revista eletrônica de jurisprudência - volume 00 - parte 1

500
REVISTA ELETRÔNICA DE JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO REVISTA OFICIAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO VOLUME 0 ANO 1 NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2013 As íntegras aqui publicadas correspondem aos seus originais, obtidos junto aos órgãos responsáveis do Tribunal.

Upload: tribunal-de-justica-de-sao-paulo

Post on 01-Apr-2016

250 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Volume nº 00 Nov/Dez - 2013 Parte 1

TRANSCRIPT

  • ISSN 0000-0000

    Repositrio autorizado pelo Supremo Tribunal de Federal,

    conforme Registro n. 000-00, de 00.00.0000

    Repositrio autorizado pelo Superior Tribunal de Justia,

    conforme Registro n. 00, de 00.00.0000

    REVISTA ELETRNICA DE JURISPRUDNCIA DO

    TRIBUNAL DE JUSTIA DE SO PAULO

    REVISTA OFICIAL DO TRIBUNAL DE

    JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO

    VOLUME 0 ANO 1

    NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2013

    As ntegras aqui publicadas correspondem aos seus originais, obtidos junto

    aos rgos responsveis do Tribunal.

  • APRESENTAO

    A Presidncia do Egrgio Tribunal de Justia do Estado de

    So Paulo tem a satisfao de apresentar a primeira edio da Revista

    Eletrnica de Jurisprudncia do Tribunal de Justia de So Paulo.

    A nova publicao vem substituir a tradicional Revista de

    Jurisprudncia do Tribunal de Justia Revista JTJ publicada em papel,

    cuja edio foi descontinuada a partir de outubro de 2012.

    Na esteira da modernizao tecnolgica tornou-se

    indispensvel a criao de uma nova revista, que contivesse rico contedo

    em jurisprudncia, doutrina e noticirio desta Egrgia Corte.

    Com circulao exclusiva no portal do Tribunal de Justia

    na internet poder ser livremente acessada, consultada e colecionada

    gratuitamente.

    Esta uma conquista alcanada graas ao empenho e

    dedicao da valorosa Comisso de Jurisprudncia desta Corte.

    primordial ressaltar que esta novel publicao o

    repositrio oficial da jurisprudncia do Tribunal de Justia de So Paulo,

    que juntamente com a antiga publicao em papel, permanece com a

    mesma qualidade editorial.

    So Paulo, dezembro de 2013

    IVAN RICARDO GARISIO SARTORI

    Presidente do Tribunal de Justia

  • COMISSO DE JURISPRUDNCIA

    Presidente

    Desembargador WALTER DE ALMEIDA GUILHERME Desembargador ALBERTO GENTIL DE ALMEIDA PEDROSO NETO Desembargador ARTUR CSAR BERETTA DA SILVEIRA Desembargador ERICSON MARANHO Desembargador GERALDO FRANCISCO PINHEIRO FRANCO Desembargador ITAMAR GAINO Desembargador RICARDO HENRY MARQUES DIP

  • SUMRIO

    Clique nas chamadas para ser remetido diretamente ao texto

    1- Doutrina 25

    2- Jurisprudncia Cvel:

    3.1- Seo de Direito Privado

    a) Agravos de Instrumento 31

    b) Agravos Regimentais 236

    c) Apelaes 247

    d) Embargos de Declarao 614

    e) Embargos Infringentes 624

    f) Impugnaes ao Valor da Causa 627

    g) Mandados de Segurana 628

    h) Aes Rescisrias 636

    3.2- Seo de Direito Pblico

    a) Agravos de Instrumento 685

    b) Apelaes 733

    c) Apelaes/Reexames Necessrios 855

    d) Aes Rescisrias 882

    e) Conflitos de Competncia 887

    3- Jurisprudncia Criminal:

    a) Agravos em Execuo Penal 894

    b) Apelaes 902

    c) Habeas Corpus 1137

    d) Mandados de Segurana 1164

    e) Recursos em Sentido Estrito 1168

    f) Revises Criminais 1194

    4- Jurisprudncia do rgo Especial:

    a) Aes Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) 1212

    b) Incidentes de Inconstitucionalidade 1292

    c) Conflitos de Competncia 1307

    5- Jurisprudncia da Cmara Especial:

    a) Agravos de Instrumento 1365

    b) Agravos Regimentais 1374

    c) Apelaes 1388

    d) Conflitos de Competncia 1450

    e) Conflitos de Jurisdio 1459

    f) Excees de Suspeio 1462

    g) Habeas Corpus 1480

    h) Revises Criminais 1484

    6- Jurisprudncia do Conselho Superior da Magistratura 1487

    7- Noticirio 1503

  • TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO

    www.tjsp.jus.br

    Composta/Editada pela Equipe da SPr 3.1.2 - Servio de Publicaes

    e Divulgao da Secretaria da Presidncia do Tribunal de Justia

    Praa Dr. Joo Mendes Jr, s/n, Frum Joo Mendes Jr., 19 andar

    sala 1905, So Paulo-SP, 01501-900

    Telefone (11) 2171-6629, Fax (11) 2171-6602

    endereo eletrnico: [email protected]

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia do Tribunal de Justia de So Paulo - Ano I,

    n. 0, nov./dez. 2013 - So Paulo: Tribunal de Justia do Estado, 2013.

    Bimestral.

    Repositrio Oficial da Jurisprudncia do Tribunal de Justia de So Paulo

    1. Direito - jurisprudncia 2. Tribunal de Justia - peridico. I. So Paulo (Esta-

    do). Tribunal de Justia.

    CDU 34(05)

  • TRIBUNAL DE JUSTIA

    CARGOS DE DIREO E DE CPULA

    Presidente

    Desembargador IVAN Ricardo Garisio SARTORI

    Vice-Presidente Desembargador Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINI

    Corregedor-Geral da Justia

    Desembargador Jos RENATO NALINI

    Presidente da Seo de Direito Privado Desembargador Antonio Jos SILVEIRA PAULILO

    Presidente da Seo de Direito Pblico

    Desembargador SAMUEL Alves de Melo JNIOR

    Presidente da Seo Criminal Desembargador Antonio Carlos TRISTO RIBEIRO

    Decano

    Desembargador WALTER de Almeida GUILHERME

    RGO ESPECIAL

    WALTER de Almeida GUILHERME ANTONIO CARLOS MALHEIROS

    Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINI Jos Carlos Gonalves XAVIER DE AQUINO

    Srgio Jacintho GUERRIERI REZENDE Hamilton ELLIOT AKEL

    Regis de CASTILHO BARBOSA Antonio Luiz PIRES NETO

    ANTONIO VILENILSON Vilar Feitosa Fernando Antonio FERREIRA RODRIGUES

    PRICLES de Toledo PIZA Jnior Getlio EVARISTO DOS SANTOS Neto

    SAMUEL Alves de Melo JNIOR

    Carlos Eduardo CAUDURO PADIN Jos RENATO NALINI

    ROBERTO Nussinkis MAC CRACKEN IVAN Ricardo Garisio SARTORI LUS SOARES DE MELLO Neto Paulo Roberto GRAVA BRAZIL

    PAULO Dimas de Bellis MASCARETTI LUS Antonio GANZERLA

    ITAMAR GAINO VANDERCI LVARES

    Jos Henrique ARANTES THEODORO Antonio Carlos TRISTO RIBEIRO

  • CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA

    Presidente Desembargador IVAN Ricardo Garisio SARTORI

    Vice-Presidente

    Desembargador Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINI

    Corregedor-Geral da Justia Desembargador Jos RENATO NALINI

    Decano

    Desembargador WALTER de Almeida GUILHERME

    Presidente da Seo de Direito Privado Desembargador Antonio Jos SILVEIRA PAULILO

    Presidente da Seo de Direito Pblico

    Desembargador SAMUEL Alves de Melo JNIOR

    Presidente da Seo Criminal Desembargador Antonio Carlos TRISTO RIBEIRO

    CMARA ESPECIAL

    (sala 511 2 feira 13:30 horas PJ)

    D e s e m b a r g a d o r WALTER de Almeida GUILHERME

    Desembargador Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINI***

    Desembargador Antonio Jos SILVEIRA PAULILO

    Desembargador SAMUEL Alves de Melo JNIOR

    Desembargador Antonio Carlos TRISTO RIBEIRO

    Desembargador Adalberto Jos Queiroz Telles de CAMARGO ARANHA FILHO**

    Desembargador ROBERTO CARUSO COSTABILE E SOLIMENE**

    Desembargadora CLUDIA GRIECO TABOSA PESSOA**

    Desembargadora CLAUDIA LUCIA FONSECA FANUCCHI**

    Desembargador MARCELO COUTINHO GORDO**

  • COMPOSIO DE GRUPOS E CMARAS DE DIREITO PRIVADO

    1 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 510)

    1 Cmara de Direito Privado (sala 510 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Hamilton ELLIOT AKEL Desembargador LUIZ ANTONIO DE GODOY Desembargador PAULO Eduardo RAZUK*** Desembargador RUI CASCALDI Desembargadora CHRISTINE SANTINI Desembargador CLAUDIO LUIZ BUENO DE GODOY** Desembargador ALCIDES LEOPOLDO E SILVA JNIOR**

    2 Cmara de Direito Privado (sala 511 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador JOS CARLOS FERREIRA ALVES Desembargador Jos Roberto NEVES AMORIM Desembargador JOS JOAQUIM DOS SANTOS*** Desembargador LVARO Augusto dos PASSOS Desembargador Luiz Beethoven GIFFONI FERREIRA Desembargador FLVIO ABRAMOVICI** Desembargador GUILHERME SANTINI TEODORO* Desembargadora MRCIA TESSITORE*

    2 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUINTA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 509)

    3 Cmara de Direito Privado (sala 509 3 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Carlos Eduardo DONEG MORANDINI*** Desembargador Artur Cesar BERETTA DA SILVEIRA Desembargador EGIDIO Jorge GIACOIA Desembargador Dcio Tadeu VIVIANI NICOLAU Desembargador CARLOS ALBERTO DE SALLES Desembargador JOO PAZINE NETO** Desembargador ALEXANDRE AUGUSTO PINTO MOREIRA MARCONDES**

    4 Cmara de Direito Privado (sala 509 5

    feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador NIO Santarelli ZULIANI Desembargador Fernando Antonio MAIA DA CUNHA*** Desembargador Carlos TEIXEIRA LEITE Filho Desembargador FBIO de Oliveira QUADROS Desembargador NATAN ZELINSCHI DE ARRUDA Desembargador CARLOS HENRIQUE MIGUEL TREVISAN** Desembargador MILTON PAULO DE CARVALHO FILHO**

    3 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA E QUINTA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALAS 510 E 511)

    5 Cmara de Direito Privado (sala 511 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Antonio Carlos MATHIAS COLTRO Desembargador ERICKSON GAVAZZA MARQUES Desembargador JOS LUIZ MNACO DA SILVA Desembargador JAMES Alberto SIANO Desembargador JOO FRANCISCO MOREIRA VIEGAS*** Desembargador EDSON LUIZ DE QUEIROZ** Desembargador FABIO HENRIQUE PODEST**

    6 Cmara de Direito Privado (sala 510 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador VITO Jos GUGLIELMI Desembargador Jos Percival ALBANO NOGUEIRA Jnior Desembargador PAULO ALCIDES Amaral Salles Desembargador FRANCISCO Eduardo LOUREIRO Desembargador EDUARDO S PINTO SANDEVILLE*** Desembargador MARCELO FORTES BARBOSA FILHO** Desembargadora ANA LUCIA ROMANHOLE MARTUCCI**

  • 4 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 510)

    7 Cmara de Direito Privado (sala 509 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador LUIZ ANTONIO SILVA COSTA Desembargador MIGUEL ANGELO BRANDI JNIOR*** Desembargador LUIS MARIO GALBETTI Desembargador Henrique NELSON CALANDRA Desembargador CARLOS ALBERTO DE CAMPOS MENDES PEREIRA** Desembargador WALTER ROCHA BARONE** Desembargador RAMON MATEO JNIOR** Desembargador GUILHERME FERREIRA DA CRUZ* Desembargadora MRCIA CARDOSO*

    8 Cmara de Direito Privado (sala 510 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador LUIZ Antonio AMBRA Desembargador Luiz Fernando SALLES ROSSI*** Desembargador PEDRO DE ALCNTARA DA SILVA LEME FILHO Desembargador Joo Batista SILVRIO DA SILVA Desembargador Paulo Roberto GRAVA BRAZIL Desembargador THEODURETO DE ALMEIDA CAMARGO NETO** Desembargador HLIO MARQUES DE FARIA**

    5 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ 6 ANDAR (SALA 612)

    9 Cmara de Direito Privado (sala 622 3 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador ANTONIO VILENILSON Vilar Feitosa Desembargador Walter PIVA RODRIGUES Desembargador GALDINO TOLEDO JNIOR*** Desembargador ALEXANDRE Alves LAZZARINI Desembargador MAURO CONTI MACHADO Desembargadora LUCILA TOLEDO PEDROSO DE BARROS GEVERTZ** Desembargador JOS APARCIO COELHO PRADO NETO** Desembargadora MARIA SILVIA GOMES STERMAN* Desembargador JAYME MARTINS DE OLIVEIRA NETO*

    10 Cmara de Direito Privado (sala 612 3 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador JOO CARLOS SALETTI*** Desembargador ELCIO TRUJILLO Desembargador CSAR CIAMPOLINI NETO Desembargador CARLOS ALBERTO GARBI Desembargador Jos ARALDO da Costa TELLES Desembargador LUIZ ANTONIO COELHO MENDES** Desembargador JOO BATISTA AMORIM DE VILHENA NUNES** Desembargador ROBERTO MAIA FILHO** Desembargadora MRCIA REGINA DALLA DA BARONE**

    6 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 622) QUINTA-FEIRA PJ (SALA 604)

    11 Cmara de Direito Privado (sala 604 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador GILBERTO PINTO DOS SANTOS*** Desembargador GIL Ernesto Gomes COELHO Desembargador WALTER Pinto da FONSECA Filho Desembargador ALBERTO MARINO NETO Desembargador RENATO RANGEL DESINANO Desembargador RMOLO RUSSO JNIOR** Desembargadora CLARICE SALLES DE CARVALHO ROSA**

    12 Cmara de Direito Privado (sala 622 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador JOS REYNALDO Peixoto de Souza Desembargador Luiz Antonio CERQUEIRA LEITE Desembargador JOS JACOB VALENTE*** Desembargadora SANDRA MARIA GALHARDO ESTEVES Desembargador TASSO DUARTE DE MELLO Desembargadora LIDIA MARIA ANDRADE CONCEIO**

  • 7 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 612)

    13 Cmara de Direito Privado (sala 621/623 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargadora ZLIA MARIA ANTUNES ALVES Desembargador Carlos Eduardo CAUDURO PADIN Desembargadora ANA DE LOURDES Coutinho Silva Desembargador HERALDO DE OLIVEIRA Silva*** Desembargador FRANCISCO GIAQUINTO

    14 Cmara de Direito Privado (sala 612 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Everaldo de MELO COLOMBI Desembargador Sebastio THIAGO DE SIQUEIRA*** Desembargadora LIGIA Cristina de ARAJO BISOGNI Desembargador Jos CARDOSO NETO Desembargador CARLOS Henrique ABRO

    8 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ (SALA 504)

    15 Cmara de Direito Privado (sala 509 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Jos ARALDO da Costa TELLES Desembargador Manoel MATTOS FARIA*** Desembargador EDISON VICENTINI BARROSO Desembargador Antonio Mario de CASTRO FIGLIOLA Desembargador ALEXANDRE AUGUSTO PINTO MOREIRA MARCONDES** Desembargador AIRTON PINHEIRO DE CASTRO* Desembargador RONNIE HERBERT BARROS SOARES*

    16 Cmara de Direito Privado (sala 504 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Jos Roberto COUTINHO DE ARRUDA Desembargador JOVINO DE SYLOS Neto Desembargador Jos Maria SIMES DE VERGUEIRO Desembargador MIGUEL PETRONI NETO*** Desembargador LUS FERNANDO Balieiro LODI

    9 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 509)

    17 Cmara de Direito Privado (sala 509 4 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador LUIZ Roberto SABBATO Desembargador Teodozio de SOUZA LOPES*** Desembargador IRINEU JORGE FAVA Desembargador AFONSO CELSO NOGUEIRA BRAZ Desembargador PAULO PASTORE FILHO Desembargadora MONICA SALLES PENNA MACHADO** Desembargadora CLAUDIA SARMENTO MONTELEONE*

    18 Cmara de Direito Privado (sala 622 4 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador CARLOS ALBERTO LOPES Desembargador ROQUE Antonio MESQUITA de Oliveira Desembargador RUBENS CURY Desembargador WILLIAM MARINHO de Faria

  • 10 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 510)

    19 Cmara de Direito Privado (sala 510 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador SEBASTIO Alves JUNQUEIRA Desembargador RICARDO Jos NEGRO Nogueira*** Desembargador JOO CAMILLO DE ALMEIDA PRADO COSTA Desembargador MRIO CARLOS DE OLIVEIRA Desembargador RICARDO PESSOA DE MELLO BELLI

    20 Cmara de Direito Privado (sala 509 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador LVARO TORRES JNIOR Desembargador Luiz CORREIA LIMA Desembargador LUIS CARLOS DE BARROS Desembargador Manoel Ricardo REBELLO PINHO*** Desembargadora MARIA LUCIA RIBEIRO DE CASTRO PIZZOTTI MENDES**

    11 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 622)

    21 Cmara de Direito Privado (sala 622 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador ADEMIR de Carvalho BENEDITO Desembargador Antonio Jos SILVEIRA PAULILO Desembargador ITAMAR GAINO Desembargador VIRGLIO DE OLIVEIRA JNIOR Desembargador Wellington MAIA DA ROCHA*** Desembargador RMULO RUSSO JNIOR** Desembargador ALEXANDRE AUGUSTO PINTO MOREIRA MARCONDES**

    22 Cmara de Direito Privado (sala 510 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Gasto Toledo de CAMPOS MELLO Filho Desembargador Manuel MATHEUS FONTES Desembargador ROBERTO Nussinkis MAC CRACKEN Desembargador THIERS FERNANDES LOBO*** Desembargador SRGIO RUI DA FONSECA Desembargador FBIO GUIDI TABOSA PESSOA**

    12 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 510)

    23 Cmara de Direito Privado (sala 510 4 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Jos Benedito FRANCO DE GODOI*** Desembargador JOS MARCOS MARRONE Desembargador PAULO ROBERTO DE SANTANA Desembargador SERGIO SEIJI SHIMURA Desembargador SEBASTIO FLVIO da Silva Filho

    24 Cmara de Direito Privado (sala 504 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Luiz Augusto de SALLES VIEIRA Desembargador CSAR MECCHI MORALES*** Desembargador PLINIO NOVAES DE ANDRADE JNIOR Desembargador ERSON Teodoro de OLIVEIRA

  • 13 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 621/623)

    25 Cmara de Direito Privado (sala 621/623 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador VANDERCI LVARES Desembargador Vicente Antonio MARCONDES DANGELO Desembargador WALTER CSAR Incontri EXNER Desembargador HUGO CREPALDI NETO*** Desembargador EDGARD Silva ROSA Desembargadora DENISE ANDRA MARTINS RETAMERO**

    26 Cmara de Direito Privado (sala 604 4 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Tarcsio Ferreira VIANNA COTRIM Desembargador Reinaldo FELIPE FERREIRA*** Desembargador RENATO Sandreschi SARTORELLI Desembargador ANTONIO BENEDITO DO NASCIMENTO Desembargador Mrcio Martins BONILHA FILHO Desembargador JOS PAULO CAMARGO MAGANO* Desembargador MARIO CHIUVITE JNIOR*

    14 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ (SALA 621/623)

    27 Cmara de Direito Privado (sala 403 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Paulo Miguel de CAMPOS PETRONI Desembargadora BERENICE MARCONDES CSAR Desembargador GILBERTO GOMES DE MACEDO LEME*** Desembargador ANTONIO CARLOS MORAIS PUCCI Desembargador CLAUDIO HAMILTON BARBOSA

    28 Cmara de Direito Privado (sala 621/623 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador CELSO Jos PIMENTEL Desembargador JLIO dos Santos VIDAL Jnior Desembargador CSAR LACERDA Desembargador MANOEL JUSTINO BEZERRA FILHO*** Desembargador DIMAS RUBENS FONSECA Desembargador GILSON DELGADO MIRANDA**

    15 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 232/236)

    29 Cmara de Direito Privado (sala 232/236 4 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador Manoel de Queiroz PEREIRA CALAS Desembargador Sebastio OSCAR FELTRIN Desembargador FRANCISCO THOMAZ de Carvalho Jnior Desembargador Otacilio FERRAZ FELISARDO*** Desembargadora SILVIA ROCHA Desembargadora HAMID CHARAF BDINE JNIOR**

    30 Cmara de Direito Privado (sala 218/220 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador ORLANDO PISTORESI Desembargador Jos Roberto LINO MACHADO Desembargador CARLOS Alberto RUSSO Desembargador MARCOS Antonio de Oliveira RAMOS Desembargador Alberto de Oliveira ANDRADE NETO***

  • 16 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ (SALA 510) QUINTA-FEIRA PJ (SALA 612)

    31 Cmara de Direito Privado (sala 510 3 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador FRANCISCO Antonio CASCONI Desembargador PAULO Celso AYROSA Monteiro de Andrade*** Desembargador ANTONIO RIGOLIN Desembargador Armando Srgio PRADO DE TOLEDO Desembargador ADILSON DE ARAJO Desembargador HAMID CHARAF BDINE JNIOR**

    32 Cmara de Direito Privado (sala 612 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador RUY COPPOLA Desembargador KIOITSI CHICUTA Desembargador Sidney Roberto ROCHA DE SOUZA Desembargador FRANCISCO OCCHIUTO JNIOR Desembargador Luis FERNANDO NISHI***

    17 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 511)

    33 Cmara de Direito Privado (sala 511 2 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador EROS PICELI*** Desembargador Carlos Alberto de S DUARTE Desembargador LUIZ EURICO Costa Ferrari Desembargador CARLOS NUNES Neto Desembargador MRIO ANTONIO SILVEIRA Desembargador HAMID CHARAF BDINE JNIOR**

    34 Cmara de Direito Privado (sala 510 2 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Luiz Augusto GOMES VARJO*** Desembargador NESTOR DUARTE Desembargadora ROSA MARIA Barreto Borriello DE ANDRADE NERY Desembargadora Maria CRISTINA ZUCCHI Desembargador Cludio Antonio SOARES LEVADA Desembargador HLIO NOGUEIRA**

    18 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 509)

    35 Cmara de Direito Privado (sala 509 2 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador JOS Joaquim Marcondes MALERBI Desembargador Jos Maria MENDES GOMES Desembargador ARTUR MARQUES da Silva Filho*** Desembargador CLVIS CASTELO Desembargador Fernando MELO BUENO Filho

    36 Cmara de Direito Privado (sala 601/602 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Jos Lus PALMA BISSON Desembargador JAYME QUEIROZ Lopes Filho Desembargador Jos Henrique ARANTES THEODORO Desembargador PEDRO Luiz BACCARAT da Silva*** Desembargador RENATO RANGEL DESINANO Desembargador Joo Carlos S MOREIRA DE OLIVEIRA Desembargadora MARIA DE LOURDES LOPEZ GIL CIMINO** Desembargador ALEXANDRE BUCCI*

  • 19 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA OU QUINTA-FEIRA PJ (SALAS 504 ou 511)

    37 Cmara de Direito Privado (sala 504 3 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Antonio DIMAS Cruz CARNEIRO Desembargador JOS TARCISO BERALDO Desembargador ISRAEL GES DOS ANJOS*** Desembargador SRGIO GOMES Desembargador PEDRO YUKIO KODAMA

    38 Cmara de Direito Privado (sala 511 4 feira 14:00 horas PJ)

    Desembargador SPENCER ALMEIDA FERREIRA*** Desembargador FERNANDO LUIZ SASTRE REDONDO Desembargador EDUARDO ALMEIDA PRADO ROCHA DE SIQUEIRA Desembargador FLVIO Cunha da SILVA Desembargador MAURY ngelo BOTTESINI Desembargador CESAR SANTOS PEIXOTO**

    GRUPO DE CMARAS RESERVADAS DE DIREITO EMPRESARIAL

    1 Cmara Reservada de Direito Empresarial (sala 509 5 feira quinzenal 13:30 horas PJ)

    Desembargador Manoel de Queiroz PEREIRA CALAS Desembargador NIO Santarelli ZULIANI Desembargador Fernando Antonio MAIA DA CUNHA*** Desembargador Carlos TEIXEIRA LEITE Filho Desembargador FRANCISCO Eduardo LOUREIRO Desembargador MARCELO FORTES BARBOSA FILHO** Desembargador ALEXANDRE AUGUSTO PINTO MOREIRA MARCONDES**

    2 Cmara Reservada de Direito Empresarial (sala 510 2 feira quinzenal 13:30 horas PJ)

    Desembargador Jos ARALDO da Costa TELLES Desembargador JOS REYNALDO Peixoto de Souza*** Desembargador RICARDO Jos NEGRO Nogueira Desembargador ROBERTO Nussinkis MAC CRACKEN Desembargador LIGIA Cristina de ARAJO BISOGNI Desembargador TASSO DUARTE DE MELO Desembargador FBIO GUIDI TABOSA PESSOA**

    CMARAS EXTRAORDINRIAS DE DIREITO PRIVADO (Resoluo n 608/2013)

    1 Cmara Extraordinria de Direito Privado

    Desembargador NIO Santarelli ZULIANI Desembargador Fernando Antonio MAIA DA CUNHA Desembargador Artur Csar BERETTA DA SILVEIRA Desembargador NATAN ZELINSCHI DE ARRUDA Desembargadora MRCIA REGINA DALLA DA BARONE**

    2 Cmara Extraordinria de Direito Privado

    Desembargador Carlos Eduardo CAUDURO PADIN Desembargador HERALDO DE OLIVEIRA Silva Desembargador FRANCISCO GIAQUINTO Desembargador JOS TARCISO BERALDO Desembargador NELSON JORGE JNIOR**

    3 Cmara Extraordinria de Direito Privado

    Desembargador Fernando MELO BUENO Filho Desembargador RUY COPPOLA Desembargador KIOITSI CHICUTA Desembargador Vicente Antonio MARCODES DANGELO Desembargador HELIO NOGUEIRA** Desembargador TERCIO PIRES**

  • COMPOSIO DE GRUPOS E CMARAS DE DIREITO

    PBLICO

    1 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO TERA-FEIRA PJ (SALA 609)

    1 Cmara de Direito Pblico (sala 609 3 feira 9:30 horas PJ) Desembargador Regis de CASTILHO BARBOSA Desembargador Jos RENATO NALINI Desembargador DANILO PANIZZA Filho*** Desembargador Jos Carlos Gonalves XAVIER DE AQUINO Desembargador LUS FRANCISCO AGUILAR CORTEZ Desembargador VICENTE DE ABREU AMADEI** Desembargador LUS PAULO ALIENDE RIBEIRO**

    2 Cmara de Direito Pblico (sala 604 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador SAMUEL Alves de Melo JNIOR Desembargador Henrique NELSON CALANDRA Desembargadora VERA Lcia ANGRISANI Desembargador RENATO DELBIANCO*** Desembargador JOS LUIZ GERMANO Desembargadora LUCIANA Almeida Prado BRESCIANI Desembargador CLAUDIO AUGUSTO PEDRASSI**

    3 Cmara de Direito Pblico (sala 623 3 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador ANTONIO Carlos MALHEIROS*** Desembargador Luiz Edmundo MARREY UINT Desembargador ARMANDO CAMARGO PEREIRA Desembargador Raymundo AMORIM CANTURIA Desembargador JOS LUIZ GAVIO DE ALMEIDA Desembargador RONALDO ALVES DE ANDRADE**

    2 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALAS 612 E 623)

    4 Cmara de Direito Pblico (sala 612 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Fernando Antonio FERREIRA RODRIGUES Desembargador RICARDO Santos FEITOSA Desembargador RUI STOCO Desembargador OSVALDO MAGALHES Jnior*** Desembargador PAULO BARCELLOS GATTI Desembargadora ANA LUZA LIARTE** Desembargador LUIS FERNANDO CAMARGO DE BARROS VIDAL**

    5 Cmara de Direito Pblico (sala 623 2 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador FERMINO MAGNANI FILHO*** Desembargador FRANCISCO ANTONIO BIANCO NETO Desembargador Jos Helton NOGUEIRA DIEFENTHLER Jnior Desembargador LEONEL CARLOS DA COSTA Desembargador MARCELO Martins BERTHE Desembargadora MARIA LAURA DE ASSIS MOURA TAVARES**

  • 3 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 604/609)

    6 Cmara de Direito Pblico (sala 604 2 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Getlio EVARISTO DOS SANTOS Neto Desembargador Decio LEME DE CAMPOS Jnior Desembargador SIDNEY ROMANO dos Reis*** Desembargador REINALDO MILUZZI Desembargadora MARIA OLVIA PINTO ESTEVES ALVES Desembargadora SILVIA Maria MEIRELLES Novaes de Andrade**

    7 Cmara de Direito Pblico (sala 609 2 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Srgio Jacintho GUERRIERI REZENDE Desembargador MOACIR Andrade PERES Desembargador Sergio COIMBRA SCHMIDT Desembargador PAULO MAGALHES DA COSTA COELHO*** Desembargador EDUARDO CORTEZ DE FREITAS GOUVA Desembargador LUIZ SRGIO FERNANDES DE SOUZA**

    4 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 609)

    8 Cmara de Direito Pblico (sala 609 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador JOO CARLOS GARCIA Desembargador PAULO Dimas de Bellis MASCARETTI Desembargador RUBENS RIHL Pires Corra*** Desembargador JOS JARBAS DE AGUIAR GOMES Desembargador Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINI Desembargadora MARIA CRISTINA COTROFE BIASI** Desembargador JOS DA PONTE NETO* Desembargador MANOEL LUIZ RIBEIRO*

    9 Cmara de Direito Pblico (sala 604 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador DCIO de Moura NOTARANGELI Desembargador OSWALDO LUIZ PALU Desembargador JEFERSON MOREIRA DE CARVALHO*** Desembargador JOO BATISTA MORATO REBOUAS DE CARVALHO Desembargador CARLOS EDUARDO PACHI Desembargador JOS MARIA CMARA JNIOR**

    5 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 511)

    10 Cmara de Direito Pblico (sala 601 2 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador URBANO RUIZ Desembargador ANTONIO Carlos VILLEN Desembargador ANTONIO CELSO AGUILAR CORTEZ*** Desembargador Ricardo Cintra TORRES DE CARVALHO Desembargadora TERESA Cristina Motta RAMOS MARQUES

    11 Cmara de Direito Pblico (sala 511 3 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador AROLDO Mendes VIOTTI Desembargador RICARDO Henry Marques DIP Desembargador Pedro Cauby PIRES DE ARAJO Desembargador LUIS Antonio GANZERLA Desembargador OSCILD DE LIMA JNIOR***

  • 6 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 601)

    12 Cmara de Direito Pblico (sala 612 4 feira 13:00 horas PJ)

    Desembargador OSVALDO Jos de OLIVEIRA Desembargador LUIZ BURZA NETO Desembargador VENCIO Antnio de Paula SALLES Desembargador Jos Manoel RIBEIRO DE PAULA*** Desembargador EDSON FERREIRA da Silva Desembargadora MARIA ISABEL CAPONERO COGAN**

    13 Cmara de Direito Pblico (sala 601 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Augusto Francisco Mota FERRAZ DE ARRUDA Desembargador Jos Roberto PEIRETTI DE GODOY*** Desembargador RICARDO Mair ANAFE Desembargador Dimas BORELLI THOMAZ Junior Desembargador Jos Roberto de SOUZA MEIRELLES

    7 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO QUINTA-FEIRA PJ (SALA 622)

    14 Cmara de Direito Pblico (sala 623 5 feira 14:00 horas PJ)

    Desembargador GERALDO Euclides Araujo XAVIER Desembargador JOO ALBERTO PEZARINI*** Desembargador OCTAVIO AUGUSTO MACHADO DE BARROS FILHO Desembargador HENRIQUE HARRIS JNIOR Desembargador JOS LUIZ GERMANO Desembargador PAULO Srgio Brant de Carvalho GALIZIA Desembargador CLUDIO ANTONIO MARQUES DA SILVA** Desembargadora KENARIK BOUJIKIAN FELIPPE** Desembargador MAURICIO FIORITO** Desembargador NUNCIO THEOPHILO NETO** Desembargador RODOLFO CSAR MILANO* Desembargadora SILVANA MALANDRINO MOLLO*

    15 Cmara de Direito Pblico (sala 622 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Oswaldo ERBETTA FILHO*** Desembargador Antonio Teixeira da SILVA RUSSO Desembargador Srgio Godoy RODRIGUES DE AGUIAR Desembargador EUTLIO Jos PORTO Oliveira Desembargador ARTHUR DEL GURCIO Filho Desembargador ALUSIO SRGIO REZENDE SILVEIRA** Desembargador JOS HENRIQUE FORTES MUNIZ JNIOR**

    18 Cmara de Direito Pblico (sala 612 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador OSVALDO CAPRARO*** Desembargador FRANCISCO OLAVO Guimares Peret Filho Desembargador ROBERTO MARTINS DE SOUZA Desembargadora Maria BEATRIZ Dantas BRAGA Desembargador WANDERLEY JOS FEDERIGHI Desembargador SAMUEL FRANCISCO MOURO NETO** Desembargador JOS LUIZ DE CARVALHO*

  • 8 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO TERA-FEIRA PJ (SALA 601)

    16 Cmara de Direito Pblico (sala 601 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador LUIZ Alberto DE LORENZI Desembargador CYRO Ricardo Saltini BONILHA*** Desembargador JOO NEGRINI Filho Desembargador VALDECIR JOS DO NASCIMENTO Desembargador LUIZ FELIPE NOGUEIRA JNIOR Desembargador VALTER ALEXANDRE MENA** Desembargador ANTONIO TADEU OTTONI** Desembargadora FLORA MARIA NESI TOSSI SILVA**

    17 Cmara de Direito Pblico (sala 601 3 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador ANTONIO Jos Martins MOLITERNO Desembargador RICARDO GRACCHO Desembargador ALBERTO GENTIL de Almeida Pedroso Neto Desembargador ADELdrupes Blaque FERRAZ*** Desembargador ALDEMAR Jos Ferreira da SILVA Desembargador NELSON Paschoal BIAZZI Jnior** Desembargador JOS ROBERTO FURQUIM CABELLA** Desembargador AFONSO CELSO DA SILVA*

    GRUPO ESPECIAL DE CMARAS DE DIREITO AMBIENTAL

    1 Cmara Reservada ao Meio Ambiente (sala 604 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargadora ZLIA MARIA ANTUNES ALVES Desembargador Ricardo Cintra TORRES DE CARVALHO Desembargador RUY ALBERTO LEME CAVALHEIRO Desembargador JOO NEGRINI FILHO*** Desembargador JOO FRANCISCO MOREIRA VIEGAS

    2 Cmara Reservada ao Meio Ambiente (sala 232/236 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Jos Orestes de SOUZA NERY Desembargador PAULO Celso AYROSA Monteiro de Andrade*** Desembargador VERA Lucia ANGRISANI Desembargador PAULO ALCIDES Amaral Salles Desembargador EUTLIO Jos PORTO Oliveira

    COMPOSIO DE GRUPOS E CMARAS DE

    DIREITO CRIMINAL

    1 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 604)

    1 Cmara Criminal (sala 601/602 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador PRICLES de Toledo PIZA Jnior Desembargador MRCIO Orlando BRTOLI Desembargador MARCO Antonio Rodrigues NAHUM Desembargador Luiz Antonio FIGUEIREDO GONALVES Desembargador Mrio DEVIENNE FERRAZ***

    2 Cmara Criminal (sala 604 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Antonio Luiz PIRES NETO Desembargador IVAN MARQUES da Silva Desembargador Antonio de ALMEIDA SAMPAIO Desembargador FRANCISCO ORLANDO DE SOUZA*** Desembargador ALEX TADEU MONTEIRO ZILENOVSKI

  • 2 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS TERA-FEIRA PJ (SALA 407/425)

    3 Cmara Criminal (sala 407/425 3 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador GERALDO Luis WOHLERS Silveira Desembargador LUIZ ANTONIO CARDOSO Desembargador LUIZ TOLOZA NETO Desembargador RUY ALBERTO LEME CAVALHEIRO*** Desembargador Jos AMADO DE FARIA Souza

    4 Cmara Criminal (sala 232/236 3 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador LUIS SOARES DE MELLO Neto Desembargador EUVALDO CHAIB Filho*** Desembargador W ILLIAN Roberto de CAMPOS Desembargador IVAN Ricardo Garisio SARTORI Desembargador EDSON Aparecido BRANDO Desembargadora IVANA DAVID**

    3 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUINTA-FEIRA PJ (SALA 601/602)

    5 Cmara Criminal (sala 232/236 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Jos DAMIO Pinheiro Machado COGAN Desembargador Geraldo Francisco PINHEIRO FRANCO*** Desembargador Antonio Carlos TRISTO RIBEIRO Desembargador SRGIO Antonio RIBAS Desembargador JUVENAL Jos DUARTE

    6 Cmara Criminal (sala 601/602 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador RICARDO Cardozo de Mello TUCUNDUVA Desembargador ERICSON MARANHO Desembargador ANTONIO CARLOS MACHADO DE ANDRADE Desembargador JOS RAUL GAVIO DE ALMEIDA Desembargador MARCO ANTONIO Marques da Silva***

    4 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUINTA-FEIRA PJ (SALA 218/220)

    7 Cmara Criminal (sala 218/220 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Antonio FERNANDO MIRANDA Desembargador FRANCISCO Jos Aguirre MENIN*** Desembargador ROBERTO Mrio MORTARI Desembargador ROBERTO GRASSI NETO Desembargador NELSON FONSECA JNIOR*

    8 Cmara Criminal (sala 202/204 5 feira 13:00 horas PJ)

    Desembargador MARCO ANTONIO Pinheiro Machado COGAN Desembargador Ronaldo Srgio MOREIRA DA SILVA*** Desembargador LOURI Geraldo BARBIERO Desembargador CAMILO LLLIS dos Santos Almeida Desembargador IVO DE ALMEIDA Desembargador LAURO MENS DE MELLO**

  • 5 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUINTA-FEIRA PJ (SALA 511)

    9 Cmara Criminal (sala 511 5 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador Alceu PENTEADO NAVARRO Desembargador Jos Orestes de SOUZA NERY Desembargador Antonio ROBERTO MIDOLLA Desembargador Antonio SRGIO COELHO de Oliveira Desembargador OTVIO HENRIQUE de Sousa Lima***

    10 Cmara Criminal (sala 622 5 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador CARLOS Augusto Lorenzetti BUENO Desembargador FBIO Monteiro GOUVA Desembargador Waldir Sebastio de NUEVO CAMPOS Jnior Desembargadora Maria de Lourdes RACHID VAZ DE ALMEIDA*** Desembargador Francisco Jos GALVO BRUNO

    6 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUARTA-FEIRA PJ (SALA 504/506)

    11 Cmara Criminal (sala 504/506 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador GUILHERME Gonalves STRENGER*** Desembargadora MARIA TEREZA DO AMARAL Desembargador Nilson XAVIER DE SOUZA Desembargador ABEN-ATHAR de Paiva Coutinho Desembargador Renato de SALLES ABREU Filho

    12 Cmara Criminal (sala 202/204 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Carlos VICO MAAS Desembargador JOO Luiz MORENGHI Desembargadora ANGLICA de Maria Mello DE ALMEIDA Desembargador BRENO de Freitas GUIMARES Jnior*** Desembargador PAULO Antonio ROSSI

    7 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUINTA-FEIRA PJ (SALA 403)

    13 Cmara Criminal (sala 403 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Luiz Augusto SAN JUAN FRANA Desembargador Roberto Galvo de FRANA CARVALHO Desembargador REN RICUPERO Desembargador Nilo CARDOSO PERPTUO*** Desembargador Luiz AUGUSTO DE SIQUEIRA Desembargador LAERTE MARRONE DE CASTRO SAMPAIO*

    14 Cmara Criminal (sala 511 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador FERNANDO Antonio TORRES GARCIA Desembargador HERMANN HERSCHANDER Desembargador WALTER DA SILVA Desembargador MARCO ANTONIO DE LORENZI Desembargador MIGUEL MARQUES E SILVA***

  • 8 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS TERA-FEIRA PJ (SALA 218/220)

    15 Cmara Criminal (sala 609 5 feira 13:00 horas PJ)

    Desembargador WALTER DE ALMEIDA GUILHERME Desembargador Fbio POAS LEITO*** Desembargador JAIR MARTINS Desembargador Jos Antonio ENCINAS MANFR Desembargador Jos Antonio DE PAULA SANTOS Neto Desembargador NELSON FONSECA JNIOR*

    16 Cmara Criminal (sala 218/220 3 feira 13:00 horas PJ)

    Desembargador ALBERTO Vigas MARIZ DE OLIVEIRA Desembargador Jos Ruy BORGES PEREIRA Desembargador NEWTON DE OLIVEIRA NEVES Desembargador Otvio Augusto de ALMEIDA TOLEDO Desembargador PEDRO LUIZ AGUIRRE MENIN***

    CMARAS CRIMINAIS EXTRAORDINRIAS (Resoluo n 590/2013)

    1 Cmara Criminal Extraordinria (sala 609 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Waldir Sebastio de NUEVO CAMPOS Jnior*** Desembargador HERMANN HERSCHANDER Desembargador GUILHERME DE SOUZA NUCCI** Desembargador AMABLE LOPEZ SOTO** Desembargador LUIS AUGUSTO DE SAMPAIO ARRUDA**

    2 Cmara Criminal Extraordinria (sala 232/236 6 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador CARLOS Augusto Lorenzetti BUENO*** Desembargador Geraldo Francisco PINHEIRO FRANCO Desembargador FERNANDO GERALDO SIMO** Desembargador AGUINALDO DE FREITAS FILHO** Desembargador EDUARDO CRESCENTI ABDALLA**

    3 Cmara Criminal Extraordinria (sala 232/236 5 feira 14:00 horas PJ)

    Desembargador Jos Orestes de SOUZA NERY*** Desembargador OTVIO HENRIQUE de Sousa Lima Desembargador SILMAR FERNANDES** Desembargador CASSIANO RICARDO ZORZI ROCHA** Desembargador JULIO CAIO FARTO SALLES**

    4 Cmara Criminal Extraordinria (sala

    218/220 5 feira 10:30 horas PJ)

    Desembargador EUVALDO CHAIB Filho*** Desembargador Renato de SALLES ABREU Filho Desembargador MAURCIO VALALA** Desembargador ALEXANDRE CARVALHO E SILVA DE ALMEIDA** Desembargador Csar Augusto ANDRADE DE CASTRO**

    *** Presidente

    ** Juiz de Di rei to Subst i tu to em 2 Grau

    * Juiz Auxi l iar

    PJ Palcio da Justia (Praa da S s/n)

  • JUZES DE DIREITO SUBSTITUTOS DE SEGUNDO GRAU

    (em ordem de antiguidade)

    Nelson Paschoal Biazzi Junior

    Roberto Caruso Costabile e Solimene

    Maria Cristina Cotrofe Biasi

    Lus Paulo Aliende Ribeiro

    Ana Luiza Liarte

    Luiz Antonio Coelho Mendes

    Maria Laura de Assis Moura Tavares

    Theodureto de Almeida Camargo Neto

    Guilherme de Souza Nucci

    Fbio Guidi Tabosa Pessoa

    Valter Alexandre Mena

    Cludia Grieco Tabosa Pessoa

    Fernando Geraldo Simo

    Joo Pazine Neto

    Carlos Henrique Miguel Trevisan

    Luiz Srgio Fernandes de Souza

    Hlio Marques de Faria

    Nelson Jorge Jnior

    Rmolo Russo Jnior

    Maria Lcia Ribeiro de Castro Pizzotti Mendes

    Flvio Abramovici

    Vicente de Abreu Amadei

    Silmar Fernandes

    Adalberto Jos Queiroz Telles de Camargo Aranha Filho

    Antonio Tadeu Ottoni

    Flora Maria Nesi Tossi Silva

    Cludio Luiz Bueno de Godoy

    Jos Roberto Furquim Cabella

    Milton Paulo de Carvalho Filho

    Carlos Alberto de Campos Mendes Pereira

    Samuel Francisco Mouro Neto

    Denise Andra Martins Retamero

    Cludio Augusto Pedrassi

    Edson Luiz de Queiroz

    Roberto Maia Filho

    Cassiano Ricardo Zorzi Rocha

    Ronaldo Alves de Andrade

    Walter Rocha Barone

    Aguinaldo de Freitas Filho

  • Marcelo Fortes Barbosa Filho

    Lucila Toledo Pedroso de Barros

    Kenarik Boujikian Felippe

    Joo Batista Amorim de Vilhena Nunes

    Alcides Leopoldo e Silva Jnior

    Jos Maria Cmara Jnior

    Amable Lopez Soto

    Ramon Mateo Jnior

    Carlos Vieira Von Adamek

    Cludio Antonio Marques da Silva

    Mrcia Regina Dalla Da Barone

    Maurcio Valala

    Hamid Charaf Bdine Jnior

    Jlio Caio Farto Salles

    Maurcio Fiorito

    Cludia Lcia Fonseca Fanucchi

    Cesar Santos Peixoto

    Maria Isabel Caponero Cogan

    Alexandre Carvalho e Silva de Almeida

    Marcelo Coutinho Gordo

    Gilson Delgado Miranda

    Fbio Henrique Podest

    Lus Augusto de Sampaio Arruda

    Eduardo Crescenti Abdalla

    Csar Augusto Andrade de Castro

    Alexandre Augusto Pinto Moreira Marcondes

    Aloisio Srgio Rezende Silveira

    Nuncio Theophilo Neto

    Luis Fernando Camargo de Barros Vidal

    Monica Salles Penna Machado

    Lauro Mens de Mello

    Ana Lucia Romanhole Martucci

    Ricardo Cunha Chimenti

    Jos Henrique Fortes Muniz Jnior

    Ivana David

    Silvia Maria Meirelles Novaes de Andrade

    Lidia Maria Andrade Conceio

    Maria de Lourdes Lopez Gil Cimino

    Hlio Nogueira

    Tercio Pires

    Jos Aparcio Coelho Prado Neto

    Clarice Salles de Carvalho Rosa

  • Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo

    Novembro e Dezembro de 2013

    Dou

    trina

    Ace

    sso a

    o S

    um

    rio

    e-JTJ - 00 25

    DOUTRINA

    DEMOCRACIA, ELEIES E REFORMA POLTICA.

    WALTER DE ALMEIDA GUILHERME

    Desembargador Decano e

    Presidente da Comisso de Jurisprudncia do Tribunal de Justia

    O fenmeno eleitoral constitui o pice do regime democrtico. Disse-

    se mesmo configurar a eleio verdadeira festa cvica (embora, creio, o

    povo, de um modo geral, assim no considere), com os eleitores caminhando

    alegremente para as urnas para exercer o direito e cumprir a obrigao de votar.

    Bem se sabe que a democracia no se esgota no ato de escolha popular

    dos representantes, fazendo-se necessria a presena de outros tantos atributos

    para que se qualifique um regime como democrtico. H quem pense - e no se

    lhe nega razo - que o direito informao componente fundamental de uma

    srie de reflexes-chave para uma boa governana democrtica, como assinalam

    Vincent Defourny (doutor em comunicao e representante da UNESCO no

    Brasil), e Guilherme Canela, cientista poltico e coordenador de comunicao e

    informao da UNESCO no Brasil), em artigo publicado na Revista Eletrnica

    Conjur, lembrando que h 244 anos a Sucia apresentava ao mundo o primeiro

    marco legal de garantia de um direito a ter acesso s informaes produzidas pelo

    Estado e que, quase dois sculos depois, em 1948, as Naes Unidas reconheciam

    o direito informao no artigo 19 da Declarao Universal dos Direito Humanos.

    A sntese dos valores democrticos foi bem exposta pelo legislador constituinte

    brasileiro de 1988, ao descrever os fundamentos da Repblica Federativa do

    Brasil no art. 1, da Constituio Federal, avultando, a meu ver, o da dignidade da

    pessoa humana, por no fazer sentido que o Estado, criado pelo homem, afronte

    sua dignidade ou no estabelea normas legais que cobam o mtuo desrespeito.

    Mas o voto nas eleies como exerccio da soberania popular

    assume mesmo papel essencial para a caracterizao da democracia,

    esta como movimento de desconstituio da autocracia, ou seja,

    como regime que concebe o povo como protagonista e destinatrio.

  • Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo

    Novembro e Dezembro de 2013

    Dou

    trin

    a

    Ace

    sso a

    o S

    um

    rio

    26 e-JTJ - 00

    Embora seja inegvel que o nosso arcabouo legislativo eleitoral avanou

    bastante, desde as primeiras constituies e leis que trataram do tema, o Brasil

    de hoje j no o mesmo e reformas de carter poltico e eleitoral so desejveis,

    ou melhor, ansiadas. Reformas, tanto para fazer com que seja mais efetivo o

    princpio da soberania popular, traduzido na frmula do pargrafo nico do

    artigo 1 da Constituio da Repblica, que declara todo o poder emana do povo,

    que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos

    desta Constituio, quanto para tornar mais gil e eficaz o processo eleitoral.

    Mas ns, brasileiros, queremos um regime democrtico?

    Pesquisa realizada pela ONG chilena Corporacin Latinobarmetro

    revela que o ndice de apoio dos brasileiros democracia diminuiu nove pontos

    percentuais de 2010 para 2011. A queda do apoio democracia no Brasil (de 54%

    para 45%) mais acentuada do que a mdia da regio (Amrica Latina), que caiu

    de 61% para 58%, aps quatro anos de aumento. A reeleio mostrou estar em

    alta na regio, com altos ndices de aprovao, encabeados por Argentina (77%),

    Brasil (72%) e Uruguai (69%). Uruguai e Costa Rica lideram o ranking que indica

    os pases cujos habitantes mais se consideram democrticos. Neste, o Brasil est

    em 10 lugar, como tambm no quesito a respeito da populao que mais rechaa

    a ideia de um governo militar. Foram ouvidas 20.204 pessoas em 18 pases, das

    quais se indagava: Com qual das seguintes frases voc est mais de acordo?

    A democracia prefervel a qualquer outra forma de governo.

    Em algumas circunstncias, um governo

    autoritrio pode ser prefervel a um governo democrtico.

    Para mim, d no mesmo um regime democrtico e um autoritrio.

    Seria o caso de se dar razo a Plato, para quem a democracia

    um regime para sofistas e retricos, e tambm a Winston

    Churchill, a dizer que o pior dos regimes, salvo qualquer outro?

    Ecoa, ainda, no entanto, a exortao final de Abraham Lincoln, no clebre

    discurso de Gettysburg em 1863: Cumpre-nos, antes, a ns os vivos, dedicarmo-

    nos hoje obra inacabada at este ponto to insignemente adiantada pelos que aqui

    combateram. Antes, cumpre-nos a ns os presentes, dedicarmo-nos importante

    tarefa que temos pela frente - que estes mortos venerveis nos inspirem maior

    devoo causa pela qual deram a ltima medida transbordante de devoo - que

    todos ns aqui presentes solenemente admitamos que esses homens no morreram

    em vo, que esta Nao, com a graa de Deus, renasa na liberdade, e que o

  • Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo

    Novembro e Dezembro de 2013

    Dou

    trina

    Ace

    sso a

    o S

    um

    rio

    e-JTJ - 00 27

    governo do povo, pelo povo e para o povo jamais desaparea da face da terra..

    A democracia tem realmente defeitos genticos, como o de no

    oferecer proteo eficaz contra o discurso inverdico (a bem conhecida

    demagogia e a falsa ou irrealizvel promessa) e contra o uso de

    procedimentos democrticos (como as eleies) contra ela prpria.

    A crise da representatividade indubitvel, conspirando sobremodo

    contra o regime democrtico. H um cansao do povo relativamente a seus

    representantes, sobretudo os que compem o Poder Legislativo. Quem ainda

    assiste aos horrios polticos (tanto os partidrios quanto os eleitorais), ao fim de

    alguma exposio de ideias, tomado de um sentimento de descrena e do pouco

    desejo de votar em algum e muito menos de faz-lo em algum partido poltico

    (embora,paradoxalmente,nosejaelevadoonmerodevotosembrancoounulos).

    Talvez, tenha razo Karl Popper, quando afirma que a democracia boa

    no porque represente a vontade do povo, mas porque o sistema que mais facilita

    a remoo de polticas equivocadas e permite mudar governos sem violncia. E

    lembrar com David Deutsch, em The Beginning of Infinity, que A essncia do

    processo decisrio democrtico no a escolha feita pelo sistema eleitoral, mas

    as ideias que se criam entre as eleies (...). Os eleitores no so uma fonte de

    sabedoria da qual as polticas corretas podem ser empiricamente derivadas. Eles

    estotentando,edeformafalvel,explicaromundoe,nesteprocesso,melhor-lo..

    O professor Gaudncio Torquato, jornalista e titular da USP, em O

    Estado de So Paulo, edio de 06 de novembro de 2011, escreve que A

    democracia brasileira acaba sendo percebida pela populao como veculo

    que conduz a vcios, corrupo e manuteno de costumes execrveis.

    Seja como resultado das polticas adotadas, seja pelas idiossincrasias

    do sistema poltico e pela m qualidade de seus principais protagonistas, o

    fato que o Brasil se apresenta como um pas com pouca participao social

    autnoma e uma democracia poltica muito aprisionada aos ritos eleitorais

    (Marco Aurlio Nogueira, professor titular de Teoria Poltica e Diretor do

    Instituto de Polticas Pblicas e Relaes Internacionais da UNESP - artigo

    publicado no jornal O Estado de So Paulo, edio de 28 de abril de 2012).

    O sistema poltico funciona mal. Tem pouca eficincia e est aqum

    do que necessita a sociedade. No reflete seu dinamismo nem capaz de

    assimilar suas agendas. Tem pouca eficincia no processamento dos conflitos

    e das demandas sociais, est corrodo pelo baixo nvel e sobrecarrega as

    operaes governamentais (Marco Aurlio Nogueira, no citado artigo).

  • Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo

    Novembro e Dezembro de 2013

    Dou

    trin

    a

    Ace

    sso a

    o S

    um

    rio

    28 e-JTJ - 00

    Mas ainda que a democracia tenha todas essas mazelas, no h

    outro que fale mais busca da felicidade do que o regime democrtico.

    A busca da felicidade, em rpida digresso, o movimento do ser humano

    mais consistente com a natureza de que ele dotado. Homens e mulheres existem

    para serem felizes. Indo alm de Descartes: penso, logo existo para ser feliz.

    intuitivo, embora, para adornar a afirmao com o peso de um clssico, deva-se

    citar Aristteles, na obra tica a Nicmaco, para quem a felicidade um bem

    supremo que a existncia humana deseja e persegue. de se trazer tona, de dois

    outros clssicos, estes do nosso tempo e brasileiros, para quem a felicidade

    como a pluma que o vento vai levando pelo ar. Voa to leve, mas tem a vida breve,

    precisa que haja vento sem parar. (Tom Jobim e Vinicius de Moraes).Afelicidade

    deixou de ser um direito natural, a partir da Declarao do Estado da Virgnia

    de 16 de junho de 1776, considerada pelos positivistas o marco do nascimento

    dos direito humanos, ganhando seu reconhecimento justamente porque, como

    sintetiza Fbio Konder Comparato, a busca da felicidade repetida na Declarao

    de Independncia dos Estados Unidos (...), a razo de ser imediatamente

    aceitvel por todos os povos, em todas as pocas e civilizaes. uma razo

    universal, como a prpria natureza humana. (Conjur - PEC da felicidade

    positivao de direito reconhecido no resto do mundo - 2010, maio 30).

    Falar de democracia e eleio popular dizer do Direito Eleitoral. E no

    mais como uma especializao do Direito Constitucional, mas sim ramo autnomo

    do Direito Pblico, tal o conjunto de institutos e disposies legais, includos a

    as resolues do Tribunal Superior Eleitoral, que lhe peculiar na atualidade.

    Penso que, completando o art. 1 do Cdigo Eleitoral, pode-se

    afirmar constituir o direito eleitoral um conjunto de normas destinadas a

    regulamentar os direitos polticos dos cidados, alusivamente ao pargrafo

    nico do art. 1 e art. 14, da Constituio da Repblica, o processo eleitoral,

    includos os sistemas eleitorais, a constituio e funcionamento dos

    partidos polticos e a organizao e funcionamento da justia eleitoral.

    No Brasil, a Justia Eleitoral foi instituda pelo Cdigo Eleitoral de 1932

    (uma das pregaes de Getlio Vargas, ao liderar a Revoluo de 1930) e

    constitucionalmente institucionalizada pela Constituio de 1934. Sua criao

    visouasubstituiroentosistemapolticodeaferiodospoderes(feitopelosrgos

    legislativos) pelo sistema jurisdicional, em que se incluiriam todas as atribuies

    referentesaodireitopoltico-eleitoral.oquesedenominadecontenciosoeleitoral.

    H quem se mostre divergente quanto convenincia de uma

    Justia Eleitoral. De fato, no so muitos os pases que deferem a um rgo

  • Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo

    Novembro e Dezembro de 2013

    Dou

    trina

    Ace

    sso a

    o S

    um

    rio

    e-JTJ - 00 29

    especializado do Poder Judicirio, como no Brasil, tudo aquilo que se refira

    ao fenmeno eleitoral, desde o alistamento dos eleitores at a diplomao dos

    eleitos. Sustentam alguns que entregar os atos de administrao da eleio

    ao Poder Judicirio no se faz condizente com sua intrnseca atribuio de

    exerccio da jurisdio, sendo mais lgico que a organizao e a realizao

    das eleies, como um todo, fato medularmente poltico, sejam cometidas

    a um rgo que se paute por critrios polticos, ficando competncia

    do Judicirio, isso sim, dirimir os conflitos jurdicos que dela derivem.

    Acredito, todavia, que, diante do nosso histrico de eleies e do

    prestgio de que desfruta a Justia Eleitoral entre ns, elimin-la no

    soluo satisfatria. Repens-la, em pontos especficos, sim. Em termos

    gerais, no se pode negar que a justia eleitoral trouxe condicionamentos

    benficos a hbitos polticos arraigados na mentalidade predominante.

    Exsurge como tema de Direito Eleitoral, a necessria reforma

    das nossas leis eleitorais bsicas, o Cdigo Eleitoral, a Lei Geral das

    Eleies, a Lei dos Partidos Polticos e a Lei de Inelegibilidades, no af

    de tornar mais efetivo o princpio da soberania popular, de acordo com

    o j citado pargrafo nico do artigo 1 da Constituio da Repblica.

    Mais, porm, do que alterar a legislao eleito-

    ral infraconstitucional, bem melhor seria proceder a uma au-

    tntica reforma poltica, abrangendo questes constitucionais.

    Criaram-se comisses no Senado Federal e na Cmara dos Deputados

    com o fito de oferecer sugestes para reformar tanto a Constituio

    quanto a legislao ordinria, vindo o Congresso Nacional a aprovar

    projeto de lei (PLS 441) que promoveu o que se chamou de minirreforma

    eleitoral. Segundo seu autor, o senador Romero Juc (PMDB-RR), o

    projeto tem por objetivo diminuir os custos das campanhas e garantir

    mais condies de igualdade na disputa eleitoral entre os candidatos.

    Ainda que o PLS 441/2013, que agora segue para a sano presidencial,

    tenha trazido algumas inovaes meritrias, pouco contribui para o aperfeioa-

    mento ou para a democratizao do debate eleitoral. No uma reforma que

    muda as estruturas do sistema eleitoral e do sistema poltico. Seu alcance limi-

    tado, levando o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) a declarar que o Con-

    gresso Nacional perdeu a oportunidade de fazer mudanas mais significativas.

    Pontos centrais, todavia, ficaram intocados, alguns a demandar emendas

    Constituio.

  • Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo

    Novembro e Dezembro de 2013

    Dou

    trin

    a

    Ace

    sso a

    o S

    um

    rio

    30 e-JTJ - 00

    Assim, a adoo do voto facultativo, o financiamento das campanhas po-

    lticas (lembrando que, atualmente, so elas financiadas por dinheiro pblico e

    privado), a proibio de doaes de dinheiro pelas empresas s campanhas elei-

    torais (A Ordem dos Advogados do Brasil props, no Supremo Tribunal Fede-

    ral, ao direta de inconstitucionalidade contra o financiamento de campanhas

    por pessoas jurdicas, entendendo que essas doaes comprometem a higidez do

    processo democrtico, promove a desigualdade poltica e alimenta a corrupo).

    Tambm ficaram de fora do mbito de discusso da reforma no Congresso

    Nacional a alterao do sistema de eleio dos parlamentares (proporcional, com

    ou sem lista partidria distrital, este puro ou misto), a introduo de clusula de

    desempenho partidrio, o fim das coligaes nas eleies proporcionais, a proi-

    bio de reeleio, o tema referente suplncia de senador, a coincidncia das

    eleies, a representao proporcional dos estados na Cmara dos Deputados.

    Em suma, ficaremos mais uma vez espera de uma reforma po-

    ltica que induza o eleitor a acreditar e ter confiana na democracia.

    A est. No tenho um mundo prodigioso em minha cabea,

    ao contrrio de Kafka, em O foguista de Amerika, por isso, ao

    escrever, no me liberto e nem ao libert-lo fao-me em pedaos.

  • Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo

    Novembro e Dezembro de 2013

    Ju

    rispru

    d

    ncia

    - Dire

    ito P

    riva

    do

    A

    ce

    sso a

    o S

    um

    rio

    e-JTJ - 00 31

    SEO DE DIREITO PRIVADO

    Agravos de Instrumento

    ACRDO

    Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento n

    0020992-31.2013.8.26.0000, da Comarca de So Paulo, em que agravante

    NOTRE DAMESEGURADORASA,soagravadosFABIANO MONEGAGLIA

    POLLONI, GIOVANNA POLLONI DE ORNELAS PEDREIRA e ORNELLA

    POLLONI (Voto n 18.866).

    ACORDAM, em 6 Cmara de Direito Privado do Tribunal de Justia de

    So Paulo, proferir a seguinte deciso: Negaram provimento ao recurso. V. U.,

    de conformidade com o voto do Relator, que integra este acrdo.

    O julgamento teve a participao dos Exmos. Desembargadores

    EDUARDO S PINTO SANDEVILLE (Presidente) e FRANCISCO

    LOUREIRO.

    So Paulo, 25 de julho de 2013.

    PERCIVAL NOGUEIRA, Relator

    Ementa: LIQUIDAO DE SENTENA

    CLCULO DO CREDOR DADOS EM PODER DA

    EXECUTADA PRESUNO DE CORREO DOS

    CLCULOS APRESENTADOS PELO CREDOR

    A sano processual para o descumprimento da

    ordem judicial que determina o fornecimento destes

    dados essenciais consiste na presuno de que os

    clculos elaborados pelo credor esto corretos Deciso

    mantida Agravo desprovido.

    VOTO

    Notre Dame Seguradora S.A. interpe o presente agravo de instrumento,

    com pedido de atribuio de efeito suspensivo, contra as r. decises xerocopiadas

    s fls. 706 e 713, tiradas dos autos da Ao de Indenizao por Danos Materiais,

    deflagrada por Fabiano Monegaglia Polloni, Giovanna Polloni de Ornelas

    Pedreira e Ornella Polloni, no ponto que determinou Agravante, providncias

    de depsito da importncia complementar conforme o clculo do credor.

  • Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo

    Novembro e Dezembro de 2013

    Ju

    rispru

    d

    ncia

    - D

    ire

    ito P

    riva

    do

    A

    ce

    sso a

    o S

    um

    rio

    32

    As decises agravadas foram assim concebidas:

    e-JTJ - 00

    Vistos. Anote-se a fase de execuo. Intime-se a r para que proceda ao

    depsito da diferena indicada pelo Banco do Brasil montante depositado

    nos autos (R$ 26.122,18) e a indicada pelos autores, s fls.640/648 (R$

    108.978,27), em 05 dias, sob pena de prosseguimento da execuo. Int..

    E ainda:

    Vistos. Fls.657/659: Deixo de conhecer dos embargos declaratrios,

    pois se trata de mero despacho ordinatrio, no havendo omisso,

    obscuridade ou contradio a ser sanada, utilizando a parte medida

    inadequada para a defesa de seus interesses. Int..

    Inconformada, recorre a Agravante, sustentando que o valor pretendido

    pelos Agravados (superior a cem mil reais), est divorciado dos termos previstos

    no ttulo judicial, cuja parte dispositiva foi clara ao estipular que o reembolso

    das despesas com honorrios mdicos, deve observar a previso do contrato de

    seguro sade.

    Pondera haver depositado o valor integral da condenao, qual seja R$

    24.628,41 (data base dezembro/2011), de modo a ser declarada satisfeita a

    execuo.

    Pede, ao final, o processamento do recurso na forma instrumental,

    ante o fundado e comprovado receio de dano grave ou de difcil reparao,

    bem como seja concedido o efeito suspensivo ao agravo, o qual, por certo,

    ser provido, declarando-se cumprida a condenao imposta Agravante ou,

    subsidiariamente, devido o valor de R$ 2.768,44 (dois mil setecentos e sessenta

    e oito reais e quarenta e quatro centavos) - fls. 18/19.

    Das decises recorridas s partes foram intimadas em 21 de janeiro de

    2013 (fls. 714). O agravo foi interposto no dia 1 de fevereiro p.p. (vide chancela

    mecnica s fls. 02). Cpia das procuraes juntadas s fls. 67 e 180/182 e 15/18.

    O preparo foi recolhido s fls. 20/22.

    Os autos foram encaminhados ao eminente Desembargador Paulo

    Alcides que, despachando no perodo de frias deste Relator, indeferiu o efeito

    suspensivo (fls. 719). Sobrevieram razes de contraminuta (fls. 722/740).

    o relatrio.

    Versam os autos, originariamente, Ao de Indenizao por Danos

    Materiais, julgada parcialmente procedente, nos termos abaixo reproduzidos:

    (...) Isto posto e pelo mais que dos autos consta, JULGO PARCIALMENTE

    PROCEDENTE a ao para condenar a R ao pagamento da quantia

    referente ao instrumentador cirrgico e a reembolsar a R os honorrios

    mdicos efetivamente comprovados e no pagos, conforme previso

    contratual. Condeno a r no pagamento das custas e despesas processuais

  • Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo

    Novembro e Dezembro de 2013

    Ju

    rispru

    d

    ncia

    - Dire

    ito P

    riva

    do

    A

    ce

    sso a

    o S

    um

    rio

    e-JTJ - 00 33

    e honorrios advocatcios que fixo em 10% do valor da causa (fls. 194).

    Interpostos Recursos de Apelao, a sentena restou confirmada,

    sobrevindo o trnsito em julgado do decisum (fls. 394).

    Iniciada a fase de liquidao de sentena, os Agravados peticionaram

    requisitando a intimao da empresa de Seguro Sade, para que esta apresentasse

    os clculos detalhados (fls. 398/400 e 407/408).

    De fato, embora os Agravados tenham trazido aos autos a descrio dos

    servios e valores cobrados a ttulo de honorrios mdicos, cada operadora

    utiliza sua frmula de clculo para o reembolso, no raro composta de inmeros

    elementos e varivel conforme o seguro escolhido.

    Os exequentes, reiteraram a manifestao no sentido de que os dados

    necessrios para a realizao dos clculos (tabela de honorrios mdicos), se

    achavam sob o controle da operadora de Seguro Sade (417/420).

    Nesse mesmo vrtice, confiram-se, ainda as manifestaes de fls. 430/432,

    436/437, 452/453.

    Mais adiante, a Seguradora depositou a importncia de R$ 24.628,41 e

    ingressou com a impugnao que alude o art. 475-J, CPC, sem indicar qualquer

    especificidade do dbito, seja no tocante tabela de honorrios, seja o percentual

    a ser reembolsado (fls. 467/477).

    Persistindo a dificuldade na elaborao dos clculos, mesmo aps a

    manifestao da contadoria judicial (fls. 580), a Agravante foi intimada, em duas

    oportunidades distintas, a apresentar o clculo do valor devido considerando o

    total das despesas do autor (...) aplicando-se os limites do contrato (fls. 562), e

    ainda o que necessita a executada fazer simples: trazer uma planilha clara,

    por um lado, relacionando em uma coluna cada uma das despesas realizadas

    pelos autores, conforme relao de fls. 497/498 e documentos de fls. 458/466,

    que totalizam o valor de R$ 50.750,00, e de outro, em coluna paralela, indicar

    o percentual pago de cada uma das referidas despesas, conforme limites

    contratuais, que a parte afirma resultar naquele total de R$ 37.200,00. (fls.

    680).

    Desrespeitado o dever de cooperao (vide fls. 637, aqui fls. 690), restou

    configurada a situao descrita no artigo 475-B, pargrafo 2, CPC, que assim

    dispe:

    Art. 475-B. Quando a determinao do valor da condenao depender

    apenas de clculo aritmtico, o credor requerer o cumprimento da

    sentena, na forma do art. 475-J desta Lei, instruindo o pedido com a

    memria discriminada e atualizada do clculo.

    1 Quando a elaborao da memria do clculo depender de dados

    existentes em poder do devedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento

    do credor, poder requisit-los, fixando prazo de at trinta dias para o

  • Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo

    Novembro e Dezembro de 2013

    Ju

    rispru

    d

    ncia

    - D

    ire

    ito P

    riva

    do

    A

    ce

    sso a

    o S

    um

    rio

    34

    cumprimento da diligncia.

    e-JTJ - 00

    2 Se os dados no forem, injustificadamente, apresentados pelo

    devedor, reputar-se-o corretos os clculos apresentados pelo credor,

    e, se no o forem pelo terceiro, configurar-se- a situao prevista no

    art. 362.

    Ora, tratando-se de dever dirigido executada, que tem por escopo

    garantir a efetiva tutela jurisdicional executiva, a sano processual para o

    descumprimento da ordem judicial, consiste na presuno de que os clculos

    elaborados pelo credor esto corretos.

    A propsito do tema:

    (...) Se os dados se acham sob o controle do devedor, o no cumprimento

    da ordem judicial redundar na sano de reputarem-se corretos os

    clculos apresentados pelo credor. Tal como se passa com a ao

    de prestao de contas, o executado perder o direito de impugnar o

    levantamento da parte contrria. (Humberto Theodoro Junior, Curso de

    Direito Processual Civil, Volume II, 34 ed., Forense, p. 90).

    E ainda:

    Se os dados no forem apresentados pelo executado com a apresentao

    de justificativa plausvel, sero reputados corretos pelo juiz os clculos

    apresentados pelo exequente. (...) A justificativa do executado com

    argumentos e provas convincentes essencial para que o juiz no aceite

    os clculos apresentados pelo exequente (Antnio Carlos Marcato,

    Cdigo de Processo Civil Interpretado, Ed. Atlas, 3 Edio Rev. e Atual.,

    p. 1.558).

    Quando a elaborao da memria do clculo depender de dados

    existentes em poder do devedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento do

    credor poder requisit-los, fixando prazo de at 30 (trinta) dias para o

    cumprimento da diligncia; se os dados no forem, injustificadamente,

    apresentados pelo devedor, reputar-se-o corretos os clculos

    apresentados pelo credor e a resistncia do terceiro ser considerada

    desobedincia, sem prejuzo da apreenso do documento se assim o

    credor o indicar (Luiz Fux, in Curso de Direito Processual Civil, 3 ed.;

    Forense, p. 1262).

    Com essas consideraes, meu voto nega provimento ao recurso.

    ACRDO

    Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento

  • Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo

    Novembro e Dezembro de 2013

    Ju

    rispru

    d

    ncia

    - Dire

    ito P

    riva

    do

    A

    ce

    sso a

    o S

    um

    rio

    e-JTJ - 00 35

    n 0022278-44.2013.8.26.0000, da Comarca de So Paulo, em que

    agravante TINER CAMPO BELO EMPREENDIMENTOS IMOBILIRIOS

    RESIDENCIAIS SPE LTDA, agravado FERNANDO LUIZ BENTO PIRR.

    (Voto n: 0263)

    ACORDAM, em 3 Cmara de Direito Privado do Tribunal de Justia de

    So Paulo, proferir a seguinte deciso: Negaram provimento ao recurso. V. U.,

    de conformidade com o voto do Relator, que integra este acrdo.

    O julgamento teve a participao dos Exmos. Desembargadores DONEG

    MORANDINI (Presidente) e BERETTA DA SILVEIRA.

    So Paulo, 2 de julho de 2013

    CARLOS ALBERTO DE SALLES, Relator

    Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO - Cautelar

    inominada - Contrato de promessa de compra e venda

    - Concedida liminar para suspenso da exigibilidade

    de parcelas mediante depsito em cauo do valor em

    aberto - Insurgncia em face da deciso que rejeitou a

    preliminar de inpcia da inicial, tendo ainda deferido

    a substituio da cauo em dinheiro por fiana

    bancria.

    Preliminar de intempestividade Inocorrncia -

    Embargos de declarao que interrompem o prazo

    para a interposio de agravo de instrumento, ainda

    que tenham sido rejeitados (art. 538, CPC).

    Inpcia da inicial Inocorrncia Desnecessidade de

    o valor da causa da cautelar corresponder ao

    benefcio econmico pretendido na ao principal

    Inaplicabilidade do art. 50, Lei 10.931/2004 Aplicao

    dos arts. 258, 259, 295, pargrafo nico, 801, CPC.

    Cauo para deferimento da liminar - Substituio de

    dinheiro por fiana bancria - Possibilidade - Escolha

    que cabe ao caucionante Interpretao do art. 50, 2,

    Lei 10.931/2004 luz do art. 827, CPC. Recurso a que

    se nega provimento.

    VOTO

    Trata-se de agravo de instrumento tirado contra deciso de fls. 356,

    integrada pela de fls. 425/427 que, em cautelar inominada, deferiu a substituio

    de cauo inicialmente prestada em dinheiro por fiana bancria, e afastou a

  • Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo

    Novembro e Dezembro de 2013

    Ju

    rispru

    d

    ncia

    - D

    ire

    ito P

    riva

    do

    A

    ce

    sso a

    o S

    um

    rio

    36

    preliminar de inpcia da petio inicial.

    e-JTJ - 00

    Pleiteia o agravante a reforma do decisum alegando, em sntese, que

    ao que versa sobre alienao imobiliria deveria indicar precisamente o valor

    controvertido (art. 50, Lei 10.931/2004). Argumentou, outrossim, que somente

    seria cabvel cauo em dinheiro no caso (art. 50, 2, Lei 10.931/2004).

    No foi concedido o efeito suspensivo requerido, por v. deciso proferida

    pelo Exmo. Des. Jesus Lofrano, j aposentado (fls. 455).

    Apresentada contraminuta (fls. 458/492), encontram-se os autos em

    termos de julgamento.

    o relatrio.

    No merece prosperar o inconformismo, pelos fundamentos que seguem.

    Da tempestividade do recurso

    Em sua contraminuta, sustentou o agravado que o recurso seria

    intempestivo (fls. 472/475), uma vez que os embargos de declarao opostos em

    face da r. deciso agravada seriam na realidade mero pedido de reconsiderao

    no tendo, portanto, o condo de interromper o prazo para a interposio de

    recursos.

    No entanto, a jurisprudncia do E. Superior Tribunal de Justia, cuja

    orientao vem sendo acolhida por esta C. Cmara, fixou entendimento de que

    a oposio de embargos de declarao somente no interrompe o prazo para a

    interposio de outros recursos caso os primeiros venham a no ser conhecidos

    por intempestividade o que no corresponde hiptese dos autos. Nesse sentido:

    EMBARGOS DE DECLARAO. ALEGADA VIOLAO DO ARTIGO

    535 DO CPC. CONTRADIO EXTERNA. IMPOSSIBILIDADE.

    () 3. A oposio dos embargos de declarao interrompe o prazo para

    interposio de outros recursos (art. 538 do CPC), salvo nos casos em

    que estes no so conhecidos por intempestividade, o que no o caso

    dos autos.

    4. Inexiste interesse de recorrer por parte da Unio, pois o acrdo

    embargado decidiu nos termos em que pretendido no recurso especial:

    a incidncia do imposto de renda sobre os juros de mora quando essa

    tributao ocorrer sobre importncia principal.

    5. Embargos de declarao rejeitados (EDcl no AgRg nos EDcl no

    AgRg no REsp 1234337/RS, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA

    TURMA, julgado em

    21/05/2013, DJe 28/05/2013 sem destaque no original).

    AGRAVO. AO DE INDENIZAO SECURITRIA. Deciso

    que no conheceu do segundo recurso de embargos declaratrios,

    determinando a certificao do trnsito em julgado da sentena.

  • Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo

    Novembro e Dezembro de 2013

    Ju

    rispru

    d

    ncia

    - Dire

    ito P

    riva

    do

    A

    ce

    sso a

    o S

    um

    rio

    e-JTJ - 00 37

    Inconformismo. Acolhimento. Embargos declaratrios que interrompem

    o prazo para interposio de outros recursos, independentemente de

    seu conhecimento. Exegese do art. 538 do CPC. Precedentes. Deciso

    reformada. Recurso provido (TJSP, 3 Cmara de Direito Privado,

    agravo de instrumento n 0256198-59.2012.8.26.0000, rel. des. Viviani

    Nicolau, j. 26.2.2013 sem destaque no original).

    Superada a preliminar, passa-se ao exame do mrito do recurso.

    Da inaplicabilidade do art. 50, Lei n 10.931/2004 a cautelares.

    A agravante pretende a reforma da r. deciso agravada ao fundamento de

    que a petio inicial seria inepta, por no ter observado a disposio do art. 50

    da Lei n 10.931/2004 (Nas aes judiciais que tenham por objeto obrigao

    decorrente de emprstimo, financiamento ou alienao imobilirios, o autor

    dever discriminar na petio inicial, dentre as obrigaes contratuais, aquelas

    que pretende controverter, quantificando o valor incontroverso, sob pena de

    inpcia).

    Entretanto, a ao de origem cautelar, em que no se discute propriamente

    alienao imobiliria, como sustenta a agravante, mas se busca apenas assegurar

    efetividade de futura ao revisional de contrato. A respeito, pertinente a lio

    de Kazuo Watanabe:

    () na tutela cautelar, segundo a doutrina dominante, h apenas a

    concesso de medidas colaterais que, diante da situao objetiva de

    perigo, procuram preservar as provas ou a assegurar a frutuosidade

    do provimento da ao principal. No dotado, assim, de carter

    satisfativo, a menos que se aceite, como o fazemos, a existncia de direito

    substancial de cautela, que satisfeito pelo provimento concessivo da

    tutela cautelar. (Tutela antecipatria e tutela especfica das obrigaes

    de fazer e no fazer arts. - 273 e 461, CPC. Obtido em www.rtoline.com.

    br, p. 11 do arquivo eletrnico. Publicao original: Revista de

    Direito do Consumidor, 19:1996 - sem destaque no original).

    Portanto, revela-se descabida a afirmao de que deveria ser aplicado o

    art. 50 da Lei n 10.931/2004 ao caso, uma vez que a discusso a respeito do

    valor controvertido ser profunda e exaurientemente desenvolvida apenas na

    ao principal, que se destinar reviso do contrato inicialmente entabulado

    pelas partes.

    Assim sendo, no h que se falar em inpcia da petio inicial, uma vez

    que aplicvel ao caso o disposto no art. 295, pargrafo nico, do Cdigo de

    Processo Civil.

    Para que no restem dvidas, esclarece-se que o E. Superior Tribunal

    de Justia e esta C. Cmara tm decidido pela desnecessidade de o valor da

    causa nas cautelares corresponder ao proveito econmico que se espera da ao

  • Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo

    Novembro e Dezembro de 2013

    Ju

    rispru

    d

    ncia

    - D

    ire

    ito P

    riva

    do

    A

    ce

    sso a

    o S

    um

    rio

    38

    principal (arts. 258, 259 e 801, CPC). Nesse sentido:

    e- JTJ - 00

    Processual civil. Licitao. Ao cautelar. Valor da causa.

    Correspondncia com o valor da ao principal: desnecessidade.

    Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento (AgRg

    no AREsp 200.684/MG, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI,

    PRIMEIRA TURMA, julgado em 28/08/2012, DJe 04/09/2012 sem

    destaque no original).

    AGRAVO PROTESTO CONTRA ALIENAO E BENS. Deciso que

    determinou a correo do valor da causa para adequ-lo ao proveito

    econmico pretendido. Inconformismo. Acolhimento. Ao principal

    e cautelar que veiculam pretenses diversas. Desnecessidade do valor

    da causa da cautelar refletir o valor do bem jurdico da principal.

    Precedentes. Deciso reformada. Recurso provido (TJSP, 3 Cmara de

    Direito Privado, agravo de instrumento n 0024524-13.2013.8.26.0000,

    rel. des. Viviani Nicolau, j. 5.3.2013 sem destaque no original).

    Da compatibilidade entre as disposies do art. 50, 2, Lei 10.931/2004

    e art. 827, CPC

    A agravante pleiteia ainda a reforma da r. deciso agravada ao fundamento

    de que o art. 50, 2, da Lei n 10.931/2004 estabeleceria que o nico tipo de

    cauo possvel nas aes de alienao imobiliria seria o depsito em dinheiro

    (A exigibilidade do valor controvertido poder ser suspensa mediante depsito

    do montante correspondente, no tempo e modo contratados).

    Entretanto, tampouco merece reparo a r. deciso agravada nesse ponto.

    que o dispositivo invocado pela agravante deve ser interpretado a partir

    de enfoques teleolgico e sistemtico, no literalmente como se pretende no

    recurso.

    Evidencia-se, desse modo, que a lei disse menos do que poderia, uma vez

    que o objetivo da norma guarnecer o incorporador que se veja no polo passivo

    de demanda contra o risco de inviabilidade do negcio, caso, durante o curso do

    processo, seja concedida liminar autorizando o adquirente a deixar de arcar com

    as parcelas do preo.

    Se assim , ento evidentemente que se deve permitir a aplicao do

    art. 827 do Cdigo de Processo Civil ao caso, pois referido escopo tambm

    alcanado pela garantia consubstanciada na fiana bancria. Nesse sentido:

    AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO

    CIVIL. EXECUO DE TTULO EXTRAJUDICIAL. OFERECIMENTO

    DE CAUO SUBSTITUTIVA. ADEQUAO E SUFICINCIA DE

    CARTA DE FIANA. NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E

    PROVAS. INVIABILIDADE. SMULA 07/STJ. ART. 587 DO CPC.

    EXECUO TORNADA DEFINITIVA. INEXIGIBILIDADE DE

  • Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo

    Novembro e Dezembro de 2013

    Ju

    rispru

    d

    ncia

    - Dire

    ito P

    riva

    do

    A

    ce

    sso a

    o S

    um

    rio

    e- JTJ - 00 39

    CAUO. EXCESSO DE EXECUO. FUNDAMENTO INATACADO.

    SMULA 283/STF.

    1. A agravante no trouxe argumentos novos capazes de infirmar os

    fundamentos que aliceraram a deciso agravada, razo que enseja a

    negativa de provimento ao agravo regimental.

    2. Se o Tribunal estadual asseverou a adequao e suficincia da

    carta de fiana apresentada, sendo idnea para servir de cauo

    substitutiva, a inverso do julgado, no ponto, encontra bice na Smula

    07 do STJ. () (AgRg no Ag 1243624/SP, Rel. Ministro VASCO

    DELLA GIUSTINA (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/

    RS), TERCEIRA TURMA, julgado em 14/09/2010, DJe 20/09/2010 sem

    destaque no original).

    Por fim, eventual insuficincia da garantia prestada luz da matria

    discutida na ao revisional no comporta apreciao nessa sede.

    Pelo exposto, nega-se provimento ao recurso.

    ACRDO

    Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento

    n 0023658-05.2013.8.26.0000, da Comarca de Santa Branca, em que so

    agravantes ANTONIO CARLOS TEIXEIRA DE ANDRADE (ESPLIO) e

    TERESINHA VILELLA DE ANDRADE (INVENTARIANTE), agravado

    FAZENDA DO ESTADO DE SO PAULO. (Voto n 4264).

    ACORDAM, em 8 Cmara de Direito Privado do Tribunal de Justia de

    So Paulo, proferir a seguinte deciso: Deram provimento em parte ao recurso.

    V. U., de conformidade com o voto do Relator, que integra este acrdo.

    O julgamento teve a participao dos Exmos. Desembargadores SALLES

    ROSSI (Presidente sem voto), SILVRIO DA SILVA E THEODURETO

    CAMARGO.

    So Paulo, 31 de julho de 2013

    PEDRO DE ALCNTARA DA SILVA LEME FILHO, Relator

    Ementa: Arrolamento. Imposto de transmisso causa

    mortis. Deciso que determinou o recolhimento do

    imposto devido e indicado pelo Fisco. Formalidade

    burocrtica descabida. Hiptese em que, com a

    oportuna e necessria interveno da Fazenda, a

    conferncia da exatido do recolhimento do tributo

  • Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo

    Novembro e Dezembro de 2013

    Ju

    rispru

    d

    ncia

    - D

    ire

    ito P

    riva

    do

    A

    ce

    sso a

    o S

    um

    rio

    40 e-JTJ - 00

    haveria de ser adequadamente promovida no mbito

    administrativo, sem embaraar o andamento do

    processo. Arts. 1.034 e 1.031, 2, do CPC. Deciso

    reformada. Agravo parcialmente provido.

    VOTO

    Agravo de instrumento interposto contra deciso (fls. 14) que, nos autos

    de arrolamento, determinou o cumprimento do recolhimento da diferena do

    imposto causa mortis.

    As razes do agravo aduzem que a determinao do cumprimento da

    Portaria CAT 15/03, na qual os interessados tero que recolher a diferena

    referente complementao do imposto causa mortis, antes mesmo de ser

    decidida a questo na esfera administrativa, causar enormes prejuzos. Afirmam

    que o presente caso se trata de arrolamento, onde em estrita conformidade com

    os ditames contidos no art. 1034 do Cdigo de Processo Civil, preceitua que

    no arrolamento no sero conhecidas ou apreciadas as questes relativas ao

    lanamento, ao pagamento ou quitao de taxas judicirias e de tributos.

    Recurso processado com atribuio de efeito suspensivo (fls. 69) e

    respondido (fls. 75/89).

    o relatrio.

    O agravante afirma que o ITCMD foi recolhido em estrita conformidade

    com o determinado no CTN , ou seja, de acordo com o valor venal atribudo

    para o Imposto Territorial Rural ITR, para o exerccio de 2011, ano do bito do

    inventariante. Afirma que o fisco pretende eleger o valor trs vezes maior que o

    valor venal, e, portanto, inteiramente equivocada a deciso.

    O inconformismo convence, em parte.

    Pela interpretao harmnica do art. 1.034 c/c o art. 1.031, 2, do

    CPC, normas da legislao federal, que, no campo processual, obviamente tm

    prevalncia sobre a legislao estadual, a questo tributria no deve embaraar

    a mais rpida ultimao dos arrolamentos, claro que sem omitir a oportunidade

    de a Fazenda Estadual, nos prprios autos, manifestar-se expressamente a

    respeito.

    O que no se pode conceber a paralisao do processo, a fim de que

    seja, a pretexto de observncia de normas estaduais de interesse do Fisco,

    previamente instaurado um procedimento administrativo de cunho burocrtico

    e formalista, que s viria a travar o andamento e o trmino do arrolamento, que

    a lei processual quis mais gil e clere.

    No se deve olvidar que eventuais direitos de crdito tributrio do Fisco

    Estadual continuaro resguardados e podero ser apurados, reclamados e

    satisfeitos na via administrativa (art. 1.034, 2, do C.P.C.), sem prejuzo do

  • Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo

    Novembro e Dezembro de 2013

    Ju

    rispru

    d

    ncia

    - Dire

    ito P

    riva

    do

    A

    ce

    sso a

    o S

    um

    rio

    e-JTJ - 00 41

    normal encerramento do arrolamento.

    O Colendo Superior Tribunal de Justia, no aresto supramencionado

    (R.T. 739/209), deixou assentado, em acrdo relatado pelo eminente Ministro

    SLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, merecer prestgio, mesmo na

    vigncia da Lei n 9.280/96, que alterou o art. 1.031, CPC, a jurisprudncia

    desse Tribunal no sentido de no se admitir, no arrolamento, questionamentos

    acerca do pagamento de tributos relativos transmisso.

    Em esclarecedor voto vogal, o nclito Ministro RUY ROSADO DE

    AGUIAR, acrescentou a propsito da alterao havida com o pargrafo 2

    introduzido no art. 1.031: essa interpretao literal, contudo, no se afeioa

    ao sistema de controle judicial e simplificao dos instrumentos processuais, a

    recomendar que todas as questes concernentes ao arrolamento sejam resolvidas

    pelo juiz, e, preferentemente, no prprio processo instaurado, salvo matria de

    alta indagao. Por isso, quero ressaltar que caber ao juiz do arrolamento

    apreciar eventual negativa da Fazenda quanto comprovao do pagamento

    dos tributos decorrentes da partilha, e decidir sobre a expedio ou no dos

    atos respectivos. E isso significa que o juiz, para esse fim, dever apreciar a

    questo fiscal e decidir sobre ela, pois essa deciso sobre a expedio do formal

    ser sempre judicial, ainda que haja manifestao contrria da Fazenda. por

    isso que a interpretao do art. 1.034 do CPC deve ser feita, a partir de agora,

    penso eu, com essa restrio.

    Em hiptese anloga, j decidiu esta Cmara, em acrdo subscrito pelo

    eminente Des. SALLES ROSSI (Agravo de Instrumento n 990.10.111410-

    0, Santos, j. 30.06.2010, v.u.), cujos fundamentos, por pertinentes, so

    integralmente adotados:

    de clareza meridiana que no escapa a obrigao do pagamento e

    lanamento dos tributos decorrente da transmisso da propriedade dos bens,

    pelo motivo do falecimento do autor da herana.

    Todavia, a discusso acerca de seu teor, indubitavelmente, extrapola o

    limite objetivo da causa em ao de arrolamento, de rito sumrio, que deve ter

    curso muito mais clere que o inventrio, de rito ordinrio, segundo expe o

    artigo 1.034 do Cdigo de Processo Civil, a saber:

    ... Art. 1.034. No arrolamento, no sero conhecidas ou apreciadas

    questes relativas ao lanamento, ao pagamento ou quitao de taxas

    judicirias e de tributos incidentes sobre a transmisso da propriedade dos

    bens do esplio. (Redao dada pela Lei n 7.019, de 31.8.1982)

    1 A taxa judiciria, se devida, ser calculada com base no

    valor atribudo pelos herdeiros, cabendo ao fisco, se apurar em processo

    administrativo valor diverso do estimado, exigir a eventual diferena pelos

    meios adequados ao lanamento de crditos tributrios em geral. (Includo

  • Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo

    Novembro e Dezembro de 2013

    Ju

    rispru

    d

    ncia

    - D

    ire

    ito P

    riva

    do

    A

    ce

    sso a

    o S

    um

    rio

    42

    pela Lei n 7.019, de 31.8.1982).

    e-JTJ - 00

    2 O imposto de transmisso ser objeto de lanamento administrativo,

    conforme dispuser a legislao tributria, no ficando as autoridades

    fazendrias adstritas aos valores dos bens do esplio atribudos pelos

    herdeiros. (Includo pela Lei n 7.019, de 31.8.1982)... (original no grifado)

    A interpretao sistemtica e teleolgica da norma propende ao entendimento

    de que o chamamento da autoridade fazendria consiste apenas a tomar

    conhecimento dos dados franqueados pelo contribuinte e, no caso de haver

    desiderato impugnativo deve proceder busca do reconhecimento de sua

    pretenso, pela via administrativa ou judicial apropriada, em outra relao

    jurdica processual.

    Outrossim, o meio pelo qual o contribuinte apresenta as informaes

    tributrias faculdade atribuda exclusivamente ao seu crivo, seja a forma

    tradicional de se dirigir pessoal e fisicamente ao rgo competente, seja a nova

    modalidade virtual junto ao Posto Fiscal Eletrnico (www.pfe.fazenda.sp.gov.

    br), atravs da digitalizao dos elementos probatrios documentais.

    Destarte, qualquer interveno na liberdade da vontade da parte mostra-

    se arbitrria e ilegal, uma vez que o prprio regulamento da matria autoriza a

    escolha seletiva da declarao tributria, como reza a disposio da Portaria

    CAT-5, de 22 de janeiro de 2.007:

    ... Artigo 1 - Antes da lavratura de escritura pblica, nas hipteses

    previstas nos artigos 982 e 1.124-A do Cdigo de Processo Civil, na redao

    dada pela Lei federal 11.441, de 4 de janeiro de 2007, devem ser apresentados

    no Posto Fiscal da rea da localizao do tabelio eleito para a realizao de

    tal ato pelo interessado:

    I - na hiptese de transmisso causa mortis:

    a) a declarao do ITCMD, com o valor atribudo aos bens ou direitos

    objetos da transmisso;

    b) o demonstrativo do ITCMD;

    c) o comprovante de recolhimento do ITCMD - causa mortis por

    meio da Guia de Arrecadao Estadual - GAREITCMD;

    d) os documentos relacionados no Anexo VIII da Portaria CAT-15, de 6

    de fevereiro de 2003, quando aplicveis;

    e) os Anexos I a V da Portaria CAT-15, de 6 de fevereiro de 2003,

    quando aplicveis se houver;

    f) a minuta da escritura pblica do ato e