revista digital semanal norminha...dias perfeitos, mas o fato é que quando comecei a reconhe sofia...

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Norminha Revista Digital Semanal Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 613 - 04/03/2021 - Fim da Página 01/13 “Lugar de mulher é na cozinha” Carla Lima, Psicóloga especialista clínica, Técnica de Segurança do trabalho: A polivalência feminina faz a roda do mundo girar . Quando comecei a reconhe- cer modelos para o meu desen- volvimento, esse modelo era fe- minino. Eu observava e admira- va a minha avó materna e minha mãe pela desenvoltura e capri- cho que tinham nos diversos trabalhos que se envolviam. E percebo que corriqueiramente as encontro nas minhas ações e modo de existir no mundo. Elas vivem em mim. Um privilégio herdar o legado delas. Polivalência é sinônimo de multifuncionalidade o que na mi nha opinião deveria ser o sobre- nome feminino. Somos muitas em muitas funções o que pro- porciona conquistas e também consequências. Mães, filhas, esposas, namoradas, profissio- nais e acima de tudo isso, Mu- lheres. E a mesma mulher capaz e polivalente é a que sente o pe- so de tamanha responsabilida- de, e de certa forma se coloca numa posição dual diante da so- ciedade. Pode se reinventar? Até que ponto deve ser muitas em uma só? Qual o limite? Se per- mite pausar para descansar e re- tomar o ânimo ou espera o cor- po avisar e parar por si só? Ah mulher guerreira! Se vence bata- lhas sem trabalho árduo? Sabe- mos que não. Gostaria, entre- tanto, de deixar uma provoca- ção: Até que ponto, como mu- lheres, nos envolvemos em múl- tiplas tarefas por um querer ge- nuíno? Ou por acaso você já se viu assumindo fazeres por im- posição social? A você mulher como eu e que está lendo este texto, permita-se olhar para a grandeza do femi- nino com a possibilidade da pausa para a reflexão (mesmo com as muitas demandas que batem à porta) sobre o que ver- dadeiramente quer pra si. Reflita sobre a possibilidade de usar a polivalência feminina já com- provadas e que contribuem para a roda do mundo girar, para se- guir uma jornada de escolhas que inclua o autoconhecimento e autocuidado como premissa para a vida. E a você MULHER como eu, que sabe as dores e delícias de ser o que é, deixo toda a minha admiração! Giovanna Dillio Eng de segurança do trabalho É notória a evolução da traje- tória da mulher nos ambientes de trabalho. O espaço que vem sendo a cada dia conquistado mostra a competência que te- mos para desenvolver atividades que por muitas vezes nos fora impossibilitada. O papel da mu- lher na sociedade com o passar dos anos passou a ser modifi- cado, antes aquelas que repre- sentavam a organização do lar, passaram ir à luta e conquistar seu espaço no mercado de tra- balho. As relações familiares por si só têm novos formatos, o que levou a mulher a buscar sua independência financeira. Ven- do a necessidade de ir à luta, as mulheres passam a desempe- nhar nas instituições papéis im- portantes, hoje em dia com ma- ior destaque e protagonismo. Porém ainda que hoje tenha- mos uma melhoria na realidade vivida, existe muitas barreiras a enfrentar para que se obtenha igualdade e justiça social. Por e- xemplo: serem reconhecidas pe- la nossa competência em lide- rar, igualdade de salários, credi- bilidade em realizar as ativida- des, entre outras situações. Mulheres tem tantas caracte- rísticas que podem beneficiar os ambientes de trabalho, como: resiliência, equilíbrio nas áreas pessoais e profissionais, orga- nização, foco, capacitação pro- fissional. A mulher é detentora de uma força que é apenas dela. A mulher moderna é um borrão de atividade. Mulher é arte, é vis ceral, não apenas cerebral. Essa transformação das mu- lheres que vem acontecendo, se deve ao fato de que questões de alma feminina não podem ser tratadas tentando esculpir de uma forma mais adequada a uma cultura, não é possível se- quer dobrar para que se tenha um formato intelectual aceitável, para aqueles que alegam serem os únicos detentores de cons- cientes. Por isso para você mulher o- brigada por criar e participar de tantas versões femininas e mos- trar nossa força e coragem em tantos ambientes de trabalho, desvendando profissões que an- tes não foram pensadas para o- cupações de mulheres. E assim mostrar mais e mais como con- quistamos vitórias com compe- tência. Seguimos em busca de espaço. Em nossa área preven- cionista me orgulho por fazer parte desse grupo e poder des- bravar a cada dia mais nossos valores no universo profissio- nal. Martina Wartchow, jornalista da Revista Proteção: Mulheres que amam seu trabalho Em minha família, tanto do la- do materno quanto paterno, tra- balhar fora e no lar (dupla jor- nada) sempre foi ‘coisa de mu- lher’. Desde que me conheço por gente (e olha que faz tempo, pois nasci no final da década de 1960), lembro das minhas avós, da minha mãe, das minhas tias e primas adultas falando sobre ou exercendo suas profissões. Na casa de amigos de infância e a- dolescência, não era muito dife- rente. Elas eram professoras, a- gricultoras, comerciantes, ban- cárias, tricoteiras, costureiras, empregadas domésticas, advo- gadas, etc. Ao lado de seus maridos ou sozinhas, essas mulheres fortes e incansáveis sustentavam suas famílias e ainda administravam a própria residência e cuidavam dos filhos ou dos netos. Enga- na-se, no entanto, quem pensa que era uma vida de eterno so- frimento. Elas também se diver- tiam, e muito. E como era bom estar ao lado delas, ouvindo, ob- servando, aprendendo. Com al- gumas, tenho o privilégio de conviver até hoje. Muito cedo, portanto, apren- di com essas guerreiras que, do trabalho bem-feito, responsável e determinado, viria meu sus- tento, minha independência, co- nhecimento, experiência, res- peito, crescimento pessoal e profissional. E, sim, muitas ale- grias! Há dias não tão bons, há dias perfeitos, mas o fato é que procuro até hoje seguir esses belos e sábios ensinamentos. Sofia Jucon, Jornalista especializada em Meio Ambiente e Sustentabilidade, editora do Canal Ecowords, redatora da revista Meio Ambiente Industrial: Nós, Mulheres do Século 21, estamos aqui para deixar nosso legado de justiça e igualdade É difícil encontrar uma defi- nição absoluta para o que signi- fica ser Mulher. Somos seres complexos, construídos em me- io a diversos desafios, incerte- zas, medos e, também, muitas belezas. Nossas ancestrais pas- saram por poucas e boas, mas foram guerreiras e abriram o ca- minho para a nossa chegada. Na valsa do tempo, estamos nos a- primorando, lapidando nossos sentimentos, evoluindo nas conquistas e buscando cumprir nosso compromisso com o ma- ior dom feminino: o Amor. A triste realidade é que ainda convivemos com as violências física, psicológica, sexual e pa- trimonial, o desrespeito e as di- ferenças de gênero nos ambien- tes domésticos e profissionais. As causas desses problemas en- frentados no universo feminino em pleno Século 21 são estrutu- rais, históricas, político-institu- cionais e culturais. O caminho para ultrapassar esses obstácu- los é árduo, mas nunca deixa- mos de acreditar que vamos conseguir. No mundo todo, várias inici- ativas visam dar apoio, incluir e valorizar o papel da Mulher na sociedade. Na área empresarial temos exemplos de muitas orga- nizações que estão aderindo aos Princípios de Empoderamento das Mulheres, conhecido como WEPs (Women's Empowerment Principles), criados, em 2016, pela ONU Mulheres e o Pacto Global das Nações Unidas. Es- ses princípios destacam que empoderar mulheres e promover a equidade de gênero em todas as atividades sociais e da eco- nomia são garantias para o efe- tivo fortalecimento das econo- mias, o impulsionamento dos negócios, a melhoria da qualida de de vida de mulheres, homens e crianças, e para o desenvol- vimento sustentável. Os Princípios são um con- junto de considerações que aju- dam a comunidade empresarial a incorporar em seus negócios valores e práticas que visem à equidade de gênero e ao empo- deramento de mulheres. Conheça os sete princípios: 1. Estabelecer liderança cor- porativa sensível à igualdade de gênero, no mais alto nível. 2. Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no traba- lho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não-discri- minação. 3. Garantir a saúde, seguran- ça e bem-estar de todas as mu- lheres e homens que trabalham na empresa. 4. Promover educação, capa- citação e desenvolvimento pro- fissional para as mulheres. 5. Apoiar empreendedorismo de mulheres e promover políti- cas de empoderamento das mu- lheres através das cadeias de su- primentos e marketing. 6. Promover a igualdade de gênero através de iniciativas vol- tadas à comunidade e ao ativis- mo social. 7. Medir, documentar e pu- blicar os progressos da empresa na promoção da igualdade de gênero. Esses princípios também contribuem com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (O DS) das Nações Unidas, com destaque para o ODS 5 – Igual- dade de Gênero, que visa alcan- çar a igualdade de gênero e em- poderar todas as mulheres e me- ninas. Nota: Muito obrigado a essas mulheres maravilhosas que es- tão a um “triz” para conquista- rem seu espaço merecido. N Norminha 613, 04/03/2021 Por Wilson Célio Maioli Foi no início dos anos 90 que escrevi essa frase e fixava na portarias das empresas. Uma certa vez, uma Gerente, ao che- gar no trabalho, e ao deparar com o cartaz, de imediato “ar- rancou” da parede e amaçou o papel, para logo em seguida, ler o texto completo: Lugar de Mulher é na Cozinha Preparando os ingredientes de afeto e carinho para manter a alimentação do amor da família, da sociedade e do mundo. Temperando com sua força e coragem a desigualdade que ainda impera em nosso meio, na busca de equilíbrio entre as pessoas. E que sempre sirva a mesa da comunidade com sua participação ativa e enriquecedora para uma vivência cada vez melhor! Em seguida ela agradeceu a homenagem e disse: “Maioli, não existe função ou atividade que a Mulher não possa assu- mir”. E para essa edição em home- nagem à Mulheres, fizemos o convite para quatro mulheres a escreverem sobre "A mulher no trabalho sob a visão de uma mulher". Vamos ler? Ano 13 - Nº 613 - 04 de Março de 2021 - Diretor: Maioli, WC (Comendador de Honra da SST) - 51/09860-8 - Nesta edição: 13 páginas - DESDE 18/08/2009 OBSERVATÓRIO SST Distribuição Gratuita [email protected] Whats 18 99765-2705 Veja nas páginas 9 e 10 dessa edição a programação dos Cursos Presenciais em Araçatuba e Presidente Prudente (SP) Faça sua inscrição e reserve sua vaga agora mesmo!

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Page 1: Revista Digital Semanal Norminha...dias perfeitos, mas o fato é que Quando comecei a reconhe Sofia Jucon especializada em Meio Ambiente e Sustentabilidade, editora do Canal Ecowords,

Norminha Revista Digital Semanal

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 613 - 04/03/2021 - Fim da Página 01/13

“Lugar de mulher é na cozinha”

Carla Lima, Psicóloga especialista clínica, Técnica de Segurança do trabalho: A polivalência feminina faz a

roda do mundo girar.

Quando comecei a reconhe-

cer modelos para o meu desen-

volvimento, esse modelo era fe-

minino. Eu observava e admira-

va a minha avó materna e minha

mãe pela desenvoltura e capri-

cho que tinham nos diversos

trabalhos que se envolviam. E

percebo que corriqueiramente

as encontro nas minhas ações e

modo de existir no mundo. Elas

vivem em mim. Um privilégio

herdar o legado delas.

Polivalência é sinônimo de

multifuncionalidade o que na mi

nha opinião deveria ser o sobre-

nome feminino. Somos muitas

em muitas funções o que pro-

porciona conquistas e também

consequências. Mães, filhas,

esposas, namoradas, profissio-

nais e acima de tudo isso, Mu-

lheres. E a mesma mulher capaz

e polivalente é a que sente o pe-

so de tamanha responsabilida-

de, e de certa forma se coloca

numa posição dual diante da so-

ciedade. Pode se reinventar? Até

que ponto deve ser muitas em

uma só? Qual o limite? Se per-

mite pausar para descansar e re-

tomar o ânimo ou espera o cor-

po avisar e parar por si só? Ah

mulher guerreira! Se vence bata-

lhas sem trabalho árduo? Sabe-

mos que não. Gostaria, entre-

tanto, de deixar uma provoca-

ção: Até que ponto, como mu-

lheres, nos envolvemos em múl-

tiplas tarefas por um querer ge-

nuíno? Ou por acaso você já se

viu assumindo fazeres por im-

posição social?

A você mulher como eu e que

está lendo este texto, permita-se

olhar para a grandeza do femi-

nino com a possibilidade da

pausa para a reflexão (mesmo

com as muitas demandas que

batem à porta) sobre o que ver-

dadeiramente quer pra si. Reflita

sobre a possibilidade de usar a

polivalência feminina já com-

provadas e que contribuem para

a roda do mundo girar, para se-

guir uma jornada de escolhas

que inclua o autoconhecimento

e autocuidado como premissa

para a vida. E a você MULHER

como eu, que sabe as dores e

delícias de ser o que é, deixo

toda a minha admiração!

Giovanna Dillio Eng de segurança do trabalho É notória a evolução da traje-

tória da mulher nos ambientes

de trabalho. O espaço que vem

sendo a cada dia conquistado

mostra a competência que te-

mos para desenvolver atividades

que por muitas vezes nos fora

impossibilitada. O papel da mu-

lher na sociedade com o passar

dos anos passou a ser modifi-

cado, antes aquelas que repre-

sentavam a organização do lar,

passaram ir à luta e conquistar

seu espaço no mercado de tra-

balho. As relações familiares

por si só têm novos formatos, o

que levou a mulher a buscar sua

independência financeira. Ven-

do a necessidade de ir à luta, as

mulheres passam a desempe-

nhar nas instituições papéis im-

portantes, hoje em dia com ma-

ior destaque e protagonismo.

Porém ainda que hoje tenha-

mos uma melhoria na realidade

vivida, existe muitas barreiras a

enfrentar para que se obtenha

igualdade e justiça social. Por e-

xemplo: serem reconhecidas pe-

la nossa competência em lide-

rar, igualdade de salários, credi-

bilidade em realizar as ativida-

des, entre outras situações.

Mulheres tem tantas caracte-

rísticas que podem beneficiar os

ambientes de trabalho, como:

resiliência, equilíbrio nas áreas

pessoais e profissionais, orga-

nização, foco, capacitação pro-

fissional. A mulher é detentora

de uma força que é apenas dela.

A mulher moderna é um borrão

de atividade. Mulher é arte, é vis

ceral, não apenas cerebral.

Essa transformação das mu-

lheres que vem acontecendo, se

deve ao fato de que questões de

alma feminina não podem ser

tratadas tentando esculpir de

uma forma mais adequada a

uma cultura, não é possível se-

quer dobrar para que se tenha

um formato intelectual aceitável,

para aqueles que alegam serem

os únicos detentores de cons-

cientes.

Por isso para você mulher o-

brigada por criar e participar de

tantas versões femininas e mos-

trar nossa força e coragem em

tantos ambientes de trabalho,

desvendando profissões que an-

tes não foram pensadas para o-

cupações de mulheres. E assim

mostrar mais e mais como con-

quistamos vitórias com compe-

tência. Seguimos em busca de

espaço. Em nossa área preven-

cionista me orgulho por fazer

parte desse grupo e poder des-

bravar a cada dia mais nossos

valores no universo profissio-

nal.

Martina Wartchow, jornalista da Revista Proteção:

Mulheres que amam seu

trabalho

Em minha família, tanto do la-

do materno quanto paterno, tra-

balhar fora e no lar (dupla jor-

nada) sempre foi ‘coisa de mu-

lher’. Desde que me conheço por

gente (e olha que faz tempo, pois

nasci no final da década de

1960), lembro das minhas avós,

da minha mãe, das minhas tias e

primas adultas falando sobre ou

exercendo suas profissões. Na

casa de amigos de infância e a-

dolescência, não era muito dife-

rente. Elas eram professoras, a-

gricultoras, comerciantes, ban-

cárias, tricoteiras, costureiras,

empregadas domésticas, advo-

gadas, etc.

Ao lado de seus maridos ou

sozinhas, essas mulheres fortes

e incansáveis sustentavam suas

famílias e ainda administravam a

própria residência e cuidavam

dos filhos ou dos netos. Enga-

na-se, no entanto, quem pensa

que era uma vida de eterno so-

frimento. Elas também se diver-

tiam, e muito. E como era bom

estar ao lado delas, ouvindo, ob-

servando, aprendendo. Com al-

gumas, tenho o privilégio de

conviver até hoje.

Muito cedo, portanto, apren-

di com essas guerreiras que, do

trabalho bem-feito, responsável

e determinado, viria meu sus-

tento, minha independência, co-

nhecimento, experiência, res-

peito, crescimento pessoal e

profissional. E, sim, muitas ale-

grias! Há dias não tão bons, há

dias perfeitos, mas o fato é que

procuro até hoje seguir esses

belos e sábios ensinamentos.

Sofia Jucon, Jornalista especializada em Meio

Ambiente e Sustentabilidade, editora do Canal Ecowords,

redatora da revista Meio Ambiente Industrial:

Nós, Mulheres do Século 21,

estamos aqui para deixar nosso

legado de justiça e igualdade

É difícil encontrar uma defi-

nição absoluta para o que signi-

fica ser Mulher. Somos seres

complexos, construídos em me-

io a diversos desafios, incerte-

zas, medos e, também, muitas

belezas. Nossas ancestrais pas-

saram por poucas e boas, mas

foram guerreiras e abriram o ca-

minho para a nossa chegada. Na

valsa do tempo, estamos nos a-

primorando, lapidando nossos

sentimentos, evoluindo nas

conquistas e buscando cumprir

nosso compromisso com o ma-

ior dom feminino: o Amor.

A triste realidade é que ainda

convivemos com as violências

física, psicológica, sexual e pa-

trimonial, o desrespeito e as di-

ferenças de gênero nos ambien-

tes domésticos e profissionais.

As causas desses problemas en-

frentados no universo feminino

em pleno Século 21 são estrutu-

rais, históricas, político-institu-

cionais e culturais. O caminho

para ultrapassar esses obstácu-

los é árduo, mas nunca deixa-

mos de acreditar que vamos

conseguir.

No mundo todo, várias inici-

ativas visam dar apoio, incluir e

valorizar o papel da Mulher na

sociedade. Na área empresarial

temos exemplos de muitas orga-

nizações que estão aderindo aos

Princípios de Empoderamento

das Mulheres, conhecido como

WEPs (Women's Empowerment

Principles), criados, em 2016,

pela ONU Mulheres e o Pacto

Global das Nações Unidas. Es-

ses princípios destacam que

empoderar mulheres e promover

a equidade de gênero em todas

as atividades sociais e da eco-

nomia são garantias para o efe-

tivo fortalecimento das econo-

mias, o impulsionamento dos

negócios, a melhoria da qualida

de de vida de mulheres, homens

e crianças, e para o desenvol-

vimento sustentável.

Os Princípios são um con-

junto de considerações que aju-

dam a comunidade empresarial

a incorporar em seus negócios

valores e práticas que visem à

equidade de gênero e ao empo-

deramento de mulheres.

Conheça os sete princípios:

1. Estabelecer liderança cor-

porativa sensível à igualdade de

gênero, no mais alto nível.

2. Tratar todas as mulheres e

homens de forma justa no traba-

lho, respeitando e apoiando os

direitos humanos e a não-discri-

minação.

3. Garantir a saúde, seguran-

ça e bem-estar de todas as mu-

lheres e homens que trabalham

na empresa.

4. Promover educação, capa-

citação e desenvolvimento pro-

fissional para as mulheres.

5. Apoiar empreendedorismo

de mulheres e promover políti-

cas de empoderamento das mu-

lheres através das cadeias de su-

primentos e marketing.

6. Promover a igualdade de

gênero através de iniciativas vol-

tadas à comunidade e ao ativis-

mo social.

7. Medir, documentar e pu-

blicar os progressos da empresa

na promoção da igualdade de

gênero.

Esses princípios também

contribuem com os Objetivos de

Desenvolvimento Sustentável (O

DS) das Nações Unidas, com

destaque para o ODS 5 – Igual-

dade de Gênero, que visa alcan-

çar a igualdade de gênero e em-

poderar todas as mulheres e me-

ninas.

Nota: Muito obrigado a essas

mulheres maravilhosas que es-

tão a um “triz” para conquista-

rem seu espaço merecido. N

Norminha 613, 04/03/2021 Por Wilson Célio Maioli

Foi no início dos anos 90 que

escrevi essa frase e fixava na

portarias das empresas. Uma

certa vez, uma Gerente, ao che-

gar no trabalho, e ao deparar

com o cartaz, de imediato “ar-

rancou” da parede e amaçou o

papel, para logo em seguida, ler

o texto completo:

Lugar de Mulher é na Cozinha Preparando os ingredientes

de afeto e carinho para manter a alimentação do

amor da família, da sociedade e do mundo.

Temperando com sua força e coragem a desigualdade que ainda impera em nosso meio, na busca de equilíbrio entre

as pessoas. E que sempre sirva a mesa da

comunidade com sua participação ativa e

enriquecedora para uma vivência cada vez melhor!

Em seguida ela agradeceu a

homenagem e disse: “Maioli,

não existe função ou atividade

que a Mulher não possa assu-

mir”.

E para essa edição em home-

nagem à Mulheres, fizemos o

convite para quatro mulheres a

escreverem sobre "A mulher no

trabalho sob a visão de uma

mulher". Vamos ler?

Ano 13 - Nº 613 - 04 de Março de 2021 - Diretor: Maioli, WC (Comendador de Honra da SST) - 51/09860-8 - Nesta edição: 13 páginas - DESDE 18/08/2009

OBSERVATÓRIO

SST

Distribuição Gratuita

[email protected] Whats

18 99765-2705

Veja nas páginas 9 e 10 dessa edição a programação dos

Cursos Presenciais em Araçatuba e Presidente

Prudente (SP) Faça sua inscrição e

reserve sua vaga agora mesmo!

Page 2: Revista Digital Semanal Norminha...dias perfeitos, mas o fato é que Quando comecei a reconhe Sofia Jucon especializada em Meio Ambiente e Sustentabilidade, editora do Canal Ecowords,

Página 02/13 - Norminha - Nº 613 - 04/03/2021 - ANO 13 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST – Registro Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 613 - 04/03/2021 - Fim da Página 02/13

Norminha 613, 04/03/2021 Quatro ônibus com sistema de

proteção antiviral e antibacteria-

no começaram a circular na úl-

tima semana de janeiro, em So-

rocaba, interior de São Paulo.

Nesses veículos, bancos, ba-

laústres, corrimãos e catracas

foram revestidos com a nova

tecnologia, que também prome-

te inibir a disseminação da Co

vid-19.

O revestimento é produzido

NR-18 estabelece requisitos para trabalho em plataformas flutuantes

com fios de poliamida, combi-

nados com outros compostos

químicos que impedem micro-

organismos de se alojarem nas

peças.

De acordo com a Urbes, Em-

presa de Desenvolvimento Ur-

bano e Social de Sorocaba, o re-

vestimento especial consegue

inativar em 99,99% o vírus res-

ponsável pela Covid-19 de for-

ma permanente.

Revista Cipa

Norminha 613, 04/03/2021 O texto da nova Norma Regula-

mentadora nº 18 – Condições de

Segurança e Saúde no Trabalho

na indústria da Construção – es-

tabelece, entre outros, requisitos

para os locais de embarque, es-

cadas, rampas e superfícies de

trabalho das plataformas flutu-

antes e a instalação de guarda-

corpo de proteção contra quedas

de trabalhadores (balaustrada)

na periferia da plataforma flutu-

ante, de acordo com a Norma da

Autoridade Marítima (NOR

MAM-02/DPC).

Além disso, a nova redação

contempla apenas o capítulo

“Disposições gerais” (anterior-

mente tratado como “Disposi-

ções finais”), com os requisitos

que não se enquadram em ape-

nas um capítulo da norma.

No que se refere ao Anexo II,

que trata de cabos de aço e de

fibra sintética, a nova NR-18

destaca que deverão ser aten-

didas normas técnicas nacionais

vigentes para utilização, dimen-

Adquire agora mesmo para

aplicar na sua empresa:

59 Dinâmicas PDF:

https://go.hotmart.com/J14605895D

59 Dinâmicas Vídeo:

https://go.hotmart.com/A20470095V

Pacote DDS:

https://go.hotmart.com/X26380444D

SIPAT 2021 ONLINE:

https://go.hotmart.com/V39898130Y

Criando um ambiente de

trabalho livre de acidentes:

https://go.hotmart.com/L45919262O

IC), elaborado em correalização

com o Serviço Social da Indús-

tria (Sesi Nacional) para auxiliar

empresários e profissionais do

setor da construção na aplicação

da norma. A NOVA NR-18 entra

em vigor no dia 2 de agosto.

O e-book integra o ‘Programa

CBIC Obra Certa’, constituído

por projetos, programas, ações

e materiais sobre as normas de

segurança e saúde no trabalho

aplicáveis para o setor da cons-

trução.

A publicação resulta do pro-

jeto ‘Elaboração e atualização de

materiais orientativos para a in-

dústria da construção’ da CPRT/

CBIC, em correalização com o

Sesi Nacional.

Acesse a íntegra do e-book. N

Norminha 613, 04/03/2021 Fonte: Animaseg

Com o objetivo de aumentar as

exportações de EPIs, o Comitê

Gestor do projeto setorial Brazi-

lian Safety definiu a programa-

ção de ações de divulgação e re-

lacionamento de negócios para

2021, contemplando os eventos

on-line com a realização de nove

rodadas de negócios em ambi-

ente virtual 3D personalizado,

envolvendo: Colômbia, Peru, E-

quador, Bolívia, Panamá, Uru-

guai, Paraguai e o CECIEx – en-

tidade que reúne comerciais ex-

portadoras. A programação das

rodadas virtuais de negócios a-

contecem no mês de março:

- 10/03 – com compradores

da Colômbia

Empresas confirmadas: AG

MOV – BOMPEL – BSB – CA-

DEIRAS LINCE – DUPONT –

JGB – JOBE LUV – KADESH –

KSN – MARLUVAS – TECMA-

TER – SOFT WORKS

- 24/04 – com compradores

do Peru

Além disto, acontecerá os e-

zar os negócios com os demais

países da região. A proposta é

viabilizar um escritório compar-

tilhado entre as associadas, in-

cluindo um show room dos E

PIs, onde as empresas possam

atuar tendo uma sede para re-

presentação comercial.

As empresas interessadas

em aderir ou obter mais infor-

mações devem se manifestar até

10 de março, por meio dos

telefones (11) 5073-7023 ou

(11) 95039-4141 (Whats App)

ou pelo email:

[email protected].

N Proteção

ventos presenciais com partici-

pação em três feiras e congres-

sos internacionais do setor: Fe-

ria de la Seguridad Integral del

Consejo Colombiano de Seguri-

dad (CCS), em Bogotá-Colôm-

bia; FISP/FISST, em São Paulo-

Brasil; e A+A Dusseldorf, Ale-

manha. Entre as ações definidas

pelo Comitê Gestor também está

a expansão da operação com a

abertura de escritório comercial

da ANIMASEG em Bogotá-Co-

lômbia.

Para o Comitê Gestor do pro-

jeto, o que motiva propor essa a-

ção é o fato da Colômbia ter um

grande mercado para os EPIs

brasileiros, sendo um grande

potencial estratégico para otimi-

Ônibus com tecnologia antiviral contra o coronavírus começam a circular no interior de São Paulo

ANIMASEG anuncia plano de ações 2021 do projeto Brazilian Safety

sionamento e conservação dos

cabos de aço utilizados na cons-

trução, não fazendo referência a

nenhuma norma específica.

Os cabos utilizados para o

Sistema de Proteção Individual

contra Quedas (SPIQ) e os ca-

bos utilizados para sustentação

da cadeira suspensa deverão ser

exclusivos para cada tipo de a-

plicação.

O especialista em Engenharia

de ST, Hugo Sefrian Peinado,

ressalta que o cabo de fibra sin-

tética ou o de aço utilizado no

SPIQ e aquele utilizado para

sustentação da cadeira suspen-

sa devem ser exclusivos para

cada tipo de aplicação.

Esses e outros detalhes po-

dem ser acessados com uma

linguagem clara, didática e sin-

tética no e-book ‘Nova NR-18 –

Informativo sobre a Norma Re-

gulamentadora da Indústria da

Construção’ da Comissão de

Política de Relações Trabalhis-

tas (CPRT) da Câmara Brasileira

da Indústria da Construção (CB

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Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 613 - 04/03/2021 - Fim da Página 03/13

Pirâmide de Bird: O que é e como aplicá-la em SST? Norminha 613, 04/03/2021

Foi nesta frase de Herbert Wil-

liam Heinrich que o pesquisador

Frank E. Bird se baseou ao criar

uma pirâmide da segurança do

trabalho, a famosa Pirâmide de

Bird.

A ideia surgiu de uma pes-

quisa feita por Bird quando ele

trabalhava em uma Empresa de

Seguros na América do Norte. O

pesquisador analisou quase 2

milhões de acidentes reportados

em 297 empresas diferentes. Es-

sas empresas representavam 21

grupos industriais com 1 milhão

e 700 mil funcionários que tra-

balharam por 3 bilhões de horas

durante a pesquisa.

O resultado do estudo gerou

um padrão dos acidentes de tra-

balho.

A proporção da Pirâmide de

Bird

Na sua pesquisa, Bird cons-

tatou um terrível padrão de aci-

dentes cuja proporção era de

1:10:30:600, ou seja:

1:10 – para cada acidente

sério, existem 10 acidentes de

proporção menor;

1:10:30 – a cada acidente

sério, existem 10 acidentes me-

nores e 30 com danos materiais;

1:10:30:600 – para cada aci-

dente sério, há 10 acidentes me-

nores, 30 com danos materiais à

propriedade e 600 acidentes

menores ou quase-acidentes.

Como conclusão do seu tra-

balho, Bird percebeu que a so-

lução para prevenir os grandes

acidentes era evitar até mesmo

os menos graves.

Como aplicar a Pirâmide de

Bird em SST

Ora, você pode estar neste

Fatores psicológicos e ambientais também influenciam no desenvolvimento de LER/Dort

“Todo acidente possui uma causa, nenhum acidente

acontece por acaso.”

momento pensando que o estu-

do de Bird pode não se aplicar

ao segmento da sua empresa, o

que, sim, de fato, não terá a

mesma proporção. Contudo, as

lições aprendidas com Bird ser-

vem para guiar qualquer Profis-

sional de SST em prol da segu-

rança e bem-estar de todos.

Fique de olho nas principais

lições:

1. Não deixe de dar atenção

ao trivial

Mesmo que esse estudo te-

nha mais de 50 anos de exis-

tência e o mercado de trabalho

tenha mudado bastante durante

esse tempo, alguns ensinamen-

tos servem para a nossa reali-

dade.

Prevendo uma necessidade

de atualização desse gráfico, a

Dupont, uma empresa mundial-

mente conhecida por atuar na

prevenção de acidentes de tra-

balho, trouxe dados mais atuais:

- 1 acidente fatal;

- 30 acidentes com afasta-

mento;

- 300 acidentes sem afasta-

mento;

- 3.000 incidentes;

tudo Saúde Brasil 2018, produ-

zido pelo Ministério da Saúde, o

total de registros cresceu 184%

entre 2016 e 2017, saltando de

3.212 casos para 9.122. Mulhe-

res de 40 a 49 são as mais atin-

gidas. Diante da gravidade do

problema, foi criado o Dia Mun-

dial de Combate à LER/Dort, ce-

lebrado em 28 de fevereiro. O

fisioterapeuta Thiago Vilela Le-

mos, que atende na Care Clinic,

no centro clínico do Órion Com-

plex, em Goiânia, explica que é

preciso estar atento, pois os

sintomas não começam neces-

sariamente com dores.

“Iniciam com sensação de fa-

diga, cansaço, porque o ambi-

ente de trabalho também influ-

encia. A dor pode aparecer ape-

nas quando o problema já está

mais avançado”, destaca. Ele re-

força que é importante observar

esses sinais, e se permanecerem

- 30.000 desvios comporta-

mentais.

Observe que, mesmo na ver-

são de Bird ou na da Dupont, o

que se destaca é a grande quan-

tidade de desvios que ocorrem

sem grandes proporções, prin-

cipalmente durante a realização

de atividades rotineiras, pois

são aquelas que recebem menos

cuidado. Por isso, a atenção

com esse tipo de atividades de-

vem ser redobradas.

2. Evite que desvios se tor-

nem acidentes fatais

É comum que no dia a dia a

confiança em realizar atividades

rotineiras tirem a atenção de

todos com cuidados relativa-

mente simples como conferir se

um Avental Aluminizado, por e-

xemplo, está em perfeito estado

de utilização.

No entanto, se observamos

atentamente à Pirâmide de Bird,

veremos que esses desvios que

não impactam diretamente em

um acidente acabam contribuin-

do para que os fatais ocorram.

Então, fique atento para evitar

que esses desvios se tornem ca-

sos mais graves:

por duas a três semanas é pre-

ciso buscar ajuda de um pro-

fissional. “Muitas pessoas só

procuram ajuda quando não dá

mais para trabalhar, o que é er-

rado”, completa o especialista.

Segundo ele, os problemas mais

comuns são nos membros su-

periores, como punho, cotovelo

e ombro, além da coluna.

De acordo com o especia-

lista, não é apenas o trabalho fí-

sico que leva a Dort, é multi-

fatorial. O aspecto psicossocial

também contribui para causar e

agravar a doença, “Quando o

trabalho é estressante ou se tem

muita pressão, pode ser um fator

de risco e deve ser observado”,

pontua. Para prevenir o proble-

ma ele dá as dicas: “praticar a-

tividade física, cuidar da saúde

mental e ter um bom relaciona-

mento no ambiente de trabalho”,

explica o fisioterapeuta, que exer

1. Dê palestra e instrua seus

funcionários da forma correta

com casos populares de aciden-

tes operacionais;

2. Crie manuais de como se

utilizar máquinas, quais são os

equipamentos de proteção ade-

quados e rotas de fuga;

3. Mantenha canais de diálo-

go com seus funcionários e use-

o para ressaltar a importância de

evitar esses desvios.

3. Fique atento a sua reali-

dade

Cada situação tem suas pe-

culiaridades e deve ser julgada

de forma separada. O que acon-

tece na “Empresa X” pode não

servir de exemplo para a “Em-

presa Y”. Mas, voltando para o

princípio de Bird, por exemplo, é

evitando os desvios e acidentes

primários que se evitam os mais

graves.

Passos simples como certifi-

cação de que os funcionários

usam seus EPIs de forma correta

são uma forma eficaz de come-

çar a evitar que grandes aciden-

tes aconteçam.

Lembre-se de que contar

com EPIs de qualidade e confec-

cionados por uma empresa sé-

ria, com referência no mercado e

Certificado de Aprovação pode

reduzir os desvios da sua pirâ-

mide de acidentes. Afinal, além

da durabilidade, é necessário

que o EPI seja confortável, caso

contrário os colaboradores terão

resistência em utilizá-lo.

N

Pedro Bezerra - SUPREMA

Especialista, Fisioterapeuta Thiago Vilela Lemos, explica o que é preciso estar atendo em relação ao problema, que ainda afasta

muitos profissionais do trabalho. 28 de fevereiro é o Dia Mundial de Combate à LER/Dort, problema que têm aumentado

no Brasil nos últimos anos

ce a profissão há 16 anos.

Entendendo a doença

A LER representa um grupo

de afecções do sistema muscu-

loesquelético (tendão, nervo,

músculo, ligamento, osso, arti-

culação, entre outras estrutu-

ras), decorrentes de sobrecargas

mecânicas, que apresentam ma-

nifestações clínicas distintas e

variam em intensidade, porém o

termo foi substituído por Dort,

por ser mais abrangente. “Nem

toda LER poderia ter relação

com trabalho, poderia ser de

outras causas, como esportiva.

Além disso, a lesão não é apa-

rente. E com a Dort é preciso

comprovar que está relacionada

ao trabalho”, explica. A doença é

mais comum em profissionais

que realizam trabalhos manuais,

como costureiras, torneiros me-

cânicos, carpinteiros; profissões

onde há requisição dos mem-

Norminha 613, 04/03/2021 A diretora técnica da Associação

Brasileira de Proteína Animal (A

BPA), Sula Alves, foi escolhida

para o cargo de coordenadora

do Grupo de Trabalho de Sus-

tentabilidade e Meio Ambiente

do Conselho Mundial da Avicul-

tura (IPC, na sigla em inglês).

Sula assumirá a posição de

Anne-Marie Neetson, com a

missão de dar continuidade ao

acordo global firmado pela De-

claração de São Paulo, assinada

pelos membros da avicultura

mundial durante o Salão Inter-

nacional de Avicultura e Suino-

cultura (SIAVS) de 2019.

“Como o setor avícola mun-

dial é um dos principais alicer-

ces da segurança alimentar nos

cinco continentes, temos um

im-portante desafio no fortaleci-

bros superiores ou que fazem

trabalhos finos com as mãos,

mas também afeta trabalhadores

da indústria, comércio, alimen-

tação, serviços, entre outros.

Ao contrário do que se pode

pensar, de acordo com Thiago,

o home office veio para contri-

buir com uma possível redução

de casos e não aumento. “O ho-

me office não é um agravador

dessas lesões, pois em casa as

pessoas ficam mais confortáveis

mento da implantação de inicia-

tivas em linha com os Objetivos

de Desenvolvimento Sustentável

(ODS) da ONU, sobre os quais o

IPC assumiu compromissos

globais. Este será o alicerce do

nosso trabalho”, disse ela em

nota.

Zootecnista e doutora em a-

gronomia pela Universidade de

São Paulo (USP), Sula desen-

volveu pesquisas junto ao Nú-

cleo de Pesquisas em Ambiência

(Nupea) da Esalq e em bem-es-

tar animal. Além de mais de uma

década de atuação institucional

e em empresas do setor, a dire-

tora técnica da ABPA acumula

experiências na área acadêmica

como professora dos cursos de

Ciências Agronômicas, Medici-

na Veterinária e Zootecnia na U-

niversidade do Rio de Janeiro.N

Norminha 613, 04/03/2021 Se você sente sensação de fadi-

ga muscular e cansaço cons-

tante; seguida pela presença de

dor nos membros superiores e

nos dedos, que varia de intensi-

dade, mas atrapalha na execu-

ção de atividades diárias; difi-

culdade para movimentá-los;

formigamento; alteração da tem-

peratura e da sensibilidade e re-

dução na amplitude de movi-

mento, fique atento, pode ser

Lesão por Esforço Repetitivo

(LER) e de Distúrbios Osteo-

musculares Relacionados ao

Trabalho (Dort). Cerca de 39 mil

trabalhadores foram afastados

do trabalho em 2019 por causa

da LER/Dort, de acordo com da-

dos da Secretaria Especial de

Previdência e Trabalho.

A condição tem aumentado mui-

to no Brasil nos últimos anos e

merece atenção. Segundo o es-

e em um ambiente que gostam,

mas é preciso analisar a adap-

tação do espaço para o trabalho”

alerta ele. O tratamento da LER/

Dort, segundo o profissional, é

feito, na maioria das vezes, com

fisioterapia, adequações no am-

biente de trabalho e terapias.

“Em 90% das vezes são feitos

esses tratamentos que chama-

mos de conservadores, apenas

em último caso são realizadas

cirurgias”. N

Brasileira é a nova coordenadora do Grupo de Trabalho de

Sustentabilidade do IPC

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Norminha 613, 04/03/2021 De acordo com o relatório da

Apura Cybersecurity Intelligen-

ce, líder mundial em proteção e

prevenção a cibercrimes, em já-

neiro de 2020, foram registradas

menos de 15 milhões de amea-

ças cibernéticas, enquanto no fi-

nal do ano o número ultrapas-

sou os 70 milhões.

Já o Relatório Anual de Se-

gurança Cibernética da Trend

Micro 2020, divulgado na última

quinta-feira, 25/02, mostra que

em 2020 foram detectadas 119

mil ameaças cibernéticas por

minuto à medida que o trabalho

em home office cresce - um total

de 62,6 bilhões de ciberataques

ao todo.

NR-18 estabelece condições mínimas de higiene e conforto nos canteiros Norminha 613, 04/03/2021 A Norma Regulamentadora nº 24

especifica condições mínimas

de higiene e conforto nos locais

de trabalho. No caso do setor da

construção, devem prevalecer as

diretrizes sobre as instalações

do canteiro, tratadas como “á-

reas de vivência” na NR-18 –

Condições de Segurança e Saú-

de no Trabalho na indústria da

Construção (NR Setorial). Para

os pontos não tratados na NR-

18, deverão ser atendidos os

dispositivos presentes na NR-

24, naquilo que for cabível.

A nova redação da NR-18 es-

pecifica quais são as áreas de

vivência necessárias ao canteiro

de obras e a necessidade de que

Com as medidas para reduzir

a circulação de pessoas e conter

a propagação do novo coronaví-

rus, muitas empresas aderiram

ao home office, evitando assim a

aglomeração dentro de escrito-

rios, salas de reuniões e cowor-

kings, clientes e prestadores de

serviços.

Aproximadamente 46% das

empresas nacionais passaram a

atuar em home office, o que con-

tribuiu diretamente para a expo-

sição de dados pessoais e em-

presariais na internet e, conse-

quentemente, para o aumento no

número de cibercrimes. Essa

decisão precisa vir acompanha-

da de medidas importantes para

disponibilizar acesso e garantir

as áreas projetadas garantam

condições mínimas de seguran-

ça, conforto e privacidade.

Segundo o especialista em

Engenharia de Segurança do

Trabalho e autor do e-Book ‘As

Novas NRs e a Indústria da

Construção’ da Câmara Brasilei-

ra da Indústria da Construção

(CBIC), Hugo Sefrian Peinado, a

Norma também estabelece a

quantidade de instalações sani-

tárias e chuveiros em função do

número de funcionários, o que

deve compor uma instalação as-

nitária, quais são as instalações

necessárias no caso de trabalha-

dores alojados (dentro ou fora

do canteiro), a distância máxima

a ser percorrida pelo trabalhador

o bom funcionamento da rede de

dados das empresas e dos clien-

tes.

De acordo com Fellipe Gui-

marães, CEO da Codeby, em-

presa de tecnologia, a imple-

mentação de um plano eficaz e

suporte para funcionários que

passaram a trabalhar remota-

mente é essencial para garantir

que as empresas sejam capazes

de manter as operações mesmo

com adversidades como, por e-

xemplo, epidemias e doenças

contagiosas.

“Existem alguns fatores que

influenciam o trabalho home of-

fice. Por exemplo: muitos traba-

lhadores em home office tendem

a usar seus próprios disposi-

tivos ou usar o computador da

empresa (que geralmente está

logado em uma rede segura), e

ambos cenários implicam riscos

potenciais à segurança”, escla-

rece Guimarães.

Para ajudar os empresários e

funcionários que estão organi-

zando as atividades do trabalho,

separamos importantes dicas

para ter um home office tran-

quilo e seguro. São elas:

Dica 1 - Rede: caso sua casa

seja movimentada e muitas pes-

soas tenham acesso a sua senha

do wifi, vale ressaltar que é im-

portante trocá-la periodicamen-

te. “Com a senha passando de

boca a boca é difícil avaliar se

sua rede é segura.”, menciona o

sócio da Codeby, Victor Almei-

da.

até a instalação sanitária e até o

local de fornecimento de água

potável mais próximos, entre

outros aspectos pontuais.

Já a NR-28 estabelece ações

referentes à fiscalização do cum-

primento dos dispositivos sobre

segurança e saúde do trabalho

trazidas nas NRs. As alterações

realizadas na norma se deram

exclusivamente no Anexo II, on-

de constam o código, o tipo e o

grau de infração de cada um dos

itens passíveis de infração de

cada uma das NRs.

Mais detalhes sobre essas e

as demais Normas Regulamen-

tadoras de impacto na indústria

da construção, que já foram re-

visadas e oficialmente publica-

7 dicas para fugir dos cibercrimes ao trabalhar de casa

das desde 2019, podem ser con-

sultados pelos profissionais do

setor no referido e-book.

Com uma linguagem extre-

mamente clara e didática, a pu-

blicação sintetiza os principais

pontos das seguintes normas

regulamentadoras:

- NR-01 – Disposições gerais

- NR-02 – Inspeção prévia

- NR-03 – Embargo e interdi-

ção

- NR-07 – Programa de Con-

trole Médico de Saúde Ocupa-

cional

- NR-09 – Avaliação e con-

trole das exposições ocupacio-

nais a agentes físicos, químicos

e biológicos

- NR-12 – Segurança no tra-

roteador sempre atualizado, ou

seja, muitos fabricantes publi-

cam periodicamente atualiza-

ções que corrigem problemas de

segurança.

Dica 6 - WPA2: ativar a confi-

guração WPA2 que dificulta

bastante a captura da senha de

sua rede em caso de ataque ex-

terno.

Dica 7 - VPN: muito impor-

tante pois cria uma espécie de

túnel em que, dependendo da

configuração, só permitirá a co-

municação do computador com

a sua empresa. Nesse caso, é

necessário que a área de TI da

organização configure o meca-

nismo em seu computador cor-

porativo.

Essas dicas são fundamen-

tais para o combate e prevenção

de cibercrimes, em que crimino-

Dica 2 - Responsabilidade

com a empresa: mantenha os

sistemas atualizados, não deixe

de atualizar os dispositivos.

Mantenha sempre o antivírus

atualizado e ativo, pois ele pode

evitar um ataque e a perda de

dados sigilosos da empresa.

Use o antivírus com frequência,

fazendo “varreduras” e atualiza-

ções. Caso tenha que atualizar

alguma frente ou excluir algum

programa, faça a permissão via

antivírus e depois reinicie o

computador.

Dica 3 - Backups: “Não se

esqueça de ter backups do seu

trabalho em caso de qualquer

problema. Aqui caímos em uma

contradição: fazer o backup em

casa pode ser um assunto con-

troverso, pois você estará man-

tendo cópias de dados da em-

presa em um ambiente que ela

não controla. No entanto, perder

todos os dados pode ser pior.

Nesse caso, é importante pedir

para que sua empresa determine

o que fazer com relação ao as-

sunto.”, alerta Almeida.

Dica 4 - Bloqueio de tela: ou-

tra medida necessária é a de blo-

quear a tela do computador, ca-

so você divida o espaço com ou-

tros membros da família. Os da-

dos da empresa são sigilosos e

não dizem respeito a mais nin-

guém, além de você que é fun-

cionário. Então bloqueie o com-

putador ao se afastar dele.

Dica 5 - Roteador: é impor-

tante manter o sistema do seu

balho em máquinas e equipa-

mentos

- NR-24 – Condições de hi-

giene e conforto nos locais de

trabalho

- NR-28 – Fiscalizações e

penalidades) e compara os itens

alterados e/ou novos em relação

à versão anterior

O e-Book faz parte do ‘Pro-

grama CBIC Obra Certa’, consti-

tuído por projetos, programas,

ações e materiais sobre as nor-

mas de segurança e saúde no

trabalho aplicáveis para o setor

da construção.

Instituído pela CBIC, por me-

io da sua Comissão de Política

de Relações Trabalhistas (CPR

T), o ‘Programa CBIC Obra Cer-

ta’ tem o propósito de disponi-

bilizar o ferramental técnico ins-

Antes da pandemia foram registrados menos de 15 milhões de ameaças cibernéticas, enquanto no final de 2020 o número

chegou próximo aos 75 milhões

sos virtuais se aproveitam de

momentos delicados e vulnera-

veis para conduzir golpes nas

empresas e em seus funcioná-

rios. Ou seja, o ataque pode vir

via e-mail, SMS, ligação, aplica-

tivos de mensagem (se passan-

do por alguém da equipe).

Além disso, fique atento aos

seus e-mails, envio de links

suspeitos, domínios inexisten-

tes, e as famosas fake news. "É

importante o funcionário ficar

em alerta, evitar compartilhar

senha do wifi, e-mail, banco, e-

vitar transferências bancárias ou

expor informações da empresa

via e-mail, telefone, ou mensa-

gens suspeitas.”, finaliza Gui-

marães. N

Saiba mais: https://codeby.com.br/

trutivo e informativo necessário

para apoiar a sociedade da

construção, profissionais da á-

rea e empresários no cumpri-

mento e aplicação adequada das

regras de segurança e saúde no

trabalho, reforçando a cultura da

prevenção e estimulando a ado-

ção de ações concretas que fa-

zem dos canteiros de obras am-

bientes de trabalho saudáveis,

seguros e atrativos para a ativi-

dade laboral.

A publicação compõe o pro-

jeto ‘Elaboração e atualização de

materiais orientativos para a in-

dústria da construção’ da CPRT/

CBIC, em correalização com o

Serviço Social da Indústria (Sesi

Nacional).

Acesse a íntegra do e-book.

N

https://go.hotmart.com/V39898130Y

ou Whats 18 99765-2705

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Profissional de SST: Dicas para falar bem em público

Por Reinaldo Damaceno*

Norminha 613, 04/03/2021 É comum ouvir profissionais da área afirmarem que não gostam de

palestrar, ministrar treinamentos, DDS ou ao menos conduzir uma

reunião. Me lembro que no início da minha carreira como Técnico

em Segurança do Trabalho minha principal dificuldade era falar em

público, mas ainda sim cumpria a missão, claro, com um pouco de

nervosismo e insegurança. E após perceber que não poderia ficar me

esquivando desta atividade tão comum da profissão, busquei manei-

ras para romper essa barreira, então comecei a ler alguns livros de

autoajuda, participei de palestras, assisti vários vídeos abordando o

assunto e claro, a prática me ensinou muito e vou dar algumas dicas

e espero ajudar a quem passa por essa dificuldade.

Primeiramente você precisa conhecer o assunto que irá abordar,

isso é muito importante, pois saibam que durante a sua apresentação

as pessoas poderão e farão perguntas e caso você não saiba respon-

der, sua autoconfiança começará a diminuir, outra dica é ensaiar an-

tes, caso não esteja totalmente seguro ou mesmo que esteja, durante

a apresentação é permitido o auxílio de Power point com slides, apre-

sentação de vídeos, uso de projetor, caneta laser e notebook, mas

cuidado para não ficar dependente destes recursos, pois se caso fal-

tar energia ou surgir algum problema técnico o “show” digo, sua

apresentação tem que continuar, outra dica é, a todo momento ser

gentil com as pessoas que estarão a te ouvir, não seja arrogante e

nunca subestime o público, pois caso ative um “hater” (pessoas que

tem prazer em criticar) você poderá ficar em maus lençóis, e terá que

ser muito esperto para contornar a situação, portanto comece se a-

presentando, seja carismático, sorridente, demonstre segurança mas

não dono da verdade, seja simpático, pois mesmo que você falhe em

algo todos te entenderão, outra dica é ensaiar na frente de uma

câmera (de celular mesmo) gravando sua apresentação, pois assim

será possível ver quais pontos podem ser melhorados, cuide da ali-

mentação, pois ninguém merece ter um “piriri” no meio da apresen-

tação, e por último, porém não menos importante, tenha uma boa

noite de sono, pois te ajudará para que o cérebro possa acessar as

informações quando precisar, pois ter um “branco” quando estiver

falando você ficará em uma situação embaraçosa.

Por fim, caso siga todas estas dicas, ainda sim afirmo que você

poderá ficar nervoso, suas mãos poderão suar, mas isso é uma sen-

sação boa, quando aprender a lidar com essa adrenalina entenderá o

que estou dizendo, e verá que a sua autoconfiança aumentará a cada

apresentação, como dizia o filósofo Friedrich Nietzsche “Aquilo que

não me mata, me fortalece”.

N

Norminha 613, 04/03/2021 A audiência de instrução é o

ponto alto do processo do tra-

balho. É o momento processual

mais complexo e mais impor-

tante, já que nele o juiz terá

contato pessoal com as partes,

poderá ouvir suas versões sobre

os fatos e tomará o depoimento

das testemunhas, que o ajuda-

rão a formar seu convencimento.

Por isso, a audiência de instru-

ção assusta tanto.

Frequento as salas de audi-

ências da justiça do trabalho há

cerca de 10 anos, entre estágio e

atuação profissional. Por isso,

separei algumas dicas valiosas

para que o (a) advogado se saia

bem em uma instrução e possa

entregar ao cliente um serviço

de qualidade:

1- Sempre, eu disse SEM-

PRE, leia integralmente o pro-

cesso

Ter domínio da história pro-

cessual, saber dos incidentes,

dos requerimentos e de even-

tuais vacilos da outra parte farão

com que você tenha segurança

ao sentar-se à mesa de audiên-

cia e esteja preparado para qual-

quer declaração ou decisão da

outra parte, e principalmente do

juiz.

2 - Tome nota de tudo

Além de ler e conhecer o pro-

cesso de “cabo a rabo”, é inte-

ressante que você anote em um

documento separado os princi-

pais acontecimentos proces-

suais. Saber localizar rápida-

mente algum pedido, algum i-

tem da contestação, alguma de-

cisão anterior, etc, são funda-

mentais. Do contrário você terá

que se preocupar em localizar,

num emaranhado de atos pro-

cessuais, aquilo que você pro-

curava, o que pode te tomar

tempo e te deixar nervoso caso

tenha dificuldades em encontrar

o que estava procurando.

3 - Converse antecipada-

mente com a parte

Essa conversa é fundamental

para que ambos relembrem os

tópicos importantes e que serão

objeto de prova, até mesmo por-

que geralmente passam-se anos

entre os fatos e o dia da audiên-

cia. O cliente precisa estar afiado

e preparado para os questio-

namentos do juiz e da outra par-

te. Se demonstrar insegurança

ou desconhecimento dos fatos,

é bastante provável que seu cli-

ente receba a pena de confissão.

4 - NUNCA vá para a audiên-

cia sem conversar com as teste-

munhas indicadas por seu cli-

entes previamente

Repassar os fatos objeto de

prova com as testemunhas têm a

mesma importância, sob pena

de você acabar produzindo pro-

va contrária aos seus interesses.

Além disso, alertar a testemunha

sobre as questões de impedi-

mento como amizade íntima,

inimizade, parentesco até 3º

grau, ou interesse na causa, é

extremamente importante. De

nada adianta conversar e orien-

tar adequadamente a testemu-

nha acerca do que está sendo

debatido se ela for impedida de

falar em razão de alguma con-

tradita.

5 - Na mesma linha de racio-

cínio, se preocupe com as teste-

munhas trazidas pela parte con-

trária

No dia da audiência, quando

souber quem serão as testemu-

nhas do outro lado, investigue

com o seu cliente e com as tes-

temunhas indicadas por ele so-

bre a possibilidade de existir a-

mizade íntima, inimizade, paren-

tesco ou interesse na causa.

Dessa forma, você poderá de-

sarmar seu oponente se o juiz

aceitar sua contradita e impedir

a oitiva da testemunha indicado

pelo mesmo.

6 - Combine sempre o en-

contro com o cliente e as teste-

munhas em horário com bastan-

te antecedência do horário da

audiência

O mesmo vale para o acesso

na sala virtual (se a audiência for

online). Muitas vezes os clientes

acabam se atrasando, por inú-

meros fatores. Dessa forma, pa-

ra não correr o risco de ser feito

o pregão e seu cliente ainda não

ter comparecido, ou chegar na

hora da oitiva da testemunha e a

mesma ainda não estar presente,

combine o encontro sempre

com no mínimo 01h de antece-

dência ao horário agendado.

7 - Seja combativo. Ser com-

bativo não significa ser desres-

peitoso

É dever das partes, juízes e

advogados exercer a urbanidade

uns com os outros. Todos de-

vem respeitarem-se mutuamen-

te, porém não raras vezes o-

correm excessos por parte de

magistrados ou colegas advoga-

dos. Caso o juiz decida desfa-

voravelmente aos interesses do

seu cliente, de maneira calma e

comedida, tente explicar seus

motivos de discordância, e caso

não tenha sucesso, registre

sempre - de preferência de for-

ma fundamentada - o seu pro-

testo em ata.

8 - No mesmo sentido, exija

sempre que absolutamente to-

dos os acontecimentos da audi-

ência constem em ata

É dever do magistrado e di-

reito das partes terem os atos

ocorridos em audiência registra-

dos. Preste muita atenção na re-

dação do que está sendo escrito

pois muitas vezes o que é re-

gistrado não condiz com o que,

de fato, ocorreu.

9 - Se necessário, grave o

áudio da audiência

O código de processo civil

autoriza o advogado a gravar a

audiência independentemente

de autorização do juiz. Ou seja,

você pode tranquilamente utili-

zar de um telefone celular ou

gravador para registrar a soleni-

10 dicas para o sucesso na audiência de instrução trabalhista dade, e ninguém pode te impe-

dir. Se o uso deste recurso for

necessário devido a alguma ar-

bitrariedade judicial, ou devido a

algum eventual desrespeito da

parte contrária, use e abuse do

seu direito.

10- SEMPRE peça o depoi-

mento da parte contrária

Tirando os casos em que a

prova é estritamente documen-

tal, havendo qualquer controvér-

sia fática, por menor que seja, fa-

ça uso do depoimento pessoal

do seu oponente. O objetivo do

depoimento pessoal da parte ad-

versa nada mais é do que tentar

extrair dela uma confissão em

benefício do seu cliente. Logo,

não há motivos para abdicar

deste direito, pois muitas ques-

tões - muitas vezes até mesmo o

processo inteiro - pode acabar

sendo resolvido com uma con-

fissão. N

José Inácio Tarouco Machado Advogado

Fones: (51) 99315-8823, (51) 3391-5081; (51) 99702-3139.

Fique na Paz!

Reinaldo Damaceno

Técnico em

Segurança do

Trabalho

Page 6: Revista Digital Semanal Norminha...dias perfeitos, mas o fato é que Quando comecei a reconhe Sofia Jucon especializada em Meio Ambiente e Sustentabilidade, editora do Canal Ecowords,

Página 06/13 - Norminha - Nº 613 - 04/03/2021 - ANO 13 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST – Registro Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 613 - 04/03/2021 - Fim da Página 06/13

Norminha 613, 04/03/2021 O site e aplicativo Meu INSS é uma central

de serviços digital criada pelo Instituto Naci-

onal de Seguridade Social (INSS) para facili-

tar a vida dos atuais e futuros beneficiários

da Previdência.

O Meu INSS permite que o usuário:

- peça um benefício ou serviço e acom-

panhe o andamento do pedido;

- solicite aposentadoria;

- calcule quanto tempo falta para aposen-

tar;

- tire extratos como imposto de renda,

pagamento de benefícios, contribuição no

CNIS (Cadastro Nacional de Informações

Sociais), empréstimos consignados;

- solicite declaração de recebimento de

benefício do INSS;

- agende perícia médica;

- atualize seus dados de cadastro;

- solicite outros serviços.

Algumas das novas funções disponibili-

zadas pelo Meu INSS estão a prova de vida,

a validação do facultativo de baixa renda e a

declaração de atividade.

PROVA DE VIDA

Este é um recurso disponível apenas nos

aplicativos. O Meu INSS pode ser baixado na

Play Store (para celulares Android) e na App

Store (para celulares da Apple).

Namorada de trabalhador morto em Brumadinho receberá indenização da Vale Norminha 613, 04/03/2021 A namorada de um trabalhador

que foi vítima fatal do rompi-

mento da barragem de rejeitos

de minério da Mina do Córrego

do Feijão, em Brumadinho (M

G), ocorrido em 25 de janeiro de

2019, receberá da Vale S.A. uma

indenização de R$ 100 mil, por

danos morais. A namorada, que,

em razão do luto, passou a fazer

acompanhamento psicológico,

alegou judicialmente que tinha

um relacionamento duradouro

com o profissional falecido, com

casamento marcado para maio

de 2020. A decisão é do juiz

convocado Mauro César Silva,

cujo voto foi acatado pelos jul-

gadores da Quinta Turma do Tri-

bunal Regional do Trabalho da

3ª Região (MG), que confirma-

ram a sentença do juízo da 6ª

Vara do Trabalho de Betim.

A autora da ação juntou ao

processo trabalhista fotos do ca-

sal, comprovando que existia

uma vida em comum, de forma

pública e notória. Além disso,

uma testemunha confirmou em

juízo o relacionamento dos dois.

A testemunha, que é casada há

12 anos com o irmão da vítima,

A comprovação é feita por meio de reco-

nhecimento facial. De acordo com o Governo

Federal, agora, 5,3 milhões de pessoas em

todo o país poderão utilizar o serviço que re-

tira a exigência do deslocamento até as a-

gências para garantir o recebimento de be-

nefícios do instituto.

Os segurados do INSS que recebem o

benefício por meio de conta corrente, conta

poupança ou cartão magnético devem com-

provar que estão vivos todos os anos. O ato

é uma forma de garantir segurança para o

próprio cidadão e evitar fraudes e pagamen-

tos indevidos de benefícios.

IDENTIFICAÇÃO DE BIOMETRIA

O serviço com o uso de biometria facial

digital utiliza o reconhecimento dos traços

do rosto para concluir a etapa do processo

de identificação. O usuário precisa ter bio-

metria cadastrada na Justiça Eleitoral ou

Carteira Nacional de Habilitação (CNH). É

importante também ter celular com câmera

fotográfica.

Como esclarece a Previdência Social, Fa-

cultativo de baixa renda é uma forma de con-

tribuição ao INSS com o valor reduzido, de

5% do salário-mínimo. Essa modalidade é

exclusiva para homem ou mulher de famílias

de baixa renda e que se dedique exclusiva-

disse que convivia com o casal

desde 2013, quando eles come-

çaram o namoro.

Segundo a testemunha, o ca-

sal tinha planos para efetivar a

união. “Uma vez, no réveillon re-

alizado na minha casa, em 2018,

o profissional vitimado pergun-

tou se poderia utilizar o mesmo

espaço para formalizar o noiva-

do”, informou a testemunha,

lembrando que o casamento já

estava marcado para 9/5/2020.

Ela também informou que a au-

tora da ação participava dos en-

contros de família, almoçando,

com frequência, na casa da so-

gra aos domingos.

Recurso

Ao recorrer da decisão do

juízo da 6ª Vara do Trabalho de

Betim, a Vale S.A. argumentou

que o instituto da responsabili-

dade objetiva não se compatibi-

liza com o dano moral indireto e

que não estão presentes, no ca-

so, os requisitos caracterizado-

res da responsabilidade subjeti-

va. A empresa reforçou que ob-

servou fielmente todas as nor-

mas de saúde e segurança do

trabalho, inclusive, no que diz

respeito à manutenção e monito

Conheça algumas funções novas do Meu INSS

ramento de barragens, bem co-

mo na adoção de medidas emer-

genciais. E requereu, na defesa,

a suspensão do feito até que seja

decidido o Processo STF-RE 82

8040-DF, correspondente ao

Tema nº 932 da tabela de temas

do Supremo Tribunal Federal

(STF).

Decisão

Mas, ao avaliar o caso, o juiz

convocado Mauro César Silva

esclareceu, inicialmente, que

não há que se falar em suspen-

são do feito, tendo em vista que

o STF já julgou o RE 828040, fir-

mando a Tese com Repercussão

Geral nº 932, de 5/9/2019. Além

disso, segundo o julgador, não

existe impedimento à aplicação

da responsabilidade objetiva em

razão de se tratar de dano moral

indireto, como sugere a recor-

rente. “A responsabilidade obje-

tiva não decorre da condição da

vítima, mas da própria atividade

da empresa”, reforçou o magis-

trado.

Segundo o relator do proces-

so, a própria atividade da em-

presa é suficiente para que se a-

plique a teoria da responsabili-

dade objetiva, cujo fundamento

Opções para facilitar a vida dos segurados e evitar o deslocamento até

uma agência do INSS mente ao trabalho doméstico em sua própria

casa e não tenha renda própria.

Como essa validação não acontece de

forma automática, o segurado facultativo

precisa comprovar que se enquadra nos cri-

térios acima, por isso a criação deste botão

no Meu INSS.

Serviço que permite a emissão do docu-

mento com todas as atividades declaradas

pelo segurado ao INSS.

Quaisquer outras dúvidas, consulte um

especialista em Direito Previdenciário.

N

Por Eliseu Silveira

https://brasilesilveira.adv.br

para a responsabilização e ne-

cessidade de comprovação de

culpa está na atividade exercida

pelo agente, pelo perigo de dano

à vida, à saúde ou a outros bens.

O julgador também ressaltou

que a alegação da Vale de que

sempre cumpriu as normas de

saúde e segurança do trabalho

inerentes às atividades não en-

controu suporte nos autos.

“A manutenção do refeitório

em área de risco, por exemplo,

viola frontalmente a Norma Re-

gulamentadora nº 24, do antigo

MTE, que estabelece que o refei-

tório deverá ser instalado em lo-

cal apropriado, não se comuni-

cando diretamente com os lo-

cais de trabalho, instalações sa-

nitárias e locais insalubres ou

perigosos”, pontuou. Para o juiz

convocado, ficaram evidentes,

assim, a imprudência e a negli-

gência da ré, restando também

configurada a existência de cul-

pa, uma vez que a empresa a-

gravou uma situação de risco, já

naturalmente acentuado.

No caso dos autos, o relator

ainda pontuou que, tratando-se

de acidente de trabalho com óbi-

to, todos aqueles que, em tese,

Norminha 613, 04/03/2021 Um trabalhador que teve sua

capacidade laboral reduzida por

causa de suas funções em uma

fábrica de produtos derivados de

cobre, em Santo André (SP), re-

ceberá R$ 20 mil de indenização

por danos morais. O fato foi

considerado acidente de traba-

lho pelo juízo de 1º grau, que

sentenciou o valor da indeniza-

ção. A condenação foi mantida

pela Quinta Turma do Tribunal

do Trabalho da 2ª Região (SP),

em face de recurso.

A decisão de 2º grau ainda

responsabilizou a empresa a in-

cluir em folha de pagamento

parcelas mensais de R$ 469,74

a título de pensão pelos danos;

e adicional insalubridade em

grau médio (20%), a partir do

mês de abril de 2013 até a resci-

são contratual, em 2014, mais

as diferenças do adicional entre

2012 e 2014. Em caso de des-

cumprimento, será aplicada

multa diária de R$ 500.

O acórdão também traz a ma-

nutenção do convênio médico

pela empresa em benefício do

trabalhador. “Ficou demonstra-

do que o autor é portador de do-

ença ocupacional de caráter per-

manente e que, mesmo com o

tratamento cirúrgico, ainda a-

presenta incapacidades e dores,

necessitando de acompanha-

mento médico contínuo”, expli-

cou a relatora do processo, a de-

mantiveram laço afetivo com o

falecido poderão ingressar com

ação de reparação por danos

morais, sendo, conforme já e-

xaurido, legitimados para tanto.

“Em relação aos parentes próxi-

mos da vítima, integrantes do

círculo familiar mais restrito,

tais como pais, filhos, irmãos,

marido/esposa ou companhei-

ro/companheira, o dano moral é

patente e emerge ipso facto”, ex-

plicou o relator. Segundo ele,

outras pessoas, inclusive, sem

laços de consanguinidade, po-

dem ser diretamente afetadas

pelo falecimento do trabalhador.

Assim, diante das provas a-

presentadas nos autos, o julga-

dor ficou convencido de que não

se tratava de um namoro apenas,

visto que a reclamante da ação e

o prestador de serviços morto ti-

nham uma vida íntima bastante

acentuada, construindo no pre-

sente algo para os planos futu-

ros de um casamento. Dessa

forma, o relator entendeu que a

autora da ação faz jus à indeni-

zação por danos morais, nos ter-

mos dos artigos 186 e 927, ca-

put e parágrafo único, do Códi-

go Civil.

sembargadora Sônia Maria La-

cerda.

As doenças causadas pelas

funções que ocupava na fábrica

foram comprovadas nos laudos

periciais. O trabalhador adquiriu

em suas atividades lesões nos

membros superiores: síndrome

do manguito rotador do ombro

direito e rotura de tendão, apre-

sentando, em função disso, in-

capacidade laborativa parcial e

permanente. Diante da prova,

segundo a desembargadora, “a

culpa da ré decorre da exposição

da parte autora às condições de

risco que fizeram eclodir a lesão,

descurando de seu dever de

reduzir os riscos inerentes ao

trabalho”, afirmou a magistrada.

N Fonte: TRT da 2ª Região (SP)

Para desembargadores, a própria atividade da empresa

é suficiente para que se aplique a teoria da

responsabilidade objetiva “A indenização se faz devida,

sendo irrelevantes as circuns-

tâncias de não haver comprova-

ção da dependência econômica

ou de habilitação pela Previdên-

cia social, ou ainda, o fato de a

reclamante não se caracterizar

como herdeira do falecido”.

Indenização

O juiz convocado reconhe-

ceu, ainda, como razoável o va-

lor de R$ 100 mil fixado pelo juiz

de primeiro grau. Segundo ele, o

juiz deve ser cauteloso, fixando

valor suficiente para dar alívio ao

indenizado e, ao mesmo tempo,

inibitório de outras condutas se-

melhantes por parte do agente,

evitando que o ressarcimento se

transforme em fonte de enrique-

cimento injustificado para o le-

sado.

O processo foi enviado ao

Tribunal Superior do Trabalho

(TST) para apreciação de novo

recurso da Vale.

N Fonte: TRT da 3ª Região (MG)

Trabalhador de São Paulo receberá pensão mensal em decorrência de

acidente de trabalho

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Página 07/13 - Norminha - Nº 613 - 04/03/2021 - ANO 13 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST – Registro Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 613 - 04/03/2021 - Fim da Página 07/13

Universidades federais têm até dezembro para adotar diploma

digital

Prazo de emissão do

documento deve cair de

90 para 15 dias

Norminha 613, 04/03/2021 As 69 universidades federais e

as 41 instituições da rede federal

de educação profissional e tec-

nológica do país terão até 31 de

dezembro de 2021 para passar a

emitir diplomas digitais. O prazo

consta da Portaria n° 117/2021

do Ministério da Educação (ME

C), publicada na segunda-feira

(1/03) no Diário Oficial da Uni-

ão.

A versão digital do diploma

universitário foi anunciada em

2019 e regulamentada em de-

zembro passado. A expectativa

do MEC é de que o documento

reduza a burocracia no processo

de geração e emissão de diplo-

mas e ajude a impedir fraudes e

falsificações.

O tempo de emissão do do-

cumento também será menor,

deve passar de 90 para 15 dias.

O certificado digital deve bene-

ficiar 8 milhões de estudantes.

No Brasil as primeiras institui-

ções a adotar esse formato fo-

ram a Universidade Federal da

Paraíba e a Universidade Federal

do Rio Grande do Norte.

N Agência Brasil

Norminha 613, 04/03/2021 A entrega de soluções modernas

e integradas para desburocra-

tizar processos e assegurar aos

profissionais de RH mais auto-

nomia para focar sua atenção na

gestão do capital humano das

empresas é o objetivo principal

da ADP, líder global em solu-

ções de gerenciamento de folha

de pagamento. Por isso, neste

momento de aceleradas mudan-

ças nos modelos de trabalho, a

companhia inova mais uma vez

e apresenta duas novas ferra-

mentas para apoiar as empresas

em todos os momentos e, prin-

cipalmente, no atual cenário de

trabalho remoto: a Admissão Di-

gital e o e-Sign Connect.

Operando totalmente integra-

das ao ADP eXpert, sistema de

folha de pagamento da ADP, as

novidades trazem ainda mais au

Norminha 613, 04/03/2021 A 11ª Turma do Tribunal Regio-

nal do Trabalho da 4ª Região (R

S) confirmou o pagamento de

indenização por danos morais a

uma cobradora de ônibus que

foi vítima de assaltos durante o

trabalho. Os desembargadores

fundamentaram a decisão no fa-

to de que a empregada era ex-

posta a risco acentuado no de-

sempenho de suas atividades, o

que atrai a responsabilidade ob-

jetiva da empresa. A decisão u-

nânime apenas diminuiu o valor

fixado a título de indenização na

sentença do juiz Evandro Luis

Urnau, da 3ª Vara do Trabalho

de Passo Fundo, de R$ 10 mil

para R$ 5 mil.

Segundo o processo, a co-

bradora trabalhou para a ré de

28 de setembro de 2015 a 10 de

setembro de 2018. Durante este

período, sofreu diversos assal-

tos, cinco deles registrados. A

autora relatou que foi ameaçada

por arma de fogo e por faca, e

em uma ocasião teve o celular

levado pelos assaltantes. A em-

presa argumentou que disponi-

biliza atendimento médico e psi-

cológico a todo funcionário víti-

ma de assalto, mas que a res-

ponsabilidade pela segurança

pública não é sua, e sim do Esta-

do.

No julgamento de primeira ins-

tância, o juiz de Passo Fundo a-

ceitou a reivindicação da autora

e deferiu a indenização por da-

nos morais. No entendimento do

magistrado “Em regra, é dever

do Estado garantir a segurança

pública, não havendo como

transferi-lo a particulares. Con-

tudo, com relação ao transporte

público, os problemas de segu-

tonomia e comodidade aos

futuros colaboradores, que po-

dem realizar os procedimentos

de entrega e assinatura de docu-

mentos online, de forma rápida,

descomplicada e segura. Já para

os gestores, as inovações asse-

guram mais eficiência, uma vez

que eliminam o trabalho buro-

crático como a solicitação, se-

paração e coleta de assinaturas

de documentos durante proces-

sos de admissão, férias, resci-

são ponto, entre outros.

O líder da área de Experiência

do Usuário da ADP, Renato Cus-

tódio, explica que, no desenvol-

vimento do componente de Ad-

missão Digital, uma das princi-

pais preocupações foi trazer

uma interface intuitiva e sim-

ples, que permitisse aos colabo-

radores, em poucos cliques, o

envio de todas as informações

Cobradora de ônibus de Passo Fundo vítima de assaltos deverá receber indenização por danos morais

rança são notórios, diante dos

frequentes assaltos - não só

nesta cidade, como em um pa-

norama nacional. Disso decorre

que a ocorrência de tais atos ilí-

citos (que trazem prejuízos dire-

tos e indiretos ao próprio em-

pregador) se insere nos próprios

riscos do empreendimento”. Em

consequência, a atividade de-

sempenhada pela autora passa a

ser considerada de risco, sus-

tenta o julgador. Assim, a res-

ponsabilidade da reclamada pe-

los danos é objetiva, ou seja,

não depende da verificação de

dolo ou culpa.

Riscos

A empresa recorreu ao TRT 4.

Para o relator do acórdão na 11ª

Turma, desembargador Roger

Ballejo Villarinho, embora a ati-

vidade desenvolvida pela ré não

seja, em princípio, considerada

como de risco, a existência de

dinheiro no interior dos trans-

portes coletivos atrai a ação de

criminosos, expondo o trabalha-

dor a risco acentuado de sofrer

assaltos. Esta condição acarreta

a responsabilidade objetiva da

empresa. “A tensão e o estresse

experimentados pelo emprega-

necessárias para o processo de

contratação da empresa.

Já Rafael Kiss, diretor de Pro-

dutos da ADP, complementa que

a questão da segurança foi outro

ponto que recebeu especial a-

tenção. “Trabalhamos com do-

cumentos confidenciais e pes-

soais, por isso, assim como nas

demais soluções da ADP, a ino-

vação também conta com verifi-

cações e procedimentos que as-

seguram a total proteção dos da-

dos”, pontua.

Kiss destaca, ainda, que a mes-

ma preocupação com a segu-

rança dos dados acabou por re-

fletir na construção do e-Sign

Connect. “Esta ferramenta per-

mite que os gestores integrem a

nossa solução de Folha de Pa-

gamento com o serviço de assi-

natura eletrônica que já utilizam,

possibilitando que, diretamente

Ao longo dos três anos na empresa, profissional já foi ameaçada pelos bandidos com armas de fogo e facas

do que é vítima de assalto du-

rante o trabalho são presumidos

e configuram abalo de ordem

moral cuja indenização é atribuí-

vel às reclamadas, tendo em vis-

ta que os serviços de cobrança

executados pelo autor, com ma-

nuseio de numerário, o colocam

em posição de risco superior à-

quele suportado por outros em-

pregados”, concluiu o desem-

bargador.

Nesses termos, a decisão da

Turma manteve a sentença que

condenou a ré ao pagamento de

indenização por danos morais,

fixando-a em R$ 5 mil. Segundo

o relator, o valor é condizente

com o patamar que vem sendo

observado pelo colegiado em

situações semelhantes.

O processo envolve ainda ou-

tros pedidos. Também participa-

ram do julgamento o juiz convo-

cado Ricardo Fioreze e a desem-

bargadora Flávia Lorena Pache-

co. Cabe recurso do acórdão ao

Tribunal Superior do Trabalho

(TST).

N Fonte: TRT da 4ª Região (RS)

ADP lança funcionalidades exclusivas no ADP eXpert que contribuem para um RH mais digital

do sistema ADP, o RH solicite o

envio de documentos para assi-

natura do colaborador, sem a

necessidade de gerenciar outras

interfaces e sistemas que podem

gerar erros e causar possíveis

vazamento de dados”, explica o

diretor.

“Além de desburocratizar to-

do o processo de solicitação de

assinatura aos colaboradores e

otimizar a gestão dos profissio-

nais de RH, já que evita erros na

disponibilização dos arquivos

para assinatura do funcionário,

o lançamento do e-Sign Con-

nect colabora, também, para a

redução do uso de papel para as

empresas que ainda não utilizam

serviços de assinatura eletrôni-

ca, garantindo a adoção de pro-

cessos mais sustentáveis e uma

modernização do departamento

de Recursos Humanos”, finaliza

Custódio.

Saiba mais em:

https://www.adp.com.br. N

Auxiliar que conhecia relatório de descrição e atribuições do cargo não obtém reconhecimento de

desvio de função

Norminha 613, 04/03/2021 A Primeira Turma do Tribunal

Regional do Trabalho da 18ª Re-

gião (GO), por unanimidade, re-

formou sentença para excluir as

diferenças salariais por desvio

de função, concedidas para um

auxiliar administrativo de uma

instituição de ensino em Anápo-

lis. A decisão da Turma acom-

panhou o voto do relator, juiz

convocado Cesar Silveira, que

entendeu ter havido livre contra-

tação entre o empregado e o em-

pregador das atribuições a se-

rem exercidas para a função de

auxiliar administrativo, incluin-

do as atividades de carga e des-

carga e motorista.

Na ação trabalhista, um auxi-

liar administrativo pedia o reco-

nhecimento de desvio de função

para o setor de almoxarifado e

de motorista e o pagamento de

diferenças salariais e reflexos. A

instituição refutou o pedido do

trabalhador, afirmando que os

serviços desempenhados por

ele eram compatíveis com a sua

condição pessoal e com o rela-

tório de descrição do cargo, em

que havia as atribuições de car-

ga e descarga de materiais e a

atuação como motorista durante

as entregas.

O juízo da 2ª Vara do Traba-

lho de Anápolis havia reconhe-

cido o desvio de função e deter-

minado o pagamento das dife-

renças salariais e reflexos na fun

ção de “Auxiliar de Almoxarifa-

do”. Para rever essa decisão, a

empresa recorreu ao TRT 18 rea-

firmando os termos da contesta-

ção.

Atividades

O relator, juiz convocado Ce-

sar Silveira, ao apreciar o recur-

so, verificou que o desvio de

função ocorre quando o empre-

gado contratado para determina-

da função passa a exercer outra,

de maior complexidade, sem a

contraprestação salarial devida.

Ele destacou que cabe ao autor

da ação trabalhista comprovar o

desvio de função, por ser fato

constitutivo do direito pleiteado.

Cesar Silveira, ao analisar o

conjunto de provas constantes

nos autos, observou que a prova

oral constante no processo não

demonstra o suposto desvio de

função. O relator entendeu que o

depoimento do próprio trabalha-

dor aponta o conhecimento das

atribuições de “auxiliar adminis-

trativo” constantes no relatório

de descrição do cargo, dentre as

quais estão carga e descarga e

motorista. “É o que consta de tal

documento juntado tanto pelo

autor da ação como pela empre-

sa. Assim, não se trata de desvio

de função”, afirmou.

O relator, ainda, ponderou que

o fato de não constar especifica-

mente na Classificação Brasilei-

ra de Ocupações (CBO) o exer-

cício das atividades de carga,

descarga e motorista, para a fun-

ção de “Auxiliar Administrativo”,

isso não leva à conclusão de e-

xistência de desvio de função.

Para ele, houve livre contratação

entre o empregado e o emprega-

dor das atribuições a serem e-

xercidas para a função contrata-

da, incluindo tais atividades.

Cesar Silveira trouxe jurispru-

dência do TRT da 3ª Região

(MG) no mesmo sentido.

Por fim, o relator entendeu

não ter havido desvio de função,

deu provimento ao recurso da

instituição. N

Fonte: TRT da 18ª Região (GO)

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Norminha 613, 04/03/2021 Opinião de:

Luiz Vicente Suzin*

O agravamento da pandemia do

novo coronavírus associado à

crise econômica gerou um cená-

rio de incerteza e pânico. A covid

é uma doença traiçoeira que, so-

bre ela, ainda sabe-se pouco, a-

pesar do avanço da ciência e da

descoberta de vacinas em vários

países. No ano passado, acredi-

tou-se que a pandemia entrava

em linha descendente, razão pe-

la qual muitas estruturas foram

desarticuladas, com hospitais

de campanha desmobilizados e

leitos de UTI fechados. Então ve-

io um recrudescimento, uma no-

va onda cuja celeridade foi po-

tencializada pela maior capaci-

dade de transmissão das novas

variantes do vírus – estabele-

cendo-se um quadro ainda mais

grave e perigoso.

Não cabe analisar aqui erros

e acertos das políticas públicas

de enfrentamento da covid, pois

o desconhecimento mundial so-

bre este letal inimigo levou se-

tores públicos e privados a a-

vanços e retrocessos. A cada dia

se aprende algo novo sobre essa

traiçoeira doença. Entretanto, é

consenso que, no atual estágio

da pandemia, governo e auto-

ridades médicas mobilizam todo

o arsenal de recursos disponível

para atender à explosão da dis-

seminação que ocorre em prati-

camente todo o país.

Santa Catarina emerge nessa

contextura em situação preocu-

pante. O número de casos não

para de crescer e os incessantes

investimentos na ampliação da

estrutura de saúde (médicos,

enfermeiros, leitos em UTI e en-

fermarias, insumos hospitala-

res, etc.) não conseguem acom-

panhar o assustador aumento da

demanda em hospitais, clínicas

e ambulatórios.

Um poderoso fator que pode

auxiliar na mitigação dessa con-

juntura – para o qual as coope-

rativas podem dar expressiva

contribuição – é a conduta das

pessoas. É consenso de que o

contínuo e reiterado cumpri-

mento das regras por todas as

pessoas vai barrar ou desacele-

rar essa escalada de adoeci-

mento e morte. A explosão de

casos é resultado, em grande

parcela, do generalizado desres-

peito das pessoas em relação às

orientações clássicas de preven-

ção.

As cooperativas de todos os

ramos, dentro e fora de suas ati-

vidades laborais/empresariais,

foram parceiras de primeira hora

na orientação para uso de más-

cara, higienização constante das

mãos, isolamento social e dis-

As cooperativas e a conduta social na pandemia

Cooperativas atuam na defesa de uma conduta social

responsável por parte de todos

tanciamento de todo tipo de a-

glomeração. As 251 cooperati-

vas catarinenses registradas na

Ocesc orientaram seus mais de

3 milhões de cooperados (asso-

ciados) sobre todos os aspectos

da pandemia, implementando

centenas de atividades assisten-

ciais, orientacionais e de auxílio

material aos necessitados. A-

ções sociais e assistenciais dita-

das pela solidariedade no aten-

dimento a idosos, doentes, defi-

cientes e crianças em situação

de risco se misturaram às ativi-

dades de proteção aos negócios

locais.

O cultural e histórico desin-

teresse dos cidadãos por nor-

mas de segurança, a desinfor-

mação promovida por maus bra-

sileiros e a incessante veicula-

ção de notícias falsas (as fami-

geradas fake news) nas redes

sociais são fatores que atrapa-

lham a conscientização e o en-

gajamento das pessoas. Para

neutralizar esses deletérios efei-

tos, as cooperativas colocaram

em marcha um intenso esforço

de informação e esclarecimento

do público, iniciativa reforçada

pelas empresas privadas e pelos

meios de comunicação.

É notório que os cooperados,

em todos os ramos de atividade,

são mais propensos ao envolvi-

mento em causas de interesse

coletivo. Isso se deve à cultura

organizacional das cooperati-

vas, aos princípios e postulados

da doutrina associativista, às

campanhas desenvolvidas no

interesse da comunidade do en-

torno de cada cooperativa – en-

fim, das práticas cidadãs que

têm forte poder educacional so-

bre os cooperados.

Assim, as cooperativas atu-

am na defesa de uma conduta

social responsável por parte de

todos, pois é o caminho para es-

tancar a pandemia.

N

Sobre o autor

Luiz Vicente Suzin é presidente

da Organização das Cooperati-

vas do Estado de Santa Catarina

(Ocesc)

Juíza de MG rejeita “fato do príncipe” e determina pagamento de verbas após dispensa de trabalhadora

Norminha 613, 04/03/2021 Uma trabalhadora procurou a

Justiça do Trabalho alegando

que foi admitida por uma em-

presa do ramo financeiro em 1º

de abril de 2020, por contrato de

experiência, com duração de 44

dias, prorrogável por mais 46

dias. Contudo, no dia 26 de ma-

io de 2020, foi dispensada sem

receber as verbas rescisórias de

direito. Sustentou que a ex-em-

pregadora não recolheu o FGTS

de forma regular.

Ao se defender, a empresa

não negou o descumprimento

em relação ao acerto das verbas

rescisórias, informando que

vem depositando valores na

conta da autora de forma parce-

lada. A reclamada atribuiu o a-

traso/parcelamento das verbas

rescisórias ao chamado “fato do

príncipe”, em razão do decreto

de isolamento social, o qual im-

possibilitou o funcionamento de

suas atividades.

No entanto, a juíza Anna Elisa

Ferreira de Resende Rios, que

examinou o caso na 27ª Vara do

Trabalho de Belo Horizonte (M

G), não acatou o argumento e

condenou a empresa a pagar as

verbas postuladas pela ex-em-

pregada. Conforme ponderou a

magistrada, apesar do atual ce-

nário de pandemia e isolamento

social, não foi apresentado nos

autos qualquer elemento de pro-

va apto a embasar as alegações

Norminha 613, 04/03/2021 Os equipamentos de Proteção

Individual (EPIs) são acessórios

indispensáveis para a proteção

do trabalhador em campo. São

eles que, em situações de ame-

aça, amenizam ou mesmo, im-

pedem que um acidente se con-

cretize. Por isso, não há que se

pensar em hipótese alguma, em

atividade laboral de risco, sem o

uso correto de tais aparelhos.

Afinal são os capacetes que

protegem a cabeça de uma pan-

cada mais forte, as botas que

protegem os pés e pernas de su-

bstâncias tóxicas ou situações

de alto impacto com o chão, as

luvas que protegem as mãos,

assim como os cintos, os maca-

cões, viseiras e outros apare-

lhos.

Para a Norma Regulamenta-

dora 6 (NR 6), o EPI é todo dis-

positivo ou produto de uso indi-

vidual usado pelo trabalhador

para a proteção de riscos susce-

tíveis de ameaçar a segurança e

a saúde no trabalho.

De acordo com a mesma NR,

o empregador é obrigado a for-

necer os EPIs ao colaborador de

forma gratuita. Feito isso, por

da defesa de que a mora no a-

certo rescisório teria decorrido

da atuação do poder público, de

forma a se configurar o fato do

príncipe.

Ela explicou que o “factum prin-

cipis, na seara trabalhista, con-

forme o artigo 486 da CLT, é ca-

racterizado pela edição de ato de

autoridade municipal, estadual

ou federal, promulgação de lei

ou de resolução que resulte na

paralisação temporária ou defi-

nitiva das atividades da ré”. Se-

gundo pontuou, cabe ao empre-

gador arcar com os ônus da ati-

vidade econômica e da própria

prestação de serviços (princípio

da alteridade). Nesse contexto, a

alegação de incapacidade finan-

ceira não se presta como justi-

ficativa plausível para o des-

cumprimento das obrigações

patronais.

Empresa não pagou as verbas rescisórias nem depositou

parcelas do FGTS

quanto tempo o produto funcio-

na sem gerar riscos ao traba-

lhador? É sobre isso que nós

vamos tratar nas próximas li-

nhas. Acompanhe o artigo.

Os EPIs possuem prazo de

validade?

A maioria deles não tem uma

data de validade específica, uma

vez que a depender da maior ou

menor exposição ao risco, o e-

quipamento poderá se deteriorar

mais cedo ou mais tarde. Mas há

prazos de uso estipulados pelo

INMETRO, órgão de controle de

qualidade, que devem ser obser-

vados.

Há também alguma diferença

de um fabricante para outro e,

por isso, é importante testar as

marcas existentes no mercado

antes de adotar um fornecedor

fixo. Isso porque, mesmo tendo

selo do INMETRO, pode haver

detalhes que no dia a dia deixam

a desejar.

O fato é que o EPI perde sua

validade no momento em quem

não cumpre mais o papel de

proteger o empregado no seu

ambiente de trabalho, e é nessa

hora que ele deve ser substituí-

do. Por isso, é preciso que a em

Provas

De acordo com a juíza, em-

bora a defesa tenha invocado o

instituto, a empresa não provou

que tenha paralisado ou encer-

rado suas atividades. A empresa

sequer apontou qual ato admi-

nistrativo ou legislativo teria im-

possibilitado a continuidade das

atividades, limitando-se a des-

crever a atual conjuntura política

e econômica do país.

Nesse contexto, a magistrada

rejeitou a tese defensiva que

buscou eximir a empregadora de

suas obrigações básicas em re-

lação à trabalhadora e julgou

procedente o pedido de paga-

mento de 13º salário e férias

proporcionais com acréscimo

do terço constitucional, saldo de

salário e FGTS do período con-

tratual não depositado com a

multa de 40%.

presa e colaborador fiscalizem

os produtos e tomem providên-

cias para mantê-los em bom es-

tado de uso.

Nesse aspecto, a Norma só

indica que o fabricante, seja ele

nacional ou estrangeiro, se ca-

dastre em órgão nacional res-

ponsável pela saúde e seguran-

ça do trabalho, e também pos-

sua o Certificado de Aprovação

que deve ser emitido pela mes-

ma entidade.

De quem é a responsabilidade

Uma das principais respon-

sabilidades do funcionário é

cuidar do seu EPI, usando todas

as orientações da marca e da

empresa para mantê-lo em bom

estado de uso, além de reportar

à direção, em caso de alguma

alteração do equipamento ao

seu empregador. Lembrando

que a primeira coisa a ser feita é

usá-lo de forma adequada.

Já o empregador deve forne-

cer o equipamento, exigir o uso

correto dele, orientar e treinar o

trabalhador sobre a utilização,

assim como também a melhor

maneira de guardar e de con-

servar.

Uma vez observado o extra-

Na apreciação das provas, foi

levado em consideração o extra-

to da conta vinculada do FGTS,

que identifica apenas o depósito

da competência abril/2020. Em

audiência, a autora confirmou o

pagamento parcelado do valor

de R$1.860,75, conforme com-

provantes juntados aos autos, o

que levou a juíza a autorizar a

dedução do valor em liquidação

de sentença. A empresa infor-

mou que faria novo depósito,

dedução também autorizada,

desde que devidamente com-

provada a quitação nos autos.

A empregadora foi condena-

da a pagar também a multa pre-

vista no artigo 477, parágrafo 8º,

da CLT, por mora no pagamento

das parcelas rescisórias, bem

como a sanção prevista no arti-

go 467 da CLT, no importe de

50% das verbas rescisórias, a-

pós dedução do valor pago pela

reclamada até a data da audi-

ência.

Por fim, considerando a res-

cisão antecipada da contratação

por experiência, a juíza deferiu o

pedido de pagamento da inde-

nização do artigo 479 da CLT,

correspondente a 16,5 dias. A

decisão transitou em julgado.

N Fonte: TRT da 3ª Região (MG)

Quando é necessário substituir os equipamentos de proteção individual? vio ou defeito do produto, a em-

presa também deve buscar su-

bstituí-lo rapidamente. Sendo

importante, portanto, uma série

de ações conjuntas para asse-

gurar a melhor proteção e segu-

rança ao ambiente de trabalho.

Os equipamentos de prote-

ção individual precisam de ma-

nutenção

Para manter os Equipamen-

tos de Proteção Individual (EPIs)

existem algumas orientações do

próprio fabricante no que tange

a maneira de limpar, a perio-

dicidade da limpeza e a forma de

guardar.

Claro que o colaborador,

normalmente, não tem acesso a

essas instruções que chegam

com a carga, por isso, é preciso

que a empresa elabore manuais,

realize treinamentos teóricos e

práticos para ensinar exatamen-

te como ele deve ser usado e,

principalmente, cuidado.

Precisa de uma “mãozinha”

para conscientizar a sua equipe

sobre a importância dos EPIs?

Disponibilizamos várias pales-

tras com esta temática, solicite um orçamento!

N

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Organização Internacional do

Trabalho (OIT) o público mascu-

lino ocupa mais da metade dos

postos de trabalho e ganha, em

média, 30% a mais que as mu-

lheres, geralmente em cargos

com a mesma posição.

Além disso, pesquisas com

mulheres demonstram que elas

enfrentam outro problema. Mes-

mo tendo conquistado a vaga

por suas habilidades comprova-

das, a sensação é de que sempre

precisam demonstrar qualida-

des superiores, principalmente

em cargos de gestão.

É o que conta Talita Ribeiro,

36 anos, que atua como Super-

visora de Condomínio no GRU-

PO GR, que diz estar furando es-

te bloqueio. "No mercado ainda

há um número muito pequeno

de mulheres em áreas de gestão

no ramo de segurança. No co-

meço foi um pouco difícil, senti

que alguns homens queriam

“bater de frente” e não aceitavam

a hierarquia”.

Para Talita, conquistar a con-

fiança e demonstrar que está ap-

ta às funções foi uma das formas

Norminha 613, 04/03/2021 De acordo com o Instituto

Brasileiro de Geografia e Esta-

tística (IBGE), as mulheres re-

presentam apenas 20% da força

de trabalho da indústria da Tec-

nologia. Mas quais são os fa-

tores sociais e culturais que

contribuem para essa disparida-

de? E quais iniciativas podem

ser adotadas por empresas de

Tecnologia para melhorar essas

estatísticas?

Para abordar estas questões

e também dar dicas para mulhe-

res que sonham com uma car-

reira no setor, a Conviso Appli-

cation Security - empresa global

que é pioneira em segurança de

aplicações no Brasil - vai rea-

lizar o Painel Women in Tech. O

evento é online, gratuito e acon-

tece no dia 08 de março, às 15h.

A ideia é debater soluções para

fortalecer a presença feminina

no setor e potencializar carrei-

ras.

Para compor o painel, a Con-

viso convidou mulheres que são

protagonistas no setor de Tec-

nologia no Brasil. Participam

Márcia Tosta, que atua há mais

de 30 anos com TI, há 15 com

Segurança da Informação e atu-

Conheça os desafios e as conquistas das mulheres que

atuam no setor

Conviso realiza evento online sobre mulheres na Tecnologia almente lidera a Gerência Execu-

tiva de Segurança da Informação

da Petrobras; Carolina Bozza,

head de operação da Aqua Secu-

rity para América Latina que so-

ma 15 anos de carreira em ci-

bersegurança; e também Caroli-

na Vilas Boas, que é Cientista

da Computac ao com mais de 15

anos de experie ncia na a rea de

TI e atua como Community

Sponsorship Manager no QA

Ladies e no Jornada Colabo-

rativa. É Developer Advocate na

Zup Innovation.

Para completar o time, o e-

vento contará ainda com a pre-

sença de Mariana Moreira, jor-

nalista que migrou para o mer-

cado de tecnologia em 2019 pa-

ra atuar como UX Writer e, mais

recentemente, passou como Te-

chnical Writer à frente das docu-

mentações dos projetos open

source da Zup Innovation. Todo

o bate papo será mediado pela

jornalista e Analista de Comuni-

cação da Conviso, Julliana Bau-

er.

Incentivando carreiras em tec-

nologia

Uma pesquisa divulgada pela

PWC em 2017 relata que, no

Reino Unido, muitas mulheres

afirmam que não consideraram

uma carreira em tecnologia por-

que esta nunca lhes foi apre-

sentada como uma opção na in-

fância e adolescência - apenas

16% delas ouviu essa sugestão

enquanto avaliavam possíveis

carreiras. Enquanto isso, 33%

dos entrevistados do sexo mas-

culino relatou que alguém suge-

riu uma carreira em tecnologia

para eles.

Como as empresas podem

Dia da Mulher: Avançam o número de mulheres na segurança patrimonial

de conseguir o respeito da equi-

pe. “Temos que estar um passo

à frente, mostrar que somos res-

ponsáveis e sempre comprovar

que sabemos o que estamos fa-

zendo e dizendo”, diz.

Mas os desafios não estão

somente relacionados às lide-

ranças. As mulheres que atuam

no ramo de vigilância e segu-

rança enfrentam os olhares du-

vidosos do público. É o que

sente Mary Lourdes Sodré, que

tem 50 anos e atua como vigi-

lante patrimonial no GRUPO GR,

é uma das únicas mulheres do

time especializadas em trabalhar

com cão policial treinado.

“Para a vigilante mulher o

mercado é difícil, o público olha

para nós com desconfiança e

preconceito, acham que não te-

mos competência para as habili-

CURSOS PRESENCIAIS EM PRESIDENTE PRUDENTE/SP

INTEGRADO INSTRUTOR NR33/35 (02 CURSOS EM UM SÓ) 26, 27, 28, 29, 30/04, 01 e 02/05

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11/04 à 10/05: R$700, - Renovação (28 e 20/05): R$400,

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14/05 à 13/06: R$800, - Renovação (02 e 03/07): R$400,

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Norminha 613, 04/03/2021 O dia 8 de março marca a luta

das mulheres por mais igual-

dade de gênero. A realidade ain-

da está longe de ser totalmente

igualitária, mas caminha a pas-

sos largos para que essas mu-

lheres conquistem mais espaços

em profissões majoritariamente

masculinas.

Um exemplo é o setor de se-

gurança patrimonial, que tem

tido maior presença feminina.

No GRUPO GR, uma das maio-

res empresas em segurança pri-

vada do país, os números só

crescem: atualmente são cerca

de 2340 colaboradoras nas po-

sições de vigilantes, seguranças

e bombeiro civil.

"Nunca caracterizamos as pro-

fissões por gênero em nosso

processo seletivo, mas, nos últi-

mos anos, temos sentido uma

crescente busca de mulheres

para cargos de segurança e esta-

mos muito contentes com is-

so.", afirma Paulo Marques, Di-

retor de DH do GRUPO GR.

Os principais desafios

Segundo uma pesquisa da

dades que estamos desenvol-

vendo”, afirma Mary.

A crescente demanda por um

perfil feminino

Firmeza, gentileza e inteli-

gência emocional são algumas

das características que têm sido

procuradas pelas empresas do

setor de segurança, que justifi-

cam o aumento de mulheres na

área.

Segundo Paulo Marques,

são traços que fazem toda a di-

ferença no trato com o público –

“diferente do que muitos tendem

a imaginar, as mulheres conse-

guem ter mais firmeza e ao mes-

mo tempo uma abordagem mais

humanizada, um ponto positivo

quando se trata de lidar direta-

mente com o público em cená-

rios de risco”. N

Norminha 613, 04/03/2021 A JBS abriu 160 vagas para

profissionais recém-formados

nos cursos de administração,

engenharias, medicina veteriná-

ria e zootecnia para atuar no

Programa de Talentos nas uni-

dades produtivas da Seara no

Brasil, nas áreas de produção, a-

gropecuária, manutenção e qua-

lidade, informou a companhia

na terça-feira (02/03).

Os candidatos precisam ter

formação entre dezembro de

2016 e dezembro de 2020. Ao

longo de um ano do programa,

esses profissionais receberão

capacitação técnica e de gestão

de pessoas. Os selecionados in-

gressarão como analistas, com

possibilidade de efetivação ao

final do programa em cargos de

liderança dependendo do de-

sempenho individual e disponi-

bilidade de vaga.

Totalizando vagas em 38 ci-

dades, elas são assim divididas:

Distrito Federal (9 vagas), Bahia

(5), Mato Grosso (4), Mato

Grosso do Sul (22), Minas Ge-

rais (4), Paraná (31), Rio de Já-

neiro (2), Rio Grande do Sul (25)

JBS abre 160 vagas para recém-formados em todo o país, mão de

obra para a Seara

JBS dá oportunidades para recém formado

Santa Catarina (34) e São Paulo

(24).

O diretor de Gente e Gestão

da Seara, Fernando Meller, ex-

plicou em nota que o objetivo do

programa é formar lideranças

que sejam aderentes à cultura da

companhia para atuar nas uni-

dades em todo o Brasil. “A JBS

é uma empresa global e a maior

empregadora do país, então as

oportunidades de crescimento

são imensas e queremos, por

meio do programa, desenvolver

futuros líderes para que eles

cresçam e ajudem a nossa em-

presa a crescer.”

As inscrições ocorrem entre

1º e 19 de março pelo site, onde

é possível consultar a relação de

cidades. Acesso:

https://trabalheconosco.vagas.com.br/talentos-seara.

N

agir para atrair mais candidatas?

Como formar e capacitar mulhe-

res líderes em tecnologia? E ain-

da - como uma carreira em tec-

nologia pode ser incentivada en-

tre meninas e jovens mulheres?

Todas essas questões serão de-

batidas ao longo do webinar.

As inscrições para o Women

in Tech podem ser feitas por me-

io do link:

https://resources.convisoappse

c.com/women-in-tech N

A ideia é debater soluções para fortalecer a presença feminina no setor e potencializar carreiras femininas

As inscrições para o Women in Tech podem ser feitas por meio do link: https://resources.convisoappsec.com/women-in-tech

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Norminha 613, 04/03/2021 Expertise é uma palavra de origem francesa

que significa experiência, especialização,

perícia. Consiste no conjunto de habilidades

e conhecimentos de uma pessoa, de um sis-

tema ou tecnologia. Expertise é o conheci-

mento adquirido com base no estudo de um

assunto e a capacidade de aplicar tal conhe-

cimento, resultando em experiência, prática

e distinção naquele campo de atuação. Está

relacionado com as habilidades e competên-

cia para executar algo.

No mercado de trabalho, expertise pode

ser considerada sinônimo de “know-How”.

Por exemplo, “a expertise tecnológica da

empresa será exportada”. É uma forma de re-

conhecimento da competência da empresa

naquele campo.

O resultado de uma avaliação ou perícia

feita por expertise também se denomina “ex-

pertise”.

Expertise é uma característica de um ex-

pert, uma pessoa que se torna especialista

em determinada área, se destacando pela

sua destreza e competência na execução de

um trabalho. Um expert é um perito, um ex-

perto, uma pessoa versada no conhecimento

de determinado coisa. É alguém com muita

experiência e prática, e por isso, considera-

do apto a dar o seu parecer com base nos

seus conhecimentos, exatamente o esperado

dos profissionais da área de engenharia de

segurança e medicina do trabalho, conheci-

dos como profissionais prevencionistas.

Tom Dwyer, sociólogo e professor da

Unicamp, constrói explicação sociológica

para as origens dos acidentes, indo além do

olhar tradicional baseado em teorias psico-

lógicas de falhas dos operadores, quando a

teoria proposta discute as contribuições de

relações sociais de recompensa, de coman-

do e de organização que levariam trabalha-

dores a aceitar altos graus de risco de aci-

dentes no ambiente laboral.

Nesta obra técnica literária, o autor em

sua “Vida e Morte no Trabalho – acidentes

do trabalho e a produção social do erro”

(2006) não nos permite esquecer os absur-

accidents as case of socially produced er-

ror”, finalmente o leitor brasileiro da área de

engenharia de segurança e medicina do tra-

balho foi presenteado com a publicação da

tradução desta obra de referência para todos

aqueles que estudam a origem e as causas

dos acidentes industriais que tem como

principais vítimas os trabalhadores.

Tom Dwyer constrói sua teoria dos aci-

dentes industriais enquanto erros produzi-

dos socialmente, conceituando que as rela-

ções entre os trabalhadores em seus am-

bientes de trabalho são gerenciadas por me-

io de relações sociais de trabalho, que nas

indústrias, podem ser identificados em qua-

tro níveis a saber:

Nível I- é o nível de recompensa, que en-

volve dos incentivos financeiros aos simbó-

licos que premiam a ampliação do trabalho

que ocorre muitas vezes em detrimento das

condições de segurança. Na construção civil

conhecemos como “tarefa”, quando os tra-

balhadores ignoram todas as normas e re-

gras de segurança para cumprir determinada

tarefas em tempo excessivamente curto.

Nível II- é o de comando, que envolve o

autoritarismo e as restrições da autonomia

dos trabalhadores, com implicações sobre

os grupos de trabalhos, ocasionando a de-

sintegração dos mesmos e, por conseguinte,

dos conhecimentos e capacidades de resis-

tência coletiva. Neste nível encontra-se tam-

bém o que o autor denomina de servidão

voluntária, em que trabalhadores conside-

ram normal o trabalho em ambientes insa-

lubres, preferindo estar em harmonia com os

objetivos do empregador ao invés de con-

frontá-lo. Na indústria química o trabalhador

deseja mudança de função estável e segura

por melhores condições de melhores de pa-

gamento, ignorando sua perda de saúde du-

A expertise denuncia: A morte no ambiente laboral não pode ser opção

rante esta nova atividade ou função.

Nível III- é o organizacional, envolvendo

a baixa qualificação dos trabalhadores, a ro-

tina com empobrecimento do conteúdo do

trabalho e a desorganização da indústria ex-

pressa na dissociação entre manutenção e

operação, na busca de atalhos perigosos no

processo produtivo para manter os níveis de

produção, nos erros imprevistos dos siste-

mas complexos com processos altamente

interligados. Locais onde a área de recursos

humanos inexiste ou é deficiente, são ig-

noradas as avaliações da mão de obra nas

admissões e até treinamento de integração.

Quando até certificações profissionais sus-

peitos são apresentados como capacitação

profissional.

Nível IV- refere-se ao indivíduo e sua au-

tonomia. Neste nível, o trabalhador não é to-

talmente organizado, comandado e nem re-

compensado, de modo que os trabalhadores

não governam e controlam suas conse-

quências. Assim, ainda que integrando uma

organização, afetado e influenciado pelas re-

lações sociais dentro da mesma, trabalhador

detêm certo grau de autonomia, sobre a qual

as empresas procuram desenvolver técnicas

de administração (seleção, disciplina, rotina

de trabalho, etc.) de modo a restringi-la. Na

indústria da construção civil observa-se de

forma frequente esta situação, principal-

mente nas chamadas “empreiteiras”.

O autor testou sua teoria em sete (7) fá-

bricas da Nova Zelândia e apresentou seus

resultados no livro. Posteriormente, orien-

tou pesquisas no Brasil usando sua teoria.

Em outras palavras, sua contribuição não é

“mero” exercício teórico. Pelo contrário, re-

flete o olhar de quem “frequenta a vida”, o

chão de fábrica onde se dão os acidentes.

*este artigo provoca os engenheiros de se-

gurança do trabalho que influem outros co-

legas inocentes que insistem em “CULPAR”

a empresa pelas ocorrências de acidentes do

trabalho fatal, ignorando totalmente a im-

portância intelectual das “CAU-SAS”. N

Jorge Gomes – Expert em Engenharia de

Segurança e Medicina do Trabalho

Revisões das NR 4 (SESMT) e NR 5 (CIPA) foram adiadas mais uma vez! Decisão coloca em xeque todo o movimento que já foi

construído para a segurança e saúde dos trabalhadores. Norminha 613, 04/03/2021 Em posicionamento público, o SINTESP (Sindicato dos Técnicos de

Segurança do Trabalho do Estado de São Paulo), representante da

categoria dos Técnicos de Segurança do Trabalho, deixa claro que é

contra as propostas de terceirização do SESMT e a redução do nú-

mero de profissionais do SESMT.

Mudanças são importantes e fazem parte do nosso dia a dia, até

para poder acompanhar os avanços tecnológicos, econômicos e so-

ciais cada vez mais acelerados em nosso mundo pós moderno.

E na área de Segurança e Saúde do Trabalho estas transformações

também estão ocorrendo e, diga-se de passagem, são necessárias,

mas diante da magnitude das alterações envolvendo a revisão das

Normas Regulamentadoras (NRs), é natural que provoque em todo

meio prevencionista apreensão e o sentimento de incerteza quanto à

sua aplicabilidade.

Mesmo que não contemple a todas as expectativas dos profissio-

nais que atuam no mundo da prevenção e, consequentemente, dos

trabalhadores e trabalhadoras, as revisões são conduzidas de forma

tripartite visando harmonizar e atender a todos os atores (governo,

trabalhadores e empresários).

Desde o início de fevereiro de 2019, todas as NRs estão passando

por um processo de revisão para melhor adequá-las a realidade atual,

porém, duas normas estão encontrando mais dificuldades para levar

suas revisões adiante:

✓ NR 4 (que trata do SESMT – Serviços Especializados em Enge-

nharia de Segurança e Medicina do Trabalho).

✓ NR 5 (que versa sobre a CIPA – Comissão Interna de Preven-

ção de Acidentes).

Para concluir os trabalhos acerca dessas normas, pautadas na a-

genda da 9ª Reunião Ordinária da CTPP (Comissão Tripartite Pari-

tária Permanente), nos dias 23 e 24 de fevereiro, foram mais uma vez

adiadas.

Com isso, a expectativa de finalização dos debates sobre as nor-

mas sofre, mais um atraso e coloca a classe prevencionista em alerta.

Segundo explica Rômulo Machado e Silva, subsecretario de Ins-

peção do Trabalho, a revisão da Portaria nº 1.224/2018 está relacio-

nada à publicação do Decreto 10.411/2020, que veio para regula-

mentar a Análise de impacto Regulatório – AIR, de que trata o artigo

5º da Lei nº 13.874/2019.

Esse decreto dispõe sobre o conteúdo da AIR, os quesitos míni-

mos a serem objeto de exame, as hipóteses em que será obrigatória

e em que poderá ser dispensada e que passará a produzir seus efeitos

no âmbito do Ministério da Economia a partir do dia 15 de abril de

2021.

Nesse processo em andamento, a partir de propostas apresenta-

das pelas bancadas de trabalhadores e empregadores, na reunião da

CTPP de fevereiro, entre os pontos que precisam ser definidos sobre

a revisão da Portaria nº 1.224/2018 diz respeito ao Artigo 12 do novo

texto sugerido:

“As NRs com natureza administrativa relativas à organização da

forma de atuação da inspeção do trabalho ficam dispensadas de ob-

servar os procedimentos previstos nesta Portaria, devendo, contudo,

observar no que couber o Decreto nº 10.411/2020”.

NRS 4 e 5 – FALTA CONSENSO No tocante as NRs 4 e 5, alguns pontos ainda não encontram

consenso entre as bancadas desde o início das discussões em 2019.

Existe a possibilidade de que a NR 5 seja deliberada na 6ª Reunião

Extraordinária da CTPP, dias 6 e 7 de abril, junto com as NRs 17

(Ergonomia), 19 (Explosivos) e 30 (Trabalho Aquaviário).

Já a deliberação da NR 4, cujo principal impasse é a possibilidade

de terceirização do SESMT, ainda não teve data definida. Todas as

referidas normas deverão passar por AIR antes das decisões finais.

A terceirização do SESMT tem sido um assunto polêmico e muito

discutido ultimamente. A bancada trabalhista não aceita a terceiri-

zação do SESMT.

Seu representante na CTPP, Washington Aparecido dos Santos, o

Maradona (UGT), ressalta que o SESMT, constituído pelo Artigo 162

da CLT, é uma norma de ordem pública com o objetivo de manter a

SST.

Maradona destaca que estamos falando de um instrumento que

visa um bem maior, um bem coletivo, portanto, não podemos tratar

desse assunto como uma terceirização de atividade meio ou fim.

“Fazer isso é cometer uma injustiça com todos os trabalhadores e

trabalhadoras que têm suas vidas e integridade física preservadas

Continua na página abaixo 11/13

dos de comporta-

mento humano que,

quinze anos após a

primeira publicação

em inglês (1991) da

obra “Life and death

at work - Industrial

Cursos presenciais em Araçatuba e Presidente Prudente (SP) Inscrições/Informações no Whats 18 99765-2705 ou [email protected]

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Página 11/13 - Norminha - Nº 613 - 04/03/2021 - ANO 13 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST – Registro Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 613 - 04/03/2021 - Fim da Página 11/13

Técnico de segurança do trabalho:

Quais qualidades e competências eles devem ter? Norminha 613, 04/03/2021 Todo Técnico de segurança do

trabalho sabe que, infelizmente,

acidentes de trabalho são mais

comuns do que a maioria das

pessoas imaginam. Só para e-

xemplificar, em 2018, a Previ-

dência Social registrou 576.951

acidentes de trabalho.

A fim de evitar riscos, é fun-

damental que toda empresa te-

nha em seu time profissionais

com habilidades que ajudem na

prevenção de acidentes e cons-

cientização de toda equipe.

Nesse contexto, o técnico de

segurança do trabalho é respon-

sável por promover ações que a-

judem a manter a saúde e segu-

rança dos funcionários.

Por ter uma atuação extrema-

mente importante, esse colabo-

rador precisa apresentar quali-

dades e competências essen-

ciais para gerar os resultados

esperados pela empresa.

Você sabe quais são as habi-

lidades que esse profissional

precisa ter? Não se preocupe!

Trouxemos as principais com-

petências que o técnico de se-

gurança do trabalho precisa.

Veja o que você vai encon-

trar:

- Atuação com ações preven-

tivas

- Dominar a cultura e os pro-

cessos da empresa

- Ter empatia

- Ter um bom relacionamen-

to interpessoal

-Manter-se sempre atualiza-

do

Atuação com ações preventi-

vas

Um bom profissional de se-

gurança do trabalho tenta sem-

pre estar a frente, atuando pre-

ventivamente na empresa.

Norminha 613, 04/03/2021 As empresas têm até agosto pa-

ra aderir ao Programa de Geren-

ciamento de Riscos (PGR), que

substitui o Programa de Preven-

ção de Riscos Ambientais (PP

RA). A medida faz parte das mu-

danças estabelecidas pelo Mi-

nistério da Economia, com a im-

plantação da NR 1.

Publicada por meio da Por-

taria SEPRT nº 6.730 no dia 12

de março de 2020, a norma foi

revisada em 2019 e voltou a so-

frer modificações, que culmina-

ram na inclusão do Gerencia-

mento de Riscos Ocupacionais

(GRO). O resultado foi a criação

do PGR.

O novo texto busca moderni-

zar a legislação relacionada ao

Dessa forma, profissionais

comprometidos buscam planos

de ações para evitar que aci-

dentes ocorram. Embora não se-

ja possível prever tudo que pode

acontecer, algumas medidas e-

vitam vulnerabilidades no ambi-

ente e ainda conseguem agilizar

a atuação, mediante alguma o-

corrência de emergência.

Assim, essa é uma qualidade

que não poderá faltar nesse pro-

fissional.

Dominar a cultura e os pro-

cessos da empresa

Para ter qualquer tipo de atua

ção com qualidade, realizar pla-

nejamentos e executar ações é

necessário conhecer antes o

meio para o qual essas medidas

estão sendo desenvolvidas.

Ter conhecimento sobre os

processos e cultura organizacio-

nal do negócio que está atuando

é imprescindível para um técni-

co de segurança do trabalho.

Principalmente no que se refere

a infraestrutura, já que muitas

medidas de seguranças são

ligadas a ela. Isso irá impactar

diretamente no resultado do tra-

principal conjunto normativo de

Segurança e Saúde no Trabalho

(SST), tendo em vista a simpli-

ficação e desburocratização dos

processos de SST. A finalidade

é propor ações de melhoria con-

tínua, a partir de critérios que

devem ser praticados por em-

pregadores e empregados no

âmbito da saúde ocupacional e

da segurança do trabalho.

Para ajudar as empresas

nessa migração de contrato, o

Serviço Social da Indústria do

Espírito Santo (Sesi ES) está

preparando um novo modelo de

prestação de serviços de Segu-

rança e Saúde no Trabalho para

seus clientes. Os agentes de Re-

lações com o Mercado vão en-

trar em contato com sua empre-

balho.

Ter empatia

Através da empatia é possível

se colocar no lugar das pessoas

e entender profundamente seus

anseios. O que ajuda na aproxi-

mação da equipe.

Atitudes empáticas não po-

Empresas têm até agosto para aderir ao Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR)

dem faltar num técnico de segu-

rança do trabalho, pois ele rece-

berá reclamações e sugestões

de melhoria, sendo um porta-

voz dos funcionários para a em-

presa, no intuito de gerar um

ambiente mais seguro.

Ter um bom relacionamento

interpessoal

Proteger a equipe tornando o

ambiente mais seguro é uma ta-

refa quase impossível de ser fei-

ta sozinho. Será preciso contar

com o engajamento de toda e-

quipe.

sa para mais esclarecimentos e

migração dos contratos atuais

com condições diferenciadas.

A empresa pode definir co-

mo será a implementação do

Programa, podendo ser um sis-

tema de gestão desdobrado por

Por isso, esse profissional pre-

cisa ter a qualidade de lidar com

pessoas, com uma comunicação

assertiva, confiante e de credibi-

lidade.

Manter-se sempre atualizado

Por fim, manter-se atualizado

é essencial. O mundo tem mu-

dado rapidamente, novas tecno-

logias têm surgido e quem não

acompanha essas novidades

não consegue desempenhar um

bom trabalho.

Assim, é preciso estar atuali-

zado sobre os procedimentos de

segurança, EPIs e tudo que es-

teja relacionado a manutenção

da saúde e segurança no traba-

lho.

Portanto, aprender novas téc-

nicas e se aprofundar em trei-

namentos constantemente é fun-

damental.

Essas são as principais habi-

lidades que um técnico de segu-

rança do trabalho precisa desen-

volver para gerar resultados sa-

tisfatórios na empresa.

Deseja se manter atualizado,

aprender mais e agregar valor a

sua carreira e de seus funcioná-

rios? A Realizarte quer te ajudar

nessa tarefa!

Inscreva-se gratuitamente no

treinamento “Mudando a forma

de perceber riscos”. O treina-

mento apresenta uma dinâmica

diferente e inovadora que fará

você e sua equipe perceber ris-

cos com maior facilidade. Não

perca tempo, estamos te espe-

rando! N

O Sesi ES vai acompanhar as empresas, oferecendo o suporte

necessário para a migração do novo contrato

unidade operacional, setor ou

atividade. Em caso de dúvida,

envie e-mail para o endereço:

[email protected]

Mais informações no site

www.sesies.com.br N

Continuação da página 10/13

através das ações que só um SESMT próprio pode trazer. Dessa for-

ma, sou contra qualquer tipo de terceirização do serviço, seja de

forma parcial ou integral, e essa postura contrária é a favor da vida”,

declara.

Entidades que representam profissionais do SESMT também são

contrárias à terceirização.

Com esse posicionamento, elas enviaram ao Ministério da Eco-

nomia uma carta conjunta assinada pelos presidentes da Anamt (As-

sociação Nacional de Medicina do Trabalho), Anest (Associação Na-

cional de Engenharia de Segurança do Trabalho), Anent (Associação

Nacional de Enfermagem do Trabalho) e Anatest (Associação Nacio-

nal dos Técnicos em Segurança do Trabalho).

O documento registra que “a terceirização do SESMT é prejudicial

à prevenção dos acidentes e doenças do trabalho, porque ocasionará

a precarização do serviço, diminuindo o valor de remuneração de

seus profissionais e, consequentemente, sua experiência, capacida-

de e competência”.

A carta pode ser acessada CLICANDO AQUI.

POSICIONAMENTO DO SINTESP Marcos Ribeiro, presidente do SINTESP, destaca que a discussão

tripartite em torno da NR 4 é um assunto de longa data.

No momento, a forma como os debates estão sendo conduzidos

suscita algumas preocupações para a bancada dos trabalhadores,

uma vez que a bancada dos empregadores sempre tem uma tendên-

cia a querer reduzir o quadro de profissionais e terceirizar o SESMT.

Como representantes da categoria dos Técnicos de Segurança do

Trabalho, Marquinhos informa que o SINTESP acompanha com mui-

ta atenção essas discussões, pois elas impactam significativamente

em todas as profissões do SESMT, mas principalmente os TSTs.

Segundo ele, para os debatedores da CTPP, há consenso em um

bom número de itens, sendo que praticamente 80% da norma está

consensada.

“O consenso nesses 80% são detalhes, itens que compreendem

correções de textos, por exemplo, mas o que impactam mesmo e de

forma violenta a classe dos TSTs são dois itens, que, inclusive, con-

ferem o caráter de inconstitucionalidade para essas mudanças, a ter-

ceirização do SESMT” e redução do quadro “, aponta.

Segundo Marquinhos, no Ministério Público do Trabalho, já

constam notificações e até processos indicando que é inconstitu-

cional a terceirização do SESMT.

No Brasil temos um quadro desfavorável, com empregadores que

ainda não têm uma consciência prevencionista, lógico não generali-

zando é claro, mas um grande número entende o SESMT como des-

pesa, não como investimento de retorno a médio e longo prazo, em

ganho de produtividade, diminuição de acidentes, redução de litígios

trabalhistas e redução de encargo tributário previdenciário que aca-

ba, fazendo com que esta visão míope da terceirização jogue no ralo

todos os avanços e resultados alcançados.

Outro fator negativo é que o próprio governo encampou esta idéia,

apoiando a terceirização, mas para nós, TSTs, isso é inconstitu-

cional.

Marquinhos informou que houve uma reunião da Comissão Tri-

partite e que a NR 4 não foi pautada e, por isso, não publicada em

Diário Oficial por falta de consenso, apesar da fala de governo e

empregadores que há consenso em 80%.

O que não é verdade, pois de acordo com o presidente do SIN-

TESP, os 20% dessa norma são justamente os itens mais importan-

tes de toda a NR-4, a espinha dorsal, afetando e alterando todo o seu

conjunto, a terceirização do SESMT e redução do número de profis-

sionais.

O presidente do SINTESP afirma que os representantes dos tra-

balhadores na CTPP, estão de parabéns por não terem aceito este

tipo de manobra que levaria à terceirização do SESMT.

Para finalizar o nosso posicionamento enquanto representante da

categoria dos Técnicos de Segurança do Trabalho no Estado, Marcos

afirma que o SINTESP está de acordo com a tomada de decisão da

bancada dos trabalhadores na paralisação das discussões sobre a

NR 4.

Pelo simples fato de que a espinha dorsal da norma está sendo

totalmente dilacerada por dois pontos para os quais o sindicato e

seus associados não concordam, pois precarizam totalmente as con-

dições de trabalho dentro dos ambientes laborais e prejudicam os

trabalhadores causando mais acidentes, doenças, sequelas e mortes,

caso essas propostas de mudanças aconteçam.

“O SINTESP, em nome de sua diretoria, aproveita para agradecer

o trabalho realizado pela Bancada representante dos trabalhadores na

CTPP. Eles têm todo nosso apoio contra as propostas de terceiri-

zação do SESMT e a redução do número de profissionais do SES

MT”, declara Marquinhos. N

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INSCREVA-SE

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Norminha 613, 04/03/2021 Prof. Dr. Carlos Maurício Duque dos Santos

A Ergonomia foi e é conhecida em alguns

países como Human Engineering (Engenha-

ria Humana) tal a sua importância e contri-

buição nas diversas áreas das atividades hu-

manas, especialmente aquelas relacionadas

ao Trabalho (Ergo=Trabalho do grego). A a-

brangência dos conhecimentos da Ergono-

mia em relação as atividades humanas está

muito além das questões físicas (esforço fí-

sico, posturas, movimentos repetitivos, LER/

DORT e mobiliário) que é objeto de estudos

da Ergonomia Física.

Hoje, entende-se que o trabalho humano

vai além das questões físicas, pois as ques-

tões psicológicas, cognitivas e organiza-

cionais influenciam e impactam positiva ou

negativamente no desempenho do indivíduo

no trabalho e nas atividades cotidianas.

Pelas razões acima, os conhecimentos

relativos a Ergonomia Cognitiva e a Ergono-

mia Organizacional são imprescindíveis a

todos os profissionais que necessitam co-

nhecer os problemas do Trabalho (Ergo), se-

jam eles na esfera da Saúde e da Segurança

do Trabalho ou na esfera da administração

do trabalho e dos processos produtivos es-

tudados na Administração da Produção e na

Engenharia de Processos de Produção.

A contribuição da “tecnologia ergonômi-

ca” para realizar as análises ergonômicas,

laudos técnicos de ergonomia, perícias de

acidentes de trabalho, perícias de doenças

ocupacionais, análises e projetos de design

de produtos, máquinas, equipamentos, fer-

ramentas, postos de trabalho e ambientes de

trabalho, é indispensável para qualquer pro-

fissional que deseja otimizar a “qualidade”

do seu trabalho ou a “qualidade” do projeto

de todo e qualquer tipo de produto fabricado

ou de serviços realizados nos processos de

produção. A visão holística e abrangente da

Ergonomia e do Ergodesign (projeto com

conceitos e princípios da Ergonomia Inte-

gral), onde o foco principal é o Homem (u-

suário dos sistemas) e a Usabilidade dos

produtos/equipamentos, postos de trabalho

e suas tarefas nos processo de produção.

A Ergonomia como ciência não é e nunca

foi apenas uma questão de conforto, segu-

rança e saúde no trabalho, mas sim uma área

do conhecimento fundamental para a melho-

Norminha 613, 04/03/2021 Após uma semana de estabili-

dade, os casos suspeitos de

contaminação pela Covid-19

nos canteiros de obras do Esta-

do de São Paulo voltaram a su-

bir ligeiramente, de 0,30% para

0,38% do número de trabalha-

dores. Já os casos confirmados

se mantiveram em 0,13%.

Os dados foram apurados pe-

la 40ª Pesquisa ‘Conhecendo as

Ações das Construtoras Paulis-

tas no Combate à Covid-19’, re-

alizada semanalmente pelo Sin-

dicato da Construção Civil do

Estado de São Paulo (Sindus

Con-SP) e Serviço Social da

Construção (Seconci-SP).

De acordo com os presiden-

ria da Qualidade dos Produtos, dos Proces-

sos de Produção e da Qualidade de Vida no

Trabalho (QVT), sendo ela (Ergonomia) con-

siderada um "diferencial competitivo" e ge-

radora de “lucros/ganhos” e não apenas ge-

radora de "custos/perdas", como é vista pe-

las empresas que desconhecem seus princí-

pios e objetivos.

Acreditamos e trabalhamos para que a Er-

gonomia no Brasil cumpra o seu importante

papel em relação a Segurança no Trabalho e

a Saúde Integral dos trabalhadores brasi-

leiros (inclusive aqueles com "necessidades

especiais" e/ou com "limitações" diversas),

bem como contribua para as empresas bra-

sileiras tornarem-se mais produtivas e com-

petitivas no mercado mundial acompanhan-

do a nova onda global denominada "Hu-

manware", que vai além das certificações da

qualidade do design de produtos, dos mé-

todos e processos de produção e dos am-

bientes de trabalho, conforme orienta as

Normas ISO de Ergonomia.

Já estamos na “Indus 4.0” (lê-se “Indus 4

ponto zero”) é o nome dado a quarta geração

da indústria, onde as fábricas são robotiza-

das, automatizadas e controladas digital-

mente pela inteligência artificial (I.A.), mas

criadas por humanos e para o bem-estar de

humanos, e isso, necessariamente, vai exigir

novos conhecimentos dos profissionais de

todas as áreas de atuação (no uso de pro-

dutos/equipamentos no trabalho ou em

outros ambientes, inclusive no doméstico e

no virtual), assim, a Ergonomia Integral (Fí-

sica, Cognitiva e Organizacional) aliadas ao

Ergodesign (projeto ergonômico) tem muito

a contribuir para esta nova demanda.

É com este “olhar” que iniciamos as nos-

sas atividades profissionais em 2021, seja

no ambiente acadêmico das salas de aula ou

nas empresas onde atuamos como consul-

tor/assessor, para atender a Legislação de

Ergonomia do Ministério do Trabalho atra-

vés da Norma Regulamentadora NR-17 em

sua nova revisão. E a partir de 2021, deverá

também atender o eSocial, o que significa

que as empresas e todas as instituições e ór-

gãos públicos (municipal, estadual e fede-

ral), deverão realizar a Análise Ergonômica

dos Ambientes de Trabalho e desenvolve-

rem e implementarem a nova NR-1, que trata

do GROGestão dos Riscos Ocupacionais e o

tes do SindusCon-SP, Odair

Senra, e do Seconci-SP, Haruo

Ishikawa, a ligeira elevação dos

casos suspeitos, embora ainda

reduzida, reflete a escalada ge-

neralizada da infecção por Co

vid-19.

“Estamos diante de novas ce-

pas mais transmissíveis, o que

exige cuidados redobrados nas

obras, nos trajetos e nas resi-

dências. Se o trabalhador sentir

qualquer sintoma, deve ser en-

caminhado imediatamente ao

médico. Quanto antes ele tiver

esse acompanhamento, meno-

res são as chances de necessitar

de internação hospitalar”, reco-

mendam Senra e Ishikawa.

Nesta 40ª rodada, foram obti-

Um “Olhar” sobre a Ergonomia no Mundo e sua Relação com a Indus 4.0 e a Sociedade 5.0 (I.A.)

das respostas de 42 empresas,

responsáveis por 530 obras, en-

volvendo 34.848 empregos di-

retos e terceirizados, de 18 a 24

de fevereiro.

Os presidentes do Sindus

Con-SP e do Seconci-SP reafir-

mam o convite para mais empre-

sas com obras no Estado de São

Paulo participarem das próxi-

mas rodadas; basta enviar um e-

mail para pesquisacovid-

[email protected] e o Se-

conci-SP entrará em contato pa-

ra incluir a construtora na en-

PGR-Programa de Gerenciamento de Ris-

cos, sendo obrigatório o Controle e o Ge-

renciamento dos Riscos Ergonômicos, atra-

vés de projetos dos postos de trabalho e dos

processos de produção para a adequação

ergonômica dos ambientes e dos sistemas

de produção, e dentro dos prazos estabe-

lecidos por lei, sob pena de sansões legais

no não atendimento da Legislação de SST,

de Ergonomia e do eSocial. N

*

Prof. Dr. Carlos Maurício Duque dos Santos

. É designer industrial, mestre e doutor em

Engenharia de Produção com ênfase em Er-

gonomia Corporativa pela Escola Politécni-

ca da USP e UNIP.

. Tese de doutorado: ERGODESIGN-Mode-

los de Avaliação da Qualidade Ergonômica

de Produtos, Postos de Trabalho e Condi-

ções de Trabalho em Processos de Produ-

ção;

. Professor de Ergonomia, Ergodesign e de

Acessibilidade nos cursos de Mestrado pro-

fissional em Ergonomia da UFPE-Univer-

sidade Federal de Pernambuco, de Medicina

do Trabalho da UNIBRUniversidade Brasil,

da pós-graduação em Engenharia de Segu-

rança do Trabalho da UNIP e pós-graduação

em Ergonomia do SENAC-SP e nos cursos

de graduação em Engenharia de Produção,

Engenharia Civil, Design do Produto e Ar-

quitetura e Urbanismo da UNIP há mais de

30 anos.

. Diretor técnico da DCA Ergonomia & De-

sign (www.dcaergonomia.com.br) é consul-

tor de Ergonomia há 42 anos. É um dos pre-

cursores na aplicação da Ergonomia no

desenvolvimento de projetos de Ergodesign

no Brasil iniciado no final dos anos 70 no

GAPP-Grupo Associado de Pesquisa e Pla-

nejamento dirigido pelo Prof. Sérgio Penna

Kehl.

. Ergonomista Sênior certificado pela A-

BERGO - Associação Brasileira de Ergono-

mia, da qual é associado há quase de 40

anos. A mais de 30 anos participa como pa-

lestrante, conferencista e articulista em di-

versos congressos nacionais e internacio-

nais de Ergonomia e de Segurança e Saúde

no Trabalho, é do Conselho Editorial da Re-

vista Proteção e articulista de Ergonomia

das revistas CIPA e PROTEÇÃO desde 1991.

quete. As entidades garantem si-

gilo absoluto sobre as informa-

ções prestadas.

A matéria integra o Mapea-

mento de Boas Práticas em Res-

ponsabilidade Social no setor da

construção durante a pandemia

do coronavírus dentro do ‘Proje-

to Responsabilidade Social e a

Valorização do Trabalhador’, re-

alizado pela Câmara Brasileira

da Indústria da Construção (CB

IC), em correalização com Servi-

ço Social a Indústria (Sesi Na-

cional). N

Norminha 613, 04/03/2021 A Câmara Brasileira da Indústria

da Construção (CBIC) participa

hoje, quinta-feira (04/02), às

10h, do lançamento do Movi-

mento pela Integridade do Setor

de Engenharia e Construção (MI

SEC) pela Rede Brasil do Pacto

Global e Instituto Ethos. O obje-

tivo é mobilizar o setor para a

consolidação de um ambiente é-

tico, íntegro e de permanente

combate à corrupção e defesa da

livre concorrência para gerar no-

vas oportunidades de negócios

com isonomia, ativando toda a

cadeia de valor do setor.

No setor empresarial, o mo-

vimento em prol da integridade

e transparência tem amadure-

cido e começa a contar com o

engajamento crescente das em-

CBIC participa do lançamento do Movimento de Integridade do setor

presas e organizações de diver-

sos segmentos da economia.

As grandes empresas de en-

genharia e construção entendem

que tem papel crucial a desem-

penhar na mobilização das suas

cadeias. Se o esforço de inte-

gridade não chega nas pontas,

não conseguem ser efetivos.

A iniciativa fornecerá mate-

riais de capacitação, treinamen-

tos, mobilização e engajamento

da cadeia de valor em prol da in-

tegridade. N

Construção lança campanha contra a Covid-19 nos canteiros de obras

Norminha 613, 04/03/2021 A pandemia do novo corona-

vírus ainda não acabou e para

reforçar os cuidados em preven-

ção à Covid-19, o Sindicato da

Indústria da Construção do Es-

tado do Pará (Sinduscon-PA)

lançou na terça-feira (02/03) a

campanha ‘Com Cuidado Se

Constrói’, em parceria com Ser-

viço Social da Indústria (Sesi-

PA). A ação visa alcançar mais

de 2 mil trabalhadores, diretos e

indiretos da construção, ao levar

para mais de 30 canteiros de o-

bras palestras e dinâmicas sobre

sua prevenção e esclarecimen-

tos sobre a vacina.

O canteiro de inauguração foi

o do edifício anexo à sede da

Procuradoria da República no

Estado do Pará da empresa Qua-

dra Engenharia, associada ao

Sindicato. Participaram do e-

vento 30 trabalhadores, além de

engenheiros, técnicos e a equipe

técnica do Sesi-Pará.

Para o presidente do Sindus-

con-PA, Alex Carvalho, a cam-

panha é muito importante para

manter os canteiros de obras se-

guros. “Estamos iniciando mais

uma etapa do ‘Com Cuidado Se

Constrói’, uma campanha do

Sindicato da Indústria do Estado

do Pará, junto com o Sesi-Pará

trazendo para os canteiros de o-

bras novamente toda a necessi-

dade de se manter todas as me-

didas protetivas e de prevenção

ao contágio do coronavírus”,

comentou.

O dirigente ressalta que a cam-

panha vai além de uma prática

institucional, mas age como a-

gente de mudança para o bene-

fício da sociedade, como um to-

do. “Além de uma ação institu-

cional é um dever nosso fomen-

tar e propagar essas boas práti-

cas, tendo em vista a essência-

lidade do nosso setor, da manu-

tenção das atividades e que para

isso, requer que haja um total

rigor do cumprimento das medi-

das protetivas”, frisou.

O engenheiro Sebastian Ges-

ter, responsável pela obra e re-

presentante da empresa Quadra

Engenharia declarou a necessi-

dade da segunda etapa para os

canteiros de obras. “Foi muito

importante a vinda do Sindus-

con-PA e do Sesi para trazer in-

formação a respeito da pande-

mia. A segunda fase é necessá-

ria, pois reforça as informações

para novos trabalhadores. Além

do que o vírus não é o mesmo,

sofreu mutações, então é impor-

tante novas recomendações.

Sendo assim, podemos aplicar

maneiras mais precisas de pre-

venção ao vírus”, disse.

Raphael Barbosa, diretor de

operações do Sesi-Senai, falou

sobre a campanha. “Levamos al-

gumas palestras sobre as medi-

das necessárias para continuar

trabalhando com segurança. O

setor da construção civil já tem

uma série de normas exigidas

em razão da pandemia. É salutar

que nós façamos o reforço das

medidas necessárias para conter

a proliferação do covid-19.

Empresas interessadas em

aderir ao programa podem en-

trar em contato com o Sindus

con-PA pelos telefones:

(91) 99194-6592 ou (91)

981621664.

N

Construção recomenda reforço na prevenção em canteiros, trajetos e residências

Page 13: Revista Digital Semanal Norminha...dias perfeitos, mas o fato é que Quando comecei a reconhe Sofia Jucon especializada em Meio Ambiente e Sustentabilidade, editora do Canal Ecowords,

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 613 - 04/03/2021 - Fim da Página 13/13

Abaixo tamanhos e valores das publicidades, por edição, por 3 meses e por 6 meses Tamanhos padrão Por edição Por mês Por 03 meses Por 06 meses

Norminha A: 01 coluna por 13,48 cm R$52,00 R$200,00 R$530,00 R$920,00

Norminha B: 02 colunas por 6,08 cm R$52,00 R$200,00 R$530,00 R$920,00

Norminha C: 04 colunas por 6,06 cm R$73,00 R$280,00 R$670,00 R$1.290,00

Norminha D: 06 colunas por 6,08 cm R$109,00 R$420,00 R$1.000,00 R$1.930,00

Norminha E: 02 colunas por 13,46 cm R$73,00 R$280,00 R$670,00 R$1.290,00

Norminha F: 02 colunas por 26,92 cm R$109,00 R$420,00 R$1.000,00 R$1.930,00

Norminha G: 03 colunas por 20,20 cm R$109,00 R$420,00 R$1.000,00 R$1.930,00

OBS: Nos contratos de duração por 6 meses,

o cliente terá espaço em todas as edições para divulgar artigos relacionados à sua atuação no mercado

ATENÇÃO: Os pagamentos são antecipados ao tempo de duração,

com emissão de contrato, NF e boleto, ou depósito em conta corrente.

Norminha C - 04 colunas por 6,08 cm R$73,00/edição; R$280,00/mês R$670,00/03 meses; R$1.290,00/06 meses.

Norminha F - 02 colunas por 26,92 cm R$109,00/edição; R$420,00/mês; R$1.000,00/03 meses; R$1.930,00/06 meses.

APRESENTAÇÃO:

Norminha é editada toda quinta-feira e enviada

gratuitamente para mais de 3 milhões de e-mails de

profissionais de todos os estados brasileiros,

devidamente cadastrados e autorizados.

Norminha também é divulgada, toda quinta-feira, em

mais de 450 Grupos de WhatsApp, Telegram,

Facebook, Linkedin, Youtube e

faz parte de intranet de várias empresas.

Para impressão o seu formato é de A3 (30,40 cm de

largura por 40,40 cm de altura. Possui 6 colunas e um

belo visual com todas as notícias destacadas por fundo

colorido para manter foco e visualização.

Todas as edições permanecem hospedadas e

disponíveis ao acesso gratuito no site

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FALE CONOSCO: [email protected] Whats 18 99765-2705

Página 13/13 - Norminha - Nº 613 - 04/03/2021 - ANO 13 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST – Registro Mte 51/09860

Norminha E 2 colunas/13,46 cm R$73,00/edição; R$280,00/mês R$670,00/03 meses; R$1.290,00/06 meses.

Norminha A 1 coluna/13,46 cm R$52,00/edição; R$200,00/mês; R$530,00/03 meses; R$920,00/06 meses.

Norminha B 2 colunas/6,08 cm R$52,00/edição; R$200,00 mês; R$530,00 03 meses; R$920,00 06 meses.

Norminha D 06 colunas por 6,08 cm

R$109,00/edição; R$420,00/mês;

R$1.000,00/03 meses; R$1.930,00/06 meses.