revista di rolê 3ª edição

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Dezembro/2013 :: Revista Di Rolê :: 1

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Já ouviu falar no programa brasiliense Minha Brasília? Poisé, o jonalista Daniel Zukko está sob a direção de uma série de entrevistas realizadas dentro de uma brasília amarela. Leia mais nesta edição!

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Dezembro/2013 :: Revista Di Rolê :: 1

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SIMPLICIDADE!

www.amandaviviele.com.br(61) 3522.5223

Quem disse que comunicação tem que ser cheia de coisas

que fazem mais coisas?

Experimente o conceito

menos é mais e descubra o resultado de uma

comunicação pensada para você!

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SIMPLICIDADE!

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Quem disse que comunicação tem que ser cheia de coisas

que fazem mais coisas?

Experimente o conceito

menos é mais e descubra o resultado de uma

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Sumário10Coluna ECOSer ecoeficiente é fator de sucesso nas empresas

18Quero Comer

O artista gastronômico e os pães artesanais

38Hits

Os “Magnatas” e o rock itinerante

24Na BaladaFesta atinge maioridade e leva cultura hip hop para todos

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Editorial

Cultura e informação de qualidade sempre foram bem vindos por todos. Gradativamente, têm chegado aos lares dos brasilienses – por meio do em-penho de jovens jornalistas e por modernos meios de comunicação – notí-cias antes não tão disseminadas aqui na capital.

É com enorme satisfação que o time da revista Di Rolê apresenta a 3ª edição de um projeto cada vez mais ambicioso em conquistar seu espaço no mercado. A promessa de reforçar uma cultura alternativa “made in BsB” e modernizar a forma de fazer jor-nalismo torna-se cada vez mais real.

Nesta edição especial de final de ano, o leitor terá como matéria de capa uma entre-vista com o criativo cidadão candango, Daniel Zukko, que inovou e se destacou na webTV, com o programa "Minha Brasília".

Negócios ecoeficientes é o que traz a editoria Coluna Eco, com destaque a alunos empreendedores do curso de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UnB). Já ouviu falar em panificação gourmet? Pois é, a Di Rolê apresenta com exclusividade um assunto de dar água na boca, sobre essa novidade gastronômica lançada pelo chef argentino, Juan Torassa, em Brasília.

Estas e outras novidades, o leitor Di Rolê certamente irá desfrutar em mais uma edi-ção do nosso periódico.

Boa leitura,

Júlia DalóiaDiretora Executiva

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Exposição

JKInteratividade é a proposta para se conhecer melhor

a história da nossa capital

A ideia é simples: cele-brar com uma mos-tra, à altura dos ho-menageados, os 111

anos do presidente que criou a capital e mudou a cara do Brasil.

Apesar da simplicidade ofere-cida, o projeto final apresen-ta-se complexo. A mostra "JK" abrirá suas portas ao público de setembro de 2013 a janeiro, em Brasília. É comemorado, em exposição interativa, um momento histórico de valor inquestionável para o Brasil: o

nascimento de um país moder-no, quando o presidente Jusce-lino Kubitschek apresentou o Plano de Metas para o desen-volvimento do Brasil, com foco na construção de Brasília.

Para realizar a tarefa, JK reu-niu um time de peso que con-tou com nomes como Lúcio Costa – arquiteto responsável por parojetar o Plano Piloto –, Oscar Niemeyer – arquite-to consagrado que desenvol-veu a arquitetura moderna e projetou edifícios cívicos –,

Bernardo Sayão – engenheiro responsável pela construção da rodovia Belém-Brasília –, entre outros. Graças a tais per-sonalidades e ao Plano de Me-tas, Brasília, o patrimônio da humanidade, foi construída em tempo recorde.

A exposição conta com jornais, revistas, vídeos e fotos da época, além de sete telas touchscreen para que o público possa inte-ragir com o material e acom-panhar os desafios enfrentados pelos que desbravaram o cerra-do ao concretizar grandes obras como o Catetinho, os Palácios da Alvorada e do Planalto, a barragem do Paranoá e a Espla-nada dos Ministérios.

Programa recomendado pela Di Rolê neste verão, essa incrível viagem no tempo pode ser con-templada de terça a domingo, das 9h às 18h no Memorial JK, que fica na Praça do Cruzeiro, no Eixo Monumental. Os valo-res são R$ 10,00 a inteira e R$ 5,00 a meia entrada. Confira!

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Ana Luiza Medeiros e Lucas Nasser

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Álbum!

ViníciusARCA DE

Djenane Arraes

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Caso tivesse a vita-lidade de Oscar Niemeyer e Dona Canô, o poetinha

Vinícius de Moraes come-moraria em vida o centená-rio neste ano. Imagine como estaria este carioca? É prová-vel que o médico lhe cortasse o consumo do tão apreciado uísque à algum tempo. Por outro lado, talvez Vinícius continuasse a compor algu-mas gemas entre os vários os banhos prolongados que gostava de tomar na banhei-ra. Foi assim, na mansidão da água morna, que muitos clás-sicos surgiram. Talvez conti-nuasse a receber os amigos entre carinhosas palavras e os chamassem para compor uma “musiquinha”. Por isso foi apelidado de “poetinha”: tinha o hábito de dizer pala-vras no diminutivo. Nenhu-ma referência à obra: esta grande e expressiva.

Vinícius de Moraes foi em-bora deste plano em 1980 na cidade em que nasceu e com o fígado em perfeitas condi-ções, como o maior parceiro, Tom Jobim, gostava de dizer em entrevistas. Mesmo com o aniversariante ausente, come-morações foram feitas, privi-légio destinado aos grandes. Entre diversas homenagens, uma das mais significativas foi o tributo ao disco “A Arca de Noé”, lançado em outu-bro deste ano. Nele, tal como aconteceu no original, vários artistas dos mais diversos esti-los fazem suas leituras para os poeminhas sobre os animais.

Tem Erasmo Carlos fazendo roque em “O Pintinho”, Zeca Pagodinho transformando “O Pato” em pagode, e Ivete San-galo desferindo axé em “A Ga-linha d’Angola”. Mas também tem Gal Costa, Orquestra Im-perial e Marisa Monte.

Tal como a poesia é a base da obra de Vinícius, “A Arca de Noé” não poderia ter ou-tra origem. Trata-se de uma coletânea de poemas infan-tis feitos especialmente para Suzana e Pedro de Moraes, filhos do poetinha. O lança-mento aconteceu em 1970 na Itália e, no mesmo ano, também na Europa, Toqui-nho os musicou. “A Arca de Noé” tornou-se uma das obras mais populares de Vi-nícius de Moraes e ganhou a versão nacional dez anos em dois volumes com o mes-mo formato do tributo mais atual: vários artistas fizeram suas respectivas leituras. Foi

quando aconteceu especial da Globo e o marco para uma geração de crianças, a qual me incluo.

As canções da Arca de Noé foram um exemplo de como a arte entra na vida de al-guém de forma natural. Lem-bro de que cantava “O Pato” e “A Casa” (minhas favo-ritas) junto aos colegas de classe sem saber quem era o autor, ou que aquilo era po-esia. Eram apenas palavras ritmadas que fluíam, de que gostava e que me faziam can-tarolar de forma espontânea. Carrego as rimas comigo até hoje. Se fazer bem às pessoas não for uma das finalidade da arte, então não sei qual é. O que sei é que a obra de Vi-nícius desperta os melhores sentimentos, mesmo quando ele tem um pouco de melan-colia. São coisas de um poeti-nha centenário que construiu uma obra imortal.

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Coluna ECO!

Ser ecoeficiente é FAtOR de SuCESSO nas empresas

Negócios em Brasília destacam-se no mercado por adotarem práticas de produção sustentáveis

Júlia Dalóia

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Para funcionar nor-malmente uma so-ciedade moderna necessita de bens de

consumo, estabelecer relações sociais e desenvolver-se eco-nomicamente. A busca pela satisfação é notável em todos nós, que buscamos sempre por produtos de qualidade e servi-ços mais eficientes.

Porém, gradativamente, nota-se a escassez dos recursos natu-rais, que são findáveis e podem esgotar-se rapidamente com os rumos desenfreados do cresci-mento e do consumo humano.

Por isso, há aproximadamente 30 anos a reação mundial foi marcada pela pressão sobre as grandes corporações, mesmo momento em que foi criado o conceito de ecoeficiência, cujo principal objetivo era reduzir o impacto ambiental e aumentar a rentabilidade.

Segundo uma pesquisa rea-lizada pelo Guia EXAME de Sustentabilidade 2012, das 123 empresas brasileiras entrevis-tadas, 70% delas contemplam em seu planejamento estraté-gico investimentos para redu-zir emissões de gases estufa e a busca por negócios relaciona-dos à economia verde.

Ter um negócio ecoeficiente nos dias atuais é fator de suces-so para empresas de pequeno, médio e grande porte. O que qualifica esse tipo de atividade é a entrega de produtos e ser-viços a preços competitivos, que satisfaçam as necessida-

Fotos: Fernando Aguiar

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Coluna ECO!des humanas e proporcionem qualidade de vida, aliados à redução do impacto ambiental, equilibrando, assim, a atuação econômica e ambiental.

A ecoeficiência engloba um le-que de ações multidisciplinares onde todos os integrantes de uma empresa são parte funda-mental deste trabalho. É o caso da gráfica Athalaia, fundada em 1987, em Brasília. A equipe da empresa – considerada de mé-dio porte – é composta por 55 pessoas, desde administradores até economistas e programado-res. Atestados pelos principais selos e entidades certificadoras ambientais disponíveis no mer-cado, os serviços de confecção de produtos editoriais e promo-cionais (livros, revistas, jornais, folders e panfletos) da empresa seguem um alto padrão de sus-tentabilidade, em que são utili-zadas tinta e chapa ecológicas e papel proveniente de refloresta-mento. Além disso, tão impor-tante quanto essas práticas é a destinação correta de resíduos, tanto para reciclagem (papel e

chapa), quanto para tratamento químico – se necessário.

De acordo com o Diretor da gráfica Athalaia, Diego Santos, "mesmo as empresas deste se-tor sendo vistas como vilões, é possível manter as operações sem agredir o meio ambiente. Não importa em que tipo de negócio você está, se houver interesse, sempre há uma for-ma mais sustentável de fazê-lo".

Foi pensando em gerar um negócio com baixo potencial poluidor que a empresa jú-nior ECOFLOR foi fundada, em 2008, por estudantes do curso de Engenharia Flores-tal da Universidade de Brasí-lia (UnB). A iniciativa é vista como um excelente exemplo de ideia inovadora. A equipe, que conta hoje com 26 inte-grantes – estudantes do pri-meiro ao décimo semestre –, executa serviços de arboriza-ção e paisagismo, elaboração de estudos ambientais, geren-ciamento de áreas silvestres, além do planejamento e admi-

nistração de plantios florestais. Mas é realizando a neutraliza-ção de carbono de empresas e eventos – por meio da certifi-cação do selo EcoZero – que a empresa alça grandes opor-tunidades neste segmento do mercado. Além da qualidade dos serviços, o diferencial é o preço praticado, que pode ser até 60% mais em conta que os cobrados pelo mercado.

Mesmo tendo avançado nos últimos anos em temas rela-cionados ao desenvolvimento sustentável, as empresas brasi-leiras ainda tem um longo ca-minho a percorrer.

A falta de tempo e outras prioridades são algumas das justificativas dadas. Por isso, fica aqui uma questão para ser refletida, pois redução de custos, preços competitivos, sustentabilidade da empresa, fortalecimento da marca e expansão de mercado sempre são prioridades nas empresas e é possível, sim, atingir estas metas sendo ecoeficiente.

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Di Rolê!

A cidade que cativa seus VISItANtES tem OpçõES para todos os gostos

Pirenópolis é um dos locais mais procurados pelos brasilienses, em finais de semana e feriados

Júlia Dalóia e Luiz Felipe Brandão

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O município históri-co de Pirenópolis está localizado no Estado de Goiás e a

150 km de Brasília. Este é, cer-tamente, um dos refúgios pre-diletos do candango e amantes da natureza.

A pequena e aconchegante vila foi fundada em 7 de outubro de 1727 e batizada inicialmen-te de Minas de Nossa Senhora do Rosário Meia Ponte, devido a uma enchente que derrubou parte da ponte sobre o Rio das Almas. Passou a chamar-se ofi-cialmente Pirenópolis em 1890, por estar cercada pela serra dos Pireneus.

Quem visita o local logo nota e exuberância da vegetação típica da região, o Cerrado, e encan-ta-se com as espécies nativas de flores e frutos. Nas antigas cons-truções coloniais, as vendas de produtos artesanais destacam-se pela produção caseira dos nati-vos. Delícias como os sorvetes de Cagaita e Jatobá e o empadão goiano são marcas registradas de Pirenópolis, que está tomada por bares e restaurantes gourmet.

Depois de desfrutar um almoço com comida caseira é hora de aproveitar o ecoturismo, repleto de atividades para os visitan-tes aventureiros. A correnteza do Rio das Almas torna o Boia Cross uma das opções de ativi-dades ao livre mais interessante. O rappel também pode ser feito em alguns pontos da região, que apresenta diversas opções de ca-choeiras e pontos altos.

Conhecer a cultura local e par-ticipar das festas folclóricas, conferir a feirinha de artesa-nato e andar pelas ruas de pe-dra da cidade, sem dúvida, são dicas que você deve seguir, ao visitar Pirenópolis.

! Dicas Di Rolê

As cachoeiras do Lázaro e a de Santa Maria - também conheci-da como Cachoeira do Inferno - são as indicadas para o leitor Di Rolê. Elas estão localizadas em uma mesma propriedade particular - a Reserva Ecológica Vargem Grande. Dentre as festas populares, a principal é a do Divino Espírito Santo, que acontece 45 dias após a Semana Santa. Praticamente o que a define são as cavalhadas, atividade considerada como uma das maiores atrações folcló-ricas da América do Sul. Há tam-bém a Romaria até a Serra dos Pireneus, na 1ª semana de julho.

É fundamental conhecer alguns edifícios históricos, como a Igreja Matriz e a do Nosso Se-nhor do Bonfim, de 1750; o Tea-tro Pirenópolis, de 1899; a Casa da Rua Direita, de 1852, além da Fazenda Babilônia, com um belo casarão colonial. Aos interessados em aproveitar a noite de Pirenópolis, a rua do lazer é o melhor local para sen-tar em um dos diversos bares e restaurantes ali instalados e curtir um momento tranquilo, após um dia intenso de sol a muita cachoeira.

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Entrevistas!

Clarice Gulyas

NElSON pIQuEt fala sobre o amor por Brasília à Di Rolê

Em entrevista exclusiva, ex-piloto e tricampeão mundial de Fórmula 1 também homenageia segunda mãe e ex-babá

Uma das grandes p e rs on a l i d a d e s da capital, Nelson Piquet conta à Di

Rolê porque trocou o Rio de Janeiro por Brasília. O ex-pi-loto, que passou recentemen-te por uma cirurgia cardíaca em São Paulo, também avalia sua trajetória profissional após completar 61 anos.

Filho do médico pernambu-cano e ex-ministro da Saú-de, Estácio Gonçalves Souto Maior, e da dona de casa per-nambucana Clotilde Piquet, Nelson Piquet nasceu no Rio em 1952. Mas foi na recém-inaugurada Brasília que Pi-quet passou grande parte da infância, fez amigos, cursou Engenharia Mecânica na Uni-

versidade de Brasília (UnB) e conheceu a “liberdade”.

“Cheguei a Brasília com 7 para 8 anos de idade, come-cei a estudar aqui e morava na superquadra da 107 sul. Nos primeiros três ou quatro anos que moramos aqui, a gente ia passar as férias no Rio de Ja-neiro, mas depois de alguns

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Claudiana da Silva, de 91 anos. A ex-babá e segunda mãe do eterno campeão continua cui-dando e fazendo orações pela família Piquet. Com apenas 16 anos, ela passou a traba-lhar como babá para a família, onde também ajudava nos afa-zeres domésticos. Cozinheira de mão cheia, Ignácia revela que sempre mimou Nelsinho (como gosta de chamar Pi-quet) e seus três irmãos: Alex, de 70 anos, Geraldo, de 69 e Gerusa, de 66.

“A Ignacinha é tudo para a gente. É nossa mãe junto da outra mãe (Clotilde, que mor-reu em 2007, aos 84 anos). Nós temos um carinho enorme por ela, é uma pessoa fantástica e está aqui até hoje, morando do nosso lado. A gente cuidando dela e ela da gente”, comenta Nelson, que não deixa faltar nada à mãezona.

anos, quando eu tinha 12 ou 13 anos, eu já não queria mais ir embora. Queria passar as férias aqui. A gente tinha uma vida de amigos, de aventu-ras, tínhamos um sítio na 23 (Lago Sul) e em 1968 viemos morar aqui (Lago Sul). Acho que Brasília é um paraíso para a gente, foi uma liberda-de muito grande e na minha época mais ainda porque mi-nha mãe tinha uma granja e meu pai era deputado, então minha adolescência foi solto, sem pedir permissão para fa-zer nada”, comenta o ex-piloto e empresário.

! Investimento

Depois que ingressou no auto-mobilismo ainda adolescente, Nelson conquistou visibilida-de muito rápido, o que fez com que ele se mudasse para São Paulo e posteriormente para a Europa, na década de 70. Consagrado na Fórmula 1, ele voltou a Brasília em 1991, com títulos de campeão do mundo em 1981, 1983 e 1987.

“Com uns 15 anos fui para os EUA estudar durante um ano, quando voltei comecei a traba-lhar aqui em mecânica e ofici-nas, comecei a correr de kart e saí daqui para as corridas. Já em 1974, fui morar em São Paulo e, em 1976, fui para a Europa e só voltei para morar definitivamente em Brasília no ano de 1991”, conta.

Sobre a paixão pela cidade, Nelson afirma que foi con-quistado pelo extenso espaço e

“paz” que a cidade nova tinha a oferecer. Atualmente, o ex-piloto possui na capital a em-presa Autotrac, pioneira em monitoramento de caminhões de carga. Ele também conta que um dos seus passatempos favoritos é trabalhar durante a manhã em sua coleção de car-ros importados.

"Tudo me conquistou aqui. O clima é muito bacana. A cidade inteira era uma pista de corrida porque não tinha sinal, não tinha cruzamento. E quando voltei para o Brasil, foi para morar em Brasília. Não quis morar no Rio nem em São Paulo, quis morar aqui. Montei minha empresa, onde faz 20 anos que traba-lho, e fui bem sucedido. Eu e Geraldo (irmão de Piquet) compramos isto há 30 anos, uma fazenda dentro da cida-de, que é um lugar maravi-lhoso. Adoro Brasília”, diz o empresário, que hoje emprega mais de 1.500 funcionários.

! Amor de mãe

Outra paixão na vida de Nel-son é a paraibana Ignácia

Acesse e confira a entrevista na íntegra, em vídeo, com Nelson Piquet e Ignácia, no site da

revista Di Rolê: www.arevistadirole.com.br

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Quero Comer!

Danilo Monteiro

O artista gAStRONôMICO e os pãES artesanais

O chef argentino Juan torassa apresenta técnicas variadas e revela que cozinhar é uma arte

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Há cerca de dois anos, um argentino de-sembarcava no Bra-sil com a vontade

de desbravar terras brasileiras e descobrir novas especiarias. For-mado no Instituto Argentino de Gastronomia (IAG), Juan Torassa já foi chef de grandes restaurantes do nosso país vizinho, mas que-ria mais do que ficar na cozinha e comandar uma equipe. O ob-jetivo era sair do comum, buscar experiências prazerosas e receitas inéditas. E foi na panificação que Torassa encontrou um caminho alternativo para aquilo que fazia. E não são simples pães artesanais, mas todo um processo de técni-cas variadas, aliadas ao preparo cuidadoso e feitas com esmero.

Torassa carrega na bagagem as es-pecialidades oriundas das terras argentinas, mas também apresen-ta toda a ascendência italiana. Ao lado de seu companheiro e assis-tente, Leno Veras, o gastrônomo segue com três linhas de traba-lhos, mas o principal é o “Bene-detto Pane – Especiarias Forne-adas”. As outras duas atividades são o “La Mancha Voraz” e “Mes-tre D’Ofício”. O Benedetto Pane é um projeto focado na panifica-ção. O nome parte de um con-ceito antigo na Itália, quando o último pão era guardado no açú-car para caso de necessidade. Até hoje esse ritual acontece no país da bota. “A ideia é trabalhar com o conceito de pães artesanais, mas com o resgate de uma panificação manufaturada, de utilizar técnicas antigas”, explica Veras.

A confecção dos pães é total-mente caseira e a demanda é de acordo com os pedidos realizados

pelos clientes. Estes foram con-quistados através do boca a boca. O começo foi como o habitual: primeiro para os amigos, depois os amigos dos amigos e chegou aos familiares deles. Desta forma, o talento de Torassa foi transmi-tido de forma natural. A pessoa que degusta os pães artesanais vai poder provar de duas linhas: a tradicional e a autoral, que tem as invenções do chef. “Às vezes tinha umas misturas bem loucas. Uma delas foi com arroz e feijão no pão. Outra bem diferente foi de chorizo com mate”, lembra o assistente de Torassa.

O argentino tem todo cuidado com a preparação dos produtos, em especial com a qualidade da matéria prima. Ele utiliza alimen-tos orgânicos, alguns do próprio quintal da casa, onde tudo é prepa-rado, e uma farinha mais refinada – triplo A (AAA). “O Juan traba-lha com dupla fermentação, cujos fermentos são biológicos e frescos, além de trabalhar com masa ma-dre (massa mãe), que é uma forma de produzir diferentes pães a partir de uma só feitura”. Segundo Ve-ras, as colorações encontradas nos produtos são naturais. A cor rosa-da, por exemplo, vem da beterra-ba. As douraduras são resultados de técnicas tradicionais da manu-fatura de pães artesanais.

Para Torassa, o diferencial no seu negócio é a experimentação e pes-quisa em panificação étnica, “asso-ciando as formas de fazer pães de diferentes culturas à ingredientes regionais”. Na cozinha, o chef ar-gentino não tem esquecido aque-les que possuem restrições ali-mentares. São trabalhos especiais para hipertensos, diabéticos, into-

lerantes à lactose e, também, para celíacos – pessoas geneticamente predispostas a doenças que afetam o intestino delgado pela ingestão de glúten. “É algo que o Juan tem a maior dedicação para que todos possam ter acesso a seus produtos. Então, ele busca alternativas gas-tronômicas para que isso aconte-ça”, revela o assistente.

Hoje microempresários, Torassa e Veras têm sido figurinhas carim-badas em feiras de gastronomia. Recentemente, a dupla esteve no “Quitutes da Orla”, realizado no dia 9 de novembro, na Ermida Dom Bosco. O evento reuniu mais de 20 chefs de Brasília, com degustação de criações autorais a preços populares. Os dois não têm a pretensão de abrir um res-taurante, querem seguir com o modelo atual de gastronomia ca-seira mais exclusiva, com clientes fiéis. E é muito simples fazer parte da clientela. Basta apenas enviar um email para [email protected] e se cadastrar no mai-ling para encomendas.

As festas de fim de ano estão mui-to próximas. O natal é uma data especial e pães artesanais é uma boa dica para fazer parte da mesa da ceia. Além de provar uma re-ceita diferente, o comprador opta também pelo conceito do Bene-detto Pane e o apego ao lado cris-tão da história.

Mas se quiser que as especiarias de Juan Torassa estejam na mesa é melhor correr, a promessa é de que tudo acabe rápido. “As cestas de fim de ano serão vendidas a R$50 (cinqüenta reais) e na úl-tima versão não deu nem para quem quis”, alerta Veras.

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Capa!

Pedro Wolff

Entre eixos, asas e MONuMENtOS

guiado pelo jornalista Daniel Zukko, o papo vai longe a bordo do carro que marcou época – a Brasília amarela

No ar desde abril de 2013, o programa virtual #MINHA-BRASÍLIA segue

com tudo pelas retas modernas de Brasília, e hoje já colhe os frutos do reconhecimento. Dis-posto a homenagear e mostrar a identidade própria da região que Dom Bosco sonhou entre os paralelos 15 e 20 do hemisfé-rio sul, o idealizador do projeto – o jornalista Daniel Zukko, 33 anos – conta que a ideia surgiu em 2010 quando ele percebeu que no horário eleitoral os candidatos tinham como valor

político suscitar o orgulho de serem nordestinos e se questio-nou: “Cadê a galera batendo no peito que nasceu na capital? Já temos gerações de netos aqui”, reforça seu argumento.

A ideia do carro veio no início de 2012, quando caiu a ficha que havia um clássico automó-vel muito querido por todos. Daí veio a epopeia da história: como achar o veículo? Daniel Zukko conta que procurou bastante e se desapontava ao só encontrar modelos em lo-cais distantes – como no Acre

– ou com preços estratosféri-cos, por serem exemplares de colecionador. Até que ganhou uma ajudinha e, após mui-to esforço, indicaram-lhe um exemplar na Cidade do Auto-móvel, em Brasília. ! A viatura amarela

Volkswagen, modelo 1978, com banco, volante e calotas de fábrica. O carro é tão ori-ginal que até o seu amarelo é um bege gasto pelo tempo. O programa #MINHABRASÍ-LIA estreou com três câmeras

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acopladas no veículo, e hoje já são quatro. A primeira, aco-plada no quebra-vento, pega o entrevistado em primeiro plano. “É uma vantagem ter nesses veículos antigos esta basculante, pois dá para abrir a janela”, pontua Zukko. No meio do veículo, e acoplado no para-brisa, a segunda câ-mera filma os dois tripulan-tes. Já do lado de fora, presa por uma ventosa, a terceira câmera pega os dois entrevis-tados através do vidro do para-brisa. Por fim, acoplada pró-ximo à entrada do tanque do combustível, a quarta câmera registra a cidade em si.

A captação do áudio fica a cargo de dois microfones de lapela instalados no cinto de segurança. “Super prático. Basta afivelar e está pronto”, explica Zukko. Apesar disto,

o jornalista da brasília amarela teve que testar três microfo-nes até achar o que melhor lhe servia. Outro empecilho foi o barulho do motor, localizado no interior do veículo. Zukko instalou várias camadas de isolantes sonoros para abafar o barulho do motor. “Mas ficou legal que o barulho do motor reforça a ideia do carro em movimento”, ressaltou.

Já sentaram no banco de pas-sageiros pessoas conhecidas ou com alguma relação com a cidade, como Ellen Oléria, Digão, Leila Barros, Marcelo Bonfá e Edson Duavy, entre vários outros que estão por vir. Em defesa do formato de en-trevista, o jornalista diz saber que há vários outros progra-mas semelhantes, mas o seu é altamente justificado porque tudo gira em torno de Brasília.

! A cidade agradece

Aos poucos, meio que sem querer ou por merecimento, Daniel Zukko vem conhe-cendo e se articulando com os “militantes pró-Brasília”. Ele diz que não existe um grupo uniforme e assíduo, mas são pessoas que dividem essa paixão comum e a dese-jam promover o sonho de JK. “São geralmente pessoas na faixa dos 30 anos, que pro-movem movimentos do gê-nero como o Ocupe Brasília”, ele conta.

Por fim, questionado sobre o que o internauta pode espe-rar pela edição de comemo-ração de um ano do progra-ma, Daniel se resguarda: “Já pensei em coisa grande. Que quem nasceu na cidade vai chorar”, promete.

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Esporte!

Go Go AnGelsO esporte sobre quatro rodas, também conhecido como roller derby, está

em ascensão mundial e ganha adeptas na capital

Pedro Wolff

Trajando patins, o rol-ler derby é um espor-te que está tomando forma no país. Quem

assistiu o clipe "Winner", da dupla britânica Pet Shop, teve uma breve noção do que se tra-ta. É tão novo que a primeira equipe formada aqui em Bra-sília foi em 2012 e, este ano teve sua segunda competição nacional. Criado nos Estados Unidos, o esporte caracteriza-se por ser de alto contato. Praticado majoritariamente por meninas, o roller derby é

uma disputa em pista de for-mato oval, onde duas equi-pes – compostas por quatro bloqueadoras e uma atacante – disputam uma corrida “dife-rente”. Na largada, as duas ata-cantes vão à frente e, durante a partida, as quatro bloqueado-ras têm como objetivo atrasar a competidora da ponta adver-sária. Quanto mais a atacante ultrapassar as bloqueadoras ri-vais, mais vantagens e pontos a equipe conquista. Para evitar lesões, os bloqueios só podem ser realizados pelos

ombros, quadril e bumbum. Os patins são os tradicionais – aqueles de rodas paralelas, que privilegiam as manobras por dar rotatividade ao tornozelo. Durante a partida rola muito drible, fintas, tombos e roxos pelo corpo. Dá gosto de ver as meninas na pista. Muito cor-re-corre somado ao espetácu-lo visual das cores dos patins, capacetes e demais protetores. As partidas são dividas em dois tempos de 30 minutos e cada uma dessas etapas é subdivida

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em rodadas de dois minutos. O jogo é marcado pela forte rotatividade, pois enquanto cinco delas estão na disputa, outras nove aguardam no ban-co sua vez de intercalar-se em cada rodada. ! Brasileirão

Recém-chegada do torneio nacional, ocorrido no feria-do de 15 de novembro, Karla Machado, 36 anos, do time Wing City Angel, hoje respira o esporte. Assim como na pri-meira edição, vieram árbitros e atletas estrangeiros ministrar clínicas para dar maturidade ao esporte em terras tupini-quins. O torneio foi em São Paulo e contou com quatro li-gas: duas de São Paulo, uma do Rio, e outra formada por atle-

tas de várias localidades. Não foi dessa vez que nossa equipe, carinhosamente chamada de Frankenstein, levou o caneco. Agora torcer pelas meninas na próxima edição do evento, que será em Vitória (ES). ! O time roller derby de Brasília "É um esporte onde continu-amos sendo femininas, mas também podemos ser agressi-vas e brutas”, define Karla. Ela o considera muito divertido, além de trabalhar resistência e força. Mas, ressalta que antes de ser atleta, tem que ser boa patinadora. O esporte aten-de a todos os perfis: “As mais magrinhas preferem ser ata-cantes, enquanto as mais par-rudinhas ficam no bloqueio.

Até transexuais são aceitas”, resumiu. Hoje os treinos de roller derby ocorrem no ginásio do Cave, no Guará II, ou no concretão do Museu da República, no centro da cidade. Karla diz que as pes-soas estão começando a conhe-cer e reconhecer a modalidade, “mas ainda é hobby e espero agora poder trabalhar mais por sua divulgação”, afirma.

Interessadas em fazer parte deste time ou em conhecer melhor sobre o esporte devem procurar pelas meninas do Wing City Angel", nos treinos às quartas (16h) ou aos do-mingos (19h), que acontecem no Ginásio do Cave – Guará II – e próximo ao Museu da República.

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Na Balada!

Criada em 1995, a fes-ta DaBomb é uma boa alternativa de balada para os bra-

silienses que querem fugir das mesmas opções apresentadas aos finais de semana. A noite da cidade agora também pulsa ao som da caixa e do bumbo: o rap pede passagem. Há quase duas décadas o evento é destino certo dos amantes da música negra. O idealizador do projeto DaBomb é o DJ Ocimar, figura conhecida na capital quando o assunto é a cultura hip hop. A festa surgiu da necessidade de levar o rap e a black music para todos, sem distinção de classe social, além de difundir esta cultura e acabar com a lenda de que apenas a periferia consome tal estilo musical.

Depois de 18 anos de existên-cia, pode-se dizer que a Da-

Bomb é um dos eventos mais aguardados por aqueles que curtem a black music. No-mes como o do rapper norte americano Lil Jon, da rapper brasileira Karol Conká e do paulista Thaíde já marcaram algumas edições da festa. A marca ficou tão forte que, em 2009, Ocimar fundou uma loja com o mesmo nome, onde são vendidos acessórios e roupas ligados à cultura hip hop.

Além disso, o DJ ainda mon-tou no mesmo local um espa-ço onde ministra cursos para quem quiser começar a disco-tecar. Ocimar não pensava em ser dono de sua própria marca: “As coisas foram acontecen-do e, hoje, posso oferecer um curso profissionalizante de DJ para as pessoas, em um espaço que é meu. Já formei mais de mil DJs”.

Atualmente, o curso pode ser encontrado na faculdade de teatro Dulcina, no CONIC. A loja passará por uma refor-mulação e até ficar pronta vai funcionar somente pelo site: www.dabomb.com.br.

O plano piloto agradece a ini-ciativa e espera que a DaBomb continue fomentando a cena do hip hop em toda a cidade. O DJ enfatiza a importância em se espalhar esta cultura: “Hoje a capital aprendeu a gostar do nosso estilo, é bem legal per-ceber que festas como a que eu faço crescem a cada dia.”

Se você curte a cultura bla-ck, o hip hop e o rap, esta é uma excelente opção para se divertir. A próxima edição da festa está marcada para o iní-cio de 2014, ainda sem local e data definidos.

Festa atinge a MAIORIDADE e leva CultuRA hip hop para todos

DaBomb completa 18 anos e já é uma das mais aguardadas da cidade

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Hits!

20 de 40Rapper da cidade completa 20 anos de carreira e já pensa nos próximos 20

Lucas Nasser

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Os olhos puxados o fizeram ganhar o apelido de Japão, mas Marcos Vini-

cios é brasiliense e tem o maior orgulho em falar que é nascido e criado em Ceilândia, mais precisamente na Expansão do Setor O. Seu grande sonho era ser Office Boy, porém o coti-diano da cidade que tanto ama o transformou em músico.

Hoje é um dos mais respeita-dos MCS do rap nacional. Há 20 anos denunciando as maze-las de seu povo e aos 43 anos, o rapper continua incansável na batalha que, por meio de suas letras, melhora a vida de muita gente: “O rap transforma”, diz ele. Começou a transformá-lo na década de 80 e, em 1989, fundou seu primeiro projeto, o Esquadrão Mcs. Anos depois começou a cantar com GOG – referência do rap brasileiro – e cada vez mais foi ganhando espaço e notoriedade no cená-rio nacional. Em 2000 sentiu a necessidade em expressar de forma mais autoral suas ideias e então surgiu o Viela 17.

As 24 horas do dia parecem não ser suficientes para esse rapper-produtor-ativista-pai. Japão está empenhado em terminar de produzir seu novo álbum. Além disso, co-ordena uma ONG chamada Função Comunidade, que tem como objetivo alertar e conscientizar os jovens da periferia. De vez em quando atua em documentários, faz palestras e é pai de três filhos, Carlos Gabriel (13) Bruno

Vinicius (13) e Lauany Fer-nanda (15). Japão está cansa-do? Que nada. O morador da Ceilândia faz tudo isso como se estivesse começando agora. São vinte anos incomodando muita gente e como ele mes-mo disse, em entrevista à Di Rolê: “Batendo de frente com o sistema 24 horas por dia”.

Conversando com o rapper tenho a certeza de que estou frente a frente com um dos artistas mais articulados da cena do rap brasileiro. Suas palavras pesam, incomodam muita gente. Ao ser pergun-tado sobre a recente onda de manifestações pelo país, Japão é claro e direto:

“não me venham com revolução de

mansão. Revolucionário é aquele que pega

ônibus às 5 da manhã para trabalhar. estou na rua há mais de 20 anos,

não preciso vender minha rebeldia.”

A revolução para ele começou faz tempo. A luta por melho-res condições para os negros, para os pobres, para os exclu-ídos é antiga. Japão continua com sua metralhadora verbal engatilhada: “Já fui convidado para ser candidato a deputa-do distrital, mas esse meio é sujo, não quero”. Ele confessa que hoje está mais doce, mais calmo... Parafraseando Gueva-ra, Japão continua duro, mas sem perder a ternura jamais. O artista analisa que aquela fúria do rap permanecerá para sempre, entretanto, está mais aberto a novas referências mu-sicais, novos diálogos e novas ideias. Fãs e admiradores do rapper poderão conferir em março do ano que vem o lan-çamento do novo CD, que irá se chamar 20 de 40.

Japão tem muito o que dizer e confessa estar em momento de comemorar seu aniversário de vinte anos de carreira, mas quer mesmo olhar para o futu-ro e vislumbrar mais 20 anos de rap, ativismo e luta.

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Tribos!

Quem nunca enjoou de uma peça do seu acervo pessoal, após algum tempo

de uso, e pensou em modificá-la, de alguma forma, para que ela voltasse a “fazer a sua ca-beça” e ainda atrair os olhares mais exigentes? Ou será que você se livrou do drama que é comprar uma peça de rou-

pa, um calçado ou até mesmo um acessório, guardá-los por tempos, e, do nada, um belo dia, quando os acha, tentou adequá-los, de um jeito ou de outro, para usá-los após tan-to tempo? Se você já viveu as duas situações ou uma delas, bem vindo ao clube: você faz parte de um grupo que pensa na customização como forma

de atender as suas necessida-des ou vontades.

Em pleno século XXI, onde tudo se transforma e se renova, para ganhar espaço e visibili-dade em um cenário cada vez mais competitivo, a moda não poderia ficar para trás. E é por isso que cada vez mais termos como exclusivo, personalizado

CuStOMIZAçãOum jeito personalizado de fazer a diferença e inovar

Bianca Ramos

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e único ganham força em um mercado cíclico e eclético, que inventa e se reinventa com o passar dos anos para atender às necessidades de um público cada vez mais afoito por novi-dades. Em tempos de consu-mo em larga escala e produção em série, encontrar formas de se diferenciar e ganhar desta-que é o que boa parte da pes-soas deseja. E quando falamos de moda, a customização ga-nha cada vez mais espaço, em um contexto que sempre sur-preende. O termo customiza-ção vem da palavra custom, do inglês, que significa personali-zado ou feito sob encomenda

e é facilmente definido como adaptação, alteração ou perso-nalização. Customizar é modi-ficar algo para que assuma um aspecto novo, com o intuito de torná-lo único e exclusivo, para agradar o seu dono.

Há customização de todos os estilos e para atender todos os gostos: t-shirts ganhando imagens de famosos e dizeres sugestivos, tênis sendo de-corados com estampas super exclusivas, conjuntos de lou-ça em porcelana sendo pin-tadas à mão de acordo com a ocasião em que serão usadas, carros e eletrodomésticos com

várias opções de cores vibran-tes e formas modernas, bonés sendo bordados para ocasiões específicas, calças jeans sendo cortadas e desfiadas para vi-rarem belos shorts, etc. É uma infinidade de possibilidades!

Segundo Bruno Eustáquio, um dos sócios da marca Cli-chê Urban Wear – uma empre-sa que, entre outros, customiza t-shirts supertransadas – “os clientes procuram produtos diferenciados, mas sem abrir mão da tradição e da qualida-de. Confeccionamos muitas camisetas nas cores branca e preta, mas com estampas es-

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tilizadas de imagens antigas, de artistas, personalidades do rock e dizeres em outros idiomas, por exemplo”. E vale quase tudo para customizar uma peça e deixá-la com o estilo do freguês: aplicar, bor-dar, colar, cortar, costurar, desfiar, lixar, pintar, queimar, “silkar” e até rasgar.

Hoje a customização vem crescendo em uma proporção exponencial, “principalmente entre o público jovem, em uma faixa etária que compreende dos 15 aos 30 anos”, afirma Clarissa Santiago, também só-cia da Clichê Urban Wear. Por outro lado, empresas como a Muv Shoes, de Brasília, que é especializada em customizar tênis dos mais variados estilos e modelos, trabalha cada vez mais com a idéia de atingir o gosto de todas as idades ao respeitar a identidade de cada cliente. Vinicius Matteo – um dos sócios, e também diretor, da Muv Shoes – afirma que “hoje em dia, brincamos que queremos pessoas jovens in-teragindo com a marca, mas jovens de espírito. Acredita-mos que a idade presente no RG não nos dá o verdadeiro valor que buscamos em nossos clientes”. Na capital do país, as pessoas parecem ter um senso estético bem aguçado, ao pon-to de vermos várias empresas fazendo e refazendo bonito neste segmento. Ainda segun-do Vinicius Matteo, “as pessoas querem participar da criação de seus produtos. A partir daí, passam a estabelecer uma nova

relação de afeto com aqueles produtos criados por elas. Isso é um "drive" (caminho) intan-gível que ganhamos.”

Ficou inspirado a customizar uma peça, um acessório ou algo em sua casa também? Não per-ca tempo: deixe a sua imagina-ção fluir e saia por aí causando com o que mais tiver a ver com o seu estilo e personalidade!

! Dicas

Cliche Urban Wear: Ofere-cem customização de cami-setas alternativas e modernas, shorts jeans e ainda um di-

versificado brechó para seus clientes. Confira o trabalho da marca por meio da fan page no Facebook (https://www.facebook.com/clicheur-banwear) ou pelo Instagram (#clicheurbanwear).

Muv Tenis: Customização de tênis para todos os gostos. Eles até estilizam os tênis com uma estampa criada pelo próprio cliente, se for o caso. Interessa-dos podem entrar em contato pelo site (www.muvtenis.com.br), segui-los no Instagram (#muvshoes) ou ainda acom-panhar as novidades pelo Fa-cebook (/muvcustomshoes).

Tribos!

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O público fã de arte moderna poderá conferir até o dia 5 de janeiro uma exposição inédita de artistas consagrados

Luiz Felipe Brandão e Júlia Dalóia

O Renascimento sur-giu na história da Europa entre o fim do século XIV e

XVI. O nome deste período se dá em virtude da redescoberta e revalorização das referências culturais da antiguidade clás-sica, que nortearam algumas mudanças em direção ao ide-ais humanista e naturalista.

Com uma exposição cujas obras são de grande valor para a história da arte mun-dial, o CCBB apresenta, em Brasília, 57 obras-primas vin-das de importantes coleções italianas, que representam a extraordinária riqueza do re-nascimento. Elas chegaram

em outubro ao Centro Cultu-ral Banco do Brasil e perma-necem até o dia 5 de janeiro de 2014 para visitação.

O público poderá conferir de-senhos, esculturas e pinturas de artistas consagrados como Leonardo da Vinci, Rafael Sanzio, Sandro Botticelli, Do-natello e Michelangelo.

! Visitações orientadas

O CCBB também abriu espa-ço para visitas orientadas, que estão acontecendo de terça-feira a domingo, das 9h às 21h. A ideia foi direcionada a três públicos: escolas, grupos espe-ciais e público espontâneo.

! Peças interativas

Em consonância com a inicia-tiva, o visitante poderá encon-trar no CCBB espaços desti-nados a experimentações do campo cênico, onde artistas atuarão e se deslocarão pelo Centro Cultural, ao longo dos finais de semana. Os protago-nistas deste ato são universitá-rios graduados e profissionais de cênicas, dança e música.

Para marcar uma visita orien-tada ou saber mais infor-mações sobre esta e outras exposições oferecidas pelo Centro Cultural Banco do Bra-sil (CCBB) – Brasília, acesse o site bb.com.br/cultura.

Exposição!

CCBB apresenta mostra sobre os mestres do RENASCIMENtO

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Próxima Parada!

Comum é ouvir aquela do restau-rante ou da fran-quia que começa

no Plano Piloto e depois abre unidades nas demais cida-des do Distrito Federal. Mas o Recanto do Camarão fez o caminho inverso. Da famosa Praça do DI, em Taguatinga, uma nova unidade foi aberta ao público no Setor de Clubes Sul, às margens do Lago Para-noá, no espaço que abrigou o antigo Pampulha.

A cozinha está sob comando do chef Rodrigo Viana, que reformulou o cardápio em relação à unidade de Tagua-tinga. A proposta é fazer re-ceitas leves que possam agre-gar sabor, fartura e um preço justo. O consumidor pode encontrar tudo isso dentro de um ambiente sóbrio, amplo e elegante. Nada de exageros ou elementos exóticos na decora-ção, o que torna o restaurante agradável para encontros entre amigos e família.

! serviço:

Recanto do RestauranteUnidade Asa SulLocal: Setor de Clubes Espor-tivos Sul, Trecho 2, Conjunto 72 – Brasília Contato: (61) 3035-7303Segunda a quinta, das 11h às 0h. Sexta e sábado, das 11h à 1h. Domingo, das 11h às 16h.http://recantodocamarao.com.br/site

Redação

Delícias do MAR à beira do lAgO pARANOá

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Bla's é uma lanchone-te criada por jovens brasilienses para atender às demandas

de sanduíches, sucos e outras comidas, visando qualidade e alimentação saudável, aliado às melhores técnicas de preparo.

A cozinha-vitrine é convi-dativa, onde os clientes po-

dem acompanhar de perto a preparação dos seus lanches, mostrando qualidade, higiene e organização do estabeleci-mento. O cardápio é variado e montado por profissionais com formação em gastrono-mia, com opções de lanches tradicionais, vegetarianos e opções saudáveis feitas com produtos lights. Não deixe de

conferir a combinação de fru-tas da estação nos sucos natu-rais oferecidos pela casa!

! serviço:

Endereço: CLN 406, Bl. D/ Loja 38. Asa Norte - Brasília Contato: (61) 3879-3430http://www.blaslanches.com

lanche tRADIcIOnAl ou VeGetARIAnO?

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politicamente INCORREtOO autor leandro Narloch desconstrói a história e te convida a rever alguns fatos

Ana Luiza Medeiros

Para sentir-se ofen-dido por Leandro Narloch não é pre-ciso muito. Não é

necessário ser brasileiro, ou latino americano, de etnia, sexo ou religião alguma. Para tal, basta saber ler.

Desde 2009, quando foi lan-çado o primeiro volume da trilogia, o “Guia politica-mente incorreto da história do Brasil”, o nome do escri-tor e jornalista vem dividin-do opiniões. De especialistas historiadores a entusiastas de fatos históricos, e até curio-sos ávidos leitores, os fatos relatados nos livros de Nar-loch vem chateando alguns, mas educando muitos outros.

Segundo o próprio autor, “o objetivo era irritar o maior número de pessoas”. Mas, muito além disso, os três títu-los – que figuraram por me-ses nas listas dos mais vendi-dos em todo o país – abriram espaço para uma nova dis-cussão sobre fatos e persona-gens consagrados da história, jogando sobre eles nova luz e permitindo ao leitor, por meio de extensa pesquisa bi-bliográfica, a possibilidade de rever antigos conceitos e,

quem sabe até, formar novas opiniões. Afinal, informação é poder.

Santos Dumont não inventou o avião, a origem da feijoada é europeia, e Zumbi dos Pal-mares tinha escravos. Esses são alguns dos fatos compro-vados por pesquisa histórica detalhada, que fizeram aque-le pedacinho nacionalista pa-triota em você dar um pulo de inquietação agora mesmo.

O segundo livro, o “Guia politicamente incorreto da américa latina”, lançado em 2011, veio com a mesma pro-posta de colocar em pauta personagens e passagens da história moldados ao longo dos anos pelo entendimen-to coletivo. A figura de Che Guevara chamou atenção! Tido como herói para os mi-litantes da esquerda, é fato que os dados encobertos pela história sobre a vida do “re-volucionário” transformam seu legado de inspiração em revolta, com poucas linhas.

O último título de Narloch, o “Guia politicamente incor-reto da história do mundo”, que chegou às prateleiras em agosto deste ano e continua

entre os mais vendidos por todo o país, não decepcio-nou. Quem se tornou fã do autor e de seu estilo parti-cular para debater fatos his-tóricos, encontrou na obra vários outros pequenos se-gredinhos passados de ge-ração a geração, que nunca foram desafiados.

Pequenas noções que temos sobre a história do mundo – comprovadas em docu-mentos muito bem datados – provam ser mais complexas do que os professores no co-légio defendiam ser. Cintos de castidade na idade média? Documentos médicos da época mostram que isso não só é um mito – criado pe-los que romantizam a figura da esposa que jurava ser fiel enquanto o nobre cavaleiro tomava seu cavalo, rumo a conquistas em nome da pá-tria – como comprovam a existência de manuais médi-cos afirmando que o prazer sexual era necessário para a saúde da mulher.

De curiosidades a fatos mar-cantes que vão mudar a sua noção de mundo, as obras de Narloch são leituras mais que obrigatórias.

Literatura!

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Até logo?

Palavras ao Vento!

É possível viver uma vida inteira de adeus, e nunca aprender a dar um? É fato consumado

que no curso do tempo temos que nos despeadir de muitas coisas, e na grande maioria das vezes não há escolha.

Guimarães Rosa disse que despedir dá febre. Dá febre porque ninguém escolhe se despedir, a vida é assim mes-mo. Por maior que sejam as

nossas crenças, por mais fortes que sejamos, ou por mais que você tente se preparar... Nun-ca estamos prontos pra dizer adeus. Cada pessoa se despede no tempo de Deus.

Despedir-se dá febre, mas febre dá e passa. Só fica doente da sau-dade, quem deixar o amor calar.

É como quando a gente viaja pra algum lugar que é como um lar: na hora de despedir a

gente tenta se convencer que é um até logo, mas sente como se fosse um adeus. De tanto vir, sabemos que um dia não haverá para onde voltar, se-não só para as lembranças do nosso coração.

O percurso do tempo é mu-tante: a gente dá as boas vin-das, compartilha, se despe-de, e espera voltar um dia de novo. Porque pra aprender a vida é infinita.

Letícia Tôrres

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Até logo?

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Hits!

Os "MAgNAtAS" e o rock itinerante

Banda brasiliense trio Magnata procura alternativas para destacar-se no meio musicalDanilo Monteiro

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O morador de Brasí-lia já está careca de saber que a cidade é um dos princi-

pais centros do país quando o assunto é rock. Celeiro de gran-des talentos como Renato Rus-so, Dinho Ouro Preto, Rodolfo Abrantes, Cássia Eller, Philippe Seabra, entre outros, a capital continua a oferecer uma diver-sidade de bandas que procuram um lugar ao sol no mercado sa-turado da indústria fonográfica.

A falta de espaço, a alta concor-rência e o pouco investimento fazem com que novos artistas procurem alternativas para se destacarem. É o caso da ban-da Trio Magnata, que nos dias de hoje é mais um quinteto. O grupo levou adiante a ideia de fazer shows itinerantes, cada hora num ponto de Brasília.

Os integrantes Velho Chico (Guitarra e Vocal), Samuel Carvalho (Violão e Vocal), Paulo Laércio (Bateria e Vo-cal), Gustavo Corrêa (Violão e Vocal) e Breno Ghiorzi (Baixo

e Vocal) buscam levar o rock para todos. Os "magnatas" cir-culam com seus instrumentos e equipamentos pela cidade, tocam em becos, comerciais, jardins e até em cachoeiras.

"Vivemos em Brasília e temos o privilégio de ter muitos es-paços de circulação e convi-vência", afirma Laércio. Eles alegam que falta interação so-cial e essa aproximação é um dos objetivos da banda. "Ten-tamos, com nossa arte, mudar essa visão", complementa.

No começo das apresentações, é possível observar muitos curio-sos. Logo depois, o estranho dá lugar à diversão. Crianças, ido-sos, jovens e familiares se aglo-meram, cantam e dançam ao rit-mo do rock. "Junta todo tipo de gente, isso é muito legal. Temos recebido uma resposta ótima do público", conta o baterista.

No dia 25 de novembro, o Trio Magnata se apresentou no He-mocentro, na Asa Norte, na semana da campanha da do-

ação de sangue do Ministério da Saúde. Segundo Samuel Carvalho, uma das caracterís-ticas da banda é a consciência sobre as causas e situações so-ciais que os cercam. "A músi-ca influencia os sentimentos, nesse caso é o da caridade e do amor ao próximo, iniciativa de fazer o bem sem olhar pra quem. Nossa música será ape-nas a trilha sonora para esse momento dessas pessoas doa-doras", orgulha-se.

Neste mês de dezembro, eles prometem reunir artistas da cidade para uma grande apre-sentação, desta vez com in-gressos. O valor arrecadado será revertido para a caridade.

As ruas de Brasília há muitos anos viraram um enorme palco para os aspirantes. Por isso, se você procura uma ideia dife-rente do comum e som de qua-lidade, sem ter que gastar um centavo, fique atento às ruas. Em qualquer lugar você poderá encontrar cinco "magnatas" que têm o rock como fonte de vida.

Fotos: Graciete Brito

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