revista di rolê 16ª edição

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REVISTA Brasília, Mar. | Abr. 2016 Ano III Ed.16 Rotina sem Rotina Projeto de viagem pelo mundo chama atenção pela ousadia e criatividade Parabéns Brasília! Mais um aniversário será comemorado no mês de abril, e a Di Rolê preparou uma mini galeria com imagens exclusivas da nossa cidade. Pág. 18 e 19

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Já imaginou uma rotina sem rotina? Poisé, este é o projeto de viagem de um brasiliense aventureiro que sonha em viajar o mundo com a mochila nas costas. Empreendedorismo social na capital também é destaque nesta edição. Leia mais online!!!

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Page 1: Revista Di Rolê 16ª Edição

REVISTA

Brasília, Mar. | Abr. 2016 Ano III Ed.16

Rotina semRotina

Projeto de viagem pelo mundo chama atenção pela ousadia e criatividade

Parabéns Brasília! Mais um aniversário será comemorado no mês de abril, e a Di Rolê preparou uma mini galeria com imagens exclusivas da nossa cidade.

Pág. 18 e 19

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EXPEDIENTEESPAÇO DO LEITOR

Expresse sua opinião, sugestão ou comentário acerca das matérias abordadas nesta edição.

Envie sua sugestão de pauta para o email: [email protected]

/revistadirole @revistadirole @revistadirole

www.arevistadirole.com.br

SUM

ÁRIOA BANCA MAIS BONITA DA CIDADE6

SURFISTAS DO ASFALTO11

MUITO MAIS QUE UM MINUTO

JOVEM BRASILIENSE MOSTRA QUE É POSSÍVEL VIVER UMA ‘ROTINA SEM ROTINA’ VIAJANDO O MUNDO

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JORNALISMO DIVULGA CULTURA E GERA PROTEÇÃO SOCIAL NA CAPITAL 8

ANIVERSÁRIO DE BRASÍLIA

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22 DE MARÇO: DIA MUNDIAL DA ÁGUA26

PAIXÃO POR MOTORES E ROCK 23

A Di Rolê oferece ao leitor comodidade e praticidade. Pensando nisso, por meio deste QR Code, você poderá se conectar à nossa fanpage no Facebook e ficar por dentro da programação cultural de Brasília e região. Acesse e curta esta ideia!

Jornalistas: Giulia Roriz, Jéssica Moura, Júlia Dalóia, Juliana Mendes, Karyne Graziane, Priscila Botelho e Thalyne Carneiro.Fotografia: Carlos Eduardo, Daniel Salgado, Geovanna Bembom, Giulia Roriz, Ítalo Amorim, Karyne Graziane, Pedro Magalhães, Priscila Botelho, Priscilla Teles e Renan Aires.Projeto Gráfico e Diagramação: Gueldon Brito e Thaíssa Nobre.Diretora Executiva: Júlia Dalóia

20 EMPREENDEDORISMO SOCIAL CHAMA ATENÇÃO NAS REDES SOCIAIS

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Este é um momento em que o Brasil passa por mudanças significativas. Enquanto uns se reinventam por aqui - seja no lado profissional ou na vida pessoal -, outros apostam em jornadas fora do país.

Nesta edição abordamos grandes ideias, contadas por meio de pequenas histórias de pessoas que ousaram e acreditaram em projetos inovadores.

A novidade é que estamos acompanhando a tendência do mercado, oferecendo a você uma leitura mais dinâmica e rápida. A partir desta 16ª edição, a revista Di Rolê passa a ser digital.

Mais sustentável e prática, pensada para o cidadão brasiliense.

Leia Online!

JÚLIA DALÓIADiretora Executiva

Revista Di Rolê

Page 4: Revista Di Rolê 16ª Edição

A Banca da Conceição, na 308 sul, conhecida como

quadra modelo de Brasília, certamente é a mais charmo-sa da cidade. Chama atenção pela quantidade pequena de jornais e revistas em relação aos souvenirs e livros da capital. Dona do local há ape-nas quatro meses, Conceição Freitas não esconde o amor pela cidade que conheceu

ainda menina, quando o pai lhe mostrava em fotos, ain-da na época da construção de Brasília. Amazonense de nascimento, encantou-se pela arquitetura e história da cidade e, a partir disso, criou um modo de vida brasiliense dentro de si.

Trabalhou com jornalismo por 20 anos, mas quando

ficou desempregada, decidiu ter uma banquinha de jornal que unisse jornalismo, lite-ratura brasiliense, geografia e cultura da cidade, onde as pessoas que frequentassem pudessem ter a oportunida-de de conhecer mais sobre a história da capital. Por sorte, quando estava procurando, achou na quadra 308 da Asa Sul uma que estava à venda e com histórias de três ge-rações para contar. A família Vasconcelos cuidava da en-trega de jornais e revistas a clientes assíduos há décadas, quando deixaram a quadra (e a banquinha) há 4 meses, mas apenas com a promessa de que Conceição cuidaria do lugar e manteria a velha clientela.

Desde que reinaugurou a banca, Conceição cumpriu a promessa e foi além. Mante-ve os clientes antigos, con-quistou novos, transformou a banca em um ambiente cultural e ponto turístico da cidade, onde até os guias já incluíram em seus roteiros.

“Aqui aparece todo tipo de gente, de todos os lugares. Uma francesa até fez um desenho da banquinha. Um grupo de canadenses se en-cantou com o lugar e levaram vários presentes. Aparece de tudo um pouco por aqui”, diz Franciele Alves, que trabalha na banquinha desde a rei-nauguração.

Todos os fins de semana, além de banca de revistas, ela se transforma em um

point cultural que mistura música, literatura, encontro de escritores, bandas bra-silienses, lançamentos de revistas, exposição de fo-tografias e documentários. Tudo isso é registrado no “Blog da Conceição – O blog que banca Brasília”, onde ela conta crônicas e novi-dades sobre a banquinha de forma bem humorada e afirma. “Brasília é minha vida, e essa banquinha faz parte dela”.

A banca mais bonita da cidadePor Giulia Roriz

Conheça mais sobre essa jornalista empreendedora aqui:

Blog: https://bancadaconceicao.wordpress.com/

Facebook: https://www.facebook.com/bancadaconceicao/

REVISTA DI ROLÊ | MAR|ABR 20166 MAR|ABR 2016 | REVISTA DI ROLÊ 7

PRÓXIMA PARADA PRÓXIMA PARADA

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Jornalismo divulga cultura e gera

proteção social na capital

Por Juiana Mendes

Projeto social da revista Traços ajuda pessoas que vivem em situação de rua

O desejo de usar a profis-são para mudar a vida

das pessoas, fez o jornalista André Noblat alimentar a ideia de trazer para Brasília um projeto social voltado para os moradores de rua. Ele conheceu a iniciativa em 2005 por meio de uma revista argentina, a Hecho. A partir daí foram dez anos de pesquisas sobre o modelo também usado em outras 123 cidades do mundo como Paris, Londres, Santiago e São Paulo.

O projeto consiste na gera-ção de renda por meio da revenda dos exemplares da Revista Traços. Com um rico conteúdo sobre o espaço cultural da capital, a revista tem como vendedores pes-soas que fizeram das ruas brasilienses sua moradia. A publicação custa R$5, dos quais quatro reais f icam para o revendedor custear suas necessidades e R$1 é usado para a compra de ou-tro exemplar para revenda. E assim surge a geração de renda.

Noblat explica que cada de-talhe do projeto foi pensado antes de ser colocado em prática. Ao conhecer a difi-culdade vivida por um pro-jeto semelhante, em relação ao acompanhamento diário dos participantes, surgiu a preocupação para que não fosse apenas para ganhar dinheiro, mas que pudes-sem ser protegidos. “Decidi que só lançaria a revista aqui quando tivesse condi-ções de criar esse cinturão de proteção social para as

pessoas em s i tuação de rua atendidas. Demoramos dez anos, mas finalmente conseguimos garantir isso com a parceria valiosa da Secretaria de Cultura e da

Secretaria de Desenvolvi-mento Social”, afirma André Noblat, diretor de redação da Revista Traços.

Os “porta-vozes da cultura”, como são chamados pelo chefe de redação da Traços, José Rezende Júnior, são selecionados em parceria com assistentes sociais do Centro de Atendimento à Po-pulação de Rua do Governo do Distrito Federal (Centro Pop). A seleção só tem uma exigência: os candidatos de-vem ser pessoas em situação de rua que queiram mudar de condição. Segundo No-blat, esse é um processo gra-dual que tem como primeiro passo querer sair das ruas, e o projeto é fundamental para essa mudança. “O se-gredo é o acompanhamento que damos às pessoas em situação de rua. A revista é uma ferramenta. Por si só,

não basta”, afirma.

A produção é feita por uma pequena, mas competente, equipe de profissionais re-munerados, além de colabo-

radores voluntários que têm como preocupação manter a qualidade da revista, o que é fundamental também para a autoest ima de quem a vende. “Eles querem ser re-conhecidos como porta-vo-zes da cultura de Brasília. Sabem que têm um ótimo produto nas mãos. Não que-rem esmolas, querem que as pessoas leiam mais”, ressal-ta Noblat.

O valor que vai para a re-vista, referente à venda dos exemplares, serve para cus-tos básicos como combustí-vel, maquiador para as fotos e organização dos eventos de lançamento de cada edi-ção. E o projeto é possível devido à Lei de Incentivo à Cultura que levou à con-quista de patrocínios como os das empresas Souza Cruz e Bancorbrás, que susten-tam a publicação.

sebinho.com.br

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EMPREENDEDORISMO SOCIAL EMPREENDEDORISMO SOCIAL

9REVISTA DI ROLÊ | MAR|ABR 2016MAR|ABR 2016 | REVISTA DI ROLÊ8

Kátya Volpato

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ESPORTE

Surfistas do asfalto

Por Thalyne Carneiro

O Longboard, variação de skate street, cai no gosto dos brasilienses

Se você já passou pelo Eixão Norte aos domin-

gos deve ter observado uma Kombi parada com vários objetos típicos do mundo do skate espalhados. Além, cla-ro, de uma multidão ao re-dor disso tudo. O que pouca gente sabe é que toda essa aparelhagem é montada por ninguém mais que os Long Brothers, associação espor-

tiva para quem ama subir no Longboard e dar um rolê no fim de semana. O Longboard, ou no popular, Long, é uma variação do skate que possui uma prancha e rodas maio-res. Ao contrário da versão de skate chamada de street, modalidade mais popular, o Long alcança altas velo-cidades, podendo chegar a até 100 Km/h. É utilizado em

EMPREENDEDORISMO SOCIAL

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da rua, não ter que mexer no lixo como acontecia com ele, que comia restos, bebia ál-cool de posto, pedia. Segun-do Rogério, hoje em Brasília, ele vê que essa realidade está mudando com a ajuda da Revista Traços, que está dando novo visual a essas pessoas.

“É uma ponte entre as ruas e um emprego. A intenção é co-locar pessoas no mercado de trabalho. Minha vida mudou, deu um giro de 180 graus. Passei um ano em tratamen-to sem poder sair, depois tive a oportunidade de voltar a estudar, daí me apareceu a Traços que eu ia vender e hoje estou dentro do escritó-rio”, comemora.

Quem tiver interesse em ajudar mais pessoas a não só sair das ruas, mas a rea-l i z a r sonhos engave ta -dos, procure um porta-voz da cultura e adquira seu exemplar da Revista Traços. Eles estão espalhados nas Asas Sul e Norte da Capital Federal, na rodoviária e em pontos fixos como no Li-bert Mall e na Banca de Re-vistas da Conceição Freitas na 308 Sul.

fatoonline.com.br

Resultados

Com pouco tempo de exis-tência, o projeto já gerou ótimos resultados. Em cir-culação desde o segundo semestre do ano passado, a Revista Traços e seu projeto social já retirou 20 pessoas das ruas, das 50 que come-çaram. Dez delas passaram, por vontade própria, a fa-zer tratamento contra de-pendência química, um dos maiores motivos que levam pessoas a viverem nas ruas. Mais de 25 mil exemplares foram vendidos, o que fez com que 90% dos porta-vo-zes da cultura parassem de pedir esmolas.

Rogério Soares de Araújo, 44, é um bom exemplo do sucesso do projeto. Nascido em São Paulo, viveu em um orfanato até os 18 anos , onde teve boas oportunida-des apesar da falta de um seio familiar. Porém, ao sair do abrigo conheceu o álcool e as drogas, que o levou a perder o emprego e viver nas ruas. Passou pelo Para-ná, Goiás e Minas Gerais até chegar à Brasília, em 2010, onde fez do “buraco do rato”, no Setor Comercial Sul, sua moradia.

“Um pessoal me ajudou e me levou para um centro de recuperação onde estou até hoje. Fiquei um ano em tra-tamento e agora saio para estudar na Escola Meninos e Meninas do Parque. E no Centro Pop fui apresentado à Traços. Comecei a partici-par das reuniões, fui um dos primeiros. E achei um pro-jeto muito bom. Comecei vendendo a revista. Com o passar do tempo viram minha capacidade e me contrataram para ser mo-nitor deles nas ruas. Es-tou muito feliz e vejo um futuro muito bom”, afir-ma Rogério, empolgado.

Para Rogério que viven-ciou a impor tância do projeto social da Revista Traços, é gratificante ver o bom resultado alcançado em tão pouco tempo. “A Tra-ços aqui em Brasília mudou o modo de ver os morado-res de rua. Eu sempre acre-ditei nesse projeto. Até os idealizadores estão assus-tados porque em tão pouco tempo quantas pessoas já saíram das ruas? Temos pessoas hoje que estão no mercado de trabalho, te-mos pessoas que voltaram para seus lares, para suas famílias, a Traços fez essa ponte”, afirma.

Rogério destaca ainda que as parcerias são importantes para solucionar os proble-mas das pessoas em situação de rua que participam do projeto, afinal a revista não é um trabalho, é para a pessoa que está em vulnerabilidade poder pagar um aluguel, sair

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ESPORTE

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competições profissionais, mas também para prática recreativa.

Paulo Roberto, 42, um dos fundadores da Long Brothers, começou a praticar a ativi-dade há 15 anos. No começo, ele usava o esporte apenas para se divertir e espairecer. Porém, há oito anos, o comer-ciante passou a dedicar-se a competições e, hoje, é o 7º no ranking nacional na ca-tegoria de Speed Downhill. “Eu andava de skate já na infância, mas aí eu parei de andar, fui correr atrás de em-prego, de faculdade”, conta Roberto, “mas depois voltei com o Long, que é mais rá-pido, tem mais adrenalina”. A categoria do Paulo, Speed Downhill, consiste em des-cer uma ladeira ou colina na maior velocidade possível. Para isso são utilizadas rou-pas especiais – capacete full face, segunda pele e macacão de couro - pois é uma das ca-tegorias mais perigosas dos praticantes do esporte.

Já o Rodr igo Delano, 40 , pratica a atividade há ape-nas um ano e meio. O tam-bém comerciante precisava encontrar um esporte que lhe trouxesse mais saúde e bem estar. “Na época em que conheci o Long, eu es-tava com sobrepeso. Come-cei a andar e me sentir bem. Está sendo uma terapia”, diz Delano. “Hoje o skate não é mais tão marginali-

zado como há alguns anos. Virou também um meio de transporte, uma forma de conhecer mais gente e fa-zer novas amizades”.

O esporte nos últimos anos tem se tornado muito po-pular entre as pessoas de todo o mundo e de todas as idades. Um dos fatores que contribuem para isso é a divulgação da atividade, principalmente na TV, com a transmissão de campeo-natos como o “Megarrampa”. Além disso, o Estado tam-bém tem investido na cons-trução de Skate Parks, o que acaba motivando crianças a conhecerem o esporte.

Para quem quer começar a andar de Long, empresas na internet vendem modelos simples, que estão em torno de R$550. A Kombi dos Long Brothers está sempre no Eixão aos domingos. A asso-ciação dá dicas e até umas aulinhas para quem quer começar.

NA NET

Muito mais que um minuto

Por Priscila Botelho

Com vídeos de humor de curta duração, atores de Brasília fazem sucesso no YouTube

Com 170 mil inscritos e mais de 15 milhões de

visualizações no You tube, o brasiliense Bernardo Felinto, do Canal ‘Só 1 Minuto’, faz su-cesso na internet.

Criado no final de 2013, o ca-nal de humor na web era ape-nas uma brincadeira. Foram divulgados apenas três ví-deos que caíram no gosto do público. O que era diversão tornou-se trabalho e, hoje, ‘Só 1 minuto’ é o maior canal de humor do Centro-Oeste.

As gravações ocorrem três vezes por semana em Brasília e toda quinta-feira sai um vídeo novo. A proposta é levar

humor para o público com temas referentes às relações amorosas. “90% do que a gen-te produz é sobre relaciona-mentos, mas outros assuntos podem virar pauta também”, explica Felinto. Além de Ber-nardo, o elenco é composto por Agatha Silvestre e outros atores convidados que fazem participações especiais.

Apesar do grande sucesso, Felinto faz algumas obser-vações sobre os obstáculos. “A internet possibilita que as pessoas assistam de qual-quer lugar, e há também a li-berdade para abordar temas mais ousados, mas há dificul-dades como a concorrência e os custos com a divulgação”, afirma. Para alavancar a au-diência, os atores apostaram na parceria com blogs de humor que também fazem sucesso na internet.

Outro ponto abordado pelo

artista é a quantidade de bons atores que há em Brasí-lia, mas que infelizmente não encontram muito espaço no mercado cultural da cidade. A falta de teatros, os altos cus-tos com aluguéis e a falta de incentivo à cultura também estão na lista. “Lamentavel-mente, a população brasi-liense não tem muito hábito de frequentar o teatro, mui-tas pessoas que vão ao meu espetáculo me conhecem por causa do canal”, explica.

Alguns episódios divulgados no YouTube também ganham vida nos palcos. Além do ca-nal, Bernardo dá aulas em seu curso de teatro para atores e não-atores, tem uma longa lista de participações em no-velas da Rede Globo e mais de 25 peças de teatro, incluindo: “Não durma de conchinha” e “Tudo sobre nossa vida se-xual”, realizada em parceria com a atriz Fabianna Kami.

Confira o trabalho de Bernardo!

Acesse: youtube.com/CanalSo1Minuto

fotos: Priscila Botelho

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Jovem brasiliense mostra que é possível

viver uma ‘Rotina sem Rotina’ viajando

o mundo

Por Júlia Dalóia

365 dias, cinco continentes, mochila nas costas e dezenas de histórias

CAPA

Sair da zona de conforto, deixar para trás certos

hábitos e a velha rotina é um tanto desafiador. A in-segurança, o medo e as in-certezas, por vezes tomam conta de nossa ousadia e coragem, nos impedindo ou dificultando a realização de grandes sonhos. Por meio das redes sociais - onde his-tórias incríveis e imagens de destinos diversos têm se propagado com mais fre-quência -, a ideia de viver o mundo está se tornando cada vez mais comum entre muitos brasileiros. É pos-sível notar, principalmente no Facebook e Instagram, a quantidade de pessoas que largam tudo para viver uma vida que sempre sonharam, conhecendo novos lugares, pessoas, culturas e agre-gando para suas vidas novas experiências pessoais.

Rotina Sem Rotina é o nome simples e criativo criado pelo jovem brasiliense, Da-niel Salgado, de 29 anos, cujo a ideia era abdicar da antiga rotina para seguir novos rumos e experiências. Tudo começou há aproxima-damente dois anos, com o despertar de um sonho an-

tigo de dar a volta ao mundo apenas com uma mochila nas costas. Vivenciar novas culturas, explorar lugares e sabores era agora uma lenda pessoal para o jovem. A par-tir daí começou a imaginar e desenhar um projeto em que percorreria todos os conti-nentes em 365 dias.

O Projeto

Antes de v i a j a r, aque le friozinho na barriga e uma cer ta ansiedade acabam acontecendo, mas é preciso p lanejamento e antece-dência para organizar tudo. Percorrer cinco continentes e traçar um itinerário não é tarefa fácil. Por isso, Daniel real izou todo o planeja-mento pré-viagem ao longo de dois anos, além de juntar

dinheiro ao longo desse período. “Até de bazar par-ticipei para fazer dinheiro”, conta animado por ter arre-cadado uma boa quantia. A partida foi dada no mês de janeiro e muita coisa já está acontecendo.

O principal objetivo deste projeto é mostrar a possibi-lidade de se viver uma vida simples, por meio de um es-tilo de vida econômico e sus-

tentável, aliado ao exercício de trabalhos voluntários.

Por isso, a meta é percorrer países em desenvolvimento, onde a moeda local vale me-nos que o Real. Na Ásia, por exemplo, a viagem será mais longa devido principalmente a este aspecto, em que países como Tailândia, Laos, Vietnã, Nepal, Índia e China serão visitados. Já na África, mesmo com as condições sociais do

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continente, os valores são mais elevados e, em muitos países, pagos em dólar. O Leste Europeu, sendo o lado mais econômico da Europa também é parte do trajeto de Daniel, junto à América Cen-tral e América do Sul. Aproxi-madamente 32 países serão percorridos.

Para ele, os principais aspec-tos considerados ao mapear as datas e locais visitados foram o clima e o custo bene-fício, uma vez que no verão é possível aproveitar melhor o local e reduzir as peças de roupas na mochila. Já sobre o custo - levando em consi-deração à alta do dólar – foi fundamental para definir os países selecionados em cada continente. A meta de gastos estipulada por Daniel é de 27 dólares por dia, podendo chegar até 45, incluindo hos-pedagem e alimentação.

Ele ressalta que ter flexibi-lidade para mudar o rumo a qualquer momento também é importante, uma vez que estando fora da sua realida-de tudo pode acontecer.

O desejo do jovem desbra-vador é que sua história sirva como uma semente de motivação a outras pes-soas, cujo objetivo é mostrar por meio deste projeto de viagem, que é possível sair da sua zona de conforto e desbravar o desconhecido com poucos recursos. Basta ter vontade e determinação para dar o passo inicial. Por isso, Daniel deixa seu recado que “se o seu sonho é esca-par da rotina e experimentar grandes viagens pelo mun-do, entre sem medo nessa aventura e acompanhe o

trajeto do Rotina Sem Ro-tina pelo mundo. Que seja uma inspiração para você.” E para quem tem sonhos, mas receio de realizá-los, fica a dica de leitura de Daniel com o livro O Alquimista, de Paulo Coelho, onde muitas perguntas e dúvidas sobre projetos de vida poderão ser esclarecidas.

Se o seu sonho é escapar da rotina e experimentar grandes viagens pelo mun-do, entre nessa aventura e nos acompanhe. O site é www.rotinasemrotina.com.br.

www.rotinasemrotina.com.br

Instagram: @rotinasemrotina

Facebook: /rotinasemrotina

REVISTA DI ROLÊ | MAR|ABR 2016 17

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Page 10: Revista Di Rolê 16ª Edição

Como não admirar um pôr do sol? Este fenômeno

magnífico da natureza que traz vida para as imagens ca-pitadas da Capital planejada, de arquitetura futurista, de céu notório e que pode ser consi-derada um dos berços do rock nacional. Na imagem a Torre de TV, um dos pontos turísticos da cidade que abriga uma das feirinhas mais bacanas da Ca-pital e que está localizada no

O céu de Brasília, muitos já disseram, também é um

patrimônio. Nesta foto pode-mos ver a Catedral que brilha branca, sob o céu limpo, azul e o sol com sua grandeza... E uma menina contemplando... Brasília inspira também pelo seu céu, os que na Terra respi-ram. Já dizia a canção...

Amo minha cidade. Sou daquela geração que o

IBGE e os jornais amam inti-tular: nascidos em Brasília. A capital é mundialmente conhecida por sua beleza

“Didn’t I tell youUnder Brazilian skies Always togetherLove will remain in our eyesThis feelingWill always stay with meThis romance can never be”

Trecho da música Brazilian Skies, da cantora Annie Haslam

“coração” de Brasília, a direita o Conjunto Nacional, primeiro shopping da cidade e segun-do shopping inaugurado no Brasil, ao fundo a silhueta do

Centro de Convenções Ulysses Guimarães, e para completar, mais uns dos incríveis pôr do sol que BSB nos proporciona quase que diariamente.

arquitetônica. Por sua mo-dernidade. Porém, quando falo de Brasília e, principal-mente da minha geração, o que vem à minha cabeça é a originalidade. É a construção

de uma cultura miscigenada. E nada melhor que retratar essa característica com um dos ícones de BsB: O CONIC. Local onde é tudo junto e misturado. Igreja Universal ao lado de loja que vende produtos do candomblé. Lan-chonete com a melhor coxi-nha frita ao lado da cantina natureba. Quer uma camiseta com a sua cara? Corre lá. Tem de samba; tem de esporte; tem de gíria brasiliês. E os garotos com os skates? E tem faculdade de Teatro. E tem sex shop. E tem sempre uma novidade. É um lugar vivo. O Conic parece nunca dormir!

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Aniversário de Brasília

Biblioteca Nacional de Bra-sília, situada no Complexo Cultural da República, Eixo Monumental

Com suas curvas bem tra-balhadas e , ao fundo,

as l inhas perfe i tamente planejadas, essas duas bel-dades - o Museu da Repúbli-ca e a Catedral de Brasília

Recantos desconhecidos de Brasília: foto de um

pequeno alpendre, diante de um belo poço azul, encontra-do dentro de uma fazenda, no caminho para o Tororó.

Brasília é umas das capitais mundiais da arquitetura.

Com a participação de Oscar Niemeyer, Lucio Costa, Lelé,

como a Esplanada dos Minis-térios, Catedral e Museu Na-cional são sempre lembradas, porém, outras passam sem serem percebidas, como por exemplo, a Biblioteca Nacio-nal de Brasília.

É preciso ressaltar a impor-tância da obra não só como uma biblioteca pública, como também parte essencial da paisagem de Brasília, um conjunto completo de Oscar Niemeyer. Parabéns, Brasília!

- enchem nossos olhos de alegria.

V iva es tes monumentos m a r a v i l h o s o s d a n o s s a capital!

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Burle Marx, entre outros, Bra-sília tornou-se uma cidade além do seu tempo, com seus traços e planejamento. Obras

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EMPREENDEDORISMO EMPREENDEDORISMO

Empreendedorismo social chama atenção

nas redes sociais

Por Karyne Graziane

Artesã do Gama customiza bonecas para combater o racismo e empoderar meninas negras

Um dos brinquedos mais antigos e populares do

mundo – a boneca – é talvez o pr imeiro presente que muitas meninas ganham em sua vida. No entanto, por mais comum que as bonecas sejam, a maioria delas não representa o universo que muitas crianças, principal-mente as brasileiras, convi-vem. Quer um exemplo? Vá ao google imagens e digite bonecas; ou vá a uma loja procurar por uma. Provavel-mente você vai se deparar com um paredão de bonecas brancas, loiras e de olhos azuis. E quem se identifica com elas? Como as crianças enxergam isso? Foi pensan-do nesta realidade que a artesã e moradora do Gama, Ingrith Shabazz, 23 anos, resolveu colocar a mão na massa e customizar bonecas para vender.

Ela conta que um dia foi à uma loja comprar um pre-sente de aniversário para

a prima do namorado e em todas as tentativas só en-contrava bonecas com um padrão estabelecido. Daí, em 2014, começou a produzir as peças. A partir da técnica denominada reroot – que consiste trocar os fios dos cabelos por outro material – Ingrith busca personalida-de em cada objeto que cria. Entre a maioria das bonecas estão as famosas Barbies.

Mas no atel iê é possível encontrar outros modelos. Lá, todas recebem caracte-rísticas de mulheres negras, como cabelos cacheados e crespos. Para dar um efeito natural, ela utiliza a fibra de canecalon, mesmo material utilizado por cabeleireiros para fazer os famosos ras-tafaris. Além disso, roupas, lenços e outros acessórios são destaques em cada peça criada, que é vendida a partir de R$90. Por mês, a jovem consegue fazer até 15 en-tregas, apesar da demanda chegar a pelo menos 80 pe-didos. A maior procura vem do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

“Só quem consegue fazer esta técnica sou eu. Sempre tive proximidade e familia-ridade com o artesanato”, explica.

Conforme a jovem artesã, customizar as bonecas é uma forma de resistência ao racismo institucional que tanto afeta algumas crian-

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ças brasileiras. É também uma maneira de empoderar a estética negra das me-ninas desde cedo. “Este é meu espaço de militância onde tenho um trabalho de formiguinha, porque eu busco chamar atenção de um determinado nicho. É apenas um ícone de repre-sentatividade. O que eu que-ro é que essas meninas se enxerguem desde cedo; que isso impacte na autoestima de cada uma, que vejam um futuro e que ocupem cargos de chefia”, afirma.

No Facebook, Ingrith man-tém uma página para exibir o seu trabalho, sob o título

“Customizações Dandara, por Ingrith Shabazz”, onde é possível conferir o traba-lho da jovem. A página já tem mais de 2 mil curtidas e a cada dia recebe mais adeptos e fãs do trabalho. Lá , tem fotos das bone-cas, vídeos e entrevistas. O nome da página já mostra a ideia da jovem, em que Dandara, na cultura africa-na, significa “princesa guer-reira”, ou “princesa negra”. De acordo com a história do Brasil Colonial, esta te-ria sido uma negra escrava guerreira, esposa da em-blemática figura do Zumbi dos Palmares, e mãe de três filhos dele.

Paixão por motores e rock

Por Jéssica Moura

Festa semanal reúne motociclistas na Torre de TV em evento com shows gratuitos

É terça-feira. Já perto do fim da tarde, o som de

motores desacelerando se mistura com os acordes de guitarras sendo afinadas. Modelos bem cuidados de Harley-Davidsons e Che-

vettes antigos são enfilei-rados no gramado um ao lado do outro. Ao redor dos automóveis, pessoas usan-do jaquetas de couro, calça jeans e botas, bebem cerveja, comem pastel, conversam e

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EMPREENDEDORISMO NA BALADA

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admiram os carros e motos. Essa cena bem que poderia ser de um filme americano, mas ocorre semanalmente e de graça na Torre de TV.

O encontro, entitulado Point das Máquinas, estaciona na praça da Torre e reúne a cada edição cerca de quatro mil motociclistas e coleciona-dores de carros antigos da cidade para trocar experiên-cias sobre os veículos e para curtir o rock ‘n’ roll. A festa, que entrou no ‘ponto morto’ em outubro passado, vai engatar as marchas a partir de abril para a alegria dos frequentadores.

É o caso da empresária Flávia Picorelli, que desde julho do ano passado não falta a nenhuma das edições da festa. Ela conta que, como a maioria dos outros frequen-tadores, já vai ao trabalho de moto para passar na Torre na volta para casa e, para ela, o fato de o evento ser em dia de semana não é problema.

“É bom para descontrair e ouvir um ótimo rock ‘n’ roll. E

como meus pais também são motociclistas, acaba se tor-nando um encontro de famí-lia. É muito divertido ver todas aquelas motos, jeeps e carros antigos, ainda mais com músi-ca boa”, destacou.

O organizador do evento, Ro-berto Sávio, o Betinho, expli-ca que o grupo de motociclis-tas já existe desde 2000, mas teve de mudar o local dos encontros mais de três vezes. E só depois de conseguir re-servar o espaço na Torre, no ano passado, é que puderam concretizar o projeto de unir a paixão pelos automóveis com a música de qualidade em um ponto fixo:

“A proposta de trazer a fes-ta para a Feira da Torre foi boa para os motociclistas, e também ajudou a acender as luzes da Torre durante a noite na semana, uma ação inédita, coisa que há mais de 40 anos não acontecia. O movimento de motociclistas acaba geran-do renda para esses comer-ciantes”, afirmou Betinho.

No palco montado na Torre,

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já passaram diversos artistas da cidade, como a Old Boys Blues Band, Down Jones e Rio Claro. Muitos deles, para agradar o público, costumam tocar as músicas que são a preferência dos motoci-clistas e fazem covers de bandas consagradas como Black Sabbath, Pearl Jam e Motorhead.

Contudo, o espaço tam-bém serve de vitrine para as bandas locais, e por isso, algumas das bandas tocam o trabalho autoral. Assim, o público, que de outra forma não conheceria o som dos brasilienses, tem a chance de comprovar com os próprios olhos e ouvidos que o rock de Brasília não morreu.

Em julho, a banda de rock psicodélico Maria Sabina e a Peia, que mistura rock

e ritmos brasileiros como ba ião e samba , p re fe r iu arr iscar e tocar músicas p rópr ias e consegu i ram cativar a plateia. Entre os espectadores , estava um ícone da cena que ficou im-pressionado com o som da banda. Era Bil, ex-baixista do Detrito Federal, banda de punk rock brasiliense da década de 1980.

“Um mês depois o Bil entrou para a banda, por isso esse show foi tão importante, e funcionou como vitrine para nós. A gente não ia conseguir atrair aquele público em um evento só nosso, porque eles estavam lá pelo encontro de motociclistas, mas agora puderam conhecer também o nosso som”, comemora a cantora.

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Próximo evento: 5 de abril de 2016

Horário: 18h às 00h

Local: Feira da Torre de TV

NA BALADA NA BALADA

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22 de março: Dia Mundial da

Água

Guilherme Arantes

Terra Planeta Água

“Água que nasce na fonteSerena do mundo

E que abre umProfundo grotão

Água que faz inocenteRiacho e deságua

Na corrente do ribeirão

Águas escuras dos riosQue levam

A fertilidade ao sertãoÁguas que banham aldeias

E matam a sede da população

Águas que caem das pedrasNo véu das cascatas

Ronco de trovãoE depois dormem tranquilas

No leito dos lagos

Água dos igarapésOnde Iara, a mãe d’águaÉ misteriosa cançãoÁgua que o sol evaporaPro céu vai emboraVirar nuvens de algodão

Gotas de água da chuvaAlegre arco-írisSobre a plantaçãoGotas de água da chuvaTão tristes, são lágrimasNa inundação

Águas que movem moinhosSão as mesmas águasQue encharcam o chãoE sempre voltam humildesPro fundo da terra

Guarde para sempre seus melhores momentos

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