revista do opinião #00

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#00 Janeiro de 2011

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Produção e edição do conteúdo editorial para a publicação.

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Page 1: Revista do Opinião #00

#00Janeiro de 2011

Page 2: Revista do Opinião #00
Page 3: Revista do Opinião #00
Page 4: Revista do Opinião #00

Media kit

04 - media kit Revista do Opinião

A Revista do OpiniãoA Revista do Opinião é uma publicação mensal de distribuição

gratuita que traz em suas páginas um conteúdo baseado na programação cultural de Porto Alegre. Nela você reportagens sobre música, além de entrevistas, perfis e fotos exclusivos com artistas e bandas nacionais e internacionais. A publicação faz uma conexão direta entre a Opinião Produtora e seu público, formado por frequentadores do Opinião e do Pepsi on Stage. O conteúdo da Revista do Opinião é cuidadosamente planejado por uma equipe experiente, e diversos de seus textos são escritos por profissionais conhecidos no circuito cultural portoalegrense.

A Revista do Opinião é respaldada por um dos grupos mais sólidos e influentes do cenário musical de Porto Alegre – a Opinião Produtora, há 27 anos um dos expoentes nacionais no setor de gerenciamento de espetáculos culturais e eventos empresariais, e realizadora de shows de artistas e bandas como R.E.M., Red Hot Chili Peppers, Kiss, Metallica, Franz Ferdinand, Iron Maiden, Mark Knopfler, Lenny Kravitz, Eric Clapton, Norah Jones, Rush e Circo Imperial da China no Sul do país.

O formato e o papel escolhidos para a impressão do periódico levam em conta a originalidade, a qualidade e a praticidade. A revista é totalmente colorida, feita em papel jornal hi-brite, facilitando para que circule de mão em mão, aumentando sua visibilidade e o número de leitores por exemplar.

Era tudo o que faltava para a diversão ficar ainda maior; faça parte do grupo de anunciantes da Revista do Opinião e associe seu nome ao melhor do entretenimento em Porto Alegre!

Confira abaixo colunas e temas abordados pela Revista:O que rolou: Fotos exclusivas de shows realizados no Opinião, no

Pepsi on Stage ou pela Opinião Produtora.Tchê, rock: Entrevista ou perfil de um artista ou de uma banda

gaúcha de relevância dentro do cenário musical.Agenda: programação de shows e eventos a ocorrer no Opinião e

no Pepsi on Stage ou com realização da Opinião Produtora.Diz ae!: Depoimento ou diário de um show ou momento

inesquecível no Opinião.Backstage: Fotos de bastidores dos shows, da passagem de som

e do cotidiano dos artistas antes do show. Master: Entrevista com banda internacional destaque do mês.Na pista: Entrevista com banda nacional.Vivo On: Fotos de looks de pessoas que frequentam tanto o

Opinião quanto o Pepsi on Stage.Rock movie: Artigo sobre um filme vinculado ao rock.

Distribuição: gratuita (impressa e pela web) e mensalPontos de Distribuição: Opinião, Pepsi on Stage, Ufrgs, PUCRS

e ESPM Dimensões: 25,5cm x 30cm, papel jornal Hi Brite 55 g/m².Canais de acesso:www.twitter.com/revistaopiniaowww.opiniao.com.br - www.twitter.com/opiniaowww.pepsionstage.com.br - www.twitter.com/pepsionstage

Observações técnicas de anúncio: resolução mínima de 300 dpi, sangria de 2cm + margem de segurança de 1cm. Formatos .tiff, .eps ou .pdf. Escala de cores CMYK. Entrega do material por CD ou por e-mail: [email protected].

Não nos responsabilizamos por materiais fora das especificações e pelo conteúdo enviado por terceiros.

Contato: [email protected]

Diretores: Alexandre Bertoluci, Alexandre Lopes, Claudio Favero, Diego Faccio, Gabriel Souza e Rodrigo Machado

Editor: Gabriel SouzaRevisor ortográfico: Gabriel PozzobomRevisor gráfico: Rodrigo MachadoJornalista responsável: Gabriel Pozzobom (MTB 14350)Projeto gráfico e diagramação: Fábian Chelkanoff Thier

Apresentando novidades do meio musical, a Revista do Opinião traz entrevistas importantes com bandas e cantores renomados,

reportagens sobre cultura, artigos relacionados a música e matérias

especiais sobre artes visuais, cinema e moda.

Quem faz a revista

Detalhes técnicos

Números leitores em potencial por edição:(impressa + visualizações online)

exemplares (média de 5 leitores por edição)

acessos mensais aos sites do Opinião e do Pepsi on Stage

159 mil 15 mil 84 mil

Page 5: Revista do Opinião #00

Revista do Opinião media kit - 05

Formatos e investimentos

Os espaços comerciais têm os seguintes formatos:

FORMATO R$ MEDIDAS

Página simples 2.900,00 25,5cm x 30cm

1/2 página 1.600.00 25,5cm x 15cm

1/4 página 900.00 12,75cm x 15cm

2ª capa 4.500,00 25,5cm x 30cm

3ª capa 4.500,00 25,5cm x 30cm

Página dupla 5.400,00 51,0cm x 30cm

Contracapa 6.000,00 25,5cm x 30cm

Página determinada Acréscimo de 20%

#00Janeiro de 2011

Página simples25,5cm x 30cm

Página dupla51cm x 30cm

1/2 página25,5cm x 15cm

1/4 página12,75cm x 15cm

Cinta R$ 2.300,00 + Produção + Manuseio

Envelope c/ janela R$ 6.400,00 + Produção + Manuseio

Encarte soltoR$ 2.000,00 + Produção + Manuseio

Especiais

Page 6: Revista do Opinião #00

Vem aí!

06 - vem aí Revista do Opinião

As histórias da música

Talvez seja uma supresa aos nossos leitores que nossas histórias comecem a ser contadas de fato a parti r dessa primeira edição desta revista, que chega logo após o aniversário de 27 anos do Opinião. Ao longo desse tempo, perdemos a conta do número pessoas (especialmente repórteres e estudantes de jornalismo) que nos procuraram atrás de entrevistas e episódios de backstage, e de vezes que foi preciso repeti r as histórias mais inacreditáveis dos arti stas que já passaram por Porto Alegre.

Pois bem: nos parece a hora de nós mesmos relatarmos o que esses músicos (que, na grande maioria das vezes, são também nossos amigos do peito) têm a dizer sobre seu trabalho, seu dia a dia e especialmente as experiências vividas aqui em Porto Alegre.

Neste número, a nossa primeira entrevista internacional é com Billy Gibbons, da ZZ Top, um dos maiores ícones culturais do rock ‘n’ roll de todos os tempos. Billy concedeu a entrevista bem humorada dois dias antes de subir ao palco do Pepsi on Stage, no fi nal de maio de 2010. Incluímos ainda, na página central, um pôster exclusivo do show gaúcho.

Outra entrevista das próximas páginas é com a Pitt y, que apresentou para um Opinião lotado seu últi mo trabalho, Chiaroscuro. Nela, Pitt y fala sobre a relação com Porto Alegre e seus parceiros da cidade, como Beto Bruno e Hique Gomez. A cantora também conta como é a relação com os fãs via canais sociais e fala como se sente apresentando um programa de rádio ao lado de Beto e de Paulo Miklos.

Entre outros conteúdos, destacamos ainda o perfi l de Frank Jorge e aquilo que consideramos a pérola da revista: a variedade de fotos de shows e basti dores que fi zemos nos últi mos meses. Da sombria Cat Power ao bailão de Nando Reis, a revista traz imagens dos protagonistas da música contemporânea não só no palco, mas em seu coti diano – seja durante a produção de um show, seja na roti na do dia a dia.

Esperamos sinceramente que gostem do conteúdo. Uma óti ma leitura a todos.

ExpedienteDiretores: Alexandre Bertoluci, Alexandre Lopes, Claudio Favero, Diego Faccio, Gabriel Souza e Rodrigo MachadoEditor: Gabriel SouzaEdito de arte: Rodrigo MachadoJornalista responsável: Gabriel Pozzobom (MTB 14350)Colaboradores: Bel Ponte, Francielle Caetano, Gustavo B. Rock, Jéssica Barcellos, Marília Pozzobom, Mauro Borba e Roger Lerina.Repórteres fotográfi cos: Camila Domingues, Carlos Tadeu Panato Jr., Francielle Caetano, Gabriel Souza, Mike Hill, Paulo Capiotti , Pedro Revillion, Robson Nunes e equipe de estágio em fotojornalismo do Espaço Experiência/PUCRS (Bruno Todeschini, Eduarda Amorim, Felipe Dalla Vale, Jonathan Heckler, Mariana Fontoura e prof. Elson Sempé Pedroso).

Projeto gráfi co e diagramação: Fábian Chelkanoff ThierComercial: Duda Medina ([email protected])Colaborações, dúvidas e sugestões: [email protected]

DISTRIBUIÇÃO GRATUITAPontos de distribuição: Opinião, Pepsi on Stage, Ufrgs, PUCRS e ESPM.Tiragem: 15.000 exemplares

Acesse: www.opiniao.com.brwww.pepsionstage.com.brwww.twitt er.com/revistaopiniao

ZZ TOPBilly Gibbons, vocal e guitarra da ZZ Top, releva o que a banda faz fora dos palcos

Galeria de fotos de arti stas no camarim e no dia a dia antes do show

Um perfi l de Frank Jorge, o parteiro do rock sulista

Acantora Pitt y fala sobre seus companheiros gaúchos e sua relação com o Sul

Resenha de Roger Lerina sobre Controle, a cinebiografi a de Ian Curti s

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Mauro Borba conta as histórias de seus melhores shows no Opinião

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Page 7: Revista do Opinião #00
Page 8: Revista do Opinião #00

Robin GibbDia 7/4Pe

psi

Agenda

08 - agenda Revista do Opinião

Próximos shows

All Time LowDia 27/1Pe

psi

Robin Gibb

Marcelo camelo

rOXETTE7 de abril - Quinta-feira, às 22hPepsi on Stage

7 de abril - Quinta-feira, às 23hOpinião

12 de abril - Terça-feira, às 21h30Pepsi on Stage

Anti-Flag24 de março - Quinta-feira, às 22hOpinião

O Opinião recebe o punk-rock de protesto da Anti -Flag. A banda norte-americana, formada em Pitt sburgh, traz nas letras das suas músicas mensagens contra a guerra, o preconceito e a violência. A abertura fi ca com o hardcore da canadense This is A Standoff .

O Pepsi on Stage traz Robin Gibb, um dos fundadores do Bee Gees, no dia 07 de abril. Conhecido por sucessos como Night fever, How deep is your love? e Staying alive, o ex-Bee Gees apresenta em Porto Alegre os maiores sucessos da sua carreira solo e em conjunto com seus irmãos.

Integrante de uma das mais consagradas bandas brasileiras, Marcelo Camelo faz show no Opinião. Do seu primeiro disco solo, Camelo teve a faixa Janta, que canta junto com Mallu Magalhães, eleita pela Rolling Stone a melhor música de 2008. Para março de 2011 tem a previsão de lançamento do seu segundo CD.selton

21 de março - Segunda-feira, às 22h Opinião

A edição de março da Segunda Maluca do Opinião traz a banda Selton, formada por quatro amigos gaúchos que tocavam Beatles em um parque de Barcelona quando foram descobertos por um produtor italiano. O show acontece dia 21 de março e a abertura é do rock gaúcho da Dingo Bells.

Após 10 anos de sua primeira vinda ao Brasil, o Pepsi on Stage recebe no dia 12 de abril a dupla sueca Roxett e. Abanda marcou os anos 90 com sucessos como Listen to your heart e It must have been love.

nando Reis16 e 17 de março - Quarta e quinta-feira, às 23hOpiniãoComo todo ano, o Opinião retorna das férias trazendo novidades em seu interior e um grande show de abertura. Nesse ano, a festa fi ca por conta de Nando Reis e o seu Bailão do Ruivão. O novo trabalho de Nando Reis é uma compilação do bis que acontecia em muitos de seus shows. “O Bailão é um apelido que surgiu para uma parte do show que eu já fazia e descobri que abria uma porta para o passado”, explica.

Esta agenda é provisória e pode ser alterada conforme a programação da Opinião Produtora. Acesse www.opiniao.com.br ou www.pepsionstage.com.br para maiores informações

DIVULGAÇÃO

CIA DA FOTO/DIVULGAÇÃO

DIV

ULG

AÇÃO

DIV

ULG

AÇÃO

MatanzaDia 15/5O

pini

ão

Agenda

Próximos shows

Revista do Opinião agenda - 09

Dia 12/4Peps

i

3oh!319 de abril - Terça-feiraOpinião

A turnê brasileira da banda 3OH!3, um dos novos nomes do pop e do eletrorock, se inicia em Porto Alegre, no Opinião. A dupla se conheceu em 2004 no Colorado e em 2009 foi convidada para abrir os shows da turnê européia da cantora Katy Perry.

Matanza15 de maio - Domingo, às 20hOpinião

vELHAS vIRGENS

Blind Guardian

9 de junho - Quinta-feira, às 22hOpinião

6 de setembro - Quinta-feira, às 20h Opinião

O Opinião será palco das gravações do novo DVD em comemoração aos 25 anos das Velhas Virgens no dia 09 de junho. Conhecidos pelo seu rock com letras irreverentes, a banda apresentará seus maiores sucessos nesse show que deverá ser histórico.

Após quatro anos de seu primeiro show na casa, os alemães da Blind Guardian retornam ao Opinião para mostrar seu power metal com canções inspiradas na cultura medieval e nas mitologias nórdica e grega. A banda vem apresentar seu último CD, At the Edge of Time.

No dia 15 de maio, Matanza toca o seu “countrycore”, nome dado pela própria banda ao estilo musical que une música country com hardcore. A banda vem a Porto Alegre lançar seu novo CD, Odiosa natureza humana.

Black Label Society

29 de maio - Domingo, Opinião

Zakk Wylde, ex-guitarrista de Ozzy Osbourne e um dos ícones do heavy metal, vem com sua banda a Porto Alegre para se apresentar no Opinião. A Black Label Society, que teve início em 1998, visita o Brasil para fazer apenas duas apresentações, em Porto Alegre e São Paulo.

SUBLIME WITH ROME18 de maio - Sexta-feira, às 22hPepsi on StagePela primeira vez os integrantes de uma das maiores bandas dos anos 90 vem a Porto Alegre. Sublime with Rome se apresenta no Opinião no dia 18 de maio. No show, a banda tocará uma seleção de músicas que fizeram parte de sua carreira ao lado de Bradley Nowell, ex-vocalista morto em 1996.

Esta agenda é provisória e pode ser alterada conforme a programação da Opinião Produtora. Acesse www.opiniao.com.br

ou www.pepsionstage.com.br para maiores informações

Roxette

MARC THOMAS KALLWEIT

JOSEPH CULTICE

ROD

RIG

O B

ERTO

LIN

O

DIV

ULG

AÇÃO

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MatanzaDia 15/5O

pini

ão

Agenda

Próximos shows

Revista do Opinião agenda - 09

Dia 12/4Peps

i

3oh!319 de abril - Terça-feiraOpinião

A turnê brasileira da banda 3OH!3, um dos novos nomes do pop e do eletrorock, se inicia em Porto Alegre, no Opinião. A dupla se conheceu em 2004 no Colorado e em 2009 foi convidada para abrir os shows da turnê européia da cantora Katy Perry.

Matanza15 de maio - Domingo, às 20hOpinião

vELHAS vIRGENS

Blind Guardian

9 de junho - Quinta-feira, às 22hOpinião

6 de setembro - Quinta-feira, às 20h Opinião

O Opinião será palco das gravações do novo DVD em comemoração aos 25 anos das Velhas Virgens no dia 09 de junho. Conhecidos pelo seu rock com letras irreverentes, a banda apresentará seus maiores sucessos nesse show que deverá ser histórico.

Após quatro anos de seu primeiro show na casa, os alemães da Blind Guardian retornam ao Opinião para mostrar seu power metal com canções inspiradas na cultura medieval e nas mitologias nórdica e grega. A banda vem apresentar seu último CD, At the Edge of Time.

No dia 15 de maio, Matanza toca o seu “countrycore”, nome dado pela própria banda ao estilo musical que une música country com hardcore. A banda vem a Porto Alegre lançar seu novo CD, Odiosa natureza humana.

Black Label Society

29 de maio - Domingo, Opinião

Zakk Wylde, ex-guitarrista de Ozzy Osbourne e um dos ícones do heavy metal, vem com sua banda a Porto Alegre para se apresentar no Opinião. A Black Label Society, que teve início em 1998, visita o Brasil para fazer apenas duas apresentações, em Porto Alegre e São Paulo.

SUBLIME WITH ROME18 de maio - Sexta-feira, às 22hPepsi on StagePela primeira vez os integrantes de uma das maiores bandas dos anos 90 vem a Porto Alegre. Sublime with Rome se apresenta no Opinião no dia 18 de maio. No show, a banda tocará uma seleção de músicas que fizeram parte de sua carreira ao lado de Bradley Nowell, ex-vocalista morto em 1996.

Esta agenda é provisória e pode ser alterada conforme a programação da Opinião Produtora. Acesse www.opiniao.com.br

ou www.pepsionstage.com.br para maiores informações

Roxette

MARC THOMAS KALLWEIT

JOSEPH CULTICE

ROD

RIG

O B

ERTO

LIN

O

DIV

ULG

AÇÃO

Page 10: Revista do Opinião #00

BackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstagebacksta

Backstage BackstageEm um show com

ingressos esgotados, a banda de reggae norte-americana Soldiers of Jah Army gravou seu novo DVD (ainda sem

previsão de lançamento) no Opinião no dia 18 de

novembro de 2010. Fotos de Francielle Caetano.

BackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackSTAGE

BackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackSTAGE

CAM

ILA

DO

MIN

GU

ES

backstage

1 - Nando Reis passou o dia em entrevistas antes do show no Opinião, no

dia 30 de setembro. Foto de Francielle Caetano

2 - Bagagem de equipamentos da

roqueira Pitty durante a Pepsi on Stage Tour. Foto

de Camila Domingues

3 - Detalhe do aparelho de som no camarim de Dinho Ouro Preto no

Pepsi on Stage. Foto de Camila Domingues

4 - Dinho recebeu os fãs e a imprensa em seu

camarim pouco antes da apresentação. Foto de

Camila Domingues2

BackstageBackstageBackstageBackstage BackstageBackstageBackstageBackstage

BackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstage

BackstageBackstageBackstageBackstage

BackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstagebacksta

4

3

Backstage BackstageO rapper Marcelo D2

almoçou no tradicional Barranco antes de sua

apresentação no Opinião. Foto de Gabriel Souza.

À noite, a descontração em seu camarim se

estendeu por meia hora antes do show. Foto de

Eduarda Amorim.

BackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackstageBackSTAGE

1

Page 11: Revista do Opinião #00

1 - Nando Reis passou o dia em entrevistas antes do show no Opinião, no

dia 30 de setembro. Foto de Francielle Caetano

2 - Bagagem de equipamentos da

roqueira Pitty durante a Pepsi on Stage Tour. Foto

de Camila Domingues

3 - Detalhe do aparelho de som no camarim de Dinho Ouro Preto no

Pepsi on Stage. Foto de Camila Domingues

4 - Dinho recebeu os fãs e a imprensa em seu

camarim pouco antes da apresentação. Foto de

Camila Domingues2

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Backstage BackstageO rapper Marcelo D2

almoçou no tradicional Barranco antes de sua

apresentação no Opinião. Foto de Gabriel Souza.

À noite, a descontração em seu camarim se

estendeu por meia hora antes do show. Foto de

Eduarda Amorim.

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Page 12: Revista do Opinião #00

Trabalhador incansávelFr

ank

Jorg

eTchê, Rock

J orge começou sua carreira nos anos 80, quando o Rock ‘n’ Roll começava a pisar com vontade nos palcos brasileiros. Na época, Titãs,

Os Paralamas do Sucesso e Ira! iniciavam seu êxito nas fronteiras

lá pra cima. Aqui no Sul, junto com a sua carreira, nascia o Graforréia Xilarmônica e Os Cascavelletes.

Hoje, Frank busca suas influências desde a Jovem Guarda de Celly Campelo aos novos meninos do MGMT, passando pela literatura, pelo cinema e até mesmo pela TV.

O músico é conhecido por defender as novas bandas que aparecem por aí. Em junho deste ano, fez uma participação especial em um show da banda Superguidis, no Opinião. “Adoro conhecer bandas novas que tenham vontade de criar algo artístico, não necessariamente inovador, mas principalmente, verdadeiro”. Cita bandas como Nunca Mais Brigite, Dingo Bells e Os Efervescentes, do seu aluno Daniel Tessler, como suas apostas atuais.

Frank cursou letras na PUC-RS enquanto tocava “Menstruada” pelos palcos pampa afora, e confessa que a possibilidade de lecionar sempre pairou sobre o seu futuro (agora presente).

Em 2007, começou a lecionar no curso de Formação de Produtores e Músicos de Rock, na Unisinos. No mesmo ano, participa do – como ele define – “projeto” Tenente Cascavel, formado por músicos das extintas bandas TNT e Os Cascavelletes. Frank saiu da banda no início desse ano, mas confessa ter saudade de tocar com os velhos amigos: “É uma banda que desenvolve um trabalho importante não só de perpetuação da memória recente do Rock Gaúcho (e tem gente que não entende isto), mas também, renovação de repertório”.

Frank não é uma pessoa que aceita

adjetivos facilmente. Limita-se a definir-se como um cantautore: “Nunca me enxerguei como um ‘cantor’ e sim um intérprete de minhas composições (...) canto nem tanto por que gosto, mas por que componho”.

Quando fala sobre a cena musical gaúcha, é cauteloso ao ressaltar que cada artista é diferente, atingindo números que são proporcionais aos seus esforços. De Kleiton e Kledir nos anos 1970, a Fresno nos anos 2000, cada um “com alguma localidade Rio-Grandense de origem no RG, mas com teores de bagualismo completamente diferentes ou quase inexistentes na estampa”. Há quem diga que os shows com Frank Jorge no Opinião são sempre inesquecíveis. Nas primeiras vezes que subiu ao palco, tocou clássicos como “Amigo punk” e “Benga minueto”. Ironicamente, em maio de 2008 reuniu os amigos e o antigo repertório quando a Tenente Cascavel fez uma apresentação histórica que embalou velhos e conquistou novos fãs. Além de ingressar no palco também com a Obsolethos, Black Master, Cowboys Espirituais, bem como sozinho no projeto Frank Jorge solo, dividiu os instrumentos em shows de Zeca Baleiro e Pato Fu.

Hoje, Frank é pai de família ocupado e dedica grande parte do seu tempo ao curso do qual é coordenador. Em maio de 2010, lançou o seu terceiro CD solo, intitulado Volume 3, no qual toca a maioria dos instrumentos em grande parte das faixas. Contudo, alimenta um sonho: tocar com Odair José, “o Bob Dylan brasileiro”, no tablado do Opinião. Nessa nova fase da sua carreira, ele recorda os velhos e bons tempos, mas também celebra os novos. As lembranças de antigos shows empolgam a sua prosa, mas os novos projetos a aceleram tanto quanto. Uma última palavra sobre o Opinião? “Longa vida! Meus respeitos”. O mesmo pra você, Jorge.

Revista do Opinião Tchê, rock - 13

Foto Pedro RevillionTexto Marília Pozzobom

O gaúcho dança a milonga até que a voz rasgue a composição; o canto carregado de sotaque de

Frank Jorge embalou peões, porno-roqueiros e mods. Nascido Jorge Otávio Pinto Pouey de Oliveira, teria todos os motivos para ser um rockstar de nariz empinado: participou

de bandas que são expoentes do rock sulista brasileiro, ajudou – embora não admita – a parir o Rock Gaúcho e é um dos autores do hino alternativo

do Rio Grande do Sul, “Amigo punk”.

Page 13: Revista do Opinião #00

Tchê, Rock

J orge começou sua carreira nos anos 80, quando o Rock ‘n’ Roll começava a pisar com vontade nos palcos brasileiros. Na época, Titãs,

Os Paralamas do Sucesso e Ira! iniciavam seu êxito nas fronteiras

lá pra cima. Aqui no Sul, junto com a sua carreira, nascia o Graforréia Xilarmônica e Os Cascavelletes.

Hoje, Frank busca suas influências desde a Jovem Guarda de Celly Campelo aos novos meninos do MGMT, passando pela literatura, pelo cinema e até mesmo pela TV.

O músico é conhecido por defender as novas bandas que aparecem por aí. Em junho deste ano, fez uma participação especial em um show da banda Superguidis, no Opinião. “Adoro conhecer bandas novas que tenham vontade de criar algo artístico, não necessariamente inovador, mas principalmente, verdadeiro”. Cita bandas como Nunca Mais Brigite, Dingo Bells e Os Efervescentes, do seu aluno Daniel Tessler, como suas apostas atuais.

Frank cursou letras na PUC-RS enquanto tocava “Menstruada” pelos palcos pampa afora, e confessa que a possibilidade de lecionar sempre pairou sobre o seu futuro (agora presente).

Em 2007, começou a lecionar no curso de Formação de Produtores e Músicos de Rock, na Unisinos. No mesmo ano, participa do – como ele define – “projeto” Tenente Cascavel, formado por músicos das extintas bandas TNT e Os Cascavelletes. Frank saiu da banda no início desse ano, mas confessa ter saudade de tocar com os velhos amigos: “É uma banda que desenvolve um trabalho importante não só de perpetuação da memória recente do Rock Gaúcho (e tem gente que não entende isto), mas também, renovação de repertório”.

Frank não é uma pessoa que aceita

adjetivos facilmente. Limita-se a definir-se como um cantautore: “Nunca me enxerguei como um ‘cantor’ e sim um intérprete de minhas composições (...) canto nem tanto por que gosto, mas por que componho”.

Quando fala sobre a cena musical gaúcha, é cauteloso ao ressaltar que cada artista é diferente, atingindo números que são proporcionais aos seus esforços. De Kleiton e Kledir nos anos 1970, a Fresno nos anos 2000, cada um “com alguma localidade Rio-Grandense de origem no RG, mas com teores de bagualismo completamente diferentes ou quase inexistentes na estampa”. Há quem diga que os shows com Frank Jorge no Opinião são sempre inesquecíveis. Nas primeiras vezes que subiu ao palco, tocou clássicos como “Amigo punk” e “Benga minueto”. Ironicamente, em maio de 2008 reuniu os amigos e o antigo repertório quando a Tenente Cascavel fez uma apresentação histórica que embalou velhos e conquistou novos fãs. Além de ingressar no palco também com a Obsolethos, Black Master, Cowboys Espirituais, bem como sozinho no projeto Frank Jorge solo, dividiu os instrumentos em shows de Zeca Baleiro e Pato Fu.

Hoje, Frank é pai de família ocupado e dedica grande parte do seu tempo ao curso do qual é coordenador. Em maio de 2010, lançou o seu terceiro CD solo, intitulado Volume 3, no qual toca a maioria dos instrumentos em grande parte das faixas. Contudo, alimenta um sonho: tocar com Odair José, “o Bob Dylan brasileiro”, no tablado do Opinião. Nessa nova fase da sua carreira, ele recorda os velhos e bons tempos, mas também celebra os novos. As lembranças de antigos shows empolgam a sua prosa, mas os novos projetos a aceleram tanto quanto. Uma última palavra sobre o Opinião? “Longa vida! Meus respeitos”. O mesmo pra você, Jorge.

Revista do Opinião Tchê, rock - 13

Foto Pedro RevillionTexto Marília Pozzobom

O gaúcho dança a milonga até que a voz rasgue a composição; o canto carregado de sotaque de

Frank Jorge embalou peões, porno-roqueiros e mods. Nascido Jorge Otávio Pinto Pouey de Oliveira, teria todos os motivos para ser um rockstar de nariz empinado: participou

de bandas que são expoentes do rock sulista brasileiro, ajudou – embora não admita – a parir o Rock Gaúcho e é um dos autores do hino alternativo

do Rio Grande do Sul, “Amigo punk”.

Page 14: Revista do Opinião #00

Q ue fique bem claro que eu não vou lembrar de todos os grandes shows que vi no Opinião nesses anos que frequento o lugar. Tenho certeza de que a cada

dia que passar depois de hoje estarei lembrando de algum show que deveria ter mencionado. Como as listas do filme Alta fidelidade (2000), é preciso escolher. Então vamos lá! Aquele show do Rappa quando eles estouraram nas rádios de forma absurda com o CD que tinha “A feira” e “Pescador de ilusões”, grande som. O Opinião tava abarrotado de gente e, quando eles tocaram “valeu a pena, ô ô... “, parecia que ia vir abaixo aquele mezanino do bar. Nós tínhamos feito anteriormente um show com o Rappa numa festa de aniversário da Pop Rock na Sogipa e eles fizeram um show viajante demais na onda do dub e sei lá o que houve, mas não foi tão legal. Aquele show do Opinião mostrou uma banda coesa e foi uma festa tremenda! Provavelmente antes disso, porque não tenho agora uma relação cronológica perfeita, teve o show do Pato Fu, o segundo, quando a banda já estava com o hit “Sobre o tempo”.

Casualmente eu fui o produtor daquele show, bem como do primeiro show do Pato Fu, também no Opinião. Mas o segundo foi mais marcante porque o bar já estava ampliado, com um palco legal e a banda num momento melhor. Foram 1.900 pessoas se acotovelando dentro do Opinião. Até hoje não sei como entrou todo mundo. Certamente foi uma das noites mais lotadas da história do Opinião. Construí uma amizade legal com o pessoal da banda, que segue até hoje, e sim, Fernanda e John e Ricardo, qualquer dia desses eu vou conhecer Belo Horizonte!!! E não venham me dizer que eu tô meio Dalto, meio “Muito estranho”!!

Seguindo em frente. O show do Bob Dylan. Esse talvez tenha sido o mais mais de todos, ou não? Caramba. Ver o Dylan de perto. Eu já tinha visto o véio no Gigantinho naquele show meio estranho que ele trocou os arranjos e os andamentos das músicas e foi meio frustrante por isso. Vi também ele no Rio na praça da apoteose, num calor de rachar, e o Dylan de sobretudo e botas... mas aquele no Opinião estava a poucos metros da lenda, do menestrel... e ele tava fazendo um show tranquilo, a fim de tocar (pelo menos parecia) e até esboçou um leve sorriso e uma dançadinha tímida. Teve o Fito Paez lotadaço também com o maior número de mulheres bonitas por metro quadrado de Porto Alegre. Teve o Echo and the Bunnymen, que eu tinha visto nos anos 80 no Gigantinho, logo depois do The Cure. Teve o Ira com o Muricy Ramalho na plateia.

Teve o Toy Dolls, que parou o show porque alguém cuspiu no chão do palco! Punk inglês educado. E teve o Morrissey, que fez um show impecável. Com uma banda furiosa, um show de rock meio anos 80, meio atual. O ex-vocalista dos Smiths não se preocupou em tocar hits (ele teria muitos pra executar e agradar a galera). Tocou as melhores do seu repertório solo e umas duas ou três dos Smiths. Com um visual meio Elvis, grande cantor que é, Morrissey mostrou que não estava ali a passeio e nem pra ganhar um dinheiro fácil. Fez um baita show, de gente grande, profissa. Surpreendente. Não precisou nem tocar “Everyday is like sunday” e “Suedhead”, seus dois grandes sucessos da carreira solo. Showzaço. Fiz a discotecagem pro povo depois do show numa noite inesquecível! E era isso. Encerro aqui, antes que lembre de mais uma meia dúzia de grandes shows do Opinião!

Diz ae!

Grandes shows no Opinião!Por Mauro BorbaRádio Pop Rock

ROBS

ON

NU

NES

Teve o Toy Dolls, que parou o show porque alguém cuspiu no chão do palco! Punk inglês educado.

14 - diz ae! Revista do Opinião

140What’s happening? #regulamento

@revistaopiniao Porto Alegre, RSCasa de espetáculos de Porto Alegre. O templo do rock.www.opiniao.com.br

Saiba o que você deve fazer para se tornar um correspondente Vivo On: assista a shows, visite o camarim de seus arti stas favoritos e apareça nesta página da Revista Opinião

Acesse www.vivoon.com.br e confi ra

como ser um Vivo On

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#00Janeiro de 2011

#00Janeiro de 2011

#00Janeiro de 2011

#00Janeiro de 2011

#00Janeiro de 2011

#00Janeiro de 2011

#00Janeiro de 2011

revistaopiniaoPara participar, basta ter vontade de compartilhar nas redes sociais suas experiências durante o show.3 minutes ago

revistaopiniao O conteúdo postado pelo ganhador será publicado nesta página da revista e em outros canais da Vivo e da Opinião Produtora.4 minutes ago

revistaopiniao Cada participante poderá enviar quantas frases, fotos e vídeos quiser, embora concorra à quantidade de ingressos estipulada.5 minutes ago

revistaopiniaoO ganhador poderá cobrir o show e postar suas informações com um celular Vivo que será emprestado para esta ação.6 minutes ago

revistaopiniao Os leitores poderão participar através de SMS, MMS ou E_MAIL, de acordo com as instruções de cada edição do concurso.7 minutes ago

revistaopiniao Os ganhadores serão contatados através de seu telefone.8 minutes ago

Correspondente Vivo On

@revistaopiniaoNa edição #01, saiba qual será sua primeira oportunidade de ser um Correspondente Vivo On

Page 15: Revista do Opinião #00

Q ue fique bem claro que eu não vou lembrar de todos os grandes shows que vi no Opinião nesses anos que frequento o lugar. Tenho certeza de que a cada

dia que passar depois de hoje estarei lembrando de algum show que deveria ter mencionado. Como as listas do filme Alta fidelidade (2000), é preciso escolher. Então vamos lá! Aquele show do Rappa quando eles estouraram nas rádios de forma absurda com o CD que tinha “A feira” e “Pescador de ilusões”, grande som. O Opinião tava abarrotado de gente e, quando eles tocaram “valeu a pena, ô ô... “, parecia que ia vir abaixo aquele mezanino do bar. Nós tínhamos feito anteriormente um show com o Rappa numa festa de aniversário da Pop Rock na Sogipa e eles fizeram um show viajante demais na onda do dub e sei lá o que houve, mas não foi tão legal. Aquele show do Opinião mostrou uma banda coesa e foi uma festa tremenda! Provavelmente antes disso, porque não tenho agora uma relação cronológica perfeita, teve o show do Pato Fu, o segundo, quando a banda já estava com o hit “Sobre o tempo”.

Casualmente eu fui o produtor daquele show, bem como do primeiro show do Pato Fu, também no Opinião. Mas o segundo foi mais marcante porque o bar já estava ampliado, com um palco legal e a banda num momento melhor. Foram 1.900 pessoas se acotovelando dentro do Opinião. Até hoje não sei como entrou todo mundo. Certamente foi uma das noites mais lotadas da história do Opinião. Construí uma amizade legal com o pessoal da banda, que segue até hoje, e sim, Fernanda e John e Ricardo, qualquer dia desses eu vou conhecer Belo Horizonte!!! E não venham me dizer que eu tô meio Dalto, meio “Muito estranho”!!

Seguindo em frente. O show do Bob Dylan. Esse talvez tenha sido o mais mais de todos, ou não? Caramba. Ver o Dylan de perto. Eu já tinha visto o véio no Gigantinho naquele show meio estranho que ele trocou os arranjos e os andamentos das músicas e foi meio frustrante por isso. Vi também ele no Rio na praça da apoteose, num calor de rachar, e o Dylan de sobretudo e botas... mas aquele no Opinião estava a poucos metros da lenda, do menestrel... e ele tava fazendo um show tranquilo, a fim de tocar (pelo menos parecia) e até esboçou um leve sorriso e uma dançadinha tímida. Teve o Fito Paez lotadaço também com o maior número de mulheres bonitas por metro quadrado de Porto Alegre. Teve o Echo and the Bunnymen, que eu tinha visto nos anos 80 no Gigantinho, logo depois do The Cure. Teve o Ira com o Muricy Ramalho na plateia.

Teve o Toy Dolls, que parou o show porque alguém cuspiu no chão do palco! Punk inglês educado. E teve o Morrissey, que fez um show impecável. Com uma banda furiosa, um show de rock meio anos 80, meio atual. O ex-vocalista dos Smiths não se preocupou em tocar hits (ele teria muitos pra executar e agradar a galera). Tocou as melhores do seu repertório solo e umas duas ou três dos Smiths. Com um visual meio Elvis, grande cantor que é, Morrissey mostrou que não estava ali a passeio e nem pra ganhar um dinheiro fácil. Fez um baita show, de gente grande, profissa. Surpreendente. Não precisou nem tocar “Everyday is like sunday” e “Suedhead”, seus dois grandes sucessos da carreira solo. Showzaço. Fiz a discotecagem pro povo depois do show numa noite inesquecível! E era isso. Encerro aqui, antes que lembre de mais uma meia dúzia de grandes shows do Opinião!

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#00Janeiro de 2011

#00Janeiro de 2011

#00Janeiro de 2011

#00Janeiro de 2011

#00Janeiro de 2011

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#00Janeiro de 2011

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Correspondente Vivo On

@revistaopiniaoNa edição #01, saiba qual será sua primeira oportunidade de ser um Correspondente Vivo On

Page 16: Revista do Opinião #00

ZZ TopPepsi on Stage

23/05/2010Foto Pedro Revillion

Page 17: Revista do Opinião #00

ZZ TopPepsi on Stage

23/05/2010Foto Pedro Revillion

Page 18: Revista do Opinião #00

Master

Na estrada desde o fi nal dos anos 60, os texanos do ZZ Top esti veram recentemente em Porto Alegre apresentando-se no Pepsi on Stage durante a primeira

turnê da banda pelo Brasil. A formação do trio permanece

inalterada desde o lançamento do disco de estreia (ZZ Top’s fi rst album, de 1971): Billy Gibbons na guitarra, Dusty Hill no baixo e Frank Beard na bateria. Os barbudos da linha de frente também dividem os vocais e as coreografi as — um dos destaques nas apresentações do ZZ Top.

Durante os mais de 40 anos que se passaram, houve sempre algo de relevante envolvendo a música do ZZ Top: os grandes discos nos anos 70 (entre eles o indispensável Tres hombres, de 73); o uso de novas tecnologias — como sinteti zadores — no som de clássicos dos anos 80; as coletâneas e discos na década de 1990, que tentaram uma volta ao blues (Antenna, de 94) e um novo passo para a modernidade (XXX, de 99, lançado para comemorar o 30º aniversário da banda); e a consagração, nos anos 2000, vinda com seu ingresso no The Rock and Roll Hall of Fame (em 2004), a conquista do prêmio VH1 Rock

Honors (em 2007) e outros.O mistério e as curiosidades que

envolvem os barbudos sexagenários são célebres. Dizem que Billy Gibbons e Dusty Hill recusaram a oferta de 1 milhão de dólares — cada um — para fazer um comercial da Gillete. E, nesses anos todos, já são incontáveis as celebrações de casamento que o “Reverendo Billy” protagonizou nos palcos do mundo todo.

Para esta edição de estreia da Revista do Opinião, conferimos o que Billy Gibbons tem a nos dizer sobre estas e outras histórias da trajetória peculiar do ZZ Top no mundo da música.

Revista do Opinião master - 19

Foto Mariana FontouraTexto Gustavo B. Rock

Page 19: Revista do Opinião #00

Master

Na estrada desde o fi nal dos anos 60, os texanos do ZZ Top esti veram recentemente em Porto Alegre apresentando-se no Pepsi on Stage durante a primeira

turnê da banda pelo Brasil. A formação do trio permanece

inalterada desde o lançamento do disco de estreia (ZZ Top’s fi rst album, de 1971): Billy Gibbons na guitarra, Dusty Hill no baixo e Frank Beard na bateria. Os barbudos da linha de frente também dividem os vocais e as coreografi as — um dos destaques nas apresentações do ZZ Top.

Durante os mais de 40 anos que se passaram, houve sempre algo de relevante envolvendo a música do ZZ Top: os grandes discos nos anos 70 (entre eles o indispensável Tres hombres, de 73); o uso de novas tecnologias — como sinteti zadores — no som de clássicos dos anos 80; as coletâneas e discos na década de 1990, que tentaram uma volta ao blues (Antenna, de 94) e um novo passo para a modernidade (XXX, de 99, lançado para comemorar o 30º aniversário da banda); e a consagração, nos anos 2000, vinda com seu ingresso no The Rock and Roll Hall of Fame (em 2004), a conquista do prêmio VH1 Rock

Honors (em 2007) e outros.O mistério e as curiosidades que

envolvem os barbudos sexagenários são célebres. Dizem que Billy Gibbons e Dusty Hill recusaram a oferta de 1 milhão de dólares — cada um — para fazer um comercial da Gillete. E, nesses anos todos, já são incontáveis as celebrações de casamento que o “Reverendo Billy” protagonizou nos palcos do mundo todo.

Para esta edição de estreia da Revista do Opinião, conferimos o que Billy Gibbons tem a nos dizer sobre estas e outras histórias da trajetória peculiar do ZZ Top no mundo da música.

Revista do Opinião master - 19

Foto Mariana FontouraTexto Gustavo B. Rock

Page 20: Revista do Opinião #00

20 - master Revista do Opinião

ZZ Top são barbas, óculos escuros, guitarras, mulheres, carros... e o que mais?

Que tal o blues...?!?!? As outras coisas são menos fundamentais para a essência da banda do que, enfi m... o blues.

Mais blues = mais banda...! Qual a coisa mais bizarra que vocês já

ti veram no backstage de vocês?Bom, vejamos...do pós-show,

especialidades de backstage... Nós fi zemos uma apresentação em Hamburgo, Alemanha, e nossa bebida voou do México. Sim, nós conseguimos que cervejas mexicanas fossem enviadas para a Alemanha porque comemos tacos e, você sabe, é preciso a cerveja certa acompanhando a comida servida. Se nós esti véssemos comendo bratwurst [salsichão branco com ervas especiais], nós provavelmente teríamos fi cado com coisas do lugar.

Como uma banda que tocou com muitas outras bandas, o que mudou nos shows de rock ‘n’ roll desde que vocês começaram?

Quando o ZZ Top começou, éramos só nós três no palco e talvez três ou quatro pessoas na plateia, se tanto...! Então as coisas começaram a crescer exponencialmente e a produção começou a crescer e se expandir com fundos, luzes, lasers e outros elementos de palco, e a famosa onda de dançarinas. Esse espetáculo cresceu enormemente, totalmente fora de controle... e então, agora, a banda encontrou um meio-termo feliz.. os mesmos três caras no palco e as dançarinas... bom, elas estão na plateia! O negócio é focar muito mais a música do que ostentar uma produção de luxo.

Por que Frank Beard é o único cara sem

barba no grupo?É o maior paradoxo de todos os tempos,

não? É como se o Enzo Ferrari não ti vesse carro, se você parar pra pensar.

A Gillett e ofereceu a vocês (Billy e Dusty) US$ 1 milhão – para cada – para vocês se barbearem, e vocês não aceitaram. Por que quanti a vocês se barbeariam?

A idéia de autocontemplar-nos de cara limpa, no espelho, é simplesmente muito assustadora para considerarmos. No sale!

Qual é a posição políti ca de uma banda do Texas sobre a família Bush?

É “um homem, um voto” de onde eu venho, então a banda, per se, não tem uma opinião. Os indivíduos membros talvez, mas aí e outra história.

Page 21: Revista do Opinião #00

Revista do Opinião master - 21

Qual a opinião do “Reverendo Billy” sobre casamento gay?

Eu realizei mesmo muitas cerimônias de casamento ao longo dos anos, mas nunca fui solicitado para oficializar um casamento do mesmo sexo. Eu acho que seria capaz de pegar os caras (ou as moças) pra ler os votos se me pedissem.

Nos últimos cinco ou dez anos, apareceu

algum músico que surpreendeu vocês, da mesma maneira que vocês chamaram a atenção do Jimi Hendrix quando vocês eram jovens?

Deixemos claro que o Jimi Hendrix era uma força singular da natureza! Nunca houve ninguém como ele antes e é seriamente duvidoso que existirá alguém tão incrível no futuro. Dito isso, nós fomos conquistados pela versatilidade de nosso amigo Josh Homme, que é o chefão do Queens of the Stone Age, e Jeff Beck que, é claro, está demais como sempre.

Vocês costumam tocar guitarras vintage e raras, e vocês tendem a gostar de carros no mesmo perfil. Qual a opinião de vocês sobre o uso da tecnologia na música? Como vocês costumam utilizar isso para melhorar a música de vocês?

O ZZ com certeza não é avesso a tecnologia. Se ajuda a causa, vamos lá. Alguns dos nossos hot rods antigos andam com itens modernos. O negócio é manter os itens razoavelmente básicos, mas é claro que não somos ludistas.

E, sobre carros, onde estão o Eliminator,

o CadZZilla... vocês ainda têm eles? Vocês realmente dirigem carros vintage e Harleys, ou vocês têm carros normais e modernos?

Sim... “nunca vender um carro e ter a frota inteira” mantém-se intacto. Nós dirigimos eles mesmo, e mantemos uma forma de transformar o “normal” em algo incomum com algumas modificações discretas após a compra. A última

máquina se chama “Melro Mexicano,” nomeada depois da música do ZZ Top de mesmo nome, um doce e excelente Thunderbird 1958.

Se fossem produzir um filme sobre o ZZ Top,

quem vocês gostariam que dirigisse?Robert Zemeckis nos dirigiu em De volta para

o futuro 3 (1990) e fez um trabalho excelente. Se vivo ou morto não for restrição, nós com certeza consideraríamos Fritz Lang e Orson Welles.

Que tipo de hobbies vocês têm?Colecionar arte africana é uma paixão, e nós

temos os carros já citados mais o aperfeiçoamento da receita do guacamole. E, é claro, as corridas épicas de carros de controle remoto nos estacionamentos dos locais de shows, que preenchem muito do “tempo ocioso”. Dusty [Hill] coleciona tudo que for relacionado ao Álamo e ao Elvis, e nosso aprazível baterista [Frank Beard] é um golfista experiente.

Page 22: Revista do Opinião #00

O que rolou

22 - o que rolou Revista do Opinião

Nando Reis, 23/11 - Opinião / Fotos de Jonathan Heckler

Page 23: Revista do Opinião #00
Page 24: Revista do Opinião #00

O que rolou

Capital Inicial, 16/07 - Pepsi on Stage / Foto de Felipe Dalla Vale

Arlindo Cruz, 12/08 - Opinião / Foto de Bruno Todeschini

Cat Power, 20/05 - Opinião / Foto de Mike Hill

24 - o que rolou Revista do Opinião

Page 25: Revista do Opinião #00

Revista do Opinião O que rolou - 25

Millencolin, 23/11 - Opinião / Foto de Carlos Tadeu Panato Jr

Soja, 17/11 - Opinião / Foto de Francielle Caetano

Lobão, 01/09 - Opinião / Foto de Bruno Todeschini

Biohazard, 12/07 - Opinião / Foto de Bruno TodeschiniThe Toy Dolls, 23/09 - Opinião / Foto de Carlos Tadeu Panato Jr

Page 26: Revista do Opinião #00

O Show

Metallica28/01 Parque Condor

Foto de Paulo Capiotti (ao lado)e Pedro Revillion (detalhe)

26 - o que rolou Revista do Opinião

Page 27: Revista do Opinião #00

O Show

Metallica28/01 Parque Condor

Foto de Paulo Capiotti (ao lado)e Pedro Revillion (detalhe)

26 - o que rolou Revista do Opinião

Page 28: Revista do Opinião #00

Fotos Camila DominguesTexto Bel Ponte e Jéssica Barcellos

Pitty

28 - na pista Revista do Opinião

Na pista

1 - Desde o início da tua carreira solo houve muitas mudanças, tanto musicais quanto pessoais. Ao teu ver, quais delas foram essenciais para o Chiaroscuro?

A perda do medo de experimentar mais, de passear por outros caminhos sem se perder, a vontade de sempre fazer algo novo e desafi ador. É isso que me alimenta.

2 - Em 2005 foi lançado o compacto de Anacrônico, com

distribuição limitada. Chiaroscuro também foi lançado em vinil. Qual a importância de explorar esse outro ti po de mídia musical?

No meu caso, tem mais a ver com feti che por vinil do que qualquer outra razão. É pela sonoridade, pelo prazer que dá ver sua obra nesse formato. E acabou acontecendo um “revival” aí das bolachas, galera mais nova se interessando. Isso é muito bom.

3 - Os novos ti pos de rede social na internet (Twitt er, Formspring etc) são prati camente um canal direto com o fã. Quando essa proximidade com os fãs ajuda e quando atrapalha?

Só ajuda, na real. É um contato direto e muito seguro, já que está sendo pronunciado pelo arti sta em questão. É possível entender melhor o arti sta que você admira e ver de perto como ele se comunica.

4 - Tu aceitaste o convite pra fazer um fi lme. Como é a tua relação com o cinema?

Minha relação com o cinema é de amante dessa arte. Não existe pretensão alguma que não seja a de me diverti r e de passar por experiências diferentes na vida, sempre.

5 - O Hique Gomez fez uma parti cipação em uma das faixas de Chiaroscuro. Como surgiu essa parceria?

O Hique é pai de uma amiga minha, a Clarah Averbuck. Já curti a o trabalho dele no Tangos & tragédias e nem sabia que ele estava tão próximo da gente por conta dessa minha amizade. O resto foi natural: convite, aceitação do mesmo e empati a total.

6 - Já que tu comentaste sobre o Tangos & tragédias: além desse espetáculo, existe alguma referência musical gaúcha pra ti ?

Kleiton e Kledir, Replicantes, Cachorro Grande.

7 - Tu apresentas em uma rádio paulista o programa Segunda sem lei, junto com Beto Bruno, Paulo Miklos e Daniel Weskler. Como é fi car do outro lado?

É óti mo! O programa é diverti díssimo de fazer, e é um sonho poder tocar no rádio músicas que não tocam em lugar nenhum, além de mostrar bandas novas.

8 - O que você acha do público porto-alegrense? Qual a sensação de estar tocando para ele?

É uma delícia. Adoro o Sul e a gauchada toda. Tenho muitos amigos aí, adoro o sotaque, o jeito que se relacionam, os churrascos e as farras.

9 - O show para a gravação do {Des}Concerto Ao Vivo foi defi nido por ti como uma catarse. Como poderia defi nir os shows realizados no Opinião?

Catarse ao cubo.

“É que nossas lembranças de Porto Alegre e do Opinião são as melhores possíveis”, foi o que Pitt y escreveu em seu blog logo após um show feito na cidade em 2008. A cantora, que está em turnê com seu quarto disco, Chiaroscuro (2009), conversou com a Revista do Opinião sobre as novas redes sociais, o revival do vinil e sua relação com o Opinião e os gaúchos.

Revista do Opinião na pista - 29

PittyPitt y se apresentou em Porto Alegre no

dia 28 de novembro, em uma edição especial da Pepsi on Stage Tour. “Adoro o Sul e a gauchada toda. Tenho muitos amigos aí, adoro o sotaque, o jeito que

se relacionam, os churrascos e as farras.”

Page 29: Revista do Opinião #00

Fotos Camila DominguesTexto Bel Ponte e Jéssica Barcellos

Pitty

28 - na pista Revista do Opinião

Na pista

1 - Desde o início da tua carreira solo houve muitas mudanças, tanto musicais quanto pessoais. Ao teu ver, quais delas foram essenciais para o Chiaroscuro?

A perda do medo de experimentar mais, de passear por outros caminhos sem se perder, a vontade de sempre fazer algo novo e desafi ador. É isso que me alimenta.

2 - Em 2005 foi lançado o compacto de Anacrônico, com

distribuição limitada. Chiaroscuro também foi lançado em vinil. Qual a importância de explorar esse outro ti po de mídia musical?

No meu caso, tem mais a ver com feti che por vinil do que qualquer outra razão. É pela sonoridade, pelo prazer que dá ver sua obra nesse formato. E acabou acontecendo um “revival” aí das bolachas, galera mais nova se interessando. Isso é muito bom.

3 - Os novos ti pos de rede social na internet (Twitt er, Formspring etc) são prati camente um canal direto com o fã. Quando essa proximidade com os fãs ajuda e quando atrapalha?

Só ajuda, na real. É um contato direto e muito seguro, já que está sendo pronunciado pelo arti sta em questão. É possível entender melhor o arti sta que você admira e ver de perto como ele se comunica.

4 - Tu aceitaste o convite pra fazer um fi lme. Como é a tua relação com o cinema?

Minha relação com o cinema é de amante dessa arte. Não existe pretensão alguma que não seja a de me diverti r e de passar por experiências diferentes na vida, sempre.

5 - O Hique Gomez fez uma parti cipação em uma das faixas de Chiaroscuro. Como surgiu essa parceria?

O Hique é pai de uma amiga minha, a Clarah Averbuck. Já curti a o trabalho dele no Tangos & tragédias e nem sabia que ele estava tão próximo da gente por conta dessa minha amizade. O resto foi natural: convite, aceitação do mesmo e empati a total.

6 - Já que tu comentaste sobre o Tangos & tragédias: além desse espetáculo, existe alguma referência musical gaúcha pra ti ?

Kleiton e Kledir, Replicantes, Cachorro Grande.

7 - Tu apresentas em uma rádio paulista o programa Segunda sem lei, junto com Beto Bruno, Paulo Miklos e Daniel Weskler. Como é fi car do outro lado?

É óti mo! O programa é diverti díssimo de fazer, e é um sonho poder tocar no rádio músicas que não tocam em lugar nenhum, além de mostrar bandas novas.

8 - O que você acha do público porto-alegrense? Qual a sensação de estar tocando para ele?

É uma delícia. Adoro o Sul e a gauchada toda. Tenho muitos amigos aí, adoro o sotaque, o jeito que se relacionam, os churrascos e as farras.

9 - O show para a gravação do {Des}Concerto Ao Vivo foi defi nido por ti como uma catarse. Como poderia defi nir os shows realizados no Opinião?

Catarse ao cubo.

“É que nossas lembranças de Porto Alegre e do Opinião são as melhores possíveis”, foi o que Pitt y escreveu em seu blog logo após um show feito na cidade em 2008. A cantora, que está em turnê com seu quarto disco, Chiaroscuro (2009), conversou com a Revista do Opinião sobre as novas redes sociais, o revival do vinil e sua relação com o Opinião e os gaúchos.

Revista do Opinião na pista - 29

PittyPitt y se apresentou em Porto Alegre no

dia 28 de novembro, em uma edição especial da Pepsi on Stage Tour. “Adoro o Sul e a gauchada toda. Tenho muitos amigos aí, adoro o sotaque, o jeito que

se relacionam, os churrascos e as farras.”

Page 30: Revista do Opinião #00

30 - rock movie Revista do Opinião

Ele perdeu o controle

Sam Riley no papel de Ian Curtis: o ator impressiona pela interpretação

do vocalista do Joy Division.

Rock movie

Passei minha adolescência nos anos 1980 – e a música daquela década é a trilha sonora da minha juventude. Entre tantas canções, estilos e artistas que embalaram aquela época, estão várias bandas que figuram até hoje entre as minhas preferidas, como

Joy Divison e New Order – presenças obrigatórias no repertório da Balonê, a festa “very 80’s” na qual discoteco desde 2001. A origem desse som ao mesmo tempo dançante, deprê e energético criado por quatro garotos em uma cidade industrial da Inglaterra – e que até hoje pode tanto incendiar uma balada quanto alimentar uma depressão – é o que mostra o filme Controle (2007).

Estreia na direção de longa-metragem do fotógrafo holandês Anton Corbijn – mestre do preto-e-branco que já dirigiu clipes e clicou as capas de discos de bandas como Depeche Mode e U2 –, Controle acompanha a trajetória do inglês Ian Curtis, vocalista da lendária banda Joy Division. Surgido na cena pós-punk inglesa, o grupo foi formado em 1976, em Manchester, e acabou no dia 18 de maio de 1980, com o suicídio de Curtis. Depois da morte do cantor aos 23 anos, os integrantes remanescentes Bernard Sumner, Peter Hook e Stephen Morris formaram o New Order.

Como não poderia ser diferente, Controle tem uma belíssima fotografia em P&B, que realça a dureza do cenário cinzento da cidade onde o Joy Division nasceu – terra natal de outras bandas inglesas bacanas como Buzzcocks, também citada no filme. O roteiro é baseado no livro Touching from the distance, de Deborah Curtis, viúva do cantor, e nas próprias lembranças de Corbijn, que fez fotos do Joy Division.

Se Controle não chega a empolgar em termos de linguagem – o filme é uma cinebiografia correta, com uma narrativa convencional, bem papai-e-mamãe –, em compensação a história de Curtis, as interpretações do elenco e, principalmente, a trilha sonora prendem a atenção do público durante as duas horas de projeção. Entre as atuações, merecem destaque a atriz Samantha Morton no papel de

Deborah Curtis e Sam Riley encarnando com impressionante semelhança o perturbado Ian Curtis – nas cenas em que aparece cantando ao lado da banda, o ator parece realmente possuído pelo espírito do vocalista, reproduzindo perfeitamente os trejeitos, os passos e a voz do personagem. (Aliás, boa parte da trilha sonora de Controle é tocada e cantada pelos próprios atores que interpretam os músicos do Joy Division.)

Curiosamente, Riley também está no elenco de A festa nunca termina (2002), longa de Michael Winterbottom sobre a cena roqueira de Manchester a partir do final da década de 1970 – mas quem vive Ian Curtis nesse filme é um ator diferente. Outra figura que está presente nas duas produções é o jornalista, apresentador de TV e empresário musical Tony Wilson, responsável por colocar Manchester no mapa da música pop ao lançar bandas como Joy Division, New Order, Happy Mondays, A Certain Ratio e The Durutti Column em seu selo Factory Records. (Wilson morreu no dia 10 de agosto de 2007, de câncer, aos 57 anos.)

Mas o foco de Corbijn em Controle é mesmo Ian Curtis e suas angústias existenciais, seus problemas com a epilepsia e o triângulo amoroso que manteve com a mulher e a jornalista belga Annik Honoré (Alexandra Maria Lara). As cenas que mostram os derradeiros momentos de Curtis às vésperas de se enforcar em casa são emocionantes – antes de se matar, o roqueiro assistiu na TV ao filme Stroszek (1977), do cineasta alemão Werner Herzog, e ouviu o disco The Idiot (1977), o primeiro álbum solo de Iggy Pop. E é quase impossível ficar parado na poltrona enquanto na tela rolam clássicos do Joy Division como “Transmission”, “She’s lost control”, “Isolation”, “Atmosphere” e “Love will tear us apart”.

Coincidentemente, em 2007 também foi lançado Joy Division, filme dirigido por Grant Gee que reconstitui a mesma narrativa de Controle – porém, no gênero de documentário, incluindo cenas de arquivo de apresentações da banda e depoimentos atuais dos antigos integrantes e de figuras da cena pop britânica como os próprios Wilson e Corbijn.

Fotos DivulgaçãoTexto Roger Lerina

Revista do Opinião rock movie - 31

Ele perdeu o controle

Page 31: Revista do Opinião #00

Passei minha adolescência nos anos 1980 – e a música daquela década é a trilha sonora da minha juventude. Entre tantas canções, estilos e artistas que embalaram aquela época, estão várias bandas que figuram até hoje entre as minhas preferidas, como

Joy Divison e New Order – presenças obrigatórias no repertório da Balonê, a festa “very 80’s” na qual discoteco desde 2001. A origem desse som ao mesmo tempo dançante, deprê e energético criado por quatro garotos em uma cidade industrial da Inglaterra – e que até hoje pode tanto incendiar uma balada quanto alimentar uma depressão – é o que mostra o filme Controle (2007).

Estreia na direção de longa-metragem do fotógrafo holandês Anton Corbijn – mestre do preto-e-branco que já dirigiu clipes e clicou as capas de discos de bandas como Depeche Mode e U2 –, Controle acompanha a trajetória do inglês Ian Curtis, vocalista da lendária banda Joy Division. Surgido na cena pós-punk inglesa, o grupo foi formado em 1976, em Manchester, e acabou no dia 18 de maio de 1980, com o suicídio de Curtis. Depois da morte do cantor aos 23 anos, os integrantes remanescentes Bernard Sumner, Peter Hook e Stephen Morris formaram o New Order.

Como não poderia ser diferente, Controle tem uma belíssima fotografia em P&B, que realça a dureza do cenário cinzento da cidade onde o Joy Division nasceu – terra natal de outras bandas inglesas bacanas como Buzzcocks, também citada no filme. O roteiro é baseado no livro Touching from the distance, de Deborah Curtis, viúva do cantor, e nas próprias lembranças de Corbijn, que fez fotos do Joy Division.

Se Controle não chega a empolgar em termos de linguagem – o filme é uma cinebiografia correta, com uma narrativa convencional, bem papai-e-mamãe –, em compensação a história de Curtis, as interpretações do elenco e, principalmente, a trilha sonora prendem a atenção do público durante as duas horas de projeção. Entre as atuações, merecem destaque a atriz Samantha Morton no papel de

Deborah Curtis e Sam Riley encarnando com impressionante semelhança o perturbado Ian Curtis – nas cenas em que aparece cantando ao lado da banda, o ator parece realmente possuído pelo espírito do vocalista, reproduzindo perfeitamente os trejeitos, os passos e a voz do personagem. (Aliás, boa parte da trilha sonora de Controle é tocada e cantada pelos próprios atores que interpretam os músicos do Joy Division.)

Curiosamente, Riley também está no elenco de A festa nunca termina (2002), longa de Michael Winterbottom sobre a cena roqueira de Manchester a partir do final da década de 1970 – mas quem vive Ian Curtis nesse filme é um ator diferente. Outra figura que está presente nas duas produções é o jornalista, apresentador de TV e empresário musical Tony Wilson, responsável por colocar Manchester no mapa da música pop ao lançar bandas como Joy Division, New Order, Happy Mondays, A Certain Ratio e The Durutti Column em seu selo Factory Records. (Wilson morreu no dia 10 de agosto de 2007, de câncer, aos 57 anos.)

Mas o foco de Corbijn em Controle é mesmo Ian Curtis e suas angústias existenciais, seus problemas com a epilepsia e o triângulo amoroso que manteve com a mulher e a jornalista belga Annik Honoré (Alexandra Maria Lara). As cenas que mostram os derradeiros momentos de Curtis às vésperas de se enforcar em casa são emocionantes – antes de se matar, o roqueiro assistiu na TV ao filme Stroszek (1977), do cineasta alemão Werner Herzog, e ouviu o disco The Idiot (1977), o primeiro álbum solo de Iggy Pop. E é quase impossível ficar parado na poltrona enquanto na tela rolam clássicos do Joy Division como “Transmission”, “She’s lost control”, “Isolation”, “Atmosphere” e “Love will tear us apart”.

Coincidentemente, em 2007 também foi lançado Joy Division, filme dirigido por Grant Gee que reconstitui a mesma narrativa de Controle – porém, no gênero de documentário, incluindo cenas de arquivo de apresentações da banda e depoimentos atuais dos antigos integrantes e de figuras da cena pop britânica como os próprios Wilson e Corbijn.

Fotos DivulgaçãoTexto Roger Lerina

Revista do Opinião rock movie - 31

Ele perdeu o controle

Page 32: Revista do Opinião #00