revista da escola domimical fé e comunhão 3 trimestre

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1 Texto áureo: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.” (Romanos 1:16) Leitura Bíblica: 2 Cor. 4: 1-7 1 Pelo que, tendo este ministério, assim como já alcançamos misericórdia, não desfalecemos; 2 pelo contrário, rejeitamos as coisas ocultas, que são vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; mas, pela manifestação da verdade, nós nos recomendamos à consciência de todos os homens diante de Deus. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, é naqueles que se perdem que está encoberto, 4 nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. 5 Pois não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor; e a nós mesmos como vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse: Das trevas brilhará a luz, é quem brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo. 7 Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não da nossa parte. Leituras diárias: Segunda: Mat. 28:19-20 Quinta: 2 Cor. 4:1-7 Terça: Lucas 24:46-49 Sexta: João 4:27-42 Quarta: 2 Tim. 1:11-14 Sábado: Atos 28:11-31

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Texto áureo: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.” (Romanos 1:16) Leitura Bíblica: 2 Cor. 4: 1-7 1 Pelo que, tendo este ministério, assim como já alcançamos misericórdia, não desfalecemos; 2 pelo contrário, rejeitamos as coisas ocultas, que são vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; mas, pela manifestação da verdade, nós nos recomendamos à consciência de todos os homens diante de Deus. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, é naqueles que se perdem que está encoberto, 4 nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. 5 Pois não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor; e a nós mesmos como vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse: Das trevas brilhará a luz, é quem brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo. 7 Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não da nossa parte. Leituras diárias: Segunda: Mat. 28:19-20 Quinta: 2 Cor. 4:1-7 Terça: Lucas 24:46-49 Sexta: João 4:27-42 Quarta: 2 Tim. 1:11-14 Sábado: Atos 28:11-31

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INTRODUÇÃO: Os filhos de Deus, em virtude da graça recebida de Deus, dotando-os do mais precioso tesouro que a humanidade pode possuir – a salvação, em Jesus Cristo, têm uma dívida, constante, com o mundo. Quanto mais observamos a forma como o apóstolo Paulo interpretou e aplicou a comissão entregue por Jesus, mais claramente tomamos consciência da dívida que pesa sobre nós. Fomos comissionados para partilhar a mensagem do Evangelho, para que outros possam encontrar o dom da vida abundante e eterna em Jesus. O estudo que, neste trimestre, faremos, tem como alvo equipar-nos para um melhor cumprimento do nosso dever enquanto testemunhas de Jesus Cristo. I – ATENTANDO PARA O MANDAMENTO DE JESUS (Atos 1:8) Quando se aproximava o momento de subir ao Céu, Jesus tornou claro que a obra da evangelização é um imperativo para todos os que O seguem, tendo-os comissionado para levarem a Sua mensagem pelo Mundo. A primeira geração daria o seu testemunho, na cidade em que morava – Jerusalém. Logo (conosco incluídos) a mensagem seria levada, gradualmente, a toda a humanidade.

A partir de Jerusalém, e da região da Judéia, os primeiros discípulos iriam disseminar a semente do Evangelho entre o povo malquisto de Samaria, continuando a expandir o conhecimento da mensagem divina entre todos os povos. Falar da Boa Nova do Evangelho constituiu um desafio para os discípulos de então. Eram em pequeno número, e sem recursos. Não imaginamos a dificuldade e perigo que enfrentavam, nas viagens. A ordem de Jesus, todavia, era levar o Evangelho até “aos confins da terra”. Independentemente de tudo o que fizessem, no nome de Jesus, não podiam escapar ao mandamento de Deus, de falar da Boa Nova da Sua graça. Hoje, é esta a tua incumbência! O mandato tem percorrido todas as gerações e é um imperativo na tua vida. É importante envolveres-te em toda a obra e projetos da tua Igreja, cooperando de coração, mas não podes negligenciar a partilha do Evangelho com os outros, pois estarias a negligenciar a maior das tuas responsabilidades como filho de Deus. As pessoas que convivem conosco necessitam conhecer o poder de Deus, através da tua vida, e o testemunho dos teus lábios.

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II – ACEITA O DESAFIO (Atos 9:6, 15; Rom. 1:1-5) Paulo é um exemplo da chamada divina para o testemunho. Não obstante ter recebido uma chamada especial para missionar (Atos 9:6, 15), a sua chamada para ser “testemunha” de Cristo foi-lhe conferida em virtude da sua submissão à soberania de Jesus Cristo. Trata-se da mesma chamada que nos é conferida, enquanto crente em Jesus. Realmente, Paulo foi chamado para ser apóstolo, atributo legitimamente concedido a um número muito reduzido; porém, antes de ser chamado ao apostolado, foi chamado para ser “servo de Jesus Cristo” (Rom. 1:1). A sua chamada demonstra-nos o mandato de Jesus para tornar conhecido o Evangelho “entre as nações” (v.5). Como Paulo, somos chamados a sermos servos do Senhor e a proclamar o Seu Evangelho entre todos com quem nos relacionamos. Para falar do Evangelho, Paulo tinha que o conhecer, pelo que a chamada implicou o estudo das “Sagradas Escrituras, com respeito a seu Filho” (v. 2 e 3). Todo o crente em Jesus deve crescer no conhecimento da mensagem do Evangelho e na capacidade de partilhá-lo com os outros.

Embora não sendo, à semelhança de Paulo, “apóstolos aos gentios” (Atos 9:15), fomos, como ele, “separados para o evangelho” para que, através do teu testemunho, outros possam ter vida em Cristo (Rom. 1:1). III – HONRA A TUA DÍVIDA (Rom. 1:14-16) Todo o crente é convocado para partilhar o evangelho com aqueles que nunca ouviram esse convite tão singular e importante. Deus permitiu que ouvisses a boa nova de salvação em Cristo, recebendo o perdão dos pecados e o dom da vida eterna. A partir desse momento, em que reconheceste a abertura da graça de Deus a todos os que crêem, deves partilhar essa mesma mensagem que te foi transmitida. A tua posição é semelhante à dos israelitas leprosos que descobriram o local onde encontrar mantimento, enquanto os companheiros morriam de fome. Após ter constatado a sua sorte, disseram: “Não fazemos bem; este dia é dia de boas novas, e nós nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, seremos tidos por culpados; agora, pois, vamos e o anunciemos à casa do rei.” (2 Reis 7:9). Se te calares, relativamente à salvação de Deus,

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negligencias no que respeita à tua obrigação, como crente em Jesus, e cometes injustiça, no Âmbito da tua roda de influência. Com Paulo, aprendemos a reconhecer as proporções da nossa dívida. “Sou devedor”, foram as suas palavras! Somos devedores, devendo colocar, a nós próprios, a questão: “Como (porém) invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rom. 10:14). Poderá acontecer seres tu a única testemunha com possibilidade de apresentar a alguém, o caminho para a vida. Estás decidido a falhar? Paulo afirmou: “Quanto está em mim,

estou pronto a anunciar o evangelho” (v. 15). Esta determinação granjeou-lhe perigos e dissabores, comparecendo perante reis e governadores e, no fim da sua vida, conduziu-o à situação de preso, em Roma, e à condenação à morte. Porém, fielmente, apresentou a Boa Nova a todos os que encontrava. Paulo é, para cada crente, o exemplo de serviço a prestar. O Evangelho é a mensagem poderosa, de Deus, para salvação. Cristo transforma pecadores em santos, com poder para salvar todo aquele que aceita o Seu convite a vir a Ele, para ter vida (Heb. 7:25), não o lançando fora (João 6:37).

Questionário 1) Os filhos de Deus têm uma dívida, constante, com o mundo. Explique : __________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Onde a primeira geração deu o seu testemunho? _________________________________________________________________ 3) Como Paulo, somos chamados Para que? __________________________________________________________________________________________________________________________________ 4) O Evangelho é a mensagem poderosa, de Deus, para ? _________________________________________________________________

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Texto áureo: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.” (Romanos 3:23 Leitura Bíblica: Romanos 3:9-23 9 Pois quê? Somos melhores do que eles? De maneira nenhuma, pois já demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado; 10 como está escrito: Não há justo, nem sequer um. 11 Não há quem entenda; não há quem busque a Deus. 12 Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. 13 A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios; 14 a sua boca está cheia de maldição e amargura. 15 Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. 16 Nos seus caminhos há destruição e miséria; 17 e não conheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante dos seus olhos. 19 Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que se cale toda boca e todo o mundo fique sujeito ao juízo de Deus; 20 porquanto pelas obras da lei nenhum homem será justificado diante dele; pois o que vem pela lei é o pleno conhecimento do pecado. 21 Mas agora, sem lei, tem-se manifestado a justiça de Deus, que é atestada pela lei e pelos profetas; 22 isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; pois não há distinção. 23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;

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Leituras diárias: Segunda: Salmo 14:1-3 Quinta: Gál. 5:12-21 Terça: Marcos 10:17-27 Sexta: Gál. 5:16-21 Quarta: Romanos 5:12-21 Sábado: Judas 5-16 INTRODUÇÃO: Todo o ser humano traz consigo a herança do pecado; daí que, quer gostemos, quer não, todos os homens são pecadores. Esta é a 1.ª verdade do Evangelho com que devemos iniciar a nossa partilha com os que, ainda, não encontraram a paz e a segurança que têm os que aceitaram a Jesus Cristo como seu salvador. I – O PECADO É UNIVERSAL, NA NATUREZA HUMANA (Rom. 3:9-11a) Independentemente do conceito que as pessoas têm de pecado (comportamento errado, pensamentos imorais, incapacidade de fazer o que é reto), pecado é mais do que isso. Por trás das nossas falhas e ações, encontra-se o pecado, como realidade da nossa natureza. Mesmo os mais religiosos são pecadores religiosos. Se alguém não se considera pecador, segundo a Palavra de Deus, engana-se a si mesmo (1 João 1:8) e declara Deus mentiroso. A história confirma que tanto o povo judeu, que conhecia e devia seguir a Lei de Deus, tal como os povos gentílicos, que a não conheciam,

todos foram pecadores. Em todo o mundo e em todas as eras, todos se desviaram para os seus próprios caminhos, rebelando-se contra o caminho do Senhor. Mesmo aqueles que desejam viver em retidão, têm reconhecido a inconstância desse seu desejo. Desde que o pecado entrou na história humana, o estado natural de todo o homem é “morto em delitos e pecados” (Efés. 2:1). Outra expressão que Paulo utiliza, para caracterizar a condição humana, encontramo-la em Romanos 7:21 “Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim.” O mal seduz todos os homens, que se revelam ligeiros, subservientes e engenhosos a procurá-lo. Deliberadamente rejeitam o caminho de Deus, seguindo em direção oposta à Sua vontade revelada. “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.” (Isa. 53:6). Embora podendo encontrar boas pessoas, “bons” pecadores, reconhecidos pela sua bondade e altruísmo, nas mais variadas esferas

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da sociedade, em contraste, encontramos, no seu todo, a humanidade num estado de depravação total (Salmos 14:1-3). Visto que toda a humanidade jaz no pecado, caro leitor, tu não és exceção! Vieste ao mundo trazendo a natureza do pecado. Não te tornaste pecador a partir do momento em que pecaste pela primeira vez; já nasceste com essa natureza. As raízes do pecado encontram-se bem no íntimo de cada coração. “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o reconhecerá?” (Jer. 17:9). Temos, plantadas no coração, as sementes do mal e do engano. O coração tenta convencer-nos de que o mal que existe em nós não é, verdadeiramente, mal. Independentemente do que se faça, o coração encontra sempre justificação para os comportamentos “Todo o caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o Senhor sonda os corações.” (Prov. 21:2). Realmente, todos os que estão cegos pelo pecado, têm opinião diversa da visão perfeita de Deus, que afirma: “Todos pecaram e estão separados da glória de Deus” (Rom 3:23) e “Não há homem justo sobre a terra e que não peque.” (Ecl. 7:20).

II – O PECADO É UNIVERSAL, POR ESCOLHA PRÓPRIA (Rom. 3:11b-12a) Embora fazendo parte integrante de cada um de nós, não podemos culpar a nossa natureza pelo pecado que cometemos. Sempre que pecamos, agimos de acordo com a nossa vontade própria, escolhendo, deliberadamente, rebelar-nos contra Deus. Quando pecamos, escolhemos fugir do cumprimento da vontade de Deus, vontade revelada que devia merecer a nossa preferência. Quantas vezes já foi dito que não é forçoso o homem pecar; contudo, o pecado é uma realidade na tua própria vida! A única pessoa em cuja vida não se encontrou qualquer vestígio de pecado foi Jesus Cristo. Não obstante a tentação que suportou, Jesus conseguiu resistir, cumprindo a Sua missão. “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.” (Heb: 415). Ninguém mais conseguiu rejeitar toda a tentação e viver em perfeita obediência a Deus. Todos os outros “seguiram os seus caminhos”, escolhendo apartar-se de Deus e seguir as más inclinações que o seu coração ditou, pelo que se tornaram “inúteis”.

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A sociedade atual tenta, muitas vezes, justificar e atenuar o comportamento réprobo dos culpados, alegando influências extrínsecas, condições mentais ou circunstâncias potenciadoras, tentando apresentar o culpado como uma vítima. Contudo, perante Deus, que conhece os corações e as intenções, cada um é responsável pelas escolhas que faz. III – OS EFEITOS DO PECADO SÃO UNIVERSAIS (Rom. 3:12b-23) Existem, em todo o mundo, milhões de pessoas cumpridoras dos seus deveres. Trabalham arduamente, pagam os seus impostos e têm, para com todos, um tratamento cordial. A questão que se coloca é esta: “O bem que essas pessoas praticam ultrapassa o peso do seu pecado? Serão, por Deus, declaradas inocentes, quando forem julgadas? A Sua Palavra afirma que as Suas leis foram dadas para que “se cale toda a boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus” (v. 19) Todos são pecadores por natureza, por livre arbítrio e responsáveis pelos seus feitos, uma vez que todas as partes do corpo humano são instrumentos do pecado. A boca fala enganosamente. Está cheia de veneno que atinge os outros. Manifesta mais a ira e o rancor do que

a bênção a quem nos ouve (v. 13-14). “Desviam-se os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras.” (Salmos 58:3). Os pés são instrumentos do pecado (Rom. 3:15). São ágeis para matar e, no seu trajeto pelo mundo, deixam um rasto de destruição e miséria. Quantos dos que nunca cometeram assassínio com qualquer arma, por odiarem os seus irmãos, serão sujeitos a julgamento (Mat. 5:22), pois, no seu coração, “mataram” o seu irmão. Da mesma forma, ao injuriar um irmão, está a promover-se a sua destruição. A própria vida torna-se instrumento do pecado (Rom. 3:16-17). A vida, bênção de Deus, está corrompida de tal forma que impede o derramamento das bênçãos de Deus. “Pecar” significa “errar o alvo”. Errar o alvo, na vida é uma perda irreparável, um pecado contra o Criador, que te deu vida. Os olhos encontram-se tão destituídos do temor do Senhor que só buscam o mal (v. 18). Os olhos detêm-se em tudo, menos em Deus, para procurar a Sua aprovação. Deleitam-se em conceber pensamentos adúlteros. Jesus disse: “Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela.” (Mat. 5:28).

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A descrição que Isaías faz do estado do seu povo, abrange toda a raça humana: “Porque havíeis de ainda ser feridos, visto que continuais em rebeldia? Toda a cabeça está doente, e todo o coração enfermo. Desde a planta do pé até à cabeça, não há nele coisa sã, senão feridas, contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo.” (Isaías 1:5-6). Há cura para a doença do pecado – Jesus. Deus sempre está pronto a

curar aqueles que se voltam para Ele. Não faz sentido permanecer alguém debaixo da condenação e escravidão do pecado, quando Deus providenciou uma saída. Jesus convida-te a vires a Ele, para, assim, seres curado da pior doença que há no mundo – o pecado. “O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: vem! Aquele que tem sede, venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.” (Apoc. 22:17).

Questionário

1) Qual é o estado natural de todo o homem? _________________________________________________________________ 2) perante Deus, que conhece os corações e as intenções, somos o que? _________________________________________________________________ 3) O que significa pecar? _________________________________________________________________ 4) Qual a cura para a doença do pecado? _________________________________________________________________

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Texto áureo: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar.” (Habacuque 1:13a) Leitura Bíblica: Romanos 1:18-21, 28-32 18 Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça. 19 Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. 20 Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis; 21 porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. 28 E assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus, Deus, por sua vez, os entregou a um sentimento depravado, para fazerem coisas que não convêm; 29 estando cheios de toda a injustiça, malícia, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, dolo, malignidade; 30 sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pais; 31 néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, sem misericórdia; 32 os quais, conhecendo bem o decreto de Deus, que declara dignos de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam

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Leituras diárias: Segunda: Salmos 11:4-7 Quinta: João 3:18-36 Terça: Habac. 1:12-13 Sexta: Efésios 5:3-6 Quarta: Salmos 34:11-22 Sábado: Apoc. 20:11-15 INTRODUÇÃO: Das memórias do nosso relacionamento com o nosso pai, conseguimos evocar momentos de alegria e companheirismo, mas, evocamos, certamente, ocasiões, menos agradáveis, nas quais tivemos que ser punidos, devido a alguma atitude incorreta, ou a alguma ofensa cometida. Reconhecemos que, em muitas dessas situações, se foram pais dignos e preocupados com a nossa formação, agiram dessa forma para evitar situações semelhantes ou mais graves, no futuro. Deus, o nosso Pai celestial, conhece bem o perigo que está associado ao pecado, sabe quão nefastas são as suas consequências e tem a resposta adequada a esta calamidade que tomou conta da raça humana. Esta lição, acerca da forma como Deus vê o pecado, constitui a segunda verdade bíblica no que diz respeito à salvação. A revelação divina sobre esta verdade não se encontra isolada numa única passagem, mas nenhum outro texto nos traz uma apresentação mais completa do tema do que o livro de Romanos.

A última lição, em Romanos 3, transmitiu-nos a verdade de que todas as pessoas necessitam do Salvador, por causa do pecado que nelas há. Mesmo os que admitem o pecado na sua vida, tendem a subestimá-lo. Esta lição mostra-nos a gravidade das suas consequências na nossa vida. Segunda verdade bíblica: a santidade de Deus estabelece uma inevitável inimizade com todos os que praticam o mal. I – A IRA DE DEUS PARA COM O PECADO (Rom. 1:18) A Bíblia usa diferentes palavras para nos revelar a forma como Deus encara o pecado. Uma delas é “ira”. Deus vê, com ira, o pecado que contamina a humanidade e, dada Sua natureza pura e santa, não deixa passar o pecado impunemente. Convém salientar que a ira de Deus é muito diferente da que os homens cultivam no seu coração: a natureza humana (o seu egoísmo, a parcialidade, a falta de objetividade, o desconhecimento da realidade das

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coisas) interfere no tipo de ira que o coração do homem cultiva, dando origem a atitudes e comportamentos pecaminosos. Porque a nossa ira é, geralmente, injusta, indigna e impura, a Palavra de Deus recomenda que sejamos tardios em irar-nos (Tiago 1:19-20). A ira de Deus, pelo contrário, tem por base o Seu perfeito conhecimento e completa justiça. A Sua ira para com o pecado é, sempre, justa e santa. Devido à Sua santidade, todos quantos se encontram sob a condenação do pecado encontram-se, igualmente, debaixo da ira de Deus. “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho, não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” (João 3:36). A ira de Deus não se manifesta como raiva ou rancor, mas como um sentimento de justiça que coloca sob condenação todos os que ainda não encontraram a resposta de Deus para a sua condição. Outro termo usado, na Bíblia, para exprimir o sentimento de Deus para com o pecado existente no coração do homem é “indignação”. Jesus, em certo momento, mostrou-se indignado, constatando a dureza do coração dos líderes religiosos presentes na sinagoga (Marcos 3:5). Ainda, o termo “cólera” é usado, no livro de

Apocalipse (14:10), traduzindo o mesmo vocábulo grego que revela o sentimento do Senhor para com o pecado. Embora traduzido por diferentes vocábulos, o significado é, sempre, o mesmo: Deus odeia o pecado e todos os que o praticam estão sob condenação! II – A RAZÃO DO ÓDIO DIVINO PARA COM O PECADO (Rom. 1:19-31) Uma questão que pode ser colocada, com pertinência é: como pode Deus condenar todo o pecador, mesmo aqueles que nunca ouviram a mensagem do Evangelho? Enquanto não temos resposta cabal para esta questão, a Bíblia declara não ter nenhum ser humano desculpa pela sua rebelião para com Deus. Todo o ser humano, deliberadamente, rejeita a declaração divina da Sua glória (v. 19-25). Para onde quer que olhemos, encontramos evidências da obra realizada por Deus. “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem palavras, e deles não se ouve nenhum som;” (Salmos 19:1-3). Cada dia e noite, em toda a superfície do globo,

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manifesta a glória de Deus, através da obra que realizou. O apóstolo Paulo ensina-nos que Deus, do Céu, revela a Sua ira sobre todos os homens que rejeitaram, e continuam a rejeitar, a verdade que lhes tem revelado, uma vez que Ele colocou, no coração da humanidade, o conhecimento essencial da Sua verdade. Dotados com a verdade revelada pelas coisas criadas e com a verdade que colocou no seu coração, ninguém há que se possa desculpar, quando tiver que comparecer, em julgamento, face a face com Deus! A Bíblia afirma, igualmente, que o problema da humanidade não consiste em falta de provas, mas reside na rejeição da verdade que Deus lhe concedeu (Rom. 1:18-21). Os pecadores (toda a humanidade), deliberadamente, afastam Deus da sua vida, para, mais à vontade, seguirem o pecado (Rom. 1:26-31). Devido à sua rejeição da Sua verdade, Deus retira todas as Suas restrições, perseguindo a humanidade todos os desejos que a sua mente corrupta concebe. Porque perseguem tudo o que é mau, enchem a sua vida com tudo o que é pecado. Tornam-se servos da cobiça, homicídio, ódio e guerra, mentirosos, cheios de azedume. As suas palavras estão

empestadas de veneno mortal e amargo rancor. Passam a odiar a Deus, cheios de violência, vaidade e desrespeito pelos próprios pais. Não honram as promessas feitas, tratando os demais homens sem quaisquer escrúpulos. Sabendo que as obras que praticam são contrárias à vontade de Deus, vão descendo, em espiral, até ao mais profundo lamaçal! Não admira que Deus odeie o pecado! Com efeito, ele destrói toda a beleza que a vida tem, impedindo a comunhão com o Criador, levando o homem a falhar o propósito divino da sua criação. III – A CONDENAÇÃO DE TODOS OS QUE ODEIAM AO SENHOR (Rom. 1:32-2:16) Deus promete, solene e decisivamente, o “julgamento” de todos os que continuam no pecado. Deus permitiu, a João, vislumbrar “um grande trono branco e aquele que nele se assenta de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram os livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o

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mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.” (Apoc. 20:11-15). Obviamente, ninguém escapará a este julgamento, quaisquer que sejam as desculpas apresentadas! Tanto grandes como pequenos serão

responsabilizados. Nem pelo fato de já estarem mortos os livrará! A morte dará os seus mortos, para comparecerem em julgamento. Tu, caro leitor, terás que comparecer neste julgamento, a não ser que estejas coberto pela graça de Deus! Se o teu nome não estiver escrito no “Livro da Vida”, estás irremediavelmente condenado ao “lago de fogo” A boa nova é que Deus providenciou a tua salvação, por Jesus Cristo (João 3:16-17).

Questionário

1) Como se manifesta a ira de Deus? _________________________________________________________________

2) Deus promete, solene e decisivamente, o “julgamento” de quem ?

3) Como pode Deus condenar todo o pecador, mesmo aqueles que nunca

ouviram a mensagem do Evangelho? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Texto áureo: “Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida, por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.” (Romanos 5:17) Leitura Bíblica: Romanos 5:6-12; 16-18 6 Pois, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios. 7 Porque dificilmente haverá quem morra por um justo; pois poderá ser que pelo homem bondoso alguém ouse morrer. 8 Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. 9 Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. 10 Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. 11 E não somente isso, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora temos recebido a reconciliação. 12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram. 16 Também não é assim o dom como a ofensa, que veio por um só que pecou; porque o juízo veio, na verdade, de uma só ofensa para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação. 17 Porque, se pela ofensa de um só, a morte veio a reinar por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.

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18 Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação e vida. Leituras diárias: Segunda: Efés. 2:4-10 Quinta: Gál. 9:11-15 Terça: Tito 3:3-7 Sexta: Col. 2:13-15 Quarta: Heb. 9:11-15 Sábado: Isa. 53:1-7 INTRODUÇÃO: Se já confias, de todo o coração, em Jesus Cristo como teu único e suficiente Salvador, Deus já fez por ti aquilo que nada, nem ninguém, nem tu próprio, poderia fazer para a tua salvação! Foi Ele Quem providenciou a salvação que o dinheiro não consegue pagar, nem qualquer boa obra feita pelos homens. Unicamente pela Sua graça, Deus concede-te a bênção da Sua presença na tua vida e a salvação eterna. A palavra “graça” é tão frequentemente utilizada, muitas vezes com sentidos tão diversos, que se torna necessário ter presente o sentido bíblico. Com efeito, “graça” significa “ajuda de Deus”, “favor imerecido”, se bem que nenhum dos significados consegue definir, de forma adequada, a maravilhosa graça de Deus. A Sua graça revela-se das mais variadas formas, no meio das

mais diferentes necessidades. Constatamo-la em situações de sofrimento, de tentação, de angústia; porém, a mais importante manifestação da graça de Deus é a salvação pela graça. Paulo descreve a salvação pela graça desta forma: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie.” (Efés. 2:8-9). Se Deus não tivesse vindo a ti, pela Sua graça, tão-somente, não terias acesso à vida eterna. Pela Sua graça, tens tudo aquilo de que necessitas para seres curado do pecado e libertado das suas consequências nefastas, e, consequentemente, de tantos outros males! O próprio Deus, na pessoa do Seu Filho, veio ao mundo para pagar o preço exigido para a tua redenção e

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salvação, dando-Se como presente divino, sem qualquer custo para ti. Não somente te oferece, como um presente, a salvação eterna, como te convida a vires e beberes da água da vida, de forma totalmente grátis: “Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Nas lições anteriores, fomos inteirados de duas realidades terríveis: 1. Todo o ser humano é pecador; 2. Deus odeia o pecado, realidade que coloca todo o pecador sob a condenação de Deus. Nesta lição, veremos como Deus torna possível a tua salvação, unicamente pela Sua graça. I – A NECESSIDADE DO REMÉDIO DE DEUS (Rom. 5:6) Nunca te questionaste acerca da razão que levou Deus a enviar o Seu Filho para ser crucificado? Deus sabia, bem antes de Cristo ter vindo a este mundo, que, mesmo vivendo entre o Seu povo escolhido, Jesus seria rejeitado. Não imaginamos a forma como Deus sentiu o sofrimento do Seu Filho, aos mais variados níveis! Porque permitiu que tal acontecesse?

A Bíblia tem a resposta para esta questão. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16). Deus enviou o Seu Filho porque te ama e porque não há outra forma de encontrares a salvação das consequências do pecado que há em ti. Se não estás salvo, és completamente incapaz de escapar às amarras do pecado que te aprisionam. A condição de pecador é a doença terminal de que padeces, para a qual não há cura. Todo o teu ser está contaminado pelo pecado (Rom. 3:10-18), o qual ditou, como consequência, a tua sentença de morte. O teu pecado pode parecer, aos teus olhos, nada de importante; algo que não dura mais do que um momento; Deus, porém, em relação ao pecado, afirma: “Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” (Tiago 1:14-15). O pecado não revela qualquer tipo de condescendência; requer pagamento integral! “A alma que pecar, essa morrerá.” (Ezeq. 18:20).

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Sem Cristo, a tua vida está privada da verdadeira justiça! Os teus esforços são um completo fracasso (Isaías 64:6). As tuas qualidades mais “finas”, de que te orgulhas e atrás das quais tentas te esconder derretem perante a intensidade e resplendor da pureza e santidade de Deus. “Não há um justo, nem um, sequer.” (Rom. 3:10). Enquanto o teu coração resistir a Deus, em vez de buscar a Sua fonte para dessedentares a tua alma, não deixarás de fazer tentativas frustradas. O teu coração anseia pela paz com Deus, mas a tua natureza pecaminosa afasta toda a inclinação que sintas para buscá-Lo. “não há quem busque a Deus” (Rom. 3:11). A tua esperança reside, apenas, na graça de Deus, que neste momento, mais uma vez, desce até ti e te revela o caminho que preparou para seres salvo. Não há outro caminho!! Foi Deus quem o abriu; foi Deus quem to ofereceu; foi o próprio Deus Quem se ofereceu por ti!! Nunca encontrarás outra oferta que Deus aceite!! II – O MARAVILHOSO REMÉDIO DE DEUS (Rom. 5:7-8) Quantas pessoas conheces que estariam prontas a morrer por ti? Imagina que tinhas amealhado

fortuna para bem dos outros. Estando na iminência de ser alvejado, algum dos beneficiados se colocaria como teu escudo? A Bíblia diz que, por alguém bom, poderia, muito remotamente, alguém dispor-se a morrer; mas Jesus morreu por ti, saldando a tua dívida diante de Deus, quando eras uma pessoa”! Deus ama-te, não obstante estares atolado em pecado! Jesus veio e morreu pelos inimigos de Deus (tu próprio). Revelou todo o Seu amor por ti, enviando o Seu Filho ao mundo, para ocupar, na cruz, o teu lugar, enquanto tu O afastas da tua vida. O aspecto mais maravilhoso da graça de Deus é o amor que a inspirou. A ira de Deus para com o pecado que há em ti é igualada pelo amor que te tem. Ele oferece-te a Sua graça salvadora porque te ama, não obstante o teu pecado, com amor que excede todo o raciocínio e pensamento humano. Nós, humanos, amamos o que é digno de ser amado; Deus ama o que não é digno de ser amado! Aí reside a maravilha do amor de Deus para comigo e contigo, caro leitor! Por isso cantamos: Oh, maravilha do amor de Jesus, Desse admirável amor sem igual! Cristo sofreu e morreu numa cruz, Para salvar-te da morte eternal.

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III – OS INGREDIENTES DO REMÉDIO DE DEUS (Rom. 5:7-8) Neste texto, Deus usa alguns termos “técnicos” que explicam a provisão divina para a salvação e, quanto mais meditamos neles, mais nos maravilhamos com o plano de Deus. Justificação (v.9, 16, 18). Ser justificado significa “como se nunca tivesse pecado”. Justificação é a remoção de toda a condenação que pende sobre o pecador. Porém, não podemos vindicar essa justificação como fruto do nosso esforço pessoal; unicamente por decreto e declaração divina. Deus declara-te justo com base no pagamento que Jesus efetuou, libertando-te da condenação resultante do teu pecado. Deus justifica o pecador por meio do sangue do Seu próprio Filho (v.9). Reconciliação (v.10). Este termo comporta a idéia de “alcançar paz” (Rom. 5:1). Deus deseja que tu, anteriormente inimigo, devido ao pecado, tenhas paz com Ele. Só haverá reconciliação quando Deus Se reconciliar contigo. Através da morte de Jesus, Deus restaurará a tua relação com Ele. Não são as tuas “boas” obras que o conseguem, mas a

graça de Deus e a única obra que satisfaz a justiça divina – a entrega do próprio Deus, na Pessoa de Jesus, em teu lugar. No “processo” da nossa salvação, está implícita a idéia da troca de uma coisa por outra de valor equivalente. O preço que Deus pagou para te livrar das consequências do pecado foi a morte de Jesus Cristo. Nada, nem ninguém, tem valor suficiente para cobrir a tua dívida, perante a justiça de Deus. Tinha que ser pago um alto preço; tão alto que só a vida do Filho de Deus podia cobrir. Deus providenciou a tua salvação, se colocares a tua fé completamente em Jesus, na obra que realizou, no poder e valor do Seu sangue para expiação dos teus pecados. O dom (dádiva) da justiça (12, 17). Cristo humilhou-Se, vivendo, neste mundo, em perfeita obediência ao Pai. Jamais algum mortal atingiu o nível de justiça demonstrado na vida de Jesus. A Sua vida terrena terminou com a Sua entrega sacrifical, não pelos seus, mas pelos teus pecados. O Seu sacrifício foi suficiente não só para pagar a dívida que tinhas perante Deus, como para te habilitar a possuíres a perfeita justiça que Jesus demonstrou. Enquanto que, pelo

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pecado de Adão, veio sentença de morte a todos os seus descendentes, Cristo traz justiça e vida a todos os que O recebem, pela fé. A justiça de Cristo restaura o relacionamento com Deus, o qual tinha sido quebrado pelo pecado. Se te arrependeres, perante Deus, e colocares a tua fé em Jesus,

Deus atribuir-te-á a justiça do Seu Filho. A salvação está ao teu alcance pela graça de Deus, se aceitares a Sua provisão, em Cristo. Se já o fizeste, agradece-Lhe pela salvação que te concedeu.

Questionário

1) O que significa a palavra graça? _________________________________________________________________ 2) O que significa ser justificado? _________________________________________________________________ 3) O que é reconciliação _________________________________________________________________

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Texto áureo: “Justificados, pois, mediante a fé, tenhamos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1).

Leitura bíblica: Romanos 4:3; 18-25; 5:1 3 Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. 18 O qual, em esperança, creu contra a esperança, para que se tornasse pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência; 19 e sem se enfraquecer na fé, considerou o seu próprio corpo já amortecido (pois tinha quase cem anos), e o amortecimento do ventre de Sara; 20 contudo, à vista da promessa de Deus, não vacilou por incredulidade, antes foi fortalecido na fé, dando glória a Deus, 21 e estando certíssimo de que o que Deus tinha prometido, também era poderoso para o fazer. 22 Pelo que também isso lhe foi imputado como justiça. 23 Ora, não é só por causa dele que está escrito que lhe foi imputado; 24 mas também por causa de nós a quem há de ser imputado, a nós os que cremos naquele que dos mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor; 25 o qual foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitado para a nossa justificação. 1 Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, Leituras diárias: Segunda: Gen. 15:1-6 Quinta: Gál. 3:6-9 Terça: Heb. 11:8-19 Sexta: Gál. 3:10-18 Quarta: Salmo 32:1-5 Sábado: Rom. 4:1-16

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INTRODUÇÃO: A lição de hoje transporta-nos 4.000 anos atrás, ao tempo do grande servo de Deus e herói da fé que foi Abraão. Obedecendo à chamada divina, ele e sua esposa Sara, seu pai Terá e seu sobrinho Ló (Gen. 11:31) saíram de Ur da Caldeia e estabeleceram-se durante algum tempo em Harã. Daí, aos 75 anos de idade, retomou o rumo indicado por Deus, em direção a Canaã. Em Canaã, a fé de Abraão foi duramente posta à prova. Ele e Sara iam envelhecendo sem que vissem a concretização da promessa divina de um filho que seria a origem de uma grande nação (Gen. 12:2). Então, uma noite, o Senhor conduziu-o para fora de casa: “Olha para os céus e conta as estrelas, se é que podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade. Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça” (Gen. 15:5-6). Aos 99 anos, recebeu do Senhor a confirmação das Suas promessas (Gen. 17), que se cumpriram com o nascimento de Isaque no ano seguinte (Gen. 21). Este nascimento, obra da miraculosa graça de Deus, recompensava a inabalável fé do grande patriarca! Ainda outra vez, aprouve a Deus submeter o Seu servo a mais uma grande prova pedindo-lhe a oferta, em

holocausto, deste seu filho Isaque. O sacrifício não foi concretizado porque o próprio Senhor não o permitiu, providenciando um carneiro substituto para o altar já preparado. Notemos que Abraão não hesitou em obedecer à ordem divina, “porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos” (Heb. 11:19), nunca deixando de crer que era Isaque a concretização das promessas divinas (Gen. 21:1-2). O autor da epístola aos Hebreus afirma que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Heb. 11:6). Fé incondicional, que nos leva à inteira dependência de Deus e não de méritos pessoais que não existem! “Crê somente” (Mar. 5:36), foram as palavras de Jesus a Jairo, o chefe da sinagoga a quem os da sua própria casa queriam convencer de que nada mais era possível fazer pela sua filhinha morta! O texto da nossa lição, além de muitas outras passagens bíblicas, não nos deixa dúvidas quanto à necessidade deste tipo de fé para alcançarmos a vida eterna. Precisamos de reconhecer que somos pecadores (Rom. 3, Lição II), que o pecado provoca a ira de Deus (Rom. 1 e 2, Lição III), e que a graça divina nos providenciou a salvação em Cristo Jesus (Rom. 5, Lição IV). Hoje, meditaremos nesta grande

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Verdade do Evangelho (4): Tudo o que precisamos de fazer para sermos salvos é crer em Cristo como nosso Salvador. I - O QUE SIGNIFICA “CRER SOMENTE” (v. 3) A fé salvadora não é outra coisa senão total confiança em Cristo como Salvador. Quem pretender “dar uma ajuda” na obra da salvação está a rejeitar o dom completo da graça de Deus! A salvação não é um pagamento ou prêmio de bom comportamento. Não podemos colocar Deus na posição de devedor, com a “obrigação” de nos salvar por praticarmos boas obras! A fé salvadora é uma realidade que muda a vida do ser humano e não um mero conceito abstrato. Não é difícil encontrarmos pessoas que acreditam que Jesus esteve neste mundo, e até que Ele é o Filho de Deus. Só que a fé necessária para a salvação é bem mais do que a comum aceitação intelectual de um fato (Tiago afirmou que os próprios demônios creem em Deus, “e tremem” – Tiago 2:19). E, no entanto, o exercício da fé salvadora é tocantemente simples e eficaz: basta crer em Jesus “de todo o coração”, como fizeram o etíope eunuco e o carcereiro de Filipos (At. 8:26-40;

16:27-34)! Ambos foram instantaneamente transformados, nascidos de novo (João 3:3-7; 1 João 5:1) e feitos filhos de Deus (Gál 4:4-7). Não há outro meio, nenhum outro caminho, nenhum outro nome pelo qual possamos ser salvos (At. 4:10-12)! A fé salvadora descrita nas Escrituras é a que conduz à convicção, confissão e arrependimento do pecado. Há pessoas que clamam a Deus por socorro em momentos de aperto, mas se esquecem Dele assim que a crise passa. Fé temporária não é fé verdadeira! Abraão foi chamado de “pai de todos os que creem” (Rom. 4:11, 16-18) com base na sua fé em Deus. Seria interessante compararmos a qualidade da nossa própria fé com a do grande patriarca e a de outros servos do Senhor descritos na Bíblia. Certo dia, um funâmbulo – artista que atravessa o circo de um lado ao outro, caminhando sobre uma corda colocada a grande altura, tendo nas mãos somente uma vara para se equilibrar -, depois de agradecer os aplausos da multidão, ofereceu-se para repetir o número com um voluntário, de entre os espectadores, sentado nos seus ombros. A diferença entre acreditar e confiar logo se tornou evidente, já que, mesmo sem

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pôr em causa a idoneidade do artista para cumprir o que prometia, ninguém aceitou o seu desafio! Esta simples ilustração ajuda-nos a entender o tipo de fé de que necessitamos. Façamos nossa a oração do pai daquele menino possuído, quando o Senhor Jesus lhe afirmou que “tudo é possível ao que crê”: “Eu creio, ajuda-me na minha falta de fé” (Mar. 9:23-24). II - CARACTERÍSTICAS DA FÉ VERDADEIRA (vs. 18-22) A expressão “Abraão creu em Deus” (v. 3) não significa somente que aceitava Deus como um Ente Superior: ele tomou para si uma real e específica promessa de Deus, a Quem se submeteu, sem restrições, conformando o resto da sua vida ao propósito divino. “Crer somente” exige, antes de mais, que aceitemos e apliquemos a fé à nossa própria vida. Podemos acreditar que “Deus amou o mundo de tal maneira, que lhe deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16), mas só seremos salvos quando, movidos pela fé, decidirmos colocar o nosso nome no lugar de “todo aquele”. “Crer somente” produz perseverança (vs. 18-19).

Apesar de os 175 anos que Abraão viveu não lhe terem permitido, obviamente, assistir ao cumprimento da promessa de que seria “pai de muitas nações”, contudo, “esperando contra a esperança” e “sem enfraquecer na fé”, ele creu! Não sabemos, ao certo, quantos anos decorreram entre Ur da Caldeia e a saída do patriarca de Harã, aos 75 anos (Gen. 12:4). Mas sabemos que, para além desse tempo indeterminado, Abraão esperou mais 25 anos até lhe nascer Isaque. Coloquemo-nos no lugar dele: seríamos capazes de esperar tanto tempo pelo cumprimento de uma promessa tão importante? Vemos como a fé e a perseverança de Abraão foram recompensadas. “Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa” (Heb. 10:35-36). “Crer somente” requer paciência e capacidade de resistir às pressões (v. 20). Tendo chegado aos 75 anos de idade sem conceber, Sara deu largas à sua impaciência e resolveu contornar o plano de Deus entregando a Abraão uma das suas escravas para, através dela, obter uma criança que seria

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legalmente sua (Gen. 16:1,2). Embora cedendo ao estratagema de Sara, Abraão manteve intacta a sua fé. Muitas vezes a nossa fé será posta à prova. Circunstâncias e pessoas à nossa volta tentarão persuadir-nos a desistir. Recordemos, então, o exemplo de Abraão, que “pela fé se fortaleceu, dando glória a Deus”. “Crer somente” exige que vivamos de acordo com a nossa fé (v. 21). A única prova da genuinidade da fé são as obras que dela resultam (Tiago 2:18). Tal como Abraão, estamos “plenamente convictos” de que o Senhor não deixa, jamais, de cumprir as Suas promessas? III - AS CONSEQUÊNCIAS DE “CRER SOMENTE” (4:23-5:1) Quando cremos no Senhor e O aceitamos, isso foi-nos “imputado

para justiça” (4:3), ou seja, fomos declarados justos, mediante a fé, e reconciliados com Ele (5:1). Temos paz com Deus porque o Seu Filho Jesus tomou sobre Si os nossos pecados (Is. 53:4-6), pagando a nossa dívida para com Ele de forma definitiva (Rom. 4:8; 2 Cor. 5:21; Colos. 2:13-14). Concluindo, fica aqui uma última mas crucial pergunta: estás disposto a confiar plenamente em Cristo como teu Salvador e Senhor, ou preferes permanecer nos teus pecados, tentando chegar a Deus através do teu próprio esforço, praticando aquilo que chamas de “boas obras”? Crê somente em Jesus! “…não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At. 4:12).

Questionário

1) Com suas palavras explique. O que significa crer somente? __________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Quais as consequências de crer somente? __________________________________________________________________________________________________________________________________

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Texto áureo: “Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem coisas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8:38-39). Leitura bíblica: Romanos 8:1; 28-31; 35-39 1 Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. 28 E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29 Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; 30 e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou. 31 Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? 35 quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? 36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro. 37 Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou. 38 Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades,

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39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. Leituras diárias: Segunda: Filip. 1:3-7 Quinta: Judas 24-25 Terça: Ef. 1:3-14 Sexta: Rom. 5:1-5 Quarta: 2 Tim. 1:8-12 Sábado: Heb. 7:22-28 INTRODUÇÃO: Quando fomos salvos, resgatados das trevas e do poder do pecado, iniciamos uma relação eterna com Deus. Relação essa que vai progredindo e crescendo. Fomos feitos filhos de Deus, mas a verdade é que continuamos a viver num corpo sujeito ao pecado. Por isso é muito importante sabermos que o Senhor não deixará de completar o trabalho que começou em nós (Rom. 8:28-31). Chegará o dia em que Aquele que salvou a nossa alma livrá-la-á, também, de todos os efeitos do pecado! Entretanto, e enquanto esse dia não chega, e seja o que for que nos aconteça, o Senhor guardará, em segurança, a nossa alma. Nele, somos mais que vencedores (vs. 35-39). Nada, nem ninguém, nos poderá arrebatar da mão de Cristo Jesus (João 10:28). Fomos salvos de uma vez para sempre! Então, quando, ao evangelizar alguém, lhe mostrarmos que é pecador (Rom. 3, Lição II), e o confrontarmos com a ira

de Deus contra o pecado (Rom. 1 e 2, Lição III), e lhe expusermos o plano da salvação pela graça de Deus (Rom. 5, Lição IV), e o conduzirmos a crer em Cristo como seu Salvador (Rom. 4, Lição V), é o momento de usarmos o cap. 8 desta mesma epístola para o firmarmos na certeza de que pertence a Deus para sempre. Verdade do Evangelho (5): Porque Jesus Cristo, o Filho de Deus, é o Único Salvador, a salvação é eterna! I - AGORA SOMOS DE DEUS (v. 1) No momento em que cremos em Cristo e O aceitamos como Salvador, tornamo-nos filhos de Deus. O nosso destino ficou selado: estamos em Cristo, e Ele em nós, para sempre! Não é possível perdermos a salvação porque é Cristo, e não obras que tivéssemos feito a chave da nossa justificação. Outro aspecto importante é que a

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salvação nos libertou da escravidão da carne, ou seja, do domínio da natureza humana (Rom. 8:2-9). É pela carne que estamos sujeitos à tentação de Satanás para o pecado. Mas é igualmente verdade que o Senhor nos deu o Espírito Santo, que passou a habitar em nós e nos capacita a vivermos para Ele. Uma vida dominada pela carne é caracterizada por “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissenções, facções, invejas, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas” (Gál. 5:19-21). Uma vida controlada e dirigida pelo Espírito de Deus frutifica em “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gál. 5:22-23). Entretanto, notemos o seguinte: se é fato que não é pelas obras que alcançamos a salvação, também é verdade que o salvo não pode deixar de experimentar e demonstrar uma mudança radical na sua prática de vida. No ato da salvação, Deus imputa-nos a retidão e a justiça de Cristo e começa, desde logo, a agir em nós para que essa retidão e justiça vão moldando o nosso caráter à imagem do próprio Cristo: “…somos transformados, de glória em glória, na Sua própria imagem, como pelo

Senhor, o Espírito” (2 Cor. 3:18). “Deixemos, pois, as obras das trevas, e revistamo-nos das armas da luz” (Rom. 13:12). II - PERTENCEMOS A DEUS PARA SEMPRE (vs. 28-31) “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (v. 28). Esta é uma promessa destinada somente àqueles “que amam a Deus”: todas as suas experiências, mesmo as de maior sofrimento, contribuem para a consolidação da sua estrutura espiritual. Os eleitos de Deus são providos da capacidade, não só de suportar e vencer as adversidades, como de vê-las transformadas, pela intervenção do Espírito Santo, em proveito, benefício e, até, fonte de regozijo (vs. 26 e 27)! Mesmo que não compreendamos por que razão nos sobrevêm algumas experiências amargas, aceitemo-las como o cumprimento do propósito de Deus, como aconteceu com o patriarca José (Gen., caps. 37, 39 a 47). “…Deus estava com ele, e livrou-o de todas as suas aflições, concedendo-lhe também graça e sabedoria perante Faraó, rei do Egito…” (At. 7:9-10). Mas a expressão “todas as coisas”

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envolve outras promessas divinas de grande significado e que são consequência direta da Sua ação, conduzindo-nos a uma relação de estreita comunhão com Ele: “…aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem do Seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou” (vs. 29-30). Ao considerarmos a indizível maravilha da nossa relação com Cristo, uma conclusão é inevitável: não a merecíamos e nada fizemos por ela! Cristo fez tudo, levando sobre Si a culpa do nosso pecado na cruz do Calvário (João 3:16; Rom. 5:8)! O fato de a salvação ter sido da iniciativa divina não invalida a importância da nossa atitude, aceitando-a ou rejeitando-a. Conhecendo-nos desde o princípio dos tempos, quis Deus, na Sua vontade soberana, dar-nos essa oportunidade, usando “todas as coisas” para nos atrair a Ele. Quando nos salvou, o Senhor não somente nos justificou, removendo o libelo acusatório que contra nós existia, como também nos “glorificou” (v. 30). A glorificação futura do crente – desde já dada, pelo apóstolo Paulo, como certa e

alcançada, ao usar o verbo no passado -, é o corolário e a evidência da perfeição e plenitude do ato salvador de Deus. Nele estamos seguros por toda a eternidade! III - PERTENCEMOS A DEUS APESAR DAS PROVAÇÕES (vs. 35-39) Dificuldades e tribulações são algo de muito real na vida dos crentes. O próprio Senhor Jesus declarou: “No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33). Ele pagou o preço mais elevado para nos resgatar do pecado e ascendeu ao Céu, onde se sentou à direita do Pai e continua a interceder por nós (v. 34), deixando-nos a reconfortante promessa: “…voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também” (João 14:3). Venha o que vier, temos vitória garantida em Jesus! Nada nos poderá separar do amor de Deus! Nos versículos 35-39, o apóstolo Paulo enumera algumas das tribulações que podemos vir a ter que suportar. Mas uma coisa é certa: a nossa relação com Deus permanecerá intocável! Então, em vez de serem obstáculos, os problemas e aflições aproximar-nos-ão cada vez mais Dele. Sabemos que, enquanto aqui estivermos, vivemos

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em Cristo e em Cristo morreremos. Se bem que morte signifique separação, Cristo a transformou na porta pela qual iremos, um dia, à Sua presença bendita e gloriosa! Quando observamos a atual condição do mundo, não podemos deixar de considerar as profecias de que

chegará o seu fim e vamos ter “novo céu e nova terra” (Apoc. 21:1). Então se cumprirá a promessa de que “estaremos para sempre com o Senhor” (1 Tes. 4:17). Até lá, aconteça o que acontecer, ninguém nos arrebatará da mão do Supremo e Bom Pastor (João 10:27-29). Somos Dele!

Questionário

1) É possível ao cristão que aceitou a Cristo de verdade perder a salvação? _________________________________________________________________ 2) Quais são as obras da carne? __________________________________________________________________________________________________________________________________ 3) Quais são as obras do Espirito? __________________________________________________________________________________________________________________________________

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Texto áureo: “Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles é para que sejam salvos” (Romanos 10:1). Leitura bíblica: Romanos 9:1-3; 10:1-4 1 Digo a verdade em Cristo, não minto, dando testemunho comigo a minha consciência no Espírito Santo, 2 que tenho grande tristeza e incessante dor no meu coração. 3 Porque eu mesmo desejaria ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne; 10:1-4 1 Irmãos, o bom desejo do meu coração e a minha súplica a Deus por Israel é para sua salvação. 2 Porque lhes dou testemunho de que têm zelo por Deus, mas não com entendimento. 3 Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus. 4 Pois Cristo é o fim da lei para justificar a todo aquele que crê. Leituras diárias: Segunda: João 17:20-26 Quinta: 1 Cor. 9:16-23 Terça: Luc. 13:34-35 Sexta: João 4:31-38 Quarta: João 1:40-46 Sábado: Atos 17:16-34

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INTRODUÇÃO: O peso que o coração de Paulo sentia pelos seus concidadãos que não aceitavam a Cristo como o Messias prometido nas profecias, é um grande exemplo de compaixão. A lição de hoje põe-nos algumas questões: que importância tem, para nós, o fato de tantos dos nossos parentes, amigos e vizinhos, não conhecerem Cristo? O que sentimos quando os vemos mergulhados no pecado? O apelo de Jesus a Simão Pedro e André para virem a ser “pescadores de homens” (Mat. 4:19), tem alguma coisa a ver conosco? Nenhum curso de treinamento será capaz de fazer, de qualquer de nós, um efetivo ganhador de almas se não tivermos o coração inteiramente tomado de genuíno e profundo amor pelas pessoas que conhecemos, ou vivem conosco, e não têm Cristo. Este é o requisito essencial para que o Espírito Santo nos use, de forma poderosa, para a sua salvação! A fonte do amor que deve encher o nosso coração, é o supremo e incondicional amor com que Deus nos amou, ama e amará sempre. “Nós amamos porque Ele nos amou primeiro”, afirma o apóstolo João (1 João 4:19). O amor que levou o nosso Salvador até à cruz precisa de ser reproduzido em nós, fazendo-nos

sentir a imperiosa necessidade de dele testemunharmos! I - SOFRENDO POR AMOR AOS PERDIDOS (9:1-3; 10:2-3) Paulo confessa “grande tristeza e incessante dor no coração” pela contínua rejeição de Cristo por parte dos seus compatriotas, que ele desejava, ardentemente, ver salvos. Por amor (v. 3). O apóstolo Paulo chega ao ponto de afirmar que preferiria, ele próprio, ser separado de Cristo, se assim conseguisse aproximar Israel do seu Messias! É claro que ele sabia que nada poderia separá-lo da comunhão com Deus (Rom. 8:38-39), e que a via da reconciliação do seu povo com o Senhor teria de ser outra. Mas é notável e comovente que o apóstolo sinta tanto amor pelos seus irmãos, que não se importava de os substituir na punição pelo seu pecado de rebeldia contra Cristo! Este sentimento de Paulo traz-nos à memória a expressão do amor do Senhor pela humanidade perdida: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: maldito todo aquele que for pendurado no madeiro)…” (Gál. 3:13). O exemplo do apóstolo torna claro que amor, dedicação e disponibilidade

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para sofrer são essenciais a um testemunho convincente perante aqueles que anelamos ganhar para Jesus. E este é um compromisso pessoal para ser levado a sério… Identificando-nos com os perdidos (9:3; 10:2-3). O apóstolo Paulo conhecia bem, e identificava-se plenamente com o povo a que pertencia e que desejava levar à salvação. A expressão “por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne” torna evidente essa identificação. Paulo tinha bem viva, na memória, a fase da sua vida em que também estava cego para a Verdade antes de ser transformado pela Luz celestial no caminho de Damasco. Ele, que de perseguidor passara a perseguido (At. 9:15-16), sabia, por experiência própria, a que ponto pode chegar o ódio ao Evangelho e aos seus seguidores. Compreendendo as consequências do fervor religioso mal orientado (Rom. 10:2), tinha a perfeita noção de que não era a sua pessoa que estava em causa, mas sim o próprio Senhor Jesus Cristo e a pregação do Evangelho! Como Paulo, procuremos conhecer bem aqueles que desejamos ganhar para Jesus. Não tomemos como afronta pessoal a rejeição do nosso testemunho, compreendendo que é fruto de cegueira espiritual. Quem

resiste à mensagem do Evangelho, resiste e opõe-se ao portador dela! II - ALIANDO A ESPERANÇA AO AMOR (10:1, 4) Mesmo que a salvação de grande número de judeus lhe parecesse improvável, Paulo não esmorecia no seu esforço evangelizador: “…a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles é para que sejam salvos”. Sendo verdade que recebera, do Senhor, a missão de levar o Evangelho aos gentios, o apóstolo nunca descurou a profunda necessidade espiritual dos seus concidadãos. Fazia, até, parte da sua estratégia: chegando a uma cidade pela primeira vez, começava por procurar a sinagoga ou, na falta dela, o lugar onde era mais provável encontrar judeus reunidos para orar (At. 13:5, 14; 46-47; 14:1; 16:13; 17:1-3, etc.). A conversão a Cristo de, pelo menos, alguns dos seus irmãos adoradores do Deus Vivo e conhecedores da mensagem dos profetas, facilitava, sem dúvida, a evangelização dos gentios e a edificação da igreja local. Embora parte significativa deles não suportasse a pregação e o ensino de Cristo, “muitos dos judeus e prosélitos piedosos seguiram a Paulo e a

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Barnabé, e estes, falando-lhes, os persuadiam a perseverar na graça de Deus” (At. 13:43; 17:1-5). Estes prosélitos eram gentios, vindos do paganismo e do politeísmo para o judaísmo em busca do Deus Único e Verdadeiro. Ao ouvirem o Evangelho, aceitavam Cristo como o cumprimento das profecias relativas ao Messias mais facilmente que os restantes judeus. O peso que Paulo sentia, no coração, pelos filhos de Israel seus irmãos, fez dele melhor evangelista entre os gentios. Assim também nós, movidos de profunda compaixão pelo estado de incredulidade em que vivem tantos daqueles com quem nos relacionamos, não hesitemos em apresentar-lhes

Jesus como a resposta para as suas necessidades espirituais. No devido tempo, o Senhor fará frutificar o nosso esforço: “Quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes” (Salmo 126:6). O apóstolo Paulo tinha a certeza de que o Evangelho “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rom. 1:16). Mas só pode ser instrumento desse poder maravilhoso quem, de fato, ama os perdidos e se dedica a apresentar-lhes Cristo, tanto em palavras como no estilo de vida. Peçamos ao Senhor que nos encha desse amor!

Questionário

1) Que importância tem, para você, o fato de tantos dos seus parentes, amigos

e vizinhos, não conhecerem Cristo? Explique com suas palavras. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Texto áureo: “Como, porém, invocarão aquele em que não creram? e como crerão naquele de quem nada ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?” (Romanos 10:14). Leitura bíblica: Atos 2:14, 22-24, 37; 28:23-24, 30-31 14 Então Pedro, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja- vos isto notório, e escutai as minhas palavras. 2:22-24 22 Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus, o nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com milagres, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; 23 a este, que foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, vós matastes, crucificando-o pelas mãos de iníquos; 24 ao qual Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.

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2:37 37 E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Atos 28: 23-24 23 Havendo-lhe eles marcado um dia, muitos foram ter com ele à sua morada, aos quais desde a manhã até a noite explicava com bom testemunho o reino de Deus e procurava persuadi-los acerca de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas. 24 Uns criam nas suas palavras, mas outros as rejeitavam. 28: 30-31 30 E morou dois anos inteiros na casa que alugara, e recebia a todos os que o visitavam, 31 pregando o reino de Deus e ensinando as coisas concernentes ao Senhor Jesus Cristo, com toda a liberdade, sem impedimento algum. Leituras diárias: Segunda: Rom. 10:14-17 Quinta: At. 10:34-48 Terça: At. 2:38-41 Sexta: At. 13:14-49 Quarta: At. 3:11-4:4 Sábado: At. 17:22-34 INTRODUÇÃO: Agora é tempo de passar à ação! As primeiras sete lições abordaram alguns conceitos essenciais à preparação dos ganhadores de almas para Cristo; a lição de hoje trata, especialmente, do que pode ser feito para convidar e levar um não crente à igreja para ouvir a pregação da Palavra de Deus. Este ministério requer empenhamento e alguma criatividade, mas os frutos que dele

podemos colher são preciosos! O poder de Deus sempre se manifesta no lugar e na ocasião em que a Sua Palavra é pregada! I - DEUS AGE ATRAVÉS DA PREGAÇÃO DA PALAVRA (At. 2:14-41) Desde os primeiros dias do cristianismo, a pregação tem sido um instrumento eficaz na proclamação do

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Evangelho. No dia de Pentecostes, Deus usou a pregação de um destemido e cheio do Espírito Santo, apóstolo Pedro, para levar a Cristo quase três mil pessoas (At. 2:14, 40-41). Pouco tempo depois, muitos “dos que ouviram a Palavra a aceitaram, subindo o número de homens a quase cinco mil” (At. 4:4). As leituras diárias desta semana mostram o efeito da pregação da mensagem de Cristo, por Pedro e Paulo, em ocasiões e com auditórios diversos. Recordemos, também, João Batista, que apareceu “pregando no deserto da Judéia, e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus…” (Mat. 3:1-6). A pregação de João atraiu ao deserto praticamente toda a população da Judéia! A pregação ocupou, igualmente, parte muito significativa do ministério do Senhor Jesus: “…passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus……E da Galileia, Decápolis, Jerusalém, Judéia e dalém do Jordão numerosas multidões o seguiam” (Mat. 4:17, 25). Jesus também comissionou os doze apóstolos para uma campanha de pregação da mesma mensagem (Mat. 10:5-7) e, mais tarde, um grupo de outros setenta (Luc. 10:1-11), que apresentaram um relatório muito positivo da sua tarefa (Luc. 10:17).

O papel fundamental da pregação na divulgação do Evangelho é, igualmente, afirmado pelo apóstolo Paulo: “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em que não creram? e como crerão naquele de quem nada ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rom. 10:13-14). Quis o Senhor chamar os pecadores ao arrependimento e à vida eterna por intermédio da pregação: “Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar aos que crêem, pela loucura da pregação” (1 Cor. 1:21). Atualmente, é possível que a pregação efetiva do Evangelho de Cristo esteja a ser desvalorizada e descurada, entre outras coisas, pelo aparato das “novas tecnologias”. Não que estas não tenham o seu lugar e não devam ser usadas, com proveito, no trabalho do Senhor, mas o fato é que nada pode substituir a proclamação pública da Palavra de Deus, tão singelamente quanto possível, isto é, sem recurso a artifícios que distraiam os ouvintes da mensagem que é imperioso ouvir, entenderem e aceitarem!

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II - A NOSSA RESPONSABILIDADE NESTE MINISTÉRIO (At. 28:17-31) Para levar a cabo a responsabilidade de anunciar o Evangelho com eficácia, o pregador não deve estar sozinho: precisa do apoio de outros irmãos, obreiros com ele na tarefa comum. Três décadas após o dia de Pentecostes, vamos encontrar Paulo em Roma, sob prisão domiciliar. Mas ninguém pense que o fato de estar confinado fez abrandar o ritmo do ministério do grande servo de Deus: “Por dois anos permaneceu Paulo na sua própria casa, que alugara, onde recebia a todos que o procuravam, pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo” (vs. 30-31). Durante estes dois anos, quem ajudou Paulo na assistência espiritual aos crentes da igreja de Roma, ainda por cima dispersa pelas casas de vários crentes? Na epístola a Filemon (que, com toda a probabilidade, foi escrita neste período), o apóstolo aponta os nomes de Marcos, Aristarco, Demas e Lucas. E no cap. 16 da epístola aos Romanos, escrita, de Corinto, cerca de três anos antes, Paulo já enviava saudações para um excelente e muito precioso grupo de cooperadores que tinha naquela cidade.

Não nos faltam formas e oportunidades de auxiliar os pastores das nossas igrejas. Informar o pastor de que estará presente, no próximo culto, alguém que convidamos e não conhece a Cristo, ajudá-lo-á a adequar a mensagem à específica necessidade espiritual desse visitante. É essencial o nosso testemunho pessoal no lugar onde vivemos, mas é, também, extremamente importante fazermos tudo o que estiver ao nosso alcance para conseguirmos levar descrentes a ouvir a pregação da Palavra. Com a adoração a Deus, o grande objetivo da igreja reunida é, precisamente, evangelizar os perdidos e ganhar almas para Cristo! Em resumo: o que pode cada um de nós fazer? Orar pelo pregador. Mesmo um grande ministro do Evangelho como o apóstolo Paulo sentia absoluta necessidade das orações dos crentes a seu favor: “Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a Palavra do Senhor se propague, e seja glorificada, como também está acontecendo entre vós” (2 Tes. 3:1). Cultivar bom relacionamento com os vizinhos e outras pessoas que te abram oportunidades para lhes falares de Cristo e os convidares para irem

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contigo à igreja. Sobretudo os mais tímidos, dificilmente entrarão num templo evangélico sem a companhia de alguém da sua confiança. Alguns estudos mostram que a grande maioria daqueles que começam a ir à igreja, o fazem acompanhados ou por influência direta de familiares ou amigos crentes. Continuar a mostrar interesse e a orar por alguém que levaste a ouvir a mensagem de Deus. Não o abandones! Procura apoiá-lo no esclarecimento das suas dúvidas, se necessário com a ajuda da liderança espiritual da igreja. Aproveitar os eventos especiais para fazer convites. Muitos desses eventos não serão cultos formais, mas mesmo

atividades de caráter social podem ser a porta de entrada na igreja para quem não a conhece. Daí a importância de, também neste tipo de atividades, os crentes darem bom testemunho, mostrando que são capazes de conviver, com alegria, sem serem inconvenientes e porem em causa o bom-nome do Evangelho. Concluindo: encaremos seriamente a pregação da Palavra de Deus como a mais excelente oportunidade de expor almas perdidas ao poder transformador do Espírito Santo. A missão que recebemos do Senhor Jesus é muito clara: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura” (Mar. 16:15). Vamos cumpri-la?

Questionário

1) As pessoas são salvas através de que? _________________________________________________________________ 2) Para levar a cabo a responsabilidade de anunciar o Evangelho com eficácia, o

pregador deve estar sozinho? _________________________________________________________________ 3) O que você pode fazer para ajudar? _________________________________________________________________ _________________________________________________________________

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Texto áureo: “O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio.” (Provérbios 11:30) Leitura bíblica: Romanos 10:8-17 8 Mas que diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé, que pregamos. 9 Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; 10 pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. 11 Porque a Escritura diz: Ninguém que nele crê será confundido. 12 Porquanto não há distinção entre judeu e grego; porque o mesmo Senhor o é de todos, rico para com todos os que o invocam. 13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. 14 Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue? 15 E como pregarão, se não forem enviados? assim como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam coisas boas! 16 Mas nem todos deram ouvidos ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem deu crédito à nossa mensagem? 17 Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo.

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Leituras diárias: Segunda: João 3:1-21 Quinta: Atos 10:19-48 Terça: João 4:1-30 Sexta: Lucas 14:15-24 Quarta: Atos 8:26-40 Sábado: Marcos 6:7-13 INTRODUÇÃO: Se não ganharmos almas para Cristo só porque achamos que não somos capazes, é melhor repensar o assunto. A mensagem do evangelho é muito simples. Uma criança pode compreendê-la, e qualquer crente á capaz de explicar o seu conteúdo básico. Testemunhar do evangelho é explicar a alguém como pode arrepender-se dos seus pecados e confiar em Cristo para a salvação. Você, estimado(a) leitor(a) pode ser um(a) ganhador(a) de almas para Cristo. Tendo vivido a nossa própria experiência de arrependimento, aceitando Jesus Cristo como Salvador pessoal, estamos agora, basicamente, em condições de evangelizar outras pessoas. Na verdade, o que priva os crentes de testemunharem de Cristo não é a incapacidade para o fazerem, mas certa indiferença ou passividade sobre o assunto. São grandes as promessas bíblicas de recompensa para os ganhadores de almas para Cristo. Seguramente, no Céu, iremos encontrar e reconhecer aqueles a quem testemunhamos de

Jesus. Que alegria será! Mas não temos que esperar até chegarmos ao Céu. As pessoas que evangelizarmos vão experimentar, aqui e agora, uma vida nova de alegria e satisfação e, assim, consequentemente, experimentaremos também uma singular alegria. I – VOCÊ PODE EXPLICAR O PLANO DA SALVAÇÃO (vs. 8-13) A salvação está próxima de cada pessoa. “Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” (v. 8). Não é preciso usar grande argumentação ou preocuparmo-nos muito em “convencer” alguém. O importante é, de uma forma simples e compreensível, levar a pessoa a assumir a sua condição pecadora, confessando o seu pecado e, em seguida, dizendo com as suas próprias palavras ao Senhor que aceita em seu coração o sacrifício que Jesus fez na cruz do Calvário em seu lugar (vs. 9-10). Confessar é,

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basicamente, admitir o seu pecado, em atitude de arrependimento. Depois, basta reconhecer que Jesus já pagou o preço total devido pelos nossos pecados e aceitar como válido o sacrifício que o Senhor fez na cruz em nosso lugar. As palavras pronunciadas devem ser sinceras, correspondendo ao pensamento e ao sentir do coração. Na verdade, a essência do evangelho não é difícil de explicar. A salvação está disponível para quem quiser aceitar. Não cometamos o erro de pressupor que esta ou aquela pessoa não poderá ser salva. O apóstolo Paulo dá o seu testemunho dizendo: "Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal." (1 Timóteo 1:15). O Senhor salvará " todo aquele que Nele crê " (João 3:16) e " todo aquele que invocar o nome do Senhor" (Romanos 10:13). O evangelho continua sendo "o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê." (Romanos 1:16). Não devemos fazer exceção de pessoas, pois o Senhor é “ rico para com todos os que O invocam.” (Romanos 10:12). II – VOCÊ PODE TORNAR-SE UM “PAI” NA FÉ (vs. 14-15)

As quatro perguntas que aparecem nesta passagem bíblica podem resumir-se a um único pensamento: qualquer pessoa que ouve o evangelho pode ser salva. Ouvir, crer e confessar (versículo 14) são os únicos requisitos necessários para a salvação (versículos 9-10). Cada vez que dirigimos palavras de testemunho do evangelho a alguém, essa pessoa tem oportunidade de ouvir a mensagem mais alegre e gloriosa que há na terra. Embora seja importante demonstrarmos a presença de Cristo em nós pela nossa maneira de viver, a verdade é que só uma vida de boas ações não é suficiente para testemunhar de Jesus. É preciso também falar de Cristo. Ou seja: só o nosso exemplo de vida, sem a explicação do evangelho, não chega para salvar quem quer que seja. As pessoas precisam de "ouvir" a mensagem do evangelho, e “ver” Cristo refletindo na nossa maneira de viver. O Senhor Jesus comissionou-nos para sermos Suas testemunhas. Se formos obedientes, partilhando o evangelho com outras pessoas, tornar-nos-emos, para aqueles que por nosso intermédio vão sendo salvos, seus “pais” e “mães” na fé. A nosso respeito, então, dir-se-á: “Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que

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trazem alegres novas de boas coisas." (v.15). III – VOCÊ TEM OPORTUNIDADES PARA TESTEMUNHAR (vs. 16-17) Um dos maiores obstáculos para sermos testemunhas de Cristo talvez seja a dificuldade de encontrar pessoas com quem partilhar o evangelho. Pode acontecer que, quanto mais tempo vai passando após a nossa aceitação de Cristo, menos pessoas descrentes encontremos, já que o nosso novo círculo de amigos vai sendo, agora, cada vez mais, integrado principalmente por pessoas crentes. Para encontrarmos novas oportunidades, importa, então, cultivar, intencionalmente, relações de amizade com pessoas que ainda estão perdidas, sem Jesus. O Senhor vai deparar-nos oportunidades para testemunhar. Ore, pedindo a Deus que dirija a sua vida para as pessoas certas, e esteja sensível à manifestação do Espírito Santo. As oportunidades vão surgir. Não as deixe escapar. Aproveite-as. Entre os seus familiares, parentes, amigos e até inimigos ou desconhecidos, pode haver almas preciosas cujo destino será a vida eterna se nós lhes testemunharmos do evangelho. Lembre-se das palavras de

Jesus: “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa.” (João 4:35). Se você se isolar dos incrédulos e limitar os seus contactos só às pessoas da sua igreja, certamente não terá muitas oportunidades de compartilhar a sua fé com aqueles que precisam do seu testemunho. É necessário cultivar a amizade com pessoas da mesma fé, mas não devemos limitar os nossos relacionamentos apenas aos crentes. Há outras pessoas que precisam da nossa influência e do testemunho cristão. Esforcemo-nos, pois, para encontrar formas criativas de entrar em contacto com os incrédulos e procurar ocasiões apropriadas para compartilhar com eles o evangelho de Cristo. Uma das primeiras mensagens que o Senhor Jesus pregou aos que foram chamados para estarem com Ele durante o Seu ministério terreno foi esta: "Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens." (Mateus 4:19). E, também, algumas das últimas palavras proferidas pelo Senhor aqui na terra, pouco antes de ser elevado às alturas, foram estas: " recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém

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como em toda a Judéia e Sumária, e até aos confins da terra." (Atos 1:8). Sejamos, pois, irmãos e irmãs, fiéis

ganhadores de almas para Cristo. O Senhor conta conosco, nessa difícil mas maravilhosa tarefa.

Questionário

1) Qualquer cristão pode ganhar almas para Jesus ou só os pastores e missionários? ______________________________________________________________________________________________________________________________

2) A salvação está disponível para quem? __________________________________________________________________________________________________________________________________ 3) Você tem tido oportunidades para testemunhar? __________________________________________________________________________________________________________________________________

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Texto áureo: “Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti.” (Marcos 5:19) Leitura Bíblica: Atos 26:4-5, 9-10, 13-16; 1 Timóteo 1:14 4 A minha vida, pois, desde a mocidade, o que tem sido sempre entre o meu povo e em Jerusalém, sabem-na todos os judeus, 5 pois me conhecem desde o princípio e, se quiserem, podem dar testemunho de que, conforme a mais severa seita da nossa religião, vivi fariseu. 9 Eu, na verdade, cuidara que devia praticar muitas coisas contra o nome de Jesus, o nazareno; 10 o que, com efeito, fiz em Jerusalém. Pois havendo recebido autoridade dos principais dos sacerdotes, não somente encerrei muitos dos santos em prisões, como também dei o meu voto contra eles quando os matavam. 13 ao meio-dia, ó rei vi no caminho uma luz do céu, que excedia o esplendor do sol, resplandecendo em torno de mim e dos que iam comigo. 14 E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me dizia em língua hebráica: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões. 15 Disse eu: Quem és, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues;

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16 mas levanta-te e põe-te em pé; pois para isto te apareci, para te fazer ministro e testemunha tanto das coisas em que me tens visto como daquelas em que te hei de aparecer; 1 Timóteo 1:14 14 e a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que há em Cristo Jesus. Leituras diárias: Segunda: Atos 21:39-22:21 Quinta: Filipenses 3:4-14 Terça: Atos 4:10-21 Sexta: Romanos 7:5-25 Quarta: Gálatas 1:11-24 Sábado: João 4:28-42 INTRODUÇÃO: O apóstolo Paulo - grande ganhador de almas! - usou o seu testemunho pessoal para levar outras pessoas à salvação. No episódio a que o texto bíblico desta semana se refere, Paulo estava a ser julgado e aproveitou para dar o seu testemunho cristão ao rei Agripa, seu juiz, falando da sua experiência cristã de tal forma que transformou um testemunho pessoal numa poderosa mensagem do evangelho. Começando por contar o que fora a sua vida antes de ter conhecido Cristo, Paulo explicou, depois, como é que chegou a perceber a necessidade da salvação. O seu testemunho enfatizou a mudança experimentada em seu

viver, depois de se ter tornado um seguidor de Jesus. Se você, caro leitor, já experimentou a salvação que há em Cristo, as circunstâncias que o levaram à aceitação do Senhor Jesus foram, seguramente, diferentes das que aconteceram com o apóstolo Paulo. No entanto, o seu testemunho contém, basicamente, os mesmos elementos básicos do testemunho de Paulo. Se por acaso você, estimado leitor, ainda não é um crente em Jesus, e não tem, portanto, um testemunho pessoal relativo à operação da maravilhosa graça de Deus em sua vida, então fale com alguém que já seja crente, para que essa pessoa o ajude a conhecer e aceitar Cristo como

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seu Salvador pessoal, tornando-se, assim, também, um filho de Deus possuidor da vida eterna. I – A VIDA ANTES DE ACEITAR CRISTO (Atos 26:1-11) Paulo confessou abertamente qual era o seu modo de vida antes de ter sido salvo. Contudo, nota-se que procurou evitar sensacionalismos, tais como, por exemplo, relatar com detalhe o seu envolvimento na morte de Estêvão. O fato poderia ter atraído mais atenção para a sua própria história do que para o essencial, ou seja, a história de Jesus. Ao testemunharmos acerca da graça salvadora de Deus a nosso favor, devemos ser sinceros ao caracterizar a nossa vida antes de termos experimentado a salvação. Não há necessidade de “ornamentar” muito aquilo que aconteceu. O que o Senhor fez com cada um de nós, na experiência da salvação, já é uma obra grandiosa que simplesmente precisa ser transmitida a outras pessoas. A ênfase do testemunho, portanto, deve ser a obra que Cristo realizou a nosso favor, e não uma história, mais ou menos “adornada”, da nossa vida pecaminosa de então. Em vez de darmos informação detalhada acerca da vida “velha”,

vivida em pecado, o testemunho evangelístico deve centrar-se, antes, em aspectos das nossas vidas que ilustrem a condição deplorável de uma pessoa perdida, sem Deus. Por exemplo, Paulo admitiu que tivesse aprisionado muitos cristãos e dado “o seu voto contra eles”, mas sem gastar demasiado tempo contando todos os detalhes sobre o assunto. Convém que a ênfase do nosso testemunho evangelístico tenha o seu enfoque principal apenas no aspecto mais saliente da nossa vida anterior. De preferência, algo que seja relevante para alguma área da vida do nosso interlocutor. Por exemplo, se estivermos procurando evangelizar uma pessoa que perdeu recentemente um ente querido, podemos referir que, antes de aceitarmos Cristo como nosso Salvador, vivíamos com muito receio daquilo que nos iria acontecer quando a morte chegasse. Porém, agora que estamos salvos, sabemos que temos assegurada a vida eterna em Cristo e que, portanto, podemos experimentar verdadeira paz mesmo perante a realidade da morte, pois sabemos que Deus vai acolher-nos no Céu, onde viveremos para sempre com o Senhor. II – A NECESSIDADE DE ACEITAR CRISTO (Atos 26:12-18) Ao partilhar o seu testemunho cristão,

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o apóstolo Paulo achou por bem mencionar onde aconteceu o seu encontro com Cristo (versículo 12), e quais as circunstâncias (versículo 13) que se verificaram. Porém, rapidamente, ele transferiu todo o enfoque do assunto para a profunda transformação operada na sua vida (versículos 14-18). Pode parecer-nos que não é relevante mencionarmos o lugar onde aceitámos Cristo, mas convém que enfatizemos as razões básicas que nos motivaram para aceitarmos a salvação que há em Jesus. Sem nunca faltar à verdade, convém referir a forma como o Espírito Santo nos convenceu e nos chamou para Cristo, independentemente do lugar onde estávamos ou das circunstâncias do momento em que a nossa salvação ocorreu. III – COMO ACONTECEU A ACEITAÇÃO DE CRISTO (1 Timóteo 1:12-16) Embora o apóstolo Paulo não tenha enunciado, perante o rei Agripa, alguns detalhes da sua conversão, na verdade ele testemunhou, mais tarde, que a aceitação de Cristo não ficou a dever-se à sua própria iniciativa, mas, antes, à manifestação sobrenatural da “graça de nosso Senhor”. Tal graça foi tão "abundante" que permitiu a Paulo

não necessitar de exercer uma grande fé para se sentir preenchido com o "amor que há em Cristo Jesus” (v. 14). Deus foi misericordioso, tendo em conta todas as coisas terríveis que Paulo tinha praticado “ignorantemente, na incredulidade” (v. 13). Cristo veio ao encontro de Paulo e sua condição pecaminosa, para lhe mostrar que ele precisava de se humilhar, entregando a sua vida ao Senhor. A partir de então, a grande prioridade de Paulo foi anunciar aquilo que todos devem conhecer, ou seja: que “Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores” (v. 15). Na verdade, também foi pela graça de Deus, e mediante a nossa fé, que aceitamos o Senhor Jesus como único e suficiente Salvador. Nada temos de que nos orgulhar. Tudo foi obra do Senhor. Assim, em nosso testemunho, não há razão para darmos ênfase a qualquer esforço humano feito para a nossa salvação. IV – A NOVA VIDA EM CRISTO (Atos 26:19-23) A descrição que Paulo faz da nova vida em Cristo é apresentada como se ele fosse testemunha do acontecimento. Uma testemunha conta simplesmente aquilo que viu, experimentou ou viveu. Deus quer que continuemos a ser

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“testemunhas” daquilo que Jesus fez em nossas vidas, para que, assim, outras pessoas possam ser evangelizadas por nosso intermédio. Podemos não ter uma chamada especial vinda de Deus para sermos pastores ou missionários e viajar pelo mundo, como aconteceu com o apóstolo Paulo, mas, à semelhança do que aconteceu com o Gadareno, todos podemos ir para nossa casa, para os nossos, e anunciar-lhes quão grandes coisas o Senhor nos fez, e como teve misericórdia de nós (Marcos 5:19). O testemunho de Paulo ainda destacou um outro ponto saliente sobre a sua nova vida em Cristo, ao referir: “Tendo alcançando socorro de Deus, ainda até ao dia de hoje

permaneço dando testemunho tanto a pequenos como a grandes.” (v. 22). Muitas foram as provas e lutas na vida do “apóstolo dos Gentios”, mas ele permaneceu fiel até ao fim da sua vida, dando sempre testemunho de Cristo. Que maravilhosa inspiração para todos os que somos crentes! Que à semelhança de Paulo, possamos também dizer, quando chegar o fim da nossa jornada: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.” (2 Timóteo 4:7-8). Amem!

Questionário

1) Conte como foi sua conversão? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Texto áureo: “Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação.” (2 Coríntios 6:2) Leitura Bíblica: Atos 26:24-29 24 Fazendo ele deste modo a sua defesa, disse Festo em alta voz: Estás louco, Paulo; as muitas letras te fazem delirar. 25 Mas Paulo disse: Não deliro, ó excelentíssimo Festo, antes digo palavras de verdade e de perfeito juízo. 26 Porque o rei, diante de quem falo com liberdade, sabe destas coisas, pois não creio que nada disto lhe é oculto; porque isto não se fez em qualquer canto. 27 Crês tu nos profetas, ó rei Agripa? Sei que crês. 28 Disse Agripa a Paulo: Por pouco me persuades a fazer-me cristão. 29 Respondeu Paulo: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me ouvem, se tornassem tais qual eu sou, menos estas cadeias. Leituras diárias: Segunda: Atos 8:36-40 Quinta: João 11:20-27 Terça: 1 Reis 18:21-39 Sexta: João 9:35-38 Quarta: Josué 24:1-18 Sábado: Marcos 9:17-27

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INTRODUÇÃO: Testemunhar de Cristo, como alguém já disse, é algo parecido com "um mendigo que já matou a fome dizendo a outro mendigo onde é que este pode encontrar pão." Dito assim, pode parecer um pouco simplificado, mas, na verdade, quando testemunhamos de Jesus, contamos, simplesmente, qual foi a nossa experiência no Senhor, e explicamos, a partir da Bíblia, como é que Jesus também pode ser encontrado. Em algum momento da nossa conversa com uma pessoa que ainda não tem Cristo e a quem estamos procurando evangelizar, devemos chegar ao ponto de lhe propor que aceite Cristo como seu Salvador pessoal. Existem cinco princípios básicos que, em tais ocasiões, devemos ter em conta. (1) Abordar o assunto esperando sempre uma resposta positiva. (2) Tomar cuidado para evitar reações negativas que possam desencorajar a tomada de uma decisão. (3) Contar com as naturais evasivas, à medida que vamos procurando levar a pessoa a assumir um compromisso com Cristo. (4) Incluir essa probabilidade na conversação. (5) Terminar sempre a conversa com uma expressão de verdadeira amizade, independentemente de a pessoa aceitar Cristo ou não. O apóstolo

Paulo exemplifica estes princípios na forma como concluiu o seu depoimento perante o rei Agripa. I – ESPERANDO UMA RESPOSTA POSITIVA (Atos 26:22-23) No testemunho de Paulo perante o rei Agripa, a sua referência " tanto a pequenos como a grandes" (v. 22), e também "aos gentios" (v. 23), torna claro que ele esperava, realmente, que o rei Agripa também fosse salvo. O fato de Paulo esperar uma resposta positiva tornou mais difícil a resistência do rei que, embora não tenha recebido o evangelho, acabou por não manifestar qualquer hostilidade. As dificuldades enfrentadas no testemunho de Paulo perante o rei Agripa não foram muito diferentes daquilo que acontece, hoje, quanto tentamos testemunhar. Em vez de permitirmos que as dificuldades levantadas motivem em nós uma atitude negativa, procuremos, antes, analisar, sempre, em espírito de oração e dependência de Deus, o que está realmente acontecendo naquele momento específico. Resistir ao evangelho é uma resposta natural para uma pessoa perdida. Se não houvesse resistência, tal pessoa já estaria salva. Ao testemunharmos,

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quando alguém começa a resistir ao evangelho, devemos ser positivos na abordagem que estamos fazendo, e continuar confiando que o Senhor é capaz de, apesar de tudo, salvar a pessoa em questão. Qualquer que seja o contexto do nosso testemunho, nunca devemos envergonhar-nos do evangelho. Na verdade, o evangelho continua a ser “o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.” (Romanos 1:16). O fato de o diabo estar tentando manter uma pessoa na incredulidade, em nada diminui o poder do evangelho. Tenhamos confiança na autoridade de Deus e no Seu desejo de continuar salvando almas preciosas, qualquer que seja a circunstância e o resultado do nosso testemunho. II – EVITANDO REAÇÕES NEGATIVAS (Atos 26:24-25) O apóstolo Paulo dá-nos um bom exemplo sobre a melhor atitude a tomar quando há reações negativas. Enquanto estava dando testemunho perante o rei Agripa, Festo, um subordinado de Agripa, entrou bruscamente na conversa, dirigindo-se a Paulo “em alta voz”, apesar do Apóstolo não estar a falar com ele. Festo não só gritou com Paulo, mas,

também, precipitadamente, acusou-o de estar louco. Com admirável sabedoria, Paulo deu-lhe uma resposta curta, simples, tranquila, educada, e continuou dirigindo-se ao rei. O apóstolo Paulo percebeu que, como testemunha de Cristo, devia ter cuidado para não cair numa atitude de simples autodefesa. De fato, o seu propósito não era tanto defender-se, mas, antes, testemunhar de Cristo ao rei Agripa na esperança de que este também fosse salvo. Paulo soube responder com serenidade, não reagindo “a quente” nem pagando raiva com raiva. Permanecendo tranquilo diante da hostilidade, o apóstolo Paulo estava pondo em prática um sábio conselho bíblico: " A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira." (Provérbios 15:1). Quando estiver em jogo uma alma preciosa, saibamos, nós também, sempre, manter a serenidade, lidando amorosamente com a circunstância, qualquer que seja a forma de reagirem conosco. O objetivo último, e sempre preferível, deve ser ganharmos uma alma, e não o de ganharmos um argumento. Enquanto vamos cumprindo o nosso dever como testemunhas de Jesus, não esqueçamos a promessa que o Senhor nos fez: "Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem

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e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” (Mateus 5:11-12). Como sabemos, tanto Jesus quanto João Batista, foram vítimas de oposição e perseguição.” (Mateus 11:18-19). De João Batista, disseram "Ele tem demónio", só porque não bebia vinho nem participava nas festas; Jesus, entretanto, foi criticado exatamente pela razão oposta: "Eis aí um homem comilão e beberrão, amigo dos publicanos e pecadores." O Senhor resume a situação, afirmando que tais opiniões não são relevantes. III – DA DISTRAÇÃO PARA O COMPROMISSO (Atos 26:26) O testemunho de Paulo perante o rei Agripa foi interrompido com o discurso provocatório de Festo. Ao testemunharmos, iremos dar-nos conta de que, à medida que nos vamos aproximando do momento da decisão, o diabo irá procurar impedir o nosso objetivo. Há um bebê que começa a chorar, uma criança que exige atenção, um telefone que toca, uma visita que bate à porta, etc. Por vezes, a interrupção pode ser de tal ordem que impede mesmo o apelo final para um

compromisso com Cristo; mas, geralmente, ainda podemos manter o controlo da conversa e evitar que qualquer distração perturbe o nosso objetivo. Em vez de sermos derrotados logo de início, por qualquer motivo de desatenção, devemos, antes, tentar reencaminhar o diálogo na perspectiva de termos de novo a atenção da pessoa, e completar a proposta para que seja assumido um compromisso com Cristo. Não assumamos a derrota só porque o diabo, sutilmente, usou algo para distrair a atenção da pessoa que estamos procurando evangelizar. IV – EVITANDO O MONÓLOGO (Atos 26:27) Toda a ação de testemunhar do evangelho deve consistir numa conversa, na qual participam: a pessoa a evangelizar, o Espírito Santo, e nós. É importante fazer perguntas, envolvendo a pessoa de modo a que ela se sinta dentro da conversação. Paulo perguntou: "Crês tu nos profetas, ó rei Agripa?" E, logo a seguir, acrescentou uma declaração – “bem sei que crês”-, manifestando, assim, confiança de que o rei pudesse aceitar a mensagem apresentada acerca do Messias. Envolver no diálogo do nosso

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testemunho a pessoa que queremos evangelizar, não só manterá desperta a sua atenção como dará mais naturalidade à conversa de evangelização. Foi assim que Jesus fez, por exemplo, tanto no diálogo com a mulher samaritana (João 4:1-30) como no Seu encontro com Nicodemos (João 3:1-21). V – TERMINAR DE FORMA POSITIVA (Atos 26:28-29) Importa que tratemos as pessoas que procuramos levar a Cristo de modo a criar e desenvolver amizades. Se por acaso notarmos severa resistência à nossa ação evangelizadora, convém terminar a conversa de tal modo que

deixemos aberta a porta para outra oportunidade. Paulo dá-nos um bom exemplo na forma como encarou a relutância com que o rei Agripa reagiu. Quando o rei disse, "Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão,” Paulo respondeu: "Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo, se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias.” Assim, o apóstolo Paulo terminou a sua conversa com Agripa de forma tão elevada que é mesmo possível o rei ter ouvido, mais tarde, de novo, o testemunho do evangelho. Pode, até, ter acabado por responder de forma positiva à fé cristã, embora a Bíblia não nos dê tal informação.

Questionário

1) Quais os cinco princípios básicos para evangelização? 1. ____________________________________________________________ 2. ____________________________________________________________ 3. ____________________________________________________________ 4. ____________________________________________________________ 5. ____________________________________________________________

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Texto áureo: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura.” (Marcos 16:15) Leitura Bíblica: Romanos 15:15-21 15 Mas em parte vos escrevo mais ousadamente, como para vos trazer outra vez isto à memória, por causa da graça que por Deus me foi dada, 16 para ser ministro de Cristo Jesus entre os gentios, ministrando o evangelho de Deus, para que sejam aceitáveis os gentios como oferta, santificada pelo Espírito Santo. 17 Tenho, portanto, motivo para me gloriar em Cristo Jesus, nas coisas concernentes a Deus; 18 porque não ousarei falar de coisa alguma senão daquilo que Cristo por meu intermédio tem feito, para obediência da parte dos gentios, por palavra e por obras, 19 pelo poder de sinais e prodígios, no poder do Espírito Santo; de modo que desde Jerusalém e arredores, até a Ilíria, tenho divulgado o evangelho de Cristo; 20 deste modo esforçando-me por anunciar o evangelho, não onde Cristo houvera sido nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio; 21 antes, como está escrito: Aqueles a quem não foi anunciado, o verão; e os que não ouviram, entenderão. Leituras diárias: Segunda: Marcos 1:32-39 Quinta: Atos 8:4-12 Terça: Mateus 9:35-38 Sexta: Atos 16:6-10 Quarta: Jonas 4:1-11 Sábado: Apocalipse 5:1-14

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INTRODUÇÃO: O sucesso da maioria dos empreendimentos humanos depende da concentração de esforços para se atingir um objetivo específico. O mesmo pode ser dito da ação evangelizadora de uma determinada igreja, ou de uma equipa de crentes treinados para evangelizar. A fim de se alcançarem melhores resultados, convém marcar objetivos específicos, como, por exemplo, determinar o tipo de pessoas alvo que queremos evangelizar. Importa, no entanto, esclarecer que, ao elegermos um determinado grupo, isso não significa que os outros sejam ignorados. O evangelho destina-se a todas as pessoas que estiverem dispostas a ouvir a mensagem da salvação. No fim do último livro do Novo Testamento, o Senhor Jesus convida para a salvação da seguinte maneira: " O Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.” (Apocalipse 22:17). Notemos que, apesar do convite de Jesus ser tão abrangente, ele também especifica e elege os que estão ávidos da mensagem e querem, de fato, tomar "de graça da água da vida." Eleger um determinado grupo como alvo de evangelização é assunto que merece a nossa melhor atenção.

Devemos ter em conta vários fatores, nessa solene tarefa. Antes de mais, é indispensável muita oração, lembrando que o destino de preciosas almas pode estar dependente da decisão que tomarmos. No entanto, repetimos: escolher determinados grupos humanos para evangelizar pode revelar-se fundamental, se quisermos levar o evangelho a todas as pessoas. I - DISCERNINDO A ORIENTAÇÃO DE DEUS (Romanos 15:15) O apóstolo Paulo tomou a iniciativa de escrever a carta aos Romano movido pelo mesmo princípio que determinou praticamente toda a orientação e esforço do seu ministério: "pela graça que por Deus me foi dada." Ou seja: Paulo era sensível à "graça" e à orientação do Espírito Santo. Ele analisava, continuamente, a forma como Deus ia operando na sua vida, mostrando-lhe, assim, o que ele devia fazer. Deus não nos chamou para irmos a todos os lugares ao mesmo tempo, nem tornou receptivas ao nosso testemunho todas as pessoas. Então, aonde é que devemos ir, ou a quem é que devemos evangelizar? É preciso que, em espírito de oração, procuremos que o Senhor nos mostre

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a Sua vontade e quais são as nossas oportunidades de testemunho. O Senhor vocacionou o apóstolo Paulo para se dirigir aos gentios. Com essa chamada, Deus criou, também, entre os gentios, abertura e receptividade à pregação de Paulo. A salvação de muitas pessoas foi resultado da contínua orientação de Deus na vida do Apóstolo. Conforme Paulo se dirigiu ao povo que Deus já tinha escolhido para seu grupo alvo, o Espírito Santo trabalhou nas vidas dessas pessoas, tornando-as receptivas e prontas para receberem a mensagem do evangelho. É verdade que o apóstolo Paulo sempre teve uma enorme preocupação no sentido de evangelizar os judeus, mas estes raramente respondiam à sua pregação. Paulo continuou a testemunhar ao povo judeu em todas as oportunidades, mas Deus escolheu, de fato, os gentios como seu grupo alvo. Desde o início da experiência cristã de Paulo que Deus determinou enviar o evangelho aos gentios através dele. Mesmo antes da sua conversão, já o Senhor lhe havia permitido experiências que estabeleceram um fundamento para, mais tarde, ele ir evangelizar outros povos. A sua formação académica, a experiência profissional, à vontade que tinha para trocar ideias com todas as pessoas e,

também, a compreensão que Paulo tinha de outros povos, em resultado do seu crescimento em Tarso. Tudo isso combinado fazia dele um mensageiro ideal para o grupo de pessoas que Deus escolheu como alvo principal do seu ministério. Importa que permaneçamos sensíveis e atentos à soberana orientação de Deus, na realização da Sua obra. Cada igreja deve ter a preocupação de ministrar entre as pessoas que Deus lhe vai deparando para serem evangelizadas. Não negligenciemos essas preciosas oportunidades, mas saibamos, antes, responder em atitude de obediência ao Senhor, cumprindo o ministério que Ele espera realizar por nosso intermédio. À semelhança de Paulo, saibamos, pois, obedecer à ordem divina (Atos 26:16-19). II - SEGUINDO OS PRINCÍPIOS BÍBLICOS Agindo com ousadia (v. 15). O apóstolo Paulo podia dirigir-se "ousadamente" a uma congregação integrada por crentes judeus e gentios, em Roma, porque Deus o tinha chamado com essa finalidade. Saulo de Tarso, o judeu fariseu, tornara-se Paulo, o apóstolo para os gentios. Depois de Deus o chamar para o seu ministério específico, Paulo sentia um

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orgulho santo (ver a palavra "glória" no versículo 17), em tudo aquilo que Deus ia realizando por seu intermédio. De forma nenhuma minimizava o trabalho dos outros, mas sabia que Deus estava com ele para abençoá-lo e, através dele, fazer chegar o evangelho às nações que os judeus consideravam "gentias". Deus ungiu o apóstolo Paulo para ser eficaz no seu ministério, tanto através da mensagem que pregava, como pela confirmação dessa mensagem por meio de sinais e milagres (versículos 18-19). A sua forma de vida, por outro lado, era também um forte testemunho para aqueles a quem evangelizava. Na verdade, o ministério de Paulo entre os gentios foi ricamente abençoado e sempre acompanhado pela unção e poder do Espírito Santo (versículo 19). Servo de Jesus Cristo para os gentios (v.16). Paulo visualizava o seu testemunho aos gentios como um ministério dedicado ao próprio Senhor, e ficava maravilhado pela forma como Deus o usava para estabelecer uma ligação especial entre o evangelho e as nações consideradas gentias. O Senhor continua querendo usar-nos, individualmente ou como igrejas, para "ministrar", no mundo ao nosso redor. Recebemos um mandato sagrado que consiste em alcançar com o evangelho

todos aqueles que vivem dentro da nossa esfera de influência. Cumprir essa missão é uma "oferta" que fazemos a Deus. Você, caro irmão em Cristo, pode até ser um daqueles a quem Deus chama para se deslocar a um campo missionário longe da sua comunidade atual. Mas, enquanto espera uma oportunidade para ir, o Senhor quer que você seja Sua testemunha no círculo humano da sua vivência atual. Onde quer que vivamos, devemos sentir o desejo, a alegria e a responsabilidade de testemunhar de Jesus. O Senhor fará frutificar (vs. 17-19). Deus abençoou, de forma maravilhosa, o ministério de Paulo entre os gentios. Que triste seria, então, se ele tivesse permanecido em Jerusalém ou em Tarso, em vez de ir ao encontro das pessoas cujos corações Deus já tinha preparado para o evangelho, em lugares como Antioquia, Galácia, Macedónia, Grécia, e província da Ásia. Que triste seria, agora, se deixássemos de ir ao encontro das pessoas cujos corações Deus já preparou a fim de que o nosso testemunho possa frutificar. Alcançando áreas negligenciadas (vs. 20-21). Enquanto Paulo se alegrava com a salvação de muitas e muitas almas, nas áreas geográficas onde o

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seu ministério se ia desenvolvendo, ele sentia, também, um desejo profundo de alcançar outras pessoas que ainda nunca tinham ouvido falar do evangelho. Queria tornar conhecida a salvação não apenas onde o nome de Cristo já era pronunciado, mas também nas regiões mais além, onde o evangelho nunca ainda fora anunciado. Elegendo grupos alvo (1 Coríntios 9:19-23). A ideia de atingir outras pessoas, orientando o esforço evangelístico para grupos específicos, não é necessariamente nova. Paulo já praticava essa estratégia de evangelização. Quando estava entre judeus, ele procurava agir como judeu, e quando estava entre gentios, procurava ser como um gentio, tudo fazendo, assim, no sentido de ganhar

a confiança das pessoas sempre com o objetivo último de as ajudar a tornarem-se receptivas ao evangelho - " Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns." (v. 22). Indo além da nossa localização atual (Marcos 16:15, Mateus 28:19). O Senhor Jesus Cristo quer que o evangelho seja pregado "por todo o mundo", e "a toda a criatura", fazendo discípulos de "todas as nações". Portanto, irmãos e irmãs, trabalhemos, esforçadamente, associados com outras igrejas da mesma fé e ordem, para, assim, juntos, encontrar formas de cruzarmos fronteiras, levando o evangelho a todas as nações. Se não nós, quem? Se não hoje, quando?

Questionário

1) É correto eleger um determinado grupo como alvo de evangelização? Por quê? ________________________________________________________________ 2) Qual é o mandato do Senhor para nós? __________________________________________________________________________________________________________________________________

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Texto áureo: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.” (Atos 1:8) Leitura Bíblica: Romanos15:28-33; 16:1-6 28 Tendo, pois, concluído isto, e havendo-lhes consignado este fruto, de lá, passando por vós, irei à Espanha. 29 E bem sei que, quando for visitar-vos, chegarei na plenitude da bênção de Cristo. 30 Rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas vossas orações por mim a Deus, 31 para que eu seja livre dos rebeldes que estão na Judéia, e que este meu ministério em Jerusalém seja aceitável aos santos; 32 a fim de que, pela vontade de Deus, eu chegue até vós com alegria, e possa entre vós recobrar as forças. 33 E o Deus de paz seja com todos vós. Amém. 16:1-6 1 Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que é serva da igreja que está em Cencréia; 2 para que a recebais no Senhor, de um modo digno dos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque ela tem sido o amparo de muitos, e de mim em particular.

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3 Saudai a Prisca e a Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus, 4 os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças; o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios. 5 Saudai também a igreja que está na casa deles. Saudai a Epêneto, meu amado, que é as primícias da Ásia para Cristo. 6 Saudai a Maria, que muito trabalhou por vós. Leituras diárias: Segunda: Atos 13:1-4 Quinta: 2 Timóteo 4:9-22 Terça: Filip. 4:10-23 Sexta: Colossenses 4:2-4 Quarta: Atos 18:18-28 Sábado: Mateus 9:35-38 INTRODUÇÃO: Ao dizer " sereis minhas testemunhas" (Atos 1:8), o Senhor Jesus apresenta-nos um mandato para que cada crente se envolva na evangelização pessoal. Estas Suas palavras finais dão eco à primeira convocação dos discípulos, quando lhes disse: "Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens." (Mateus 4:19). Tanto as primeiras, como as últimas palavras de Jesus enfatizam, portanto, a tarefa de testemunhar. As lições deste trimestre salientaram a importância de sermos testemunhas de Jesus e, neste último estudo, daremos ênfase à evangelização mundial, ou seja: missões. Não é suficiente testemunharmos aos amigos e vizinhos; Jesus entregou-nos a Grande Comissão e esta implica que o evangelho seja apresentado em todo

o mundo. O mandato de Jesus não pode ser considerado cumprido enquanto o evangelho não for pregado "até aos confins da terra." (Atos 1:8). Embora por vezes se considere a evangelização pessoal e a obra de missões como tarefas inteiramente distinta, cremos que Jesus não fez tal distinção. Cristo entregou-nos a Grande Comissão, e a responsabilidade do cumprimento dessa tarefa recai sobre todos aqueles que pertencem ao Senhor. Obviamente, nem todos podem ir evangelizar em terras longínquas. Mas todos podem e devem de uma ou outra forma, envolver-se no cumprimento dessa nobre tarefa. Todos os crentes, em todos os lugares, devem envolver-se na responsabilidade e no privilégio de

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orar, apoiar e participar na obra de missões. I - AQUELES QUE VÃO (Romanos 15:28-29) Uma vez que o âmbito do evangelho é o mundo inteiro, alguém deve realmente levar o evangelho às regiões distantes do local onde vivemos. Por isso, Deus chama missionários como Paulo, que estabeleceu igrejas na Ásia Menor e na Grécia, escolhendo, depois, Roma como seu objetivo prioritário, e confiando que lhe seria mesmo possível deslocar-se até Espanha. Em resposta à chamada de Deus, missionários especialmente vocacionadas abandonam as suas casas, seus amigos e seus familiares para passarem grande parte das suas vidas trabalhando entre pessoas de regiões distantes. Tal tarefa envolve, quase sempre, grandes sacrifícios e dificuldades. Chegar até aos "confins da terra" é uma tarefa Gigantesca. Não só acarreta grandes despesas, mas também requer muitas pessoas deslocando-se para muitas nações. Após a chegada de uma família missionária a um determinado país, podem passar vários anos até que uma primeira igreja seja implantada.

Ao deixarem o seu país natal, os missionários vão ao encontro de culturas bem diferenciadas. Os problemas de comunicação tornam-se complexos. Algumas famílias missionárias têm, mesmo, trabalhado em países distantes durante muitos anos até verem a primeira pessoa convertida ao evangelho. A tarefa de levar a Boa Nova a todo o mundo está para além da capacidade de qualquer igreja local. A maioria das igrejas associa-se, portanto, a outras da mesma fé e ordem para, em conjunto, usarem os seus melhores recursos na tarefa de enviar missionários e fornecer fundos para construir casas de oração, desenvolvendo, assim, um ministério verdadeiramente transcultural. Entrar num campo missionário estrangeiro e estabelecer um trabalho permanente na obra de Deus requer, geralmente, longa presença missionária. Aqueles que aceitam o convite para ir devem estar preparados para viver nos campos missionários durante anos, e sempre disponíveis para se adaptarem às culturas dos povos que procuram alcançar com o evangelho. Na verdade, qualquer missionário vocacionado para essa nobre missão deve tomar a mesma atitude expressa pelo apóstolo Paulo: "Porque, sendo livre para com

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todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais. E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele." (1 Coríntios 9:19-23). II - AQUELES QUE ENVIAM (Romanos 15:30-16:6) De certa maneira, todos os crentes são missionários, ou seja, todos devem sentir um desejo intenso de evangelizar. No entanto, nem todos os crentes são chamados pelo Senhor para deixarem as suas casas a fim de irem para um campo missionário estrangeiro. Os que vão devem ter capacidade espiritual, física e emocional, bem como uma preparação adequada para cumprirem missões de longo prazo. Deus continua chamando e preparando irmãs e irmãos nossos para essa nobre tarefa,

dando-lhes também a graça necessária para suportarem as dificuldades inerentes a um campo missionário. Orando por Missões (versículos 30-33). Os crentes que vivem em culturas pagãs estão continuamente envolvidos numa particular batalha espiritual. Tais lutas são ganhas não só com o esforço humano, mas, sobretudo através do poder da oração. Tanto os missionários que labutam em terras estrangeiras como os crentes das nossas igrejas, todos devemos orar e agir fervorosamente, confiando e repousando no poder e na graça de Deus para nos abençoar e fim de que haja vitória e progresso do evangelho. Enquanto os missionários estão lutando para ganharem preciosas almas para Cristo, eles precisam de poder espiritual e de sabedoria que somente Deus lhes pode providenciar. É nosso dever apoiar esses homens e mulheres de Deus, assistindo-os com as nossas constantes orações para que o Senhor continue suprindo todas as suas necessidades em glória, por Cristo Jesus. (Filipenses 4:19). Ofertando para Missões (vs. 1-2). Na igreja de Cencréia, a irmã Febe era uma crente abastada que ficou conhecida por "socorrer a muitos" missionários, inclusive o apóstolo

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Paulo. Quando homens e mulheres crentes sentem o apelo de Deus para darem as suas vidas à obra de missões, é preciso que outros crentes apoiem financeiramente a fim de lhes permitir realizarem o seu ministério. Essa obrigação torna-se evidente não só pelo ensino das Escrituras, mas também pelo fato de eles, lá longe, estarem, realmente, a ajudar as igrejas no cumprimento do dever que estas têm de ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda a criatura. Envolvimento pessoal (vs. 3- 6). Crentes como Priscila e Áquila foram preciosos "ajudantes" de Paulo. E, além destes, outros houve, também, que "muito trabalharam" para ajudar o Apóstolo. Mesmo que não tenhamos sido chamados por Deus para desenvolver uma carreira como missionários, devemos tornar-nos pessoalmente envolvidos na obra missionária, orando e contribuindo para missões. Podemos, inclusive, organizar momentos especiais de oração em nossa igreja a favor da obra missionária. São muitas as maneiras através das quais nos podemos e devemos envolver no apoio a missões. Possam a paixão e o testemunho do apóstolo Paulo a favor de missões contagiar-nos, quer individualmente quer como igrejas, motivando-nos,

assim, para assumirmos uma semelhante determinação: "Eu sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes. E assim, quanto está em mim, estou pronto para também vos anunciar o evangelho, a vós que estais em Roma. Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé" (Romanos 1:14-17).

Questionário

1) Como podemos ajudar a obra missionaria?

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