revista de antropofagia, ano 1, n. 08, dez. 1928.pdf

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    ANO I - N UM ERO 8 5 0 0 R S . D E Z E M B R O - 1 9 2 8

    Revista de AntropofagiaDirecco de ANTNIO DE ALCNTARA MACHADO Gerncia etc. de RAUL BOPPEndereo: 13, RUfl BEHJflMIH COMSTflMT - r Pa. Sala 7 ~ CAIXA POSTAL I . 1.269 - S O P A U L OP E S C A R I A

    Hoover vem a. Quando le se candidatou presidncia norte-americana o Brasilcafeeiro vetou seu nome. Foi das cousas maisengraadas desta terra to engraada alm deessencialmente agrcola. Agora esto sendopreparadas manifestaes oratrias. Est claro que est certo.Hoover vem a e vem pescando. 0 batalho de jornalistas que o acompanha radio-telegrafa todos os dias contando os sucessosda pescaria. Nem tubaro tem refugado dean-te da isca. E o presidente sorri cada vez maiscontente da vida.Hoover vem a. Vem pescando no mar.E desce de anzol feito bengala. Na terra continua a pescaria. Daqui a pouco a costa sul-americana do Pacf ico est no papo. E' ssubstituir a minhoca da isca. 0 pessoal todoj abriu a boca esperando as comidinhas irresist veis: panamericanismo, fraternidade continental , a Amrica dos americanos.Hoover vem a. Vem a e vem pescandoperguntar que f im levaram as nossas tradies antropfagas.Brasil , meu amor, voc tambm viroupeixe?

    ANTNIO DE ALCNTARA MACHADO

    A N E C D O T A D A B U L G R I A

    Era uma vez um kzar naturalistaque caava homens.Quando lhe disseram que tambm

    se caam borboletase andor inhas,

    elle ficou muito espantado,e achou uma barbaridade.

    (Belo-Horizonte)

    CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

    "A'S VEZES ASSENTAVA-ME SOBRE UMA PEDRA OU SOBRE ALGUM TRONCODE MADEIRA RODEIADO DE TRINTA OU QUARENTA NDIOS. CONTAVA COUSASDA EUROPA PROCURANDO EXPLICAR-ME POR MEIO DE IMAGENS. ELLES IMA-GDNAVAM QUE O BRA SIL FO SSE TODO 0 MUN DO; ADMIRAVAM-SE POIS OUVINDO DIZER QUE ALEM DO GRANDE RIO (OCEANO) EXISTIA A EUROPA DIVIDIDA EM MUITOS PAIZES DE LNGUAS DIFFERENTES ETC; O CUMULO DE ADMIRAO ERA SIGNIFICADO POR SONORA GARGALHADA."

    P. Nicolau Badariof t i - E xplora o no Matto Gorsso - p. 6 9

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    R e v i s t a d e A n t r o p o f 8 ' a

    M A N H S I N H AUm homem . Dois home ns.Trs homens.Os parallelepipedos lustrososescorriam guados autos barulhentosda Prefeitura Municipal.Quatro homens.Cinco homens que gastam 4.000 caloriasentraram na Fabrica.No 6. Andaruma mulher debruou-se na sacadacom o corpo quenteamassado numa cama de fer ro . . .O dia vinha chutando

    OXYGENIOno f im da rua . . .O chamin da Fabricapreto esguioque tinha jogado petcaa noite inteirinhacom a lua de courosoltou uma fumaa parda.(Rio de Janeiro)

    JLIO PATERNOSTRO

    S o c i e d a d e C a p i s t r a n od e Ab reu(45, rua Capistrano de Abreu

    Rio de Janeiro)est publicando o edital para o

    CONCURSO DE 1929com a tese

    " O R I O S O F R A N C I S C ONA

    H I S T O R I A D O B R A S I L "

    A A N T R O P O P H A G I A E MC A M P I N A S

    D i z e m os t o l o s que a a n t h r opopha g i a de s a p -pareceu de nossa boa te r ra bras i l i ca .Q ue s a r a m b s e que s a r a m be l e s ! Se ha c ous avinculada a lma bras i l e i ra es te pequeno e in-nocente v ic io guloso que levava a ve lha india conver t ida a pedi r in extremis ao seu confessor umde d i nho de c u r um i m a c hupa r !Ouam os povos a ver id ic i ss ima hi s tor ia campinei ra que lhes vou contar . E ref l i c tam: a voz dainfncia a voz de Deus! e a voz da Deusa que ,na opinio dos hor r ip i l an tes e fe l i zmente defuntos gregos e romanos , habi tava o fundo dos poos .A s s i m , um i n f a n t e c a m pi ne i r o , pe l a s pa l a v r a sda s ua i nnoc e nc i a , t r a h i r e s t a p r e oc c upa o r a c ia l in tensa da gente do Bras i l (com s e com z) : AA N T H R O P O P H A G I A .A s s a s s i na r a m ha t e m po um c o i t a do de um c a m p i ne i r o que de i xou e no r m e f i l ha r a da num a p i nda" d i s g r a c i a da " ou a n t e s " i nd i s g r a z i a t a " c om o nose ns i na o nos s o g r a nde J u Ba na n r e , b r a s i l e i r o" i n l u s t r e " .Um de seus pequenos foi recolhido casa debom e r i co par ente que deu op t ima vid a ao t a lcr i l a . Tinha e l l e seus t rs annos . Passados uns me-z e s f oi o pe que no r e c l a m a d o po r um t i o pa t e r noque pe d i u l ho m a nda s s e m , po r uns d i a s , a f i m deq u e c o n h e c e s s e o s p r i m i n h o s . . .Poz - s e o t yp i nho a u r r a r de s e s pe r a da m e n t e , noauge do desespero . "No ul t imo!" como se d iz noOeste . "No quero i r para a casa de Ti t io! Noque r o ! E l l e n o t e m o que c om e r ! E l l e n o t e m oque c om e r ! "F i c ou o p r o t e c t o r a bys m a do c om a a t t i t ude dope que no! S i m s e nhor ! Q ue gue l a s e p r e pa r a vaal l i ! Que suje i t inho in teresse i ro e safadinho! Que gu i a ! Re s o l ve u po i s i n t e r pe l l a l - o : Q ue h i s t o r i a e s t a ? Po r que n o que r voc i r para a casa de seu t io , seu diabinho?D e r r e t i do e m l a g r i m a s poz - s e o m e n i no a be r r a r , e s pe r ne a ndo c om o o c l s s i c o pos s e s s o :

    Fo i V oc m e s m o qu e m d i s s e que e l l e n otem o que comer . Se e l l e no tem Q que c ome r c a pa z de m e c om e r ! E ' c a pa z de m e c om e r ! E ' c a pa z de m e c om e r !Era a voz dos ances t res ! Era a voz da ve lhado c u r um i m ! Er a a voz g r a ve e m a ge s t os a do ve l ho Br a s i l que r e s u r g i ndo e c hoa va e m Ca m pi na s !E d i ga - s e de po i s d i s t o que a a n t h r opopha g i ade s a ppa r e c e u do Br a s i l ! que n o a n i c a l e g i t i m a m a n i f e s t a o de s t e s Br a s i s hod i e r nos !E que nes tes no ha lugar , para a Revista daAnthropophagia. T a n t a n s ! B u c u v a s ! S a r a m b s !S a r a r s !

    ( CA MPI N A S)UBALDINO DE SENRA

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    i e v i s t a d e A n t r o p o f a g i aU M A R E Z O L U O H E R I C A SEBASTIO DUS

    En t re o chi r r i a r ins i s tentedos gr i los , o coaxar das rs ea segunda soca dos canavia i s mes i tue i ha um mez. Nos l imi tesda ho r t a j a r d i m e a e nc os t a dom on t e ha t a m b m o ba r u l ho dor iacho que se despeja pe la b ican o b a n h e i r o a r r u i n a d o .Como tudo a l i e le recorda apoca de t empos out ros que dever iam ter s ido melhores . Havianas coizas um ar abat ido respi r a ndo m e l a nc l i c a r e z i gna o :s o t e r rao a l to pers i s t i a a l t ivam e n t e nob r e m a u g r a do os a n -dra jos de c imento que lhe enc h i a m a s f e nda s .

    com out ros poetas .D e z a n i m a do m e s e n t i ndo i n capaz de pensar coizas absurdasrezolvi escrever uma car ta cujotema fosse um que eu vi ra numSecre tar io Universa l "a um par e n t e t r a ns v i a do a c ons e l ha ndo- ovol tar a t r i lhar a senda do bem".Escrevi 29 l inhas sem ent rar noassunto . Receei ba ter o 31 ou a31 sem consegui r pr inc ipiar . Tente i recordar todas as pr imei rasf razes dos romances que eu j t inha l ido. Comecei pe la "Vol taao Mundo por Dois Garotos" (4Vols .) - No me lemb rei . Seguiprs "20 Mi l Lguas Submar i -

    que o re lo j io fosforecente dttem a r c a s s e .Pense i nas cauzas da minhaatua l vacuidade de espi r i to ; aauzencia da poss ibi l idade prxi m a dum a a ve n t u r a a m or oz am a i s ou m e nos c om pl i c a da de via cont r ibui r mais que a fa l t ade sensaes daquela v ida mon t ona .O candie i ro por cauza dopouc o que r oz e ne a m e a a va a pa gar e a noi te me engul i r i a comtoda a sala e mais a caza. A luzera por tanto necessr ia . Era anica defeza que eu possuia naquele ins tante cont ra a ameaa

    A sala ampla que devia t e rs ido de viz i t as onde eu dormiac om m e u i r m o e m r e de s , qepe l a m a nh e n r o l va m os e pe n du r va m os nos p r p r i o s t o r noses tava f r i a na noi te humida .Fo r a o s e r e no i a a pa ga ndoi ne xor a ve l m e n t e um a po r um aas luzes dos cassacos .A l gum a s r e c a l c i t r a va m m a st inham de ceder fora maiorda ob r i ga o do t r a ba l ho m a t i na l . Diante do candie i ro a gaz or om a nc e n o c ons e gu i a m e i n teressar . Levante i a cabea , t i re ios culos, fechei os olhos e f izfora pra d izer um soneto deCruz e Souza . No consegui . Fiza m e s m a e xpe r i nc i a i m pr o f i c ua

    n a s " de Jl io Verne . Nada. "Da-vid , Coppe r f ie ld" de Dickens , "OEst igma Rubro" , romance c ine-pol ic ia l ; t ambm int i l .En t o pe ns e i na p r i m e i r apalavra de cada um desses e out ros romances . Em vo. Comprovada a minha es ter i l idade menta l naquela noi te procure i conve r s a r : n i ngu m , f o r a m e u i r m oque es tava ent ra no ent ra nosono, es tava acordado.Antes d i sso abr i a j anela ,ent rou aquela f r i a jem e eu svi no bloco cerrado da noite a lu-zinh a da cza do vi j ia. Com;pouco mais le havia de ba tercom a maaneta de fer ro no pedao de t r i lho pendurado naf rente da caza grande as horas

    na minha in tegra l i zao nast revas .S i m , po r que ne nhum a ve l aeu possuia no momento.Perhaps next season mygreat de l ic ious dream be a l rea-dy dead.Quanto eu dezejar ia t e r es cr i to es tas pa lavras , emboramesmo se em vez de perhaps eupuzesse suponhamos sure ly . Masfoi a Deirdre que escreveu. So prazer de t e r uma i luzo. Dec ididamente o nico remdio ser ia o sono que cus tava . Puz nboca fora da janela e recolhi 15gotas de orvalho; em seguida en-guli-as, dei graas a Deus e adorm e c i p r o f unda m e n t e .

    (RIO DE JANEIRO)

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    R e v i s t a d e A n t r o p o f a g i a2 ENSASTASPAULO PRADO Retratodo Brasil S. Paulo 1928.

    Este ensaio sobre a tristeza brasileira no tem nada de alegre. Tambm no se pode dizer que seja triste . E' severo e mais nada.Se Paulo Prado tivesse se contentadono seu quadro impressionista em desenhar o grupo das quatro desgraas a luxria, a cubia, a tristeza, o romantismo o livro no provocaria oprotesto dos patriotas. Mas quiz concluir, devia concluir. E a conclusoamargou na boca dos tristes.O doente no tem medo da doena.Tem medo do diagnstico e pavor dotratamento. Voc se queixa disto? E'.Sente isto? Sinto. Sente mais isto?Tambm sinto. Ento tem isto. No,no tenho, no possvel, no estouassim to ruim que diabo.Toda a gente confessa que o pintorfoi muito feliz no pegar a boca, osolhos, o nariz, a testa, o queixo domodelo. Mas o rosto no saiu parecido .A feira do retrato era sabida detodos. Nos jornais e nos congressosno h dia em que ela no se apresente at deformada para peor. Mas atagora no havia aparecido integralmente. Um gritava contra a poltica.Outro contra os costumes. O lavradorfalava das apertu ras da lavoura. Oeducador dos absurdos do ensino. Tudo isso parceladamente e nem sempre com conhecimento exacto dascausas.

    Mas surge Paulo Prado. Ento uma inteligncia acima de toda e qualquer suspeita (como certas virginda-des) que descobre as mazelas. E omal impressiona porque o mdico teminegvel autoridade. No se trata maisde um annimo ou de um isolado confinado em seu isolamento. Porm deuma individualidade pioneira que sabe o que diz e sabe como diz. Depoisa maravilha se repetiu: estudado como foi o tema ficou novo. Dai o escndalo.O Retrato do Brasil tem para mimoutro grande va lor : o tes temunho dequen pertenceu gerao do Brasil-primeiro pais do mundo c esse testemunho concorda com o da gerao doBrasil todo errado. Muita gente deminha idade vai agora dizer que no.Mas ser fcil provar a incoerncia.Gerao revoltada que tem feito seno destruir, combater, renovar? Voc na literatura. Voc no jornalismo.Voc na poltica. Voc na critica. Voc na msica. E assim por deante.*Paulo Prado escreveu um livro admirvel. Se for preciso gritarei e comcerteza repetirei.

    MARIO DE ANDRADE Ensaio sobre msica brasileira S. Paulo 1928.E Mrio de Andrade escreveu outroindispensvel. Chego at o superlati-vo : notabilssimo.H livros ruins como cobra porm

    indispen sveis. Aqueles^ em que o autor sabe colher mas no sabe comentar. O que dos outros bom. O que dele no presta.Mrio de Andrade com um mtodoe uma pacincia fora do comum andou pegando na cidade c no mato osmotivos raciais da msica brasileira.So mais de cem melodias populares ,msica e canto. Trabalhe ira benemrita de folclorista. Do gcito que lefz ningum entre ns fz ainda. E'uma exposio (como le chama) muito ordenada e muito c lara . Tudo catalogado, fcil de achar e discutidocom sabedoria .Livro indispensvel por tanto e notabilssimo. Notabilssim o graas emgrande par te introduo onde Mariodiscorre sobre os problemas essencia ise actuais da msica brasileira. E' umacartilha qu devia ser adotada nosconservatr ios .Eu digo cartilha mas de facto tratado. H mesmo umas afirmaes deMrio que transbordam da matr ia dolivro e merecem meditao na literatura e no mais. Infelizmente o espaoaqui no chega para a gente se afundar em certas frases do Ensaio.Em todo o caso eu sempre querodizer que Mrio no faz s literaturade aco como le diz. Toda a literatura dele de aco no tem dvida.Mas no s de aco. A's vezes o art is ta puro aparece sem querer . O queem gera l ra ro mas sempre bom.A. DE A. M.

    LEIAM :PAULO PRADO R E T R A T O D O B R A S I L (ensaio sobre a tristeza brasileira)

    MRIO DE ANDRADE E N S A I O S O B R E M U S I C A B R A S I L E I R A

    TRISTAO DE ATHAYDE - E S T U D O S (2.' srie)VARGAS NETTO G A D O C H U C R O (versos)AUGUSTO MEYER - G I R A L U Z (versos)

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    R e v i s t a d e A n t r o p o f a g i a

    O JAPONEZ SYLVESTRE MACHADODeprehende-se das es ta t s t i caspol ic iaes que o j aponez no l a d r o , ne m b ba do c on t um a z ,ne m t a m pouc o de s o r de i r o ou pa t r io ta em excesso. Esse ser exc e pc i ona l , pe que no de e s t a t u r a ,no sof f re do cncer . No Japo,dizem que essa doena desconhec ida . Deve-se a t t r ibu i r i ssoao ch , ou seno, ao ar roz . Essesdo i s p r oduc t os s o e no r m e m e n t ec ons um i dos no J a p o , s e gundo otes temunho i r refutvel do snr .Aoki , p in tor de paredes , que int r oduz i u e m S . Pa u l o a p i n t u r a esponja , e que pintou as paredes de minha casa ha doze an-nos , quando eu t inha doze annos .A f f i r m a t i va t o r e t um ba n t e , g r a vada na mente em to t enra idade, da mente no ha de mais sa-h i r . N e m que m e ve nha m p r o va r o c on t r a r i o o s p r opa ga nd i s -tas do caf paul i s ta .Alm de no ter os defei tos arr i ba a pon t a dos , o j a pone z t e mqua l i da de s , um a da s qua e s de

    l i c iosa , numa c idade como SoPa u l o , e m que ha m u l t i d o degrosse i ras aves de ar r ibao, quegulam a tor to e d i re i t a , p i s a m e c os pe m s e m c e r i m on i a nos

    t r a ns e un t e s de s p r e ve n i dos . U m avez parou na minha f rente umnippo. Fez t rs profundas reverncias e pediu se , por favor , eul he pod i a f o r ne c e r um . . . phos -p h o r o .O japonez o nico immigran-te que se nac ional i sa em poucos ann os. Os f i lhos so brasil e i ros sem di scusso na casa paterna . Aos poucos vo se tor nando ca thol icos , o que essenc ia l para a sua in tegrao na raa bras i l e i ra . As nossas t radi es e festas so todas catholi-cas . 0 nosso passado ca tho-l ico e somos aj tavicamente impregnados de ca thol ic i smo, rezas, proci sses , ve las , conf rar ias ,d ia de S. Joo, e tc .Mas os nossos i l lus t res mdi cos, que n o qu i z e r a m r e c e be rVoronoff, a c ha m que o j a pone zno typo "eugenico" . 0 i t a l i a -no - m a l a r i a , o e s pa nho l - t r a c ho -m a , o be s s a r a b i a no - t o r r e - de - ba -bel e out ras migalhas de raasbalcnicas , ass im como os russos cheios de vodha, so, ao verdos nossos sbios, raas ss efor tes , que vi ro formar a be l lar a a b r a s i l e i r a de a m a nh .

    A nossa gente cul ta t em umac u l t u r a t a m a nha que ge r a l m e n t eignora que os nossos bugres sode r a a a m a r e l l a . H a po r a h imui to bras i l e i ro puro sangue, l e gi t imo e indi scut ve l descendente de ndio , o lhos em amndoa,pe l le o l iva , es ta tura ba ixa , quen o a dm i t t e o j a pone z , po r quees te v i r i a es t ragar o nosso padro eugenico. No se enxerga .Eu s dese jo mais c lar iv iden-c ia nos cac iques que mandamno Bras i l .Que faam uma" viage m aI gua pe , pe gue m num j a pone z enum bugr e pu r o s a ngue e c om p a r e m .Ora se o j aponez de raamais bras i l e i ra que os "bras i l e i r o s " descendentes de por tuguez ,negro, i t a l i ano, espanhol , e tc ,po r que r e s m unga r s ua e n t r a dana t e r r a do gua r a ny? 0 gua r a -ny um i rmo mais ve lho de l le ,que se ins ta l lou em sua t e r ra oBras i l , quando os bras i l e i ros dol i tora l a inda se achavam emprojec to nas espanhas , por tu-gaes , i t a l i as e bessarabias .

    (CAMPINAS)

    A sair brevemente:MRIO DE ANDRADE C O M P N D I O D E H I S T R I A D A M S I C AOSWALD DE ANDRADE S E R A F I M P O N T E - G R A N D E (romance)ANTNIO DE ALCNTARA MACHADO L I R A P A U L I S T A N A (coleco de mo

    dinhas)RUBENS DE MORAES U M A F A M L IA E S S E N C I A L M E N T E A G R C O L A

    (contos)

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    6 R e v i s t a de A n t r o p o f a g i a

    (Para o Jorge de Lima)R O M A N C E DEU M M E N I N O T R E L O S O

    L . SOUSA COSTA

    Quando eu era meninoVivia fazendo gaiolasDe tabocasDe ponteirosDe barbas de bodePara um gallo de campinaQue um diaNum cajueiroFui encontrar num ninho!Eu era meninoE e l l e t ambm. . .Eu poremGostava de procurarNinhos de passarinhoDe matar rolinhas de bodoqueDe fazer gaiolasPro meu gall inho de campina 1,

    Um dia obichinhoPassava largaE ia dormir empapado!Outro jejuava, jejuava, piava, piavaE eu no l i gava . . ."Ou menino marvado: Dizia a me preta Na Semana SantaE esse trelosoJudiando com os passar inhos!"Piu-piu! Piu-piu! Piu-piu!E minha me dizia:"Menino, vae dar piro ao gallo de campina!"

    (PARAHIBA)

    ENCANTAMENTO0 sacy perer do alto da serraentrou na taba rasteirado pag de pelle de cobre,e roubou afilha do velho.E levou ella para a matta verdepara a festa paga das mes-daguaque tavam dansandono limo verde da lagoa paradaa dansa tapuya do vo encantado.E amoa comeou adansarsobre o vidro verde da lagoa paradae os olhos vidrilhos do anhanguraencantaram amoa morena.E a tr ibu morenaperdeu a virgem morena de cabellos verdes.E de noite as uyras verdescantaram na noite cinzentano limo verde da lagoa paradadebaixo da sombra verde do jequitib.E mais uma uyra cantou.

    (MINAS)

    E m p r e z a G r a p h i c a L t d a .Livros, RevistasEdies de luxoservioscommerc iaes

    Rua Sto . Antnio, 17Teleph. 2 -6560

    C A M I L L O S O A R E S 2E:::SE::E*?

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    R e v i B t a de A n t r o p o f a g i a

    Capi tulo 2 , OS TRS SARGE(ROMANCE)A PONTE DOS AMORES

    NTOSYAN DE ALMEIDA PRADOO s s a r ge n t os pa r a r a m esq u i n a . Je s t a va m a l guns m i nu to s e s pe r a do c o m p a n h e i r oq u a n d o c h e g o u um c onhe c i dope r t e nc e n t e a o c o r po de m on i t o res da Fora . Vinha todo sa t i s f e i t o a pa r e n t a ndo e nva i de c i m e n-to por a lgum fac to l i songei ro quel he a c on t e c e r a . Cum pr i m e n t a vap r a z e n t e i r a m e n t e a s r e l a e s quee nc on t r a va e,a o de pa r a r o s r a pa z e s que e s t a va m esquina , expa nd i u - s e e m g r a nde s m a n i f e s t a es dea m i z a de c onv i da ndo- osa ent rar no botequim f ronte i ro . V a m o s pe s s oa l , eup a g o .Vamos ver qualquer coi sa , and a . . . 0 q u . . . v o c e s t e m -b a n d e i r a d o h o j e ! Talvez . Aconteceu um caso que depois eu conto para voc s . V a m o s e n t r a r . . . N s e s t a m os e s pe r a ndo oA nt n i o . No faz mal , no tem impor t nc i a , de a l i de n t r o m e s m ons c ha m a m os e l e qua ndo elea p a r e c e r .Vencidos pe lo argumento, oscavalar ias ace i ta ram o convi te dog i na s t a . En t r a r a m t odos no bo

    t e qu i m . A ba nc a r a m - s e r oda deum a m e s a de onde pod i a m de va s s a r a rua . At raz de les es tavao ba l c o do po r t ugue z , dono datasca , e a o l a do a inevi tvel v i t r ina com doces e pas te i s , exi s tente em todos os" bo t e c os " deigual ca tegor ia . Na sa la a t ravancada era um vae-vem de soldados que iam ouvo l t a va m dosqua r t i s . A n t e s de e n t r a r deg u a r d a , as pr a a s c os t um a va mc om e r um boc a do ou be be r umtrago, quando no se abas tec iamc om qua l que r c ous a pa r a c om e rde m a nh c e d i nho . U m i n f a n t a r ia louro , moo conhecido dossargentos , fez meno de t i r a rum a c oc a da dav i t r i na . Ogr a dua do e s pa n t ou o r a p a z : N o c om a e s s a po r c a r i a ,H ugo . V oc m or r e ho j e ! P o r q u e ? E' veneno. No out ro diafiz a bes te i ra de comer um dess e s t r o o s . . . I . . . r a p a z ! V o m i te i naquela rvore a l i em f rente ,que a t o s a r ge n t o A qu i no pe n s ou que e u e s t a va no po r r e ! N o d i g a , s e u s a r g e n t o . . . Es s e s . . . de po r t ugue i s s pe ns a e m ga nha r d i nhe i r o e nve n e n a n d o a hum a n i da de . S i voc soubesse como i sso fei to, vocn e m o l h a v a p a r a a v i t r i na .

    0 dono do botequim julgouque devia protes tar ; Nam s inhoi re . Os docesde csam fei tos com lei te dum i l ho i r e e ovos frescos. Qual seu ga lego, v contar i sso para out ro . Pensa queeu no vi voc comprar na fe i raovos que b r a dos po r que s a e m a i sb a r a t o . . .D e s a nda r a m num a d i s c us s oa m i s t o s a a c om pa nha da de t a pa sna ba r r i ga ee m pur r e s , c u j o r e sul tado foi o por t uga de r r uba rum a m e s a ese espichar com est r ondo no c h o . M r a i o s . . . qua s i que m epa r t e asc a d e i r a s . . . O l h a, c a po r que na m t e qu i z m a c huc a i r e ,s i n o qua ndo I e va n t a va s da m e sa eu te pa s s a va um a r a s t e i r aqu t a t i r a va no ba r r a c o dup i-c a de i r o . . . d i z i a o hom e m o f e -ga n t e , a i nda a t o r doa do da que da . Sae da i , seu . Onde quepor tugueiz sabe dar ras tera l Vc on t a r ga r ga n t a pa r a o s t r ouxa . . .V contar i sso para t eus pa t r c io . . .O out ro fo i a tender um f re-gue z a r r a s t a ndo a pe r na . Exp l i cava ao cl iente com riso um tant o a m a r e l o : Is to so rapa ziad as , conhe o osargento Cndido desdeque e le apareceu por c recruta .E ' m u i t o bom r a pa z , c a m a r a d aque in t parece por tuguez . Prefiro assim a cer tos t ipos , que q uerem ser f ic iaes , que j a r rotamgales , todos cheios de novhoras ,a ba nc a r e m os ne u r a s t n i c os a n tes do tempo! No ter ia acontec ido otombo diz ia oC nd i do siest ivesse a qu i o J o a q u i m . P r u q u ? Por que que m c a a erae l e . . .

    E ' ve r da de i nda gou oout ro sargento , que f im levou oJ oa qu i m , t e u pa t r c i o? U que fei to dele? E \ Despedi -o pruque nam t i nha presena de ba lco. E i m . . .- Incomodava-me ver ao pde mim aquele ga jo enfezado, seco a modos de t ruberculoso. Euq u e r o um t ipo legi t imo, genu no lIa minha te r ra Mirandela ,gente va lente de Traz-os-Montes .U m p i m p o que a g r a de s dona s ,e si c a l ha r s a i ba pa r t i r a l a tad u m h m m . Re f o r a do que ne m D ud .

    o l u t a do r ? pe r gun t ou o gi-na s t a . Te m os m u i t o s m i l ho r e s .V ou m a nda r v i r om a no Ma ne l i .Vocs vo ver i , aqui lo que h m m , h m m . V, de ixe de gargantas fami l ia res , e t raga mais uma cer ve j a i n t e r r om pe u C nd i do .A u g m e n t a r a a ba r u l he i r a e mtorno dos sargentos . Era um t roarde c ha m a dos , bu l ha i n t e ns a dec h c a r a s e a s s uc a r e i r o s , p r a ga se t roas , que apezar do a lar idopa r e c i a m a t r a ve s s a r acus to a atmosfera espessa do lugar . 0 botequim enchia-se cada vez maisde mi l i t a res os graduados nasm e s a s , osinfer iores em gruposde a n t e do ba l c o ou .da v i t r i nadas comidas . No ambiente turvo,r e un i a m - s e hom e ns v i ndos dosquat ro ngulos do pa iz , do Norte , Sul, Leste eOeste . As suasvi s tas , antes de ver ascena que oquadro da t asca apresentava , t i nha m pous a do s ob r e a m a r g e mde todos os r ios , que cor rem para o mar ou para o in ter ior , desde aAmaznia a t of im do RioG r a nde . T i nha m c on t e m pl a do a smontonas coxi lhas onde por vezes se ar redondam capes c i rcu-lares de araucr ias , ou a caat inga reles, ou a f lores ta dominadape l a Sum a um a . T i nh a m v i s toRi r i ba s , Ch i r i uba s , G ua x i m a s ,Aningas , Andi robas , Assacs ,A nona s que s om br e a m ve n t u r a G oa r s ve r m e l ha s ou J a gua r i -t s unas , ou sussuaranas crde ca . Tinham vis to o l eque e apalma do Rur i t i ze i ro , Assa i , Gua-c um a m , Ca r na ba , Mur i t i , s ob r eos quaes voejam Sanhaos , Tucanos , Per iqui tos , Arara verde ee nc a r na da , P i r a nga a z u l e ver melh a , Unas azul c laro e azul fe r -re te , eCa n i nd s a m a r e l a s e azulce les te . Tinham vis to de longe oc i m o ve r de j a n t e e sem fim dam a t a , e m que a s r a m a r i a s da s r vores d i sputam a al tura para a l canar luz ecalor e abase afunda na s e r r a p i l he i r a i m pe ne t r vel . T i nha m v i s t o t a m b m a C a-rba em f lor , a Su i na m e a P a i -ne i ra g igantescas , a Canaf i s tu la ,o Ip roxo ea m a r e l o , o C a n u d ode Pito e tantos outros em que sobe aRougainvi l i a , e onde se ani nha m O nc i d i um s j un t a m e n t e c omcat l ias El -Dorado ou a l l i a Tenebrosa . Cada re t ina daqueleshom e ns gua r da r a um t r e c ho dasua t e r ra , e a r e un i o de t oda sf o r m a va o paiz in te i ro .(Continua)

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    8 R e v i s t a de A n t r o p o f a g i aB R A S I L I A N A

    VIIIAVIAODe uma nota da redacn do Dirio Popular de S.Paulo, n. de 17-8-1928:"Com o mcsino sorriso com que abraou os companheiro s ao deixar Roma para a travessia memorvel at Natal,Del Prete despediu-se de todos, no leito de dor da Casa deSade, rumo derradeira viagem. Para elle no tinha importncia aquclla partida c se viesse a ter, era como aprova maior, pois, quem percorreu a distancia enorme, ligando, em horas , a Itlia ao Brasil, s a travessia da Vida Morte, poderia superar o seu grande record."LITERATURASub-titulo de uma noticia publicada pela Gazeta de Sergipe de Aracaju, n. de 14-9-1928:"Lindss imas "gcishas" de olhos de velludo negro enchero as allas do parque "Theophilo Dantas" da graasumptuosa dos ."kimonos" esvoaantes ."RELIGIODe uma nota intitulada O meteorito "Santa Luzia deGoyaz" publicada pelo Tringulo de Araguary (Minas Ge-raes) c transcrita pelo Dirio Nacional de S. Paulo, n. de22-11-1928:"Na ponta do "Corumb " , o sr. Ney Vidal, naturalistado Museu Nacional que o acompanhava, resolveu levar aeffeito o baptismo do meteori to p ara o que convidou o dr.Americano do Brasi l , para padrinho, c a senhorita Esco-lastica Ribeiro, para madrinha. Deram-lhe o nome de "Santa Luzia de Goyaz". Desse acto foi lavrada uma acta."NECROLGIODe um discurso pronunciado pelo snr. Anastcio Vieira Machado no enterro do snr. Balini Serafini c publicadopelo Machado-Jornal de Machado (Minas' Geraes), 1928:"S r s ."Bem aventurados os humildes , os mansos de corao,porque delles o re ino dos cus", disse Jesus quandodesceu a este valle de lagrimas, a que chamamos mundo.Que poderei eu dizer, pensarcis vs, sobre este humildeoperrio, cujos despojos aqui presentes vo, dentro empouco, servir de pasto aos vermes da te rra?Direi do morto presente que foi talvez um fraco, quetropeou algumas vezes, muitas vezes mesmo no caminhodo v ic io . . .Srs. : o morto presente, como disse, teve os seus destinos, mas, a esta hora, decerto, a sua alma desprendidados laos da matria, contricta e arrependida, curva-se .tosp s do Creador. Entretanto, elle foi tambm um collabo-rador nesse certamen a que chamamos progresso; sim, Bel-line a par de suas fraquezas, foi mn lutador , concorreu como seu brao, com a sua mo callosa para muitas obras queaqui ficam para attestar sua operosidade. Haja vista aqucl-la s bem ta lhadas pedras que formam a plataforma de nossa Estao da estrada de ferro, as quaes atlestam bem oesforo de seu t rabalho; porquanto foi elle quem, j bastante doente, conseguio com o seu ponte iro de ao c o es-tupim da dynamite , a rrebentar c apparelhar aquelles enormes blocos de granito, que l ficam para perpetuar o seunome modesto e humilde de apstolo do t rabalho.Pa z sua alma."

    B A L C OLIVROS PROCURADOSPor Yan de Almeida Prado (avenida brigadeiro Luis Antnio, 188 S. Paul o): "Poesias" oferecidas s senhoras brasileiras por um baiano (1830) 2 vs. Jos da Silva Lisboa "Historia dos prin-

    cipaes suecessos" 2 vs. 1826-1830. "Sermes" de Antnio de S.Compra livros raros em geral sobre o Rrasil.LIVROS A VENDAArthur Findeisen (rua general Osrio, 61 3." anda r apar t. 4 S. Paulo) vende: Rugendas ed. alem. Prncipe de Neuwide ed. alem 2 vs.de texto e a coleco completa de gravuras. F. Denis ed. alem. 2 vs.Tem tambm venda grande nmero de gravuras soltas de Rugendas e retr atos em marfimdos imperadores brasileiros.Na LIVRARIA UNIVERSAL (rua 15 de Novembro, 19 S. Pau lo ): S. Leopoldo "Provncia de S. Pedro do

    Rio Grande do Sul" 2. ed. Monteiro Raena "Compndio" Par.

    Na LIVRARIA GAZEAU (pr aa da S n. 40 S. Paulo): Innocencio F. da Silva "Diccionario Bi-

    bliographico" 19 vs. ene. F. Manoel de Mello "Epanaphoras de Va

    ria Historia" 1660. "Lusadas" comentado por Faria e Sousa. Vieira "Sermes" 16 vs. ene, sendoalguns em 1." ed.

    A assinatura anualda

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