revista eletrônica de jurisprudência do tribunal de justiça de são

2239
Tribunal de Justiça, conforme Registro n. REVISTA ELETRÔNICA DE JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO REVISTA OFICIAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO VOLUME 1 – ANO 1 JANEIRO E FEVEREIRO DE 2014 As íntegras aqui publicadas correspondem aos seus originais, obtidos junto aos órgãos responsáveis do

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Revista Eletrnica de Jurisprudncia do Tribunal de Justia de So Paulo - Ano I - n. 1

(ISSN 0000-0000)

REVISTA ELETRNICA DE JURISPRUDNCIA DO

TRIBUNAL DE JUSTIA DE SO PAULO

REVISTA OFICIAL DO TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO

(Repositrio autorizado pelo Supremo Tribunal de Federal, conforme Registro n. 000-00, de 00.00.0000Repositrio autorizado pelo Superior Tribunal de Justia, conforme Registro n. 00, de 00.00.0000)VOLUME 1 ANO 1 JANEIRO E FEVEREIRO DE 2014

As ntegras aqui publicadas correspondem aos seus originais, obtidos junto aos rgos responsveis do Tribunal.

COMISSO DE JURISPRUDNCIA

Presidente

Desembargador JOS GASPAR GONZAGA FRANCESCHINI

Desembargador ALBERTO GENTIL DE ALMEIDA PEDROSO NETO Desembargador ARTUR CSAR BERETTA DA SILVEIRA Desembargador ERICSON MARANHO

Desembargador ITAMAR GAINO

Desembargador RICARDO HENRY MARQUES DIP Desembargador RONALDO SRGIO MOREIRA DA SILVA

SUMRIO

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1- Doutrina23

2- Jurisprudncia Cvel:

3.1- Seo de Direito Privado:

a) Agravos de Instrumento25

b) Agravos Regimentais139

c) Apelaes146

d) Conflitos de Competncia388

e) Embargos de Declarao397

f) Rescisrias406

3.2- Seo de Direito Pblico

a) Agravos de Instrumento414

b) Agravos Regimentais439

c) Apelaes450

d) Apelaes/Reexames Necessrios609

e) Reexames Necessrios627

3- Jurisprudncia Criminal:

a) Agravos em Execuo Penal631

b) Apelaes659

c) Habeas Corpus812

4- Jurisprudncia do rgo Especial:

a) Aes Diretas de Inconstitucionalidade (Adins)825

b) Agravos Regimentais878

c) Incidentes de Inconstitucionalidade881

d) Conflitos de Competncia921

e) Habeas Corpus954

f) Mandados de Injuno957

5- Jurisprudncia da Cmara Especial:

a) Agravos de Instrumento964

b) Agravos Regimentais977

c) Apelaes981

d) Conflitos de Competncia1006

e) Conflitos de Jurisdio1020

f) Embargos Infringentes1032

g) Habeas Corpus1034

6-Jurisprudncia do Conselho Superior da Magistratura1042

7-Noticirio1065

TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO

www.tjsp.jus.br

Composta/Editada pela Equipe da DGJUD 1.2 - Servio de Publica- es e Divulgao - Presidncia do Tribunal de Justia

Praa Dr. Joo Mendes, s/n, Frum Joo Mendes Jr., 19 andar sala 1905, So Paulo-SP, 01501-900

Telefone (11) 2171-6629, Fax (11) 2171-6602

endereo eletrnico: [email protected]

Revista Eletrnica de Jurisprudncia do Tribunal de Justia de So Paulo - Ano I,

n. 1, jan./fev. 2014 - So Paulo: Tribunal de Justia do Estado, 2014. Bimestral.

Repositrio Oficial da Jurisprudncia do Tribunal de Justia de So Paulo

1. Direito - jurisprudncia 2. Tribunal de Justia - peridico. I. So Paulo (Esta- do). Tribunal de Justia.

CDU 34(05)

TRIBUNAL DE JUSTIA

CARGOS DE DIREO E DE CPULA

Presidente

Desembargador Jos RENATO NALINI

Vice-Presidente

Desembargador EROS PICELI

Corregedor-Geral da Justia

Desembargador Hamilton ELLIOT AKEL

Presidente da Seo de Direito Privado

Desembargador ARTUR MARQUES da Silva Filho

Presidente da Seo de Direito Pblico

Desembargador RICARDO Mair ANAFE

Presidente da Seo Criminal

Desembargador Geraldo Francisco PINHEIRO FRANCO

Decano

Desembargador Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINI

RGO ESPECIAL

Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINI

Srgio Jacintho GUERRIERI REZENDE WALTER de Almeida GUILHERME

Jos Carlos Gonalves XAVIER DE AQUINO Hamilton ELLIOT AKEL

Regis de CASTILHO BARBOSA

Antonio Luiz PIRES NETO ANTONIO CARLOS MALHEIROS

ANTONIO VILENILSON Vilar Feitosa Fernando Antonio FERREIRA RODRIGUES PRICLES de Toledo PIZA Jnior

Getlio EVARISTO DOS SANTOS Neto SAMUEL Alves de Melo JNIOR

Carlos Eduardo CAUDURO PADIN Jos RENATO NALINI

ROBERTO Nussinkis MAC CRACKEN LUS SOARES DE MELLO Neto

Paulo Roberto GRAVA BRAZIL PAULO Dimas de Bellis MASCARETTI LUS Antonio GANZERLA

ITAMAR GAINO VANDERCI LVARES

Jos Henrique ARANTES THEODORO Antonio Carlos TRISTO RIBEIRO EROS PICELI

CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA

Presidente

Desembargador Jos RENATO NALINI

Vice-Presidente

Desembargador EROS PICELI

Corregedor-Geral da Justia

Desembargador Hamilton ELLIOT AKEL

Decano

Desembargador Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINI

Presidente da Seo de Direito Privado

Desembargador ARTUR MARQUES da Silva Filho

Presidente da Seo de Direito Pblico

Desembargador RICARDO Mair ANAFE

Presidente da Seo Criminal

Desembargador Geraldo Francisco PINHEIRO FRANCO

CMARA ESPECIAL

(sala 511 2 feira 13:30 horas PJ)

D e s e m b a r g a d o r Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINI Desembargador EROS PICELI***

Desembargador ARTUR MAQUES da Silva Filho Desembargador RICARDO Mair ANAFE

Desembargador Geraldo Francisco PINHEIRO FRANCO

Desembargador Adalberto Jos Queiroz Telles de CAMARGO ARANHA FILHO** Desembargadora CLUDIA GRIECO TABOSA PESSOA**

Desembargadora CLAUDIA LUCIA FONSECA FANUCCHI** Desembargador MARCELO COUTINHO GORDO**

Desembargador CARLOS DIAS MOTTA**

COMPOSIO DE GRUPOS E CMARAS DE DIREITO PRIVADO

1 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 510)

1 Cmara de Direito Privado (sala 510 3 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Hamilton ELLIOT AKEL Desembargador LUIZ ANTONIO DE GODOY Desembargador PAULO Eduardo RAZUK Desembargador RUI CASCALDI Desembargadora CHRISTINE SANTINI*** Desembargador CLAUDIO LUIZ BUENO DE GODOY**

Desembargador ALCIDES LEOPOLDO E SILVA JNIOR**

2 Cmara de Direito Privado (sala 511 3 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador JOS CARLOS FERREIRA ALVES

Desembargador Jos Roberto NEVES AMORIM*** Desembargador JOS JOAQUIM DOS SANTOS Desembargador LVARO Augusto dos PASSOS Desembargador Luiz Beethoven GIFFONI FERREIRA

Desembargador FLVIO ABRAMOVICI** Desembargador GUILHERME SANTINI TEODORO*

Desembargadora MRCIA TESSITORE*

2 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUINTA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 509)

3 Cmara de Direito Privado (sala 509 3 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Carlos Eduardo DONEG MORANDINI***

Desembargador Artur Cesar BERETTA DA SILVEIRA

Desembargador EGIDIO Jorge GIACOIA Desembargador Dcio Tadeu VIVIANI NICOLAU Desembargador CARLOS ALBERTO DE SALLES Desembargador JOO PAZINE NETO** Desembargador ALEXANDRE AUGUSTO PINTO MOREIRA MARCONDES**

4 Cmara de Direito Privado (sala 509 5

feira 13:30 horas PJ)

Desembargador NIO Santarelli ZULIANI*** Desembargador Fernando Antonio MAIA DA CUNHA

Desembargador Carlos TEIXEIRA LEITE Filho Desembargador FBIO de Oliveira QUADROS Desembargador NATAN ZELINSCHI DE ARRUDA Desembargador CARLOS HENRIQUE MIGUEL TREVISAN**

Desembargador MILTON PAULO DE CARVALHO FILHO**

3 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA E QUINTA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALAS 510 E 511)

5 Cmara de Direito Privado (sala 511 4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Antonio Carlos MATHIAS COLTRO***

Desembargador ERICKSON GAVAZZA MARQUES Desembargador JOS LUIZ MNACO DA SILVA Desembargador JAMES Alberto SIANO Desembargador JOO FRANCISCO MOREIRA VIEGAS

Desembargador EDSON LUIZ DE QUEIROZ** Desembargador FABIO HENRIQUE PODEST**

6 Cmara de Direito Privado (sala 510 5 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador VITO Jos GUGLIELMI*** Desembargador Jos Percival ALBANO NOGUEIRA Jnior

Desembargador PAULO ALCIDES Amaral Salles Desembargador FRANCISCO Eduardo LOUREIRO

Desembargador EDUARDO S PINTO SANDEVILLE

Desembargador MARCELO FORTES BARBOSA FILHO**

Desembargadora ANA LUCIA ROMANHOLE MARTUCCI**

4 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 510)

7 Cmara de Direito Privado (sala 509 4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador LUIZ ANTONIO SILVA COSTA Desembargador MIGUEL ANGELO BRANDI JNIOR***

Desembargador LUIS MARIO GALBETTI Desembargador Henrique NELSON CALANDRA Desembargadora MARY GRN

Desembargador CARLOS ALBERTO DE CAMPOS MENDES PEREIRA**

Desembargador WALTER ROCHA BARONE** Desembargador RAMON MATEO JNIOR**

8 Cmara de Direito Privado (sala 510 4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador LUIZ Antonio AMBRA Desembargador Luiz Fernando SALLES ROSSI*** Desembargador PEDRO DE ALCNTARA DA SILVA LEME FILHO

Desembargador Joo Batista SILVRIO DA SILVA Desembargador Paulo Roberto GRAVA BRAZIL Desembargador THEODURETO DE ALMEIDA CAMARGO NETO**

Desembargador HLIO MARQUES DE FARIA**

5 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ 6 ANDAR (SALA 612)

9 Cmara de Direito Privado (sala 622 3 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador ANTONIO VILENILSON Vilar Feitosa

Desembargador Walter PIVA RODRIGUES Desembargador GALDINO TOLEDO JNIOR Desembargador ALEXANDRE Alves LAZZARINI Desembargador MAURO CONTI MACHADO*** Desembargadora LUCILA TOLEDO PEDROSO DE BARROS**

Desembargador JOS APARCIO COELHO PRADO NETO**

Desembargadora MARIA SILVIA GOMES STERMAN*

10 Cmara de Direito Privado (sala 612

3 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador JOO CARLOS SALETTI*** Desembargador ELCIO TRUJILLO Desembargador CSAR CIAMPOLINI NETO Desembargador CARLOS ALBERTO GARBI Desembargador Jos ARALDO da Costa TELLES Desembargador LUIZ ANTONIO COELHO MENDES**

Desembargador JOO BATISTA AMORIM DE VILHENA NUNES**

Desembargador ROBERTO MAIA FILHO** Desembargadora MRCIA REGINA DALLA DA BARONE**

6 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 622)

QUINTA-FEIRA PJ (SALA 604)

11 Cmara de Direito Privado (sala 604 5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador GILBERTO PINTO DOS SANTOS***

Desembargador GIL Ernesto Gomes COELHO Desembargador WALTER Pinto da FONSECA Filho Desembargador ALBERTO MARINO NETO Desembargador RENATO RANGEL DESINANO Desembargador RMOLO RUSSO JNIOR** Desembargadora CLARICE SALLES DE CARVALHO ROSA**

12 Cmara de Direito Privado (sala 622

4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador JOS REYNALDO Peixoto de Souza

Desembargador Luiz Antonio CERQUEIRA LEITE Desembargador JOS JACOB VALENTE*** Desembargadora SANDRA MARIA GALHARDO ESTEVES

Desembargador TASSO DUARTE DE MELLO Desembargadora LIDIA MARIA ANDRADE CONCEIO**

Desembargadora MRCIA CARDOSO*

7 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ

(SALA 612)

13 Cmara de Direito Privado (sala 621/623 4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargadora ZLIA MARIA ANTUNES ALVES Desembargador Carlos Eduardo CAUDURO PADIN Desembargadora ANA DE LOURDES Coutinho Silva da Fonseca

Desembargador HERALDO DE OLIVEIRA Silva Desembargador FRANCISCO GIAQUINTO***

14 Cmara de Direito Privado (sala 612

4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Everaldo de MELO COLOMBI Desembargador Sebastio THIAGO DE SIQUEIRA

Desembargadora LIGIA Cristina de ARAJO BISOGNI***

Desembargador Jos CARDOSO NETO Desembargador CARLOS Henrique ABRO

8 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ

(SALA 504)

15 Cmara de Direito Privado (sala 509 3 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Jos ARALDO da Costa TELLES Desembargador Manoel MATTOS FARIA Desembargador EDISON VICENTINI BARROSO Desembargador Antonio Mario de CASTRO FIGLIOLA***

Desembargador Jos Gaspar GONZAGA FRANCESCHINI

Desembargadora MNICA de Almeida Magalhes SERRANO

Desembargador ALEXANDRE AUGUSTO PINTO MOREIRA MARCONDES**

Desembargador DIMITRIOS ZARVOS VARELLIS*

16 Cmara de Direito Privado (sala 504

3 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Jos Roberto COUTINHO DE ARRUDA

Desembargador JOVINO DE SYLOS Neto Desembargador Jos Maria SIMES DE VERGUEIRO

Desembargador MIGUEL PETRONI NETO Desembargador LUS FERNANDO Balieiro LODI***

9 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ

(SALA 509)

17 Cmara de Direito Privado (sala 509 4 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador LUIZ Roberto SABBATO Desembargador Teodozio de SOUZA LOPES Desembargador IRINEU JORGE FAVA*** Desembargador AFONSO CELSO NOGUEIRA BRAZ

Desembargador PAULO PASTORE FILHO Desembargadora CLAUDIA SARMENTO MONTELEONE*

18 Cmara de Direito Privado (sala 622

4 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador CARLOS ALBERTO LOPES Desembargador ROQUE Antonio MESQUITA de Oliveira

Desembargador WILLIAM MARINHO de Faria Desembargador HENRIQUE RODRIGUERO CLAVISIO

10 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ

(SALA 510)

19 Cmara de Direito Privado (sala 510 2 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador SEBASTIO Alves JUNQUEIRA Desembargador RICARDO Jos NEGRO Nogueira

Desembargador JOO CAMILLO DE ALMEIDA PRADO COSTA

Desembargador MRIO CARLOS DE OLIVEIRA Desembargador RICARDO PESSOA DE MELLO BELLI***

20 Cmara de Direito Privado (sala 509

2 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador LVARO TORRES JNIOR*** Desembargador Luiz CORREIA LIMA Desembargador LUIS CARLOS DE BARROS Desembargador Manoel Ricardo REBELLO PINHO

Desembargadora MARIA LUCIA RIBEIRO DE CASTRO PIZZOTTI MENDES**

11 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ

(SALA 622)

21 Cmara de Direito Privado (sala 622 2 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador ADEMIR de Carvalho BENEDITO***

Desembargador Antonio Jos SILVEIRA PAULILO Desembargador ITAMAR GAINO

Desembargador VIRGLIO DE OLIVEIRA JNIOR Desembargador Wellington MAIA DA ROCHA Desembargador ALEXANDRE AUGUSTO PINTO MOREIRA MARCONDES**

22 Cmara de Direito Privado (sala 510

5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Gasto Toledo de CAMPOS MELLO Filho

Desembargador Manuel MATHEUS FONTES Desembargador ROBERTO Nussinkis MAC CRACKEN***

Desembargador THIERS FERNANDES LOBO Desembargador SRGIO RUI DA FONSECA Desembargador FBIO GUIDI TABOSA PESSOA**

12 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ

(SALA 510)

23 Cmara de Direito Privado (sala 510 4 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Jos Benedito FRANCO DE GODOI

Desembargador JOS MARCOS MARRONE*** Desembargador PAULO ROBERTO DE SANTANA Desembargador SERGIO SEIJI SHIMURA Desembargador SEBASTIO FLVIO da Silva Filho

24 Cmara de Direito Privado (sala 504

5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Luiz Augusto de SALLES VIEIRA Desembargador PLINIO NOVAES DE ANDRADE JNIOR

Desembargador ERSON Teodoro de OLIVEIRA*** Desembargador LUIZ FERNANDO PINTO ARCURI*

Desembargador GUILHERME FERREIRA DA CRUZ

13 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ

(SALA 621/623)

25 Cmara de Direito Privado (sala 621/623 5 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador VANDERCI LVARES Desembargador Vicente Antonio MARCONDES DANGELO

Desembargador WALTER CSAR Incontri EXNER***

Desembargador HUGO CREPALDI NETO Desembargador EDGARD Silva ROSA Desembargadora DENISE ANDRA MARTINS RETAMERO**

26 Cmara de Direito Privado (sala 604

4 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Tarcsio Ferreira VIANNA COTRIM

Desembargador Reinaldo FELIPE FERREIRA*** Desembargador RENATO Sandreschi SARTORELLI

Desembargador ANTONIO BENEDITO DO NASCIMENTO

Desembargador Mrcio Martins BONILHA FILHO Desembargador JOS PAULO CAMARGO MAGANO*

Desembargador MARIO CHIUVITE JNIOR*

14 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ

(SALA 621/623)

27 Cmara de Direito Privado (sala 403 3 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Paulo Miguel de CAMPOS PETRONI

Desembargadora BERENICE MARCONDES CSAR

Desembargador GILBERTO GOMES DE MACEDO LEME***

Desembargador ANTONIO CARLOS MORAIS PUCCI

Desembargador CLAUDIO HAMILTON BARBOSA

28 Cmara de Direito Privado (sala 621/623 3 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador CELSO Jos PIMENTEL Desembargador JLIO dos Santos VIDAL Jnior Desembargador CSAR LACERDA Desembargador MANOEL JUSTINO BEZERRA FILHO***

Desembargador DIMAS RUBENS FONSECA Desembargador GILSON DELGADO MIRANDA**

15 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ

(SALA 232/236)

29 Cmara de Direito Privado (sala 232/236 4 feira 10:00 horas PJ)

Desembargador Manoel de Queiroz PEREIRA CALAS

Desembargador Sebastio OSCAR FELTRIN*** Desembargador FRANCISCO THOMAZ de Carvalho Jnior

Desembargador Otacilio FERRAZ FELISARDO Desembargadora SILVIA ROCHA Desembargadora HAMID CHARAF BDINE JNIOR**

30 Cmara de Direito Privado (sala 218/220 4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador ORLANDO PISTORESI Desembargador Jos Roberto LINO MACHADO Desembargador CARLOS Alberto RUSSO Desembargador MARCOS Antonio de Oliveira RAMOS

Desembargador Alberto de Oliveira ANDRADE NETO***

Desembargadora MONICA SALLES PENNA MACHADO**

16 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ

(SALA 510) QUINTA-FEIRA PJ (SALA 612)

31 Cmara de Direito Privado (sala 510 3 feira 10:00 horas PJ)

Desembargador FRANCISCO Antonio CASCONI*** Desembargador PAULO Celso AYROSA Monteiro de Andrade

Desembargador ANTONIO RIGOLIN Desembargador Armando Srgio PRADO DE TOLEDO

Desembargador ADILSON DE ARAJO

32 Cmara de Direito Privado (sala 612

5 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador RUY COPPOLA*** Desembargador KIOITSI CHICUTA Desembargador FRANCISCO OCCHIUTO JNIOR

Desembargador Luis FERNANDO NISHI Desembargador AIRTON PINHEIRO DE CASTRO*

Desembargadora MARIA CLAUDIA BEDOTTI*

17 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ

5 ANDAR (SALA 511)

33 Cmara de Direito Privado (sala 511 2 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador EROS PICELI

Desembargador Carlos Alberto de S DUARTE*** Desembargador LUIZ EURICO Costa Ferrari Desembargador CARLOS NUNES Neto Desembargador MRIO ANTONIO SILVEIRA Desembargador SAMUEL FRANCISCO MOURO NETO**

34 Cmara de Direito Privado (sala 510

2 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Luiz Augusto GOMES VARJO***

Desembargador NESTOR DUARTE Desembargadora ROSA MARIA Barreto Borriello DE ANDRADE NERY

Desembargadora Maria CRISTINA ZUCCHI Desembargador Cludio Antonio SOARES LEVADA

Desembargador HLIO NOGUEIRA**

18 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ

(SALA 509)

35 Cmara de Direito Privado (sala 509 2 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador JOS Joaquim Marcondes MALERBI

Desembargador Jos Maria MENDES GOMES*** Desembargador ARTUR MARQUES da Silva Filho Desembargador CLVIS CASTELO Desembargador Fernando MELO BUENO Filho Desembargador GILSON DELGADO MIRANDA

36 Cmara de Direito Privado (sala 601/602 5 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Jos Lus PALMA BISSON Desembargador JAYME QUEIROZ Lopes Filho Desembargador Jos Henrique ARANTES THEODORO

Desembargador PEDRO Luiz BACCARAT da Silva

Desembargador Joo Carlos S MOREIRA DE OLIVEIRA***

Desembargadora MARIA DE LOURDES LOPEZ GIL CIMINO**

Desembargador ALEXANDRE BUCCI*

19 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA OU QUINTA-FEIRA PJ (SALAS 504 ou 511)

37 Cmara de Direito Privado (sala 504 3 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Antonio DIMAS Cruz CARNEIRO Desembargador JOS TARCISO BERALDO*** Desembargador ISRAEL GES DOS ANJOS Desembargador SRGIO GOMES Desembargador PEDRO YUKIO KODAMA

38 Cmara de Direito Privado (sala 511

4 feira 14:00 horas PJ)

Desembargador SPENCER ALMEIDA FERREIRA***

Desembargador FERNANDO LUIZ SASTRE REDONDO

Desembargador EDUARDO ALMEIDA PRADO ROCHA DE SIQUEIRA

Desembargador FLVIO Cunha da SILVA Desembargador MAURY ngelo BOTTESINI Desembargador CESAR SANTOS PEIXOTO**

GRUPO DE CMARAS RESERVADAS DE DIREITO EMPRESARIAL

1 Cmara Reservada de Direito Empresarial (sala 509 5 feira quinzenal 13:30 horas PJ)

Desembargador Manoel de Queiroz PEREIRA CALAS

Desembargador NIO Santarelli ZULIANI*** Desembargador Fernando Antonio MAIA DA CUNHA

Desembargador Carlos TEIXEIRA LEITE Filho Desembargador FRANCISCO Eduardo LOUREIRO Desembargador MARCELO FORTES BARBOSA FILHO**

2 Cmara Reservada de Direito Empresarial (sala 510 2 feira quinzenal 13:30 horas PJ)

Desembargador Jos ARALDO da Costa TELLES Desembargador JOS REYNALDO Peixoto de Souza***

Desembargador RICARDO Jos NEGRO Nogueira

Desembargador ROBERTO Nussinkis MAC CRACKEN

Desembargador LIGIA Cristina de ARAJO BISOGNI

Desembargador TASSO DUARTE DE MELO Desembargador FBIO GUIDI TABOSA PESSOA**

CMARAS EXTRAORDINRIAS DE DIREITO PRIVADO

(Resoluo n 608/2013)

2 Cmara Extraordinria de Direito Privado

Desembargador Carlos Eduardo CAUDURO PADIN***

Desembargador HERALDO DE OLIVEIRA Silva Desembargador FRANCISCO GIAQUINTO Desembargador JOS TARCISO BERALDO Desembargador NELSON JORGE JNIOR**

3 Cmara Extraordinria de Direito Privado

Desembargador Fernando MELO BUENO Filho Desembargador RUY COPPOLA Desembargador KIOITSI CHICUTA*** Desembargador Vicente Antonio MARCODES DANGELO

Desembargador HELIO NOGUEIRA** Desembargador TERCIO PIRES**

COMPOSIO DE GRUPOS E CMARAS DE DIREITO PBLICO

1 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO TERA-FEIRA PJ

(SALA 609)

1 Cmara de Direito Pblico (sala 609 3 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Regis de CASTILHO BARBOSA Desembargador Jos RENATO NALINI Desembargador DANILO PANIZZA Filho Desembargador Jos Carlos Gonalves XAVIER DE AQUINO

Desembargador LUS FRANCISCO AGUILAR CORTEZ***

Desembargador VICENTE DE ABREU AMADEI** Desembargador LUS PAULO ALIENDE RIBEIRO**

2 Cmara de Direito Pblico (sala 604 3 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador SAMUEL Alves de Melo JNIOR Desembargadora VERA Lcia ANGRISANI Desembargador RENATO DELBIANCO Desembargador JOS LUIZ GERMANO*** Desembargadora LUCIANA Almeida Prado BRESCIANI

Desembargador CLAUDIO AUGUSTO PEDRASSI**

Desembargador LUS GERALDO SANT ANA LANFREDI*

3 Cmara de Direito Pblico (sala 623 3 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador ANTONIO Carlos MALHEIROS*** Desembargador Luiz Edmundo MARREY UINT Desembargador ARMANDO CAMARGO PEREIRA Desembargador Raymundo AMORIM CANTURIA Desembargador JOS LUIZ GAVIO DE ALMEIDA Desembargador RONALDO ALVES DE ANDRADE**

2 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO SEGUNDA-FEIRA PJ

(SALAS 612 E 623)

4 Cmara de Direito Pblico (sala 612 2 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Fernando Antonio FERREIRA RODRIGUES

Desembargador RICARDO Santos FEITOSA Desembargador RUI STOCO

Desembargador OSVALDO MAGALHES Jnior Desembargador PAULO BARCELLOS GATTI*** Desembargadora ANA LUZA LIARTE** Desembargador LUIS FERNANDO CAMARGO DE BARROS VIDAL**

5 Cmara de Direito Pblico (sala 623 2 feira 10:00 horas PJ)

Desembargador FERMINO MAGNANI FILHO Desembargador FRANCISCO ANTONIO BIANCO NETO

Desembargador Jos Helton NOGUEIRA DIEFENTHLER Jnior***

Desembargador LEONEL CARLOS DA COSTA Desembargador MARCELO Martins BERTHE Desembargadora MARIA LAURA DE ASSIS MOURA TAVARES**

3 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO SEGUNDA-FEIRA PJ

(SALA 604/609)

6 Cmara de Direito Pblico (sala 604 2 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Getlio EVARISTO DOS SANTOS Neto

Desembargador Decio LEME DE CAMPOS Jnior Desembargador SIDNEY ROMANO dos Reis Desembargador REINALDO MILUZZI*** Desembargadora MARIA OLVIA PINTO ESTEVES ALVES

Desembargadora SILVIA Maria MEIRELLES Novaes de Andrade**

7 Cmara de Direito Pblico (sala 504

2 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Srgio Jacintho GUERRIERI REZENDE

Desembargador MOACIR Andrade PERES Desembargador Sergio COIMBRA SCHMIDT Desembargador PAULO MAGALHES DA COSTA COELHO***

Desembargador EDUARDO CORTEZ DE FREITAS GOUVA

Desembargador LUIZ SRGIO FERNANDES DE SOUZA**

4 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO QUARTA-FEIRA PJ

(SALA 609)

8 Cmara de Direito Pblico (sala 609 4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador JOO CARLOS GARCIA*** Desembargador PAULO Dimas de Bellis MASCARETTI

Desembargador RUBENS RIHL Pires Corra Desembargador JOS JARBAS DE AGUIAR GOMES

Desembargadora Maria CRISTINA COTROFE Biasi Desembargador JOS DA PONTE NETO* Desembargador MANOEL LUIZ RIBEIRO*

9 Cmara de Direito Pblico (sala 604

4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador DCIO de Moura NOTARANGELI

Desembargador OSWALDO LUIZ PALU Desembargador JEFERSON MOREIRA DE CARVALHO***

Desembargador JOO BATISTA MORATO REBOUAS DE CARVALHO

Desembargador CARLOS EDUARDO PACHI Desembargador JOS MARIA CMARA JNIOR**

5 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO SEGUNDA-FEIRA PJ

(SALA 511)

10 Cmara de Direito Pblico (sala 601 2 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador URBANO RUIZ Desembargador ANTONIO Carlos VILLEN Desembargador ANTONIO CELSO AGUILAR CORTEZ

Desembargador Ricardo Cintra TORRES DE CARVALHO***

Desembargadora TERESA Cristina Motta RAMOS MARQUES

Desembargador MARCELO SEMER**

11 Cmara de Direito Pblico (sala 511

3 feira 10:00 horas PJ)

Desembargador AROLDO Mendes VIOTTI*** Desembargador RICARDO Henry Marques DIP Desembargador Pedro Cauby PIRES DE ARAJO

Desembargador LUIS Antonio GANZERLA Desembargador OSCILD DE LIMA JNIOR

6 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO QUARTA-FEIRA PJ

(SALA 601)

12 Cmara de Direito Pblico (sala 612 4 feira 13:00 horas PJ)

Desembargador OSVALDO Jos de OLIVEIRA Desembargador LUIZ BURZA NETO Desembargador VENCIO Antnio de Paula SALLES

Desembargador Jos Manoel RIBEIRO DE PAULA***

Desembargador EDSON FERREIRA da Silva Desembargadora MARIA ISABEL CAPONERO COGAN**

13 Cmara de Direito Pblico (sala 403

4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Augusto Francisco Mota FERRAZ DE ARRUDA

Desembargador Jos Roberto PEIRETTI DE GODOY

Desembargador RICARDO Mair ANAFE Desembargador Dimas BORELLI THOMAZ Junior***

Desembargador Jos Roberto de SOUZA MEIRELLES

Desembargador DJALMA RUBENS LOFRANO FILHO**

7 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO QUINTA-FEIRA PJ

(SALA 622)

14 Cmara de Direito Pblico (sala 623 5 feira 14:00 horas PJ)

Desembargador GERALDO Euclides Araujo XAVIER

Desembargador JOO ALBERTO PEZARINI Desembargador OCTAVIO AUGUSTO MACHADO DE BARROS FILHO***

Desembargador HENRIQUE HARRIS JNIOR Desembargador JOS LUIZ GERMANO Desembargador PAULO Srgio Brant de Carvalho GALIZIA

Desembargador CLUDIO ANTONIO MARQUES DA SILVA**

Desembargadora KENARIK BOUJIKIAN FELIPPE** Desembargador MAURICIO FIORITO** Desembargador NUNCIO THEOPHILO NETO** Desembargador RODOLFO CSAR MILANO* Desembargadora SILVANA MALANDRINO MOLLO*

15 Cmara de Direito Pblico (sala 622

5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Oswaldo ERBETTA FILHO*** Desembargador Antonio Teixeira da SILVA RUSSO***

Desembargador Srgio Godoy RODRIGUES DE AGUIAR

Desembargador EUTLIO Jos PORTO Oliveira Desembargador ARTHUR DEL GURCIO Filho Desembargador ALUSIO SRGIO REZENDE SILVEIRA**

Desembargador JOS HENRIQUE FORTES MUNIZ JNIOR**

18 Cmara de Direito Pblico (sala 612 5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador OSVALDO CAPRARO Desembargador FRANCISCO OLAVO Guimares Peret Filho

Desembargador ROBERTO MARTINS DE SOUZA Desembargadora Maria BEATRIZ Dantas BRAGA Desembargador WANDERLEY JOS FEDERIGHI***

Desembargador RICARDO CUNHA CHIMENTI** Desembargador JOS LUIZ DE CARVALHO*

8 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO TERA-FEIRA PJ

(SALA 601)

16 Cmara de Direito Pblico (sala 601 3 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador LUIZ Alberto DE LORENZI*** Desembargador CYRO Ricardo Saltini BONILHA Desembargador JOO NEGRINI Filho Desembargador VALDECIR JOS DO NASCIMENTO

Desembargador LUIZ FELIPE NOGUEIRA JNIOR Desembargador VALTER ALEXANDRE MENA** Desembargador ANTONIO TADEU OTTONI** Desembargadora FLORA MARIA NESI TOSSI SILVA**

Desembargador MARCOS DE LIMA PORTA* Desembargador LUS GUSTAVO DA SILVA PIRES*

17 Cmara de Direito Pblico (sala 601

3 feira 10:00 horas PJ)

Desembargador ANTONIO Jos Martins MOLITERNO

Desembargador RICARDO GRACCHO Desembargador ALBERTO GENTIL de Almeida Pedroso Neto

Desembargador ADELdrupes Blaque FERRAZ*** Desembargador ALDEMAR Jos Ferreira da SILVA

Desembargador NELSON Paschoal BIAZZI Jnior**

Desembargador JOS ROBERTO FURQUIM CABELLA**

Desembargador AFONSO CELSO DA SILVA**

GRUPO ESPECIAL DE CMARAS DE DIREITO AMBIENTAL

1 Cmara Reservada ao Meio Ambiente (sala 604 5 feira 9:30 horas PJ)

Desembargadora ZLIA MARIA ANTUNES ALVES Desembargador Ricardo Cintra TORRES DE CARVALHO

Desembargador RUY ALBERTO LEME CAVALHEIRO***

Desembargador JOO NEGRINI FILHO Desembargador JOO FRANCISCO MOREIRA VIEGAS

2 Cmara Reservada ao Meio Ambiente (sala 232/236 5 feira 13:30 horas

PJ)

Desembargador PAULO Celso AYROSA Monteiro de Andrade***

Desembargador VERA Lucia ANGRISANI Desembargador PAULO ALCIDES Amaral Salles Desembargador EUTLIO Jos PORTO Oliveira Desembargador LVARO AUGUSTO DOS PASSOS

COMPOSIO DE GRUPOS E CMARAS DE DIREITO CRIMINAL

1 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS SEGUNDA-FEIRA PJ

(SALA 604)

1 Cmara Criminal (sala 601/602 2 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador PRICLES de Toledo PIZA Jnior***

Desembargador MRCIO Orlando BRTOLI Desembargador Luiz Antonio FIGUEIREDO GONALVES

Desembargador Mrio DEVIENNE FERRAZ Desembargador IVO DE ALMEIDA

2 Cmara Criminal (sala 604 2 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Antonio Luiz PIRES NETO

Desembargador IVAN MARQUES da Silva Desembargador Antonio de ALMEIDA

SAMPAIO

Desembargador FRANCISCO ORLANDO DE SOUZA

Desembargador ALEX TADEU MONTEIRO ZILENOVSKI***

2 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS TERA-FEIRA PJ

(SALA 407/425)

3 Cmara Criminal (sala 407/425 3 feira 10:00 horas PJ)

Desembargador GERALDO Luis WOHLERS Silveira***

Desembargador LUIZ ANTONIO CARDOSO Desembargador LUIZ TOLOZA NETO

Desembargador RUY ALBERTO LEME CAVALHEIRO

Desembargador CESAR MECCHI MORALES

4 Cmara Criminal (sala 232/236 3 feira 10:00 horas PJ)

Desembargador LUIS SOARES DE MELLO Neto

Desembargador EUVALDO CHAIB Filho*** Desembargador WILLIAN Roberto de

CAMPOS

Desembargador IVAN Ricardo Garisio SARTORI

Desembargador EDSON Aparecido BRANDO

Desembargadora IVANA DAVID**

3 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUINTA-FEIRA PJ

(SALA 601/602)

5 Cmara Criminal (sala 232/236 5 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Jos DAMIO Pinheiro Machado COGAN

Desembargador Geraldo Francisco PINHEIRO FRANCO

Desembargador Antonio Carlos TRISTO RIBEIRO

Desembargador SRGIO Antonio RIBAS*** Desembargador JUVENAL Jos DUARTE

6 Cmara Criminal (sala 601/602 5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador RICARDO Cardozo de Mello TUCUNDUVA***

Desembargador ERICSON MARANHO Desembargador ANTONIO CARLOS

MACHADO DE ANDRADE

Desembargador JOS RAUL GAVIO DE ALMEIDA

Desembargador MARCO ANTONIO Marques da Silva

Desembargador LAERTE MARRONE DE CASTRO SAMPAIO*

4 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUINTA-FEIRA PJ

(SALA 218/220)

7 Cmara Criminal (sala 218/220 5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Antonio FERNANDO MIRANDA

Desembargador ROBERTO Mrio MORTARI***

Desembargador ROBERTO Caruso Costabile e SOLIMENE

Desembargador AMABLE LOPEZ SOTO**

8 Cmara Criminal (sala 202/204 5 feira 13:00 horas PJ)

Desembargador MARCO ANTONIO Pinheiro Machado COGAN

Desembargador Ronaldo Srgio MOREIRA DA SILVA***

Desembargador LOURI Geraldo BARBIERO

Desembargador CAMILO LLLIS dos Santos Almeida

Desembargador ROBERTO GRASSI NETO

Desembargador LAURO MENS DE MELLO**

5 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUINTA-FEIRA PJ

(SALA 511)

9 Cmara Criminal (sala 511 5 feira 10:00 horas PJ)

Desembargador Alceu PENTEADO NAVARRO

Desembargador Jos Orestes de SOUZA NERY

Desembargador Antonio ROBERTO MIDOLLA

Desembargador Antonio SRGIO COELHO de Oliveira***

Desembargador OTVIO HENRIQUE de Sousa Lima

10 Cmara Criminal (sala 236 2 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador CARLOS Augusto Lorenzetti BUENO

Desembargador FBIO Monteiro GOUVA Desembargador Waldir Sebastio de

NUEVO CAMPOS Jnior

Desembargadora Maria de Lourdes RACHID VAZ DE ALMEIDA***

Desembargador Francisco Jos GALVO BRUNO

6 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUARTA-FEIRA PJ

(SALA 504/506)

11 Cmara Criminal (sala 504/506 4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador GUILHERME Gonalves STRENGER

Desembargadora MARIA TEREZA DO AMARAL

Desembargador Nilson XAVIER DE SOUZA Desembargador ABEN-ATHAR de Paiva

Coutinho

Desembargador Renato de SALLES ABREU Filho***

12 Cmara Criminal (sala 202/204

4 feira 9:30 horas PJ)

Desembargador Carlos VICO MAAS

Desembargador JOO Luiz MORENGHI Desembargadora ANGLICA de Maria Mello DE ALMEIDA

Desembargador BRENO de Freitas GUIMARES Jnior

Desembargador PAULO Antonio ROSSI***

7 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS QUINTA-FEIRA PJ

(SALA 403)

13 Cmara Criminal (sala 403 5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador Luiz Augusto SAN JUAN FRANA***

Desembargador Roberto Galvo de FRANA CARVALHO

Desembargador REN RICUPERO Desembargador Nilo CARDOSO

PERPTUO

Desembargador Luiz AUGUSTO DE SIQUEIRA

Desembargador LAURO MENS DE MELLO** Desembargador LAERTE MARRONE DE

CASTRO SAMPAIO*

14 Cmara Criminal (sala 511 5 feira 13:30 horas PJ)

Desembargador FERNANDO Antonio TORRES GARCIA***

Desembargador HERMANN HERSCHANDER

Desembargador WALTER DA SILVA

Desembargador MARCO ANTONIO DE LORENZI

Desembargador MIGUEL MARQUES E S I LVA

8 GRUPO DE CMARAS CRIMINAIS TERA-FEIRA PJ

(SALA 218/220)

15 Cmara Criminal (sala 609 5 feira 13:00 horas PJ)

Desembargador WALTER DE ALMEIDA GUILHERME

Desembargador Fbio POAS LEITO*** Desembargador JAIR MARTINS

Desembargador Jos Antonio ENCINAS MANFR

Desembargador Jos Antonio DE PAULA SANTOS Neto

Desembargador NELSON FONSECA JNIOR*

16 Cmara Criminal (sala 218/220 3 feira 13:00 horas PJ)

Desembargador ALBERTO Vigas MARIZ DE OLIVEIRA

Desembargador Jos Ruy BORGES PEREIRA

Desembargador NEWTON DE OLIVEIRA NEVES

Desembargador Otvio Augusto de ALMEIDA TOLEDO***

Desembargador PEDRO LUIZ AGUIRRE MENIN

CMARAS CRIMINAIS EXTRAORDINRIAS

(Resoluo n 590/2013)

1 Cmara Criminal Extraordinria (sala 609 2 feira 13:30 horas

PJ)

Desembargador Waldir Sebastio de NUEVO CAMPOS Jnior***

Desembargador HERMANN HERSCHANDER

Desembargador GUILHERME DE SOUZA NUCCI**

Desembargador LUIS AUGUSTO DE SAMPAIO ARRUDA**

Desembargador AIRTON VIEIRA**

2 Cmara Criminal Extraordinria (sala 232/236 6 feira 9:30

horas PJ)

Desembargador CARLOS Augusto Lorenzetti BUENO***

Desembargador REN RICUPERO

Desembargador FERNANDO GERALDO SIMO**

Desembargador AGUINALDO DE FREITAS FILHO**

Desembargador EDUARDO CRESCENTI ABDALLA**

3 Cmara Criminal Extraordinria (sala 232/236 5 feira 14:00

horas PJ)

Desembargador Jos Orestes de SOUZA NERY***

Desembargador OTVIO HENRIQUE de Sousa Lima

Desembargador SILMAR FERNANDES** Desembargador CASSIANO RICARDO

ZORZI ROCHA**

Desembargador JULIO CAIO FARTO SALLES**

4 Cmara Criminal Extraordinria (sala

218/220 5 feira 10:30 horas

PJ)

Desembargador EUVALDO CHAIB Filho Desembargador Renato de SALLES

ABREU Filho***

Desembargador MAURCIO VALALA**

Desembargador ALEXANDRE CARVALHO E SILVA DE ALMEIDA**

Desembargador Csar Augusto ANDRADE DE CASTRO**

*** Presidente

** Juiz de Direito Substituto em 2 Grau

* Juiz Auxiliar

PJ Palcio da Justia (Praa da S s/n)

JUZES DE DIREITO SUBSTITUTOS DE SEGUNDO GRAU

(em ordem de antiguidade)

Nelson Paschoal Biazzi Junior Lus Paulo Aliende Ribeiro

Ana Luiza Liarte

Luiz Antonio Coelho Mendes

Maria Laura de Assis Moura Tavares Theodureto de Almeida Camargo Neto Guilherme de Souza Nucci

Fbio Guidi Tabosa Pessoa Valter Alexandre Mena

Cludia Grieco Tabosa Pessoa Fernando Geraldo Simo

Joo Pazine Neto

Carlos Henrique Miguel Trevisan Luiz Srgio Fernandes de Souza Hlio Marques de Faria

Nelson Jorge Jnior Rmolo Russo Jnior

Maria Lcia Ribeiro de Castro Pizzotti Mendes Flvio Abramovici

Vicente de Abreu Amadei Silmar Fernandes

Adalberto Jos Queiroz Telles de Camargo Aranha Filho Antonio Tadeu Ottoni

Flora Maria Nesi Tossi Silva Cludio Luiz Bueno de Godoy

Jos Roberto Furquim Cabella Milton Paulo de Carvalho Filho

Carlos Alberto de Campos Mendes Pereira Samuel Francisco Mouro Neto

Denise Andra Martins Retamero Cludio Augusto Pedrassi

Edson Luiz de Queiroz Roberto Maia Filho

Cassiano Ricardo Zorzi Rocha Ronaldo Alves de Andrade

Walter Rocha Barone

Aguinaldo de Freitas Filho

Marcelo Fortes Barbosa Filho

Lucila Toledo Pedroso de Barros Kenarik Boujikian Felippe

Joo Batista Amorim de Vilhena Nunes

Alcides Leopoldo e Silva Jnior Jos Maria Cmara Jnior

Amable Lopez Soto Ramon Mateo Jnior

Carlos Vieira Von Adamek

Cludio Antonio Marques da Silva Mrcia Regina Dalla Da Barone Maurcio Valala

Hamid Charaf Bdine Jnior Jlio Caio Farto Salles

Maurcio Fiorito

Cludia Lcia Fonseca Fanucchi Cesar Santos Peixoto

Maria Isabel Caponero Cogan

Alexandre Carvalho e Silva de Almeida Marcelo Coutinho Gordo

Gilson Delgado Miranda Fbio Henrique Podest

Lus Augusto de Sampaio Arruda Eduardo Crescenti Abdalla

Csar Augusto Andrade de Castro

Alexandre Augusto Pinto Moreira Marcondes Aloisio Srgio Rezende Silveira

Nuncio Theophilo Neto

Luis Fernando Camargo de Barros Vidal Monica Salles Penna Machado

Lauro Mens de Mello

Ana Lucia Romanhole Martucci Ricardo Cunha Chimenti

Jos Henrique Fortes Muniz Jnior Ivana David

Silvia Maria Meirelles Novaes de Andrade Lidia Maria Andrade Conceio

Maria de Lourdes Lopez Gil Cimino Hlio Nogueira

Tercio Pires

Jos Aparcio Coelho Prado Neto Clarice Salles de Carvalho Rosa Carlos Dias Motta

Marcelo Semer

Djalma Rubens Lofrano Filho Afonso Celso da Silva

Nelson Fonseca Jnior Airton Vieira

(Doutrina) (Acesso ao Sumrio)

e-JTJ - 0123

DOUTRINA

GESTO DA JUSTIA

JOS RENATO NALINI

Desembargador Presidente do Tribunal de Justia de So Paulo

Se difcil obter consenso numa sociedade complexa e pluralista, ao menos possvel detectar algumas linhas frequentes no debate da Reforma do Judicirio. Uma delas a que atribui parte considervel da disfuno da Justia dificuldade em adotar uma gesto racional.

Desde a segunda metade do sculo XX o tema Gesto Pblica preocupa a lucidez brasileira. O objetivo de uma tomada de posio fazer com que o Brasil disponha de um aparelho de Estado forte e eficiente. Uma concepo a compreender trs dimenses: a) a dimenso institucional-legal, com vistas criao de novos formatos organizacionais. No mbito federal, foi com esse intuito que se criaram as agncias executivas e regulatrias. b) uma dimenso estritamente voltada gesto, definida por maior autonomia e introduo de trs novas formas de responsabilizao dos gestores: a administrao por resultados, a competio administrada por excelncia e o controle social. Essa viso substituiria, ao menos parcialmente, os regulamentos rgidos, a superviso e a auditoria, signos de uma administrao burocrtica.

A terceira seria a dimenso cultural, de mudana de mentalidade. Como eliminar ou no mnimo debilitar a desconfiana generalizada na atuao estatal burocratizada, por uma credibilidade crescente, prpria administrao gerencial?

O Tribunal de Justia de So Paulo tem condies de enfrentar esse tema. Na dimenso institucional-legal, fortalece os liames com a sociedade civil, a destinatria do equipamento Justia e a responsvel por seu custeio. No o governo que sustenta o Judicirio. o Errio, resultado da tributao que recai sobre todas as pessoas, aparentemente desvinculadas de interesse especfico no

(Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo Janeiro e Fevereiro de 2014)

24

funcionamento da Justia.

e-JTJ - 01

(Doutrina) (Acesso ao Sumrio)

Por isso essencial ouvir as entidades, os organismos, os entes intermedirios mas tambm a cidadania. Ela precisa adentrar realidade da Justia, encarar seus problemas, opinar sobre seus rumos. Se vier a pretender a continuidade do modelo atual, dever estar preparada para dispndio crescente com a manuteno dos servios e das estruturas que tendem ao infinito. Correspondendo demanda tambm infinda pelos prstimos do Judicirio.

Na dimenso voltada gesto, todos ns - do mbito por assim dizer domstico - somos chamados a um protagonismo. Administrao por resultados: como atingir metas impostas pelo CNJ e pela necessidade dos jurisdicionados, mesmo em antecipao cobrana? Como aproveitar melhor os instrumentos de tecnologia disponveis? Como abreviar etapas, enxugar fluxos, acelerar trmites? No mbito da competio administrada por excelncia, pode- se pensar em como envolver o pessoal de apoio em saudvel emulao, para melhorar a performance e figurar no ranking dos vencedores? Qual a melhor forma de estabelecer sanes premiais para os mais exitosos? Como suscitar a criatividade para que o servio judicial alcance efetivo padro de excelncia?

O controle social advir da participao da comunidade, primeiro daqueles ntimos administrao da Justia. Os parceiros de sempre: Ministrio Pblico, Advocacia, Defensoria, Procuradoria, entidades jurdicas, Universidade. Em seguida o empresariado, a mdia, as organizaes sociais. A ningum pode ser vedado contribuir com sugestes, propostas, anlises e mesmo crticas. Somos servio pblico, antes de expresso da soberania estatal. Temos o dever de oferecer eficincia populao.

Aqui j se adentra terceira dimenso, a cultural. Se mostrarmos servios ou expusermos nossas dificuldades, a prpria populao entender melhor os problemas da Justia. Assumir o seu dever cvico e procurar solues. interesse dela ter um servio que funcione. E o Judicirio alavanca essencial no s ao fortalecimento da Democracia. Mas prpria subsistncia de um regime que, se no o melhor, ainda no obteve repdio para ser substitudo por qualquer outro.

Vamos fazer a nossa parte e o Judicirio poder ser bem melhor em lapso temporal menor do que se imagina.

(Jurisprudncia - Direito Privado) (Acesso ao Sumrio)

e-JTJ - 0125

SEO DE DIREITO PRIVADO

Agravos de Instrumento

ACRDO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento n 0120267-50.2013.8.26.0000, da Comarca de Jundia, em que agravante BANCO ITAUCARD S/A, agravada ANDRETA MOTORS LTDA.

ACORDAM, em sesso permanente e virtual da 28 Cmara de Direito Privado do Tribunal de Justia de So Paulo, proferir a seguinte deciso: Deram provimento ao recurso. V. U., de conformidade com o voto do relator, que integra este acrdo. (Voto n 10.265)

O julgamento teve a participao dos Desembargadores MANOEL JUSTINO BEZERRA FILHO (Presidente sem voto), GILSON DELGADO MIRANDA E CELSO PIMENTEL.

So Paulo, 23 de agosto de 2013. DIMAS RUBENS FONSECA, Relator

Ementa: AO DE OBRIGAO DE FAZER.

Aquisio de veculo automotor. Obrigao do arrendador/adquirente pela regularizao da nova situao resultante. Dico do art. 123 do CTB. Arrendamento a terceiro que no afasta a obrigao assumida. Reduo da multa. Razoabilidade. Recurso parcialmente provido.

VOTO

Trata-se de agravo de instrumento interposto por BANCO ITAUCARD S/A contra a r. deciso proferida nos autos da ao de obrigao de fazer que lhe movida por ANDRETA MOTORS LTDA, que determinou que o agravante providenciasse a transferncia do veculo para o seu nome, sob pena de multa diria no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais), at o limite de trinta (30) dias.

Sustentou, em sntese, que a realizao da transferncia do bem perante o DETRAN compete ao antigo proprietrio do veculo ou ao adquirente; que a teor do art. 134 do Cdigo de Trnsito Brasileiro, a responsabilidade para regularizao da atual situao do bem pertence prpria agravada; que o valor

(Jurisprudncia - Direito Privado) (Acesso ao Sumrio)

26e-JTJ - 01

da multa fixada desproporcional ao valor da causa, devendo ser estabelecido com base nos princpios da razoabilidade, tornando possvel a aplicao do art. 461, 6, do Cdigo de Processo Civil.

fls. 86/87 foi indeferido o efeito suspensivo, determinando-se a

intimao da agravada.

No foi apresentada contraminuta, assim como no houve manifestao quanto ao julgamento virtual.

o relatrio.

No caso dos autos, em 21 de agosto de 2007, Edilton Gomes Teixeira vendeu o veculo em questo agravada (fls. 43), sendo que referido bem, posteriormente, foi adquirido pelo agravante e dado em arrendamento mercantil a terceiro (fls. 45), contudo aquele no fez a transferncia do veculo para seu nome.

A obrigao do agravante de realizar a transferncia do bem inequvoca, porquanto esta decorre da propriedade e, portanto, tendo ele adquirido o veculo para arrend-lo a terceiro, tornou-se o proprietrio do bem.

Esta regra foi estabelecida pelo Cdigo de Trnsito Brasileiro, especialmente o previsto no art. 123, I1, que impe a regularizao da documentao para ajust-la nova situao resultante da transferncia da propriedade.

Ademais, a questo posta cuida de contrato de leasing financeiro, sendo certo que ao arrendatrio foi transmitida a posse direta do bem, permanecendo o agravante com a posse indireta, bem como, por bvio, com o domnio.

Na letra dos fundamentos do agravo, portanto, cabe ao titular do domnio a regularizao dos documentos do veculo, ou seja, ao agravante.

Deixe-se claro que em se cuidando de arrendamento mercantil, em verdade compra e venda disfarada, o arrendatrio apenas, como dito, recebe a posse direta do veculo, assumindo os encargos decorrentes de sua utilizao.

Nesse contexto, no tendo transferido o veculo para o seu nome, nem cuidado para que a transferncia se operasse, ainda mais quando o veculo foi dado em arrendamento mercantil h quase seis (06) anos, o agravante deve responder pelo nus da sua omisso.

No que tange multa, verifica-se que a sua imposio visa o aparelhamento da pretenso posta, no sendo possvel afast-la sem que haja motivao suficiente para tanto, devendo, no entanto, o valor ser reduzido.

Ante ao exposto, pelo meu voto, dou parcial provimento ao recurso, determinando a reduo da multa para R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia, limitada ao valor do veculo.

1 Art. 123. Ser obrigatria a expedio de novo Certificado de Registro de Veculo quando: I - for

transferida a propriedade;

(Jurisprudncia - Direito Privado) (Acesso ao Sumrio)

e-JTJ - 0127

ACRDO

Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento n 0099914-23.2012.8.26.0000, da Comarca de Valinhos, em que agravante VECTRA ASSISTNCIA MDICA E ODONTOLGICA LTDA., so agravados MARISTELA THOMAZ AQUINO, NEIMER LELLIS GOMES FERREIRA e PLNIO THOMAZ AQUINO.

ACORDAM, em 2 Cmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justia de So Paulo, proferir a seguinte deciso: Deram provimento ao recurso. V. U., de conformidade com o voto do Relator, que integra este acrdo. (Voto n 15074)

O julgamento teve a participao dos Exmos. Desembargadores JOS REYNALDO (Presidente), RICARDO NEGRO E LIGIAARAJO BISOGNI.

So Paulo, 2 de setembro de 2013. JOS REYNALDO, Relator

*Citao. Pedido de falncia fundado nos artigos 23,

1, da Lei n 9.656/98, e 105 da Lei n 11.101/05. Ex-scios/administradores de operadora de plano privado de assistncia sade submetida a liquidao extrajudicial e de sociedade coligada qual estendido o pleito em razo da constatao, pela Agncia Nacional de Sade Suplementar (ANS), de indcios da existncia de vnculo de interesses e integrao com a massa liquidanda. Citao para os fins do artigo 98 da lei n 11.101/05. Desnecessidade. Perda automtica do mandato dos ex-scios para o liquidante nomeado (artigo 50 da Lei n 6.024/74, aplicvel nos termos do artigo 24-D da Lei n 9.656/98). Precedentes jurisprudenciais deste E. Tribunal de Justia. Agravo de instrumento provido.*

VOTO

Agravo de instrumento interposto contra a r. deciso, proferida em ao de pedido de falncia de operadora de plano privado de assistncia sade submetida a liquidao extrajudicial e de pessoa jurdica coligada, que manteve a determinao de citao desta ltima e, em carter complementar, ordenou a

(Jurisprudncia - Direito Privado) (Acesso ao Sumrio)

28e-JTJ - 01

citao dos scios da prpria sociedade liquidanda demandante para os fins do

artigo 98 da Lei n 11.101/05.

A agravante alega a desnecessidade da citao dos scios e/ou administradores da coligada AMR Sade Ltda., ainda que haja pedido de extenso dos efeitos da falncia da requerente Vectra quela sociedade em razo da presena dos pressupostos para a desconsiderao da sua personalidade jurdica, ressaltando que ser mantida a sua legitimidade para impugnar e, por isso, no sero afetados os princpios do devido processo legal, contraditrio e ampla defesa.

Insurge-se, tambm, contra a determinao de citao dos scios da liquidanda Vectra, pois entende descabida a possibilidade de contestarem o pedido de falncia quando destitudos de seus mandatos por fora da instituio do regime especial de liquidao extrajudicial, implementado pela Resoluo Operacional n 808/10 da Agncia Nacional de Sade Suplementar (ANS) - que nomeou para a funo de liquidante extrajudicial, nos termos da Portaria ANS n 4.647/11, o Sr. Wilson Roberto Rosalino, cabendo a este exercer a administrao da massa liquidanda e represent-la em juzo e fora dele, conforme estabelece esta autarquia no artigo 4 de sua Resoluo RDC n 47/01.

Reputa violado, pelo r. decisum guerreado, ainda, o artigo 50 da Lei n 6.024/74, incidente sobre as operadoras de planos privados de assistncia sade por fora do disposto nos artigos 24-D da Lei n 9.656/98 e 198 da Lei n 11.101/05, combinado com o artigo 23 daquele primeiro diploma legal.

Colaciona jurisprudncia do E. Superior Tribunal de Justia e desta E. Corte sobre a matria.

Para obstar a citao dos scios ou administradores da liquidanda Vectra ou da coligada AMR, requer a concesso de efeito suspensivo ao presente agravo de instrumento; e seu provimento final para reforma da r. deciso de primeiro grau recorrida.

Redistribudo o recurso em cumprimento ao v. acrdo de fls. 212 (cf. Termo de fls. 217) e reconsiderada a deciso monocrtica do Relator sorteado que o convertia em agravo retido, aps pedido de reconsiderao da agravante, foram requisitadas informaes ao MM Juiz da causa acerca do eventual cumprimento da deciso recorrida (fls. 220/227).

Prestadas as informaes supracitadas (fls. 232/232v), foi processado o

agravo de instrumento sem intimao dos agravados ainda no citados (Certido

- fls. 235), sobrevindo o Parecer da Douta Procuradoria Geral de Justia pelo provimento (fls. 237/239) e pedido da agravante pela reconsiderao do despacho de fls. 233 (fls. 241/244).

o relatrio.

Cumpre anotar, inicialmente, estar prejudicado o pedido de reconsiderao

(Jurisprudncia - Direito Privado) (Acesso ao Sumrio)

e-JTJ - 0129

do despacho que determinara a intimao dos agravados, ante o prprio teor da

Certido cartorria de fls. 235.

No mrito, de rigor reconhecer a procedncia da insurgncia versada no presente agravo de instrumento.

Os elementos dos autos demonstram que a ora agravante VECTRA ASSISTNCIA MDICA E ODONTOLGICA LTDA., em liquidao

extrajudicial decretada pela Agncia Nacional de Sade Suplementar (ANS), representada por seu liquidante devidamente nomeado (Sr. Wilson Roberto Rosalino), ajuizou pedido de falncia com fundamento no artigo 23, 1, da Lei n 9.656/98 e artigo 105 da Lei n 11.101/05, e extenso da quebra coligada AMR Sade Ltda. com arrimo no artigo 50 do Cdigo Civil, por haver indcios de confuso patrimonial e unidade gerencial e laboral entre as sociedades, conforme circunstncias delineadas no relatrio final do liquidante, acostado petio inicial.

O MM Juiz a quo, luz do disposto no artigo 23, 1, I a III, da Lei n 9.656/98 e do teor da Ata da 301 Reunio de Diretoria Colegiada da Agncia Nacional de Sade Suplementar (ANS), bem como dos documentos acostados petio inicial, reconheceu como presentes os requisitos para a decretao da falncia da operadora e sua coligada (cf. fls. 35v) - valendo acrescentar que na referida Ata, anexada a Ofcio encaminhado ao liquidante, a ANS autorizou a promoo do pedido conjunto de falncia da agravante VECTRA e da coligada AMR Sade Ltda., em razo do vnculo de interesse e integrao com a massa liquidanda, Processo n 33902.090771/2010-56 (cf. fls. 69/70).

Foram determinadas, ainda, as citaes dos scios da VECTRA e da AMR Sade para os fins do artigo 98 da lei n 11.101/05, ao entendimento de no se tratar de autofalncia porque o requerimento de quebra seria de autoria do liquidante, conforme autorizado pela ANS.

E neste ponto, relacionado determinao do ato citatrio, ressalvada a convico de S. Exa., o Magistrado condutor do processo, este E. Tribunal de Justia conserva slido entendimento segundo o qual no processo de falncia de operadora de plano privado de sade submetida liquidao extrajudicial decretada pela ANS, conquanto provocado o Poder Judicirio pelo liquidante daquela sociedade, desnecessria a citao de seus ex-scios/administradores, na medida em que, por fora do disposto no artigo 50 da Lei n 6.024/74 (aplicvel nos termos do artigo 24-D da Lei n 9.656/98), estes perdem automaticamente o mandato para o liquidante nomeado; mantendo-se preservado, porm, com a decretao da falncia, o interesse dos mesmos nas aes que objetivem apurar eventual responsabilidade por atos cometidos na gesto da sociedade falida.

Destacam-se como precedentes jurisprudenciais precisos e abrangentes a respeito da questo, os julgados abaixo (com grifos nossos):

(Jurisprudncia - Direito Privado) (Acesso ao Sumrio)

30e-JTJ - 01

Sociedade operadora de plano privado de assistncia sade. Liquidao extrajudicial. Liquidante autorizado pela ANS a requerer falncia. Inteligncia do art. 23 da Lei n 9.656/98. Deciso agravada que determinou a citao da requerida para contestar ou efetuar depsito elisivo, com advertncia que, no mesmo prazo, poderia pleitear sua recuperao judicial. Inadmissibilidade. Desnecessidade de cientificao dos scios como pressuposto para o ato falimentar. Ademais, impossibilidade de requerer recuperao judicial (art. 2, II, da Lei n 11.101/2005). Agravo de instrumento provido.

(AI n 990.10.372030-0 - Cmara Reservada Falncia e Recuperao - Rel. Des. Romeu Ricupero j. 23.11.2010)

Agravo. Falncia. Sociedade operadora de plano privado de sade. Liquidao extrajudicial decretada pela ANS. Requerimento de falncia formulado pelo liquidante, devidamente autorizado pela ANS, com fundamento no art. 23, 1, incisos I, II e III, da Lei n 9.656/98. Alegao de nulidade da sentena por violao aos princpios constitucionais do contraditrio e da ampla defesa afastada. Desnecessidade de intimao dos ex-administradores da empresa em liquidao extrajudicial para contestarem o pedido de falncia deduzido pelo liquidante. Ativo arrecadado insuficiente para o pagamento de metade dos crditos quirografrios e das despesas administrativas e operacionais para o regular andamento da liquidao extrajudicial, alm de indcios da prtica de crime falimentar que servem de espeque ao decreto de falncia. Indisponibilidade dos bens particulares dos scios e administrador de fato, imposta com base no art. 24-A da Lei n 9.656/98 e art. 99, VI, da Lei n 11.101/2005. Agravo improvido.

(AI n 994.09.321806-1 - Cmara Reservada Falncia e Recuperao Judicial - Rel. Des. Pereira Calas - j. 26.01.2010)

Conclui-se, pois, pela admissibilidade da pretenso recursal pelo

reconhecimento da desnecessidade da citao dos ex-scios/administradores da VECTRA ASSISTNCIA MDICA E ODONTOLGICA LTDA., ora

agravante, e sua coligada AMR Sade Ltda., a quem foi estendido o pedido de falncia.

Ante o exposto, d-se provimento ao recurso.

ACRDO

Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento n 0021049-49.2013.8.26.0000, da Comarca de So Paulo, em que agravante

(Jurisprudncia - Direito Privado) (Acesso ao Sumrio)

e- JTJ - 0131

ESB ELETRONIC SERVICE INDSTRIA E COMRCIO LTDA. (MASSA FALIDA), so agravados NEPOS SISTEMA DE CONTROLE DE AUTOMAO EM ESTACIONAMENTO E TRFEGO LTDA, LANDIS GYR EQUIPAMENTOS DE MEDIO LTDA, ORLANDO BONFANTI JUNIOR, MARCELO MIZIARA ASSEF e MARCELLO JOSE ABBUD.

ACORDAM, em 1 Cmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justia de So Paulo, proferir a seguinte deciso: Negaram provimento a todos os agravos. V.U., de conformidade com o voto do Relator, que integra este acrdo. (Voto n 25.019)

O julgamento teve a participao dos Exmos. Desembargadores MAIA DA CUNHA (Presidente) e NIO ZULIANI.

So Paulo, 12 de setembro de 2013. PEREIRA CALAS, Relator

Ementa: Agravos de instrumento. Falncia. Pedido de declarao de ineficcia de negcios jurdicos. Transaes que apresentam diversas peculiaridades que no permitem seu enquadramento em qualquer das hipteses do art. 129 da LRF. Indcios de que as transaes teriam sido implementadas na tentativa de capitalizar a empresa e dar continuidade na atividade empresarial. Honorrios advocatcios. Invivel a condenao da falida no nus de sucumbncia, tendo em vista que o incidente foi instaurado de ofcio.

VOTO

Vistos.

1. Trata-se de agravos de instrumento tirados por ESB ELETRONIC SERVICE INDSTRIA E COMRCIO LTDA. (massa falida), por LANDIS+GYR EQUIPAMENTOS DE MEDIO LTDA. e por MARCELLO JOS ABBUD, dos autos do incidente para apurao da legitimidade das operaes de alienao de ativos realizadas pela falida NEPOS SISTEMADE CONTROLE DEAUTOMAO EM ESTACIONAMENTO E TRFEGO LTDA. e LANDIS+GYR EQUIPAMENTOS DE MEDIO LTDA. Insurgem-se contra as decises proferidas s fls. 2.601/2.610 e 2.626 dos autos de primeira instncia, que, respectivamente, indeferiu o pedido de declarao de ineficcia e rejeitou os embargos de declarao opostos.

A falida insiste que a venda Landis+ Gyr dos ativos da linha de medidores, juntamente com a operao anterior de transferncia Nepos da

(Jurisprudncia - Direito Privado) (Acesso ao Sumrio)

32e-JTJ - 01

diviso de parking esvaziaram por completo a sociedade falida, retirando-lhe suas principais fontes de renda. Afirma que o negcio com a Landis+Gyr foi realizado sob a forma de transferncia de ativos to-somente para evitar que aquela empresa assumisse o passivo da falida. Ressalta que a linha parking rendia recorrente, aproximadamente, R$ 200.000,00 por ms. Aponta diversas irregularidades na emisso das notas fiscais de sada dos ativos transferidos. Reitera a realizao dos negcios durante o termo legal da falncia, bem como o preo vil das operaes. Argumenta com o fato de a Nepos ser at hoje uma das principais empresas do mercado de automao de estacionamentos. Informa ter sido decretada a quebra das empresas ESB Solues e Tecnologia e Fuzzy Engenharia e Representao S/C Ltda. por extenso da falncia da ESB Eletronic Service Indstria e Comrcio Ltda. Assevera que a filha do agravado Orlando representante do scio estrangeiro da ESB Eletronic, por meio de uma offshore. Requer o efeito suspensivo e pugna pelo provimento.

Por sua vez, a Landis+Gyr requer a condenao da falida no pagamento de honorrios advocatcios. Sustenta que, a despeito de o incidente de ineficcia ter sido instaurado de ofcio, foi a administradora judicial da massa que requereu a apurao das operaes de alienao das linhas de parking e medidores.

Por fim, Marcello Jos Abbud insiste na irregularidade das operaes com a Landis+Gyr e Nepos, que ocorreram durante o termo legal da falncia. Reitera que as partes assinaram instrumento de confisso de dvida e dao em pagamento e sustenta que a simples comprovao do pagamento da transao e a existncia da dvida no so suficientes para afastar a ineficcia do negcio jurdico. Afirma ser indiscutvel que o pagamento foi realizado e que o cerne da questo diz respeito aos termos e circunstncias da alienao dos ativos. Verbera que os ativos foram alienados por valores muito inferiores aos de mercado. Ressalta que um ano antes a Landis+Gyr havia manifestado interesse de adquirir 60% da linha de medidores por R$ 12.000.000,00 e que, ao final, foram transferidos quela empresa 100% da linha de medidores, alm da marca, tecnologia e licenas por R$ 8.000.000,00. Relativamente ao negcio jurdico com a Nepos, reitera que esta empresa operada pela filha do Sr. Orlando, por meio de offshore. Aduz que a ESB alienou Nepos os contratos de assistncia tcnica da diviso de parking, que lhe rendiam cerca de R$ 200.000,00 por ms por apenas R$ 1.470.000,00. Conclui que as operaes configuraram verdadeira alienao de estabelecimento comercial e argumenta que a ineficcia prevista no art. 129 da LRF objetiva.

Respectivamente s fls. 1.300/1.301, 727 e 572/573 dos agravos concedi efeito suspensivo s decises agravadas, a fim de to-somente preservar eventuais direitos dos credores e da massa.

Contraminuta apresentada pelas partes s fls. 1.334/1.338, 1.340/1.347 e 1.388/1.408 dos autos n 0021049-49.2013.8.26.0000; fls. 730/736 do agravo

(Jurisprudncia - Direito Privado) (Acesso ao Sumrio)

e-JTJ - 0133

n 0024890-52.2013.8.26.0000 e fls. 595/623, 625/641 e 650/657 dos autos n

0036025-61.2013.8.26.0000.

Pareceres da D. Procuradoria de Justia s fls. 1.410/1.415, 743/746 e

643/648, respectivamente.

Relatados.

2. De incio, consigno que o termo legal da falncia, fixado como 12.07.2004 (fl. 947 dos autos a quo), ainda encontra-se controvertido, pendendo de julgamento do recurso especial n 1250766/SP.

Os negcios jurdicos ora impugnados foram celebrados em 16.09.2005 (operao com a Landis+Gyr - fls. 259/265 do incidente) e 11.08.2006 (operao com a Nepos - fls. 132/148, tambm dos autos de primeira instncia). Contudo, aps a atenta anlise dos autos, muito embora se verifique que os negcios jurdicos impugnados tenham ocorrido dentro do termo legal, as transaes no se enquadram em qualquer dos incisos do art. 129 da Lei n 11.101/2005.

Analiso primeiramente a operao entabulada com a Landis+Gyr. Os documentos acostados s fls. 259/265 e 395/399 (dos autos de primeiro grau) demonstram que, por meio da escritura pblica de reconhecimento de dvida cumulada com transao, dao em pagamento e assuno de compromissos, a ESB alienou a linha de medidores Landis+Gyr. Por sua vez, a escritura lavrada e o instrumento de confisso de dvidas, acostados respectivamente s fls. 259/265 e 395/399 no deixam dvidas de que a dvida objeto da dao em pagamento era lquida, certa e exigvel (fl. 395). Consequentemente, eventual ineficcia do negcio somente poderia ter como fundamento o inciso II do mesmo art. 129 da Lei n 11.101/2005.

Contudo, a hiptese dos autos comporta peculiaridades que tampouco permitem o seu enquadramento no inciso II daquele dispositivo. Em verdade, os autos indicam que a venda Landis+Gyr da linha de medidores mais se assemelha a uma tentativa de capitalizar a empresa e, via de consequncia, permitir a continuidade de suas atividades, o que ressalte-se absolutamente legal e legtimo.

incontroverso nos autos que: (i) as empresas ESB e a Landis+Gyr possuem longo histrico de relacionamento comercial, tendo inclusive desenvolvido produtos em conjunto; e (ii) em 17.11.2003, i.e., anteriormente ao termo legal da falncia, a Landis+Gyr apresentou proposta para compra da linha de medidores da ESB (fl. 240 dos autos de primeiro grau). Com efeito, exsurge que as partes h tempos tinham interesses legtimos na transao, o que impede que ela seja vista como mero pagamento de dvida vencida de forma no prevista no contrato.

Nesse sentido, a deciso agravada corretamente assentou que:

A percia tambm constatou a efetiva existncia de dvida anterior

(Jurisprudncia - Direito Privado) (Acesso ao Sumrio)

34e-JTJ - 01

da falida com a Landis+Gyr, o que justificava a confisso de dvida que se fizera.

(...)

Os contratos foram juntados e basicamente neles se estabeleceram as condies de aquisio de ativos da falida, com a ressalva da existncia de dvida anterior para com a Landis+Gyr, mas no se demonstra que a contratao impedisse esse tipo de meio extintivo do respectivo crdito.

Sintetizando, o que se visava com as contrataes no era, primordialmente, o pagamento de dvidas, vencidas ou no vencidas.

Somente a realizao de contrataes, dentro do termo legal, no constitui motivo suficiente para os fins colimados. Afinal tratava-se de sociedade comercial em pleno exerccio de suas atividades, no lhe vedando a lei a prtica de atos de comrcio.

Deve-se ter presente que so s estas as questes que podem aqui ser discutidas, no sendo possvel a verificao de outras que chegaram a ser posteriormente aventadas pela administrao da massa falida.

Finalmente, se houve ou no malversao dos recursos ingressados para a falida, em funo dos contratos firmados, pelos seus representantes legais, a questo refoge aos limites estabelecidos, desde o incio da formao deste incidente, mas, evidentemente, o que aqui restou apurado poder servir para outros fins de direito (grifo - fls. 2.608 e 2.609 dos autos a quo).

Para que no se aponte omisso, esclareo, ainda, que eventuais falhas

na emisso das notas fiscais, alm de serem impertinentes ao incidente, so insuficientes para ensejar a ineficcia da operao.

Passo anlise do negcio entabulado com a Nepos.

Por meio da escritura pblica de venda e compra com assuno de compromisso, a ESB alienou Nepos a linha de parking.

Alega a administradora que tal alienao totalmente fraudulenta, porquanto uma das scias da Nepos: a Mysel Sociedad Anonima (fl. 43) off shore constituda no Uruguai e representada pela filha de um dos scios da falida.

Contudo, a alegao irrelevante para o deslinde do presente incidente. O ordenamento jurdico ptrio no veda a participao de empresas off shore no capital de empresas brasileiras. Embora as circunstncias apontadas pela massa constituam indcios de irregularidade, porm, so insuficientes para sua comprovao.

Demais disso, ainda que a operao com a Nepos seja interpretada como trespasse, no se enquadraria na hiptese do art. 129, II da LRF. Isto porque no h prova quanto insolvncia da ESB poca dos fatos, havendo, ainda,

(Jurisprudncia - Direito Privado) (Acesso ao Sumrio)

e-JTJ - 0135

indcios que permitem concluir em sentido contrrio, haja vista a pendncia do recurso especial acima mencionado, bem como o fato de a falida possuir imveis e ter permanecido com a linha de vending machines.

E, conforme bem destacado pelo douto magistrado de primeiro grau, no h prova de que as alienaes tenham sido feitas a preo vil. O preo acordado com a Landis+Gyr de R$ 20.000,00 (vide Protocolo de Intenes - fls. 265/271 dos autos a quo), no pode ser considerado como definitivo, haja vista que aquele acordo representava contrato preliminar, cujo preo dependia de negociao entre as partes e estava sujeito a ajustes em decorrncia de due diligence (clusula 2.1). Alm disso, notrio que o decurso do prazo de um ano implica depreciao considervel de ativos como know how e tecnologia.

No bastasse isso, o agravante Marcello no se interessou na produo de prova tcnica para avaliao dos ativos. Confira-se: Para a nica que poderia remanescer, em funo do despacho de f. 1089, sobre eventual avaliao dos ativos na poca das alienaes realizadas, no se interessou na sua produo o ex-representante legal da falida Marcello Abbud, que pediu deciso imediata para o incidente (f. 2509).

Foroso, ainda, mencionar as concluses da percia contbil realizada no sentido de que os valores acordados nos negcios jurdicos acima mencionados ingressaram efetivamente na contabilidade da ESB (fls. 1.241 e 1.243), inexistindo, assim, outras evidncias de irregularidades.

A prova tcnica produzida permite concluir to-somente que o preo de venda dos ativos ingressou na contabilidade da falida, indicando que a falida, por no possuir recursos suficientes para modernizao de sua tecnologia, alienou linhas de produo que rapidamente se tornariam obsoletas. Note-se que a impossibilidade financeira da ESB investir na criao de novos produtos e segmentos inclusive mencionada nos considerandos das escrituras lavradas (vide fls. 135 e 261 dos autos de primeira instncia).

Outrossim, merece destaque a constatao do ilustre magistrado no sentido de que a declarao da ineficcia dos negcios jurdicos consistiria medida intil, que, alis, mais parece ir de encontro aos prprios objetivos do procedimento falimentar:

evidente que, se fosse procedente o pedido de ineficcia, teria a massa que promover, para as referidas sociedades, a devoluo de todos os valores pagos com os acrscimos legais, sem saber, como de fato no se sabe, se a reincorporao dos ativos alienados lhe traria vantagem financeira.

Com efeito, verdade que a hiptese dos autos mais traz dvidas do que

certezas quanto declarao de ineficcia das transaes impugnadas.

No tocante aos honorrios advocatcios, entendo ser incabvel a

(Jurisprudncia - Direito Privado) (Acesso ao Sumrio)

36e-JTJ - 01

condenao da falida no nus da sucumbncia. O incidente foi instaurado de ofcio, porquanto eventual declarao de ineficcia seria de interesse no s da massa como de todos os credores. Alm disso, a deciso no possui carga condenatria (REsp 1193602/RS, j. 18/10/2011 - Rel. Des. PAULO DE TARSO SANSEVERINO), merc do que a condenao na sucumbncia mesmo invivel.

Ser, pois, negado provimento aos agravos, mantendo-se inalterada a deciso recorrida, por seus prprios e bem deduzidos fundamentos, ora tambm adotados como razo de decidir.

3. Isto posto, pelo meu voto, nego provimento a todos os agravos.

ACRDO

Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento n 0125855-38.2013.8.26.0000, da Comarca de So Paulo, em que agravante ITAU UNIBANCO S/A (ATUAL DENOMINAO), so agravados S4&4 GRFICA E EDITORA LTDA. (EM RECUPERAO JUDICIAL), STUDIO 4 CPIAS E SERVIOS LTDA. ME (EM RECUPERAO JUDICIAL), S4 GRFICA E EDITORA LTDA. EPP (EM RECUPERAO JUDICIAL), S4&2 SERVIOS DE CPIAS LTDA. (EM RECUPERAO JUDICIAL), MALEGRAF SERVIOS DE CPIAS LTDA. EPP (EM RECUPERAO JUDICIAL) e TICEGRAF SERVIOS DE CPIAS LTDA. (EM RECUPERAO JUDICIAL).

ACORDAM, em 1 Cmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justia de So Paulo, proferir a seguinte deciso: por votao unnime, e para o fim determinado, que deram parcial provimento ao recurso., de conformidade com o voto do Relator, que integra este acrdo. (Voto n 29.883)

O julgamento teve a participao dos Exmos. Desembargadores MAIA DA CUNHA (Presidente), TEIXEIRA LEITE E FRANCISCO LOUREIRO.

So Paulo, 10 de outubro de 2013. MAIA DA CUNHA, Relator

Ementa: Recuperao Judicial. Plano aprovado em Assembleia Geral de Credores com todos os requisitos do art. 41 e 45 da Lei n 11.101/2005. Possibilidade de sujeio do plano ao crivo judicial, que deve extrair dele ilegalidades ou abusividades. Jurisprudncia das Cmaras Reservadas de Direito Empresarial e do

(Jurisprudncia - Direito Privado) (Acesso ao Sumrio)

e-JTJ - 0137STJ. Os coobrigados avalistas ou fiadores no esto sujeitos recuperao, nos termos do art. 49, 1, sendo indevida a venda de ativos sem autorizao judicial ou da assembleia, nos termos do art. 66, bem como se mostra abusiva a carncia de trs parcelas anuais para caracterizao do descumprimento do plano. Recurso provido em parte para, sem necessidade de nova assembleia, afastar do plano as disposies acima mencionadas.

VOTO

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra a r. deciso que homologou o Plano de Recuperao Judicial das agravadas, sustentando que o plano genrico, que h possibilidade de alienao de bens sem ouvida da Assembleia Geral de Credores, que no h mora para o atraso de trs parcelas consecutivas, que ilquida a proposta de pagamento mediante rateio anual e sem especificao da destinao das receitas, que impe novao aos coobrigados e prev pagamento de credores omissos.

O administrador respondeu esclarecendo pontos do Plano de Recuperao Judicial, bem como as agravadas que insistiram na aprovao do plano que no contm ilegalidades.

Este o relatrio.

O digno Magistrado prolator da r. deciso agravada no vislumbrou

ilegalidade flagrante no Plano de Recuperao Judicial e o homologou.

Conhece-se do recurso porque cumprido o art. 526 do Cdigo de Processo Civil (fls. 156/157), que no fica prejudicada por equvoco no intencional no nmero do processo e da Vara e que no ocasionou prejuzo aos agravados.

O recurso, com a devida vnia, merece parcial provimento.

Esta 1 Cmara Reservada de Direito Empresarial tem adotado a tese da possibilidade de modificao dos planos de recuperao judicial nas hipteses em que apresentar alguma ilegalidade. E assim tem decidido porque o instituto da recuperao judicial, visando prestigiar o importante princpio da preservao da empresa, no pode ir alm dos limites que a prpria Lei n 11.101/2011 traou em relao aos credores da recuperanda.

O instituto est sujeito, portanto, aos parmetros que a lei considerou razovel ponderar entre o princpio da preservao da empresa e a real capacidade de recuperao, o que significa dizer, em outras palavras, no se inserir no princpio da preservao aquelas que no possuem condies para tanto nos termos que a lei estabeleceu. Ou, ainda, a empresa que no possui condio de recuperar-se, observadas as regras legais, no se encaixa no princpio da

(Jurisprudncia - Direito Privado) (Acesso ao Sumrio)

38e-JTJ - 01

preservao, at porque, direta ou indiretamente, quem paga o preo de uma recuperao judicial a sociedade em geral.

O que a lei pretendeu no foi facultar um benefcio extraordinrio a qualquer empresa com base no princpio da conservao, mas propiciar quelas efetivamente em condies de recuperar-se a chance de renegociar as dvidas que entendeu pertinentes sujeitar ao processo de recuperao judicial. Se de modo contrrio se entender estar-se-, a sim, fugindo da interpretao correta para gratuitamente dar ao devedor a oportunidade de no pagar suas dvidas, ou de pag-las com novao que em regra tem sido de longos anos e com percentuais elevados de desgio em relao ao valor original. Deturpar-se- o princpio da recuperao judicial para transformar a recuperao judicial apenas num bom negcio para o credor com dificuldades que superam a capacidade de reerguer-se.

Um dos parmetros legais a possibilidade de prosseguimento da execuo dos avalistas e garantidores individuais de crditos eventualmente submetidos recuperao, como expressamente disposto no art. 49, 1, da Lei n 11.101/2005 (Os credores do devedor em recuperao judicial conservam seus direitos e privilgios contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso).

Confira-se a lio de MANOEL JUSTINO BEZERRA FILHO: Portanto, se concedida a recuperao na forma do art. 58, fica automaticamente sustada a previso do 4 do art. 6, de tal forma que permanecero suspensas as aes e execues contra o devedor. Porm, as execues contra os coobrigados no sofrem qualquer interferncia, na forma do que dispe o 1 do art. 49, reiterada tal posio neste art. 59, que faz ressalva expressa ao mencionar que a novao se d sem prejuzo das garantias. Este, alis, o sistema de nossa legislao, repetindo-se aqui o que j vinha previsto no art. 148 do Decreto-lei 7.661/1945, para a concordata (Lei de Recuperao de Empresas e Falncia, 8 Edio, Editora Revista dos Tribunais, 2013, p.172).

E assim se tem decidido reiteradamente neste Egrgio Tribunal de Justia e no Colendo Superior Tribunal de Justia: No possvel a extenso dos efeitos da suspenso da exigibilidade do crdito ao avalista do ttulo na hiptese de deferimento de recuperao judicial de empresa em relao qual coobrigado, tendo em vista que tal deferimento importa na suspenso da exigibilidade do crdito, e, consequentemente, da execuo, apenas em relao ao devedor principal, sujeito recuperao, mas no aos coobrigados, conforme jurisprudncia do STJ (Agravo Regimental no Agravo de Instrumento, 2011/0019527-6, Rel. Min. Tarso Sanseverino, j. 02/08/2012; no mesmo sentido, Conflito de Competncia 2011/0294271-0, Rel. Min. Raul Arajo, j. 28/03/2012 EAg 1.179.654/SP, Rel. Min. Sidnei Beneti, DJe 13.4.2012; REsp 1.095.352/SP,

Rel. Min. Massami Uyeda, DJe 3.2.11).

(Jurisprudncia - Direito Privado) (Acesso ao Sumrio)

e-JTJ - 0139

Das Cmaras Especializadas de Falncias e de Recuperao Judicial deste Tribunal de Justia de So Paulo, e agora das Cmaras Empresariais, tranquilo o entendimento que confirma a ineficcia de disposio que estende novao a coobrigados, contida em alguns planos de recuperao judicial, e preservam a regra geral do art. 49, 1, da Lei n 11.101/2005 (AI 0196402- 74.2011.8.26.0000, Rel. Des. Pereira Calas, AI 0099369-50.2012.8.26.0000,

Rel. Des. Francisco Loureiro, AI 0000707-17.2013.8.26.0000, Rel. Des. Roberto

Mac Cracken, entre dezenas de outros).

A disposio que a respeito constou do plano, portanto, deve ser afastada. Igualmente e pelas mesmas razes no pode subsistir quando permite a alienao de ativos sem a autorizao da Assembleia Geral de Credores, porque

fere frontalmente o art. 66 da Lei n 11.101/2005 (Aps a distribuio do

pedido de recuperao judicial, o devedor no poder alienar ou onerar bens ou direitos de seu ativo permanente, salvo evidente utilidade reconhecida pelo juiz, depois de ouvido o Comit, com exceo daqueles previamente relacionados no plano de recuperao judicial).

Em se tratando de parcelas anuais mostra-se abusiva a disposio do plano que prev descumprimento do Plano de Recuperao Judicial aps o no pagamento de trs parcelas previstas, adotados, para afastar do plano esta estipulao, os fundamentos acima expendidos.

No mais, contudo, no se vislumbra ilegalidade.

O Plano de Recuperao Judicial foi aprovado pela Assembleia Geral de Credores em obedincia ao que estabelecem os artigos 41 e 45 da Lei n 11.101/2005. No houve desgio para o pagamento dos credores nem cabe discutir o prazo de pagamento aprovado pelos credores, inexistindo no mais qualquer inferncia de prejuzo aos credores no contexto das dificuldades comprovadas das agravadas.

Deste modo, sem necessidade de modificao do plano e nova assembleia, o provimento parcial do recurso para afastar do Plano de Recuperao Judicial a sujeio dos coobrigados avalistas ou fiadores, no sujeitos recuperao, bem como a possibilidade de venda sem autorizao judicial ou da assembleia e a carncia de trs parcelas para caracterizao do descumprimento.

Pelo exposto, e para o fim determinado, que se d parcial provimento ao recurso.

ACRDO

Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento n

(Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So Paulo Janeiro e Fevereiro de 2014)

(Jurisprudncia - Direito Privado) (Acesso ao Sumrio)

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2002272-79.2013.8.26.0000, da Comarca de So Paulo, em que agravante CONDOMNIO EDIFCIO SUN PARK, so agravados RICARDO BORGES ALMEIDA e MARIA CRISTINA BRUM ALMEIDA.

ACORDAM, em 26 Cmara de Direito Privado do Tribunal de Justia de So Paulo, proferir a seguinte deciso: Negaram provimento ao recurso. V. U., de conformidade com o voto do Relator, que integra este acrdo. (Voto n 07)

O julgamento teve a participao dos Exmos. Desembargadores FELIPE FERREIRA (Presidente sem voto), RENATO SARTORELLI E VIANNA COTRIM.

So Paulo, 16 de outubro de 2013. BONILHA FILHO, Relator

Ementa: Cobrana. Despesas condominiais. Cumprimento de sentena. Penhora da unidade condominial. Executados residentes nos EUA. Exigncia de expedio de Carta Rogatria, diante da localizao do paradeiro dos agravados. Inadmissibilidade da intimao por carta com AR. Recurso improvido.

VOTO

Agravo instrumental interposto nos autos da ao de cobrana de despesas condominiais, contra a r. deciso de fl. 220, que determinou que o autor providenciasse o necessrio para a expedio da Carta Rogatria.

Inconformado, insurge-se o agravante pleiteando o deferimento da intimao dos executados por carta com AR, conforme previso do art. 475-J,

1, do CPC.

O recurso foi inicialmente distribudo ao Des. Reinaldo Caldas, o qual indeferiu o efeito suspensivo pleiteado, deixou de requisitar informaes e determinou a intimao da parte contrria para apresentao de contraminuta, que veio s pags. 233/235.

Redistribudo o feito a este Relator que passou a integrar esta Colenda Cmara, em razo da designao disponibilizada no DJE (caderno administrativo, fl. 09).

o relatrio, em complementao aos de pags. 32/33, 39, 154, 168 e 172. Sem razo o agravante, no merecendo reforma a r. deciso atacada.

Vale ressaltar que a demanda vem se arrastando por longo tempo, e que

apesar de passados anos, a citao realizada por edital, confirmada unanimamente

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por esta Cmara (pags. 32/35), nomeou curador, e somente agora, aps a extino da ao incidental de ausentes, foram localizados os agravados, onde determinou-se a intimao da penhora por Carta Rogatria.

O Condomnio, ora agravante pretende a reforma da deciso que determinou a expedio da carta rogatria, por entender que a intimao da penhora deve ser por carta com AR.

nus processual do autor providenciar a intimao dos rus, ainda que residentes nos Estados Unidos.

E conforme as disposies nos arts. 210 e 222 do CPC, a intimao dever ser feita por Carta Rogatria para os agravados residentes no exterior.

Ressalta-se, tambm, a falta de garantia a respeito do servio de correspondncia praticado por empresa estrangeira, cujos prepostos certamente no possuem orientao de conduta para a formalidade citatria prevista na legislao brasileira. Cada pas exerce soberania sobre os atos realizados em seu territrio, especialmente dos servios de comunicaes. Da, a necessidade de carta rogatria com trnsito pelas vias diplomticas para ser efetivamente garantida obedincia legislao brasileira.

A propsito, invoco, ainda, diversos precedentes anlogos sobre o tema: Citao - Carta rogatria - Pretenso a que o ato seja realizado via correio

- Inadmissibilidade, na espcie - Parte com domiclio e residncia fora do

pas - arts. 201, 202, 210 e 231, 1, CPC - Recurso desprovido. (TJ/ SP, Apelao 0006559-27.2010.8.26.0000, 1 Cmara de Direito Privado, Rel. Des. Elliot Akel, j. em 22/06/2010).

Citao - Via postal - R residente no exterior - Inadmissibilidade - Aplicao do art. 210 do CPC - Agravo no provido. (TJ/SP, Apelao 9017740-44.1999.8.26.0000, 2 Cmara de Direito Privado, Rel. Des. Milton Theodoro Guimares, j. em 05/04/1999).

Despesas de Condomnio. Cobrana. Citao de pessoa residente no exterior. Citao por carta rogatria. Inteligncia do art. 210 do CPC. Recurso a que se nega provimento. (TJ/SP, AI 1125008003, 32 Cmara de Direito Privado, Rel. Francisco Occhiuto Jnior, j. em 31/01/2008).

Diante do exposto, nego provimento ao recurso.

ACRDO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento n 0041379-67.2013.8.26.0000, da Comarca de So Paulo, em que agravante BANCO GUANABARA S/A, so agravados REDE ENERGIA

(Jurisprudncia - Direito Privado) (Acesso ao Sumrio)

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S/A (EM RECUPERAO JUDICIAL), COMPANHIA TCNICA DE COMERCIALIZAO DE ENERGIA (EM RECUPERAO JUDICIAL), QMRA PARTICIPAES S/A (EM RECUPERAO JUDICIAL), DENERGE DESENVOLVIMENTO ENERGTICO S/A (EM RECUPERAO JUDICIAL) e EMPRESA DE ELETRICIDADE VALE DO PARANAPANEMA S/A (EM RECUPERAO JUDICIAL).

ACORDAM, em 2 Cmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justia de So Paulo, proferir a seguinte deciso: Negaram provimento ao recurso. V. U., de conformidade com o voto do Relator, que integra este acrdo. (Voto n 11713)

O julgamento teve a participao dos Exmos. Desembargadores JOS REYNALDO (Presidente sem voto), FABIO TABOSA E ARALDO TELLES.

So Paulo, 4 de novembro de 2013. TASSO DUARTE DE MELO, Relator

Ementa: RECUPERAO JUDICIAL. Deferimento do processamento da recuperao. Legalidade.

Agravada Rede Energia S/A, controladora de concessionrias de servios pblicos de energia eltrica, que detm personalidade jurdica e natureza distintas das de suas subsidirias. Deciso a quo que no viola o art. 18 da Lei n 12.717/12. Agravada que no concessionria de servio de energia eltrica e, portanto, pode se submeter ao regime de recuperao judicial da Lei n 11.101/05. Requerimento de terceiro interessado. Assistncia. Prejudicado.

Recurso no provido.

VOTO

Trata-se de agravo de instrumento (fls.02/21) interposto por BANCO GUANABARA S/A nos autos da recuperao judicial ajuizada REDE ENERGIA S/A (em recuperao judicial) e OUTROS, contra a r. deciso (fls.

82) proferida pelo MM. Juiz de Direito da 2 Vara de Falncias e Recuperaes Judiciais da Comarca da Capital, Dr. Caio Marcelo Mendes de Oliveira, que deferiu o processamento da recuperao judicial das Agravadas.

Sustenta o Agravante que: (i) a Agravada Rede Energia S/A, primeira recuperanda, seria uma holding controladora de 12 (doze) concessionrias de servios pblicos de energia eltrica, logo, seria parte, ainda que indiretamente, nos contratos de concesso firmados por suas subsidirias com o poder

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concedente, na medida em que influenciaria diretamente na qualidade da prestao do servio pblico que exploram; (ii) seria credor da Agravada Rede Energia S/A em razo de cdula de crdito bancrio, na qual aquela figurou como avalista da obrigao; (iii) a r. deciso agravada violaria o disposto no art. 17 da Medida Provisria n 577/12 (convertida no atual artigo 18 da Lei n 12.767/12), pois referida norma vedaria a aplicao do regime de recuperao judicial s concessionrias de servios pblicos de energia eltrica; (iv) tal vedao se aplicaria holding controladora, ora Agravada, pois a natureza de suas subsidirias - concessionrias de energia eltrica - a ela se estenderia, no podendo socorrer-se dos benefcios da Lei 11.101/05, logo, ilegal o deferimento do processamento da recuperao judicial. Pugna pela concesso de efeito suspensivo e, ao final, pelo provimento do recurso.

Negada a concesso de efeito suspensivo (fls. 134).

Contrarrazes pela Agravada pelo no provimento do recurso (fls.

140/155).

Resposta do Administrador Judicial pelo no provimento do recurso (fls.

1027/1034).

Parecer da Procuradoria de Justia pelo no provimento de recurso (fls.

1042/1044).

Requerimento de terceira interessada - Bioenergia Cogeradora S/A -

para ingressar nos autos como assistente do Banco-agravante (fls. 1049/1055).

Por fim, o Administrador Judicial informa que rejeitou a habilitao de crdito apresentada pelo Agravante, estando pendente de julgamento o incidente de impugnao de crdito por ele instaurado na fase judicial (fls. 1149/1150).

o relatrio.

O recurso no deve ser provido.

Pretende o Agravante que se aplique a Agravada Rede Energia S/A o art. 18 da Lei n 12.767/12, que dispe que as concessionrias de servios pblicos de energia eltrica no se submetem aos regimes de recuperao judicial e extrajudicial da Lei n 11.101/05. In verbis:

Art. 18. No se aplicam s concessionrias de servios pblicos de energia eltrica os regimes de recuperao judicial e extrajudicial previstos na Lei n 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, salvo posteriormente extino da concesso.

A vedao legal no se aplica a Agravada, pois no concessionria de servio pblico de energia eltrica.

Conforme parecer do Administrador Judicial (fls. 1027/1034) e da Procuradoria de Justia (fls. 1042/1044), cujos fundamentos so adotados como razes de decidir, as pessoas jurdicas tm existncia distinta e autnoma e,

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