revista eletrônica de jurisprudência do tribunal de ... · josé henrique arantes theodoro...

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REVISTA ELETRÔNICA DE JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO REVISTA OFICIAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO VOLUME 8 – ANO 2 MARÇO E ABRIL DE 2015 As íntegras aqui publicadas correspondem aos seus originais, obtidos junto aos órgãos responsáveis do Tribunal.

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ISSN 0000-0000

REVISTA ELETRNICA DE JURISPRUDNCIA DO

TRIBUNAL DE JUSTIA DE SO PAULO

REVISTA OFICIAL DO TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO

VOLUME 8 ANO 2

MARO E ABRIL DE 2015

Repositrio autorizado pelo Supremo Tribunal de Federal,conforme Registro n. 000-00, de 00.00.0000

Repositrio autorizado pelo Superior Tribunal de Justia,conforme Registro n. 00, de 00.00.0000

As ntegras aqui publicadas correspondem aos seus originais, obtidos junto aos rgos responsveis do Tribunal.

COMISSO DE JURISPRUDNCIA

PresidenteDesembargador SRGIO JACINTHO GUERRIERI REZENDE

Desembargador ALBERTO GENTIL DE ALMEIDA PEDROSO NETODesembargador ARTUR CSAR BERETTA DA SILVEIRADesembargador ERICSON MARANHODesembargador ITAMAR GAINODesembargador RICARDO HENRY MARQUES DIPDesembargador RONALDO SRGIO MOREIRA DA SILVA

SUMRIOClique nas chamadas para ser remetido diretamente ao texto

1- Doutrina 272- Jurisprudncia Cvel:

Seo de Direito Privado: a) Agravos de Instrumento 53b) Agravos Regimentais 118c) Apelaes 121d) Embargos de Declarao 378e) Embargos Infringentes 380f) Impugnaes ao Valor da Causa 385Seo de Direito Pblicoa) Aes Rescisrias 391b) Agravos de Instrumento 397c) Agravos Regimentais 437d) Apelaes 439e) Apelaes/Reexames Necessrios 533f) Conflitos de Competncia 562g) Mandados de Segurana 566h) Reexames Necessrios 567

3- Jurisprudncia Criminal:a) Agravos em Execuo Penal 572b) Apelaes 586c) Cartas Testemunhveis 686d) Correies Parciais 689e) Embargos Infringentes 693f) Habeas Corpus 700g) Mandados de Segurana 708h) Recursos em Sentodio Estrito 728i) Revises Criminais 746

4- Jurisprudncia do rgo Especial: a) Aes Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) 748 b) Agravos Regimentais 835 c) Arguies de Inconstitucionalidade 842 d) Conflitos de Competncia 858 e) Mandados de Injuno 8805- Jurisprudncia da Cmara Especial: a) Apelaes 885 b) Conflitos de Competncia 911 c) Conflitos de Jurisdio 9476- Conselho Superior da Magistratura 9517- Noticirio 982

TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO

www.tjsp.jus.br

Composta/Editada pela Equipe da DGJUD 1.2 - Servio de Publica-es e Divulgao - Presidncia do Tribunal de Justia

Praa Dr. Joo Mendes, s/n, Frum Joo Mendes Jr., 19 andarsala 1905, So Paulo-SP, 01501-900Telefone (11) 2171-6629, Fax (11) 2171-6602endereo eletrnico: [email protected]

Revista Eletrnica de Jurisprudncia do Tribunal de Justia de So Paulo - Ano II, n. 8, mar./abr. 2015 - So Paulo: Tribunal de Justia do Estado, 2015.

Bimestral.

Repositrio Oficial da Jurisprudncia do Tribunal de Justia de So Paulo

1. Direito - jurisprudncia 2. Tribunal de Justia - peridico. I. So Paulo (Esta-do). Tribunal de Justia.

CDU 34(05)

TRIBUNAL DE JUSTIA

CARGOS DE DIREO E DE CPULA

PresidenteDesembargador Jos RENATO NALINI

Vice-PresidenteDesembargador EROS PICELI

Corregedor-Geral da JustiaDesembargador Hamilton ELLIOT AKEL

Presidente da Seo de Direito PrivadoDesembargador ARTUR MARQUES da Silva Filho

Presidente da Seo de Direito PblicoDesembargador RICARDO Mair ANAFE

Presidente da Seo de Direito CriminalDesembargador Geraldo Francisco PINHEIRO FRANCO

DecanoDesembargador Srgio Jacintho GUERRIERI REZENDE

RGO ESPECIALSrgio Jacintho GUERRIERI REZENDE

Jos Carlos Gonalves XAVIER DE AQUINOHamilton ELLIOT AKEL

ANTONIO CARLOS MALHEIROSMOACIR Andrade PERES

Fernando Antonio FERREIRA RODRIGUESPRICLES de Toledo PIZA Jnior

Getlio EVARISTO DOS SANTOS NetoMRCIO Orlando BARTOLIJOO CARLOS SALETTI

ROBERTO Mrio MORTARILUIZ Antonio AMBRA

FRANCISCO Antonio CASCONI

Jos RENATO NALINIPAULO DIMAS de Bellis MASCARETTI

VANDERCI LVARESJos Henrique ARANTES THEODORO

Antonio Carlos TRISTO RIBEIROEROS PICELI

ANTONIO CARLOS VILLENADEMIR de Carvalho BENEDITO

LUIZ ANTONIO DE GODOYJos Roberto NEVES AMORIM

Dimas BORELLI THOMAZ JniorJOO NEGRINI Filho

CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURAPresidente

Desembargador Jos RENATO NALINI

Vice-PresidenteDesembargador EROS PICELI

Corregedor-Geral da JustiaDesembargador Hamilton ELLIOT AKEL

Presidente da Seo de Direito PrivadoDesembargador ARTUR MARQUES da Silva Filho

Presidente da Seo de Direito PblicoDesembargador RICARDO Mair ANAFE

Presidente da Seo de Direito CriminalDesembargador Geraldo Francisco PINHEIRO FRANCO

DecanoDesembargador Srgio Jacintho GUERRIERI REZENDE

CMARA ESPECIAL

(sala 511 2 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador EROS PICELI***

Desembargador Srgio Jacintho GUERRIERI REZENDE

Desembargador ARTUR MAQUES da Si lva Fi lho

Desembargador Geraldo Francisco PINHEIRO FRANCO

Desembargador RICARDO Mair ANAFE

Desembargador ADALBERTO JOS QUEIROZ TELLES DE CAMARGO ARANHA FILHO**

Desembargador ROBERTO MAIA FILHO**

Desembargador WALTER ROCHA BARONE**

Desembargador MARCELO COUTINHO GORDO**

Desembargador CARLOS DIAS MOTTA**

Desembargador IASIN ISSA AHMED**

COMPOSIO DE GRUPOS E CMARAS DE DIREITO PRIVADO

1 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 510)

1 Cmara de Direito Privado (sala 510 3 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador LUIZ ANTONIO DE GODOY***Desembargador RUI CASCALDIDesembargador FRANCISCO Eduardo LOUREIRODesembargadora CHRISTINE SANTINIDesembargador CLAUDIO LUIZ BUENO DE GODOYDesembargador ALCIDES LEOPOLDO E SILVA JNIOR**

2 Cmara de Direito Privado (sala 511 3 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador JOS CARLOS FERREIRA ALVES***Desembargador Jos Roberto NEVES AMORIMDesembargador JOS JOAQUIM DOS SANTOSDesembargador LVARO Augusto dos PASSOSDesembargador Luiz Beethoven GIFFONI FERREIRADesembargadora ROSANGELA MARIA TELLES**Desembargadora MARCIA TESSITORE*Desembargador GUILHERME SANTINI TEODORO*

2 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUINTA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 509)

3 Cmara de Direito Privado (sala 509 3 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Carlos Eduardo DONEG MORANDINI***Desembargador Artur Cesar BERETTA DA SILVEIRADesembargador EGIDIO Jorge GIACOIADesembargador Dcio Tadeu VIVIANI NICOLAUDesembargador CARLOS ALBERTO DE SALLESDesembargadora MRCIA REGINA DALLA DA BARONE**Desembargador ALEXANDRE AUGUSTO PINTO MOREIRA MARCONDES**

4 Cmara de Direito Privado (sala 509 5 feira 10:00 horas PJ)

Desembargador ENIO Santarelli ZULIANIDesembargador Fernando Antonio MAIA DA CUNHADesembargador Carlos TEIXEIRA LEITE FilhoDesembargador FBIO de Oliveira QUADROS***Desembargador NATAN ZELINSCHI DE ARRUDADesembargador MILTON PAULO DE CARVALHO FILHO**

3 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA EQUINTA-FEIRA PJ (SALA DISPONVEL)

5 Cmara de Direito Privado (sala 511 4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Antonio Carlos MATHIAS COLTRODesembargador ERICKSON GAVAZZA MARQUESDesembargador JOS LUIZ MNACO DA SILVADesembargador JAMES Alberto SIANO***Desembargador JOO FRANCISCO MOREIRA VIEGASDesembargador EDSON LUIZ DE QUEIRZ**Desembargador FABIO HENRIQUE PODEST**

6 Cmara de Direito Privado (sala 510 5 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador VITO Jos GUGLIELMIDesembargador Jos Percival ALBANO NOGUEIRA Jnior***Desembargador PAULO ALCIDES Amaral SallesDesembargador EDUARDO S PINTO SANDEVILLEDesembargador JOS ROBERTO FURQUIM CABELLADesembargador MARCELO FORTES BARBOSA FILHO**Desembargadora ANA LUCIA ROMANHOLE MARTUCCI**

4 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 509)

7 Cmara de Direito Privado (sala 509 4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador LUIZ ANTONIO SILVA COSTADesembargador MIGUEL ANGELO BRANDI JNIORDesembargador LUIS MARIO GALBETTI***Desembargadora MARY GRNDesembargador RMOLO RUSSO JNIORDesembargador CARLOS ALBERTO DE CAMPOS MENDES PEREIRA**Desembargador RAMON MATEO JNIOR**

8 Cmara de Direito Privado (sala 407/425 4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador LUIZ Antonio AMBRADesembargador Paulo Roberto GRAVA BRASIL***Desembargador Luiz Fernando SALLES ROSSIDesembargador PEDRO DE ALCNTARA DA SILVA LEME FILHODesembargador Joo Batista SILVRIO DA SILVADesembargador GUILHERME FERREIRA DA CRUZ*

5 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ 2 ANDAR (SALA 211/213)

9 Cmara de Direito Privado (sala 404 3 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Walter PIVA RODRIGUESDesembargador GALDINO TOLEDO JNIORDesembargador MAURO CONTI MACHADODesembargador ALEXANDRE Alves LAZZARINI***Desembargador THEODURETO de Almeida CAMARGO NetoDesembargadora LUCILA TOLEDO PEDROSO DE BARROS**Desembargador JOS APARICIO COELHO PRADO NETO**Desembargador JAYME MARTINS DE OLIVEIRA NETO*Desembargadora MARIA SILVIA GOMES STERMAN*Desembargador ALEXANDRE BUCCI*

10 Cmara de Direito Privado (sala 211 3 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador JOO CARLOS SALETTIDesembargador Jos ARALDO da Costa TELLES***Desembargador ELCIO TRUJILLODesembargador CESAR CIAMPOLINI NETODesembargador CARLOS ALBERTO GARBIDesembargador JOO BATISTA DE MELLO PAULA LIMA**

6 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA OUQUINTA-FEIRA PJ 6 ANDAR (SALAS 604 OU 622)

11 Cmara de Direito Privado (sala 217 5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador GILBERTO PINTO DOS SANTOS***Desembargador WALTER Pinto da FONSECA FilhoDesembargador GIL Ernesto Gomes COELHODesembargador RENATO RANGEL DESINANODesembargador ALBERTO MARINO NETO

12 Cmara de Direito Privado (sala 404 4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Luiz Antonio CERQUEIRA LEITEDesembargador JOS JACOB VALENTE***Desembargador TASSO DUARTE DE MELODesembargadora SANDRA MARIA GALHARDO ESTEVESDesembargador Antonio Mrio de CASTRO FIGLIOLIADesembargadora MRCIA CARDOSO*

7 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALAS 621/623)

13 Cmara de Direito Privado (salas 621/623 4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Carlos Eduardo CAUDURO PADIN***Desembargadora ANA DE LOURDES Coutinho Silva da FonsecaDesembargador HERALDO DE OLIVEIRA SilvaDesembargador FRANCISCO GIAQUINTODesembargadora NELSON JORGE JNIORDesembargadora CLAUDIA SARMENTO MONTELEONE*

14 Cmara de Direito Privado (sala 211 4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Everaldo de MELO COLOMBIDesembargador Sebastio THIAGO DE SIQUEIRADesembargadora LIGIA Cristina de ARAJO BISOGNIDesembargador CARLOS Henrique ABRO***Desembargador MAURICIO PESSOA

8 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ (SALA 504 OU 509)

15 Cmara de Direito Privado (sala 509 3 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Hamilton ELLIOT AKELDesembargador EDISON VICENTINI BARROSODesembargador Luiz Antonio COLEHO MENDESDesembargador JOS WAGNER DE OLIVEIRA MELATTO PEIXOTODesembargadora DENISE ANDRA MARTINS RETAMERO**Desembargador JAIRO OLIVEIRA JNIOR**Desembargador LUIZ FERNANDO PINTO ARCURI*

16 Cmara de Direito Privado (sala 504 3 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Jos Roberto COUTINHO DE ARRUDADesembargador JOVINO DE SYLOS Neto***Desembargador Jos Maria SIMES DE VERGUEIRODesembargador MIGUEL PETRONI NETODesembargador LUS FERNANDO Balieiro LODI

9 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 622)

17 Cmara de Direito Privado (sala 509 4 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador HENRIQUE NELSON CALANDRADesembargador Teodozio de SOUZA LOPESDesembargador IRINEU JORGE FAVADesembargador AFONSO Celso Nogueira BRAZ***Desembargador PAULO PASTORE FILHODesembargadora CLAUDIA SARMENTO MONTELEONE*

18 Cmara de Direito Privado (sala 404 4 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador CARLOS ALBERTO LOPESDesembargador ROQUE Antonio MESQUITA de OliveiraDesembargador WILLIAM MARINHO de Faria***Desembargador HENRIQUE RODRIGUERO CLAVISIODesembargador HELIO Marques de FARIADesembargador DIMITRIOS ZARVOS VARELLIS*

10 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 509)

19 Cmara de Direito Privado (sala 510 2 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador SEBASTIO Alves JUNQUEIRADesembargador RICARDO Jos NEGRO NogueiraDesembargador JOO CAMILLO DE ALMEIDA PRADO COSTADesembargador MRIO CARLOS DE OLIVEIRADesembargador RICARDO PESSOA DE MELLO BELLI***

20 Cmara de Direito Privado (sala 509 2 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador LVARO TORRES JNIORDesembargador Luiz CORREIA LIMA***Desembargador LUIS CARLOS DE BARROSDesembargador Manoel Ricardo REBELLO PINHODesembargador ALBERTO GOSSON Jorge Jnior

11 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA OU QUINTA-FEIRA PJ (SALAS 622/510)

21 Cmara de Direito Privado (sala 404 2 feira 14:00 horas PJ)

Desembargador ADEMIR de Carvalho BENEDITODesembargador Antonio Jos SILVEIRA PAULILO***Desembargador ITAMAR GAINODesembargador VIRGLIO DE OLIVEIRA JNIORDesembargador Wellington MAIA DA ROCHA

22 Cmara de Direito Privado (sala 510 5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Gasto Toledo de CAMPOS MELLO FilhoDesembargador Manuel MATHEUS FONTESDesembargador THIERS FERNANDES LOBODesembargador ROBERTO Nussinkis MAC CRACKENDesembargador SRGIO RUI DA FONSECA***Desembargador HLIO NOGUEIRA**

12 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA OU QUINTA-FEIRA PJ (SALAS 510/504)

23 Cmara de Direito Privado (sala 621 4 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Jos Benedito FRANCO DE GODOIDesembargador JOS MARCOS MARRONEDesembargador SEBASTIO FLVIO da Silva Filho***Desembargador PAULO ROBERTO DE SANTANADesembargador SRGIO SEIJI SHIMURADesembargador MARCOS GOZZO**

24 Cmara de Direito Privado (sala 504 5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Luiz Augusto de SALLES VIEIRA***Desembargador PLINIO NOVAES DE ANDRADE JNIORDesembargador ERSON Teodoro de OLIVEIRADesembargadora CLAUDIA GRIECO TABOSA PESSOADesembargador JOO BATISTA AMORIM DE VILHENA NUNES**

13 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 621/623)

25 Cmara de Direito Privado (sala 621/623 5 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador VANDERCI LVARES***Desembargador Vicente Antonio MARCONDES DANGELODesembargador HUGO CREPALDI NETODesembargador CLUDIO HAMILTON BarbosaDesembargador EDGARD Silva ROSADesembargadora CARMEN LUCIA DA SILVA**

26 Cmara de Direito Privado (sala 217 4 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador RENATO Sandreschi SARTORELLIDesembargador Tarcsio Ferreira VIANNA COTRIMDesembargador Reinaldo FELIPE FERREIRA***Desembargador ANTONIO BENEDITO DO NASCIMENTODesembargador Mrcio Martins BONILHA FILHODesembargador JOS PAULO CAMARGO MAGANO*

14 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ (SALAS 621/623)

27 Cmara de Direito Privado (sala 403 3 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador JOS RENATO NALINIDesembargador Paulo Miguel de CAMPOS PETRONI***Desembargadora ANA CATARINA STRAUCHDesembargadora DAISE FAJARDO NOGUEIRA JACOTDesembargador SAMUEL FRANCISCO MOURO NETO**Desembargador SRGIO LEITE ALFIERI FILHO**

28 Cmara de Direito Privado (salas 621/623 3 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador CELSO Jos PIMENTELDesembargadora BERENICE MARCONDES CESARDesembargador CESAR LACERDADesembargador DIMAS RUBENS FONSECA***Desembargador CSAR LUIZ DE ALMEIDADesembargador GILSON DELGADO MIRANDA**Desembargador MARIO CHIUVITE JNIOR*

15 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALAS 232/236)

29 Cmara de Direito Privado (salas 232/236 4 feira 10:00 horas PJ)

Desembargador Manoel de Queiroz PEREIRA CALAS***Desembargador FRANCISCO THOMAZ de Carvalho JniorDesembargadora SILVIA ROCHADesembargador FBIO Guidi TABOSA PessoaDesembargador CARLOS HENRIQUE MIGUEL TREVISANDesembargador HAMID CHARAF BDINE JNIOR**Desembargador THEMSTOCLES BARBOSA FERREIRA NETO**

30 Cmara de Direito Privado (salas 218/220 4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Jos Roberto LINO MACHADODesembargador CARLOS Alberto RUSSODesembargador MARCOS Antonio de Oliveira RAMOSDesembargador Alberto de Oliveira ANDRADE NETO***Desembargadora MARIA LCIA Ribeiro de Castro PIZZOTTI MendesDesembargadora MONICA SALLES PENNA MACHADO**

16 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA OU QUINTA-FEIRA PJ (SALAS 510 OU 612)

31 Cmara de Direito Privado (sala 510 3 feira 10:00 horas PJ)

Desembargador FRANCISCO Antonio CASCONIDesembargador PAULO Celso AYROSA Monteiro de AndradeDesembargador ANTONIO RIGOLIN***Desembargador ADILSON DE ARAUJODesembargador CARLOS NUNES Neto

32 Cmara de Direito Privado (sala 211/213 5 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador RUY COPPOLADesembargador KIOITSI CHICUTADesembargador FRANCISCO OCCHIUTO JNIOR***Desembargador Luis FERNANDO NISHIDesembargador CAIO MARCELO MENDES DE OLIVEIRA

17 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 510)

33 Cmara de Direito Privado (sala 511 2 feira 10:00 horas PJ)

Desembargador EROS PICELIDesembargador Carlos Alberto de S DUARTEDesembargador LUIZ EURICO Costa Ferrari***Desembargador CARLOS NUNES NetoDesembargador MARIO ANTONIO SILVEIRADesembargadora MARIA CLAUDIA BEDOTTI*

34 Cmara de Direito Privado (sala 510 2 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Luiz Augusto GOMES VARJO***Desembargador NESTOR DUARTEDesembargadora Maria CRISTINA ZUCCHIDesembargador Cludio Antonio SOARES LEVADADesembargador ANTONIO TADEU OTTONI

18 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 509)

35 Cmara de Direito Privado (sala 509 2 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador ARTUR MARQUES da Silva FilhoDesembargador Fernando MELO BUENO Filho***Desembargador GILBERTO GOMES DE MACEDO LEMEDesembargador ANTONIO CARLOS MORAIS PUCCIDesembargador FLVIO ABRAMOVICIDesembargador GILSON DELGADO MIRANDA**

36 Cmara de Direito Privado (salas 201/203 5 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador JAYME QUEIROZ Lopes FilhoDesembargador Jos Henrique ARANTES THEODORODesembargador PEDRO Luiz BACCARAT da SilvaDesembargador WALTER CESAR Incontri EXNER***Desembargadora MARIA DE LOURDES LOPEZ GIL CIMINO**Desembargador ALEXANDRE BUCCI*

19 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA OUQUARTA-FEIRA PJ (SALAS 504/511)

37 Cmara de Direito Privado (sala 504 3 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador SRGIO GOMESDesembargador JOS TARCISO BERALDODesembargador ISRAEL GES DOS ANJOSDesembargador PEDRO YUKIO KODAMA***Desembargador JOO PAZINE NETO

38 Cmara de Direito Privado (sala 511 4 feira 14:00 horas PJ)

Desembargador EDUARDO Almeida Prado Rocha de SIQUEIRADesembargador SPENCER ALMEIDA FERREIRA***Desembargador FERNANDO LUIZ SASTRE REDONDODesembargador FLVIO Cunha da SILVADesembargador ACHILE Mario ALESINA JniorDesembargador CSAR SANTOS PEIXOTO**

GRUPO DE CMARAS RESERVADAS DE DIREITO EMPRESARIAL

1 Cmara Reservada de Direito Empresarial (salas 509 4 feira quinzenal 13:30 horas PJ)

Desembargador Manoel de Queiroz PEREIRA CALASDesembargador ENIO Santarelli ZULIANIDesembargador Fernando Antonio MAIA DA CUNHADesembargador Carlos TEIXEIRA LEITE FilhoDesembargador FRANCISCO Eduardo LOUREIRO***Desembargador CLUDIO LUIZ BUENO DE GODOY**Desembargador MARCELO FORTES BARBOSA FILHO**

2 Cmara Reservada de Direito Empresarial (sala 510 2 feira quinzenal 13:30 horas PJ)

Desembargador JOS REYNALDO Peixoto de Souza***Desembargador RICARDO Jos NEGRO NogueiraDesembargador CARLOS ALBERTO GARBIDesembargador CAIO MARCELO MENDES DE OLIVEIRADesembargador FBIO Guidi TABOSA PessoaDesembargador RAMON MATEO JNIOR**

CMARAS EXTRAORDINRIAS DE DIREITO PRIVADO(Resoluo n 643/2014)

4 Cmara Extraordinria de Direito Privado

Desembargador LUIZ Antonio AMBRADesembargador Paulo Roberto GRAVA BRAZILDesembargador Luiz Fernando SALLES ROSSI***Desembargador Mauro CONTI MACHADODesembargador Joo Batista SILVRIO DA SILVA

5 Cmara Extraordinria de Direito Privado

Desembargador ENIO Sanatarelli ZULIANIDesembargador NATAN ZELINSCHI de ArrudaDesembargador PAULO ALCIDES Amaral SallesDesembargador JAMES Alberto SIANODesembargador CARLOS HENRIQUE MIGUEL TREVISAN

6 Cmara Extraordinria de Direito Privado

Desembargador Everaldo de MELO COLOMBIDesembargador Sebastio THIAGO DE SIQUEIRADesembargadora LIGIA Cristina de ARAJO BISOGNIDesembargador CARLOS Henrique ABRO***

7 Cmara Extraordinria de Direito Privado

Desembargador Jos Roberto COUTINHO DE ARRUDA***Desembargador JOVINO DE SYLOS NetoDesembargador Jos Maria SIMES DE VERGUEIRODesembargador MIGUEL PETRONI NETODesembargador MARCELO FORTES BARBOSA FILHO**

8 Cmara Extraordinria de Direito Privado

Desembargador Jos Benedito FRANCO DE GODOI***Desembargador JOS JACOB VALENTEDesembargador RAMON MATEO JNIOR**Desembargador FBIO HENRIQUE PODEST**Desembragador JOS APARICIO COELHO PRADO NETO**

9 Cmara Extraordinria de Direito Privado

Desembargador PAULO Celso AYROSA Monteiro de AndradeDesembargador ANTONIO RIGOLINDesembargador ADILSON DE ARAUJODesembargador Luis FERNANDO NISHI

10 Cmara Extraordinria de Direito Privado

Desembargador LUIZ EURICO Costa Ferrari***Desembargador CESAR LACERDADesembargador Jos Henrique ARANTES THEODORODesembargador MARIO ANTONIO SILVEIRADesembargador Joo Carlos S MOREIRA DE OLIVEIRA

11 Cmara Extraordinria de Direito Privado

Desembargador Reinaldo FELIPE FERREIRA***Desembargador LEONEL CARLOS DA COSTADesembargador EDGARD Silva ROSADesembargador Mrcio Martins BONILHA FILHO

12 Cmara Extraordinria de Direito Privado

Desembargador ARTUR MARQUES da Silva Filho***Desembargador EROS PICELIDesembargadora DENISE ANDRA MARTINS RETAMERO**Desembargadora KENARIK BOUJIKIAN**Desembargador TERCIO PIRES**Desembargador ALFREDO ATTI JNIOR**

CMARAS EXTRAORDINRIAS DE DIREITO PRIVADO(Resoluo n 668/2014)

13 Cmara Extraordinria de Direito Privado

Desembargador LUIZ Antonio AMBRADesembargador Paulo Roberto GRAVA BRAZILDesembargador Luiz Fernando SALLES ROSSIDesembargador Mauro CONTI MACHADODesembargador MILTON PAULO DE CARVALHO FILHO**

14 Cmara Extraordinria de Direito Privado

Desembargador JAMES Alberto SIANODesembargador EDSON LUIZ DE QUEIRZ**Desembargador FABIO HENRIQUE PODEST**Desembargador JOS APARICIO COELHO PRADO NETO**Desembargador AIRTON PINHEIRO DE CASTRO*

15 Cmara Extraordinria de Direito Privado

Desembargador ADEMIR de Carvalho BENEDITODesembargador Antonio Jos SILVEIRA PAULILO***Desembargador ITAMAR GAINODesembargador VIRGLIO DE OLIVEIRA JNIORDesembargador Wellington MAIA DA ROCHA

16 Cmara Extraordinria de Direito Privado

Desembargador HERALDO DE OLIVEIRA Silva***Desembargador Jos JACOB VALENTEDesembargador SRGIO Seiji SHIMURADesembargador JOS TARCISO BERALDODesembargador JOO PAZINE NETO

18 Cmara Extraordinria de Direito Privado

Desembargador LUIZ EURICO Costa Ferrari***Desembargador CESAR LACERDADesembargador Jos Henrique ARANTES THEODORODesembargador MARIO ANTONIO SILVEIRADesembargador Joo Carlos S MOREIRA DE OLIVEIRA

19 Cmara Extraordinria de Direito Privado

Desembargador Fernando MELO BUENO Filho***Desembargador Reinaldo FELIPE FERREIRADesembargador Vicente Antonio MARCONDES DANGELODesembargador FLVIO ABRAMOVICIDesembargador DIMITRIOS ZARVOS VARELLIS*

COMPOSIO DE GRUPOS E CMARAS DE DIREITO PBLICO

1 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO TERA-FEIRA PJ (SALA 609)

1 Cmara de Direito Pblico (sala 227 3 feira 10:00 horas PJ)

Desembargador Jos Carlos Gonalves XAVIER DE AQUINO***Desembargador DANILO PANIZZA FilhoDesembargador LUS FRANCISCO AGUILAR CORTEZDesembargador Lus Paulo ALIENDE RIBEIRODesembargador VICENTE DE ABREU AMADEIDesembaragador MARCOS PIMENTEL TAMASSIA**

2 Cmara de Direito Pblico (sala 217/219 3 feira 13:30 horas PJ)

Desembargadora VERA Lcia ANGRISANIDesembargador RENATO DELBIANCODesembargador JOS LUIZ GERMANO***Desembargadora LUCIANA Almeida Prado BRESCIANI***Desembargador CARLOS Alberto Mousinho dos Santos Monteiro VIOLANTEDesembargador CLAUDIO AUGUSTO PEDRASSI**

3 Cmara de Direito Pblico (sala 623 3 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador ANTONIO Carlos MALHEIROS***Desembargador JOS LUIZ GAVIO DE ALMEIDADesembargador Raymundo AMORIM CANTURIADesembargador Luiz Edmundo MARREY UINTDesembargador ARMANDO CAMARGO PEREIRADesembargador RONALDO ALVES DE ANDRADE**Desembargador MAURCIO FIORITO**

2 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 612)

4 Cmara de Direito Pblico (sala 211/213 2 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Fernando Antonio FERREIRA RODRIGUESDesembargador RICARDO Santos FEITOSADesembargador OSVALDO MAGALHES JniorDesembargador PAULO BARCELLOS GATTIDesembargadora ANA Luiza LIARTE***Desembargador LUIS FERNANDO CAMARGO DE BARROS VIDAL**

5 Cmara de Direito Pblico (sala 623 2 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador FERMINO MAGNANI FILHODesembargador FRANCISCO ANTONIO BIANCO NETODesembargador Jos Helton NOGUEIRA DIEFENTHLER JniorDesembargador MARCELO Martins BERTHEDesembargadora MARIA LAURA de Assis Moura TAVARES***Desembargadora HELOSA MARTINS MIMESSI**

3 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 604)

6 Cmara de Direito Pblico (sala 217/219 2 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Getlio EVARISTO DOS SANTOS NetoDesembargador Decio LEME DE CAMPOS JniorDesembargador SIDNEY ROMANO dos ReisDesembargador REINALDO MILUZZIDesembargadora MARIA OLVIA PINTO ESTEVES ALVES***Desembargadora SILVIA MARIA MEIRELLES NOVAES DE ANDRADE**

7 Cmara de Direito Pblico (sala 504 2 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador MOACIR Andrade PERESDesembargador Srgio COIMBRA SCHMIDTDesembargador PAULO MAGALHES DA COSTA COELHODesembargador EDUARDO CORTEZ DE FREITAS GOUVA***Desembargador LUIZ SERGIO FERNANDES DE SOUZA

4 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 604)

8 Cmara de Direito Pblico (sala 227 4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador PAULO Dimas de Bellis MASCARETTIDesembargador Jos JARBAS de Aguiar GOMES***Desembargador RUBENS RIHL Pires CorraDesembargador LEONEL Carlos da COSTADesembargadora Maria CRISTINA COTROFE BiasiDesembargador JOS DA PONTE NETO**Desembargador MANOEL LUIZ RIBEIRO*

9 Cmara de Direito Pblico (sala 217/219 4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador DCIO de Moura NOTARANGELIDesembargador OSWALDO LUIZ PALUDesembargador JEFERSON MOREIRA DE CARVALHODesembargador CARLOS EDUARDO PACHI***Desembargador Joo Batista Morato REBOUAS DE CARVALHODesembargador JOS MARIA CMARA JNIOR**

5 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO TERA-FEIRA PJ (SALA 511)

10 Cmara de Direito Pblico (sala 201/203 2 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador ANTONIO Carlos VILLENDesembargador ANTONIO CELSO AGUILAR CORTEZDesembargador Ricardo Cintra TORRES DE CARVALHODesembargadora TERESA Cristina Motta RAMOS MARQUES***Desembargador PAULO Srgio Brant de Carvalho GALIZIADesembargador MARCELO SEMER**

11 Cmara de Direito Pblico (sala 511 3 feira 10:00 horas PJ)

Desembargador AROLDO Mendes VIOTTIDesembargador RICARDO Henry Marques DIPDesembargador Pedro Cauby PIRES DE ARAJO***Desembargador LUIS Antonio GANZERLADesembargador OSCILD DE LIMA JNIORDesembargador MARCELO LOPES THEODOSIO**

6 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 601)

12 Cmara de Direito Pblico (sala 211/213 4 feira 13:00 horas PJ)

Desembargador OSVALDO Jos de OLIVEIRADesembargador Luiz BURZA NETODesembargador VENICIO Antnio de Paula SALLESDesembargador Jos Manoel RIBEIRO DE PAULADesembargador EDSON FERREIRA da Silva***Desembargadora MARIA ISABEL CAPONERO COGAN**

13 Cmara de Direito Pblico (sala 201/203 4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Augusto Francisco Mota FERRAZ DE ARRUDADesembargador RICARDO Mair ANAFEDesembargador Dimas BORELLI THOMAZ JniorDesembargador Jos Roberto de SOUZA MEIRELLES***Desembargadora FLORA MARIA NESI TOSSI SILVADesembargador DJALMA RUBENS LOFRANO FILHO**Desembargador JULIO CESAR SPOLADORE DOMINGUEZ**

7 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO QUINTA-FEIRA PJ (SALA 622)

14 Cmara de Direito Pblico (sala 623 5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador GERALDO Euclides Araujo XAVIERDesembargador JOO ALBERTO PEZARINIDesembargador OCTAVIO Augusto MACHADO DE BARROS Filho***Desembargador HENRIQUE HARRIS JNIORDesembargadora MNICA de Almeida Magalhes SERRANODesembargador CLUDIO ANTONIO MARQUES DA SILVA**Desembargadora SILVANA MALANDRINO MOLLO*

15 Cmara de Direito Pblico (sala 404 5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Oswaldo ERBETTA FILHODesembargador Antonio Teixeira da SILVA RUSSODesembargador Srgio Godoy RODRIGUES DE AGUIARDesembargador EUTLIO Jos PORTO Oliveira***Desembargador RAUL JOS DE FELICEDesembargador ALOISIO SRGIO REZENDE SILVEIRA**Desembargador JOS HENRIQUE FORTES MUNIZ JNIOR**Desembargador EURPEDES GOMES FAIM FILHO**

18 Cmara de Direito Pblico (sala 211/213 5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador WANDERLEY JOS FEDERICHIDesembargador OSVALDO CAPRARODesembargador FRANCISCO OLAVO Guimares Peret FilhoDesembargador ROBERTO MARTINS DE SOUZADesembargadora Maria BEATRIZ Dantas BRAGA***Desembargador RICARDO CUNHA CHIMENTI**Desembargador JOS LUIZ DE CARVALHO*

8 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO TERA-FEIRA PJ (SALA 601)

16 Cmara de Direito Pblico (sala 201/203 3 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador LUIZ Alberto DE LORENZIDesembargador CYRO Ricardo Saltini BONILHADesembargador JOO NEGRINI FilhoDesembargador VALDECIR JOS DO NASCIMENTO***Desembargador LUIZ FELIPE NOGUEIRA JniorDesembargador ANTONIO TADEU OTTONI**Desembargador NAZIR DAVID MILANO FILHO**Desembargador MARCOS DE LIMA PORTA*Desembargador LUS GUSTAVO DA SILVA PIRES*Desembargador BENJAMIM SIMO JNIOR*Desembargador ANTNIO LUIZ TAVARES DE ALMEIDA*Desembargador JOS MARCELO TOSSI SILVA*Desembargador JAIR DE SOUZA*Desembargador OLAVO S PEREIRA DA SILVA*

17 Cmara de Direito Pblico (sala 201/203 3 feira 10:00 horas PJ)

Desembargador ANTONIO Jos Martins MOLITERNODesembargador RICARDO GRACCHODesembargador ALBERTO GENTIL de Almeida Pedroso Neto***Desembargador ALDEMAR Jos Ferreira da SILVADesembargador NELSON Paschoal BIAZZI JniorDesembargador NUNCIO THEOPHILO NETO**Desembargador AFONSO CELSO DA SILVA**Desembargador CARLOS FONSECA MONNERAT*Desembargador AFONSO DE BARROS FARO JNIOR*Desembargadora DANIELA IDA MENEGATTI MILANO*Desembargador FRANCISCO CARLOS INOUYE SHINTATE*Dsembargador ROGRIO MARRONE DE CASTRO SAMPAIO*

CMARAS EXTRAORDINRIAS DE DIREITO PBLICO(Resoluo n 683/2015)

1 Cmara Extraordinria de Direito Pblico

Desembargador RICARDO Henry Marques DIPDesembargador LUIS Antonio GANZERLADesembargador Dimas BORELLI THOMAZ JniorDesembargador OSCILD DE LIMA JNIORDesembargadora LUCIANA Almeida PradoBRESCIANI

2 Cmara Extraordinria de Direito Pblico

Desembargador Srgio Godoy RODRIGUES DEAGUIARDesembargador PAULO Dimas de BellisMASCARETTIDesembargadora VERA Lucia ANGRISANIDesembargador Jos Helton NOGUEIRADIEFENTHLER JniorDesembargador LEONEL Carlos da COSTA

3 Cmara Extraordinria de Direito Pblico

Desembargador EUTLIO Jos PORTOOliveiraDesembargador ROBERTO MARTINS DE SOUZADesembargadora Maria BEATRIZ Dantas BRAGADesembargador MARCELO Martins BERTHEDesembargadora MARIA LAURA de Assis MouraTAVARES

4 Cmara Extraordinria de Direito Pblico

Desembargador ALDEMAR Jos Ferreira daSILVADesembargador JOO NEGRINI FilhoDesembargador DANILO PANIZZA FilhoDesembargador LUS FRANCISCO AGUILARCORTEZDesembargador Lus Paulo ALIENDE RIBEIRO

GRUPO ESPECIAL DE CMARAS DE DIREITO AMBIENTAL QUINTA-FEIRA PJ (SALA 604)

1 Cmara Reservada ao Meio Ambiente (sala 501 5 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Ricardo Cintra TORRES DE CARVALHODesembargador RUY ALBERTO LEME CAVALHEIRODesembargador Joo Francisco MOREIRA VIEGAS***Desembargador MARCELO Martins BERTHEDesembargador DIMAS RUBENS FONSECA

2 Cmara Reservada ao Meio Ambiente (sala 232/236 5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador PAULO Celso AYROSA Monteiro de AndradeDesembargador EUTLIO Jos PORTO Oliveira***Desembargadora VERA Lucia ANGRISANIDesembargador PAULO ALCIDES Amaral SallesDesembargador LVARO Augusto dos PASSOS

5 Cmara Extraordinria de Direito Pblico

Desembargador OSWALDO LUIZ PALUDesembargador JEFERSON MOREIRA DECARVALHODesembargador RUBENS RIHL Pires CorraDesembargador CARLOS EDUARDO PACHIDesembargador Joo Batista Morato REBOUASDE CARVALHODesembargador ALDEMAR Jos Ferreira daSILVA

COMPOSIO DE GRUPOS E CMARAS DE DIREITO CRIMINAL

1 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO CRIMINAL SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 217/219)

1 Cmara de Direito Criminal (sala 201/203 2 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador PRICLES de Toledo PIZA JniorDesembargador MRCIO Orlando BARTOLI***Desembargador Luiz Antonio FIGUEIREDO GONALVESDesembargador Mrio DEVIENNE FERRAZDesembargador IVO DE ALMEIDA

2 Cmara de Direito Criminal (sala 217/219 2 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Antonio de ALMEIDA SAMPAIODesembargador JAIR MARTINSDesembargador FRANCISCO ORLANDO de SouzaDesembargador ALEX Tadeu Monteiro ZILENOVSKI***Desembargador Carlos Otvio BANDEIRA LINSDesembargador DINIZ FERNANDO FERREIRA DA CRUZ**

2 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO CRIMINAL TERA-FEIRA PJ (SALAS 407/425)

3 Cmara de Direito Criminal (salas 407/425 3 feira 10:00 horas PJ)

Desembargador GERALDO Lus WOHLERS Si lveiraDesembargador LUIZ ANTONIO CARDOSODesembargador LUIZ TOLOZA NETODesembargador RUY ALBERTO LEME CAVALHEIRODesembargador CESAR MECCHI MORALES***

4 Cmara de Direito Criminal (salas 232/236 3 feira 10:00 horas PJ)

Desembargador LUS SOARES DE MELLO NetoDesembargador EUVALDO CHAIB Fi lhoDesembargador IVAN Ricardo Garisio SARTORIDesembargador CAMILO LLLIS dos Santos AlmeidaDesembargador EDISON Aparecido BRANDO***

3 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO CRIMINAL QUINTA-FEIRA PJ (SALAS 201/203)

5 Cmara de Direito Criminal (salas 232/236 5 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Jos DAMIO Pinheiro Machado COGAN***Desembargador Geraldo Francisco PINHEIRO FRANCODesembargador Antonio Carlos TRISTO RIBEIRODesembargador SRGIO Antonio RIBASDesembargador JUVENAL Jos DUARTE

6 Cmara de Direito Criminal (salas 201/203 5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador RICARDO Cardozo de Mello TUCUNDUVADesembargador ERICSON MARANHODesembargador Antonio Carlos MACHADO DE ANDRADEDesembargador JOS RAUL GAVIO DE ALMEIDA***Desembargador MARCO ANTONIO Marques da Si lvaDesembargador MARCOS ANTONIO CORREA DA SILVA**

4 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO CRIMINAL QUINTA-FEIRA PJ (SALAS 218/220)

7 Cmara de Direito Criminal (salas 218/220 5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Srgio Jacintho Guerr ier i RezendeDesembargador ROBERTO Mrio MORTARIDesembargador AMARO Jos THOM Fi lho***Desembargador FERNANDO Geraldo SIMODesembargador ALBERTO ANDERSON FILHODesembargadora IVANA DAVID**

8 Cmara de Direito Criminal (salas 202/204 5 feira 13:00 horas PJ)

Desembargador MARCO ANTONIO Pinheiro Machado COGANDesembargador LOURI Geraldo BARBIERODesembargador ROBERTO GRASSI NETO***Desembargador ALCIDES MALOSSI JNIORDesembargador LAURO MENS DE MELLO**

5 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO CRIMINAL QUINTA-FEIRA PJ (SALA 511)

9 Cmara de Direito Criminal (sala 511 5 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Jos Orestes de SOUZA NERYDesembargador Antonio ROBERTO MIDOLLADesembargador OTVIO HENRIQUE de Sousa LimaDesembargador Antonio SRGIO COELHO de Oliveira***Desembargador ROBERTO Caruso Costabi le e SOLIMENE

10 Cmara de Direito Criminal (sala 404 5 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador CARLOS Augusto Lorenzett i BUENODesembargador FBIO Monteiro GOUVADesembargador Francisco Jos GALVO BRUNODesembargador Waldir Sebastio de NUEVO CAMPOS Jnior***Desembargadora Maria de Lourdes RACHID VAZ DE ALMEIDA

6 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO CRIMINAL QUARTA-FEIRA PJ (SALAS 202/204)

11 Cmara de Direito Criminal (salas 504/506 4 feira 10:00 horas PJ)

Desembargador GUILHERME Gonalves STRENGERDesembargadora MARIA TEREZA DO AMARAL***Desembargador Ni lson XAVIER DE SOUZADesembargador Renato de SALLES ABREU Fi lhoDesembargador ABEN-ATHAR de Paiva Coutinho

12 Cmara de Direito Criminal (salas 202/204 4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Carlos VICO MAAS***Desembargador JOO Luiz MORENGHIDesembargadora ANGLICA de Maria Mello DE ALMEIDADesembargador PAULO Antonio ROSSIDesembargador AMABLE LOPEZ SOTO**Desembargador SRGIO MAZINA MARTINS**

7 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO CRIMINAL QUINTA-FEIRA PJ (SALA 511)

13 Cmara de Direito Criminal (sala 403 5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Roberto Galvo de FRANA CARVALHODesembargador Ni lo CARDOSO PERPTUODesembargador Luiz AUGUSTO DE SIQUEIRADesembargador Ronaldo Srio MOREIRA DA SILVADesembagador Jos Antonio DE PAULA SANTOS Neto***Desembargador MARCELO COUTINHO GORDO**

14 Cmara de Direito Criminal (sala 511 5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador FERNANDO Antonio TORRES GARCIADesembargador HERMANN HERSCHANDERDesembargador WALTER DA SILVA***Desembargador MARCO ANTONIO DE LORENZIDesembargador MIGUEL MARQUES E SILVA

8 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO CRIMINAL TERA-FEIRA PJ (SALAS 218/220) E/OU QUINTA-FEIRA PJ (SALA 229)

15 Cmara de Direito Criminal (sala 227 5 feira 13:00 horas PJ)

Desembargador Fbio POAS LEITODesembargador WILLIAN Roberto de CAMPOSDesembargador Jos Antonio ENCINAS MANFR***Desembargador RICARDO SALE JNIORDesembargador Adalberto Jos Queiroz Tel les de CAMARGO ARANHA FILHODesembargadora CLAUDIA LUCIA FONSECA FANUCCHI**

16 Cmara de Direito Criminal (salas 218/220 3 feira 13:00 horas PJ)

Desembargador Jos Ruy BORGES PEREIRADesembargador NEWTON de Oliveira NEVESDesembargador Otvio Augusto de ALMEIDA TOLEDODesembargador GUILHERME DE SOUZA NUCCI***Desembargador OSNI ASSIS PEREIRA**

CMARAS CRIMINAIS EXTRAORDINRIAS(Resoluo n 666/2014)

1 Cmara Criminal Extraordinria (sala 218/220 5 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador MRCIO Orlando BARTOLI***Desembargador MRIO DEVIENNE FERRAZDesembargador LUIS AUGUSTO DE SAMPAIO ARRUDA**Desembargador NELSON FONSECA JNIOR**Desembargador AIRTON VIEIRA**

2 Cmara Criminal Extraordinria (sala 232/236 2 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Roberto Galvo de FRANA CARVALHODesembargador Antonio Carlos TRISTO RIBEIRODesembargador AGUINALDO DE FREITAS FILHO**Desembargador EDUARDO CRESCENTI ABDALLA**Desembargador LAERTE MARRONE DE CASTRO SAMPAIO**

3 Cmara Criminal Extraordinria (sala 232/236 6 feira 10:00 horas PJ)

Desembargador LUIS SOARES DE MELLO Neto***Desembargador LUIZ ANTONIO CARDOSODesembargador SILMAR FERNANDES**Desembargador CASSIANO RICARDO ZORZI ROCHA**Desembargador JULIO CAIO FARTO SALLES**

4 Cmara Criminal Extraordinria (sala 504/506 4 feira 14:00 horas PJ)

Desembargador GUILHERME GONALVES STRENGER***Desembargador Ni lson XAVIER DE SOUZADesembargador MAURCIO VALALA**Desembargador ALEXANDRE CARVALHO E SILVA DE ALMEIDA**Desembargador CSAR AUGUSTO ANDRADE DE CASTRO**

CMARAS CRIMINAIS EXTRAORDINRIAS(Resoluo n 667/2014)

5 Cmara Criminal Extraordinria (sala 404 6 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador CARLOS Augusto Lorenzett i BUENO***Desembargador Antonio de ALMEIDASAMPAIODesembargador OTVIO Augusto DE ALMEIDA TOLEDODesembargador FRANCISCO Jos Galvo BRUNODesembargador Waldir Sebastio de NUEVO CAMPOS Jnior

6 Cmara Criminal Extraordinria (sala 511 5 feira 09:30 horas PJ)

Desembargador Jos Orestes de SOUZA NERY***Desembargador Antonio ROBERTO MIDOLLADesembargador OTVIO HENRIQUE de Sousa LimaDesembargador Jos Antonio ENCINAS MANFRDesembargador ROBERTO Caruso Costabi le e SOLIMENE

*** Pres iden te

* * Ju iz de D i re i to Subs t i tu to em 2 Grau

* Ju iz Aux i l i a r

PJ Palcio da Justia (Praa da S s/n)

JUZES DE DIREITO SUBSTITUTOS DE SEGUNDO GRAU

(em ordem de antiguidade)

Silmar FernandesCludio Luiz Bueno de GodoyJos Roberto Furquim CabellaMilton Paulo de Carvalho FilhoCarlos Alberto de Campos Mendes PereiraSamuel Francisco Mouro NetoDenise Andra Martins RetameroCludio Augusto PedrassiEdson Luiz de QueirozRoberto Maia FilhoCassiano Ricardo Zorzi RochaRonaldo Alves de AndradeWalter Rocha BaroneAguinaldo de Freitas FilhoMarcelo Fortes Barbosa FilhoLucila Toledo Pedroso de BarrosKenarik Boujikian FelippeJoo Batista Amorim de Vilhena NunesAlcides Leopoldo e Silva JniorJos Maria Cmara JniorAmable Lopez SotoRamon Mateo JniorCarlos Vieira Von AdamekCludio Antonio Marques da SilvaMrcia Regina Dalla Da BaroneMaurcio ValalaHamid Charaf Bdine JniorJlio Caio Farto SallesMaurcio FioritoCludia Lcia Fonseca FanucchiCesar Santos PeixotoMaria Isabel Caponero CoganAlexandre Carvalho e Silva de AlmeidaMarcelo Coutinho GordoGilson Delgado MirandaFbio Henrique PodestLus Augusto de Sampaio ArrudaEduardo Crescenti AbdallaCsar Augusto Andrade de CastroAlexandre Augusto Pinto Moreira MarcondesAloisio Srgio Rezende Silveira

Nuncio Theophilo NetoLuis Fernando Camargo de Barros VidalMonica Salles Penna MachadoLauro Mens de MelloAna Lucia Romanhole MartucciRicardo Cunha ChimentiJos Henrique Fortes Muniz JniorIvana DavidSilvia Maria Meirelles Novaes de AndradeLidia Maria Andrade ConceioMaria de Lourdes Lopez Gil CiminoHlio NogueiraTercio PiresJos Aparcio Coelho Prado NetoCarlos Dias MottaMarcelo SemerDjalma Rubens Lofrano FilhoAfonso Celso da SilvaNelson Fonseca JniorAirton VieiraCsar Luiz de AlmeidaJos da Ponte NetoMarcelo Lopes TheodosioRosangela Maria TellesIasin Issa AhmedLaerte Marrone de Castro SampaioThemstocles Barbosa Ferreira NetoOsni Assis PereiraHeloisa Martins MimessiNazir David Milano FilhoDiniz Fernando Ferreira da CruzSrgio Mazina MartinsJoo Batista de Mello Paula LimaSgio Leite Alf ieri FilhoAlfredo Atti JniorEuripedes Gomes Faim FilhoJulio Cesar Spoladore DominguezJairo Oliveira JniorMarcos Antonio Correa da Silva

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MANDADO DE SEGURANA ALGUMAS QUESTES PRTICAS

VICENTE DE ABREU AMADEI1

Desembargador do Tribunal de Justia de So Paulo

SUMRIO: 1. Introduo. 2. Requisitos constitucionais/legais e cabimento do mandado de segurana. 2.1. Direito lquido e certo. 2.2. Ato jurdico de autoridade ilegal ou abusivo. 2.3. Hiptese de excluso ou de no cabimento do mandamus. 3. Legitimidade. 4. Interveno de terceiros. 5. Prazo e decadncia. 6. Procedimento e questes intercorrentes. 6.1. Valor da Causa. 6.2. Desistncia da ao e perda de objeto por fato superveniente. 6.3. Medida liminar. 6.4. Revelia. 7. Sentena. 8. Recursos e reexame necessrio. 9. Suspenso de segurana. 10. Concluso. Anexo complementar (despachos/decises de juzes).

1. Introduo.Mandado de segurana , sob o ngulo constitucional, direito

fundamental de garantia individual contra ato ou omisso de autoridade, ilegal ou abusivo. Tem, pois, status constitucional desde a Constituio Federal de 1934 (exceo CF-1937), atualmente centrado no art. 5, LXIX, da CF/88, e, nesta perspectiva, importante ferramenta do Estado de Direito, pelo controle externo de legalidade e de fim dos atos de autoridade, em modo rpido, garantido a todos (brasileiros e estrangeiros).

Sob o ngulo processual, mandado de segurana ao judicial de feio peculiar, ajuizada por sujeito lesado ou ameaado em seu direito, em face de ato ou omisso de autoridade, ilegal ou abusivo, sem confronto de direitos entre partes (em polos opostos), sem possvel ampliao da causa jurdica posta em Juzo, com rito prprio e abreviado, destacando-se a necessidade de prova pr-constituda de todos os

1 Desembargador, na 1 Cmara de Direito Pblico do TJSP. Este artigo, de feio pr-tico-jurisprudencial, foi elaborado como subsdio de aula gravada no ano de 2014, na Escola Paulista da Magistratura (EPM), destinada a juzes que ingressam ou que retornam sua atividade judicante em Varas da Fazenda Pblica.

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fatos que do suporte ao direito invocado, prova essa necessariamente documental, sem possibilidade de dilao probatria. E, assim, em nossa legislao infrao infraconstitucional, foi disciplinado em trs leis, duas j revogadas (Lei 191/36 e Lei 1533/51) e uma, atualmente, em vigor, a Lei 12.016/2009.

To relevante este instrumento processual e to intenso o seu uso, que, s em smulas de nossos tribunais superiores, j ganhou 23 enunciados: 13 do STF; 10 do STJ.

Cuida-se, aqui, de alguns aspectos prtico-jurisprudenciais do mandado de segurana, buscando, nesta matria, discorrer sobre algumas das principais e reiteradas questes enfrentadas em Juzo e nos Tribunais. Isso, contudo, apenas para o mandado de segurana individual, e no para o coletivo, ao qual se reporta apenas tangencialmente2, lembrando que a Constituio Federal (art. 5 LXX, a e b), para a tutela dos interesses transindividuais3 nesta via, deu-lhe denominao prpria, agregando este adjetivo (mandado de segurana coletivo).

2. Requisitos constitucionais/legais e cabimento do mandado

de segurana.Do item LXIX do art. 5 da CF e do 1 da Lei 12.016/09 sintetizam-

se dois requisitos especficos do mandado de segurana, que tambm

2 Tangencialmente, anotem-se apenas algumas discusses prticas relevantes em rela-o ao mandado de segurana coletivo: a) legitimados so os partidos polticos, associaes, sindicatos e o Ministrio Pblico (art. 21), mas tambm h entendimento que amplia o rol desses legitimados para todos os que tm capacidade processual para as aes coletivas; b) a sentena proferida em ao coletiva somente surte efeito nos limites da competncia territorial do rgo que a proferiu e exclusivamente em relao aos substitudos processuais que ali eram domicilia-dos poca da propositura da demanda (STJ, REsp 1307178/CE, rel. Min. Mauro Campbell Marques, com meno a vrios precedentes do STJ: AgRg no REsp 1279061/MT; AgRg no REsp 1184216/DF; AgRg no REsp 972.765/PE); c) no h litispendncia entre mandado de segurana individual e coletivo (art. 22, 1, da Lei 12.016/09) e, para se beneficiar da coisa julgada coletiva, o impetrante deve desistir do mandado de segurana individual (art. 22, 1), mas, no foco do art. 104 do CDC, h quem admite apenas a suspenso do mandado de segurana individual; d) de qualquer modo, sempre facultado o ajuizamento de ao individual, independente de coexistncia da ao coletiva (Ap. n 0010751-53.2009.8.26.0318, rel. Des. Pires de Arajo), e, assim, a ao coletiva em nada obsta da ao individual nem o julgamento daquela importa em preveno para o julgamento desta, e, ainda, a soluo genrica da causa coletiva no reflete na causa singular, que tem seus prprios contornos de especificidade.3 Enquanto o mandado de segurana (individual) destina-se tutela de direito individual, o mandado de segurana coletivo destina-se tutela de direito transindividual coletivos e indi-viduais homogneos havendo divergncia se tambm cabe para a tutela de direitos difusos, ante sua omisso no rol do pargrafo nico do art. 21 da Lei 12.016/09 (aqueles que no o admitem para os direitos difusos, sustentam que para a proteo destes cabe apenas a ao civil pblica).

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atuam como limites de adequao instrumental.

2.1. Direito lquido e certo. aquele que se comprova de plano, no carece de dilao

probatria e tem, na documentao que acompanha a petio inicial, suficiente instruo dos fatos a que se reporta.

A chave para se compreender a satisfao deste requisito, pois, no a da leitura da fonte do direito (princpio jurdico, norma legal ou contratual etc.) que ampara o impetrante, mas, sim, a verificao formal da evidncia do fato que d suporte ao direito invocado. Por isso se diz que mandado de segurana exige prova pr-constituda, ou seja, h direito lquido e certo na medida em que houver prova documental suficiente para, por si, revelar o fato constitutivo do direito deduzido em Juzo.

Da, quando esse fato no for afervel de plano ou necessitar de dilao probatria (v.g. prova testemunhal ou pericial), ento, no h direito lquido e certo, e, com isso, a via eleita no adequada: h, ento, carncia da ao, por falta de interesse de agir, na modalidade da inadequao da via eleita.

Diversos so, neste foco, os julgados, quer para afirmar o cabimento do mandamus, quer para o negar, tais como os exemplos a seguir:

- mandado de segurana via adequada para a tutela de direito fundamental sade, em situao de recusa, pela autoridade pblica, no fornecimento de medicamentos indispensveis vida digna do ser humano, bastando, para tanto, o relatrio mdico e a prescrio especfica do medicamento, assinada por mdico responsvel pelo tratamento de seu paciente, no havendo necessidade de receita oficial do SUS nem de percia mdica para o julgamento do feito4;

- no cabe mandado de segurana para impugnar enquadramento da Lei 3.780, de 12-7-1960, que envolva exame de prova ou de situao funcional complexa (Smula 270 do STF);

- incabvel o mandado de segurana para convalidar a compensao tributria realizada pelo contribuinte (Smula 460 do STJ);

- mandado de segurana no sucedneo de ao possessria, pois nele no se admite resolver questes pertinentes posse, que

4 v.g. TJSP: Ap. n 994.09.386491-0, rel. Des. Israel Ges dos Anjos, Ap. n 933.081.5/5-00, rel. Des. Srgio Gomes; Ap. n 947.718.5/0-00, rel. Des. Franklin Nogueira; Ap. n 994.08.186097-5, rel. Des. Sidney Romano dos Reis.

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demandam produo de provas5;- mandado de segurana no se mostra adequado reavaliao

do conjunto probatrio produzido no processo administrativo.6 Assim, em resumo, a controvrsia sobre matria de direito no

impede concesso de mandado de segurana (Smula 625 do STF), mas a controvrsia sobre a matria de fato, que reclama dilao probatria, sim, pois nisto (i. , na insuficincia da prova documental para a instruo do julgador) que manca o direito lquido e certo.

Cuidado, entretanto, com um detalhe: no lcito denegar-se o Mandado de Segurana por falta de prova do ato, se a autoridade coatora confirma que efetivamente o praticou7.

2.2. Ato jurdico de autoridade ilegal ou abusivo:Ato jurdico, para o fim em exame, fato histrico da vida de

efeitos jurdicos concretos. Por isso, se diz que mandado de segurana no cabe contra a lei em tese (Smula 226 do STF), mas, sim, contra deciso ou ato de efeitos concretos, ou seja, ante conduta singular de autoridade, que, de modo particularizado ou especfico, atinge a esfera jurdica de algum.

Ato de autoridade no o mesmo que ato administrativo, embora a maior parte dos mandados de segurana impetrados o tenha por objeto.

Ato de autoridade ato de autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no exerccio de atribuies do Poder Pblico.

Na categoria de atos de autoridade, pois, enquadram-se os atos estatais, que podem ser atos administrativos, legislativos (v.g. atos do processo legislativo, atos legais de efeitos concretos8) e at judiciais.

Quanto aos atos judiciais suscetveis de mandado de segurana, destaquem-se duas relevantes smulas: a) primeira: Impetrao de segurana por terceiro, contra ato judicial, no se condiciona a interposio de recurso (Smula 202 do STJ); b) segunda: Compete turma recursal processar e julgar o mandado de segurana contra ato de juizado especial (Smula 376 do STJ).

5 STJ, RMS 26.475/AC, rel. Min. Nancy Andrighi; RMS 431/RJ, rel. Min. Athos Carnei-ro. 6 STJ, MS 15.090/DF, rel. Min. Sebastio Reis Jnior.7 REsp. 83.800/RS, rel. Min. Humberto Gomes de Barros.8 STJ: RMS 34.029/RJ, rel. Min. Benedito Gonalves, e os vrios outros julgados men-cionados neste aresto STJ: REsp 1200324/MS, rel. Min. Mauro Campbell Marques; AgRg no Ag 1302289/RJ, rel. Min. Teori Albino Zavascki; RMS 23.306/AC, rel. Min. Castro Meira; STF: AI 637465 AgR, rel. Min. Ricardo Lewandowski.

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E, neste ltimo ponto, anote-se que o cabimento de impetrao do mandado de segurana contra ato judicial emanado de Juizado Especial comporta exame cuidadoso, pois, h um grupo de casos, de orientao jurisprudencial consolidada no TJSP, apoiada em precedentes das Cortes superiores, segundo os quais o mandado de segurana impetrado contra ato do presidente ou de membros das Turmas Julgadoras dos Colgios Recursais de competncia do prprio Colgio Recursal e no do TJSP9. Idem, em caso de deciso prolatada por Juzo de Juizado Especial10. Todavia, para o nico fim de resolver a discusso sobre a competncia, ou incompetncia, dos Juizados Especiais, o Tribunal de Justia o competente para conhecer o mandado de segurana impetrado para o controle de competncia de deciso proferida por Juizado Especial Cvel11.

Em relao aos atos administrativos preciso ateno a dois pontos: a) a qualificao de seu sujeito como autoridade ou a ela equiparado (causa subjetiva do ato impugnado: a autoridade do agente do qual emana); b) a qualificao da sua matria como de direito pblico (causa objetiva do ato impugnado: o direito pblico que o envolve).

No primeiro, para alm das autoridades da Administrao Direta, a prpria lei esclarece que se equiparam a autoridade, para fins de mandado de segurana, os representantes ou rgos de partidos polticos e os administradores de entidades autrquicas, bem como os dirigentes, de pessoas jurdicas ou as pessoas naturais no exerccio de atribuies do poder pblico, somente no que diz respeito a essas atribuies ( 1 do art. 1 da Lei 12.016/09). Logo, no exerccio da funo pblica, para o controle de legalidade dos atos prprios desta funo, cabe, a princpio, mandado de segurana contra oficiais de registros pblicos, tabelies, leiloeiro oficial, por exemplo.

No segundo, especialmente para os atos praticados pela Administrao Indireta e para os casos de delegao de servios pblicos aos particulares, preciso distinguir os atos privados ou de gesto comercial (para os quais no cabe o mandado de segurana: art. 1, 2, da Lei 12.016/09) daqueles que so realizados no exerccio de atribuies do poder pblico e cuja matria seja de direito pblico (para os quais, ento, cabe o mandado de segurana). Assim, por

9 MS n 0089709-95.2013.8.26.0000, rel. Des. Maria Laura Tavares; MS n 0059018-98.2013.8.26.0000, rel. Des. Oscild de Lima Jnior; MS n 0076306-59.2013.8.26.0000, rel. Des. Pereira Calas; MS n 0038705-19.2013.8.26.0000, rel. Des. Mendes Gomes; MS n 0344565-64.2009, rel. Des. Morais Pucci; MS n 0145211-87.2011.8.26.0000, rel. Des. Francisco Loureiro, j. 21.7.2011.10 MS n 2015718-52.2013.8.26.0000, rel. Des. Nelson Jorge Jnior.11 STJ, RMS n 17.524-BA, rel. Min. Nancy Andrighi; AgRg no RMS 42598/DF, rel. Min. Mauro Campbell Marques, com destaque a vrios precedentes.

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exemplo, licitao e concurso pblico so matrias de direito pblico, exigncias a que tambm se submetem as sociedades de economia mista e as empresas pblicas, e que, na razo destes atos, justifica-se o cabimento do mandado de segurana (Smula 333 do STJ, em hiptese de licitao; AgRg no REsp 1250187/BA, rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, por exemplo, em caso de concurso pblico).

Ato ilegal o contrrio a ordem jurdica, e ato abusivo de poder o desviado do seu legtimo exerccio ou de seu fim, o seja, por excesso na esfera da atribuio do agente ou por desvio de finalidade do ato praticado.

Tanto a ilegalidade, quanto o abuso de poder configuram ofensa ao direito lquido e certo, que, (a) pela forma da conduta ofensiva, pode qualificar-se como ato ou omisso e, da, as figuras do mandado de segurana por ao ou por omisso da autoridade coatora e, ainda, (b) pelo resultado desta conduta, pode configurar leso ou ameaa de leso e, da, as figuras dos mandados de segurana repressivo (de direito violado) ou preventivo (de direito ameaado).

Ilegalidade ou abuso de poder, ento, so qualificaes necessrias do ato concreto de autoridade atacado em mandado de segurana, que, de outra banda, aponta para a concretude de uma ofensa a direito lquido e certo, da qual, ento, nasce a possibilidade de reparo judicial pelo writ, com o ajuizamento da ao judicial peculiar pelo legitimado, ou seja, pelo impetrante lesado ou ameaado.

Assim se diz que O mandado de segurana pressupe a existncia de direito prprio do impetrante. Somente pode socorrer-se dessa ao o titular do direito lesado ou ameaado de leso por ato ou omisso de autoridade12.

1.3. Hipteses de excluso ou de no cabimento do mandamus.Para alm da verificao dos requisitos constitucionais/legais para

a assertiva do cabimento do mandado de segurana, preciso ateno s hipteses constitucionais/legais de excluso desta via judicial, ou seja, que apontam para o no cabimento do writ.

Direito lquido e certo amparado por habeas corpus ou por habeas data afasta o cabimento do mandado de segurana por preceito constitucional (art. 5, LXIX, CF) e legal (art. 1 da Lei 12.016/09), e, da, se diz que o mandamus instrumento processual residual.

Oportuno, contudo, lembrar, alguns detalhes: a) habeas corpus cabe, tambm, para trancar ao penal e inqurito policial sem justa

12 STF, Plenrio, MS 28.772-AgR, rel. Min. Dias Toffoli.

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causa, mas no cabe para trancar processo administrativo disciplinar, que tem, ento, no mandado de segurana a sua via adequada13; d) habeas data para assegurar o acesso s informaes pessoais do impetrante, ou para a retificao dos dados oficiais correlatos, e, portanto, para obter informaes, certides ou cpias de registros, livros, processos ou assentos de carter pblico, de terceiros, ou, ento, que no tenham a feio estrita de informao pessoal (v.g. informao ou certido de tempo de servio ou de tempo de contribuio)14, o mandado de segurana a via adequada. E, sob o escudo da fungibilidade, no se pode converter habeas corpus ou habeas data em mandado de segurana (e vice-versa), desconsiderando os requisitos especficos e a competncia originria de cada ao, lembrando, ainda, que no cabe mandado de segurana de ofcio15.

Por outro lado, o art. 5 da Lei 12.016/09 acresce outras hipteses legais de no cabimento do mandado de segurana: a) contra ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de cauo; b) de deciso judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; c) de deciso judicial transitada em julgado.

Aquele primeiro bice legal (a) tem por fim evitar a utilizao simultnea da via administrativa e da judicial, e, da, caso no se tenha ingressado na via administrativa para questionar o ato, ou, mesmo que se tenha ingressado nesta via, mas se perdeu o prazo para o recurso administrativo que teria efeito suspensivo, ou, ainda, se o recurso administrativo interposto estiver condicionado a algum tipo de cauo, ento, est aberta a via judicial, que no se pode truncar. Importa, ademais, no confundir esta restrita hiptese com a alegao genrica e despida de juridicidade de que preciso antes postular ou esgotar a via administrativa, para depois impetrar o mandado de segurana, at porque, por preceito constitucional (art. 5, XXXV, da CF), no se pode afastar a tutela jurisdicional16.

Quanto aos demais bices (b e c) referentes ao mandado de segurana contra ato judicial, oportuno enfatizar que mandado de

13 TJSP, Ap. 2123026-16.2014.8.26.0000, rel. Des. Aliende Ribeiro.14 TJSP: Ap. 0014192-71.2013.8.26.0554, rel. Des. Magalhes Coelho.15 STJ: AgRg no HC 299.689/DF, rel. Min. Luis Felipe Salomo; RMS 19.114/SP e MS 8.196/DF, ambos rel. Min. Felix Fischer.16 A ttulo ilustrativo, vale a firme jurisprudncia do TJSP, em sede de tutela de direito vida digna e sade, que aponta ser desnecessria a recursa formal da Administrao em fornecer medicamentos, insumos ou tratamento, colhendo at mesmo da contestao a evidente resistncia da Administrao Pblica, para afirmar o interesse de agir do impetrante (v.g. Ap. n 825.610.5/8-00, rel. Des. Celso Bonilha; Ap. n 449.881.5/2-00, rel. Des. Jos Santana; Ap. n 895.270.5/2-00, rel. Des. Leme de Campos; Ap. n 834.431.5/1-00, rel. Des. Venicio Salles; Ap. n 934.806.5/2-00, rel. Des. Lineu Peinado).

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segurana no substitutivo de ao rescisria17 nem destinado a atacar coisa julgada, (Smula 268 do STF), quer material, quer formal, abrindo-se exceo apenas para quadro de sentena proferida em processo sem citao da parte18, bem como que, para as decises judiciais diversas, o seu cabimento condicionado a quadro de ato teratolgico no passvel de recurso (Smula 267 do STF)19. Portanto, existindo recurso prprio para impugnao da deciso judicial atacada, invivel a sua substituio pelo mandado de segurana.

2. LegitimidadeEm relao legitimidade ativa, a soluo fundamental consta no

art. 1 da Lei 12.016/09, que no foge regra geral da legitimidade ordinria, e, da, legitimado para impetrar mandado de segurana aquele cujo direito foi lesado ou ameaado, no se admitindo impetrar segurana em nome prprio, para tutela de direito alheio20, diversamente do que ocorre em habeas corpus.

Falecido o impetrante no curso do mandado de segurana, a jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia firme no sentido de que no cabvel a sucesso de partes, ante o carter mandamental e a natureza personalssima da demanda e, da, a soluo de extino do mandamus.21

Entretanto, caso falecido aps o trmino do processo de conhecimento, vivel a habilitao dos herdeiros para a fase de execuo, pois este quadro no conduz extino do processo satisfativo22.

No trato da legitimidade passiva, emerge, em primeiro plano, a figura da autoridade coatora, que tem sua identificao pelo critrio legal do art. 6, 3, da Lei n 12.016/09 - aquela que praticou o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prtica -, e, ainda, pelo 17 STF-Pleno, RMS 11170, rel. Victor Nunes.18 STJ: RMS 8807/SP, rel. Min. Hamilton Carvalhido.19 TJSP: MS n 0104790-60.2008.8.26.0000, rel. Des. Franklin Nogueira; MS n 9029084-54.2004.8.26.0000, rel. Des. Danilo Panizza.20 O agravante no dispe de legitimidade para pleitear, em mandado de segurana, direito alheio em nome prprio. O mandado de segurana pressupe a titularidade do direito pretensamente lesado ou ameaado de leso por ato de autoridade pblica. (STF, Plenrio, MS 32.058-AgR, rel. Min. Crmen Lcia).21 STJ: AgRg no AgRg no REsp 1415781/PR, rel. Min. Humberto Martins, com meno a outros julgados do STJ: EDcl no MS 11.581/DF, rel. Min. Og Fernandes; MS 17.372/DF, rel. Min. Herman Benjamin. Confira, ainda, do mesmo STJ, EDcl no MS 12.147/DF, rel. Min. Hum-berto Martins.22 STJ, AgRg na ExeMS 115/DF, rel. Min. Luiz Fux.

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norte jurisprudencial decantado, ao salientar que autoridade coatora no Mandado de Segurana aquela a qual a lei atribui competncia para a prtica de ato concreto que possa sanar a ilegalidade apontada.23 E, ainda, em sede de competncia delegada, atente-se ao enunciado da Smula 510 do STF: praticado o ato por autoridade, no exerccio de competncia delegada, contra ela cabe o mandado de segurana ou a medida judicial.

oportuna a lio do Min. Ari Pargendler no RMS 38.735/CE, ao vincular a anlise da legitimidade passiva s funes que a autoridade coatora exerce no feito:

A autoridade coatora desempenha duas funes no mandado de segurana: a) uma, internamente, de natureza processual, consistente em defender o ato impugnado pela impetrao; trata-se de hiptese excepcional de legitimidade ad processum, em que o rgo da pessoa jurdica, no o representante judicial desta, responde ao pedido inicial; b) outra, externamente, de natureza executiva, vinculada sua competncia administrativa; ela quem cumpre a ordem judicial.

A legitimao da autoridade coatora deve ser aferida base das duas funes acima descritas; s o rgo capaz de cumpri-las pode ser a autoridade coatora.

A pessoa jurdica sujeita aos efeitos da sentena no mandado de segurana s estar bem representada no processo se houver correlao material entre as atribuies funcionais da autoridade coatora e o objeto litigioso; essa identificao depende de saber, luz do direito administrativo, qual o rgo encarregado de defender o ato atacado pela impetrao.

E, sob o ngulo prtico, com aguda e sinttica frmula, esclareceu o Des. Samuel Jnior: a autoridade coatora contra a qual deve ser impetrado o mandado de segurana aquela que, direta e imediatamente, pratica o ato violador do direito do impetrante, e que, em virtude de sua competncia funcional, est em condies de corrigir a ilegalidade impugnada (TJSP, Ap. n 0019878-28.2011.8.26.0000).

Entretanto, ainda que se admita erro na indicao da autoridade coatora, caso isso no tenha gerado prejuzo, no se justifica a extino do processo. Assim, por exemplo, na medida em que a prpria Fazenda Pblica ingressa no feito, como assistente litisconsorcial, por exemplo, e defende o ato impugnado, de modo amplo e exaustivo, fazendo incidir a teoria da encampao, no h razo jurdica para a extino do processo por ilegitimidade passiva.

23 STJ: AgRg no REsp 1314949/AM, rel. Min. Herman Benjamin.

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A teoria encampao, enfim, salva a eventual ilegitimidade passiva24. O que se tem admitido a ampliao (no a restrio) do campo de legitimados passivos para o writ, facilitando a admissibilidade do remdio constitucional, em face de erro na indicao da autoridade coatora, reconhecendo, ento, pela referida teoria, a legitimidade da autoridade hierrquica superior e at do ente pblico ao qual a autoridade administrativa responsvel pelo ato questionado pertence.25

3. Interveno de terceirosEm mandado de segurana, no cabe oposio, denunciao

da lide e chamamento ao processo, pois incompatveis com o seu procedimento clere e limitado.

Nomeao autoria, embora nem sempre ocorra no processo sob esta forma, vivel, ante a possvel correo da autoridade coatora indicada erroneamente, que considero vivel, respeitado o entendimento diverso.

Assistncia simples questo discutvel, mas, a rigor, tambm incompatvel com o rito clere do writ.

Todavia, a assistncia litisconsorcial tem ampla acolhida26, tal como se verifica, com frequncia, com o ingresso da Fazenda Pblica nos autos - na fase recursal, ou at mesmo antes -, observando, ainda, que, para muitos, a nem sequer haveria assistncia litisconsorcial propriamente dita, na medida em que a pessoa jurdica de direito pblico qualifica-se como o ente legitimado passivo, que a autoridade coatora apenas o tornou presente no processo.

24 STJ, RMS 24.112/SP, rel. Min. Jos Delgado.25 Da, a autoridade coatora, para fins de mandado de segurana, no s a autoridade que pratica diretamente o ato impugnado, como tambm o superior hierrquico com poderes para revog-lo (Ap. n 990.10.073833-0, rel. Des. Franklin Nogueira). Ou, ainda, A errnea indicao da autoridade coatora no implica ilegitimidade ad causam passiva se aquela pertence mesma pessoa jurdica de direito pblico; porquanto, nesse caso no se altera a polarizao processual, o que preserva a condio da ao.(...) Consectariamente, a anlise de questes formais, notadamente a vexata quaestio referente pertinncia subjetiva passiva da ao, com a descoberta da autoridade coatora no complexo administrativo, no deve obstar a perquirio do abuso da autoridade que caracteriza esse remdio extremo. Deveras, a teoria da encampao e a condescendncia com a aparncia de correta propositura (error comunis facit ius) adotadas pela jurisprudncia do E. Superior Tribunal de Justia denotam a necessria flexibilizao da aferio dessa condio da ao, no af de enfrentar e conjurar o ato abusivo da autoridade. (STJ, AgRg no Ag 1076626/MA, rel. Min. Luiz Fux).26 O STJ admite a interveno de terceiros no mandamus quele que, desde o incio do processo, poderia ter sido litisconsorte facultativo-unitrio da parte assistida (REsp 616.485/DF, rel. Min. Eliana Calmon). Confira, ainda: RMS 30.982/PR, rel. Min. Humberto Martins.

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4. Prazo e decadnciaA Lei n 12.016/2009, em seu art. 23, prev que o direito de

requerer mandado de segurana extinguir-se- decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da cincia, pelo interessado, do ato impugnado. Cuida-se, segundo entendimento majoritrio, de prazo decadencial fixado em lei, cuja constitucionalidade j foi declarada pelo STF (Smula n 632).

O seu termo inicial no a data do ato de autoridade, mas, sim, o de sua cincia pelo interessado. E este ato deve ser exequvel, estar apto a gerar seus efeitos concretos, de leso ou ameaa, na esfera jurdica do interessado.

Em resumo, a comunicao do ato exequvel de autoridade, segundo o meio adequado e a forma legal de cientificao entenda-se: de acordo com as normas especficas para o tipo e a natureza do ato impugnado (administrativo, legislativo ou judicial) que dispara o gatilho do prazo decadencial para a impetrao da ordem.

Inmeras, da em diante, so as questes que envolvem este prazo, e, dentre elas, algumas esto selecionadas.

A primeira, referente s reiteraes dos pedidos administrativos. Ora, o ato concreto de negativa do pedido administrativo qualifica-se como ato nico, sem equiparao alguma com atos sucessivos e autnomos, suscetveis de revigorar o prazo decadencial, e, portanto, no se pode considerar a data da ltima reiterao do pedido administrativo para o cmputo inicial do prazo, mas, sim, a da cincia do indeferimento do primeiro pedido.

Assim, afirma-se que o prazo iniciado para impetrar o writ no se suspende, no se interrompe e no se prorroga27, inclusive ante a possvel reviso ou pedido de reconsiderao na esfera administrativa28.

A segunda, em sede de prestaes peridicas (atos de trato sucessivo): nestes casos, no h que se falar em decadncia da impetrao, pois, no vencimento de cada prestao paga, renova-se o ato coator (a leso, em tese considerada) e, da, o prazo de impetrao do writ.29

27 MS 0011815-19.2008.8.26.000 [994.08.011815-0], rgo Especial do TJSP, rel. Des. Sousa Lima, com destaque a doutrina de Hely Lopes Meirelles. 28 Smula 430 do E. STF; TJSP, Ap. n 822.179-5/8, rel. Des. Castilho Barbosa.29 STJ: REsp 1273946/AM, rel. Min. Castro Meira; MS 3.647/DF, rel. Min. Edson Vi-digal. O mandado de segurana impetrado contra ato omissivo (no caso, pagamento a menor de penso por morte) caracteriza relao de trato sucessivo, devendo ser afastada a decadncia

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preciso, em outro ngulo, sublinhar que a decadncia do direito de requerer mandado de segurana (art. 23 da Lei 12.016/09) e, por isso, seu termo final a data em que o mandamus foi distribudo, e no aquela em que a autoridade coatora foi notificada ou prestou suas informaes. Logo, vale a data da protocolizao da petio inicial, e, da, est cumprido o preceito legal quando ajuizado o mandado de segurana nos tais 120 dias, at aquele protocolo, ainda que este ajuizamento tenha ocorrido perante juzo absolutamente incompetente.30

O prazo decadencial em pauta, ademais, para os atos exequveis comissivos, pois, para os omissivos, a princpio, no h prazo para impetrao do writ. No entanto, esta concluso deve ser tomada com cuidado, pois h situaes administrativas que embora tenham fim direto voltado a marcar alguma nova e afirmativa posio jurdica (v.g. aposentadoria, trmino de validade de prazo de concurso pblico etc.), terminam, indiretamente, configurando negao ao direito do interessado:

- a data em que o policial militar ingressa na inatividade o termo inicial para o ajuizamento do writ com pretenso de promoo ao posto imediatamente superior31;

- a data de expirao da validade do certame o termo inicial do prazo decadencial para se impetrar mandado de segurana contra ausncia de nomeao de candidato aprovado em concurso pblico.32

5. Procedimento e questes intercorrentes.O rito do mandado de segurana, da petio inicial sentena,

est previsto na Lei 12.016/09 (do art. 6 ao art. 14), valendo a pena, aqui, destacar as diferenas especficas deste procedimento abreviado e peculiar:

- na petio inicial, no h ru, mas indicao da autoridade coatora e da pessoa jurdica qual est funcionalmente vinculada (art. 6, caput), que no citada, mas notificada para prestar informaes em 10 dias (art. 7, I), observando que esta indicao da autoridade coatora tambm aponta para a competncia do Juzo33;

(STJ, AgRg no REsp 1.326.043/CE, rel. Min. Srgio Kukina).30 MS 26.792-AgR, rel. min. Dias Toffoli. 31 Ap. n 0227984-29.2010.8.26.0000, rel. Des. Oswaldo Luiz Palu; Ap. n 29008-48.2009.8.26.0053, rel. Des. Srgio Gomes; Apelao n 817.766-5/5-00, rel. Des. Lus Cortez.32 STJ, AgRg no AREsp 345.267/PI, rel. Min. Napoleo Nunes Maia Filho.33 STJ: em razo da autoridade da qual emanou o ato, dito lesivo, que se determina qual o Juzo a que deve ser submetida a causa - AgRg no CC 27.105/RJ, rel. Min. Felix Fischer.

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- acompanha a petio inicial toda prova documental necessria demonstrao dos fatos que do suporte ao direito invocado, mas possvel determinao judicial para exibio de documento que o ente pblico ou terceiro, estando em seu poder, recuse fornecer voluntariamente ao impetrante (art. 6, 1);

- ao despachar a petio inicial, o juiz deve: a) examinar sua competncia e dela declinar, se o caso, encaminhando o feito ao Juzo competente; b) indeferi-la, de plano, por sentena (motivadamente), em caso de mandado de segurana incabvel, sem os seus requisitos legais ou impetrado aps o prazo decadencial de impetrao (art. 10); c) determinar a emenda da petio inicial, se o caso; d) examinar o pedido liminar, quando requerido, ordenando seu cumprimento, quando deferido (art. 7, III e 2); e) determinar a notificao da autoridade coatora para prestar as informaes e a cincia do feito ao rgo de representao judicial da pessoa jurdica interessada (art. 7, I e II);

- caso o impetrante crie obstculo ao normal andamento do processo ou deixe de promover, por mais de 3 dias teis, os atos e as diligncias que lhe cabem, a medida liminar deferida ser declarada pelo juiz, de ofcio, perempta ou caduca (art. 8);

- com as informaes, ou certificado o decurso do prazo para tanto, ouvido o representante do Ministrio Pblico, com prazo improrrogvel de 10 dias, com ou sem o seu parecer, sem dilao probatria (percia, audincia de instruo, etc.) o juiz proferir a sentena em at 30 dias (art. 12).

Dadas as linhas gerais do rito prprio do writ, destaquem-se, com a jurisprudncia, alguns pontos relevantes ao procedimento.

6.1. Valor da causa. certo que a toda causa deve ser atribudo valor certo, ainda que

ela no envolva contedo econmico imediato, nos termos do art. 258 do CPC. sabido, tambm, que o prprio Cdigo de Processo Civil apresenta um procedimento especfico, iniciado pela parte contrria, para impugnao ao valor inicialmente atribudo pelo autor (art. 261 do CPC). Nestes termos, a retificao ex officio do valor da causa s se admite para prevalncia de critrio de fixao contemplado em lei (artigos 259 e 260 do CPC), ou se a atribuio da inicial constituir expediente do autor para desviar a competncia, o rito procedimental adequado, ou alterar a regra recursal34.

Outrossim, possvel que pretenso patrimonial discutida no aponte para um valor lquido e certo, desde logo, por falta de elementos 34 STJ, 4 Turma, REsp 120.363/GO, rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar.

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suficientes determinao precisa do proveito econmico buscado35, ou, ainda, por se cuidar de impetrao direcionada declarao de nulidade do ato administrativo em que pode no haver um contedo econmico imediato36, tal como na discusso sobre a validade ou invalidade do ato de inabilitao da impetrante, buscando to somente nulidade da licitao ocorrida e a nova realizao de procedimento licitatrio37. Nestes casos, a alterao de ofcio do valor da causa, prima facie, pode ser precipitada.

6.2. Desistncia da ao e perda de objeto por fato superveniente.

Quanto desistncia do autor, possvel, a qualquer tempo, e, porque no feito no h ru em sentido prprio, sua homologao no depende de anuncia da autoridade impetrada38.

Quanto perda de objeto, no raramente, ela se verifica em mandado de segurana, quer por verificao de que houve satisfao voluntria, na esfera administrativa, da pretenso deduzida em Juzo, quer por ocorrncia superveniente de circunstncias diversas que resultam na inutilidade da ordem impetrada (v.g. findo o perodo ou o ano letivo para o qual se discute a atribuio de aulas; desclassificao do imperante em concurso pblico na fase posterior quela discutida no writ; revogao de norma na qual a autoridade coatora havia fundamentado o ato impugnado etc.). Nestes casos, h carncia superveniente da ao, por perda ulterior do interesse de agir, vulgarmente conhecida por perda de objeto, que tambm vale para mandado de segurana.

6.3. Medida liminarConcesso de medida liminar em mandado de segurana

espcie de tutela de urgncia, necessria efetividade do processo, de feio excepcional e natureza satisfativa (no apenas conservativa, como a cautelar), embora provisria e resultante de sumria cognio, que, na forma do prescrito no art. 7, III, da Lei n 12.016/09, pressupe: (a) fundamento relevante; (b) perigo da ineficcia da medida.

Conforme a jurisprudncia, supe, alm do risco de ineficcia da futura deciso definitiva da demanda, a elevada probabilidade de xito

35 TJSP, AI 0575893-91.2010.8.26.0000, rel. Des. Antonio Celso Aguilar Cortez.36 TJSP, AI 0428331-78.2010.8.26.0000, rel. Des. Reinaldo Miluzzi.37 TJSP, AI 0089538-12.2011.8.26.0000, rel. Des. Danilo Panizza.38 STF: RE 669.367/RJ, relatora p/ acrdo Min. Rosa Weber, no regime de repercusso geral. STJ: AgRg no REsp 1127391/DF, rel. Min. Assusete Magalhes.

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da pretenso, tal como nela formulada.39 preciso, ainda, anotar que proibida a concesso de liminar em

mandado de segurana, nas hipteses do art. 7, 2, da Lei n 12.016/09 e do art. 2-B da Lei n 9.494/97: a) que tenha por objeto a compensao de crditos tributrios, a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificao ou equiparao de servidores pblicos e a concesso de aumento ou a extenso de vantagens ou pagamento de qualquer natureza (art. 7, 2); b) que tenha por objeto a liberao de recurso, incluso em folha de pagamento, reclassificao, equiparao, concesso de aumento ou extenso de vantagens a servidores da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, inclusive de suas autarquias e fundaes, somente poder ser executada aps seu trnsito em julgado (art. 2-B).

Nestes casos, alis, no apenas no se permite a liminar, mas, tambm, qualquer forma de provimento antecipatrio ou de execuo provisria, ante a necessidade de provimento judicial com trnsito em julgado para a execuo.

6.4. Revelia.No h os efeitos da revelia em mandado de segurana,

observando que a intempestividade das informaes prestadas pela autoridade apontada coatora no mandado de segurana no induz a revelia, uma vez que ao impetrante cumpre demonstrar, mediante prova pr-constituda dos fatos que embasam a impetrao, a ocorrncia do direito lquido e certo40.

Alis, em desfavor da Fazenda Pblica, ante a feio indisponvel de seus bens e direitos, no se operam os efeitos da revelia ou da insuficincia de impugnao, ao tempo de informaes da autoridade coatora ou mesmo de contestao em processo ordinrio, para permitir a presuno de verdade de fatos no excepcionados na pea informativa ou de defesa41.

6. SentenaSentena, como se sabe, pode ser sem ou com resoluo de

mrito, mas, em mandado de segurana, o seu dispositivo sempre para

39 STF: MS 31.816, rel. p/ o ac. Min. Teori Zavascki; MS 28.177-MC-AgR, rel. p/ o ac. Min. Ricardo Lewandowski.40 STJ: RMS n 11571/SP, rel. Min. Slvio de Figueiredo Teixeira; RMS 26.170/RO, rel. Min. Francisco Falco.41 STJ: AgRg nos EDcl no REsp 1288560/MT, rel. Min. Castro Meira.

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denegar ou conceder (integral ou parcialmente) a ordem impetrada, e, por isso, at mesmo nos casos previstos no art. 267 do CPC a lei especial aponta, expressamente, para a soluo denegatria da segurana (art. 6, 5, da Lei 12.016/09.

Isso, porque o mandado de segurana ao de feio mandamental, que, quando procedente, resulta em ordem judicial autoridade ou ao agente pblico; e, contrariamente, por excluso, quando no concedido quer por falta de pressuposto processual, por carncia da ao ou por razo de mrito importa em denegao da ordem impetrada.

Todavia, quando a denegao da segurana for consequncia de uma das hipteses do art. 267 do CPC, sem resoluo de mrito, ento, possvel renovar a impetrao dentro do prazo decadencial (art. 6, 6, do CPC).

Bem sedimentado, na jurisprudncia, que o mandado de segurana no substitutivo de ao de cobrana (Smula 269 do STF), bem como que a concesso de mandado de segurana no produz efeitos patrimoniais em relao a perodo pretrito, os quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via judicial prpria (Smula 271 do STF).

Da, pois, quando houver valores devidos ao impetrante em decorrncia da ordem concedida, a condenao correlata deve limitar-se s parcelas vencidas a partir do ajuizamento do mandado de segurana, sem avano algum aos efeitos patrimoniais pretritos impetrao do writ, nos termos do art. 14, 4, da Lei 12.016/2009.42

Registre-se, ainda, a peculiaridade de que em mandado de segurana no cabe condenao em honorrios de advogado (art. 25 da Lei 12.016/09, Smula 512 do STF e Smula 105 do STJ), quer se cuide de ordem denegada, quer se cuide de ordem concedida. Despesas processuais, inclusa a taxa judiciria, contudo, devem ser suportadas pelo impetrante, se denegada a ordem43, ou pelo ente pblico a que pertencer a autoridade coatora, se concedida a ordem, admitindo-se a sua repartio proporcional (art. 21 do CPC), em caso de concesso parcial da ordem impetrada.

Por fim, se o caso, possvel aplicar as sanes de litigncia de m-f (art. 25 da Lei 12.016/09).

42 STJ: RMS 45.190/RS, rel. Min. Assusete Magalhes.43 Ou, ainda, se dela desistiu ou se renunciou ao direito sobre o qual se funda a demanda (STJ: AgRg no REsp 910.133/SP, rel. Min. Luiz Fux).

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7. Recursos e reexame necessrioEm sede de recursos voluntrios, no se foge muito do sistema

processual civil geral: para as decises interlocutrias (v.g. a que defere ou indefere liminar) cabe agravo de instrumento (v.g. art. 7, 1, da Lei 12.016/09); para as sentenas, apelao (art. 14 da Lei 12.016/09).

Toda segurana concedida, entretanto, est sujeita ao duplo grau de jurisdio (art. 14 da Lei 12.016/09), a impor ao juiz a remessa, de ofcio, dos autos ao segundo grau de jurisdio, para o reexame necessrio, o que convm anotar na prpria sentena proferida, ao final de seu dispositivo.

Os recursos voluntrios e o reexame necessrio, em caso de sentena que conceder a segurana impetrada no obstam, em regra, a execuo provisria da ordem (art. 14, 3, da Lei 12.016/09), e, assim, tais apelaes devem ser recebidas apenas no efeito devolutivo. Exceo, a justificar, em tais apelos, o duplo efeito (devolutivo e suspensivo) so as hipteses, j referidas, em que no se admite a execuo da ordem antes do trnsito em julgado (art. 14, 3, in fine, c.c. o art. 7, 2, da Lei n 12.016/09 e c. o art. 2-B da Lei n 9.494/97).

Destaque-se, ainda, em matria recursal, o no cabimento de embargos infringentes (art. 25 da Lei 12.016/09 e Smula 169 do STJ).

8. Pedido de suspenso de seguranaSuspenso de segurana medida excepcional, que tem amparo

na Lei 12.016/09 (art. 15) e na Lei 8.437/92 (art. 4), de competncia do presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do recurso, cabvel apenas quando a deciso proferida contra o Poder Pblico puder provocar grave leso ordem, sade, segurana e economia pblicas44 e, por isso, incompatveis com a mera irresignao recursal.

Quando deferida, vigora, em princpio, at o trnsito em julgado na instncia de origem, ou, havendo recurso, at o seu julgamento pelo Supremo Tribunal.45

Portanto, recebendo o julgador, a notcia de deferimento de alguma suspenso de segurana, deve, imediatamente, comunicar autoridade coatora e ao impetrante, aguardando a soluo final do feito, com seu trnsito em julgado, ou eventual notcia da revogao da suspenso deferida.

44 STJ- Corte Especial, AgRg na SLS 1.787/PB, rel. Min. Felix Fischer.45 STF-Pleno, SS 761, AgR/PE, re. Min. Seplveda Pertence. Smula 626 do STF.

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9. ConclusoEssas, enfim, so algumas consideraes de feio prtico-

jurisprudenciais em sede de mandado de segurana, selecionadas dentre inmeras outras existentes na matria, e que tiveram o nico objetivo de servir de alguma utilidade aos juzes que ingressam ou que retornam sua atividade judicante em Varas da Fazenda Pblica, e, assim, para dar maior visibilidade a este esboo de escopo eminentemente utilitrio, seguem, em anexo complementar, alguns despachos ou decises de juzes com experincia na matria, publicados no DJe do Tribunal de Justia de So Paulo.

ANEXO COMPLEMENTAR (despachos/decises de juzes)

1. Despachos iniciais e decises de liminares.Defiro os benefcios da justia gratuita. Anote-se. Trata-se de

ao mandamental com pedido de liminar com objetivo de cessar descontos sobre os vencimentos dos impetrantes, Policiais Militares da ativa, a ttulo de contribuio a Cruz Azul de So Paulo, visando o custeio de assistncia mdico-hospitalar colocada sua disposio, em face de preceitos legais (art. 30 c.c. o inciso I do art. 32, e incisos I a IV, do art. 6 da Lei estadual n 452, de 02 de outubro de 1974). Presentes, luz de orientao segura da jurisprudncia quanto ao ponto, os pressupostos do fumus boni juris e do periculum in mora. Alis, j se decidiu em demandas semelhantes, envolvendo associados da Cruz Azul de So Paulo: (...). Finalmente, no se trata de concesso de aumento ou extenso de vantagem ou pagamento de qualquer natureza, quando incide vedao legal. Posto isso, salvo quanto aos que (a) tenham manifestado expressamente interesse em mant-los ou (b) estejam usufruindo das vantagens deles decorrentes, concedo a medida liminar para determinar a cessao dos referidos descontos (contribuio assistencial mdica, hospitalar ou odontolgica) em face de sua questionvel natureza compulsria, at ulterior deliberao judicial. Notifique(m)-se o(s) coator(es), supracitado(s) e no(s) endereo (s) indicado(s), do contedo da petio inicial, entregando-lhe a segunda via apresentada pelo requerente com as cpias dos documentos, a fim de que, no prazo de dez dias, preste informaes (art. 7, inciso I da Lei n 12.016/09). Aps, cumpra-se o art. 7, inciso II de Lei 12.016/09, intimando-se a Fazenda Pblica do Estado de So Paulo, por ofcio. Findo o prazo, oua-se o representante do Ministrio Pblico, em dez dias. Oportunamente, tornem conclusos para deciso. Cumpra-se, na

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forma e sob as penas da Lei, servindo esta deciso como mandado. Int. (MM. Juiz Emiliano Migliano Neto - 7 V