jornal comunhão fevereiro2013

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A SERVIÇO DAS COMUNIDADES A SERVIÇO DAS COMUNIDADES NIDADES DAS COM SERVIÇO A Impresso Especial 9912259129/2005-DR/MG CORREIOS MITRA FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ ANO XXIX - 279 FEVEREIRO DE 2013 O JOVEM NA BÍBLIA “É próprio do jovem estar pronto para o desafio, enfrentar a aventura, sair da rotina e buscar o novo, partir para o desconhecido. A conversão permanente é uma atitude jovem, só o jovem tem coragem de mudar, de inventar, de sair dos padrões, de quebrar o protocolo. O velho continua sempre na mesma, no seu canto.” Página 09. Leia mais! JUVENTUDE E RELIGIÃO Na página 12, a psicóloga Neusa Figueiredo fala sobre o tema: “Juventude e religião é uma parceria que pode dar certo, se houver práticas religiosas que levem a doutrina cristã ao jovem de uma forma não opressiva, que utilize sua linguagem, seu modo de agir e conviver, respeitando seu jeito questionador, curioso e carente de coisas palpáveis para crer.” DIOCESE CENTENÁRIA Igreja diocesana prepara-se para festejar 100 anos de história evangelizadora. Página 06.

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Jornal comunhão fevereiro 2013

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Page 1: Jornal comunhão fevereiro2013

1DIOCESE DE GUAXUPÉDIOCESE DE GUAXUPÉ

A SERVIÇO DAS COMUNIDADESA SERVIÇO DAS COMUNIDADESNIDADESDAS COMSERVIÇOA

ImpressoEspecial

9912259129/2005-DR/MG

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JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ ANO XXIX - 279 FEVEREIRO DE 2013

O JOVEM NA BÍBLIA“É próprio do jovem estar pronto para o desafio,

enfrentar a aventura, sair da rotina e buscar o novo, partir para o desconhecido. A conversão permanente é uma atitude jovem, só o jovem tem coragem de mudar, de inventar, de sair dos padrões, de quebrar o protocolo. O velho continua sempre na mesma, no seu canto.” Página 09. Leia mais!

JUVENTUDE E RELIGIÃONa página 12, a psicóloga Neusa Figueiredo fala

sobre o tema: “Juventude e religião é uma parceria que pode dar certo, se houver práticas religiosas que levem a doutrina cristã ao jovem de uma forma não opressiva, que utilize sua linguagem, seu modo de agir e conviver, respeitando seu jeito questionador, curioso e carente de coisas palpáveis para crer.”

DIOCESE CENTENÁRIAIgreja diocesana prepara-se para festejar 100

anos de história evangelizadora. Página 06.

Page 2: Jornal comunhão fevereiro2013

2 JORNAL COMUNHÃOJORNAL COMUNHÃO

editorial

voz do pastorDom José Lanza Neto

Diretor geralDOM JOSÉ LANZA NETO

Editor e Jornalista Responsável PE. GILVAIR MESSIAS DA SILVA - MTB: MG 17.550 JP

RevisãoMYRTHES BRANDÃO

Projeto gráfico e editoração AGÊNCIA TOM - www.agenciatom.com - (35) 3064-2380Tiragem3.950 EXEMPLARES

ImpressãoGRÁFICA SÃO SEBASTIÃO

IlustraçãoMARCELO A. VENTURA

Conselho editorialPADRE JOSÉ AUGUSTO DA SILVA, PADRE FRANCISCO

CARLOS PEREIRA, IR. MÁRCIO DINIZ, MARIA INÊS

MOREIRA E NEUZA MARIA DE OLIVEIRA FIGUEIREDO.

RedaçãoPraça Santa Rita, 02 - Centro

CEP. 37860-000, Nova Resende - MG

Telefone(35) 3562.1347

E-mail [email protected]

Os Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal.

Uma Publicação da Diocese de Guaxupé

www.guaxupe.org.br

expediente

A vida é feita pelos que têm a cora-gem de partir e alegria de voltar!

Partir e voltar são dois movimentos de uma mesma estação... Os mesmos pés que embarcam – embaraçados, confu-sos, audazes, intuitivos – são os pés que retornam – cansados, experientes, enve-lhecidos, sábios.

Na Diocese de Guaxupé, é tempo de partir e de retornar.

Quem parte? Toda a Igreja... Ela é pro-priamente o movimento do Cristo no solo de hoje, nas montanhas daqui. Ao prosseguir o caminho do Povo de Deus e dos discípulos de Jesus, a Igreja está sem-pre de malas prontas para caminhar. Sua história é feita por homens e mulheres que ousaram deixar velhas estruturas e buscar novas formas de construir o Rei-no. Não há, dentro dela, um abandono ao que já se fez, como se não mais ser-

visse para o presente e o futuro. A Igreja é guardiã, carrega tesouros que não são descartáveis. Porém, viver de malas pron-tas signifi ca partir sempre para alcançar o novo, sem deixar de levar os frutos colhi-dos em outras estações.

É tempo de partir com a juventude. A Campanha da Fraternidade provoca esse movimento. É tempo de jornada... O jo-vem quer caminhar com a Igreja, quer ser a Igreja que caminha, que parte para ou-tras regiões, que vai às montanhas, como a jovem Maria para encontrar-se com sua prima Isabel.

A juventude diocesana está em belís-simo cenário. De fato, em movimento. Jo-vens missionários em suas paróquias, em contato e em encontro com os de outras paróquias, dinamizando setores. Tudo caminha para o “Bote Fé” diocesano, dia 03 de março. E para as muitas estações

que virão... Ficarão desta juventude gera-ções de cristãos fortes em sua fé, dispos-tos a ir e anunciar.

É tempo também de retornar... Retor-nar às origens não é perder o presente. É celebrar a história, louvar o caminho, bendizer as estações, recordar os feitos, reconhecer as faces, redescobrir o rumo. A Diocese prepara-se para seu centená-rio, a ser celebrado em 03 de fevereiro de 2016. Até chegar a data, um calendário comemorativo será cumprido passo a passo, motivação para reviver o tempo, sentir a vida que pulsa nos pulmões dio-cesanos, contemplar os pés que fi zeram este caminho e entusiasmar a todos no prosseguimento da missão atribuída por Cristo aos discípulos-missionários que compõem a Igreja Particular de Guaxupé.

“Eis-me aqui, envia-me.” (Is 6, 8)

Parece que a Igreja encontrou um caminho que vai em direção à juven-tude. Ainda padre recém-ordenado, trabalhei como coordenador dioce-sano da juventude por alguns anos. Quantos jovens, como frutos daquele trabalho, despertaram-se em muitos campos: religioso, político, social...

A grande esperança para o mo-mento é que nossas lideranças con-sigam mobilizar as “juventudes” que nos parecem alienadas, desarticula-das, longe das comunidades. A bem da verdade, é que se investiu muito pouco nos últimos anos e tínhamos uma juventude desinteressada. Quem

tomou a iniciativa de articulá-la foram os movimentos com seus carismas e espiritualidades.

A Igreja, como um todo, demorou para se despertar em vista de um tra-balho de evangelização, organização de nossa juventude. Depois de um longo período (quase trinta anos) é que se constrói uma bela ideia para acolhê-la para valer. Quando se falou no setor juventude, parecia muito confuso e incerto. De repente, tudo começou a ganhar corpo e hoje é re-alidade. Quantas luzes - JMJ, Campa-nha Fraternidade, DNJ e tantas outras iniciativas... A hora é esta, a graça se

manifestou, não é tempo de ficar se perguntando o que fazer. Temos ado-lescentes e jovens em nossas prepara-ções para os sacramentos da eucaristia e da crisma; quantos parecem merecer uma atenção e um carinho especial! Acreditemos na força da graça e na luz do Espírito Santo.

Levemos em conta, para nossos trabalhos, além das orientações da CNBB os Objetivos Gerais e Especí-ficos estabelecidos pela Campanha da Fraternidade de 2013: “Acolher os jovens no contexto de mudança de época, proporcionando caminhos para o protagonismo no seguimento

ANO DA JUVENTUDEANO DA JUVENTUDE

de Jesus Cristo, na vivência eclesial na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz. Propiciar aos jovens um encontro pessoal com Jesus Cristo; possibilitar aos jovens uma participa-ção ativa na comunidade eclesial; sen-sibilizar os jovens para serem agentes transformadores da sociedade.”

Pai Santo, vosso Filho Jesus, condu-zido pelo Espírito e obediente à vossa vontade, aceitou a cruz como prova de amor à humanidade. Convertei-nos e, nos desafios deste mundo, tornai-nos missionários a serviço da juventude. Amém.

Page 3: Jornal comunhão fevereiro2013

3DIOCESE DE GUAXUPÉDIOCESE DE GUAXUPÉ

opinião

Campanha da Fraternidade 2013

Tema: Fraternidade e Juventude

Lema: “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8)

“A Campanha da Fraternidade (CF) de 2013 retoma o tema Juventude, propõe-se olhar a realidade dos jovens, acolhendo-os com a riqueza de suas diversidades, propostas e potenciali-dades; entendê-los e auxiliá-los neste contexto de profundo impacto social e de relações midiáticas; fazer-se soli-dária em seus sofrimentos e angústia especialmente junto aos que mais so-frem com os desafios desta mudança de época e com a exclusão social; rea-vivar-lhes o potencial de participação e transformação” (Texto Base nº 1).

A Igreja vem lutando para que nos-sos jovens encontrem seu lugar, para que busquem uma evangelização cons-ciente, seguindo os passos do Mestre. Por isso, ela coloca nesta CF 2013 como objetivo geral: “Acolher os jovens no contexto de mudança de época, pro-piciando caminhos para seu protago-nismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de

uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.”

Quando coloca este objetivo, pro-cura propiciar aos nossos jovens um encontro pessoal com Jesus Cristo, a fim de que cada um possa viver a vocação para a qual, nós, batizados, somos chamados a ser discípulos mis-sionários e uma vivência pessoal, com projeto de vida que leve cada jovem a assumir sua posição de evangelizador na sociedade em que vivemos. Para que possa ser agente transformador dessa sociedade que massacra nossos jovens com a onda de violência e que possam viver na justiça e no amor.

São novos tempos! A juventude atual se difere daquela dos anos 60 que se organizava especialmente no meio estudantil e tinha uma situação política bem determinada. Compre-ender essa mudança de época, tomar consciência da realidade, da cultura midiática em que se encontra, perce-

A IGREJA DO BRASIL OLHA PARA NOSSOS JOVENSA IGREJA DO BRASIL OLHA PARA NOSSOS JOVENSPor Ana Rita Cardoso Maia Silveira, membro da Paróquia São Benedito de Passos

“Ao início do ser Cristão, não há uma decisão ét ica ou uma grande ideia, mas “Ao início do ser Cristão, não há uma decisão ét ica ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo

horizonte e, dessa forma, o rumo decisivo.”horizonte e, dessa forma, o rumo decisivo.”Papa Bento XVI

bendo valores, desafios e perigos... A exemplo de Jesus, nossos jovens pos-sam crescer em “estatura”, “sabedoria” e “graça” (Lc 2,52), quando abrangem as dimensões possíveis da natureza humana. Não se trata de um cresci-mento quantitativo, que apenas con-temple todas as facetas juvenis. Trata--se de uma questão qualitativa. Para Deus, a qualidade não se traduz senão na plenitude.

Os projetos pastorais e sociais pre-cisam revestir-se da mística e perpas-sados de um sentido transformador, baseado no Evangelho. Deve ter-se em mente a dimensão do encontro pesso-al com Cristo, como princípio da ação católica.

O Papa Bento XVI nos diz: “Ao iní-cio do ser Cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o en-contro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo ho-rizonte e, dessa forma, o rumo decisi-

vo.” Esse deve ser o caminho que nossa Igreja deve mostrar aos nossos jovens em sua evangelização. No começo do novo milênio, João Paulo II nos dizia em sua carta: “Se Cristo lhes for apre-sentado com seu verdadeiro rosto, os jovens reconhecem-no como resposta convincente e conseguem acolher a sua mensagem, mesmo se exigente e marcada pela cruz.” Quem se encon-tra com Jesus e deseja segui-lo, deve abraçar com empenho seu projeto. A Igreja deve trabalhar incessantemente por uma catequese que lance as bases da fé, que introduza o jovem no misté-rio de Cristo, que faça compreender o significado das liturgias.

A Igreja como mãe educadora, pre-sente na vida do jovem, reconhecendo seu direito de viver uma relação ínti-ma com Deus, encaminhando-o a esse encontro com Cristo e lhe oferecendo participação, poderá ser também a mãe que lhe exige atitude.

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4 JORNAL COMUNHÃOJORNAL COMUNHÃO

notícias

MONSENHOR HILÁRIO PARDINI CELEBRA 70 ANOS DE SACERDÓCIOMONSENHOR HILÁRIO PARDINI CELEBRA 70 ANOS DE SACERDÓCIO

DIOCESE SE DESPEDE DOS PADRES ONOFRE, ORNELAS E BENEDITO JOSÉDIOCESE SE DESPEDE DOS PADRES ONOFRE, ORNELAS E BENEDITO JOSÉ

DIOCESE TEM PRESENÇA NO IRPACDIOCESE TEM PRESENÇA NO IRPAC

Por Bruno Luiz Godinho

Por Pe Gilvair Messias

Por Francisco Geraldo Alves

Monsenhor diz sobre a alegria de ser padre

Da esquerda para a direita: Cônego Benedito José da Silva, Mons. Onofre Teixeira Filho e Mons. José do Amaral Ornelas

Grupo representante da diocese

Aos vinte dias do mês de dezem-bro do ano de 1942, em Guaranésia, pelas mãos de Dom Hugo Bressane de Araújo, assistido por 12 sacerdotes, o jovem Hilário Pardini era ordenado sacerdote para sempre, com o Lema “Sacerdote do Deus Altíssimo”.

E, no dia 20 de dezembro de 2012, presidia uma solene Eucaristia, às 19h30, na matriz São Sebastião de São Sebastião do Paraíso, por seus se-

A Diocese de Guaxupé sofreu três grandes perdas no mês de janeiro. Dia 01, Mons. Onofre Teixeira Filho que, por meses, lutou contra um câncer. Dia 12, Mons. José do Amaral Ornelas que, até então, era o sacerdote pri-mogênito no presbitério local. E dia 23, Côn. Benedito José da Silva que, desde 1960, residia em São Tomás de Aquino.

Mons. Onofre era pároco de Area-do. Natural de Passos, filho da paró-quia Nossa Senhora da Penha, atuou na diocese durante 27 anos como presbítero. Foi também pároco nas paróquias São José de Botelhos e Nossa Senhora Aparecida de Passos. No final da década de 1980 e início de 1990, trabalhou como vice-reitor do Seminário Maria Imaculada e forma-dor de Equipe de Vida, época em que os seminaristas da diocese de Guaxu-pé estudavam na Arquidiocese de Ri-beirão Preto. Até 2004, esteve ligado à formação presbiteral como reitor do seminário de teologia da diocese, em Pouso Alegre. No Setor Areado, foi ainda coordenador de pastoral e re-presentante do clero junto à Pastoral Presbiteral.

Aos 98 anos, sendo 73 de sacer-dócio, a vida de Mons. Ornelas foi de intensa dedicação à Igreja. Atuou por 10 anos no “Jornal Diocesano”, entre

Mais uma vez, nossa diocese esteve pre-sente no Instituto Regional de Pastoral Cate-quética (IRPAC). O IRPAC é a Escola Bíblico-Ca-tequética do Regional Leste II (Minas Gerais e Espírito Santo). Aprovado por todos os bispos do regional, o curso teve início em 05 de janei-ro de 1987, em Belo Horizonte-MG, para onde voltou, depois de 23 anos sendo realizado no Centro Dom Bosco, em Cachoeira do Campo--MG. Seu objetivo é preparar coordenadores de Catequese nos vários níveis de Igreja (dio-ceses, paróquias), visando à formação pessoal

tenta anos de ordenação.A celebração teve a presença da

comunidade paraisense. Dom José Lanza Neto e muitos padres da Dio-cese de Guaxupé e de outras dioceses também participaram, comungando do mesmo Pão com monsenhor Hilá-rio, cuja vida ministerial é fiel aos pro-pósitos de Cristo.

Em seguida, um jantar, no salão da Igreja São José, fechou o dia festivo.

as décadas de 40 e 50. Foi pároco em Cássia, capelão da Aeronáutica no Rio de Janeiro e, por 15 anos, pároco de Arceburgo (MG), local de sua úl-tima residência. Ordenado em 1939 por dom Ranulpho da Silva Farias, 2º bispo diocesano, foi por vários anos o padre com mais tempo de vida da diocese. Quando visitado, até os úl-timos meses, manifestava lucidez so-bre todos os fatos da Igreja e da vida social.

e eclesial. Além disso, capacitar formadores e/ou multiplicadores (coordenadores) para a for-mação de catequistas de base.

Desde o ano 2000, o IRPAC passou a ter quatro módulos e a carga horária total é de 308 horas/aula. Cada módulo aprofunda um aspecto essencial para a formação de um co-ordenador de Catequese e/ou formador de catequistas.

Esta escola procura oferecer uma forma-ção integral, que traga sentido para vida de cada um e provoque a melhoria do processo

Foto: Bruno Godinho

Foto: Arquivo

Foto: Coordenação de Catequese de iniciação à vida cristã de adultos, jovens e crianças.

Para participar do curso, é preciso ser in-dicado pelas coordenações diocesanas de Catequese do Leste II.

Em 2013, o IRPAC passará a ser pós--graduação, especialização em Catequese, pela PUC-Minas, em parceria com o Regional Leste II. O curso aconteceu entre os dias 06 e 17 de janeiro, na Casa de Retiro São José em Belo Horizonte. A Diocese de Guaxupé foi representada por 12 cordenadores/cursistas.

Cônego Benedito José da Silva era natural de Caxambu (MG). Religioso da Congregação de Nossa Senhora de Sion, foi ordenado padre em 1952. De 1952 a 1960, atuou na formação e preparação de novos padres de sua comunidade religiosa. Em 1960, atuou por três meses na Paróquia São Benedito de Passos. E, em São Tomás de Aquino, foi pároco de 1960 até 1999. Ainda em 1967 ocorreu sua in-cardinação na Diocese de Guaxupé e,

naquele mesmo, recebeu o título de cônego honorário.

A Diocese de Guaxupé rende a Deus graças pela vida de seus presbí-teros Onofre, Ornelas e Benedito José e, na ocasião de sua páscoa, manifes-ta solidariedade aos familiares, ami-gos e fiéis.

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5DIOCESE DE GUAXUPÉDIOCESE DE GUAXUPÉ

homenagenshomenagensPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA PENHA – PASSOSPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA PENHA – PASSOS

“PADRE ORNELAS: PREITO DE GRATIDÃO”“PADRE ORNELAS: PREITO DE GRATIDÃO”

PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO – AREADOPARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO – AREADOPor Vera Silveira Coordenadora da PASCOM - Penha

Discurso parcial de Sander Rogério Ribeiro Pereira

Por João Pedro Palmieri, membro da Pastoral Carcerária da Paróquia São Sebastião de Areado

Monsenhor Onofre, filho da Pa-róquia de Nossa Senhora da Penha, iniciou sua vida cristã, nessa comu-nidade. Foi secretário paroquial, sacristão e teve como orientador espiritual, Monsenhor Matias, gran-de incentivador e referência para a vida Até então, era carinhosamente chamado por todos como “Nonó.” Acompanhado por Monsenhor Ma-tias, lapidou muito bem sua vocação. No Santuário de Nossa Senhora da Penha, em Passos, aconteceu sua or-denação presbiteral.

Como falar de Monsenhor Ono-fre sem mencionar sua devoção à Virgem Maria? Suas palavras trans-bordavam alegria e emoção quando falava da Mãe. E, no dia 01 de janei-ro, Solenidade da Santa Maria, Mãe de Deus, Ela acolhe em seus braços, esse filho tão amado e o apresenta ao Pai.

Monsenhor Onofre não tinha noção do quanto ele parecia com a Mãe. Seu silêncio falava tanto como o silêncio de Maria. Sua humilda-de era expressa por palavras e nos gestos, assim como a humildade de

Nasceu o padre José do Amaral Ornelas, em São Sebastião do Para-íso, Minas Gerais, a 23 de setembro de 1914.

De 1933 a 1938, esteve matricula-do no Seminário Arquidiocesano “Co-ração Eucarístico de Jesus”, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Recebeu a ordem de presbítero pela imposição das mãos de dom Ranulpho da Sil-va Farias, então Bispo Diocesano de Guaxupé, na Igreja Matriz da Paró-quia de São Sebastião do Paraíso. A propósito, no interessante livro “São Sebastião do Paraíso e sua História”, de autoria do doutor José de Souza Soares, edição de 1945, Editora Pana-mericana, página 185, há a seguinte notícia histórica: “O Padre José do Amaral Ornelas é um sacerdote virtu-oso e de talento. É uma glória do cle-ro e da nossa gente paraisense, que dele ainda espera muitos serviços a esta paróquia.

A nossa cidade orgulha-se de seu filho, que será, sem dúvida, um vulto de eminência no clero nacional.”

Sua primeira missa foi solene-mente celebrada na Capela de Nossa Senhora da Abadia, no dia 03 de fe-vereiro de 1939.

Mons. Onofre viveu por mais de vinte e cinco anos seu Ministério Sacerdotal, sempre leal a Cristo, à unidade da Igreja e à hierarquia, dig-nificando o Sacramento da Ordem, honrando de forma incontestável o catolicismo e ornamentando a vida sacerdotal.

Após alguns meses de sofrimen-to, muita fé e admirável resignação em razão de doença grave, nosso querido Mons. Onofre faleceu na ci-dade de Passos, onde se encontrava em companhia de seu irmão Josué, da cunhada Carmem e recebia zelo-sos cuidados familiares, médicos e hospitalares.

Como é de conhecimento públi-co, ele exerceu o Ministério Sacerdo-tal nesta cidade por alguns anos, na dignificante função de pároco e, nós, leigos, membros da Paróquia São Se-bastião de Areado, somos gratos a Deus pela presença diuturna, santa e obreira desse pastor de inexcedíveis virtudes, cuja vida, na sublime mis-são de padre, teve tudo a ver com a vida de São Cura D’Ars, em especial, quanto ao amor constante e conta-giante por nossa formação cristã, ética e moral, enquanto cristãos ca-tólicos e povo de Deus a ele confia-dos pela Igreja particular, Diocese de Guaxupé.

Mons. Onofre, no meio de nós, revelou-se humilde pastor, sacerdo-

Maria. Na simplicidade, revelava seu amor e zelo pelas coisas do Pai, assim como Maria.

A Monsenhor Onofre, nosso obri-gado por ter sido exemplo de fiel seguidor de Jesus Cristo, de filho zeloso e amoroso de Maria, por ter evangelizado com tanta dedicação e amor o povo que Deus lhe confiou. Aos seus familiares, obrigado por ter dividido conosco a alegria de um filho, de um irmão, e nos ter permi-tido tê-lo como parte dessa grande família que somos todos nós, família diocesana de Guaxupé.

Por isso, a homenagem maior que temos para Monsenhor Onofre, acre-dito seja hoje cantar para a Mãe, e de maneira diferente das outras vezes, porque agora, de modo sublime e divino, ele goza da alegria de cantar face a face para a mãe que o apre-senta ao Pai: “Virgem querida, ó Mãe carinhosa, que no seu trono, um filho acolhe... Apresenta ao Pai, esse que tanto amou, que aqui na terra, que aqui na terra seu Amor revelou...”

te piedoso e seguidor do coração de Jesus no desempenho das tarefas apostólicas e na condução do re-banho, sempre ávido de orientação espiritual, tanto nos momentos de calmarias como nos de tormentas, o que ele fazia a todo tempo sem se desviar sequer por um minuto da rota da caridade, dom que, como an-tes dito, constituiu a coluna mestra de seu fiel, santo e corajoso Ministé-rio Sacerdotal.

Suas homilias, testemunhadas pela própria vida, calavam fundo em nossa alma e em nosso coração, por-que profundas e ao mesmo tempo simples, sábias e pedagogicamente teológicas. A gente não se cansava em ouvi-las, principalmente porque ele falava sempre com maestria e au-toridade. Jamais vamos esquecê-las!

Finalmente, estamos certos de que Deus jorrou sobre Mons. Onofre abundantes e generosas bênçãos, pois, a exemplo do patrono, São Cura D’Ars, no exercício do Santo Ministé-rio Sacerdotal foi sempre firme como a rocha, resistente como o aço, va-lioso como o ouro e sempre radiante como o sol das manhãs de primavera, razão por que ele, que era para nós, aqui na terra, uma luz no caminho, lá no céu, no abençoado seio do Se-nhor e ao lado de Maria Santíssima, a quem ele tanto amava, continuará sendo um caminho de luz.

Padre Ornelas foi o último padre ordenado por dom Ranulpho da Silva Farias, aqui na Diocese de Guaxupé.

Em 25 de Março de 1939, subita-mente morreu monsenhor José Phili-ppe da Silveira, então pároco de São Sebastião do Paraíso. Permaneceu padre Ornelas, por ordem de dom Ranulpho, como Pároco da Paróquia de São Sebastião do Paraíso, até 03 de setembro de 1939, quando foi nomeado Secretário Geral do Bispa-do de Guaxupé, servindo primeiro dom Ranulpho e depois, dom Hugo Bressane de Araújo. Manteve-se no cargo até 1950, prestando relevantes serviços ao Bispado e ao Colégio das Irmãs Concepcionistas de Guaxupé.

De 1950 a 1955, esteve como pá-roco de Santa Rita de Cássia, Cássia, Minas Gerais, onde fundou a Escola Estadual “São Gabriel”, até hoje atu-ante naquele município, com cerca de 1.500 alunos matriculados; re-formou o Asilo Paroquial e fundou a Conferência Vicentina e também a “Casa da Criança”, para atender à in-fância carente.

Em 1955, prestou concurso e in-gressou na “Força Aérea Brasileira”, na então Capital Federal, Rio de Ja-

neiro, onde permaneceu até 1974, ano em que foi para a reserva.

A seu pedido ao então Bispo Dio-cesano de Guaxupé, dom José Al-berto Lopes de Castro Pinto, esteve como pároco de São João Batista de Arceburgo, Minas Gerais, de 06 de março de 1975 a 17 de março de 1990, quando se afastou da função de pároco, por limite de idade, con-forme prevê o Código de Direito Ca-nônico, mas continuou residindo na-quela cidade, terra que amava como se fosse sua.

No cumprimento de suas obri-gações, padre Ornelas realizou uma obra simplesmente memorável. Nos dois decênios de sua ação religiosa, entrou em todos os lares; captou a estima, o respeito, a confiança das famílias, constituindo-se mais que um amigo: um pai de toda a comuni-dade. Nas lides da assistência social, trabalhou com não menos sabedoria, paciência e caridade, virtudes tão ra-ras nos dias de hoje.

Sua atuação na direção do Asilo

Paroquial “Francisco Lima de Souza Dias” e em outros setores de ampa-ro aos necessitados foi reconhecida-mente sem igual.

Três excelsos dons ornamentaram o caráter impoluto do reverendo: sa-bedoria, paciência e humildade. Só um espírito assim favorecido poderia merecer o preito de admiração que lhe votou o rebanho que soube com amor e dedicação apascentar duran-te os últimos anos de vida paroquial, sem alarde, sem jactância, como per-feito servo do Senhor.

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6 JORNAL COMUNHÃOJORNAL COMUNHÃO

notícias

DIOCESE ABRE, EM FEVEREIRO, COMEMORAÇÕES DE SEU CENTENÁRIODIOCESE ABRE, EM FEVEREIRO, COMEMORAÇÕES DE SEU CENTENÁRIOPor Pe. Gilvair Messias

Celebrar é alma da Igreja! Fatos, o co-tidiano feito e refeito ao longo do tem-po, a história de cada pessoa – sua san-tifi cação no mundo, sinais humanos da graça de Deus, tudo celebrado na ação litúrgica cristã. E a Diocese de Guaxupé, nas proximidades de seu centenário (03 de fevereiro de 2016), não podia deixar de fazer desse período antecipatório um intenso tempo de ação de graças.

Desde o primeiro semestre de 2012, um calendário de atividades foi pensa-do no Conselho Diocesano de Pastoral (CDP). Depois de alguns acréscimos e especifi cações em sua programação, o mesmo chegou aos Conselhos Pastorais de Setor (CPS), também avaliado nessa instância e novamente reformulado até sua apresentação fi nal.

Até 1906, o Brasil contava com duas sedes metropolitanas: Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ). Naquele ano, o papa Pio X criava duas outras: Belém (PA) e Mariana (MG). Muitos estados forma-vam uma única diocese.

O território que hoje compreende a Diocese de Guaxupé pertencia ao bis-pado de São Paulo. Já no ano de 1900, com a criação do bispado sul-mineiro,

A abertura das comemorações rece-beu a mesma data da criação da diocese, 03 de fevereiro. Nessa primeira ocasião, às 9h, em Guaxupé, haverá procissão com a imagem da padroeira, Nossa Senhora das Dores, com saída prevista da avenida Conde Ribeiro do Vale (entrada da pre-feitura) em direção à catedral diocesana para a santa missa. Durante a celebração, ocorrerá entrega da cruz missionária da Jornada Mundial da Juventude a cada re-presentante jovem das paróquias e, em seguida, será lido o decreto de abertura das celebrações e atividades do cente-nário e promulgação de concurso para o hino comemorativo.

No calendário das comemorações em 2013, destacam-se Juventude e Ano da Fé. Para o dia 03 de março, espera-se uma

passou a pertencer ao bispado de Pou-so Alegre e, em 1906, sob cuidado ecle-siástico metropolitano de Mariana.

Aos 19 de novembro de 1913, dom Antônio Augusto de Assis, então bispo de Pouso Alegre, conseguiu um decreto da Santa Congregação Consistorial para criar uma residência episcopal em Gua-xupé. No dia 21 do mesmo mês, o refe-rido bispo chegava à cidade para fi xar moradia no Largo da Matriz (atualmen-te praça Américo Costa), em prédio ce-dido pelo Sr. Conde Ribeirdo Valle. Em fevereiro de 1914, iniciou Sua Excelên-cia os cursos do Ginásio Diocesano. E, aos 09 de agosto daquele mesmo ano, benzeu a primeira pedra do edifício onde funcionaria o Seminário Menor e o Colégio Diocesano. Naquela época,

grande participação de jovens de todas as paróquias para o “Bote Fé”, evento para acolhida diocesana aos ícones da Jorna-da Mundial da Juventude, a realizar-se no próximo mês de julho. Das 15 às 17 horas, acontecerão várias atividades ju-venis, compreendendo a celebração da eucaristia e show com a Banda Dominus, grupo de “axé” religioso que, em parceria com a CNBB, participa desde 2011 em vá-rios eventos de Bote Fé no Brasil.

De março a dezembro, estão previs-tos estudos, nos conselhos de pastoral paroquial e setorial, de subsídios com questões aprofundadas da fé cristã, além de folder informativo para entrega nas celebrações dominicais.

Confi ra as demais atividades do ca-lendário comemorativo.

chegaram a Guaxupé as primeiras re-ligiosas Concepcionistas e instalaram estabelecimento para educação de me-ninas e moças. Daí em diante, dom Assis desenvolveu muitas atividades com o objetivo de organizar o futuro bispado.

Aos de 03 de fevereiro de 1916, o papa Bento XV, a rogo de dom Assis, di-vidiu em duas partes o território da Dio-cese de Pouso Alegre e erigiu uma nova diocese, com sede na cidade de Guaxu-pé. As linhas divisórias estabelecidas entre as duas dioceses foram as divisas meridionais das paróquias de Poços de Caldas, Campestre e Machado.

Criada a nova diocese, dom Assis, que já residia na nova sede episcopal, optou por fi car em Guaxupé. Em vista disso, o papa Bento XV, aos 07 de feve-

reiro de 1916, nomeou o prelado como primeiro bispo desta Diocese, o qual to-mou posse no dia 28 de maio daquele mesmo ano.

Após a fundação do bispado, dom Antônio Assis trabalhou ardorosamente pelo estabelecimento das instituições diocesanas. Organizou a Cúria Diocesa-na e o serviço paroquial. Fez realizar em Guaxupé as Conferências do Episcopa-do da Província Eclesiástica de Mariana.

Em 1916, Minas Gerais possuía as seguintes sedes diocesanas: Mariana, Campanha, Diamantina, Pouso Ale-gre, Uberaba, Montes Claros, Araçuaí e Caratinga. Depois de Guaxupé, foram criadas as dioceses de Luz (1918), Belo Horizonte (1921) e Juiz de Fora (1924).

A DIOCESE DE GUAXUPÉ E SUA ORIGEM

2013Além das atividades abaixo contempladas, os setores também poderão incentivar outras atividades para realização do Ano da Fé.

03 DE FEVEREIROAbertura das atividades do centenário diocesanoLocal: Catedral Horário: 10hEnvio da “juventude missionária” (representante jovem de cada paróquia) e de representantes dos CPPs para animação da CF 2013 e Concentração Diocesana da Juventude. Imposição das cruzes para a JMJ.

Além das atividades abaixo contempladas, os setores também poderão incentivar outras atividades para realização do Ano da Fé.

03 DE FEVEREIROAbertura das atividades do centenário diocesanoLocal: Catedral Horário: 10hEnvio da “juventude missionária” (representante jovem de cada paróquia) e de representantes dos CPPs para animação da CF 2013 e Concentração Diocesana da Juventude. Imposição das cruzes para a JMJ.

03 DE MARÇOAcolhida Diocesana aos ícones da JMJConcentração Diocesana da JuventudeLocal: Praça da CatedralDas 15 às 17h: Atividades juvenis com oração e animação17h: Chegada dos ícones e Celebração da Santa MissaEm seguida, show com a Banda Dominus

Nas paróquias, após essa data, realizem-se com as juventudes, estudos, debates, fóruns, via sacra, encontros, ritos penitenciais...

Após esse dia, realizem-se estudos preparatórios com grupos juvenis, em todas as paróquias para JMJ.

Durante todo o ano, as paróquias irão, em romaria, até a Catedral, além de realizarem peregrinações com a imagem da padroeira, Nossa Senhora das Dores e promoverem as Santas Missões Populares.

Atividades sujeitas a alterações no decorrer do percurso.Outras atividades previstas: concurso para hino do centenário, revista, selo, bíblia e documentário comemorativos.

Pede-se envolvimento para organização dos estudos: membros da Formação Cristã em Comunidade e outras pessoas ligadas à formação teológica de leigos.

Serviço de Animação Litúrgica Paroquial, Grupos de Reflexão, Catequese, Movimentos e Pastorais, Ministérios Extraordinários terão os mesmos temas transversais em seus encontros.

MARÇO A DEZEMBROEncontros: Redescobrir a fé em comunidadeEstudo de subisídios sobre temas conciliares nos Conselhos de Pastoral Paroquial (ampliados) e Setores Pastorais. Entrega bimestral, nas celebrações dominicais, de folder informativo sobre questões de fé.

16 DE MAIOReunião Geral do CleroLocal: CúriaHorário: 09 às15hAssunto: Ano da Fé pela perspectiva do Vaticano II

02 DE FEVEREIROEncontro Diocesano para Missionários Paroquiais Local: Cúria DiocesanaHorário: 09 às15hAssunto: Apresentação da Metodologia Diocesana para Santas Missões Populares

201417 a 20 DE FEVEREIROFormação Permanente do Clero Local: Casa de Retiros Dom Luís - Brodowski/SPAssunto: Estudo sobre metodologia das Santas Missões Populares

MARÇO A DEZEMBRORetiros mensais e encontros diocesanos para Missionários ParoquiaisLocal: Setores e Diocese

201501 DE FEVEREIROAbertura das Peregrinações e do Ano MissionárioEnvio Missionário para Santas Missões PopularesLocal: Catedral Horário: 10h

03 DE FEVEREIROCelebração Eucarística por ocasião do Centenário Diocesano

2016

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7DIOCESE DE GUAXUPÉDIOCESE DE GUAXUPÉ

entrevista

condições de participar de diferentes minis-térios, não necessariamente no presbiterato, mas que haja profusão de ministérios e, que ele possa sentir-se também, com possibili-dade ministerial. Aqueles que desejassem, tivessem um lugar para exercer o ministé-rio. E, também de decisão, ao menos nas instâncias que tocam mais de perto o seu cotidiano. Nós temos um problema, porque as Igrejas locais, de modo geral, não têm muita participação na decisão da escolha de seu bispo. Há alguma consulta para o cle-ro. Isso é apenas sinal de um tipo de hábito que a Igreja tem: a autoridade superior vai decidindo e vem por escalada, de cima para baixo. Não necessariamente, precisamos ter uma democracia, ao modo como se exercita na área civil, mas a palavra que é mais que democracia na Igreja é participação, partici-pação nas diferentes instâncias de decisão, nos planos pastorais, em que leigos tenham realmente voz de autoridade reconhecida. Nós temos um vício, assim como o Papa manda na Igreja, o pároco manda na pa-róquia. Na verdade, as orientações não são essas. Como na Igreja existe o colegiado dos bispos, com a cabeça que é o papa, a paró-quia deveria ser conduzida colegiadamente com os leigos. O pároco é aquele que presi-de uma comunidade não só na celebração, mas também na formação, no exercício mis-sionário da pregação da Palavra.

COMUNHÃO: Como avalia esta presença missionária da Igreja do Brasil em outros países?Susin: O Brasil deixou de ser um país que so-mente recebe missionários. Aliás, está rece-bendo menos missionários da Europa e da América do Norte, como já era tradição, mas

se tornou um país considerado como um centro missionário. O Brasil, nesta questão missionária e, isso não é só um fenômeno da Igreja Católica nem das igrejas protestan-tes históricas, até o movimento pentecostal está enviando muitos missionários para fora do país. Na Igreja Católica, estamos soman-do forças, como as congregações religiosas, a socialitária da CNBB na Guiné Bissau, em Moçambique, na Angola. No Haiti, há vários grupos de brasileiros, de diferentes congre-gações.

COMUNHÃO: Como a Igreja pode manter--se fi el à sua essência evangélica, com vi-sibilidade, diante de uma realidade que relativiza os grandes relatos e a infl uência institucional nas decisões sociais de maior relevância?Susin: Esta questão é bem de raiz e, ao mes-mo tempo, muito ampla. Existem algumas expressões-chave que a nossa espirituali-dade e a nossa teologia, baseadas na ex-periência da América Latina, cunharam de forma bem importante, buscando as fontes da nossa espiritualidade cristã. Nossa fé se expressa no seguimento de Jesus. Não ado-ramos a Deus, simplesmente, nós temos um Deus ao qual seguir, porque Ele se tornou humano e fez um caminho, que é possível seguirmos. Neste mundo tão plural e con-fuso, às vezes até nebuloso e inseguro, é preciso ter um horizonte grande que possa abraçar certa insegurança, abraçar sem ex-cluir. Este horizonte não é institucional, nem sequer muito visível, mas é o horizonte do Reino de Deus, esta amplidão da criação, onde a ecologia, as outras formas de vida e o equilíbrio na terra também são sinais do Reino.

COMUNHÃO: Que face eclesial a Igreja pre-cisa ressaltar para evidenciar os sinais do Reino de Deus?Susin: Nos discursos dos papas João Paulo II e Bento XVI, há uma insistência, um horizon-te maior que a própria Igreja que é a gran-de família humana. Precisamos nos tratar como membros de uma grande família. A Igreja dá testemunho disso, no cuidado aos refugiados, dos ‘desplaçados’ na Colômbia, às vítimas ambientais, ao tráfi co de pessoas. Quando nós temos este horizonte do Rei-no de Deus, que é maior que a Igreja, esta também cresce e tem para onde olhar, pois se carrega de todos estes sinais. A missão da Igreja como evangelizadora é de poder fazer com estes sinais, uma Igreja compas-siva, misericordiosa, fi el à Palavra de Deus e transmiti-la, ajudando a celebrar e aumen-tar a fé.

COMUNHÃO: Como é possível compre-ender o entrosamento, muitas vezes até discrepante, entre pensamento teológico, ensinamentos do Magistério e práxis cristã? Susin: São três instâncias que precisam es-tar conectadas entre si, mas que possuem pontos de tensão e, às vezes, nós de confl i-to, porque cada instância tem uma estrutura própria. Isso possibilita que haja tensão. Eu penso que esta tensão deva ser encarada como algo positivo. Por exemplo, a prática cristã normalmente tem a ver com certa tradição, mesmo que, ultimamente, haja esta explosão de liberdade e de criatividade religiosa em todas as direções. Na verda-de, quando se trata de religião, trata-se do sagrado, e o sagrado não é uma coisa que se move muito, ele tem uma raiz profunda. Eu diria assim: a gente não escolhe a tradi-ção religiosa, é ela que no escolhe, antes da gente ainda saber. Neste sentido, sempre, na prática, haverá algumas formas tradi-cionais, mesmo que a teologia não pense mais daquela maneira, elas continuam a ser transmitidas como pela inércia do sagrado, que não é algo que se possa tocar com uma mera decisão. Já o Magistério da Igreja, ele tem a incumbência de anunciar as verdades de fé que são ofi ciais. Ele se chama autêntico porque dá autenticação, dá selo de ofi ciali-dade para tudo aquilo que todos devem crer para poderem sentir-se como uma co-munidade. Difere-se da teologia que, por sua vez, tem que pesquisar, discutir, debater. Pode haver o contraditório, a teologia pode dar-se um certo luxo de ser vanguardista, de sonhar até. Entre o teólogo e o bispo, entre a teologia e o magistério é que se põe a ques-tão mais delicada, porque a tendência por si do Magistério é querer, de alguma forma, controlar a teologia e a tendência da teolo-gia é achar que, descobrindo novos modos de dizer a verdade cristã, isso deveria ser imediatamente reconhecido por todos. São três realidades que se conectam e que se fecundam, por isso, deve haver uma coerên-cia de fundo, mas na prática, elas não estão naturalmente juntas, por causa das caracte-rísticas diferentes. Precisamos compreender isso e receber o lado positivo.

COMUNHÃO: Na Diocese de Guaxupé, há algumas iniciativas de formação teológica e pastoral para os leigos. Como avalia esta evolução da formação laical e a participação na instituição eclesial?Susin: Praticamente, nós temos tido um crescimento bastante importante na di-mensão do leigo que busca formação. Acho que é o passo básico para todo mundo, não só para os leigos. Antes, havia uma acomo-dação do leigo, uma passividade, que bas-

tava que os padres soubessem, e os padres davam aqueles sermões, aquela homília mínima para manter uma catequese míni-ma, uma situação que a cultura sustentava, porque era uma cultura católica. Mas, como nós estamos num mundo pluralista e com boas doses de secularidade, cada vez mais os leigos compreendem a fé que vivem ou não sabem mais o que fazer com sua práti-ca religiosa. Este crescimento do leigo que busca formação é um indício muito favorá-vel. Outro passo que está acontecendo em algumas dioceses e bem programado, é que só a formação não é sufi ciente para a vida da fé. Há momentos em que se desperta para a necessidade de fazer alguma coisa. Eu tenho visto em algumas dioceses do Brasil, uma forma programada de missão. Os lei-gos constituem equipes missionárias e vão aonde nem padres missionários iriam e têm uma penetração muito maior no cotidiano dos seus arredores. É um grande estímulo para os próprios leigos, é o seu protago-nismo na missão, no contato com outros leigos, assim como do jovem com outros jo-vens. Tal fato proporciona uma perspectiva de poder contribuir com outros que ainda não tiveram a mesma oportunidade.

COMUNHÃO: Quais são os desafi os e as perspectivas encontrados nesta inclusão do leigo na evangelização?Susin: Isto esbarra em algumas difi culdades, uma delas é a velha tradição de que o leigo está acostumado na Igreja a ser realmente passivo, a receber e não a contribuir ativa-mente. Desde o Concílio, estamos lutando contra isso, só que a luta é contra séculos de um hábito. Do ponto de vista ministerial, seria importante que o leigo tivesse mais

FÉ, PASTORAL E MISSÃO EM QUESTÃOFÉ, PASTORAL E MISSÃO EM QUESTÃOPor Sérgio Bernardes

Membro da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, frei Luiz Carlos Susin é um dos mais destacados teólogos brasileiros

da atualidade. Possui doutorado pela Gregoriana de Roma, além de ser membro do comitê de redação da revista de teologia

“Concilium”, de veiculação internacional. Autor de vários livros, em 2000, foi vencedor do prêmio Jabuti de Literatura, com o

livro”Mysterium Creationis” - Um olhar interdisciplinar sobre o Universo.

Page 8: Jornal comunhão fevereiro2013

8 JORNAL COMUNHÃOJORNAL COMUNHÃO

liturgia

QUARESMA E CATECUMENATO – OÁSIS NO DESERTO DA VIDAQUARESMA E CATECUMENATO – OÁSIS NO DESERTO DA VIDA

Novamente o tempo quaresmal está aí, à espera de todos e ressalta o tema da penitência como atitude essencial de quem quer viver os ensinamentos de Jesus. A palavra quaresma remete ao período de quarenta dias que faz memória de grandes acontecimentos na história da salvação, como os qua-renta anos de caminhada do povo he-breu pelo deserto, após a escravidão do Egito, em busca da terra prometida e também, os quarenta dias de Jesus no deserto, preparando sua missão. É interessante que o número quarenta representa a duração de vida de uma pessoa (média de vida nos tempos antigos). Isso faz com que se compa-re a vida inteira da pessoa como uma grande caminhada em busca da terra prometida. Neste trajeto, tem-se o de-serto, com toda sua secura, as diversas tentações e também os oásis que sus-tentam a caminhada e faz o povo pros-seguir fortalecido e animado. Oásis é o lugar da água, que dá vida. Na Igreja, o tempo quaresmal faz alusão ao batis-mo, que provém das águas desse oásis.

Retiro Espiritual

Nos primórdios da Igreja, em tem-po de perseguição dos cristãos, havia todo um processo – chamado de cate-cumenato– para se chegar à celebração do batismo. Via de regra, batizavam-se apenas adultos que, ao se encantarem pela proposta cristã vivida e anuncia-da pela comunidade, pediam a um adulto já batizado (padrinho ou ma-drinha) que o apresentassem à comu-nidade como candidatos ao batismo. A comunidade os acolhia e iniciava-se

o período do catecumenato (cateque-se), realizado por introdutores (cate-quistas). Durava de dois a três anos e tinha como intuito iluminar a pessoa através da Palavra e dos ensinamentos do Senhor. Por fim, havia o tempo da purificação e iluminação que coincidia com o período quaresmal. “De fato, na liturgia e na catequese, pela come-moração ou preparação do Batismo e pela penitência, a Quaresma renova a comunidade dos fiéis juntamente com os catecúmenos e os dispõe para a ce-lebração do mistério pascal, ao qual os sacramentos de iniciação associam cada um” (RICA, 21). Assim, o tempo quaresmal era como um período de retiro espiritual em preparação não apenas para o sacramento do batismo, mas para os compromissos que serão assumidos anexos a este sacramento.

Nesse período, o introdutor conduz à purificação do coração pelo exame de consciência e pela penitência. Com isso, há vários ritos, denominados “es-crutínios” e “entregas”. A Igreja até hoje favorece esta forma de preparação para o batismo e demais sacramentos

de iniciação cristã de adultos, através do Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (chamado de RICA), o qual apresenta o mesmo itinerário proposto pela Igreja nos seus primórdios.

O Tempo e a Graça

No primeiro domingo da Quares-ma, faz-se o rito de “eleição”, no qual, após a homilia e breve interrogatório, os candidatos apresentam seu nome e são eleitos pela comunidade para a recepção dos sacramentos.

No terceiro, quarto e quinto domin-gos da Quaresma, realiza-se o rito dos escrutínios, ou seja, a purificação do espírito e do coração no combate às tentações, no estímulo das vontades para a configuração a Cristo. No tercei-ro domingo, o evangelho proposto é o da Samaritana (ano A), que encontra

em Cristo a fonte de água viva (o oá-sis que mata definitivamente a sede). Após a homilia, faz-se a oração sobre os catecúmenos e o exorcismo, que não é expulsão de nenhum ser ma-ligno, mas a oração de libertação das consequências e influências do mal na

pessoa, em vista da recepção dos dons do Salvador. Assim acontece também no quarto domingo da Quaresma, com o evangelho do cego de nascença (ano A) em que Jesus, com a saliva (água), recupera a vista ao cego que depois apresenta sua fé “Creio, Senhor!” (Jo 9,38). Após a recepção do segundo escrutínio com as orações e o exor-cismo, o candidato vai para sua casa e prepara-se para o próximo escrutínio. No quinto domingo, há o evangelho da ressurreição de Lázaro (ano A) e, na homilia, o sentido do batismo como o reavivamento a partir de Cristo. Há no-vamente as orações e exorcismos e são convidados a comparecer novamente na manhã do sábado santo para a re-citação do Símbolo (profissão de fé), o rito do Éfeta (abrir os ouvidos para ouvir as verdades de fé), a escolha do nome cristão e a unção com o óleo dos catecúmenos.

Enfim, na solene Vigília Pascal, no sábado santo, os candidatos são ba-tizados, confirmados e recebem, pela primeira vez, a Eucaristia. Daí, todo o ritual voltado para a água na celebra-ção da Vigília da Páscoa. Era o momen-to em que os cristãos, nos primeiros sé-culos, recebiam o batismo após todo o processo de preparação e iluminação.

Assim, a Quaresma resgata seu for-te sentido de renovação batismal e de iluminação e configura-se como o grande retiro espiritual proposto pela Igreja para que, na secura da vida, Cris-to seja o oásis que conforta e alimenta e seja o companheiro da grande jorna-da em busca da terra prometida.

Por Pe. Renato César Gonçalves, pároco da Paróquia Sagrada Família de Carmo do Rio Claro, coordenador do Serviço de Animação Litúrgica (SAL) na diocese

“De fato, na liturgia e na catequese, pela co-“De fato, na liturgia e na catequese, pela co-memoração ou preparação do Batismo e memoração ou preparação do Batismo e pela penitência, a Quaresma renova a co-pela penitência, a Quaresma renova a co-

munidade dos fi éis juntamente com os cate-munidade dos fi éis juntamente com os cate-cúmenos e os dispõe para a celebração do cúmenos e os dispõe para a celebração do mistério pascal, ao qual os sacramentos de mistério pascal, ao qual os sacramentos de

iniciação associam cada um”iniciação associam cada um” (RICA, 21).(RICA, 21).

Page 9: Jornal comunhão fevereiro2013

9DIOCESE DE GUAXUPÉDIOCESE DE GUAXUPÉ

bíblia

O DINAMISMO JOVEM NA BÍBLIAO DINAMISMO JOVEM NA BÍBLIA

VIVENDO A QUARESMAVIVENDO A QUARESMA

Por Pe. José Luiz Gonzaga do Prado, professor de Teologia Bíblica no Centro de Estudos Superiores da Arquidiocese de Ribeirão Preto. Reside em Nova Resende

Por Maria do Carmo Noronha, reside em Guaxupé

O lema da Campanha da Fraternidade 2013 é “Eis-me aqui, envia-me!” Is 6,8. Em-bora Isaías não seja apresentado na Escri-tura como modelo de jovem, sua resposta ao apelo de Deus foi o de uma atitude ex-tremamente jovem.

É próprio do jovem estar pronto para o desafi o, enfrentar a aventura, sair da ro-tina e buscar o novo, partir para o desco-nhecido. A conversão permanente é uma atitude jovem, só o jovem tem coragem de mudar, de inventar, de sair dos padrões, de quebrar o protocolo. O velho continua sempre na mesma, no seu canto.

Moisés

A Escritura divide a vida de Moisés em três etapas de quarenta anos cada: no palácio do Faraó, refugiado em Madiã e acampado no deserto. Tudo muito exato, denotando ser artifi cial. Na verdade, são três etapas diferentes, como se fossem três gerações (40 anos cada).

Criado pela fi lha do rei do Egito, quan-do ele sai do palácio pela primeira vez, jo-vem, sem dúvida, toma uma atitude dife-rente e inesperada. Coloca-se na defesa de seus irmãos hebreus, que eram duramente explorados, e “quebra o pau”, matando um

Vamos agora continuar nossa refl e-xão, aproveitando o tempo da Quares-ma para uma vivência mais profunda de nossa vida cristã. Sabemos que ser cris-tão não é somente fazer o bem e evitar o mal. Há pessoas que lutam pela constru-ção de um mundo melhor, que comba-tem a corrupção e a injustiça. Mas isso não basta para serem chamadas cristãs.

Ser cristão não é simplesmente cele-brar alguns ritos. Não basta guardar dias santos ou devoções marianas. Os fari-seus do tempo de Jesus eram fi éis aos ritos e, no entanto, Jesus os denunciava

capataz egípcio. Não volta ao conforto do palácio, mas são seus companheiros que o denunciam. Tem de fugir.

Chegando a Madiã, defende da arro-gância dos pastores homens, as moças que olhavam o rebanho de seu pai e ajuda-as a dar de beber às ovelhas. Aceita a hospeda-gem desta família e casa-se com uma das jovens. Fica refugiado em Madiã, cumprin-do a rotina do pastoreio das ovelhas de seu sogro, mas ouve o apelo de Javé e, apesar de todas as difi culdades, volta para o Egito a fi m de libertar seus irmãos.

Acampado no deserto com seus ir-mãos hebreus, aceita o conselho de seu sogro que vai levar-lhe a mulher e os fi lhos. Converte-se, muda a maneira de agir com o povo, deixa de concentrar todo o poder em suas mãos e aprende a partilhá-lo com outros. Assim, prepara o povo para uma vida de verdadeira fraternidade.

Davi

Davi era o mais jovem dos fi lhos de Jessé. Os irmãos deixaram-no olhando o gado, quando Samuel mandou chamá-los para escolher um deles para ser o novo comandante do povo. Foi a ele que Deus escolheu.

Saul quis que ele vestisse sua armadura para lutar contra Golias, mas preferiu ino-var. Enfrentou o gigante com uma funda na mão e cinco pedrinhas na sacola. Bastou uma.

Quando Saul passou a considerá-lo inimigo, entrou, à noite, no acampamento de Saul, que dormia a sono solto, tirou-lhe a vasilha de água e a lança e não permitiu que seu companheiro matasse o rei que dormia ao lado. Afastou-se e gritou para acordar o rei e seu general para perguntar da arma e da vasilha de água.

Tornou-se o modelo dos reis de Judá e o poema do capítulo 11 de Isaías dá-lhe duas qualidades características do jovem: ousadia e precaução. A maioria das tradu-ções fala em “espírito de prudência e for-taleza”, mas, na verdade, o profeta está se referindo à capacidade guerreira de Davi, à precaução e à ousadia que ele demonstrou no episódio de que falamos.

Jeremias

É o personagem bíblico típico do jo-vem. Sentiu o apelo de Deus para que de-nunciasse os desmandos e a cegueira das autoridades políticas e religiosas do povo, com cerca de dezoito anos. Tentou resistir

“Ah! Senhor, não sei falar, sou ainda uma criança!” “Não tenhas medo deles, pois es-tou contigo para defender-te” (Jr 1,6.8).

O jovem Jeremias tentava resistir ao apelo de Deus, mas “tu me seduziste, Se-nhor, e eu me deixei seduzir! Foste mais forte do que eu e me subjugaste! Tornei--me a zombaria de todo o dia, todos riem de mim. Sempre que abro a boca é para protestar! Vivo reclamando da violência e da opressão! A Palavra de Deus tornou-se para mim vergonha e gozação todo o dia. Pensei: Nunca mais hei de lembrá-lo, não falo mais em seu nome! Mas parecia haver um fogo a queimar-me por dentro, fecha-do em meus ossos. Tentei aguentar, não fui capaz!” (Jr 20,7-9).

Tudo isso é bem próprio do jovem. A resistência e o medo revelam o senso de responsabilidade, a insatisfação de quem reclama e protesta, mostra o olhar de Deus sobre a realidade perversa que os pondera-dos adultos construíram e conservam.

E não falamos dos personagens do Novo Testamento como a jovem de Naza-ré, Maria. Jovem, pobre e de um lugar de onde nada de bom se poderia esperar e que se tornou a mais abençoada de todas as mulheres da terra.

pais e filhos

como hipócritas (Mt 23). Não basta o rito para sermos cristãos.

Também não basta crer em dogmas, recitar o credo e saber de cor o catecis-mo. Muitos que professam a doutrina cristã estão, na prática, distantes do Evangelho. O cristianismo não é apenas uma doutrina, nem pode consistir so-mente em preparar-se para a outra vida, esperar o além, aceitando a vida pre-sente com resignação. A fé cristã afi rma a existência de uma vida eterna, mas a esperança de uma vida nova não deve amortecer a preocupação de transfor-

mar e mudar esta história (Gs 39).Portanto, ser cristão não se identifi ca

a nenhuma dessas posturas ou outras semelhantes. Algumas delas são ante-riores ao cristianismo.

Ser cristão supõe uma mudança de atitude. Essa mudança supõe uma con-versão de coração, de mentalidade, de prática cristã. Supõe a passagem de uma fé puramente sociológica para uma fé pessoal, uma fé vital. De uma simples religiosidade, a uma fé integral e históri-ca, de uma religiosidade individualista a uma comunitária.

Sim, vamos passar de uma religio-sidade neutra a uma fé comprometida com os setores populares e empobre-cidos. Com todas as forças, vivamos a Quaresma e o Senhor certamente estará conosco. Aproveitemos para ler, orando pausadamente, alguns textos da Sagra-da Escritura: Isaias 12, 1-6, Mateus 5, até nos aproximarmos daquela fé dos Após-tolos da Igreja Primitiva, que tinham “um só coração e uma só alma” (Atos 4, 32), exemplo de comunidade familiar e eclesial.

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1010 JORNAL COMUNHÃOJORNAL COMUNHÃO

ponto de vista teológico

CENÁRIOS DA IGREJA DE GUAXUPÉCENÁRIOS DA IGREJA DE GUAXUPÉPor Pe. José Augusto da Silva, pároco da Paróquia de São Domingos (Poços de Caldas) e Professor da Faculdade Católica (Pouso Alegre)

Cenários é uma expressão utilizada por João Batista Libanio como alternativa ao termo “modelos”, na discussão pasto-ral da eclesiologia. O padre jesuíta escre-veu duas obras a esse respeito (LIBANIO, J. B. Os Carismas na Igreja do Terceiro Mi-lênio. São Paulo: Loyola, 2007. Cenários da Igreja. Num mundo plural e fragmen-tado. 5ª. Edição. São Paulo: Loyola, 2012) que, ainda muito oportunas, serão os corrimãos da presente refl exão.

A DIOCESE

A Igreja Particular de Guaxupé está prestes a celebrar seus 100 anos de pre-sença no sul das Minas Gerais. E, para tanto, organizou-se uma estruturada preparação para que a efeméride seja celebrada com efetivo denodo. Mas, na perspectiva “libaniana”, quais são os ce-nários prementes na referida Diocese? Como eles se dialogam, se confl itam e se organizam no contexto atual?

Como em toda a Igreja do Brasil, em Guaxupé campeia um “mix eclesiológico” decorrente do momento histórico, políti-co, econômico e pastoral mundial. Desde o cenário da Instituição ao Cenário Pós Moderno, constata-se um frenesi de en-saios, com erros e acertos, e um efetivo desejo de amoldar-se aos sopros do Es-pírito, presentes nos sinais dos tempos. Este texto, dado o limite do espaço desta coluna, levantará alguns traços fenome-nológicos. Não pretendo aprofundar a temática que, oportunamente, deman-dará um formato mais amplo.

Contudo, o Cenário da Pregação ainda persiste com galhardia. Tal Cená-rio, marcado pela formação bíblica (exe-gese e hermenêutica), catequética e li-túrgica, inaugurado há mais de 15 anos, reinventa-se nas feições de cursos (com várias modalidades), na preocupação expressiva com a condigna celebração (especialmente com a presidência litúr-gica), no cuidado redobrado com a for-mação do clero e da liderança leiga. Um Cenário que possui futuro e viabilidade, dada a urgência do conhecimento e da necessária marca profi ssional do serviço religioso.

De modo crescente, momentanea-mente, destaca-se o Cenário Institucio-

nal: da clareza das normas, dos cânones e da autoridade. A atenção com a sã doutrina e a decantação de posições não condizentes com o Magistério Eclesiásti-co visibilizam acentos institucionais que, temperados com as conquistas colegiais e sinodais, trarão um sólido equilíbrio na organização pastoral e no modo da Igreja relacionar-se com a cultura pós--moderna.

O Cenário do Carisma não está em baixa. Tem-se a impressão que se esta-bilizou e, fazendo alguns curativos nos

seus excessos, compagina um oásis do Espírito. Através da RCC, não são poucas as pessoas que reencontraram o senti-do de sua fé e de sua pertença à Igreja Católica. Através dos Grupos de Oração, espalhados por toda a Diocese, centenas de pessoas encontraram apoio para inte-grar sua fé no cotidiano. É evidente que muitas situações reclamam cuidados e orientação da autoridade eclesial. Mas, é inegável o bem que tais grupos fazem ao povo de Deus.

O Cenário da Libertação, como alhures, está se reinventando em nossa Igreja Particular. Nessa reformulação, as pequenas comunidades têm encontran-do seu elixir na refl exão bíblica semanal. Em algumas localidades, através dos Grupos de Refl exão, em outras, através da Celebração Litúrgica da Palavra com a distribuição da Eucaristia. O momento é propício para o fortalecimento desses Grupos, já que na última Reunião Geral de Pastoral foi entregue aos CPSs uma espécie de cartilha para organizá-los. Atentos aos bons sopros de Aparecida, é

imperioso que se organize este instituto tão necessário ao fortalecimento da ex-periência comunitária.

Mas, os quatro cenários – Pregação, Instituição, Carisma e Libertação – são impactados por um quinto Cenário: o do Pluralismo fragmentado pós-moder-

no. Como consequência de vivermos a encarnação histórica, não há como fugir dele. Ele está aí a provocar-nos e, parado-xalmente, a sugerir-nos posições de fron-teira, não raras vezes complexas e não muito claras ao depósito da fé. No enten-dimento de Libanio, é a coexistência de “submodelos” eclesiológicos dentro de um mesmo Cenário. Diante das proposi-ções ofi ciais, surgem posições dissonan-tes. Uma minoria acata as orientações ofi ciais; outro grupo embarca na “onda carismática”: oscilam entre o moralismo religioso e um espiritualismo emocional. Há um setor médio, ilustrado e conscien-te, que reforça a tendência da chamada “liberdade de consciência”, muito espe-cialmente no que diz respeito à moral sexual e ao planejamento familiar.

Na cerimônia de tomada de posse do novo pároco de Serrania, início de janei-ro, nosso bispo fez menção a este fato: “precisamos, no espírito de Aparecida, reinventar nosso jeito de fazer pastoral e de evangelizar diante de uma cultura que não é mais facilitadora à Tradição e aos costumes cristãos. É necessário esta-belecer diálogo e rever nosso jeito de ser igreja.”

O quinto Cenário – do Pluralismo fragmentado pós-moderno – não é uma prerrogativa da Diocese de Guaxupé. Ele está em toda a Igreja com cores e inten-sidades diferenciadas. Enfrentá-lo com ousadia, sabedoria e humildade é o que se espera daqueles que se deixam guiar pelo Espírito de Cristo. Não se trata mais de criar oposições ou composições aos variados “jeitos” de ser Igreja. O momento nos incita a pensar e agir de modo com-plexo diante dos vários “cacos eclesioló-gicos”. Que Nossa Senhora das Dores, Es-trela da Evangelização, Igreja já realizada e glorifi cada, padroeira de nossa Diocese, inspire-nos nesta histórica tarefa.

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1111DIOCESE DE GUAXUPÉDIOCESE DE GUAXUPÉ

comunicação

AGENDA PASTORAL DE AGENDA PASTORAL DE FEVEREIROFEVEREIRO

ÚLTIMAS NOMEAÇÕES E TRANSFERÊNCIASÚLTIMAS NOMEAÇÕES E TRANSFERÊNCIAS

COMEMORAÇÕES DE FEVEREIROCOMEMORAÇÕES DE FEVEREIRO

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Diocese: Reunião do Conselho Diocesano de Pastoral em GuaxupéDiocese: Concentração Diocesana – Atividade do Centenáriode criação da Diocese às 09h na Catedral em Guaxupé. Envio Missionário da JuventudeDiocese: Reunião da Pastoral PresbiteralOrdenações Diaconais na CatedralSetores: Retiro de Carnaval – RCCCinzas – Início da Quaresma – Abertura da CF 2013Diocese: Reunião do Setor Famílias em GuaxupéDiocese: Reunião dos Juízes Auditores da Câmara Eclesiástica em Guaxupé16 Setores: Reunião dos Conselhos de Pastoral dos Setores (CPSs)18-21 Formação Permanente do Clero em Brodowski - SPDiocese: Reunião da Equipe Diocesana de Comunicação em Guaxupé Reunião Diocesana do Serviço de Animação Litúrgica em Guaxupé Reunião do Conselho Diocesano do ECC em Guaxupé Reunião do Setor Juventude em Guaxupé Reunião da Coord. Diocesana da RCC em GuaxupéDiocese: Coletiva de impressa sobre a CF 2013

Reitores e Diretor Espiritual

Dia 02 de janeiro: Pe. José Hamilton de Castro - Reitor do Seminário São José de GuaxupéPe. Ronaldo Aparecido Passos – Reitor do Seminário Santo Antônio de Pouso Alegre Pe. Ademir Silva Ribeiro - Diretor Espiritual do Seminário Santo Antônio de Pouso Alegre

Párocos

Dia 02 de janeiro: Pe. Alexandre José Gonçalves – Paróquia São José de MachadoDia 03 de janeiro: Pe. Janício de Carvalho Machado – Paróquia São José de São José da BarraDia 04 de janeiro: Pe. Robervam Martins de Oliveira – Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Serrania

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NATALÍCIO

Pe. Ronei Mendes FariaPe. Eduardo Pádua CarvalhoPe. Renato César GonçalvesPe. Paulo Carmo PereiraFrei Aldo Nasello

ORDENAÇÃO

Pe. Celso Mendes de OliveiraPe. Alessandro de Oliveira Faria Pe. José Natal de Souza Pe. Julio César MartinsPe. Ronaldo Aparecido Passos Pe. Ronei Mendes Lauria Pe. Benedito Clímaco Passos

Mons. Enoque Donizetti de Oliveira Pe. Valdenísio Justino GoulartPe. Renato César GonçalvesPe. Janício de Carvalho MachadoPe. Rodrigo Costa PapiPe. Marcos Alexandre JustiPe. Ronaldo Robster Pe. Sandro H. Almeida dos Santos Pe. Antonio Carlos Melo Pe. Guaraciba Lopes de Oliveira Pe. Adelmo Arantes Rosa Pe. Paulo Sérgio Barbosa Pe. José Benedito dos Santos

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sugestões de leituraReligião e Juventude: Os Novos Carismáticos – Flávio Munhoz Sofi ati2012 - Editora Ideias & Letras/FAPESP

O estudo aqui apresentado percorre a maneira como a vitalidade carismática coloniza o cotidiano de seus jovens seguidores, vertebrando propostas aparentemente “estranhas” à juventude, as quais oscilam da rigidez doutrinal ao campo sexual, à integração das mais avançadas tecnologias e performances musicais. Numa narrativa fluída, o livro revela in-suspeitados mecanismos sociológicos que tecem as tramas do religioso, irrigando o mun-do urbano nas grandes cidades. Além disso, Flávio Sofiati oferece uma compreensão das crises da juventude, em geral, e de suas aspirações religiosas, em particular.

Dia 05 de janeiro: Pe. José Augusto da Silva – Paróquia São Domingos de Poços de CaldasDia 06 de janeiro: Pe. Rodrigo Costa Papi – Paróquia São Sebastião de São Sebastião do ParaísoDia 18 de janeiro: Pe. Ronaldo Aparecido Passos – Paróquia Sagrado Coração de Jesus de FamaDia 23 de janeiro: Pe. José Milton dos Reis – Paróquia São José de Muzambinho

Vigários Paroquiais

Pe. Sebastião Marcos – Paróquia São Benedito de PassosPe. Ademir Silva Ribeiro – Paróquia São José de MachadoPe. Celio Laurindo da Silva – Paróquia São José de Muzambinho

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1212 JORNAL COMUNHÃOJORNAL COMUNHÃO

educação e vida

JUVENTUDE E RELIGIÃOJUVENTUDE E RELIGIÃO

As mudanças de compor-tamento das últimas déca-das distanciam-se cada vez mais dos costumes do século passado. A sociedade torna--se mais tecnológica, consu-mista e os jovens estudam pouco, leem menos, mas se gabam de serem “pseudo--sábios”, isto é “sabem tudo”, porque acessam com facili-dade e presteza a internet, o celular e outros aparelhos eletrônicos.

São jovens que defendem sua opinião como verdade, são questionadores superfi-ciais, polêmicos e, algumas vezes, indiferentes a pro-blemas sociais, irreverentes às regras e leis da família e da sociedade. Nas suas ver-dades, acham-se capazes de questionar e opinar so-bre doutrina, fé e religião, sem qualquer embasamen-to científico ou de conheci-mento de causa. São ágeis e imediatistas. Para eles, as respostas devem ser claras, objetivas e convincentes.

A realidade de mundo hoje é pouco promissora quanto a trabalho, profissão, finanças e re-alização pessoal. É um momento em que o homem está descontente com o próprio homem. Sendo as-sim, como falar de Deus para este jovem incrédulo? Como falar de um Deus vivo e verdadeiro? De um Deus que permite catástrofes, indi-ferença social, desumanização, ho-mem “engolindo” homem? Sugiro iniciar, mostrando ao jovem que as

catástrofes ocasionadas pela von-tade de Deus têm um propósito de mudança na vida do ser humano, ao passo que muitos outros desas-tres são ocasionados pelo próprio homem, que se esquece de que, prejudicando ao outro, ainda que de forma inconsciente, prejudica a si mesmo.

Sem fé no futuro, o jovem con-centra sua atenção no presente e nos prazeres e gozos que ele pode

Por Neusa Maria Figueiredo, psicóloga em Cabo Verde, Botelhos e Guaxupé

sugestão de filme

Defi nido pelo próprio diretor como “um diário de observação da vida do adolescente no Brasil em seis escolas”, Pro Dia

Nascer Feliz fl agra o dia a dia e adentra a subjetividade de alunas e professores de Pernambuco, São Paulo e Rio de Janei-

ro. As entrevistas são intercaladas com sequências de observação do ambiente das escolas - meio, por sinal, bem pouco

frequentado pelo documentário. Sem exercer interferência direta, a câmera fl agra salas de aula, esquadrinha corredores,

pátios e banheiros, testemunha uma reunião de conselho de classe (onde os professores decidem o destino curricular dos

alunos “difíceis”) e momentos de relativa intimidade pessoal.

PRO DIA NASCER FELIZPRO DIA NASCER FELIZ2006, Copacabana Filmes2006, Copacabana Filmes

ter (imediatismo). Deus é a crença através da fé. Fé é algo que o jovem não encontra nos dias hoje, embo-ra busque continuamente por ela, como salvação para si mesmo. Fé é construída, é credibilidade de que o amanhã chega, a certeza de que na dor há aprendizado, que falta de atitude gera medo e distancia a co-ragem. O jovem se descobrirá cris-tão quando as religiões deixarem o discurso pragmático, o dogmatis-

mo, as rixas entre irmãos de fé e espalharem pelo mundo atitudes coerentes entre o que se prega e o que se faz; atitudes de fraternidade, so-lidariedade e amor. Atitudes estas compreendidas por jovens, que são cúmplices entre eles, não são delato-res, são reais, apesar de in-constantes, amam a nature-za, afagam animais e fazem sarau para ver a lua.

Juventude e religião é uma parceria que pode dar certo, se houver práticas re-ligiosas que levem a doutri-na cristã ao jovem de uma forma não opressiva, que utilize sua linguagem, seu modo de agir e conviver, respeitando seu jeito ques-tionador, curioso e caren-te de coisas palpáveis para crer; para isso, o adulto que se considera sábio precisa tornar-se tolo, permitindo ao jovem, visto como tolo, tornar-se sábio – a imagem e semelhança de Jesus Cris-to – tão sábio, tão humilde, tão humano e tão divino.

“Alegra-te jovem, na juventu-de... Anda pelos caminhos do teu coração e pela vista do teus olhos, mas sabe que por estas coisas te trará Deus a juízo.”Ec. 11.9

“Dá-me o entendimento e guar-darei a tua lei, e observá-la-ei de todo o meu coração.” Sl. 119. 34.

A todos os jovens e aos não tão jovens, um 2013 de muitas dúvidas e muitos encontros.