revista do 56º bazar/2015 - naamat.org.br · “milho de pipoca que não passa pelo fogo continua...

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REVISTA DO 56º BAZAR/2015 LIVRO: UMA VIAGEM SEM PASSAPORTE RUSY SCLIAR

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REVISTA DO56º BAZAR/2015

LIVRO:UMA VIAGEM SEM PASSAPORTE

Rusy scliaR

ANÚNCIO IMPRESUL

REVISTA DO 56º BAZAR | 2015 3Na’amat Pioneiras

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TES

Mais um Bazar e, com ele, uma nova Re-vista do Bazar! Muita alegria, pois nestes momentos todas as chaverot da NA´AMAT

Pioneiras-Porto Alegre se unem para a realiza-ção destes eventos. O vínculo e a convivência durante a preparação por todos os 16 grupos da NA´AMAT, capitaneados pelo Departamento de Bazar, amplificam as relações, sendo uma grande oportunidade de fazer-se o bem, pois parte da arrecadação é revertida em doações. O Bazar foi preparado com muita antecedência e carinho, e o seu tema, assim como o desta Revista, é “Livro: Viagem sem Passaporte”.

O livro, junto com a transmissão oral, faz par-te da história judaica. Sabe-se que o ensinamen-to das tradições e costumes uniu os hebreus ao longo dos séculos na diáspora e transmitiu-lhes certas características. Portanto, a escolha do li-vro, como tema desta Revista e do Bazar, é con-sequência da nossa trajetória. Desenvolvendo conhecimentos, criatividade e a imaginação, os livros nos permitem viajar sem sairmos do lugar e, por isso, são uma viagem sem passaporte.

De um pequeno evento nos anos 70, o Ba-zar, ao longo do tempo, cresceu, tornando-se o principal evento da NA´AMAT. Além de ser uma

Queridas Chaverot

feira para exposição e comercialização de pro-dutos, possui Leilão de Artes, Recreação e Te-atro para a criançada se divertir e um Brechó. É uma ótima oportunidade para encontros e para rever os conhecidos, para os apreciadores da gastronomia judaica - com almoço, lanches e chá da tarde - e para ouvir e ver boa música e dança – com destaque para o nosso talento: o coral Zemer. Esperamos que todos possam aproveitar conosco um domingo cheio de ener-gia e alegria contagiante!

A Revista do Bazar, anualmente publicada, apresenta vários artigos e comentários refe-rentes ao tema escolhido, seguidos de alguns anúncios para consulta. O livro é abordado de diferentes ângulos e há um relato da Conferên-cia Internacional de Solidariedade da NA´AMAT, realizada em Israel, do qual participei e que opor-tunizou um conhecimento mais aprofundado da nossa Organização.

Mais uma vez, quero parabenizar as chaverot da NA´AMAT PIONEIRAS-PORTO ALEGRE pelo excelente trabalho que vêm realizando e desejar a todas que continuem perseguindo os objetivos de elevar a mulher a um patamar cada vez mais elevado numa sociedade mais justa.

sônia unikowsky Teruchkin,Presidente do centro Porto alegre

céres Maltz Bin,Presidente Executivo Nacional

Olivro tem asas e nos faz viajar entre mundos desconhecidos e sem passaporte, nos faz so-nhar acordados, nos leva para qualquer lugar,

mesmo sem sair do aconchego e do bem-estar. Lendo, nunca estamos sós, estamos sempre bem acompanhados, pois a leitura possibilita, na formação do indivíduo, o desenvolvimento de suas potencialidades.

Livro...É vida, nos faz transmutar em um mundo

de fantasia, poesia, história, versos, rimas e prosas. É liberdadee, com ele, podemos nos comunicar, imaginar, sonhar, representar, via-jar... Faz-nostemer os mares e/ou morrer de amores...

É uma viagem fantástica ao mundo do co-nhecimento, onde nós temos a oportunidade de crescer o saber e transcender o inimaginável.

Com um livro, podemos retratar e discutir a sociedade de maneira global, o seu tempo,sob condições históricas e concretas.

A leitura de um bom livro é um dialogo in-teressante: o livro fala e a alma responde.Como na leitura de “O amor que acende a lua”,deRubens Alves:

“Milho de pipoca que não passa pelo fogo

continua a ser milho para sempre. Assim acon-tece com a gente. As grandes transforma-ções acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira.”

A Na’amat Pioneiras, que foi fundada em Israel, em meados de 1921, por mulheres des-bravadoras e sonhadoras, que acreditavam na justiça social e na igualdade de oportunidades ( entre elas, destaca-se a nossa inesquecível e edificante GoldaMeir) passou e passa pelo fogo muitas vezes, tendo seus registros e os regis-tros das tradições do nosso povo contados em muitos livros da nossa Organização. Acredita-mos que a memória escrita é a melhor forma de perpetuar nossa história e nossas conquistas.

E, para finalizar, cito ainda Mario Quintana, nosso poeta maior:

“Os livros não são capazes de mudar o mundo, quem muda o mundo são as pessoas, os livros só mudam as pessoas”.

Com estas palavras, parabenizo a Na’amat Pioneiras Porto Alegre pela iniciativa de estimu-lar a leitura e pelo excelente trabalho realizado pelas chaverot: mulheres capazes de mudar o mundo, sempre a postos para o voluntariado e para as grandes transformações da vida.

Se os olhos são a janela da alma, os livros são as pupilas dos olhos...

“Quem mal lê, mal ouve, mal vê.” Monteiro Lobato

4 REVISTA DO 56º BAZAR | 2015Na’amat Pioneiras

EDITo

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l56º Bazar anual da Na’amat PioNeiras

Prezados leitores,

Tomem assento e coloquem os cintos de segurança. Para ler essa revista, isto é, viajar pelas suas páginas, não exigimos nenhum documento e, muito menos, o passa-porte: basta apenas embarcar nesta aventura fantástica que a leitura, quando praze-rosa, nos proporciona. Ler é um prazer que nos leva a conhecer diversos lugares pelo mundo, mas,sobretudo, nos traz conhecimento, cultura e – por que não? - distração.

Contamos, nesta revista, com diversos colaboradores, grande parte delesligada à área da cultura.

Nancy Rozenchan, que é professora da USP, nos enviou uma matéria muito rica sobre a literatura israelense atual. Guershon Kwasniewski, responsável pelo rabinato da Sibra, nos escreveu sobre o povo do livro e sobreum dos maiores legados que o povo judeu entregou para a humanidade, a Torah (o Velho Testamento). O psicanalista e escritor Celso Gutfreind lançou um desafio: “Como estimular a leitura em crianças”. SulimaPogrebinschi, gestora do Núcleo Educacional do Colégio Israelita Brasileiro, por sua vez,nos relata uma atividade “sui generis”: há 10 anos, as crianças daquela es-cola publicam, coletivamente, um livro e o autografam. Outro psicanalista, Abraham Turkenicz,nos conta sobre a sua experiência em escrever um livro sobre a família.

Cintia Moscovich, premiada escritora gaúcha, e que, juntamente com a jornalista Claudia Laitano, será também uma das homenageadas do Bazar, nos aconselha a ler para não adoecer. Cintia tem, há 15 anos, uma oficina de criação literária e nos conta um pouco sobre essa sua experiência.

Não poderíamos esquecer a Feira do Livro, uma das principais atrações do ca-lendário de nossa cidade, e que consegue transformar a Praça da Alfândega num grande palco, tendo o livro como principal atração. Sônia Zanchetta, da Câmara Rio--Grandense do Livro e membro da comissão executiva da Feira do Livro, nos escreve sobre essa grande festa. NuritMasijah Gil, uma jovem chaverá do grupo Berta Simino-vich, colaborou com a revista, enviando-nos uma crônica que ela escreveu durante o IomHashoá .

Suzana Naiditch vê o temaatravés de outro viés, o livro empresarial, onde também há muito o que aprender.

Convidamos maisdois grandes intelectuais, ambos gaúchos, para contribuir com os seus relatos nesta revista. Enquanto o diretor de cinema Carlos Gerbase nos contou como fez a adaptação de textos literários para rodar os seus filmes, o critico literário Luís Augusto Fischer nos enviou as suas “Seis Tesessobre o Valor da Leitura”.

E, para terminar, uma justa e carinhosa recordação - o escritor e poeta Carlos Urbim, que faleceu este ano. Carlos Urbim colaborou na revista de 2011 e, para pres-tarmos uma homenagem póstuma, reproduzimos o seu texto.

Enfim, temos na revista um farto material para todos os gostos.Quanto ao Bazar, propriamente dito, contaremos, inclusive, entre as muitas “ban-

quinhas”, com um “sebo” oferecendo boas ofertas literárias. E as homenageadas pela nossaOrganização em 2015, Cíntia Moscovich e Claudia Laitano, farão, na abertura do Bazar, um bate-papo com o público,

Como vocês podem ver,não faltarão atrações para todos os que vierem à Hebrai-ca, no domingo, dia 12 de julho. Então, até o dia 12! A gente se encontra lá!

Bazar 2014Na’amat PioNeirasPresidente: Sônia Unikowsky TeruchkinVice-Presidentes: Suzete Zylbersztejn ( 1ª vice) e Eliane Kassow Mastronardi (2ª vice)

coordenação do Bazar: Celi Maltz Raskin, Sarah Gerber e Sheila Maltz

comissão de Patrocínios: Claudia Mester, Luciana Borenstein, Malvina Beresniack, Patricia Dagnino Chiwiakowsky, Renata Fischer e Sheila Maltz

secretária: Josiane Spumberg

Departamento de Divulgação

conselho Editorial: Eliane Kassow Mastronardi, Lúbia Zilberknop,Marili Scliar Buchalter (coordenadora) e Sônia Unikowsky Teruchkin

Revisora: Lúbia Zilberknopcapa: Pintura em tela de Rusy Scliar

Produção: Enfato MulticomunicaçãoDiagramação: Kike BorgesPré-impressão e impressão: Impresul

Distribuidora: FasterTiragem: 1500 exemplaresDistribuição Gratuita

Trabalho Voluntário: Organização das Mulheres Pioneiras / Na’amat Pioneiras - Porto AlegreRua Gen. João Telles, 329 / 3º andar / CEP: 90 035-121 /Porto Alegre/ RSFone/Fax: (051) 3311-0822

Fale conosco:[email protected]

Expediente

Marili scliar Buchalter coordenadora do Departamento de Divulgação

Na’amat Pioneiras

sheila Maltz, Malvina Beresniack, luciana Borenstein, Renata Fischer e Patricia Dagnino chiwiakowsky

censelho Editorial - Marili scliar Buchalter, sônia unikowsky Teruchkin e lúbia Zilberknop

REVISTA DO 56º BAZAR | 2015 5

Na’a

MaT

Na’amat Pioneiras

COnFerÊnCia inTernaCiOnal de sOlidariedade da na’aMaT israel: 10 - 16 de Fevereiro de 2015

Sônia Unikowsky TeruchkinPresidente do Centro Porto Alegre

Contar a intensa vivência em Israel, em apenas sete dias, torna-se uma tarefa difícil. Além do afeto e da profun-da ligação com Israel e, em especial, com o trabalho

da Na´amat nesse país, reencontrar algumas chaverot, re-novando velhas amizades, e revisitar certos lugares mexem muito com os nossos sentimentos.

Chegar a Israel é sentir-se um pouco em casa. Mas, logo após descer do avião, dirigir-se à casa do presidente de Is-rael é muito emocionante. Entrei em uma condução e dei o endereço de Jerusalém para o motorista, pois as demais chaverot já estavam no país e se deslocariam de ônibus de TelAviv a Jerusalém. O motorista, surpreso, perguntou-me se eu não estava errada e se eu não queria ir à Knesset, pois “ninguém vai à casa do presidente, a não ser uma au-toridade”. Expliquei que 120 chaverotNa´amat, oriundas dos Estados Unidos, Canadá, México, Brasil, Argentina, Uruguai e Bélgica, seriam recebidas naquela noite pelo Presidente de Israel, Sr. ReuvenRivlin, e sua esposa. Desconfiado, o moto-rista me levou, tendo primeiro passado pela frente da casa e olhando tudo; só depois retornou e pude descer.

Após uma severa revista, entramos no recinto. Éramos treze brasileiras participantes: oito de São Paulo, três de Belo Horizonte e apenas duas de Porto Alegre – a Presidente do Executivo Nacional, Céres Maltz Bin, e eu, a Presidente do Centro Porto Alegre. Mas fizemos acontecer! No encontro, ouvimos várias autoridades, e todos os discursos ressalta-ram a relevância do trabalho da Na´amat em Israel, o que ocorre, em parte, devido a nossa participação na Diáspora. Então, todas nós, chaverotNa´amat, fomos homenageadas!

Nos dias seguintes, visitamos algumas creches, escolas e abrigos. A visita à Creche Elyachim, projeto da Na’amat Brasil, nos tocou profundamente. Estivemos lá em 2013 quando foi constatada a necessidade de melhorias. Para nossa surpresa, quase todas tinham sido realizadas. E nós, chaverot, com muito orgulho, fizemos parte disso! Partici-

pamos também da colocação de pedras fundamentais de duas novas creches onde tivemos a oportunidade de ver o importante papel da Na´amat nas comunidades locais. Já as visitas ao Centro Glickman de Prevenção e Tratamento da Violência Doméstica, em TelAviv, e ao Centro Comunitário e Centro de Saúde da Mulher em Carmiel, todos da Na´amat, sempre nos tocam profundamente, pelo excelente trabalho que realizam junto às mulheres israelenses, não apenas as judias. Em todos os locais, fomos muito bem recebidas, as-sistimos a palestras, vídeos, interagimos com o pessoal local e, muitas vezes, comemoramos juntos.

Os debates políticos e sociais com a Presidente da Na’amat, GaliaWolloch, e vários convidados da comunidade israelense, sempre mediados por ShilrliShavit, diretora do de-partamento internacional da Na´amat, propiciaram um exce-lente painel da situação atual da Organização. Muito interes-santes, também, foram os relatos das presidentes Na’amat dos sete países. As distintas realidades econômicas, sociais e culturais dos países, aliadas às respectivas realizações e dificuldades das chaverotNa´amat, nos mostraram, mais uma vez, quão relevante é o trabalho realizado pela Na´amat Brasil.

Mas sempre existem aqueles lugares e/ou momentos que nos sensibilizaram mais. Cabe destacar a visita com a cerimônia especial ao túmulo de Ben Gurion, no deserto do Neguev. O depoimento dos soldados e sua interação com as chaverot, naquela natureza amarela, foram emocionantes, em particular, quando recebemos uma placa de identificação do exército, com nossos nomes.

Já em BeerSheva, no Centro Comunitário, várias pesso-as relataram suas experiências nos conflitos com os árabes e como ocorre a assistência a essas comunidades. Como-vente foi o depoimento de uma jovem, piloto de helicóptero, que buscava os feridos judeus e árabes. E as apresentações dos alunos das Escolas Ayanot e Kanot sempre são alegres e tocantes, ainda mais que muitos dos alunos são oriundos de lares problemáticos, ou eles mesmos têm algumas difi-culdades.

Mas o ponto alto foi, sem duvida, o último dia. Na ce-rimônia realizada no Kotel, nos sentimos mais unidas, can-tamos e dançamos juntas, sabendo que estávamos nos despedindo. À noite, o jantar de confraternização culminou com as assinaturas das Presidentes Na’amat da “Declaração dos Direitos da Mulher”, documento elaborado por Na’amat Israel em 08 de março de 2013, que visa a garantir que cada mulher em Israel tenha assegurada a igualdade entre os se-xos em todos os seus atos.

A Conferência Internacional de Solidariedade Na’amat possibilitou visitar as várias obras da Na´amat e ouvir impor-tantes relatos de integrantes da Organização, de membros representativos da sociedade local e do governo, bem como de pessoas beneficiadas pelas atividades mantidas pela nossa Entidade. Este encontro aprofundou o nosso conhe-cimento da Organização e fortaleceu o vínculo entre as sete comunidades Na´amat e também com o Estado de israel.

Ir a Israel e poder ver a importância do trabalho é algo emocionante, que nos alegra e orgulha, estimulando-nos a trabalhar muito mais. Espero que todos tenham a oportuni-dade de ver e viver esta realidade.

6 REVISTA DO 56º BAZAR | 2015Na’amat Pioneiras

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Ão56º Bazar anual:

“livrO: uMa viageM seM passapOrTe”ProGrama

• 11h:AberturadoBazar,noteatro,comapresentaçãodoCoralZemerdaNa’amatPioneirasehome-nagem a Claudia Laitano e Cintia Moscovich, que farão um bate-papo com o público.

• 12h:Almoçonosalãotérreo.

• 12hàs14h:OficinaTdeTáti,quefaráatividadesparacriançasnomezanino.

• Apartirdas14h30min,chádatarde,commuitasatraçõesnosalãodefestas:“leakot”dedançasisraelis, dança de salão, dança do ventre, orquestra da APDAE e o mágico Adriano.

• 15h:sessãodeautógrafosdolivro“ASenhoraPerfeitinhaeoutrostextos”,daescritoraNuritGil,nomezanino.

• 15h30min:leilãodeartes,tapetes,pratasecristais,comoleiloeiroNicolasBublitz,nosalãotérreo.

• 16h:teatroinfantil,comapeça“AOrquestradeBrinquedos”,noteatro.

Além dessas inúmeras atrações, teremos estandes com comidas típicas judaicas, artesanato, artigos de Israel, panos de prato, malhas da serra gaúcha, brechó, “sebo” de livros, cafeteria.

REVISTA DO 56º BAZAR | 2015 7Na’amat Pioneiras

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pOesia BrinCa COM COisa sériaCarlos urbiN

Carlos Urbim nasceu na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Mudo-se para Porto Alegre aos 19 anos e formou-se em jornalismo na UFRGS. Trabalha na área do jornalismo há 33 anos, tendo passado por diversas empresas jornalísticas, todas sediadas em Porto Alegre. Sua primeira publicação destinada ao públi-co infantil, “Um Guri Daltônico”, de 1984, obteve grande repercussão junto ao público. Carlos |Urbim é autor dos livros “Patropi, a Pandorguinha”, “Dinossauro@birutices”, “Uma Graça de Traça”, “Caderno de Temas”, “Diário de um Guri”, “Dona Juana”, “Bolacha Maria”, “Saco de Brinquedos”, “Rio Grande do Sul – Um Século de História”, “Os Farrapos”, “Álbum de Figurinhas” e “Morro Reuter de A a Z”, entre outros. Ao escrever para crianças, busca na infância a motivação para o material de que é feita sua produção literária, conservando as influências e o sotaque da região em que nasceu. Utiliza a poesia como forma de cativar os pequenos leitores, e seus personagens têm fortes vínculos com o cotidiano gaúcho, o que contribui para a identificação imediata entre o autor e seu público. Em 2009, foi escolhido como patrono da 55ª Feira do Livro de Porto Alegre.

No começo do processo, tudo é brincadeira, época de colher informações. Uma idéia está se formando, qualquer coisa que aconteça pode ser imagem traduzida em palavra. Poesia em tempo integral. Com muitos recreios e o direito de sonhar. Uma vez calhou de o brinquedo ser um saco para encher de brinquedos. Em outra oportunidade, foram os cheiros e gostos da infân-cia, em especial os de “Bolacha Ma-ria”. Depois chegou a vez de acom-panhar um guri atrolhado de deveres para fazer em casa. Esperto, curioso, louco para brincar no pátio ou na cal-çada, cheio de preguiça ao encarar os cadernos espalhados na mesa da sala.

Vira divertimento imaginar o que um guri desses apronta. Lições, temas, au-las em que não dá para vacilar, senão depois nem ele entende o que anotou correndo direto do quadro, onde tudo es-tava bem claro em letras de giz. Agora, ele vê fotinhos de escritores no livro do MEC que a escola adotou. Pega a bola e com-para com o mapa mundi achatado nos polos. Ouve Tom Jobim saindo do rádio ali na cozinha. Os gomos da bola parecem meridianos e paralelos.

Uma peteca de presente para os que souberam so-letrar! Essas regras gramaticais são coisa de doido! Vaia feroz para o infeliz que inventou o máximo divisor comum. E seria muito bacana ver Dom Pedro gritar em São Paulo com a espada na mão, montado no cavalo. Melhor mesmo só conversa no sofá com o pai, enquanto a mãe prepara o almoço. Mas dever de casa também é distrair o irmão. Tomara que esse bebê pare de chorar depois de mamar!

Tudo o que passa pela cabeça do menino está, por exemplo, em “Lata de Tesouros” ou “Admissão ao Giná-sio”, escritos em prosa. Quando brotaram, tornaram-se exercícios de texto longo para quem está mais acostu-mado com leitura. No “Dever de Casa”, a proposta é a de criar poesia. Simples, afetivas, do bem. Por que po-emas? Ah, é maneira alegre de oferecer leitura a quem está começando a gostar de ler. E os que já gostam vão perceber as sutilezas. Mario Quintana sempre disse que crianças adoram o ritmo das poesias. Poemas deixam a gente feliz na sala de aula e na vida.

Feita a coleta inicial, tudo passa a ser muito sério. Há planejamento, memória técnica, 38 anos de redação em jornais,escolhasliteráriasapartirde1984,estréiade“UmGuri Daltônico”. Como aconselha Manoel de Barros, agora é hora de escovar palavras. Garimpar exatidões. Lixar ex-

cessos. Polir sujeiras. Mil vezes a mes-ma frase, mil cuidados com o som, a pausa, o movimento, a síntese.

Daí em diante, o poema é traba-lho de carpintaria, artesanato, mol-dagem, reflexão constante sobre o ofício. Atrás de cada verso, estão os rastros de vivências compartilha as, palmilhadas, na busca impossível da perfeição.

O confronto final dos poemas publicados passará pela serieda-de maior da brincadeira, quando avaliada pela editora. Novas eta-

pa para cortar, polir, enquadrar. Até os artistas darem existência gráfica e visual ao que é feito de palavras. Aí, então, tem mais que partir para o abraço. Livro novo na roda, poesia querendo ser desco-berta, brinquedo e celebração.

Foto: Rodrigo Migliorin

Carlos Urbim

“Essas regras gramaticais são coisa de doido! Vaia feroz para o infeliz que inventou o máximo divisor comum”

HOMenageM pósTuMas Texto extraído da edição da Revista Bazar Na’ Amat Pioneiras nº ?? - Ano ????

Na’amat Pioneiras Na’amat Pioneiras

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Celso GutfreindEscritor e psicanalista

Estimular a ler é antes convidar a viver. Há histórias por tudo, e uma boa experiência acompanhada levará depois a um desejo de reproduzi-la no papel

COMO esTiMular a leiTura Para as CriaNças?

A pergunta está no título: como estimular a leitura em crianças? Quem a fez foi o grupo NA’AMAT

Pioneiras e, como de hábito, eu não sa-bia responder. Deixem-me antes contar que tenho duas atividades profissionais: sou psicanalista e escritor (para crianças, inclusive) e as duas dão margem a pensar que eu sei responder alguma coisa.

A verdade é que não sei e analisar e escrever reforça a minha capacidade de su-portar a minha ignorância. Trato a alma para saber, escrevo para saber (o que escreverei). Importa é que, de uma incerteza a outra, va-mos contando histórias, e outras duas me ocorrem agora. Uma é do escritor José Sa-ramago (eu sempre achei que ele sabia), que descreveu dois momentos fundamentais na vida de uma criança. Um é quando ela começa a perguntar. Outro é quando ela desiste. A outra história é de quando a minha filha era pequena. Conversávamos sobre um problema dela e, com muita esperteza, ela tentou falar sobre um meu. Distraído, respondi que um dos meus problemas era fazer livros que não vendiam muito. – Também, com os títulos que tu escolhes... – disse ela, referin-do-se a um texto que eu acabava de publicar e se chamava Narrar, ser mãe, ser pai & outros ensaios sobre a parentalidade.

Ela tinha razão, e esse também não foi best-seller. Afinal, não oferecia resposta para perguntas do tipo: Como posso ser uma boa mãe? Como posso ser um bom pai? Esse livro – e todos os outros que eu publiquei, independen-te do gênero – apenas propunham um momento de reflexão, de emoção, talvez. E, refletindo agora sobre a pergunta das Pioneiras, eu penso que não existe um jeito de estimular a leitura numa criança e, como disse o poeta, se não há um jeito, é porque existem vários.

Sinto que todos eles passam por um bom encontro entre pais e filhos. As primeiras histórias (as pioneiras) estão fora dos livros, na vida mesma, quando se olha, se toca e se está junto. Acolher uma criança é, talvez, o capítulo princi-pal. Cantar para ela, contar (qualquer coisa), saber ouvir seu murmúrio, seu balbucio. Se isso funcionar razoavelmente, a criança logo se dará conta de que os livros (de papel, virtu-ais, pouco importa) servem para continuar contando essas boas histórias que os pais contaram (e ouviram) dentro da própria vida.

Acho que estou dizendo que estimular a ler é antes con-vidar a viver. Há histórias por tudo, e uma boa experiência acompanhada levará depois a um desejo de reproduzi-la no papel (ou na tela) sozinho, com o outro por dentro.

Agora, nesse exato momento, estou me achando, pois acho que respondi à pergunta. Será que já posso fazer meu best-seller? Tomara que sim! Tomara que não!

Na’amat Pioneiras Na’amat Pioneiras

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Guershon KwasniewskiResponsável pelo Rabinato da SIBRA

Um povo que prepara os seus jovens para a leitura da Torá na sua maioridade religiosa produz vários efeitos nos indivíduos

O pOvO do livro

Um povo que prepara os seus jovens para a leitura da Torá na sua maio-ridade religiosa produz vários efeitos

nos indivíduos. A pessoa naturalmente entra num processo para o qual necessa-riamente deve estudar e saber ler.

Todo judeu que tenha feito a sua ceri-mônia de Bar/BatMitzvá deve ter o registro, ainda na sua memória, do esforço por fazer uma boa leitura na frente da sua comunida-de e família.

Em pleno século XXI, o livro transformou--se: hoje os e-books e as leituras digitais nos afastam dos livros tradicionais de papel.

Em tempos modernos, podemos estudar a Torá no I-Phone, no tablet, mas nada irá substituir o gosto e o prazer de ler, de carre-gar e de beijar um pergaminho manuscrito que passou por um processo rigoroso para ser realizado.

A palavra de De-s, manifestada na Torá,nos acerca de um mundo de preceitos e mandamentos, que, se adotados, nos levarão a uma vida mais ordenada e regrada com o obje-tivo de abraçar a santidade e a justiça, valores fundamentais que emanam desse texto.

Ser o povo do livro nos permite ficar longe do analfabe-tismo.

O Rabino Joel Oseran comentou há poucos dias, num encontro, que não devemos estudar a Torá, devemos “Ser” a Torá.

Se somos Torá, somos fonte de erudição, mas, na mesma hora, de simplicidade. Personagens tão hu-manos como cada um de nós, com as suas virtudes e os seus defeitos, nos levam a uma viagem ancestral na qual descobrimos histórias com mensagens clássicas.

Justamente pelo seu conteúdo, a Torá não é um texto ultrapassa-do.

Quem estuda a Torá não fica surpreso com a corrupção que

hoje existe porque elasempre existiu. O livro nos fala de pessoas que adoecem, de ricos, pobres, viúvas, órfãos, estrangeiros, brigas entre irmãos, exílio, expulsões, conquistas, amor, traições. Situações que muitos desco-brem na novela das oito, mas que, na Torá, estão descritas na sua minuciosidade.

Para finalizar, parabenizo a NA´AMAT Pioneiras porque, através de seu trabalho e princípios, consegue manter vivas as tradições, costumes e mensagens do Povo do Livro.

Na’amat Pioneiras Na’amat Pioneiras

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Nancy RozenchanProf. Senior de Língua e Literatura Hebraica – Universidade de São Paulo

Falar da literatura hebraica e da literatura israelense hoje deve levar em conta diversas circunstâncias

ruMOs da liTeraTura

israeleNse atual

Há mais de 150 anos, quando começou a se desenvolver uma literatura hebraica em padrões que procuraram acompa-nhar o que se passava na literatura europeia, estava-se longe de imaginar que, algumas décadas mais tarde, ela se transfe-riria do solo europeu para a terra dos antepassados onde iria fincar sólidas raízes.

Desde que escritores hebreus se voltaram à Terra de Isra-el, nos primórdios do século XX, até os dias de hoje, surgiram muitas vertentes e temáticas novas a serviço da própria lite-ratura e da cultura do país. Porém seria difícil prever o que o século XXI poderia acrescentar a esta escrita.

Em 2015, o Prêmio Sapir de Literatura, o mais prestigioso do país, foi conferido ao autor de Habáitashernecherav [ A casa que foi destruída], RubyNamdar, israelense que, há mui-tos anos, vive em Nova York e que escreve em hebraico. É a primeira vez em que ocorre este fato inusitado, de premiar um autor de língua hebraica que não vive no país e cuja trama não se passa em Israel. O romance traz a história de um professor de culturas comparadas em Nova York que sonha em traba-lhar como sacerdote no Templo de Jerusalém. A capa do livro o descreve como “um romance hebraico e nova-yorkino que cria uma nova possibilidade para a literatura hebraica”.

Este fato e várias outras ocorrências fazem crer que fa-lar da literatura hebraica e da literatura israelense hoje deve levar em conta diversas circunstâncias. Namdar não é o único escritor em hebraico que escreve de fora do país. Al-guns outros autores, com menos tempo de Nova York [Gon Ben Ari, Ari Lieberman] ou outras cidades norte-americanas [SayedKashua,Maya Arad], fazem o mesmo. O fato começa a se reproduzir também em Berlim [MatiShemoelof, Admie-lKosman].

Outro fenômeno a ser considerado na literatura israelense atual é a grande imigração de judeus [e não judeus a eles vin-culados] provenientes da antiga União Soviética, num total de cerca de um milhão de pessoas, chegados, principalmente, na década de 90. Dentre eles, há um número considerável de escritores, alguns então bastante afamados na própria Rússia. Diversamente do que ocorreu nos anos 50 e 60, com imigran-tes provenientes de variados países, não se viram obrigados a abandonar a língua e a cultura de origem e continuaram a produzir as suas obras em Israel, em língua russa. Este fato caracteriza-se por traços muito particulares: são obras lidas na Rússia ou por leitores russos em Israel, mas quase total-mente desconhecidas do público leitor hebraico não só por não dominar a língua, mas por não ter um interesse maior na

temática ou estilo pertencentes a uma cultura que não lhes diz respeito.

É de se imaginar que, com o nascimento de uma ou duas gerações e da total acultura-ção no país, esta tendência da literatura isra-elense se esgotará ou se diluirá. Aos poucos, vão surgindo escritores nascidos na Rússia e chegados em tenra idade a Israel que já se expressam em hebraico, ainda que eventual-mente não vivam mais em Israel. É o caso de Ola Groisman, que sim interessou o público leitor hebraico com seus dois romances que se passam, um deles, na Rússia [com back-ground israelense] e o outro em Israel [com background russo]. Ola escreve em hebraico. Tornou-se escritora quando se mudou para a Inglaterra onde vive atualmente.

Destas diversas opções atuais, o leitor brasileiro pode deliciar-se apenas com a tra-dução dos minicontos Para a próxima mágica vou precisar de asas[NauEditora,2014,trad.de Paulo Geiger], de Alex Epstein, nascido em S. Petersburgo e que vive em Israel.

Na’amat Pioneiras Na’amat Pioneiras

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Cintia MoscovichEscritora Geralmente,

aquele que lê por hábito estabelece vínculos afetivos com grande facilidade

ler para nãO

FiCar doeNte

Claro que é verdade que quem lê viaja sem nem sair do lugar. Mas não é só por isso, pela possibilidade de visitar outros mundos, o motivo pelo qual as pessoas leem. As

pessoas leem pelo mesmo motivo por que se ama: para não ficar doente.

Falo isso depois de uma prática de observação que me impus a mim mesma. Tenho uma oficina de criação literária há uns 15 anos e, ao longo desse tempo, tomei contato com vários tipos de alunos. Embora, acredite-se ou não, existam aqueles que querem escrever sem ter o hábito da leitura, a grande maioria é de apaixonados por livros. Esses alunos--leitores sempre declaram a intenção de justamente conseguir escrever textos que causem a mesma empolgação e emoção que eles sentem diante de textos de ficção. Não por nada, portanto, esses alunos iniciam imitando seus autores predile-tos, fato que os levará, cedo ou tarde, à descoberta de um “jeito” ou uma “marca” própria e individual.

Se a capacidade de estabelecer vínculos com outras pessoas é um dos grandes indicadores da saúde emocional, e se estabelecer vínculos é o reconhecimento da própria hu-manidade, a leitura — ao menos naqueles casos em que o indivíduo é leitor contumaz — reproduz essa experiência ao grande e ao completo.

Geralmente, aquele que lê por hábito estabelece vín-culos afetivos com grande facilidade. Não que isso seja norma, mas é notável como alguns alunos-leitores são capazes de compreender conceitos ficcionais difíceis, como o da necessária sutileza e jogos de su-bentendidos, noções que estão também dire-tamente relacionadas com a solidariedade que o autor deve ter com seus personagens e com seus semelhantes. Essa capacidade de reconhe-cer no outro um igual, esse desprendimento do narcisismo inerente, essa concentração nas sutis construções do mundo em sociedade, tudo isso é experimentado, e testado, justamente durante as horas em que se divide a vida com um livro.

Em exercícios realizados em sala de aula, que é quando se verifica a capacidade de invenção e de improvisação, os alunos que contam com bagagem de leituras respondem rapidamente às tarefas propos-tas. Não que eles sejam mais “inteligentes”, seja isso o que for, mas, sem dúvida, são mais experientes — no sentido de ter vivido a vida dos personagens e aprendido com eles o tanto que a vida pode levar anos até mostrar.

São também esses alunos que melhor lidam com o humor e que contam com fartas porções de autocrítica. O indivíduo que lê acostumou-se à abstração, a formar mun-dos somente com imagens mentais; acostumou-se também a alimentar um padrão estético elástico mas nem por isso pou-co exigente. Esses alunos são capazes de, modestamente, acatar opiniões e ouvir seus pares, porque querem justamente o melhor deles mesmos, esquivando-se do elogio fácil — em

época de um certo cinismo, na qual, em nome de valorizar e incentivar o aluno, alimenta-se a mediocridade como mérito.

Como autora, sei que só se aprende a escrever len-do. E só se consegue ler se se tiver no horizonte o desejo de experimentar e desbravar. A consequência da leitura, a médio e longo prazos, talvez seja uma espécie de nostalgia e deses-perança, que são os mesmos sentimentos experimentados por pessoas que alcançaram uma certa idade e que sofreram com o embate das perdas e frustrações. No entanto, assim se conforma o mundo e tanto mais saudável será aquele que conseguir buscar alegrias e visitar mundos no infinito caminho da leitura.

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12 REVISTA DO 56º BAZAR | 2015

Sulima PogrebinschiGestora do núcleo educacional de empreendedores do CIB

A cada ano, um livro que faz sonhar, comover, pensar e, principalmente, aprender

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aruMOs da liTeraTura

israeleNse atualIsto que faço não é escrever, doutor.

Estou, sim, a viver.Mia Couto

Era uma vez uma escola que es-crevia. Um lugar onde as crian-ças contavam histórias, criavam

realidades e inventavam personagens. Tinham a liberdade de visitar o mundo através da leitura, sua bagagem para compor narrativas possíveis e impossí-veis. Escolhiam a forma de olhar ao re-dor, faziam perguntas instigantes, e as palavras escritas tomavam a forma de contos, poesias.

Um dia, decidiram contar suas histó-rias para o resto do mundo e começaram a escrever livros. Inverteram a ordem, e seus autores preferidos tornaram-se persona-gens de seus textos. Pesquisaram sobre a des- truição que assola o planeta e tomaram como sua a missão de salvar o mundo. Deu a louca no mundo da fantasia, Chapeuzinho Vermelho virou ninja, e os três porquinhos se aventuraram em Porto Alegre. Voltaram no tempo, na época em que as tradições judaicas movimentavam pequenas aldeias, fazen-do, do cotidiano do alfaiate, do rabino, do leiteiro, histórias de uma pequena cidade. E escreveram sobre tudo. Ah, sim, nenhum tema escapava de virar história! A vacina que fazia buraquinhos na Sofia, o Fernando que pescava num lugar

cheio de vento, de um adolescente, quase homem, que subiu o morro Santa Teresa de motocicleta ou do mascote alienígena. Falavam alto. Sobre a água descobriram verdades, entornaram poesia. Escre-viam sozinhos, escreviam juntos, todos a mesma história. Desaparecido, como foi? Suspense, emoção, aventura es-crita a várias mãos. Provocaram a re-flexão ao falarem das diferenças, dos encontros e desencontros, do amor e da amizade.

O Projeto do Livro do Colégio Israelita está completando dez anos,

como a idade dos seus alunos/autores. A cada ano, um livro que faz sonhar, comover, pensar e, principalmente, apren-der. A sessão de autógrafos na Feira do Livro é sempre a celebração dessa festa de criação literária. Desenvolver a competência leitora, tarefa fundamental da escola, leva-os a organizar o pensamento, a ser mais capazes de questionar, areinventar a realidade e a fazer parte dela. Editaram, auto-grafaram, alternaram-se nos papéis de leitores, ouvintes e autores nesta escola que se orgulha de fazer parte do Povo do Livro.

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REVISTA DO 56º BAZAR | 2015 13

Abraham TurkeniczMédico, psicanalista, autor dos livros Organizações Familiares - Contextualização Histórica da Família Ocidental e A Aventura do Casal

São muitos os motivos para escrever um livro.Este livro nasceu de algumas perguntas e de vários outros livros

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e sua esCrita

São muitos os motivos para escrever um livro. Outras tantas as maneiras. Posso contar meus motivos e mi-nha forma de escrever Organizações Familiares – Con-

textualização histórica da família ocidental. Este livro nasceu de algumas perguntas e de vários outros livros. Profissio-nalmente, meu interesse pelo mundo das famílias vem de várias décadas. Eu costumava ouvir coisas como “antes a família era assim, agora a família é assado”. Antes os casais quase nunca se separavam, agora se separam frequente-mente. Antes os filhos respeitavam os pais, agora isso não acontece. Coisas assim.

Eu me perguntava: antes, quando? Há 30 anos? Há 300 anos? Há 3.000 anos? Eram muitos os antes. Frequente-mente, levava esses questionamentos para passearem nas livrarias. Um dia, encontrei lá livros de alguns historiadores que tinham se debruçado sobre a vida privada, interessa-dos numa história que não se detinha nas grandes figuras

e grandes eventos da história. Estou me referindo à História da Vida Privada, de Ariès e Duby. Aí se juntou a fome com a vontade de comer. Enquanto lia esses cinco tomos, com cer-ca de 600 páginas cada um, me sentia um maratonista. E ia fazendo anotações de conteúdos, coisas que não deveria es-quecer. De cada um desses tomos consegui reunir cerca de 5 a 8 páginas de anotações. Ao reler essas anotações, me sur-gia o sentimento de que isso não era de se jogar fora. Merecia um melhor destino. Foi aí que o livro começou a se desenhar. Já tinha um grande conjunto de informações, acrescidos de alguns pensamentos que me ocorriam durante essas leituras. Junto tudo isso, pensei, dou uma maquiada aqui e ali, o livro sai. Pronto, eu podia terminar aqui.

Mas algumas coisas me incomodavam. Uma delas era que havia muitos vazios históricos. Se os primeiros escritos – leituras, anotações e formulações próprias - tinham me ocu-pado por cerca de um ano e meio, buscar o que viesse a preencher esses vazios ocupou-me deliciosamente por mais de oito anos. Claro que, neste tempo, fiz outras coisas. Ne-nhuma privação para priorizar a escrita. Viajei quando quis e pude, não perdi nenhuma festa, participei da vida cultural da cidade, segui com meu trabalho profissional regularmente e vários eteceteras mais. Mas a pesquisa histórica continua-va, e eu me embrenhava com gosto por misteriosos tempos passados. Descobri, então, que o passado me oferecia mui-tas novidades. É um grande preconceito considerar que as novidades são patrimônio exclusivo do presente e do futuro. O passado, eu vi, estava cheio delas. Meu grande trabalho foi reunir informações e hipóteses e misturá-las, aí sim, à minha maneira. E o caráter lacunar do texto não acabou. Os vazios históricos diminuíram, é verdade. Mas o que foi diminuindo e acabou foi a minha paciência. Agora, sim, o livro estava pronto.

Quem quiser saber por onde andei e o que descobri so-bre estes 5.000 anos de história da família, paciência, vai ter que arranjar tempo para sua leitura.

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14 REVISTA DO 56º BAZAR | 2015

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Suzana Naiditch Escritora

Você pode se apaixonar pela literatura empresarial

MuiTO aléM

dos livros téCNiCos

Todo mundo gosta de ler boas histórias, certo? Mas, quando

entram numa livraria à procura delas, as pesso-as correm logo para o se-tor de romances, contos, crônicas. Passam longe das prateleiras de livros empresariais. De certo, imaginam que ali só há obras que interessam a estudantes de adminis-tração, economia ou ma-rketing. De fato, há muita bibliografia técnica, uma infinidade de obras volta-das para questões admi-nistrativas.

Mas nem só de as-suntos técnicos se faz uma biblioteca de ne-gócios. Livros empresariais não precisam ser aborrecidos. Acredite, há excelentes histórias de companhias, executivos, empreendedores que podem ser tão ou mais cativantes que as da ficção. Histórias fascinantes de pessoas que iniciaram negócios do nada e construíram verdadeiros impérios.

A maioria desses livros conta casos ocorridos em outros países, especialmente, nos Estados Unidos. Há muito que aprender com suas experiências, seus erros e acertos e mui-to com o que se divertir, acompanhando suas trajetórias.

Há publicações que impactam para sempre a carreira profissional e até a vida pessoal de quem as lê. Quem não se surpreende quando descobre a história de Sam Walton, o criador do Wal-Mart, um dos americanos mais notáveis do século XX? ‘Sam Walton - Made in America’ mostra a sim-plicidade de seu modo de vida, sua profunda dedicação reli-giosa e o sucesso esmagador nos negócios que o tornaram um herói americano.

Quem não gostaria de saber como o americano Jeff Be-zos criou a Amazon? Em ‘A Loja de Tudo’, o leitor tem uma aula de administração leve e divertida dada pelo cara que construiu a maior loja virtual do mundo.

‘Criatividade S.A.’, de Ed Catmull, presidente da PixarA-nimation e Disney Animation, é quase um manual para aque-les que buscam originalidade. Ele produziu filmes adoráveis, como a trilogia ToyStory, Monstros S.A., Procurando Nemo e Os Incríveis, entre outros que bateram recordes de bilheteria e acumularam mais de 30 premiações do Oscar. Não é incrí-vel saber como ele e sua equipe fizeram isso?

Recentemente, no Brasil, as editoras começaram a ex-plorar este filão, que teve uma semente plantada no final dos anos 80 pelo empresário paulista Ricardo Semler, com o livro ‘Virando a Própria Mesa’. O empresário conta como trans-formou a companhia da família, a Semco, que ele assumiu quando tinha apenas 28 anos.

Demorou para que outros empresários brasileiros fizes-sem o mesmo, mas hoje parece que eles estão mais abertos a contar suas histórias e dividir suas experiências: as boas e as ruins. Eu mesma, jornalista de formação, tenho me dedi-cado a registrar algumas delas em livros como ‘Marcopolo, sua viagem começa aqui’, em parceria com Paulo Bellini, o fundador da empresa gaúcha que nasceu em Caxias do Sul e se tornou a maior fabricante de ônibus do planeta. Não é uma grande história?

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REVISTA DO 56º BAZAR | 2015 15

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Sônia Zanchetta Jornalista e produtora cultural, membro da Comissão Executiva da Feira do Livro de Porto Alegre

Se o povo não vai à livraria, vamos levar a livraria ao povo

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da GeNte

Os gaúchos já sabem. A Feira do Livro de Porto Alegre ocorre todos os anos, na Praça da Alfândega, entre a última sexta-feira de outubro e o segundo domingo de

novembro. E enchem o peito para falar de um de seus mais popu-

lares e tradicionais eventos, cuja 61ª edição ocorre de 30 de outubro a 15 de novembro, com público estimado de 1.4milhãodepessoas,cercadeumterçodasquaisvindasde outras localidades, a manter-se a tendência dos últimos anos, o que a torna, também, uma importante atração tu-rística.

A relação do gaúcho com a Feira é tão forte que há quem, vivendo fora do Estado, programe suas férias por aqui para este período. É o momento em que aquela região da cidade resgata sua antiga efervescência cultural e social.

Na década de 50, funcionavam, por ali, além do Clube do Comércio, que ainda resiste na Rua dos Andradas, em-bora sem o “glamour” dos seus bailes de então, os mais concorridos cinemas e cafés de Porto Alegre, e os jovens se conheciam fazendo o “footing“ na Praça da Alfândega.

Em um tempo em que as livrarias eram consideradas reduto da elite, em que os homens comuns raramente pi-savam, o jornalista Say Marques, diretor dos Diários Asso-ciados, voltou do Rio de Janeiro entusiasmado com uma pequena feira de livros que conhecera na Cinelândia.

Em reunião com amigos livreiros, desafiou-os a realizar umeventosimilarnacidade.Eassim,comapenas14barra-cas de madeira instaladas em torno do Monumento ao Ge-neral Osório, surgiu a primeira edição da Feira. “Se o povo não vai à livraria, vamos levar a livraria ao povo”. Este era o mote.

Mal podiam imaginar a dimensão que assumiria sua ini-ciativa e a importância que teria para o desenvolvimento do livro, da leitura e da literatura no Estado.

Com intensa programação cultural de entrada gratuita e vasta oferta de títulos nacionais e estrangeiros a preços

reduzidos, a mais antiga feira de livros realizada em caráter contínuo no País, e a maior dentre as que ocorrem a céu aberto, no continente americano, tornou-se referência nacio-nal, foi o primeiro bem inscrito no Livro de Registro dos Bens Culturais de Natureza Imaterial de Porto Alegre e recebeu, entre outras deferências, a medalha do Mérito Cultural, da Presidência da República.

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16 REVISTA DO 56º BAZAR | 2015

Carlos Gerbase Escritor

Lidar com palavras exige concentração, paciência e, quase sempre, uma boa dose de solidão

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Fazer filmes, para mim, é uma agradável fusão de duas linguagens igualmente fascinantes: a literatura e a fo-tografia. Lidar com palavras exige concentração, pa-

ciência e, quase sempre, uma boa dose de solidão. Criar imagens é bem diferente. Algo (ou alguém) precisa estar na frente da câmera, e é na relação – às vezes improvisada – entre o fotógrafo e o tema da foto, que a qualidade do re-sultado é decidida. Literatura são horas e horas de trabalho racional. Fotografia são frações de segundo de improviso e acidente. Claro, escritores podem ser rápidos e instintivos, e fotógrafos podem planejar suas imagens durante meses, mas, mesmo assim, suas obras permanecerão com as marcas de suas origens. As imagens nascerem para a ma-gia, para o engano, para encantamento. As palavras, para o convencimento, para a argumentação, para a constru-ção. As imagens, na arte, são mentiras tecnológicas. As palavras, na ficção, são elaborações racionais de mentiras. Se isso for verdade - mesmo que não toda a verdade – é natural que o ato de contar histórias com imagens em mo-vimento, palavras e sons sincronizados (o cinema) seja uma mistura de mágica e racionalidade. Um mix de loucura e planilha de cálculo, embalado com uma boa trilha musical.

Nos filmes que realizei tendo por base uma obra literá-ria, o grande desafio sempre foi “fotografar o livro”, mas não no sentido de reproduzir, o mais fielmente possível, o que estava escrito. É exatamente o contrário: só tem sentido adaptar se as imagens injetarem seu componente libertário de intuição e improviso, seu DNA de irracionalidade e não linearidade, nas palavras e nas frases, que estão inevitavel-mente em linha reta. Claro, uma coisa é tentar; outra coi-sa é conseguir. Alguns exemplos: em “Sexo e Beethoven” (super-8, 1979, codireção com Nelson Nadotti), baseado no conto “O encon-tro e o confronto”, de Rubem Fonse-ca, os diálogos originais foram man-tidos quase na íntegra, mas a adição de um fundo musical constante, com o peso dramático da obra de Beethoven, aumenta o clima irônico e farsesco da trama, de modo a atacar o machismo absurdo dos personagens masculinos (ao menos esta foi a tentativa...).

Já em “Menos que nada” (2010), ins-pirado no conto “O diário de Redegonda”, de Arthur Schnitzler (1862-1931), o desafio era preservar a essência da história – um burocrata sem perspectivas que, no final do século 19, apaixona-se perdidamente e enlouquece – ao transcrevê-la para o século 21, em que a burocracia (a repetição racional de convenções quase sem sentido) é a mesma, mas a lou-cura e o amor transformaram-se muito. Não sei se fui bem sucedido, mas desta vez as mudanças nos diálogos e na própria trama foram tantas que nem posso afirmar que o

filme é “baseado” em Schnitzler, e sim que sua obra “inspi-rou” o roteiro. Ou seja: a fotografia distorceu o original até que ele ficou irreconhecível. E tanto o diário quanto a sua dona, Redegonda, foram eliminados, porque não serviam para a minha mágica.

E pronto. Acabaram meus exemplos no cinema. Fiz algumas adaptações para a TV, a partir de Rachel de Queiroz, Nelson Rodrigues, MempoGiardinelli, Giovanni Boccaccio, Monteiro Lobato e Luigi Pirandello. Em cada uma delas, eu e meus colegas ro-teiristas tentamos transformar palavras e sons em imagens, com a inevitável sensação de que alguma coisa se perdia, mas outras coisas podiam ser acrescentadas. Fidelidade? Impossí-vel. Respeito? Recomendável, mas em doses calculadas. Admiração? Com certeza, mas sem submissão.

É preciso dar espaço para o fotográfico, para o imagético, para o fortuito. Ou o adaptador vira um burocra-ta das imagens, tentando fazer com que cada uma delas, como um cachorro passeando ao lado do dono, fique presa por uma guia a uma palavra. As imagens devem ser liber-tadas. Não latem. Não mordem. Nasceram para encantar e espalhar um pouco de saudável loucura nessa segura ra-cionalidade que quase nos esmaga.

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REVISTA DO 56º BAZAR | 2015 17

NuritMasijah Gil* *Paulista nos pampas gaúchos, formada em publicidade pela FAAP, em São Paulo. Já trabalhou com vendas, marketing e já foi mãe em tempo integral. Autora do livro “A Senhora Perfeitinha e outros textos”, lançado em 2014, e do blog homônimo, além de colunista do site Mamis na Madrugada e do blog da Livraria SapereAude! Livros

Lidar com palavras exige concentração, paciência e, quase sempre, uma boa dose de solidão

eu sOu

Como voCê

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Meu nome é Nurit. A pronúncia correta tem ênfase na segunda sílaba. Nur é luz. Nurit, o nome de uma flor. Tenho trinta e quatro anos.

Sou paulista, do meio dos arranha-céus. Meus pais são separados e sou a mais velha de três irmãs. Como fui criada só com mulheres, nunca aprendi a lidar com os ímpetos de testosterona masculinos. Em TPM, sou expert.

Leonina, ascendente em escorpião. Falo baixo, tenho jei-to de meiga, mas sou decidida.

Casei de véu e grinalda, aos vinte e dois, com meu se-gundo namorado. Mudei de estado, aos trancos e barran-cos, por livre e espontânea vontade. Tenho dois filhos, um casal. Ela adora filmes de princesas, dormir com histórias e abraços apertados. Ele é fã de rock’roll, partidas de futebol e beijos de boa-noite.

Estudei publicidade, fiz pós-graduação em “marketing”, já trabalhei em multinacionais, como representante comer-cial, como mãe em tempo integral. Sempre escrevi e publi-quei meu primeiro livro no ano passado. Enquanto a idéia de viver da escrita é utopia, invisto na paixão por projetos empreendedores. Minha cabeça não para nunca, tenho cer-ca de vinte idéias incríveis por dia (incríveis ao menos na mi-nha opinião) e talvez por isso seja uma ansiosa crônica. Fui fumante por anos e hoje não dispenso uma taça de vinho todas as noites.

Sempre gostei de pessoas inteligentes. Adoro café. Pre-firo montanhas a praias.

Assim como você, gosto de cinema, de jantar especial, de receber flores. Tenho planos para a minha família, já errei receitas de bolo, adoro cheiro de pão fresquinho. Já chorei de tanto rir, já superei grandes dramas, sou fã de terapia. Se saísse do Brasil, sentiria falta de pão de queijo, brigadeiro e leite condensado. Na minha casa, também chegam contas de luz, IPTU e condomínio. No ano que vem, se sobrar di-nheiro, o plano principal é fazer uma viagem em família. Viajar é tudo de bom, né?

Ah, faltou dizer: eu, meu marido e meus filhos somos ju-deus.

Hoje é IomHaShoá, dia de homenagear as vítimas do holocausto, que matou de forma tenebrosa seis milhões de pessoas que, assim como eu e você, eram cheias de so-nhos, histórias e amores. Mas que, como eu, eram judias.

Ter um dia para lembrar é uma forma de nunca esquecer. E jamais repetir.

Por favor, não fechem os olhos para o antissemitismo.

18 REVISTA DO 56º BAZAR | 2015Na’amat Pioneiras

Luís Augusto Fischer Escritor

seis Teses sOBre

o valor da leituralIT

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1. PROFUNDIDADE. A literatura faz parte da nossa vida de modo essencial. Pode--se falar apenas da narrativa, termo que engloba romance, conto, teatro, memória, etc., mas creio que po-demos incluir o território da poesia, que não tem compromisso necessá-rio com o relato de histórias. Poesia tem outra têmpera essencial: o poeta (no poema mesmo, ou em qualquer texto em que possa expressar-se a índole poética) não passa correndo sobre a linguagem-ponte de modo a alcançar logo a ou-tra margem, mas, pelo contrário, fica pisando e repisando sobre a linguagem-ponte, fazendo--a balançar.

E o que a literatura nos dá, em primeiríssi-mo lugar? Profundidade, experiência verti-cal da vida. Nos dá notícia de que somos muito mais do que sabemos ser, porque somos capazes de entender dramas, tragédias, comédias, percursos os mais variados, isso tudo sem viver diretamente nenhuma das histó-rias lidas. Há quem diga que, no processo evolutivo, teve vantagem aquele que sabia contar e ouvir boas histórias, porque podia experimentar situações fortes (participar de uma guerra, conquistar a mulher de um homem poderoso, etc.), sem precisar vivê--las diretamente.

2. AGILIDADE. Quem lê tem agilidade mental; quem lê

literatura tem ainda mais presteza, velocidade, capacida-de de estabelecer relações de todo tipo. Aí está um valor indiscutível da leitura e da literatura. A prova desse ganho pode ser feita em negativo: converse com quem não lê e confira. Bem, há exceções; há pessoas interessantís-simas que não leram, talvez nem soubessem ler, ou mal e mal dominassem a técnica básica. Mas, no mundo de hoje, essas figuras são cada vez mais raras.

E, se for o caso de estabelecer uma regra geral, é certo que a regra desejável será a de ensinar a ler e a es-crever, como caminho mínimo para ter acesso ao apren-dizado, à novidade. Ensinar a ler todo e qualquer tipo de texto, dos mais singelos como uma notícia aos mais com-plexos como um poema, passando pela bula de remédio, pelo panfleto político, por qualquer modalidade de texto. De todos os ambientes letrados possíveis, porém, o mais relevante é o da literatura, porque ele concentra as várias

modalidades de uso da linguagem utilizadas intensamen-te e carrega a vantagem da longa tradição, que permite ao leitor exercitar uma verdadeira aeróbica mental. Enfim, mas não por último, a leitura torna-nos mais hábeis no manejo da língua, que medeia todas as relações sociais, afetivas e políticas.

3. VARIEDADE. A literatura tem o extraordinário mérito

de acolher toda e qualquer experiência humana, em qual-quer parte, época e situação social. Pode fazer o teste e ver: na literatura, não há o que não haja. Vidas de santos e de canalhas, de nobres e de plebeus, de reacionários e de revolucionários, de remediados e sem-remédio, ricos e pobres, todas elas cabem na literatura. A melhor literatu-ra brasileira foi concebida exatamente numa luta contra a trivialidade, a indiferença, a exclusão. Pense Simões Lo-pes Neto, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, botando o imenso “sertão” brasileiro nas primeiras filas da qualidade. Ou Vieira e Machado de Assis, escritores classicizantes. A crônica, que não respeita limites; a canção, forma artística semiliterária (e semimusical), que não tem como ser mais acolhedora das variedades dialetais.

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Quer dizer: já foi cumprido na literatura aquele ideal que os sociolinguistas postulam para o ensino de língua, de que a escola acolha todas as variedades dialetais da vida diária, sem exclusão, como forma de acolher os falantes delas, muitas vezes, gente que não conheceu jamais formação letrada, em qualquer geração. Se os alunos da escola brasileira forem expostos a ela, terão como se encontrar e poderão então ver que maravilhas os grandes artistas já fizeram com este patrimônio compartilhado por todos, a língua portuguesa.

4.CONCENTRAÇÃO.Aleituradetextosdequalidade

impõe exigências ao leitor, e uma delas é a concentração. Não basta sentar por poucos minutos para vencer o de-safio de um texto profundo, e isso costuma ser obstáculo duro para os leitores iniciantes inexperientes. Essa carac-terística se salienta mais ainda em nossos tempos, tão pródigo em diversões do tipo satisfação imediata, como acontece muito no ambiente da internet.

Mas ocorre que essa imediatez é diretamente propor-cional à profundidade: quanto mais rápida a satisfação, mais raso é o prazer estético e o proveito intelectual. O romance exige muito tempo de leitura, mas a intensidade da satisfação nem se compara. O preço para ler bem é a concentração, poderíamos dizer “o foco”, como está na moda. E é bem isso: quem lê boa literatura aprende a ter foco, aprendizado que pode ser repassado para as outras áreas da vida, com ganhos objetivos, da preparação para uma prova à dedicação a objetivos de longo prazo na vida.

5.IMAGINAÇÃO.Umdosdoisvaloresmaisimportan-

tes para a leitura é a imaginação. Ocorre sempre essa ver-dade geral aos que fazem comparação entre um roman-ce lido e a adaptação desse romance para o cinema ou a tevê: a transposição para meios audiovisuais costuma

decepcionar os leitores do livro original porque na leitura o poder daquela história foi muito superior, devido exatamen-te ao fato de que a leitura exige imaginação.

Nada contra as adaptações, em todos os sentidos e para todas as linguagens: elas são uma porta de acesso que deve ser incentivada. Mas o caso é que o original faz nossa mente funcionar com mais vigor do que na adapta-ção: ali onde o escritor sugere um castelo ou uma praça, nossa imaginação entra em funcionamento para realizar, na cabeça e na sensibilidade, tais lugares, ao passo que, na adaptação audiovisual, nós já vemos o castelo e a praça que o diretor imaginou, restando pendurar a nossa leitura na dele, o que é sempre menos do que poderia ser.

E qual o valor da imaginação? Incalculável, sem dúvi-da. Imaginamos novas formas de organização social, tanto quanto imaginamos novos usos e novas tecnologias, para nem dizer as novas formas de sermos nós mesmos.

6. LIBERDADE. Talvez o mais alto, mais sublime, mais

potente valor da literatura seja o de proporcionar o exer-cício concreto da liberdade. Quem lê passeia por rotas desconhecidas que, no entanto, estão dentro de cada um, bastando ativá-las. São incontáveis os exemplos de leitura proveitosa feita em condições precárias, até mesmo quan-do faltam as liberdades elementares. Com crianças, nem se fala: basta comparar o antes e o depois da convivência com livros. É só constatar: as crianças se exprimem melhor do que antes, ou não? Estão mais à vontade para falar delas mesmas? A relação delas com os outros se transforma? Parece haver pouca dúvida das respostas.

Se entendermos liberdade como a infindável conquista da autonomia pessoal, então a leitura de literatura pode ser qualificada como o caminho talvez mais significativo que a família, a escola, as instituições públicas de cultura devem proporcionar.

20 REVISTA DO 56º BAZAR | 2015

21Na’amat Pioneiras

Nas próximas páginas, convidamos os leitores para

apreciarem, através das fotos, as atividades que realizamos no

segundo semestre de 2014 e no primeiro de 2015:

QueMsomos?Somos uma organização feminina da comunidade judaica de Porto

Alegre que realiza trabalho voluntário, com o objetivo de auxiliar institui-ções que necessitam de ajuda material.

Temos 16 grupos de voluntárias ativistas, e muitas atuam nos vários departamentos da organização. No total, temos cerca de 800 sócias, sendo que 150 são sócias ativistas comprometidas com o volunta-riado. Atentas sempre ao futuro da Organização, temos um atuante departamento “Dor Hemshech”(Geração Continuidade) , cuja função é formar novos grupos e apoiar os já existentes.

Dentre nossas atividades, destacamos o Coral Zemer, o Bazar Anual (com a publicação de uma Revista), os Bombons de Rosh-Hashaná (Ano Novo Judaico), oskits de Chanucá, as excursões

e passeios de turismo, o Seminário Cultural (anual) e outros em-preendimentos culturais, como palestras e painéis de alto nível,

projeção de filmes, além dos diversos eventos sociais e um Boletim Informativo semanal, enviado pela internet. Nosso

trabalho tem sido reforçado através de parcerias com as mais diversas instituições, dentre as quais destacamos

o Colégio Israelita Brasileiro, o clube Hebraica-RS e as Sinagogas do Centro Hebraico, Centro Israelita,

União Israelita, Sibra e LinatHatzedek, na realiza-ção conjunta de várias programações.

Sob a inspiração dos ideais de justi-ça social, oferecemos às mulheres de

nossa comunidade a possibilidade de desenvolvimento cultural e a oportu-

nidade de autorrealização através do trabalho social.

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eventos da organização

55º BaZaR aNual

REuNiÃO DE PlaNEJaMENTO PaRa 2015

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cONFRaTERNiZaÇÃO FiNal DE aNO66 aNOs Na’ aMaT PiONEiRas

55º BaZaR aNual

caBalaT sHaBaT cOM a siBRacaBalaT sHaBaT cOM a uNiÃO isRaEliTa

CaBalat sHaBat no litoral

REVISTA DO 56º BAZAR | 2015 23Na’amat Pioneiras

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GRuPO cHai REcEBEu O GRuPO KiDMÁ

GRuPO HaMsa REcEBEu O GRuPO MORasHÁ

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aPREsENTaÇÃO DO FilME “EssE ViVER NiNGuÉM ME TiRa” E DEBaTE cOM O DiRETOR cacO ciOclER

sEMiNÁRiO aNual

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26 REVISTA DO 56º BAZAR | 2015Na’amat Pioneiras

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ADÉLIA ROITHMANNADELINA NAIDITCHADRIANA DA SILVA RIBEIRO ALESSANDRA JOVEGELEVICIUSALESSANDRA SHARGORODSKY TERNER ALMOG GRINER ANA BEATRIZ COPSTEIN WALDEMARANA CRISTINA QUEIROZ BOTELHOANA MARIA PASCAROLO IOCHPE ANA OLCHIK ANA TRACHTENBERGANABELLA LOIFERMANANDREA WURZELANDRESSA B. SILVA FITERMAN - CURITIBA ÂNGELA STEIN ANNA GROSSMANNANNA ZAMEL ANNITA SOIBELMANANNITA WOLFAUGUSTA COROGODSKYÁUREA REGINA D. NUDELMANBEATRIZ CHWARTZMANN BEATRIZ FISCHMANN OSÓRIO BEATRIZ SAUTE GLOCKBEATRIZ PAPICH KROSTBEATRIZ STRAZASBEATRIZ ZIMMERMANNBEKY MORON DE MACADAR BELA FANI G. TVORECKI BELA IGORBELA TEITELBAUMBELINHA DUBINBELINHA NUDELMAN BERTA ROSA JOVEGELEVICIUS BERTA SALTZ BERTHA FAJERBETI BACALTCHUCKBETTY ZAMEL KATZBRIGIDA GURSKICAROLINA LEMBERTCATIA HELENA ROSA CECÍLIA SUKIENNIK CEIRA LAKS CELI MALTZ RASKINCÉLIA BERGER CÉLIA BROCHMAN CÉLIA KRAVETZCERES MALTZ BIN

CLARA RABIN CLARA S. MALTZCLARICE A. CHARCHAIT - BRASILIACLARICE K. GUSCLARINHA GLOCK CLAUDETE GARBARSKICLÁUDIA GOLBSPAN ZAMELCLÁUDIA MESTERCLESSY BURSZTEJNCRISTIANE MENNA CZYZCRISTINA DALL’AGNOL RODRIGUESDAISY SUSLIK POGORELSKYDÉBORA GENSAS MESTER DEBORA PRESMANDELEUSE RUSSI DE AZEVEDODIVA R. KORNFELDDORA BERGER DORA GUDIS HENKINDORA PAKTER RASKINDORA PLATCHECKDORA TABASNIKEDA WAINSTEINELAINE MALTZ KRANTZELAINE RODRIGUES ELIANE KASSOW MASTRONARDIELIANE KIVES ELIANE SUSLIK SIBEMBERGELIANE ZALTZMANN BOAZELISA HERZ BERDICHEVSKIELOIR ZYLBERSZTEJN ENA RASKIN ENEIDA DIAMANTEESTELA LEDERMAN SPRITZER - RIO ESTELA WAINBERGESTER BERENICE VEISSIDESTER GOLANDINSKIESTER K. ENGELMANESTER SZAJMANESTHER HANDLEREUGÊNIA BERLIMEVA ESMERALDA BECKER EVA SUKSTEREVANI ZYLBERSZTEJNFABIANA DEMINGOSFANI JAWETZ FANI MESTER FANI RATINECASFANI SALTZ ROSENFELD

FANNY CHMELNITSKYFANNY ROSEMBERGFANY EVA SELIGMANFANY GLOCK FANY S. CHWARTZMANNFERNANDA AZAMBUJAFERNANDA C. UNIKOVSKYFERNANDA SIBEMBERG SPUNBERG FERNANDA SZTILERFLÁVIA ASPESI SALTZ FLORA AMIEL - SANTA MARIAFLORA SCHERMANNFLORA ZELTZERFRIDA ENK KAUFMANGEIVA TIMONER GENY GLOCK VOLQUINDGENY SIBEMBERGGENY TURKIENICZGILDA L. NEMETZGLACI FAINGLUSGLADIR O. CONCEIÇÃOGRAZIELA NEMETZHELENA B. G. ROSENFELDHELENA FRIEDRICHHELENA KEISERMANHELENITA SCALETSKIHENIE O. NUDELMANHILDA PECHANSKYIDA C. GUS IDA ROCHICHNERIDA S. FRIDMANIEDA GUTFREINDIEDA NUDELMANINÊS GOLBSPANIONE GALBINSKYISABEL SCHWARTZMANNIVONE HERZ JACQUELINE SPUMBERGJANE BEATRIZ CANTERGI GHIDALEVICH JANE MARIA GERSHENSONJANE WULFF ALTSCHIELERJANETA G. ZILBERMANJANETE CANTERGI JANETE F. A. CORTEZ - URUGUAIANAJANICE CHMELNITSKYJENNY AXELRUD JOCELI MARLI KUPPER TERNERJOICE NHUCH

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JULIANA KLEIMAN KARINA RABINOVICHKARINA SCHAFRAN VOLQUINDLAIS KNIJNIKLAURA VARGA LEVYLÉA FIALKOW LÉA RUSSOVSKY MACIELLÉA SCHWARTZLÉIA WEISMANNLEILA SIGAL SUSLIK LEONOR SCHWARTZMANNLIANA CENTENO CARVALHO ZOUVILIANA YARA RICHTER LÍBIA GRUNBERGLÍDIA ROITMAN CARDONLINA HAUZMANLIZETE GLOCKLÚBIA SCLIAR ZILBERKNOPLÚCIA CRESPO RIBEIRO MOREIRALÚCIA M. RUBINSTEINLUCIANA BORENSTEINLUCIANA GRILLOLUIZA BILESKILUIZA FAINGLUZMALVINA BERESNIACKMALVINA DORFMANMALVINA SOIBELMANMÁRCIA GOLBSPANMÁRCIA SIGALMARGARETH CHWARTZMANNMARIA CRISTINA CAON JOVEGELEVICIUS MARIA CRISTINA FARIA GIGUERMARIA MADALENA MARTINS KESSLER GERCHMANNMARIA HELENA FINKELMARIA HELENA LERRERMARIA KUPERSTEINMARIA N. FOLBERGMARIA SCHWARTZMANMARIA SOFIA BACALTCHUKMARIA TERESA FALKMARIE ANNE MACADARMARILI SCLIAR BUCHALTER MARISA SIGALMARISTELA GALBINSKIMARIZA TERUCHKIN MARLENE KAPELMARLI PROCIANOY RAPOPORT MARTA FITERMAN MARTA NEMETZMARTA R. H. GLASERMARYSE MATTATIA WOFCHUKMATILDE GROISMAN GUS

MENITA SIBEMBERG BONDARMERCEDES BOLOGNESEMYLENE RYBA SIEGMANNMINA LAPCHIKMIRA KUPPER - CURITIBAMIRIAM LERRER TERNERMIRIAM RITTER MIRIAM ZELTZER FIALKOW MÔNICA HERTZ COHENNARA B. SIROTSKYNELLY DE BERMANNOÊMIA FAERMANNOÊMIA LITVINNOÊMIA NESTROVSKINOÊMIA SALTZ GENSASPATRÍCIA DAGNINO CHIWIACOWSKYPATRÍCIA REGINA COHEN TVORECKI PATRÍCIA SANBERG PAULETE PAKTERPAULINA GLOCKPAULINA GOCMAN GORELIKPAULINA STIFELMANPAULINA SUSLIKPAULINA Z. KNIJNIKPÉROLA MALTZ ZOUVI (PAULINA)

RACHEL TAMAR GURSKYRACHEL KIRJNERRAIA KNIJNIKRAQUEL B. MELAMEDRAQUEL CARDONRAQUEL CHATKINRAQUEL SUSLIK (RUTH)RAQUEL TOBA SPRITZERREGINA BLIACHERIS REGINA ESTER L. CHANINREJANE BEATRIZ KASPER GLASSERREJANE GOLBSPANREJANE RATINECASRENATA DUBIN RENATA FISCHER RENÉE RUBIN RITA SIMINOVICH ROSA SPUNBERG ROSA WLADIMIRSKYROSALI PIPKINROSANA ENGELMAN ROSANE BORENSTEINROSANE PAKTER RASKIN ROSANNE PLATCHECKROSINHA SAPOZNIK

RUTE MILMAN RUTH COIFMANRUTH FRIDMAN SABINA K. KANTERSABRINA PRIKLADNICKI SANDRA KRUG DA ROSASANDRA LEISTNER SEGALSARA CANTERGI SARA FETER SARA FRAJNDLICHSARA WAINSTEIN SARAH N. GERBERSARINA ZOUVISARINHA S. HENKINSARITA CANTERGISARITA GUERCHMANSHEILA LÉA HELER MEDEIROSSHEILA MALTZ SHEILA S. WAGNER SÍLVIA BLUM TARTAKOWSKYSÍLVIA CANTERGI DE CANTERGISÍLVIA HALPERNSILVIA LILIANA SCHAFRAN SILVIA SELIGMANSIMONE ROBIM LEVEMFOUSSÔNIA FRIDMAN SÔNIA K. DRANOFFSONIA L. REICHERT ROVINSKISÔNIA PACHECO SIROTSKYSÔNIA UNIKOWSKY TERUCHKINSOPHIE ISDRA SUZANA S. MELZERSUZETE S. ZYLBERSZTEJNSUZETTE LEVY NUNES TEIXEIRATÂNIA DE LEONTÂNIA REGINA NAJFELD TÂNIA STEREN BARQUITÂNIA WAIS TÂNIA K. WLADIMIRSKYTANISE ROITMAN CARDONTEREZINHA SANDLERTHELMA SNE-0R SILVERSTON TILZA SIGAL SUSLIKVÂNIA CHATKINVERA ROWE MILMAN VERA SCHWARCZVIVIAN FISCHER VIVIAN SUSLIK ZYLBERSZTEJNVIVIANE WALDMANYEDA CARNOSZELDA PRIKLADNICKIZULAMAR PIPKIN

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ADAM LAVINSKY ROYSENAGATHA LERRER DINIZ - RIOAHARON ZAGURY - RIOALAN SAUTE ALESSANDRO SCHWARTZ ALEX MALTZ SCHUL ALEXANDRE FRIDMAN VARGAS ALICE ALTSCHIELER TESSLERALICE B. SUKIENNIK ALICE GORONSTEINALICE ROITMANALICE SCHWARTZ ALIZA BLUM AMANDA GIORDANI CARDON AMIR RIBEMBOIM BLIACHERIS

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ANA CAROLINA HELER MEDEIROSANA CAROLINA ISDRA MOSZKOWICZANA FLAVIA W. FRIDMAN ANA LARA GORELIK PEREIRA ANA LAURA SZAPSZAY ANA LUISA TONATTO MELAMED ANA LUIZA C. DE MIRANDA ANA PAULA T. SUKIENNIKANA WAINBERG DE ALES ANDRE N. STANTON ARIEL S. BARKAN

ARIELA MESTER ARTHUR PIRES SELIGMAN ARTHUR WAINSTEIN PAIVA ARTUR SAUTE ARTUR ZOUVIAUGUSTO SAUTEBAREL LAVINSKY BEATRIZ C. DE MIRANDABEATRIZ SCALETSKY (RIO)BENJAMIN SALTZ GRINBERGBERNARDO ARAUJO CARDON BERNARDO DIAS COIFMAN BERNARDO GALO PAKTERBERNARDO KERTESZ BERNARDO MARTINS BERDICHEVSKIBERNARDO SCALETSKY BERNARDO SZAPSZAYBERNARDO TROIS NHUCHBETINA DIAMANTE BETINA KASPER GLASSERBIANCA SALTZ – USABIBIANA PRIKLADNICKI BRUNA WAINSTEIN GROSSMAN BRUNA ZOUVI BRUNO GRINBERG BELLEZA

CAMILA SCALETSKY CARINA HENKIN AMIELCAROLINA HOROWITZ VIEIRA CAROLINA OLCHIK CANTERJI CAROLINE KAPEL

CAROLINE SALTZ GENSAS CATARINA CHIWIACOWSKY LEMOS CATHERINA ISDRA MOSZKOWICZ CECÍLIA S. SELIGMANCECÍLIA WAINBERG CECÍLIA WENZEL BRODACZ DAFNE KIVES DANI BURSZTEJN LERMANN DANIEL MESTER DANIEL ROZENSZAYN - ISRAEL DANIEL S. SPUNBERGDANIEL SELIGMAN MANDELBLATT DANIELA GURSKI DANIELA MALTZ RASKIN DANIELA TEITELBAUM FRIEDMAN DANIELLE KASPER GLASSER DAVID CHANAN DA ROSA GRINBERG DAVID MALTZ KRANTZ DAVID PRESMAN DÉBORA SIMINOVICH GURSKI DÉBORA WAINSTEIN PAIVA DEBORAH LEISTNER SEGAL DENIS MALTZ BIN DIEGO ANDRÉ EIFEREDUARDA JOVEGELEVICIUS EDUARDO DALL’AGNOL RODRIGUESEDUARDO DAVID ZALTZMANN BOAZ EDUARDO FRIDMAN VARGAS EDUARDO FOLBERG

EDUARDO KIVES EDUARDO MALTZ RASKINEDUARDO SELIGMAN MANDELBLATTEITAN KOSMANELI WEINSTEIN HORNELISA PROCHNOW PIPKINÉRICO MARTINS BERDICHEVSKI ESTELA KERSZ ESTER PRESMAN ESTHER FAJER FERNANDES – SEVILHAESTHER RAFFIN HESS ETIELE AMIEL CORTEZ – URUGUAIANAEVELYN TONATTO MELAMED FABIANA FARIA GIGUER FÁBIO SANBERG SCHUCHMANNFÁBIO SAUTE FELIPE CANTERGI FRIDMAN FELIPE FOLBERG

FELIPE LECHTMAN NETO FELIPE P. NEMETZ FELIPE SALTZ - USA FELIPE SANBERG SCHUCHMANNFELIPE SCHWARCZ BERLIMFERNANDA HALPERN FAERTES FERNANDA S. SUKIENNIK

FERNANDO ROSOLEN KIJNER FLÁVIA GURSKI FRANCISCO MILMAN GABRIEL CZYZ GABRIEL DUBAL NUDELMANGABRIEL HERNAN EIFER GABRIEL ISDRA MOSZKOWICZGABRIEL N. STANTON GABRIEL OLCHIK BORGES GABRIEL SCHWARCZ MACHADOGABRIEL SIMINOVICH GABRIEL SIMINOVICH GURSKI GABRIEL SIVIERO SIBEMBERG

GABRIEL TEITELBAUM FRIEDMAN GABRIEL V. DE MIRANDA GABRIELA CHIWIACOWSKY LEMOS GABRIELA FRIDMAN GABRIELA MESTER VIANNA GABRIELA RAPAPORT AVERBUCHGABRIELA SALTZ GRINBERGGABRIELA SAUTEGABRIELA S. RODRIGUES GABRIELA TONATTO MELAMED GABRIELLE POGORELSKY ESPOSITO GEORGIA PAKTERGUILHERME MESTER VIANNA GUILHERME SCHWARTZMAN RODRIGUESGUILHERME SELIGMAN GUILHERME V. DE MIRANDA GUSTAVO BOSA (FLORIPA) GUSTAVO RAPAPORTGUSTAVO SCHAFRAN VOLQUINDGUSTAVO SCHWARCZ BERLIMHADAR LAVINSKYHANAH GOLBSPANHANNA VARGA LEVY HANNAH SHARGORODSKY TERNER HENRIQUE LERRER TERNER HENRIQUE ZOUVI HILA TURKIENICZ IAIR IUGT

IAN KERSZ IAN RATINECAS

IANIV SHARABANI - ISRAEL IASMIN GOLBSPAN IGNÁCIO ISDRA SNIADOWER INBAL SHARABANI - ISRAEL ISABELA CARDON UNIKOVSKI ISABELA NAIDITCH BERGER ISABELLA G. MÜLLER ISABELLE WAINSTEIN GROSSMANN IURY AMIEL CORTEZ JACQUES ENGELMAN KAUER JAYME CAON JOVEGELEVICIUSJOANA GRINBERG BELEZZAJOÃO FELIPE SCALETSKY (RIO)

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JULIA ADAMS PEREZ RASKINJULIA ALTSCHIELER TESSLER JÚLIA BERESNIACK SCHEIRRJULIA BURSZTEJN LERMANN JÚLIA CHIWIACOWSKY LEMOSJULIA COIFMAN SZALANSKIJÚLIA GOLBSPAN ZAMEL JULIA PAKTER JULIA ZOUVI JULIANA W. FRIDMAN LAIS T. SUKIENNIKLARA S. NAJFELDLAURA ALEIXO IGORLAURA DUBAL NUDELMAN LAURA KIVESLAURA PEREZ RASKINLAURA SCHAMES LAYLA WAINSTEIN GROSSMAN LENA LEISTNER CLOTTESLEONARDO KRUTER ERIJMANLEONARDO ZALTZMANN BOAZ LIA LAVINSKYLIBBY LAVINSKY LIORA SEMERIA MELAMEDLÍVIA SUSLIKLÍVIA MÖBUS NHUCH LORENZO Z. DE MIRANDA LUCA MACADAR FERRERALUCAS SCALETSKY (RIO) LUCAS SIVIERO SIBEMBERG LUCAS SUSLIK LUCAS ZOUVI GERBER LUISA CHATKIN LUISA RIBEIRO KREITCHMANN LUÍSA SCALETSKY LUÍSA WLADIMIRSKI CIRIACO LUIZ ALBERTO COHEN TVORECKILUÍZA SPUNBERG MANOELA SCHNEIDER MANUELA ISDRA RAJCHENBERG MAOR SHARABANI - ISRAEL MARCEL CANTERGI FRIDMAN MARCELA FISCHER FRIEDMANMARCELA S. SPUNBERG MARCELO AXELRUD MARCELO GENSAS SPIELMANN MARCELO HENKIN AMIEL - STA. MARIA

MARCELO W. FRIDMAN MARIA AUGUSTTA GALBINSKIMARIA EDUARDA BOSA – FLORIPAMARIA EDUARDA SCALETSKY (RIO)MARIANA FOLBERGMARIANA MESTER VIANNA MARIANA NAIDITCH DE SOUZA MARIANA SCHNEIDER MARINA LEVENTAL - USA MARINA NISSEMBLATH ROSENFELD MARINA PAKTER

MARIO PESCAROLO IOCHPE MARTINA IGOR MARTINA SCHWARCZ MACHADO MARTINA ZOUVI GERBER MATHEUS WAINBERG DE ALESMAURÍCIO SCHAMES MAURÍCIO SZAPSZAY MAYA KRUTER ERIJMANMAYA SUSLIK MEYR SHLOMO ZAGURY- RIO MICHAEL MILMAN MORIAH ZAGURY - RIO MOSHE GUENDELMAN TVORECKI NATAN LEVENTAL - USA NATAN PRESMAN NATAN ROZENFELD OLCHIK NATASCHA BERGER MURACHOVSKY

NICOLAS BERLIM TORRES NICOLAS VAITSES CARNOS NICOLE DIAMANTE WAJNTRAUB NICOLE MACADAR CAVALHEIRO NICOLE GIORDANI CARDON NICOLE KAPEL NINA ARMANIOFIR WLADIMIRSKY - ISRAEL OLÍVIA KNIJNIK DINIZOLÍVIA WAINBERG MESQUITA OREN SELIGMAN - ISRAEL PAULA GUTERRES ROISENBERG

PAULINHO NAHARI - USA PAULO KREITCHMANN NETO PEDRO BECKER FITERMAN - CURITIBAPEDRO CARDON UNIKOVSKI PEDRO COIFMAN SZALANKI PEDRO L. ZOUVIPEDRO SIMINOVICH PIETRO SIBEMBERG COSORACHEL LAVINSKY RAFAEL AMIEL CHARCHAIT - BRASÍLIA RAFAEL CZYZ RAFAEL DALL’AGNOL RODRIGUES RAFAEL FARIA GIGUER RAFAEL FONSECA GORELIK RAFAEL GALEGO GHIDALEVICH RAFAEL H. WEINSTEIN RAFAEL HOROWITZ VIEIRA

RAFAEL L. ZOUVI RAFAEL PRESMAN RAFAEL SALTZ GENSAS

RAFAEL SPUMBERG SEUS RAFAEL TOBIAS COHEN TVORECKI RAFAELA COIFMAN GROSS

RAFAELA FISCHER FRIEDMAN RAFAELA WAINSTEIN RAFAELLA G. MÜLLER REBECA AMIEL CHARCHAIT – BRASÍLIAREBECA PIRES RUBIN RENATA H. WEINSTEIN

RENATA TERUCHKIN DA COSTA RENATO AMIEL CHARCHAIT - BRASÍLIA RICARDO H. WEINSTEIN RICARDO PESCAROLO IOCHPERICARDO SAUTERITA MULLER ROBERTA LEISTNER SEGAL ROBERTA PESCAROLO IOCHPE ROBERTO MALTZ RASKIN ROBERTO SALTZ ROSENFELD RODRIGO CHAIT FREITAS RODRIGO FRIDMAN RODRIGO LERRER TERNER RODRIGO PRIKLADNICKI RODRIGO RAPAPORT RODRIGO ROSOLEN KIJNER RODRIGO SALTZ ROSENFELD

ROGER ROZENFELD OLCHIK ROMEU KNIJNIK VAZ RONI COHEN RONI MALTZ BIN SABRINA S. BARKAN SALO JOVEGELEVICIUS SAMANTA NAHARI - USA

SAMI MALTZ BIN SAMUEL FAJER FERNANDES - SEVILHA SARAH GUTERRES ROISENBERG SARAH SHARGORODSKY TERNER

SHACHAR HALEVY - ISRAEL

SOFIA WAINSTEIN SOPHIA COIFMAN GROSS TAIS OLCHIK BORGES TAL KOSMAN TATIANA S. ZAGO

TESS SZAPSZAY THEILA ZAGURY - RIO THEO HALPERN FAERTES THÉO ISDRA SNIADOWER THIAGO KREUTZ GROSSMANN URIEL IUGT VICENTE WENZEL BRODACZ VICENZO DAYRELL BERGER VICTOR BECKER FITERMAN - CURITIBA VINICIUS ISDRA SNIADOWER VITOR OSTERMAN GROSSMANN YAEL ROSENHEIN - ISRAEL YAFA LECHTMAN YONI TURKIENICZ ZIV WLADIMIRSKY - ISRAEL ZVI BLUM (ISRAEL)

50 REVISTA DO 56º BAZAR | 2015Na’amat Pioneiras

“em memória das pessoas queridas que nos deixaram.”

ABRAÃO SUKIENNIKABRAHÃO SUSLIKADA MILMAN BORENSTEINADOLPHO KRAVETZ AIDA STERENALEXANDRE SZAPIROAMALIA HOCSMANAMALIA K. GRINBERGAMALIA MALKA LECHTMANANA NEMETZANDRE RIOGRANDINO FISCHERANNA SPUMBERGARIEL LERRER TERNERBELA ENGELMANBELA LICHTENSTEINBENJAMIN BORENSTEINBERNARDO FIALKOWBERNARDO PAKTERBERTA FITERMAN COLMANBERTA RUSSOWSKY SOIBELMANBERTA SIMINOVICHBERTA TAMPOLSKY LERMANBORIS ZILBERMANCAMILA BANONCARMEM SILVEIRA NETO FARIACARLOS KNIJNIKCECI LEWIN ZILBERKNOPCECÍLIA DAVIDSON KUMPINSKYCECÍLIA LICHTENSTEINCIPRA BORENSTEINCLARA FERMANCLARA NAGELSTEINCLARA SAFROCLARA KOR WOFCHUKCHEIVA COROGODSKYCLARA ENGELMANCLARA BLIACHERISDANIEL ENKDAVID JOSEPH KAPELDAVID LITVINDAVID TEITELBAUMDORA CARDONIDORA ROZMANDORA WOLFF (RG)DOREL GRUNBERGDUNHE ZIMMERMANNDWORA SCHAFRANELFRIDES TEITELBAUMELIAS AMIEL (STA. MARIA)ELIAS NEMETZÉLIO ROSENFELDELIZETE KNIJNIKEMILIE FLEISCHERERNESTO SPRITZER (RIO)ESTELA STRAZAS BORENSTEINESTER CHMELNITSKYESTHER GUELFANDESTHER TORICACHIVILIEVA GOLBERTEVELINE HERBORNFANNY GUSFANY ANA TESSLER NEMETZFANY UNIKOWSKYFELA HALPERNFELIPE LIPA M. HAUZMANN

FLORA PEREL JOELSONSGEIVA SANDLERGENY PAKTERGUILHERMINA SANBERGGUITA FEDERMANN (CURITIBA)HENRIQUE ACHTENBERGHENRIQUE COROGODSKYHENRIQUE ROCHICHNERIDA CANTERGIIDA WEISFELDISAAC AINHORNISAAC PIPKINISAAC RUBINISRAEL MALTZ (POLACO)ISRAEL MILMAN BORENSTEINISRAEL PIPKINISRAEL PLATCHECKJACOB BERESNIACKJACOB ENGELMANJACOB KIRJNERJAIME JOVEGELEVICIUSJAIME ZELTZERJAIRO ENKJAYME HOCHBERGJAYME SALTZJENI CARANGACHEJENY FITERMANJONAS WOLFJOSÉ AXELRUDJOSÉ BLIACHERIS (BLACHER)JOSÉ ENKJOSÉ GLOCKJOSÉ DAVID KUPPER (CURITIBA)JOSÉ LEVY CALAHORAJOSÉ (PEDRO) LECHTMANJOSÉ NEMETZJOSÉ PERELJOSÉ PIPKINJOSÉ SPUMBERGJOSEF SCHAFRANJOYA AXELRUDJULIO GLOCKLEA SOIBELMAN GRUTSCHKOLEÃO KNIJNIKLEONARDO FOLBERGLUIZ ALBERTO RABENO COHENLUIZ FITERMANLUIZ RAPOPORTMADALENA FISCHERMALVINA G. ZILBERMANMALVINA PITERMANMARA SCHWARTZMANMARCOS MALTZ (MONHA)MARCOS RABINMARGOT STRUMPFMARIA HOCHBERGMARIA SIMINOVICHMARTA BLIACHERIS GENSASMAURÍCIO SUSLIKMAURÍCIO SZYLEWICZ (SP)MIRIAM FISCHERMIRIAM SZAPIROMOACYR SCLIAROBE RASKINODETE DVOSKIN

OLGA SZAPIROOVETT SIGAL SUSLIKPAULINA CUPERSTEINPOLA WACHSMANN SCHANZERRACHEL MATTATIARACHEL WAINSTEINRAFAEL ZOUVI RAQUEL CELNICRAQUEL I. ZELTZERREBECA ACHTENBERGREBECA LEVYREGINA LITVINREISLA MALTZREIZE Z. GUDISREVECA GUELFANDROSA DUBOWROSANE SANDLERRUBEM MEIER VOLQUINDRUBINAS (RAUL) GENSASSALOMÃO JOVEGELEVICIUSSALOMÃO KAUFMANSALOMÃO STERENSAMUEL GENSASSAMUEL LAKSSAMUEL SUKIENNIKSAMUEL NEMETZSARA KATZSARA KNIJNIKSARA NEIROS GROISMANSARA SCLIARSARA VICTORSSHEIVA COROGODSKYSIMÃO KUPERSTEINSIMÃO SCHWARTZMANSMIL CUPERSTEINSOFIA ALCALAYSOFIA KRUMHOLZSOLON TEITELBAUM SOPHIA NEMETZ MALTZSTELLA WECHSLERSUELY SUSLIK SVIRSKY

ARON ENKFLORA ENK

BERKO KAUFMANCHANA KAUFMAN

BERNARDO CARNOSSOPHIA CARNOS

ELIAS GALBINSKILUIZA GALBINSKI

HERSZ WOLF FRIDMANMINDLA FRIDMAN

FRANCISCO FRIDMAN

ISAAC NELSTEINLIZA NELSTEIN

ISAAC SAUTEIDA SAUTE

ISSAK GOLANDINSKYOLGA GOLANDINSKY

JACOB KATZJACHETA (JANETE) KATZ SARA KATZ

JOSÉ ANAPOLSKY IDA ANAPOLSKY

MAURÍCIO FISCHMANNMARIA B. FISCHMANN

NATALIO SZUCHMANJANETE SZUCHMANRUBEM SZUCHMAN

PEDRO BERLIMJOANA KASSOW BERLIMTÂNIA BERLIM

PEDRO GLOCKBERTA GLOCK

ROBERTO FITERMANALICE COSTA FITERMAN

SEM MESTERRICARDO MESTERIARA LEWGOY

SENDER SZAPSZAYNECHUMA SZAPSZAY

SIMÃO FRENKELROSA FRENKELJACOB FRENKELESTER F. RODRIGUES

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