revista de antropofagia, ano 2, n. 04, abr. 1929.pdf

2
guerra Dessa i ura rcn omen Varia eonfoi me o i limo. j4 o < "Eu nâo fui an \iado senfta -'s ovelhas que pe rw m da ca sa de Isra el." i M a li,,,, i i \ Idéa rrlat » que M |, ms funde no h umano unls i r sal, de Justino, é desse mudo In teiramente balsa. Deus é um es pirito municipal. Jesus, desse pont o d( vi sta, era de uma In transigência fero/ : "NÍO 6 I lom ir i loa filhos e lançal-a a ,,s cães", (Marcos, 7,27) 0 cm toso, porem, í 'i l| t ' " cristlo nismo acabou aa contentando com Os filhos não auto saltei dele. Aos cães deve a Igl I moral sentimental, conti oi si i a lonal da Piai • I ve a teoria atotea da prm Idcncia, dr que s . apropriou Indebitamcn- te , 0 seu primeiro "gnlo". So nâo deve .L sua intolerância. Ba- s.i nasceu de ai mesma a ri ir . os primeiros tempos. Cyprl mo dizia: "Nulla talua ex tra 11. lesiam." * tnoi d.i hiiarca. Aceita mos a guerra. Queremoa i. "una loutea s"iii pniir li pedia' dll liéclc donl nu tre teigTfcur Iheu.potir le pUgnir [lerinet lea guerres, car amai le ma.ntieiil IVscriptnrc", conforme as evenn a < cand^dissimo Bonel (_ . e a historia do Cristianismo sen," o a historia das guerras nes- tea vinte séculos? O papa Adria no IV Já afirmava (pie todas ctei são justas... comtanto que . i feitas aoll os auspícios da '"Santa religião". * Profeta gostoso era laBUl Cristo! Vem para salvar os ju deus e foram os puli-us et.imcnle — os unnos ([uc não quiseram ser salvos. revista de antropofagia (órgão do clube antropofagia) d e (2.* dentição--4. nu mero). \I. (.l MAS NOT AS SOBRE <> l|l li .1 V SE TEM i . i:i n» í M TORNO I' v NOVA DESCIDA ANTROPOFAGICA N\ NOSSA LITERATURA. (líenu tiniu- da Sucursal do Itio pra cá) Contra a moral convencional, n-oral nenhuma. O problema do europeu desesperado é não so frer. O nosso e ^osar. danhatnos loune. Sabemos que a Igreja um instrumento de dominação política, nada mais. Desde submissão á autoridade, do apos- tolO Paulo, a suplica a Mano Aurélio e Commodo, de Amena- goras, fcs i rasadas, a in quisição. Depois tivemos a hilla de Pio VI I i; mora a aliança "espiri tual" com o fascismo. A nação caraiba, de lacape na munheca, olha as comidas que vêm pulan d o . E ferve o eaiiini. Gulosíssima * V.ic haver prantos e ranger de dentes. * O nosso trofco clássico: o cra- n< o do inimigo. JAPY-MIRIM À pedidos (com vários dias d e atrazo) reportagem sensacional do sr. Y. de A. P . A avenida Brigadeiro' Luiz Antônio, re.i li/ou-se, ha dias, uma íesta cm homenagem ao poe ta w adenuco Alberto de Olivei ra. Ness;i festa tomaram parte os "modernistas" Mano de Andra d e , Paulo Prado. Guilherme de Almeida. Couto de Harros e An tônio de Alcântara Machado O sr. Alberto de Oliveira divcrtíu- se iiu ns.uni ntc fi < usta deles. JABOTI nós... pelas costas, eu nós... cegos (1 sr. tntonkj de Alcântara Ma chado, o nosso França Júnio r, eu revetl no *'l)iario de S. Pau- (-'" um actüro sob o Unndaato ti tulo de " N M « ^ rias*. E" o caso i!u pergunt armos ao sr. Alcân tara: - Sós, q uemi Noa, as ca aw a s de ferro de Ancbleas? Nos, os ( aixas d "óculos '' Nos, os mora dores da ma Sebastião Pereira? Ora. tire o eavallo da chuva. HKAZ BEXIGA dom de profecia O -r. Guilherme dfl Almeida pôdC não ser poeta. Mas rpic c protela, é. Num de seus primei ros atentados poéticos, o Pterre l.'iuis de celluloiile dtsSC assim: "Morrer. . . Pelos caminhos. Ir . branOO, ir muito fuo, li de roíipm ha nova. Aa mãos em cruz, o ornar da vidro, oa pés juntinhos: Ir assim para a cova!" Pois não foi assim mesmo qua o sr. Guilherme foi para a cova: de roupinba nova (a "Haca ") e de s junlinhos? li . |,...i gigam que ninguém é profeta em BU t'H i a ' JGLIO DANTI declaração i>. i :i•-(• desta eacfto, onde todos oa domingos vinha liando sua valiosa colaboração, BO InO- vfnaento, o pae da família cris tão, nua c urii dos mala i nfl uiu tes elemento! com que contara o outro lado. Temo s a registar, de Intimo muito contentes, que O referido fulano passou para o nosso lado. O pae de família agora convertido paaaaru a apa recer em nossas colunas • D ID 0 seu -verdadeiro nome. A redacio desta pagina Consi dera conversão do pae de fa- iiulia cris tão c omo tu11 dos pas ma niai. adiant ada! ab hoje da - dos no sentido da regi H dos nossos costumes. E espera que renham outros, qna este, o primeiro, ja foi comida, P 11 "Antrop ofagia é o i ulto ; i isi Ura instintiva da terra no- ii i cos, doa ídolos importados para ascensSo dos t otena raci aea. E* > própri a terra da iroeríca filtrando, ex- pressando através dos terapera- mentOa vassalos do s seus artis tas." (Oswald da Andrade! Na- Cen mais da necessidade de um povo do que dos requintes da Inteligência de um homem. E i it rar a sua verdadei ra historia nas próprias fontes da nacionalid ade. Porque de todoa os movimentos que 0 liras;! tem tido ale boje. antropofagia é, sem duvida, o «pie vem de mais fundo e que, por ISSO moino, se eleva rnaía alto. Não foi Inven tado. Nem Importado. Foi dea- cobei to, aqu i mesmo, po r Oswald de Andrade, que emontrou A ma expressão vocabular na pintura barbara a Inteiramente nova de Taraila do Amaral. Teve. i 0100 escola <le Inabilidade os seus precursores. Gomo movimento geral de idéas nal ivas e llbet la nas e aniço nos nossoa quatro séculos de existência. — "E' o garmao da tneoUlldade MUI Ira* combater na segunda guerra con tra esses mesmos emboaba] de OUtroa tempos , transf urinados agora em Ideaa, despidos da con tmgenci a fl aica e, assim, mais infillranles, nocivos B fortes, (Jurand yr M a n fr e d i n i ) "Antro pofagia e o principio da li.o io- nalizaçao Inteletual * moral da nossa bribu Somente ela - - dl/. Oswald de Andrade Identifica o conflilo existente entre o Bra si l (ai iiha, verdadeiro, e o ou- i ro que só traz o nome Porqua no Brasil ha a diMinuuir a elite. europea. do povo, In asileiro. 0* antropófagos preferem ficar com este, contra nqueln. Era lunvfti d0 inaiuelui o, d o em o|ieil ih S contente, do 1 1 aventureiro •bsoi i Ido pelo Indto, »• contra a mentalidade relnol, contra a cnl- i HI B ., idcntol, conti D o gover nador, cont ra o escrh ao, conti H 0 Santo Oficio, E assim têm a certesa de construir, no Brasil, a grandfl naçâO brasileira. |*oi q ue I descida antropol i^ica não e uma revolução lileraria. Nem social. Nem política Nem reli ^iosa. Ela é tudo isso ao mes ma tempo. I):i ao boiiiein o sentido verdadei ro da \ ida, cujo segredo está o qua os sábios ignoram - na transformação do tabu em lidem. A autoridade exterior, "ti melhor a interdição clirnatcrica no mais largo w ntido, é " labo Que é a antro pof agia^ A absor ção do ambiente, H> _ o-, ntn | » i oa nlo são modernistas. Para eles se toma plenamente Inútil rejuvenecer uma mentalidade que nlo os sa tisfaz. (Todas as nossas reh>r- mas, todas as nossas rcaco. s Continua Oswald de Andrade costumam ser feitas dentro d*> bonde da' (ivili/ação importada. Precisamoa saltar do bondai pre cisamos que imar o bonde) . Ma s lambem não são primilivislas Oswaldo Costa  lai.ee: se dev e i onfundir rolta ao estado natural d» que se quer) com \olta  ao estado primitivo ío que não interessa). 0 que se rjucr '" a simplicidade e nfia mu novo Nnturrili- nuai Iwm tom. Contra a baleza canonica, a bele za natural , feia, hrut t, barbara, ilógica. Instinto contra rernls. o selvagem sem as nu sangna «I a catoqin te. 0 selvagem i Mm ndo :i cab quésc. Sem a du vldn, sem dquer a presunção .ia existência da duvida: nu, naln- m í, antropófago". Essa abstra ção da duvida é que norteia a ua i le, por assim dl/cr, hostlll sadora da filosofia anlropofn !,-,i. Poi que a verdade « que os anl opofagos não têm a pn ocu- eni ial da Ir con ti a a ' i que eles nfto admitem ,. a n ia e a fradarls com»chaves do "tudo" '• do "nada", Para eles "tod a laglal açJo é pai I os proí s preconceitos lam bem. Quando oa aelvagena brasl- lelroa deglutiram l> Pedro Sar dinha nem suspeitaram que ele fosse bi spo. Cornaram o e mboa- ha, o invasor. Boje, i orno bon- lem, os antropófagos nfto pos suem que stões de ronha p essoal i i i orne, é a idéa. ti problema religioso já mara- , i o. aliás, uma formula concilia dora Rau l Bopp, i tn tonj a car ta dtvulgad i ii" Paraná, por Ju randyr Manfredini, fala das "|4 bem fundas raisea do catolicismo no Brasil". V. condiu- adiante: Mas, .om quatro seculoi da sol dessas latitudes, Q nosso povo hu Iszcndo uma reacomodaçâo aos catecismose sumas teologicaa Criou uma rellglftO I sua seme ihança. CatoUcismo gostoso, com mceSSOeS profanas. Com foguetes e festas do divino Com - i: -.iiii, dl São He nedirto, onde o negrn hrinca de bon a-' i, d i festa do CongO. O (JUC é. c. Não v: s i Isso. Nada <\- discor dam Eu s N . [tont o, .i i i' moa . i. ri.. Tudo aer- . na mesma fé os ri tuais da iii.ii Itniba c da missa do gnlo. < i ntinh os do ew |pul a- i io e iraquitan. Pode-se até, si \(»eés quixeran, aumentar o santoral brasilei ro: Noa aa , . Santo Antônio em Maria rins M .1 . ii i. . 11 cflboclu i ta muita fé" Cin promessas de ic- compensns pai a depobj da mor te, l ic p u fera aqui mesmo, a formula do "quero gosft 1 *, da Oa waldo Cosia. Respeita o padre e a policia, quando e pi < i fmai de contaa o que nos separa du catolicismo cateijiu i tina, o latim, o sermão, o Santo Oficio e o smal da cru/.. A pro- pi ia comunhão, em ultima ana- 11 .. , i, i> é mais do qua uni BOtO de antropofagia acovardada num •irabolo". III) — De tudo is... <• i. n -lue que ;t antro pof agia é I i c volta da alncerid ade n calcada durante quatrocentoa annos, A reação da paisagem con tra o tempo. Do nativo contra 0 impor tado. DO IngenUO contra 0 arti- íicioso. Da claridade natural contra a sombra da filosofia. Oa terra (que é nossa), contra a estranja (de outros) ou < > infi nito (sem dono). Da sensação espontânea contra moral, disciplina, o sistema. Da infe rioridade do mestiço que Iraba- d e antropofagia lha, contra a .supeeio idade du .o i-u rroi do pelo rii ío e p > 11 molea i das dccadci icfas o Brasil pi celsa volhir ao seu ei cia elemi ntar e an pi i doini niu dos sentidos. Criar por si nu m o a edade dO instinto (le qu. o exilaram." (Cloi Ia de (jusin in i "Somos u fruto de uma dcfornia- çflo Ín(|iiísitorial. t aduzida em português qulnbcnlUtn pela v lo- lenta ineiiiocrulaile 'to padre Vieira, afirma Uawald ilc An- di ade. Mas a falsif icação do nosso tipo nativo havia do aca bar com o BCOboa pela n ma inti L i ai antropo fagia. K dahi essa relvindi i ação do espirito natu ral a QJU0 se pu daria chamar 0 movimento rio Imincm, paralelo .^0 movimento da terra." A a ntropo fagia, cor rigiu a Impossibilidade do fecha mento dos portos pelo tilais m genuo e brasHairo processo na cionalisador qua i e«e da assl- milaçfto das qualidadem. Sá a co munbfto antropo fagica 1 esolverf o problema da formação da lln gua brasileira e OO Braall brasi lelro. Sem roupagens. Sem arti fícios. Cheio de areslas c de personalidade. Porque o Índio despido é a imagem decisiva do Ingênuo, do sincero, do realmen te Ju sto E' a expulsã o de iodos os adornos que sobravam. E que, por isso mesmo, nã o fazem falia. K' a fisionomia que se caraten/a p o r M mesma, agressiva. Bárba ra. Como a própria terra. Mas a lerra boiando nas lenda bra grande e ainda com BOSWlc imaginário fio umbebcal que a prendi a ao Vo crungaua que c o principio mais longf d, todas as A n o :i7ã da o Sardinha. deglutição do bis*- LE BON VIEUX TEMPS (Especial- pra nós) Varialions de Ia lumiérc dans un sahot de corne Les nez e n tromp ctt e jouent um- marcbc hxo ebrc et les tréflcs á quatre ícuillc^ annoncent le beau temps q u i a un rervcau d'enfant et dts.pattes de canard conune au temps des < qm mangent du pain' Mane quand ü ncige des ocufs aur Ia piai quand les pattes des moucbes inarquent le pas cn fabriquant des fautcuils de jaidni Peine perdue Le lable précha a Ia porte des grands magazma o u les rubans se font ftêches de premiei- ordre OU les es.ahers Iu'te0t * ontie des < ohques he|iall(llies. Les ncttls (liiens vont bieiltõt faire Ia i^uerre á Ia porte des detltistes qui n'en ont pas. UKNJAMIN pi:nr-r. São Paulo, 3 1 - 3 2'J. LEIA SEMPRE ESTA PAGINA PAGINA EXPERIMENTE A SUA INTELIGÊNCIA expediente d a revista de antropofa g i a 4 . numero (2." dentição). Quem não tem a coragem do seu sexo não tem co ragem para coisa alguma. GALEÃO C0UT1NHO. ANTROPOFAGIA Movimento do homem naciona lizando tudo o q ue a terra ainda nã o tinha podido nacio nalizar. No Brasil o pode haver mo dernismo porque nós jamais aluir unos uma culminância que dei 1 ter revii ida. Mas o predomín io da i bsunada mentalidade euclideana )á jogou por lerra a prosa hesuntadinha 8 finde de Machailo (le Assis C os -paslichamcnios antoniovieirls- mos dn nosso mai or fantasma gramatical, tis escritores realmente brasi leiros chegaram a conclusão de ipie nos precisamos formar uma nova fala muito nossa. Formar u ma ai te toda nossa. Tudo hos- so. Pau-Brasill B já foi mala ou menos dentro dessa finalidade q u e o nosso maior cérebro crea- O O r, OawaM Andra de, conce- heii o mo\ ImentO chamado An tro]... faKía. Antropofagia é a co- munhfto da carne paia o apro veltamento das qu alidadea fisi- CaS, inteletuacs e moi a > s. 1-' o movimento do "llomcm" nado- nalisandp tudo aquilo que a "ter ra" ainda o tinha podido na- cionaUzar ciovis IIK I;I SM\(> correspondência para: Geraldo Ferraz caixa postal, 1269 atletismo o brasileirinho passou remando firme na curva do rio com um livro de Nietzsche debaixo do braço e olhou de esgueio pra uma alemâzlnha gostosa que u mmulato magro espremia na margem esquerda do Tietê julio paternostro P U T I R U M Vamos lá pô putirum Putirum Putirum Eu vou lá comer tapioca Putirum Putirum Casão das farinhadas grandes Caboclas trabalham nos ralos mastigando cachimbo Chia a caroeira nos tachos Mandioca-puba pelos tipitis Joaninha Vintém conta um caso. .Causo de quê? — Qualquerum Vou contar causo do boto Putirum Putirum Amor chovi-á Chuve riscou Tava lavando roupa sozinha quando boto me pegou ô joaninha Vintém Boto era feio ou não? Ai, era um moço loiro, maninha, tocador de violão Me pegou pela cintura Depois o que aconteceu? Gente, Olha a tapioca embolando nos tacho:, Mas que boto safado Putirum Putirum Matar não é jamais roubar. 1 I)c Perít. ^^^^ (Outro pedaço de Cobra Raul BOPP Norato) d o marquez de Sade "Agora pergunto si é httta ;i le i (pie orde na fique te (pie nada tem, o respeito da propriedade daquele que tem tudo." TODOS OS ESCRITOS DESTA PAGINA SAO INÉDITOS. OS QUE NAO SAO historia do brasil e m 10 tomos a Rocha Pombo i Port ugal \ iu por acaso a ler ra escondida a se apossou dela. A gente l us a desorientad a em face daq uele impi'c\ Ist O 0Í0 pô de imaginar o que era aquela terra. Cuia ilh i perdida RO mar bnenSO, Mas se apossou e comu nicou O feito ao venturoao -Ma nuel, iodo contenta no sonho grandioso das conquista'. Dl li -i I da sua gente, que já bavia Ira- lailos do Indico. E agora um acaso lhe ira/ia a QOVa de mais uma (acanha que foi alem da Imagbiaçfto dos dis cípulos em s.i^i es. Na frota i abralin a \ iajava um •••a riba a oldo pai a relatai denti - lorn ento os c des daquelas jornadas . ra. K relatou o que viu, No s< u mamorial dfl posse falou da ter ra com ternura* molii ii 11 a era desl umbrant e i fn ca Kle viu logo q ue ela "ei a boa e fermosa". K ih li se |)K ssa de ' ir que "cm se plan tando (tal se a nela Indo". (ls hotn.ns de Icrrahm. uiuilo pediçSO c armados de morrões i rotei i oa enfrent aram as águas marinheiras ainda povoadaa de Bssombraçde&i E tentaram en« bar a lerra de Mente, mas ela era muito mande de nais, Por tugal era despovoado. Não Imha o habito da colonjxaçio, 1" oo- tneçou a in.,n.i. ii a lobra da sua gente pai a a ilha estranha. I Q- ino c ondenada Poi .pie a te i r a era longínq ua e o ra < pado an.ca. ;iv,l . . (Is anos se passaram l lusa rei» iosa foi -a abel rando dC uni lltOI ai MU I fim « ,i poni o .• pow o f.u s 1 - estendendo para o centro l de l do a lado nqueta j nio i gente percorri a a grande te rra, ceses, sem se Qpereci er da sen tama nho c o que significai am tantai istensòfs, enormes c miaterio dcacoberta uma tentativa de co mercio, os cil lUsadoS traficaram, aquela mercadoria. Mas sem usa- lodi . > m grande cubtea, os lu sos não soiiheram tirar os pro- eeltos oufl poderiam advir desse negocio -le tio boas parspa- divas. IV ii Bi asil f"i descoberto a sc- guadfl reS pelos fram-ezes. V Foi entfiO quando os iniciados em Ilirppc iram coniprehen de r un. Aquela h i ri IL i , uma colonização defi ciente era um paraíso de pro- imssao. E B f íi/ ( rain ao hlSgO íbiça das grandes clri- II VI IK pi ímitivoa donos sem se sperceberem <l" valor c grande za da t( i ra pow a imp ortâ nci a . novoi dommlos con (pnst.idos. O domínio lusilano deria interessar aos fran por isso que era desinte o pau VCIilielho Jn /nl com o i lugcstãi de luiui a. gran I ( ;.i um DOI " Ciclo. !• i i : i pr lll a CS press ão CO nomica que sui gla. t l l I i, mio |ue na- ..i dessa no' ressanti c áspero. B transpor os m n is . ra unia empre/a ai n-iad a d n.,,i pa: a tentar qualquer co mercio sistemático. E assim os ano-- dobraram a •• colonização f i,, , | lomOU cai ater mais s( 1 i... VI I Emrmsnlo Portugal nos envia- eus i olonos, da Franca vinham ate nos os seus melhores 1 i I- iiity I muil K ra um Coligny, o alnuraute; Viltegaignon, o petnaunanto pro* testanta... E das brumas da nova terra foi surgindo a Franca Antarctl- ca. La Ravadiéra, (.lande d'Ab- heville. Erfl o cn ti " bOCBlfl 'ir duas civilizações no desequilíbrio de ama cultura. VI M Os francezes advei llani ."' s lusos a significação OO DOVfl paiz. E Portugal despertou numa tentativa langumolenta de ex pulsão Os franoeaaa abandonaram a terra. M..s o espirito galico ncou e se Insinuou na alma tt* nova gente (pie se estava caldcumlu. Dolorosa foi essa separação ScparaçÃo vilal, tremenda 1 IX Terminado um ciclo colonlaL começou a comunhão do espi rito franco-brasUelro. E > Brasil não poderia separar se em espí rito do da m ganio dos gauleses. E a nossa historia se sucede ani mada aqui | ali por um vulto de França. Da século para século esse traço se adckaia. M;is se acentua, lini profundidad e. Uma explicação antropofagica desvenda um mundo d' Oswald de Andrade viu a ic- roluçAo Caraiba maior que a rc- voluçfto francesa. B acrescent a no manifesto antropol um nos a velha Kuroí m o g u e m I Aperitivo o h\ ro do ir, Paulo Pró*» prus'•' ando em todo " pai/. (- Cin 0 laP. a mera pali ,..r.. Ja •! i nossa gente. \: uinihi a 0 qu. i sia reagindo contra o li- \ in ilo -a . Pailla Prado é .< ui leli -. - i> ia n aci ona l (> (ls ro é |C UOl '. na . Ol, está 1 hei., de injn ítiças C nncrd.ides obn indo. Indigno do eape- rançnso c promissor talento do .1.- "1'aulisli- :.;.,'.', de ubserva- lilti de . . Puul i Pm !•• c não ha um .n lista, RUMum ar- i u, wfreuor, qu e ainda acredita na bcndodc hu - it eterni dada na ai te i ii... bons costumes portugueses. I.' um espirito á niar«em do srt nlo, e mdido, ingênuo, pi edo so, in. a pai <i e devorar com pra- / II e a ^oles de cauini uma ca nela do próximo. A simplicidade i om que cie se n (erc. dici u 'l e ho i mi , ao pc( tido sc.vual <• aos "vicios neíaiidos" do indio nã(i é . é lini I i a, • isso e qU« ., Xi epoca de Freud, ela [e visitador do S intfl "i - - I a ria Palmatória, abre • • prega moral ao ir o da lu/aria, insistindo cai meter na CabeÇfl dele o deses- |,eio do europeu podre < i iví- liznçno. II si . Paulo Prado te\e um tio : nir gloria foi ( igm u i 0- ,,. per lonagem pri ncq ial num pifio romance português, (Jut |,, ,i para a laimlia! Dahi po r diante o sr. Paulo Prado. qu. 'ia um interessante rap.tz. se pei-dcu inteiratnente. Ai nbott assim, so lo personagem principal. o erro gravíssimo 'te na vida íoi (.apistrano. CapístraDO era roniO essas BVÒfl (|Ue aos oi tenta anos ain da co nserva m i ,ia pubi i dade. E sabem i i onlam casos. Com da ta s crlns. Tud o certo. Quan do numa roda se Ida Da memória de <;i( an in cau. a velhinha vem a talhO de foice: "Isso U."ii é un noventa e n o \ i- ann os, leiuhr ava-se p cr ff lS V mente Perei- r;i. I in colosso" \ ( apislrano faltou senso his tórico Eli n ão '«'ve a menor in- do fenômeno brasi leiro, Nã" peneirou o vcidadeiio sen tido da conquista "espiritual" do mupeta — simples instrumento de dominação política da Contra- Rcforma não comp reendeu 0 i in. to  esseiRi.it  (Ia aetão íormi- ((:iVC ; dn liandciRÚTt-? - o poli- I r.moimco — não percebeu na nossa inquietude incessante a luta liomerica de libertação que a Inlropofagin identificou. Não \ale um suspiro a soa Mataria. I i bom arehivista. Faltava- Un rapucidada filosófica. l':rra ;H reditar servilmenlc em Cnpistrano o que e doloroso mim homem do seu talentf» in - rontcstavel — o sr. Paulo Prado cometeu aqueles absurdo* ineri- eis de atribuir ao ouro c á lu- Uirui Iodos 0S nossos excessos inlrililis. i a o si. Pau la Pr.ido enião nâo existe o interesse econômico.' Om bobagem 1 Mas ainda exisle, porvenlura, mesmo depois de i-eud bnbagiMi "[.ceado sexual'".' Outra ria sapier a sua de» laração dos direitos do bonsam. A unificação de todas as re voltas efficascfl na dbn hoinem." (Manifaato). X \ America revelou á Europa o borocrn simples, o homem na tural. Integrado na sua máxima expressão de liberdade. 1- aqueles homens simples man dados do Hrasil ã corte .1 l nBD ca , na i oi oaçao do Hei, estra abaram (pie se dignificasse o ho uiem fraco e unrrado, deixando a seu lado o Inmem [orle que indo pôde, (Historia de França)- B esse reflexo do homem forte c si mples impressionou o espi rito dos fii.isníos Montaigne. E ^ (pie era unia me ia sUgCStftO, mais tarda se positivou numa campa nha re h indicador a. A enciclopédia refWta esse espirito. Rouaseau nBo poderia Com «Per o contrato lOClal sem o exemplo dado pela simplicidade logii i dos aborígenes. E assim s, explica a Llg Ao filosófi ca da Pranca eterna ao Hiasil novo . mistérios... <l "snrrcabsiue", (pie um mo manto r onuink on ao espiri to francei ;i u íais i ntensa \ ibra çftu, existia no Caraiba como num •StadO latente. lado disso, o livro é dfl uma ingenuidade pasmosa. Petas de cronistas " tomadas como ri - ^oiiis. ( s verdades e passam como biubarys pelas maJhaa grossas tio critico pomo perspicaz Uabl resultou a falsidade do "retrato d-, brasil", tirado, naturalmente, mm aquelas velhíssimas machi- noji de apertar na borrarlunha que us.un os fotograf(ts de mil e quinhentos a duzía, do Jardim il a Lia. i, pois, que espanta c ia espíritos zarolhos é |USta. I m m.iu livro prlni ipalment e <juan<lo bem es- cripto nao agrada a nhlgueffli \o inve/ de chegar ás sua^ COD> i Uis..e s, <p u - são verdad eiras, por uieki de talsidades s*rm nenhuma i .,-... .le ser. o sr. PiunS» 1'iailo, M- nau fosse a snaia de '(-paler", teria dado, eertamenle UIILI ohra digna da sua inteligência e da sua cultura. S, encha , preferiu, entretanto, spoiar-sé ás muletas da moral rnropeia, as muletas do Santo Oficio, e o resultado C* Qjua se revelou, como fotografo, uni esplendido serinoiiista. índio pecando! O sr. Paulo Piadu ti- depoia de HavcllocJr El- li^' os limites do ' normal". i oo rVrouehfl ale o lar- chi P lysnndu' é nnriual. Do largU do l'a\sandll' Vil diante é nnui mal. Engraçadl ssii uo, I lido literatura. Tudo pOTCJUe " sr. Paula P rado t omou ;' sei i" •» sua nobre qualid ide de sobrinho do personagem principal.' I \ -1 VMI VliE* Magista d-:-.it le Atliavdc. na l.i .le M.ilaticm i ha na .. gentfl de ira cuiandu < onlea* ., M nl< afirma, ^ In w ud ilixill Depois dignm que não somos o s,. Ti sua ultima es riç "O Jornal "inagista". Ag tarem " que pequenada u adour Nem ludo que craace 1'errf. .,,. , . nduzem y n un- ,-smo antes t'e pi-stiiica- ;,,,,- nu.a (te.o'- lütraçftO osa. 1'i.iar.l de Ia I (d ratada co.»|.ar.ida | a Hiai 'ria da- Ri a> U m.-1

Upload: clownmunidade

Post on 14-Apr-2018

227 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Revista de Antropofagia, ano 2, n. 04, abr. 1929.pdf

7/30/2019 Revista de Antropofagia, ano 2, n. 04, abr. 1929.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/revista-de-antropofagia-ano-2-n-04-abr-1929pdf 1/2

g u e r r aDessa i ura rcnomeno

Varia eonfoi me o i limo.j4 o < "Eu nâo fui an\iado senfta -'s ovelhas que perw r» m da casa de Israel." i Mal i , , , , i i \ Idéa rrlat » queM |, ms funde no humano unls i rsal, de Justino, é desse mudo Inteiramente balsa. Deus é um espirito municipal. Jesus, dessepont o d( vi sta, era de uma Intransigência fero/ : "NÍO 6 Ilom ir i loa filhos e lançal-aa,,s cães", (Marcos, 7,27) 0cm toso, porem, í 'i l| t ' " cristlonismo acabou aa contentando com

Os filhos não autos a l t e i d e l e .

A o s c ã e s d e v e a Igl Imoral sentimental, conti

oi si i a lonal da Piai • Ive a teoria atotea da prm Idcncia,dr que s . apropriou Indebitamcn-te , 0 seu p r i m e i r o " g n l o " . Son â o d e v e .L sua i n t o l e r â n c i a . Ba-s.i nasceu de ai mesma a ri ir

. os p r i m e i r o s t e m p o s . JáCyprl mo dizia: "Nulla talua extra 11. lesiam."

*tnoi d.i hiiarca. Aceita

mos a guerra. Queremoa •i. "una loutea s"iii pniir

l i p e d i a ' dll l i é c l c d o n l nut r e t e i g T f c u r I h e u . p o t i r le p U g n i r[lerinet lea guerres, car amai lem a . n t i e i i l I V s c r i p t n r c " , c o n f o r m eas evenn a < • cand^dissimo Bonel(_ . e a h i s t o r i a do C r i s t i a n i s m osen," o a h i s t o r i a das g u e r r a s nes-tea v i n t e s é c u l o s ? O p a p a A d r i a no IV Já a f i r m a v a (pie t o d a sctei são justas... comtanto que

. i f e i t a s a o l l os a u s p í c i o s da' " S a n t a r e l i g i ã o " .

*P r o f e t a g o s t o s o era l a B U l

C r i s t o ! Vem p a r a s a l v a r os jud e u s e f o r a m os p u l i - u se t . i m c n l e — os u n n o s ([uc não

quiseram ser salvos.

revista de antropofagia( ó r g ão do clube

an t r o po f ag i a )

d e (2 .* den t i ç ão - - 4 . nu

m e r o ) .

\I. (.l MAS NOTAS SOBRE <> l|l li .1V SE TEMi . i:i n» í M TORNO I' v NOVA DESCIDAANTROPOFAGICA N\ NOSSA LITERATURA.

( l í e n u t i n i u - da S u c u r s a l do I t i o pra cá)

Contra a moral convencional,n - o r a l n e n h u m a . O p r o b l e m a doe u r o p e u d e s e s p e r a d o é não sof r e r . O n o s s o e ^ o s a r . d a n h a t n o sl o u n e . S a b e m o s que a I g r e j au m i n s t r u m e n t o de d o m i n a ç ã op o l í t i c a , • n a d a m a i s . D e s d es u b m i s s ã o á a u t o r i d a d e , do a p o s -t o l O P a u l o , a s u p l i c a a M a n oAurélio e Commodo, de Amena-goras, fcs i rasadas, a in quisição.D e p o i s t i v e m o s a h i l l a de PioVI I i; m o r a a a l i a n ç a " e s p i r i t u a l " com o f a s c i s m o . A n a ç ã oc a r a i b a , de l a c a p e na m u n h e c a ,o l h a as c o m i d a s que vêm p u l a n d o . E f e r v e o e a i i i n i . G u l o s í s s i m a

*V . i c h a v e r p r a n t o s e r a n g e r de

d e n t e s .

*O n o s s o t r o f c o c l á s s i c o : o cra-

n< o do i n i m i g o .J A P Y - M I R I M

À pedidos( c o m v á r i o s d ia s d e a t r a z o )

reportagem sensacionalN a r e s i d ê n c i a do sr. Y. de A.

P . A a v e n i d a B r i g a d e i r o ' L u i zA n t ô n i o , re.i l i / o u - s e , ha d i a s ,u m a í e s t a cm h o m e n a g e m ao p o e ta w a d e n u c o A l b e r t o de O l i v e i r a . N e s s ; i f e s t a t o m a r a m p a r t e os" m o d e r n i s t a s " M a n o de A n d r a d e , P a u l o P r a d o . G u i l h e r m e deA l m e i d a . C o u t o de H a r r o s e Ant ô n i o de A l c â n t a r a M a c h a d o Os r . A l b e r t o de O l i v e i r a d i v c r t í u -se iiu n s . u n i ntc fi < u s t a d e l e s .

J A B O T I

nós... pelas costas,eu nós... cegos

(1 sr. t n t o n k j de A l c â n t a r a Mac h a d o , o n o s s o F r a n ç a J ú n i o r ,e u r e v e t l no * ' l ) i a r i o de S. Pau-(-'" um actüro sob o Unndaato titulo de " N M «̂ rias*. E" o casoi!u perguntarmos ao sr. Alcân tara:

- Sós, quemi Noa, as caaw asde ferro de Ancbleas? Nos, os( a i x a s d " ó c u l o s '' Nos, os m o r a d o r e s da ma S e b a s t i ã o P e r e i r a ?

O r a . t i r e o e a v a l l o da c h u v a .H K A Z B E X I G A

dom de profeciaO -r. G u i l h e r m e dfl A l m e i d a

p ô d C não ser p o e t a . Mas r p ic cp r o t e l a , é. Num de s e u s p r i m e i r o s a t e n t a d o s p o é t i c o s , o P t e r r el . ' i u i s de c e l l u l o i i l e d t s S C a s s i m :

" M o r r e r . . . P e l o s c a m i n h o s .Ir . b r a n O O , ir m u i t o fuo, li

d e r o í i p m h a n o v a .Aa mãos em cruz, o ornar da

v i d r o , oa pés j u n t i n h o s :I r a s s i m p a r a a c o v a ! "Pois não foi assim mesmo qua

o sr. Guilherme foi para a cova:d e r o u p i n b a n o v a (a " H a c a ") ede pé s j u n l i n h o s ?

li . | , . . . i g i g a m que n i n g u é m ép r o f e t a em BU t'H i a'

J G L I O D A N T I

declaraçãoi>. i :i•-(• desta eacfto, onde

todos oa domingos vinha liandos u a v a l i o s a c o l a b o r a ç ã o , BO InO-vfnaento, o pae da família crist ã o , nua c urii dos mala influiutes elemento! com que contarao o u t r o l a d o . T e m o s a r e g i s t a r ,de Intimo muito contentes, queO r e f e r i d o f u l a n o p a s s o u p a r a o

n o s s o l a d o . O pae de f a m í l i aa g o r a c o n v e r t i d o p a a a a r u a a p a r e c e r em n o s s a s c o l u n a s • DID 0s e u - v e r d a d e i r o n o m e .

A r e d a c i o d e s t a p a g i n a C o n s i d e r a a c o n v e r s ã o do pae de fa-iiulia cris tão c omo tu11 dos pasma niai. adiant ada! ab hoje da-dos no sentido da regi Hd o s n o s s o s c o s t u m e s . E e s p e r aque renham outros, qna este, oprimeiro, ja foi comida,P

11 "Antrop ofagia é o i ulto;i isi Ura instintiva da terra no-

ii i cos , doaídolos importados para ascensSodos totena raci aea. E* •> própri a

terra da iroeríca filtrando, ex-pressando através dos terapera-m e n t O a v a s s a l o s do s s e u s a r t i s t a s . " ( O s w a l d da A n d r a d e ! Na-C e n m a i s da n e c e s s i d a d e de um

povo do que dos requintes daI n t e l i g ê n c i a de um h o m e m . E

i it rar a sua verdadei rah i s t o r i a nas p r ó p r i a s f o n t e s danacionalid ade. Porque de todoao s m o v i m e n t o s que 0 l i r a s ; ! temt i d o ale b o j e . a n t r o p o f a g i a é,s e m d u v i d a , o «pie vem de m a i sf u n d o e que, por I S S O m o i n o , seeleva rnaía alto. Não foi Invent a do . Nem Importado. Foi dea-cobei to, aqui mesmo, po r Oswaldde Andrade, que emontrou A mae x p r e s s ã o v o c a b u l a r na p i n t u r abarbara a Inteiramente nova deT a r a i l a do A m a r a l . T e v e . i 0100e s c o l a <le I n a b i l i d a d e os s e u sprecursores. Gomo movimentogeral de idéas nal ivas e llbet lanas e aniço nos nossoa quatros é c u l o s de e x i s t ê n c i a . — "E' o

garmao da tneoUlldade MUI Ira*c o m b a t e r na s e g u n d a g u e r r a c o n t r a e s s e s m e s m o s e m b o a b a ] deO U t r oa t e m p o s , t r a n s f u r i n a d o sagora em Ideaa, despidos da con

tmgenci a flaica e, assim, maisi n f i l l r a n l e s , n o c i v o s B f o r t e s ,( J u r a n d y r M a n fr e d i n i ) " A n t r o p o f a g i a e o p r i n c i p i o da li.o io-nalizaçao Inteletual * moral danossa bribu Somente ela - - dl/.O s w a l d de A n d r a d e — I d e n t i f i c ao c o n f l i l o e x i s t e n t e e n t r e o B r a si l (ai i i h a , v e r d a d e i r o , e o ou-i ro que só t r a z o n o m e P o r q u an o B r a s i l ha a d i M i n u u i r a e l i t e .

e u r o p e a . do p o v o , In a s i l e i r o . 0*antropófagos preferem ficar comeste , contra nqueln. Era lunvftid 0 i n a i u e l u i o, d o em o|ieil ih S

contente, do 1 1 aventureiro

•bsoi i Ido pelo Indto, »• contra amentalidade relnol, contra a cnl-iHI B ., idcntol, conti D o governador, cont ra o escrh ao, contiH

0 S a n t o O f i c i o , E a s s i m têm a

certesa de construir, no Brasil,a g r a n d f l n a ç â O b r a s i l e i r a . |*oiq ue I d e s c i d a a n t r o p o l i^ica nãoe uma r e v o l u ç ã o l i l e r a r i a . Nems o c i a l . Nem p o l í t i c a Nem r e l i^iosa. Ela é tudo isso ao mesmat e m p o . I):i ao b o i i i e i n o s e n t i d overdadei ro da \ ida, cujo segredoestá — o qua os sábios ignoram

- na t r a n s f o r m a ç ã o do t a b u emlidem. A autoridade exterior, "tim e l h o r a i n t e r d i ç ão c l i r na t c r i c ano mais largo w ntido, é " laboQue é a antro pofagia^ A absorção do ambiente,

H> _ o-, ntn | » i oa nlo sãomodernistas. Para eles se tomaplenamente Inútil rejuveneceruma mentalidade que nlo os satisfaz. (Todas as nossas reh>r-m a s , t o d a s as n o s s a s r c a c o . s —C o n t i n u a O s w a l d de A n d r a d e —costumam ser feitas dentro d*>b o n d e da' ( i v i l i / a ç ã o i m p o r t a d a .Precisamoa saltar do bondai precisamos queimar o bonde) . Mas

l a m b e m não são p r i m i l i v i s l a sO s w a l d o C o s t a cs.   l a i . e e : — Nãose deve i onfundir rolta ao estadon a t u r a l d» que se q u e r ) com\ o l t a  ao e s t a d o p r i m i t i v o ío que

n ã o i n t e r e s s a ) . 0 que se r j u c r '"a simplicidade e nfia mu novo

Nnturrili-nuai Iwm tom.

Contra a baleza canonica, a beleza natural , feia, hrut t,barbara, ilógica. Instinto contrarernls. o selvagem sem as nusangna «Ia catoqin te. 0 selvagemi Mm ndo :i cab quésc. Sem a duvldn, sem dquer a presunção .ia

e x i s t ê n c i a da d u v i d a : nu, n a l n -m í, antropófago". Essa abstração da duvida é que norteia aua i le, por a s s i m d l / c r , h o s t l l lsadora da filosofia anlropofn

!,-,i. Poique a verdade « que osanl opofagos não têm a pn ocu-

eni ial da Ir con ti a a' i que eles nfto admitem

,. a n ia e a fradarls com»chavesdo "tudo" '• do "nada", Para eles"tod a laglalaçJo é pai Ios proí s preconceitos lambem. Quando oa aelvagena brasl-lelroa deglutiram l> Pedro Sardinha nem suspeitaram que elefosse bi spo. Cornaram o emboa-ha, o invasor. Boje, i orno bon-lem, os antropófagos nfto possuem questões de ronha pessoal

i i i orne, é a idéa.ti problema religioso já mara-

, i o. a l i á s , uma f o r m u l a c o n c i l i adora Raul Bopp, i tn tonj a carta dtvulgad i ii" Paraná, por Jurandyr Manfredini, fala das "|4bem fundas raisea do catolicismono Brasil". V. condiu- adiante:Mas, .om quatro seculoi da sold e s s a s l a t i t u d e s , Q n o s s o p o v ohu Iszcndo uma reacomodaçâo

aos catecismose sumas teologicaaC r i o u uma r e l lg l f tO I sua s e m eihança. CatoUcismo gostoso, com

m c e S S O e S p r o f a n a s . Comf o g u e t e s e f e s t a s do d i v i n o Com

- i: - . i i i i , dl São Henedirto, onde o negrn hrinca de

bon a-' i, d i festa doC o n g O . O (JUC é. c. Não v: s

i Isso. Nada <\- discordam Eus N . [tonto, .i i i' moa

. i. ri.. Tudo aer-. na m e s m a fé os ri

t u a i s da iii. ii I tniba c da m i s s a dognlo. < i • intinh os do ew |pul a-

i io e iraquitan. Pode-se até,si \(»eés quixeran, aumentar osantoral brasilei ro: Noaaa

, . Santo Antônioe m M a r i a

rins M .1 . ii i. . 11 cflboclu it a m u i t a fé" Cin p r o m e s s a s de ic-compensns pai a depobj da morte, l ic p u fera aqui mesmo, aformula do "quero gosft1*, da Oawaldo Cosia. Respeita o padree a policia, quando e pi < ifmai de contaa o que nos separad u c a t o l i c i s m o c a t e i j i u it i n a , o l a t i m , o s e r m ã o , o S a n t oO f i c i o e o s m a l da c r u / . . A pro-pi ia c o m u n h ã o , em u l t i m a ana-11 .. , i, i> é m a i s do qua uni BOtOde antropofagia acovardada num•irabolo".

III) — De tudo is... <• i. n-lue que ;t antropofagia é I i cvolta da alnceridade n calcadadurante quatrocentoa annos, Areação da paisagem con tra ot e m p o . Do n a t i v o c o n t r a 0 i m p o r t a d o . DO I n g e n U O c o n t r a 0 a r t i -í i c i o s o . Da c l a r i d a d e n a t u r a lc o n t r a a s o m b r a da f i l o s o f i a . Oat e r r a (que é n o s s a ) , c o n t r a ae s t r a n j a (de o u t r o s ) ou <> i n f i

n i t o (sem d o n o ) . Da s e n s a ç ã oe s p o n t â n e a c o n t r a a m o r a l , ad i s c i p l i n a , o s i s t e m a . Da i n f e r i o r i d a d e do m e s t i ç o que I r a b a -

d e antropofag ia

lha, contra a .supeeio idade du.o i-u rroido pelo rii ío e p>11 molea i das dccadci icfas oB r a s i l pi c e l s a v o l h i r ao seu eicia elemi ntar e an pi i doini niudos sentidos. Criar por si num o a e d a d e dO i n s t i n t o (le qu.o exilaram." (Cloi Ia de (jusin in i"Somos u fruto de uma dcfornia-ç f l o Í n ( | i i í s i t o r i a l . t a d u z i d a emportuguês qulnbcnlUtn pela v lo-

l e n t a i n e i i i o c r u l a i l e 'to p a d r eVieira, afirma Uawald ilc An-di ade. Mas a falsif icação don o s s o t i p o n a t i v o h a v i a do a c a b a r c o m o B C O b o a p e l a n

ma inti L i ai antropofagia. K dahi essa relvindi i açãodo es p i r i t o na t u r a l a QJU0 se puda r i a c ha m a r 0 m o v i m e n t o rioI m i nc m , pa r a l e l o .^0 m o v i m e n t o

da terra." A antropo fagia, corrigiu a Impossibilidade do fechamento dos portos pelo tilais mgenuo e brasHairo processo nacionalisador qua i e«e da assl-milaçfto das qualidadem. Sá a comunbfto antropo fagica 1 esolverfo problema da formação da llngua b r a s i l e i r a e OO B r a a l l b r a s i

le lro. Sem roupagens. Sem artifícios. Cheio de areslas c depersonalidade. Porque o Índiodespido é a imagem decisiva doIngênuo, do sincero, do realmente Justo E' a expulsã o de iodosos adornos que sobravam. E que,p o r i s s o m e s m o , nã o f a z e m f a l i a .K' a f i s i o n o m i a que se c a r a t e n / a

p o r M m e s m a , a g r e s s i v a . B á r b a r a . C o m o a p r ó p r i a t e r r a . Mas a

l e r r a b o i a n d o nas l e n d ab r a g r a n d e e a i n d a com BOSWlci m a g i n á r i o fio u m b e b c a l que a

prendia ao Vocrungaua que c op r i n c i p i o m a i s l o n g f d, t o d a s as

A n o :i7ã dao S a r d i n h a .

d e g l u t i ç ã o do bis*-

L E B O N V I E U X T E M P S( E s p e c i a l - pra nós)

V a r i a l i o n s de Ia l u m i é r cd a n s un s a h o t de c o r n eLes nez en tromp ctt e jouent um- marcbc hxoebrcet les t r é f l c s á q u a t r e í c u i l l c ^a n n o n c e n t le b e a u t e m p sq u i a un r e r v c a u d ' e n f a n te t d t s . p a t t e s de c a n a r dc o n u n e au t e m p s des < •

qm mangent du pain' Manequand ü ncigedes ocufs aur Ia piaiq u a n d les p a t t e s des m o u c b e si n a r q u e n t le pasc n f a b r i q u a n t des f a u t c u i l s de j a i d n iP e i n e p e r d u eLe lable précha a Ia porte des grands magazmao u les r u b a n s se f o n t f t ê c h e s de p r e m i e i - o r d r eOU les e s . a h e r s I u ' t e 0 t * o n t i e des < o h q u e s h e | i a l l ( l l i e s .

L e s n c t t l s ( l i i e n s v o n t b i e i l t õ t f a i r e Ia i ^ u e r r eá Ia p o r t e des d e t l t i s t e squi n'en ont pas.

UKNJAMIN pi:nr-r.

São Paulo, 31 - 3 — 2'J.

LEIA SEMPRE ESTAPAGINA

QUE SERÁ* A SUAPAGINA

EXPERIMENTE A SUAINTELIGÊNCIA

expediente

d a

revista de antropofa

g i a

4 . numero

( 2 . " dent ição) .

Q u e m não tem a c o r a g e m do seu s e x o não tem cor a g e m p a r a c o i s a a l g u m a .

G A L E Ã O C 0 U T 1 N H O .

ANTROPOFAGIAM o v i m e n t o do h o m e m n a c i o n a l i z a n d o t u d o o q ue a t e r r aa i n d a nã o t i n h a p o d i d o n a c i o n a l i z a r .

N o B r a s i l nã o p o d e h a v e r mo d e r n i s m o p o r q u e nós j a m a i sa l u i r u n o s • uma c u l m i n â n c i aque dei 1 ter revii ida.

Mas o predomín io da i bsunadamentalidade euclideana )á jogoup o r l e r r a a p r o s a h e s u n t a d i n h a8 f inde de M a c h a i l o (le A s s i s Cos -paslichamcnios antoniovieirls-mos dn nosso mai or fantasma

gramatical,tis escritores realmente brasi

l e i r o s c h e g a r a m a c o n c l u s ã o dei p i e nos p r e c i s a m o s f o r m a r uman o v a f a l a m u i t o n o s s a . F o r m a ru m a ai te t o d a n o s s a . T u d o hos-so. Pau-Brasill B já foi mala oum e n o s d e n t r o d e s s a f i n a l i d a d eq u e o n o s s o m a i o r c é r e b r o c r e a -O O r, O a w a M A n d r a d e , c o n c e -he i i o mo\ I m e n t O c h a m a d o Ant r o ] . . . f a K í a . A n t r o p o f a g i a é a co-munhfto da carne paia o aproveltamento das qualidadea fisi-C a S , i n t e l e t u a c s e moi a> s. 1-' omovimento do "llomcm" nado-n a l i s a n d p t u d o a q u i l o que a " t e r r a " a i n d a nã o t i n h a p o d i d o na-cionaUzar

ciovis IIK I;I SM\(>

correspondência

p a r a :

Geraldo Ferraz

caixa postal, 1269

atletismoo brasileirinhopassou remando firmena curva do riocom um livro de Nietzschedebaixo do braçoe olhou de esgueiopra uma alemâzlnha gostosaque u mmulato magroespremiana margem esquerda do Tietê

julio paternostro

P U T I R U MVamos lá pô putirumPutirum PutirumEu vou lá comer tapiocaPutirum Putirum

Casão das farinhadas grandesCaboclas trabalham nos ralosmastigando cachimboChia a caroeira nos tachosMandioca-puba pelos tipitis

— Joaninha Vintém conta um caso.— .Causo de quê? — Qualquerum— Vou contar causo do boto

Putirum PutirumAmor chovi-á

Chuve riscouTava lavando roupa sozinhaquando boto me pegou

— ô joaninha VintémBoto era feio ou não?— Ai, era um moço loiro, maninha,tocador de violão

Me pegou pela cintura— Depois o que aconteceu?

Gente,Olha a tapioca embolando nos tacho:,

Mas que boto safadoPutirum Putirum

M a t a r não é j a m a i s r o u b a r . —

1 I)c Per ít . ^ ^ ^ ^

(Outro pedaço de Cobra

Raul BOPP

Norato)

d o marquez de Sade

" A g o r a p e r g u n t o si é h t t t a ;ile i (pie o r d e n a f i q ue t e (pie n a d atem, o respeito da propriedade

d a q u e l e que tem t u d o . "

TODOS OS ESCRITOSDESTA PAGINASAO INÉDITOS.

OS QUE NAO SAOA GENTE AVISA

historia do brasil

e m 10 tomos

a Rocha Pombo

iPortugal \ iu por acaso a ler

ra escondida a se apossou dela.A g e n t e l us a d e s o r i e n t a d a em

f a c e d a q u e l e i m p i ' c \ I s tO 0Í0 pôd e i m a g i n a r o que era a q u e l at e r r a . C u i a ilh i p e r d i d a RO marb n e n S O , Mas se a p o s s o u e c o m u n i c o u O f e i t o ao v e n t u r o a o -Man u e l , i o d o c o n t e n t a no s o n h og r a n d i o s o das c o n q u i s t a ' . Dl li -i Ida sua gente, que já bavia Ira-

l a i l o s doIndico.

E a g o r a um a c a s o lhe i r a / i aa QOVa de m a i s uma ( a c a n h a quefoi alem da Imagbiaçfto dos discípulos em s.i^i es.

Na frota i abralin a \ iajava um

•••a riba a • oldo pai a relataidenti - lorn ento os cd e s d a q u e l a s j o r n a d a s .ra. K relatou o que viu, No s< umamorial dfl posse falou da terra com ternura* moliiii 11 a era desl umbrante i fn caKle viu logo que ela "ei a boa ef e r m o s a " . K ih li se |)K ssa de

' ir que "cm se p l a n t a n d o (tal se a n e l a I n d o " .

( l s h o t n . n s de I c r r a h m . u i u i l o

p e d i ç S O c a r m a d o s de m o r r õ e si rotei i oa enfrent aram as águasmarinheiras ainda povoadaa deBssombraçde&i E tentaram en«• bar a l e r r a de Mente, mas ela

e r a m u i t o m a n d e de n a i s , P o r t u g a l era d e s p o v o a d o . Não I m h ao habito da colonjxaçio, 1" oo-tneçou a in.,n.i. ii a lobra da suag e n t e pai a a i l h a e s t r a n h a . I Q-ino c ondenada Poi .pie a tei r aera longínqua e o ra <p a d o a n . c a . ;iv,l . .

( I s a n o s se p a s s a r a m llusa rei» iosa foi -a abel randodC uni lltOI ai MU I fim « ,i p o n i o.• pow o f.u s1- estendendo parao centro l de l do a lado nqueta j nio igente percorri a a grande te rra, ceses,sem se Qpereci er da sen tamanho c o que significai am tantaiistensòfs, enormes c miaterio

d c a c o b e r t a uma t e n t a t i v a de com e r c i o , os cil l U s a d o S t r a f i c a r a m ,Iranaportando para aa estranjasaquela mercadoria. Mas sem usa-lodi . > m grande cubtea, os lusos não soiiheram tirar os pro-eeltos oufl poderiam advir dessenegocio -le tio boas parspa-d i v a s .

IV

ii Bi a s i l f"i d e s c o b e r t o a sc-g u a d f l reS p e l o s f r a m - e z e s .

V

F o i e n t f i O q u a n d o os i n i c i a d o se m I l i r p p c \ i r a m • c o n i p r e h e nde r un. A q u e l a h i ri IL

i , uma colonização deficiente era um paraíso de pro-i m s s a o . E Bf íi/ ( r a i n ao hlSgO

íbiça das grandes clri-II

VIIK pi í m i t i v o a d o n o s sem se

sperceberem <l" valor c grandeza da t( i ra pow a imp ortâ ncia

. novoi dommlos con( p n s t . i d o s . O d o m í n i o l u s i l a n o

d e r i a i n t e r e s s a r aos f r a np o r i s s o que era d e s i n t e

op a u V C I i l i e l h o J n / n l c o m o

i lugcstãi de luiui a. gran

I ( ;.i um DOI " C i c l o .!• i i :i pr lll a C S p r e s s ã o CO

nomica que sui gla.t l l

I i, mio |ue na- ..i dessa no'

ressanti c áspero. B transpor osm n is . ra u n i a e m p r e / a ai n - i a d a• d n.,,i pa: a tentar qualquer comercio sistemático. E assim osano-- dobraram a •• colonizaçãof i,, , | lomOU cai a t e r m a i ss( 1 i...

VI IEmrmsnlo Portugal nos envia-

eus i olonos, da Francav i n h a m ate nos os s e u s m e l h o r e s

1 i I- i i i ty I m u i l

K ra um C o l i g n y , o a l n u r a u t e ;Viltegaignon, o petnaunanto pro*testanta...

E das b r u m a s da n o v a t e r r afoi surgindo a Franca Antarctl-ca. La Ravadiéra, (.lande d'Ab-h e v i l l e . E r f l o c n t i " bOCBlf l 'ir

duas civilizações no desequilíbriode ama c u l t u r a .

VI M

Os francezes advei llani ."' sl u s o s a s i g n i f i c a ç ã o OO DOVflpaiz.

E Portugal despertou numat e n t a t i v a l a n g u m o l e n t a de exp u l s ã o

Os franoeaaa abandonaram at e r r a .

M..s o espirito galico ncou es e I n s i n u o u na a l m a tt* n o v ag e n t e (pie se e s t a v a c a l d c u m l u .

D o l o r o s a foi e s s a s e p a r a ç ã oS c p a r a ç Ã o v i l a l , t r e m e n d a 1

IXT e r m i n a d o um c i c l o c o l o n l a L

c o m e ç o u a c o m u n h ã o do e s p i r i t o f r a n c o - b r a s U e l r o . E >• B r a s i ln ã o p o d e r i a s e p a r a r se em e s p í

r i t o do da m g a n i o dos g a u l e s e s .E a n o s s a h i s t o r i a se s u c e d e a n i m a d a a q u i | ali por um v u l t o de

França. Da século para séculoe s s e t r a ç o se a d c k a i a . M;is sea c e n t u a , l i n i p r o f u n d i d a d e .

Uma explicação antropofagicadesvenda um mundo d'

O s w a l d de A n d r a d e viu a ic-roluçAo Caraiba maior que a rc-voluçfto francesa. B acrescentano manifesto antropolum nos a velha Kuroí

m o g u e mI A p e r i t i v o

o h\ ro do ir, Paulo Pró*»pr us ' • ' ando em todo " pai/. (-

Cin 0 laP. a m er a pa l i ,..r..

Ja •! i nossa gente. \: u i n i h i a

0 qu. i sia reagindo contra o li-\ in ilo -a . P a i l l a P r a d o é .< uileli -. - i> ia n aci ona l (> (ls ro é

|C UOl ' . na . O l , es tá

1 hei., de i n j n í t i ç a s C n n c r d . i d e sobn indo. Indigno do eape-

rançnso c promissor talento do. 1 . - " 1 ' a u l i s l i -

: . ; . , ' . ' , de ubserva-lilti de

. . P u u l i Pm !•• c não ha

um .n lista, RUM um ar-i u, wfreuor, quea i nda a c r ed i t a na b c n d o d c hu -

it eterni dada na ai te ii i . . . bons costumes portugueses.I.' um e s p i r i t o á n i a r « e m dosrt nlo, e mdido, ingênuo, pi edoso, in. a pai <ie devorar com pra-/ I I e a ^ o l e s de c a u i n i uma can e l a do p r ó x i m o . A s i m p l i c i d a d ei om que cie se n (erc. dici u 'l eho i mi , ao pc( t ido sc . vua l <• aos" v i c i o s n e í a i i d o s " do i n d i o nã(i é

. é lini I i a, • i s s o e qU«., Xi epoca de Freud, ela

[ e v i s i t a d o r do S in t f l"i - - I a ria P a l m a t ó r i a , a b r e

• • p r e g a m o r a l ao

ir o da l u / a r i a , i n s i s t i n d oc a i m e t e r na Ca be Çf l de le o d e s e s -| , e i o do e u r o p e u p o d r e < i iví-liznçno.

II si . P a u l o P r a d o te\e um tio: nir g l o r i a foi ( igm u i 0-

,,. per lonagem pri ncq ial numpifio romance português, (Jut|,, ,i p a r a a l a i m l i a ! D a h i po rd i a n t e o sr. P a u l o P r a d o . qu. ' i aum interessante rap.tz. se pei-dcuinteiratnente. Ai nbott assim, so

lo personagem principal.o erro gravíssimo 'te na

vida íoi (.apistrano. CapístraDOe r a r on iO e ssa s BVÒf l (|Ue aos oit e n t a a n o s a i n d a c o n s e r v a m J

i ,ia p u b i i d a d e . E s a b e mi i o n l a m c a s o s . Com da

ta s • c r l n s . T u d o c e r t o . Q u a n d on u m a r o d a se Ida Da m e m ó r i ade <;i( an in cau. a v e l h i n h a vem at a l h O de f o i c e : — " I sso U . " i i é

u n n o v e n t a en o \ i- a n n o s , l e i u h r a v a - s e p cr ff lS V

mente Perei-r ; i . I in c o l o s s o "

\ ( a p i s l r a n o f a l t o u s e n s o h i s t ó r i c o Eli n ão '«'ve a m e n o r in-

d o f e n ô m e n o b r a s i l e i r o ,N ã " p e n e i r o u o v c i d a d e i i o s e n t i d o da c o n q u i s t a " e s p i r i t u a l " domupeta — simples instrumentode dominação política da Contra-Rcforma não comp reendeu 0i in. to  e s s e i R i . i t   (Ia a e t ã o í o r m i -

((:iVC ; dn l ia ndc iRÚTt- ? - o p o l i -I r . m o i m c o — não p e r c e b e un a n o s s a i n q u i e t u d e i n c e s s a n t e aluta liomerica de libertação quea Inlropofagin identificou. Não\ a l e um s u s p i r o a soa M a t a r i a .I i bom a r e h i v i s t a . F a l t a v a -Un rapucidada filosófica.

l ' : r r a ;H r e d i t a r s e r v i l m e n l c emCnpistrano o que e dolorosom i m h o m e m do seu ta le n t f » in -

r o n t c s t a v e l — o sr. P a u l o P r a d oc o m e t e u a q u e l e s a b s u r d o * i n e r i -• eis de a t r i b u i r ao o u r o c á lu-U i r u i I o d o s 0S n o s s o s e x c e s s o si n l r i l i l i s .

i a o si. Paula Pr.ido eniãon â o e x i s t e o i n t e r e s s e e c o n ô m i c o . 'O m b o b a g e m 1 Mas a i n d a e x i s l e ,p o r v e n l u r a , m e s m o d e p o i s de1 i-eudbnba giMi

" [ . ceado sexual ' " . ' Outra

r i a s a p i e r a sua de» l a r a ç ã o dosdireitos do bonsam.

A u n i f i c a ç ã o de t o d a s as rev o l t a s e f f i c a s c f l na dbnhoinem." (Manifaato).

X\ A m e r i c a r e v e l o u á E u r o p a

o b o r o c r n s i m p l e s , o h o m e m nat u r a l . I n t e g r a d o na sua m á x i m ae x p r e s s ã o de l i b e r d a d e .

1- a q u e l e s h o m e n s s i m p l e s m a n d a d o s do H r a s i l ã c o r t e .1 l nBDca , na i oi o a ç a o do Hei, e s t r aabaram (pie se dignificasse o hou i e m f r a c o e u n r r a d o , d e i x a n d oa seu l a d o o I n m e m [ o r l e queindo pôde, (Historia de França)-B esse reflexo do homem fortec si mples impressionou o espirito dos fii.isníos Montaigne. E^ (pie era unia me ia sUgCS tf tO,m a i s t a r d a se p o s i t i v o u n u m acampanha re h indicadora.

A enciclopédia refWta esseespirito. Rouaseau nBo poderiaCom «Per o c o n t r a t o l O C l a l sem oex em p l o da do pe l a s i m p l i c i da de

logii i dos aborígenes. E assim s,explica a LlgaçAo filosófi ca daP r a n c a e t e r n a ao H i a s i l n o v o .

m i s t é r i o s . . .< l " s n r r c a b s i u e " , (pie um momanto ronuink on ao espiri tofrancei ;i uíais i ntensa \ ibraçftu,j ã e x i s t i a no C a r a i b a c o m o num• S t a d O l a t e n t e .

l a d o d i s s o , o l i v r o é dfl umaingenuidade pasmosa. Petas dec r o n i s t a s sã " t o m a d a s c o m o ri -^ o i i i s .( s v e r d a d e s e p a s s a m c o m obiubarys pelas maJhaa grossastio critico pomo perspicaz Uablr e s u l t o u a f a l s i d a d e do " r e t r a t od-, b r a s i l " , t i r a d o , n a t u r a l m e n t e ,m m a q u e l a s v e l h í s s i m a s m a c h i -noji de a p e r t a r na b o r r a r l u n h aq u e u s . u n os f o t o g r a f ( t s de mil eq u i n h e n t o s a d u z í a , do J a r d i mil a Lia .

i , p o i s , que e s p a n t a ci a e s p í r i t o s z a r o l h o s é|US ta . I m m.iu l i v r o —

p r l n i i p a l m e n t e < j u an < l o bem es-c r i p t o nao a g r a d a a n h l g u e f f l i\ o i n v e / de c h e g a r ás sua^ COD>i Uis..es, <pu- são verdad eiras, poruieki de talsidades s*rm nenhumai .,-... .le ser. o sr. PiunS» 1'iailo,

M- nau fosse a snaia de '(-paler",t e r i a d a d o , e e r t a m e n l e U I I L I o h r ad i g n a da sua i n t e l i g ê n c i a e dasua cultura. S, encha, preferiu,entretanto, spoiar-sé ás muletasda moral rnropeia, as muletas doSanto Oficio, e o resultado C* Qjuase revelou, como fotografo, unie s p l e n d i d o s e r i n o i i i s t a . (» í n d i op e c a n d o ! O sr. P a u l o P i a d u ti-

depoia de HavcllocJr El-l i ^ ' os l i m i t e s do ' n o r m a l " .i oo rVrouehfl ale o lar-

chi P l y s n n d u ' é n n r i u a l . Dol a r g U do l ' a \ s a n d l l ' Vil d i a n t e énnui mal. Engraçadl ssii uo, I lidol i t e r a t u r a . T u d o p O T C J U e " sr.Paula P rado tomou ;' sei i" •» suanobre qualid ide de sobrinho dopersonagem principal.'

I \ -1 VMI VliE*

Magi s t a d-:-.itl e A t l i a v d c . nal.i .le M. i la t ic m

i ha na .. gentfl deira cuiandu < onlea*., M nl< afirma, ^

• • •

Inw udilixill

Depois dignm que não somos•

o s,. Tis u a u l t i m a esriç "O Jornal"inagista". Agtarem " quep e q u e n a d a u

a d o u r

Nem ludo que craace1'errf.

.,,. , . nduzem y n un-,-smo antes t'e pi-stiiica-;,,,,- nu.a ( te . o ' - lü t r a ç f tOo s a .

1'i.iar.l de Ia I( d r a t a d a c o . » | . a r . i d a| a Hiai 'ria da- Ri a>

U m . - 1

Page 2: Revista de Antropofagia, ano 2, n. 04, abr. 1929.pdf

7/30/2019 Revista de Antropofagia, ano 2, n. 04, abr. 1929.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/revista-de-antropofagia-ano-2-n-04-abr-1929pdf 2/2

BRASILIANA DIGITAL

ORIENTAÇÕES PARA O USO

Esta é uma cópia digital de um documento (ou parte dele) quepertence a um dos acervos que participam do projeto BRASILIANAUSP. Trata‐se de uma referência, a mais fiel possível, a um

documento original. Neste sentido, procuramos manter aintegridade e a autenticidade da fonte, não realizando alterações noambiente digital – com exceção de ajustes de cor, contraste edefinição.

1. Você apenas deve utilizar esta obra para fins não comerciais. Os livros, textos e imagens que publicamos na Brasiliana Digital sãotodos de domínio público, no entanto, é proibido o uso comercialdas nossas imagens.

2. Atribuição. Quando utilizar este documento em outro contexto,

você deve dar crédito ao autor (ou autores), à Brasiliana Digital e aoacervo original, da forma como aparece na ficha catalográfica(metadados) do repositório digital. Pedimos que você nãorepublique este conteúdo na rede mundial de computadores(internet) sem a nossa expressa autorização.

3. Direitos do autor. No Brasil, os direitos do autor são reguladospela Lei n.º 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998. Os direitos do autorestão também respaldados na Convenção de Berna, de 1971.Sabemos das dificuldades existentes para a verificação se um obrarealmente encontra‐se em domínio público. Neste sentido, se você

acreditar que algum documento publicado na Brasiliana Digitalesteja violando direitos autorais de tradução, versão, exibição,reprodução ou quaisquer outros, solicitamos que nos informeimediatamente ([email protected]).