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2 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 11 de fevereiro 2014

sum

ário

Propriedade:Federação do Setor FinanceiroNIF 508618029

Correio eletrónico:[email protected]

Diretor:Delmiro Carreira – SBSI

Diretores Adjuntos:Aníbal Ribeiro – SBCCarlos Marques – STASHorácio Oliveira – SBSIMário Mourão – SBN

Conselho editorial:Firmino Marques – SBNPatrícia Caixinha – STASRui Santos Alves – SBSISequeira Mendes – SBC

Editor:Elsa Andrade

Redação e Produção:Rua de S. José, 1311169-046 LisboaTels.: 213 216 062/090Fax: 213 216 180

Revisão:António Costa

Grafismo:Ricardo Nogueira

Execução Gráfica:Xis e Érre, [email protected] José Afonso, 1 – 2.º Dto.2810-237 Laranjeiro

Tiragem: 64.370 exemplares(sendo 5.370 enviados porcorreio eletrónico)Periodicidade: MensalDepósito legal: 307762/10Registado na ERC: 125 852

Ficha Técnica

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DOSSIÊ l SaláriosSindicalizados conseguem salários mais altos 4Sindicalismo: teorias e conceitos 5Os benefícios da filiação 6Negociação coletiva é determinante 8

CONTRATAÇÃO l SegurosCCT para a atividade seguradora 9

CONTRATAÇÃO l BancaACT: Febase apresenta novas propostas 10Banco de Portugal vai pagar subsídios aos reformados 11Estatutos do sindicato único em redação 11Trabalhadores do BCP respondem a consulta 12

SINDICAL l AtualidadeUGT rejeita alterações do Governo aos despedimentos 13Os critérios da proposta governamental 13Normas chumbadas pelo TC 14Patrões insistem na caducidade 15CES convoca manifestação em Bruxelas 16O arrojado plano sindical 17

QUESTÕES l JurídicasProcedimento disciplinar: como agir 18

l STAS ActividadeSeguradora

l Bancários Sule Ilhas

l Bancários Norte l Bancários Centro

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l EDITORIAL

Num destes dias estive à mesa de um restaurantelisboeta com vários advogados, alguns dos quaistiveram, no passado mais ou menos longínquo,

intervenção nas lides sindicais ou participação no "proces-so histórico" que terminou com a "unicidade sindical".

Sobretudo estive a beber informação histórica, embora,como convém nestas aprendizagens, nem sempre coinci-dissem as opiniões. Polémica foi a discussão em torno dosindicalismo que se vai fazendo no nosso País, à semelhançado que se verifica em parte significativa dos países da UE.

Uns defenderam que não existe movimento sindicaldigno desse nome quando, permanentemente, há conver-gência entre patrões e sindicatos. "O sindicalismo só temrazão de ser se for revolucionário, insubmisso, indomávelperante as exigências dos patrões". Porque, no seu enten-der, "patrões são patrões" e estes só se aproximam daspretensões dos que "vendem a sua força de trabalho" sealguma coisa quiserem em troca. E adiantavam com fervorque a descredibilização dos sindicatos, sobretudo juntodos trabalhadores com idade inferior aos 40 anos, tem aver com a falta de sentido prático daqueles, pois nasúltimas duas décadas "nada conseguiram fazer em prol dosseus representados".

Outros verbalizavam em favor do pluralismo sindical. "Épelo diálogo e na concertação que os trabalhadores atingem,não o que pretendem, mas o possível na repartição dosinteresses de ambas as partes". E continuavam, fazendocomparações entre o que tem sido conseguido, naquelavintena de anos, pelo chamado "sindicalismo de proposição".

No seio desta discussão, abstraí-me e transportei-me aduas semanas atrás, num outro restaurante na margemsul, no qual três altos responsáveis de outros tantos

TEXTO: HORÁCIO OLIVEIRA

No processo negocial em torno do ACTnão será aceitável que os bancários saiam

sentindo-se utilizados pelo sistemafinanceiro e com a sensação de que"o renovado ACT" terá sido um caso

perdido. Isto tem de ficar claro

Não estiquem a corda

bancos defendiam que "caso eles não queiram, vamos paraa caducidade". Referiam-se, obviamente, ao processonegocial sobre o ACT que está sobre a mesa, atirando paraos sindicatos e para a Febase a responsabilidade de umapossível rutura nas negociações. Abertamente, sem cons-trangimentos, como se eu fosse invisível e fingindo quenão tinham reparado na minha presença, transmitiam-meos seus recados. "Este já leva que contar", pensaram.

Voltei ao jantar com os meus colegas e à discussão sobreas filosofias sindicais. "Estou inteiramente de acordo comos princípios norteadores do sindicalismo moderno, queopta pelas mesas negociais em vez das manifestações derua e da fuga da assunção de compromissos. É isso quetenho vindo a defender, mas, confesso, não sou um dog-mático".

Na verdade, concretizando, no processo negocial emtorno do ACT não será aceitável que os bancários saiamsentindo-se utilizados pelo sistema financeiro e com asensação de que "o renovado ACT" terá sido um casoperdido. Isto tem de ficar claro. Será bom que não se"estique a corda". A responsabilidade pelo sucesso ouinsucesso das negociações recai, necessariamente, naspartes que se sentam de um e do outro lado da mesa. Sealguém pensa que o "papão" da caducidade assusta osrepresentantes dos bancários, desengane-se. Antes quetal aconteça haverá gente a desejar voltar atrás.

"És um adepto do 'hibridismo sindical'. Negociação,negociação… Manifestação."

"Sou um adepto da clareza e lisura de processos. Se esteschegam ao fim sem resultados, por manifesta intransigên-cia inadmissível de uma das partes… Bancários, megafo-nes, bandeiras… Rua…".

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SINDICAL l AtualidadedossiêEstudo do Banco de Portugal conclui

Os trabalhadoressindicalizados beneficiam de

um "muito significativoprémio sindical", ou seja, um

ganho salarial que podeatingir valores superiores

a 30% relativamente aos nãosindicalizados. A conclusão

é de dois investigadoresdo Banco de Portugal, depois

de analisarem informaçãode cerca de 200 milempresas nacionais

Sindicalizados conseguem salários

TEXTO: ELSA ANDRADE

continente, empregando 2.337.809 tra-balhadores por conta de outrem comcontrato de trabalho a tempo inteiro. Douniverso de análise ficaram excluídos ostrabalhadores da administração pública,da agricultura, produção animal, caça,floresta, pesca e as atividades dos orga-nismos internacionais e outras institui-ções extraterritoriais.

Pedro Portugal e Hugo Vilares preten-deram apurar a taxa de trabalhadoressindicalizados (através da pergunta doquestionário "Indique o número de traba-lhadores sobre os quais tenha conheci-mento da respetiva sindicalização"), asua relação com o tipo, dimensão e loca-lização da empresa e, consequentemen-te, com o prémio sindical, ou seja, oimpacto da presença sindical no saláriodos trabalhadores.

A conclusão é clara: "Os trabalhadoressindicalizados beneficiam de um muitosignificativo prémio sindical. Em empre-sas com fortes níveis de sindicalização,este prémio atinge valores superiores a30%, quando é estabelecida a compara-ção com trabalhadores não sindicaliza-

Ser sindicalizado compensa, e emPortugal mais do que noutros paísesdesenvolvidos. Mais uma constata-

ção dessa vantagem está plasmada noartigo "Sobre os Sindicatos, a sindicaliza-ção e o prémio sindical", da autoria dePedro Portugal e Hugo Vilares, do Depar-tamento de Estudos Económicos do Ban-co de Portugal, publicado no BoletimEconómico - Inverno 2013.

Para a realização do estudo, os autoressocorreram-se dos registos individuais do

Relatório Único de 2010, cujos dados sãorecolhidos através de um questionário obri-gatório efetuado pelo Ministério da Solida-riedade, do Emprego e da Segurança Social.

As respostas foram fornecidas por198.326 empresas do setor privado do

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Perfil do sindicalizado

Em Portugal, os trabalhadores sindicalizados são maioritariamente homens,nacionais, licenciados e com contrato de trabalho sem termo.

Habilitaçõesliterárias

Género

Nacionalidade

Tipo de contrato

Fonte: Relatório Único de 2010, citado por Pedro Portugal e Hugo Vilares

Caraterísticas do trabalhador Taxa de sindicalização (%)Inferior 1.º ciclo ensino básico 8,00

Ensino básico 8,77Ensino secundário 13,29Ensino superior 15,75

Mulher 10,37Homem 11,29Nacional 11,17

Estrangeiro 5,40A termo 5,69

Sem termo 12,50

Variáveis

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Atualidade l SINDICAL

Salários

coletiva com coberturas sindicais persis-tentemente altas são a causa do desinte-resse dos trabalhadores pela sindicaliza-ção, muitos deles movidos pelo fenómenode free-riding (aproveitar os benefícios dotrabalho dos sindicatos sem o custo dasquotas sindicais).

O setor financeiro português – banca eseguros – contraria esta tendência, aoapresentar a maior presença sindical dopaís: 63,8%. Seguem-se os setores daeletricidade, gás, vapor, água quente efria e ar frio (60,5%) e dos transportes earmazenagem (31,3%).

Osindicalismo enquanto elemento central das relações industriais é o produtode várias categorias profissionais e dimensões organizativas, com diferen-ças que encontram a sua explicação nos contextos nacionais.

Como referem sociólogos como Elísio Estanque ou Augusto Hermes Costa, sendoo sindicalismo a forma mais tradicional de representação dos interesses dasclasses trabalhadoras, os sindicatos são associações de trabalhadores que nego-ceiam condições salariais e de emprego dos seus membros, valorizando a açãocoletiva em detrimento de questões de índole individual. Hirschman apresenta ossindicatos como veículos privilegiados através dos quais os trabalhadores voca-lizam os seus anseios e preocupações sobre o local de trabalho.

De acordo com o seu trajeto sócio-histórico, Ebbinghauss e Visser dividem ossindicatos em três grandes corpos: enquanto parte de um movimento social(promovendo a democracia de massas com o objetivo de alcançar a emancipaçãodos trabalhadores e a valorização do seu estatuto), como instituições do mercadode trabalho nas economias capitalistas (articulando interesses e congregandoexigências) e como grupos de interesses nas democracias políticas (exercempressão sobre governos, parlamentos e instâncias públicas).

Relativamente às abordagens teóricas clássicas do sindicalismo, refira-se as decunho ético e moral, que colocam ênfase na justiça assente em valores morais ereligiosos (tanto de cariz católico como protestante) e como mecanismo deoposição à injustiça e à pobreza. Num outro corpo teórico está a abordagem dosindicalismo enquanto reação psicológica ou defensiva às primeiras condições daindustrialização.

Quanto ao antagonismo e compatibilidade entre trabalhadores e empregadorese respetiva resposta sindical, bem como ao papel desempenhado pelo Estado,desenvolvem-se três distintas abordagens: a da luta de classes, baseada nasconceções de Marx e Engels; a de integração social, defendida por Durkheim; e aque se centra na democracia industrial, proposta por autores como Sydney eBaetrice Webb e Commons.

Na teoria económica, referem Pedro Portugal e Hugo Vilares no seu artigo, éassumido que no processo negocial os sindicatos procuram maximizar o bem-estardos seus membros. "É admitido, de forma simplificadora, que os objetivos danegociação poderão ser limitados ao aumento dos salários (modelo de monopólio)ou da massa salarial (modelo de right-to-manage), o qual combina os objetivosemprego e salário".

Neste enquadramento, o poder negocial de um sindicato, fundamental nadefinição do equilíbrio de mercado atingido, caracteriza-se através da capacidadedas estruturas sindicais mobilizarem os trabalhadores no sentido de imporemperdas de lucros às empresas e de suportarem os custos inerentes às greves, frisamos autores.

"A forma convencional de determinar empiricamente o poder negocial de umsindicato consiste em aferir a sua capacidade mobilizadora através da taxa desindicalização, e a amplitude da sua influência através da cobertura sindical que lheé conferida pelo contexto legislativo".

"A distribuição setorial da sindicaliza-ção sugere que a oferta de serviços desaúde (ou esquemas complementares deseguros de saúde) pelos sindicatos atraiuma forte adesão dos trabalhadores",referem os autores.

Por outro lado, salientam ainda, "astaxas de sindicalização tendem a sermais elevadas em monopólios naturais enoutros setores protegidos da concorrên-cia. A presença de rendas económicasnestes setores de atividade facilita aorganização sindical e torna mais eficaz aextração de rendas".

Sindicalismo: teorias e conceitos

mais altos

dos com as mesmas características ob-servadas e que operam nos mesmossetores de atividade e regiões".

Setor financeiro lidera

No que diz respeito à sindicalização, osautores confirmaram uma acentuadaquebra. Com base na resposta ao Relató-rio Único, Portugal registava em 2010uma taxa de sindicalização de 10,9%.

Estes dados estão em linha de conta comas conclusões de outros estudos sobre arealidade de boa parte dos países desen-volvidos. Refira-se, no entanto, que outrasfontes, embora confirmem a tendência des-cendente, apresentam taxas diferentes paraa sindicalização em Portugal. A OCDE, porexemplo, estabelece uma taxa de 19,3%em 2010.

Segundo um estudo de 2013, Pontusson"coloca a erosão sindical portuguesa entreas mais pronunciadas, apenas ultrapassa-da pelas verificadas na Nova Zelândia e naFrança", salientam Pedro Portugal e HugoVilares, seguindo a linha de interpretaçãode vários autores, para quem a negociação

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dossiê

O que leva os trabalhadores a sindicalizarem-se é uma questão abordada no estudo "Sobre ossindicatos, a sindicalização e o prémio sindical".

Com base na teoria produzida, Pedro Portugal e Hugo Vilares explicam que a decisão é tomada combase numa ponderação entre os benefícios da sindicalização e o seu custo: "Aderir ao movimentosindical usualmente exige o pagamento de uma quota sindical, e contempla um conjunto de benefícios,não divergindo, neste sentido estrito, de qualquer outro bem típico disponibilizado para consumo".

Os benefícios do trabalhador sindicalizado dividem-se em privados e coletivos. Como exemplos dasvantagens coletivas, os autores salientam uma proteção no emprego reforçada, a existência de umprémio sindical, melhores condições de trabalho, canais próprios para apresentação de desagradolaboral sem o risco de ser despedido ou confrontado, e proteção contra decisões ilegais ou arbitráriasdo empregador.

No segundo caso, os benefícios privados, encontram-se um maior investimento em formação eeducação, aconselhamento jurídico gratuito, providência de seguros de saúde, ou o acesso a regimesde pensões e assistência financeira mais vantajosos.

No entanto, não raras vezes os benefícios coletivos conquistados pelos sindicatos acabam por seratribuídos a todos os trabalhadores, independentemente da sua condição sindical. "É frequenteobservar que a política de recursos humanos afete todos os trabalhadores da empresa, e envolvaquestões como a proteção no emprego, as condições de trabalho ou até o prémio sindical que, todavia,não deixam de ser influenciadas pela presença sindical", frisam os autores do artigo. Contrariamente,a proteção legal providenciada pelo sindicato é um benefício exclusivo dos sindicalizados.

"Desta forma, a adesão sindical é frequentemente considerada um bem de clube (club good)imperfeito, dado que parte dos benefícios inerentes à sindicalização são frequentemente estendidosa todos os trabalhadores", lê-se no estudo de Pedro Portugal e Hugo Vilares.

"Esta imperfeição gera incentivos para comportamentos de free-riding, ou seja, para a existênciade trabalhadores que, garantindo parte relevante dos benefícios da sindicalização, preferem nãoincorrer nos custos inerentes, dado que na sua análise de utilidades, os benefícios exclusivos dossindicalizados não compensam os custos inerentes à sindicalização", acrescenta-se.

"Nesta perspetiva, a opção pela sindicalização é, para o trabalhador, uma decisão sobre o consumode um bem de clube imperfeito, em que não é raro que o trabalhador opte por fazer free-riding,pressionando assim negativamente as taxas de sindicalização", concluem os autores.

O "fator" SAMS

Outros fatores que influenciam a sindi-calização são a idade do trabalhador (osmais velhos são mais sindicalizados), oseu grau de escolaridade (prevalênciados licenciados), o género (mais homens,embora a diferença seja diminuta), anacionalidade (portuguesa) e o tipo de

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Os benefícios da filiação

Fonte: Relatório Único de 2010, citado por Pedro Portugal e Hugo Vilares

O prémio sindical, ou seja, o ganho salarial atribuído aos trabalhadores, é maior nas empresasmais sindicalizadas

Prémio sindical

Taxa de sindicalização na empresa

Controlo das caraterísticasdo trabalhador

Controlos de trabalhador,setor e região

S/ controlosAté 25% 25% a 50% 50% a 75% Superior a 75%2,85% 29,19% 71,58% 80,96%

2,45% 22,51% 50,22% 53,52%

2,08% 17,94% 31,66% 28,86%

21,11% 16,48% 22,14% 40,27%

Prémio sindical

Proporção des indica l izadospor grupo

contrato de trabalho (um vínculo perma-nente favorece a sindicalização).

Quanto ao tipo de empresa, os autoresconcluíram um maior predomínio de sin-dicalizados nas de capitais públicos, deatividades mais protegidas da concor-rência, de maior dimensão (até quatrotrabalhadores a taxa de sindicalização éinferior a 1%, com 500 ou mais trabalha-

dores atinge os 30,1%) e nas localizadasnas áreas de Lisboa e Porto.

No entanto, "a sugestão de uma forteassimetria setorial da sindicalização éparcialmente atenuada quando se consi-deram as características observáveis dasempresas e dos trabalhadores. Persis-tem, todavia, os casos conspícuos dasatividades financeiras e de seguros, dasatividades administrativas e dos servi-ços de apoio, e dos transportes e arma-zenagem", evidenciam os economistasdo Banco de Portugal.

No caso das atividades financeiras, osautores apontam uma possível explica-ção: "Será porventura o único setor priva-do da economia onde os sindicatos ofere-cem um subsistema de saúde privadoaos trabalhadores (SAMS), sugerindo quea oferta de serviços de saúde (ou esque-mas complementares de seguros de saú-de) atrairá uma maior adesão dos traba-lhadores aos sindicatos".

Presença das organizações

A transferência de rendas dos empre-gadores para os trabalhadores opera-seatravés de um conjunto de benefícios,pecuniários e não pecuniários. É nestecontexto que se calcula o impacto dapresença sindical no salário dos trabalha-dores – o chamado prémio sindical.

Ou seja, o prémio sindical é medidocomo "o diferencial de remuneração au-ferida por um trabalhador em ambientesde trabalho mais sindicalizados, face aum trabalhador com idênticas caracte-

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Salários

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 11 de fevereiro 2014 ––––– 7

rísticas em ambientes de trabalho me-nos sindicalizados".

Numa perspetiva estrutural dos mer-cados, "enquanto houver poder negocialdos sindicatos e rendas geradas em mer-cados imperfeitos de produto, existirámargem para obter benefícios para ostrabalhadores que, em parte, se podem

traduzir num prémio sindical", conside-ram Pedro Portugal e Hugo Vilares.

No seu estudo, os autores utilizaramvárias formulações para aferir qual o pré-mio salarial em Portugal e concluem: "Ostrabalhadores sindicalizados beneficiamde um muito significativo prémio sindical,seja qual for a métrica da sua estimação".

Mais sindicalização,maior ganho

Os autores verificaram que o poder dossindicatos não se traduz em ganhos sala-riais de forma linear: se a taxa de sindi-calização for inferior a 25%, o prémiosindical é quase nulo. Só a partir desse

Taxas de sindicalização setorial

Fonte: Relatório Único de 2010, citado por Pedro Portugal e Hugo Vilares

Setor Taxa de sindicalização (%) Peso setor em número trabalhadores (%)Ativ. Financeiras e de seguros 63,80 3,61Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria, ar frio 60,46 0,31Transportes e armazenagem 31,30 5,34Ativ. de informação e comunicação 15,65 2,56Captação, tratamento e dist. água; saneamento 14,48 0,82e gestão de resíduos e despoluiçãoIndústrias extrativas 11,96 0,41Indústrias transformadoras 11,69 24,23Ativ. artísticas, espetáculos, desportivas e recreativas 10,55 0,78Ativ. saúde humana e apoio social 9,42 7,90Alojamento, restauração e similares 8,01 6,88Outras ativ. de serviços 7,54 2,76Comércio por grosso e retalho; reparação 4,58 19,46veículos automóveis e motociclosAtiv. administrativas e serviços apoio 4,65 7,49Educação 4,09 1,66Construção 2,86 11,10Ativ. consultoria, científicas, técnicas e similares 2,36 3,98Ativ. imobiliárias 1,44 0,71N.º total de trabalhadores 2.337.809

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SINDICAL l Atualidade Saláriosdossiê

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A negociação coletiva é o elemento central da determinação de salários nomercado de trabalho português, frisam os autores do estudo, lembrando que aConstituição garante aos sindicatos o monopólio da representação coletiva dostrabalhadores no processo negocial.

A convenção coletiva materializa-se em: Contratos Coletivos de Trabalho (CCT),quando o acordo envolve associações sindicais e de empregadores; AcordosColetivos de Trabalho (ACT), se os sindicatos firmam o acordo com um conjunto deempregadores não associados; e Acordos de Empresa (AE), em que o acordo envolveos sindicatos e um empregador.

Nos CCT e ACT, os instrumentos de contratação coletiva apenas vinculam ostrabalhadores sindicalizados e as empresas signatárias ou representadas pelasassociações patronais.

Por vezes, o Governo estende as regulamentações coletivas à integralidade dosetor através de Portarias de Extensão e, em caso de ausência de acordo em setoressimilares aos cobertos por instrumentos de negociação coletiva, o Governo podeestender estes instrumentos a esses setores através de Portarias de Condições deTrabalho.

"Uma ilustração reveladora da influência da negociação coletiva está espelhadano facto de, em 2010, esta ter determinado as tabelas salariais pelas quais se regiamcerca de 88,5% dos contratos dos trabalhadores por conta de outrem do setorprivado, e que serviram de referência para a negociação dos Acordos de Empresaque subsequentemente se realizaram", referem Pedro Portugal e Hugo Vilares.

Assim, "embora as confederações sindicais tenham influenciado diretamente92,3% dos vínculos contratuais do setor privado, apenas representavam 10,9%,da mesma massa de trabalhadores".

Segundo os autores, "este diferencial entre a cobertura sindical e a taxa desindicalização tem vindo a aumentar significativamente nas últimas décadasdevido à diminuição acentuada da taxa de sindicalização e à manutenção da taxade cobertura dos contratos em níveis muito elevados".

valor se regista um incremento muitosignificativo, atingindo o valor máximoem taxas de sindicalização entre 60% e80%.

"Esta evolução parece sugerir que oimpacto sindical nos salários requeruma certa massa crítica e que a capa-cidade marginal de aumentar o prémiosindical se esgota para valores da taxade sindicalização superiores a 75 porcento", referem.

Já comparando o nível de saláriosentre empresas com diferentes taxasde sindicalização e empresas sem tra-balhadores sindicalizados, verificaramque "a diferença salarial cresce com oaumento da taxa de sindicalização atéatingir um prémio sindical máximo de87%. O valor médio do prémio é decerca de 81% nas empresas com taxasde sindicalização superiores a 75 porcento".

Pedro Portugal e Hugo Vilares consta-taram ainda que se na comparação desalários forem tidas em conta as cara-terísticas dos trabalhadores, o prémiosindical atinge um máximo de 59% e, sese considerar a localização e o setor deatividade das empresas, o prémio sin-dical baixa para um máximo de 34,5%."Os valores dos prémios sindicais obti-dos para Portugal são muito elevadosquando comparados com os estimadospara outros países", acentuam.

Complementos generosos

Em Portugal, a remuneração dos tra-balhadores é composta pelo salário base

questão para estabelecer quais das di-ferentes parcelas da remuneração de-têm maior prémio sindical.

"Os sindicatos obtêm maior sucessonegocial na concessão de complemen-tos remuneratórios mais generosos,ainda que isso signifique um saláriobase menos elevado", constataram.

"Estabelece-se, assim, uma compen-sação (um trade-off) entre o salário basee as outras componentes da remunera-ção, em particular no que diz respeito àsremunerações extraordinárias e os sub-sídios de refeição", especificam.

Apesar das conclusões do seu estudo,Pedro Portugal e Hugo Vilares chamama atenção para o facto de "a evidênciade elevados prémios sindicais não per-mite, por si só, estabelecer um nexo decausalidade entre poder sindical e salá-rios".

E explicam: "Um fenómeno de causa-lidade inversa pode decorrer do sim-ples facto da distribuição da presençasindical não ser aleatória, uma vez queos sindicatos se localizam preferencial-mente em empresas com políticas maisgenerosas de salários e tendem a privi-legiar empregadores mais permeáveisàs reivindicações sindicais".

Negociação coletiva é determinante

Fonte: Relatório Único de 2010, citado por Pedro Portugal e Hugo Vilares

Dimensão da empresa

Região

A influência das grandes empresas

A dimensão da empresa interfere na taxa de sindicalização. A percentagem de sindicali-zados aumenta na proporção do tamanho da instituição empregadora. Em termos regionais,Lisboa destaca-se.

e por um conjunto de complementosremuneratórios (subsídios de refeiçãoe de turno, horas extraordinárias, re-muneração extraordinária). Os autoresdo estudo detiveram-se também nesta

Caraterísticas das empresas Taxa de sindicalização (%)(n.º trabalhadores)

1 a 4 0,875 a 9 1,38

10 a 49 3,6850 a 99 8,33

100 a 249 11,91250 a 499 16,71

Mais de 500 30,06Norte 9,17Centro 6,54

Grande Lisboa 15,59Alentejo 6,89Algarve 6,27

Dimensão da empresa/região

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Seguros l CONTRATAÇÃO

Sai este número da revista já depoisda apresentação à APS, por parte daFebase - Setor Segurador, de uma

proposta negocial contemplando algu-mas cláusulas inovadoras e a melhoriade outras.

O atual CCT, vigente desde 2012, resul-tante de uma tentativa, conseguida, deflexibilidade sem desregulamentação,permitiu um correto controlo das normaspor que nos regemos.

Com a serenidade de quem se bateu poruma negociação séria e de quem sabe quea defesa dos trabalhadores passa peladefesa do seu presente e do seu futuro,com a segurança de quem sabe dizer "não"e por isso não tem complexos de dizer"sim" quando é razoável fazê-lo, ignora-ram-se quer as bravatas de quem escrevee diz mais do que faz, quer de quem vivede fantasmas e se alimenta da calúniapara justificar uma impotência que decor-re das opções que assumiu e que mostramnão merecer a confiança de alguns (pou-cos) trabalhadores de seguros.

Quanto à Febase - Setor Segurador, irásimplesmente continuar a defender osinteresses dos trabalhadores, nomeada-mente dos seus associados: com rigor,com trabalho, sem arrogância nem com-plexos.

Continuará a pugnar por uma melhoriado CCT, tornando-o ainda mais eficaz.

Desta forma, e tendo em conta a atualfase do setor, considerou-se justo e opor-tuno apresentar uma proposta realista emoderada.

Espera-se e deseja-se que, com espíritoaberto, a APS e os dirigentes do setor,queiram protagonizar o esforço pela suamelhoria, compartilhando connosco esseesforço de mais modernização que a todosé exigido.

A negociação do CCT é sempre um factoimportante para a vida de todos, pelo que

CCT para a atividade seguradora

As exigências do presente e os desafios do futuroA Febase – Setor Segurador

apresentou à AssociaçãoPortuguesa de Seguros (APS)

uma proposta negocialque contempla algumas

cláusulas inovadorase a melhoria de outras

TEXTO: JOSÉ LUÍS PAIS

se torna necessário dedicar a devida aten-ção para que de forma consciente se con-tribua para a otimização dos resultados aalcançar.

Fica a certeza de que tudo será feito parase conseguir uma negociação correspon-dente aos anseios e simultaneamente seadeque à conjuntura vivida.

Situação atual

Durante o ano agora iniciado, todos ostrabalhadores associados do STAS e doSISEP, “admitidos em anos terminados em4 ou 9”, têm direito, de acordo com asregras estabelecidas na Cláusula 41.ª, aum “Prémio de Permanência” equivalen-te a 50% do seu ordenado efetivo mensal,pagável conjuntamente com o ordenadodo mês em que o facto ocorrer.

Na oportunidade e por força da Delibe-ração n.º 3 de 27 de maio de 2013, igual-mente os trabalhadores com mais de 50anos de idade podem optar pelo recebi-mento do valor pecuniário equivalente aodo ordenado efetivo dos dias de licença emdetrimento destes. Para este efeito deve-rão solicitar ao departamento de recursoshumanos da empresa essa opção (ver n.º3 da cláusula 41.ª).

Por outro lado, continua a verificar-se,com raras exceções, o incumprimento porparte das empresas seguradoras da infor-mação aos trabalhadores abrangidos pe-las cláusulas 48.ª e 49.ª – “Plano Individualde Reforma” –, quer no que concerne aostrabalhadores admitidos antes de 22 dejunho de 1995, quer aos admitidos depois.

Relembra-se que os trabalhadores ad-mitidos antes daquela data têm de ter noseu Plano Individual de Reforma a totali-dade das responsabilidades pelos servi-ços passados que as empresas tinhampara com eles, reportado a 31 de dezem-bro de 2011.

Os admitidos entre 22 de junho de 1995e 31 de dezembro de 2009 deveriam já tersido informados do valor em 2012 corres-pondente a 1,00% sobre o ordenado baseanual, sendo que para 2013 a percenta-gem a incidir sobre o ordenado base anualpassa para 2,25%, crescendo em 2014para 2,50%. Os trabalhadores admitidos apartir de 1 de janeiro de 2010 com contratode trabalho por tempo indeterminadoentrarão no esquema previsto após doisanos de período de carência.

Esta situação, a todos os títulos lamen-tável, levou a que, por mais de uma vez,tivesse sido solicitada intervenção querda Associação Portuguesa de Seguros jun-to das suas associadas, quer do Institutode Seguros de Portugal, na qualidade deentidade de supervisão.

Como o resultado não é ainda pleno, noimediato e novamente junto das citadasentidades e das empresas obrigadas pelaconvenção coletiva será solicitada a pron-ta execução do previsto nestas cláusulas,nomeadamente o dever de informação,quer dos trabalhadores no ativo, querdaqueles que rescindiram o contrato detrabalho ou passaram à pré-reforma apósjaneiro de 2012, mas que por isso nãoperderam o direito ao Plano Individual deReforma.

10 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 11 de fevereiro 2014

CONTRATAÇÃO l Banca

Os Sindicatos dos Bancáriosda Febase consideram urgente

terminar rapidamente a revisãoda convenção coletiva, pelo que

pretendem retomar as negociaçõescom as Instituições de Crédito

TEXTO: INÊS F. NETO

As negociações para a revisão glo-bal do ACT têm estado suspen-sas, face à intransigência das

Instituições de Crédito (IC) subscritorasrelativamente a algumas matérias.

Desde o início, as IC assumiram adenúncia do Acordo Coletivo de Trabalhocomo forma para tentarem atingir umobjetivo: a redução de custos do fatortrabalho. Nesse sentido, a sua posição àmesa de negociações tem sido de umatotal rigidez na defesa da sua posição,especialmente em matérias como diu-turnidades, promoções por antiguidadee mérito, fórmula de cálculo do trabalhoextraordinário, isenção de horário de tra-balho e prémio de antiguidade.

Essa inflexibilidade foi responsávelpelo extremar de posições entre as par-tes, que levou à suspensão do processonegocial. Neste intervalo o grupo nego-ciador da Febase não esteve parado,tendo estado a trabalhar em soluçõesalternativas que simultaneamente de-fendam os interesses dos bancários e

permitam ultrapassar o impasse. O ar-rastar do processo põe em risco a cadu-cidade do ACT, cuja consequência é osetor ficar sem um instrumento de regu-lamentação coletiva de trabalho pró-prio, logo a reger-se pelas normas doCódigo do Trabalho – e, em última ins-tância, perdendo o SAMS.

Embora tenha sido já assumido porambas as partes que a caducidade do ACTnão interessa a nenhuma delas, urgelevar o processo a bom porto e chegar aoconsenso necessário para um acordo.

Soluções sindicais

Nesse sentido, as Direções dos trêsSindicatos dos Bancários da Febase –SBSI, SBC e SBN – reuniram-se dia 15 dejaneiro em Leiria, tendo na ordem detrabalhos o balanço das negociações doACT. Outros assuntos debatidos foram aconsulta aos trabalhadores do BCP e osindicato único (ver textos nesta edição).

Foi decidido propor às IC o rápido reto-mar das negociações. Nesse âmbito, al-gumas soluções estão já desenhadas paraapresentar.

Os Sindicatos têm consciência que sequerem salvar e até melhorar a cláusulareferente ao SAMS precisam de encontraralternativas às propostas das IC.

Assim, relativamente às promoçõespor antiguidade consideram ser possívelencontrar mecanismos que nesta maté-ria aproximem o ACT de outros IRCT dosetor, como o do Banco de Portugal. Mastal implica, também, uma melhoria naspromoções por mérito. Recorde-se que

no Grupo BCP as promoções processam-sejá em moldes diferentes.

No que respeita ao cálculo do trabalhosuplementar e isenções de horário, aFebase não vislumbra razões para alterara cláusula, pois em meados deste ano asdisposições do Código do Trabalho cadu-cam por força da decisão do TribunalConstitucional, sendo retomadas as nor-mas do ACT em vigor.

Quanto às diuturnidades, e dado a suaimportância no cálculo das pensões, aFebase não está disponível para aceitarmudanças ao que está em vigor.

Outra das propostas sindicais vai nosentido de introduzir no ACT uma cláusulasobre distribuição de resultados pelostrabalhadores, sempre que haja distri-buição de dividendos pelos acionistas.

No que diz respeito ao SAMS, além daquestão da contribuição per capita, osSindicatos estão a trabalhar para quedesapareça do Acordo Coletivo a frase don.º 1 da cláusula 144 "… enquanto não severificar a integração dos trabalhadoresbancários no Serviço Nacional de Saúde".Pretendem ainda encontrar uma soluçãode compromisso sobre os trabalhadoresque se dessindicalizam e ficam a benefi-ciar do SAMS de outro sindicato, para oqual eventualmente nunca contribuíram.

Por fim, a Febase está a ponderar commuito cuidado quais as cláusulas do Códi-go do Trabalho por que deve bater-se paraque fiquem contempladas no ACT, porserem essenciais para os trabalhadores.

Os Sindicatos pretendem ainda reto-mar a revisão da tabela salarial, assuntoque não está posto de lado.

Revisão global do ACT

Febase apresenta novas propostas

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 11 de fevereiro 2014 ––––– 11

Banca l CONTRATAÇÃO

Banco de Portugal vai pagarsubsídios aos reformados

O banco central foicondenado pelo tribunala pagar aos reformados

e pensionistas o subsídiode Natal e o 14.º mês

de 2012, suspensos devidoà Lei do Orçamento do Estado

TEXTO: INÊS F. NETO

OTribunal do Trabalho de Lisboacondenou o Banco de Portugal (BdP)ao pagamento do subsídio de Na-

tal e do 14.º mês de 2012 a um conjuntode reformados da instituição. O bancocentral não recorreu da sentença.

Esta foi a primeira ação sobre o assuntocuja decisão judicial foi conhecida, sendofavorável aos trabalhadores. A Febasetambém tinha avançado com uma açãono mesmo sentido e está a ponderar aestratégia a seguir para evitar que maistempo seja perdido em trâmites legais,uma vez que o banco se comprometeu aopagamento da verba cativada quandohouvesse "uma clarificação do enquadra-mento jurídico face ao artigo 25.º da lei doOrçamento do Estado" – o que esta sen-tença veio fazer.

Recorde-se que em 2012 o BdP decidiuproceder ao pagamento dos subsídios

aos trabalhadores no ativo, o que foijustificado pelo estatuto de independên-cia dos bancos centrais. Mas não teveigual conduta relativamente aos refor-mados e pensionistas, alegando dúvidasde natureza jurídica. Assim, cativou osmontantes em causa numa conta especí-fica à espera da clarificação.

A sentença do Tribunal do Trabalhoaponta no mesmo sentido da estratégiadefendida pela Febase: face ao estatutode independência do BdP, que não podeser contrariada por norma de direito in-terno, a Lei do Orçamento não se aplicaaos seus trabalhadores e reformados.

Por outro lado, a supressão dos subsídi-os ao abrigo da Lei do OE 2012 prende-secom a situação de emergência do País eabrange as entidades e instituições quetêm financiamento do Orçamento – o quenão é o caso do Banco de Portugal, quedispõe de recursos financeiros geradospela sua atividade.

O BdP não recorreu da sentença noprazo legal que tinha para o fazer, peloque a Febase aguarda que a instituiçãosatisfaça o compromisso assumido epague a todos os reformados e pensionis-tas que ainda não receberam o subsídiode Natal e 14.º mês suspensos.

Estatutos do sindicato único em redaçãoPara este mês está agendada

uma reunião entre os Sindicatosda Febase com o objetivode dinamizar a fundação

da nova organização

A comissão eleita para elaborar osestatutos do futuro sindicato úni-co do setor financeiro está já a

trabalhar e os membros da Febaseconsideram ser altura de acelerar oprocesso.

TEXTO: INÊS F. NETO

O assunto foi debatido na reunião dasDireções dos três Sindicatos dos Bancá-rios, que se realizou a 19 de janeiro emLeiria. Ficou clara a vontade comum dedinamizar o projeto, que deve ir além daredação dos estatutos.

SBSI, SBN e SBC têm já compromissospara a criação do sindicato único e, faceao momento laboral e sindical, conside-ram ser este o momento certo paraavançar na sua concretização, indo aoencontro das expectativas dos associa-dos.

No encontro foram debatidas as altera-ções internas exigidas por uma tal realiza-ção, mas as Direções mostraram-se con-

victas de que há vontade para ultrapassaros constrangimentos.

A questão do património de cada Sindi-cato foi referida, tendo sido concluído queisso não é impedimento para a criação danova organização, pois os bens de cada umserão diluídos no todo.

Como sindicato dos seguros, o STAS nãoesteve presente na reunião das três Dire-ções, mas está igualmente empenhadoem integrar a futura estrutura.

Para o STAS, a criação de um sindicatoúnico que englobe todos os trabalhadoresligados ao setor financeiro é um impera-tivo sindical incontornável e o passo se-guinte da Febase, necessário e urgente.

12 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 11 de fevereiro 2014

Acordo de princípio

Os Sindicatos da Febase estãoa consultar os trabalhadores do BCP

no ativo sobre os princípiosdo Memorando negociado com o banco

TEXTO: INÊS F. NETO

Os trabalhadores do BCP no ativoestão a ser consultados sobre oMemorando negociado com a ad-

ministração do banco. Os Sindicatosquerem saber se os bancários aceitamou não os princípios do acordo, e asrespostas deverão chegar à sede daFebase até ao dia 25 deste mês.

Recorde-se que os fundamentos vin-culativos do acordo assinado entre Mi-llennium bcp, o Estado português e aDGcomp para a recapitalização e rees-truturação do banco obrigam à reduçãodo número de trabalhadores e dos cus-tos com pessoal.

Confrontados com esta situação, os Sin-dicatos dos Bancários da Febase negocia-ram um Memorando com o BCP com doisobjetivos principais: evitar o despedimen-to coletivo de cerca de 1.600 trabalhado-res e conseguir melhores condições paraos que decidirem deixar o banco atravésda rescisão de contrato ou reforma ante-cipada. O acordo implica uma retenção

Os Sindicatos enviaram a todos ossócios no ativo uma nova carta expli-cando os princípios do Memorando deentendimento com o BCP.

Em síntese, o Memorando estabeleceos seguintes princípios:

1 - Garantia da salvaguarda de 400postos de trabalho;

2 - Ajustamento salarial temporárioe progressivo entre 3% e 11% sobre asatuais remunerações mensais efetivas(RME) superiores a mil euros, decorren-te da não aplicação de cláusulas deexpressão pecuniária;

3 - A todos os trabalhadores serágarantido um valor mínimo equivalen-te à soma total da atual remuneraçãobase, subsídio de almoço e diuturnida-des;

4 - Compromisso do Banco de subme-ter à assembleia geral de acionistasuma proposta de distribuição de resul-tados pelos trabalhadores, a partir dofim da intervenção estatal, que possapermitir a entrega de um valor totalglobal acumulado, pelo menos, igual aovalor total não percebido durante operíodo transitório;

O Memorando

A consulta aos sócios está a ser realizada através de carta enviada para aresidência, com envelope RSF para resposta, que deverá chegar à Febase atédia 25. Os Sindicatos apelam à participação dos sócios.

A pergunta da consulta é esta:Aceita o teor do Memorando acordado entre o BCP e a Febase – já do seu

conhecimento pelas cartas enviadas –, que poderá evitar um despedimentocoletivo e permitirá ao banco que a reestruturação a que está obrigado por forçado acordo com a DGcomp se faça, preferencialmente, com recurso a reformasantecipadas e rescisões por mútuo acordo?

5 - Rescisões voluntárias com condi-ções superiores às da lei: 1,6 RME nas 3primeiras semanas do processo; 1,5RME no período seguinte, por cada anode trabalho;

6 - Plano de reformas antecipadas:para trabalhadores com idade superiora 59 anos com compensação de 75% daRME até aos 65 anos; entre os 57 e 59anos, com compensação de 70% daRME;

7 - Prestações mensais dos créditosdo trabalhador, a seu pedido, podemser reduzidas até ao valor do ajusta-mento salarial durante o período tran-sitório, sendo o valor restituído com adistribuição de resultados;

8 - Suspensão das promoções, pro-gressões e novas diuturnidades enquan-to vigorar o acordo, sem prejuízo dodireito à contagem ininterrupta do tem-po para vencimento destas diuturnida-des;

9 - O acordo caduca, o mais tardar, em31 de dezembro de 2017;

10 - Trabalhadores que rescindamcontrato têm direito de preferência emfuturas contratações;

11 - Implementação do acordo estásujeita à publicação de Portaria de Ex-tensão que possibilite a sua aplicação atodos os trabalhadores;

12 - Reposição integral do atual ACTapós o fim da intervenção estatal.

Subsídio de Natal

Poderá suceder que da aplicação dasregras do Anexo resulte que algunstrabalhadores não cheguem a atingir ovalor percentual máximo previsto noescalão em que se enquadram desteAnexo, ficando assim em posição de de-sigualdade relativa face a outros colegasseus, situação esta que importa corrigir.

Assim, os trabalhadores cujo rendi-mento mensal não seja afetado pelasuspensão das cláusulas de expressão pe-cuniária e aos quais não se aplique opercentual, parcial ou total, previsto noAnexo para o escalão em que se enqua-dram, receberão um montante de subsí-dio de Natal que pode atingir, em limitemínimo, o montante correspondente àretribuição de base, acrescida das diutur-nidades a que tenham direito.

Trabalhadores do BCP respondem a consulta

A pergunta

salarial temporária, que será restituídaquando o banco regressar aos lucros.

Ao contrário de outras organizaçõesenvolvidas no processo, a Febase nãobaixou os braços e liderou uma negocia-ção dura pela defesa dos direitos dostrabalhadores, que foram sempre colo-cados à frente dos interesses dos própriossindicatos.

CONTRATAÇÃO l Banca

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 11 de fevereiro 2014 ––––– 13

Atualidade l SINDICAL

O Tribunal Constitucionalchumbou algumas normas

do Código do Trabalhoem vigor. O Governo avança

com nova formulaçãopara o despedimento por

extinção do postode trabalho, já rejeitada

pelas centrais sindicais

TEXTO: INÊS F. NETO

Odespedimento individual voltouà ordem do dia. Depois do chum-bo do Tribunal Constitucional à

norma do Código do Trabalho de 2012 sobreo despedimento por extinção do posto detrabalho, o Governo não se deu por vencidoe apresentou aos parceiros sociais umanova formulação. Ninguém gostou.

Um ano e um mês após a entrada emvigor de mais uma alteração ao Código doTrabalho, os juízes do Palácio Ratton chum-baram algumas das novas normas, obri-gando à reposição das anteriores. Em de-zembro o Executivo apresentou uma novaformulação para o despedimento porextinção do posto de trabalho, que reto-

O projeto do Governo prevê seis critérios hierarquizados para despedimento.1.º Avaliação de desempenho:O resultado da avaliação de desempenho é o primeiro critério que as empresas devem usar na

extinção de um posto de trabalho. Para isso devem ser criadas regras e limites que impeçam asempresas de mudar as regras. O trabalhador com pior avaliação está na linha da frente paradespedimento.

2.º Habilitações académicas e profissionais:Caso se verifique um empate na avaliação de desempenho, as empresas devem recorrer às

habilitações académicas e profissionais como segundo critério a considerar.3.° Custo do vínculo laboral:O custo da manutenção do vínculo laboral do trabalhador também conta, podendo a empresa

extinguir o que se revele mais caro.4.º Experiência na função:A experiência na função apenas é tida em conta pela empresa se se verificar um empate nos

critérios anteriores. O despedimento recai sobre quem tenha menos experiência na função.5.° Antiguidade na empresa:Sem o peso que chegou a ter, este critério é o quinto na proposta do Governo. Em caso de

despedimento, as empresas devem optar pelo trabalhador com menos antiguidade.6.º Situação económica e familiar:Por último, dá-se relevo à situação económica e familiar dos trabalhadores. O despedimento

recairá sobre o que tiver uma situação menos débil.

Os critérios da proposta

ma agora com a novidade de hierarquizaros critérios.

O objetivo anunciado pelo Governo écriar na lei uma ordem de critérios "rele-vantes e não discriminatórios" que asempresas serão obrigadas a seguir quan-

Código do Trabalho

UGT rejeita alterações do Governoaos despedimentos

do decidam avançar com um processo deextinção de postos de trabalho.

Nessa hierarquia de critérios, o primei-ro coloca na mira do despedimento ostrabalhadores com pior avaliação de de-sempenho. No caso de haver empate entre

14 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 11 de fevereiro 2014

O Tribunal Constitucional (TC), noacórdão de 20 de setembro do anopassado, chumbou algumas das nor-mas introduzidas no Código do Traba-lho em 2012.

Despedimento por extinçãodo posto do trabalho

O Governo eliminou o critério daantiguidade na seleção dos trabalha-dores a despedir por extinção do pos-to de trabalho, deixando a cargo doempregador a definição de critérios"relevantes e não-discriminatórios". OTC entendeu que esta alteração viola-va a proibição do despedimento semjusta causa, por considerar que oscritérios são "vagos", "indetermina-dos" e "desprovidos de um mínimo deprecisão e eficácia", pelo que não sepode esperar "que balizem suficien-

SINDICAL l Atualidade

trabalhadores, a empresa deve entãoobservar, por esta ordem, os seguintescritérios: menores habilitações académi-cas e profissionais, maior custo pela ma-nutenção do vínculo laboral do trabalha-dor para a empresa, menor experiência nafunção, menor antiguidade na empresa emelhor situação económica e familiar.

Críticas

A proposta de alteração – que o Governoquer ver aprovada rapidamente, mas aindaem discussão à hora de fecho desta edição– mereceu críticas das centrais sindicais ede algumas confederações patronais.

À Confederação da Indústria Portugue-sa (CIP) não agrada a hierarquização decritérios, sendo favorável à versão dedezembro, em que bastava respeitar umdeles para que a empresa pudesse despe-dir o trabalhador. Já a Confederação do

Normas chumbadastemente a margem de disponibilida-de do empregador".

Também a eliminação da obrigato-riedade de o empregador procurar umposto de trabalho compatível com ascaracterísticas do trabalhador antesde o despedir foi chumbada pelo TC.

Férias e descanso compensatório

O TC aceitou a norma que elimina amajoração das férias em função daassiduidade mas, em contrapartida,chumbou o artigo que anulava as nor-mas das convenções coletivas quepreviam mais dias de férias além dos22 e o descanso compensatório porprestação de trabalho suplementar.No acórdão, o TC justificou dizendoque o Governo violava o direito àcontratação coletiva sem que isso sejustifique. Em consequência do chum-

bo, os trabalhadores abrangidos porconvenções coletivas que continhamestes direitos puderam reclamar asua reposição.

Trabalho suplementar

O TC aceitou o corte para metade dopagamento do trabalho extraordináriodurante dois anos, mas chumbou oartigo que determinava que, se asnormas que previam pagamentos maisbenéficos de trabalho suplementar oude trabalho normal prestado não fos-sem revistas ao fim de dois anos, en-tão esses valores caíam automatica-mente para metade. Por isso, a partirde agosto os trabalhadores abrangi-dos por convenções coletivas com re-gimes mais favoráveis terão direito aopagamento do trabalho suplementarpelo valor nele considerado.

Comércio de Serviços de Portugal (CCP)considera a proposta "bastante aceitá-vel", embora possa não ser "ideal". A CAPnão tem feito comentários.

Posição bastante diferente têm as cen-trais sindicais. A UGT acusa o Governo deter criado um projeto que "não é nemconsolidado nem credível" e mantêm"aquilo exatamente que o TC levantou",embora aceite negociar.

Para a CGTP, a proposta em debate temcritérios "vagos e ambíguos", promove o"desemprego de bolso" e não é mais doque uma "farsa", por assentar em critérioscomo o da avaliação de desempenho,que não é feita na maioria das empresas.

Inultrapassável

A UGT rejeita alguns dos critérios paradespedimento, considerando-os, em de-clarações ao jornal Expresso, "uma linhavermelha inultrapassável". É o caso daavaliação de desemprenho e da situa-ção familiar do trabalhador, "uma portaaberta à selvajaria e à devassa da vidaprivada dos trabalhadores", nas pala-vras de Carlos Silva.

Além disso, a incerteza que marca aatualidade inviabiliza uma medida dessanatureza, pois um trabalhador que sejadespedido por a família ter maiores re-cursos económicos pode ver a situaçãocompletamente invertida se entretantoo cônjuge também ficar sem trabalho.

Também o custo do trabalhador paraa empresa não é aceitável para a cen-

tral sindical, pois promoveria a reduçãodo valor do trabalho em Portugal, quan-do todos reconhecem que a economianacional não pode assentar em saláriosbaixos.

Além disso, uma medida deste teorfaria aumentar o desemprego entre aspessoas da faixa etária dos 45/55 anos,que dificilmente voltariam a encontrartrabalho quando o desemprego de longaduração é já um enorme problema. OGoverno não pode promover apenas aliberalização e a desregulamentação domercado de trabalho, sem diligenciar al-ternativas para esse grupo da população.

No que diz respeito à avaliação de de-sempenho, a UGT lembra que o tecidoempresarial português é constituído na suamaioria por pequenas e médias empresas,onde não há sistemas de avaliação credí-veis. Por isso este referencial só teria apli-cação se houvesse "um sistema imple-mentado na empresa, devidamente moni-torizado, legal", uniforme, e que pudesseser "monitorizado" e continuado no tempo.

Recorde-se que o Código do Trabalhoprevê a obrigatoriedade de as empresasfacultarem formação aos trabalhadores.Se não o fizerem, como poderão depoisutilizar esse critério para despedimento?

A definição de uma hierarquia foiuma imposição da UGT, mas a centraldefende outra ordem: antiguidade, ex-periência, avaliação de desempenho ehabilitações. A central exige não só aretirada dos critérios mais controver-sos e a densificação dos restantes.

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 11 de fevereiro 2014 ––––– 15

Aproposta do Governo apenas contempla uma das normas chumbadas pelo Tribunal Constitucio-

nal (TC) – o despedimento por extinçãodo posto de trabalho. Mas as confede-rações patronais querem ir mais longee recuperar a discussão sobre caduci-dade das convenções coletivas, paga-mento do trabalho extraordinário, des-canso compensatório e férias.

Face à ausência destas matérias noatual debate, os patrões adiantaram jápublicamente pretenderem recuperá-lasna "agenda importante e ambiciosa" deconcertação social que o ministro PedroMota Soares quer promover este ano.

O objetivo dos empregadores, no-meadamente da CIP, é reequilibrar arelação de forças posta em causa como chumbo do TC, que consideram pen-der agora para o lado dos trabalhado-res.

Assim, o patronato pretende discutiro regime de caducidade das conven-ções coletivas de trabalho, que sofreualgumas restrições, já que o Constitu-cional considerou que a contrataçãocoletiva é imperativa em várias maté-rias.

Os patrões propõem alterações nascláusulas de renovação sucessiva dasconvenções coletivas, de forma a queestas possam caducar mais rapidamen-te, ao invés do atual prazo de cincoanos. A CIP quer ainda a redução doperíodo mínimo de 18 meses durante oqual as convenções denunciadas vigo-ram (mesmo após caducidade), bemcomo restringir os seus efeitos nesseperíodo à retribuição e duração do tem-po de trabalho.

As centrais sindicais já anunciaram asua total indisponibilidade para nego-ciar esta matéria.

Uma alteração desta natureza, a seraprovada, poderia ter influência na re-visão global do ACT do setor bancário,atualmente em negociação.

Atualidade l SINDICAL

Horas extraordinárias

Entre outras questões que tambémnão agradaram às confederações pa-tronais na decisão dos juízes do TCestão a manutenção do regime de fé-rias das convenções coletivas e o des-canso compensatório, mais favoráveisaos trabalhadores, e a reposição, emagosto deste ano, do valor do trabalhosuplementar.

Ou seja, se é verdade que o TC aceitouo fim dos três dias extra de férias emfunção da assiduidade, chumbou a reti-rada desses dias aos trabalhadoresabrangidos por convenções coletivasque os contemplem.

Por outro lado, os juízes do PalácioRatton consentiram o corte para meta-de do valor das horas extra durante doisanos, mas não que findo esse período ocorte incida nos valores previstos nasconvenções coletivas.

Os empregadores dizem-se preocupa-dos com as consequências para as em-presas da reposição do valor do traba-

Patrões insistem na caducidadeAs confederações

empresariais queremalterações em algumasnormas da contratação

coletiva, as centraissindicais insistem

no aumento do saláriomínimo

lho suplementar e querem que isso sejadebatido com os sindicatos.

Salário mínimo

A UGT e a CGTP têm-se mostrado indis-poníveis para mexer nas matérias queagradariam às confederações patronais.

Pelo contrário, há um assunto em quevoltam a insistir: o aumento do saláriomínimo nacional.

Este é um tema recorrente nos últi-mos tempos, já que fazia parte de umacordo de que só foi cumprida a parte deinteresse para os patrões. Com o argu-mento da crise e das imposições datroika, o salário mínimo tem permane-cido no mesmo valor.

Agora o Executivo deu sinais de que estáaberto a encetar a negociação depois de atroika abandonar o País, em 17 de maio.

A eventual negociação ocorrerá noâmbito da "agenda importante e ambiciosa"de concertação social. Resta saber qualserá a moeda de troca. Os despedimentosnunca, já avisou a UGT.

A central sindical liderada por Carlos Silva está indisponível para mais alterações ao Código do Trabalho

16 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 11 de fevereiro 2014

Por um novo rumo para a Europa

CES convoca manifestação

A Confederação Europeiade Sindicatos lançou o repto

e espera milharesde pessoas na manifestação

de 4 de abril, numa alturaem que o Parlamento

Europeu se preparapara eleger novos membros.

Políticas de relançamentoeconómico e de criação

de emprego são as principaisreivindicações

TEXTO: PEDRO GABRIEL

"A crise não pode ser resolvida semuma base social sólida e a União Euro-peia não vai sair dela, uma vez quecontinua a ignorar as reais necessida-des dos seus cidadãos". Esta é a convic-ção da CES que, pela voz da sua secre-

tária-geral, anunciou que vai levar acabo uma manifestação em Bruxelas, àsemelhança da que ocorreu em abril doano passado, no mesmo local. A Febaseestará presente, integrada na delega-ção da UGT.

"Nós, no movimento sindical europeu,não acreditamos que a crise acabou. Apergunta que devemos fazer é: quemestá de fora, o sistema financeiro ou aspessoas?", questiona Bernadette Ségol.

No comunicado da CES pode ler-seque "os líderes da União Europeia con-tinuam a minar o projeto europeu, aoprolongarem a crise financeira e social,alienando, desta forma, milhões depessoas por toda a Europa".

A Confederação lançou recentemen-te uma campanha denominada "Umnovo rumo para a Europa", assente numarrojado plano de investimento para aUnião Europeia baseado em políticasindustriais sustentáveis e na qualidadedos postos de trabalho.

Para Ségol, "os líderes políticos têmde demonstrar que vão proteger os

trabalhadores. É por isso que estamosa fazer esta campanha".

Além disso, a CES lançou um manifes-to diretamente relacionado com as elei-ções europeias, onde insta os candida-tos a apoiarem uma dimensão socialpara a União e a rejeitarem qualquertentativa de prolongamento das políti-cas que apenas visam a diminuiçãoquer dos salários quer das condições detrabalho. "A Europa está extremamen-te frágil na sua dimensão social. Oscidadãos não estão de acordo com orumo que a União Europeia está a tomare a Europa não será acarinhada pelosseus cidadãos se não mudar de cami-nho", concluiu Ségol.

A manifestação deste ano ameaçatornar-se numa das mais concorridasde sempre. A realizada em 2013 contoucom a participação de milhares de sin-dicalistas de toda a Europa, que já naaltura defendiam o fim da austeridadecomo o único caminho a seguir para orejuvenescimento da economia. Na al-tura, os líderes optaram por suavizar o

À semelhança do ano passado, a CES esperamilhares de manifestantes em Bruxelas

SINDICAL l Atualidade

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 11 de fevereiro 2014 ––––– 17

em Bruxelasdiscurso mas a verdade é que os paíseseuropeus intervencionados pela troika,como Portugal, viram a sua soberaniaeconómica ameaçada e pagam aindahoje o preço com mais desemprego,mais pobreza e mais desigualdade so-cial. Como será este ano?

Cedo para cantar vitória

O aumento da taxa de desemprego éum dos principais indicadores do fa-lhanço da União Europeia. "As políticasseguidas até aqui continuam a ignorara população europeia, que enfrenta umfuturo incerto devido à austeridade econsequente desemprego".

Os cerca de 26 milhões de desemprega-dos na Europa representam um aumentoem relação ao ano anterior. A Europa viveuma crise de emprego, com 12,1% depessoas sem trabalho na zona euro.

Na abertura oficial da presidênciagrega da União Europeia, o presidenteda Comissão Europeia, Durão Barroso,afirmou que o pior havia passado paraa economia. No entanto, a CES afirmaque ainda não é tempo de cantar vitó-ria, uma vez que são precisos sinaisclaros de recuperação "com a criaçãode mais e melhores empregos e umdecréscimo nas desigualdades".

A Grécia é mesmo um dos casos maisflagrantes do falhanço da austeridade,uma vez que é um dos 14 países queviram a sua taxa de desemprego au-mentar após a aplicação deste tipo depolítica. "Apesar do otimismo da Co-missão, países como a Grécia são des-truídos por políticas de austeridadeseveras que levam ao desemprego emmassa", frisa Bernadette Ségol.

A secretária-geral da CES faz, destaforma, um apelo para que a União Euro-peia mude de rumo o mais rapidamen-te possível. "Em vez de se apoiarem empolíticas fracassadas, os líderes euro-peus devem propor um modelo basea-do no investimento em termos de cres-cimento sustentável e empregos dequalidade. Caso contrário, o desempre-go vai continuar a subir. A destruição daEuropa social é inaceitável", explicou.

Manifesto para as eleições

A Europa prepara-se para eleger, emmaio, os novos membros que terãoassento no Parlamento Europeu. Dadaa importância deste órgão – cujos de-putados têm o poder de aprovar ourejeitar as leis, decidir sobre o orça-mento europeu e escolher o presiden-te da Comissão Europeia, entre outrasmatérias – o comité executivo da CES,na sua reunião de outubro, criou ummanifesto específico sobre estas elei-ções, com o objetivo de sensibilizar osnovos deputados. O documento assen-ta em três pontos essenciais: altera-ção de políticas, igualdade e democra-cia.

No primeiro ponto, a CES reivindicauma nova estratégia de criação demais e melhores empregos, que com-preenda ainda o fim do trabalho precá-rio; o fim imediato das políticas deausteridade; a garantia de que a liber-dade económica não pode sobrepor-seaos direitos sociais fundamentais; orespeito pelos parceiros sociais e apromoção da negociação coletiva, euma maior garantia de saúde, segu-rança e higiene no trabalho.

Em relação à igualdade e solidarie-dade, é intenção da CES restabelecer acoesão e justiça social, para que adesigualdade verificada entre paísesricos e pobres seja cada vez menor;combater as diferentes formas de des-criminação a todos os níveis; oferecermais qualidade nos serviços públicos ede interesse geral e torná-los acessí-veis a todos; criar uma política fiscalmais justa, que fomente o combate àevasão, à fraude e os paraísos fiscais.

No terceiro ponto – democracia – aCES fala em transparência, legitimida-

No dia 7 de novembro de 2013, a CES lançou umnovo plano de investimento e criação de empregopara a Europa.

Com o nome "Um novo rumo para a Europa:o plano da CES para o Investimento, Crescimen-to Sustentável e Emprego de qualidade", odocumento descreve o modo como a Europapoderá reerguer-se e sair da crise, ao investir empolíticas de crescimento sustentável e de criaçãode emprego através de um investimento adicio-nal de 2% do PIB por ano durante um período de10 anos.

Este novo plano de estímulo à economia prevêa criação de cerca de 11 milhões de novos postosde trabalho na Europa e ajudará à recuperaçãoeconómica e social durante uma década.

Este plano foi lançado estrategicamente antesdas eleições europeias, de maneira a sensibilizaros candidatos ao Parlamento Europeu para anecessidade de uma maior solidariedade na Eu-ropa, baseada nos princípios da democracia, es-tabilidade e coesão.

"Quando irão os líderes europeus perceber quea austeridade não tem futuro? Não pode haverdúvidas de que precisamos de seguir um novocaminho na Europa, que os políticos têm negadoaos cidadãos e que os sindicatos podem propor-cionar", finalizou Bernadette Ségol.

O arrojado plano sindical

de e responsabilidade da governaçãoeconómica europeia. "Sob o pretextoda crise foram impostas várias medi-das antidemocráticas e inadequadas.A famosa troika não tem mandato nalegislação europeia. A adoção do Tra-tado Fiscal excluiu os cidadãos e oParlamento Europeu de qualquer par-ticipação neste processo. Tal deve sercombatido".

A Confederação apela ainda ao re-forço e aprofundamento da democra-cia e da transparência nas instituiçõeseuropeias em geral, tendo em vista"restabelecer a sua credibilidade e le-gitimidade para com os cidadãos".

No documento pode ainda ler-se oapelo da CES a uma maior democracianos locais de trabalho, em especial noscasos de reestruturação.

Mais uma vez a Febase estará presente,integrando a delegação da UGT

Atualidade l SINDICAL

18 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 11 de fevereiro 2014

Procedimento disciplinar: Os trabalhadores

confrontados com umprocedimento com vista ao

despedimento deverão estaratentos a todas as suas

fases, de forma a puderemdefender-se

TEXTO: CARLA MIRRA*

trabalho com perda de retribuição e deantiguidade; despedimento sem indem-nização ou compensação.

Sanção mais grave

Destaquemos o despedimento comjusta causa, a sanção mais grave pre-vista na lei e que será aplicada em casode comportamento culposo do traba-lhador que, pela sua gravidade e conse-quências, torne imediata e praticamen-te impossível a subsistência da relaçãode trabalho (artigo 351.º). No n.º 2 doart.º 351.º estão enumerados algunscomportamentos que poderão ser con-siderados e utilizados como referência– por exemplo: desobediência ilegítimaàs ordens dadas por responsáveis hie-rarquicamente superiores; desinteresse

QUESTÕES l Jurídicas

Na execução de qualquer tipo decontrato de trabalho e com oobjetivo de assegurar a organi-

zação do trabalho, a promoção pessoale profissional dos trabalhadores e oincremento da produtividade com vista

ao êxito organizacional, são conferidosao empregador os necessários poderesde direção e disciplina. O poder discipli-nar pode servir propósitos de preven-ção, mas em regra surge associado àvia sancionatória não podendo, contu-do, ser arbitrário.

A aplicação de qualquer sanção peloempregador exige o cumprimento deprocedimentos e prazos específicos,bem como a observância do princípioda proporcionalidade, atendendo-se àgravidade da infração e à culpa do tra-balhador – art.º 330.º, n.º 1 do Código doTrabalho (CT).

No exercício do poder disciplinar (art.º328.º), o empregador pode aplicar asseguintes sanções: repreensão; repre-ensão registada; sanção pecuniária;perda de dias de férias; suspensão do

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 11 de fevereiro 2014 ––––– 19

como agir

repetido pelo cumprimento, com a di-ligência devida, de obrigações ine-rentes ao exercício do cargo ou posto detrabalho a que está afeto; lesão deinteresses patrimoniais próprios; fal-tas não justificadas ao trabalho quedeterminem diretamente prejuízos ouriscos para a empresa, ou cujo númeroatinja, em cada ano civil, 5 seguidas ou10 interpoladas, independentementedo prejuízo ou risco; reduções anormaisde produtividade; etc..

A lei exige que, quando se pretendeaplicar esta sanção disciplinar, que é amais gravosa, seja adotado um proce-dimento que, entre outras finalidades,garanta o exercício do direito de defesado trabalhador.

Comunicação ao trabalhador

Após o período de inquérito prévio(fase facultativa do processo), onde serecolhem elementos de prova para ins-truir o processo, a entidade emprega-dora deve comunicar ao trabalhador aintenção de despedimento.

A comunicação da intenção de despe-dimento deverá ser efetuada por escri-to, devendo o empregador anexar anota de culpa (art.º 353.º CT), onde sedescrevem, circunstanciadamente, osfactos imputados ao trabalhador, de

licitude do mesmo, ficando a defesacondicionada aos factos e fundamen-tos invocados na decisão de despedi-mento.

Oposição ao despedimento

Para efeitos de apreciação judicial dodespedimento, o trabalhador afetadodeverá opor-se ao despedimento me-diante apresentação de requerimentoem formulário próprio, junto do tribu-nal competente, no prazo de 60 diascontados a partir da receção da comu-nicação de despedimento ou da data decessação do contrato, se posterior. Aten-ção que a lei fala em 60 dias, não sendoesse período equiparado a dois meses,pelo que a sua contagem correta éfulcral, sob pena do trabalhador vercaducado o seu direito de oposição aodespedimento (essencial também paraque o visado solicite a atribuição desubsídio de desemprego).

Finalmente, saliente-se que em casode serem declarados judicialmente pro-cedentes os motivos justificativos in-vocados para o despedimento, verifi-cando-se apenas uma mera irregulari-dade fundada em deficiência do proce-dimento de despedimento por omissãodas diligências probatórias acima des-critas, o trabalhador terá somente di-

Questões l JURÍDICAS

mantendo o pagamento da retribuição.O único pressuposto para que esta sus-pensão preventiva opere é o de que apresença do trabalhador na empresa semostre inconveniente (art.º 354.º, n.º 1CT).

Direito de defesa

Notificada a nota de culpa ao traba-lhador, este dispõe de 10 dias úteis paraconsultar o processo e para responder àsacusações que lhe são imputadas – art.º355.º. O direito de defesa do trabalhadoré exercido através de resposta à nota deculpa, na qual deve deduzir, por escrito,os elementos que considera relevantespara esclarecer os factos e a sua partici-pação nos mesmos, podendo ainda jun-tar documentos e indicar as diligênciasprobatórias que pretende sejam efetua-das para o esclarecimento da verdade.Trata-se de um direito, e não um dever/ónus, mas é um elemento essencial noprocesso.

Segue-se a fase da instrução, na qualserão realizadas as diligências probató-rias. Estas serão levadas a cabo peloempregador, ou por instrutor por si no-meado, e devem ser efetuadas em cum-primento do direito à defesa do traba-lhador – art.º 356.º. O empregador não éobrigado a proceder à audição de mais

modo a permitir que este possa defen-der-se adequadamente.

A nota de culpa, que necessariamen-te tem de ser assinada pelo emprega-dor ou instrutor nomeado, constitui apeça fulcral do procedimento discipli-nar, por delimitar o seu objeto, sendoapenas nos factos contemplados namesma (e na resposta apresentada pelotrabalhador) que a decisão final de des-pedimento se pode fundamentar.

Os dois documentos – nota de culpa ecomunicação de intenção de despedi-mento – têm de ser notificados ao traba-lhador, só produzindo ambas efeitos apartir do momento em que entrem nopoder do destinatário ou dele sejamconhecidas. Com a notificação da notade culpa, o empregador pode ainda sus-pender preventivamente o trabalhador,

de 3 testemunhas por cada facto descri-to na nota de culpa, nem mais de 10 nototal, competindo ao trabalhador asse-gurar a comparência das testemunhas.

Após a conclusão das diligências pro-batórias, o empregador apresenta cópiaintegral do processo à Comissão de Tra-balhadores e, caso o trabalhador sejarepresentante sindical, à associação sin-dical respetiva, que podem, no prazo de5 dias úteis, fazer juntar ao processo oseu parecer fundamentado.

Recebidos os pareceres, ou decorridoo prazo conferido, o empregador dispõede 30 dias para proferir a decisão dedespedimento. Não o fazendo, caduca odireito a aplicar a sanção.

Concluído o despedimento com justacausa, apenas o tribunal judicial poderápronunciar-se sobre a regularidade e

reito a receber metade do valor da in-demnização prevista em caso de ilicitudedo despedimento e substituição de rein-tegração a pedido do trabalhador, ouseja, a metade do valor que vier a serfixado pelo tribunal entre 15 e 45 dias deretribuição base e diuturnidades por cadaano completo ou fração de antiguidade.

Os trabalhadores deverão estar aten-tos e não descurar o procedimento nassuas diferentes fases: quando confronta-dos com um procedimento disciplinar ecom a respetiva nota de culpa, deverãoprocurar o devido aconselhamento, poisé essencial como pudemos ver por todoo exposto, exercer o seu direito de defe-sa. O seu Sindicato está ao seu disporpara o ajudar em todas as fases.

*Advogada do STAS

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Notícias l STAS - Actividade SeguradoraST

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20 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 11 de fevereiro 2014

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Notícias l STAS - Actividade SeguradoraSTA

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Lazer

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Universidade Sénior

Oficinas de Lazersão um êxito

Coaching

"Ano Novo, Vida Nova", já dita o dizerpopular. Para os que acreditam e paraos mais descrentes, o certo é que parao STAS 2014 significa novidades.

As aulas das Oficinas de Lazer daUniversidade Sénior Pedro Santarém começaram dia 29 de

janeiro, com grande entusiasmo.Confirmando as expectativas, fo-

ram um excelente momento de con-vívio entre todos os inscritos.

Naquele dia abordaram-se técni-cas de "Arraiolos" e "Croché" e aindaalgumas estratégias quanto ao futurodas aulas.

Nas próximas aulas serão versadosoutros temas, designadamente a "De-coupage", vulgarmente conhecidacomo Técnica do Guardanapo.

Mas há mais, pois a imaginaçãonão tem limites. Por isso contamosconsigo para se juntar aos restantesalunos e trocar experiências, aprovei-tando a oportunidade para aprendernovas técnicas ou partilhar com osoutros as que sabe.

Esperamos por si todas as quartas--feiras, durante a tarde.

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Notícias l STAS - Actividade SeguradoraST

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22 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 11 de fevereiro 2014

Para se analisar a situação laborale sindical no setor foram convoca-dos os representantes sindicais

das seguradoras.A reunião principiou com uma abor-

dagem ao CCT. Apesar de ser um convé-nio resultante de uma negociação difí-cil, é, porém, um contrato digno, inova-dor, capaz de defender os interessesdos trabalhadores da atividade segura-dora num contexto de mudanças rápi-das e profundas.

Contudo e com uma certa surpresanegativa, algumas seguradoras estãoem incumprimento quanto à informa-ção que já deveria ter sido transmitidaaos trabalhadores no que respeita aoPlano Individual de Reforma-PIR.

A este propósito deu-se a conhecer oteor de uma carta enviada às adminis-trações das seguradoras que estão re-presentadas no Conselho de Direção daAssociação Portuguesa de Seguros (APS),onde também se contempla o facto de

Direção debate situação laboralcom estruturas sindicais

A revisão do ContratoColetivo de Trabalho foi

um dos temas em destaquena reunião, onde foram

também abordadassituações de rescisão

e de pré-reforma

TEXTO: JOSÉ LUÍS PAIS

não haver atualizações salarias desde2010.

A Direção informou ainda as estrutu-ras sindicais que foi endereçada àquelaAssociação, em nome da Febase, umaproposta visando a melhoria de algumclausulado. Aguarda-se pela reação quepermita o início de negociações.

Campanha de sindicalização

De seguida referiram-se algumasquestões com que se confrontam atual-

mente alguns trabalhadores, nomea-damente rescisões do contrato de tra-balho ou passagem à situação de pré--reforma.

Os presentes foram alertados paraservirem de veículo de comunicaçãonas suas empresas, de forma a quetodos os contemplados com aquelassituações e antes de tomarem qualquerdecisão contactem os serviços jurídi-cos, porque em processos sempre me-lindrosos impõe-se que sejam esclare-cidos de forma a poderem minorar assuas consequências.

Também foi divulgado que a Direçãoestá a seguir com a devida atenção oprocesso de privatização da Caixa Segu-ros. Quando se considerar oportuno oSTAS intervirá, solicitando para o efeitouma reunião à administração da em-presa.

Registe-se que as intervenções queaconteceram ao longo da apresentaçãodestes assuntos foram demonstrativasdo interesse dos participantes.

A reunião serviu ainda para dar aconhecer a campanha de sindicalizaçãoque estará em ação ao longo do corren-te ano.

Lembrada a importância, cada vez maissentida, de se ser sindicalizado, os repre-sentantes sindicais mostraram-se cola-borantes para com esta campanha.

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 11 de fevereiro 2014 ––––– 23

Bancários Sul e IlhasNotícias l Bancários Sul e Ilhas

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 11 de fevereiro 2014 ––––– 23

Disponíveis no portal SBSI/SAMS

Declarações para IRSa partir de 25 de fevereiro

OSBSI, em particular na área dasaúde através do respetivo SAMS,tem envidado esforços para dispo-

nibilizar aos seus sócios e beneficiáriosmelhores serviços, incluindo melhor in-formação.

É o que acontece designadamente coma emissão anual da declaração para IRS ede outras declarações de óbvia utilidadepara sócios e beneficiários. Neste domí-nio, e à semelhança do que aconteceupela primeira vez o ano passado, os só-cios e beneficiários voltam a ter à dispo-sição diferentes e diversificados meiosde acesso às declarações relativas a 2013.

No portal do SBSI/SAMS

Assim, a partir de 25 de fevereiro asdeclarações periódicas destinadas a só-cios e beneficiários estarão disponíveis noPortal SBSI, em SBSI > Ligue-se @ Nós > OsMeus Dados >Declarações ou SAMS > Li-gue-se @ Nós > Os Meus Dados >Declara-ções, para visualizar, guardar ou imprimir.

Para o efeito, o sócio ou beneficiário--titular deverá aceder à área reservadado Portal, mediante autenticação – aefetuar, como é sabido, por:

- Tipo de Utilizador (sócio ou beneficiá-rio), N.º (sócio ou beneficiário, conformeindicado em "Tipo de Utilizador") e CódigoPessoal (PIN, também utilizável noutrasfuncionalidades, designadamente namarcação de atos clínicos).

As funcionalidades associadas a Ligue-se @ Nós > Declarações remeterão parauma lista identificativa das declaraçõesdisponíveis.

Recorde-se que as declarações para IRS,disponibilizadas em formato PDF, não se-rão emitidas a beneficiários-titulares semNIF (número de identificação fiscal).

Envio por email

Os beneficiários que tenham comuni-cado ao SBSI o respetivo endereço ele-trónico receberão a declaração na suacaixa de correio, a partir de 25 de feve-reiro.

Caso o endereço não tenha sido aindacomunicado, esta será uma excelenteoportunidade para o fazer, acedendo aLigue-se @ Nós > Os Meus Dados >Alteração de Dados Pessoais.

Imprimir ou solicitar

Qualquer das declarações pode aindaser obtida presencialmente nos locais de'atendimento geral' em:

- Sede ou Secção Regional do SBSI;- Serviços de Apoio Social - Rua Defen-

sores de Chaves, n.º 52, em Lisboa.Por outro lado, estará disponível um

computador (com Internet direcionadapara www.sams.pt) e uma impressorapara impressão pelo próprio, colocados

temporariamente nas instalações doSBSI em Lisboa:

- Sede do SBSI (Biblioteca) - R. S. José;- Serviços de Apoio Social - Av. Defen-

sores de Chaves, n.º 52.Nestas circunstâncias, as declarações

deixam de ser remetidas por via postalpara a morada dos destinatários.

Expedição pelos CTT

Para os pensionistas (familiares de ex-sócios ou ex-beneficiários com direito apensão) será feita a expedição atravésdos CTT, bem como no caso de solicita-ções especialmente atendíveis.

Os sócios do SBSI e beneficiários-titulares do SAMSpodem obter declarações – para IRS

ou outras, como as de comparticipaçõescomplementares – através do portal. O Sindicato

enviá-las-á ainda por email a quem tenha endereçoeletrónico registado, e em várias instalações

do SBSI será possível solicitar presencialmentea sua emissão. Salvo casos excecionais,

as declarações não serão remetidas, por via postal,para a morada dos destinatários

No portal do SBSI/SAMS estarão acessíveis asseguintes declarações, que também podem serenviadas por email aos sócios e beneficiários-titulares do SAMS:

- Declaração de Despesas de Saúde para IRS-2013;- Declaração de Comparticipações-2013, atribu-

ídas em regime de Complementaridade;- Declaração de Quotizações-2013 para o SBSI,

relativamente a associados que asseguram o pa-gamento direto das respetivas quotizações;

- Declaração de Contribuições-2013 para o SAMS/SBSI, relativamente a beneficiários que assegu-ram o pagamento direto das respetivas contribui-ções obrigatórias (excluído o FSA);

- Declaração de Contribuições-2013 para o FSA- Fundo Sindical de Assistência do SAMS/SBSI(engloba totalidade destes descontos, diretos ouatravés da entidade empregadora);

- Declaração de Despesas de Lutuosa-2013.

Documentos acessíveis

Para conhecimento do conteúdodas declarações disponíveis estãodisponíveis os seguintes contac-tos: Tel: 217 917 400, seguido dasopções 2 – 1 – 7 (das 9h00 às18h00); mail: [email protected]

Obter Informações

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Notícias l Bancários Sul e IlhasBa

ncár

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Sul e

Ilha

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King

Caetano Moço segue na frenteRealizadas as duas primeiras

jornadas do apuramentode Lisboa, o homem da Unicre

é quem mais se destaca

TEXTO: PEDRO GABRIEL

Oapuramento da zona de Lisboado 8.º Campeonato Interbancáriode King é composto por sete jor-

nadas, entre janeiro e abril, que sedisputarão nas instalações do SBSI, naRua de São José, em Lisboa. A final do Sule Ilhas deverá realizar-se a 31 de maio,enquanto a final nacional está marcadapara 25 e 26 de outubro.

A edição deste ano teve início no dia 4de janeiro, com a realização da primeirajornada. Vinte jogadores aceitaram orepto com a vitória em mente, mas tam-bém com o habitual entusiasmo e espíri-to de desportivismo que já são caracte-rísticas deste tipo de torneio.

Finalizadas as quatro partidas quecada jogador tem de disputar, Vítor

Madureira (BES) foi quem mais se des-tacou, atingindo os 45 pontos. Na se-gunda posição ficou Caetano Moço (Uni-cre), com 38 pontos, logo seguido deJoão Grilo (AAEBNU), em igualdadepontual. João Baleira (Millennium bcp)foi quarto, com 37 pontos, ao passo queJosé Pinto (Millennium bcp) e AntónioAraújo (BPI) alcançaram 33.

Líder destacado

No dia 18 do mesmo mês teve lugar asegunda jornada da prova, desta feitacontando com a participação de 22 joga-dores, cujo objetivo, naturalmente, eramelhorar as respetivas classificações.

Caetano Moço foi o mais forte naronda, com 51 pontos alcançados de-pois de realizados os quatro jogos. An-tónio Vieira (BES) teve uma prestaçãomelhor do que na jornada anterior, ter-minando no 2.º lugar, com 44 pontos. JáAntónio Moço (BPI) e Pinto Pedro (AA-EBNU) também melhoraram os respe-tivos registos, terminando ambos com36 pontos. José Costa (Millennium bcp)foi quinto, com um total de 34.

A classificação geral é liderada, deforma isolada e destacada, por Caetano

Moço, com 89 pontos. A alguma distân-cia encontra-se António Vieira, com 75.Pinto Pedro surge no terceiro posto,com 67 pontos, apenas mais um queJoão Grilo e António Moço, ambos com66 pontos.

De referir que o Millennium bcp foi ainstituição mais representada nestasegunda jornada, contando com 13 par-ticipantes.

A terceira jornada realizou-se no dia1 de fevereiro, da qual daremos contados resultados em futuras publicações.

Refira-se ainda que fazem parte daComissão Organizadora do torneio Ma-nuel Camacho, António Ramos, JoaquimSousa, Alfredo Cóias e Américo Pereira.

Revista "Tempos Livres" já em distribuição

Aedição da revista "Tempos Livres" para 2014 já está em distribuição e achegar às residências de todos os associados, mas também pode serconsultada no sítio do SBSI, em www.sbsi.pt

Ao longo das páginas da revista são avançadas múltiplas ofertas de lazer paraos associados do Sindicato, desde o aluguer de apartamentos em várias localidadesdo Algarve, a reservas no Centro de Férias de Ferreira do Zêzere e no Parque deCampismo de Olhão, até às grandes viagens programadas para este ano, ondeEuropa, África e Ásia estão em destaque. Um dos atrativos de 2014 é a possibilidadede descobrir a influência portuguesa em lugares tão remotos como Malásia, Timor,Sri Lanka ou, mais próximo, Marrocos.

Para os mais novos, as sempre atrativas colónias de férias, período de excelênciapara conviver e cimentar amizades que perduram vida fora. Os que pretendemaproveitar o tempo livre para aperfeiçoar a língua inglesa têm oportunidade departicipar numa colónia na Rickmansworth School, em Londres.

Na revista encontra ainda informação sobre as atividades do GRAM e da Comissãode Juventude, bem como sobre as iniciativas culturais do Pelouro dos TemposLivres: concertos de Coros Bancários e Convívio com Arte.

Por fim, e para os amantes do desporto, lá constam as grandes competiçõesdesportivas do SBSI, nas mais diversas modalidades.

As escolhas podem começar a ser feitas desde já. E as inscrições também, naSecção Administrativa da Sede do Sindicato.

Caetano Moço lidera a classificação

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Bancários Sul e IlhasNotícias l Bancários Sul e Ilhas

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Futsal

Uniteamrevalida título

Numa final inédita, valeua maior experiência

dos homens de Setúbalque, ainda assim, tiveram

de suar para levar de vencidaa trabalhadora equipa

Fapoc Vet

TEXTO: PEDRO GABRIEL

Afinal-four do Sul e Ilhas do 14.ºCampeonato Interbancário de Fut-sal para veteranos realizou-se nos

dias 17, 18 e 19 de janeiro, no Pavilhão doExternato de Penafirme, em Penafirme.

O sorteio realizado no primeiro diaditou confrontos entre Uniteam (Setú-bal) e Agriteam (Ponta Delgada) e en-tre Fapoc Vet (Millennium bcp/Lisboa)e CGD (Funchal).

E foi precisamente este o jogo inau-gural com as duas equipas a gastaramos primeiros minutos do encontro aestudarem-se mas sem nunca perde-rem a direção da baliza. Numa jogadade ataque, José Ribeiro abriu o ativo ecolocou a Fapoc Vet na liderança domarcador, resultado com que se che-gou ao intervalo. Na 2.ª parte, a CGDentrou decidida a inverter o rumo dosacontecimentos, mas Pedro Carvalho,

à passagem do minuto 10, ampliou avantagem para os lisboetas. O 2-0 finalgarantia à Fapoc Vet uma presençainédita no jogo decisivo.

Na segunda semifinal, a Uniteam der-rotou a Agriteam, por 4-0. Apesar dosnúmeros expressivos, a primeira partenão teve golos, ficando marcada pelasmuitas faltas cometidas. Aos 10', aequipa açoriana já tinha acumulado 4faltas, um registo que seria igualadopouco depois pela Uniteam. A uma pri-meira parte monótona seguiu-se umaetapa complementar bem diferente,muito por culpa de Jorge Oliveira, cujohat-trick em cinco minutos (7´, 10´ e 12´)colocou a Uniteam com um pé na final.Jorge Santos, aos 16´, fixou o resultadofinal.

A mais-valia da experiência

No dia seguinte realizaram-se os jo-gos de atribuição do 3.º e 4.º lugares e

da final. CGD e Agriteam entraram emcampo com o objetivo do bronze. Aos 30segundos de jogo já a equipa açorianavencia, com um golo do capitão JoséRebelo, e embalava para um resultadodesnivelado de 11-0 (5-0 ao intervalo),com Gualter Rodrigues a apontar 5 go-los e Emanuel Freitas a balançar asredes em 4 ocasiões. Carlos Medeirosfoi o outro marcador de serviço.

No jogo de todas as decisões, a es-treante Fapoc Vet tentava contrariar aexperiência da Uniteam, que não podiater entrado melhor no jogo. Aos 45segundos, Paulo Guerreiro abriu o ati-vo, com Jorge Santos, à passagem dominuto 7, a ampliar a vantagem, resul-tado com que se chegou ao intervalo.

No entanto, a Fapoc Vet não se deu porvencida e ao terceiro minuto da etapacomplementar beneficiou da infelicida-de de Alberto Rego, que introduziu a bolana própria baliza. A Fapoc reduzia adesvantagem, mas apesar da boa répli-ca dada na 2.ª parte, acabaria mesmopor sofrer o terceiro golo, da autoria deSérgio Duarte.

A perder novamente por dois golos dediferença, a Fapoc Vet viu-se obrigada aalinhar com guarda-redes avançado. Atática deu resultado, pois João Oliveiradesferiu um remate certeiro e reduziu adesvantagem. A experiência da campeãem título foi decisiva para segurar o resul-tado até final. A Uniteam sagrava-se as-sim bicampeã de futsal para veteranos.

De referir que Carlos Sanches, guar-da-redes da equipa setubalense, ven-ceu o troféu para o guarda-redes menosbatido, enquanto Gualter Rodrigues(Agriteam) sagrou-se melhor marcadorda prova, com 5 tentos apontados, e aequipa da CGD (Funchal) arrecadou otroféu disciplina. A Fapoc Vet bateu-se valentemente contra a campeã, terminando num honroso 2.º lugar

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Tabela salarial, revisãodas convenções coletivas

e instabilidade do setorbancário têm dominado

o trabalho sindical

TEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

Aestrutura sindical do SBN efe-tuou diversas reuniões no anopassado, em especial sobre a

tabela salarial, a revisão dos acordoscoletivos de trabalho (ACT) e dos acordosde empresa (AE), bem como sobre ainstabilidade no setor bancário.

No seu âmbito, o pelouro da EstruturaSindical, com o apoio das comissões dedelegação e de empresa realizou visi-tas aos balcões de todas as instituiçõesde crédito (IC) na área das delegações,bem como em toda a área do Porto e doGrande Porto. Dado o clima de instabi-lidade e de incerteza no futuro, foi dadaespecial atenção ao sindicalismo de

proximidade aos sócios do Banif, doMillennium bcp e do Barclays, com avisita aos respetivos balcões, bem comopromovendo reuniões com aqueles as-sociados. Também no decorrer do anoforam eleitos vários delegados sindi-cais.

Por outro lado, foram efetuadas inú-meras diligências escritas e pessoais,tendo em conta o combate ao trabalho

Ser sócio do SBN: quais as vantagens?Além de toda a atividade

sindical produzida no e peloSindicato, um associado

tem outros benefícios

Entre outras situações, o sócio do SBNpode beneficiar das seguintes vantagens:

Acesso à assistência médica em ins-talações próprias do SAMS, com marca-ção de consultas através do site;

Usufruto de assistência sindical, jurídi-ca e judiciária em situações díspares, comosejam as decorrentes de conflitos laboraisou do claro desrespeito pelos direitos ca-pitais dos trabalhadores;

Usufruto de protocolos e de conven-ções celebradas com reputadas entida-des clínicas;

Acesso a comparticipação de 100%,até ao limite das tabelas do SAMS, nasdespesas de intervenções cirúrgicas, re-lativamente aos honorários do médicocirurgião, médico ajudante, médico anes-tesista e internamentos;

Possibilidade de inscrição, como uten-te, dos familiares na linha direta ascen-dente e descendente do beneficiário-titu-lar ou do cônjuge/companheiro(a), bemcomo dos respetivos cônjuges que nãopossam ser inscritos como beneficiáriosnos termos regulamentares;

Acesso gratuito a aconselhamentojurídico para situações de âmbito parti-cular e pessoal;

Possibilidade de apoio na compra delivros escolares e pagamento da faculda-de dos filhos/netos;

Acesso, com descontos, às lojas deótica do SBN existentes no Porto (noposto clínico de S. Brás), em Aveiro e emBragança;

Acesso a acordos e a protocolos comestabelecimentos comerciais, proporcio-nando condições mais vantajosas;

Participação em vários eventos cultu-rais e de lazer, nomeadamente cursos deformação profissional e cultural (pintura eoutros),viagens culturais e de recreio, ediversas atividades desportivas, como ostorneios de karting, ténis, bowling, da-mas, futsal, king, pesca desportiva...

Acesso a comparticipação na assis-tência medicamentosa e na despesa emmeios auxiliares de diagnóstico;

Usufruto de um subsídio materno--infantil por cada filho, durante os primei-ros doze meses de vida;

Acesso a comparticipação em despe-sas de internamento em lares ou emcasas de repouso;

Acesso a comparticipação em trata-mentos termais;

O responsável pela estrutura sindical, José António Gonçalves (à direita), na visitaa um dos balcões

suplementar não remunerado e o cum-primento do regulamento de higiene esegurança no trabalho.

Por último, na Autoridade para asCondições do Trabalho foram cumpri-das várias iniciativas, sensibilizando-apara a praga do trabalho suplementarnão remunerado, tendo em vista umafiscalização mais permanente e eficazjunto das IC que infringem o ACT.

Estrutura sindical em grande atividade

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Competições regionaisarrancam em março

O SBN vai levar a efeitoprovas de diversas

modalidades, no âmbito doPrograma de Ação aprovado

para este ano

TEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

Pesca desportivaAs provas para o 35.º regional de pesca

de mar, para o 36.º regional de pesca derio e para o 7.º regional de surfcastingestão abertas à participação dos associa-dos do sindicato. As inscrições, que de-correrão até 3 de março, deverão serfeitas quer através dos grupos desporti-vos, quer individualmente. Os locais e asdatas poderão vir a ser alterados se, porqualquer motivo, não vierem a ser con-cedidas as respetivas autorizações ou seas condições locais se apresentaremdeficientes.

BowlingO 9.º circuito regional realizar-se-á em

13, 20 e 27 de março e 3 e 10 de abril, nosalão de jogos do Strike Bowl, de Matosi-nhos, na Rua Dr. Afonso Cordeiro, 627. Afase regional deste circuito será disputa-da em cinco jornadas e em cada umadelas cada participante disputará trêsjogos. As inscrições deverão ser efetua-das até ao dia 10 daquele mês. Paraefeitos do apuramento dos representan-tes do SBN na final nacional, serão consi-

derados os quatro melhores resultadosobtidos nas cinco jornadas.

FutsalCom início previsto para 15 de março,

o 38.º torneio regional terá lugar nopavilhão da Escola Francisco Torrinha,na Rua S. Francisco Xavier, 64. Com acolaboração dos elementos da Comis-são Organizadora, dos coordenadoresdas delegações sindicais, dos delegadosdas equipas, dos treinadores, dos árbi-tros e, sobretudo, dos atletas, vai assimser dado corpo a mais este torneio, quevoltará a proporcionar um agradávelconvívio entre os participantes. As ins-crições deverão ser feitas até ao dia 3daquele mês. O torneio decorrerá comas mesmas condições e regras observa-das nos anteriores e o sorteio da regiãoda sede verificar-se-á no dia 10, às17h30, na Rua Cândido dos Reis, 130.

KingO 7.º campeonato regional terá a

primeira fase aos sábados, no salão dejogos do SBN, na Rua Cândido dos Reis,74, 3.º, em 8 e 22 de março, 5 de abrile 10 de maio. A meia-final efetuar-se-á em 21 de junho e a final será disputadaem 27 de setembro. A final nacionaldecorrerá com a presença de oito joga-dores do SBN. A inscrição deverá serefetuada até 28 de fevereiro. Aos inscri-tos será posteriormente distribuído oregulamento da prova.

SnookerO 9.º torneio regional "Bola 8" terá

lugar nas instalações da Comissão Sin-dical de Reformados, na Rua Cândidodos Reis, 100. As jornadas da 1.ª fasedisputar-se-ão às segundas-feiras, apartir das 21 horas, em 7, 14 e 28 deabril e 5, 12, 19 e 26 de maio. O sorteioterá lugar em 31 de março, às 17 horas,naquele local. As datas das fases se-guintes serão oportunamente anuncia-das. As inscrições deverão ser efetua-das até 24 de março.

Inscrições e informaçõesPara inscrições ou mais informações

deverão ser contatados os serviços doSBN - Loja de Atendimento, pelos telefo-nes 223988800/05/09/17/48, pelo fax223398877 ou pelo email [email protected]

Ano desportivo encerroucom entrega de prémiosMário Mourão aproveitoua cerimónia para anunciar terchegado o momento de reivindicaruma atualização salarial

Acerimónia de entrega dos prémios do ano despor-tivo de 2013 decorreu dia 25 de janeiro, iniciando--se com um minuto de silêncio em memória dos

colaboradores Abílio Neves e Rui Marques, falecidosdurante aquele exercício.

Henrique Rego – que foi acompanhado na entrega dosprémios por Alfredo Correia e Francisco Mateus – agra-deceu a todos os participantes nas diversas modalida-des, bem como aos colaboradores das mesmas, sem osquais não teria sido possível a sua realização.

Numa comunicação político-sindical, o presidente daDireção, Mário Mourão, sublinhou que, apesar de todasas dificuldades com que a classe se encontra confrontada"não é motivo para desanimarmos", acrescentando que"cá estamos para lutar, em conjunto com esta novageração de bancários, a fim de que nos mobilizemos emconjunto, defendendo aquilo que demorou tantos anos aconquistar".

Depois de ter historiado pormenorizadamente o longoe difícil processo negocial que deu origem ao Memorandode Entendimento com o BCP que irá ser referendado pelostrabalhadores daquela instituição, avisou: "Mas nãoaceitamos que este processo possa ser contaminável àsoutras instituições que recorreram ao Fundo de Recapi-talização. Este é um processo fechado".

Por último, referiu que este ano vai ser retomada anegociação do acordo coletivo de trabalho do sector: "Étempo de ser retomada a atualização salarial, até porquetambém já passou tempo suficiente para que os bancosarrumassem as suas casas. E vamos ter de estar muitoatentos ao que se passa nas instituições, até para que, sefor necessário, podermos alertar atempadamente as au-toridades, a fim de que não voltem a ocorrer os autênticoscasos de polícia como se passaram no BPN e no BCP".

O Presidente do SBN durante a sua intervençãopolítico-sindical

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Workshop de máscarasde inspiração veneziana

João Ângelo Freitas Santos, colabora-dor do Millennium bcp e associado doSBN, lançou dia 6 de dezembro, na

Biblioteca Municipal de Fafe, o seu se-gundo livro – "Por Fora dos Trilhos" –,publicado pela "Papiro Editora".

"Por Fora dos Trilhos" é uma obraentusiasmante, com uma estruturasoberba, na qual Ângelo Santos, atra-vés da poesia, nos mergulha nas pro-fundezas daquilo que de mais impor-tante existe.

O amor, o carinho e a coerência comque escreveu esta obra semeiam em nósesperança e conduzem-nos à liberdadeabsoluta, ou não fosse a liberdade umdireito.

Ângelo Santos nasceu em agosto de1963 na freguesia de Cepães, no concelhode Fafe, onde ainda reside. Terminou oensino secundário em 1982. Cumpriu o

Aedição de fevereiro da série de exposiçõessubordinada ao tema genérico "Treze Meses,Treze Temas", de responsabilidade do Núcleo

de Fotografia do SBN, intitula-se "Desporto e Movi-mento". É de autoria de António Alberto Caeiro eestá patente na galeria do Sindicato, na Rua Condede Vizela, 145, até 5 de março, podendo ser visitadaàs quartas e quintas-feiras das 15 às 17h30.

Eduardo Nogueira é o autor da mostra "Animais",que estará aberta ao público de 5 de março a 2 de abril,no mesmo espaço, com os mesmos horários.

Opelouro do Desporto e a Comis-são Sindical de Delegação de Bra-gança vão levar a efeito, em 24

de fevereiro, uma montaria ao javali, nazona de caça municipal de Ervedosa, emVinhais, dirigida a associados do SBN.

Caçadores, acompanhantes e agre-gados familiares, mesmo que não se-

Desporto e animaisem exposições de fotografia

Montaria ao javali em Vinhaisjam amantes da caça, podem desfrutarda hospitalidade transmontana e dasalutar confraternização que aquelasiniciativas proporcionam, com um pro-grama apelativo e de agradável conví-vio.

Todos os caçadores têm de ser porta-dores de licença e de seguro válidos.

Sócio lança livro de poesia

serviço militar obrigatório em 1984. En-tre 1988 e 1995 foi chefe dos serviçosadministrativos da Associação Humani-tária dos Bombeiros Voluntários de Fafe.Desde então exerce funções no BCP. Écasado e tem duas filhas. "Do Éden aoInferno" foi o seu primeiro livro.

Aprenda a fazer a suamáscara para o Carnaval

que se aproxima

TEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

OSindicato, em parceria com aempresa Fio-do-Norte, promo-ve um workshop de construção

de máscaras de inspiração veneziana,em 26 e 27 de fevereiro, das 14 às 17

O número mínimo de participantespara que o workshop se realize é deoito e o máximo é de vinte. A datalimite para a inscrição é o dia 20.

horas, nas instalações do SBN na RuaCândido dos Reis, 100, 3.º.

Os sócios estão convidados a viremcriar a sua própria máscara de inspira-ção veneziana, partindo das suas tex-turas, desenhos e cores. No final, leva-rá consigo uma máscara original quepoderá usar neste Carnaval.

Os objetivos gerais são os de prepa-ração da base da máscara, projeto dodesenho e pintura a desenvolver, es-colha dos materiais a acrescentar, de-senho e pintura e pormenores finais.Haverá duas sessões de três horas.

António Alberto Caeiro

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TEXTO: ANÍBAL RIBEIRO*

Ao longo deste ano iremos moderni-zar todos os nossos Postos Clínicos,com novos equipamentos e valên-

cias, a fim de proporcionar um elevadoíndice de satisfação e atrair, assim, maisbeneficiários.

Estamos conscientes de que estas alte-rações podem acarretar alguns constran-gimentos num pequeno período de tem-po, mas assim que terminado julgamosque vale a pena, pois a partir dessemomento encontrar-nos-emos em con-dições de melhor responder ao que nos éexigido, melhorando substancialmente anossa prestação de serviços médicos.

É curial recordar que o SAMS-Centro, járesponde, através dos seus Postos Clíni-cos, a aproximadamente 72% das con-sultas utilizadas pelos seus beneficiários.Apesar disso, continuamos a estabelecerprotocolos com entidades médicas, fa-zendo com que não haja penalizaçõesmonetárias para os nossos beneficiáriosque residam em locais mais afastadosdos Postos Clínicos.

Sindicato moderniza postos clínicosO SAMS do SBC está

a passar por um processode reestruturação, no sentido

de lhe conferir maise melhores condições para

a prestação de cuidadosde saúde aos seus beneficiários

Continuamos a defender e a pugnar pelacriação dum SAMS único, a nível nacional.

A assistência médica não pode ser umprivilégio para ricos. Deve, pelo contrá-rio, ser considerada como um bem social,

e, por isso, não há no nosso seio lugar a"plafonds" no tratamento de doenças,pois sempre elegemos a solidariedadeintergeracional como um princípio basi-lar dos serviços médicos que prestamos.

O aparecimento de novas doenças,aliado ao envelhecimento da classebancária – desde 2008 que não há lugara novas admissões na banca, não pro-porcionando o seu rejuvenescimento –,conduzem, por um lado a um aumentodas despesas efetuadas e, por outro, auma diminuição das receitas.

Só com muito rigor na gestão presentee passada encontramos os alicerces deuma situação financeira que é estável.

Continuamos a envidar esforços nosentido de ver liquidada a dívida do Mi-nistério da Saúde/ACSS ao SAMS, pen-dente e já com grande maturidade, novalor de 10 milhões de euros.

Não existindo qualquer desenvolvi-mento num curto espaço de tempo, oSAMS ver-se-á obrigado a recuperar adívida através da via judicial.

Apesar da magnitude desta dívida, oSAMS honra os seus compromissos paracom os seus mais variados parceiros,constituindo-se, assim, como um interlo-cutor apetecível para todas as entidadesprivadas no mercado da saúde.

Crescer, melhorar e apoiar os nossosbeneficiários são temas que diariamentepairam nas nossas cabeças e que noslevam a fazer mais e melhor.

* Vice-Presidente da Direçãoe coordenador do C. Gerência do SAMS

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UGT inaugura Training Center em ViseuAs estruturas da central

sindical na cidade dispõemagora de um centro

de treino de diversascompetências,

nomeadamente formaçãoprofissional de trabalhadoresno ativo e de desempregados

TEXTO: MANUEL TEODÓSIO

AUGT/Viseu conta com mais umequipamento para prestar apoioaos trabalhadores da região. Tra-

ta-se do "Training Center", inauguradodia 24 de janeiro pelo secretário-geralda central, Carlos Silva, e pelo presi-dente da Câmara Municipal, AlmeidaHenriques.

O novo espaço, paredes quase meiascom o "Office Center" da UGT Viseu(onde se encontram o Pólo de Atendi-mento, Gabinete de Inserção Profissio-nal, Secretariado e serviços adminis-trativos), é composto por cinco salasdevidamente equipadas, das quais duaspodem ser transformadas numa únicaárea ampla para permitir a realizaçãode seminários e de reuniões sindicaispara até 80 participantes.

Trata-se, pois, de um centro de treinode diversas competências, entre elas aformação profissional de trabalhadoresno ativo e de desempregados.

O Training Center está à disposiçãodos 19 sindicatos membros da UGT Vi-seu, mas também de outras institui-ções com as quais existem parcerias,como por exemplo o Instituto de Empre-go e Formação Profissional.

Localizado numa avenida nobre deViseu, muito próximo do Rossio, a suaacessibilidade é excelente, pois encon-tra-se a 50 metros da principal para-gem de autocarros da cidade.

Num outro espaço do edifício ficaráinstalado o recentemente criado "Clubede Xadrez da UGT Viseu", que irá com-petir já este ano nos Campeonatos Na-cionais de Xadrez.

Celebração

Face à importância deste novo equi-pamento para a cidade, mais de umacentena de convidados participaram nacerimónia de inauguração.

Além dos representantes de quasetodas as Uniões da UGT, de dirigentesnacionais da central e dos sindicatosmembros da UGT Viseu, participaramtambém os dirigentes da UGT Viseu,formadores e formandos do Pólo deViseu do CEFOSAP.

Estiveram ainda presentes o presi-dente da Assembleia Municipal de Vi-seu, deputados da Assembleia da Re-pública, a presidente da UGT, a direto-ra do Centro de Emprego e FormaçãoProfissional, o secretário-geral da FNE,o diretor da Segurança Social, a verea-dora de Educação e Cultura, o delegadoda Autoridade para as Condições doTrabalho, o presidente da AssociaçãoComercial de Viseu, o representantedo Conselho Empresarial de Viseu e ovice-presidente do Instituto Politécni-co de Viseu. Na sessão oficial usaramda palavra o presidente da UGT Viseu,Manuel Teodósio, o secretário-geralda UGT e o presidente da Câmara Mu-nicipal de Viseu.

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Revista à Portuguesatraz reformados a Lisboa

Mais de meia centenade reformados sócios

do Sindicato foram assistirao espetáculo de Filipe La Féria

TEXTO: SILVINO MADALENO

Depois de uma ida muito bemsucedida, no passado ano, ao"Salão Preto e Prata" do Casino

Estoril para assistir ao musical "O Me-lhor de Filipe La Féria", voltaram osassociados reformados e suas famíliasa Lisboa, desta vez para a "GrandeRevista à Portuguesa", do mesmo en-cenador e produtor.

Desta vez o espetáculo foi apresentadono vetusto Teatro Politeama, inauguradono longínquo 6 de dezembro de 1913, obramandada fazer pelo milionário minhotoLuís António Pereira, acabado de regres-sar do Brasil. Foi construído no local ondeem tempos estiveram instaladas as cava-lariças dos antigos "táxis" de Lisboa, comprojeto do renomado arquiteto Luís Ven-tura Terra, que assinou, entre outras obras,

o edifício das Cortes na Assembleia daRepública e o edifício de Banco Totta &Açores da Rua do Ouro.

Assistiu-se a um espetáculo de rarabeleza e intensidade, liderado em palcopor Marina Mota e João Baião, ambos emexcelente forma física e artística, comlotação esgotada.

Antes do espetáculo, no percurso paraa capital, os 55 participantes "tiveramdireito" a um excelente lanche ajantara-do em Caldas da Rainha, que lhes forne-ceu o necessário alento para a longajornada que os esperava, pois era jámadrugada alta quando lograram regres-sar a suas casas.

SBC planeia encontro de artistas bancáriosIncentivar o intercâmbio entre

os sócios dos Sindicatosda Febase com trabalhos

nas várias áreas artísticasé uma ideia que está

a ganhar espaço

TEXTO: A. CASTELO BRANCO

Apartir da altura em que o SBCcomeçou a divulgar nesta revistaas exposições que tem realizado na

sede do Sindicato, subordinadas ao tema"Bancários Destacam-se", têm sido muitosos contactos de bancários e beneficiários,não só afetos a este Sindicato mas tambémao do Norte e do Sul e Ilhas, sugerindo quese avance para a dinamização e conse-quente aproximação dessa gente.

Trata-se da gente que escreve, pinta,investiga, coleciona, ensina, faz teatro,borda, faz tapeçaria e artesanato, sabede folclore, de gastronomia e de culturapopular, a par de tanta outra que temdevotado parte da sua vida ao associa-tivismo e à filantropia.

Estas pessoas, com tantas e multifa-cetadas aptidões, fazem parte da famí-lia dos bancários e na sua maioria vi-vem no anonimato e no anonimatoestão os seus trabalhos, as suas peças,os seus livros, as suas experiências, osseus espólios… É importante que todosse conheçam e que cada um diga "estouaqui".

Nesse sentido, o SBC lança o primeirorepto, que chegou de um colega do SBN,onde por escrito sugere a quantos es-crevem/escreveram para darem co-nhecimento das suas obras, dos seusconteúdos e dos seus currículos, por

forma a poder-se conhecer o seu pensa-mento e fazer a sua divulgação.

E por que não amanhã um encontrocom esta gente da escrita, onde os nossosSindicatos tivessem uma palavra?

Seguir-se-iam, ou em paralelo aconte-ceria o mesmo com as outras áreas a quese aludiu. Venham mais sugestões, odesafio está feito.

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