revista eletrônica de jurisprudência - volume 00 - parte 1
DESCRIPTION
Volume nº 00 Nov/Dez - 2013 Parte 1TRANSCRIPT
-
ISSN 0000-0000
Repositrio autorizado pelo Supremo Tribunal de Federal,
conforme Registro n. 000-00, de 00.00.0000
Repositrio autorizado pelo Superior Tribunal de Justia,
conforme Registro n. 00, de 00.00.0000
REVISTA ELETRNICA DE JURISPRUDNCIA DO
TRIBUNAL DE JUSTIA DE SO PAULO
REVISTA OFICIAL DO TRIBUNAL DE
JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO
VOLUME 0 ANO 1
NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2013
As ntegras aqui publicadas correspondem aos seus originais, obtidos junto
aos rgos responsveis do Tribunal.
-
APRESENTAO
A Presidncia do Egrgio Tribunal de Justia do Estado de
So Paulo tem a satisfao de apresentar a primeira edio da Revista
Eletrnica de Jurisprudncia do Tribunal de Justia de So Paulo.
A nova publicao vem substituir a tradicional Revista de
Jurisprudncia do Tribunal de Justia Revista JTJ publicada em papel,
cuja edio foi descontinuada a partir de outubro de 2012.
Na esteira da modernizao tecnolgica tornou-se
indispensvel a criao de uma nova revista, que contivesse rico contedo
em jurisprudncia, doutrina e noticirio desta Egrgia Corte.
Com circulao exclusiva no portal do Tribunal de Justia
na internet poder ser livremente acessada, consultada e colecionada
gratuitamente.
Esta uma conquista alcanada graas ao empenho e
dedicao da valorosa Comisso de Jurisprudncia desta Corte.
primordial ressaltar que esta novel publicao o
repositrio oficial da jurisprudncia do Tribunal de Justia de So Paulo,
que juntamente com a antiga publicao em papel, permanece com a
mesma qualidade editorial.
So Paulo, dezembro de 2013
IVAN RICARDO GARISIO SARTORI
Presidente do Tribunal de Justia
-
COMISSO DE JURISPRUDNCIA
Presidente
Desembargador WALTER DE ALMEIDA GUILHERME Desembargador ALBERTO GENTIL DE ALMEIDA PEDROSO NETO Desembargador ARTUR CSAR BERETTA DA SILVEIRA Desembargador ERICSON MARANHO Desembargador GERALDO FRANCISCO PINHEIRO FRANCO Desembargador ITAMAR GAINO Desembargador RICARDO HENRY MARQUES DIP
-
SUMRIO
Clique nas chamadas para ser remetido diretamente ao texto
1- Doutrina 25
2- Jurisprudncia Cvel:
3.1- Seo de Direito Privado
a) Agravos de Instrumento 31
b) Agravos Regimentais 236
c) Apelaes 247
d) Embargos de Declarao 614
e) Embargos Infringentes 624
f) Impugnaes ao Valor da Causa 627
g) Mandados de Segurana 628
h) Aes Rescisrias 636
3.2- Seo de Direito Pblico
a) Agravos de Instrumento 685
b) Apelaes 733
c) Apelaes/Reexames Necessrios 855
d) Aes Rescisrias 882
e) Conflitos de Competncia 887
3- Jurisprudncia Criminal:
a) Agravos em Execuo Penal 894
b) Apelaes 902
c) Habeas Corpus 1137
d) Mandados de Segurana 1164
e) Recursos em Sentido Estrito 1168
f) Revises Criminais 1194
4- Jurisprudncia do rgo Especial:
a) Aes Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) 1212
b) Incidentes de Inconstitucionalidade 1292
c) Conflitos de Competncia 1307
5- Jurisprudncia da Cmara Especial:
a) Agravos de Instrumento 1365
b) Agravos Regimentais 1374
c) Apelaes 1388
d) Conflitos de Competncia 1450
e) Conflitos de Jurisdio 1459
f) Excees de Suspeio 1462
g) Habeas Corpus 1480
h) Revises Criminais 1484
6- Jurisprudncia do Conselho Superior da Magistratura 1487
7- Noticirio 1503
-
TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO
www.tjsp.jus.br
Composta/Editada pela Equipe da SPr 3.1.2 - Servio de Publicaes
e Divulgao da Secretaria da Presidncia do Tribunal de Justia
Praa Dr. Joo Mendes Jr, s/n, Frum Joo Mendes Jr., 19 andar
sala 1905, So Paulo-SP, 01501-900
Telefone (11) 2171-6629, Fax (11) 2171-6602
endereo eletrnico: [email protected]
Revista Eletrnica de Jurisprudncia do Tribunal de Justia de So Paulo - Ano I,
n. 0, nov./dez. 2013 - So Paulo: Tribunal de Justia do Estado, 2013.
Bimestral.
Repositrio Oficial da Jurisprudncia do Tribunal de Justia de So Paulo
1. Direito - jurisprudncia 2. Tribunal de Justia - peridico. I. So Paulo (Esta-
do). Tribunal de Justia.
CDU 34(05)
-
TRIBUNAL DE JUSTIA
CARGOS DE DIREO E DE CPULA
Presidente
Desembargador IVAN Ricardo Garisio SARTORI
Vice-Presidente Desembargador Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINI
Corregedor-Geral da Justia
Desembargador Jos RENATO NALINI
Presidente da Seo de Direito Privado Desembargador Antonio Jos SILVEIRA PAULILO
Presidente da Seo de Direito Pblico
Desembargador SAMUEL Alves de Melo JNIOR
Presidente da Seo Criminal Desembargador Antonio Carlos TRISTO RIBEIRO
Decano
Desembargador WALTER de Almeida GUILHERME
RGO ESPECIAL
WALTER de Almeida GUILHERME ANTONIO CARLOS MALHEIROS
Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINI Jos Carlos Gonalves XAVIER DE AQUINO
Srgio Jacintho GUERRIERI REZENDE Hamilton ELLIOT AKEL
Regis de CASTILHO BARBOSA Antonio Luiz PIRES NETO
ANTONIO VILENILSON Vilar Feitosa Fernando Antonio FERREIRA RODRIGUES
PRICLES de Toledo PIZA Jnior Getlio EVARISTO DOS SANTOS Neto
SAMUEL Alves de Melo JNIOR
Carlos Eduardo CAUDURO PADIN Jos RENATO NALINI
ROBERTO Nussinkis MAC CRACKEN IVAN Ricardo Garisio SARTORI LUS SOARES DE MELLO Neto Paulo Roberto GRAVA BRAZIL
PAULO Dimas de Bellis MASCARETTI LUS Antonio GANZERLA
ITAMAR GAINO VANDERCI LVARES
Jos Henrique ARANTES THEODORO Antonio Carlos TRISTO RIBEIRO
-
CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA
Presidente Desembargador IVAN Ricardo Garisio SARTORI
Vice-Presidente
Desembargador Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINI
Corregedor-Geral da Justia Desembargador Jos RENATO NALINI
Decano
Desembargador WALTER de Almeida GUILHERME
Presidente da Seo de Direito Privado Desembargador Antonio Jos SILVEIRA PAULILO
Presidente da Seo de Direito Pblico
Desembargador SAMUEL Alves de Melo JNIOR
Presidente da Seo Criminal Desembargador Antonio Carlos TRISTO RIBEIRO
CMARA ESPECIAL
(sala 511 2 feira 13:30 horas PJ)
D e s e m b a r g a d o r WALTER de Almeida GUILHERME
Desembargador Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINI***
Desembargador Antonio Jos SILVEIRA PAULILO
Desembargador SAMUEL Alves de Melo JNIOR
Desembargador Antonio Carlos TRISTO RIBEIRO
Desembargador Adalberto Jos Queiroz Telles de CAMARGO ARANHA FILHO**
Desembargador ROBERTO CARUSO COSTABILE E SOLIMENE**
Desembargadora CLUDIA GRIECO TABOSA PESSOA**
Desembargadora CLAUDIA LUCIA FONSECA FANUCCHI**
Desembargador MARCELO COUTINHO GORDO**
-
COMPOSIO DE GRUPOS E CMARAS DE DIREITO PRIVADO
1 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 510)
1 Cmara de Direito Privado (sala 510 3 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador Hamilton ELLIOT AKEL Desembargador LUIZ ANTONIO DE GODOY Desembargador PAULO Eduardo RAZUK*** Desembargador RUI CASCALDI Desembargadora CHRISTINE SANTINI Desembargador CLAUDIO LUIZ BUENO DE GODOY** Desembargador ALCIDES LEOPOLDO E SILVA JNIOR**
2 Cmara de Direito Privado (sala 511 3 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador JOS CARLOS FERREIRA ALVES Desembargador Jos Roberto NEVES AMORIM Desembargador JOS JOAQUIM DOS SANTOS*** Desembargador LVARO Augusto dos PASSOS Desembargador Luiz Beethoven GIFFONI FERREIRA Desembargador FLVIO ABRAMOVICI** Desembargador GUILHERME SANTINI TEODORO* Desembargadora MRCIA TESSITORE*
2 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUINTA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 509)
3 Cmara de Direito Privado (sala 509 3 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador Carlos Eduardo DONEG MORANDINI*** Desembargador Artur Cesar BERETTA DA SILVEIRA Desembargador EGIDIO Jorge GIACOIA Desembargador Dcio Tadeu VIVIANI NICOLAU Desembargador CARLOS ALBERTO DE SALLES Desembargador JOO PAZINE NETO** Desembargador ALEXANDRE AUGUSTO PINTO MOREIRA MARCONDES**
4 Cmara de Direito Privado (sala 509 5
feira 13:30 horas PJ)
Desembargador NIO Santarelli ZULIANI Desembargador Fernando Antonio MAIA DA CUNHA*** Desembargador Carlos TEIXEIRA LEITE Filho Desembargador FBIO de Oliveira QUADROS Desembargador NATAN ZELINSCHI DE ARRUDA Desembargador CARLOS HENRIQUE MIGUEL TREVISAN** Desembargador MILTON PAULO DE CARVALHO FILHO**
3 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA E QUINTA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALAS 510 E 511)
5 Cmara de Direito Privado (sala 511 4 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador Antonio Carlos MATHIAS COLTRO Desembargador ERICKSON GAVAZZA MARQUES Desembargador JOS LUIZ MNACO DA SILVA Desembargador JAMES Alberto SIANO Desembargador JOO FRANCISCO MOREIRA VIEGAS*** Desembargador EDSON LUIZ DE QUEIROZ** Desembargador FABIO HENRIQUE PODEST**
6 Cmara de Direito Privado (sala 510 5 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador VITO Jos GUGLIELMI Desembargador Jos Percival ALBANO NOGUEIRA Jnior Desembargador PAULO ALCIDES Amaral Salles Desembargador FRANCISCO Eduardo LOUREIRO Desembargador EDUARDO S PINTO SANDEVILLE*** Desembargador MARCELO FORTES BARBOSA FILHO** Desembargadora ANA LUCIA ROMANHOLE MARTUCCI**
-
4 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 510)
7 Cmara de Direito Privado (sala 509 4 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador LUIZ ANTONIO SILVA COSTA Desembargador MIGUEL ANGELO BRANDI JNIOR*** Desembargador LUIS MARIO GALBETTI Desembargador Henrique NELSON CALANDRA Desembargador CARLOS ALBERTO DE CAMPOS MENDES PEREIRA** Desembargador WALTER ROCHA BARONE** Desembargador RAMON MATEO JNIOR** Desembargador GUILHERME FERREIRA DA CRUZ* Desembargadora MRCIA CARDOSO*
8 Cmara de Direito Privado (sala 510 4 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador LUIZ Antonio AMBRA Desembargador Luiz Fernando SALLES ROSSI*** Desembargador PEDRO DE ALCNTARA DA SILVA LEME FILHO Desembargador Joo Batista SILVRIO DA SILVA Desembargador Paulo Roberto GRAVA BRAZIL Desembargador THEODURETO DE ALMEIDA CAMARGO NETO** Desembargador HLIO MARQUES DE FARIA**
5 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ 6 ANDAR (SALA 612)
9 Cmara de Direito Privado (sala 622 3 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador ANTONIO VILENILSON Vilar Feitosa Desembargador Walter PIVA RODRIGUES Desembargador GALDINO TOLEDO JNIOR*** Desembargador ALEXANDRE Alves LAZZARINI Desembargador MAURO CONTI MACHADO Desembargadora LUCILA TOLEDO PEDROSO DE BARROS GEVERTZ** Desembargador JOS APARCIO COELHO PRADO NETO** Desembargadora MARIA SILVIA GOMES STERMAN* Desembargador JAYME MARTINS DE OLIVEIRA NETO*
10 Cmara de Direito Privado (sala 612 3 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador JOO CARLOS SALETTI*** Desembargador ELCIO TRUJILLO Desembargador CSAR CIAMPOLINI NETO Desembargador CARLOS ALBERTO GARBI Desembargador Jos ARALDO da Costa TELLES Desembargador LUIZ ANTONIO COELHO MENDES** Desembargador JOO BATISTA AMORIM DE VILHENA NUNES** Desembargador ROBERTO MAIA FILHO** Desembargadora MRCIA REGINA DALLA DA BARONE**
6 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 622) QUINTA-FEIRA PJ (SALA 604)
11 Cmara de Direito Privado (sala 604 5 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador GILBERTO PINTO DOS SANTOS*** Desembargador GIL Ernesto Gomes COELHO Desembargador WALTER Pinto da FONSECA Filho Desembargador ALBERTO MARINO NETO Desembargador RENATO RANGEL DESINANO Desembargador RMOLO RUSSO JNIOR** Desembargadora CLARICE SALLES DE CARVALHO ROSA**
12 Cmara de Direito Privado (sala 622 4 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador JOS REYNALDO Peixoto de Souza Desembargador Luiz Antonio CERQUEIRA LEITE Desembargador JOS JACOB VALENTE*** Desembargadora SANDRA MARIA GALHARDO ESTEVES Desembargador TASSO DUARTE DE MELLO Desembargadora LIDIA MARIA ANDRADE CONCEIO**
-
7 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 612)
13 Cmara de Direito Privado (sala 621/623 4 feira 9:30 horas PJ)
Desembargadora ZLIA MARIA ANTUNES ALVES Desembargador Carlos Eduardo CAUDURO PADIN Desembargadora ANA DE LOURDES Coutinho Silva Desembargador HERALDO DE OLIVEIRA Silva*** Desembargador FRANCISCO GIAQUINTO
14 Cmara de Direito Privado (sala 612 4 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador Everaldo de MELO COLOMBI Desembargador Sebastio THIAGO DE SIQUEIRA*** Desembargadora LIGIA Cristina de ARAJO BISOGNI Desembargador Jos CARDOSO NETO Desembargador CARLOS Henrique ABRO
8 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ (SALA 504)
15 Cmara de Direito Privado (sala 509 3 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador Jos ARALDO da Costa TELLES Desembargador Manoel MATTOS FARIA*** Desembargador EDISON VICENTINI BARROSO Desembargador Antonio Mario de CASTRO FIGLIOLA Desembargador ALEXANDRE AUGUSTO PINTO MOREIRA MARCONDES** Desembargador AIRTON PINHEIRO DE CASTRO* Desembargador RONNIE HERBERT BARROS SOARES*
16 Cmara de Direito Privado (sala 504 3 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador Jos Roberto COUTINHO DE ARRUDA Desembargador JOVINO DE SYLOS Neto Desembargador Jos Maria SIMES DE VERGUEIRO Desembargador MIGUEL PETRONI NETO*** Desembargador LUS FERNANDO Balieiro LODI
9 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 509)
17 Cmara de Direito Privado (sala 509 4 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador LUIZ Roberto SABBATO Desembargador Teodozio de SOUZA LOPES*** Desembargador IRINEU JORGE FAVA Desembargador AFONSO CELSO NOGUEIRA BRAZ Desembargador PAULO PASTORE FILHO Desembargadora MONICA SALLES PENNA MACHADO** Desembargadora CLAUDIA SARMENTO MONTELEONE*
18 Cmara de Direito Privado (sala 622 4 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador CARLOS ALBERTO LOPES Desembargador ROQUE Antonio MESQUITA de Oliveira Desembargador RUBENS CURY Desembargador WILLIAM MARINHO de Faria
-
10 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 510)
19 Cmara de Direito Privado (sala 510 2 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador SEBASTIO Alves JUNQUEIRA Desembargador RICARDO Jos NEGRO Nogueira*** Desembargador JOO CAMILLO DE ALMEIDA PRADO COSTA Desembargador MRIO CARLOS DE OLIVEIRA Desembargador RICARDO PESSOA DE MELLO BELLI
20 Cmara de Direito Privado (sala 509 2 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador LVARO TORRES JNIOR Desembargador Luiz CORREIA LIMA Desembargador LUIS CARLOS DE BARROS Desembargador Manoel Ricardo REBELLO PINHO*** Desembargadora MARIA LUCIA RIBEIRO DE CASTRO PIZZOTTI MENDES**
11 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 622)
21 Cmara de Direito Privado (sala 622 2 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador ADEMIR de Carvalho BENEDITO Desembargador Antonio Jos SILVEIRA PAULILO Desembargador ITAMAR GAINO Desembargador VIRGLIO DE OLIVEIRA JNIOR Desembargador Wellington MAIA DA ROCHA*** Desembargador RMULO RUSSO JNIOR** Desembargador ALEXANDRE AUGUSTO PINTO MOREIRA MARCONDES**
22 Cmara de Direito Privado (sala 510 5 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador Gasto Toledo de CAMPOS MELLO Filho Desembargador Manuel MATHEUS FONTES Desembargador ROBERTO Nussinkis MAC CRACKEN Desembargador THIERS FERNANDES LOBO*** Desembargador SRGIO RUI DA FONSECA Desembargador FBIO GUIDI TABOSA PESSOA**
12 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 510)
23 Cmara de Direito Privado (sala 510 4 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador Jos Benedito FRANCO DE GODOI*** Desembargador JOS MARCOS MARRONE Desembargador PAULO ROBERTO DE SANTANA Desembargador SERGIO SEIJI SHIMURA Desembargador SEBASTIO FLVIO da Silva Filho
24 Cmara de Direito Privado (sala 504 5 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador Luiz Augusto de SALLES VIEIRA Desembargador CSAR MECCHI MORALES*** Desembargador PLINIO NOVAES DE ANDRADE JNIOR Desembargador ERSON Teodoro de OLIVEIRA
-
13 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 621/623)
25 Cmara de Direito Privado (sala 621/623 5 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador VANDERCI LVARES Desembargador Vicente Antonio MARCONDES DANGELO Desembargador WALTER CSAR Incontri EXNER Desembargador HUGO CREPALDI NETO*** Desembargador EDGARD Silva ROSA Desembargadora DENISE ANDRA MARTINS RETAMERO**
26 Cmara de Direito Privado (sala 604 4 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador Tarcsio Ferreira VIANNA COTRIM Desembargador Reinaldo FELIPE FERREIRA*** Desembargador RENATO Sandreschi SARTORELLI Desembargador ANTONIO BENEDITO DO NASCIMENTO Desembargador Mrcio Martins BONILHA FILHO Desembargador JOS PAULO CAMARGO MAGANO* Desembargador MARIO CHIUVITE JNIOR*
14 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ (SALA 621/623)
27 Cmara de Direito Privado (sala 403 3 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador Paulo Miguel de CAMPOS PETRONI Desembargadora BERENICE MARCONDES CSAR Desembargador GILBERTO GOMES DE MACEDO LEME*** Desembargador ANTONIO CARLOS MORAIS PUCCI Desembargador CLAUDIO HAMILTON BARBOSA
28 Cmara de Direito Privado (sala 621/623 3 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador CELSO Jos PIMENTEL Desembargador JLIO dos Santos VIDAL Jnior Desembargador CSAR LACERDA Desembargador MANOEL JUSTINO BEZERRA FILHO*** Desembargador DIMAS RUBENS FONSECA Desembargador GILSON DELGADO MIRANDA**
15 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 232/236)
29 Cmara de Direito Privado (sala 232/236 4 feira 10:00 horas PJ)
Desembargador Manoel de Queiroz PEREIRA CALAS Desembargador Sebastio OSCAR FELTRIN Desembargador FRANCISCO THOMAZ de Carvalho Jnior Desembargador Otacilio FERRAZ FELISARDO*** Desembargadora SILVIA ROCHA Desembargadora HAMID CHARAF BDINE JNIOR**
30 Cmara de Direito Privado (sala 218/220 4 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador ORLANDO PISTORESI Desembargador Jos Roberto LINO MACHADO Desembargador CARLOS Alberto RUSSO Desembargador MARCOS Antonio de Oliveira RAMOS Desembargador Alberto de Oliveira ANDRADE NETO***
-
16 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ (SALA 510) QUINTA-FEIRA PJ (SALA 612)
31 Cmara de Direito Privado (sala 510 3 feira 10:00 horas PJ)
Desembargador FRANCISCO Antonio CASCONI Desembargador PAULO Celso AYROSA Monteiro de Andrade*** Desembargador ANTONIO RIGOLIN Desembargador Armando Srgio PRADO DE TOLEDO Desembargador ADILSON DE ARAJO Desembargador HAMID CHARAF BDINE JNIOR**
32 Cmara de Direito Privado (sala 612 5 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador RUY COPPOLA Desembargador KIOITSI CHICUTA Desembargador Sidney Roberto ROCHA DE SOUZA Desembargador FRANCISCO OCCHIUTO JNIOR Desembargador Luis FERNANDO NISHI***
17 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 511)
33 Cmara de Direito Privado (sala 511 2 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador EROS PICELI*** Desembargador Carlos Alberto de S DUARTE Desembargador LUIZ EURICO Costa Ferrari Desembargador CARLOS NUNES Neto Desembargador MRIO ANTONIO SILVEIRA Desembargador HAMID CHARAF BDINE JNIOR**
34 Cmara de Direito Privado (sala 510 2 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador Luiz Augusto GOMES VARJO*** Desembargador NESTOR DUARTE Desembargadora ROSA MARIA Barreto Borriello DE ANDRADE NERY Desembargadora Maria CRISTINA ZUCCHI Desembargador Cludio Antonio SOARES LEVADA Desembargador HLIO NOGUEIRA**
18 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 509)
35 Cmara de Direito Privado (sala 509 2 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador JOS Joaquim Marcondes MALERBI Desembargador Jos Maria MENDES GOMES Desembargador ARTUR MARQUES da Silva Filho*** Desembargador CLVIS CASTELO Desembargador Fernando MELO BUENO Filho
36 Cmara de Direito Privado (sala 601/602 5 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador Jos Lus PALMA BISSON Desembargador JAYME QUEIROZ Lopes Filho Desembargador Jos Henrique ARANTES THEODORO Desembargador PEDRO Luiz BACCARAT da Silva*** Desembargador RENATO RANGEL DESINANO Desembargador Joo Carlos S MOREIRA DE OLIVEIRA Desembargadora MARIA DE LOURDES LOPEZ GIL CIMINO** Desembargador ALEXANDRE BUCCI*
-
19 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA OU QUINTA-FEIRA PJ (SALAS 504 ou 511)
37 Cmara de Direito Privado (sala 504 3 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador Antonio DIMAS Cruz CARNEIRO Desembargador JOS TARCISO BERALDO Desembargador ISRAEL GES DOS ANJOS*** Desembargador SRGIO GOMES Desembargador PEDRO YUKIO KODAMA
38 Cmara de Direito Privado (sala 511 4 feira 14:00 horas PJ)
Desembargador SPENCER ALMEIDA FERREIRA*** Desembargador FERNANDO LUIZ SASTRE REDONDO Desembargador EDUARDO ALMEIDA PRADO ROCHA DE SIQUEIRA Desembargador FLVIO Cunha da SILVA Desembargador MAURY ngelo BOTTESINI Desembargador CESAR SANTOS PEIXOTO**
GRUPO DE CMARAS RESERVADAS DE DIREITO EMPRESARIAL
1 Cmara Reservada de Direito Empresarial (sala 509 5 feira quinzenal 13:30 horas PJ)
Desembargador Manoel de Queiroz PEREIRA CALAS Desembargador NIO Santarelli ZULIANI Desembargador Fernando Antonio MAIA DA CUNHA*** Desembargador Carlos TEIXEIRA LEITE Filho Desembargador FRANCISCO Eduardo LOUREIRO Desembargador MARCELO FORTES BARBOSA FILHO** Desembargador ALEXANDRE AUGUSTO PINTO MOREIRA MARCONDES**
2 Cmara Reservada de Direito Empresarial (sala 510 2 feira quinzenal 13:30 horas PJ)
Desembargador Jos ARALDO da Costa TELLES Desembargador JOS REYNALDO Peixoto de Souza*** Desembargador RICARDO Jos NEGRO Nogueira Desembargador ROBERTO Nussinkis MAC CRACKEN Desembargador LIGIA Cristina de ARAJO BISOGNI Desembargador TASSO DUARTE DE MELO Desembargador FBIO GUIDI TABOSA PESSOA**
CMARAS EXTRAORDINRIAS DE DIREITO PRIVADO (Resoluo n 608/2013)
1 Cmara Extraordinria de Direito Privado
Desembargador NIO Santarelli ZULIANI Desembargador Fernando Antonio MAIA DA CUNHA Desembargador Artur Csar BERETTA DA SILVEIRA Desembargador NATAN ZELINSCHI DE ARRUDA Desembargadora MRCIA REGINA DALLA DA BARONE**
2 Cmara Extraordinria de Direito Privado
Desembargador Carlos Eduardo CAUDURO PADIN Desembargador HERALDO DE OLIVEIRA Silva Desembargador FRANCISCO GIAQUINTO Desembargador JOS TARCISO BERALDO Desembargador NELSON JORGE JNIOR**
3 Cmara Extraordinria de Direito Privado
Desembargador Fernando MELO BUENO Filho Desembargador RUY COPPOLA Desembargador KIOITSI CHICUTA Desembargador Vicente Antonio MARCODES DANGELO Desembargador HELIO NOGUEIRA** Desembargador TERCIO PIRES**
-
COMPOSIO DE GRUPOS E CMARAS DE DIREITO
PBLICO
1 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO TERA-FEIRA PJ (SALA 609)
1 Cmara de Direito Pblico (sala 609 3 feira 9:30 horas PJ) Desembargador Regis de CASTILHO BARBOSA Desembargador Jos RENATO NALINI Desembargador DANILO PANIZZA Filho*** Desembargador Jos Carlos Gonalves XAVIER DE AQUINO Desembargador LUS FRANCISCO AGUILAR CORTEZ Desembargador VICENTE DE ABREU AMADEI** Desembargador LUS PAULO ALIENDE RIBEIRO**
2 Cmara de Direito Pblico (sala 604 3 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador SAMUEL Alves de Melo JNIOR Desembargador Henrique NELSON CALANDRA Desembargadora VERA Lcia ANGRISANI Desembargador RENATO DELBIANCO*** Desembargador JOS LUIZ GERMANO Desembargadora LUCIANA Almeida Prado BRESCIANI Desembargador CLAUDIO AUGUSTO PEDRASSI**
3 Cmara de Direito Pblico (sala 623 3 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador ANTONIO Carlos MALHEIROS*** Desembargador Luiz Edmundo MARREY UINT Desembargador ARMANDO CAMARGO PEREIRA Desembargador Raymundo AMORIM CANTURIA Desembargador JOS LUIZ GAVIO DE ALMEIDA Desembargador RONALDO ALVES DE ANDRADE**
2 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALAS 612 E 623)
4 Cmara de Direito Pblico (sala 612 2 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador Fernando Antonio FERREIRA RODRIGUES Desembargador RICARDO Santos FEITOSA Desembargador RUI STOCO Desembargador OSVALDO MAGALHES Jnior*** Desembargador PAULO BARCELLOS GATTI Desembargadora ANA LUZA LIARTE** Desembargador LUIS FERNANDO CAMARGO DE BARROS VIDAL**
5 Cmara de Direito Pblico (sala 623 2 feira 10:00 horas PJ)
Desembargador FERMINO MAGNANI FILHO*** Desembargador FRANCISCO ANTONIO BIANCO NETO Desembargador Jos Helton NOGUEIRA DIEFENTHLER Jnior Desembargador LEONEL CARLOS DA COSTA Desembargador MARCELO Martins BERTHE Desembargadora MARIA LAURA DE ASSIS MOURA TAVARES**
-
3 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 604/609)
6 Cmara de Direito Pblico (sala 604 2 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador Getlio EVARISTO DOS SANTOS Neto Desembargador Decio LEME DE CAMPOS Jnior Desembargador SIDNEY ROMANO dos Reis*** Desembargador REINALDO MILUZZI Desembargadora MARIA OLVIA PINTO ESTEVES ALVES Desembargadora SILVIA Maria MEIRELLES Novaes de Andrade**
7 Cmara de Direito Pblico (sala 609 2 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador Srgio Jacintho GUERRIERI REZENDE Desembargador MOACIR Andrade PERES Desembargador Sergio COIMBRA SCHMIDT Desembargador PAULO MAGALHES DA COSTA COELHO*** Desembargador EDUARDO CORTEZ DE FREITAS GOUVA Desembargador LUIZ SRGIO FERNANDES DE SOUZA**
4 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 609)
8 Cmara de Direito Pblico (sala 609 4 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador JOO CARLOS GARCIA Desembargador PAULO Dimas de Bellis MASCARETTI Desembargador RUBENS RIHL Pires Corra*** Desembargador JOS JARBAS DE AGUIAR GOMES Desembargador Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINI Desembargadora MARIA CRISTINA COTROFE BIASI** Desembargador JOS DA PONTE NETO* Desembargador MANOEL LUIZ RIBEIRO*
9 Cmara de Direito Pblico (sala 604 4 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador DCIO de Moura NOTARANGELI Desembargador OSWALDO LUIZ PALU Desembargador JEFERSON MOREIRA DE CARVALHO*** Desembargador JOO BATISTA MORATO REBOUAS DE CARVALHO Desembargador CARLOS EDUARDO PACHI Desembargador JOS MARIA CMARA JNIOR**
5 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 511)
10 Cmara de Direito Pblico (sala 601 2 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador URBANO RUIZ Desembargador ANTONIO Carlos VILLEN Desembargador ANTONIO CELSO AGUILAR CORTEZ*** Desembargador Ricardo Cintra TORRES DE CARVALHO Desembargadora TERESA Cristina Motta RAMOS MARQUES
11 Cmara de Direito Pblico (sala 511 3 feira 10:00 horas PJ)
Desembargador AROLDO Mendes VIOTTI Desembargador RICARDO Henry Marques DIP Desembargador Pedro Cauby PIRES DE ARAJO Desembargador LUIS Antonio GANZERLA Desembargador OSCILD DE LIMA JNIOR***
-
6 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 601)
12 Cmara de Direito Pblico (sala 612 4 feira 13:00 horas PJ)
Desembargador OSVALDO Jos de OLIVEIRA Desembargador LUIZ BURZA NETO Desembargador VENCIO Antnio de Paula SALLES Desembargador Jos Manoel RIBEIRO DE PAULA*** Desembargador EDSON FERREIRA da Silva Desembargadora MARIA ISABEL CAPONERO COGAN**
13 Cmara de Direito Pblico (sala 601 4 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador Augusto Francisco Mota FERRAZ DE ARRUDA Desembargador Jos Roberto PEIRETTI DE GODOY*** Desembargador RICARDO Mair ANAFE Desembargador Dimas BORELLI THOMAZ Junior Desembargador Jos Roberto de SOUZA MEIRELLES
7 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO QUINTA-FEIRA PJ (SALA 622)
14 Cmara de Direito Pblico (sala 623 5 feira 14:00 horas PJ)
Desembargador GERALDO Euclides Araujo XAVIER Desembargador JOO ALBERTO PEZARINI*** Desembargador OCTAVIO AUGUSTO MACHADO DE BARROS FILHO Desembargador HENRIQUE HARRIS JNIOR Desembargador JOS LUIZ GERMANO Desembargador PAULO Srgio Brant de Carvalho GALIZIA Desembargador CLUDIO ANTONIO MARQUES DA SILVA** Desembargadora KENARIK BOUJIKIAN FELIPPE** Desembargador MAURICIO FIORITO** Desembargador NUNCIO THEOPHILO NETO** Desembargador RODOLFO CSAR MILANO* Desembargadora SILVANA MALANDRINO MOLLO*
15 Cmara de Direito Pblico (sala 622 5 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador Oswaldo ERBETTA FILHO*** Desembargador Antonio Teixeira da SILVA RUSSO Desembargador Srgio Godoy RODRIGUES DE AGUIAR Desembargador EUTLIO Jos PORTO Oliveira Desembargador ARTHUR DEL GURCIO Filho Desembargador ALUSIO SRGIO REZENDE SILVEIRA** Desembargador JOS HENRIQUE FORTES MUNIZ JNIOR**
18 Cmara de Direito Pblico (sala 612 5 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador OSVALDO CAPRARO*** Desembargador FRANCISCO OLAVO Guimares Peret Filho Desembargador ROBERTO MARTINS DE SOUZA Desembargadora Maria BEATRIZ Dantas BRAGA Desembargador WANDERLEY JOS FEDERIGHI Desembargador SAMUEL FRANCISCO MOURO NETO** Desembargador JOS LUIZ DE CARVALHO*
-
8 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO TERA-FEIRA PJ (SALA 601)
16 Cmara de Direito Pblico (sala 601 3 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador LUIZ Alberto DE LORENZI Desembargador CYRO Ricardo Saltini BONILHA*** Desembargador JOO NEGRINI Filho Desembargador VALDECIR JOS DO NASCIMENTO Desembargador LUIZ FELIPE NOGUEIRA JNIOR Desembargador VALTER ALEXANDRE MENA** Desembargador ANTONIO TADEU OTTONI** Desembargadora FLORA MARIA NESI TOSSI SILVA**
17 Cmara de Direito Pblico (sala 601 3 feira 10:00 horas PJ)
Desembargador ANTONIO Jos Martins MOLITERNO Desembargador RICARDO GRACCHO Desembargador ALBERTO GENTIL de Almeida Pedroso Neto Desembargador ADELdrupes Blaque FERRAZ*** Desembargador ALDEMAR Jos Ferreira da SILVA Desembargador NELSON Paschoal BIAZZI Jnior** Desembargador JOS ROBERTO FURQUIM CABELLA** Desembargador AFONSO CELSO DA SILVA*
GRUPO ESPECIAL DE CMARAS DE DIREITO AMBIENTAL
1 Cmara Reservada ao Meio Ambiente (sala 604 5 feira 9:30 horas PJ)
Desembargadora ZLIA MARIA ANTUNES ALVES Desembargador Ricardo Cintra TORRES DE CARVALHO Desembargador RUY ALBERTO LEME CAVALHEIRO Desembargador JOO NEGRINI FILHO*** Desembargador JOO FRANCISCO MOREIRA VIEGAS
2 Cmara Reservada ao Meio Ambiente (sala 232/236 5 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador Jos Orestes de SOUZA NERY Desembargador PAULO Celso AYROSA Monteiro de Andrade*** Desembargador VERA Lucia ANGRISANI Desembargador PAULO ALCIDES Amaral Salles Desembargador EUTLIO Jos PORTO Oliveira
COMPOSIO DE GRUPOS E CMARAS DE
DIREITO CRIMINAL
1 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 604)
1 Cmara Criminal (sala 601/602 2 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador PRICLES de Toledo PIZA Jnior Desembargador MRCIO Orlando BRTOLI Desembargador MARCO Antonio Rodrigues NAHUM Desembargador Luiz Antonio FIGUEIREDO GONALVES Desembargador Mrio DEVIENNE FERRAZ***
2 Cmara Criminal (sala 604 2 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador Antonio Luiz PIRES NETO Desembargador IVAN MARQUES da Silva Desembargador Antonio de ALMEIDA SAMPAIO Desembargador FRANCISCO ORLANDO DE SOUZA*** Desembargador ALEX TADEU MONTEIRO ZILENOVSKI
-
2 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS TERA-FEIRA PJ (SALA 407/425)
3 Cmara Criminal (sala 407/425 3 feira 10:00 horas PJ)
Desembargador GERALDO Luis WOHLERS Silveira Desembargador LUIZ ANTONIO CARDOSO Desembargador LUIZ TOLOZA NETO Desembargador RUY ALBERTO LEME CAVALHEIRO*** Desembargador Jos AMADO DE FARIA Souza
4 Cmara Criminal (sala 232/236 3 feira 10:00 horas PJ)
Desembargador LUIS SOARES DE MELLO Neto Desembargador EUVALDO CHAIB Filho*** Desembargador W ILLIAN Roberto de CAMPOS Desembargador IVAN Ricardo Garisio SARTORI Desembargador EDSON Aparecido BRANDO Desembargadora IVANA DAVID**
3 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUINTA-FEIRA PJ (SALA 601/602)
5 Cmara Criminal (sala 232/236 5 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador Jos DAMIO Pinheiro Machado COGAN Desembargador Geraldo Francisco PINHEIRO FRANCO*** Desembargador Antonio Carlos TRISTO RIBEIRO Desembargador SRGIO Antonio RIBAS Desembargador JUVENAL Jos DUARTE
6 Cmara Criminal (sala 601/602 5 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador RICARDO Cardozo de Mello TUCUNDUVA Desembargador ERICSON MARANHO Desembargador ANTONIO CARLOS MACHADO DE ANDRADE Desembargador JOS RAUL GAVIO DE ALMEIDA Desembargador MARCO ANTONIO Marques da Silva***
4 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUINTA-FEIRA PJ (SALA 218/220)
7 Cmara Criminal (sala 218/220 5 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador Antonio FERNANDO MIRANDA Desembargador FRANCISCO Jos Aguirre MENIN*** Desembargador ROBERTO Mrio MORTARI Desembargador ROBERTO GRASSI NETO Desembargador NELSON FONSECA JNIOR*
8 Cmara Criminal (sala 202/204 5 feira 13:00 horas PJ)
Desembargador MARCO ANTONIO Pinheiro Machado COGAN Desembargador Ronaldo Srgio MOREIRA DA SILVA*** Desembargador LOURI Geraldo BARBIERO Desembargador CAMILO LLLIS dos Santos Almeida Desembargador IVO DE ALMEIDA Desembargador LAURO MENS DE MELLO**
-
5 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUINTA-FEIRA PJ (SALA 511)
9 Cmara Criminal (sala 511 5 feira 10:00 horas PJ)
Desembargador Alceu PENTEADO NAVARRO Desembargador Jos Orestes de SOUZA NERY Desembargador Antonio ROBERTO MIDOLLA Desembargador Antonio SRGIO COELHO de Oliveira Desembargador OTVIO HENRIQUE de Sousa Lima***
10 Cmara Criminal (sala 622 5 feira 10:00 horas PJ)
Desembargador CARLOS Augusto Lorenzetti BUENO Desembargador FBIO Monteiro GOUVA Desembargador Waldir Sebastio de NUEVO CAMPOS Jnior Desembargadora Maria de Lourdes RACHID VAZ DE ALMEIDA*** Desembargador Francisco Jos GALVO BRUNO
6 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUARTA-FEIRA PJ (SALA 504/506)
11 Cmara Criminal (sala 504/506 4 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador GUILHERME Gonalves STRENGER*** Desembargadora MARIA TEREZA DO AMARAL Desembargador Nilson XAVIER DE SOUZA Desembargador ABEN-ATHAR de Paiva Coutinho Desembargador Renato de SALLES ABREU Filho
12 Cmara Criminal (sala 202/204 4 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador Carlos VICO MAAS Desembargador JOO Luiz MORENGHI Desembargadora ANGLICA de Maria Mello DE ALMEIDA Desembargador BRENO de Freitas GUIMARES Jnior*** Desembargador PAULO Antonio ROSSI
7 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUINTA-FEIRA PJ (SALA 403)
13 Cmara Criminal (sala 403 5 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador Luiz Augusto SAN JUAN FRANA Desembargador Roberto Galvo de FRANA CARVALHO Desembargador REN RICUPERO Desembargador Nilo CARDOSO PERPTUO*** Desembargador Luiz AUGUSTO DE SIQUEIRA Desembargador LAERTE MARRONE DE CASTRO SAMPAIO*
14 Cmara Criminal (sala 511 5 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador FERNANDO Antonio TORRES GARCIA Desembargador HERMANN HERSCHANDER Desembargador WALTER DA SILVA Desembargador MARCO ANTONIO DE LORENZI Desembargador MIGUEL MARQUES E SILVA***
-
8 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS TERA-FEIRA PJ (SALA 218/220)
15 Cmara Criminal (sala 609 5 feira 13:00 horas PJ)
Desembargador WALTER DE ALMEIDA GUILHERME Desembargador Fbio POAS LEITO*** Desembargador JAIR MARTINS Desembargador Jos Antonio ENCINAS MANFR Desembargador Jos Antonio DE PAULA SANTOS Neto Desembargador NELSON FONSECA JNIOR*
16 Cmara Criminal (sala 218/220 3 feira 13:00 horas PJ)
Desembargador ALBERTO Vigas MARIZ DE OLIVEIRA Desembargador Jos Ruy BORGES PEREIRA Desembargador NEWTON DE OLIVEIRA NEVES Desembargador Otvio Augusto de ALMEIDA TOLEDO Desembargador PEDRO LUIZ AGUIRRE MENIN***
CMARAS CRIMINAIS EXTRAORDINRIAS (Resoluo n 590/2013)
1 Cmara Criminal Extraordinria (sala 609 2 feira 13:30 horas PJ)
Desembargador Waldir Sebastio de NUEVO CAMPOS Jnior*** Desembargador HERMANN HERSCHANDER Desembargador GUILHERME DE SOUZA NUCCI** Desembargador AMABLE LOPEZ SOTO** Desembargador LUIS AUGUSTO DE SAMPAIO ARRUDA**
2 Cmara Criminal Extraordinria (sala 232/236 6 feira 9:30 horas PJ)
Desembargador CARLOS Augusto Lorenzetti BUENO*** Desembargador Geraldo Francisco PINHEIRO FRANCO Desembargador FERNANDO GERALDO SIMO** Desembargador AGUINALDO DE FREITAS FILHO** Desembargador EDUARDO CRESCENTI ABDALLA**
3 Cmara Criminal Extraordinria (sala 232/236 5 feira 14:00 horas PJ)
Desembargador Jos Orestes de SOUZA NERY*** Desembargador OTVIO HENRIQUE de Sousa Lima Desembargador SILMAR FERNANDES** Desembargador CASSIANO RICARDO ZORZI ROCHA** Desembargador JULIO CAIO FARTO SALLES**
4 Cmara Criminal Extraordinria (sala
218/220 5 feira 10:30 horas PJ)
Desembargador EUVALDO CHAIB Filho*** Desembargador Renato de SALLES ABREU Filho Desembargador MAURCIO VALALA** Desembargador ALEXANDRE CARVALHO E SILVA DE ALMEIDA** Desembargador Csar Augusto ANDRADE DE CASTRO**
*** Presidente
** Juiz de Di rei to Subst i tu to em 2 Grau
* Juiz Auxi l iar
PJ Palcio da Justia (Praa da S s/n)
-
JUZES DE DIREITO SUBSTITUTOS DE SEGUNDO GRAU
(em ordem de antiguidade)
Nelson Paschoal Biazzi Junior
Roberto Caruso Costabile e Solimene
Maria Cristina Cotrofe Biasi
Lus Paulo Aliende Ribeiro
Ana Luiza Liarte
Luiz Antonio Coelho Mendes
Maria Laura de Assis Moura Tavares
Theodureto de Almeida Camargo Neto
Guilherme de Souza Nucci
Fbio Guidi Tabosa Pessoa
Valter Alexandre Mena
Cludia Grieco Tabosa Pessoa
Fernando Geraldo Simo
Joo Pazine Neto
Carlos Henrique Miguel Trevisan
Luiz Srgio Fernandes de Souza
Hlio Marques de Faria
Nelson Jorge Jnior
Rmolo Russo Jnior
Maria Lcia Ribeiro de Castro Pizzotti Mendes
Flvio Abramovici
Vicente de Abreu Amadei
Silmar Fernandes
Adalberto Jos Queiroz Telles de Camargo Aranha Filho
Antonio Tadeu Ottoni
Flora Maria Nesi Tossi Silva
Cludio Luiz Bueno de Godoy
Jos Roberto Furquim Cabella
Milton Paulo de Carvalho Filho
Carlos Alberto de Campos Mendes Pereira
Samuel Francisco Mouro Neto
Denise Andra Martins Retamero
Cludio Augusto Pedrassi
Edson Luiz de Queiroz
Roberto Maia Filho
Cassiano Ricardo Zorzi Rocha
Ronaldo Alves de Andrade
Walter Rocha Barone
Aguinaldo de Freitas Filho
-
Marcelo Fortes Barbosa Filho
Lucila Toledo Pedroso de Barros
Kenarik Boujikian Felippe
Joo Batista Amorim de Vilhena Nunes
Alcides Leopoldo e Silva Jnior
Jos Maria Cmara Jnior
Amable Lopez Soto
Ramon Mateo Jnior
Carlos Vieira Von Adamek
Cludio Antonio Marques da Silva
Mrcia Regina Dalla Da Barone
Maurcio Valala
Hamid Charaf Bdine Jnior
Jlio Caio Farto Salles
Maurcio Fiorito
Cludia Lcia Fonseca Fanucchi
Cesar Santos Peixoto
Maria Isabel Caponero Cogan
Alexandre Carvalho e Silva de Almeida
Marcelo Coutinho Gordo
Gilson Delgado Miranda
Fbio Henrique Podest
Lus Augusto de Sampaio Arruda
Eduardo Crescenti Abdalla
Csar Augusto Andrade de Castro
Alexandre Augusto Pinto Moreira Marcondes
Aloisio Srgio Rezende Silveira
Nuncio Theophilo Neto
Luis Fernando Camargo de Barros Vidal
Monica Salles Penna Machado
Lauro Mens de Mello
Ana Lucia Romanhole Martucci
Ricardo Cunha Chimenti
Jos Henrique Fortes Muniz Jnior
Ivana David
Silvia Maria Meirelles Novaes de Andrade
Lidia Maria Andrade Conceio
Maria de Lourdes Lopez Gil Cimino
Hlio Nogueira
Tercio Pires
Jos Aparcio Coelho Prado Neto
Clarice Salles de Carvalho Rosa
-
Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo
Novembro e Dezembro de 2013
Dou
trina
Ace
sso a
o S
um
rio
e-JTJ - 00 25
DOUTRINA
DEMOCRACIA, ELEIES E REFORMA POLTICA.
WALTER DE ALMEIDA GUILHERME
Desembargador Decano e
Presidente da Comisso de Jurisprudncia do Tribunal de Justia
O fenmeno eleitoral constitui o pice do regime democrtico. Disse-
se mesmo configurar a eleio verdadeira festa cvica (embora, creio, o
povo, de um modo geral, assim no considere), com os eleitores caminhando
alegremente para as urnas para exercer o direito e cumprir a obrigao de votar.
Bem se sabe que a democracia no se esgota no ato de escolha popular
dos representantes, fazendo-se necessria a presena de outros tantos atributos
para que se qualifique um regime como democrtico. H quem pense - e no se
lhe nega razo - que o direito informao componente fundamental de uma
srie de reflexes-chave para uma boa governana democrtica, como assinalam
Vincent Defourny (doutor em comunicao e representante da UNESCO no
Brasil), e Guilherme Canela, cientista poltico e coordenador de comunicao e
informao da UNESCO no Brasil), em artigo publicado na Revista Eletrnica
Conjur, lembrando que h 244 anos a Sucia apresentava ao mundo o primeiro
marco legal de garantia de um direito a ter acesso s informaes produzidas pelo
Estado e que, quase dois sculos depois, em 1948, as Naes Unidas reconheciam
o direito informao no artigo 19 da Declarao Universal dos Direito Humanos.
A sntese dos valores democrticos foi bem exposta pelo legislador constituinte
brasileiro de 1988, ao descrever os fundamentos da Repblica Federativa do
Brasil no art. 1, da Constituio Federal, avultando, a meu ver, o da dignidade da
pessoa humana, por no fazer sentido que o Estado, criado pelo homem, afronte
sua dignidade ou no estabelea normas legais que cobam o mtuo desrespeito.
Mas o voto nas eleies como exerccio da soberania popular
assume mesmo papel essencial para a caracterizao da democracia,
esta como movimento de desconstituio da autocracia, ou seja,
como regime que concebe o povo como protagonista e destinatrio.
-
Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo
Novembro e Dezembro de 2013
Dou
trin
a
Ace
sso a
o S
um
rio
26 e-JTJ - 00
Embora seja inegvel que o nosso arcabouo legislativo eleitoral avanou
bastante, desde as primeiras constituies e leis que trataram do tema, o Brasil
de hoje j no o mesmo e reformas de carter poltico e eleitoral so desejveis,
ou melhor, ansiadas. Reformas, tanto para fazer com que seja mais efetivo o
princpio da soberania popular, traduzido na frmula do pargrafo nico do
artigo 1 da Constituio da Repblica, que declara todo o poder emana do povo,
que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos
desta Constituio, quanto para tornar mais gil e eficaz o processo eleitoral.
Mas ns, brasileiros, queremos um regime democrtico?
Pesquisa realizada pela ONG chilena Corporacin Latinobarmetro
revela que o ndice de apoio dos brasileiros democracia diminuiu nove pontos
percentuais de 2010 para 2011. A queda do apoio democracia no Brasil (de 54%
para 45%) mais acentuada do que a mdia da regio (Amrica Latina), que caiu
de 61% para 58%, aps quatro anos de aumento. A reeleio mostrou estar em
alta na regio, com altos ndices de aprovao, encabeados por Argentina (77%),
Brasil (72%) e Uruguai (69%). Uruguai e Costa Rica lideram o ranking que indica
os pases cujos habitantes mais se consideram democrticos. Neste, o Brasil est
em 10 lugar, como tambm no quesito a respeito da populao que mais rechaa
a ideia de um governo militar. Foram ouvidas 20.204 pessoas em 18 pases, das
quais se indagava: Com qual das seguintes frases voc est mais de acordo?
A democracia prefervel a qualquer outra forma de governo.
Em algumas circunstncias, um governo
autoritrio pode ser prefervel a um governo democrtico.
Para mim, d no mesmo um regime democrtico e um autoritrio.
Seria o caso de se dar razo a Plato, para quem a democracia
um regime para sofistas e retricos, e tambm a Winston
Churchill, a dizer que o pior dos regimes, salvo qualquer outro?
Ecoa, ainda, no entanto, a exortao final de Abraham Lincoln, no clebre
discurso de Gettysburg em 1863: Cumpre-nos, antes, a ns os vivos, dedicarmo-
nos hoje obra inacabada at este ponto to insignemente adiantada pelos que aqui
combateram. Antes, cumpre-nos a ns os presentes, dedicarmo-nos importante
tarefa que temos pela frente - que estes mortos venerveis nos inspirem maior
devoo causa pela qual deram a ltima medida transbordante de devoo - que
todos ns aqui presentes solenemente admitamos que esses homens no morreram
em vo, que esta Nao, com a graa de Deus, renasa na liberdade, e que o
-
Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo
Novembro e Dezembro de 2013
Dou
trina
Ace
sso a
o S
um
rio
e-JTJ - 00 27
governo do povo, pelo povo e para o povo jamais desaparea da face da terra..
A democracia tem realmente defeitos genticos, como o de no
oferecer proteo eficaz contra o discurso inverdico (a bem conhecida
demagogia e a falsa ou irrealizvel promessa) e contra o uso de
procedimentos democrticos (como as eleies) contra ela prpria.
A crise da representatividade indubitvel, conspirando sobremodo
contra o regime democrtico. H um cansao do povo relativamente a seus
representantes, sobretudo os que compem o Poder Legislativo. Quem ainda
assiste aos horrios polticos (tanto os partidrios quanto os eleitorais), ao fim de
alguma exposio de ideias, tomado de um sentimento de descrena e do pouco
desejo de votar em algum e muito menos de faz-lo em algum partido poltico
(embora,paradoxalmente,nosejaelevadoonmerodevotosembrancoounulos).
Talvez, tenha razo Karl Popper, quando afirma que a democracia boa
no porque represente a vontade do povo, mas porque o sistema que mais facilita
a remoo de polticas equivocadas e permite mudar governos sem violncia. E
lembrar com David Deutsch, em The Beginning of Infinity, que A essncia do
processo decisrio democrtico no a escolha feita pelo sistema eleitoral, mas
as ideias que se criam entre as eleies (...). Os eleitores no so uma fonte de
sabedoria da qual as polticas corretas podem ser empiricamente derivadas. Eles
estotentando,edeformafalvel,explicaromundoe,nesteprocesso,melhor-lo..
O professor Gaudncio Torquato, jornalista e titular da USP, em O
Estado de So Paulo, edio de 06 de novembro de 2011, escreve que A
democracia brasileira acaba sendo percebida pela populao como veculo
que conduz a vcios, corrupo e manuteno de costumes execrveis.
Seja como resultado das polticas adotadas, seja pelas idiossincrasias
do sistema poltico e pela m qualidade de seus principais protagonistas, o
fato que o Brasil se apresenta como um pas com pouca participao social
autnoma e uma democracia poltica muito aprisionada aos ritos eleitorais
(Marco Aurlio Nogueira, professor titular de Teoria Poltica e Diretor do
Instituto de Polticas Pblicas e Relaes Internacionais da UNESP - artigo
publicado no jornal O Estado de So Paulo, edio de 28 de abril de 2012).
O sistema poltico funciona mal. Tem pouca eficincia e est aqum
do que necessita a sociedade. No reflete seu dinamismo nem capaz de
assimilar suas agendas. Tem pouca eficincia no processamento dos conflitos
e das demandas sociais, est corrodo pelo baixo nvel e sobrecarrega as
operaes governamentais (Marco Aurlio Nogueira, no citado artigo).
-
Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo
Novembro e Dezembro de 2013
Dou
trin
a
Ace
sso a
o S
um
rio
28 e-JTJ - 00
Mas ainda que a democracia tenha todas essas mazelas, no h
outro que fale mais busca da felicidade do que o regime democrtico.
A busca da felicidade, em rpida digresso, o movimento do ser humano
mais consistente com a natureza de que ele dotado. Homens e mulheres existem
para serem felizes. Indo alm de Descartes: penso, logo existo para ser feliz.
intuitivo, embora, para adornar a afirmao com o peso de um clssico, deva-se
citar Aristteles, na obra tica a Nicmaco, para quem a felicidade um bem
supremo que a existncia humana deseja e persegue. de se trazer tona, de dois
outros clssicos, estes do nosso tempo e brasileiros, para quem a felicidade
como a pluma que o vento vai levando pelo ar. Voa to leve, mas tem a vida breve,
precisa que haja vento sem parar. (Tom Jobim e Vinicius de Moraes).Afelicidade
deixou de ser um direito natural, a partir da Declarao do Estado da Virgnia
de 16 de junho de 1776, considerada pelos positivistas o marco do nascimento
dos direito humanos, ganhando seu reconhecimento justamente porque, como
sintetiza Fbio Konder Comparato, a busca da felicidade repetida na Declarao
de Independncia dos Estados Unidos (...), a razo de ser imediatamente
aceitvel por todos os povos, em todas as pocas e civilizaes. uma razo
universal, como a prpria natureza humana. (Conjur - PEC da felicidade
positivao de direito reconhecido no resto do mundo - 2010, maio 30).
Falar de democracia e eleio popular dizer do Direito Eleitoral. E no
mais como uma especializao do Direito Constitucional, mas sim ramo autnomo
do Direito Pblico, tal o conjunto de institutos e disposies legais, includos a
as resolues do Tribunal Superior Eleitoral, que lhe peculiar na atualidade.
Penso que, completando o art. 1 do Cdigo Eleitoral, pode-se
afirmar constituir o direito eleitoral um conjunto de normas destinadas a
regulamentar os direitos polticos dos cidados, alusivamente ao pargrafo
nico do art. 1 e art. 14, da Constituio da Repblica, o processo eleitoral,
includos os sistemas eleitorais, a constituio e funcionamento dos
partidos polticos e a organizao e funcionamento da justia eleitoral.
No Brasil, a Justia Eleitoral foi instituda pelo Cdigo Eleitoral de 1932
(uma das pregaes de Getlio Vargas, ao liderar a Revoluo de 1930) e
constitucionalmente institucionalizada pela Constituio de 1934. Sua criao
visouasubstituiroentosistemapolticodeaferiodospoderes(feitopelosrgos
legislativos) pelo sistema jurisdicional, em que se incluiriam todas as atribuies
referentesaodireitopoltico-eleitoral.oquesedenominadecontenciosoeleitoral.
H quem se mostre divergente quanto convenincia de uma
Justia Eleitoral. De fato, no so muitos os pases que deferem a um rgo
-
Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo
Novembro e Dezembro de 2013
Dou
trina
Ace
sso a
o S
um
rio
e-JTJ - 00 29
especializado do Poder Judicirio, como no Brasil, tudo aquilo que se refira
ao fenmeno eleitoral, desde o alistamento dos eleitores at a diplomao dos
eleitos. Sustentam alguns que entregar os atos de administrao da eleio
ao Poder Judicirio no se faz condizente com sua intrnseca atribuio de
exerccio da jurisdio, sendo mais lgico que a organizao e a realizao
das eleies, como um todo, fato medularmente poltico, sejam cometidas
a um rgo que se paute por critrios polticos, ficando competncia
do Judicirio, isso sim, dirimir os conflitos jurdicos que dela derivem.
Acredito, todavia, que, diante do nosso histrico de eleies e do
prestgio de que desfruta a Justia Eleitoral entre ns, elimin-la no
soluo satisfatria. Repens-la, em pontos especficos, sim. Em termos
gerais, no se pode negar que a justia eleitoral trouxe condicionamentos
benficos a hbitos polticos arraigados na mentalidade predominante.
Exsurge como tema de Direito Eleitoral, a necessria reforma
das nossas leis eleitorais bsicas, o Cdigo Eleitoral, a Lei Geral das
Eleies, a Lei dos Partidos Polticos e a Lei de Inelegibilidades, no af
de tornar mais efetivo o princpio da soberania popular, de acordo com
o j citado pargrafo nico do artigo 1 da Constituio da Repblica.
Mais, porm, do que alterar a legislao eleito-
ral infraconstitucional, bem melhor seria proceder a uma au-
tntica reforma poltica, abrangendo questes constitucionais.
Criaram-se comisses no Senado Federal e na Cmara dos Deputados
com o fito de oferecer sugestes para reformar tanto a Constituio
quanto a legislao ordinria, vindo o Congresso Nacional a aprovar
projeto de lei (PLS 441) que promoveu o que se chamou de minirreforma
eleitoral. Segundo seu autor, o senador Romero Juc (PMDB-RR), o
projeto tem por objetivo diminuir os custos das campanhas e garantir
mais condies de igualdade na disputa eleitoral entre os candidatos.
Ainda que o PLS 441/2013, que agora segue para a sano presidencial,
tenha trazido algumas inovaes meritrias, pouco contribui para o aperfeioa-
mento ou para a democratizao do debate eleitoral. No uma reforma que
muda as estruturas do sistema eleitoral e do sistema poltico. Seu alcance limi-
tado, levando o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) a declarar que o Con-
gresso Nacional perdeu a oportunidade de fazer mudanas mais significativas.
Pontos centrais, todavia, ficaram intocados, alguns a demandar emendas
Constituio.
-
Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo
Novembro e Dezembro de 2013
Dou
trin
a
Ace
sso a
o S
um
rio
30 e-JTJ - 00
Assim, a adoo do voto facultativo, o financiamento das campanhas po-
lticas (lembrando que, atualmente, so elas financiadas por dinheiro pblico e
privado), a proibio de doaes de dinheiro pelas empresas s campanhas elei-
torais (A Ordem dos Advogados do Brasil props, no Supremo Tribunal Fede-
ral, ao direta de inconstitucionalidade contra o financiamento de campanhas
por pessoas jurdicas, entendendo que essas doaes comprometem a higidez do
processo democrtico, promove a desigualdade poltica e alimenta a corrupo).
Tambm ficaram de fora do mbito de discusso da reforma no Congresso
Nacional a alterao do sistema de eleio dos parlamentares (proporcional, com
ou sem lista partidria distrital, este puro ou misto), a introduo de clusula de
desempenho partidrio, o fim das coligaes nas eleies proporcionais, a proi-
bio de reeleio, o tema referente suplncia de senador, a coincidncia das
eleies, a representao proporcional dos estados na Cmara dos Deputados.
Em suma, ficaremos mais uma vez espera de uma reforma po-
ltica que induza o eleitor a acreditar e ter confiana na democracia.
A est. No tenho um mundo prodigioso em minha cabea,
ao contrrio de Kafka, em O foguista de Amerika, por isso, ao
escrever, no me liberto e nem ao libert-lo fao-me em pedaos.
-
Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo
Novembro e Dezembro de 2013
Ju
rispru
d
ncia
- Dire
ito P
riva
do
A
ce
sso a
o S
um
rio
e-JTJ - 00 31
SEO DE DIREITO PRIVADO
Agravos de Instrumento
ACRDO
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento n
0020992-31.2013.8.26.0000, da Comarca de So Paulo, em que agravante
NOTRE DAMESEGURADORASA,soagravadosFABIANO MONEGAGLIA
POLLONI, GIOVANNA POLLONI DE ORNELAS PEDREIRA e ORNELLA
POLLONI (Voto n 18.866).
ACORDAM, em 6 Cmara de Direito Privado do Tribunal de Justia de
So Paulo, proferir a seguinte deciso: Negaram provimento ao recurso. V. U.,
de conformidade com o voto do Relator, que integra este acrdo.
O julgamento teve a participao dos Exmos. Desembargadores
EDUARDO S PINTO SANDEVILLE (Presidente) e FRANCISCO
LOUREIRO.
So Paulo, 25 de julho de 2013.
PERCIVAL NOGUEIRA, Relator
Ementa: LIQUIDAO DE SENTENA
CLCULO DO CREDOR DADOS EM PODER DA
EXECUTADA PRESUNO DE CORREO DOS
CLCULOS APRESENTADOS PELO CREDOR
A sano processual para o descumprimento da
ordem judicial que determina o fornecimento destes
dados essenciais consiste na presuno de que os
clculos elaborados pelo credor esto corretos Deciso
mantida Agravo desprovido.
VOTO
Notre Dame Seguradora S.A. interpe o presente agravo de instrumento,
com pedido de atribuio de efeito suspensivo, contra as r. decises xerocopiadas
s fls. 706 e 713, tiradas dos autos da Ao de Indenizao por Danos Materiais,
deflagrada por Fabiano Monegaglia Polloni, Giovanna Polloni de Ornelas
Pedreira e Ornella Polloni, no ponto que determinou Agravante, providncias
de depsito da importncia complementar conforme o clculo do credor.
-
Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo
Novembro e Dezembro de 2013
Ju
rispru
d
ncia
- D
ire
ito P
riva
do
A
ce
sso a
o S
um
rio
32
As decises agravadas foram assim concebidas:
e-JTJ - 00
Vistos. Anote-se a fase de execuo. Intime-se a r para que proceda ao
depsito da diferena indicada pelo Banco do Brasil montante depositado
nos autos (R$ 26.122,18) e a indicada pelos autores, s fls.640/648 (R$
108.978,27), em 05 dias, sob pena de prosseguimento da execuo. Int..
E ainda:
Vistos. Fls.657/659: Deixo de conhecer dos embargos declaratrios,
pois se trata de mero despacho ordinatrio, no havendo omisso,
obscuridade ou contradio a ser sanada, utilizando a parte medida
inadequada para a defesa de seus interesses. Int..
Inconformada, recorre a Agravante, sustentando que o valor pretendido
pelos Agravados (superior a cem mil reais), est divorciado dos termos previstos
no ttulo judicial, cuja parte dispositiva foi clara ao estipular que o reembolso
das despesas com honorrios mdicos, deve observar a previso do contrato de
seguro sade.
Pondera haver depositado o valor integral da condenao, qual seja R$
24.628,41 (data base dezembro/2011), de modo a ser declarada satisfeita a
execuo.
Pede, ao final, o processamento do recurso na forma instrumental,
ante o fundado e comprovado receio de dano grave ou de difcil reparao,
bem como seja concedido o efeito suspensivo ao agravo, o qual, por certo,
ser provido, declarando-se cumprida a condenao imposta Agravante ou,
subsidiariamente, devido o valor de R$ 2.768,44 (dois mil setecentos e sessenta
e oito reais e quarenta e quatro centavos) - fls. 18/19.
Das decises recorridas s partes foram intimadas em 21 de janeiro de
2013 (fls. 714). O agravo foi interposto no dia 1 de fevereiro p.p. (vide chancela
mecnica s fls. 02). Cpia das procuraes juntadas s fls. 67 e 180/182 e 15/18.
O preparo foi recolhido s fls. 20/22.
Os autos foram encaminhados ao eminente Desembargador Paulo
Alcides que, despachando no perodo de frias deste Relator, indeferiu o efeito
suspensivo (fls. 719). Sobrevieram razes de contraminuta (fls. 722/740).
o relatrio.
Versam os autos, originariamente, Ao de Indenizao por Danos
Materiais, julgada parcialmente procedente, nos termos abaixo reproduzidos:
(...) Isto posto e pelo mais que dos autos consta, JULGO PARCIALMENTE
PROCEDENTE a ao para condenar a R ao pagamento da quantia
referente ao instrumentador cirrgico e a reembolsar a R os honorrios
mdicos efetivamente comprovados e no pagos, conforme previso
contratual. Condeno a r no pagamento das custas e despesas processuais
-
Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo
Novembro e Dezembro de 2013
Ju
rispru
d
ncia
- Dire
ito P
riva
do
A
ce
sso a
o S
um
rio
e-JTJ - 00 33
e honorrios advocatcios que fixo em 10% do valor da causa (fls. 194).
Interpostos Recursos de Apelao, a sentena restou confirmada,
sobrevindo o trnsito em julgado do decisum (fls. 394).
Iniciada a fase de liquidao de sentena, os Agravados peticionaram
requisitando a intimao da empresa de Seguro Sade, para que esta apresentasse
os clculos detalhados (fls. 398/400 e 407/408).
De fato, embora os Agravados tenham trazido aos autos a descrio dos
servios e valores cobrados a ttulo de honorrios mdicos, cada operadora
utiliza sua frmula de clculo para o reembolso, no raro composta de inmeros
elementos e varivel conforme o seguro escolhido.
Os exequentes, reiteraram a manifestao no sentido de que os dados
necessrios para a realizao dos clculos (tabela de honorrios mdicos), se
achavam sob o controle da operadora de Seguro Sade (417/420).
Nesse mesmo vrtice, confiram-se, ainda as manifestaes de fls. 430/432,
436/437, 452/453.
Mais adiante, a Seguradora depositou a importncia de R$ 24.628,41 e
ingressou com a impugnao que alude o art. 475-J, CPC, sem indicar qualquer
especificidade do dbito, seja no tocante tabela de honorrios, seja o percentual
a ser reembolsado (fls. 467/477).
Persistindo a dificuldade na elaborao dos clculos, mesmo aps a
manifestao da contadoria judicial (fls. 580), a Agravante foi intimada, em duas
oportunidades distintas, a apresentar o clculo do valor devido considerando o
total das despesas do autor (...) aplicando-se os limites do contrato (fls. 562), e
ainda o que necessita a executada fazer simples: trazer uma planilha clara,
por um lado, relacionando em uma coluna cada uma das despesas realizadas
pelos autores, conforme relao de fls. 497/498 e documentos de fls. 458/466,
que totalizam o valor de R$ 50.750,00, e de outro, em coluna paralela, indicar
o percentual pago de cada uma das referidas despesas, conforme limites
contratuais, que a parte afirma resultar naquele total de R$ 37.200,00. (fls.
680).
Desrespeitado o dever de cooperao (vide fls. 637, aqui fls. 690), restou
configurada a situao descrita no artigo 475-B, pargrafo 2, CPC, que assim
dispe:
Art. 475-B. Quando a determinao do valor da condenao depender
apenas de clculo aritmtico, o credor requerer o cumprimento da
sentena, na forma do art. 475-J desta Lei, instruindo o pedido com a
memria discriminada e atualizada do clculo.
1 Quando a elaborao da memria do clculo depender de dados
existentes em poder do devedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento
do credor, poder requisit-los, fixando prazo de at trinta dias para o
-
Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo
Novembro e Dezembro de 2013
Ju
rispru
d
ncia
- D
ire
ito P
riva
do
A
ce
sso a
o S
um
rio
34
cumprimento da diligncia.
e-JTJ - 00
2 Se os dados no forem, injustificadamente, apresentados pelo
devedor, reputar-se-o corretos os clculos apresentados pelo credor,
e, se no o forem pelo terceiro, configurar-se- a situao prevista no
art. 362.
Ora, tratando-se de dever dirigido executada, que tem por escopo
garantir a efetiva tutela jurisdicional executiva, a sano processual para o
descumprimento da ordem judicial, consiste na presuno de que os clculos
elaborados pelo credor esto corretos.
A propsito do tema:
(...) Se os dados se acham sob o controle do devedor, o no cumprimento
da ordem judicial redundar na sano de reputarem-se corretos os
clculos apresentados pelo credor. Tal como se passa com a ao
de prestao de contas, o executado perder o direito de impugnar o
levantamento da parte contrria. (Humberto Theodoro Junior, Curso de
Direito Processual Civil, Volume II, 34 ed., Forense, p. 90).
E ainda:
Se os dados no forem apresentados pelo executado com a apresentao
de justificativa plausvel, sero reputados corretos pelo juiz os clculos
apresentados pelo exequente. (...) A justificativa do executado com
argumentos e provas convincentes essencial para que o juiz no aceite
os clculos apresentados pelo exequente (Antnio Carlos Marcato,
Cdigo de Processo Civil Interpretado, Ed. Atlas, 3 Edio Rev. e Atual.,
p. 1.558).
Quando a elaborao da memria do clculo depender de dados
existentes em poder do devedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento do
credor poder requisit-los, fixando prazo de at 30 (trinta) dias para o
cumprimento da diligncia; se os dados no forem, injustificadamente,
apresentados pelo devedor, reputar-se-o corretos os clculos
apresentados pelo credor e a resistncia do terceiro ser considerada
desobedincia, sem prejuzo da apreenso do documento se assim o
credor o indicar (Luiz Fux, in Curso de Direito Processual Civil, 3 ed.;
Forense, p. 1262).
Com essas consideraes, meu voto nega provimento ao recurso.
ACRDO
Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento
-
Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo
Novembro e Dezembro de 2013
Ju
rispru
d
ncia
- Dire
ito P
riva
do
A
ce
sso a
o S
um
rio
e-JTJ - 00 35
n 0022278-44.2013.8.26.0000, da Comarca de So Paulo, em que
agravante TINER CAMPO BELO EMPREENDIMENTOS IMOBILIRIOS
RESIDENCIAIS SPE LTDA, agravado FERNANDO LUIZ BENTO PIRR.
(Voto n: 0263)
ACORDAM, em 3 Cmara de Direito Privado do Tribunal de Justia de
So Paulo, proferir a seguinte deciso: Negaram provimento ao recurso. V. U.,
de conformidade com o voto do Relator, que integra este acrdo.
O julgamento teve a participao dos Exmos. Desembargadores DONEG
MORANDINI (Presidente) e BERETTA DA SILVEIRA.
So Paulo, 2 de julho de 2013
CARLOS ALBERTO DE SALLES, Relator
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO - Cautelar
inominada - Contrato de promessa de compra e venda
- Concedida liminar para suspenso da exigibilidade
de parcelas mediante depsito em cauo do valor em
aberto - Insurgncia em face da deciso que rejeitou a
preliminar de inpcia da inicial, tendo ainda deferido
a substituio da cauo em dinheiro por fiana
bancria.
Preliminar de intempestividade Inocorrncia -
Embargos de declarao que interrompem o prazo
para a interposio de agravo de instrumento, ainda
que tenham sido rejeitados (art. 538, CPC).
Inpcia da inicial Inocorrncia Desnecessidade de
o valor da causa da cautelar corresponder ao
benefcio econmico pretendido na ao principal
Inaplicabilidade do art. 50, Lei 10.931/2004 Aplicao
dos arts. 258, 259, 295, pargrafo nico, 801, CPC.
Cauo para deferimento da liminar - Substituio de
dinheiro por fiana bancria - Possibilidade - Escolha
que cabe ao caucionante Interpretao do art. 50, 2,
Lei 10.931/2004 luz do art. 827, CPC. Recurso a que
se nega provimento.
VOTO
Trata-se de agravo de instrumento tirado contra deciso de fls. 356,
integrada pela de fls. 425/427 que, em cautelar inominada, deferiu a substituio
de cauo inicialmente prestada em dinheiro por fiana bancria, e afastou a
-
Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo
Novembro e Dezembro de 2013
Ju
rispru
d
ncia
- D
ire
ito P
riva
do
A
ce
sso a
o S
um
rio
36
preliminar de inpcia da petio inicial.
e-JTJ - 00
Pleiteia o agravante a reforma do decisum alegando, em sntese, que
ao que versa sobre alienao imobiliria deveria indicar precisamente o valor
controvertido (art. 50, Lei 10.931/2004). Argumentou, outrossim, que somente
seria cabvel cauo em dinheiro no caso (art. 50, 2, Lei 10.931/2004).
No foi concedido o efeito suspensivo requerido, por v. deciso proferida
pelo Exmo. Des. Jesus Lofrano, j aposentado (fls. 455).
Apresentada contraminuta (fls. 458/492), encontram-se os autos em
termos de julgamento.
o relatrio.
No merece prosperar o inconformismo, pelos fundamentos que seguem.
Da tempestividade do recurso
Em sua contraminuta, sustentou o agravado que o recurso seria
intempestivo (fls. 472/475), uma vez que os embargos de declarao opostos em
face da r. deciso agravada seriam na realidade mero pedido de reconsiderao
no tendo, portanto, o condo de interromper o prazo para a interposio de
recursos.
No entanto, a jurisprudncia do E. Superior Tribunal de Justia, cuja
orientao vem sendo acolhida por esta C. Cmara, fixou entendimento de que
a oposio de embargos de declarao somente no interrompe o prazo para a
interposio de outros recursos caso os primeiros venham a no ser conhecidos
por intempestividade o que no corresponde hiptese dos autos. Nesse sentido:
EMBARGOS DE DECLARAO. ALEGADA VIOLAO DO ARTIGO
535 DO CPC. CONTRADIO EXTERNA. IMPOSSIBILIDADE.
() 3. A oposio dos embargos de declarao interrompe o prazo para
interposio de outros recursos (art. 538 do CPC), salvo nos casos em
que estes no so conhecidos por intempestividade, o que no o caso
dos autos.
4. Inexiste interesse de recorrer por parte da Unio, pois o acrdo
embargado decidiu nos termos em que pretendido no recurso especial:
a incidncia do imposto de renda sobre os juros de mora quando essa
tributao ocorrer sobre importncia principal.
5. Embargos de declarao rejeitados (EDcl no AgRg nos EDcl no
AgRg no REsp 1234337/RS, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA
TURMA, julgado em
21/05/2013, DJe 28/05/2013 sem destaque no original).
AGRAVO. AO DE INDENIZAO SECURITRIA. Deciso
que no conheceu do segundo recurso de embargos declaratrios,
determinando a certificao do trnsito em julgado da sentena.
-
Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo
Novembro e Dezembro de 2013
Ju
rispru
d
ncia
- Dire
ito P
riva
do
A
ce
sso a
o S
um
rio
e-JTJ - 00 37
Inconformismo. Acolhimento. Embargos declaratrios que interrompem
o prazo para interposio de outros recursos, independentemente de
seu conhecimento. Exegese do art. 538 do CPC. Precedentes. Deciso
reformada. Recurso provido (TJSP, 3 Cmara de Direito Privado,
agravo de instrumento n 0256198-59.2012.8.26.0000, rel. des. Viviani
Nicolau, j. 26.2.2013 sem destaque no original).
Superada a preliminar, passa-se ao exame do mrito do recurso.
Da inaplicabilidade do art. 50, Lei n 10.931/2004 a cautelares.
A agravante pretende a reforma da r. deciso agravada ao fundamento de
que a petio inicial seria inepta, por no ter observado a disposio do art. 50
da Lei n 10.931/2004 (Nas aes judiciais que tenham por objeto obrigao
decorrente de emprstimo, financiamento ou alienao imobilirios, o autor
dever discriminar na petio inicial, dentre as obrigaes contratuais, aquelas
que pretende controverter, quantificando o valor incontroverso, sob pena de
inpcia).
Entretanto, a ao de origem cautelar, em que no se discute propriamente
alienao imobiliria, como sustenta a agravante, mas se busca apenas assegurar
efetividade de futura ao revisional de contrato. A respeito, pertinente a lio
de Kazuo Watanabe:
() na tutela cautelar, segundo a doutrina dominante, h apenas a
concesso de medidas colaterais que, diante da situao objetiva de
perigo, procuram preservar as provas ou a assegurar a frutuosidade
do provimento da ao principal. No dotado, assim, de carter
satisfativo, a menos que se aceite, como o fazemos, a existncia de direito
substancial de cautela, que satisfeito pelo provimento concessivo da
tutela cautelar. (Tutela antecipatria e tutela especfica das obrigaes
de fazer e no fazer arts. - 273 e 461, CPC. Obtido em www.rtoline.com.
br, p. 11 do arquivo eletrnico. Publicao original: Revista de
Direito do Consumidor, 19:1996 - sem destaque no original).
Portanto, revela-se descabida a afirmao de que deveria ser aplicado o
art. 50 da Lei n 10.931/2004 ao caso, uma vez que a discusso a respeito do
valor controvertido ser profunda e exaurientemente desenvolvida apenas na
ao principal, que se destinar reviso do contrato inicialmente entabulado
pelas partes.
Assim sendo, no h que se falar em inpcia da petio inicial, uma vez
que aplicvel ao caso o disposto no art. 295, pargrafo nico, do Cdigo de
Processo Civil.
Para que no restem dvidas, esclarece-se que o E. Superior Tribunal
de Justia e esta C. Cmara tm decidido pela desnecessidade de o valor da
causa nas cautelares corresponder ao proveito econmico que se espera da ao
-
Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo
Novembro e Dezembro de 2013
Ju
rispru
d
ncia
- D
ire
ito P
riva
do
A
ce
sso a
o S
um
rio
38
principal (arts. 258, 259 e 801, CPC). Nesse sentido:
e- JTJ - 00
Processual civil. Licitao. Ao cautelar. Valor da causa.
Correspondncia com o valor da ao principal: desnecessidade.
Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento (AgRg
no AREsp 200.684/MG, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 28/08/2012, DJe 04/09/2012 sem
destaque no original).
AGRAVO PROTESTO CONTRA ALIENAO E BENS. Deciso que
determinou a correo do valor da causa para adequ-lo ao proveito
econmico pretendido. Inconformismo. Acolhimento. Ao principal
e cautelar que veiculam pretenses diversas. Desnecessidade do valor
da causa da cautelar refletir o valor do bem jurdico da principal.
Precedentes. Deciso reformada. Recurso provido (TJSP, 3 Cmara de
Direito Privado, agravo de instrumento n 0024524-13.2013.8.26.0000,
rel. des. Viviani Nicolau, j. 5.3.2013 sem destaque no original).
Da compatibilidade entre as disposies do art. 50, 2, Lei 10.931/2004
e art. 827, CPC
A agravante pleiteia ainda a reforma da r. deciso agravada ao fundamento
de que o art. 50, 2, da Lei n 10.931/2004 estabeleceria que o nico tipo de
cauo possvel nas aes de alienao imobiliria seria o depsito em dinheiro
(A exigibilidade do valor controvertido poder ser suspensa mediante depsito
do montante correspondente, no tempo e modo contratados).
Entretanto, tampouco merece reparo a r. deciso agravada nesse ponto.
que o dispositivo invocado pela agravante deve ser interpretado a partir
de enfoques teleolgico e sistemtico, no literalmente como se pretende no
recurso.
Evidencia-se, desse modo, que a lei disse menos do que poderia, uma vez
que o objetivo da norma guarnecer o incorporador que se veja no polo passivo
de demanda contra o risco de inviabilidade do negcio, caso, durante o curso do
processo, seja concedida liminar autorizando o adquirente a deixar de arcar com
as parcelas do preo.
Se assim , ento evidentemente que se deve permitir a aplicao do
art. 827 do Cdigo de Processo Civil ao caso, pois referido escopo tambm
alcanado pela garantia consubstanciada na fiana bancria. Nesse sentido:
AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO
CIVIL. EXECUO DE TTULO EXTRAJUDICIAL. OFERECIMENTO
DE CAUO SUBSTITUTIVA. ADEQUAO E SUFICINCIA DE
CARTA DE FIANA. NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E
PROVAS. INVIABILIDADE. SMULA 07/STJ. ART. 587 DO CPC.
EXECUO TORNADA DEFINITIVA. INEXIGIBILIDADE DE
-
Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo
Novembro e Dezembro de 2013
Ju
rispru
d
ncia
- Dire
ito P
riva
do
A
ce
sso a
o S
um
rio
e- JTJ - 00 39
CAUO. EXCESSO DE EXECUO. FUNDAMENTO INATACADO.
SMULA 283/STF.
1. A agravante no trouxe argumentos novos capazes de infirmar os
fundamentos que aliceraram a deciso agravada, razo que enseja a
negativa de provimento ao agravo regimental.
2. Se o Tribunal estadual asseverou a adequao e suficincia da
carta de fiana apresentada, sendo idnea para servir de cauo
substitutiva, a inverso do julgado, no ponto, encontra bice na Smula
07 do STJ. () (AgRg no Ag 1243624/SP, Rel. Ministro VASCO
DELLA GIUSTINA (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/
RS), TERCEIRA TURMA, julgado em 14/09/2010, DJe 20/09/2010 sem
destaque no original).
Por fim, eventual insuficincia da garantia prestada luz da matria
discutida na ao revisional no comporta apreciao nessa sede.
Pelo exposto, nega-se provimento ao recurso.
ACRDO
Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento
n 0023658-05.2013.8.26.0000, da Comarca de Santa Branca, em que so
agravantes ANTONIO CARLOS TEIXEIRA DE ANDRADE (ESPLIO) e
TERESINHA VILELLA DE ANDRADE (INVENTARIANTE), agravado
FAZENDA DO ESTADO DE SO PAULO. (Voto n 4264).
ACORDAM, em 8 Cmara de Direito Privado do Tribunal de Justia de
So Paulo, proferir a seguinte deciso: Deram provimento em parte ao recurso.
V. U., de conformidade com o voto do Relator, que integra este acrdo.
O julgamento teve a participao dos Exmos. Desembargadores SALLES
ROSSI (Presidente sem voto), SILVRIO DA SILVA E THEODURETO
CAMARGO.
So Paulo, 31 de julho de 2013
PEDRO DE ALCNTARA DA SILVA LEME FILHO, Relator
Ementa: Arrolamento. Imposto de transmisso causa
mortis. Deciso que determinou o recolhimento do
imposto devido e indicado pelo Fisco. Formalidade
burocrtica descabida. Hiptese em que, com a
oportuna e necessria interveno da Fazenda, a
conferncia da exatido do recolhimento do tributo
-
Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo
Novembro e Dezembro de 2013
Ju
rispru
d
ncia
- D
ire
ito P
riva
do
A
ce
sso a
o S
um
rio
40 e-JTJ - 00
haveria de ser adequadamente promovida no mbito
administrativo, sem embaraar o andamento do
processo. Arts. 1.034 e 1.031, 2, do CPC. Deciso
reformada. Agravo parcialmente provido.
VOTO
Agravo de instrumento interposto contra deciso (fls. 14) que, nos autos
de arrolamento, determinou o cumprimento do recolhimento da diferena do
imposto causa mortis.
As razes do agravo aduzem que a determinao do cumprimento da
Portaria CAT 15/03, na qual os interessados tero que recolher a diferena
referente complementao do imposto causa mortis, antes mesmo de ser
decidida a questo na esfera administrativa, causar enormes prejuzos. Afirmam
que o presente caso se trata de arrolamento, onde em estrita conformidade com
os ditames contidos no art. 1034 do Cdigo de Processo Civil, preceitua que
no arrolamento no sero conhecidas ou apreciadas as questes relativas ao
lanamento, ao pagamento ou quitao de taxas judicirias e de tributos.
Recurso processado com atribuio de efeito suspensivo (fls. 69) e
respondido (fls. 75/89).
o relatrio.
O agravante afirma que o ITCMD foi recolhido em estrita conformidade
com o determinado no CTN , ou seja, de acordo com o valor venal atribudo
para o Imposto Territorial Rural ITR, para o exerccio de 2011, ano do bito do
inventariante. Afirma que o fisco pretende eleger o valor trs vezes maior que o
valor venal, e, portanto, inteiramente equivocada a deciso.
O inconformismo convence, em parte.
Pela interpretao harmnica do art. 1.034 c/c o art. 1.031, 2, do
CPC, normas da legislao federal, que, no campo processual, obviamente tm
prevalncia sobre a legislao estadual, a questo tributria no deve embaraar
a mais rpida ultimao dos arrolamentos, claro que sem omitir a oportunidade
de a Fazenda Estadual, nos prprios autos, manifestar-se expressamente a
respeito.
O que no se pode conceber a paralisao do processo, a fim de que
seja, a pretexto de observncia de normas estaduais de interesse do Fisco,
previamente instaurado um procedimento administrativo de cunho burocrtico
e formalista, que s viria a travar o andamento e o trmino do arrolamento, que
a lei processual quis mais gil e clere.
No se deve olvidar que eventuais direitos de crdito tributrio do Fisco
Estadual continuaro resguardados e podero ser apurados, reclamados e
satisfeitos na via administrativa (art. 1.034, 2, do C.P.C.), sem prejuzo do
-
Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo
Novembro e Dezembro de 2013
Ju
rispru
d
ncia
- Dire
ito P
riva
do
A
ce
sso a
o S
um
rio
e-JTJ - 00 41
normal encerramento do arrolamento.
O Colendo Superior Tribunal de Justia, no aresto supramencionado
(R.T. 739/209), deixou assentado, em acrdo relatado pelo eminente Ministro
SLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, merecer prestgio, mesmo na
vigncia da Lei n 9.280/96, que alterou o art. 1.031, CPC, a jurisprudncia
desse Tribunal no sentido de no se admitir, no arrolamento, questionamentos
acerca do pagamento de tributos relativos transmisso.
Em esclarecedor voto vogal, o nclito Ministro RUY ROSADO DE
AGUIAR, acrescentou a propsito da alterao havida com o pargrafo 2
introduzido no art. 1.031: essa interpretao literal, contudo, no se afeioa
ao sistema de controle judicial e simplificao dos instrumentos processuais, a
recomendar que todas as questes concernentes ao arrolamento sejam resolvidas
pelo juiz, e, preferentemente, no prprio processo instaurado, salvo matria de
alta indagao. Por isso, quero ressaltar que caber ao juiz do arrolamento
apreciar eventual negativa da Fazenda quanto comprovao do pagamento
dos tributos decorrentes da partilha, e decidir sobre a expedio ou no dos
atos respectivos. E isso significa que o juiz, para esse fim, dever apreciar a
questo fiscal e decidir sobre ela, pois essa deciso sobre a expedio do formal
ser sempre judicial, ainda que haja manifestao contrria da Fazenda. por
isso que a interpretao do art. 1.034 do CPC deve ser feita, a partir de agora,
penso eu, com essa restrio.
Em hiptese anloga, j decidiu esta Cmara, em acrdo subscrito pelo
eminente Des. SALLES ROSSI (Agravo de Instrumento n 990.10.111410-
0, Santos, j. 30.06.2010, v.u.), cujos fundamentos, por pertinentes, so
integralmente adotados:
de clareza meridiana que no escapa a obrigao do pagamento e
lanamento dos tributos decorrente da transmisso da propriedade dos bens,
pelo motivo do falecimento do autor da herana.
Todavia, a discusso acerca de seu teor, indubitavelmente, extrapola o
limite objetivo da causa em ao de arrolamento, de rito sumrio, que deve ter
curso muito mais clere que o inventrio, de rito ordinrio, segundo expe o
artigo 1.034 do Cdigo de Processo Civil, a saber:
... Art. 1.034. No arrolamento, no sero conhecidas ou apreciadas
questes relativas ao lanamento, ao pagamento ou quitao de taxas
judicirias e de tributos incidentes sobre a transmisso da propriedade dos
bens do esplio. (Redao dada pela Lei n 7.019, de 31.8.1982)
1 A taxa judiciria, se devida, ser calculada com base no
valor atribudo pelos herdeiros, cabendo ao fisco, se apurar em processo
administrativo valor diverso do estimado, exigir a eventual diferena pelos
meios adequados ao lanamento de crditos tributrios em geral. (Includo
-
Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo
Novembro e Dezembro de 2013
Ju
rispru
d
ncia
- D
ire
ito P
riva
do
A
ce
sso a
o S
um
rio
42
pela Lei n 7.019, de 31.8.1982).
e-JTJ - 00
2 O imposto de transmisso ser objeto de lanamento administrativo,
conforme dispuser a legislao tributria, no ficando as autoridades
fazendrias adstritas aos valores dos bens do esplio atribudos pelos
herdeiros. (Includo pela Lei n 7.019, de 31.8.1982)... (original no grifado)
A interpretao sistemtica e teleolgica da norma propende ao entendimento
de que o chamamento da autoridade fazendria consiste apenas a tomar
conhecimento dos dados franqueados pelo contribuinte e, no caso de haver
desiderato impugnativo deve proceder busca do reconhecimento de sua
pretenso, pela via administrativa ou judicial apropriada, em outra relao
jurdica processual.
Outrossim, o meio pelo qual o contribuinte apresenta as informaes
tributrias faculdade atribuda exclusivamente ao seu crivo, seja a forma
tradicional de se dirigir pessoal e fisicamente ao rgo competente, seja a nova
modalidade virtual junto ao Posto Fiscal Eletrnico (www.pfe.fazenda.sp.gov.
br), atravs da digitalizao dos elementos probatrios documentais.
Destarte, qualquer interveno na liberdade da vontade da parte mostra-
se arbitrria e ilegal, uma vez que o prprio regulamento da matria autoriza a
escolha seletiva da declarao tributria, como reza a disposio da Portaria
CAT-5, de 22 de janeiro de 2.007:
... Artigo 1 - Antes da lavratura de escritura pblica, nas hipteses
previstas nos artigos 982 e 1.124-A do Cdigo de Processo Civil, na redao
dada pela Lei federal 11.441, de 4 de janeiro de 2007, devem ser apresentados
no Posto Fiscal da rea da localizao do tabelio eleito para a realizao de
tal ato pelo interessado:
I - na hiptese de transmisso causa mortis:
a) a declarao do ITCMD, com o valor atribudo aos bens ou direitos
objetos da transmisso;
b) o demonstrativo do ITCMD;
c) o comprovante de recolhimento do ITCMD - causa mortis por
meio da Guia de Arrecadao Estadual - GAREITCMD;
d) os documentos relacionados no Anexo VIII da Portaria CAT-15, de 6
de fevereiro de 2003, quando aplicveis;
e) os Anexos I a V da Portaria CAT-15, de 6 de fevereiro de 2003,
quando aplicveis se houver;
f) a minuta da escritura pblica do ato e