revista do comércio acp - novembro | dezembro

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REVISTA DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO PARANÁ OUTUBRO . NOVEMBRO. DEZEMBRO 2014 N. 173 NESTA EDIÇÃO CONHEÇA AS SOLUÇÕES QUE A ACP OFERECE PARA O SEU NEGÓCIO TERCEIRIZAÇÃO PRÓS E CONTRAS DA RELAÇÃO TRABALHISTA SOB NOVA DIREÇÃO ANTONIO MIGUEL ESPOLADOR ASSUME A PRESIDÊNCIA

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Revista do Comércio da Associação Comercial do Paraná - Novembro | Dezembro de 2014.

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Page 1: Revista do Comércio ACP - Novembro | Dezembro

r e v i s t a d a a s s o c i a ç ã o c o m e r c i a l d o p a r a n á

outubro . novembro. dezembro

2014 n. 173

nesta ediçãoConheça as soluções

que a aCP ofereCe Parao seu negóCio

terceirização Prós e Contras da

relação trabalhista

sob nova direção

antonio Miguel esPolador assuMe a PresidênCia

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Page 3: Revista do Comércio ACP - Novembro | Dezembro

palavra do presidente

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Período derenovação

Estamos começando um novo período de atividades à frente da diretoria da Associação Comercial do Paraná, entidade de classe que se caracteriza pelo leque de serviços prestados ao setor em-presarial e à sociedade.

A prioridade absoluta da nova gestão está centrada na pessoa do associado, motivo primordial da existência da ACP e razão direta de um extenso rol de projetos, realizações e facilitações, que em conjunto deverão contribuir para a ampliação das boas oportunidades no ambiente de negócios.

Há que enfrentar com resistência e espírito de luta as adver-sidades de um mercado, que desde o início do ano começou a emitir sinais recessivos em termos do crescimento da economia, hoje lamentavelmente consolidados no pífio resultado do Produ-to Interno Bruto em 2014.

Assim, os desafios diante dos empresários do setor produtivo vão exigir cuidadoso planejamento, investimentos amadurecidos e rigorosa austeridade na condução dos empreendimentos.

Mesmo diante das dificuldades acumuladas durante o ano, al-gumas delas acirradas pelo calor da disputa pela presidência da República, os empresários devem continuar otimistas em relação aos programas a serem anunciados, em breve, pelos novos gover-nantes. E como sempre ocorreu, o setor produtivo jamais deixará de contribuir para o engrandecimento do país.

Um grande abraço.

Antonio Miguel espolAdor neto Presidente da associação comercial do Paraná

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Presidente antonio miguel espolador neto

diretoriaGlaucio José Geara - 1º Vice-Presidente

José eduardo moraes sarmento - 2º Vice-Presidentesinval Zaidan lobato machado - 3º Vice-Presidente

luís antônio sebben - 4º Vice-Presidentecamilo turmina - 5º Vice-Presidente

dalton Zeni rispoli - 6º Vice-Presidente e 1º secretárioHenrique domakoski - 7º Vice-Presidente e 2ºsecretário

Jean michel Patrick tumeo Galiano - 8º Vice-Presidente e 3º secretárioWalter roque martello - 09º Vice-Presidente e 1º tesoureiro

Jorge carvalho oliveira Junior - 10º Vice-Presidente e 2º tesoureiroivo orlando Petris - 11º Vice-Presidente

odone Fortes martins - 12º Vice-Presidentecarlos eduardo de athayde Guimarães - 13º Vice-Presidentemaria cristina Fernandes m. coutinho - 14º Vice-Presidente

João Guilherme duda - 15º Vice-PresidenteGeraldo luiz Gonçalves - 16º Vice-Presidente

ricardo dos santos abreu - 17º Vice-Presidentemonroe Fabrício olsen - 18º Vice-Presidente

airton adelar Hack - 19º Vice-Presidenteemmanuel Gazda - 20º Vice-Presidente

maurino Veiga Junior - 21º Vice-Presidentesergio maeoka - 22º Vice-Presidente

Paulo roberto Brunel rodrigues - 23º Vice-Presidentedeborah regina Wolski dzierwa - 24º Vice-Presidente

Conselho suPerior

Werner egon schrappe (1990/1992)eduardo Guy de manuel (1994/1996)

ardisson naim akel (1996/1998)Jonel chede (1998/2000)

marcos domakoski (2000/2004)cláudio Gomes slaviero (2004/2006)

Virgílio moreira Filho (2006/2008)avani tortato slomp rodrigues (2008/2010)

edson José ramon (2010/2014)

sóCio Beneméritorui Barreto

Conselheirosabdo dib abagge, Benedito Kubrusly Junior, carlos antônio Gusso, claudio roth, edmundo

Kosters, edda deiss de melo e silva, Gilberto antonio cantú, Hamilton Pinheiro Franck, Helmuth altheim, Fernando antônio miranda, Jeroslau Pauliki, João edison alves camargo e Gomes, Jorge

nacli neto, leonardo Petrelli neto, luis alberto de Paula lenz cesar, luis celso olivet moura Branco, luiz Francisco novelli Viana, marcelo Bernardi andrade, mario lauro tavares martinelli,

marco antônio Peixoto, mario Valério Gazin, milton Vianna neto, norman de Paula arruda, omar camargo Filho, Paulo cesar nauiak, Paulo renato steiner, Paulo sergio mourão, roberto

demeterco, ruy senff, Walmor Weiss

trÊs Primeiros ViCe-Presidentes da diretoria1º Glaucio José Geara

2º José eduardo moraes sarmento3º sinval Zaidan lobato machado

Conselho deliBeratiVoademir dos santos dagnoni, aldo alfredo malucelli, antonio João Beal, áureo simões, Bernadete

Zagonel, Brasílio teixeira Brito, dante luiz millarch, dionisio Wosniak, dulciomar cesar Fukushima, estefano Ulandowski, eduardo cristiano lobo aichinger, Fábricio slaviero Fumagalli, Gabriel Veiga ribeiro, Gilberto degerone, Gilmar Gonçalves de Godoy, Henrique lenz cesar Filho,

Jaime sunye neto, Jandira scussel, Jacques rigler, Jose rovilson de souza dias, Jonel chede Filho, ludovico szygalski Junior, luis Gustavo Vardânega Vidal Pinto, luiz carlos Borges da silva,

marco antonio rossi, maritza maira Haizi, maria lucia Gomes, niazy ramos Filho, omar sharif Uthman majid, Paulo Geraldi de mello Bonilha

Conselho FisCal titulares: arnaldo luiz miró rebello, oclândio José sprenger,

carlos eduardo nascimento suplentes: idalberto Batista Vilas Boas, terezinha Wolman,

carlos Wanzo Junior

A RevistA do ComéRCio é uma publicação da Associação Comercial do Paraná - ACP. rua XV de novembro, 621 80020-310 curitiba Pr 41 3320 2929 Fax 41 3320 2535.

_Jornalista responsável: Pedro chagas neto mtB 2431–Pr _redação: ivan schmidt drt 901826-70-sP, cyntia souza mtB 9634-Pr _edição: ivan schmidt e cyntia souza _assesssoria de imprensa: dexx comunicação i 41 3320 2566 . 41 3320 2396 . 41 3320 2983 . [email protected] _agência de publicidade: tX Publitex comunicação . 41 3019 8100 _marketing: eduardo Kloc e rafaela strobach _Projeto Gráfico e diagramação: ideale design . idealedesign.com.br _comercialização: saltori assessoria comercial 41 3016-9094 , [email protected] _tiragem: 11 mil exemplares _impressão: serzegraf.

os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da associação comercial do Paraná - acP.

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Page 5: Revista do Comércio ACP - Novembro | Dezembro

índice

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terceirização 11

tributação 20

tecnologia 31

regularização 33

agenda 37

boletim jurídico 38

pesquisa e ciência 41

notícias 42

34 Vendas de Natal Movimento do período crescerá

abaixo da inflação

pesquisa

29 Balaroti Rede passa a investir mais

no setor de iluminação

negócios

20 Simplificação tributária

Simpósio discute benefícios dos novos decretos

25 Documento exclusivamente digital

No Paraná, este formato será único para o consumidor final

tributos

nota fiscal eletrônica

12 Antonio Espolador é o novo presidente da ACP

Associado é o foco da gestão 2014-2016

nova gestão

06 Segurança nos negócios

ACP oferece produtos para otimização de estratégias e relacionamento

capa

Page 6: Revista do Comércio ACP - Novembro | Dezembro

Serviço Centralde Proteção ao Crédito

Quais são os planos de expansão para a área comercial da ACp?Nosso plano prevê assumir uma participa-ção de mercado superior à da concorrên-cia. A Boa vista serviços tem competitivi-dade suficiente para atuar com produtos de qualidade na área de informação de cré-dito. esta atuação ganha muito mais fôlego com apoio da ACP, que tradicionalmente frui de enorme credibilidade no Paraná.

Qual será a estratégia para alcançar este resultado?o mais importante para a ACP é ter produ-tos que supram as necessidades dos con-sumidores com preços competitivos e boa qualidade dos serviços prestados. Aliado a isso, a estrutura comercial deve estar sem-pre atualizada, treinada e afinada às ferra-mentas de trabalho, ter objetivos claros e definidos, além de presença marcante no setor. temos que ser uma marca presente no dia a dia dos associados e vender quali-dade para que consigamos aumentar nos-sa participação no mercado.

o que esperar para o mercado de crédito no próximo trimestre?este mercado tem um grande concorrente que são os cartões de crédito. esta forma de pagamento tem participação crescente e as empresas têm muitos clientes PF ou PJ que precisam da análise do seu cadastro. Antigamente, buscava-se informações de clientes com o único objetivo se descobrir se ele era devedor, portanto uma análise simples. Hoje, é preciso traçar e detalhar este perfil. é este serviço que a ACP, através dos produtos da Boa vista serviços, tem oferecido, uma análise positiva do cliente. este serviço está disponível e é comum fora do país e oferecido pela Bvs no Brasil, cuja expertise e know-how da operadora permi-te aprimorar cada vez mais. é nesse sentido que os esforços devem caminhar. Não se trata apenas de dizer se o cliente é devedor ou não. traçar o que o seu perfil oferece em potencial é o grande segredo, munir o asso-ciado de informações para saber em que sentido investir.

Quais dados estão contidos na análise positiva?Ao invés de título protestado, mostra a ca-pacidade que os clientes tem em comprar e

endividar-se. isto já é feito pelas operadoras de cartão. Nesse caso a empresa que con-cede o cartão é o cliente. isso contece com grandes clientes da ACP que concedem crédito através de uma conta bancária ou cartão de crédito sediados na região

Quais as expectativas para o mercado de crédito em 2015?o mercado de crédito acompanha o desen-volvimento da economia, não tem segredo, são diretamente proporcionais. se a nossa economia está andando “de lado” como é o caso de 2014, acredito que a mesma si-tuação perdure até o final do ano. em 2015 haverá governo novo, novas diretrizes, então a economia deverá começar a ser mudada, da mesma forma a política eco-nômica, tanto macro quanto micro. Porém acredito que mesmo assim será um ano bastante difícil para toda economia para-naense. Para que tenhamos crescimento, isso deverá acontecer sobre participação de mercado, porque isso não se desenvolve por si só. então precisará haver grande es-forço da equipe do comercial para vender produtos e intensificar a presença da ACP junto aos associados com respaldado da diretoria.

Há possibilidade da entrada de outro bureau de crédito no Brasil?o Brasil é um mercado que chama a aten-ção em todos os segmentos da indústria, comércio e serviços a nível mundial. so-mos uma das maiores economias do pla-neta, temos uma grande capacidade que ainda precisa ser desenvolvida. A entrada de um novo bureau é possível, pois temos o mesmo potencial das grandes indús-trias, varejistas, operadoras de cartão de crédito e grandes bancos. tudo é possível. isso certamente acontecerá, senão no próximo ano, nos próximos anos. esta é uma acomodação normal de mercado. A instalação de outro bureau não é o proble-ma, o que precisamos é nos concentrar naquilo que temos hoje, nos produtos, aprimorá-los e torná-los mais competiti-vos, além de preparar nossas equipes co-merciais e buscar parcerias no mercado e manter aquelas com as quais já temos ótimos relacionamentos. Assim as empre-sas de Curitiba e do Paraná estarão muito bem atendidas.

A Associação Comercial do Paraná é a re-presentante exclusiva do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC – Boa Vista) no Paraná. Com o intuito de auxiliar empresas a avaliarem consumidores e realizar vendas a crédito com segurança, a ACP oferece aos seus associados informações de Pessoa Físi-ca e Jurídica inadimplente de todo o terri-tório nacional. Por isso, a entidade é a par-ceira ideal para garantir tomada de decisões seguras em todas as etapas dos negócios. O banco de dados da Boa Vista Serviços conta com mais de 350 milhões de informações à disposição dos associados à ACP.

Além de informação de crédito, a Boa Vista SCPC oferece também soluções em prospecção de clientes, gerenciamento e otimização de servidores e prevenção a frau-des. Confira a relação completa de serviços no encarte que integra esta edição da revista.

O coordenador da área comercial Boa vista Serviços da ACP, o vice-presidente Luís Antônio Sebben, conversou com a Revista do Comércio sobre os rumos do mercado de crédito para 2015.

ANálise desComPliCAdA PARA tomAdA de deCisões seguRAs

_ entrevistAluís ANtôNio seBBeNcoordenador da área comercial Boa Vista serviços

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soluções

Page 7: Revista do Comércio ACP - Novembro | Dezembro

o crédito viabiliza as estra-tégias de crescimento, os investimentos e a operação das empresas, fomentando as suas vendas, possibilitando a forma-ção de estoques. Daí, a importância dos negócios terem pleno acesso aos mer-cados de crédito, tanto como fonte de recursos para se financiarem como para financiarem o consumo de seus clientes.

No entanto, o empreendedorismo no Brasil ainda encontra obstáculos para o acesso ao crédito. De acordo com o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), essas empresas são 98% das existentes no país, geram 57% dos empregos e contri-buem com 20% do PIB (Produto Inter-no Bruto). São números que expressam a importância dos negócios de médio e pequeno porte no Brasil.

Para essas empresas formalizadas crescerem e serem viáveis há necessi-dade de crédito. Nesse aspecto, há um fator crítico: essas empresas serem co-nhecidas pelos agentes financeiros. Ain-da prevalece um sistema imperfeito de informações sobre elas, o qual abre es-paço para a seleção adversa, quando não se distinguem bons de maus pagadores (chamado assimetria de informações). É comum que as MPEs não possuam in-formações de crédito, não tenham his-tórico de suas transações financiadas e nem como elas foram pagas. Para quem concede crédito nessa situação fica di-fícil precificar o risco desta empresa, o que acaba gerando a necessidade de garantias crescentes para um financia-mento ou mesmo a sua não aprovação.

Nesse contexto, é muito comum o empreendedor de micro e pequena em-presa utilizar suas linhas de crédito ao consumidor para financiar seu negócio. Considerando que esse crédito é mais caro e tem prazos menores do que os de pessoa jurídica, tal prática leva a empre-sa a desequilíbrio financeiro, pondo em risco sua sobrevivência.

Entretanto, nos últimos anos, a des-peito desse sistema imperfeito (sem o compartilhamento amplo de informa-ções positivas de pagamento dos con-sumidores) houve o crescimento do crédito, e as ferramentas e soluções de negócio também se desenvolveram e se ajustaram às necessidades do empre-endedorismo. As associações comer-ciais e industriais, sobretudo quando robustecidas pela atuação em parceria com os birôs de informação de crédito e para negócios, deram e continuam dando um grande impulso para que os empreendedores se capacitem e dis-ponham cada vez mais desses recursos indispensáveis à gestão e sustentabili-dade, apropriando-se de uma expertise que as empresas do sistema financeiro e de grande porte há muito já incorpo-raram em seus modelos.

O crédito como combustível para o empreendedorismo

Por Dorival DouraDo

dorival dourado é Presidente da Boa Vista scPc

Se somarmos forças e esforços nessa cruzada de levar aos empreendedores os recursos necessários para obterem ou concederem crédito, tonificando os seus negócios, teremos razões para acreditar em essa vantagem competitiva – que é a vocação ao empreendedorismo do povo brasileiro – vai se transformar em desen-volvimento efetivo para o Brasil.

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soluções

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soluções

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a área comercial de Novos Ne-gócios, que no biênio 2014-2016 foi confia-da à direção do vice-presidente Henrique Domakoski, está em funcionamento desde 2013, tendo sido estruturada como nova uni-dade de operação com recursos exclusivos.

No pacote diferenciado de oportunida-des que a Associação Comercial do Paraná passou a colocar à disposição do quadro de associados, Domakoski destacou vários itens importantes como o Certificado Di-gital, para cuja emissão a entidade de classe do setor empresarial foi credenciada como Autoridade de Registro, incluindo a possi-bilidade da abertura de pontos de atendi-mento (PA) em cidades do interior.

Dessa forma, o certificado está sendo tam-bém emitido, além de Curitiba, em Cascavel, Maringá, Londrina, Francisco Beltrão, Jagua-riaiva, Jacarezinho e Ponta Grossa.

Tendo em vista a grande procura pelo serviço (até o início de outubro 1.535 cer-tificados haviam sido comercializados), a ACP continua prospectando parcerias para a abertura de novos pontos, com a expectativa imediata da instalação de mais nove unidades de emissão do res-pectivo certificado.

O plano de telefonia em parceria com a Claro, com descontos exclusivos e planos diferenciados, possibilitou mais de 500 li-nhas ativas.

A gestão empresarial de documentos fiscais eletrônicos com a utilização do myrp, que é um software desenvolvido por especialistas no setor, foi adquirida por 596 empresas que estavam em busca de soluções para problemas detectados em áreas de entrada/saída, estoque, SPED, financeiro, bancos, serviços e outras.

Uma das vantagens do sistema de ges-tão é que o mesmo é totalmente operado na web, dispensando a instalação e não fixar limite de licenças por computador.

Do certificado digital ao seguro de vidaaCP garante leque de

BeneFíCios ao assoCiado. ParCerias e Contratos, além da amPliação do atendimento no interior agilizaram a área de noVos negóCios

HeNRique domAkoski,coordenador da área de novos negócios e vice-presidente

Quais as estratégias previstas para ampliação da área de novos negócios?o grande ponto a ser trabalhado em relação aos novos negócios é conseguir mostrar para o associa-do que a ACP é realmente a casa do empresário e que ele pode ter na entidade seu porto seguro. A Associação Comercial do Paraná é bastante conhecida e reconhe-cida pelos seus associados e pela sociedade de uma maneira geral por suas ações institucionais, plei-teando e reivindicando medidas que vêm a ser importantes para o setor produtivo e para a sociedade como um todo, assim como pelos serviços de proteção ao crédito. Po-rém o grande desafio é comunicar à classe empresarial que a ACP pode oferecer grande parte das soluções em nível de produtos e serviços que o empresário necessite, e em con-dições muito mais vantajosas para ele(como planos de telefonia, pla-nos de saúde, seguros de vida, cer-tificado de origem, software de ges-tão, dentre outros serviços ). Hoje a ACP tem uma gama de serviços fantásticos para oferecer aos seus associados, em condições muito mais vantajosas do que se ele fosse adquirir diretamente no mercado.

Qual é o peso da retração da economia sobre o desempenho desta área na ACp?A retração da economia afeta a to-dos que estão ligados ao setor pro-dutivo, porém a nossa intenção é justamente poder dar o apoio, o su-porte necessário ao empresário ofe-recendo alternativas de produtos e serviços a preços mais baratos, tão necessários em momentos de crise.

Que alternativas a ACp poderia utilizar para ser mais eficaz que a concorrência?eu não considero que a ACP tenha concorrên-cia, ou que isso seja um problema. Não que-remos concorrer com ninguém. A ACP é uma entidade centenária, com grande credibilidade na sociedade e no setor produtivo, e nosso ob-jetivo é justamente oferecer melhores condi-ções para o nosso associado poder trabalhar e ser competitivo em um lugar como o Brasil, que tem um ambiente tão hostil e difícil para o empresário, com grandes problemas de in-fraestrutura, legislação trabalhista arcaica, le-gislação tributária elevada e complexa, dentre tantas outras questões que tornam a vida do empresário bastante desafiadora.

de que forma a ACp vai atuar para estar mais próxima dos escritórios regionais e representantes autorizados (como por exemplo os sindicatos)?estabelecer parcerias em geral é fundamen-tal. Parceria no formato ganha/ganha é es-sencial para o sucesso de qualquer negócio, e vamos seguir nesta linha, fortalecendo as parcerias já existentes e formando novas, seja com sindicatos, com outras associações comerciais, dentre outros parceiros .

_ entrevistA

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soluções

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_ proteção à vidACerca de duas mil vidas contam com a

proteção do Seguro de Vida Empresarial Unimed contratado por associados, com o objetivo de assegurar a tranquilidade dos colaboradores incluídos nas apólices.

A melhoria da qualidade de vida de as-sociados, colaboradores e familiares está igualmente disponibilizada mediante con-vênios firmados pela ACP com a Dental Uni e Unimed Saúde, que oferecem exce-lentes planos odontológicos com descontos e períodos reduzidos de carência.

A Dental Uni é uma cooperativa de pla-nos odontológicos com mais de 500 mil beneficiários e ampla rede de profissionais altamente capacitados na prestação de ser-viços de saúde bucal. Já os clientes Unimed

contam com o respaldo de 109 mil médicos atuantes, 106 hospitais pró-prios e 11 hospitais-dia, além de pronto atendimento, ambulâncias e hospitais credenciados.

Mais de 20 mil vidas contam com a cobertura dos planos da ACP com am-bas as instituições de saúde.

Também para oferecer garantia de excelência em serviços laboratoriais a entidade firmou parceria com o grupo Frischmann Aisengart, com 65 anos de existência e reconhecido como o maior laboratório de análises clínicas do Pa-raná, e invejável histórico de serviços com qualidade, rapidez e alto padrão de atendimento.

_ sou legAlA Associação Comercial do Paraná,

por meio da área de Novos Negócios criou a Câmara de Contratos para servir de ferramenta na agilização do processo de captação de assinaturas para qualquer tipo de contrato, com redução do tem-po e custo financeiro. Dessa forma, uma providência que poderia levar dias ou mesmo semanas é viabilizada pela citada câmara em poucos minutos.

O diferencial oferecido pelo novo pro-duto é a autenticação eletrônica em cartó-rio que confere segurança e credibilidade aos documentos. O E-Selo Notarial Sou Legal valida e reconhece documentos de pessoas físicas e jurídicas com fé pública em todo o território nacional, de acordo com as leis 8.935/94 e 12.682/12.

Na área educacional, os associados da ACP podem adquirir o benefício com descontos exclusivos variando entre 10% e 20%, em cursos oferecidos pelas entida-des parceiras, como a FAE, EBS, Positivo, Opet, Expoente, Dom Bosco, Uniandrade, Unicuritiba, Fesp, Spei e Esic.

_ esoCiAlProjeto do governo federal a ser implan-

tado em todos os Estados, o eSocial preten-de unificar a remessa de parte dos emprega-dores de todas as informações relacionadas com seus empregados. Na condição de entidade representativa de empregadores, a ACP está desenvolvendo ações com o objetivo de sugerir soluções apropriadas aos associados, em relação às novas deter-minações governamentais no âmbito das relações de trabalho e previdência.

o esocial pretende unificar a remessa de parte dos empregadores de todas as informações relacionadas com seus empregados

Page 10: Revista do Comércio ACP - Novembro | Dezembro

soluções

_ entrevistA

esdRAs mARiNzeCk leoN gerente executivo da acP

Como surgiu a área de novos negócios na ACp?

A ACP especializou-se em fornecer ser-viços de proteção ao crédito, porém há algum tempo vimos que poderíamos oferecer um leque diferenciado de pro-dutos e serviços, que chamamos de benefícios, gerando assim um diferen-cial de mercado e portanto fidelizando os atuais associados e buscando novos associados que passam a perceber a importância da ACP no desenvolvimen-to do seu negócio. A área de novos ne-gócios surgiu de uma necessidade de mercado, principalmente para que os pequenos e médios empresários pu-dessem focar seus esforços no negócio principal. desta forma, as também im-portantes atividades paralelas possam ser geridas ou fornecidas pela ACP e assim o empresário poderia dedicar seu tempo na atividade fim do seu em-preendimento.

Quais as estratégias utilizadas para o desenvolvimento de novos produtos?

identificar através de pesquisas as ne-cessidades dos empresários em relação aos seus negócios. Na última análise, identificamos a preocupação dos em-presários com a retenção de talentos, principalmente em empresas de peque-no e médio porte. Com essa informação podemos direcionar nossas ações para atividades que possam ajudá-los a reter esses talentos através de benefícios ofe-recidos ao empregado (como por exem-

plo seguro e plano de saúde), bem como proporcionar cursos para gestão de pes-soas. existem também várias exigências legais que acabam onerando, seja em tempo gasto, seja em recursos financei-ros despendidos para atender a essas exigências. Neste caso, a ACP pode for-necer ferramentas que resolvam esta questão aproveitando a escala que te-mos para conseguir boas negociações com fornecedores que ofereçam servi-ços com qualidade a um baixo custo.

Como a área comercial tem atuado neste nicho?

Ao desvendar setores estratégicos de mercado, a ACP coloca seu corpo funcional, no primeiro momento a área comercial, para divulgar e vender soluções. em seguida a estrutura de suporte para que o empresário tenha um serviço disponível e com qualidade, principalmente no atendimento. um bom exemplo disso é a nova tecnologia que vem para substituir o cupom fiscal, que é NFC-e, esta é menos burocrática para implementação e não necessita de uma impressora Fiscal, o que barateia em muito um ponto de venda (frete de loja), seja do ponto de vista do hardware, seja do ponto de vista da manutenção do sistema. munida destes benefícios, a ACP desenvolve no módulo de varejo dentro de uma ferramenta de gestão (myrp) que já é disponibilizada para mais de 3,5 mil associados, sempre com

a preocupação de oferecer produtos de qualidade a um valor justo.

de que forma os associados e possíveis novos clientes têm seu perfil mapeado para a criação de produtos que atendam às suas necessidades?

A ACP tem no seu dNA a defesa dos interesses dos empresários e hoje con-tabiliza mais de 12 mil empresas asso-ciadas. Aproveitamos esse volume de empresas para através de pesquisas de mercado identificar necessidades den-tro de cada segmento. Com o resultado dessas pesquisas, colocamos nossos técnicos para desenvolver e identificar as melhores soluções e então disponi-bilizá-las aos associados.

Qual é a prioridade na sua área para o biênio 2014/2016?

devido à grande diversidade de empre-sas que temos dentro do nosso quadro associativo, é de suma importância que consigamos definir e disponibilizar um mix de produtos e serviços que venham a atender à maior parte dos segmen-tos que atendemos. sempre buscan-do diferenciais mercadológicos que o empresário por si só não alcançaria. ou seja, a ACP utiliza seu know-how de mercado para disponibilizar produtos e serviços com qualidade comprovada a um custo justo.

_ esdras marinZecK leon

10

A ACP acompanha continuamente o desenvolvimento empresarial de seus asso-ciados, com o intuito de desenvolver cada vez mais produtos capazes de alavancar seus negócios. Confira na entrevista abaixo como as estratégias do gerente-executivo da ACP, Esdras Marinzeck Leon, apoiado pela sua equipe, são postas em prática.

legislação

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o simpósio “Fim da tercei-rização?”, organizado pela Câma-ra de Trabalho e Previdência do Con-selho de Tributação e Finanças atraiu à ACP grande número de empresários, advogados trabalhistas e acadêmicos de Direito, teve como expositores os advo-gados Hélio Coelho Junior e Rodrigo Fortunato Goulart, e o desembargador Luiz Eduardo Gunther, do Tribunal Re-gional do Trabalho da 9ª Região.

Para esclarecer dúvidas relacionadas aos prós e contras da terceirização, os conferencistas abordaram, respectiva-mente, aspectos genéricos do sistema à luz da parca legislação existente no Bra-sil, a experiência estrangeira e o setor público como principal contratante de serviços terceirizados.

“não há nenhuma lei que regulamente o sistema de terceirização no brasil”Hélio CoelHo JuNioRAdvogAdo

legislação

11

Terceirização em pautarelação de traBalho ainda não está regulamentada

_ peso dA BuroCrACiAO advogado Rodrigo Fortunato Goulart,

um dos organizadores do evento, reiterou que a terceirização é contemplada unica-mente pela Súmula 331, do TST, embora o país tenha atualmente 12 milhões de ter-ceirizados num universo de 35 milhões de trabalhadores com carteira assinada.

Goulart expôs também aspectos da pe-sada burocracia imposta aos empresários brasileiros, lembrando ser de duas mil ho-ras/ano a média gasta pelas empresas em obrigações acessórias relativas ao quadro de pessoal, fator que contribui para a elevação dos custos financeiros.

Citando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Rodrigo informou que ao longo de 2013 foram protocoladas na Justiça do Traba-lho cerca de 3,8 milhões de ações trabalhistas.

“O problema é tão grave que as empresas multinacionais trabalham com uma reser-va anual de R$ 25 bilhões para enfrentar o passivo trabalhista”, revelou. Em seguida, o desembargador Luiz Eduardo Gunther subli-nhou que o número total de ações no âmbito geral do Judiciário chega a 98 milhões.

O debatedor Paulo Boal, citando o gigan-tesco número de ações em trâmite no Judi-ciário, prognosticou que “em pouco tempo cada cidadão estará em litígio com o outro”.

_ AtivisMo judiCiAlAfirmando que no Brasil não existe “lei

nenhuma que regulamente o sistema de terceirização”, o advogado Hélio Coelho Junior enfatizou a necessidade da aprova-ção de um marco regulatório atualizado e apropriado, ora em discussão no Congres-so, com base no projeto de lei de autoria do deputado Sandro Mabel e no substitutivo do deputado Rodrigo Maia. Também o Su-premo Tribunal Federal (STF) está delibe-rando sobre a questão.

O desembargador Luiz Eduardo Gun-ther se referiu ao “debate acalorado que a terceirização despertou nos meios jurídi-cos”, uma das causas do que denominou “ativismo judicial ou judicialização da po-lítica”, ou seja, as oportunidades em que se torna necessária a intervenção do Judiciá-rio para a resolução de questões específi-cas. Como exemplo dessas intervenções o desembargador citou a regulamentação das greves de servidores públicos e do avi-so prévio.

Gunther revelou, ainda, que o setor pú-blico apresenta ampla perspectiva quanto à prestação de serviços por empresas espe-cializadas em terceirização, tendo em vista a necessidade de manter em funcionamen-to serviços de saúde, educação, complexo penitenciário e outros que, a seu ver, po-dem ser terceirizados.

Na parte final do simpósio o juiz do TRT da 9ª Região, Paulo Boal, e o ex-ministro In-dalécio Gomes Neto, do TST, comentaram pontos básicos citados pelos expositores.

_rodriGo F. GoUlart

_indalécio Gomes neto

_lUiZ edUardo GUntHer _Hélio coelHo Júnior

_PaUlo Boal

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o governador beto richa, o prefeito Gustavo Fruet, autoridades do Judiciário e Legislativo, os senadores Ál-varo Dias e Gleisi Hoffmann, dirigentes classistas e lideranças políticas e empre-sariais prestigiaram a solenidade de posse do presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Antonio Espolador, para o biênio 2014/2016, realizada no Clube Curitibano,

Segundo o novo presidente, uma das metas para a nova gestão é dar continui-dade aos projetos da entidade, como tam-bém encarar novos desafios. Espolador destacou a importância do trabalho em conjunto com os governos estadual e mu-nicipal, como também a realização de um trabalho proativo junto aos associados. Ele agradeceu também familiares e amigos que o apoiaram em sua trajetória de vida.

“Na condição de entidade apartidária e independente do ponto de vista financei-ro, a ACP não se descuidará do foco nas grandes questões nacionais, estimulando o debate transparente dos temas da atuali-dade por meio de seus conselhos”, destacou Espolador. O presidente falou também que continuará lutando, juntamente com outras entidades, pela redução da elevada carga tributária, um dos principais entraves ao fortalecimento das empresas, especialmen-te das pequenas e médias, exatamente as que pontificam no mercado como as maio-res geradoras de emprego e renda.

No campo da tributação, o empresário destacou que vai alçar a bandeira do Im-posto Único, convocando para o exame e discussão da problemática, renomados especialistas em Direito Tributário, Eco-nomia e Administração de Empresas.

“Substituindo o verdadeiro emaranhado de impostos, tributos, contribuições com-pulsórias, juros e multas, está provado que o Imposto Único constitui um dos cami-nhos mais seguros para o estabelecimento da justiça fiscal”, defendeu Espolador.

Para melhorar o ambiente de negócios e manter a sobrevivên-cia milhares de empreendedores, Espolador defendeu a extrema ne-cessidade das reformas da legislação trabalhista, do sistema tributário e, sobretudo do sistema político. “No sentido de dar consistência à dispo-sição de estreitar parcerias, compar-tilhar projetos e se aprofundar em temas importantes, a ACP continu-ará aliada ao G7”, encerrou.

Em seu último discurso como pre-sidente, Edson José Ramon destacou a parceria da entidade com agentes dos poderes constituídos e entidades clas-sistas, além do entendimento com as as-sociações do interior e da capital, como também a afirmação da imagem políti-co-institucional da ACP. Para ele a insti-tuição mostrou também capacidade de influir nas grandes decisões, colocando--se como referência em questões de na-tureza social, política e econômica.

_antonio esPolador, Beto ricHa, edson José ramon e GUstaVo FrUet

_ramon e esPolador com as esPosas, elVira ramon e sUeli PedroZo

posse

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Gestão 2014-2016: Espoladordefine novas estratégias para a ACP

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posse

Coordenadores de conselhosatuação em conjunto para alcançar novos objetivos

esColA de CoMérCioe ConCex-ricarlos eduardo Guimarães tomou posse da coordenadoria da escola de comércio acP e déborah dzierwa, no conselho de comércio exterior e relações internacio-nais (concex-ri), para atuação no biênio 2014-2016.

os novos coordenadores colocaram as li-nhas gerais dos projetos para os próximos dois anos, convocando as respectivas equipes de conselheiros para a realização de um trabalho que tenha como priorida-de o associado.

a escola de comércio acP, que substitui a Universidade livre do comércio (Ulc), segundo Guimarães, vai estreitar a siner-gia com as instituições de ensino superior de curitiba, “com a finalidade de garan-tir ao associado o melhor em termos de informação sobre gestão financeira, de pessoas, marketing, formação de preços e outras questões importantes para a me-lhoria do ambiente de negócios”.

déborah lembrou o trabalho realiza-do à frente do concex-ri pelos coor-denadores sinval lobato machado, odone Fortes martins e o antecessor imediato, carlos eduardo Guimarães, comprometendo-se com uma gestão de “competência, compartilhamento e empenho de todos os conselheiros e parceiros visando atingir as metas pro-postas para o biênio”.

a coordenadora citou ainda que o concex-ri continuará realizando eventos específicos para o setor de comércio exterior (workshops, con-ferências, simpósios e cursos), além da recepção a missões comerciais estrangeiras. comentou também o in-teresse do conselho em cooperar com a organização de missões comerciais do Paraná em países da américa lati-na, União europeia e leste asiático, en-tre outros, bem como a realização de estudos para o lançamento do Prêmio de comércio exterior.

_déBoraH dZierWa

_carlos edUardo GUimarães

Ramon agradeceu aos diretores, vice-presidentes, coordenadores e conselheiros pelo apoio, ratificando algumas conquistas que ajudaram a fortalecer a ima-gem e presença da ACP junto aos associados.

O governador Beto Richa destacou a importância da parceria da ACP com o governo do Estado, em defesa dos interesses do Paraná e aproveitou a ocasião para renovar o compromisso com a entidade, no sentido de atender as demandas do setor empresarial, tais como a redução das elevadas taxas tributárias e da legalidade trabalhista.

Por sua vez, o prefeito Gustavo Fruet também rea-firmou o comprometimento com a entidade, mencio-nando parcerias já realizadas, como os remansos da Rua XV de Novembro, a mais recente solicitação dos comerciantes por intermédio da ACP, além da revita-lização do centro e da Praça da Espanha, entre outras demandas encaminhadas à prefeitura.

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posse

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CâMArAs setoriAisHoje, o Conselho das Câmaras Se-

toriais abriga 21 câmaras que, a partir dessa data passam a operar sob a co-ordenação geral do empresário Ivo Pe-tris, um dos vice-presidentes da Casa.

Em sua fala, o presidente da ACP destacou a importância das câmaras como canal de captação das reivindi-cações dos variados setores do empre-sariado que encontram na ACP, por meio de seus coordenadores, voz e soluções para suas reivindicações. “A união de toda a diretoria com os asso-ciados, dá força para que a ACP tenha relevância institucional e incentivo para lutar pelos pleitos encampados por ela”, declarou. Espolador aprovei-tou o momento para elogiar o afinco com que seu antecessor, Edson José Ramon, aplicou para elevar a imagem institucional da ACP com o apoio das câmaras, feito que alavancou o cresci-mento do número de associados, hoje um recorde.

Historicamente, a entidade nunca havia alcançado o número de sete mil associados em todo o Paraná, porém ao fim da última gestão, em julho des-te ano, contabilizou-se mais de 15 mil parceiros em todo o Estado.

Ao entregar simbolicamente o car-go de coordenador das câmaras seto-riais ao sucessor Ivo Petris, o ex-co-ordenador Camilo Turmina destacou que seu papel sempre foi o de repre-sentar de forma objetiva e produtiva cada segmento da economia represen-tado pela entidade. Ao agradecer, Ivo exaltou os resultados alcançados por Camilo e disse “que será um desafio e responsabilidade dar continuidade a este sucesso. Estou disposto a en-frentar gigantes seja do tamanho que forem em prol de nossos parceiros e para o bem da Casa”, destacou.

Confira a lista completa de coorde-nadores por Câmara Setorial.

_o conselHo das câmaras setoriais aBriGa 21 câmaras

“Será um desafio e responsabilidade dar continuidade a este sucesso”

ivo PetRis

CAseMa coordenação do conselho de ação para a sustentabilidade empresarial (casem), ficará a cargo de niazy ramos Filho, que permanece à frente do conselho já lide-rado por ele. o coordenador lembrou al-guns objetivos do casem, sendo o princi-pal deles o apoio ao associado na questão da logística reversa, instituída pela Política nacional de resíduos sólidos (Pnrs), na letra da lei nº 12.305, cujo objetivo é pro-ver desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a via-bilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial e industrial, para reaproveitamento em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos. “ atravessa-mos um momento importante com rela-ção à logística reversa, pois a lei já está em vigor e a nossa missão é auxiliar os agen-tes públicos a se adequarem”, disse niazy.

_niaZy ramos FilHo

ampliar os conceitos do Pacto Global, iniciativa da qual a acP é signatária, também está no escopo de ações do conselho para o biênio. “trabalhare-mos para que a entidade esteja na vanguarda deste movimento mundial”, destacou niazy.

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ConselHo polítiCoo conselho Político da associa-ção comercial do Paraná, im-portante elo entre a entidade e o ambiente político, teve empossa-do seu novo coordenador, o ad-vogado e vice-presidente sinval lobato machado. a primeira ação do conselho foi a realização do ci-clo de debates com os principais candidatos ao governo do estado, Gleisi Hoffmann, roberto requião e Beto richa.

de acordo com o presidente da casa, antonio miguel espolador neto, “este conselho tem como dever um dos princípios historica-mente defendidos pela acP, o do exercício da democracia.

durante seu discurso de posse, sin-val fez críticas contundentes aos casos de corrupção que chocam a opinião pública. afirmou que, por outro lado, a arrecadação pública tem batido recordes e sem o retor-no diretamente proporcional para a população. o posicionamento do coordenador foi ratificado por es-polador, que afirmou ser a “luta pela reforma política um grande desafio

ConselHo superiorO presidente do ISAE/FGV, Norman

de Paula Arruda Filho, foi eleito como co-ordenador do Conselho Superior da ACP.

Entre suas atribuições, o conselho emite pareceres sobre matérias a ele submetidas pelo Conselho Deliberativo e pela diretoria, além de decidir sobre os recursos interpostos por associados.

É constituído pelo presidente da ACP e seus três primeiros vices, pelos ex-pre-sidentes, pelos sócios beneméritos, por 30 membros eleitos e componentes do quadro social.

ConselHo de lojistAsGeraldo Luiz Gonçalves foi formalizado

como o coordenador-geral do Conselho de Lojistas para os próximos dois anos. O pre-sidente destacou a atuação do coordenador em ações importantes da entidade como em discussões sobre a segurança do comércio no Comitê de Segurança, que resultaram em ações efetivas como o aumento de poli-ciamento e o diálogo com as autoridades na busca de alternativas para o problema.

Geraldo Luiz Gonçalves pontuou que pre-tende ceder um pouco de sua experiência no segmento para que a ACP seja reconhecida como suporte aos associados e salientou que, para isso, conta com uma equipe de coorde-nadores da área da indústria, serviços, sho-ppings e financeiras. Buscando a integração, ele espera contar também com a ACP e seu corpo de colaboradores para vencer desafios. “Na vida, só conseguimos as coisas com aju-da mútua. Espero contar com todos na ACP, independente do nível hierárquico, pois todo o suporte é necessário. Já temos algumas re-alizações como a aproximação do Procon--PR com a entidade, a segurança e alguns desafios como a questão tributária sobre o mostruário nas lojas, dentre outros. Teremos bastante trabalho”, salientou.

A necessidade de união e também de possibilitar melhores condições aos asso-ciados no que se refere às questões de segu-rança, representatividade e crescimento nos negócios são alguns dos fatores que levaram à criação do Conselho Lojista na ACP, que tem entre os seus objetivos fomentar e inte-grar o varejo em busca de maior valorização e reconhecimento do setor no Paraná. 15

posse

_norman de PaUla arrUda FilHo_Geraldo lUiZ GonçalVes

_sinVal loBato macHado

para os integrantes do conselho Político”.

conforme os preceitos ampla-mente defendidos pela acP, sin-val disse que “a entidade deve reagir e arregaçar as mangas para batalhar por um setor pro-dutivo que atue em plena segu-rança jurídica, item em falta no Brasil e muito prejudicial não só a nossa classe, mas ao desenvol-vimento do país”, declarou.

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João Guilherme Duda assumiu a função de coordenador do Conselho de Jovens Empresários (CJE), para o biênio 2014-2016. Duda vai substituir o também vice--presidente Henrique Domakoski, na atu-al gestão deslocado para a área de Novos Negócios. Assumiram também os compo-nentes da diretoria do conselho, que terá como vice-coordenadores Vicente Loiáco-no Neto e Hélio Gilberto Belfort Amaral.

Espolador agradeceu a atuação do CJE no “estímulo ao empreendedorismo entre os jovens”, lembrando os ganhos obtidos pela instituição ao contar, há 18 anos, com o entusiasmo dos empresários em início de carreira. O presidente disse, ainda, que João Guilherme e sua equipe vão iniciar bem o seu trabalho “com o Feirão do Imposto a ser realizado na manhã do próximo sábado”.

Por sua vez, o novo coordenador asseve-rou que os jovens empreendedores também desejam “ser protagonistas e não apenas as-

posse

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ConselHo dAMulHer exeCutivA

A vice-presidente Maria Cristina Fer-nandes Coutinho foi empossada como coordenadora do Conselho da Mulher Executiva (CME), cargo ocupado ante-riormente por Edda Deiss de Melo e Silva.

Durante seu discurso de posse, Ma-ria Cristina assumiu o compromisso de auxiliar as mulheres executivas por ela lideradas a incrementar a visão estraté-gica de suas empresas com a implemen-tação de cursos, treinamentos e palestras sobre o tema. Para isto, contará com a estrutura da Casa atuando em conjunto com a Escola de Comércio e o Conselho de Comércio Exterior e Relações Inter-nacionais (Concex – RI).

_maria cristina Fernandes coUtinHo

_João GUilHerme dUda

sistir a passagem do bonde”, reiterando que eles compartilham a ideia de trabalhar por um futuro promissor para o país.

Duda lembrou que foi o estudioso aus-tríaco Josef Schumpeter o primeiro a usar a expressão “empreendedorismo”, no século passado, dizendo que “os jovens se destaca pela vontade extra de fazer a diferença, su-perar dificuldades e vencer pessoal e profis-sionalmente”.

A diretora jurídica do CJE, Luana To-niollo Domakoski, deu explicações sobre a 12ª edição do Feirão do Imposto, evento liderado pela Confederação Nacional de Jovens Empresários (Conaje) com o en-volvimento de vários apoiadores, que será realizado esse ano em 90 cidades.

Segundo Luana “a maioria da popula-ção desconhece o peso da tributação no preço final das mercadorias, e mostrar isso claramente é o principal objetivo do Feirão do Imposto”.

ArBitACFoi nomeado como coordenador-geral da arbitac o advogado ricardo dos santos de abreu; como presi-dente do conselho administrativo, rodrigo nasser Vidal e vice-presiden-te Henrique Gomm neto. de acordo com espolador, a arbitragem no Bra-sil é um segmento que apresenta ca-rência de prestadores de serviço, por isso a arbitac , que já é referência a nível nacional, continuará benefician-do as empresas e os associados com os serviços prestados como forma de oferecer decisões extra-judiciais mais rápidas para conflitos de natu-reza comercial.

Para o recém-empossado coordena-dor ricardo abreu, o serviço prestado pela arbitac de fato é indispensável ao setor jurídico brasileiro, que abar-ca “anualmente, 93 mil processos ju-diciais que levam em média oito anos para ser definidos”, declarou. o pre-sidente da entidade do setor produ-tivo destacou que a prestação desse serviço deve contar com o prestígio interno tanto de diretores quanto de funcionários, para penetrar no am-

biente externo, inclusive nas esferas mu-nicipal, estadual e nacional.

ao deixar o cargo de coordenador, o vi-ce-presidente sinval lobato recebeu das mãos do presidente uma placa em home-nagem à sua atuação na gestão anterior e disse que “a arbitac é um órgão sério e que tem o compromisso de não ser utili-zada para fins políticos, acima de tudo”.

a arbitac foi criada em 1994, sendo an-terior à sansão da lei de mediação e ar-bitragem (nº 9.307 de 1996), o que de-monstra a visão dos gestores da acP ao longo dos anos. “Hoje nós colhemos os bons frutos do trabalho das gestões an-teriores”, disse a supervisora da arbitac, elisa schmidlin cruz, ao agradecer os es-forços de todos os membros da diretoria.

_ricardo dos santos de aBreU

ConselHo de jovens eMpresários

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ConselHo de triButAção e FinAnçAs

O advogado Airton Hack segue como coordenador do Conselho de Tributação e Finanças (CTF). De acor-do com Hack, o conselho é um canal de representação institucional da ACP na área de tributos e finanças públi-cas, desenvolvido com o objetivo de estabelecer diálogo entre membros do Executivo, Legislativo e Judiciário para tratar dos assuntos relacionados à área. “Ouvimos os pleitos dos associa-dos por meio dos conselhos e câmaras setoriais, então desenvolvemos um es-tudo técnico sobre a questão, que pos-teriormente é encaminhado ao Conse-lho Político. A idéia é operarmos como interlocutores entre as autoridades dos três poderes”, afirmou. Com isso, o CTF se propõe a intensificar o trabalho para influir nas decisões das autorida-des, procurando atuar antes da edição de medidas e não apenas manifestar-se após as resoluções finais.

Devido à constante demanda dos as-sociados, o conselho constituiu a Câmara de Trabalho e Previdência, liderada pelo advogado Rodrigo Fortunato Goulart. “Esta é uma área que exige conhecimen-to aprofundado, por isso o Rodrigo foi o escolhido para o cargo”, revelou Hack.

_airton HacK

_edUardo aicHinGer

ConselHo doCoMérCio vivoo conselho do comércio Vivo terá como coordenador para o biênio 2014-2016 o empresário camilo turmina. de acordo com turmina, todas as forças estarão voltadas para promover maior segurança aos estabelecimentos comerciais do centro de curitiba. “darei continuidade ao combate à pichação e ações de vandalismo, bem como defenderei a implanta-ção de câmeras na parte externa das lojas para que assim possa-mos facilitar o trabalho da polícia que sempre tem atuado em con-junto com a acP”, destacou.

Para atuar diretamente à frente do comércio central, o empre-sário Bernardo luiz duarte foi o indicado. “Buscarei unir forças em prol da manutenção e limpeza das calçadas, na busca por po-líticas públicas que estimulem a volta da população ao centro da cidade”, destacou.

instituto ACp pArA inovAçãoeduardo aichinger foi empossado como coordenador geral e ludovico szygalski Junior como vice-coorde-nador. em sua fala, o presidente da acP, antonio miguel espolador, des-tacou a importância da inovação para o associado da entidade e reiterou que as atenções devem ser voltadas para propor soluções para os empre-sários que fazem parte do corpo as-sociativo da entidade.

eduardo aichinger agradeceu a opor-tunidade e citou que a tradição e a ousadia, que fazem parte dos valores da acP, devem coexistir na “busca da inovação e na proposta de negócios para o associado”. aichinger mencio-nou ainda o trabalho conjunto com o conselho de Jovens empresários (cJe) coordenado por João Guilher-me duda, em que diversos temas ligados ao empreendedorismo, ino-vação e oportunidades para jovens empresário são pontos amplamente discutidos e tem extrema importân-cia para o cenário da inovação que a acP almeja.

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posse

_camilo tUrmina

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_ a noVa diretoria da acP: antonio miGUel esPolador neto - Presidente; GlaUcio José Geara - 1º Vice-Presidente; José edUardo moraes sarmento - 2º Vice-Presidente; sinVal Zaidan loBato macHado - 3º Vice-Presidente; lUís antonio seBBen - 4º Vice-Presidente; camilo tUrmina - 5º Vice-Presidente; dalton Zeni risPoli - 6º Vice-Presidente e 1º secretário; HenriqUe domaKosKi - 7º Vice-Presidente e 2ºsecretário; Jean micHel PatricK tUmeo Galiano - 8º Vice-Presidente e 3º secretário; Walter roqUe martello - 09º Vice-Presidente e 1º tesoUreiro; JorGe carValHo oliVeira JUnior - 10º Vice-Presidente e 2º tesoUreiro; iVo orlando Petris - 11º Vice-Presidente; odone Fortes martins - 12º Vice-Presidente; carlos edUardo de atHayde GUimarães - 13º Vice-Presidente; maria cristina Fernandes m. coUtinHo - 14º Vice-Presidente; João GUilHerme dUda - 15º Vice-Presidente; Geraldo lUiZ GonçalVes - 16º Vice-Presidente; ricardo dos santos aBreU - 17º Vice-Presidente; monroe FaBrício olsen - 18º Vice-Presidente; airton adelar HacK - 19º Vice-Presidente; emmanUel GaZda - 20º Vice-Presidente; maUrino VeiGa JUnior - 21º Vice-Presidente; serGio maeoKa - 22º Vice-Presidente; PaUlo roBerto BrUnel rodriGUes - 23º Vice-Presidente; deBoraH reGina WolsKi dZierWa - 24º Vice-Presidente

posse

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Diretores à frente da nova gestão

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Círculo de Estudos Bandeirantes comemora 85 anos de história

história

o atual reitor da Pontifícia Uni-versidade Católica do Paraná, Waldemiro Gremski, e seu antecessor Clemente Ivo Juliato foram recebidos pelo presidente Antonio Miguel Espolador Neto, para um café da manhã comemorativo dos 85 anos de existência do Círculo de Estudos Ban-deirantes, ligado àquela tradicional insti-tuição de ensino superior.

Participaram também da homenagem o vice-reitor da Universidade Federal do Paraná, Rogério Molinari, representando o reitor Zaki Akel Sobrinho, a professora Maria Cominnos, diretora sociocultural do Círculo de Estudos Bandeirantes, além de intelectuais, professores da PUC-PR e UFPR, além de intelectuais e integrantes do referido centro.

CaFé da manhã reúne reitor da PuC-Pr e ViCe-reitor da uFPr na sede da aCP

_uMA longA HistóriA O presidente da ACP saudou os

presentes, parabenizando especialmente o reitor Waldemiro Gremski pelos 85 anos do círculo, salientando a contribuição do mesmo para o desenvolvimento social, político e econômico do Paraná, citando figuras ilustres que fizeram parte da organização ao longo da história, tais como o padre Luiz Gonzaga Miele, José Loureiro Ascenção Fernandes, José Farani Mansur Guérios, aos quais se juntaram mais tarde Antonio Rodrigues de Paula, Benedito Nicolau dos Santos, Bento Munhoz da Rocha Neto, Carlos de Araújo Britto Pereira, José de Sá Nunes, Liguaru do Espírito Santo, Pedro Ribeiro Machado da Costa e Valdemiro Augusto Teixeira de Freitas. 

O reitor da PUC assinalou que ao com-pletar 85 anos de excelentes serviços pres-tados ao Paraná, “o Círculo de Estudos Bandeirantes teve presença marcante em todos os grandes momentos vividos pelo Estado no século XX, estando pronto para voltar a ocupar seu lugar nesse importante cenário”.

Dedicado à pesquisa, ensino, tecnolo-gia e cultura, o centro foi fundado em 19 de março de 1929, mas somente passou a funcionar em setembro, reunindo segun-do Gremski, “a elite paranaense dos meios religiosos, políticos, econômicos, sociais e culturais”.

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_AgregAdor de tAlentosUma das grandes contribuições do cír-

culo deu-se em 1946 com a entrega da Faculdade de Filosofia e seus onze cursos, mantida pelos irmãos maristas, à Univer-sidade Federal do Paraná (UFPR) ame-açada de paralisação das atividades em função das exigências legais da época. A iniciativa foi decisiva para a consolidação da UFPR, assim como três anos depois resultou na criação de nova faculdade pe-los maristas, na verdade, “a semente que gerou a Universidade Católica do Paraná”.

Definido como um agregador de ta-lentos, segundo Gremski o Círculo de Estudos Bandeirantes tem a guarda dos documentos e pertences pessoais da maioria de seus integrantes, além da bi-blioteca com mais de sete mil volumes e 19,7 mil itens no acervo bibliográfico contemplando obras raras dos séculos XIX e XX, assim como manuscritos e periódicos datados dos séculos XVII e XVIII.

O CEB teve sua sede própria inaugu-rada em 12 de setembro de 1945, tendo sido o edifício projetado pelo engenheiro Benjamin Mourão e construído por João de Mio em estilo neoclássico. O prédio tem ao todo seis andares, dois deles dota-dos de amplas salas de estudos e reuniões, sendo os quatro restantes dedicados à bi-blioteca e auditório com capacidade para 140 pessoas. 

Tanto o reitor da PUC quanto o vice--reitor da UFPR asseguraram o interesse das respectivas instituições na revitaliza-ção do projeto do Corredor Cultural na área central da cidade, apoiado desde o lançamento pela Associação Comercial do Paraná, prevendo a localização de pon-tos de atração entre a Reitoria da UFPR e a Praça Osório, visando o aproveitamento do potencial histórico-cultural do referi-do espaço urbano. 19

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tributação

Acesso ao Supersimples é universalizado

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a Partir de agora qualquer emPresa Poderá aderir ao noVo regime de aCordo Com o Faturamento anual sem qualquer restrição ao ramo de atuação

A partir de quando posso entrar no simples?

entre o primeiro dia útil de novembro e o penúltimo dia útil de dezembro de 2014 é possível agendar a entrada no simples pela internet, no site mantido pela receita Federal. mas a tributação pelo supersimples só valerá a partir de 1º de janeiro de 2015.

depois de agendar minha opção, posso mudar de ideia?

sim, basta cancelar o agendamento de adesão ao supersimples, também pela internet, entre o primeiro dia útil de novembro e o penúltimo dia útil de dezembro de 2014.

Quando eu começo a pagar a nova carga tributária?

a nova carga tributária começará a va-ler a partir do dia 1º de janeiro de 2015.

Como faço para entrar no simples?essa opção é feita unicamente pela internet, no site mantido pela receita Federal.

no menu lateral direito, escolha o ítem “solicitação de opção” e utilize um Certificado digital, se tiver. do contrário, utilize o Código de acesso fornecido pela receita Federal. sele-cione “Código de acesso” e vá para o “Clique aqui”.

Você vai precisar do CnPJ e do CPF do responsável pela empresa. depois que o Código de acesso for gerado, retorne para a “solicitação de op-ção”, depois “Código de acesso.” Você vai precisar novamente do CnPJ e do CPF do responsável.

depois é só preencher o formulário na internet.

é vantagem? vou pagar menos imposto?

a primeira vantagem é a redução da burocracia: os impostos federais, es-taduais e municipais são pagos em um único boleto. todas as atividades de Comércio, indústria e a maior parte das atividades de serviços pagam menos tributos no supersimples.

no caso das atividades do setor ser-viços que estão nas tabelas V e Vi, a redução da carga tributária vai de-pender do número de funcionários. quanto mais funcionários, mais van-tagens a empresa terá de entrar no supersimples.

o teto de r$ 3,6 milhões vale para todos os estados brasileiros?

Para o pagamento dos oito impostos federais sim, porém para o recolhimen-to de iCms (estadual) e iss (municipal) os tetos de faturamento bruto anual variam de acordo com a participação de cada estado no PiB brasileiro.

-são os chamados sublimites.amapá e roraima – r$ 1,26 milhão/ano; acre, alagoas, mato Grosso do sul, Pará, Piauí, rondônia, sergipe e tocantins – r$ 1,8 milhão por ano; ceará, maranhão e mato Grosso – r$ 2,52 milhões por ano.todos os demais estados e o distrito Federal – r$ 3,6 milhões por ano.

a presidente dilma rousseFF sancionou a Lei Complementar 147/2014 (PLC 60/14), originada do PLP (Projeto de Lei Complementar) 221/12, que uni-versaliza o Supersimples – sistema de tributação diferenciado para as micro e pequenas empresas que unifica oito im-postos em um único boleto e reduz, em média, em 40% a carga tributária.

O texto traz inúmeros benefícios, como por exemplo, estabelece como critério de adesão o porte e o fatura-mento da empresa, em vez da atividade exercida. Com isso, médicos, corretores e diversos outros profissionais, princi-palmente do setor de serviços, podem

aderir e passar a pagar menos tribu-tos, com menos burocracias. Além disso, disciplina o uso da substitui-ção tributária para as microempresas e empresas de pequeno porte.

A estimativa de tempo de abertura da pequena empresa também dimi-nuiu. Com a nova legislação, deverá cair para apenas cinco dias. O tempo médio de espera no País hoje é de 107 dias. O mesmo deve acontecer com o tempo de fechamento que também ganhará agilidade e, assim, haverá uma diminuição dos CNPJs inativos por excesso de burocracia. Conheça os benefícios da nova lei a seguir.

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Quais as atividades que serão beneficiadas com essas mudanças?

medicina, enfermagem, veterinária, odontologia, psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, po-dologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição, de vacinação e de bancos de leite; fisioterapia, advocacia, servi-ços de comissária, de despachantes, de tradução e de interpretação;

-arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia, cor-retagem, representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros, perícia, leilão e avaliação;

-auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e ad-ministração;

-Jornalismo, publicidade, agencia-mento, exceto de mão de obra;

-outros negócios do setor de ser-viços, que atuem na área da ativi-dade intelectual, de natureza técni-ca, científica, desportiva, artística ou cultural, produção ou venda no atacado de refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas, produção ou venda no atacado de preparações compostas, não alco-ólicas (extratos concentrados ou sabores concentrados), para elabo-ração de bebida refrigerante.

tenho que mudar a razão social da minha empresa? terei algum custo?

a opção é gratuita, não há nenhum custo para aderir ao supersimples. quem já tem uma empresa e quer aderir ao supersimples não precisa fazer nenhuma alteração no nome ou razão social da empresa ou no CnPJ. também é possível usar o mesmo blo-co de notas fiscais.

e se meu faturamento aumentar vai mudar minha tabela? vou ter que sair do simples?

só precisa sair desse sistema de tribu-tação quem ultrapassa o limite anual de faturamento. se o faturamento au-mentar, será preciso verificar a alíquo-ta correta na tabela do supersimples.

posso ter sócio que já tem empresa e entrar no simples?

sim. a limitação só ocorre para só-cio estrangeiro ou sócio que tenha empresa com faturamento superior ao limite do supersimples. também não podem aderir ao supersimples empresas com sede no exterior e que exercem algumas atividades como a produção de bebidas alcoólicas e de cigarros.

Como calcular o imposto devido? Como preencher o boleto para pagamento?

é possível calcular o imposto e impri-mir o boleto (das – documento de arrecadação) pela internet, no site da receita Federal. na lateral direita do site, escolha “Pgdas-d” (Progra-ma gerador do documento de arre-cadação do simples nacional) e utili-ze um Certificado digital, se tiver. do contrário, utilize o Código de acesso fornecido pela receita Federal. se-lecione “Código de acesso” e vá em “Clique aqui”.

Você vai precisar do CnPJ e do CPF do responsável pela empresa. depois que o Código de acesso for gera-do, retorne para “Pgdas-d”, depois “Código de acesso.” Você vai preci-sar novamente do CnPJ e do CPF do responsável. depois é só preencher o formulário na internet.

Como saber as alíquotas de imposto para a minha empresa?

o supersimples conta com seis tabe-las e cada uma contém alíquotas para diferentes setores e faixas de fatura-mento. a definição do setor é a mes-ma que consta do seu CnPJ.

se a sua empresa é do setor de Co-mércio, acesse aqui a tabela i do su-persimples.

se for da indústria, acesse aqui a ta-bela ii do supersimples.

se sua empresa é do setor de servi-ços, é preciso antes checar sua ati-vidade para consultar a tabela. a de-finição da atividade é a mesma que consta do seu CnPJ.

Para os seguintes serviços:

-Fisioterapia;

-Corretagem de seguros;

-locação de bens móveis;

-Creches, pré-escolas, estabelecimen-tos de ensino fundamental, escolas técnicas, profissionais e de ensino mé-dio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos de pilotagem, prepa-ratório para concursos, gerenciais e escolas livres (exceto academias de dança, capoeira, ioga e artes marciais e academias de atividades físicas, des-portivas, natação e escola de esportes. - para estas, veja a tabela V);

-agência terceirizada de correios;

-agência de viagem e turismo;

-Centro de formação de condutores;

-agências lotéricas;

-serviços de instalação, de reparos e manutenção em geral, bem como de usinagem, solda, tratamento e reves-timento em metais;

-transportes interestaduais e inter-municipais de cargas;

o texto traz inúmeros benefícios. estabelece como critério de adesão o porte e o faturamento da empresa, em vez da atividade exercida

tributação

aGência seBrae de notícias

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impostos

os aspectos técnicos e operacionais dos decretos 12.231 e 12.232, editados pelo governo estadual foram explicados pelo secretário da Fazenda, Luiz Eduardo Sebastiani, acompanhado por José Aparecido Valêncio da Silva, diretor da Coordenação da Receita Estadual (CRE) e as auditoras fiscais Jussara Toscan e Suzane Dobjenski a uma platéia formada por profissionais de contabilidade no auditório da ACP.

2222

téCniCos do goVerno relatam a ContaBilistas os BeneFíCios dos noVos deCretos

Desburocratização Tributária

_Presidente da acP Fala na aBertUra do simPósio

A NF de consumo eletrônica e a simplificação tributária diminuíram a burocracia de mais de 20 itens

impostos

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O evento -- Simpósio Simplificação Tributária do Paraná – foi organizado pelo Conselho de Tributação e Finanças da ACP, con-tou com a presença da presidente do Conselho Regional de Con-tabilidade (CRC), Lucelia Lucheta. Os referidos decretos tratam especificamente da Nota Fiscal de Consumo Eletrônica (NFCe) e Simplificação Tributária (ST), diminuindo consideravelmente a burocracia tributária de mais de 20 itens da atividade econômica.

O presidente da ACP, Antonio Espolador Neto, manifestou o contentamento do setor produtivo com a iniciativa governamen-tal, comentando que “esse é um excelente começo no caminho da desburocratização, uma decisão inédita em todo o país, que deverá servir de exemplo aos demais Estados”. Ele parabenizou o governa-dor Beto Richa pela medida oportuna, enfatizando o bom relacio-namento dos empresários com a administração pública, ao lem-brar que “o Paraná é o Estado que pratica o menor índice nacional de tributação sobre micro e pequenos empreendedores”.

Segundo o secretário da Fazenda, “esse é um indício claro do êxito do programa Paraná Competitivo que atraiu R$ 35 bilhões de investimentos, apesar da forte concorrência com as regiões Norte e Nordeste, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina”.

Sebastiani disse também que os recentes decretos do gover-no “resultam de uma construção que reuniu técnicos do ser-viço público e representantes de entidades de classe ligadas ao G 7, dentre as quais a ACP, do Conselho Regional de Conta-bilidade e outras, cuja meta comum era a melhoria da relação entre o Fisco e a sociedade”.

O programa Paraná Competitivo atraiu R$35 bilhões de investimentos apesar da forte concorrência com outras regiões do país

_a aUditora Fiscal JUssara toscan dUrante a Palestra

_José aParecido Valêncio da silVa , diretor de coordenação da receita estadUal

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Arrecadação deve chegara R$ 1,7 trilhão no últimodia do ano

no período de 300 dias (1º de janeiro a 27 de outubro desse ano), os brasileiros deixaram nos cofres dos governos dos municípios, estados e da União a importância de mais de R$ 1,3 trilhão proveniente de impostos, tributos, contribuições, juros e multas que perfazem o emaranhado da carga tributária brasileira, equivalente a cerca de 40% do Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas no País no período de um ano.

No meio da tarde de 12 de agosto, 15 dias antes da data verificada em 2013, o impostômetro instalado na fachada do prédio da ACP chegou à marca de R$ 1 trilhão. Segundo a estimativa de econo-mistas a ferramenta também utilizada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) no último segundo desse ano, ou seja, à meia-noite de 31 de dezembro chegado à importância de R$ 1,7 trilhão.

A contabilidade diária da soma da cascata de impostos pagos pelo consu-midor – registrada segundo a segundo pelo impostômetro – especialmente no âmbito do governo federal é feita com

base nos registros da Receita Federal, Se-cretaria do Tesouro Nacional, Caixa Eco-nômica Federal, Tribunal de Contas da União e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o presidente da ACP, Antonio Espolador Neto, “a reforma tributária é essencial para a mudança de rumos no País, criando um círculo virtuoso de investimentos, empregos e aumento da produtividade”. Espolador considera im-prescindível que se inclua “na discussão do projeto de reforma tributária o esta-belecimento de uma meta relacionado ao Produto Interno Bruto”, com a finalidade de obter “a paulatina redução da carga tributária para algo em torno dos 30% do PIB, quando atualmente o percentual está muito próximo de 40%”.

Um aspecto essencial é o restabelecimen-to da confiança de empresários e consumi-

“a reforma tributária é essencial para a mudança de rumos no país, criando um círculo virtuoso de investimentos, empregos e aumento da produtividade”

ANtoNio esPolAdoR NetoPResideNte dA ACP

dores, por meio de reformas consistentes na gestão pública das três esferas de gover-no, de tal forma que “surjam sinais eviden-tes da retomada do crescimento econômi-co”, acrescentou Espolador.

O conjunto de gastos mensais fixos dos brasileiros é objeto de alta carga tributária (água, lua e gás), nos quais estão embu-tidos respectivamente 24,02%, 48,28% e 34,04% de tributos. Nas contas de telefo-ne e TV por assinatura a carga tributária é de 46,12%.

Cálculos feitos pelo Instituto Bra-sileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostram que ao usar diaria-mente o transporte coletivo o passa-geiro está pagando 33,75% de imposto, percentual que se eleva caso a preferên-cia seja pelo uso do carro pessoal cuja gasolina paga 53,03% de tributo sobre cada litro consumido.

varejo

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Paraná define a NFC-e como documento fiscal de venda ao consumidor final

o paraná adotou a Nota Fis-cal do Consumidor eletrônica (NFC-e) como o documento fiscal eletrônico de venda ao consumidor final no Estado. A publicação do Decreto Nº 12231 foi feita, no final de setembro, no Diário Oficial, e a determinação atinge todo o segmento varejista do Estado.

A NFC-e é um arquivo de existência apenas digital, desenvolvido para subs-tituir os documentos usados no regis-tro das operações comerciais no varejo, como o Cupom Fiscal e a Nota Fiscal manual. “A NFC-e trará benefícios para nossos empresários, diminuindo os cus-tos envolvidos no hardware de frente de loja, na manutenção desses equipamen-tos e, principalmente, uma melhor logís-tica operacional”, afirma o Gerente Exe-cutivo da ACP, Esdras Marinzeck Leon.

Com a implantação da NFC-e, o em-presário do comércio tem benefícios como economia e agilidade. A redução de custos ocorre porque fica dispensa-do o uso do Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF), e pode ser utiliza-da uma impressora não fiscal, térmica ou laser, além da redução de gastos com papel. O novo procedimento também garante mais agilidade, pois a trans-missão da NFC-e é em tempo real. As lojas poderão atuar em novos modelos de venda, onde o próprio vendedor faz o atendimento e a venda através de um smartphone, por exemplo. Isso reduz fi-las no checkout, aumenta a satisfação e fideliza clientes.

aCP Vai aPoiar o ProJeto que traz BeneFíCios aos emPresários VareJistas

A ACP promoveu, no dia 2 de outubro, um simpósio, em conjunto com a Secre-tária da Fazenda, Coordenador da Recei-ta Estadual do Paraná e de técnicos envol-vidos no projeto NFC-e, para apresentar e discutir esse novo sistema aos empre-sários. De acordo com a apresentação, o projeto piloto NFC-e Paraná estabelece para este mês de outubro o ambiente de produção para emissão da NFC-e com validade jurídica (pilotos). A partir de 2015, a NFC-e estará aberta à adesão vo-luntária de contribuintes paranaenses e, em 1º de julho de 2015, NFC-e será alter-nativa para atender a obrigatoriedade do PAF-ECF.

A Associação Comercial do Paraná já disponibiliza aos associados uma solução para a Nota Fiscal eletrônica (NF-e), por meio de uma parceria com a Inventti, fir-mada em 2010. A empresa catarinense de TI já atende cerca de duas mil empresas da ACP com a NF-e e agora vai ampliar sua atuação com a Nota Fiscal de Con-sumidor eletrônica, com soluções em nuvem (Cloud Computing) ou instaladas no ambiente do associado ACP.

A Inventti é pioneira em sistemas para gestão de Documentos Fiscais eletrôni-cos, contabiliza cerca de nove mil clientes pelo Brasil. Em 2013 iniciou uma área específica de negócios voltada para o Va-rejo, onde já investiu carca R$ 10 milhões. “Criamos soluções que podem atender o varejo em todos os estados brasileiros, com uma abordagem única, que garante mais agilidade nos processos e redução

de custos para o empresário varejista”, ex-plica o diretor técnico da Inventti, Tibério César Valcanaia.

Um dos clientes da empresa atendido com a solução para NFC-e é o Carre-four, que já atende as obrigatoriedades de emissão do documento nos Estados do Amazonas e Rio Grande do Sul.

varejo

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_tiBério césar Biscaia

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artigo

A Lei AnticorrupçãoPor MarCElo DE SouZa TEiXEira

São inúmeras as dúvidas que a nova Lei 12.846/2013, chamada Lei Anti-corrupção, pode ensejar em sua inter-pretação e aplicação, o que certamen-te exigirá grande dedicação dos seus destinatários, principalmente da classe empresarial, dos sócios, diretores e co-laboradores das emp resas e entidades, que deverão adotar programas efetivos de controle interno de ética, adaptação e cumprimento efetivo deste novo di-ploma legal.

E por outro lado, os aplicadores da lei, as autoridades que compõem a Administração Pública, especialmen-te o Poder Judiciário, terão uma difí-cil missão pela frente, ante a excessiva discricionariedade e severidade pre-vista nas penalidades da novel legisla-ção, que podem chegar até à dissolu-ção compulsória da pessoa jurídica e multas de R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais).

A lei basicamente cria novas previ-sões de ilícitos civis e administrativos, tipificando uma série de atos lesivos à administração pública, nacional ou es-trangeira, como fraudes a licitações e contratos, oferta de vantagens indevi-das a agentes públicos, dentre outras.

Mas a maior inovação, e que mais preocupa a iniciativa privada, além das pesadas penalidades e grande dis-cricionariedade que detém os agentes públicos em sua aplicação, é o estabe-lecimento da responsabilização obje-tiva das pessoas jurídicas pela prática de tais atos. Isto quer dizer que serão responsabilizadas as pessoas jurídi-cas independentemente de verifica-ção de sua culpa, bastando que fique

advogado, sócio do escritório

cleverson marinho teixeira

advogados e consultor jurídico

da associação comercial do

Paraná

comprovado que qualquer seu funcio-nário, sócio ou administrador tenha praticado algum ato lesivo previsto na lei como ilícito.

De qualquer forma, a despeito das dificuldades que a lei apresenta em sua plena compreensão, aplicabilidade e rigor, não podemos esquecer que o seu intuito é diminuir a corrupção no país, acompanhando legislações da Europa e dos Estados Unidos, criadas especi-ficamente para combater a corrupção. E, apesar de já termos legislações que buscam punir os corruptos, como a lei de improbidade administrativa (Lei 8429/92), a lei anticorrupção procura regrar mais detalhadamente os atos ilí-citos praticados pelas pessoas jurídicas corruptoras.

Não podemos esconder a preocu-pação no sentido de que este novo di-ploma legal seja plenamente compre-endido por toda a sociedade, dentro dos princípios e das garantias constitu-cionais, para que não se desvie de sua

finalidade e não sirva de instrumento de abusos ou de injustiças, mas sim de moralização e de fortalecimento de nossas instituições.

Objetivando a plena adequação à nova lei, a prevenção dos riscos por ela apresentados e a obtenção de resulta-dos, recomenda-se que as empresas e entidades implementem atividades de “compliance”, que consistem na cria-ção de códigos de conduta e procedi-mentos de fiscalização e de controle interno do cumprimento de normas e da própria lei.

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relacionamentos que abrem portas. Este é o slogan que orienta as principais ações do World Trade Cen-ter (WTC), maior clube de negócios do mundo, e não é à toa. O caminho dos bons negócios tem sido descortinado para mais de dois milhões de empre-sários ao redor do mundo, reunidos pelas 330 unidades do WTC.

Estrategicamente distribuídas, “as unidades são implantadas de acordo com a carência do local, por isso a chance de falhar é quase zero”, expli-cou o executivo que lidera a seção Sul do clube, Diego Pettinazzi. Conforme os princípios instituídos pela entidade, de valorizar o networking de qualida-de, Diego destaca que os “vetores de prosperidade”, como são intitulados os pontos estratégicos de instalação do WTC, buscam através do comércio e do alcance global proporcionar aos seus associados estímulo aos negócios, por meio da aproximação efetiva entre organizações com interesses comuns.

“Por meio dos conselhos consultivos organizados em formas de diferentes eventos de aproximação entre CEO’s participantes, buscamos em primeiro lugar valorizar o tempo precioso dos executivos, facilitar o contato inti-mista, antecipar tendências e propor assuntos que tenham por objetivo pro-mover uma injeção nos investimentos”, definiu Diego.

Para se ter uma ideia, o último even-to organizado em Curitiba contou com a presença de 50 executivos que debateram gestão empresarial em tem-pos de crise. Segundo Diego, os temas abordados são assuntos que o CEO não discute com seus acionistas, muito menos com a sua equipe, daí a impor-tância de reunir executivos do mesmo nível para o efetivo networking. Este ano, a aproximação entre sócios resul-

negócios

World Trade Center CuritibaCluBe de negóCios PromoVe networking de qualidade Para emPresários

tou no fechamento de R$64 milhões em negócios em todo o país.

O WTC foi fundado nos Estados Unidos em meados dos anos 60 pela tradicional família Rockefeller e está no Brasil desde 1995, onde mantém escritórios em São Paulo, Belo Horizonte, Florianópolis, Join-ville e Curitiba. Com o objetivo de fomentar negócios globais, o clube conta com escritórios espalhados por 110 países.

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“buscamos valorizar o tempo, facilitar contatos, antecipar tendências e propor assuntos para promover uma injeção nos investimentos”

diego PettiNAzzi

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Outubro Rosa em Curitibao lançamento da cam-

panha outubro rosa em frente à sede da ACP,  numa par-ceria entre Prefeitura de Curitiba, governo do Estado, ACP e empre-sas privadas, atraiu grande núme-ro de participantes que puderam aprender sobre a importância dos exames preventivos e do diagnós-tico precoce  do câncer de  mama. De acordo com o presidente da ACP, Antonio Miguel Espolador, “o lema adotado para a edição des-se ano não poderia ter sido mais eficaz, em se tratando da neces-sidade de conscientizar a mulher quanto aos cuidados com o pró-prio corpo: você pode não ver, mas pode prevenir”. 

O câncer de mama é o que mais acomete mulheres em todo o mun-do. De acordo com o Instituto do Câncer (Inca), estima-se que em Curitiba serão detectados este ano 910 novos casos. “É fundamental chamarmos as mulheres a refleti-rem e a fazerem do preventivo uma rotina, para detectar precocemente a doença e ter sucesso no tratamen-to”, ressaltou a secretária municipal da Mulher, Roseli Isidoro.

_ Colo de úteroa secretaria municipal da saúde vai aproveitar a atenção desperta-da pelo outubro rosa para cons-cientizar também sobre o câncer de colo do útero. as equipes das 109 unidades de saúde irão fazer busca ativa de mulheres com mais de 50 anos de idade que há mais de cinco anos não realizam o exame preventivo para detectar o câncer de colo de útero.

de acordo com o secretário muni-cipal de saúde, adriano massuda, todos os anos ocorrem na capital paranaense cerca de 50 mortes por câncer de colo de útero. “a estimativa é que 90% das mortes por câncer no colo de útero sejam de mulheres com mais de 50 anos,

que muitas vezes deixam de coletar material para o preventivo. é funda-mental que estas mulheres vão à uni-dade de saúde para fazer o exame”, alerta massuda.

a porta de entrada para realização dos exames, como mamografia, sempre são as unidades de saúde. quando a paciente faz a mamogra-fia e recebe o diagnóstico positivo da doença, ela é encaminhada para um dos cinco hospitais de referência para o tratamento em curitiba (eras-to Gaertner, evangélico, são Vicente, santa casa e Hospital de clínicas). “é importante ressaltar que não há fila de espera nem para realizar o exame nem para o tratamento”, fri-sou o secretário.

_o GoVernador em eXercício FláVio arns PrestiGioU o eVento

conscientização sucesso

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mesmo no momento em que o varejo encontra dificul-dades para manter o crescimento, continuar investindo em novos serviços e expansão pode render bons resultados sta foi a estratégia do Balaroti Materiais de Construção para não perder impulso num ano de economia próxima da estagnação. A rede paranaense acaba de implantar em três de suas unidades no Paraná e outras três em Santa Catarina uma novidade para se aproximar mais de um filão que cresce muito, o da iluminação. Ao mesmo tempo, manteve em 2014 a procura por novos mercados, com abertura de uma nova loja em Santa Catarina.

O novo serviço voltado para o iluminação foi batizado como Es-paço Luz. Trata-se de uma área diferenciada dentro das lojas, que reúne mais de 2.500 itens, de lâmpadas até luminárias, e conta com atendimento de consultores especializados. A função destes profis-sionais é esclarecer dúvidas sobre as soluções mais adequadas, indi-cando a peça ideal para cada ambiente. O Espaço Luz está presente em duas lojas de Curitiba - Barigui e Visconde – e em Ponta Grossa na Home Center de Uvaranas.

“Como a iluminação é um setor que apresenta novidades com frequência, muitos clientes apresentam dúvidas na hora da compra”, conta o diretor de marketing da rede, Eduardo Balarotti. “A partir desta necessidade, o Balaroti desenvolveu o serviço do Espaço Luz. Além dos detalhes técnicos de cada produto, os consultores procu-ram indicar a compra mais apropriada levando em conta tamanhos dos ambientes, mobiliário, cores e outros detalhes”.

Novos mercados continuam sendo buscados pela empresa. O Ba-laroti inaugurou no primeiro semestre sua sexta loja em Santa Ca-tarina, na cidade de Blumenau. Com ela chega a 21 lojas – as outras 15 estão no Paraná. “É muito difícil crescer num momento de estag-nação. Quando o mercado tem dificuldades em gerar mais renda e mais emprego, a fatia que sobra fica restrita e é muito disputada”, explica Balarotti. “Assim nossa estratégia é ganhar regionalmente, se aproximando do consumidor local, entendendo suas necessidades. Estar realmente próximo do cliente é vital”.

A atenção com os funcionários também é uma constante. Em ou-tubro, novamente o Balaroti entrou para a lista das Melhores Empre-sas para Se Trabalhar no Brasil, publicado pelo Guia Você S/A, em parceria com a Revista Exame, da Editora Abril. “O trabalho de fun-cionários comprometidos, satisfeitos e estimulados é um dos grandes componentes do crescimento de uma empresa”, completa o diretor. “Por este motivo, acreditamos que eles também devem ser estimula-dos sempre a crescer no trabalho”.

Balaroti investe em novas lojas e serviços

“O trabalho de funcionários comprometidos, satisfeitos e estimulados é um dos grandes componentes do crescimento de uma empresa” eduARdo BAlARotti, diRetoR de mARketiNg e veNdAs dABAlARoti mAteRiAis de CoNstRução

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_ interior da noVa loJa de FlorianóPolis

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sucesso

emPresa Vai amPliar setor de iluminação

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impostos

o Feirão do imposto 2014 reuniu centenas de pessoas em fren-te à Associação Comercial do Paraná (ACP), que participaram do movi-mento de conscientização da popula-ção acerca da elevada tributação pra-ticada no Brasil.

Com produtos em exposição para destacar seus preços de mercado em comparação aos preços com impostos já acrescidos, integrantes da diretoria da ACP, do Conselho de Jovens Em-presários (CME), acompanhados de representantes das entidades apoiado-ras do movimento, Federação das In-

Feirão do Imposto movimenta Rua das Flores

dústrias do Estado do Paraná (Fiep), Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), Corecon, Insti-tuto de Direito Tributário da OAB/PR (IDT) e Ford Slaviero, junto aos alunos do colégio Sesi, caminharam pela Rua XV de Novembro para dis-tribuir material informativo sobre o tema.

De acordo com o presidente da ACP, Antonio Miguel Espolador, “este evento não é somente voltado aos empresários, mas principalmen-te à população em geral, formada por cidadãos que pagam a maior fatia de

impostos ao governo”. Espolador des-tacou que faz parte do trabalho da ACP conscientizar a população en-quanto contribuinte para que assim possa exigir melhorias na prestação de serviços públicos.

O representante da Fiep, Dorgival Lima Pereira, disse em seu pronuncia-mento que “a carga tributária brasilei-ra é a mais complexa do mundo, por isso se faz necessária a urgente simpli-ficação Do sistema de impostos brasi-leiro, pois ele inviabiliza a entrada de investimentos externos e o desenvol-vimento da indústria”, lembrou.

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artigo

A tecnologia do futuro ao nosso alcance no presentePor ivo orlanDo PETriS

Ao longo dos últimos anos esta-mos testemunhando uma evolução tecnológica que supera alguns dos mais ousados roteiros futuristas do passado. Os antes distantes aparelhos dignos apenas de James Bond (007) e Marty McFly (De Volta para o Fu-turo) estão concentrados em nossos telefones celulares, televisões e tan-tos outros que até mesmo passam despercebidos aos nossos olhos. O varejo vem explorando cada vez mais as possibilidades oferecidas pela tec-nologia, conhecendo melhor o públi-co para o qual trabalha e definindo estratégias adequadas.

Para dar um exemplo simples dessa enorme transformação, se há alguns anos a discussão sobre os manequins era sobre o uso de peças com peru-ca ou não, hoje debatemos o uso de câmeras escondidas nos olhos como uma nova ferramenta para avaliar a reação dos clientes. Trata-se de um mundo em constante transformação e é papel de todos os envolvidos seguir estudando as novidades e atualizando a forma de lidar com o cliente final. Muitos ainda temem que o mundo digital, que se atualiza de maneira avassaladora, aparece para tomar o já disputado varejo tradicional.

O que devemos entender é que a tecnologia ainda vai levar muito tem-po para substituir algumas caracterís-ticas essenciais do modelo tradicional. O tato e a sensação de posse imediata seguirão exclusivos, e são artifícios

ivo orlando Petris é vice

presidente da acP e ceo do

Polloshop

cruciais para fidelizar os clientes. E é justamente nesse momento que os multicanais (Omni Channel) são fer-ramentas vitais para reforçar a comu-nicação entre varejistas e clientes.

Lidamos atualmente com um cliente que não apenas escuta, mas também fala e opina, e pode atuar como um verdadeiro representante do seu negócio. Seja com um comen-tário positivo no Facebook sobre o sucesso durante uma compra ou com um post no Twitter, ressaltando o bom atendimento. O cliente registra de maneira espontânea uma experi-ência positiva que irá atrair a atenção de outros que querem sentir o mes-mo. Porém, o simples fato de ignorar a presença das redes não impede em nada que clientes insatisfeitos falem mal, critiquem e reverberem o que sentem para os outros. A única for-ma de prevenir isso, além de prestar o melhor serviço possível, é monitorar de forma inteligente o que acontece nesses espaços, munindo os clientes de informação e atuando com a abor-dagem correta, mesmo com os mais agressivos.

Cada vez mais o varejo passa a ser um mercado para profissionais que precisam se especializar cons-tantemente, inclusive naquele setor que por muitos anos foi visto como o “patinho feio” do orçamento: o marketing. O simples estudo de mer-cado, que apontava na média um de-terminado perfil para o cliente não

atende mais à demanda, pois não atinge o público como um todo. É necessário trabalhar com várias linguagens para atingir pessoas de tribos, classes sociais e faixa etárias diferentes. Lidamos hoje com um cliente cada vez mais inteli-gente, informado, e acima de tudo, in-teressado. Antes de finalizar qualquer compra, ele buscará saber de todos os diferenciais dos produtos e não apenas o menor preço. Sendo assim, a lição de casa que fica para as lideranças do vare-jo é garantir a comunicação com o seu cliente de todas as formas, tanto nos meios online quanto offline.

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Recuperação judicial: passivos fiscal e trabalhista

Por MarCo anTonio PEiXoTo

O desaquecimento da economia traz ao ambiente empresarial redução de faturamento e margens de lucro.

O quadro é agravado pelos altos juros praticados, elevada carga tributária im-posta aos contribuintes e ultrapassada legislação trabalhista vigente. Este pano-rama, impõe expressiva dificuldade as empresas no tocante ao fluxo de caixa.

Neste contexto, passamos a analisar alguns aspectos relativos a recupera-ção judicial, a qual prevê parcelamen-to apenas quanto aos créditos quiro-grafários, basicamente fornecedores e instituições financeiras nas operações de crédito sem garantia real.

Após o deferimento do plano de recuperação judicial, as execuções tra-balhistas restam suspensas pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias.

Por outro lado, tramita no Con-gresso Nacional o Projeto de Lei 6229/2005, o qual entre outras altera-ções legislativas prevê a suspensão das execuções fiscais pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar do de-ferimento da recuperação judicial e a inclusão do passivo fiscal no processo de recuperação judicial.

No entanto, a legislação vigente pre-vê que as empresas em recuperação judicial nas quais o plano de recupe-ração contemplar a alienação de filiais, “...não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor...”.(parágrafo único do art. 60, Lei 11.101/2005).

Nesta hipótese, ausente a sucessão de forma ampla e irrestrita, inclusive no tocante aos passivos fiscal e trabalhista.

marco antonio Peixoto é advogado, sócio

do escritório Peixoto, Biscaia & advogados associados, membro

da comissão da advocacia criminal da

oaB/Pr e do conselho superior da associação

comercial do Paraná.

E neste sentido, julgou o Supremo Tribunal Federal na Ação Direta de In-constitucionalidade n. 3934, quanto a su-cessão trabalhista da empresa aérea Gol, arrematante de unidades da VARIG, res-tando ausente a referida sucessão.

Este procedimento, permite me-lhor equalização do passivo e paga-mento de credores, porquanto ao con-trário das falidas Transbrasil e VASP – cujas aeronaves por anos ficaram abandonadas nos aeroportos sendo leiloadas como sucata –, a Varig pro-cedeu eficiente liquidação de ativos, em favor de credores e da sociedade de uma forma geral.

Porém, a equação do passivo empre-sarial deve ser analisado caso a caso, pois muitas vezes adequada a recupera-ção extrajudicial, sem a intervenção do Poder Judiciário e Ministério Público.

Nesta hipótese, mediante acordos firmados individualmente com os cre-dores, pode vislumbrar-se a recupera-ção da empresa.

De toda forma, a assessoria pre-ventiva é de grande importância, per-mitindo a adoção de estruturas socie-tárias eficientes e soluções possíveis, antes da completa deterioração das finanças da empresa.

Apesar dos laços emocionais os quais os empresários possuem com relação aos seus empreendimentos, é importante a tomada de decisões firmes e pontuais quando os problemas apre-sentam-se, fator fundamental a conti-nuidade e evolução dos negócios.

artigo

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Contas em dia para compras de fim de ano

muitas Pessoas Já Começam a BusCar meios de regularizar as díVidas em atraso e Voltar a ter aCesso ao Crédito até dezemBro

Falta pouco tempo para o Natal e muitas pessoas já começam a redobrar a atenção quanto às dívidas pendentes. A intenção: regularizar as contas que estão atrasadas e que motivaram a negativação do nome, para voltar a ter acesso facilitado ao crédito para as compras das tradicionais festas de fim de ano. Afinal, além do presente para o amigo--secreto e para os familiares na noite de Na-tal, muitas pessoas fazem questão de com-prar roupas e calçados novos, dar um trato no visual, renovar a decoração da casa e até mesmo programar uma viagem.

Para ajudar o consumidor que se encon-tra nesta situação, mas quer estar em dia com finanças pessoais até o fim do ano, a Boa Vista SCPC (Serviço Central de Pro-teção ao Crédito), cuja representante ex-clusiva no Paraná é a ACP, reuniu algumas dicas e orientações que podem contribuir para agilizar este processo. A primeira delas é identificar a conta em atraso. Ou seja, o nome da empresa credora, o valor da dívida pendente e há quanto tempo existe este dé-bito. Este procedimento, entretanto, pode ser feito gratuitamente, de maneira simples e prática, no Portal Consumidor Positivo da Boa Vista SCPC, no campo Consulta de Débito, disponível no endereço eletrônico www.boavistaservicos.com.br/consumi-dor-positivo/consulta-de-debito.

Como explica Fernando Cosenza, dire-tor de Sustentabilidade da Boa Vista SCPC, “a consulta é gratuita e online e identifica

dívidas existentes no CPF consultado. Uma vez identificada a dívida, a pessoa terá as informações necessárias, como o nome e endereço do credor para tentar uma renegociação dentro das melhores condições para ambas as partes. Neste mesmo ambiente online da Boa Vista SCPC, o consumidor pode verificar se é possível renegociar a dívida por meio da campanha Acertando suas Contas. Caso a empresa seja uma das participantes, ha-verá um campo para tentar a renegocia-ção virtualmente”.

Não havendo a possibilidade de rene-gociação online, o indicado é entrar em contato diretamente ou dirigir-se à em-presa credora, ressalta Cosenza. Diferen-temente do que muitas pessoas acham, não há a necessidade de se contratar uma empresa ou uma pessoa que diga prestar serviço para regularizar as dívidas em atraso. “Não é preciso contratar alguém para limpar o nome. Na verdade, se al-guém oferecer esta possibilidade é pre-ciso desconfiar, pois pode ser algum tipo de golpe. Quem tem dívida vencida deve buscar o credor para solucionar o proble-ma”, esclarece o diretor do SCPC.

Outra dica importante é deixar a ver-gonha de lado e enfrentar o problema de

frente. Segundo Cosenza, não há porque ter vergonha de estar com alguma dívida em atraso, principalmente porque está decidido resolver esta pendência. Como você quer resolver isso, o melhor a fazer é ir de cabeça erguida até a empresa cre-dora e tentar chegar a um acordo que seja bom para o seu bolso. Ter um valor para sugerir como uma possível entrada ajuda muito neste processo, já que o credor tem interesse em receber este valor pendente. A entrada é uma demonstração de garan-tia de que, ao parcelar o valor restante, está disposto a pagar.

Antes, no entanto, procure organizar o seu orçamento pessoal e/ou familiar e ava-liar qual percentual deste orçamento pode ser reservado como uma entrada para esta renegociação. Nesta avaliação de como es-tão as suas finanças, é importante identifi-car qual a sua capacidade para arcar com o parcelamento do resto da dívida que permanecerá após a entrada. Concluída a renegociação, é importante ter condições de cumprir com o acordado e pagar todas as parcelas, sem atrasos. Cosenza informa ainda que a empresa credora deve comu-nicar o SCPC em até 48 horas para a ex-clusão do nome da lista de inadimplentes, após a renegociação.

o Ponto de atendimento ao scPc da acP em cUritiBa está localiZado na rUa Presidente Faria, 101 – centro tel: 41. 3320-2312 Horário de atendimento: de seGUnda à seXta, das 8 às 18 Horas

33

regularização

Page 34: Revista do Comércio ACP - Novembro | Dezembro

a conjuntura econômica adversa foi o principal motivo destaca-do pelos comerciantes de Curitiba para justificar suas expectativas em relação às vendas de Natal, tradicionalmente a melhor data do ano para o setor. O crescimento esperado ficará abaixo do índice inflacionário de 6,5%, caindo também quatro pontos percentuais em relação à estimativa de 8% a mais nas vendas do Natal do ano passado.

O resultado foi apurado pela pes-quisa ACP/DatacensoO resultado foi apurado pela pesquisa ACP/Datacen-so, que ouviu 200 comerciantes e 200 consumidores em entrevistas pessoais realizadas entre os dias 1 e 3 desse mês. A margem de confiança da pesquisa é de 95%, ao passo que a margem de erro por tipo de público é de 7% para mais ou para menos.

Segundo o coordenador técnico da pesquisa e presidente do Instituto Da-tacenso, economista Cláudio Shimoya-ma, “a inflação, a elevada taxa de juros e o grau de endividamento de grande número de pessoas foram os fatores que mais estão contribuindo para o de-sestímulo dos consumidores”.

A pesquisa mostrou também que mais da metade dos comerciantes curi-tibanos (53%) não deverá contratar no-vos empregados para atender o movi-mento do final do ano, mas na parcela que pretende aumentar o quadro de co-laboradores, a mão de obra temporária

Vendas de Nataldevem crescer menos que a inflação inCerteza eConômiCa, Juros altos

e endiVidamento são Fatores adVersos Para o Consumo

comércio

será preferida por 86% e o emprego efetivo por apenas 14%.

Para 42% dos comerciantes ouvi-dos pelo Datacenso as vendas desse ano devem suplantar as do ano pas-sado, serão iguais para 37%, inferio-res para 16%, restando 6% que ain-da não têm opinião formada. Como sempre, a rede comercial espera que o pagamento do 13º salário, férias, a tradição de presentear no Natal, promoções, descontos e liquidações tenham influência positiva no incre-mento das vendas.

Indagados sobre a intenção de compras natalinas, 38% dos consu-midores responderam que preten-dem comprar mais agora, 31% me-nos e 24% devem repetir o compor-tamento do ano passado.

mais da metade dos comerciantes curitibanos não deverá contratar novos empregados para atender o movimento do final do ano

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pesquisa

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pesquisa

PESquiSaDorES foram a campo para realizar a sondagem ACP/Data-censo sobre a situação dos aposentados residentes em Curitiba, ouvindo 200 pessoas divididas por gênero (54% ho-mens e 46% mulheres). A faixa etária predominante (54%) está entre os 65 anos a 75 anos, embora 24% dos entre-vistados tenham revelado idade entre 76 anos e 85 anos.

A amostragem revelou que para 63% dos aposentados a finalidade básica do 13º salário será o custeio das despesas correntes da casa (água, luz, telefone e outras), o mesmo percentual registrado na pesquisa de 2013. Para 26% deles, entretanto, a parcela mais expressiva do salário extra será reservada para a com-pra de remédios de uso contínuo, ao passo que apenas 3% usarão parte desse dinheiro para pagar planos de saúde.

Aposentadossem dívidas vencidas

Um aspecto favorável para os aposen-tados é que 93% deles não estão pres-sionados por dívidas vencidas, e 66% não têm a renda comprometida com o pagamento de empréstimos financei-ros ou consignados. Contudo, uma ex-pressiva fatia de 34% tem esse tipo de compromisso financeiro, verificando-se o crescimento desse índice que no ano passado fechou em 29%.

A renda familiar mensal do aposen-tado curitibano com maior incidência nas respostas (70%) varia de R$ 724,01 a R$ 1.448, num universo em que ape-nas 4% ganham de R$ 3.620 a R$ 7.240 mensais. Em torno de 55% dos apo-sentados são casados, 46% completa-ram o ensino fundamental, 19% o en-sino médio e 15% o ensino superior. O dado negativo é que 20% se revelaram analfabetos.

Além das compras gerais da casa, destino que a maioria absoluta dará ao dinheiro do 13º salário, 46% responde-ram que pretendem pagar dívidas, 29% devem aplicar uma parte na poupança, 18% gastar com viagens e 6% na aqui-sição de bens duráveis. A sondagem também descobriu que 75% dos apo-sentados somente vão ao banco quan-do estão acompanhados por pessoa de confiança, porque de cada grupo de dez dois já sofreram

93% dos aposentados não estão pressionados por dívidas vencidas e 66% não têm a renda comprometida com o pagamento de empréstimos financeiros ou consignados

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noveMBro de 2014

03 a 07 Personal Stylist Consultoria de Moda19 às 22 horasassociado ou estudante: r$ 180,00não associado: r$ 360,00

03 a 07 MS Excel 2007 – Básico19 às 22 horasassociado ou estudante: r$ 195,00 não associado: r$ 340,00

04 a 06 atendimento ao Cliente19 às 22 horasassociado ou estudante: r$ 140,00 não associado: r$ 280,00

10 a 12 vendas: atitudes e Técnicas dos Campeões19 às 22 horasassociado ou estudante: r$ 140,00 não associado: r$ 280,00

17 a 21 Concessão de CréditoPessoa Física19 às 22 horasassociado ou estudante: r$ 140,00 não associado: r$ 280,00

17 a 21 vitrinismo & visual de loja19 às 22 horasassociado ou estudante: r$ 180,00 não associado: r$ 360,00

18 a 20 liderança e Formaçãode Equipe19 às 22 horasassociado ou estudante: r$ 140,00 não associado: r$ 280,00

24 a 26 Cobrança e negociaçãopor Telefone19 às 22 horasassociado ou estudante: r$ 140,00 não associado: r$ 280,00

25 a 27 Telemarketing19 às 22 horasassociado ou estudante: r$ 140,00 não associado: r$ 280,00

24 a 27 Preparatório Presencial para Certificação CPa-1018h30 às 22 horas associado ou estudante: r$ 450,00 não associado: r$ 550,00

24 a 28 vendendo Moda19 às 22 horasassociado e estudante: r$ 180,00 não associado: r$ 360,00

27 a 30 Correspondente Bancário18h30 às 22 horasassociado ou estudante: r$ 290,00 não associado: r$ 350,00

dezeMBro de 2014

02 a 04 atendimento ao Cliente19 às 22 horasassociado ou estudante: r$ 140,00 não associado: r$ 280,00

09 a 11 Telemarketing19 às 22 horasassociado ou estudante: r$ 140,00 não associado: r$ 280,00

08 a 12 MS Excel 2007 – Básico19 às 22 horasassociado ou estudante: r$ 195,00 não associado: r$ 340,00

10 a 12 Concessão de Crédito Pessoa Física19 às 22 horasassociado ou estudante: r$ 140,00 não associado: r$ 280,00

agenda

a ProGramação comPleta da escola de comércio está disPoníVel em WWW.acPr.com.Br

3737

progrAMAsAlto CorporAtivo

Educação a distância – EaD/Parceria aCP e Fesp

acesse WWW.acPr.com.Br/saltocorPoratiVocursos de:

MBa liderançanegócios e marketing

Pós graduação latu SensuGestão PúblicaGestão de PessoasGestão estratégica de negóciosGestão em representação comercialGestão de Vendas e tecnologiaGestão HospitalarGestão tributárialogística distribuição

Pós Graduação latu Sensu - Direitodireito civil e Processo civildireito Penal e Processo Penaldireito empresarial e tributário

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boletim acp | nº 18

A - PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

A.1. Leis01. clt. lei n. 12.997, de 18.06.2014Acrescenta dentre as atividades consideradas perigosas

(CLT, art. 193), as atividades de trabalhador em motocicleta.

A.2. - Ministério do Trabalho e Emprego02. contrato de trabalho temporário portaria 789/mteEstende de 6 (seis) para 9 (nove) meses o prazo máximo

para o contrato temporário de trabalho.

B - SENADO FEDERAL B.1 - Projetos de Leis Ordinárias: PLS Tramitando no Senado03. saque – Fgts = pls n. ° 198/2014 Altera a Lei nº 8.036/1990, que dispõe sobre o Fundo

de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), para permi-tir o saque do saldo do FGTS quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido por doença grave. Proposição encontra-se na Comissão de Assuntos Sociais do Senado.

04. vagas - aprendizagempls n.º 241/2014 Acrescenta § 1º-B, ao art. 429, da Consolidação das Leis

do Trabalho (CLT), para determinar que 50% (cinquenta por cento) das vagas obrigatórias para fins de Aprendizagem se-jam preenchidas por jovens em situação de trabalho infantil ou em risco de envolvimento com as piores formas de trabalho infantil ou que estejam cumprindo medidas sócio-educativas. Proposição encontra-se na Comissão de Assuntos Sociais.

05. restituição de imposto de rendapls n.º 247/2014Altera as Leis ns. 9.250/1995, e 9.430/1996, para permitir

que os valores relativos ao Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF) a serem restituídos, apurados na declaração de rendimentos, sejam atualizados desde o dia 1º de janeiro do ano em que exigida a entrega tempestiva da declaração de ajuste anual. Proposição encontra-se na Comissão de Assun-tos Econômicos aguardando designação de Relator.

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C - CÂMARADOS DEPUTADOS

C.1 - Proposta de Emenda à Constituição06. Fundo de participaçãopec n.º 428/2014Altera a redação do art. 159, do art. 169 e do art. 34 do

ADCT da Constituição Federal, para: (i) aumentar os recur-sos do Fundo de Participação dos Municípios; (ii) estabele-cer critérios de repartição da parte aumentada do Fundo de Participação dos Municípios; (iii) determinar uma receita orçamentária per capita mínima mensal para os Municípios, bem como sua atualização; (iv) alterar o limite dos gastos com pessoal nos Municípios.

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boletim acp | nº 18

3939

D - ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARANÁ

D.1 - Projetos de Lei11. renovação dos contratos deFornecimento = pl n.° 337/2014Objetiva a proibição de renovação automática dos con-

tratos de fornecimento de produtos e/ou serviços por assi-natura sem a expressa anuência do consumidor. Aguardan-do parecer da Comissão de Constituição e Justiça.

C.2 - Projetos de Lei Ordinária07. desburocratização = pl n.° 5622/2013Objetiva impedir a duplicidade de informações prestadas

por pessoas jurídicas ao Poder Executivo Federal, ficando a pessoa jurídica desobrigada de atender solicitações ordi-nárias de informações trabalhistas, financeiras, contábeis e fiscais, emanadas do Poder Executivo Federal, quando a re-ferida pessoa jurídica já tiver provido informação idêntica a qualquer órgão integrante desse Poder. Aguardando Pare-cer do Relator na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público.

08. eXploração dos portospl n.º 7.814/2014Altera a Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013, que cen-

traliza sob o controle do governo federal os processos lici-tatórios para instalações portuárias, objetivando diminuir a burocracia e atrair novos investimentos para o setor por-tuário, mediante a autonomia dos portos organizados na contratação de obras e serviços. Aguarda Parecer do Rela-tor na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público.

09. redução de impostos pl n.º 7.854/2014Dispõe sobre a redução do imposto sobre a renda e pro-

ventos de qualquer natureza da pessoa jurídica quando da contratação de profissionais recém-formados nos cursos de graduação e ensino técnico profissional sem experiência profissional. Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário.

10. cooperativas = pl n.º 7.976/2014Altera a Lei n.º 11.101/2005 (recuperação e falência),

incluindo as cooperativas entre as entidades beneficiadas com o regulamento da recuperação judicial, extrajudicial e da falência.

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elaboração e realização

boletim acp | nº 18

glossário - siglasmP - medida ProvisóriaPec - Proposta de emenda constitucional

Câmara dos dePutadosPl - Projeto de lei ordinária tramitando na

câmara do deputados

senado FederalPls - Projeto de lei ordinária tramitando no

senado FederalPls-c - Projeto de lei complementar tramitando no senado FederalPrs - Projeto de resolução do senado icms - imposto sobre circulação de mercadorias

e serviços

JudiCiáriomP - ministério PúblicotJPr - tribunal de Justiça do estado do Paraná

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E - CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA

F.1 Leis12. programa de recuperação Fiscal pl n.° 002.00007.2014Institui o Programa de Recuperação Fiscal de Curitiba -

REFIC 2014, destinado a promover a regularização de cré-ditos municipais, relativos a: (i) Imposto Sobre a Proprie-dade Predial - IPTU inscritos em dívida ativa; (ii) Imposto Sobre Serviços - ISS devido até 30 de setembro de 2014; (iii) outros débitos de natureza tributaria e não tributária desde que vinculados a uma indicação fiscal, inscrição mu-nicipal ou número fiscal, constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa, ajuizados ou a ajuizar, com exigibili-dade suspensa ou não. Proposição aguardando análise legal da Procuradoria Jurídica.

F - JUDICIÁRIOF.1 - Supremo Tribunal Federal13. adi 5017– tribunais regionais FederaisA criação de quatro novos Tribunais Regionais Federais

(TRFs) pela Emenda Constitucional (EC) 73/2013 está sendo questionada por meio da Ação Direta de Inconsti-tucionalidade, proposta perante o Supremo Tribunal Fe-deral pela Associação Nacional dos Procuradores Federais (Anpaf) – ADI n. 5017. O então Presidente do STF, Ministro Joaquim Barbosa, suspendeu liminarmente os efeitos da referida EC. A revogação da liminar ou o julga-mento definitivo da ação é medida que se impõe. Não há motivos justos, nem jurídicos, para que não se concretize a instalação dos Tribunais Regionais criados, entre eles o TRF 6, com sede em Curitiba e jurisdição nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. O processo encontra--se em mãos do Relator designado, Ministro Luiz Fux.

artigo

Page 41: Revista do Comércio ACP - Novembro | Dezembro

artigo

Pesquisa e ciência: propulsoras do empreendedorismo de alto impacto

Estudar de forma comparativa as trajetórias da Coréia do Sul e do Brasil nos últimos trinta anos tem sido um exercício muito valioso para compre-endermos a importância do diálogo universidade-empresa para a geração de bem-estar social. Há trinta anos, o Índi-ce de Desenvolvimento Humano (IDH) da Coréia do Sul era de 0,72, um valor comparável com o patamar atual de paí-ses como Bolívia, Vietnã, ou ainda, Gui-né Equatorial. Nesta mesma época, em 1980, o Brasil tinha um IDH de 0,68, que podia ser comparado com os números atuais do Tadjiquistão ou da Namíbia. Trinta anos depois, em 2012, a Coréia do Sul chegou a um IDH de 0,90, erguendo--se ao 12º lugar da classificação mundial deste indicador, ao lado de países como Canadá e Dinamarca, e ultrapassando Israel, França e Finlândia. Portanto, en-quanto a Coréia do Sul concretizou em apenas uma geração um crescimento espetacular de 30% no seu IDH, o Brasil viveu um crescimento de apenas 19% no mesmo período, encontrando-se atu-almente na 85ª posição, atingindo 0,73, o que lhe posiciona ao lado de países como a Jamaica e Azerbaijão.

Onde está o grande segredo desta impressionante ascensão da Coréia do Sul? É surpreendente constatar que se tratou de “apenas” uma constante e inabalável determinação da sociedade civil coreana, unida em (1) aumen-tar radical e rapidamente o impacto da educação em qualidade e quanti-dade, (2) descomplicar e incentivar o

relacionamento universidade-empresa e o empreendedorismo tecnológico de alto impacto, e (3) escolher de forma clara e focada um posicionamento es-tratégico global unívoco em termos de economia baseada em conhecimento. Em números, enquanto a Coréia do Sul investe anualmente 3,3% do seu PIB em atividades de P&D, 2,45% proveniente do setor privado, o Brasil investe 1,2% nestas mesmas atividades, sendo ape-nas 0,55% do setor privado. Enquanto na Coréia do Sul 78% dos pesquisado-res trabalham nas empresas, no Brasil apenas 26% dos mestres e doutores estão inseridos nas atividades do setor privado. O dispêndio coreano em P&D per capita é atualmente de US$ 1.088/ano enquanto este mesmo investimento no Brasil chega ao tímido valor de US$ 134. Como consequências econômicas trivialmente compreensíveis, a Coréia do Sul efetuou em 2012 cerca de 30 mil solicitações de patentes no escritório de marcas e patentes dos Estados Unidos, o Brasil depositou apenas 679 pedidos, ou seja, quarenta e cinco vezes menos.

Inovação é a conversão do conheci-mento em empreendimentos privados,

que transformam a ciência em produ-tos, processos ou serviços, e sustenta negócios produtivos, competitivos e lucrativos que se revertem em cresci-mento econômico, geração de renda e aumento da qualidade de vida do cidadão.

Necessitamos neste momento ter muito foco para compensar o tempo perdido. Com uma vontade renovada de promover um diálogo respeitoso, ético, e ao mesmo tempo, corajoso en-tre o setor público - em particular, uni-versidades - e o setor privado, temos em nossas mãos os artefatos processu-ais necessários para mudar a realidade social do mundo em que vivemos. Se desejarmos, portanto, conhecer o nosso futuro, basta neste momento desenhá--lo juntos.O instituto ACP de inova-ção atua como elo de integração entre governo, academia e o comercio, por meio dos seus representantes tem pro-porcionado encontros e debates sobre o tema e, junto com a entidade de classe, participado e incentivado a cultura de inovação.

inoVação no diálogo uniVersidade-emPresa

Por EDuarDo aiChinGEr

eduardo aichinger, coordenador do

instituto acP para inovação, com a colaboração de Filipe cassapo

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notícias

O presidente da ACP, Antonio Miguel Espolador, o diretor-geral da entidade, Olívio Zotti e o gerente de vendas Márcio Mesquita prestigiaram a comemoração de 50 anos da Associação Comercial de Umuarama (Aciu). Durante o evento, os empresários do ano, eleitos pelos asso-ciados da Aciu, receberam o trofeu Amyr Bussmann.

O embaixador da Tailândia, Pitchayaphant Charnbhumidol, foi recebido pelo Conselho de Comércio Exterior e Rela-ções Internacionais (Concex-RI), sob a coordenação de Déborah Regina Wolski.

O encontro, que teve participação de empresários interessados em realizar negócios em terras tailandesas e estabelecer parcerias comerciais no Paraná, também contou com uma apresentação, realizada pela comitiva que acompanhou o em-baixador, dos nichos mais atrativos para investimentos no país.

A advogada Ana Maria Maia Gonçalves, presidente do Instituto de Certificação e Formação de Mediadores Lusó-fonos (ICFML), cuja missão é promover paz e colaboração mediante o desenvolvimento da medição de conflitos em países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Prínci-pe e Timor), esteve em Curitiba na última para discorrer sobre as especificações do Master Class em Mediação de Conflitos.

A jurista portuguesa que tem longa experiência na área foi recebida pelos advogados Rodrigo Vidal e Henrique Gomm Neto, respectivamente presidente e vice da Câmara de Mediação e Arbitragem (Arbitac) da Associação Co-mercial do Paraná e, ainda, pelo desembargador Roberto Portugal Bacelar, do Tribunal de Justiça do Paraná.

Também ouviram a exposição de Ana Maria, interessados em aprofundar seus conhecimentos em técnicas de media-ção, os desembargadores aposentados do TJ, Antonio Mar-telozzo e Walter Hessel.

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Aciu comemora50 anos de fundação

Certificação demediadores internacionais

Embaixador da Tailândia visita o Paraná

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O processo de certificação do ICFML, segundo a presidente, “é único no estabelecimento de critérios internacionais de qualidade para a profis-são de mediador de conflitos em países de língua portuguesa”, seguindo as mais avançadas técnicas praticadas por mediadores em todo o mundo, além dos “critérios definidos pelas mais prestigiadas instituições de me-diação a nível mundial estabelecidas na Austrália e Canadá”.

Ana Maria revelou, ainda, que a certificação emitida pelo instituto que preside “é a única forma de um mediador brasileiro, falando em portu-guês, ter acesso a um reconhecimento internacional”. Os mediadores cer-tificados com base na experiência comprovada e outros critérios definidos pelo IMI passam, imediatamente, a integrar a lista de mediadores interna-cionais da entidade com abrangência global.

notícias

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notícias

A comemoração dos dois anos de atividades do Espaço do Empresário contou com palestra da instrutora do Se-brae-PR, Patrícia Dorfman, jornalista com especialização em marketing, que falou sobre a expectativa de incremento das vendas estimuladas pelo final do ano e Natal.

Patrícia reforçou a ideia de que a inovação sempre faz a diferença, inclusive no comércio, especialmente na fase difícil que o mercado atravessa nesse período. Ela suge-riu também que para enfrentar os desafios, o setor deve procurar novos processos e produtos, além de aprimorar a prestação de serviços.

Para a instrutora do Sebrae-PR, a própria linguagem do vendedor deve ser adequada a esse período especial, lembrando a necessidade “do cliente entender claramente o que está sendo apresentado”. Patrícia sublinhou a im-portância da boa conexão entre vendedor e comprador, afirmando ainda que “a boa negociação é aquela que traz benefícios para as duas partes”.

“O Natal sempre é o momento mais importante para o varejo”, assinalou ao comentar que os comerciantes devem aproveitar a data para “fortalecer a marca, fidelizar e con-quistar novos clientes, já que vender é a palavra de ordem”.

Ela recomendou também aos empresários do comércio que invistam em motivação, reflexão e mudança de postu-ra a fim de conquistar uma perspectiva positiva.

Os consumidores brasileiros levam 70 dias, em média, para quitar as suas dívidas vencidas e não pagas, após serem incluí-dos na base de inadimplentes da Boa Vista SCPC, cuja representante exclusiva no Pa-raná é a ACP.

Este prazo não varia muito quando se comparam os setores financeiro (bancos, financeiras e cartões de crédito) e não finan-ceiro (varejo, empresas de telecomunicação, serviços e prestadoras de serviços públicos). Os consumidores que ficam inadimplentes com as empresas do setor financeiro ficam mais dias com a restrição (72 dias), enquan-to os inadimplentes com empresas do setor não financeiro permanecem no cadastro por 63 dias, na média.

Considerando isoladamente, os consumi-dores pagam mais rapidamente as empresas prestadoras de serviços públicos (utilities) e as empresas de serviços, 42 dias e 60 dias respectivamente. Em contrapartida, na cate-goria das empresas de telecomunicação os consumidores demoram 162 dias, na média, para regularizar suas pendências.

O prazo médio que era de 83 dias em 2011 e 2012, anos em que a inadimplência apresentou tendência de alta, recuou em 2013 para 74 dias e 70 dias em 2014.

Instrutora do Sebrae-PR diz que comércio deve inovar no Natal

Consumidores demoram 70 dias para quitar dívidas após registro da inadimplência

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notícias

Oferecer soluções inovadoras a partir da tecnologia é o mote que aproxima objetivos comuns da Associação Comercial do Para-ná (ACP) e os Institutos Lactec, entidade que recebeu membros da diretoria da en-tidade do setor produtivo paranaense para uma visita técnica.

Como uma Organização da Socieda-de Civil de Interesse Público (Oscip), cuja finalidade é facilitar o fortalecimento de parcerias e convênios com todos os níveis de governo e órgãos públicos, os Institutos Lactec firmaram contratos de cooperação com a ACP, Companhia Paranaense de Energia (Copel), Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Instituto de En-genharia (IEP) e Universidade Federal do Paraná (UFPR), para o desenvolvimento de pesquisas e soluções inovadoras de interesse da sociedade e do mercado, a partir de cor-po técnico multidisciplinar qualificado que atua em laboratórios próprios.

De acordo com o presidente da ACP, Antonio Miguel Espolador Neto, a parceria estabelecida representa importante oportu-nidade para o Conselho de Jovens Empre-sários junto ao setor de Novos Negócios da ACP desenvolverem projetos em conjunto. “Com isso nossos associados, principal foco de atuação da ACP, serão beneficiados per-manentemente”, destacou.

Lactec, modelo de soluções tecnológicas

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Candidatos aogoverno recebidos na ACP

A ACP, objetivando o conhecimento por parte dos associa-dos das metas mais destacadas de cada candidato, recebeu os principais candidatos ao governo do Estado para o tradicio-nal debate promovido pela entidade.

Para o vice-presidente Sinval Lobato Machado, coordenador do Conselho Político e responsável pela organização do evento, “tratou-se de excelente oportunidade para que nossos associados tenham contato direto com os candidatos Gleisi Hoffmann, Ro-berto Requião e o candidato eleito, Beto Richa, debatendo com eles as linhas essenciais das respectivas propostas de governo”.

Os diretores da Casa entregaram a todos os candidatos um documento contendo as linhas gerais do posicionamento polí-tico da instituição, com propostas essenciais para o futuro do Estado, elaborado pelo Conselho Político da entidade.

Page 45: Revista do Comércio ACP - Novembro | Dezembro

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Page 46: Revista do Comércio ACP - Novembro | Dezembro

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artigo

Direções para a cidade que precisamosVocê acredita que é importante um

instrumento básico para a política pú-blica territorial que diga como deve ser o desenvolvimento do município, onde deva constar explicitado o projeto de ci-dade que queremos?

Pois este instrumento existe. É Lei municipal, que permite e conta com a participação de todos. Estamos falando do Plano Diretor, parte integrante do processo de planejamento municipal, por isso, o Plano Plurianual, as Diretri-zes Orçamentárias e o Orçamento Anual devem incorporar as diretrizes e as prio-ridades nele contidas, como determina o art. 40 do Estatuto da Cidade.

Também por determinação de lei a re-visão deste plano deve ser realizada a cada 10 anos, e estamos em época de revisão. O momento é para ação em sinergia.

Como afirma o prefeito de Curitiba Gustavo Fruet: “A revisão do Plano Dire-tor é um exercício de cidadania que deve contar com a participação de toda a co-munidade. Afinal, esse é um momento histórico, no qual estamos repensando e construindo o futuro de nossa cidade”.

As empresas estão cada vez mais aju-dando a enfrentar os problemas premen-tes no mundo, através de seus próprios negócios e ao mesmo tempo, perceben-do os benefícios e as oportunidades ao fazê-lo. Há um crescente reconhecimento de que a prosperidade geral só pode ser construída sobre as fundações da colabo-ração entre o setor público e privado.

Sempre presente e atenta aos cha-mados e anseios da comunidade, a As-sociação Comercial do Paraná, vem contribuindo em várias frentes de tra-balho, oportunizando aos seus asso-ciados e também a comunidades em

geral, participar e contribuir. Uma destas ações são a divulgação, esclarecimentos e conscientização sobre o tema, através de sua Câmara Setorial de Arquitetura e Urbanismo, que se dispõe como interlo-cutora e assistente técnica, auxiliando no alinhamento dos pontos de vista de seus associados à matéria.

É sempre bom reforçar, o Plano Dire-tor é instrumento que tem força e trans-forma a vida de uma comunidade, sua influência pode ser positiva ou negativa, razão pela qual, deve ser tratadas com co-nhecimento multidisciplinar e coordena-das por arquiteto e urbanista, profissional técnico, com percepção social e dom ar-tístico, capaz de interferir nos espaços ur-banos, físicos e polissensoriais, nos quais o usuário irá integrar de forma indeter-minada e modificável, onde a cidade pas-sa a ter uma participação sistêmica, res-peitando os interesses da sociedade, mas, sobretudo, promovendo ao cidadão o seu bem estar, bem trabalhar, bem relacionar, bem locomover e bem desenvolver.

A Câmara Setorial de Arquitetura e Urbanismo – ACP, constitui-se de uma iniciativa de articulação da Associação Co-mercial do Paraná, que objetiva a atuação integrada e em rede, tendo por finalidade a organização e combinação de ideias, conhe-cimentos, experiências, iniciativas e recur-sos, voltados a fomentar o desenvolvimento das suas organizações associadas, por meio da Arquitetura, além de promover o desen-volvimento urbano sustentável nos campos humano, social, político, cultural, ambien-tal e econômico, sob a ótica legitima de suas atribuições como defensora dos interesses do setor comercial paranaense.

A dinâmica urbana em sinergia com o setor comercial é a cidade pujante.

Jucenei Gusso monteiro é

coordenador da câmara setorial de arquitetura e

Urbanismo da acP

Por JuCEnEi GuSSo MonTEiro

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