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1 R evista de Ciência & Tecnologia. Dez. 2016;16( 2 )

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R evista de Ciência & Tecnologia. Dez. 2016;16( 2 )

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Revista de Ciência & Tecnologia. Dez. 2017;17(2)

2

REVISTA DE

CIÊNCIA & TECNOLOGIA

A revista da UNIG

Editora Chefe

Profª Drª Renata Rodrigues Teixeira de Castro

Editor Associado

Prof Dr Vitor Tenorio da Rosa

Conselho Editorial

Profª Drª Adalgiza Mafra Moreno

Prof MSc Eduardo Branco de Sousa

Profª MSc Gisele Dornelles Pires

Prof Dr Lino Sieiro Netto

Profª Drª Natália Galito

Profª MSc Renata de Sá Brito Fróes

Prof Dr Raimundo Wilson de Carvalho Prof

MSc Paulo César Ribeiro

REVISTA DE CIÊNCIA & TECNOLOGIA / Universidade Iguaçu, v.17, no 2

(Dezembro 2017). Nova Iguaçu - Rio de Janeiro: Gráfica Universitária, 2017.

Semestral: ISSN 1519-8022

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Revista de Ciência & Tecnologia. Dez. 2017;17(2)

3

REVISTA DE

CIÊNCIA & TECNOLOGIA

A revista da UNIG

INSTRUÇÕES AOS AUTORES

Escopo e Política

A Revista de Ciência & Tecnologia é o periódico oficial da Universidade Iguaçu (UNIG), tendo 8 anos

de existência e com uma periodicidade de publicação gratuita quadrimestral a partir de 2016. A Revista

esforça-se para publicar estudos de alto padrão científico e que tenham o objetivo de divulgar as

produções nas áreas das ciências biológicas e da saúde, incluindo a área de saneamento, saúde pública

e meio ambiente. A Revista de Ciência & Tecnologia publica artigos originais, artigos de revisão,

relatos de caso, comunicações breves e cartas ao editor. Este periódico foi avaliado como Qualis B5

na área Saúde Coletiva e em Biodiversidade e está indexada no Google Scholar. A publicação segue

integralmente o padrão internacional do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE),

ou Convenção de Vancouver, e seus requisitos de uniformização [http://www.icmje.org/]. Fonte de

indexação

Google scholar

Forma e Preparação de Manuscritos

Dupla submissão

Os artigos submetidos serão considerados para publicação somente com a condição de que não tenham

sido publicados ou não estejam em processo de avaliação para publicação em outro periódico, seja na

sua versão integral ou em parte. A Revista de Ciência & Tecnologia não considerará para publicação

artigos cujos dados tenham sido disponibilizados na Internet para acesso público. Se houver, no artigo

submetido, algum material em figuras ou tabelas já publicados em outro local, a submissão do artigo

deverá ser acompanhada de cópia do material original e da permissão por escrito para reprodução do

material.

Conflito de interesses

Os autores deverão explicitar, através do preenchimento de formulário próprio, qualquer potencial

conflito de interesses relacionado ao artigo submetido, conforme determinação da Agência Nacional

de Vigilância Sanitária (RDC 102/ 2000) e do Conselho Federal de Medicina (Resolução nº

1.595/2000). Esta exigência visa informar aos editores, revisores e leitores sobre relações profissionais

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e/ou financeiras (como patrocínios e participação societária) com agentes financeiros relacionados a

produtos farmacêuticos ou equipamentos envolvidos no trabalho, os quais podem, teoricamente,

influenciar as interpretações e conclusões do mesmo. A declaração de conflito de interesses será

publicada ao final de todos os artigos.

Bioética de experimentos com seres humanos

A realização de experimentos envolvendo seres humanos deve seguir a resolução específica do

Conselho Nacional de Saúde (nº 466/2012) disponível em http://www.conselho.saude.gov.br,

incluindo a assinatura de um Termo de Consentimento Informado e a proteção da privacidade dos

voluntários.

Bioética de experimentos com animais

A realização de experimentos envolvendo animais deve seguir resoluções específicas (Lei nº

11794/2008).

Revisão por pares (Peer-review)

Todos os artigos submetidos serão avaliados, por pareceristas (na modalidade duplo-cego) com

experiência e competência profissional na respectiva área do trabalho e emitirão pareceres que serão

utilizados pelos editores para decidir sobre a aceitação do mesmo. Os critérios de avaliação dos artigos

incluem: originalidade, contribuição relevante para a área, metodologia adequada, clareza e atualidade.

Considerando o crescente número de submissões à Revista de Ciência & Tecnologia, artigos serão

também avaliados quanto à sua relevância e contribuição para o conhecimento específico na área.

Assim, artigos com metodologia adequada e resultados condizentes poderão não ser aceitos para

publicação se julgados como sendo de baixa relevância pelos editores. Tal decisão de recusa não estará

sujeita a recurso ou contestação por parte dos autores. Os artigos aceitos para publicação poderão sofrer

revisões editoriais para facilitar sua clareza e entendimento sem, contudo, alterar o conteúdo. Qualquer

alteração será encaminhada para aprovação pelos autores antes de sua publicação.

Correção de provas gráficas

Logo que prontas, as provas gráficas em formato eletrônico serão enviadas por e-mail para o autor

correspondente. Os autores deverão devolver, também por e-mail, a prova gráfica com as devidas

correções em, no máximo, 48h após o seu recebimento. A medida visa agilizar o processo de revisão

e publicação do artigo.

Direitos autorais

Todas as declarações publicadas nos artigos são de inteira responsabilidade dos autores. Entretanto,

todo material publicado torna-se propriedade da Revista de Ciência & Tecnologia, que passa a reservar

os direitos autorais. Portanto, nenhum material publicado na Revista de Ciência & Tecnologia poderá

ser comercializado sem a permissão por escrito da editora. Todos os autores de artigos submetidos à

Revista de Ciência & Tecnologia deverão assinar um Termo de Transferência de Direitos Autorais,

que entrará em vigor a partir da data de aceite do trabalho.

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Preparação de manuscritos

Os artigos submetidos devem ser digitados em espaço duplo, fonte Arial 12 em página tamanho A4,

sem numerar linhas ou parágrafos, e numerando as páginas no canto superior direito. Figuras e tabelas

devem ser apresentadas ao final do artigo em páginas separadas. No corpo do texto deve-se informar

os locais para inserção das tabelas ou figuras. Números menores que 10 são escritos por extenso,

enquanto que números maiores ou igual a 10 são expressos em algarismos arábicos. Os manuscritos

que não estiverem de acordo com as instruções aos autores em relação a estilo e formato serão

devolvidos sem revisão pelo Conselho Editorial.

As medidas deverão ser expressas no Sistema Internacional (Système International, SI), disponível em

http://physics.nist.gov/cuu/Units e unidades padrão, quando aplicável.Recomenda-se aos autores não

usar abreviações no título e limitem a sua utilização no resumo e ao longo do texto. Os nomes genéricos

devem ser usados para todas as drogas. Os fármacos podem ser referidos pelo nome comercial, porém,

deve constar o nome, cidade e país ou endereço eletrônico do fabricante entre parênteses na seção

Materiais e Métodos.

Os nomes genéricos e infragenéricas devem estar em itálico, os níveis taxonômicos superiores em texto

normal. Use abreviaturas para níveis taxonômicos: cl. (Classe), ord. (Ordem), fam. (Família), tr.

(Tribo), gen. (Gênero), subg. (Subgênero), sec. (Seção), sp. (Espécie), subsp. (Subespécies), var.

(Variedade), f. (Forma) etc. Nomes científicos (Latim) deve estar em conformidade com as regras

internacionais de nomenclatura (zoológica, microbiológica e/ou botânica).

Abreviaturas

O uso de abreviaturas deve ser minimizado. As abreviaturas deverão ser definidas por ocasião de sua

primeira utilização no resumo e também no texto. Abreviaturas não-padrão não devem ser utilizadas,

a menos que essas apareçam pelo menos três vezes no texto.

Nomes de espécies devem ser escritos por completo na primeira utilização. Nas demais aparições o

epíteto genérico dever ser suprimido a primeira letra. Nome de autores devem aparecer somente no

primeiro uso do nome científico.

Unidades de medida (3 ml ou 3 mL, e não 3 mililitros) ou símbolos científicos padrão (elementos

químicos, por exemplo, Na, e não sódio) não são consideradas abreviaturas, e portanto, não devem ser

definidos. Deve-se abreviar nomes longos ou substâncias químicas e termos utilizados para

combinações terapêuticas. Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas por razões de espaço,

porém devem ser definidas na legenda, mesmo que tenham sido definidas no texto do artigo.

Critério para definição de autoria

A critério do Corpo Editorial, poderá ser solicitada a declaração da contribuição dos autores. Na

maioria dos casos, esta solicitação acontecerá para artigos com mais de 5 autores. Será considerado

autor aquele que atenda a pelo menos dois critérios de autoria abaixo listados:

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• Contribuição substancial na concepção ou desenho do trabalho, ou aquisição, análise ou

interpretação dos dados para o trabalho;

• Redação do trabalho ou revisão crítica do seu conteúdo intelectual;

• Aprovação final da versão do manuscrito a ser publicado;

• Estar de acordo em ser responsabilizado por todos os aspectos do trabalho, no sentido de

garantir que qualquer questão relacionada à integridade ou exatidão de qualquer de suas partes

sejam devidamente investigadas e resolvidas;

Formato dos arquivos

Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou equivalente. Arquivos em formato PDF não

devem ser enviados. As tabelas e quadros deverão estar no corpo do artigo. As figuras, deverão estar

nos formatos jpg ou tif em alta resolução (600 dpi). As figuras deverão ser enviadas em arquivos

individuais.

Página de rosto

A página de rosto deve conter (1) a categoria do artigo; (2) o título do artigo em português e inglês

com até 80 caracteres cada, que deve ser objetivo e informativo; (3) os nomes completos dos autores;

instituição; formação acadêmica de origem (a mais relevante); cidade, estado e país; (4) nome do autor

correspondente, com endereço completo, telefone e e-mail. A titulação dos autores não deve ser

incluída. O nome completo de cada autor (sem abreviações); e sua afiliação institucional (nota: as

unidades hierárquicas devem ser apresentadas em ordem decrescente, por exemplo, universidade,

faculdade ou instituto e departamento) devem ser informados. Os nomes das instituições e programas

deverão ser apresentados preferencialmente por extenso e na língua original da instituição ou na versão

em inglês quando a escrita não é latina (p.ex. árabe, mandarim ou grego);

Resumo

O resumo em português e inglês deve ser incluído no manuscrito. Em cada um dos idiomas não deve

conter mais do que 300 palavras. A versão estruturada é obrigatória nos artigos originais, e inclui

objetivos, métodos, resultados e conclusão. Artigos de revisão não requerem resumo estruturado.

Palavras-chave

O artigo deve incluir no mínimo três e no máximo seis descritores em português e inglês, baseados nos

Descritores de Ciências da Saúde (DeCS) http://decs.bvs.br/ ou no Medical Subject Headings (MeSH)

da National Library of Medicine, disponível em http://www.nlm.nih.gov/mesh/meshhome.html ou

baseados no Medical Subject Heading (MeSH) do Index Medicus (http://www.nlm.nih.gov/mesh/).

Introdução

A introdução deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo, com referências pertinentes ao

assunto, sem realizar uma revisão extensa; (2) objetivo do artigo.

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Materiais e métodos

Esta seção deve descrever os experimentos (quantitativa e qualitativamente) e os procedimentos em

detalhes suficientes que permitam que outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem

continuidade ao estudo e deverá conter: (1) a descrição clara da amostra utilizada; (2) termo de

consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos; (3) identificação dos métodos,

aparelhos (nome do fabricante e endereço, cidade e país devem ser menciondos entre parênteses) e

procedimentos utilizados; (4) descrição breve e referências de métodos publicados, mas não

amplamente conhecidos; (5) descrição detalhada de métodos novos ou modificados; (6) quando

pertinente, incluir a análise estatística e os programas utilizados.

Importante: Ao relatar experimentos com seres humanos ou animais, indicar se os procedimentos

seguiram as normas do Comitê Ético sobre Experiências Humanas da instituição na qual a pesquisa foi

realizada, e se os procedimentos estão de acordo com a declaração de Helsinki de 1995 e a Animal

Experimentation Ethics, respectivamente. Os autores devem incluir uma declaração indicando que o

protocolo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição (instituição de afiliação de pelo menos um

dos autores), com o respectivo número de identificação. Também deve incluir que o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido foi assinado por todos os participantes.

Resultados

Apresentar os resultados em sequência lógica no texto, usando tabelas e figuras. Evitar repetição

excessiva de dados no texto, em tabelas ou figuras, porém, enfatizar somente as descobertas mais

importantes.

Discussão

Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusões que decorrem deste evitando,

porém, repetir dados já apresentados em outras partes do manuscrito. Em estudos experimentais,

ressaltar a relevância e limitações dos resultados, confrontando com os dados da literatura e incluindo

implicações para estudos futuros.

Conclusões

A conclusão deve ser clara e concisa, baseada nos resultados obtidos, estabelecendo ligação com

implicações clínicas evitando, porém, excessiva generalização). A mesma ênfase deve ser dada a

estudos com resultados negativos ou positivos. Recomendações podem ser incluídas, quando

relevantes.

Agradecimentos

Quando pertinente, incluir agradecimento ou reconhecimento a pessoas que tenham contribuído para

o desenvolvimento do trabalho, porém não se qualificam como coautores. Fontes de financiamento

como auxílio a pesquisa e bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seção. Os autores deverão

obter permissão por escrito para mencionar nomes e instituições de todos os que receberam

agradecimentos nominais. Referências

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As referências devem ser numeradas na sequência em que aparecem no texto, em formato sobrescrito.

As referências citadas somente em legendas de tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com

sequência estabelecida pela primeira menção da tabela ou da figura no texto. O estilo das referências

bibliográficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to

Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal Editors disponível em Ann Intern

Med. 1997;126(1):36-47 http://www.icmje.org). Alguns exemplos são mostrados a seguir.. Os títulos

dos periódicos devem ser abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed

disponível em: http://www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lji.html). Se o periódico não constar dessa lista,

deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo próprio periódico. Deve-se evitar utilizar “comunicações

pessoais” ou “observações não publicadas” como referências. Resumos de trabalhos apresentados em

eventos devem ser utilizados somente se for a única fonte de informação. Exemplos:

Artigo patrão em periódico

Deve-se listar todos os autores até seis. Neste caso, incluir os seis primeiros autores, seguidos por et

al.

You CH, Lee KY, Chey RY, Mrnguy R. Electrocardiographic study of patients with unexplained

nausea, bloating and vomiting. Gastroenterology. 1980;79(2):311-4. Goate

AM, Haynes AR, Owen MJ, Farrall M, James LA, Lai LY, et al. Predisposing locus for Alzheimer’s

disease on chromosome 21. Lancet. 1989;1(8634):352-5.

Autor institucional

The Royal Marsden Hospital Bone-Marrow Transplantation Team. Failure of syngeneic bone-marrow

graft without preconditioning in post-hepatitis marrow aplasia. Lancet. 1977;2(8041):742-4.

Livro com autor(es) responsável (is) por todo o conteúdo

Armour WJ, Colson JH. Sports injuries and their treatment. 2nd ed. London: Academic Press; 1976.

Livro com editor(es) como autor(es)

Diener HC, Wilkinson M, editors. Drug-induced headache. New York: Springer-Verlag; 1988.

Capítulo de livro

Weinstein L, Swartz MN. Pathologic properties of invading microorganisms. In: Sodeman WA Jr,

Sodeman WA, editors. Pathologic physiology: mechanisms of disease. Philadelphia: Saunders; 1974.

p.457-72.

Material eletrônico

Autor (es). Título do artigo. Título do periódico abreviado [suporte]. Data de publicação [data de acesso

com a expressão “acesso em”]; volume (número):páginas inicial-final ou [número de páginas

aproximado]. Endereço eletrônico com a expressão “Disponível em:” Exemplo: Pavezi N, Flores D,

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Perez CB. Proposição de um conjunto de metadados para descrição de arquivos fotográficos

considerando a Nobrade e a Sepiades. Transinf. [Internet]. 2009 [acesso em 2010 nov 8]; 21(3):197205.

Disponível em: http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/transinfo/article/view/501.

Tabelas

As tabelas devem ser elaboradas em espaço 1,5 devendo ser planejadas para ter como largura uma

(8,7cm) ou duas colunas (18 cm). Cada tabela deve possuir um título sucinto. Notas explicativas serão

incluídas em notas de rodapé. A tabela deve conter médias e medidas de dispersão (Desvio Padrão,

Erro Padrão da Média, etc.), não devendo conter casas decimais irrelevantes. As abreviaturas devem

estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras. Os códigos de identificação de itens da

tabela devem estar listados na ordem de surgimento no sentido horizontal e devem ser identificados

pelos símbolos padrão. Os quadros e tabelas deverão ser enviados através dos arquivos originais

editáveis (Word, Excel) e não como imagens.

Figuras

Figuras coloridas poderão ser incluídas na versão eletrônica do artigo sem custo adicional aos autores.

Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tão simples quanto possível, porém informativos. Tons

de cinza não devem ser utilizados. Todas as linhas devem ser sólidas. Para gráficos de barra, por

exemplo, utilizar barras brancas, pretas, com linhas diagonais nas duas direções, linhas em xadrez,

linhas horizontais e verticais. A Revista de Ciência & Tecnologia desaconselha fortemente o uso de

fotografias de equipamentos e animais de experimentação. As figuras devem ser impressas com bom

contraste e ter a largura de uma coluna (8,7cm). Utilizar no mínimo fonte tamanho 10  para letras,

números e símbolos, com espaçamento e alinhamento adequados. Quando a figura representar uma

radiografia ou fotografia, sugerimos incluir a escala de tamanho, quando pertinente.

Por favor, note que é de responsabilidade dos autores obter permissão do detentor dos direitos autorais

para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido previamente publicados em outras fontes. De

acordo com os princípios do acesso aberto, os autores devem ter permissão do detentor dos direitos,

caso desejem incluir imagens que tenham sido publicados em outros periódicos de acesso não aberto.

A permissão deve ser indicada na legenda da figura, e a fonte original deve ser incluída na lista de

referências. As figuras devem apresentar resolução de 600 dpi. As legendas devem estar dispostas no

corpo do artigo, após as referências.

Tipos de Artigos

Artigo original

A Revista de Ciência & Tecnologia aceita todo tipo de pesquisa original nas áreas de Ciências

Biológicas e da Saúde, incluindo pesquisas com seres humanos e pesquisa experimental. O artigo deve

conter os seguintes itens: Resumo estruturado, Palavras-chave, Introdução, Materiais e Métodos,

Resultados, Discussão e Conclusões.

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Artigo de revisão

Artigos de revisão são usualmente encomendados pelo editor a autores com experiência comprovada

na área. Estes expressam a experiência do autor e não devem refletir apenas uma revisão da literatura.

Artigos de revisão deverão abordar temas específicos com o objetivo de atualizar os leitores com temas,

tópicos ou questões específicas. O Conselho Editorial avaliará a qualidade do artigo, a relevância do

tema escolhido e o comprovado destaque dos autores na área específica abordada. A inadequação de

qualquer um dos itens acima acarretará na recusa do artigo pelos editores, sem passar por revisão por

pares.

Comunicações breves

Estes são trabalhos curtos relatando novas descobertas significativas que não garantem o tratamento

completo padrão com as habituais rubricas, ou que fornecem correções, críticas ou interpretações

alternativas dos resultados apresentados em artigos publicados. Comunicações breves estão sujeitas ao

processo usual de revisão, e devem obedecer a mesmas normas para artigos tradicionais.

Comunicações breves não poderão deverão respeitar o limite de 4.000 palavras.

Revisão sistemática/atualização/meta-análise

A Revista de Ciência & Tecnologia encoraja os autores a submeter artigos de revisão sistemática. O

Conselho Editorial avaliará a qualidade do artigo, a relevância do tema escolhido, o procedimento de

busca bibliográfica, os critérios para inclusão dos artigos e o tratamento estatístico utilizado. A

inadequação de qualquer um dos itens acima acarretará na recusa do artigo pelos editores, sem passar

por revisão por pares.

Envio de manuscritos

Todos os artigos deverão ser submetidos por e-mail para o endereço eletrônico

[email protected]. Na submissão eletrônica do artigo, os autores deverão anexar

duas versões do artigo: uma completa e uma sem identificação de autores ou instituição. No corpo do

e-mail os autores deverão redigir uma carta de apresentação, conforme discriminado abaixo. Carta de

apresentação “Prezados editores, submetemos para vossa apreciação o manuscrito intitulado

“____________________________________”. Acreditamos que o trabalho em tela deva ser

publicado na Revista de Ciência & Tecnologia pelos seguintes motivos:

______________________________________________________________________.

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ASSOCIAÇÃO DE ENISNO SUPERIOR DE NOVA IGUAÇU

UNIVERSIDADE IGUAÇU - UNIG

Prof André Nascimento Monteiro

Reitor

Prof Marcelo Gomes da Rosa

Vice-Reitor

Profª Aline Figueira Lira

Pró-Reitora Acadêmica

Profª Aline Figueira Lira

Coordenadora de Extensão

Profª Adalgiza Mafra Moreno

Coordenadora de Pesquisa e Pós-Graduação

Profª Tarcila Fonseca Hunguennin

Coordenadora de Pós-Graduação Lato Sensu

Profª Cláudia Antunes Ruas Guimarães

Coordenadora do Núcleo de Educação a Distância

Profª Bárbara Helena da Silva de Barros

Secretária Geral da UNIG

Universidade Iguaçu

Av. Abílio Augusto Távora, 2134 – CEP 26.260-000

Nova Iguaçu – RJ – Brasil – Tel.:2666-2001

www.unig.br

DIRIGENTES – CAMPUS NOVA IGUAÇU

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SUMÁRIO

IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA DO ARBORETO DA UNIVERSIDADE IGUAÇU

(CAMPUS I)

TAXONOMIC IDENTIFICATION OF THE ARBORETUM OF THE IGUAÇU UNIVERSITY

(CAMPUS I) Vitor Costa da Conceição1, Lorena Oliveira de Resende 2, Thais Salatiel de Azevedo 3, Ricardo Sousa Couto4,

Vitor Tenório da Rosa5..................................................................................................................................13

PERFIL DO REGISTRO SANITÁRIO DE ALISANTES CAPILARES NA AGÊNCIA

NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA

PROFILE OF THE SANITARY REGISTRY OF CAPILLARY STRAIGHTENER IN THE

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA Luciana ferreira mattos colli*¹, Fabiana sousa pugliese² e Livia cabral lobo³...........................................22

AVALIAÇÃO DE ESTERILIZAÇÃO DA SUPERFÍCIE DOS OVOS E TESTE DE

ESTERILIDADE DE Chrysomya putoria (WIEDEMANN, 1818) (INSECTA: DIPTERA:

CALLIPHORIDAE) PARA UTILIZAÇÃO EM BIOTERAPIA

EVALUATION OF STERILIZATION OF THE SURFACE OF EGGS AND STERILITY TEST

OF Chrysomya putoria (WIEDEMANN, 1818) (INSECTA: DIPTERA: CALLIPHORIDAE)

FOR USE IN BIOTHERAPY

Anderson Vilmar Stroher¹, Callinca Paolla Gomes Machado², Raimundo Wilson de Carvalho³, Simoni

Machado de Medeiros....................................................................................................................30

AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA SOBRE

HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE

EVALUATION OF THE PERCEPTION OF STUDENTS IN THE PHYSIOTHERAPY

COURSE ON HEALTH HUMANIZATION Agatha Ruvenal de Souza1. Fernanda da S.V. de Melo1, Elaine Pedroso de Azevedo1, Paula Guidone Pereira

Sobreira1, Adalgiza Mafra Moreno1..............................................................................................................37

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IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA DO ARBORETO DA UNIVERSIDADE IGUAÇU

(CAMPUS I)

TAXONOMIC IDENTIFICATION OF THE ARBORETUM OF THE IGUAÇU UNIVERSITY

(CAMPUS I)

Vitor Costa da Conceição1, Lorena Oliveira de Resende 2, Thais Salatiel de Azevedo 3, Ricardo Sousa Couto4 ,

Vitor Tenório da Rosa5

1.Graduado em licenciatura de Ciências Biológicas na Universidade Iguaçu (UNIG). 2. Graduando em licenciatura de

Ciências Biológicas na Universidade Iguaçu (UNIG). 3. Graduando em licenciatura de Ciências Biológicas na

Universidade Iguaçu (UNIG). 4. Biólogo, Msc, Doutor em Ciências Biológicas, Professor assistente UNIG 5. Biólogo,

Doutor em Ciências Biológicas UFRJ, Professor adjunto UNIG.

Palavras-

chave: Florística,

UNIG,

Taxonomia

vegetal.

Keywoods: Floristics,

UNIG,Plant

taxonomy

Resumo: O presente estudo tem por objetivo identificar os espécimes vegetais presentes no campus I da Universidade

Iguaçu (UNIG). O campus I da Universidade Iguaçu está situado no bairro Jardim Nova Era, sendo uma ilha

de conforto térmico por sua arborização relativamente grande se comparada as demais áreas do bairro e de

regiões próximas como o centro da cidade. A metodologia aplicada é usual para trabalhos de florística e todo

material coletado foi depositado em herbário didático que foi instalado nas dependências da universidade.

Abstract: The present study aims to identify the plant specimens present on campus I of the Iguaçu University (UNIG).

The I campus of the Iguaçu University is located in the Jardim Nova Era neighborhood, being an island of

thermal comfort due to its relatively large afforestation compared to other areas of the neighborhood and nearby

regions such as the city center. The applied methodology is usual for floristic work and all collected material

was deposited in didactic herbarium that was installed in the dependencies of the university.

Revista Ci ê ncia e Tecnologia

P á gina:www.unig.br/revistas_publicacoes

ISSN:1519 - 8022

Ciência e Tec nologia (2017): 17(2). ARTIGO ORIGINAL

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Introdução

No Brasil, 73% da população vive em cidades. Esta

constatação por si só justifica a preocupação com o

adequado planejamento e manejo do ambiente

urbano sob diversos aspectos (1).

O município de Nova Iguaçu foi criado em 1833,

abrangendo uma área de 523,888 Km2 e

registrando 920.599 habitantes. Para atender esta

população e ainda a população de outros bairros o

centro conta com um grande número de

construções de diversas aplicações, edificações

residenciais, comerciais e públicas, não existindo

quase nenhuma área sem construções. E não tendo

passado por grandes projetos paisagísticos,

tornando-o então com uma arborização urbana

desordenada e escassa. Entende-se por arborização

urbana toda cobertura vegetal de porte arbóreo

existente nas cidades (2), ou melhor definindo

como sendo o conjunto de árvores que se

desenvolvem em áreas públicas e privadas em uma

cidade, visando o bem-estar sócio-ambiental,

fisiológico e econômico da sociedade local (3).

O campus I da Universidade Iguaçu (UNIG) está

situado no bairro Jardim Nova Era, sendo uma ilha

de conforto térmico por sua arborização

relativamente grande se comparada as demais áreas

do bairro e de regiões próximas como o centro da

cidade.

Para García, conforto térmico consiste no conjunto

de condições em que os mecanismos de auto

regulação são mínimos, ou ainda na zona

delimitada por características térmicas em que os

maiores números de pessoas manifestem se sentir

bem (4).

Quanto a arborização das cidades é de

conhecimento geral, que não somente a vegetação

se restringe a melhorar esteticamente a paisagem

das cidades oferecer espaços para recreação publica

(5), sendo capaz de interferir perceptivelmente no

microclima e conforto térmico da região,

diminuindo também a amplitude térmica, sonora e

aumentando a umidade relativa ar (6).

Objetivos

Classificar e identificar espécies nativas e

ornamentais. O material coletado, foi depositado

em herbário didático, localizado no laboratório de

Biologia, no bloco A, no próprio campus.

O presente estudo tem por objetivo, caracterizar

aspectos morfológicos externos, podendo assim,

identificar os espécimes vegetais presentes no

campus I da Universidade Iguaçu. O estudo visa

contribuir para a conservação das áreas verdes,

implementação do herbário didático, e a

capacitação dos acadêmicos envolvidos para o

mercado de trabalho; tendo como principal meta, a

conservação e conhecimento da biodiversidade da

região.

Material e métodos

A área de estudo localiza-se no município de Nova

Iguaçu, e está situada dentro dos limites da

universidade Iguaçu (UNIG) – campus I - 22’’ 75’

90.693’’S – 43’’47’38.091’’W - compreendendo

nesta área edificações diversas, vias de circulação e

áreas com vegetação.

O campus foi dividido em quatro áreas (Central,

Oeste, Sudeste e Nordeste) para facilitar o controle

das identificações. A determinação até espécie foi

realizada sempre que possível, utilizando-se

literatura especializada para esta identificação,

visando sempre as publicações mais recentes.

Como base foi utilizado (7) e a abreviação dos

nomes de autores das espécies foi consultado de

(8).

Além da identificação das espécies foi

acrescentado ao binômio diversas informações

como a origem, a família, o nome popular e outras

observações, todos os dados sendo retirados de (7).

As identificações foram realizadas em visitas que

percorreram todo o campus, sendo uma área

visitada após a outra e utilização de uma planta de

situação que foi cedida pela prefeitura do campus

universitário, além da utilização de uma máquina

fotográfica para registro das espécies e do ambiente

em geral e podão para auxiliar a coleta do material.

A vegetação do campus foi dividida em três

categorias para comparações futuras, de acordo

com (9): Vegetação Natural: constituída por

espécies nativas e que apesar de sua destruição pela

instalação das cidades pode permanecer com

resquícios (...).

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15

Vegetação Introduzida ou Plantada: formada pelas

espécies ornamentais, que engloba as espécies que

o ser humano traz consigo.

Vegetação Espontânea: composta de espécies que

se instalaram naturalmente, onde encontram

ambiente propicio para se desenvolver.

Excluindo-se os indivíduos com pouco idade, ainda

não sendo capazes de florescer e frutificar.

Figura 1. (Vista aérea do campus I da Universidade Iguaçu – fonte: google maps)

Família/ Espécie Quantidade de Exsicatas repetidas

APOCYNACEAE

Nerium oleander L.

2

ASTERACEAE

Coreopsis lanceolata L.

2

ACANTHACEAE

Justicia brandegeana Wasssh. & L. B. Sn

2

ACANTHACEAE

Thunbergia erecta (Benth) T. Anderson

2

ERICACEAE

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16

Figura 2. (Delimitação da área do campus – fonte: google earth).

Resultados finais

Foram registradas 45 espécies no campus da

UNIG, distribuídas em 23 famílias. Sendo 9

dessas espécies com mais de uma exsicata no

herbário didático, presente na universidade.

Sendo classificadas nas tabelas abaixo sua

localização, voucher, nome vulgar e origem,

que serão observadas nas tabelas a baixo.

Rhododendron simsii Planch

3

IRIDACEAE

Dietes iridioides ( L ) Hiatt

2

NYCTAGINACEAE

Bougainvillea glabra Choisy

2

MALVACEAE

Hibiscus rosa- sinensis L.

2

RUBIACEAE

Mussaenda erythrophylla schumach & tomm

2

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Família/ Espécie Coordenadas Voucher

ACANTHACEAE

Justicia brandegeana Wassh. & L.B

Sm.

Thunbergia erecta (Benth) T.

Anderson

S-23°45’35’’/ W-43°28’23’’/ 29m

S-22°45’25’’/ W-43°28’23’’/ 29m

0009

0006

AGAVACEAE

Yucca gloriosa L.

S-22º45’34’’/ W-43°28°27’’/ 38m

0027

APOCYNACEAE

Nerium oleander L.

S-22°45’33’’/ W-43°28’24’’/ 39m

0001

ARACEAE

Epipremnum pinnatum L.

Monstera deliciosa Liebm.

Philodendron bipinnatifidum Schott ex

endl

Spathiphyllum wallisii Reggae

S-22°45’35’’/ W-43°28’26’’/ 39m

S-22º45’35’’/ W-43º28’26’’/ 37m

S-22º45’29’’/ W-43º28’26’’/ 43m

S-22º45’31’’/ W-43º28’26’’/ 35m

0051

0042

0034

0035

ASPARAGACEAE

Dracaena reflexa Lam.

S-22°45’34’’/ W-43°28’26’’/ 39m

0050

ASTERACEAE

Coreopsis lanceolata L.

Leucanthemum vulgare Lam.

S-22°45’35’’/ W-43°28’’23’’/ 48m

S-22º45’35’’/ W-43º28’27’’/ 41m

0014

0013

BIGNONIACEAE

Spathodea campanulata P. Beauv

Tabebuia impetiginosa stand.

S-22°45’32’’/ W-43°28’25’’/ 37m

S-22º45’34’’/ W-43º28’27’’/ 39m

0021

0046

COMBRETACEAE

Terminalia catappa L.

S-22°45’31’’/ W-43°28’24’’/ 34m

0049

ERICACEAE

Rhododendron simsii Planch

S-22°45’34’’/ W-43°28’27’’/ 35m

0038

EUPHORBIACEAE

Acalypha reptans Sw.

Codiaeum variegatum L.

S-22°45’34’’/ W-43°28’23’’/ 29m

S-22°45’35’’/W-43°28’28’’/ 38m

0011

0052

FABACEAE

Bauhinia forficata

Caesalpinia pulcherrima L. SW.

Senna bicapsularis ( L ) Roxb.

S-22°45’28’’/ W-43°28’26’’/ 33m

S-22º45’26’’/ W-43º28’23’’/ 55m

S-22°45’32’’/ W-43º28’26’’/ 35m

0033

0015

0022

GERANIACEAE

Pelargonium x hortorum L. H Bailey

S- 22°45’34’’/ W-43°28’21’’/ 32m

0005

HELICONIACEAE

Heliconia rostrata A. Ruiza Par

S-22°45’30’’/ W-43°28’25’’/ 35m

0036

IRIDACEAE

Dietes iridioides ( L ) Hiatt

S-22º45’36’’/ W-43°28°25’’/ 40m

0025

LAMINACEAE

Clerodendrum thomsonae Banif. F

Plectranthus barbatus Andr.

S-22°45’30’’/ W-43°28’26’’/ 35m

S-22º45’35’’/ W-43º28’27’’/ 39m

0019

0032

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Tabela I. Listagem das espécies em quantidade de exsicatas repetidas presentes no

herbário didático que foi introduzido na Universidade Iguaçu.

MALVACEAE

Hibiscus rosa-sinensis L.

S-22°45’36’’/ W-

43°28’26’’/ 29m

0004

MORACEAE

Artocarpus heterophyllus Lam.

S-22°45’30’’/ W-

43°28’25’’/ 34m

0048

NYCTAGINACEAE

Bougainvillea glabra Choisy

S-22°45’30’’/ W-

43°28’’26’’/ 35m

0026

ROSACEAE

Rosa chinensis Jacq

S-22°45’34’’/ W-

43°28’26’’/ 36m

0029

RUBIACEAE

Ixora chinensis Cam.

Mussaenda erythrophylla

schumach & tomm

Pentas lanceolata (FORSSK)

Deflers

S-22°45’26’’/ W-

43°28’23’’/ 55m

S-22º45’30’’/ W-

43º28’25’’/ 35m

S-22º45’35’’/ W-

43º28’27’’/ 41m

0008

0018

0007

VERBENACEAE

Duranta erecta aurea L.

Lantana camara rar

S-22°45’35’’/ W-

43°28’22’’/ 37m

S-22º45’34’’/ W-

43º28’23’’/ 29m

0017

0010

VITACEAE

Leea rubra Blume

S-22°45’36’’/ W-

43°28’28’’/ 35m

0044

ZINGIBERACEAE

Alpinia purpurata (Vieill) K.

Schum

S-22°45’36’’/ W-

43°28’29’’/ 33m

0003

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Família/ Espécie Nome Vulgar Origem

ACANTHACEAE

Justicia brandegeana Wassh. & L.B

Sm.

Thunbergia erecta (Benth) T.

Anderson

Camarão

Manto de rei

América do Norte, México

África tropical

AGAVACEAE

Yucca gloriosa L.

Lúca

América do Norte

APOCYNACEAE

Nerium oleander L.

Espirradeira

Europa

ARACEAE

Epipremnum pinnatum L.

Monstera deliciosa Liebm.

Philodendron bipinnatifidum Schott

ex endl

Spathiphyllum wallisii Reggae

Jibóia

Costela de Adão

Guaimbé

Lírio da paz

Ilhas Salomão, Oceania

México

Nativa

América do sul, Venezuela

ASPARAGACEAE

Dracaena reflexa Lam.

Pleomele

África, Madagascar

ASTERACEAE

Coreopsis lanceolata L.

Leucanthemum vulgare Lam.

Margaridinha Amarela

Margarida

Naturalizada

Europa

BIGNONIACEAE

Spathodea campanulata P. Beauv

Tabebuia impetiginosa stand.

Bisnagueira

Ipê rosa

África

América do Sul

COMBRETACEAE

Terminalia catappa L.

Amendoeira

Ásia

ERICACEAE

Rhododendron simsii Planch

Azaléia

Ásia, China

EUPHORBIACEAE

Acalypha reptans Sw.

Codiaeum variegatum L.

Rabo de Gato

Folha Imperial

Índia

Ásia

FABACEAE

Bauhinia forficata

Caesalpinia pulcherrima L. SW.

Senna bicapsularis ( L ) Roxb.

Pata de vaca

Flamboianzinha

Canudo de pinto

Ásia, Vietnã

América Central, Antilhas

América Central, Colombia

GERANIACEAE

Pelargonium x hortorum L. H Bailey

Gêranio

África do Sul

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Tabela III. Listagem das famílias com a distribuição das espécies presentes com nome vulgar e origem

Discussão As diversidades de espécies e famílias

encontradas foram expressivas, demonstrando

uma

Distribuição excelente no arboreto do campus I da

Universidade Iguaçu. Anteriormente não havia

sido encontrada nenhuma espécie nativa, agora

através dos registros podemos observar em

numero pequeno. A maior parte é constituída por

espécies exóticas. As primeiras plantas exóticas

foram introduzidas no Brasil já na chegada dos

europeus, por volta de 1500. A cana-de-açúcar,

por

exemplo, foi introduzida em 1534 em São Vicente

(atual São Paulo), sendo rapidamente difundida

no Rio de Janeiro e Nordeste. (Filgueiras, 1990

apud Dean, 1996).

Com as pesquisas realizadas com cada planta foi

feito o registro de algumas de importância

medicinal como a Plectranthus barbatus Andr,

conhecido vulgarmente por boldo e também

espécies tóxicas, que é o caso da Nerium oleander

L, conhecida vulgarmente como Espirradeira.

Conclusão

Os conhecimentos adquiridos tiveram potencial

de comprovação referencial para futuros estudos,

colaborando para a capacitação dos acadêmicos

envolvidos para trabalhos de florística.

HELICONIACEAE

Heliconia rostrata A. Ruiza Par

Bananeira do brejo

América do Sul, Bolívia

IRIDACEAE

Dietes iridioides ( L ) Hiatt

Moréia branca

África, África do Sul

LAMINACEAE

Clerodendrum thomsonae Banif. F

Plectranthus barbatus Andr.

Lágrima de Cristo

Falso boldo

África

Índia

MALVACEAE

Hibiscus rosa-sinensis L.

Brinco de princesa

Ásia

MORACEAE

Artocarpus heterophyllus Lam.

Jaqueira

Índia

NYCTAGINACEAE

Bougainvillea glabra Choisy

Buganvília

Nativa

ROSACEAE

Rosa chinensis Jacq

Mini rosa

China

RUBIACEAE

Ixora chinensis Cam.

Mussaenda erythrophylla schumach & tomm

Pentas lanceolata (FORSSK) Deflers

Mini ixora

Mussaenda rosa

Estrela do Egito

Ásia, China, Malásia

África, Ásia

África

VERBENACEAE

Duranta erecta aurea L.

Lantana camara rar

Pingo de ouro

Camará

América do Sul, Brasil

América Central

VITACEAE

Leea rubra Blume

Léia Rubra

Ásia, Birmânia

ZINGIBERACEAE

Alpinia purpurata (Vieill) K. Schum

Gengibre vermelho

Ásia, Indonésia, Oceania

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Evidenciando uma predominância em espécies

exóticas no campus I da UNIG, e acredita-se na

necessidade da manutenção tanto no herbário

didático, quanto nas espécies distribuídas na

Universidade Iguaçu para que sempre haja

material para estudo além da importância da

conservação da flora.

Agradecimento

A elaboração deste trabalho não teria sido

possível sem a colaboração, estímulo e empenho

de diversas pessoas. Gostaria, de expressar toda a

minha gratidão por todos aqueles que,

contribuíram direta ou indiretamente para que

este projeto se tornasse uma realidade.

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7 LORENZI, H. 2012. Botânica Sistemática. 3ed. Nova

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8 BRUMMITT, R. K. & POWELL, C. E. 1992. Authors of

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9 CESTARO, L. A. 1985 A vegetação no Ecossistema

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22

PERFIL DO REGISTRO SANITÁRIO DE ALISANTES CAPILARES NA AGÊNCIA NACIONAL

DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA

PROFILE OF THE SANITARY REGISTRY OF CAPILLARY STRAIGHTENER IN THE AGÊNCIA

NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA

LUCIANA FERREIRA MATTOS COLLI*¹, FABIANA SOUSA PUGLIESE² E LIVIA CABRAL LOBO³

¹ Departamento de Farmácia da Universidade Iguaçu (UNIG) Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, RJ.

² Departamento de Farmácia e Estética e Cosmética da Universidade Iguaçu (UNIG) Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, RJ.

³ Departamento de Farmácia e Estética e Cosmética da Universidade Iguaçu (UNIG) Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, RJ

Palavras-

chave: alisantes

capilares,

formaldeído,

registro de

cosméticos,

vigilância

sanitária,

cosméticos.

Keywords: capillary

straightness,

formaldehyde,

registration of

cosmetics,

health

surveillance,

cosmetics.

Revista Ci ê ncia e Tecnologia

P á gina:www.unig.br/revistas_publicacoes

ISSN:1519 - 8022

Ciência e Tecnologia (2016): 16(1). ARTIGO REVISÃO

Resumo

Introdução: os cosméticos são produtos de consumo humano com impactos em saúde pública, dessa forma

necessitam de registro sanitário, cada país possui regras claras de regulação de sua fabricação e venda, no Brasil o

órgão responsável pelo registro sanitário de cosméticos é a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária,

que dentro do seu escopo avalia a eficácia e segurança de produtos sujeitos à vigilância sanitária. O alisamento capilar

é um procedimento é um procedimento estético e cosmético, que para sua aplicação necessita do uso de alisantes

capilares, estes por sua vez devem ser registrados na agência sanitária. Um ingrediente amplamente aplicado é o

formaldeído, cuja concentração de uso seguro é baixa, e insuficiente para o alisamento. A toxicidade do formaldeído

levou a ANVISA regulamentar sua concentração nos alisantes, fato que teve grande impacto nos registros vigentes,

que já utilizavam esse ingrediente. Materiais e métodos: foi realizada uma pesquisa científica descritiva de artigos

científicos e levantamento no sítio eletrônico da ANVISA quanto aos registros sanitários de alisantes capilares.

Resultados: todas as empresas pesquisadas tinham AFE – autorização de funcionamento para empresas, para fabricar

cosméticos, outras para distribuir. Os processos de registro sanitário peticionados, 35% continuam vigentes, e 65%

não foram revalidados ou foram indeferidos. Conclusões: a regulação do uso de formaldeído teve impacto na

renovação de registro de alisantes capilares.

Abstract

Introduction: cosmetics are products of human consumption with impacts on public health, in this way

they need sanitary registration, each country has clear rules of regulation of its manufacture and sale, in

Brazil the agency responsible for sanitary registration of cosmetics is ANVISA - Agência National de

Vigilância Sanitária, which within its scope evaluates the efficacy and safety of products subject to

sanitary surveillance. Hair straightening is procedure is an aesthetic and cosmetic procedure, which for

its application requires the use of hair straightness, these in turn must be registered with the health agency.

A widely applied ingredient is formaldehyde, whose safe use concentration is low, and insufficient for

straightening. The toxicity of formaldehyde led ANVISA to regulate its concentration in the straightener

products, a fact that had a great impact on the existing records, which already used this ingredient.

Materials and methods: a descriptive scientific study of scientific articles and a survey was conducted on

ANVISA's electronic site regarding sanitary recordings of hair straightness. Results: all companies

surveyed had AFE - operating authorization for companies, to manufacture cosmetics, others to distribute.

The sanitary registration procedures applied for, 35% still valid, and 65% were not revalidated or were

rejected. Conclusions: the regulation of the use of formaldehyde had an impact on the renewal of

registration of hair straightness.

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23

Introdução

REGISTRO SANITÁRIO

Os cosméticos são produtos sujeitos à vigilância

sanitária, para sua comercialização no Brasil

necessitam de registro na Agência Nacional de

Vigilância Sanitária – ANVISA (BRASIL, 1976).

De acordo com sua formulação e propriedades podem

ser classificados em grau um e dois, os produtos

alisantes capilares são produtos que se enquadram no

grau dois (BRASIL, 2009; BRASIL, 2015). O que

diferencia produtos cosméticos de grau um e dois são

as propriedades dos mesmos, produtos grau um

possuem função básica de higiene, desodorização ou

limpeza, e baixa probabilidade de promover efeitos

não desejados, enquanto que produtos cosméticos grau

dois possuem propriedades específicas, por exemplo,

alisantes capilares precisam cumprir com o declarado,

ou seja, promover o alisamento dos cabelos. Dessa

forma cosmética grau de risco dois, precisam de

comprovação de sua eficácia e segurança no momento

do registro sanitário (BRASIL, 2015). Produtos que

não tenham finalidade estética, protetora, higiênica ou

odorífera não serão enquadrados como cosméticos, e

outra exigência regulatória é que esses produtos não

causem irritações à pele nem danos à saúde do usuário

(BRASIL, 1976).

O registro de cosméticos no Brasil é regulamentado

pela Lei 6360, de 23 de setembro de 1976 e

adicionalmente pela RDC 07, de 10 de fevereiro de

2015. O registro obtido terá validade de cinco anos e

deverá ser renovado pela empresa detentora no

primeiro semestre do quinquênio, caso não ocorra o

pedido de renovação em prazo hábil o registro perde a

validade, ou seja, ocorre à caducidade do mesmo, com

isso o produto não poderá ser comercializado.

Atualmente é possível realizar o registro por via

eletrônica, instruindo todos os documentos pertinentes

ao registro por meio digital.

Uma empresa para solicitar registro de um cosmético

na ANVISA precisa previamente possuir licença

sanitária emitida pela vigilância sanitária local; AFE –

Autorização de Funcionamento de Empresas

(ANVISA); a empresa devidamente regularizada

solicita o peticionamento de registro, os documentos

são enviados à ANVISA, são analisados pela Gerência

de Produtos de Higiene, Cosméticos, Perfumes e

Saneantes (GHCOS) (BRASIL, 2017).

Segundo o anexo II da RDC 07/2015, produtos para

alisar e/ou tingir os cabelos são enquadrados como

grau dois, e adicionalmente os produtos para alisar

e/ou tingir os cabelos constam no anexo XVIII o que

configura a obrigatoriedade de seu registro junto ao

órgão regulador, a ANVISA – Agência Nacional de

Vigilância Sanitária.

No ato do registro de um cosmético, a empresa

fabricante deverá comprovar a segurança e eficácia.

Para isso vários documentos deverão ser remetidos à

ANVISA, documentos estes que se dividem em

burocráticos e técnicos. São exemplos de documentos

burocráticos: AFE – Autorização de Funcionamento

de Empresas, licença sanitária, certificado de boas

práticas de fabricação, certidão de regularidade

técnica. São documentos técnicos aqueles que

comprovam a eficácia e segurança do produto

cosmético, dentre eles temos: ingredientes da fórmula,

fórmula quali-quantitativa, especificações

organolépticas e físico-químicas, relatório de

fabricação, estudo de estabilidade, entre outros.

Os componentes da formulação de um cosmético

compõem o dossiê de registro, e é através da fórmula

quantitativa e qualitativa que a ANVISA verifica os

componentes que fazem parte da formulação do

produto candidato ao registro. Cada componente deve

estar codificado de acordo com a Nomenclatura

Internacional de Ingredientes Cosméticos (INCI).

ALISAMENTO CAPILAR

O alisamento capilar é uma tendência há alguns anos,

devido a padrões estéticos atuais, sendo comum a

prática de deixar os cabelos lisos, seja por meio físico,

como aquecimento, ou químico, através do uso de

agentes químicos capazes de romper as pontes

dissulfeto e promover um alisamento duradouro

(DIAS el al., 2007).

O mecanismo de alisamento ocorre através de

formulações com pH elevado que são capazes de abrir

as escamas dos cabelos, e assim, o ingrediente ativo

penetra até o córtex capilar, com consequente rearranjo

das pontes dissulfeto (DELFINI, 2011).

O alisamento capilar ocorre em duas etapas, sendo uma

de redução e a outra de oxidação. Esse processo não é

exclusivo do alisamento, podendo ser aplicado

também para ondular os cabelos (permanente quente

ou frio), sendo que a forma do produto e a aplicação

que definem se será permanente ou alisamento. O

veículo do produto para permanente deve ser um

líquido e para alisamento um creme espesso e viscoso

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o suficiente para manter as fibras capilares lisas

(DRAELOS, 2012).

Na etapa de redução do processo de alisamento ocorre

clivagem das ligações dissulfeto da queratina capilar,

com isso o cabelo deve estar arranjado de forma lisa,

então na fase de oxidação as ligações dissulfeto vão se

ligar novamente mantendo o cabelo no formato em que

estava arrumado (BORGES, 2016).

Os ingredientes para formulações cosméticas capazes

de promover alisamento são: hidróxido de sódio,

hidróxido de lítio, hidróxido de guanidina, tioglicolato

de guanidina ou etanolamina (ABRAHAM et al.,

2009; KEDE, 2009). O formaldeído também se

apresentou como um componente amplamente

utilizado, tendo iniciado seu uso no início dos anos

2000 (FERREIRA, 2016). Sua aplicação tradicional é

em laboratórios, em anatômicos e em procedimentos

para embalsamar cadáveres. Possui propriedades

germicidas, desinfetante e atua como antisséptico

(MACAGNAN, 2017).

O formaldeído é uma molécula pequena, que ocorre na

forma de um gás, e é hidrossolúvel, se dissolvendo

facilmente na água formando o metilenoglicol (IARC,

2012). É chamado popularmente de “formol”, e é

misturado em produtos cosméticos em uma emulsão

condicionadora, em seguida é espalhado com o auxílio

de um pente e secador. Sua concentração usual em

solução aquosa é de 37% (p/v), sendo um líquido

incolor, com odor forte e irritante (MAIWORM et al.,

2017). O formaldeído se liga às proteínas da cutícula e

forma um filme plastificante que mantém o cabelo liso

(ABRAHAM et al., 2009).

Apesar de suas aplicações em procedimentos estéticos

e de compor a formulação de diversos alisantes

capilares a ANVISA proibiu o uso do formaldeído e do

glutaraldeído na composição de alisantes capilares e

em diversos cosméticos, com a publicação da RDC 36,

de 17 de junho de 2009, que em seu artigo primeiro,

prevê a proibição da venda de solução de formaldeído

a 37%, e no artigo segundo proibe a adição de

formaldeído a produto cosmético acabado em salões de

beleza ou estabelecimentos similares.

A motivação para tal proibição é o potencial tóxico do

uso de formaldeído em formulações cosméticas e o uso

indiscriminado que vinha ocorrendo acompanhado de

episódios de agravo à saúde (SILVA et al., 2017). O

risco envolve o usuário (cliente) de salões de beleza

que procuram este tipo de tratamento e ocorre ainda o

risco ocupacional, representado pelos inúmeros

profissionais cabelereiros que aplicavam estes

produtos sem o uso adequado de equipamentos de

proteção individual – EPI, muitas vezes durante toda

uma jornada de trabalho (BELVISO, 2011;

GARBACCIO, 2012).

O uso do formaldeído representa risco por ele ser bem

absorvido por via respiratória e gastrointestinal, sua

metabolização ocorre por ação da enzima formaldeído-

desidrogenase, formando o formiato, que é bem

armazenado em nosso organismo (USA, 1999). No

organismo humano ele pode causar os efeitos de

intoxicação crônica, por exposições repetidas,

impactando no desenvolvimento de câncer das vias

aéreas superiores (MACHADO, 2017).

Outras complicações que o paciente pode apresentar

com o uso indevido do formaldeído é edema do

pulmão, bronquite, laringite e até pneumonia (INCA,

2016). O formaldeído é tido como carcinogênico após

a Agência Internacional de Pesquisa do Câncer, ter

realizado pesquisas com animais utilizando o mesmo

para avaliar seu potencial de causar câncer, atualmente

é confirmado esse malefício.

Devido aos prejuízos que o formaldeído pode causar

na saúde de pacientes e profissionais de estética e ainda

a sua proibição pela ANVISA este trabalho teve como

objetivo analisar o perfil dos processos de registro

sanitário de cosméticos alisantes capilares no Brasil.

Materiais e Métodos

Foi realizada pesquisa científica descritiva sob a forma

de levantamento bibliográfico de artigos, revistas e

livros utilizando os seguintes termos: alisantes

capilares, formaldeído, registro de cosméticos,

vigilância sanitária, cosméticos.

Leitura e análise da legislação sanitária vigente que

regulamenta produtos cosméticos no Brasil em

publicações da ANVISA – Agência Nacional de

Vigilância Sanitária. Foram consideradas leis,

portarias, decretos, resoluções, resolução de diretoria

colegiada e instruções normativas. Foi realizada

análise no portal ANVISA -

http://portal.anvisa.gov.br/ - para consultar os

processos de registro de alisantes capilares, tendo sido

utilizado o termo alisantes capilares, e foram

considerados todos os processos peticionados e

publicados na agência até 2015.

O presente trabalho apenas realizou pesquisa em dados

de domínio público e pesquisa bibliográfica sem

identificação dos participantes. Assim, nos termos do

artigo 1º, parágrafo único, itens II, V e VI da Resolução

nº 510, de 07 de abril de 2016, fica dispensado do

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registro e avaliação do CEP/Conep – Comite de Ética

em Pesquisa/Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.

Resultados e Discussão

Das empresas pesquisadas no sítio eletrônico da

ANVISA que solicitaram registro de produtos

alisantes capilares, um total de 33 (trinta e três), 63,6%

possui a AFE - Autorização de Funcionamento de

Empresas ativa. Uma empresa é classificada como

ativa se não houver solicitação de cancelamento da

AFE, ao encerrar suas atividades é necessário

peticionar junto à ANVISA o cancelamento da mesma

(BRASIL, 1999; BRASIL, 2006; BRASIL, 2008;

BRASIL, 2014; BRASIL, 2015).

Com relação à atividade desenvolvida pelas empresas

detentoras de registro de alisantes capilares, 48,5%

delas possuem AFE para armazenar cosméticos,

39,4% para distribuir, 42,4% para expedir, 54,4% para

fabricar, 30,3% para fracionar, 15,1% para importar

cosméticos, 27,3% para reembalar, 18,2% para

transportar, aproximadamente três porcento para

produzir e aproximadamente seis porcento para

exportar (tabela 1). Um número reduzido de empresas

exportam cosméticos brasileiros para outros países,

demonstrando baixa intensidade desta atividade.

Muitas as empresas avaliadas possuem AFE para mais

de uma atividade.

Tabela 1: distribuição de empresas detentoras de

registro de máscaras alisantes por atividade.

Distribuição em quantidade percentual por atividade

de armazenagem, distribuição, embalagem, expedição,

fabricação, importação, reembalagem, transporte,

produção e exportação.

TABELA 1

Do total de empresas participantes do estudo,

aproximadamente 58% estão localizadas em São

Paulo, estado brasileiro com maior concentração de

produção industrial no setor de HPPC – Higiene

Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC, 2016)

(figura 1).

FIGURA 1

Figura 1: distribuição de empresas detentoras de

registro de máscaras alisantes por estado do país, SP –

São Paulo; ES – Espírito Santo; RS – Rio Grande do

Sul; MS – Mato Grosso do Sul; GO – Goiás; BH – Belo

Horizonte; RJ – Rio de Janeiro e BR – Brasília.

Foram encontrados 80 processos de registro sanitário

peticionados na ANVISA, destes 28 (35%) registros

continuam vigentes, e 52 (65%) não foram revalidados

ou foram indeferidos (figura 2). As empresas a cada 5

anos necessitam solicitar o registro de seus cosméticos,

caso esse procedimento não ocorra, o mesmo se torna

caduco (BRASIL, 1976). Por isso, é possível inferir

que os 52 produtos que os registros não estão vigentes,

ou não peticionaram junto a ANVISA a renovação, ou

o processo foi indeferido.

FIGURA 2

Figura 2: registro de alisantes capilares na ANVISA,

registros vigentes e registros não vigentes.

Do número total de processos peticionados uma

empresa, empresa A detém 15 (18,75%) registros de

alisantes capilares em diferentes apresentações, uma

segunda empresa, empresa B, detém 8 (10%) registros

e três empresas, empresa C, D e E, possuem quatro

registros cada (5%), os demais registros pertencem as

demais empresas (figura 3). Os primeiros processos de

registros foram iniciados no ano de 2002 e alguns

permanecem até hoje.

FIGURA 3

Figura 3: Distribuição por empresas dos registros de

alisantes capilares peticionados na ANVISA até 2015.

Conclusões A análise demonstra uma tendência de descontinuação

de alguns registros a partir da proibição da ANVISA

do uso do glutaraldeído e formaldeído, já que o

processo de renovação envolve a declaração da

fórmula quantitativa e qualitativa do produto. É de

grande importância à observação dos profissionais que

atuam na área de estética, se o produto que utilizam

possui registro sanitário.

Referência Bibliográfica

ABIHPEC. Associação Brasileira da Indústria de Higiene

Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Anuário 2016. São Paulo.

Disponível

em:<https://abihpec.org.br/ABIHPEC_2016/Anuario2016_DIG.

html#p=57>. Acesso em: 17/12/2017.

ABRAHAM, L. S.; MOREIRA, A. M.; MOURA, L. H.;

GAVAZZONI, M. F. Reis; ADDOR, F. A. S. Tratamentos

estéticos e cuidados dos cabelos: uma visão médica (parte 2).

Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, v. 1, n.

4, p. 2-5. 2009.

BELVISO, Thiago Iorio. Os perigos do uso inadequado do

formol na estética capilar. RevInter Revista Intertox de

Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade, v. 4, n. 1, p. 74-81,

fev. 2011.

BORGES, F. S.; SCORZA, F. A. Terapêutica em estética:

conceitos e técnicas. São Paulo: Editora Phorte, 2016.

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26

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Lei nº 6360, de 23 de setembro de 1976 (Versão

Consolidada pela Procuradoria da ANVISA). Dispõe

sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os

medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e

correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e

dá outras providências. Publicado no D.O.U. - Diário

Oficial da União; Poder Executivo, de 24 de

setembro de 1976.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Lei nº 9782, de 26 de janeiro de 1999. Define o

Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a

Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras

providências. Publicado no D.O.U. - Diário Oficial

da União; Poder Executivo, de 27 de janeiro de 1999.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

RDC – Resolução de Diretoria Colegiada 222, de 28

de dezembro de 2006. Dispõe sobre os procedimentos

de petição e arrecadação eletrônica no âmbito da

Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA

e de suas Coordenações Estaduais e Municipais de

Vigilância Sanitária e dá outras providências.

Publicado no D.O.U. - Diário Oficial da União;

Poder Executivo, de 28 de dezembro de 2006.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

RDC – Resolução de Diretoria Colegiada 222, de 28

de dezembro de 2006. Dispõe sobre os procedimentos

de petição e arrecadação eletrônica no âmbito da

Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA

e de suas Coordenações Estaduais e Municipais de

Vigilância Sanitária e dá outras providências.

Publicado no D.O.U. - Diário Oficial da União;

Poder Executivo, de 28 de dezembro de 2006.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

RDC – Resolução de Diretoria Colegiada 76, de 23 de

outubro de 2008. Dispõe sobre a alteração da

Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n.º 222, de

28 de dezembro de 2006, que dispõe sobre os

procedimentos de petição e arrecadação eletrônica no

âmbito da Agência Nacional de Vigilância Sanitária -

ANVISA e dá outras providências. Publicado no

D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder Executivo,

de 27 de outubro de 2008.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

RDC – Resolução de Diretoria Colegiada 16, de 01 de

abril de 2016. Dispõe sobre os Critérios para

Peticionamento de Autorização de Funcionamento

(AFE) e Autorização Especial (AE) de Empresas.

Publicado no D.O.U. - Diário Oficial da União;

Poder Executivo, de 02 de abril de 2016.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

RDC 07, de 10 de fevereiro de 2015. Dispõe sobre os requisitos técnicos para a regularização de produtos de higiene

pessoal, cosméticos e perfumes e dá outras providências.

Publicado no D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder

Executivo, de 10 de fevereiro de 2015.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Lei nº

13202, de 08 de dezembro de 2015. Institui o Programa de

Redução de Litígios Tributários - PRORELIT; autoriza o Poder

Executivo federal a atualizar monetariamente o valor das taxas

que indica. Publicado no D.O.U. - Diário Oficial da União;

Poder Executivo, de 08 de dezembro de 2015.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC 36, de

17 de junho de 2009. Dispõe sobre a proibida a exposição, a venda

e a entrega ao consumo de formol ou de formaldeído (solução a

37%) em drogaria, farmácia, supermercado, armazém e empório,

loja de conveniência e drugstore. Publicado no D.O.U. - Diário

Oficial da União; Poder Executivo, de 17 de junho de 2009.

DELFINI, Fernanda Novelli de Almeida. Ativos alisantes em

cosméticos. 2011.

DRAELOS, Zoe Diana. Dermatologia cosmética: produtos e

procedimentos. São Paulo: Santos, 2012.

FERREIRA, Lilian Abreu; BRAGA, Danielly Caixeta.

SUBSTÂNCIAS ATIVAS DO ALISAMENTO CAPILAR E

SEUS MECANISMOS DE AÇÃO. Revista Eletrônica de

Farmácia, v. 13, n. 2, p. 56-63.EDE, Maria Paulina Villarejo;

Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2012 jul/sep;14(3):702-11

GARBACCIO, Juliana Ladeira; OLIVEIRA, Adriana Cristina.

Biossegurança e risco ocupacional entre os profissionais do

segmento de beleza e estética: revisão integrativa.

INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (INCA). Formol ou

formaldeído: banco de dados. Disponível em:

http://www.inca.gob.br. Acessado em: 29 de maio de 2016.

MACAGNAN, Karyn Kristyni; SARTORI, Mara Rubia Keller;

CASTRO, Fabio Godinho de. Sinais e sintomas da toxidade do

formaldeído em usuários de produtos alisantes

capilares. Cadernos da Escola de Saúde, v. 2, n. 4, 2017.

MACHADO, E. S., de CARVALHO MORAES, L. M.,

MARQUES, M. B., MARQUES, R. B., & SILVA, L. D..

Aspectos toxicológicos relacionados ao uso de cosméticos na

conservação, alisamento e tingimento capilar: uma revisão de

literatura. Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e

Sociedade, v. 10, n. 1, 2017.

MAIWORM A. S., J. V., COSTA GOMES, C., CERQUEIRA

GONÇALVES, C., & GRAZINOLI GARRIDO, R. Risco do

uso do formol na estética capilar riesgo del uso del formol en la

estética capilar. Medicina Legal de Costa Rica, v. 34, n. 2, p. 32-

42, 2017.

SABATOVICH, Oleg. Dermatologia estética. In: Dermatologia

estética. 2009

SILVA, RISCO DO USO DO FORMOL NA ESTÉTICA

CAPILAR. Medicina Legal da Costa Rica. 2017.

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27

ANEXOS Anexo I – tabela um

Atividade Número

de

empresas

Percentual

de

empresas

Armazenar 16 48,5%

Distribuir 13 39,4%

Embalar 14 42,4%

Expedir 17 51,5%

Fabricar 18 54,5%

Fracionar 10 30,3%

Importar 5 15,1%

Reembalar 9 27,3%

Transportar 6 18,20%

Produzir 1 3,03%

Exportar 2 6,06%

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Anexo II – figura 1.

Anexo III – figura 2.

Anexo IV – figura 3.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Registros

vigentes

35%

Registros

não

vigentes

65%

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Empresa A

18,75%

Empresa B

10%

Empresa

C 5%

Empresa D

5%

Empresa E 5%

Outras

empresas

56,25%

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AVALIAÇÃO DE ESTERILIZAÇÃO DA SUPERFÍCIE DOS OVOS E TESTE DE ESTERILIDADE

DE Chrysomya putoria (WIEDEMANN, 1818) (INSECTA: DIPTERA: CALLIPHORIDAE) PARA

UTILIZAÇÃO EM BIOTERAPIA

EVALUATION OF STERILIZATION OF THE SURFACE OF EGGS AND STERILITY TEST OF

Chrysomya putoria (WIEDEMANN, 1818) (INSECTA: DIPTERA: CALLIPHORIDAE) FOR USE IN

BIOTHERAPY

Anderson Vilmar Stroher¹, Callinca Paolla Gomes Machado², Raimundo Wilson de Carvalho³, Simoni

Machado de Medeiros 1.Graduando em Medicina – Universidade Iguacu, 2. Graduando em Medicina – U. Iguacu, 3. Docente Universidade Iguaçú, 4.

Docente Universidade Iguaçu

Revista Ci ê ncia e Tecnologia

P á gina:www.unig.br/revistas_publicacoes

ISSN:1519 - 8022

Ciência e Tecnologia (2018): 17(2). ARTIGO ORIGINAL

RESUMO

Objetivos: Avaliar o uso de hipoclorito de sódio na concentração (0,5%) como agente esterilizante e a viabilidade em diferentes

tempos exposição das larvas pós-esterilização de C. putoria para uso em terapia larval. Metodologia: Para confirmar esterilização

utilizou-se os meios para cultura “plate count agar” (PCA) para o crescimento de bactérias, e o Agar sangue, apropriado para o

crescimento de bactérias hemolíticas. Após a esterilização, os ovos foram colocados em placas de Petri estéreis, forradas com

papel filtro também estéril e umedecido com solução bidestilada de soro fisiológico a 0,9%, tendo sido então mantidos por 18

horas em câmara climática com temperatura controlada (25±1ºC), para aguardar a eclosão das larvas. A viabilidade foi avaliada

transferindo 60 neolarvas de C. putoria com gazes umedecidas para 0,100g de proteína (carne moída) fonte alimentar para as

larvas. Resultados: A esterilização por hipoclorito de sódio na concentração de 0,5% não impediu a eclosão das larvas da espécie

de C. puctoria, e mostrou-se assim um eficiente agente desinfectante para limpeza dos ovos independentemente do tempo de

exposição, avaliados no tempo de 1 minuto (80%) bem como 3 minutos (75%), quando comparados aos controles. O cultivo da

“solução de enxágüe” usada no final de desinfecção dos ovos em dois meios distintos seletivos para o crescimento de bactérias

corrobora este fato. A viabilidade larval e total foi significativamente inferior no período de tempo de 72h (Grupo E) em relação

aos demais tratamentos (Grupos A, B, C e D). Conclusão: Os resultados alcançados mostram que a desinfecção de ovos de

dípteros feita por meio de hipoclorito de sódio, é uma técnica eficaz a ser empregada para a espécie C. putoria. A esterilização de

ovos C. putoria não influenciou negativamente a eclosão das larvas, a viabilidade larval visando à obtenção de larvas estéreis para

uso em terapia larval.

SUMMARY

Objectives: To evaluate the use of sodium hypochlorite in the concentration (0.5%) as a sterilizing agent and the viability at

different times of post-sterilization larvae of C. putoria for use in larval therapy. Methodology: To confirm sterilization, plate

count agar (PCA) was used for bacterial growth, and blood agar, suitable for the growth of hemolytic bacteria, was used. After

sterilization, the eggs were placed in sterile Petri dishes, lined with sterile filter paper and moistened with 0.9% saline solution

and then maintained for 18 hours in a temperature controlled chamber (25 ± 1 ° C) to wait for larvae to hatch. Viability was

evaluated by transferring 60 C. putoria neolarvas with moist gauzes to 0.100 g of protein (ground beef) food source for the larvae.

Results: Sodium hypochlorite sterilization at 0.5% concentration did not prevent the hatching of C. puctoria larvae and thus

showed an efficient disinfecting agent to clean the eggs regardless of the time of exposure, evaluated in time Of 1 minute (80%)

as well as 3 minutes (75%), when compared to controls. The cultivation of the "rinse solution" used at the end of the disinfection

of the eggs in two different media selective for the growth of bacteria corroborates this fact. The larval and total viability was

significantly lower in the time period of D). Conclusion: The results show that the disinfection of dipteran eggs made using

sodium hypochlorite is an effective technique to be used for C. putoria species. The egg sterilization C. putoria did not negatively

influence the larvae hatching, the larval viability aiming at obtaining sterile larvae for use in larval therapy.

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Introdução

Desde o surgimento de civilizações remotas, a

história universal revela preocupação com o

tratamento das feridas. Na pré-história, preparavam

cataplasma de folhas e ervas para tratar casos de

hemorragias e há centenas de anos tem sido

observado que o desbridamento de tecidos

necrosados em feridas infectadas e cauterizações

contribuíam, e muito, para a manutenção da ferida

limpa e seca 1. Com o passar do tempo, vários outros

métodos também foram sendo adicionados e

aperfeiçoados2,3.

A terapia larval consiste na aplicação de

larvas vivas estéreis de dípteros obtidas em

laboratório, sobre lesões, feridas crônicas ou

infectadas, tendo como finalidade a cicatrização, a

partir da remoção de secreção e tecido necrosado

pelo inseto, facilitando assim, o processo de

cicatrização4. Esse procedimento é um modo

alternativo para promover o desbridamento de

feridas, e resultados de pesquisas publicadas e

acessíveis na literatura, têm revelado que a terapia

larval é muito mais eficaz para este fim quando

comparada a outros tratamentos convencionais5,1,6.

Os primeiros relatos sobre terapia larval são

de autoria de Ambróise Pare, cirurgião militar

francês, de 15577. C. putoria possui características

biológicas com potencial para a utilização em

bioterapia8, pois apresenta comportamento

necrobiontófogo e elevada capacidade reprodutiva

com grande produção de massa de ovos,

características indispensáveis a sua utilização. Esse

díptero ocorre em abundância em ambientes

antropofizados9, facilitando o estabelecimento de

colônias desse inseto e a manutenção em condições

laboratoriais10,11.

A bioterapia, também auxilia na desinfecção

anti-microbiana da ferida pela ação direta das larvas

sobre as bactérias encontradas no leito da ferida, por

liberarem enzimas e fazerem a ingestão destas. As

larvas de dípteros ao digerirem o tecido necrosado

da ferida, acumulam no intestino médio anterior,

altas taxas de bactérias, no intestino posterior já pode

ser observada uma diminuição significativa na

quantidade de bactérias e, o número dessas diminuiu

mais ainda na porção final do intestino e

praticamente nenhuma bactéria é vista na

extremidade posterior, próximo ao ânus, o que

indica que as fezes depositadas nas feridas contêm

apenas um pequeno número de bactérias que não são

nocivas12.

A formação de biofilme em processos

infecciosos, em tecidos ou associados a implantes de

dispositivos médicos, representa um grande desafio

terapêutico. A matriz extracelular que envolve as

bactérias nos biofilmes dificulta a ação de

antibióticos, assim como células e moléculas

efetoras do sistema imune do hospedeiro13.

Para utilizar os benefícios dessa terapêutica é

necessário produzir larvas estéreis para aplicar nas

feridas necróticas, conhecer e dominar a técnica de

esterilização dos ovos dos dípteros, evitando que a

larva seja um vetor de patógenos ao cliente portador

de feridas de difícil cicatrização2. Dessa forma,

objetivou-se avaliar a ação do glutaraldeído na

esterilização de ovos de C. putoria, aplicando testes

de esterilidade segundo as normas da Agência

Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA-Brasil),

para que as larvas possam ser aplicadas aos clientes

com segurança e sem qualquer possibilidade de

veicularem.

Nesta pesquisa o objetivo foi avaliar o uso de

hipoclorito de sódio na concentração (0,5%) como

agente esterilizante e a viabilidade em diferentes

tempos exposição das larvas pós-esterilização de C.

putoria (Diptera: Calliphoridae) para uso em terapia

larval.

Material e métodos

Obtenção dos exemplares para estudo - Os

espécimes adultos foram capturados em ambiente

natural utilizando-se armadilhas confeccionadas

com garrafa pet e um vaso de plásticos para plantas

(ANEXO 1). Em seu interior, como isca para atração

dos insetos, fígado bovino cru. As armadilhas

ficaram expostas em locais de grande infestação de

moscas no Campus 1 da UNIABEU, ficaram em

uma área de mata por 24 horas, as armadilhas foram

recolhidas e levadas ao Laboratório Multidisciplinar

para identificação.

Os insetos capturados foram submetidos à

temperatura de -20º C por cerca de 60 segundos até

cessarem seus movimentos, permitindo a

identificação taxonômica em microscópio

estereoscópico14.

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Após a identificação os adultos foram

transferidos para gaiolas transparentes de polietileno

(30x30x50cm) (ANEXO 2), com abertura na parte

superior coberta por tecido de náilon para

arejamento, e na parte lateral para permitir o acesso

ao interior da gaiola (Figura 02), foram alimentados

com dietas à base de açúcar e proteína constituídas

por solução açucarada e fígado bovino cru,

permanecendo em sala climatizada sob condições de

temperatura (26±1ºC), fotoperíodo (12 horas) e

umidade relativa do ar (70±10%) controlada.

Como substrato para oviposição, foi

oferecido carne bovina moída crua. Após a postura,

grupos de 80 ovos foram retirados da carne com o

auxílio de um pincel fino nº0, e depositados sobre

papel filtro umedecido em água bidestilada, presente

no interior de uma placa de Petri estéril.

Grupos experimentais– Para os testes de

esterilização foram montados dois grupos

experimentais contendo 20 ovos da espécie C.

putoria, para cada tratamento:

Grupo I- Grupo controle, no qual os ovos foram

imersos apenas em água bi-destilada estéril tratadas

por 1 e 3 minutos, respectivamente, em seguida

lavados novamente em água bi-destilada estéril por

cinco minutos;

Grupo II- Grupo hipoclorito de sódio 0,5%, cujos

ovos foram tratados lavando-os por 1 e 3 minutos,

respectivamente, cada porção de 20 unidades, sendo

em seguida lavados em água bidestilada estéril por

cinco minutos.

Confirmação da esterilização– Para averiguar qual

concentração efetivamente cumpriria seu papel de

esterilizaria das amostras sem, no entanto, prejudicar

a viabilidade e sobrevivência dos imaturos pós-

processo de esterilização para uso em terapia larval,

os ovos pós-tratamento foram transferidos para

tubos contendo 4 ml de solução peptonada estéril,

homogeneizados em “Vórtex” por 5 minutos e

alíquotas de 0,1 e 1 ml desta “solução de enxágüe”

oriundas de cada grupo (Grupo I e Grupo II) foram

retiradas para inoculação, após diluição seriada até

10-6, em meios de cultivo seletivos de uso exclusivo

para crescimento de microorganismos. Meios

utilizados para confirmar esterilização- Os meios

aqui utilizados foram o “plate count agar” (PCA),

apropriado para o crescimento de bactérias, e o Agar

sangue, apropriado para o crescimento de bactérias

com propriedades hemolíticas, tendo sido feitos dois

tipos de semeaduras: espalhamento por superfície e

estriamento por esgotamento. Após inoculação as

placas foram incubadas em estufa bacteriológica a

37ºC para proceder à leitura dos resultados após 24

e 48 horas.

Verificação da viabilidade larval -Depois de todo o

processo de esterilização descrito ter sido cumprido,

os ovos finalmente foram colocados em placas de

Petri estéreis, forradas com papel filtro também

estéril e umedecido com solução bidestilada de soro

fisiológico a 0,9%, tendo sido então mantidos por 18

horas em câmara climática com temperatura

controlada (25±1ºC), para aguardar a eclosão das

larvas.

A viabilidade foi avaliada transferindo 60

neolarvas de C. putoria das placas de Petri com

gazes umedecidas para 0,100g de proteína (carne

moída) que serviu como fonte alimentar para as

larvas, intencionando assim, avaliar a viabilidade e

o desenvolvimento dos insetos nos períodos de

tempo de 12, 24, 48 e 72 horas após a esterilização.

Estatística - Após esse período, foi contado o

número de imaturos e uma análise de variância de

um fator (ANOVA) feita para medir possíveis

diferenças quanto à taxa de eclosão e a viabilidade

de larvas pós-eclosão frente cada tipo de tratamento

proposto. Teste de comparações múltiplas de Tukey

foi realizado para comparar as médias. Para todas as

análises foi considerado um nível de significância

global de 5% e usado o pacote estatístico SAS®15.

Resultados e Discussão

O processo de esterilização por hipoclorito de sódio

na concentração de 0,5% não impediu a eclosão das

larvas da espécie de C. puctoria, sendo assim, o

hipoclorito de sódio mostrou-se um eficiente agente

desinfectante para limpeza dos ovos

independentemente do tempo de exposição ao

agente químico, quando avaliados no tempo de 1

minuto (80%) bem como 3 minutos (75%), quando

comparados aos controles (Figura03).

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33

Figura 03: Taxa de eclosão (%) de larvas com 24

horas pós-eclosão de C. putoria (Diptera:

Calliphoridae) frente a diferentes tempos de

exposição em 01minuto e 03 minutos utilizados para

desinfecção para uso em terapia larval.

O cultivo da “solução de enxágüe” usada no processo

final de desinfecção dos ovos em dois meios distintos

seletivos para o crescimento de bactérias corrobora

este fato. Tendo em vista que não foi observado o

crescimento de quaisquer colônias de bactérias após

o período de incubação do material, ao contrário do

que ocorreu com o grupo controle, no qual fora

utilizada somente água bidestilada estéril, que a

princípio não atua nem como inibidor e não tem

atividade bactericida (Figura 04).

0

5

10

15

20

1minuto

3 minutos

100%

90%80%

75%

Controle Hipoclorito 0,5%

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34

Figura 04: Placas de Petri contendo os meios de

cultivo: A - “plate count agar” (PCA); B- Agar

sangue - após inoculação e período de incubação de

48 horas, mostrando o crescimento bacteriano para o

grupo experimental Grupo I- Controle e Grupo II -

Hipoclorito de sódio 0,5%. Varzim16 testou a ação de

oito substâncias químicas esterilizantes em diferentes

concentrações e por tempos variados sobre ovos de

C. putoria e somente para três (formaldeído,

permanganato de potássio e hipoclorito de sódio)

foram obtidas taxas de eclosão superiores a 60%.

Porém, a autora não incluiu a utilização do meio de

cultivo Agar sangue em seus testes microbiológicos

para certificar-se de que bactérias hemolíticas não se

desenvolveriam quando usados exclusivamente

formaldeído e hipoclorito de sódio. Outro agravante

é que o permanganato de sódio não inibiu de forma

eficiente o crescimento bacteriano, tendo sido

registradas mais de 300 unidades formadoras de

colônias em meio PCA.

Para esterilizar ovos de C. megacephala e C.

putoria17, utilizando grupos de 60 ovos, divididos em

três grupos de 20 ovos para cada espécie,

empregaram soluções de hipoclorito de sódio 0,5% e

1,0%. Para atestarem a esterilidade das larvas,

empregaram técnica parecida com a de Varzin16,

onde, após esterilizar os ovos, utilizaram PCA e Agar

sangue, não encontrando contaminação em suas

amostras.

Testes preliminares de esterilização de ovos

de Crysomya albiceps utilizando o Hipoclorito de

Sódio 0,5 e 1%, foram desenvolvidos em diferentes

tempos de exposição, para esterilizar 0,600g de

massa de ovos, divididas em três grupos de 0,200g.

No entanto, ao se fazer os testes de esterilidade de

acordo com protocolo farmacopeico, os resultados

não foram satisfatórios, verificando-se a presença de

contaminação nos tubos de Caldo Soja Tripticaseína

(TSB) e Caldo Tioglicolato Fluído (FTM) com cerca

de 10% de massa de ovos previamente esterilizadas18.

Os resultados alcançados neste estudo

mostram que a desinfecção de ovos de dípteros feita

por meio de hipoclorito de sódio, é uma técnica eficaz

a ser empregada para a espécie C. putoria visando à

obtenção de larvas estéreis para uso em terapia larval.

Segundo Nitsche17, o mais recomendável

seria o uso de hipoclorito de sódio na concentração

de 0,5%, por termos observado melhores resultados

relacionados à eclosão e viabilidade larval.

Quanto à viabilidade (Tabela 01) e

desenvolvimento das larvas, verificou-se que a

viabilidade larval e total foi significativamente

inferior no período de tempo de 72h (Grupo E) em

relação aos demais tratamentos (Grupos A, B, C e D).

Tabela 01. Média e desvio-padrão (x±SD) referente

à taxa de eclosão e viabilidade (%) de larvas pós-

eclosão de e C. putoria (Diptera: Calliphoridae)

frente a diferentes tratamentos para uso em terapia

larval.

Tratamento em horas Taxa de Eclosão (%) Viabilidade de Larvas

(%)

Grupo A- Controle 93.0±3.9*

(n=60)

99.0±1.0*

(n=56)

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35

Grupo B- 12h 82.2±4.0*

(n=60)

98.0±0.9*

(n=49)

Grupo C- 24h 81.2±3.8*

(n=60)

98.0±0.9*

(n=49)

Grupo C- 48h 82.1±3.9*

(n=60)

97.0±0.8*

(n=48)

Grupo D- 72h 75.3±2.5**

(n=60)

97.3±1.5*

(n=45)

* Não há diferença significativa entre as médias de

acordo com o teste de Tukey(p≥0,05).

** há diferença significativa entre as médias de

acordo com o teste de Tukey(p≤0,05).

Resultados semelhantes descritos por

Dallavecchia19, quando observou a viabilidade de

larvas após a esterilização feita com glutaraldeido

2%, nos períodos de tempo de 12, 24, 48 e 72 horas

após a esterilização.

Larvas estéreis estão sendo produzidas e

comercializadas por empresas no Reino Unido,

Alemanha, bem como por laboratórios nos EUA,

Israel, Suécia, Suíça, Áustria e Ucrânia12.

Conclusões

Os resultados alcançados neste estudo mostram que

a desinfecção de ovos de dípteros feita por meio de

hipoclorito de sódio, é uma técnica eficaz a ser

empregada para a espécie C. putoria.

A esterilização de ovos C. putoria não

influenciou negativamente a eclosão das larvas, a

viabilidade larval visando à obtenção de larvas

estéreis para uso em terapia larval.

O teste de esterilidade é indispensável para garantir

a qualidade do produto, assim como para a

segurança do cliente final. Estudo e investimentos

precisam ser realizados e analisados no sentido de

ampliar a produção das larvas e disponibilizá-las

para uso do cliente portador de feridas de difícil

cicatrização.

Referencias

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36

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Estadual Paulista,Instituto de Biociências, Botucatu,Brasil.

DALLAVECCHIA DL, SILVA FILHO RG,

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Esterilização da superfície dos ovos de Chrysomya

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biodesbridamento. Revista de Pesquisa: Cuidado é

Fundamental (Online) In: 120 anos da Escola de

Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP/UNIRIO). 1-4.

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de Chrysomya megacephala (Fabricius, 1794), C. putoria

(Wiedemann, 1818) e C. albiceps (Wiedemann, 1819)

(Insecta: Diptera: Calliphoridae) para Utilização de

Bioterapia no Brasil. Disertação de Mestrado,

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de

Janeiro, Brasil.

ANEXO 2.

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37

AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA SOBRE

HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE

EVALUATION OF THE PERCEPTION OF STUDENTS IN THE PHYSIOTHERAPY COURSE ON

HEALTH HUMANIZATION

Agatha Ruvenal de Souza1. Fernanda da S.V. de Melo1, Elaine Pedroso de Azevedo1, Paula Guidone Pereira Sobreira1,

Adalgiza Mafra Moreno1

Universidade Iguaçu- UNIG- Nova Iguaçu-RJ- Brasil

Revista Ci ê ncia e Tecnologia

P á gina:www.unig.br/revistas_publicacoes

ISSN:1519 - 8022

Ciência e Tec nologia (2017): 17(2). ARTIGO ORIGINAL

Resumo

A humanização é a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde e enfatiza

a autonomia e o protagonismo desses sujeitos, a responsabilidade entre eles, o estabelecimento de vínculos

solidários e a participação coletiva no processo de gestão. Uma equipe humanizada é aquela que não só

contempla suas estruturas administrativas, mas também humanas. Para que exista uma equipe humanizada,

necessita-se de reformas no sistema de saúde e transformação nas instituições de ensino superior a fim de que

o futuro profissional de saúde consiga atender não somente às estruturas administrativas, mas também aos

valores éticos, respeito e solidariedade ao ser humano. Esse trabalho tem como objetivo verificar a percepção

dos alunos do curso de fisioterapia sobre humanização se as ementas do curso de fisioterapia contemplam as

diretrizes do sistema único de saúde (SUS). A metodologia utilizada foi através da avaliação dos ementários

do curso de fisioterapia, através de uma pesquisa com abordagem quanti qualitativa. O estudo caracteriza se

como transversal e exploratório, com abordagem quantiqualitativa, foram realizadas entrevista

semiestruturada com os alunos do curso pertenciam ao 1º, 5º e 10º período, totalizando 62 alunos. Os dados

foram submetidos à análise de conteúdo, do tipo temática, e também apresentados em forma de tabelas e

percentuais. Concluímos que a percepção dos alunos foi restrita e limitada, sem aprofundamento teórico sobre

o tema humanização, tanto para os iniciantes como para os concluintes. A adequação dos currículos de forma

transversal as diretrizes do SUS são fundamentais para a mudança da qualidade da assistência e formação de

profissionais competentes, discussões no âmbito epistemológico são essenciais a visão ampla em saúde e não

somente focada na relação terapeuta e paciente.

Abstract

Humanization is the valuation of the different subjects involved in the health production process and

emphasizes the autonomy and protagonism of these subjects, the responsibility between them, the

establishment of solidarity bonds and the collective participation in the management process. A humanized

team is one that

not only contemplates its administrative but also human structures. In order for a humanized team to exist,

reforms are needed in the health system and transformation in higher education institutions so that the future

health professional can manage not only administrative structures, but also ethical values, respect and

solidarity with the human being.This study aims to verify if the menus of the physiotherapy course contemplate

the guidelines of SUS to humanization and the students' perception about humanization. The methodology

used was the evaluation of the placements of the physiotherapy course, through a research with a quantitative

approach. The participants belonged to the 1st, 5th and 10th period totaling 62 students.Therefore, we

concluded that the questionnaire showed to be an adequate resource for our objective, but the results obtained

allowed to conclude that there was a noticeable absence in the transmission of the teaching of humanization,

the menus of the course showed the absence of subjects that spoke on the subject.

Descriptors: Humanization of assistance, physiotherapy, college education.

Descritores: Humanização,

fisioterapia,

educação

superior.

Descriptors:

Humanization

of assistance,

physiotherapy,

college

education

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38

Introdução

“A saúde é direito de todos e dever do

Estado”. Essa é uma conquista do povo brasileiro.

Toda a conquista é, entretanto, resultado e início de

um novo outro processo, em 1988, houve a criação

do Sistema Único de Saúde (SUS). Com ele

afirmamos a abrangência geral, a plenitude e a

igualdade da atenção em saúde, também visamos

uma concepção diferente de saúde, que não se

resume a ausência de doença, mas a um bom estado

geral1.

Ao longo desses anos, podemos observar os

inúmeros avanços no campo de saúde pública

brasileira e com eles encontramos atitudes de modo

contraditório, abrangendo problemas de diversas

ordens. Nesse percurso constante de mudanças do

SUS, verificamos evolução na gestão de saúde, tais

como as ampliações dos níveis de equidade e

integralidade, porém há problemas que persistem,

como a fragmentação dos processos de trabalho, o

relacionamento entre os diferentes profissionais de

saúde e a relação entre estes e o paciente, o trabalho

em equipe também ficou bastante abalado, impondo

a urgência, no aperfeiçoamento do sistema2.

Diante deste cenário, o Ministério da Saúde

criou a Política Nacional de Humanização, em que a

humanização é a valorização dos diferentes sujeitos

implicados no processo de produção de saúde e

enfatiza a autonomia e o protagonismo desses

sujeitos, a responsabilidade entre eles, o

estabelecimento de vínculos solidários e a

participação coletiva no processo de gestão3.

Conceitualmente humanização é a ação ou

efeito de humanizar, de tornar humano ou mais

humano, benévolo e afável, fazer com que se

adquirira hábitos sociais polidos4. Humanizar vai

além de agregar as eficiências técnicas e cientificas,

priorizando também os valores éticos, o respeito e a

solidariedade ao ser humano. A assistência

humanizada é fundamental para o sucesso de uma

vida que se amplia no âmbito profissional, devendo

ser transmitida no contato humano de forma

acolhedora, sem juízo de valores e contemplando a

integridade do ser humano5.

Uma equipe humanizada é aquela que

comtempla, não só sua estrutura administrativa, mas

também a estrutura humana, o respeito e a dignidade

de cada sujeito, sendo ele o paciente ou familiar, um

profissional humanizado sempre reconhece o outro

como um legítimo cidadão com direitos e deveres,

visando deste modo estabelecer condições para um

atendimento de qualidade6.

O Brasil é um país com profundas

desigualdades socioeconômicas e por esse motivo

permanecem vários desafios na ampliação da saúde,

na qualidade dos serviços, ampliação do processo de

responsabilidade entre os gestores e usuários nos

processos de gerir e de cuidar7.

Mesmo com todas as questões apresentadas,

podemos analisar, ainda, a desvalorização dos

trabalhadores da saúde, a precarização de recursos

para trabalho e o baixo investimento na reciclagem

dos profissionais. Uma questão que devemos

ressaltar é a que diz respeito ao déficit apresentado

pelos profissionais da área da saúde e o despreparo

dos mesmos e demais trabalhadores para lidar com a

dimensão subjetiva que toda prática da atuação em

saúde exige, ligando esses aspectos podemos

encontrar a origem do problema na formação

acadêmica desses atuais profissionais8.

As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN)

no ano de 2001, afirmam que os cursos de graduação

em saúde "a formação do profissional de saúde deve

contemplar o sistema de saúde vigente no país, o

trabalho em equipe e a atenção integral à saúde"9. É

de suma importância que na formação inicial dos

profissionais de saúde dar se ênfase no ensino do

SUS. A formação do fisioterapeuta deve atender as

necessidades de saúde, com foco no SUS, e

assegurar a integralidade da atenção, a qualidade e

humanização do atendimento de forma transversal.

Visando entender em que etapa evolutiva se

encontra os futuros profissionais de fisioterapia e sua

estrutura formadora no processo de formação de

profissionais humanizados, este trabalho se dispôs a

analisar em sua integralidade o ementário do curso

de fisioterapia de uma Universidade Privada,

correlacionar de maneira direta cada uma das

ementas com as diretrizes do SUS para humanização

e avaliar a percepção dos alunos sobre humanização

em saúde.

Metodologia

A presente pesquisa utilizou três grupos com

abordagem quantiqualitativa, com caráter

transversal e exploratório. A abordagem qualitativa

sob paradigma fenomenológico não se preocupa

com representatividade numérica, mas sim com o

aprofundamento da compreensão a partir de um

grupo social, de uma organização 10.

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39

Buscando a maior fidelidade possível com a

realidade este trabalho buscou se utilizar essa forma

distinta de pesquisa da maneira mais sinérgica

encontrada, com o intuito de verificar não somente o

entendimento individual, mas também o peso deste

entendimento para a totalidade da estrutura de

formação. Sendo assim esta pesquisa se utiliza de

grupos previamente determinados, mas com

significativa importância dentro do quadro geral da

instituição, trabalha com dados subjetivos buscando

entender de forma plena seu significado e também

com dados específicos de forma a obter maior

precisão dos resultados.

Os três grupos que foram constituídos por

alunos do 1º, 5º e 10º período, respectivamente, do

curso de Fisioterapia. Optou- se pela amostragem

por exaustão 8, em que são incluídos todos os

indivíduos disponíveis. Todas as turmas foram

entrevistadas no primeiro semestre do ano de 2016.

Todos os participantes assinaram o termo de

consentimento livre e esclarecido, o estudo foi

aprovado pelo conselho de ética em pesquisa da

instituição, CAAE número 56125816.7.0000.5288

O 1º período e constituído por 61 alunos, 5º

período por 33 alunos e 10º período por 10 alunos.

Os alunos foram identificados por números com o

objetivo de não expor suas identidades.

Com critério de inclusão, foi definido que os

alunos estivessem regulamente matriculados. Como

critério de exclusão, foi definido que os alunos que

eram dependentes de alguma disciplina relacionada

ao SUS, ou o aluno que faltou a prova de alguma

disciplina relacionada ao SUS tanto na avaliação

inicial como na avaliação final.

A pesquisa foi realizada no 1° semestre de

2016, apresentamos aos alunos uma breve

introdução explicativa sobre a pesquisa a qual foi

informando a todos os alunos que realizaríamos uma

avaliação de conhecimento sobre a grade curricular

do curso de fisioterapia com o objetivo de avaliar o

conhecimento do curso e a percepção de cada aluno

sobre humanização, também foi explicado aos

alunos sobre a não obrigatoriedade de realizar essa

avaliação, e que os alunos que deixasse questões em

branco não seria penalizado.

Antes do início da entrevista, foi explicado

que o nome dos alunos não seria divulgado e que os

resultados dessa avaliação seriam utilizados em uma

pesquisa científica e que, portanto, era muito

importante que fosse desenvolvido com a maior

atenção e fidelidade possível, também foi informado

aos alunos que os resultados não acarretariam

nenhum impacto no seu desempenho acadêmico e

que o resultado da pesquisa estaria disponível na

coordenação do curso, caso algum aluno tivesse o

interesse.

Depois das seguintes informações foi aberto

espaço para desistência na participação da pesquisa,

e informamos que os referidos tinham 30 minutos

para realizar a avaliação.

Instrumentos avaliativos Para aferir os conhecimentos dos alunos e

avaliar suas percepções, elaboramos um instrumento

avaliativo em forma de questionário, no qual havia

10 questões, sendo 05 questões com objetivo de

verificar os dados pessoais, sendo compostos por

questões relacionadas a sexo, idade, graduação,

cursos técnicos e profissão. E as outras 05 questões

denominadas questões de conhecimentos

específicos, pois possuem relação direta ao tema da

pesquisa, as quais foram compostas por questões

relacionadas à humanização, sistema único de saúde

(SUS) e a abordagem de ambos os temas em sala de

aula.

Lüdke André (1986), define a análise dos

dados dos conteúdos como a técnica de inferências

válidas e replicáveis dos dados para o contexto ou a

investigação do conteúdo simbólico das respostas

que podem ser abordadas de diferentes maneiras:

através de palavras, sentenças, parágrafos ou textos

e analisando-os de acordo com a estrutura lógica das

expressões ou através da análise temática. As

respostas dos alunos foram então agrupadas, quando

possível tabeladas, e então apresentadas

resumidamente com vistas a apontar a visão dos

estudantes sobre a humanização. Trechos das

respostas foram selecionados, transcritos e

categorizados e posteriormente discutidos. Os

resultados das atividades e avaliações dos três

grupos foram analisados e tabulados com auxílio de

planilhas e gráficos, no intuito de se analisar os

resultados obtidos através de cada uma delas 11.

Avaliação das ementas

Foram examinadas todas as ementas do curso

do 1º ao 10º período buscando a correlação direta de

palavras relacionada ao tema, humanização e as

diretrizes do SUS.

A tabela 01 demonstra as disciplinas que compõem

a grade curricular do curso selecionada por períodos.

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40

Tabela 01- Disciplinas que compõe a grade curricular do curso de Fisioterapia da instituição em estudo por períodos.

Período Disciplinas

Biofísica; Biologia Humana; Bioquímica; História e Fundamentos da Fisioterapia; Informática Aplicada à

Saúde; Metodologia do Estudo; Morfologia Humana I.

Antropologia e Sociologia em Saúde; Biomecânica do Aparelho Locomotor; Ética, Cidadania e

Deontologia; Fisiologia Humana; Morfofisiológica Neurológica; Morfologia Humana II; Saúde Pública e

Primeiros Socorros.

Cinesiologia Clínica; Farmacologia; Fisiologia Humana; Microbiologia e Parasitologia; Patologia de

Órgãos e Sistemas; Recursos Terapêuticos Manuais.

Administração em Fisioterapia; Avaliação Fisioterapêutica; Cinesioterapia I e Mecanoterapia; Clínica da

Dor; Fisioterapia em Saúde Pública; Metodologia Científica; Políticas de Saúde e Sistema Único de Saúde;

Psicomotricidade Clinica.

Cinesioterapia II; Clínica da Dor; Fisioterapia Preventiva e do Trabalho; Hidroterapia e

Hidrocinesioterapia; Psicologia Clínica; Exame Diagnóstico por Imagem.

Eletroterapia, termoterapia e fototerapia; clínica e fisioterapia neurológica; clínica e fisioterapia

rematológica; clínica e fisioterapia ortopédica e traumatológica.

Clínica e fisioterapia cardiovascular; fisioterapia em clínica médica cirúrgica; fisioterapia aplicada a saúde

da mulher; clínica e fisioterapia no idoso; clínica e fisioterapia pneumológica; prótese e órtese e estética

funcional.

Clínica e Fisioterapia na Infância e Adolescência; Fisioterapia nos Esportes; Fisioterapia Aplicada a Terapia

Intensiva; Fisioterapia nas Disfunções Estéticas; Fisioterapia Oncologia.

9º Estágio supervisionado I, TCC I.

10º Estágio supervisionado II, TCC II.

Fonte: Coordenação de fisioterapia UNIG, disponibilizada e autorizada divulgação.

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41

Os dados dessa pesquisa foram compilados

utilizando o EXCEL modelo 2010, foram

apresentados em média e desvio padrão,

porcentagens e tabela de frequência.

Resultados e Discussão

Resultados da avaliação dos ementários

A análise das ementas foi constituída por 52

disciplinas, sendo que 7,69% das disciplinas

apresentaram no seu conteúdo relação direta de

palavras sobre as diretrizes do SUS a humanização:

seguem o titilo das citadas: Saúde Pública e

Primeiros Socorros, Fisioterapia em Saúde

Pública, Políticas e Saúde do SUS e Oncologia.

Resultados dos grupos avaliados

O primeiro grupo foi constituído pelos

alunos que estão cursando o 1º período, os quais

totalizam 61 alunos regulamente matriculados,

sendo que 15 alunos não quiseram participar da

pesquisa, total de 46 participantes. O segundo

grupo foi constituído pelos alunos que estão

cursando o 5º período, os quais totalizam 33 alunos

regulamente matriculados, sendo que 24 alunos

não compareceram à aula no dia que foi

desenvolvido a pesquisa, deste modo, a amostra do

segundo grupo foi constituída por nove alunos. O

terceiro grupo foi constituído pelos alunos do 10º

período, os quais totalizam 10 alunos regulamente

matriculados, 3 alunos faltaram a aula, totalizando

07 alunos. Os três grupos de alunos que

participaram da pesquisa obtiveram o total de 62

alunos e todos cumpriram os critérios de inclusão

e exclusão.

Tabela 1: Resultados das questões de dados pessoais

Idade Sexo Curso técnico Graduação anterior Estudante

F M Sim Não

1º Período 22 ± 12 21% 79% 22% 13% 52% 48%

5º Período 27 ± 4 22% 78% 11% 0 % 44% 56%

10º Período 28 ± 8 14% 86% 14% 28 % 57% 43%

As questões e 1 a 5 estão apresentadas na tabela 1 e

descreve a idade, sexo, curso técnico, curso superior

e se o aluno é somente estudante ou se tem uma

profissão, esses fatores poderiam impactar na

percepção dos alunos nas questões de conhecimentos

específicos, segundo seus possíveis conhecimentos

prévios.

Resultados e discussão das questões de

conhecimento específico

Questão 1- O que você entende sobre

humanização?

A primeira questão foi relacionada à

humanização, elaboramos uma questão discursiva na

qual foi perguntado ao participante o que ele entendia

sobre humanização. O primeiro grupo, 78% dos

alunos deixaram a questão em branco e 22% dos

alunos responderam à questão com seu

entendimento, com o grupo dos respondentes foi feita

uma segunda análise buscando correlacionar as

respostas obtidas com o conceito utilizado pelo SUS

e obtivemos os seguintes resultados; 30% dos alunos

que responderam utilizaram a definição do dicionário

e 70% totalmente erradas, o que demonstra um

desconhecimento sobre o que é humanização de

acordo com o conceito da SUS.

Os resultados dos participantes que possuíam

curso técnico na área da saúde foram os seguintes;

70% dos participantes que possuíam curso técnico

deixaram essa questão em branco ou responderam

exatamente “não sei” e 30% responderam. Através do

resultado dos participantes que responderam foi

realizada uma nova analise com o intuito de avaliar

se respostas tinham relação com o conceito da SUS e

se o fato do aluno já te cursado técnico influenciou de

forma positiva ou negativa na sua resposta. E das

respostas obtidas 67% apresentaram um conceito

totalmente errado sobre humanização e 33% das

respostas foram baseadas na definição do dicionário.

Através de todas as análises realizadas no

primeiro grupo nenhum dos alunos utilizaram o

conceito de humanização relacionado ao SUS, e

também podemos concluir que os participantes que

informaram ter cursado um curso técnico e superior

não obtiveram uma melhor resposta em relação aos

demais participantes.

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No segundo grupo (5º período) 100% dos

alunos responderam a primeira questão, sendo que

67% respondem de forma errada e 33% responderam

parcialmente certa com o conceito do SUS. Neste

grupo nenhum dos alunos relatou ter cursado outro

curso superior e apenas um candidato declarou ter

curso técnico (tabela 1).

No terceiro grupo (10º período) 29% dos

alunos deixaram a questão em branco e 71% dos

alunos responderam às questões. Nenhuma resposta

aluno se aproximou da definição do SUS.

Temos que ressaltar que humanização não é

só um conceito direcionado a área da saúde, porém a

presente pesquisa teve como objetivo analisar o

conceito de humanização voltado à definição do

SUS. Nos resultados apresentado, encontramos um

déficit no conhecimento sobre humanização, os

alunos de todos os grupos mostraram não saber o

conceito do SUS sobre humanização. As ações em

saúde possuem características tradicionais 12, a

efetividade da humanização como política pública de

saúde se reflete na diferenciação dos indivíduos, nos

diferentes processos de trabalho constituindo outros

modos de abstrações e outros modos de cuidar, outros

modos de acolher, outros modos de gerir a atenção a

saúde em todos os níveis. Portanto, a humanização

pode ser definida como a valorização dos processos

de mudança das pessoas na produção de saúde 13.

Estes dados ratificam a pesquisa realizada por

Silva e Silveira (2011), em que, os alunos de

fisioterapia entrevistados não assimilaram o conceito

de humanização, apresentando uma linguagem

técnica e concisa sobre o tema. O estudo ainda

ressalta as deficiências estruturais da formação do

profissional de saúde, seja em qualquer área, e a

necessidade de uma metodologia de ensino que

implique o sujeito como agente de cuidado14. Podemos ressaltar que humanização em saúde deve ser um

tema presente durante toda a graduação, pois uma vez que: Construir

compromissos e valores humanos no contexto da formação é essencial

para a construção de uma prática humana em saúde 15. Através desses

ensinamentos durante toda a formação, será possível que o futuro

profissional venha contemplar as estruturas humanizadas.

Questão 02- Humanização já foi um tema abordado em sala de

aula?

A presente questão foi composta de forma

objetiva e todos responderam essa questão. No

primeiro grupo 17% das respostas relataram que esse

tema já foi abordado em sala de aula, no segundo

grupo 100% e no terceiro 86%. Após realizarmos

uma correlação com a primeira questão a qual

solicitava que os alunos descrevessem seu

conhecimento sobre humanização os resultados não

foram tão satisfatórios, pois, a maioria não sabia o

conceito de humanização. Portanto, através desse

cenário podemos concluir que possivelmente os

professores relataram em algum momento acadêmico

sobre humanização, porém, não foi de forma

persistente e solida para consolidar o conhecimento

sobre o tema.

A humanização tem uma concepção ético-

política, nesse contexto, compreende o

comportamento do usuários, gestores e profissionais

de saúde implicados com a filosofia do SUS e

também conectada à organização social e

institucional das práticas de atenção e gestão do SUS,

portanto, é imprescindível ser ensinada aos alunos

de forma transversal, começando pelo primeiro

período e sendo mantido em todos os outros, e

incluindo todos os conhecimentos para que o futuro

profissional venha contemplar estruturas

humanizadas, por isso: Propor alternativas para a

abordagem transversal deste tema faz parte das mais

necessárias discussões em pauta na agenda da

prática médica16.

3° Questão: Você conhece as diretrizes do SUS?

A terceira questão foi composta de forma

objetiva e todos responderam essa questão, no qual

obtivemos os seguintes resultados; no primeiro grupo

17% relataram conhecer as diretrizes do SUS, no

segundo 100% e no terceiro 86%.

E essencial o conhecimento das diretrizes do

SUS, para que o profissional venha contemplar o

sistema vigente. Tendo em vista os resultados de cada

grupo e comparando com os percentuais de acerto na

primeira questão que foi solicitada a definição de

humanização podemos inferir novamente que o

percentual de alunos que julga conhecer as diretrizes

do SUS para humanização é muito maior do que

aqueles que realmente têm conhecimento sobre elas.

Embora, mesmo com essa porcentagem por grupo, de

alunos que relataram conhecer as diretrizes, sugere-

se uma nova pesquisa para avaliar a qualidade do

conhecimento. A fim de fixar a humanização é

crucial que as pessoas participantes dos processos em

saúde se identifiquem como atores e responsáveis por

suas práticas, para assegurar a universalidade do

acesso, a integralidade do cuidado e a equidade das

ofertas em saúde. 17

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4° Questão: Quais disciplinas você recordar ter

abordado sobre humanização?

Essa questão foi composta de forma

discursiva e sem limites de disciplinas por alunos. No

primeiro grupo, 15% relataram as disciplinas de

Informática em Saúde, Biologia Humana, História e

Fundamentos da Fisioterapia, Metodologia do

Estudo. No segundo grupo, 88% relataram as

disciplinas de Políticas e Saúde do SUS, Fisioterapia

em Saúde Pública, Psicologia Clínica, Saúde do

Idoso e Clínica da Mulher. No terceiro grupo, 85%

relataram as disciplinas de Política e Saúde do SUS e

Oncologia.

Foi criada pelo Ministério da Saúde, em 2003,

a Política Nacional de Humanização (PNH) a qual

vem atuando de forma transversal as demais políticas

de saúde, com a proposta de enfrentar o desafio de

assegurar os princípios do SUS18. Nesse sentido,

também é essencial que os docentes venham propor

alternativas para uma abordagem de forma

transversal visando transmitir sobre questões

humanistas, começando a partir do momento em que

o aluno de iniciasse ao primeiro dia acadêmico até o

ultimo, visando ofertar conhecimentos teóricos

consistentes sobre a humanização no seu sentido mais

amplo e profundo e consequentemente gerando um

profissional que contempla a PNH.

As Diretrizes Curriculares para o Curso de

Graduação em Fisioterapia definem o perfil do

formando/profissional e da seguinte forma,

“Fisioterapeuta, com formação generalista,

humanista, critica e reflexiva, capacitado a atuar em

todos os níveis de atenção à saúde, com uma visão

ampla e global, respeitando os princípios

éticos/bioéticos”.

Sabemos que a fisioterapia passou por

diversas conquistas ao logo da sua evolução.

Entretanto, podemos observar que a formação dos

profissionais ainda é muito técnica, considerando

muito pouco as políticas públicas vigente no nosso

país. Porém, segundo Cordeiro e Minayo19, mais

importante do que ter disciplinas que abordem a

humanização, faz-se necessário que essa temática

atravesse todas as abordagens teóricas e práticas

desse processo em construção de ensino-

aprendizagem.

As Conferências Nacionais de são um

instrumentos para integração da educação e saúde, as

discussões ocorrem a cerca das condição de trabalho;

educação, formação e capacitação; formação de

equipes multiprofissionais e humanização 20. Em

dezembro de 2000, realizou-se a XI CNS, que contou

com a participação de 2.500 delegados e teve como

tema central: “O Brasil falando como quer ser

tratado: Efetivando o SUS: acesso, qualidade e

humanização na atenção à saúde com controle

social21. As propostas para a humanização da

assistência devem estar alinhadas com as políticas

sociais e educacionais e serem colocadas acima das

políticas econômicas 22.

5° Questão: Assinale a alternativa que

corresponde à frequência que os professores

abordaram sobre humanização.

Na quinta questão foi perguntado aos

participantes de forma objetiva em qual frequência os

professores abordaram na sala de aula sobre

humanização e a frequência que foi abordada.

Tabela 02- Categorização da frequência em que os

professores abordaram o tema humanização em sala

de aula.

Grupos/

Questões

Os Professores

nunca falaram

sobre

humanização

Os Professores

falaram algumas

vezes sobre

humanização

Os Professores

falaram quase

sempre sobre

humanização

Os Professores

sempre abordam

o tema

humanização

1º 72% 4% 24% 0%

5º 0% 78% 22% 0%

10º 0% 86% 0% 14%

Considerações Finais

Este estudo baseou-se na aplicação dos

questionários a três grupos compostos por alunos do

curso de fisioterapia e concluímos que que houve

uma perceptível ausência na transmissão do ensino de

humanização baseado de forma transversal, sendo

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resultante em todas as outras questões e

consequentemente uma restrita e limitada aquisição

de conceitos e práticos sobre o tema humanização.

O sistema de saúde que é vigente o nosso país

vive em constantes melhorias e dificuldade, nesse

sentido é fundamental que o professor transmita

questões humanizadas ao acadêmico, tendo como

objetivo que os futuros profissionais contemplem as

propostas estabelecida pela Política Nacional de

Humanização que objetiva efetivar os princípios do

Sistema Único de Saúde no cotidiano das práticas de

gestão e apoiar trocas solidárias entre gestores,

trabalhadores e usuários para a produção de saúde e

a produção de sujeitos.

Como já foi dito, transmitir o ensino de

humanização baseado de forma transversal e

presente, confere ao professor um papel ativo na

construção do conhecimento. Comunicar é o meio de

transmitir esse ensino, através de conhecimentos e a

comunicação do corpo docente com o discente sobre

o processo de humanização, gerando possivelmente

uma reforma significativa nas instituições e futuros

profissionais.

Embora se verifique um crescimento no

investimento, na capacitação dos profissionais de

saúde, nas iniciativas e incentivos visando o trabalho

transversal e interdisciplinar, essas práticas ainda são

limitadas e enfrentam alguns desafios.

Através da comunicação clara e continua,

podem-se transformar acadêmicos em futuros

profissionais que visão melhorar a maneira de tratar,

a maneira de se lidar com o paciente e seus familiares,

muda-se a maneira de cuidar, a solidariedade ao ser

humano, valores éticos e respeitos e a partir passar a

ser transmitido aos envolvidos a aposta que a Política

Nacional de Humanização SUS faz na universalidade

do acesso, na integralidade do cuidado e na equidade

das ofertas em saúde mais segurança e conforto.

Como produto desse estudo, foram realizadas

reuniões com a coordenação do curso em questão e

demais professores buscando analisar os resultados

encontrados e rever uma metodologia de ensino mais

participativa e construtivista visando não só o

“aprender” do aluno, mas, a “apreensão” do

conhecimento e inclusão da humanização em sua

prática profissional.

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