserá representado pelos 15 pescado-res melhor classificados no torneioregional.

Entretanto, o 24.º torneio regional depesca de rio terminou e contou com aparticipação de 51 associados, entre

Diogo Geraldes, doBST do Porto, JoséFernandes, da

CCAM de Vila Verde, eLuís Amaral, do BST deSever do Vouga, consti-tuíram o pódio do 14.ºcampeonato regional dekarting, após renhidas –mas leais – provas quese disputaram nos kar-tódromos de Fafe e Ma-tosinhos, nos meses deabril, maio e junho.

Diogo Geraldes renovaassim o título de cam-peão regional de karting,

eles uma bancária, Graça Pereira, daCGD, que ficou apurada para a finalnacional e onde fará equipa com mais17 pescadores, em representação doSindicato dos Bancários do Norte.

As provas decorreram em Cavez,Monte Real e Chaves, tendo-se sagradocampeão o associado José Loureiro, daCGD.

Coletivamente, o primeiro lugar dopódio foi ocupado pela equipa da CGD.

A final nacional decorrerá em MonteReal, em 29 de setembro.

Karting

Lutas renhidas mas leais

que brilhantemente tinha conquistado no ano passado.A final nacional decorrerá no kartódromo da Batalha, onde o Sindicato

dos Bancários do Norte se fará representar pelos seis primeirosclassificados no torneio regional.

José Fernandes, Diogo Geraldes e Luís Amaral

Danças de salãocomeçam em setembro

Manuel Manarte é o autor da última expo-sição da série "À moda do Porto" que aDireção do SBN tem vindo a promover, em

colaboração com o seu "Núcleo de fotografia".Como habitualmente, a mostra estará patente na

galeria deste Sindicato, sita na Rua Conde Vizela, 145,no Porto, até 1 de agosto, onde poderá ser visitadatodas as quartas e quintas, das 15 às 17,30 horas.

O título escolhido para a derradeira exposiçãodesta série foi "Vitrinas", já que este foi o temaescolhido pelo autor.

À moda do Porto

"Vitrinas"TEXTO: FIRMINO MARQUES

TEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

não só para os sócios e beneficiáriosdos SAMS mas também para o públicoem geral. Os preços praticados conti-nuam fortemente concorrenciais e ossócios continuarão a beneficiar de umamargem de desconto significativa. Esteserviço continuará, assim, a enrique-cer e a orgulhar o SBN/SAMS.

Por outro lado, com estas beneficia-ções que mereceram o parecer favorá-vel da Comissão Permanente, os SAMSficarão dotados de ainda melhores con-dições para poderem prestar os nobresserviços que lhe estão cometidos.

A título de curiosidade, assinale-sealgumas das modificações que vão serexecutadas: retificação de pavimentose de paredes, tratamento anti-humida-de nas paredes e demolição de divisó-rias e adaptação do espaço assim con-

seguido; instalação de rede de águaquente e fria; instalação de um quadroelétrico geral; sistema de deteção deincêndios; sistema de som, com umacentral dotada de canal estéreo; todo omobiliário cumprirá os mais altos pa-drões de qualidade; aparelhos de arcondicionado; lettering interior cominformação e logótipo; extintores depó; reimpermeabilização do terraço eimpermeabilização da fachada norte.

Por último, registe-se que a ComissãoPermanente aprovou duas moções, porunanimidade, no sentido de que a Dire-ção, com firmeza e determinação, pro-videncie as medidas necessárias, juntoda Febase, para a salvaguarda dos inte-resses dos trabalhadores bancários doIFAP e da Cotacâmbios, lutando firme-mente pelos seus direitos.

Através do Pelouro Recreativo eCultural, a Direção do SBN vairetomar as aulas de danças de

salão, destinadas a sócios e familia-res diretos, a partir de 3 de setembroe até 31 de julho do próximo ano.

O termo "dança de salão" refere--se a diversos tipos de danças exe-cutadas por um casal de dançari-nos. E são praticadas socialmente,como forma de entretenimento,integração social e, competitiva-mente, como desporto.

Mas, mais do que um desporto, a "dança de salão" é uma arte,diferente e cativante, acessível a "alunos" dos 10 aos 100 anos, peloque este curso, para além de saudável entretinimento, poderáconstituir uma oportunidade de convívio e sã camaradagem entregerações, onde poderão interagir avós, pais, filhos e netos.

As aulas terão todo o apoio necessário, assegurado porprofessores profissionais e devidamente certificados.

Para mais informações, contatar os serviços do Sindicato.

José Loureiro, da CGD

Comissão Permanente aprova plano de obrasTEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

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