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NÚMERO 29 /// SETEMBRO 2011 FOLHA VIVA REVISTA DO CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA MATA DA MACHADA E SAPAL DO RIO COINA Impresso em papel reciclado PROJETO VAMOS – VOLUNTARIADO AMBIENTAL Ria Formosa | Pica-pau-malhado-pequeno

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NÚMERO 29 /// SETEMBRO 2011

FOLHA VIVA

REVISTA DO CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTALDA MATA DA MACHADA E SAPAL DO RIO COINA

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PROJETO VAMOS – VOLUNTARIADO AMBIENTALRia Formosa | Pica-pau-malhado-pequeno

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EDITORIAL

Chegado que é o fim do verão, o Centro de Educação Ambiental dá por concluída a iniciativa que lançou para este período, com a Agenda de Actividades 2011, recomeçando um novo ciclo coinci-dente com o calendário letivo. As ações desenvolvidas nos últimos três meses tiveram um resultado animador para todos os que se dedicam com carinho a este espaço de excelência para o Barreiro e seus habitantes, proporcionando um leque de atividades muito diversificado.

Em paralelo, os Campos de Férias decorreram no período de 4 de julho a 26 de agosto, envolvendo crianças do nosso concelho entre os 6 e os 12 anos, bem como algumas Instituições Particulares de Solidariedade Social. Uma experiência única, que muitos desejam repetir, porque já descobriram como é agradável o envolvimento com a natureza, aprendendo a conhecer o valor que tem a Mata da Machada e como é importante contribuir para a sua preservação.

Novamente em 2011, o projeto “Voluntariado Jovem para as Flo-restas”, com o apoio do IPJ, teve início no mês de julho e prolon-gou-se até ao final de agosto, envolvendo 11 voluntários durante 4 quinzenas, que participaram e contribuíram para a prevenção de incêndios neste espaço.

A Comissão Europeia anunciou o ano de 2011 como o Ano Euro-peu do Voluntariado. Neste sentido, a Autarquia pretende criar condições para o desenvolvimento do voluntariado no concelho

do Barreiro, e está a alicerçá-lo como parte de uma participação cívica ativa. O projeto VAMOS – Voluntariado Ambiental Municipal do Barreiro terminou o seu período de consulta pública e vai ser integrado na Bolsa de Voluntariado a nível nacional. O Centro de Educação Ambiental será responsável pela promoção de ações de voluntariado, através do envolvimento da população em diversas atividades de entreajuda. Pretende iniciar esta prática encorajan-do indivíduos, empresas e organizações em ações voluntárias de sensibilização ambiental, proteção e conservação da natureza.

No próximo mês, a autarquia promove a Conferência sobre Áreas Protegidas Locais, proporcionando a oportunidade de discutir e esclarecer diversos assuntos relacionados com o tema. A participação ativa de todos será um contributo importante para o processo que pretende a classificação do sapal de Coina como Área Protegi-da Local. Participe e ajude a divulgar esta iniciativa. Ela faz parte do esforço para preservar os valores natu-rais do Sapal do Rio Coina e da Mata Nacional da Machada.

FICHA TÉCNICA

CâMARA MUNICIPAL DO BARREIRORua Miguel Bombarda2834-005 Barreirowww.cm-barreiro.pt

CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA MATA DA MACHADA E SAPAL DO RIO COINATel.: 212 153 114 - Tel./Fax: 212 141 186E-mail: [email protected]

Coordenação de Edição e Redação:Divisão de Sustentabilidade Ambiental

Design e Paginação: Rostos da Cidade Impressão: Imagem Fresca - Tel.: 212 030 174 - Rua da Corça - Alhos Vedros

Depósito legal n.º 288714/10 - Data de Edição: setembro de 2011

caminhos2

Almanaque

SETEMBRO

Quarto Crescente – dia 04 às 17h39m Lua Cheia – dia 09 às 09h26m Quarto Minguante – dia 20 às 13h38m Lua Nova – dia 27 às 11h08m

Para vindimar deixa o setembro acabar.

OUTUBRO

Quarto Crescente – dia 04 às 03h15mLua Cheia – dia 12 às 02h05mQuarto Minguante – dia 20 às 03h30mLua Nova – dia 26 às 19h55m

Em outubro semeia e cria, terás alegria.

SETEMBRO

07 Dia Internacional da Educação08 Dia Mundial da Alfabetização16 Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozono22 Dia Europeu Sem Carros27 Dia Mundial do Turismo

OUTUBRO

01 Dia Nacional da Água04 Dia do Animal05 Dia da Implantação da República Portuguesa16 Dia Mundial da Alimentação

Datas aassinalar

SETEMBRO S T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

OUTUBRO

S T Q Q S S D 1 2 3 4 F 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

NUNO BANzAVereador do Ambiente da Câmara Municipal do BarreiroVice-presidente do Conselho de Administração da [email protected]

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AGENDA DE ACTIVIDADES – AMBIENTE E FLORESTAS

Nos fins de semana de 22 de maio a 11 de setembro, o Centro de Educação Ambiental promoveu a Agenda de Actividades - Am-biente e Florestes, celebrando o Ano Inter-nacional das Florestas, com a apresentação de 30 atividades diferentes, num total de 55 realizações. Nesta Época Alta, e à semelhança do que aconteceu no ano anterior com a Agenda de Actividades - Ambiente e Biodiversida-

de, muitos foram aqueles que não quiseram deixar de estar presentes nos workshops de fotografia de natureza, reutilização de lixo doméstico, observação da flora da Mata da Machada, aves, anfíbios, insetos e borboletas, meditação para principiantes, reciclagem de roupa, hortas de varanda, entre outros. Houve ainda espaço para percursos pedes-tres, volteio a cavalo, atividades radicais e

apicultura. Para quem preferia um calmo passeio pela Mata da Machada, o CEA dis-ponibilizou bicicletas a título de empréstimo. A forte afluência a estas oficinas gratuitas, mostra que esta é cada vez mais uma área de grande interesse, oferecendo ao público ações ricas no espaço nobre que é a Mata da Machada.

paisagens 3

Click !!! Foto Reportagem

Culinária VegetarianaArte na Natureza

Reciclagem de Roupa

6ª Subida do Rio Coina

Observação de Anfíbios Atividades Radicais Ilustração e Escrita Criativa

Observação de Insetos DiurnosVolteio a Cavalo

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De 4 de julho a 26 de agosto realizaram-se, sob a coordenação do Centro de Educação Ambiental da Mata Nacional da Machada e Sapal do Rio Coina, e como é hábito desde 2005, os Campos de Férias de verão.

Ao longo de quatro quinzenas, os Campos de Férias contaram com a participação de cerca de cem crianças, entre os 6 e os 12 anos. O CEA voltou a receber também participantes de instituições como a Casa dos Rapazes, o Instituto dos Ferroviários e a CPCJ do Barreiro, proporcionando-lhes umas férias diferentes, com muita animação e ao ar livre.

As ações programadas abordaram quase exclusivamente a temática ambiental. Deste modo, as crianças e jovens tiveram a possibilidade de explorar e conhecer a Mata da Machada e os seus trilhos, ten-do sido também sensibilizados para a importância, cada vez mais fundamental, da conservação da natureza.

Observação de aves, peddy papper, orientação, score 100, jogos tradicionais, jogos e ateliês de reciclagem, foram apenas algumas das atividades desenvolvidas. O CEA contou ainda com a habitual colaboração da Escola de Fuzileiros Navais, que permitiu umas sempre deliciosas e refrescantes idas à piscina.

Para o ano há mais. No entanto, a Mata da Machada e o CEA aguar-dam pela vossa visita. Por agora, bom regresso à escola e bom trabalho a todos.

CAMPOS DE FÉRIAS DA MATA DA MACHADA

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OBSERVATÓRIO DE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

No passado dia 6 de junho, a CMB em parceria com a S.energia – Agência Regional de Energia para os concelhos do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete, apresentou publicamente os princi-pais resultados obtidos através do Observatório das Alterações Climáticas. Trata-se assim do primeiro passo da autarquia relativo ao compromisso assumido no Pacto dos Autarcas, em abril. De acordo com este, as autoridades locais comprometem-se a redu-zir em pelo menos 20% as emissões dos gases que contribuem para efeito de estufa, até ao ano de 2020.

Tal como o Vereador Nuno Banza referiu, o Observatório “é um inventário que permitiu que os atores locais tivessem consciência

dos seus contributos e sem este seria impossível compreender o peso que o concelho do Barreiro tem, ao nível das emissões nacionais e internacionais”. Referiu ainda que este “foi o início de um longo caminho a ser trilhado para a melhoria ambiental do concelho e da qualidade de vida dos munícipes”.

Através do Observatório foi possível verificar que o setor dos transportes é a principal fonte de gases com efeito de estufa (GEE) no concelho, contribuindo com 59% das emissões, seguindo-se o setor industrial com 16%, o doméstico com 14% e por fim o setor dos serviços com 8%.

De forma a atingir e ultrapassar os objetivos assumidos pela assinatura do Pacto dos Autarcas, e tendo como base os da-dos obtidos pelo Observatório, a autarquia em parceria com a S.energia irá desenvolver um Plano da Ação, que incluirá medidas que permitirão a redução das emissões dos GEE.

O Observatório das Alterações Climáticas contempla ainda um sítio na internet onde poderá consultar os relatórios realizados, outras informações relativas às alterações climáticas, eficiência energética e energias alternativas e ainda um espaço dedicado aos mais pequenos, onde a brincar poderão aprender.Visite-nos em www.barreirosustentavel.com

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O sapal do Coina é inquestionavelmente uma área de grande valor do ponto de vista ecológico e histórico-social, pelo que a 16 de dezembro de 2009, a Câmara Municipal do Barreiro iniciou o processo que pretende a sua classificação como Área Protegida Local.

A discussão acerca da criação de Áreas Protegidas de interesse local ou regional é um assunto atual, e que poderá ser visto como uma oportunidade para muitos municípios protegerem os seus valores naturais, sendo no caso do Sapal do Coina, uma importante via de divulgação do seu papel na história e qualidade de vida no concelho do Barreiro e zonas limítrofes.

De forma a criar um espaço de debate e de esclarecimento acerca do tema, bem como no sentido de aproximar a população deste espaço natural, a CMB irá promover nos dias 20 e 21 de outubro, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia do Barreiro, a conferência “Áreas Protegidas Locais”.

Entre 22 de maio e 12 de setembro, o estudo realizado pelo Arq. Henrique Pereira dos Santos sobre esta intenção da CMB esteve disponível para consulta pública, ainda que informal, onde foram auscultados os cidadãos e as entidades que se quiseram pronunciar sobre esta intenção de classificação, por parte da Autarquia.

Oportunamente será divulgado o programa da conferência “Áreas Protegidas Locais”.

Para mais informações, poderá contactar a Linha Verde do Ambiente (gratuita) 800 205 681.

CMB PROMOVE CONFERÊNCIA “ÁREAS PROTEGIDAS LOCAIS”

Enquanto Associação Cívica de Defesa deste nosso espaço florestal, a Associação dos Amigos da Mata da Machada (AAMM) congratula-se pela ação de limpeza em curso na Mata Nacional da Machada, após termos alertado as entidades competentes para esta necessidade, tendo em conta a prevenção de incêndios no contexto da época que se iniciou a 1 de julho.Até 30 de setembro decorre a oficialmente designada fase “Charlie”, considerada a mais crítica da época de incêndios florestais pela diretiva operacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil. A Mata Nacional da Machada, com mais de 385,7 hectares, é o mais importante espaço verde do concelho do Barreiro, sendo deveras importante a sua anual limpeza assumida pela Autoridade Florestal Nacional (AFN), entidade gestora do espaço, como medida preventiva face aos fogos florestais, ainda que já durante o mês de agosto.

AAMM promoveu atividades em junho

A Mata Nacional da Machada, enquanto «cartão-de-visita do concelho», é um local privilegiado para atividades de recreio e lazer, dispondo de um parque de merendas e diversos fontanários, para além de um Centro de Educação Ambien-tal e de uma rede de estradas e caminhos frequentemente utilizados para práticas desportivas.No fim de semana de 25 e 26 de junho, a nossa Associação dinamizou uma ação aberta à comunidade neste espaço dedicada a diversas atividades de cariz ambiental, tais como a Apicultura, Laser Games, Percursos Interpretativos, Des-portos Radicais, um Ecopaper e uma exposição de carros de Bombeiros. A ação contou com o apoio do Centro de Educação Ambiental, promovendo o desenvolvimento sus-tentável e divulgando a AAMM.

TORNE-SE SÓCIO DA AAMM.Para informações, contacte:

[email protected]

AUTORIDADE FLORESTAL NACIONAL JÁ INICIOU AÇÃO

AAMM CONGRATULA-SE COM LIMPEZA DA MATA DA MACHADA

PAISAGENS 5

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PROJETO ESCOLA6

PROGRAMA ECO-ESCOLAS COM INSCRIÇÕES ABERTAS

FOLHA VIVADIGITAL

O Eco-Escolas é um Programa Internacional que pretende encorajar ações e reco-nhecer o trabalho de qualidade desenvolvido pela escola, no âmbito da Educação Ambiental e Educação para o Desenvolvimento Sustentável.Desenvolvido em Portugal desde 1996, fornece fundamentalmente metodologia, formação, materiais pedagógicos, apoio e enquadramento ao trabalho desenvol-vido pela escola.

Qualquer escola pode inscrever-se e seguir a metodologia, envolvendo os alunos nos processos de decisão e implementação do programa. A coordenação organiza atividades de formação, como o Seminário Nacional, e de divulgação como o Dia Bandeiras Verdes, entre outras.

No ano letivo anterior, participaram 8 instituições de ensino do concelho, tendo o galardão Bandeira Verde sido atribuído a 6 delas.Para fazer a inscrição da sua escola neste programa, pode contactar-nos através do 800 205 681 (Linha Verde gratuita) ou do site da ABAE (Associação Bandeira Azul da Europa): www.abae.pt

O Boletim do Centro de Educação Am-biental “Folha Viva”, que conta já com

29 edições, deu os primeiros passos em junho de 2005.

Desde o primeiro momento que se destacou por ser um canal privilegiado de divulgação

das atividades dinamizadas no CEA, não esque-cendo as escolas e outras entidades concelhias

e nacionais, tratando sempre de questões de temática ambiental.

Face ao período de contenção que se vive atual-mente, o Folha Viva, a partir do nº 31, passará a ser editado apenas em formato digital.

Se costuma ter acesso à versão impressa, e pretende continuar a receber esta publicação, envie-nos o seu endereço de email para [email protected]

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REBENTOS8

O que faz...O médico veterinário?

É o médico que trata dos animais, quando estes estão doentes ou têm algum problema.Mas é também o médico veterinário que inspeciona os alimentos de origem animal, como o leite, o queijo, a carne, etc, e faz a vigilância sanitária dos su-permercados, mercados, talhos, entre outros, verificando as boas condições destes espaços e evitando riscos para a saúde.Assim, o médico veterinário é muito importante para o bem estar da popu-lação, combatendo as zoonoses, isto é, as doenças transmitidas entre os animais e o Homem.

Caderneta de desenhos

O meumelhor amigo

Catarina,Inês e Gil

“Vamos pôr o lixo no contentor certo.”Hélder, 12 anos

Envia-nos o teu desenhoou fotografia para

[email protected] liga para Linha Verde (gratuita)

800 205 681

“Se queres respirar melhor, conserva

o meio ambiente.”

Bruno, 10 anos

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David Attenborough é o padrinho dos atu-ais documentários sobre natureza, tendo baseado a sua carreira na crença de que o mundo natural é um lugar bonito e complexo, e advertindo para o perigo que a humanidade corre de se separar do seu meio natural, pela tecnologia e pela civilização.

Nascido a 8 de maio de 1926, em Isleworth, Inglaterra, ainda jovem começou por cultivar o seu fascínio pela natureza através da ob-servação de répteis e de aves, em viagens ao campo e pântanos locais.Attenborough ganhou uma bolsa para as cobiçadas saídas de campo de ciências na-turais na Universidade de Cambridge. No início dos anos 50, fez uma formação na então principiante cadeia televisiva BBC, onde trabalhou ao longo de uma década, ocupando cargos como escritor, editor, diretor e produtor.

Desde o início, Attenborough teve de forjar o seu próprio caminho. Os programas sobre natureza praticamente não existiam, de modo que, nos primeiros anos, o mais perto que conseguiu chegar da sua paixão foi através de contribuições para um concurso televisivo sobre natureza. Mais tarde, participou no zoo Quest,

um programa que o levou a partes exóticas do mun-

do e a perceber o modo como o pessoal do jar-dim zoológico de Londres capturava as

suas espécies.

David, no entanto, sempre se queixou da forma como os animais eram apresentados em televisão: espécimes exóticos arrastados para estúdios. Observando a forma estranha como estes animais se comportavam neste ambiente desconhecido, desenvolveu novas tecnologias cinematográficas, que permitiam aos documentaristas filmarem os animais discretamente, no seu habitat natural. Esta técnica foi sendo divulgada e generalizada ao longo dos anos.

Foi narrador de inúmeros comentários da BBC, nas décadas de 50, 60 e 70. A ele deve-se ainda a principal série sobre a vida no planeta, uma trilogia formada por: A Vida na Terra (1979), O Planeta Vivo (1984) e Desafios da Vida (1990). Estes filmes exami-nam, respetivamente, a evolução das várias espécies animais, as grandes variações to-pográficas na Terra (desde os desertos aos grandes lagos de água doce, dos terrenos vulcânicos às regiões polares e selvas) e o comportamento das diferentes espécies animais.

Cada um exigiu anos de preparação, focando temas ambiciosos, e que levaram Attenbo-rough (como narrador e apresentador) e a sua equipa, que contava com dezenas de cineastas, a viajar pelos confins do mundo, tendo sido necessário um enorme orça-mento para cada uma as produções. Muitos colegas desconfiaram dos bons resultados deste esforço, por ser tão ambicioso. No entanto, o sucesso foi tal, atraindo milhões de espetadores, que não deixou margem para dúvidas.

Este três documentários são considerados dos mais surpreendentes até hoje feitos em televisão.

Attenborough é também o autor de um gran-de número de livros de natureza, e continua a apresentar documentários.

REBENTOS 9

Grandes Figuras

David Attenborough

Mini-observatórioSalamandra-de-pintas-amarelasSalamandra salamandra

• Podem chegar aos 30 cm de comprimento

• Os adultos têm uma cor muito típica, são pretos com manchas amarelas

• Gostam de ambientes húmidos e habitats aquáticos, por isso em Portugal, são mais abundantes no norte

• As fêmeas põem entre 20 a 40 larvas

• Podem viver até 30 anos

• Têm hábitos noturnos e alimentam-se de invertebrados

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REBENTOS10

Vamos ler?O GRANDE LIVRO DAS EXPERIÊNCIASCIENTÍFICAS PARA FAZER E CRIARFiona Watt - Edicare

Pega em materiais simples do dia-a-dia e constrói objetos que voam, giram, nadam, fazem barulho, e descobre a ciência surpreen-dente que as criou!Tens mais de 800 autocolantes para decorar as tuas peças!Faz círculos de chocolate derretido, um aquário giratório e até magia com espelhos!

Vamos rir?Na selva passava-se uma época de grande fome. O rei leão, numa reunião com todos os animais, tomou a seguinte decisão:

“- Para não haver mais fome, vamos acabar com todos os animais pequenos.”

Assim se fez, mas a fome con-tinuou! O rei leão decidiu

fazer nova reunião e tomou então a seguinte

decisão:

“ - Para não haver mais fome, vamos acabar com todos os animais de boca grande.”

Sussurra o hipo-pótamo: “ – Coita-

dinho do crocodilo!”

Animais CruzadosTodos os animais têm características únicas, que os tornam especiais.Mostra que conheces algumas dessas particularidades e que sabes a que animal pertence.

1 – Parece um cavalo às riscas

2 – Gosta de bananas

3 – Dá lã para as camisolas

4 – Tem uma grande tromba

5 – Dá pulos e vive na Austrália

6 – Tem um grande pescoço

7 – Mia

8 – Tem fama de comer queijo

9 – É o rei da selva

10 – É uma ave que gosta de tomar banho

11 – Dá leite para beber

12 – Faz o mel

13 – Melhor amigo do Homem

1

3

6

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4

7

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9

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Soluções:

1 – zebra2 – macaco3 – ovelha4 – elefante5 – canguru6 – girafa7 – gato8 – rato9 – leão10 – pato11 – vaca12 – abelha13 – cão

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Ao passear pela Mata da Machada, certa-mente já ouviu o seu incansável matraquear em árvores e troncos, em busca de alimento. Fácil de se ouvir, mas por vezes complicado de ser visto, estamos a falar do pica-pau--malhado-pequeno.

Com o tamanho aproximado ao de um pardal, esta é a espécie mais pequena de pica-paus europeus, com dimensões que raramente atingem os 16 cm. Apresenta um bico curto, robusto e aguçado na extremidade e uma cabeça arredondada. As zonas superiores do seu corpo são de cor negra com barras brancas nas costas e asas; por outro lado, os seus flancos são ligeiramente malhados. As diferenças que se registam entre os se-xos facilitam a sua identificação no campo. Assim, ao contrário das fêmeas, o macho apresenta uma mancha vermelha na coroa ligeiramente bordeada a negro.

Relativamente à sua alimentação, esta é constituída por invertebrados, que os pica--paus retiram dos buracos ou saliências dos troncos e ramos das árvores, tais como larvas de escaravelhos, moscas ou aracní-deos. Também consomem pequenos frutos silvestres.

A construção dos ninhos é assegurada pelo

casal, sendo estes construídos num buraco num tronco de uma árvore. As posturas variam normalmente entre 4 a 6 ovos e o período de incubação prolonga-se entre os 11 a 12 dias, sendo esta realizada tanto pela fêmea como pelo macho. Cada casal apenas efetua uma postura por ano.

Esta espécie encontra-se distribuída de uma forma geral pela região paleártica (inclui a Europa, Norte de África e Ásia a norte dos Himalaias). A nível europeu, as suas popu-lações variam consoante as alterações do habitat e a disponibilidade alimentar. Por outro lado, em Portugal, a distribuição da espécie é muito fragmentada e descontí-nua, provavelmente devido às dificuldades de observação e às diferenças de habitat.

Esta ave encontra-se associada a siste-mas agro-florestais e florestais, de onde se destacam os montados de sobro, os mon-tados mistos de sobro e pinheiro-manso e carvalhais, bem como as matas ripícolas de salgueiros. Ao que tudo indica evitam os bosques de resinosas. É uma espécie essencialmente sedentária, no entanto nas regiões mais setentrionais da sua área de distribuição, podem ocorrer movimentos dispersivos entre os meses de agosto e novembro.

A nível europeu, as suas populações não se encontram ameaçadas. Contudo, e dado o facto de necessitarem de uma área vital re-lativamente grande, com aproximadamente 50 hectares, é sensível à fragmentação dos habitats. Os principais fatores de ameaça são a degradação dos biótopos florestais e a exploração intensiva dos recursos lenhosos.

OBSERVATÓRIO 11

Pica-pau-malhado-pequeno Dendrocopos minor CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Aves

Ordem: Piciformes

Família: Picidae

Género: DendrocoposEspécie: Dendrocopos minor

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A Comissão Europeia anunciou o ano 2011 como o Ano Europeu do Voluntariado. O vo-luntariado pode entender-se de várias formas, no entanto, sabe-se que quando as pessoas se envolvem em atividades de entreajuda, na proteção do ambiente, em campanhas de direitos humanos, entre outras, todos saem beneficiados e a coesão social é significati-vamente fortalecida.

O voluntariado é útil na geração de oportuni-dades de aprendizagem, no envelhecimento ativo, no diálogo intergeracional e intercul-tural, na proteção civil, na ajuda humanitária, no desenvolvimento sustentável e proteção ambiental, nos direitos humanos e inclusão social, no aumento de empregabilidade, na promoção de uma cidadania ativa, e no que se refere à responsabilidade social das em-presas. De facto, são milhares as pessoas que se envolvem em atividades voluntárias, fazendo face a muitas das necessidades da nossa sociedade.

A Câmara Municipal do Barreiro (CMB) está a trabalhar em prol de um ambiente favorável ao desenvolvimento do voluntariado no concelho do Barreiro e está a alicerçá-lo como parte de uma participação cívica ativa. Funcionando como promotora de ações de voluntariado através do Centro de Educação Ambiental da Mata da Machada e Sapal do Rio Coina (CEA), pretende iniciar esta prática encorajando indivíduos, empresas e organiza-ções em ações voluntárias de sensibilização ambiental, proteção e conservação da natureza.

No mês de julho foi aprovada em Reunião de Câmara a proposta de Regulamento para o Projeto de Voluntariado Ambiental Municipal do Barreiro, denominado por projeto VAMOS. Este documento é a base orientadora para estabelecer as relações de funcionamento entre a CMB/CEA e os voluntários, bem como para definir o conteúdo, natureza e duração do trabalho a realizar. Este será o ponto de partida para um intercâmbio de vontades que

poderá estender-se a vários projetos e ini-ciativas desenvolvidos através da Divisão de Sustentabilidade Ambiental e do CEA.

Este regulamento esteve em consulta pública durante 30 dias úteis, tendo o prazo terminado a 30 de agosto. O documento esteve disponível através da internet, no sítio do Município do Barreiro, e no Edifício dos Paços do Concelho.

Esperamos poder contar com a sua partici-pação numa relação em que todas as partes seguramente sairão a ganhar. Para mais infor-mações, contacte a Linha Verde do Ambiente (gratuita): 800 205 681.

impressoes coloridas12

PROJETO VAMOSVOLUNTARIADO AMBIENTAL MUNICIPAL DO BARREIRO

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A Escola de Fuzileiros, casa-mãe de um cor-po de tropas especiais cuja história tem a gé-nese no longínquo ano de 1621, está sediada em Vale de zebro no Concelho do Barreiro desde 1961, tendo comemorado no passado mês de junho cinquenta anos de existência.

Vale de zebro é um local que conserva vestí-gios relacionados com a época de expansão e dos descobrimentos, sendo que o desenvol-vimento local ao longo dos séculos XV a XVII esteve muito ligado a um cais de embarque, a um moinho de maré, à olaria da Mata da Ma-chada e aos fornos do Biscoito do Complexo Real de Vale de zebro, onde está instalada a “Sala-Museu dos Fuzileiros”, que guarda as memórias desde a criação do Terço Real em 1621 até à relação histórica muito rica entre o Vale, o Mar, a Marinha e o Barreiro ao longo das últimas centenas de anos.

A presença da Marinha em Vale de zebro data de 1835, quando a administração dos fornos locais lhe foi entregue. Em 1843 as instala-ções da Fábrica de Biscoito foram também entregues à Marinha e, posteriormente, o pinhal da Machada e o edifício do Convento de Palhais. Em 1902, foi instalada em Vale de zebro a Escola Prática

de Torpedos e Electricidade e nessa mesma década foi instalado um posto radiotelegrá-fico que, em 11 de dezembro 1909, estabele-ceu, com o cruzador “S.Gabriel”, a primeira comunicação de telegrafia sem fios registada na Marinha e, porventura, em Portugal.

Já no início da década de 60, apenas algumas oficinas e paióis de Artilharia e Torpedos ocupavam as Instalações Navais de Vale de zebro, quando os desenvolvimentos estraté-gicos nas províncias ultramarinas criaram a necessidade de criação de forças adaptadas à guerra de guerrilha, nomeadamente em zo-nas litorais e ribeirinhas. Foi este o contexto de recriação dos Fuzileiros por altura do de-flagrar da guerra em 1961.

A Escola de Fuzileiros foi criada oficial-mente em 3 de junho de 1961, sediada nas Instalações de Vale de zebro, com a missão de preparar pessoal e constituir Unidades de Fuzileiros a fim de atuarem nos teatros operacionais em África. A localização foi escolhida pela proximidade do rio e da mata – um ecossistema único para a criação de soldados-marinheiros hábeis e resistentes.A família dos Fuzileiros,

hoje com mais de vinte e dois mil elementos, sente Vale de zebro como a sua casa, onde ganharam o direito de usar a boina e com a qual criaram laços afetivos indissociáveis do espaço da Mata da Machada, da pista de lodo ou do rio Coina. Muitos estabeleceram residência no Concelho, mas todos se sen-tem em casa, no Vale de zebro, no Barreiro.

Desde 1961, as instalações têm sido gradual-mente ampliadas e melhoradas. A formação ministrada na Escola de Fuzileiros envolve preocupações constantes de atualização e adaptação dos programas às novas tecnolo-gias, doutrinas, respondendo às exigências variadas das missões atuais da Marinha e dos Fuzileiros.

Hoje, a formação abrange o período de re-cruta de todos os que entram ao serviço da Marinha, alargando a família dos “Filhos da Escola” de Vale de zebro a todas as classes da categoria de praças.

Ser Fuzileiro é realizar a combinação en-tre “o espírito de infante e o humanismo do marinheiro”. É desenvolver capacidades,

perícias e saber aplicar as mais diversificadas técnicas ao combate ou a ações de manutenção da ordem e paz ou de apoio humanitário. O futuro oferece cada vez maiores e varia-dos desafios, os quais continuarão a motivar o empenho daqueles que entram ao servi-ço da Marinha nas ter-ras de Vale de zebro e cumprem missões por todo o mundo, do Afeganistão, a Timor passando pelo Ocea-no Índico.

1TEN FzPEREIRA DA SILVA

2º COMANDANTE DO BATALHÃO DE

INSTRUÇÃO

PERFIL 13

ESCOLA DE FUZILEIROSCOMEMORA O SEU 50º ANIVERSÁRIO

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ECO-PÁGINA14

Comece por dispor 3 pauzinhos na forma de um hexágono, no qual faltam outros 3 lados, alternada-mente.Coloque um pouco de cola na extremidade de cada pauzinho.

Junte mais 3 pauzinhos onde está a cola e perfaça um hexágono. É neste momento que deverá ajustar a forma, pois assim que juntar mais camadas ficará mais difícil de moldar.

Continue a repetir os passos anteriores, até obter a altura que pretende.

Uma vez que está a construir do topo para a base, deverá colocar os pauzinhos mais recolhidos que os anteriores. Continue a colá-los, dirigindo-os para o in-terior, até não conseguir fazê-lo sem os sobrepor.

Faça então o fundo. Coloque um fio de cola em cima dos 3 últimos pauzinhos.Preencha o fundo com mais pauzinhos de gelado.

Deixe secar por um dia. Está pronto a ser usado, como decoração ou fruteira.

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Fruteira EcológicaDepois de se deliciar com os gelados no verão, faça agora um recipiente com os pauzinhos destes.Precisa apenas de cola branca e pauzinhos de gelado

Transportes500 000 automóve is é o nùmero que se est ima que entrem d iar iamente em L isboa

1 ,2 pessoas por ve ícu l o é a taxa de ocupação destes ve ícu l os

9 1% do petró le o consum ido é ut i l izado em combust íve is

29 km é a méd ia por pessoa/ano de ut i l ização da b ic i c l eta , em Portuga l

936 km é a méd ia por pessoa/ano de ut i l ização da b ic i c l eta , na Dinamarca

66% das v iagens de automóve l rea l izadas em Portuga l têm menos de 6km

Eco-nùmeros

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Destinos 15

FLORAAs dunas são estruturas instáveis, e a pro-ximidade do mar atua como fator fortemente seletivo na instalação e crescimento da sua vegetação: as plantas costeiras estão sujeitas a ventos fortes carregados de partículas de sal, a luminosidade excessiva, a amplitudes térmicas que vão do sol escaldante do verão ao frio cortante do invernoNa zona dunar, as plantas estão sujeitas a condições extremas, sendo obrigadas a uma grande adaptação à perda excessiva de água ou soterramentos pelas as areias. Aqui pode observar-se Thymus carnosus, um endemismo português, existente apenas no Alentejo e Algarve (um pequeno tufo verde escuro, de porte amoitado, que, quando esmagado, deixa à sua volta um intenso e agradável perfume semelhante ao da lavanda).

Na zona de sapal, encontramos a gramínea do género Spartina, que suporta longos

períodos de submersão, formando vastos "prados" de cor verde escura no meio das águas, a Plumbaginácea, que forma densas moitas em que sobressai a cor rosa-lilás das flores, ou a Cistanche phelypaea, com as suas flores de tom amarelo intenso. Não sendo uma planta rara, encontra-se apenas no sul de Portugal, Espanha e Creta.

São ainda observados o pinheiro-bravo e manso, sobreiro, zambujo, arbustos e plantas aromáticas e medicinais, nas zonas de mato e bosque mediterrânico. Nas margens e leito dos cursos de água avultam tabúas, caniço e junco agudo.

FAUNAMuitas espécies de aves aquáticas migrató-rias, provenientes do norte da Europa passam aqui o inverno ou utilizam a Ria como ponto de escala na sua rota rumo a zonas mais meridionais. Destacam-se, entre muitas, o

pato-real, a piadeira, a garça-branca-pequena, o borralho-de-coleira-interrompida, a tarem-bola-cinzenta, o maçarico-real, o alfaiate e a galinha-sultana, espécie emblemática do Parque, que devido à crescente proteção e estudo desta espécie, os efetivos popula-cionais têm aumentado nos últimos anos.A população de andorinha-do-mar-anã, uma espécie em declínio na Europa, nidifica nes-tas dunas e salinas, representando 40% dos efetivos totais populacionais de Portugal.Verificam-se ainda tartaranhões, a águia-de--asa-redonda, falcões, a coruja-do-Nabal, a coruja-das-torres e a coruja-do-mato.

Salienta-se a importância da Ria no ciclo de vida de numerosas espécies de peixes, molus-cos e crustáceos, principalmente como zona de reprodução e alimentação. As comunidades bênticas apresentam populações extrema-mente numerosas e, algumas das quais de interesse económico, como a ameijoa-boa, o berbigão e o lingueirão. Contam-se também a dourada, o sargo, o robalo, o linguado e a enguia.Nos répteis há que salientar o camaleão, espécie ameaçada de extinção e cuja distri-buição em Portugal está confinada ao litoral Sotavento do Algarve, nos pinhais da orla continental e nas ilhas-barreira.

Dos mamíferos existentes pode-se destacar a lontra, o sacarrabos, a geneta, a fuinha, o texugo e a raposa.

PARQUE NATURAL DA RIA FORMOSAO Parque Natural da Ria Formosa caracteriza-se pelo seu cordão dunar arenoso litoral que protege uma zona lagunar, de óbvio valor ecológico e científico, económico e social e, desde há muito, está sujeita a pressões da mais variada ordem ou não fosse o Algarve o mais importante destino turístico no País.Este sistema lagunar de grandes dimensões (estende-se do Ancão até à Manta Rota) inclui uma grande variedade de habitats: ilhas-barreira, sapais, bancos de areia e de vasa, dunas, salinas, lagoas de água doce e salobra, cursos de água, áreas agrícolas e matas, situação que desde logo indicia uma evidente diversidade florística e faunística.

A visitar:

Cacela Velha Nesta aldeia, classificada como Imóvel de Interesse Público, encontra um mundo de casinhas térreas, caiadas de um branco ofuscante.

Tinha atividades económicas de destaque como a pesca e a salga, dada a exploração das salinas.Para quem procura um Algarve por des-florar, encontra em Cacela praias únicas e paisagens selvagens para desbravar.

ESTOIAldeia com um sur-preendente palácio em estilo rococó (atual Pousada de Faro), e as ruínas romanas de Milreu (séc. I e II)

ILHASBARREIRACinco ilhas com um ex-tenso areal branco e

praias paradisíacas: Deserta, Culatra, Armona, Tavira e Cabanas

CHALET DO POETA JOÃO LÚCIOJuntamente com a Quinta da Regaleira, em Sintra, este chalet é um dos únicos exemplos da arquitetura simbolista em Portugal

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Sugestões16

Para Ler WWW...

ROUGH GUIDE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS Robert HensonCivilização

Oferece uma panorâmica completa sobre o maior problema que o nosso Planeta enfrenta hoje: o mundo em aquecimento.Apresenta os sintomas: Como é que o aumento das temperaturas e do nível da água do mar, assim como o surgimento de padrões climáticos extremos, afetam já a vida em todo o mundo.

Apresenta a ciência: O que é que sabemos e como o descobrimos. A fascinante história do clima através do tempo.Apresenta as controvérsias: Céticos, políticos, ativistas e lobbies – como e por que razão se tornaram as alterações climáticas um assunto político tão polémico.Apresenta soluções: Como é que os governos, cientistas e enge-nheiros esperam resolver o problema.

www.apambiente.pt

O portal da Agência Portuguesa de Ambiente disponibiliza infor-mação sobre política do ambien-te nas suas diferentes temáticas, bem como os instrumentos le-gais, nacionais e comunitários, nesta área.

www.senergia.pt

Se pretende saber mais sobre energias renováveis, certificação energética da sua habitação ou simplesmente como reduzir a sua fatura de eletricidade, consulte o site da S.energia – Agência Regio-nal de Energia para os concelhos do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete.

Para receber o seu Folha Viva, ligue grátis para a Linha Verde: 800 205 681Ou envie os seus dados (nome, morada e e-mail) para [email protected]

AGENDA20 E 21 DE OUTUBROCONFERÊNCIA“ÁREAS PROTEGIDAS LOCAIS”

Local: Auditório da Escola Superior de Tecnologia do BarreiroOrganização: CMBInformações: 800 205 681 (Linha Verde Gratuita)

17 DE SETEMBROSEMANA EUROPEIADA MOBILIDADELocal: Eco-Moinho do JimOrganização: S.energia e CMBInformações: 800 205 681(Linha Verde Gratuita)

7 DE NOVEMBRO A 3 DE MARÇO(DURAÇÃO: 7 DIAS. CONSULTAR O CONOGRAMA)

CURSO DE HORTICULTURABIOLÓGICA PRÁTICALocal: Quinta do Vale Pequeno - Lamarosa Informações: www.agrobio.pt

18, 19 E 20 OUTUBRO6ª EXPO CONFERÊNCIA DA ÁGUAAGENTES DE MUDANÇA RUMO à EFICIÊNCIA E SUSTENTABILIDADELocal: Taguspark, OeirasOrganização: Jornal água&ambienteInformações: www.expoagua2011.about.pt