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R evista de Ciência & Tecnologia. Dez. 2016;16( 2 )
Revista de Ciência & Tecnologia. Dez. 2017;17(2)
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REVISTA DE
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
A revista da UNIG
Editora Chefe
Profª Drª Renata Rodrigues Teixeira de Castro
Editor Associado
Prof Dr Vitor Tenorio da Rosa
Conselho Editorial
Profª Drª Adalgiza Mafra Moreno
Prof MSc Eduardo Branco de Sousa
Profª MSc Gisele Dornelles Pires
Prof Dr Lino Sieiro Netto
Profª Drª Natália Galito
Profª MSc Renata de Sá Brito Fróes
Prof Dr Raimundo Wilson de Carvalho Prof
MSc Paulo César Ribeiro
REVISTA DE CIÊNCIA & TECNOLOGIA / Universidade Iguaçu, v.17, no 2
(Dezembro 2017). Nova Iguaçu - Rio de Janeiro: Gráfica Universitária, 2017.
Semestral: ISSN 1519-8022
Revista de Ciência & Tecnologia. Dez. 2017;17(2)
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REVISTA DE
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
A revista da UNIG
INSTRUÇÕES AOS AUTORES
Escopo e Política
A Revista de Ciência & Tecnologia é o periódico oficial da Universidade Iguaçu (UNIG), tendo 8 anos
de existência e com uma periodicidade de publicação gratuita quadrimestral a partir de 2016. A Revista
esforça-se para publicar estudos de alto padrão científico e que tenham o objetivo de divulgar as
produções nas áreas das ciências biológicas e da saúde, incluindo a área de saneamento, saúde pública
e meio ambiente. A Revista de Ciência & Tecnologia publica artigos originais, artigos de revisão,
relatos de caso, comunicações breves e cartas ao editor. Este periódico foi avaliado como Qualis B5
na área Saúde Coletiva e em Biodiversidade e está indexada no Google Scholar. A publicação segue
integralmente o padrão internacional do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE),
ou Convenção de Vancouver, e seus requisitos de uniformização [http://www.icmje.org/]. Fonte de
indexação
Google scholar
Forma e Preparação de Manuscritos
Dupla submissão
Os artigos submetidos serão considerados para publicação somente com a condição de que não tenham
sido publicados ou não estejam em processo de avaliação para publicação em outro periódico, seja na
sua versão integral ou em parte. A Revista de Ciência & Tecnologia não considerará para publicação
artigos cujos dados tenham sido disponibilizados na Internet para acesso público. Se houver, no artigo
submetido, algum material em figuras ou tabelas já publicados em outro local, a submissão do artigo
deverá ser acompanhada de cópia do material original e da permissão por escrito para reprodução do
material.
Conflito de interesses
Os autores deverão explicitar, através do preenchimento de formulário próprio, qualquer potencial
conflito de interesses relacionado ao artigo submetido, conforme determinação da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (RDC 102/ 2000) e do Conselho Federal de Medicina (Resolução nº
1.595/2000). Esta exigência visa informar aos editores, revisores e leitores sobre relações profissionais
Revista de Ciência & Tecnologia. Dez. 2017;17(2)
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e/ou financeiras (como patrocínios e participação societária) com agentes financeiros relacionados a
produtos farmacêuticos ou equipamentos envolvidos no trabalho, os quais podem, teoricamente,
influenciar as interpretações e conclusões do mesmo. A declaração de conflito de interesses será
publicada ao final de todos os artigos.
Bioética de experimentos com seres humanos
A realização de experimentos envolvendo seres humanos deve seguir a resolução específica do
Conselho Nacional de Saúde (nº 466/2012) disponível em http://www.conselho.saude.gov.br,
incluindo a assinatura de um Termo de Consentimento Informado e a proteção da privacidade dos
voluntários.
Bioética de experimentos com animais
A realização de experimentos envolvendo animais deve seguir resoluções específicas (Lei nº
11794/2008).
Revisão por pares (Peer-review)
Todos os artigos submetidos serão avaliados, por pareceristas (na modalidade duplo-cego) com
experiência e competência profissional na respectiva área do trabalho e emitirão pareceres que serão
utilizados pelos editores para decidir sobre a aceitação do mesmo. Os critérios de avaliação dos artigos
incluem: originalidade, contribuição relevante para a área, metodologia adequada, clareza e atualidade.
Considerando o crescente número de submissões à Revista de Ciência & Tecnologia, artigos serão
também avaliados quanto à sua relevância e contribuição para o conhecimento específico na área.
Assim, artigos com metodologia adequada e resultados condizentes poderão não ser aceitos para
publicação se julgados como sendo de baixa relevância pelos editores. Tal decisão de recusa não estará
sujeita a recurso ou contestação por parte dos autores. Os artigos aceitos para publicação poderão sofrer
revisões editoriais para facilitar sua clareza e entendimento sem, contudo, alterar o conteúdo. Qualquer
alteração será encaminhada para aprovação pelos autores antes de sua publicação.
Correção de provas gráficas
Logo que prontas, as provas gráficas em formato eletrônico serão enviadas por e-mail para o autor
correspondente. Os autores deverão devolver, também por e-mail, a prova gráfica com as devidas
correções em, no máximo, 48h após o seu recebimento. A medida visa agilizar o processo de revisão
e publicação do artigo.
Direitos autorais
Todas as declarações publicadas nos artigos são de inteira responsabilidade dos autores. Entretanto,
todo material publicado torna-se propriedade da Revista de Ciência & Tecnologia, que passa a reservar
os direitos autorais. Portanto, nenhum material publicado na Revista de Ciência & Tecnologia poderá
ser comercializado sem a permissão por escrito da editora. Todos os autores de artigos submetidos à
Revista de Ciência & Tecnologia deverão assinar um Termo de Transferência de Direitos Autorais,
que entrará em vigor a partir da data de aceite do trabalho.
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Preparação de manuscritos
Os artigos submetidos devem ser digitados em espaço duplo, fonte Arial 12 em página tamanho A4,
sem numerar linhas ou parágrafos, e numerando as páginas no canto superior direito. Figuras e tabelas
devem ser apresentadas ao final do artigo em páginas separadas. No corpo do texto deve-se informar
os locais para inserção das tabelas ou figuras. Números menores que 10 são escritos por extenso,
enquanto que números maiores ou igual a 10 são expressos em algarismos arábicos. Os manuscritos
que não estiverem de acordo com as instruções aos autores em relação a estilo e formato serão
devolvidos sem revisão pelo Conselho Editorial.
As medidas deverão ser expressas no Sistema Internacional (Système International, SI), disponível em
http://physics.nist.gov/cuu/Units e unidades padrão, quando aplicável.Recomenda-se aos autores não
usar abreviações no título e limitem a sua utilização no resumo e ao longo do texto. Os nomes genéricos
devem ser usados para todas as drogas. Os fármacos podem ser referidos pelo nome comercial, porém,
deve constar o nome, cidade e país ou endereço eletrônico do fabricante entre parênteses na seção
Materiais e Métodos.
Os nomes genéricos e infragenéricas devem estar em itálico, os níveis taxonômicos superiores em texto
normal. Use abreviaturas para níveis taxonômicos: cl. (Classe), ord. (Ordem), fam. (Família), tr.
(Tribo), gen. (Gênero), subg. (Subgênero), sec. (Seção), sp. (Espécie), subsp. (Subespécies), var.
(Variedade), f. (Forma) etc. Nomes científicos (Latim) deve estar em conformidade com as regras
internacionais de nomenclatura (zoológica, microbiológica e/ou botânica).
Abreviaturas
O uso de abreviaturas deve ser minimizado. As abreviaturas deverão ser definidas por ocasião de sua
primeira utilização no resumo e também no texto. Abreviaturas não-padrão não devem ser utilizadas,
a menos que essas apareçam pelo menos três vezes no texto.
Nomes de espécies devem ser escritos por completo na primeira utilização. Nas demais aparições o
epíteto genérico dever ser suprimido a primeira letra. Nome de autores devem aparecer somente no
primeiro uso do nome científico.
Unidades de medida (3 ml ou 3 mL, e não 3 mililitros) ou símbolos científicos padrão (elementos
químicos, por exemplo, Na, e não sódio) não são consideradas abreviaturas, e portanto, não devem ser
definidos. Deve-se abreviar nomes longos ou substâncias químicas e termos utilizados para
combinações terapêuticas. Abreviaturas em figuras e tabelas podem ser utilizadas por razões de espaço,
porém devem ser definidas na legenda, mesmo que tenham sido definidas no texto do artigo.
Critério para definição de autoria
A critério do Corpo Editorial, poderá ser solicitada a declaração da contribuição dos autores. Na
maioria dos casos, esta solicitação acontecerá para artigos com mais de 5 autores. Será considerado
autor aquele que atenda a pelo menos dois critérios de autoria abaixo listados:
Revista de Ciência & Tecnologia. Dez. 2017;17(2)
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• Contribuição substancial na concepção ou desenho do trabalho, ou aquisição, análise ou
interpretação dos dados para o trabalho;
• Redação do trabalho ou revisão crítica do seu conteúdo intelectual;
• Aprovação final da versão do manuscrito a ser publicado;
• Estar de acordo em ser responsabilizado por todos os aspectos do trabalho, no sentido de
garantir que qualquer questão relacionada à integridade ou exatidão de qualquer de suas partes
sejam devidamente investigadas e resolvidas;
Formato dos arquivos
Usar editor de texto Microsoft Word para Windows ou equivalente. Arquivos em formato PDF não
devem ser enviados. As tabelas e quadros deverão estar no corpo do artigo. As figuras, deverão estar
nos formatos jpg ou tif em alta resolução (600 dpi). As figuras deverão ser enviadas em arquivos
individuais.
Página de rosto
A página de rosto deve conter (1) a categoria do artigo; (2) o título do artigo em português e inglês
com até 80 caracteres cada, que deve ser objetivo e informativo; (3) os nomes completos dos autores;
instituição; formação acadêmica de origem (a mais relevante); cidade, estado e país; (4) nome do autor
correspondente, com endereço completo, telefone e e-mail. A titulação dos autores não deve ser
incluída. O nome completo de cada autor (sem abreviações); e sua afiliação institucional (nota: as
unidades hierárquicas devem ser apresentadas em ordem decrescente, por exemplo, universidade,
faculdade ou instituto e departamento) devem ser informados. Os nomes das instituições e programas
deverão ser apresentados preferencialmente por extenso e na língua original da instituição ou na versão
em inglês quando a escrita não é latina (p.ex. árabe, mandarim ou grego);
Resumo
O resumo em português e inglês deve ser incluído no manuscrito. Em cada um dos idiomas não deve
conter mais do que 300 palavras. A versão estruturada é obrigatória nos artigos originais, e inclui
objetivos, métodos, resultados e conclusão. Artigos de revisão não requerem resumo estruturado.
Palavras-chave
O artigo deve incluir no mínimo três e no máximo seis descritores em português e inglês, baseados nos
Descritores de Ciências da Saúde (DeCS) http://decs.bvs.br/ ou no Medical Subject Headings (MeSH)
da National Library of Medicine, disponível em http://www.nlm.nih.gov/mesh/meshhome.html ou
baseados no Medical Subject Heading (MeSH) do Index Medicus (http://www.nlm.nih.gov/mesh/).
Introdução
A introdução deve conter (1) justificativa objetiva para o estudo, com referências pertinentes ao
assunto, sem realizar uma revisão extensa; (2) objetivo do artigo.
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Materiais e métodos
Esta seção deve descrever os experimentos (quantitativa e qualitativamente) e os procedimentos em
detalhes suficientes que permitam que outros pesquisadores reproduzam os resultados ou deem
continuidade ao estudo e deverá conter: (1) a descrição clara da amostra utilizada; (2) termo de
consentimento para estudos experimentais envolvendo seres humanos; (3) identificação dos métodos,
aparelhos (nome do fabricante e endereço, cidade e país devem ser menciondos entre parênteses) e
procedimentos utilizados; (4) descrição breve e referências de métodos publicados, mas não
amplamente conhecidos; (5) descrição detalhada de métodos novos ou modificados; (6) quando
pertinente, incluir a análise estatística e os programas utilizados.
Importante: Ao relatar experimentos com seres humanos ou animais, indicar se os procedimentos
seguiram as normas do Comitê Ético sobre Experiências Humanas da instituição na qual a pesquisa foi
realizada, e se os procedimentos estão de acordo com a declaração de Helsinki de 1995 e a Animal
Experimentation Ethics, respectivamente. Os autores devem incluir uma declaração indicando que o
protocolo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição (instituição de afiliação de pelo menos um
dos autores), com o respectivo número de identificação. Também deve incluir que o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido foi assinado por todos os participantes.
Resultados
Apresentar os resultados em sequência lógica no texto, usando tabelas e figuras. Evitar repetição
excessiva de dados no texto, em tabelas ou figuras, porém, enfatizar somente as descobertas mais
importantes.
Discussão
Enfatizar os aspectos originais e importantes do estudo e as conclusões que decorrem deste evitando,
porém, repetir dados já apresentados em outras partes do manuscrito. Em estudos experimentais,
ressaltar a relevância e limitações dos resultados, confrontando com os dados da literatura e incluindo
implicações para estudos futuros.
Conclusões
A conclusão deve ser clara e concisa, baseada nos resultados obtidos, estabelecendo ligação com
implicações clínicas evitando, porém, excessiva generalização). A mesma ênfase deve ser dada a
estudos com resultados negativos ou positivos. Recomendações podem ser incluídas, quando
relevantes.
Agradecimentos
Quando pertinente, incluir agradecimento ou reconhecimento a pessoas que tenham contribuído para
o desenvolvimento do trabalho, porém não se qualificam como coautores. Fontes de financiamento
como auxílio a pesquisa e bolsas de estudo devem ser reconhecidos nesta seção. Os autores deverão
obter permissão por escrito para mencionar nomes e instituições de todos os que receberam
agradecimentos nominais. Referências
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As referências devem ser numeradas na sequência em que aparecem no texto, em formato sobrescrito.
As referências citadas somente em legendas de tabelas ou figuras devem ser numeradas de acordo com
sequência estabelecida pela primeira menção da tabela ou da figura no texto. O estilo das referências
bibliográficas deve seguir as regras do Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to
Biomedical Journals (International Committee of Medical Journal Editors disponível em Ann Intern
Med. 1997;126(1):36-47 http://www.icmje.org). Alguns exemplos são mostrados a seguir.. Os títulos
dos periódicos devem ser abreviados de acordo com o Index Medicus (List of Journals Indexed
disponível em: http://www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lji.html). Se o periódico não constar dessa lista,
deve-se utilizar a abreviatura sugerida pelo próprio periódico. Deve-se evitar utilizar “comunicações
pessoais” ou “observações não publicadas” como referências. Resumos de trabalhos apresentados em
eventos devem ser utilizados somente se for a única fonte de informação. Exemplos:
Artigo patrão em periódico
Deve-se listar todos os autores até seis. Neste caso, incluir os seis primeiros autores, seguidos por et
al.
You CH, Lee KY, Chey RY, Mrnguy R. Electrocardiographic study of patients with unexplained
nausea, bloating and vomiting. Gastroenterology. 1980;79(2):311-4. Goate
AM, Haynes AR, Owen MJ, Farrall M, James LA, Lai LY, et al. Predisposing locus for Alzheimer’s
disease on chromosome 21. Lancet. 1989;1(8634):352-5.
Autor institucional
The Royal Marsden Hospital Bone-Marrow Transplantation Team. Failure of syngeneic bone-marrow
graft without preconditioning in post-hepatitis marrow aplasia. Lancet. 1977;2(8041):742-4.
Livro com autor(es) responsável (is) por todo o conteúdo
Armour WJ, Colson JH. Sports injuries and their treatment. 2nd ed. London: Academic Press; 1976.
Livro com editor(es) como autor(es)
Diener HC, Wilkinson M, editors. Drug-induced headache. New York: Springer-Verlag; 1988.
Capítulo de livro
Weinstein L, Swartz MN. Pathologic properties of invading microorganisms. In: Sodeman WA Jr,
Sodeman WA, editors. Pathologic physiology: mechanisms of disease. Philadelphia: Saunders; 1974.
p.457-72.
Material eletrônico
Autor (es). Título do artigo. Título do periódico abreviado [suporte]. Data de publicação [data de acesso
com a expressão “acesso em”]; volume (número):páginas inicial-final ou [número de páginas
aproximado]. Endereço eletrônico com a expressão “Disponível em:” Exemplo: Pavezi N, Flores D,
Revista de Ciência & Tecnologia. Dez. 2017;17(2)
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Perez CB. Proposição de um conjunto de metadados para descrição de arquivos fotográficos
considerando a Nobrade e a Sepiades. Transinf. [Internet]. 2009 [acesso em 2010 nov 8]; 21(3):197205.
Disponível em: http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/transinfo/article/view/501.
Tabelas
As tabelas devem ser elaboradas em espaço 1,5 devendo ser planejadas para ter como largura uma
(8,7cm) ou duas colunas (18 cm). Cada tabela deve possuir um título sucinto. Notas explicativas serão
incluídas em notas de rodapé. A tabela deve conter médias e medidas de dispersão (Desvio Padrão,
Erro Padrão da Média, etc.), não devendo conter casas decimais irrelevantes. As abreviaturas devem
estar de acordo com aquelas utilizadas no texto e nas figuras. Os códigos de identificação de itens da
tabela devem estar listados na ordem de surgimento no sentido horizontal e devem ser identificados
pelos símbolos padrão. Os quadros e tabelas deverão ser enviados através dos arquivos originais
editáveis (Word, Excel) e não como imagens.
Figuras
Figuras coloridas poderão ser incluídas na versão eletrônica do artigo sem custo adicional aos autores.
Os desenhos e figuras devem ser consistentes e tão simples quanto possível, porém informativos. Tons
de cinza não devem ser utilizados. Todas as linhas devem ser sólidas. Para gráficos de barra, por
exemplo, utilizar barras brancas, pretas, com linhas diagonais nas duas direções, linhas em xadrez,
linhas horizontais e verticais. A Revista de Ciência & Tecnologia desaconselha fortemente o uso de
fotografias de equipamentos e animais de experimentação. As figuras devem ser impressas com bom
contraste e ter a largura de uma coluna (8,7cm). Utilizar no mínimo fonte tamanho 10 para letras,
números e símbolos, com espaçamento e alinhamento adequados. Quando a figura representar uma
radiografia ou fotografia, sugerimos incluir a escala de tamanho, quando pertinente.
Por favor, note que é de responsabilidade dos autores obter permissão do detentor dos direitos autorais
para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido previamente publicados em outras fontes. De
acordo com os princípios do acesso aberto, os autores devem ter permissão do detentor dos direitos,
caso desejem incluir imagens que tenham sido publicados em outros periódicos de acesso não aberto.
A permissão deve ser indicada na legenda da figura, e a fonte original deve ser incluída na lista de
referências. As figuras devem apresentar resolução de 600 dpi. As legendas devem estar dispostas no
corpo do artigo, após as referências.
Tipos de Artigos
Artigo original
A Revista de Ciência & Tecnologia aceita todo tipo de pesquisa original nas áreas de Ciências
Biológicas e da Saúde, incluindo pesquisas com seres humanos e pesquisa experimental. O artigo deve
conter os seguintes itens: Resumo estruturado, Palavras-chave, Introdução, Materiais e Métodos,
Resultados, Discussão e Conclusões.
Revista de Ciência & Tecnologia. Dez. 2017;17(2)
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Artigo de revisão
Artigos de revisão são usualmente encomendados pelo editor a autores com experiência comprovada
na área. Estes expressam a experiência do autor e não devem refletir apenas uma revisão da literatura.
Artigos de revisão deverão abordar temas específicos com o objetivo de atualizar os leitores com temas,
tópicos ou questões específicas. O Conselho Editorial avaliará a qualidade do artigo, a relevância do
tema escolhido e o comprovado destaque dos autores na área específica abordada. A inadequação de
qualquer um dos itens acima acarretará na recusa do artigo pelos editores, sem passar por revisão por
pares.
Comunicações breves
Estes são trabalhos curtos relatando novas descobertas significativas que não garantem o tratamento
completo padrão com as habituais rubricas, ou que fornecem correções, críticas ou interpretações
alternativas dos resultados apresentados em artigos publicados. Comunicações breves estão sujeitas ao
processo usual de revisão, e devem obedecer a mesmas normas para artigos tradicionais.
Comunicações breves não poderão deverão respeitar o limite de 4.000 palavras.
Revisão sistemática/atualização/meta-análise
A Revista de Ciência & Tecnologia encoraja os autores a submeter artigos de revisão sistemática. O
Conselho Editorial avaliará a qualidade do artigo, a relevância do tema escolhido, o procedimento de
busca bibliográfica, os critérios para inclusão dos artigos e o tratamento estatístico utilizado. A
inadequação de qualquer um dos itens acima acarretará na recusa do artigo pelos editores, sem passar
por revisão por pares.
Envio de manuscritos
Todos os artigos deverão ser submetidos por e-mail para o endereço eletrônico
[email protected]. Na submissão eletrônica do artigo, os autores deverão anexar
duas versões do artigo: uma completa e uma sem identificação de autores ou instituição. No corpo do
e-mail os autores deverão redigir uma carta de apresentação, conforme discriminado abaixo. Carta de
apresentação “Prezados editores, submetemos para vossa apreciação o manuscrito intitulado
“____________________________________”. Acreditamos que o trabalho em tela deva ser
publicado na Revista de Ciência & Tecnologia pelos seguintes motivos:
______________________________________________________________________.
Revista de Ciência & Tecnologia. Dez. 2017;17(2)
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ASSOCIAÇÃO DE ENISNO SUPERIOR DE NOVA IGUAÇU
UNIVERSIDADE IGUAÇU - UNIG
Prof André Nascimento Monteiro
Reitor
Prof Marcelo Gomes da Rosa
Vice-Reitor
Profª Aline Figueira Lira
Pró-Reitora Acadêmica
Profª Aline Figueira Lira
Coordenadora de Extensão
Profª Adalgiza Mafra Moreno
Coordenadora de Pesquisa e Pós-Graduação
Profª Tarcila Fonseca Hunguennin
Coordenadora de Pós-Graduação Lato Sensu
Profª Cláudia Antunes Ruas Guimarães
Coordenadora do Núcleo de Educação a Distância
Profª Bárbara Helena da Silva de Barros
Secretária Geral da UNIG
Universidade Iguaçu
Av. Abílio Augusto Távora, 2134 – CEP 26.260-000
Nova Iguaçu – RJ – Brasil – Tel.:2666-2001
www.unig.br
DIRIGENTES – CAMPUS NOVA IGUAÇU
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SUMÁRIO
IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA DO ARBORETO DA UNIVERSIDADE IGUAÇU
(CAMPUS I)
TAXONOMIC IDENTIFICATION OF THE ARBORETUM OF THE IGUAÇU UNIVERSITY
(CAMPUS I) Vitor Costa da Conceição1, Lorena Oliveira de Resende 2, Thais Salatiel de Azevedo 3, Ricardo Sousa Couto4,
Vitor Tenório da Rosa5..................................................................................................................................13
PERFIL DO REGISTRO SANITÁRIO DE ALISANTES CAPILARES NA AGÊNCIA
NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA
PROFILE OF THE SANITARY REGISTRY OF CAPILLARY STRAIGHTENER IN THE
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA Luciana ferreira mattos colli*¹, Fabiana sousa pugliese² e Livia cabral lobo³...........................................22
AVALIAÇÃO DE ESTERILIZAÇÃO DA SUPERFÍCIE DOS OVOS E TESTE DE
ESTERILIDADE DE Chrysomya putoria (WIEDEMANN, 1818) (INSECTA: DIPTERA:
CALLIPHORIDAE) PARA UTILIZAÇÃO EM BIOTERAPIA
EVALUATION OF STERILIZATION OF THE SURFACE OF EGGS AND STERILITY TEST
OF Chrysomya putoria (WIEDEMANN, 1818) (INSECTA: DIPTERA: CALLIPHORIDAE)
FOR USE IN BIOTHERAPY
Anderson Vilmar Stroher¹, Callinca Paolla Gomes Machado², Raimundo Wilson de Carvalho³, Simoni
Machado de Medeiros....................................................................................................................30
AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA SOBRE
HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE
EVALUATION OF THE PERCEPTION OF STUDENTS IN THE PHYSIOTHERAPY
COURSE ON HEALTH HUMANIZATION Agatha Ruvenal de Souza1. Fernanda da S.V. de Melo1, Elaine Pedroso de Azevedo1, Paula Guidone Pereira
Sobreira1, Adalgiza Mafra Moreno1..............................................................................................................37
13
IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA DO ARBORETO DA UNIVERSIDADE IGUAÇU
(CAMPUS I)
TAXONOMIC IDENTIFICATION OF THE ARBORETUM OF THE IGUAÇU UNIVERSITY
(CAMPUS I)
Vitor Costa da Conceição1, Lorena Oliveira de Resende 2, Thais Salatiel de Azevedo 3, Ricardo Sousa Couto4 ,
Vitor Tenório da Rosa5
1.Graduado em licenciatura de Ciências Biológicas na Universidade Iguaçu (UNIG). 2. Graduando em licenciatura de
Ciências Biológicas na Universidade Iguaçu (UNIG). 3. Graduando em licenciatura de Ciências Biológicas na
Universidade Iguaçu (UNIG). 4. Biólogo, Msc, Doutor em Ciências Biológicas, Professor assistente UNIG 5. Biólogo,
Doutor em Ciências Biológicas UFRJ, Professor adjunto UNIG.
Palavras-
chave: Florística,
UNIG,
Taxonomia
vegetal.
Keywoods: Floristics,
UNIG,Plant
taxonomy
Resumo: O presente estudo tem por objetivo identificar os espécimes vegetais presentes no campus I da Universidade
Iguaçu (UNIG). O campus I da Universidade Iguaçu está situado no bairro Jardim Nova Era, sendo uma ilha
de conforto térmico por sua arborização relativamente grande se comparada as demais áreas do bairro e de
regiões próximas como o centro da cidade. A metodologia aplicada é usual para trabalhos de florística e todo
material coletado foi depositado em herbário didático que foi instalado nas dependências da universidade.
Abstract: The present study aims to identify the plant specimens present on campus I of the Iguaçu University (UNIG).
The I campus of the Iguaçu University is located in the Jardim Nova Era neighborhood, being an island of
thermal comfort due to its relatively large afforestation compared to other areas of the neighborhood and nearby
regions such as the city center. The applied methodology is usual for floristic work and all collected material
was deposited in didactic herbarium that was installed in the dependencies of the university.
Revista Ci ê ncia e Tecnologia
P á gina:www.unig.br/revistas_publicacoes
ISSN:1519 - 8022
Ciência e Tec nologia (2017): 17(2). ARTIGO ORIGINAL
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Introdução
No Brasil, 73% da população vive em cidades. Esta
constatação por si só justifica a preocupação com o
adequado planejamento e manejo do ambiente
urbano sob diversos aspectos (1).
O município de Nova Iguaçu foi criado em 1833,
abrangendo uma área de 523,888 Km2 e
registrando 920.599 habitantes. Para atender esta
população e ainda a população de outros bairros o
centro conta com um grande número de
construções de diversas aplicações, edificações
residenciais, comerciais e públicas, não existindo
quase nenhuma área sem construções. E não tendo
passado por grandes projetos paisagísticos,
tornando-o então com uma arborização urbana
desordenada e escassa. Entende-se por arborização
urbana toda cobertura vegetal de porte arbóreo
existente nas cidades (2), ou melhor definindo
como sendo o conjunto de árvores que se
desenvolvem em áreas públicas e privadas em uma
cidade, visando o bem-estar sócio-ambiental,
fisiológico e econômico da sociedade local (3).
O campus I da Universidade Iguaçu (UNIG) está
situado no bairro Jardim Nova Era, sendo uma ilha
de conforto térmico por sua arborização
relativamente grande se comparada as demais áreas
do bairro e de regiões próximas como o centro da
cidade.
Para García, conforto térmico consiste no conjunto
de condições em que os mecanismos de auto
regulação são mínimos, ou ainda na zona
delimitada por características térmicas em que os
maiores números de pessoas manifestem se sentir
bem (4).
Quanto a arborização das cidades é de
conhecimento geral, que não somente a vegetação
se restringe a melhorar esteticamente a paisagem
das cidades oferecer espaços para recreação publica
(5), sendo capaz de interferir perceptivelmente no
microclima e conforto térmico da região,
diminuindo também a amplitude térmica, sonora e
aumentando a umidade relativa ar (6).
Objetivos
Classificar e identificar espécies nativas e
ornamentais. O material coletado, foi depositado
em herbário didático, localizado no laboratório de
Biologia, no bloco A, no próprio campus.
O presente estudo tem por objetivo, caracterizar
aspectos morfológicos externos, podendo assim,
identificar os espécimes vegetais presentes no
campus I da Universidade Iguaçu. O estudo visa
contribuir para a conservação das áreas verdes,
implementação do herbário didático, e a
capacitação dos acadêmicos envolvidos para o
mercado de trabalho; tendo como principal meta, a
conservação e conhecimento da biodiversidade da
região.
Material e métodos
A área de estudo localiza-se no município de Nova
Iguaçu, e está situada dentro dos limites da
universidade Iguaçu (UNIG) – campus I - 22’’ 75’
90.693’’S – 43’’47’38.091’’W - compreendendo
nesta área edificações diversas, vias de circulação e
áreas com vegetação.
O campus foi dividido em quatro áreas (Central,
Oeste, Sudeste e Nordeste) para facilitar o controle
das identificações. A determinação até espécie foi
realizada sempre que possível, utilizando-se
literatura especializada para esta identificação,
visando sempre as publicações mais recentes.
Como base foi utilizado (7) e a abreviação dos
nomes de autores das espécies foi consultado de
(8).
Além da identificação das espécies foi
acrescentado ao binômio diversas informações
como a origem, a família, o nome popular e outras
observações, todos os dados sendo retirados de (7).
As identificações foram realizadas em visitas que
percorreram todo o campus, sendo uma área
visitada após a outra e utilização de uma planta de
situação que foi cedida pela prefeitura do campus
universitário, além da utilização de uma máquina
fotográfica para registro das espécies e do ambiente
em geral e podão para auxiliar a coleta do material.
A vegetação do campus foi dividida em três
categorias para comparações futuras, de acordo
com (9): Vegetação Natural: constituída por
espécies nativas e que apesar de sua destruição pela
instalação das cidades pode permanecer com
resquícios (...).
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Vegetação Introduzida ou Plantada: formada pelas
espécies ornamentais, que engloba as espécies que
o ser humano traz consigo.
Vegetação Espontânea: composta de espécies que
se instalaram naturalmente, onde encontram
ambiente propicio para se desenvolver.
Excluindo-se os indivíduos com pouco idade, ainda
não sendo capazes de florescer e frutificar.
Figura 1. (Vista aérea do campus I da Universidade Iguaçu – fonte: google maps)
Família/ Espécie Quantidade de Exsicatas repetidas
APOCYNACEAE
Nerium oleander L.
2
ASTERACEAE
Coreopsis lanceolata L.
2
ACANTHACEAE
Justicia brandegeana Wasssh. & L. B. Sn
2
ACANTHACEAE
Thunbergia erecta (Benth) T. Anderson
2
ERICACEAE
16
Figura 2. (Delimitação da área do campus – fonte: google earth).
Resultados finais
Foram registradas 45 espécies no campus da
UNIG, distribuídas em 23 famílias. Sendo 9
dessas espécies com mais de uma exsicata no
herbário didático, presente na universidade.
Sendo classificadas nas tabelas abaixo sua
localização, voucher, nome vulgar e origem,
que serão observadas nas tabelas a baixo.
Rhododendron simsii Planch
3
IRIDACEAE
Dietes iridioides ( L ) Hiatt
2
NYCTAGINACEAE
Bougainvillea glabra Choisy
2
MALVACEAE
Hibiscus rosa- sinensis L.
2
RUBIACEAE
Mussaenda erythrophylla schumach & tomm
2
17
Família/ Espécie Coordenadas Voucher
ACANTHACEAE
Justicia brandegeana Wassh. & L.B
Sm.
Thunbergia erecta (Benth) T.
Anderson
S-23°45’35’’/ W-43°28’23’’/ 29m
S-22°45’25’’/ W-43°28’23’’/ 29m
0009
0006
AGAVACEAE
Yucca gloriosa L.
S-22º45’34’’/ W-43°28°27’’/ 38m
0027
APOCYNACEAE
Nerium oleander L.
S-22°45’33’’/ W-43°28’24’’/ 39m
0001
ARACEAE
Epipremnum pinnatum L.
Monstera deliciosa Liebm.
Philodendron bipinnatifidum Schott ex
endl
Spathiphyllum wallisii Reggae
S-22°45’35’’/ W-43°28’26’’/ 39m
S-22º45’35’’/ W-43º28’26’’/ 37m
S-22º45’29’’/ W-43º28’26’’/ 43m
S-22º45’31’’/ W-43º28’26’’/ 35m
0051
0042
0034
0035
ASPARAGACEAE
Dracaena reflexa Lam.
S-22°45’34’’/ W-43°28’26’’/ 39m
0050
ASTERACEAE
Coreopsis lanceolata L.
Leucanthemum vulgare Lam.
S-22°45’35’’/ W-43°28’’23’’/ 48m
S-22º45’35’’/ W-43º28’27’’/ 41m
0014
0013
BIGNONIACEAE
Spathodea campanulata P. Beauv
Tabebuia impetiginosa stand.
S-22°45’32’’/ W-43°28’25’’/ 37m
S-22º45’34’’/ W-43º28’27’’/ 39m
0021
0046
COMBRETACEAE
Terminalia catappa L.
S-22°45’31’’/ W-43°28’24’’/ 34m
0049
ERICACEAE
Rhododendron simsii Planch
S-22°45’34’’/ W-43°28’27’’/ 35m
0038
EUPHORBIACEAE
Acalypha reptans Sw.
Codiaeum variegatum L.
S-22°45’34’’/ W-43°28’23’’/ 29m
S-22°45’35’’/W-43°28’28’’/ 38m
0011
0052
FABACEAE
Bauhinia forficata
Caesalpinia pulcherrima L. SW.
Senna bicapsularis ( L ) Roxb.
S-22°45’28’’/ W-43°28’26’’/ 33m
S-22º45’26’’/ W-43º28’23’’/ 55m
S-22°45’32’’/ W-43º28’26’’/ 35m
0033
0015
0022
GERANIACEAE
Pelargonium x hortorum L. H Bailey
S- 22°45’34’’/ W-43°28’21’’/ 32m
0005
HELICONIACEAE
Heliconia rostrata A. Ruiza Par
S-22°45’30’’/ W-43°28’25’’/ 35m
0036
IRIDACEAE
Dietes iridioides ( L ) Hiatt
S-22º45’36’’/ W-43°28°25’’/ 40m
0025
LAMINACEAE
Clerodendrum thomsonae Banif. F
Plectranthus barbatus Andr.
S-22°45’30’’/ W-43°28’26’’/ 35m
S-22º45’35’’/ W-43º28’27’’/ 39m
0019
0032
18
Tabela I. Listagem das espécies em quantidade de exsicatas repetidas presentes no
herbário didático que foi introduzido na Universidade Iguaçu.
MALVACEAE
Hibiscus rosa-sinensis L.
S-22°45’36’’/ W-
43°28’26’’/ 29m
0004
MORACEAE
Artocarpus heterophyllus Lam.
S-22°45’30’’/ W-
43°28’25’’/ 34m
0048
NYCTAGINACEAE
Bougainvillea glabra Choisy
S-22°45’30’’/ W-
43°28’’26’’/ 35m
0026
ROSACEAE
Rosa chinensis Jacq
S-22°45’34’’/ W-
43°28’26’’/ 36m
0029
RUBIACEAE
Ixora chinensis Cam.
Mussaenda erythrophylla
schumach & tomm
Pentas lanceolata (FORSSK)
Deflers
S-22°45’26’’/ W-
43°28’23’’/ 55m
S-22º45’30’’/ W-
43º28’25’’/ 35m
S-22º45’35’’/ W-
43º28’27’’/ 41m
0008
0018
0007
VERBENACEAE
Duranta erecta aurea L.
Lantana camara rar
S-22°45’35’’/ W-
43°28’22’’/ 37m
S-22º45’34’’/ W-
43º28’23’’/ 29m
0017
0010
VITACEAE
Leea rubra Blume
S-22°45’36’’/ W-
43°28’28’’/ 35m
0044
ZINGIBERACEAE
Alpinia purpurata (Vieill) K.
Schum
S-22°45’36’’/ W-
43°28’29’’/ 33m
0003
19
Família/ Espécie Nome Vulgar Origem
ACANTHACEAE
Justicia brandegeana Wassh. & L.B
Sm.
Thunbergia erecta (Benth) T.
Anderson
Camarão
Manto de rei
América do Norte, México
África tropical
AGAVACEAE
Yucca gloriosa L.
Lúca
América do Norte
APOCYNACEAE
Nerium oleander L.
Espirradeira
Europa
ARACEAE
Epipremnum pinnatum L.
Monstera deliciosa Liebm.
Philodendron bipinnatifidum Schott
ex endl
Spathiphyllum wallisii Reggae
Jibóia
Costela de Adão
Guaimbé
Lírio da paz
Ilhas Salomão, Oceania
México
Nativa
América do sul, Venezuela
ASPARAGACEAE
Dracaena reflexa Lam.
Pleomele
África, Madagascar
ASTERACEAE
Coreopsis lanceolata L.
Leucanthemum vulgare Lam.
Margaridinha Amarela
Margarida
Naturalizada
Europa
BIGNONIACEAE
Spathodea campanulata P. Beauv
Tabebuia impetiginosa stand.
Bisnagueira
Ipê rosa
África
América do Sul
COMBRETACEAE
Terminalia catappa L.
Amendoeira
Ásia
ERICACEAE
Rhododendron simsii Planch
Azaléia
Ásia, China
EUPHORBIACEAE
Acalypha reptans Sw.
Codiaeum variegatum L.
Rabo de Gato
Folha Imperial
Índia
Ásia
FABACEAE
Bauhinia forficata
Caesalpinia pulcherrima L. SW.
Senna bicapsularis ( L ) Roxb.
Pata de vaca
Flamboianzinha
Canudo de pinto
Ásia, Vietnã
América Central, Antilhas
América Central, Colombia
GERANIACEAE
Pelargonium x hortorum L. H Bailey
Gêranio
África do Sul
20
Tabela III. Listagem das famílias com a distribuição das espécies presentes com nome vulgar e origem
Discussão As diversidades de espécies e famílias
encontradas foram expressivas, demonstrando
uma
Distribuição excelente no arboreto do campus I da
Universidade Iguaçu. Anteriormente não havia
sido encontrada nenhuma espécie nativa, agora
através dos registros podemos observar em
numero pequeno. A maior parte é constituída por
espécies exóticas. As primeiras plantas exóticas
foram introduzidas no Brasil já na chegada dos
europeus, por volta de 1500. A cana-de-açúcar,
por
exemplo, foi introduzida em 1534 em São Vicente
(atual São Paulo), sendo rapidamente difundida
no Rio de Janeiro e Nordeste. (Filgueiras, 1990
apud Dean, 1996).
Com as pesquisas realizadas com cada planta foi
feito o registro de algumas de importância
medicinal como a Plectranthus barbatus Andr,
conhecido vulgarmente por boldo e também
espécies tóxicas, que é o caso da Nerium oleander
L, conhecida vulgarmente como Espirradeira.
Conclusão
Os conhecimentos adquiridos tiveram potencial
de comprovação referencial para futuros estudos,
colaborando para a capacitação dos acadêmicos
envolvidos para trabalhos de florística.
HELICONIACEAE
Heliconia rostrata A. Ruiza Par
Bananeira do brejo
América do Sul, Bolívia
IRIDACEAE
Dietes iridioides ( L ) Hiatt
Moréia branca
África, África do Sul
LAMINACEAE
Clerodendrum thomsonae Banif. F
Plectranthus barbatus Andr.
Lágrima de Cristo
Falso boldo
África
Índia
MALVACEAE
Hibiscus rosa-sinensis L.
Brinco de princesa
Ásia
MORACEAE
Artocarpus heterophyllus Lam.
Jaqueira
Índia
NYCTAGINACEAE
Bougainvillea glabra Choisy
Buganvília
Nativa
ROSACEAE
Rosa chinensis Jacq
Mini rosa
China
RUBIACEAE
Ixora chinensis Cam.
Mussaenda erythrophylla schumach & tomm
Pentas lanceolata (FORSSK) Deflers
Mini ixora
Mussaenda rosa
Estrela do Egito
Ásia, China, Malásia
África, Ásia
África
VERBENACEAE
Duranta erecta aurea L.
Lantana camara rar
Pingo de ouro
Camará
América do Sul, Brasil
América Central
VITACEAE
Leea rubra Blume
Léia Rubra
Ásia, Birmânia
ZINGIBERACEAE
Alpinia purpurata (Vieill) K. Schum
Gengibre vermelho
Ásia, Indonésia, Oceania
21
Evidenciando uma predominância em espécies
exóticas no campus I da UNIG, e acredita-se na
necessidade da manutenção tanto no herbário
didático, quanto nas espécies distribuídas na
Universidade Iguaçu para que sempre haja
material para estudo além da importância da
conservação da flora.
Agradecimento
A elaboração deste trabalho não teria sido
possível sem a colaboração, estímulo e empenho
de diversas pessoas. Gostaria, de expressar toda a
minha gratidão por todos aqueles que,
contribuíram direta ou indiretamente para que
este projeto se tornasse uma realidade.
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Cientifica – Maringá – PR.
22
PERFIL DO REGISTRO SANITÁRIO DE ALISANTES CAPILARES NA AGÊNCIA NACIONAL
DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA
PROFILE OF THE SANITARY REGISTRY OF CAPILLARY STRAIGHTENER IN THE AGÊNCIA
NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA
LUCIANA FERREIRA MATTOS COLLI*¹, FABIANA SOUSA PUGLIESE² E LIVIA CABRAL LOBO³
¹ Departamento de Farmácia da Universidade Iguaçu (UNIG) Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, RJ.
² Departamento de Farmácia e Estética e Cosmética da Universidade Iguaçu (UNIG) Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, RJ.
³ Departamento de Farmácia e Estética e Cosmética da Universidade Iguaçu (UNIG) Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, RJ
Palavras-
chave: alisantes
capilares,
formaldeído,
registro de
cosméticos,
vigilância
sanitária,
cosméticos.
Keywords: capillary
straightness,
formaldehyde,
registration of
cosmetics,
health
surveillance,
cosmetics.
Revista Ci ê ncia e Tecnologia
P á gina:www.unig.br/revistas_publicacoes
ISSN:1519 - 8022
Ciência e Tecnologia (2016): 16(1). ARTIGO REVISÃO
Resumo
Introdução: os cosméticos são produtos de consumo humano com impactos em saúde pública, dessa forma
necessitam de registro sanitário, cada país possui regras claras de regulação de sua fabricação e venda, no Brasil o
órgão responsável pelo registro sanitário de cosméticos é a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária,
que dentro do seu escopo avalia a eficácia e segurança de produtos sujeitos à vigilância sanitária. O alisamento capilar
é um procedimento é um procedimento estético e cosmético, que para sua aplicação necessita do uso de alisantes
capilares, estes por sua vez devem ser registrados na agência sanitária. Um ingrediente amplamente aplicado é o
formaldeído, cuja concentração de uso seguro é baixa, e insuficiente para o alisamento. A toxicidade do formaldeído
levou a ANVISA regulamentar sua concentração nos alisantes, fato que teve grande impacto nos registros vigentes,
que já utilizavam esse ingrediente. Materiais e métodos: foi realizada uma pesquisa científica descritiva de artigos
científicos e levantamento no sítio eletrônico da ANVISA quanto aos registros sanitários de alisantes capilares.
Resultados: todas as empresas pesquisadas tinham AFE – autorização de funcionamento para empresas, para fabricar
cosméticos, outras para distribuir. Os processos de registro sanitário peticionados, 35% continuam vigentes, e 65%
não foram revalidados ou foram indeferidos. Conclusões: a regulação do uso de formaldeído teve impacto na
renovação de registro de alisantes capilares.
Abstract
Introduction: cosmetics are products of human consumption with impacts on public health, in this way
they need sanitary registration, each country has clear rules of regulation of its manufacture and sale, in
Brazil the agency responsible for sanitary registration of cosmetics is ANVISA - Agência National de
Vigilância Sanitária, which within its scope evaluates the efficacy and safety of products subject to
sanitary surveillance. Hair straightening is procedure is an aesthetic and cosmetic procedure, which for
its application requires the use of hair straightness, these in turn must be registered with the health agency.
A widely applied ingredient is formaldehyde, whose safe use concentration is low, and insufficient for
straightening. The toxicity of formaldehyde led ANVISA to regulate its concentration in the straightener
products, a fact that had a great impact on the existing records, which already used this ingredient.
Materials and methods: a descriptive scientific study of scientific articles and a survey was conducted on
ANVISA's electronic site regarding sanitary recordings of hair straightness. Results: all companies
surveyed had AFE - operating authorization for companies, to manufacture cosmetics, others to distribute.
The sanitary registration procedures applied for, 35% still valid, and 65% were not revalidated or were
rejected. Conclusions: the regulation of the use of formaldehyde had an impact on the renewal of
registration of hair straightness.
23
Introdução
REGISTRO SANITÁRIO
Os cosméticos são produtos sujeitos à vigilância
sanitária, para sua comercialização no Brasil
necessitam de registro na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária – ANVISA (BRASIL, 1976).
De acordo com sua formulação e propriedades podem
ser classificados em grau um e dois, os produtos
alisantes capilares são produtos que se enquadram no
grau dois (BRASIL, 2009; BRASIL, 2015). O que
diferencia produtos cosméticos de grau um e dois são
as propriedades dos mesmos, produtos grau um
possuem função básica de higiene, desodorização ou
limpeza, e baixa probabilidade de promover efeitos
não desejados, enquanto que produtos cosméticos grau
dois possuem propriedades específicas, por exemplo,
alisantes capilares precisam cumprir com o declarado,
ou seja, promover o alisamento dos cabelos. Dessa
forma cosmética grau de risco dois, precisam de
comprovação de sua eficácia e segurança no momento
do registro sanitário (BRASIL, 2015). Produtos que
não tenham finalidade estética, protetora, higiênica ou
odorífera não serão enquadrados como cosméticos, e
outra exigência regulatória é que esses produtos não
causem irritações à pele nem danos à saúde do usuário
(BRASIL, 1976).
O registro de cosméticos no Brasil é regulamentado
pela Lei 6360, de 23 de setembro de 1976 e
adicionalmente pela RDC 07, de 10 de fevereiro de
2015. O registro obtido terá validade de cinco anos e
deverá ser renovado pela empresa detentora no
primeiro semestre do quinquênio, caso não ocorra o
pedido de renovação em prazo hábil o registro perde a
validade, ou seja, ocorre à caducidade do mesmo, com
isso o produto não poderá ser comercializado.
Atualmente é possível realizar o registro por via
eletrônica, instruindo todos os documentos pertinentes
ao registro por meio digital.
Uma empresa para solicitar registro de um cosmético
na ANVISA precisa previamente possuir licença
sanitária emitida pela vigilância sanitária local; AFE –
Autorização de Funcionamento de Empresas
(ANVISA); a empresa devidamente regularizada
solicita o peticionamento de registro, os documentos
são enviados à ANVISA, são analisados pela Gerência
de Produtos de Higiene, Cosméticos, Perfumes e
Saneantes (GHCOS) (BRASIL, 2017).
Segundo o anexo II da RDC 07/2015, produtos para
alisar e/ou tingir os cabelos são enquadrados como
grau dois, e adicionalmente os produtos para alisar
e/ou tingir os cabelos constam no anexo XVIII o que
configura a obrigatoriedade de seu registro junto ao
órgão regulador, a ANVISA – Agência Nacional de
Vigilância Sanitária.
No ato do registro de um cosmético, a empresa
fabricante deverá comprovar a segurança e eficácia.
Para isso vários documentos deverão ser remetidos à
ANVISA, documentos estes que se dividem em
burocráticos e técnicos. São exemplos de documentos
burocráticos: AFE – Autorização de Funcionamento
de Empresas, licença sanitária, certificado de boas
práticas de fabricação, certidão de regularidade
técnica. São documentos técnicos aqueles que
comprovam a eficácia e segurança do produto
cosmético, dentre eles temos: ingredientes da fórmula,
fórmula quali-quantitativa, especificações
organolépticas e físico-químicas, relatório de
fabricação, estudo de estabilidade, entre outros.
Os componentes da formulação de um cosmético
compõem o dossiê de registro, e é através da fórmula
quantitativa e qualitativa que a ANVISA verifica os
componentes que fazem parte da formulação do
produto candidato ao registro. Cada componente deve
estar codificado de acordo com a Nomenclatura
Internacional de Ingredientes Cosméticos (INCI).
ALISAMENTO CAPILAR
O alisamento capilar é uma tendência há alguns anos,
devido a padrões estéticos atuais, sendo comum a
prática de deixar os cabelos lisos, seja por meio físico,
como aquecimento, ou químico, através do uso de
agentes químicos capazes de romper as pontes
dissulfeto e promover um alisamento duradouro
(DIAS el al., 2007).
O mecanismo de alisamento ocorre através de
formulações com pH elevado que são capazes de abrir
as escamas dos cabelos, e assim, o ingrediente ativo
penetra até o córtex capilar, com consequente rearranjo
das pontes dissulfeto (DELFINI, 2011).
O alisamento capilar ocorre em duas etapas, sendo uma
de redução e a outra de oxidação. Esse processo não é
exclusivo do alisamento, podendo ser aplicado
também para ondular os cabelos (permanente quente
ou frio), sendo que a forma do produto e a aplicação
que definem se será permanente ou alisamento. O
veículo do produto para permanente deve ser um
líquido e para alisamento um creme espesso e viscoso
24
o suficiente para manter as fibras capilares lisas
(DRAELOS, 2012).
Na etapa de redução do processo de alisamento ocorre
clivagem das ligações dissulfeto da queratina capilar,
com isso o cabelo deve estar arranjado de forma lisa,
então na fase de oxidação as ligações dissulfeto vão se
ligar novamente mantendo o cabelo no formato em que
estava arrumado (BORGES, 2016).
Os ingredientes para formulações cosméticas capazes
de promover alisamento são: hidróxido de sódio,
hidróxido de lítio, hidróxido de guanidina, tioglicolato
de guanidina ou etanolamina (ABRAHAM et al.,
2009; KEDE, 2009). O formaldeído também se
apresentou como um componente amplamente
utilizado, tendo iniciado seu uso no início dos anos
2000 (FERREIRA, 2016). Sua aplicação tradicional é
em laboratórios, em anatômicos e em procedimentos
para embalsamar cadáveres. Possui propriedades
germicidas, desinfetante e atua como antisséptico
(MACAGNAN, 2017).
O formaldeído é uma molécula pequena, que ocorre na
forma de um gás, e é hidrossolúvel, se dissolvendo
facilmente na água formando o metilenoglicol (IARC,
2012). É chamado popularmente de “formol”, e é
misturado em produtos cosméticos em uma emulsão
condicionadora, em seguida é espalhado com o auxílio
de um pente e secador. Sua concentração usual em
solução aquosa é de 37% (p/v), sendo um líquido
incolor, com odor forte e irritante (MAIWORM et al.,
2017). O formaldeído se liga às proteínas da cutícula e
forma um filme plastificante que mantém o cabelo liso
(ABRAHAM et al., 2009).
Apesar de suas aplicações em procedimentos estéticos
e de compor a formulação de diversos alisantes
capilares a ANVISA proibiu o uso do formaldeído e do
glutaraldeído na composição de alisantes capilares e
em diversos cosméticos, com a publicação da RDC 36,
de 17 de junho de 2009, que em seu artigo primeiro,
prevê a proibição da venda de solução de formaldeído
a 37%, e no artigo segundo proibe a adição de
formaldeído a produto cosmético acabado em salões de
beleza ou estabelecimentos similares.
A motivação para tal proibição é o potencial tóxico do
uso de formaldeído em formulações cosméticas e o uso
indiscriminado que vinha ocorrendo acompanhado de
episódios de agravo à saúde (SILVA et al., 2017). O
risco envolve o usuário (cliente) de salões de beleza
que procuram este tipo de tratamento e ocorre ainda o
risco ocupacional, representado pelos inúmeros
profissionais cabelereiros que aplicavam estes
produtos sem o uso adequado de equipamentos de
proteção individual – EPI, muitas vezes durante toda
uma jornada de trabalho (BELVISO, 2011;
GARBACCIO, 2012).
O uso do formaldeído representa risco por ele ser bem
absorvido por via respiratória e gastrointestinal, sua
metabolização ocorre por ação da enzima formaldeído-
desidrogenase, formando o formiato, que é bem
armazenado em nosso organismo (USA, 1999). No
organismo humano ele pode causar os efeitos de
intoxicação crônica, por exposições repetidas,
impactando no desenvolvimento de câncer das vias
aéreas superiores (MACHADO, 2017).
Outras complicações que o paciente pode apresentar
com o uso indevido do formaldeído é edema do
pulmão, bronquite, laringite e até pneumonia (INCA,
2016). O formaldeído é tido como carcinogênico após
a Agência Internacional de Pesquisa do Câncer, ter
realizado pesquisas com animais utilizando o mesmo
para avaliar seu potencial de causar câncer, atualmente
é confirmado esse malefício.
Devido aos prejuízos que o formaldeído pode causar
na saúde de pacientes e profissionais de estética e ainda
a sua proibição pela ANVISA este trabalho teve como
objetivo analisar o perfil dos processos de registro
sanitário de cosméticos alisantes capilares no Brasil.
Materiais e Métodos
Foi realizada pesquisa científica descritiva sob a forma
de levantamento bibliográfico de artigos, revistas e
livros utilizando os seguintes termos: alisantes
capilares, formaldeído, registro de cosméticos,
vigilância sanitária, cosméticos.
Leitura e análise da legislação sanitária vigente que
regulamenta produtos cosméticos no Brasil em
publicações da ANVISA – Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. Foram consideradas leis,
portarias, decretos, resoluções, resolução de diretoria
colegiada e instruções normativas. Foi realizada
análise no portal ANVISA -
http://portal.anvisa.gov.br/ - para consultar os
processos de registro de alisantes capilares, tendo sido
utilizado o termo alisantes capilares, e foram
considerados todos os processos peticionados e
publicados na agência até 2015.
O presente trabalho apenas realizou pesquisa em dados
de domínio público e pesquisa bibliográfica sem
identificação dos participantes. Assim, nos termos do
artigo 1º, parágrafo único, itens II, V e VI da Resolução
nº 510, de 07 de abril de 2016, fica dispensado do
25
registro e avaliação do CEP/Conep – Comite de Ética
em Pesquisa/Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.
Resultados e Discussão
Das empresas pesquisadas no sítio eletrônico da
ANVISA que solicitaram registro de produtos
alisantes capilares, um total de 33 (trinta e três), 63,6%
possui a AFE - Autorização de Funcionamento de
Empresas ativa. Uma empresa é classificada como
ativa se não houver solicitação de cancelamento da
AFE, ao encerrar suas atividades é necessário
peticionar junto à ANVISA o cancelamento da mesma
(BRASIL, 1999; BRASIL, 2006; BRASIL, 2008;
BRASIL, 2014; BRASIL, 2015).
Com relação à atividade desenvolvida pelas empresas
detentoras de registro de alisantes capilares, 48,5%
delas possuem AFE para armazenar cosméticos,
39,4% para distribuir, 42,4% para expedir, 54,4% para
fabricar, 30,3% para fracionar, 15,1% para importar
cosméticos, 27,3% para reembalar, 18,2% para
transportar, aproximadamente três porcento para
produzir e aproximadamente seis porcento para
exportar (tabela 1). Um número reduzido de empresas
exportam cosméticos brasileiros para outros países,
demonstrando baixa intensidade desta atividade.
Muitas as empresas avaliadas possuem AFE para mais
de uma atividade.
Tabela 1: distribuição de empresas detentoras de
registro de máscaras alisantes por atividade.
Distribuição em quantidade percentual por atividade
de armazenagem, distribuição, embalagem, expedição,
fabricação, importação, reembalagem, transporte,
produção e exportação.
TABELA 1
Do total de empresas participantes do estudo,
aproximadamente 58% estão localizadas em São
Paulo, estado brasileiro com maior concentração de
produção industrial no setor de HPPC – Higiene
Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC, 2016)
(figura 1).
FIGURA 1
Figura 1: distribuição de empresas detentoras de
registro de máscaras alisantes por estado do país, SP –
São Paulo; ES – Espírito Santo; RS – Rio Grande do
Sul; MS – Mato Grosso do Sul; GO – Goiás; BH – Belo
Horizonte; RJ – Rio de Janeiro e BR – Brasília.
Foram encontrados 80 processos de registro sanitário
peticionados na ANVISA, destes 28 (35%) registros
continuam vigentes, e 52 (65%) não foram revalidados
ou foram indeferidos (figura 2). As empresas a cada 5
anos necessitam solicitar o registro de seus cosméticos,
caso esse procedimento não ocorra, o mesmo se torna
caduco (BRASIL, 1976). Por isso, é possível inferir
que os 52 produtos que os registros não estão vigentes,
ou não peticionaram junto a ANVISA a renovação, ou
o processo foi indeferido.
FIGURA 2
Figura 2: registro de alisantes capilares na ANVISA,
registros vigentes e registros não vigentes.
Do número total de processos peticionados uma
empresa, empresa A detém 15 (18,75%) registros de
alisantes capilares em diferentes apresentações, uma
segunda empresa, empresa B, detém 8 (10%) registros
e três empresas, empresa C, D e E, possuem quatro
registros cada (5%), os demais registros pertencem as
demais empresas (figura 3). Os primeiros processos de
registros foram iniciados no ano de 2002 e alguns
permanecem até hoje.
FIGURA 3
Figura 3: Distribuição por empresas dos registros de
alisantes capilares peticionados na ANVISA até 2015.
Conclusões A análise demonstra uma tendência de descontinuação
de alguns registros a partir da proibição da ANVISA
do uso do glutaraldeído e formaldeído, já que o
processo de renovação envolve a declaração da
fórmula quantitativa e qualitativa do produto. É de
grande importância à observação dos profissionais que
atuam na área de estética, se o produto que utilizam
possui registro sanitário.
Referência Bibliográfica
ABIHPEC. Associação Brasileira da Indústria de Higiene
Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Anuário 2016. São Paulo.
Disponível
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26
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Lei nº 6360, de 23 de setembro de 1976 (Versão
Consolidada pela Procuradoria da ANVISA). Dispõe
sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os
medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e
correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e
dá outras providências. Publicado no D.O.U. - Diário
Oficial da União; Poder Executivo, de 24 de
setembro de 1976.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Lei nº 9782, de 26 de janeiro de 1999. Define o
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras
providências. Publicado no D.O.U. - Diário Oficial
da União; Poder Executivo, de 27 de janeiro de 1999.
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RDC – Resolução de Diretoria Colegiada 222, de 28
de dezembro de 2006. Dispõe sobre os procedimentos
de petição e arrecadação eletrônica no âmbito da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
e de suas Coordenações Estaduais e Municipais de
Vigilância Sanitária e dá outras providências.
Publicado no D.O.U. - Diário Oficial da União;
Poder Executivo, de 28 de dezembro de 2006.
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Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
e de suas Coordenações Estaduais e Municipais de
Vigilância Sanitária e dá outras providências.
Publicado no D.O.U. - Diário Oficial da União;
Poder Executivo, de 28 de dezembro de 2006.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
RDC – Resolução de Diretoria Colegiada 76, de 23 de
outubro de 2008. Dispõe sobre a alteração da
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n.º 222, de
28 de dezembro de 2006, que dispõe sobre os
procedimentos de petição e arrecadação eletrônica no
âmbito da Agência Nacional de Vigilância Sanitária -
ANVISA e dá outras providências. Publicado no
D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder Executivo,
de 27 de outubro de 2008.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
RDC – Resolução de Diretoria Colegiada 16, de 01 de
abril de 2016. Dispõe sobre os Critérios para
Peticionamento de Autorização de Funcionamento
(AFE) e Autorização Especial (AE) de Empresas.
Publicado no D.O.U. - Diário Oficial da União;
Poder Executivo, de 02 de abril de 2016.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
RDC 07, de 10 de fevereiro de 2015. Dispõe sobre os requisitos técnicos para a regularização de produtos de higiene
pessoal, cosméticos e perfumes e dá outras providências.
Publicado no D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder
Executivo, de 10 de fevereiro de 2015.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Lei nº
13202, de 08 de dezembro de 2015. Institui o Programa de
Redução de Litígios Tributários - PRORELIT; autoriza o Poder
Executivo federal a atualizar monetariamente o valor das taxas
que indica. Publicado no D.O.U. - Diário Oficial da União;
Poder Executivo, de 08 de dezembro de 2015.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC 36, de
17 de junho de 2009. Dispõe sobre a proibida a exposição, a venda
e a entrega ao consumo de formol ou de formaldeído (solução a
37%) em drogaria, farmácia, supermercado, armazém e empório,
loja de conveniência e drugstore. Publicado no D.O.U. - Diário
Oficial da União; Poder Executivo, de 17 de junho de 2009.
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27
ANEXOS Anexo I – tabela um
Atividade Número
de
empresas
Percentual
de
empresas
Armazenar 16 48,5%
Distribuir 13 39,4%
Embalar 14 42,4%
Expedir 17 51,5%
Fabricar 18 54,5%
Fracionar 10 30,3%
Importar 5 15,1%
Reembalar 9 27,3%
Transportar 6 18,20%
Produzir 1 3,03%
Exportar 2 6,06%
28
Anexo II – figura 1.
Anexo III – figura 2.
Anexo IV – figura 3.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Registros
vigentes
35%
Registros
não
vigentes
65%
29
Empresa A
18,75%
Empresa B
10%
Empresa
C 5%
Empresa D
5%
Empresa E 5%
Outras
empresas
56,25%
30
AVALIAÇÃO DE ESTERILIZAÇÃO DA SUPERFÍCIE DOS OVOS E TESTE DE ESTERILIDADE
DE Chrysomya putoria (WIEDEMANN, 1818) (INSECTA: DIPTERA: CALLIPHORIDAE) PARA
UTILIZAÇÃO EM BIOTERAPIA
EVALUATION OF STERILIZATION OF THE SURFACE OF EGGS AND STERILITY TEST OF
Chrysomya putoria (WIEDEMANN, 1818) (INSECTA: DIPTERA: CALLIPHORIDAE) FOR USE IN
BIOTHERAPY
Anderson Vilmar Stroher¹, Callinca Paolla Gomes Machado², Raimundo Wilson de Carvalho³, Simoni
Machado de Medeiros 1.Graduando em Medicina – Universidade Iguacu, 2. Graduando em Medicina – U. Iguacu, 3. Docente Universidade Iguaçú, 4.
Docente Universidade Iguaçu
Revista Ci ê ncia e Tecnologia
P á gina:www.unig.br/revistas_publicacoes
ISSN:1519 - 8022
Ciência e Tecnologia (2018): 17(2). ARTIGO ORIGINAL
RESUMO
Objetivos: Avaliar o uso de hipoclorito de sódio na concentração (0,5%) como agente esterilizante e a viabilidade em diferentes
tempos exposição das larvas pós-esterilização de C. putoria para uso em terapia larval. Metodologia: Para confirmar esterilização
utilizou-se os meios para cultura “plate count agar” (PCA) para o crescimento de bactérias, e o Agar sangue, apropriado para o
crescimento de bactérias hemolíticas. Após a esterilização, os ovos foram colocados em placas de Petri estéreis, forradas com
papel filtro também estéril e umedecido com solução bidestilada de soro fisiológico a 0,9%, tendo sido então mantidos por 18
horas em câmara climática com temperatura controlada (25±1ºC), para aguardar a eclosão das larvas. A viabilidade foi avaliada
transferindo 60 neolarvas de C. putoria com gazes umedecidas para 0,100g de proteína (carne moída) fonte alimentar para as
larvas. Resultados: A esterilização por hipoclorito de sódio na concentração de 0,5% não impediu a eclosão das larvas da espécie
de C. puctoria, e mostrou-se assim um eficiente agente desinfectante para limpeza dos ovos independentemente do tempo de
exposição, avaliados no tempo de 1 minuto (80%) bem como 3 minutos (75%), quando comparados aos controles. O cultivo da
“solução de enxágüe” usada no final de desinfecção dos ovos em dois meios distintos seletivos para o crescimento de bactérias
corrobora este fato. A viabilidade larval e total foi significativamente inferior no período de tempo de 72h (Grupo E) em relação
aos demais tratamentos (Grupos A, B, C e D). Conclusão: Os resultados alcançados mostram que a desinfecção de ovos de
dípteros feita por meio de hipoclorito de sódio, é uma técnica eficaz a ser empregada para a espécie C. putoria. A esterilização de
ovos C. putoria não influenciou negativamente a eclosão das larvas, a viabilidade larval visando à obtenção de larvas estéreis para
uso em terapia larval.
SUMMARY
Objectives: To evaluate the use of sodium hypochlorite in the concentration (0.5%) as a sterilizing agent and the viability at
different times of post-sterilization larvae of C. putoria for use in larval therapy. Methodology: To confirm sterilization, plate
count agar (PCA) was used for bacterial growth, and blood agar, suitable for the growth of hemolytic bacteria, was used. After
sterilization, the eggs were placed in sterile Petri dishes, lined with sterile filter paper and moistened with 0.9% saline solution
and then maintained for 18 hours in a temperature controlled chamber (25 ± 1 ° C) to wait for larvae to hatch. Viability was
evaluated by transferring 60 C. putoria neolarvas with moist gauzes to 0.100 g of protein (ground beef) food source for the larvae.
Results: Sodium hypochlorite sterilization at 0.5% concentration did not prevent the hatching of C. puctoria larvae and thus
showed an efficient disinfecting agent to clean the eggs regardless of the time of exposure, evaluated in time Of 1 minute (80%)
as well as 3 minutes (75%), when compared to controls. The cultivation of the "rinse solution" used at the end of the disinfection
of the eggs in two different media selective for the growth of bacteria corroborates this fact. The larval and total viability was
significantly lower in the time period of D). Conclusion: The results show that the disinfection of dipteran eggs made using
sodium hypochlorite is an effective technique to be used for C. putoria species. The egg sterilization C. putoria did not negatively
influence the larvae hatching, the larval viability aiming at obtaining sterile larvae for use in larval therapy.
31
Introdução
Desde o surgimento de civilizações remotas, a
história universal revela preocupação com o
tratamento das feridas. Na pré-história, preparavam
cataplasma de folhas e ervas para tratar casos de
hemorragias e há centenas de anos tem sido
observado que o desbridamento de tecidos
necrosados em feridas infectadas e cauterizações
contribuíam, e muito, para a manutenção da ferida
limpa e seca 1. Com o passar do tempo, vários outros
métodos também foram sendo adicionados e
aperfeiçoados2,3.
A terapia larval consiste na aplicação de
larvas vivas estéreis de dípteros obtidas em
laboratório, sobre lesões, feridas crônicas ou
infectadas, tendo como finalidade a cicatrização, a
partir da remoção de secreção e tecido necrosado
pelo inseto, facilitando assim, o processo de
cicatrização4. Esse procedimento é um modo
alternativo para promover o desbridamento de
feridas, e resultados de pesquisas publicadas e
acessíveis na literatura, têm revelado que a terapia
larval é muito mais eficaz para este fim quando
comparada a outros tratamentos convencionais5,1,6.
Os primeiros relatos sobre terapia larval são
de autoria de Ambróise Pare, cirurgião militar
francês, de 15577. C. putoria possui características
biológicas com potencial para a utilização em
bioterapia8, pois apresenta comportamento
necrobiontófogo e elevada capacidade reprodutiva
com grande produção de massa de ovos,
características indispensáveis a sua utilização. Esse
díptero ocorre em abundância em ambientes
antropofizados9, facilitando o estabelecimento de
colônias desse inseto e a manutenção em condições
laboratoriais10,11.
A bioterapia, também auxilia na desinfecção
anti-microbiana da ferida pela ação direta das larvas
sobre as bactérias encontradas no leito da ferida, por
liberarem enzimas e fazerem a ingestão destas. As
larvas de dípteros ao digerirem o tecido necrosado
da ferida, acumulam no intestino médio anterior,
altas taxas de bactérias, no intestino posterior já pode
ser observada uma diminuição significativa na
quantidade de bactérias e, o número dessas diminuiu
mais ainda na porção final do intestino e
praticamente nenhuma bactéria é vista na
extremidade posterior, próximo ao ânus, o que
indica que as fezes depositadas nas feridas contêm
apenas um pequeno número de bactérias que não são
nocivas12.
A formação de biofilme em processos
infecciosos, em tecidos ou associados a implantes de
dispositivos médicos, representa um grande desafio
terapêutico. A matriz extracelular que envolve as
bactérias nos biofilmes dificulta a ação de
antibióticos, assim como células e moléculas
efetoras do sistema imune do hospedeiro13.
Para utilizar os benefícios dessa terapêutica é
necessário produzir larvas estéreis para aplicar nas
feridas necróticas, conhecer e dominar a técnica de
esterilização dos ovos dos dípteros, evitando que a
larva seja um vetor de patógenos ao cliente portador
de feridas de difícil cicatrização2. Dessa forma,
objetivou-se avaliar a ação do glutaraldeído na
esterilização de ovos de C. putoria, aplicando testes
de esterilidade segundo as normas da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA-Brasil),
para que as larvas possam ser aplicadas aos clientes
com segurança e sem qualquer possibilidade de
veicularem.
Nesta pesquisa o objetivo foi avaliar o uso de
hipoclorito de sódio na concentração (0,5%) como
agente esterilizante e a viabilidade em diferentes
tempos exposição das larvas pós-esterilização de C.
putoria (Diptera: Calliphoridae) para uso em terapia
larval.
Material e métodos
Obtenção dos exemplares para estudo - Os
espécimes adultos foram capturados em ambiente
natural utilizando-se armadilhas confeccionadas
com garrafa pet e um vaso de plásticos para plantas
(ANEXO 1). Em seu interior, como isca para atração
dos insetos, fígado bovino cru. As armadilhas
ficaram expostas em locais de grande infestação de
moscas no Campus 1 da UNIABEU, ficaram em
uma área de mata por 24 horas, as armadilhas foram
recolhidas e levadas ao Laboratório Multidisciplinar
para identificação.
Os insetos capturados foram submetidos à
temperatura de -20º C por cerca de 60 segundos até
cessarem seus movimentos, permitindo a
identificação taxonômica em microscópio
estereoscópico14.
32
Após a identificação os adultos foram
transferidos para gaiolas transparentes de polietileno
(30x30x50cm) (ANEXO 2), com abertura na parte
superior coberta por tecido de náilon para
arejamento, e na parte lateral para permitir o acesso
ao interior da gaiola (Figura 02), foram alimentados
com dietas à base de açúcar e proteína constituídas
por solução açucarada e fígado bovino cru,
permanecendo em sala climatizada sob condições de
temperatura (26±1ºC), fotoperíodo (12 horas) e
umidade relativa do ar (70±10%) controlada.
Como substrato para oviposição, foi
oferecido carne bovina moída crua. Após a postura,
grupos de 80 ovos foram retirados da carne com o
auxílio de um pincel fino nº0, e depositados sobre
papel filtro umedecido em água bidestilada, presente
no interior de uma placa de Petri estéril.
Grupos experimentais– Para os testes de
esterilização foram montados dois grupos
experimentais contendo 20 ovos da espécie C.
putoria, para cada tratamento:
Grupo I- Grupo controle, no qual os ovos foram
imersos apenas em água bi-destilada estéril tratadas
por 1 e 3 minutos, respectivamente, em seguida
lavados novamente em água bi-destilada estéril por
cinco minutos;
Grupo II- Grupo hipoclorito de sódio 0,5%, cujos
ovos foram tratados lavando-os por 1 e 3 minutos,
respectivamente, cada porção de 20 unidades, sendo
em seguida lavados em água bidestilada estéril por
cinco minutos.
Confirmação da esterilização– Para averiguar qual
concentração efetivamente cumpriria seu papel de
esterilizaria das amostras sem, no entanto, prejudicar
a viabilidade e sobrevivência dos imaturos pós-
processo de esterilização para uso em terapia larval,
os ovos pós-tratamento foram transferidos para
tubos contendo 4 ml de solução peptonada estéril,
homogeneizados em “Vórtex” por 5 minutos e
alíquotas de 0,1 e 1 ml desta “solução de enxágüe”
oriundas de cada grupo (Grupo I e Grupo II) foram
retiradas para inoculação, após diluição seriada até
10-6, em meios de cultivo seletivos de uso exclusivo
para crescimento de microorganismos. Meios
utilizados para confirmar esterilização- Os meios
aqui utilizados foram o “plate count agar” (PCA),
apropriado para o crescimento de bactérias, e o Agar
sangue, apropriado para o crescimento de bactérias
com propriedades hemolíticas, tendo sido feitos dois
tipos de semeaduras: espalhamento por superfície e
estriamento por esgotamento. Após inoculação as
placas foram incubadas em estufa bacteriológica a
37ºC para proceder à leitura dos resultados após 24
e 48 horas.
Verificação da viabilidade larval -Depois de todo o
processo de esterilização descrito ter sido cumprido,
os ovos finalmente foram colocados em placas de
Petri estéreis, forradas com papel filtro também
estéril e umedecido com solução bidestilada de soro
fisiológico a 0,9%, tendo sido então mantidos por 18
horas em câmara climática com temperatura
controlada (25±1ºC), para aguardar a eclosão das
larvas.
A viabilidade foi avaliada transferindo 60
neolarvas de C. putoria das placas de Petri com
gazes umedecidas para 0,100g de proteína (carne
moída) que serviu como fonte alimentar para as
larvas, intencionando assim, avaliar a viabilidade e
o desenvolvimento dos insetos nos períodos de
tempo de 12, 24, 48 e 72 horas após a esterilização.
Estatística - Após esse período, foi contado o
número de imaturos e uma análise de variância de
um fator (ANOVA) feita para medir possíveis
diferenças quanto à taxa de eclosão e a viabilidade
de larvas pós-eclosão frente cada tipo de tratamento
proposto. Teste de comparações múltiplas de Tukey
foi realizado para comparar as médias. Para todas as
análises foi considerado um nível de significância
global de 5% e usado o pacote estatístico SAS®15.
Resultados e Discussão
O processo de esterilização por hipoclorito de sódio
na concentração de 0,5% não impediu a eclosão das
larvas da espécie de C. puctoria, sendo assim, o
hipoclorito de sódio mostrou-se um eficiente agente
desinfectante para limpeza dos ovos
independentemente do tempo de exposição ao
agente químico, quando avaliados no tempo de 1
minuto (80%) bem como 3 minutos (75%), quando
comparados aos controles (Figura03).
33
Figura 03: Taxa de eclosão (%) de larvas com 24
horas pós-eclosão de C. putoria (Diptera:
Calliphoridae) frente a diferentes tempos de
exposição em 01minuto e 03 minutos utilizados para
desinfecção para uso em terapia larval.
O cultivo da “solução de enxágüe” usada no processo
final de desinfecção dos ovos em dois meios distintos
seletivos para o crescimento de bactérias corrobora
este fato. Tendo em vista que não foi observado o
crescimento de quaisquer colônias de bactérias após
o período de incubação do material, ao contrário do
que ocorreu com o grupo controle, no qual fora
utilizada somente água bidestilada estéril, que a
princípio não atua nem como inibidor e não tem
atividade bactericida (Figura 04).
0
5
10
15
20
1minuto
3 minutos
100%
90%80%
75%
Controle Hipoclorito 0,5%
34
Figura 04: Placas de Petri contendo os meios de
cultivo: A - “plate count agar” (PCA); B- Agar
sangue - após inoculação e período de incubação de
48 horas, mostrando o crescimento bacteriano para o
grupo experimental Grupo I- Controle e Grupo II -
Hipoclorito de sódio 0,5%. Varzim16 testou a ação de
oito substâncias químicas esterilizantes em diferentes
concentrações e por tempos variados sobre ovos de
C. putoria e somente para três (formaldeído,
permanganato de potássio e hipoclorito de sódio)
foram obtidas taxas de eclosão superiores a 60%.
Porém, a autora não incluiu a utilização do meio de
cultivo Agar sangue em seus testes microbiológicos
para certificar-se de que bactérias hemolíticas não se
desenvolveriam quando usados exclusivamente
formaldeído e hipoclorito de sódio. Outro agravante
é que o permanganato de sódio não inibiu de forma
eficiente o crescimento bacteriano, tendo sido
registradas mais de 300 unidades formadoras de
colônias em meio PCA.
Para esterilizar ovos de C. megacephala e C.
putoria17, utilizando grupos de 60 ovos, divididos em
três grupos de 20 ovos para cada espécie,
empregaram soluções de hipoclorito de sódio 0,5% e
1,0%. Para atestarem a esterilidade das larvas,
empregaram técnica parecida com a de Varzin16,
onde, após esterilizar os ovos, utilizaram PCA e Agar
sangue, não encontrando contaminação em suas
amostras.
Testes preliminares de esterilização de ovos
de Crysomya albiceps utilizando o Hipoclorito de
Sódio 0,5 e 1%, foram desenvolvidos em diferentes
tempos de exposição, para esterilizar 0,600g de
massa de ovos, divididas em três grupos de 0,200g.
No entanto, ao se fazer os testes de esterilidade de
acordo com protocolo farmacopeico, os resultados
não foram satisfatórios, verificando-se a presença de
contaminação nos tubos de Caldo Soja Tripticaseína
(TSB) e Caldo Tioglicolato Fluído (FTM) com cerca
de 10% de massa de ovos previamente esterilizadas18.
Os resultados alcançados neste estudo
mostram que a desinfecção de ovos de dípteros feita
por meio de hipoclorito de sódio, é uma técnica eficaz
a ser empregada para a espécie C. putoria visando à
obtenção de larvas estéreis para uso em terapia larval.
Segundo Nitsche17, o mais recomendável
seria o uso de hipoclorito de sódio na concentração
de 0,5%, por termos observado melhores resultados
relacionados à eclosão e viabilidade larval.
Quanto à viabilidade (Tabela 01) e
desenvolvimento das larvas, verificou-se que a
viabilidade larval e total foi significativamente
inferior no período de tempo de 72h (Grupo E) em
relação aos demais tratamentos (Grupos A, B, C e D).
Tabela 01. Média e desvio-padrão (x±SD) referente
à taxa de eclosão e viabilidade (%) de larvas pós-
eclosão de e C. putoria (Diptera: Calliphoridae)
frente a diferentes tratamentos para uso em terapia
larval.
Tratamento em horas Taxa de Eclosão (%) Viabilidade de Larvas
(%)
Grupo A- Controle 93.0±3.9*
(n=60)
99.0±1.0*
(n=56)
35
Grupo B- 12h 82.2±4.0*
(n=60)
98.0±0.9*
(n=49)
Grupo C- 24h 81.2±3.8*
(n=60)
98.0±0.9*
(n=49)
Grupo C- 48h 82.1±3.9*
(n=60)
97.0±0.8*
(n=48)
Grupo D- 72h 75.3±2.5**
(n=60)
97.3±1.5*
(n=45)
* Não há diferença significativa entre as médias de
acordo com o teste de Tukey(p≥0,05).
** há diferença significativa entre as médias de
acordo com o teste de Tukey(p≤0,05).
Resultados semelhantes descritos por
Dallavecchia19, quando observou a viabilidade de
larvas após a esterilização feita com glutaraldeido
2%, nos períodos de tempo de 12, 24, 48 e 72 horas
após a esterilização.
Larvas estéreis estão sendo produzidas e
comercializadas por empresas no Reino Unido,
Alemanha, bem como por laboratórios nos EUA,
Israel, Suécia, Suíça, Áustria e Ucrânia12.
Conclusões
Os resultados alcançados neste estudo mostram que
a desinfecção de ovos de dípteros feita por meio de
hipoclorito de sódio, é uma técnica eficaz a ser
empregada para a espécie C. putoria.
A esterilização de ovos C. putoria não
influenciou negativamente a eclosão das larvas, a
viabilidade larval visando à obtenção de larvas
estéreis para uso em terapia larval.
O teste de esterilidade é indispensável para garantir
a qualidade do produto, assim como para a
segurança do cliente final. Estudo e investimentos
precisam ser realizados e analisados no sentido de
ampliar a produção das larvas e disponibilizá-las
para uso do cliente portador de feridas de difícil
cicatrização.
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Bioterapia no Brasil. Disertação de Mestrado,
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, Brasil.
ANEXO 2.
37
AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA SOBRE
HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE
EVALUATION OF THE PERCEPTION OF STUDENTS IN THE PHYSIOTHERAPY COURSE ON
HEALTH HUMANIZATION
Agatha Ruvenal de Souza1. Fernanda da S.V. de Melo1, Elaine Pedroso de Azevedo1, Paula Guidone Pereira Sobreira1,
Adalgiza Mafra Moreno1
Universidade Iguaçu- UNIG- Nova Iguaçu-RJ- Brasil
Revista Ci ê ncia e Tecnologia
P á gina:www.unig.br/revistas_publicacoes
ISSN:1519 - 8022
Ciência e Tec nologia (2017): 17(2). ARTIGO ORIGINAL
Resumo
A humanização é a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde e enfatiza
a autonomia e o protagonismo desses sujeitos, a responsabilidade entre eles, o estabelecimento de vínculos
solidários e a participação coletiva no processo de gestão. Uma equipe humanizada é aquela que não só
contempla suas estruturas administrativas, mas também humanas. Para que exista uma equipe humanizada,
necessita-se de reformas no sistema de saúde e transformação nas instituições de ensino superior a fim de que
o futuro profissional de saúde consiga atender não somente às estruturas administrativas, mas também aos
valores éticos, respeito e solidariedade ao ser humano. Esse trabalho tem como objetivo verificar a percepção
dos alunos do curso de fisioterapia sobre humanização se as ementas do curso de fisioterapia contemplam as
diretrizes do sistema único de saúde (SUS). A metodologia utilizada foi através da avaliação dos ementários
do curso de fisioterapia, através de uma pesquisa com abordagem quanti qualitativa. O estudo caracteriza se
como transversal e exploratório, com abordagem quantiqualitativa, foram realizadas entrevista
semiestruturada com os alunos do curso pertenciam ao 1º, 5º e 10º período, totalizando 62 alunos. Os dados
foram submetidos à análise de conteúdo, do tipo temática, e também apresentados em forma de tabelas e
percentuais. Concluímos que a percepção dos alunos foi restrita e limitada, sem aprofundamento teórico sobre
o tema humanização, tanto para os iniciantes como para os concluintes. A adequação dos currículos de forma
transversal as diretrizes do SUS são fundamentais para a mudança da qualidade da assistência e formação de
profissionais competentes, discussões no âmbito epistemológico são essenciais a visão ampla em saúde e não
somente focada na relação terapeuta e paciente.
Abstract
Humanization is the valuation of the different subjects involved in the health production process and
emphasizes the autonomy and protagonism of these subjects, the responsibility between them, the
establishment of solidarity bonds and the collective participation in the management process. A humanized
team is one that
not only contemplates its administrative but also human structures. In order for a humanized team to exist,
reforms are needed in the health system and transformation in higher education institutions so that the future
health professional can manage not only administrative structures, but also ethical values, respect and
solidarity with the human being.This study aims to verify if the menus of the physiotherapy course contemplate
the guidelines of SUS to humanization and the students' perception about humanization. The methodology
used was the evaluation of the placements of the physiotherapy course, through a research with a quantitative
approach. The participants belonged to the 1st, 5th and 10th period totaling 62 students.Therefore, we
concluded that the questionnaire showed to be an adequate resource for our objective, but the results obtained
allowed to conclude that there was a noticeable absence in the transmission of the teaching of humanization,
the menus of the course showed the absence of subjects that spoke on the subject.
Descriptors: Humanization of assistance, physiotherapy, college education.
Descritores: Humanização,
fisioterapia,
educação
superior.
Descriptors:
Humanization
of assistance,
physiotherapy,
college
education
38
Introdução
“A saúde é direito de todos e dever do
Estado”. Essa é uma conquista do povo brasileiro.
Toda a conquista é, entretanto, resultado e início de
um novo outro processo, em 1988, houve a criação
do Sistema Único de Saúde (SUS). Com ele
afirmamos a abrangência geral, a plenitude e a
igualdade da atenção em saúde, também visamos
uma concepção diferente de saúde, que não se
resume a ausência de doença, mas a um bom estado
geral1.
Ao longo desses anos, podemos observar os
inúmeros avanços no campo de saúde pública
brasileira e com eles encontramos atitudes de modo
contraditório, abrangendo problemas de diversas
ordens. Nesse percurso constante de mudanças do
SUS, verificamos evolução na gestão de saúde, tais
como as ampliações dos níveis de equidade e
integralidade, porém há problemas que persistem,
como a fragmentação dos processos de trabalho, o
relacionamento entre os diferentes profissionais de
saúde e a relação entre estes e o paciente, o trabalho
em equipe também ficou bastante abalado, impondo
a urgência, no aperfeiçoamento do sistema2.
Diante deste cenário, o Ministério da Saúde
criou a Política Nacional de Humanização, em que a
humanização é a valorização dos diferentes sujeitos
implicados no processo de produção de saúde e
enfatiza a autonomia e o protagonismo desses
sujeitos, a responsabilidade entre eles, o
estabelecimento de vínculos solidários e a
participação coletiva no processo de gestão3.
Conceitualmente humanização é a ação ou
efeito de humanizar, de tornar humano ou mais
humano, benévolo e afável, fazer com que se
adquirira hábitos sociais polidos4. Humanizar vai
além de agregar as eficiências técnicas e cientificas,
priorizando também os valores éticos, o respeito e a
solidariedade ao ser humano. A assistência
humanizada é fundamental para o sucesso de uma
vida que se amplia no âmbito profissional, devendo
ser transmitida no contato humano de forma
acolhedora, sem juízo de valores e contemplando a
integridade do ser humano5.
Uma equipe humanizada é aquela que
comtempla, não só sua estrutura administrativa, mas
também a estrutura humana, o respeito e a dignidade
de cada sujeito, sendo ele o paciente ou familiar, um
profissional humanizado sempre reconhece o outro
como um legítimo cidadão com direitos e deveres,
visando deste modo estabelecer condições para um
atendimento de qualidade6.
O Brasil é um país com profundas
desigualdades socioeconômicas e por esse motivo
permanecem vários desafios na ampliação da saúde,
na qualidade dos serviços, ampliação do processo de
responsabilidade entre os gestores e usuários nos
processos de gerir e de cuidar7.
Mesmo com todas as questões apresentadas,
podemos analisar, ainda, a desvalorização dos
trabalhadores da saúde, a precarização de recursos
para trabalho e o baixo investimento na reciclagem
dos profissionais. Uma questão que devemos
ressaltar é a que diz respeito ao déficit apresentado
pelos profissionais da área da saúde e o despreparo
dos mesmos e demais trabalhadores para lidar com a
dimensão subjetiva que toda prática da atuação em
saúde exige, ligando esses aspectos podemos
encontrar a origem do problema na formação
acadêmica desses atuais profissionais8.
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN)
no ano de 2001, afirmam que os cursos de graduação
em saúde "a formação do profissional de saúde deve
contemplar o sistema de saúde vigente no país, o
trabalho em equipe e a atenção integral à saúde"9. É
de suma importância que na formação inicial dos
profissionais de saúde dar se ênfase no ensino do
SUS. A formação do fisioterapeuta deve atender as
necessidades de saúde, com foco no SUS, e
assegurar a integralidade da atenção, a qualidade e
humanização do atendimento de forma transversal.
Visando entender em que etapa evolutiva se
encontra os futuros profissionais de fisioterapia e sua
estrutura formadora no processo de formação de
profissionais humanizados, este trabalho se dispôs a
analisar em sua integralidade o ementário do curso
de fisioterapia de uma Universidade Privada,
correlacionar de maneira direta cada uma das
ementas com as diretrizes do SUS para humanização
e avaliar a percepção dos alunos sobre humanização
em saúde.
Metodologia
A presente pesquisa utilizou três grupos com
abordagem quantiqualitativa, com caráter
transversal e exploratório. A abordagem qualitativa
sob paradigma fenomenológico não se preocupa
com representatividade numérica, mas sim com o
aprofundamento da compreensão a partir de um
grupo social, de uma organização 10.
39
Buscando a maior fidelidade possível com a
realidade este trabalho buscou se utilizar essa forma
distinta de pesquisa da maneira mais sinérgica
encontrada, com o intuito de verificar não somente o
entendimento individual, mas também o peso deste
entendimento para a totalidade da estrutura de
formação. Sendo assim esta pesquisa se utiliza de
grupos previamente determinados, mas com
significativa importância dentro do quadro geral da
instituição, trabalha com dados subjetivos buscando
entender de forma plena seu significado e também
com dados específicos de forma a obter maior
precisão dos resultados.
Os três grupos que foram constituídos por
alunos do 1º, 5º e 10º período, respectivamente, do
curso de Fisioterapia. Optou- se pela amostragem
por exaustão 8, em que são incluídos todos os
indivíduos disponíveis. Todas as turmas foram
entrevistadas no primeiro semestre do ano de 2016.
Todos os participantes assinaram o termo de
consentimento livre e esclarecido, o estudo foi
aprovado pelo conselho de ética em pesquisa da
instituição, CAAE número 56125816.7.0000.5288
O 1º período e constituído por 61 alunos, 5º
período por 33 alunos e 10º período por 10 alunos.
Os alunos foram identificados por números com o
objetivo de não expor suas identidades.
Com critério de inclusão, foi definido que os
alunos estivessem regulamente matriculados. Como
critério de exclusão, foi definido que os alunos que
eram dependentes de alguma disciplina relacionada
ao SUS, ou o aluno que faltou a prova de alguma
disciplina relacionada ao SUS tanto na avaliação
inicial como na avaliação final.
A pesquisa foi realizada no 1° semestre de
2016, apresentamos aos alunos uma breve
introdução explicativa sobre a pesquisa a qual foi
informando a todos os alunos que realizaríamos uma
avaliação de conhecimento sobre a grade curricular
do curso de fisioterapia com o objetivo de avaliar o
conhecimento do curso e a percepção de cada aluno
sobre humanização, também foi explicado aos
alunos sobre a não obrigatoriedade de realizar essa
avaliação, e que os alunos que deixasse questões em
branco não seria penalizado.
Antes do início da entrevista, foi explicado
que o nome dos alunos não seria divulgado e que os
resultados dessa avaliação seriam utilizados em uma
pesquisa científica e que, portanto, era muito
importante que fosse desenvolvido com a maior
atenção e fidelidade possível, também foi informado
aos alunos que os resultados não acarretariam
nenhum impacto no seu desempenho acadêmico e
que o resultado da pesquisa estaria disponível na
coordenação do curso, caso algum aluno tivesse o
interesse.
Depois das seguintes informações foi aberto
espaço para desistência na participação da pesquisa,
e informamos que os referidos tinham 30 minutos
para realizar a avaliação.
Instrumentos avaliativos Para aferir os conhecimentos dos alunos e
avaliar suas percepções, elaboramos um instrumento
avaliativo em forma de questionário, no qual havia
10 questões, sendo 05 questões com objetivo de
verificar os dados pessoais, sendo compostos por
questões relacionadas a sexo, idade, graduação,
cursos técnicos e profissão. E as outras 05 questões
denominadas questões de conhecimentos
específicos, pois possuem relação direta ao tema da
pesquisa, as quais foram compostas por questões
relacionadas à humanização, sistema único de saúde
(SUS) e a abordagem de ambos os temas em sala de
aula.
Lüdke André (1986), define a análise dos
dados dos conteúdos como a técnica de inferências
válidas e replicáveis dos dados para o contexto ou a
investigação do conteúdo simbólico das respostas
que podem ser abordadas de diferentes maneiras:
através de palavras, sentenças, parágrafos ou textos
e analisando-os de acordo com a estrutura lógica das
expressões ou através da análise temática. As
respostas dos alunos foram então agrupadas, quando
possível tabeladas, e então apresentadas
resumidamente com vistas a apontar a visão dos
estudantes sobre a humanização. Trechos das
respostas foram selecionados, transcritos e
categorizados e posteriormente discutidos. Os
resultados das atividades e avaliações dos três
grupos foram analisados e tabulados com auxílio de
planilhas e gráficos, no intuito de se analisar os
resultados obtidos através de cada uma delas 11.
Avaliação das ementas
Foram examinadas todas as ementas do curso
do 1º ao 10º período buscando a correlação direta de
palavras relacionada ao tema, humanização e as
diretrizes do SUS.
A tabela 01 demonstra as disciplinas que compõem
a grade curricular do curso selecionada por períodos.
40
Tabela 01- Disciplinas que compõe a grade curricular do curso de Fisioterapia da instituição em estudo por períodos.
Período Disciplinas
1º
Biofísica; Biologia Humana; Bioquímica; História e Fundamentos da Fisioterapia; Informática Aplicada à
Saúde; Metodologia do Estudo; Morfologia Humana I.
2º
Antropologia e Sociologia em Saúde; Biomecânica do Aparelho Locomotor; Ética, Cidadania e
Deontologia; Fisiologia Humana; Morfofisiológica Neurológica; Morfologia Humana II; Saúde Pública e
Primeiros Socorros.
3º
Cinesiologia Clínica; Farmacologia; Fisiologia Humana; Microbiologia e Parasitologia; Patologia de
Órgãos e Sistemas; Recursos Terapêuticos Manuais.
4º
Administração em Fisioterapia; Avaliação Fisioterapêutica; Cinesioterapia I e Mecanoterapia; Clínica da
Dor; Fisioterapia em Saúde Pública; Metodologia Científica; Políticas de Saúde e Sistema Único de Saúde;
Psicomotricidade Clinica.
5º
Cinesioterapia II; Clínica da Dor; Fisioterapia Preventiva e do Trabalho; Hidroterapia e
Hidrocinesioterapia; Psicologia Clínica; Exame Diagnóstico por Imagem.
6º
Eletroterapia, termoterapia e fototerapia; clínica e fisioterapia neurológica; clínica e fisioterapia
rematológica; clínica e fisioterapia ortopédica e traumatológica.
7º
Clínica e fisioterapia cardiovascular; fisioterapia em clínica médica cirúrgica; fisioterapia aplicada a saúde
da mulher; clínica e fisioterapia no idoso; clínica e fisioterapia pneumológica; prótese e órtese e estética
funcional.
8º
Clínica e Fisioterapia na Infância e Adolescência; Fisioterapia nos Esportes; Fisioterapia Aplicada a Terapia
Intensiva; Fisioterapia nas Disfunções Estéticas; Fisioterapia Oncologia.
9º Estágio supervisionado I, TCC I.
10º Estágio supervisionado II, TCC II.
Fonte: Coordenação de fisioterapia UNIG, disponibilizada e autorizada divulgação.
41
Os dados dessa pesquisa foram compilados
utilizando o EXCEL modelo 2010, foram
apresentados em média e desvio padrão,
porcentagens e tabela de frequência.
Resultados e Discussão
Resultados da avaliação dos ementários
A análise das ementas foi constituída por 52
disciplinas, sendo que 7,69% das disciplinas
apresentaram no seu conteúdo relação direta de
palavras sobre as diretrizes do SUS a humanização:
seguem o titilo das citadas: Saúde Pública e
Primeiros Socorros, Fisioterapia em Saúde
Pública, Políticas e Saúde do SUS e Oncologia.
Resultados dos grupos avaliados
O primeiro grupo foi constituído pelos
alunos que estão cursando o 1º período, os quais
totalizam 61 alunos regulamente matriculados,
sendo que 15 alunos não quiseram participar da
pesquisa, total de 46 participantes. O segundo
grupo foi constituído pelos alunos que estão
cursando o 5º período, os quais totalizam 33 alunos
regulamente matriculados, sendo que 24 alunos
não compareceram à aula no dia que foi
desenvolvido a pesquisa, deste modo, a amostra do
segundo grupo foi constituída por nove alunos. O
terceiro grupo foi constituído pelos alunos do 10º
período, os quais totalizam 10 alunos regulamente
matriculados, 3 alunos faltaram a aula, totalizando
07 alunos. Os três grupos de alunos que
participaram da pesquisa obtiveram o total de 62
alunos e todos cumpriram os critérios de inclusão
e exclusão.
Tabela 1: Resultados das questões de dados pessoais
Idade Sexo Curso técnico Graduação anterior Estudante
F M Sim Não
1º Período 22 ± 12 21% 79% 22% 13% 52% 48%
5º Período 27 ± 4 22% 78% 11% 0 % 44% 56%
10º Período 28 ± 8 14% 86% 14% 28 % 57% 43%
As questões e 1 a 5 estão apresentadas na tabela 1 e
descreve a idade, sexo, curso técnico, curso superior
e se o aluno é somente estudante ou se tem uma
profissão, esses fatores poderiam impactar na
percepção dos alunos nas questões de conhecimentos
específicos, segundo seus possíveis conhecimentos
prévios.
Resultados e discussão das questões de
conhecimento específico
Questão 1- O que você entende sobre
humanização?
A primeira questão foi relacionada à
humanização, elaboramos uma questão discursiva na
qual foi perguntado ao participante o que ele entendia
sobre humanização. O primeiro grupo, 78% dos
alunos deixaram a questão em branco e 22% dos
alunos responderam à questão com seu
entendimento, com o grupo dos respondentes foi feita
uma segunda análise buscando correlacionar as
respostas obtidas com o conceito utilizado pelo SUS
e obtivemos os seguintes resultados; 30% dos alunos
que responderam utilizaram a definição do dicionário
e 70% totalmente erradas, o que demonstra um
desconhecimento sobre o que é humanização de
acordo com o conceito da SUS.
Os resultados dos participantes que possuíam
curso técnico na área da saúde foram os seguintes;
70% dos participantes que possuíam curso técnico
deixaram essa questão em branco ou responderam
exatamente “não sei” e 30% responderam. Através do
resultado dos participantes que responderam foi
realizada uma nova analise com o intuito de avaliar
se respostas tinham relação com o conceito da SUS e
se o fato do aluno já te cursado técnico influenciou de
forma positiva ou negativa na sua resposta. E das
respostas obtidas 67% apresentaram um conceito
totalmente errado sobre humanização e 33% das
respostas foram baseadas na definição do dicionário.
Através de todas as análises realizadas no
primeiro grupo nenhum dos alunos utilizaram o
conceito de humanização relacionado ao SUS, e
também podemos concluir que os participantes que
informaram ter cursado um curso técnico e superior
não obtiveram uma melhor resposta em relação aos
demais participantes.
42
No segundo grupo (5º período) 100% dos
alunos responderam a primeira questão, sendo que
67% respondem de forma errada e 33% responderam
parcialmente certa com o conceito do SUS. Neste
grupo nenhum dos alunos relatou ter cursado outro
curso superior e apenas um candidato declarou ter
curso técnico (tabela 1).
No terceiro grupo (10º período) 29% dos
alunos deixaram a questão em branco e 71% dos
alunos responderam às questões. Nenhuma resposta
aluno se aproximou da definição do SUS.
Temos que ressaltar que humanização não é
só um conceito direcionado a área da saúde, porém a
presente pesquisa teve como objetivo analisar o
conceito de humanização voltado à definição do
SUS. Nos resultados apresentado, encontramos um
déficit no conhecimento sobre humanização, os
alunos de todos os grupos mostraram não saber o
conceito do SUS sobre humanização. As ações em
saúde possuem características tradicionais 12, a
efetividade da humanização como política pública de
saúde se reflete na diferenciação dos indivíduos, nos
diferentes processos de trabalho constituindo outros
modos de abstrações e outros modos de cuidar, outros
modos de acolher, outros modos de gerir a atenção a
saúde em todos os níveis. Portanto, a humanização
pode ser definida como a valorização dos processos
de mudança das pessoas na produção de saúde 13.
Estes dados ratificam a pesquisa realizada por
Silva e Silveira (2011), em que, os alunos de
fisioterapia entrevistados não assimilaram o conceito
de humanização, apresentando uma linguagem
técnica e concisa sobre o tema. O estudo ainda
ressalta as deficiências estruturais da formação do
profissional de saúde, seja em qualquer área, e a
necessidade de uma metodologia de ensino que
implique o sujeito como agente de cuidado14. Podemos ressaltar que humanização em saúde deve ser um
tema presente durante toda a graduação, pois uma vez que: Construir
compromissos e valores humanos no contexto da formação é essencial
para a construção de uma prática humana em saúde 15. Através desses
ensinamentos durante toda a formação, será possível que o futuro
profissional venha contemplar as estruturas humanizadas.
Questão 02- Humanização já foi um tema abordado em sala de
aula?
A presente questão foi composta de forma
objetiva e todos responderam essa questão. No
primeiro grupo 17% das respostas relataram que esse
tema já foi abordado em sala de aula, no segundo
grupo 100% e no terceiro 86%. Após realizarmos
uma correlação com a primeira questão a qual
solicitava que os alunos descrevessem seu
conhecimento sobre humanização os resultados não
foram tão satisfatórios, pois, a maioria não sabia o
conceito de humanização. Portanto, através desse
cenário podemos concluir que possivelmente os
professores relataram em algum momento acadêmico
sobre humanização, porém, não foi de forma
persistente e solida para consolidar o conhecimento
sobre o tema.
A humanização tem uma concepção ético-
política, nesse contexto, compreende o
comportamento do usuários, gestores e profissionais
de saúde implicados com a filosofia do SUS e
também conectada à organização social e
institucional das práticas de atenção e gestão do SUS,
portanto, é imprescindível ser ensinada aos alunos
de forma transversal, começando pelo primeiro
período e sendo mantido em todos os outros, e
incluindo todos os conhecimentos para que o futuro
profissional venha contemplar estruturas
humanizadas, por isso: Propor alternativas para a
abordagem transversal deste tema faz parte das mais
necessárias discussões em pauta na agenda da
prática médica16.
3° Questão: Você conhece as diretrizes do SUS?
A terceira questão foi composta de forma
objetiva e todos responderam essa questão, no qual
obtivemos os seguintes resultados; no primeiro grupo
17% relataram conhecer as diretrizes do SUS, no
segundo 100% e no terceiro 86%.
E essencial o conhecimento das diretrizes do
SUS, para que o profissional venha contemplar o
sistema vigente. Tendo em vista os resultados de cada
grupo e comparando com os percentuais de acerto na
primeira questão que foi solicitada a definição de
humanização podemos inferir novamente que o
percentual de alunos que julga conhecer as diretrizes
do SUS para humanização é muito maior do que
aqueles que realmente têm conhecimento sobre elas.
Embora, mesmo com essa porcentagem por grupo, de
alunos que relataram conhecer as diretrizes, sugere-
se uma nova pesquisa para avaliar a qualidade do
conhecimento. A fim de fixar a humanização é
crucial que as pessoas participantes dos processos em
saúde se identifiquem como atores e responsáveis por
suas práticas, para assegurar a universalidade do
acesso, a integralidade do cuidado e a equidade das
ofertas em saúde. 17
43
4° Questão: Quais disciplinas você recordar ter
abordado sobre humanização?
Essa questão foi composta de forma
discursiva e sem limites de disciplinas por alunos. No
primeiro grupo, 15% relataram as disciplinas de
Informática em Saúde, Biologia Humana, História e
Fundamentos da Fisioterapia, Metodologia do
Estudo. No segundo grupo, 88% relataram as
disciplinas de Políticas e Saúde do SUS, Fisioterapia
em Saúde Pública, Psicologia Clínica, Saúde do
Idoso e Clínica da Mulher. No terceiro grupo, 85%
relataram as disciplinas de Política e Saúde do SUS e
Oncologia.
Foi criada pelo Ministério da Saúde, em 2003,
a Política Nacional de Humanização (PNH) a qual
vem atuando de forma transversal as demais políticas
de saúde, com a proposta de enfrentar o desafio de
assegurar os princípios do SUS18. Nesse sentido,
também é essencial que os docentes venham propor
alternativas para uma abordagem de forma
transversal visando transmitir sobre questões
humanistas, começando a partir do momento em que
o aluno de iniciasse ao primeiro dia acadêmico até o
ultimo, visando ofertar conhecimentos teóricos
consistentes sobre a humanização no seu sentido mais
amplo e profundo e consequentemente gerando um
profissional que contempla a PNH.
As Diretrizes Curriculares para o Curso de
Graduação em Fisioterapia definem o perfil do
formando/profissional e da seguinte forma,
“Fisioterapeuta, com formação generalista,
humanista, critica e reflexiva, capacitado a atuar em
todos os níveis de atenção à saúde, com uma visão
ampla e global, respeitando os princípios
éticos/bioéticos”.
Sabemos que a fisioterapia passou por
diversas conquistas ao logo da sua evolução.
Entretanto, podemos observar que a formação dos
profissionais ainda é muito técnica, considerando
muito pouco as políticas públicas vigente no nosso
país. Porém, segundo Cordeiro e Minayo19, mais
importante do que ter disciplinas que abordem a
humanização, faz-se necessário que essa temática
atravesse todas as abordagens teóricas e práticas
desse processo em construção de ensino-
aprendizagem.
As Conferências Nacionais de são um
instrumentos para integração da educação e saúde, as
discussões ocorrem a cerca das condição de trabalho;
educação, formação e capacitação; formação de
equipes multiprofissionais e humanização 20. Em
dezembro de 2000, realizou-se a XI CNS, que contou
com a participação de 2.500 delegados e teve como
tema central: “O Brasil falando como quer ser
tratado: Efetivando o SUS: acesso, qualidade e
humanização na atenção à saúde com controle
social21. As propostas para a humanização da
assistência devem estar alinhadas com as políticas
sociais e educacionais e serem colocadas acima das
políticas econômicas 22.
5° Questão: Assinale a alternativa que
corresponde à frequência que os professores
abordaram sobre humanização.
Na quinta questão foi perguntado aos
participantes de forma objetiva em qual frequência os
professores abordaram na sala de aula sobre
humanização e a frequência que foi abordada.
Tabela 02- Categorização da frequência em que os
professores abordaram o tema humanização em sala
de aula.
Grupos/
Questões
Os Professores
nunca falaram
sobre
humanização
Os Professores
falaram algumas
vezes sobre
humanização
Os Professores
falaram quase
sempre sobre
humanização
Os Professores
sempre abordam
o tema
humanização
1º 72% 4% 24% 0%
5º 0% 78% 22% 0%
10º 0% 86% 0% 14%
Considerações Finais
Este estudo baseou-se na aplicação dos
questionários a três grupos compostos por alunos do
curso de fisioterapia e concluímos que que houve
uma perceptível ausência na transmissão do ensino de
humanização baseado de forma transversal, sendo
44
resultante em todas as outras questões e
consequentemente uma restrita e limitada aquisição
de conceitos e práticos sobre o tema humanização.
O sistema de saúde que é vigente o nosso país
vive em constantes melhorias e dificuldade, nesse
sentido é fundamental que o professor transmita
questões humanizadas ao acadêmico, tendo como
objetivo que os futuros profissionais contemplem as
propostas estabelecida pela Política Nacional de
Humanização que objetiva efetivar os princípios do
Sistema Único de Saúde no cotidiano das práticas de
gestão e apoiar trocas solidárias entre gestores,
trabalhadores e usuários para a produção de saúde e
a produção de sujeitos.
Como já foi dito, transmitir o ensino de
humanização baseado de forma transversal e
presente, confere ao professor um papel ativo na
construção do conhecimento. Comunicar é o meio de
transmitir esse ensino, através de conhecimentos e a
comunicação do corpo docente com o discente sobre
o processo de humanização, gerando possivelmente
uma reforma significativa nas instituições e futuros
profissionais.
Embora se verifique um crescimento no
investimento, na capacitação dos profissionais de
saúde, nas iniciativas e incentivos visando o trabalho
transversal e interdisciplinar, essas práticas ainda são
limitadas e enfrentam alguns desafios.
Através da comunicação clara e continua,
podem-se transformar acadêmicos em futuros
profissionais que visão melhorar a maneira de tratar,
a maneira de se lidar com o paciente e seus familiares,
muda-se a maneira de cuidar, a solidariedade ao ser
humano, valores éticos e respeitos e a partir passar a
ser transmitido aos envolvidos a aposta que a Política
Nacional de Humanização SUS faz na universalidade
do acesso, na integralidade do cuidado e na equidade
das ofertas em saúde mais segurança e conforto.
Como produto desse estudo, foram realizadas
reuniões com a coordenação do curso em questão e
demais professores buscando analisar os resultados
encontrados e rever uma metodologia de ensino mais
participativa e construtivista visando não só o
“aprender” do aluno, mas, a “apreensão” do
conhecimento e inclusão da humanização em sua
prática profissional.
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