revista do opinião #05

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Produção e edição do conteúdo editorial para a publicação.

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Page 1: Revista do Opinião #05

#04

#05

Page 2: Revista do Opinião #05
Page 3: Revista do Opinião #05
Page 4: Revista do Opinião #05
Page 5: Revista do Opinião #05

westcoast.com.br

Page 6: Revista do Opinião #05

Alice Cooper: uma entrevista com o sessentão das trevas sobre sua carreira e os shows na América do Sul.

C.R.A.Z.Y.: filme francês conta a história da música pop e do rock dos últimos 50 anos.

34

Rosa Tattooada: os preparativos para a comemoração dos 23 anos e do novo DVD de uma das marcas registradas do hard rock gaúcho.

18

GIOVANI PAIM/DIVULGAÇÃO

CARLOS TADEU PANATO JR.

22

Vem aí!

06 - vem aí Revista do Opinião

Vida longa ao rock

Esta é a sexta edição da Revista do Opinião. Completamos meio ano de matérias exclusivas com importantes figuras da cena musical atual que tocaram em Porto Alegre nos últimos tempos. De ZZ Top a Frank Jorge, de Lobão a Restart, esta revista tem mostrado mensalmente como é a vida cotidiana e o que pensam esses artistas já consagrados ou em caminho ascendente.

Nessa edição comemorativa não será diferente: publicamos três entrevistas exclusivas com personalidades da música tão distantes quanto possível. Alice Cooper, Marcelo Camelo e Rosa Tattooada preenchem as páginas dessa publicação falando sobre sua carreira, seus novos trabalhos, seus gostos musicais e as histórias que aproximam-nos do universo cotidiano - seja o dia em que uma salmonela cancelou a turnê de Alice Cooper, seja o momento em que Jacques Maciel, vocalista do Rosa Tattooada, ganhou de Thedy Corrêa a letra de O inferno vai ter que esperar.

Alice Cooper, que se apresentou aqui no dia 31 de maio, também conversou com a Revista do Opinião sobre seu lugar no panteão dos artistas imortais do rock, sobre a ironia contida em sua pose e sobre a postura do metal contemporâneo.

Camelo falou sobre seu processo criativo, sua relação com os fãs de Los Hermanos e sobre seus gostos pessoais por funk carioca e músicas de gente como Claudinho & Buchecha e Calypso.

E Jacques Maciel, vocalista do Rosa Tattooada, revelou ainda sobre a expectativa para o show de lançamento do novo DVD no Opinião.

A revista ainda traz a resenha do filme C.R.A.Z.Y. - Loucos de amor, de Jean-Marc Vallée, um dos grandes filmes musicais da última década, que faz um panorama da música pop e do rock dos últimos 50 anos.

E, por fim, apresentamos nessa edição comemorativa nossa nova coluna, design infoco, desenvolvida pela nova geração de estudantes de design da ESPM de Porto Alegre.

Boa leitura, e longa vida à Revista do Opinião!

ExpedienteDiretores: Alexandre Bertoluci, Alexandre Lopes, Claudio Favero, Diego Faccio, Gabriel Souza e Rodrigo MachadoEditor: Gabriel SouzaEditor de arte: Rodrigo MachadoJornalista responsável: Gabriel Pozzobom (MTB 14350)Colaboradores: Francielle Caetano, Gabriel Pozzobom, Harlem Neto, Homero Pivotto Jr., Jéssica Barcellos, Marília Pozzobom e Richard Koubik.Fotografia: Carlos Tadeu Panato Jr. e alunos do Espaço Experiência/PUCRS (Bruno Todeschini, Caroline Witczak da Silva e Rodrigo Ourique).Foto de Capa: Carlos Tadeu Panato Jr.Projeto gráfico e diagramação: Fábian Chelkanoff ThierComercial: Duda Medina ([email protected])

Colaborações, dúvidas e sugestões: [email protected]

DISTRIBUIÇÃO GRATUITAPontos de distribuição: Opinião, Pepsi on Stage, Ufrgs, PUCRS, ESPM, lojas Vivo e Lancheria do Parque.Tiragem: 15.000 exemplares

Acesse: www.opiniao.com.brwww.pepsionstage.com.brwww.twitter.com/revistaopiniao

RODRIGO OURIQUE

36Marcelo Camelo: o ex-integrante da Los Hermanos fala sobre os trabalhos após a banda.

Revista do Opinião vem aí - 07

Correspondente Vivo On

140What’s happening?

Confira o regulamento do Correspondente Vivo On em @revistaopiniao para saber como assistir ao show da Black Drawinf Chalks, com acompanhante, visitar o backstage e aparecer nesta página da revista!

#pittycarolgnunes Carol Govari Nunes Pitty sempre cantando bem pra caralho, foi tudo lindo. um brinde à @revistaopiniao e valeu por tudo! #pittynoopiniao17 Jun

carolgnunes Carol Govari Nunes O show ta fodaaaaaaaaaaa! Valeu @revistaopiniao16 Jun

carolgnunes Carol Govari Nunes Estive no camarim e daqui a pouco Pitty no palco! Valeu @revistaopiniao! #pittynoopiniao16 Jun

carolgnunes Carol Govari Nunes Demorei a entender pq tem uma galera d palhaco,haha. Toin p mim. Eh a trupe no circo,hehe. Indo p camarim! #pittynoopiniao16 Jun

carolgnunes Carol Govari Nunes Mudanca d plano! Vou twitar da minha conta! Ja to no Opinião e a galera ta q ta! #pittynoopiniao16 Jun

carolgnunes Carol Govari Nunes É HOJE! Show da @pittyleone no Opinião e eu vou tuitar tudo através da @revistaopiniao! Sigam o profile de revista e vambora!16 Jun

@revistaopiniao Porto Alegre, RSRevista do Opinião, a casa de espetáculos de Porto Alegre. O templo do rock.www.opiniao.com.br#04

#05

@revistaopiniaoConfira ao lado a cobertura do CorrespondenteVivo On durante o show da Pitty, no dia 16/06.

, no dia 4 de agosto, no

Opinião

Para concorrer envie um SMS para 22210 até o dia 29 de julho respondendo:

SMS é tarifado em R$ 0,31 + impostos

“Por que eu mereço ser o Correspondente Vivo On no show da

Black Drawing Chalks?”

CARLOS TADEU PANATO JR

DIVULGAÇÃO

Page 7: Revista do Opinião #05

Alice Cooper: uma entrevista com o sessentão das trevas sobre sua carreira e os shows na América do Sul.

C.R.A.Z.Y.: filme francês conta a história da música pop e do rock dos últimos 50 anos.

34

Rosa Tattooada: os preparativos para a comemoração dos 23 anos e do novo DVD de uma das marcas registradas do hard rock gaúcho.

18

GIOVANI PAIM/DIVULGAÇÃO

CARLOS TADEU PANATO JR.

22

Vem aí!

06 - vem aí Revista do Opinião

Vida longa ao rock

Esta é a sexta edição da Revista do Opinião. Completamos meio ano de matérias exclusivas com importantes figuras da cena musical atual que tocaram em Porto Alegre nos últimos tempos. De ZZ Top a Frank Jorge, de Lobão a Restart, esta revista tem mostrado mensalmente como é a vida cotidiana e o que pensam esses artistas já consagrados ou em caminho ascendente.

Nessa edição comemorativa não será diferente: publicamos três entrevistas exclusivas com personalidades da música tão distantes quanto possível. Alice Cooper, Marcelo Camelo e Rosa Tattooada preenchem as páginas dessa publicação falando sobre sua carreira, seus novos trabalhos, seus gostos musicais e as histórias que aproximam-nos do universo cotidiano - seja o dia em que uma salmonela cancelou a turnê de Alice Cooper, seja o momento em que Jacques Maciel, vocalista do Rosa Tattooada, ganhou de Thedy Corrêa a letra de O inferno vai ter que esperar.

Alice Cooper, que se apresentou aqui no dia 31 de maio, também conversou com a Revista do Opinião sobre seu lugar no panteão dos artistas imortais do rock, sobre a ironia contida em sua pose e sobre a postura do metal contemporâneo.

Camelo falou sobre seu processo criativo, sua relação com os fãs de Los Hermanos e sobre seus gostos pessoais por funk carioca e músicas de gente como Claudinho & Buchecha e Calypso.

E Jacques Maciel, vocalista do Rosa Tattooada, revelou ainda sobre a expectativa para o show de lançamento do novo DVD no Opinião.

A revista ainda traz a resenha do filme C.R.A.Z.Y. - Loucos de amor, de Jean-Marc Vallée, um dos grandes filmes musicais da última década, que faz um panorama da música pop e do rock dos últimos 50 anos.

E, por fim, apresentamos nessa edição comemorativa nossa nova coluna, design infoco, desenvolvida pela nova geração de estudantes de design da ESPM de Porto Alegre.

Boa leitura, e longa vida à Revista do Opinião!

ExpedienteDiretores: Alexandre Bertoluci, Alexandre Lopes, Claudio Favero, Diego Faccio, Gabriel Souza e Rodrigo MachadoEditor: Gabriel SouzaEditor de arte: Rodrigo MachadoJornalista responsável: Gabriel Pozzobom (MTB 14350)Colaboradores: Francielle Caetano, Gabriel Pozzobom, Harlem Neto, Homero Pivotto Jr., Jéssica Barcellos, Marília Pozzobom e Richard Koubik.Fotografia: Carlos Tadeu Panato Jr. e alunos do Espaço Experiência/PUCRS (Bruno Todeschini, Caroline Witczak da Silva e Rodrigo Ourique).Foto de Capa: Carlos Tadeu Panato Jr.Projeto gráfico e diagramação: Fábian Chelkanoff ThierComercial: Duda Medina ([email protected])

Colaborações, dúvidas e sugestões: [email protected]

DISTRIBUIÇÃO GRATUITAPontos de distribuição: Opinião, Pepsi on Stage, Ufrgs, PUCRS, ESPM, lojas Vivo e Lancheria do Parque.Tiragem: 15.000 exemplares

Acesse: www.opiniao.com.brwww.pepsionstage.com.brwww.twitter.com/revistaopiniao

RODRIGO OURIQUE

36Marcelo Camelo: o ex-integrante da Los Hermanos fala sobre os trabalhos após a banda.

Revista do Opinião vem aí - 07

Correspondente Vivo On

140What’s happening?

Confira o regulamento do Correspondente Vivo On em @revistaopiniao para saber como assistir ao show da Black Drawinf Chalks, com acompanhante, visitar o backstage e aparecer nesta página da revista!

#pittycarolgnunes Carol Govari Nunes Pitty sempre cantando bem pra caralho, foi tudo lindo. um brinde à @revistaopiniao e valeu por tudo! #pittynoopiniao17 Jun

carolgnunes Carol Govari Nunes O show ta fodaaaaaaaaaaa! Valeu @revistaopiniao16 Jun

carolgnunes Carol Govari Nunes Estive no camarim e daqui a pouco Pitty no palco! Valeu @revistaopiniao! #pittynoopiniao16 Jun

carolgnunes Carol Govari Nunes Demorei a entender pq tem uma galera d palhaco,haha. Toin p mim. Eh a trupe no circo,hehe. Indo p camarim! #pittynoopiniao16 Jun

carolgnunes Carol Govari Nunes Mudanca d plano! Vou twitar da minha conta! Ja to no Opinião e a galera ta q ta! #pittynoopiniao16 Jun

carolgnunes Carol Govari Nunes É HOJE! Show da @pittyleone no Opinião e eu vou tuitar tudo através da @revistaopiniao! Sigam o profile de revista e vambora!16 Jun

@revistaopiniao Porto Alegre, RSRevista do Opinião, a casa de espetáculos de Porto Alegre. O templo do rock.www.opiniao.com.br#04

#05

@revistaopiniaoConfira ao lado a cobertura do CorrespondenteVivo On durante o show da Pitty, no dia 16/06.

, no dia 4 de agosto, no

Opinião

Para concorrer envie um SMS para 22210 até o dia 29 de julho respondendo:

SMS é tarifado em R$ 0,31 + impostos

“Por que eu mereço ser o Correspondente Vivo On no show da

Black Drawing Chalks?”

CARLOS TADEU PANATO JR

DIVULGAÇÃO

Page 8: Revista do Opinião #05

08 - o que rolou Revista do Opinião

O que rolou

O ShowPittyOpinião

Foto de Carlos Tadeu Panato Jr.

Revista do Opinião O que rolou - 09

Pitty, 16/06 - Opinião / Fotos de Carlos Tadeu Panato Jr.

Page 9: Revista do Opinião #05

Revista do Opinião O que rolou - 09

Pitty, 16/06 - Opinião / Fotos de Carlos Tadeu Panato Jr.

Page 10: Revista do Opinião #05

10 - o que rolou Revista do Opinião

O que rolou

A Day to Remember, 08/06 - Opinião / Fotos de Carlos Tadeu Panato Jr.

Revista do Opinião o que rolou - 11

Hibria, 13/06 - Opinião / Fotos de Bruno Todeschini

Page 11: Revista do Opinião #05

Revista do Opinião o que rolou - 11

Hibria, 13/06 - Opinião / Fotos de Bruno Todeschini

Page 12: Revista do Opinião #05

Agenda

12 - agenda Revista do Opinião

Próximos showsEsta agenda é temporária e pode ser alterada conforme a programação da Opinião Produtora. Acesse www.opiniao.com.br ou www.pepsionstage.com.br para maiores informações

Black Label Society

Dia 14/8Opi

nião

DIV

ULG

AÇÃO

DIV

ULG

AÇÃO

Festa VooDoo 14 de julho, Opinião

Se o seu negócio é curtir o swing e a malemolência da black music, a festa VooDoo fará você mexer o esqueleto até quase virar zumbi. O ritual dançante traz show com o carismático Gerson King Combo com a ilustre presença da Funkalister. É para exorcizar todos os demônios e maus-agouros da galera, no Opinião, dia 14 de julho.

Noite Senhor F24 de julho, Opinião

A próxima edição da Noite Senhor F traz as bandas portoalegrenses Wanna Be Jalva e Loomer, bem como a banda do Acre Los Porongas.

Symfonia – 31 de julho, Opinião

O Symfonia, supergrupo formado por Andre Matos (ex-Angra e ex-Shamaan), Timo Tolkki (ex-Stratovarius), Jari Kainulainen (ex-Stratovarius), Mikki Härkin (ex-Sonata Arctica) e Uli Kusch (ex-Helloween) apresenta no Opinião as músicas de seu primeiro álbum, In Paradisum. O show acontece no dia 31 e tem abertura da banda Venus Attack. A partir das 20h.

Erasure11 de agosto, Pepsi on Stage

No dia 11 de agosto, quem chega direto do Reino Unido para o palco do Pepsi on Stage é a Erasure. Formada em 1985 pelo tecladista e guitarrista Vince Clarke (ex-

Depeche Mode) e pelo vocalista Andy Bell, a banda promete um show com sucessos como “Oh, l’amour” e “A little respect”.

Black Label Society 14 de agosto - OpiniãoZakk Wylde, ex-guitarrista de Ozzy Osbourne e um dos ícones do heavy metal, vem com sua banda a Porto Alegre para se apresentar no Opinião. A Black Label Society visita o Brasil para fazer apenas duas apresentações, no Rio Grande do Sul e São Paulo.

Babasónicos17 de agosto, Opinião

Os argentinos da Babasónicos são um dos grupos mais importantes da história do rock independente argentino. Após um luto de três anos sem novos trabalhos após a morte do baixista Gabriel “Gabo” Manelli, a banda retoma o ritmo e vem a Porto Alegre apresentar as músicas de seu novo álbum, A propósito, lançado no início deste ano.

Rosa Tattooada21 de agosto – Opinião

No dia 21 de agosto a Rosa Tattooada sobe novamente no palco do Opinião para comemorar o lançamento do DVD Ao Vivo no Bar Opinião, que chega em junho às lojas. Com mais de 20 anos de estrada, a banda ainda mostra toda sua vitalidade com a promessa de um show pesado.

Reel Big Fish e Goldfinger27 de outubro - Opinião

No dia 29 de junho o Opinião recebe diretamente da ensolarada Califórnia dois grandes nomes do ska-punk: Reel Big Fish e Goldfinger. Os dois grupos passam pela primeira vez por Porto Alegre para promover seu som, que mistura a pegada dançante do ska com a energia do punk rock.

DIVULGAÇÃO

Teatro Mágico

Dia 27/8Opi

nião

Agenda

Próximos shows

Revista do Opinião agenda - 13

Festival Açaí Musical

25 de agosto, Pepsi on Stage

Na noite do dia 25 de agosto, o Festival Açaí Musical trará ao Pepsi on Stage o John Butler Trio, uma das mais importantes bandas australianas contemporâneas. Também se ap resentam no festival as bandas Móveis Coloniais de Acaju, Cachorro Grande e Gustavo Telles & os Escolhidos. Participação especial do Conjunto Bluegrass Porto-Alegrense.

Esta agenda é temporária e pode ser alterada conforme a programação da Opinião Produtora. Acesse www.opiniao.com.br

ou www.pepsionstage.com.br para maiores informações

DIVULGAÇÃO

Blind Guardian

Dia 6/9Opi

nião

DIV

ULG

AÇÃO

O Teatro Mágico27 de agosto, OpiniãoO Teatro Mágico traz pela primeira vez ao Opinião o espetáculo Segundo Ato. O show acontece no dia 27 de agosto, e apresenta aos gaúchos os encantos de uma performance repleta de apelos visuais.

Blind Guardian 6 de setembro - Opinião

Após quarto anos de seu primeiro show na casa, os alemães da Blind Guardian retornam ao Opinião para mostrar suas canções inspiradas na cultura medieval e nas mitologias nórdica e grega. A banda vem apresentar seu último CD, At the edge of time (2010).

Tears for Fears 4 de outubro, Pepsi on Stage

Em outubro, os ingleses do Tears for Fears visitam Porto Alegre para fazer um show histórico no Pepsi on Stage. Formada por Roland Orzabal (voz e guitarra) e Curt Smith (voz e baixo), a banda fez grande sucesso no Brasil com os hits “Everybody Wants to Rule the World” e “Shout”. É no dia 4 de outubro, a partir das 21h.

Cut Copy 19 de outubro, Opinião

O Cut Copy é um dos expoentes do

synthpop, gênero que passou a dominar na cena musical australiana nos últimos anos, misturando o a batida do electro rock a sintetizadores da new wave. O quarteto traz a Porto Alegre a turnê do elogiado álbum Zonoscope, de 2011. Dia 19 de outubro, no Opinião.

Acústicos & Valvulados20 de outubro - Opinião

Com vinte anos de muito rock’n’roll, os Acústicos e Valvulados se apresentam no dia 20 de outubro no Opinião para celebrar o sucesso das duas últimas décadas. Encabeçada por Rafael Malenotti, a banda se junta aos fiéis fãs porto-alegrenses para cantar sucessos como “Fim de tarde com você” e “Até a hora de parar”.

Matanza – 11 de dezembro, Opinião

O Matanza retorna a Porto Alegre com a turnê de Odiosa natureza humana. Conhecidos pela mistura de elementos de metal e country music e com letras bem humoradas, Jonas, Donida, China e Jimmy trazem ao público suas “músicas de macho” cheias de influências de Slayer, Johnny Cash e Motorhead – combinação que resultou na criação do termo “countrycore”.

Dia 19/10Opi

nião Cut Copy

DIV

ULG

AÇÃO

Page 13: Revista do Opinião #05

Agenda

12 - agenda Revista do Opinião

Próximos showsEsta agenda é temporária e pode ser alterada conforme a programação da Opinião Produtora. Acesse www.opiniao.com.br ou www.pepsionstage.com.br para maiores informações

Black Label Society

Dia 14/8Opi

nião

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ULG

AÇÃO

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ULG

AÇÃO

Festa VooDoo 14 de julho, Opinião

Se o seu negócio é curtir o swing e a malemolência da black music, a festa VooDoo fará você mexer o esqueleto até quase virar zumbi. O ritual dançante traz show com o carismático Gerson King Combo com a ilustre presença da Funkalister. É para exorcizar todos os demônios e maus-agouros da galera, no Opinião, dia 14 de julho.

Noite Senhor F24 de julho, Opinião

A próxima edição da Noite Senhor F traz as bandas portoalegrenses Wanna Be Jalva e Loomer, bem como a banda do Acre Los Porongas.

Symfonia – 31 de julho, Opinião

O Symfonia, supergrupo formado por Andre Matos (ex-Angra e ex-Shamaan), Timo Tolkki (ex-Stratovarius), Jari Kainulainen (ex-Stratovarius), Mikki Härkin (ex-Sonata Arctica) e Uli Kusch (ex-Helloween) apresenta no Opinião as músicas de seu primeiro álbum, In Paradisum. O show acontece no dia 31 e tem abertura da banda Venus Attack. A partir das 20h.

Erasure11 de agosto, Pepsi on Stage

No dia 11 de agosto, quem chega direto do Reino Unido para o palco do Pepsi on Stage é a Erasure. Formada em 1985 pelo tecladista e guitarrista Vince Clarke (ex-

Depeche Mode) e pelo vocalista Andy Bell, a banda promete um show com sucessos como “Oh, l’amour” e “A little respect”.

Black Label Society 14 de agosto - OpiniãoZakk Wylde, ex-guitarrista de Ozzy Osbourne e um dos ícones do heavy metal, vem com sua banda a Porto Alegre para se apresentar no Opinião. A Black Label Society visita o Brasil para fazer apenas duas apresentações, no Rio Grande do Sul e São Paulo.

Babasónicos17 de agosto, Opinião

Os argentinos da Babasónicos são um dos grupos mais importantes da história do rock independente argentino. Após um luto de três anos sem novos trabalhos após a morte do baixista Gabriel “Gabo” Manelli, a banda retoma o ritmo e vem a Porto Alegre apresentar as músicas de seu novo álbum, A propósito, lançado no início deste ano.

Rosa Tattooada21 de agosto – Opinião

No dia 21 de agosto a Rosa Tattooada sobe novamente no palco do Opinião para comemorar o lançamento do DVD Ao Vivo no Bar Opinião, que chega em junho às lojas. Com mais de 20 anos de estrada, a banda ainda mostra toda sua vitalidade com a promessa de um show pesado.

Reel Big Fish e Goldfinger27 de outubro - Opinião

No dia 29 de junho o Opinião recebe diretamente da ensolarada Califórnia dois grandes nomes do ska-punk: Reel Big Fish e Goldfinger. Os dois grupos passam pela primeira vez por Porto Alegre para promover seu som, que mistura a pegada dançante do ska com a energia do punk rock.

DIVULGAÇÃO

Teatro Mágico

Dia 27/8Opi

nião

Agenda

Próximos shows

Revista do Opinião agenda - 13

Festival Açaí Musical

25 de agosto, Pepsi on Stage

Na noite do dia 25 de agosto, o Festival Açaí Musical trará ao Pepsi on Stage o John Butler Trio, uma das mais importantes bandas australianas contemporâneas. Também se ap resentam no festival as bandas Móveis Coloniais de Acaju, Cachorro Grande e Gustavo Telles & os Escolhidos. Participação especial do Conjunto Bluegrass Porto-Alegrense.

Esta agenda é temporária e pode ser alterada conforme a programação da Opinião Produtora. Acesse www.opiniao.com.br

ou www.pepsionstage.com.br para maiores informações

DIVULGAÇÃO

Blind Guardian

Dia 6/9Opi

nião

DIV

ULG

AÇÃO

O Teatro Mágico27 de agosto, OpiniãoO Teatro Mágico traz pela primeira vez ao Opinião o espetáculo Segundo Ato. O show acontece no dia 27 de agosto, e apresenta aos gaúchos os encantos de uma performance repleta de apelos visuais.

Blind Guardian 6 de setembro - Opinião

Após quarto anos de seu primeiro show na casa, os alemães da Blind Guardian retornam ao Opinião para mostrar suas canções inspiradas na cultura medieval e nas mitologias nórdica e grega. A banda vem apresentar seu último CD, At the edge of time (2010).

Tears for Fears 4 de outubro, Pepsi on Stage

Em outubro, os ingleses do Tears for Fears visitam Porto Alegre para fazer um show histórico no Pepsi on Stage. Formada por Roland Orzabal (voz e guitarra) e Curt Smith (voz e baixo), a banda fez grande sucesso no Brasil com os hits “Everybody Wants to Rule the World” e “Shout”. É no dia 4 de outubro, a partir das 21h.

Cut Copy 19 de outubro, Opinião

O Cut Copy é um dos expoentes do

synthpop, gênero que passou a dominar na cena musical australiana nos últimos anos, misturando o a batida do electro rock a sintetizadores da new wave. O quarteto traz a Porto Alegre a turnê do elogiado álbum Zonoscope, de 2011. Dia 19 de outubro, no Opinião.

Acústicos & Valvulados20 de outubro - Opinião

Com vinte anos de muito rock’n’roll, os Acústicos e Valvulados se apresentam no dia 20 de outubro no Opinião para celebrar o sucesso das duas últimas décadas. Encabeçada por Rafael Malenotti, a banda se junta aos fiéis fãs porto-alegrenses para cantar sucessos como “Fim de tarde com você” e “Até a hora de parar”.

Matanza – 11 de dezembro, Opinião

O Matanza retorna a Porto Alegre com a turnê de Odiosa natureza humana. Conhecidos pela mistura de elementos de metal e country music e com letras bem humoradas, Jonas, Donida, China e Jimmy trazem ao público suas “músicas de macho” cheias de influências de Slayer, Johnny Cash e Motorhead – combinação que resultou na criação do termo “countrycore”.

Dia 19/10Opi

nião Cut Copy

DIV

ULG

AÇÃO

Page 14: Revista do Opinião #05

design infoco - RICHARD KOUBIK

Revista do Opinião design infoco - 15

Produção dos alunos destaque no curso de DESIGN ESPM-Sul

14 - diz ae! Revista do Opinião

C uidado: tem muito pop por aí disfarçado de rock. É fato, qualquer pessoa que goste de música sabe disso. Não são poucos os artistas que

pagam vale de malvadões. Visual maloqueiro pra mostrar que são from hell e instrumentos em afinações baixíssimas para dizer que fazem som pesado são artifícios que muitos músicos usam para mascarar musiquinhas de rock mais ou menos de verdade. Mas, ao vivo, quando o bicho pega mesmo, tira-se a prova de quem é mesmo do metiê. É no palco que se prova a autenticidade de quem tem comprometimento com a música, e o bordão “quem sabe faz ao vivo” vira a regra do termômetro. Por isso, a apresentação do norte-americano Ed Kowalczyk, ex-vocalista do Live, dia 03 de julho no Opinião, foi tão boa. Acompanhado de James Gabbie (guitarra), Christopher Heerlein (baixo) e Ramy Antoun (bateria), o cantor provou que está vivo e que ainda pode surpreender.

Cheio de disposição, Ed mostrou que os fantasmas de sua antiga banda não o atormentam. Carismático e comunicativo, ele fez um show com quase duas horas de duração. E, como bom frontman que é, soube interagir com a audiência e fazer um repertório na medida, com composições recentes de seu disco solo, Alive (2010), e

praticamente todos os hits do Live.Antes de Ed aparecer no palco, uma

música de abertura lembrou cânticos religiosos. Justo, já que o vocalista se diz uma pessoa com fé e altamente espiritualizada. Após o ‘climão’, o primeiro hino de sua antiga banda foi “All over you”. Feito: com uma abertura dessas, já dava pra considerar o jogo ganho. E o mais bacana é que, apesar do tempo de estrada, a voz do cara continua potente e afinada como no passado. A sequência veio com “The great beyond”, de seu début na carreira solo.

Apesar de as músicas da nova fase demonstrarem qualidade, o público queria mesmo era ouvir Ed soltando a goela nos clássicos do Live. E ele sabia disso. Por isso, já emendou “The distance” e “Selling the drama”. Em seguida vieram “Drink (Everlasting love)” e “Drive”, dois temas da nova fase. Depois foi a vez de “The dolphin’s cry” deixar gente com lágrimas nos olhos. A continuação veio com “Stand”, do disco solo, e a balada “Heaven”, que o vocalista dedicou ao público feminino e aproveitou para falar que é pai de três filhas. Mais algumas canções (novas e antigas) e a primeira parte do espetáculo é encerrada com “I alone”, cantada por quase toda a plateia com as mãos para cima.

O retorno não poderia ser melhor com o hit inquestionável “Pain lies on the

riverside” (aquela da propaganda de cigarros lá do começo dos anos 90, lembra?). Ainda seguiram outros sucessos como “Overcome”, “Lakini’s juice” e “Lightning crashes”. Antes do fim, outras duas da carreira solo: “Just in time” e “Zion”. O final contou com “The beauty of gray” e “Dance with you”. Aos que achavam que Ed Kowalczyk estava morto artisticamente, ele provou que sua música ainda tem muito fôlego para viver.

Diz ae!

Ed está vivo

“ “

Visual maloqueiro pra mostrar que são from hell e instrumentos em afinações baixíssimas para dizer que fazem som pesado são artifícios que muitos

músicos usam para mascarar musiquinhas de rock.

Texto Homero Pivotto JrFotos Carlos Tadeu Panato Jr

Page 15: Revista do Opinião #05

design infoco - RICHARD KOUBIK

Revista do Opinião design infoco - 15

Produção dos alunos destaque no curso de DESIGN ESPM-Sul

14 - diz ae! Revista do Opinião

C uidado: tem muito pop por aí disfarçado de rock. É fato, qualquer pessoa que goste de música sabe disso. Não são poucos os artistas que

pagam vale de malvadões. Visual maloqueiro pra mostrar que são from hell e instrumentos em afinações baixíssimas para dizer que fazem som pesado são artifícios que muitos músicos usam para mascarar musiquinhas de rock mais ou menos de verdade. Mas, ao vivo, quando o bicho pega mesmo, tira-se a prova de quem é mesmo do metiê. É no palco que se prova a autenticidade de quem tem comprometimento com a música, e o bordão “quem sabe faz ao vivo” vira a regra do termômetro. Por isso, a apresentação do norte-americano Ed Kowalczyk, ex-vocalista do Live, dia 03 de julho no Opinião, foi tão boa. Acompanhado de James Gabbie (guitarra), Christopher Heerlein (baixo) e Ramy Antoun (bateria), o cantor provou que está vivo e que ainda pode surpreender.

Cheio de disposição, Ed mostrou que os fantasmas de sua antiga banda não o atormentam. Carismático e comunicativo, ele fez um show com quase duas horas de duração. E, como bom frontman que é, soube interagir com a audiência e fazer um repertório na medida, com composições recentes de seu disco solo, Alive (2010), e

praticamente todos os hits do Live.Antes de Ed aparecer no palco, uma

música de abertura lembrou cânticos religiosos. Justo, já que o vocalista se diz uma pessoa com fé e altamente espiritualizada. Após o ‘climão’, o primeiro hino de sua antiga banda foi “All over you”. Feito: com uma abertura dessas, já dava pra considerar o jogo ganho. E o mais bacana é que, apesar do tempo de estrada, a voz do cara continua potente e afinada como no passado. A sequência veio com “The great beyond”, de seu début na carreira solo.

Apesar de as músicas da nova fase demonstrarem qualidade, o público queria mesmo era ouvir Ed soltando a goela nos clássicos do Live. E ele sabia disso. Por isso, já emendou “The distance” e “Selling the drama”. Em seguida vieram “Drink (Everlasting love)” e “Drive”, dois temas da nova fase. Depois foi a vez de “The dolphin’s cry” deixar gente com lágrimas nos olhos. A continuação veio com “Stand”, do disco solo, e a balada “Heaven”, que o vocalista dedicou ao público feminino e aproveitou para falar que é pai de três filhas. Mais algumas canções (novas e antigas) e a primeira parte do espetáculo é encerrada com “I alone”, cantada por quase toda a plateia com as mãos para cima.

O retorno não poderia ser melhor com o hit inquestionável “Pain lies on the

riverside” (aquela da propaganda de cigarros lá do começo dos anos 90, lembra?). Ainda seguiram outros sucessos como “Overcome”, “Lakini’s juice” e “Lightning crashes”. Antes do fim, outras duas da carreira solo: “Just in time” e “Zion”. O final contou com “The beauty of gray” e “Dance with you”. Aos que achavam que Ed Kowalczyk estava morto artisticamente, ele provou que sua música ainda tem muito fôlego para viver.

Diz ae!

Ed está vivo

“ “

Visual maloqueiro pra mostrar que são from hell e instrumentos em afinações baixíssimas para dizer que fazem som pesado são artifícios que muitos

músicos usam para mascarar musiquinhas de rock.

Texto Homero Pivotto JrFotos Carlos Tadeu Panato Jr

Page 16: Revista do Opinião #05

BackstageAs Velhas Virgens fizeram um show

histórico no Opinião, onde gravaram seu novo

DVD ao vivo. Fotos de Carlos Tadeu Panato Jr.

Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage

Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage

Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstagebac

backstage

A apresentação de Pitty no Opinião, no dia 16

de junho, contou com a participação especial de Hique Gomes. Fotos de Carlos Tadeu Panato Jr.

Page 17: Revista do Opinião #05

BackstageBackstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage

11 - Pitty recebeu a

ganhadora da promoção do Correspondente Vivo On e

outros convidados antes de subir ao palco da casa.

2 - Em clima de descontração, a cantora também bateu um papo com amigos e fãs. Foto de Carlos Tadeu

Panato Jr.

3 - A nova turnê de Pitty traz novidades cênicas, como performances e outros espetáculos visuais. Acima, os artistas coadjuvantes no camarim da roqueira.

Foto de Carlos Tadeu Panato Jr.

3

Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage

2

Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage Backstage backsta

Texto pro backstage, entre os dois set lists: “Set lists nem sempre são seguidos à risca.

À esquerda, a lista de músicas do show das Velhas Virgens - uma prévia do que o novo DVD da banda deverá conter. À direita, outro

set list, do show de Zeca Baleiro. Fotos de Carlos

Tadeu Panato Jr.”

Page 18: Revista do Opinião #05

Revista do Opinião Tchê, rock - 19

ATÉ MORRERprimeira vez. Explicamos que não tocaríamos porque não teríamos as condições técnicas para fazer um bom show de abertura. Ele foi embora e voltou dois dias depois com um papel em branco em cima da mesa. Aí disse: “Vocês escrevam tudo o que precisam pra abrir esse show”. Daí escolhemos os equipamentos, som, equipe, tudo. E fechamos com ele. Tocamos para 150 mil pessoas, em três noites do caralho!

E agora decidiram gravar o DVD no Opinião. Nós estávamos com show marcado, e dez dias antes eu resolvi:

“Vamos gravar esse show, vamos filmar e vai virar um DVD”. Os caras acharam que eu estava louco. Mas eu disse “foda-se, chama a galera, os parceiros, vamos arrumar as câmeras, e fazer um show de bar mesmo. Sem cenário, é o pano de fundo, os amplificadores, e o Rosa no palco. Como a gente faz em qualquer bar no interior, ou por onde a gente vai”.

O set list é uma trajetória da banda nesses 23 anos. Fizemos questão de tocar desde as músicas mais antigas até as mais recentes. Na real, nos orgulha muito o fato dele ser um trabalho totalmente genuíno, honesto. A gente não regravou nada, não afinou nada. Ele é exatamente o que aconteceu lá. Cru. Puríssimo. Um show de rock!

E a expectativa para o lançamento oficial deste trabalho?A gente cogitou em fazer um show de teatro. Mas logo

entendemos que não haveria um lugar melhor para lançar um DVD, que se chama Ao vivo no bar Opinião, do que o próprio Opinião. Vai ser uma comemoração. E vai ser um show longo, porque há pouco tempo nós resgatamos o disco Carburador para uma apresentação, e vai entrar alguma coisa dele. Também faremos uma homenagem aos grandes do Rock Gaúcho: “Novo Estilo”, dos Cascavelletes, “Sabe o que acontece comigo”, dos Garotos da Rua, além das que já estão no DVD. A abertura será da banda Os Funérios, que conta com as baquetas do Lord Barea [Cascavelletes], irmão do Beat [baterista do Rosa]. E estamos planejando um momento em que os irmãos vão tocar juntos.

18 - tchê rock Revista do Opinião

Texto Harlem NetoFotos Giovani Paim/Divulgação

TCHÊ ROCK

Em meio ao boom do rock gaúcho, nos anos 70 e 80, como nasceu o Rosa Tattoada?

Eu conheci o Barea [Gilberto Barea, baterista] no início de 1985. Eu tinha 15 anos e ele 12, na fila da Terreira da Tribo, no show do Leviaethan. Logo depois que agente estabeleceu a amizade, ele veio com o papo: “Bá, o meu irmão [Alexandre Barea] está entrando numa banda chamada Os Cascavelletes e tu vai ser roadie e tal...” Aí rolou. Eu não tinha experiência nenhuma, nunca tinha subido num palco. Então começamos a trabalhar e viajar com eles.

Durante as viagens, a banda passava o som no palco e ia pro hotel. Eu e o Barea ficávamos lá tocando, eu com a guita do Nei Van Soria ou do Frank Jorge, e ele na bateria. Aí, um belo dia, o Flávio Basso [Júpiter Maçã] disse que tínhamos que formar uma banda pra abrir um show dos Cascavelletes. E agente já conhecia o Paulo Cássio (guitarra), e o Eduardo Rod (baixo). Criamos um repertório de seis, sete músicas, e abrimos um show deles. Foi no Recreio Cruzeiro, em Caxias do Sul, e ali começou o Rosa Tattooada.

A música de maior sucesso da banda, “O inferno vai ter que esperar”, com letra do Thedy Corrêa. Como essa letra chegou às tuas mãos?

Certa tarde eu fui à casa do Thedy e ele puxou uma folha de caderno, rabiscada a caneta, colocou no meu colo e falou: “Não quer essa letra pra ti? Eu levei no ensaio do Nenhum de Nós e ninguém gostou porque ela não tem refrão, é só uma história. O nome é ‘O inferno pode esperar’.” Aí eu falei: “Porra, quero, me dá aí! (risos) Cheguei em casa e fiz a música em 15 minutos. Só troquei o nome para “O inferno vai ter que esperar”. Essa música é uma das cinco mais tocadas da história das rádios do Rio Grande do Sul. Ela ficou um ano e oito meses, todos os dias, entre as dez mais tocadas. E a gente tem o maior orgulho dela, porque foi a música que nos projetou pra fora do Rio Grande do Sul.

Vocês também já abriram três shows do Guns N’ Roses no Brasil. Qual foi a reação, quando foram convidados?

Nos estávamos no Rio, regravando nosso primeiro disco pela Sony, no estúdio Nas Nuvens, do Gilberto Gil e do Liminha, um puta estúdio. Durante o processo de gravação, nós recebemos a visita do produtos do show, que foi lá pessoalmente nos convidar para abrir as apresentações do Guns no Brasil, da turnê Use your illusion (1992). Na real, quando ele chegou lá e nos convidou para abrir duas apresentações em São Paulo e uma no Rio, a gente recusou na

ROCK N’ ROLL

A Rosa Tattooada, maior banda do hard rock gaúcho, comemora 23 anos de estrada com o show de lançamento do DVD, Ao vivo no bar Opinião, no dia 21 de agosto. O set list da apresentação, no próprio local de gravações, será repleto de canções conhecidas da cena

gaúcha, como “O inferno vai ter que esperar”, (uma das músicas assinatura do rock gaúcho nos anos 90). Na entrevista a seguir, o vocalista e guitarrista Jacques Maciel fala sobre a trajetória da banda e as expectativas para a apresentação histórica.

Page 19: Revista do Opinião #05

Revista do Opinião Tchê, rock - 19

ATÉ MORRERprimeira vez. Explicamos que não tocaríamos porque não teríamos as condições técnicas para fazer um bom show de abertura. Ele foi embora e voltou dois dias depois com um papel em branco em cima da mesa. Aí disse: “Vocês escrevam tudo o que precisam pra abrir esse show”. Daí escolhemos os equipamentos, som, equipe, tudo. E fechamos com ele. Tocamos para 150 mil pessoas, em três noites do caralho!

E agora decidiram gravar o DVD no Opinião. Nós estávamos com show marcado, e dez dias antes eu resolvi:

“Vamos gravar esse show, vamos filmar e vai virar um DVD”. Os caras acharam que eu estava louco. Mas eu disse “foda-se, chama a galera, os parceiros, vamos arrumar as câmeras, e fazer um show de bar mesmo. Sem cenário, é o pano de fundo, os amplificadores, e o Rosa no palco. Como a gente faz em qualquer bar no interior, ou por onde a gente vai”.

O set list é uma trajetória da banda nesses 23 anos. Fizemos questão de tocar desde as músicas mais antigas até as mais recentes. Na real, nos orgulha muito o fato dele ser um trabalho totalmente genuíno, honesto. A gente não regravou nada, não afinou nada. Ele é exatamente o que aconteceu lá. Cru. Puríssimo. Um show de rock!

E a expectativa para o lançamento oficial deste trabalho?A gente cogitou em fazer um show de teatro. Mas logo

entendemos que não haveria um lugar melhor para lançar um DVD, que se chama Ao vivo no bar Opinião, do que o próprio Opinião. Vai ser uma comemoração. E vai ser um show longo, porque há pouco tempo nós resgatamos o disco Carburador para uma apresentação, e vai entrar alguma coisa dele. Também faremos uma homenagem aos grandes do Rock Gaúcho: “Novo Estilo”, dos Cascavelletes, “Sabe o que acontece comigo”, dos Garotos da Rua, além das que já estão no DVD. A abertura será da banda Os Funérios, que conta com as baquetas do Lord Barea [Cascavelletes], irmão do Beat [baterista do Rosa]. E estamos planejando um momento em que os irmãos vão tocar juntos.

Page 20: Revista do Opinião #05

Velhas VirgensOpinião

Foto Carlos Tadeu Panato Jr.

Page 21: Revista do Opinião #05

Velhas VirgensOpinião

Foto Carlos Tadeu Panato Jr.

Page 22: Revista do Opinião #05

22 - master Revista do Opinião

master

monstru

que tem no circo, meninada? Esqueça palhaços, trapezistas e outras traquitanas usadas para distrair o público. Se o picadeiro está

sob o comando do mágico Alice Cooper, com certeza, tem muito sangue de mentirinha, monstros e aqueles tradicionais elementos

horripilantes, como guilhotina e outros objetos cortantes usados para ceifar o público da mesmice do dia-a-dia. Em sua primeira passagem por Porto

Alegre, no dia 31 de maio, no Pepsi on Stage, foi isso que o veterano do rock horror Vincent Damon Furnier (nome verdadeiro de Alice Cooper) e sua trupe mostraram. E ai deles que não fizessem sua estreia por estas plagas com uma

apresentação a la Contos da Cripta, cheio de terror e diversão.

Texto Homero Pivotto Jr.Fotos Carlos Tadeu Panato Jr.

O

Revista do Opinião master - 23

osamente Um cara

legal

Page 23: Revista do Opinião #05

22 - master Revista do Opinião

master

monstru

que tem no circo, meninada? Esqueça palhaços, trapezistas e outras traquitanas usadas para distrair o público. Se o picadeiro está

sob o comando do mágico Alice Cooper, com certeza, tem muito sangue de mentirinha, monstros e aqueles tradicionais elementos

horripilantes, como guilhotina e outros objetos cortantes usados para ceifar o público da mesmice do dia-a-dia. Em sua primeira passagem por Porto

Alegre, no dia 31 de maio, no Pepsi on Stage, foi isso que o veterano do rock horror Vincent Damon Furnier (nome verdadeiro de Alice Cooper) e sua trupe mostraram. E ai deles que não fizessem sua estreia por estas plagas com uma

apresentação a la Contos da Cripta, cheio de terror e diversão.

Texto Homero Pivotto Jr.Fotos Carlos Tadeu Panato Jr.

O

Revista do Opinião master - 23

osamente Um cara

legal

Page 24: Revista do Opinião #05

24 - master Revista do Opinião

masterVocê ficou doente pouco antes de chegar ao

Chile e foi obrigado a cancelar o primeiro show em 30 anos. O que aconteceu?

Eu tive uma intoxicação alimentar no voo da Cidade do México para o Chile. Mas eu consultei um médico muito bom e ele matou a bactéria. Agora, eu estou bem.

Qual sua motivação, hoje em dia, para fazer grandes turnês sem perder a empolgação, mesmo com mais de 60 anos de idade?

Para mim, toda noite é diversão! É tão divertido para a banda quanto para o público. Nós subimos ao palco e eu faço questão de que nossa banda divirta-se tanto quanto nossa plateia. Não é só uma apresentação normal de rock’n’roll. Há muita teatralidade, coisas assustadoras e muita comédia também. E eu tenho a melhor banda que alguém poderia ter numa turnê.

Podemos dizer que o rock te ajuda a manter-se jovem?

Devem, pois Mick Jagger, por exemplo, é cinco anos mais velho do que eu e continua detonando! Neste momento eu estou em boa forma, e acho que isso não tem muito a ver com idade. Quero dizer, você tem de estar bem física e mentalmente. Eu me sinto como se tivesse 20 anos!

Você é um fã dos Rolling Stones?Sim, todos nós somos. Quando tínhamos

uns 15 anos os Stones apareceram e, você sabe, aprendemos muito com sua música quando estávamos na escola. Mais tarde, nos tornamos amigos e, antes disso, fomos a um monte de shows dos Stones. Até já estivemos no palco com eles.

Você foi o criador do shock rock ou rock horror. De onde veio a ideia das performances teatrais e de usar elementos de terror no palco?

Eu realmente acho que se você vai usar guilhotinas, sangue falso, monstros e essas coisas todas no palco, você precisa de um grande senso de humor por trás. Em outras palavras: você pode assustar as pessoas, mas tem de fazer o blefe

também. É mais do que a música que está lá, é mais do

que um bom hard rock com sua ótima banda... Se você faz coisas horripilantes, também pode fazer algo engraçado. Eu penso que você ter tudo isso junto num mesmo show.

Mas a razão pela qual eu apareci com isso foi porque, para mim, o rock’n’roll era só heróis, sem vilões. E eu achava que o rock precisava de vilões. Então, eu decidi que para cada Luke Skywalker precisaria também um Darth Vader.

Você finalmente entrou para o seleto grupo de artistas que fazem parte do Rock’n’Roll Hall of Fame. Como foi para você?

Foi um grande privilégio! Isso porque, você sabe, é como se formar na faculdade. Todas as pessoas com as quais você está falando, que votaram para eleger você, são seus professores. Gente como Paul McCartney, Pete Townshend, Jeff Beck, Jimmy Page. São artistas com os quais aprendemos muito.

Acha que isso demorou a acontecer? Por quê?Eu acho que isso poderia ter ocorrido antes.

Meus fãs estavam bravos porque não foi há 15 anos. Mas, sabe de uma coisa? Para mim, eu sabia que ia entrar, só não sabia quando. Agora, eu olho em volta e começo a pensar melhor: Joe Cocker não está lá, o Deep Puple também não. Há muitos grandes nomes do rock fora do Rock’n’Roll Hall of Fame.

Quem são seus outros ídolos da música, e quais bandas da atualidade você acredita que mantém a chama do rock acessa?

Eu acho que, neste momento, há apenas uma ou duas bandas botando pra quebrar. O Foo Fighters, por exemplo, é realmente uma boa banda de rock. Se você for pelo lado dos clássicos, temos bandas como o Motley Crüe e Iggy Pop... Bandas do passado que continuam lá, mandando ver de verdade. Mas há bandas novas boas, como White Stripes, The Hives e Jet. Todas bandas bacanas de hard rock.

Há alguma banda de metal que o agrade?Sim, há algumas boas bandas de metal, como

Pantera, Sepultura, Megadeth e Metallica.

Até o momento, você já lançou mais de 30 discos. De onde vem a inspiração para compor tantas músicas?

Em primeiro lugar, ter uma ótima banda junto. E eu acho que eu tenho a melhor banda de turnê atualmente. Em segundo, ter um produtor [Bob Ezrin, que trabalha com Alice há cerca de 40 anos] que tenha o mesmo senso de humor que você. Bob e eu fizemos uns 10 álbuns juntos e grande parte dos sucessos foram ao lado dele. A gente sabe como escrever aqueles sons, de forma que a molecada vai entender a piada e perceber que são hard rocks de verdade. Não são canções ‘banana’.

Há muitas bandas novas que são meio bananas. Eles não tocam com testosterona, apenas tocam algo meio molengo.

No documentário Metal: A jornada de um headbanger (Metal: A headbanger’s journey, 2005) você fala sobre os caras do black metal, que fazem pose de maus mas não são. O que te faz pensar isso?

Eu costumo dizer que os caras do black e do death metal algumas vezes não entendem suas próprias piadas. Isso porque eles tentam ser tão demoníacos que se torna engraçado. Há bandas muito malvadas por aí, mas eu realmente não conheço nenhuma.

Desculpe, mas acredito que você tem um pouco disso às vezes. Quero dizer, você faz shows assustadores, mas, na verdade, é um cara muito educado. Inclusive você chegou a ser chamado de “o mais querido artista de heavy metal” por uma revista musical. Gosta desse título?

Eu acho legal, sim! Eu chego a um show com uma coisa em mente: conduzir o público por uma viagem! Eu vou levá-los para longe de seus problemas diários por aproximadamente 90 minutos. É como ir assistir Harry Potter, Star Wars ou algum outro filme. Quando você vai assistir Alice Cooper não verá apenas um show de rock normal, mas, sim, uma experiência completa.

Page 25: Revista do Opinião #05

Você ficou doente pouco antes de chegar ao Chile e foi obrigado a cancelar o primeiro show em 30 anos. O que aconteceu?

Eu tive uma intoxicação alimentar no voo da Cidade do México para o Chile. Mas eu consultei um médico muito bom e ele matou a bactéria. Agora, eu estou bem.

Qual sua motivação, hoje em dia, para fazer grandes turnês sem perder a empolgação, mesmo com mais de 60 anos de idade?

Para mim, toda noite é diversão! É tão divertido para a banda quanto para o público. Nós subimos ao palco e eu faço questão de que nossa banda divirta-se tanto quanto nossa plateia. Não é só uma apresentação normal de rock’n’roll. Há muita teatralidade, coisas assustadoras e muita comédia também. E eu tenho a melhor banda que alguém poderia ter numa turnê.

Podemos dizer que o rock te ajuda a manter-se jovem?

Devem, pois Mick Jagger, por exemplo, é cinco anos mais velho do que eu e continua detonando! Neste momento eu estou em boa forma, e acho que isso não tem muito a ver com idade. Quero dizer, você tem de estar bem física e mentalmente. Eu me sinto como se tivesse 20 anos!

Você é um fã dos Rolling Stones?Sim, todos nós somos. Quando tínhamos

uns 15 anos os Stones apareceram e, você sabe, aprendemos muito com sua música quando estávamos na escola. Mais tarde, nos tornamos amigos e, antes disso, fomos a um monte de shows dos Stones. Até já estivemos no palco com eles.

Você foi o criador do shock rock ou rock horror. De onde veio a ideia das performances teatrais e de usar elementos de terror no palco?

Eu realmente acho que se você vai usar guilhotinas, sangue falso, monstros e essas coisas todas no palco, você precisa de um grande senso de humor por trás. Em outras palavras: você pode assustar as pessoas, mas tem de fazer o blefe

também. É mais do que a música que está lá, é mais do

que um bom hard rock com sua ótima banda... Se você faz coisas horripilantes, também pode fazer algo engraçado. Eu penso que você ter tudo isso junto num mesmo show.

Mas a razão pela qual eu apareci com isso foi porque, para mim, o rock’n’roll era só heróis, sem vilões. E eu achava que o rock precisava de vilões. Então, eu decidi que para cada Luke Skywalker precisaria também um Darth Vader.

Você finalmente entrou para o seleto grupo de artistas que fazem parte do Rock’n’Roll Hall of Fame. Como foi para você?

Foi um grande privilégio! Isso porque, você sabe, é como se formar na faculdade. Todas as pessoas com as quais você está falando, que votaram para eleger você, são seus professores. Gente como Paul McCartney, Pete Townshend, Jeff Beck, Jimmy Page. São artistas com os quais aprendemos muito.

Acha que isso demorou a acontecer? Por quê?Eu acho que isso poderia ter ocorrido antes.

Meus fãs estavam bravos porque não foi há 15 anos. Mas, sabe de uma coisa? Para mim, eu sabia que ia entrar, só não sabia quando. Agora, eu olho em volta e começo a pensar melhor: Joe Cocker não está lá, o Deep Puple também não. Há muitos grandes nomes do rock fora do Rock’n’Roll Hall of Fame.

Quem são seus outros ídolos da música, e quais bandas da atualidade você acredita que mantém a chama do rock acessa?

Eu acho que, neste momento, há apenas uma ou duas bandas botando pra quebrar. O Foo Fighters, por exemplo, é realmente uma boa banda de rock. Se você for pelo lado dos clássicos, temos bandas como o Motley Crüe e Iggy Pop... Bandas do passado que continuam lá, mandando ver de verdade. Mas há bandas novas boas, como White Stripes, The Hives e Jet. Todas bandas bacanas de hard rock.

Há alguma banda de metal que o agrade?Sim, há algumas boas bandas de metal, como

Pantera, Sepultura, Megadeth e Metallica.

Até o momento, você já lançou mais de 30 discos. De onde vem a inspiração para compor tantas músicas?

Em primeiro lugar, ter uma ótima banda junto. E eu acho que eu tenho a melhor banda de turnê atualmente. Em segundo, ter um produtor [Bob Ezrin, que trabalha com Alice há cerca de 40 anos] que tenha o mesmo senso de humor que você. Bob e eu fizemos uns 10 álbuns juntos e grande parte dos sucessos foram ao lado dele. A gente sabe como escrever aqueles sons, de forma que a molecada vai entender a piada e perceber que são hard rocks de verdade. Não são canções ‘banana’.

Há muitas bandas novas que são meio bananas. Eles não tocam com testosterona, apenas tocam algo meio molengo.

No documentário Metal: A jornada de um headbanger (Metal: A headbanger’s journey, 2005) você fala sobre os caras do black metal, que fazem pose de maus mas não são. O que te faz pensar isso?

Eu costumo dizer que os caras do black e do death metal algumas vezes não entendem suas próprias piadas. Isso porque eles tentam ser tão demoníacos que se torna engraçado. Há bandas muito malvadas por aí, mas eu realmente não conheço nenhuma.

Desculpe, mas acredito que você tem um pouco disso às vezes. Quero dizer, você faz shows assustadores, mas, na verdade, é um cara muito educado. Inclusive você chegou a ser chamado de “o mais querido artista de heavy metal” por uma revista musical. Gosta desse título?

Eu acho legal, sim! Eu chego a um show com uma coisa em mente: conduzir o público por uma viagem! Eu vou levá-los para longe de seus problemas diários por aproximadamente 90 minutos. É como ir assistir Harry Potter, Star Wars ou algum outro filme. Quando você vai assistir Alice Cooper não verá apenas um show de rock normal, mas, sim, uma experiência completa.

Page 26: Revista do Opinião #05

O que rolou

26 - o que rolou Revista do Opinião

Zeca Baleiro, 03/06 - Opinião / Fotos de Carlos Tadeu Panato Jr.

Amado Batista, 17/06 - Pepsi on Stage / Fotos de Carlos Tadeu Panato Jr.

Revista do Opinião o que rolou - 27

Page 27: Revista do Opinião #05

O que rolou

26 - o que rolou Revista do Opinião

Zeca Baleiro, 03/06 - Opinião / Fotos de Carlos Tadeu Panato Jr.

Amado Batista, 17/06 - Pepsi on Stage / Fotos de Carlos Tadeu Panato Jr.

Revista do Opinião o que rolou - 27

Page 28: Revista do Opinião #05

Revista do Opinião O que rolou - 29

Velhas Virgens, 09/06 - Opinião / Fotos de Carlos Tadeu Panato Jr.

28 - o que rolou Revista do Opinião

Restart, 18/06 - Pepsi on Stage / Foto de Carlos Tadeu Panato Jr.

O que rolou

Page 29: Revista do Opinião #05

Revista do Opinião O que rolou - 29

Velhas Virgens, 09/06 - Opinião / Fotos de Carlos Tadeu Panato Jr.

Page 30: Revista do Opinião #05

O que rolou

30 - o que rolou Revista do Opinião

Alice Cooper, 31/05 - Pepsi on Stage / Fotos de Carlos Tadeu Panato Jr.

Page 31: Revista do Opinião #05

Revista do Opinião O que rolou - 31

Produto Nacional, 15/06 - Opinião / Fotos de Carlos Tadeu Panato Jr.

O que rolou

30 - o que rolou Revista do Opinião

Alice Cooper, 31/05 - Pepsi on Stage / Fotos de Carlos Tadeu Panato Jr.

Page 32: Revista do Opinião #05
Page 33: Revista do Opinião #05
Page 34: Revista do Opinião #05

34 - Rock movie Revista do Opinião

Loucos de amorRock movie

R.A.Z.Y. - Loucos de amor (2005) engana no título. Espera-se que ele seja explicado facilmente pela tradução para

o português (crazy significa louco em inglês), mas em poucas cenas a impressão risível cai por terra. A sigla na verdade é a junção da primeira letra do nome de cinco irmãos: Christian, Raymond, Antoine, Zachary e Yvan Beaulieu.

A película conta a história sob o ponto de vista de Zachary, nascido em 25 de dezembro de 1960, e dado como morto no nascimento. Com a sobrevivência do bebê, sua mãe acredita que a data de seu nascimento não é apenas uma coincidência, e passa a crer que o menino possui o dom da cura. A sua criação em um ambiente altamente religioso, suas descobertas de vida durante toda a adolescência e seu relacionamento conflituoso com o monarca da família são o que o leva a viver sob a constante confusão entre ser o que é e o que a moral conservadora da família prega.

Crescendo em meio aos irmãos e lutando pela descoberta da própria sexualidade, Zac vive toda a história do rock em uma época onde o estilo musical nascia e amadurecia junto com ele. Com cenas incríveis embaladas por grandes clássicos – com direito a um coro imaginário de Sympathy for the Devil na missa do galo – C.R.A.Z.Y. é a receita certa de uma história que agrada a quem viveu a efervescência da época e os que gostariam de.

Mesmo sendo um filme sobre temas batidos

– adolescência, sexualidade, conflitos familiares – de forma alguma e em momento algum ele cai em um lugar comum que o transformaria em só mais uma história. É uma obra sobre a vida, no melhor sentido da palavra. Em uma das cenas que deveria ser considerada uma das mais antológicas do cinema, Zac pinta o rosto como a maquiagem de David Bowie na capa de Space Oddity e canta a música homônima sozinho em seu quarto, em frente ao espelho. Mesmo para os que há muito deixaram a juventude para trás, é um soco no estômago: quem não viveu um amor musical, quem não sofreu no repeat?

Gervais Beaulieu, o pai durão fã de Patsy Cline, interpretado por Michel Côté, e Zachary, interpretado por Marc-André Grondin, veem sua relação esvair-se graças à opção

sexual de Zac, ainda inseguro quanto a sua homossexualidade. Impulsionado por uma briga, o filho acaba se descobrindo em uma viagem a Jerusalém, lugar para onde a sua religiosidade e o fanatismo da mãe acabam levando-o. Na sua volta, novos conflitos familiares acabam colocando as cartas na mesa e o velho disco de Patsy Cline embala a dor da família.

Ao som de grandes clássicos que vão de Rolling Stones a Charles Aznavour, o filme canadense dirigido por Jean-Marc Vallée é um obra-prima recheada de atuações e trilha sonora impecáveis. Suas doses de teatro e fantasia erguem cenas perfeitamente construídas sob o ponto de vista do personagem principal. C.R.A.Z.Y. nos arrebata pelos ouvidos.

C.Foto DivulgaçãoTexto Marília Pozzobom

Page 35: Revista do Opinião #05

34 - Rock movie Revista do Opinião

Loucos de amorRock movie

R.A.Z.Y. - Loucos de amor (2005) engana no título. Espera-se que ele seja explicado facilmente pela tradução para

o português (crazy significa louco em inglês), mas em poucas cenas a impressão risível cai por terra. A sigla na verdade é a junção da primeira letra do nome de cinco irmãos: Christian, Raymond, Antoine, Zachary e Yvan Beaulieu.

A película conta a história sob o ponto de vista de Zachary, nascido em 25 de dezembro de 1960, e dado como morto no nascimento. Com a sobrevivência do bebê, sua mãe acredita que a data de seu nascimento não é apenas uma coincidência, e passa a crer que o menino possui o dom da cura. A sua criação em um ambiente altamente religioso, suas descobertas de vida durante toda a adolescência e seu relacionamento conflituoso com o monarca da família são o que o leva a viver sob a constante confusão entre ser o que é e o que a moral conservadora da família prega.

Crescendo em meio aos irmãos e lutando pela descoberta da própria sexualidade, Zac vive toda a história do rock em uma época onde o estilo musical nascia e amadurecia junto com ele. Com cenas incríveis embaladas por grandes clássicos – com direito a um coro imaginário de Sympathy for the Devil na missa do galo – C.R.A.Z.Y. é a receita certa de uma história que agrada a quem viveu a efervescência da época e os que gostariam de.

Mesmo sendo um filme sobre temas batidos

– adolescência, sexualidade, conflitos familiares – de forma alguma e em momento algum ele cai em um lugar comum que o transformaria em só mais uma história. É uma obra sobre a vida, no melhor sentido da palavra. Em uma das cenas que deveria ser considerada uma das mais antológicas do cinema, Zac pinta o rosto como a maquiagem de David Bowie na capa de Space Oddity e canta a música homônima sozinho em seu quarto, em frente ao espelho. Mesmo para os que há muito deixaram a juventude para trás, é um soco no estômago: quem não viveu um amor musical, quem não sofreu no repeat?

Gervais Beaulieu, o pai durão fã de Patsy Cline, interpretado por Michel Côté, e Zachary, interpretado por Marc-André Grondin, veem sua relação esvair-se graças à opção

sexual de Zac, ainda inseguro quanto a sua homossexualidade. Impulsionado por uma briga, o filho acaba se descobrindo em uma viagem a Jerusalém, lugar para onde a sua religiosidade e o fanatismo da mãe acabam levando-o. Na sua volta, novos conflitos familiares acabam colocando as cartas na mesa e o velho disco de Patsy Cline embala a dor da família.

Ao som de grandes clássicos que vão de Rolling Stones a Charles Aznavour, o filme canadense dirigido por Jean-Marc Vallée é um obra-prima recheada de atuações e trilha sonora impecáveis. Suas doses de teatro e fantasia erguem cenas perfeitamente construídas sob o ponto de vista do personagem principal. C.R.A.Z.Y. nos arrebata pelos ouvidos.

C.Foto DivulgaçãoTexto Marília Pozzobom

Page 36: Revista do Opinião #05

36 - na pista Revista do Opinião

O ENFotos Rodrigo Ourique

Texto Francielle Caetano e Jéssica Barcellos

Na pista

Ele fez parte (ou faz, nunca se sabe!) de uma das bandas brasileiras que mais causaram comoção quando anunciaram uma pausa nos trabalhos. Em seu segundo disco solo, Toque dela, Marcelo Camelo apresenta um trabalho mais maduro e menos melancólico, apesar da solidão ser assunto recorrente em suas canções. Em entrevista à Revista do Opinião, o músico fala de seu novo show, a influência de São Paulo e, como não poderia faltar, Los Hermanos.

A turnê de Sou teve apresentações feitas em auditórios mais reservados, inclusive em grandes teatros. Já a nova está sendo feita em locais mais descontraídos, como o Opinião. Qual a razão dessa mudança?Eu cansei de tocar em lugares em que a plateia tinha uma participação mais contemplativa. Esse foi o intuito da turnê desde o início, mas no final dela eu já estava querendo um outro tipo de espetáculo. Esse foi o mote inicial do disco.

Toque dela caiu na rede um dia antes do lançamento oficial. Você acredita que isso prejudica a nova turnê?Não acredito não. Mas sinto que o disco deixou de fazer sentido comercialmente e que ele por si não se sustenta mais. Ou seja, o disco custa mais dinheiro pra fazer do que arrecada diretamente,

Revista do Opinião na pista - 37

TERTAINERmesmo que ele tenha uma ótima repercussão. Isso significa que, quando eu faço um disco, meu único meio de ser remunerado por ele é partir pra fazer shows pelo país. Hoje o músico é muito mais um entertainer, que está a frente da sua obra pra angariar dinheiro, do que um pensador, um criador estético. Acho que o disco e o show são coisas diferentes e gostaria de ver o disco valendo mais do que vale e de ver as pessoas dando este valor pra uma obra de arte.

Em Toque dela, você não apenas canta, como toca baixo, violão, guitarra e diversos outros instrumentos. Quando você compõe as músicas, esses elementos já estão pré-definidos ou eles vão surgindo aos poucos, dando espaço a improvisações e mudanças durante as gravações?Algumas frases ou acentos rítmicos estão tão grudados com a melodia principal que parecem fazer parte da idéia inicial mesmo, do próprio insight. E outras tantas são descobertas ao longo das incontáveis repetições daquela faixa no estúdio.

Você vê essas mudanças na sonoridade do novo disco como resultado de um amadurecimento ou é apenas um processo natural de mudança nas músicas?Uma parte de mim carrega todos os conhecimentos destes anos e faz uso deles. Preciso carregar comigo a sensação de ineditismo, de estar pisando num território inédito, de correr todos os riscos de um iniciante. Penso que, se ficasse eternamente num trabalho de depuração daquilo que já fiz, eu me sentiria pouco produtivo, me sentiria inválido como artista eu acho. Então acho que há uma conjugação das muitas forças contidas na minha personalidade. Converso comigo mesmo em muitos níveis, e

por isso não posso negar aquele que já fui e onde já estive, já que é com este fulano que negocio minhas escolhas.

Em uma entrevista recente, você comentou que gosta de MPB e samba, mas também de Claudinho & Buchecha, Calypso e de funk carioca. Você vê referências a esses diferentes estilos no seu trabalho ou é só um gosto pessoal?É difícil distinguir o que das informações que você consome entra na arte que você faz. Percebo que as pessoas só citam na maioria das vezes aquilo que pega bem citar. Usam a arte pra construir uma imagem que suscite estima dos outros pra si. Não é o meu caso. Eu tenho uma relação utilitária. Uso a arte pra meu prazer. Penso que é possível criar muita confusão na nossa cabeça quando a gente se deixa levar pelo que as outras pessoas pensam daquilo que estamos escutando.

O que você acha da relação de amor quase que incondicional que os fãs do Los Hermanos tem pela banda? Em algum momento incomoda?Não vejo nada negativo nisso. Desde que a pessoa entenda a banda como condicionada ao tempo e lugar em que existiu. A pessoa não pode ir no show do Canastra querendo ouvir um show do Los Hermanos, não pode fazer isso num show do Little Joy, da Adriana Calcanhotto ou no meu. De resto acho lindo.

Ainda rola muita pressão pela volta dos Los Hermanos?Isso depende muito de como se recebe as coisas, né. O fato de muita gente gostar da banda e querer ouvir um show ou querer a banda de volta pode ser encarado como um tipo de pressão. Mas eu acho bonito ver o grau de amor das pessoas pela banda e não me sinto pressionado por ele.

FOTO

S CAR

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ITCZ

AK D

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O ENFotos Rodrigo Ourique

Texto Francielle Caetano e Jéssica Barcellos

Na pista

Ele fez parte (ou faz, nunca se sabe!) de uma das bandas brasileiras que mais causaram comoção quando anunciaram uma pausa nos trabalhos. Em seu segundo disco solo, Toque dela, Marcelo Camelo apresenta um trabalho mais maduro e menos melancólico, apesar da solidão ser assunto recorrente em suas canções. Em entrevista à Revista do Opinião, o músico fala de seu novo show, a influência de São Paulo e, como não poderia faltar, Los Hermanos.

A turnê de Sou teve apresentações feitas em auditórios mais reservados, inclusive em grandes teatros. Já a nova está sendo feita em locais mais descontraídos, como o Opinião. Qual a razão dessa mudança?Eu cansei de tocar em lugares em que a plateia tinha uma participação mais contemplativa. Esse foi o intuito da turnê desde o início, mas no final dela eu já estava querendo um outro tipo de espetáculo. Esse foi o mote inicial do disco.

Toque dela caiu na rede um dia antes do lançamento oficial. Você acredita que isso prejudica a nova turnê?Não acredito não. Mas sinto que o disco deixou de fazer sentido comercialmente e que ele por si não se sustenta mais. Ou seja, o disco custa mais dinheiro pra fazer do que arrecada diretamente,

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TERTAINERmesmo que ele tenha uma ótima repercussão. Isso significa que, quando eu faço um disco, meu único meio de ser remunerado por ele é partir pra fazer shows pelo país. Hoje o músico é muito mais um entertainer, que está a frente da sua obra pra angariar dinheiro, do que um pensador, um criador estético. Acho que o disco e o show são coisas diferentes e gostaria de ver o disco valendo mais do que vale e de ver as pessoas dando este valor pra uma obra de arte.

Em Toque dela, você não apenas canta, como toca baixo, violão, guitarra e diversos outros instrumentos. Quando você compõe as músicas, esses elementos já estão pré-definidos ou eles vão surgindo aos poucos, dando espaço a improvisações e mudanças durante as gravações?Algumas frases ou acentos rítmicos estão tão grudados com a melodia principal que parecem fazer parte da idéia inicial mesmo, do próprio insight. E outras tantas são descobertas ao longo das incontáveis repetições daquela faixa no estúdio.

Você vê essas mudanças na sonoridade do novo disco como resultado de um amadurecimento ou é apenas um processo natural de mudança nas músicas?Uma parte de mim carrega todos os conhecimentos destes anos e faz uso deles. Preciso carregar comigo a sensação de ineditismo, de estar pisando num território inédito, de correr todos os riscos de um iniciante. Penso que, se ficasse eternamente num trabalho de depuração daquilo que já fiz, eu me sentiria pouco produtivo, me sentiria inválido como artista eu acho. Então acho que há uma conjugação das muitas forças contidas na minha personalidade. Converso comigo mesmo em muitos níveis, e

por isso não posso negar aquele que já fui e onde já estive, já que é com este fulano que negocio minhas escolhas.

Em uma entrevista recente, você comentou que gosta de MPB e samba, mas também de Claudinho & Buchecha, Calypso e de funk carioca. Você vê referências a esses diferentes estilos no seu trabalho ou é só um gosto pessoal?É difícil distinguir o que das informações que você consome entra na arte que você faz. Percebo que as pessoas só citam na maioria das vezes aquilo que pega bem citar. Usam a arte pra construir uma imagem que suscite estima dos outros pra si. Não é o meu caso. Eu tenho uma relação utilitária. Uso a arte pra meu prazer. Penso que é possível criar muita confusão na nossa cabeça quando a gente se deixa levar pelo que as outras pessoas pensam daquilo que estamos escutando.

O que você acha da relação de amor quase que incondicional que os fãs do Los Hermanos tem pela banda? Em algum momento incomoda?Não vejo nada negativo nisso. Desde que a pessoa entenda a banda como condicionada ao tempo e lugar em que existiu. A pessoa não pode ir no show do Canastra querendo ouvir um show do Los Hermanos, não pode fazer isso num show do Little Joy, da Adriana Calcanhotto ou no meu. De resto acho lindo.

Ainda rola muita pressão pela volta dos Los Hermanos?Isso depende muito de como se recebe as coisas, né. O fato de muita gente gostar da banda e querer ouvir um show ou querer a banda de volta pode ser encarado como um tipo de pressão. Mas eu acho bonito ver o grau de amor das pessoas pela banda e não me sinto pressionado por ele.

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O que rolou

Ed Kowalczyk, 03/07 - Opinião / Fotos de Carlos Tadeu Panato Jr.

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