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w Morrem 12 pessoas por dia. Cerca de 45 ficam feridas. Mais de um quarto são mulheres. Jovens entre os 20 e os 40 anos são 63 %. A desatenção é responsável por 43 %. Pelo menos 30 % podiam ser evitados. Há falta de ortopedistas. Luanda lidera. |4 ACIDENTES RODOVIÁRIOS CRESCEM 23 % AO ANO w Nove factores de risco facilmente avaliados (tabagismo, lípidos, hipertensão (HTA), diabetes, obesidade, dieta, actividade física, consumo de álcool e factores psicossociais) foram responsá- veis por mais de 90% do risco de enfarte do mio- cárdio. |14 AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR GLOBAL w A surdez é a alteração sensorial mais comum no ser humano. Estima- se que, aproximadamente, 4% de indivíduos com menos de 45 anos e 29% com 65 ou mais anos tenham défice auditivo. A surdez grave a profunda afecta cerca de 1:1000 recém-nascidos. Sabe-se, igualmente, que mais 1:1000 crianças ficam surdas antes da idade adulta, sendo estas formas de surdez menos graves e progressivas. |16 SURDEZ SINAIS DE ALERTA. COMO INTERVIR? Saúde Jornal Ano 3 - Nº 36 Fevereiro 2013 - Mensal Director Editorial: Rui Moreira de Sá Directora-adjunta: Maria Odete Pinheiro Preço:150 KZ da A saúde nas suas mãos A MaiorRiqueza é a Saúde MINISTÉRIO DA SAÚDE GOVERNO DA REPÚBLICA DE ANGOLA Médica Hospitalar atrai mil visitantes A 1ª Feira Internacional de Equipamento Médico-Hospitalar, Tecnolo- gia, Medicamentos e Consumíveis, que decorreu em simultâneo com o Congresso Internacional dos Médicos em Angola, em finais de Janeiro, inaugurada pelo Vice-presidente da República, Manuel Vicente, permi- tiu a cerca de mil médicos e outros profissionais de saúde terem acesso às mais avançadas soluções na área médica. O Ministro da Saúde, José Van-Dúnem, garantiu, na sessão de encerramento, que “o sector vai continuar a trabalhar com o MINFIN e o MAPESS para a integração de novos quadros no sector público”. |4 a 16 Sector público da saúde terá novos quadros

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Page 1: é a Saúde Jornal S A saúde nas suas mãos aúde › edicoes › Fevereiro2013.pdf · O Jornal da Saúde chega gratuitamente às suas mãos gra-ças ao apoio das seguintes empresas

wMorrem 12 pessoas por dia. Cerca de 45 ficam

feridas. Mais de um quarto são mulheres. Jovens

entre os 20 e os 40 anos são 63 %. A desatenção

é responsável por 43 %. Pelo menos 30 %

podiam ser evitados. Há falta de ortopedistas.

Luanda lidera. |4

ACIDENTES RODOVIÁRIOS CRESCEM 23 % AO ANO

wNove factores de risco facilmente avaliados

(tabagismo, lípidos, hipertensão (HTA), diabetes,

obesidade, dieta, actividade física, consumo de

álcool e factores psicossociais) foram responsá-

veis por mais de 90% do risco de enfarte do mio-

cárdio. |14

AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR GLOBAL wA surdez é a alteração sensorial mais comum no ser humano. Estima-

se que, aproximadamente, 4% de indivíduos com

menos de 45 anos e 29% com 65 ou mais anos tenham

défice auditivo. A surdez grave a profunda afecta cerca

de 1:1000 recém-nascidos. Sabe-se, igualmente, que

mais 1:1000 crianças ficam surdas antes da idade adulta,

sendo estas formas de surdez menos graves e progressivas. |16

SURDEZ SINAIS DE ALERTA. COMO INTERVIR?

SaúdeJornalAno 3 - Nº 36 Fevereiro 2013 - Mensal Director Editorial: Rui Moreira de Sá

Directora-adjunta: Maria Odete Pinheiro Preço:150 KZ

da

A saúde nas suas mãos

A MaiorRiqueza é a Saúde

MINISTÉRIO DA SAÚDEGOVERNO DA REPÚBLICA DE ANGOLA

Médica Hospitalar atrai mil visitantes

A 1ª Feira Internacional de Equipamento Médico-Hospitalar, Tecnolo-gia, Medicamentos e Consumíveis, que decorreu em simultâneo com oCongresso Internacional dos Médicos em Angola, em finais de Janeiro,inaugurada pelo Vice-presidente da República, Manuel Vicente, permi-tiu a cerca de mil médicos e outros profissionais de saúde terem

acesso às mais avançadas soluções na área médica. O Ministro da Saúde, José Van-Dúnem, garantiu, na sessão de encerramento, que “o sector vai continuar a trabalhar com o MINFIN e o MAPESS para a integração de novos quadros no sector público”. |4 a 16

Sector público da saúde terá novos quadros

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2llEDITORIAL

O QUE PROMETEMOS AO LEITOR

Conselho editorial: Prof. Dr. Miguel Bettencourt Mateus, decano daFaculdade de Medicina a UAN (coordenador), Dra. Adelaide Car-valho, Prof. Dra. Arlete Borges, Dr. Carlos (Kaka) Alberto, Enf. Lic. Con-ceição Martins, Dra. Filomena Wilson, Dra. Helga Freitas, Dra. Isa-bel Massocolo, Dra. Isilda Neves, Dr. Joaquim Van-Dúnem, Dra. Jo-seth de Sousa, Prof. Dr. Josinando Teófilo, Prof. Dra. Maria Manuelade Jesus Mendes, Dr. Miguel Gaspar, Dr. Paulo Campos.Director Editorial: Rui Moreira de Sá [email protected]; Directora-adjunta: Maria Odete Manso Pinheiro [email protected];

Redacção: Andreia Pereira; Esmeralda Miza; Luís Óscar; Maria Ri-beiro; Patrícia Van-Dúnem.Correspondente provincial: Elsa Inakulo(Huambo) PUBLICIDADE: Maria Odete Pinheiro Tel.: 935 432415 [email protected] Revisão: Marta Olias;Fotografia: António Paulo Manuel (Paulo dos Anjos). Editor: Marke-ting For You, Lda - Rua Dr. Alves da Cunha, nº 3, 1º andar - Ingom-bota, Luanda, Angola, Tel.: +(244) 935 432 415 / 914 780 462, [email protected]. Conservatória Registo Comercial deLuanda nº 872-10/100505, NIF 5417089028, Registo no Ministé-rio da Comunicação Social nº 141/A/2011, Folha nº 143.

Delegação em Portugal: Beloura Office Park, Edif.4 - 1.2 - 2710-693Sintra - Portugal, Tel.: + (351) 219 247 670 Fax: + (351) 219 247679E-mail: [email protected] Geral: Eduardo Luís Morais Salvação BarretoPeriodicidade: mensal Design e maquetagem: Fernando Almeida; Impressão e acabamento: Damer Gráficas, SATransportes: Francisco Carlos de Andrade (Loy) Distribuição e assinaturas: AfricanaTiragem: 20 000 exemplares. Audiência estimada: 100 mil leitores.

lFICHA TÉCNICA Parceria:

O Jornal da Saúde chega gratuitamente às suas mãos gra-ças ao apoio das seguintes empresas e entidades social-

mente responsáveis que contribuem para o bem-estar dosangolanos e o desenvolvimento sustentável do país.

lEMPRESAS SOCIALMENTE RESPONSÁVEIS

A saúde é um estado de completo bem-estar físico,

mental e social, e não simplesmente a ausência de doen-

ça ou enfermidade. Trata-se de um direito humano fun-

damental. A conquista de um elevado nível de saúde é

a mais importante meta social.

A promoção da saúde pressupõe o desenvolvimento

pessoal e social, através da melhoria da informação,

educação e reforço das competências que habilitem pa-

ra uma vida saudável. Deste modo, o leitor fica mais ha-

bilitado a controlar a sua saúde, o ambiente, e fazer op-

ções conducentes à sua saúde.

Prometemos contribuir para:

– Melhorar e prolongar a vida do leitor, através da edu-

cação, informação e prevenção da saúde;

– Contribuir para se atingirem os objectivos e metas da

política nacional de saúde e os Objectivos do Milénio,

através da obtenção de ganhos em saúde nas diferentes

fases do ciclo de vida, reduzindo o peso da doença;

– Constituir um referencial de formação e um reposi-

tório de informação essencial para os profissionais de

saúde.

Queremos estreitar a relação consigo, incentivando a

sua participação em várias secções do Jornal da Saúde.

Envie-nos os seus textos, comentários e sugestões.

E-mail [email protected]

SMS 932 302 822 / 914 780 462

As edições anteriores do Jornal da Saúde podem ser li-

das em: www.ordemmedicosangola.org/

SECRETARIADO E INSCRIÇÕES: Rua Vereador Ferreira da Cruz, 64, Miramar, LuandaTel.: +244 931 298 484 / 923 276 837 / 932 302 822 E-mail:[email protected] | www.indeg.iscte.pt

2 Módulo - Gestão de Operações e Logística na Saúde

Receba todos os meses no seu e-mail o Jornal da Saúde em pdf. Envie pedido para: [email protected]

Esta edição é em boa parte dedicada aogrande evento que foi o VIII CongressoInternacional dos Médicos em Angola

e a feira especializada Médica Hospitalarque decorreram simultaneamente em Luan-da.

O nível científico das comunicações apre-sentadas, a aderência e participação da clas-se médica, a qualidade dos expositores pre-sentes e a excelência organizativa, fizeramdeste acontecimento um marco histórico nopanorama da saúde em Angola.

Os números falam por si. Esta primeiraedição da Médica Hospitalar contou com apresença de 125 expositores directos e indi-rectos, de 16 países, e cerca de mil visitantesprofissionais. No final, cerca de 91 por centoconsideraram o certame bem / muito bemorganizado, e mais de 61 por cento pretendeum espaço maior na edição de 2014. Aomesmo tempo, os profissionais de saúde tive-ram a oportunidade de actualizar os seus co-nhecimentos e conhecer “ao vivo” os equipa-mentos de última geração e os produtos far-macêuticos mais inovadores e eficazes paracombater as nossas doenças.

Por fim, e não menos importante, é o factode a feira contribuir para a transparência domercado e para evitar a contrafacção de me-dicamentos, ao apresentar e ajudar a firmarno mercado as empresas e marcas de quali-dade.

RUI MOREIRA DE SÁDirector [email protected]

A feira Médica Hospitalar e a transparência do mercado

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ll 3Fevereiro 2013 lJSAll QUEIMADURAS

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4ll SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA Fevereiro 2013 lJSA

Segundo os dados

da Direcção Na-

cional de Viação

e Trânsito, o nú-

mero de mortos,

resultantes de acidentes de

viação, quase duplicou no

espaço de cinco anos. Esta

entidade revela ainda estatís-

ticas que reflectem a gravi-

dade da sinistralidade rodo-

viária em Angola: 4.428

mortes em 2012 (um número

que, em 2008, se cifrou nos

2.710 óbitos). A maior parte

dos acidentes de viação

ocorreram nas províncias de

Luanda, Benguela, Huambo,

Bié e Huíla, sendo que a ca-

pital angolana lidera o nú-

mero de sinistros, feridos e

mortos.

Na perspectiva de Tomás

João, médico ortopedista, os

acidentes de viação são a se-

gunda causa de morte em

Angola, sendo esta estatísti-

ca apenas ultrapassada pela

mortalidade associada à ma-

lária. Contudo, o especialista

acredita que “30% destas

mortes poderiam ser evita-

das”. Na sua comunicação,

integrada no VIII Congresso

Internacional dos Médicos

em Angola, o especialista

lembrou que, por cada morte

de um acidentado, resultam

três sinistrados com incapa-

cidade permanente.

“Se tivermos em conta que

grande parte destes pacien-

tes chega aos hospitais sem

terem recebido qualquer as-

sistência básica (primeiros

socorros) e são transporta-

dos, frequentemente, por

pessoas que não possuem

conhecimentos nem prepa-

ração para lidar com trauma-

tizados, o que normalmente

agrava o estado clínico e as

lesões da vítima, muitas des-

tas incapacidades e mortes

seriam evitáveis, se houves-

se formação adequada de

profissionais, criação de re-

des integradas funcionais

para atendimento ao sinistra-

do e preparação massiva dos

cidadãos, em matéria de so-

corrismo e atenção imediata

ao sinistrado a partir do local

do acidente”, declarou.

Atendendo ao impacto da

sinistralidade em Angola,

um estudo observacional,

com duração de seis meses

(Novembro de 2011 a Abril

de 2012), propôs-se a avaliar

o comportamento e o conhe-

cimento sobre acidentes de

viação e socorrismo. O traba-

lho, que incluiu uma amostra

de 222 doentes sinistrados

(141 dos quais com idades

compreendidas entre os 20-

40 anos), atendidos nos ser-

viços de urgências, interna-

mento e ambulatório dos

Hospitais Gerais de Bengue-

la e do Lobito, revelou que o

atropelamento e os despistes

ou quedas estão entre as prin-

cipais causas de acidente. A

desatenção e o alcoolismo, à

luz deste trabalho, também

foram as circunstâncias que

favoreceram a ocorrência de

acidentes.

Assim, e de acordo com

estes dados, o especialista

admitiu que é necessário re-

forçar os canais de informa-

ção de modo a melhorar a as-

sistência pré-hospitalar das

vítimas de sinistralidade ro-

doviária. “Deve haver um

trabalho de consciencializa-

ção da população no sentido

de possuir e elevar os conhe-

cimentos básicos sobre a as-

sistência primária, para que

as pessoas estejam habilita-

das a agir correctamente em

casos de acidente de via-

ção.” Nas palavras do espe-

cialista, é necessário “deli-

near e implementar uma es-

tratégia de intervenção edu-

cativa massiva dos cidadãos

em matéria de socorrismo,

visando proporcionar um

atendimento correcto às víti-

mas da sinistralidade rodo-

viária, desde o local da ocor-

rência do acidente”.

ANDREIA PEREIRA

zDe acordo com o médicoTomás João, ortopedista epalestrante no VIII Con-gresso Internacional dosMédicos em Angola, umevento que decorreu entreos dias 25 e 26 de Janeiro,no Centro de Convençõesde Talatona, os acidentesde viação são a segundacausa de mortalidade dopaís, a seguir à malária. Oespecialista mostra-seapreensivo com os dadosestatísticos que revelamum aumento gradual donúmero de óbitos associa-dos à sinistralidade rodo-viária desde 2008.

Sinistralidade rodoviária é uma das principais causasde morte entre jovens com menos de 40 anos

LUANDA É A PROVÍNCIA QUE REGISTA MAIOR NÚMERO DE ACIDENTES A linguagemdos números

– Considerada uma das prin-cipais causas de mortalidadeem jovens com menos de 40anos de idade.– Em Angola, é a segundacausa de morte superadaapenas pela malária.– Estima-se que haja, anual-mente, mais 1,3 milhões demortes e cerca de 50 milhõesde feridos em todo o mundo.– Cerca de 30% destas mor-tes poderiam ser evitadas.– Por cada pessoa que mor-re de acidente há 3 com inca-pacidades permanentes.– Calcula-se que por cadapessoa que morre de aci-dente se produzam pelo me-nos 500 feridos (não mortais)dos quais 30% são graves. – Os acidentes de viaçãocustam cerca de 5% do PIBem muitos países.

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PUBLICIDADE ll 5Fevereiro 2013 l JSA

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6ll VIII CONGRESSO INTERNACIONAL DOS MÉDICOS EM ANGOLA Fevereiro 2013 lJSA

OEng. Manuel Domingos Vicente, vi-

ce-presidente da República de Ango-

la, durante a sessão solene, reafirmou

o contributo do Executivo na imple-

mentação das políticas de saúde que

constam no Programa do Governo para o quinquénio

2012-2017. “Ao Executivo compete criar condições

para a eficaz concretização deste desiderato e para a

formação de médicos e demais profissionais de saú-

de, de modo a que todos, em conjunto, possam dar o

seu contributo essencial, com qualidade nas acções,

que visem uma sistemática e sustentável organiza-

ção e funcionamento do Serviço Nacional de Saú-

de.”

A este propósito, o Eng. Manuel Domingos Vicente

realçou os avanços na construção e reabilitação de

infra-estruturas sociais, com benefícios “considerá-

veis” para o sector da Saúde, “dotadas de meios téc-

nicos e tecnológicos modernos”. Estas medidas, no

seu parecer, permitiram “a expansão da rede sanitá-

ria municipal e a criação de novos serviços especiali-

zados de referência”.

De acordo com o vice-presidente da República de

Angola, o país dispõe, no momento, de apenas dois

médicos por cada 10 mil habitantes. “Para garantir-

mos uma média de um médico por município, temos

também recorrido à contratação de especialistas es-

trangeiros, que complementam a assistência médica,

fornecida pelos técnicos nacionais. No âmbito da

formação de quadros, iniciaremos a implementação

do amplo Plano Nacional de Formação de Quadros

para o período 2013/ /2020.” Posto isto, o Eng. Ma-

nuel Domingos Vicente lembrou que o Executivo

destinou uma parte significativa do Orçamento Ge-

ral do Estado de 2013 aos investimentos na área da

saúde, “com vista a garantir o bem-estar e a capaci-

dade física e laboral de todos os angolanos”.

Vice-presidente da República reafirma contributo do Executivo na implementação das políticas de saúde

PROGRAMA DO GOVERNO 2012-2017

Números Durante a sua apresentação, o Eng. ManuelDomingos Vicente, vice-presidente da Repú-blica, em representação do Eng. José Eduar-do dos Santos, mostrou alguns indicadoresde saúde, publicados em 2010 pelo InstitutoNacional de Estatística e, em 2011, pela Or-ganização Mundial de Saúde (OMS), quedemonstram “a coerência e a eficácia dasmedidas do Executivo para este sector”.– Esperança de vida passou de 48 anos,

em ambos os sexos, para 52 anos em 2010;

– A mortalidade materna passou de 1400para 450mortes por cada 100 mil nados-vivos;

– A mortalidade infantil passou de 150para 116 mortes por cada mil nados-vivos;

– Desde Julho de 2011, não foi registado nenhum caso de poliomielite no país.

“O Orçamento de Estado 2013 prevê alocar um valor de 2,3 mil milhões de dólares para a rubrica da saúde”

Secretário de Estado da Saúde, Carlos Alberto Masseca

“Perspectivas e oportunidades em saúde”, o tema do simpósio pré-

congresso, que teve lugar no dia 24 de Janeiro, contou com a modera-

ção do Dr. José Van-Dúnem. O ministro da Saúde, na sua nota intro-

dutória, lembrou que o sector da saúde, em Angola, está “em fase de

reestruturação”, o que permitirá alargar o leque de novas oportunida-

des nesta área. Em seguida, o Dr. Carlos Alberto Masseca, secretário

de Estado da Saúde, acrescentou que, enquanto “pilar fundamental pa-

ra o desenvolvimento social”, o sector da saúde exige um esforço con-

junto para se solucionarem alguns dos problemas mais prementes. O

responsável estima que o aumento da emergência das doenças cróni-

cas não transmissíveis irá onerar os custos com prevenção e trata-

mento.

O Orçamento de Estado prevê contemplar uma verba de 2.300 mi-

lhões de dólares para a rubrica da saúde. “Normalmente, os gastos com

bens e serviços correspondem a mais ou menos 30 ou 40% dos gastos

globais do Orçamento do Estado para a saúde. Esta oportunidade pa-

ra os prestadores de serviços permite que, consequentemente, se pos-

sa criar emprego e proceder a uma redistribuição da riqueza nacional”,

afirmou o responsável, lançando o repto a novas investidores e em-

presários nacionais e estrangeiros, que actuam neste sector.

(Da esquerda para a direita) Dr.ª Mariana Afonso (deputada da Assembleia da República), Dr. José Van-Dúnem (ministro da Saúde), Eng. Manuel Domingos Vicente (vice-presidente da República), Prof. Doutor Carlos

Alberto Pinto de Sousa (bastonário da OM), Dr.ª Judite Pereira (vice-governadora da província de Luanda)

VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, MANUEL VICENTE No âmbito da formação, iniciaremos

a implementação do amplo Plano Nacional de Formação de Quadros para o período 2013/ /2020

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PUBLICIDADE ll 7Fevereiro 2013 lJSA

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Perante uma sala

cheia, o Prof.

Doutor Carlos

Alberto Pinto de

Sousa afirmou,

ontem, que a OM está empe-

nhada na “execução efectiva

das orientações estratégicas

da Política Nacional de Saú-

de”, plasmadas no Programa

do Sector da Saúde do exe-

cutivo para o quinquénio

2012-

-2017”. “A dicotomia en-

tre o presente e o futuro [o le-

ma do VIII Congresso Inter-

nacional dos Médicos em

Angola] serve para balizar-

mos a nossa reflexão e para

acentuarmos e defendermos,

com determinação, a ‘gover-

nação clínica’ – entendida

como um processo dinâmico

e sustentado da medicina ba-

seada na evidência -, que

possa evitar tensões, perdas

de eficiência e de efectivida-

de nas prestações de cuida-

dos.”

“Hoje, volvidos cerca de

10 anos de paz em Angola,

temos a responsabilidade e a

esperança acrescida de ru-

mar a um futuro condizente

com um Plano Nacional de

Desenvolvimento Sanitá-

rio”, afirmou, acrescentando

que “o presente da saúde [no

país] enfrenta desafios”.

Contudo, o bastonário da

OM reconhece que, apesar

do “trabalho árduo”, existe a

determinação para “concer-

tar estratégias e resultados”,

que estão em conformidade

com “o permanente desafio

de melhorar a saúde do povo

angolano”.

8llVIII CONGRESSO INTERNACIONAL DOS MÉDICOS EM ANGOLA Fevereiro 2013 lJSA

Prof. Doutor Carlos Alberto Pinto de Sousa, bastonário da OM de Angola: “Apesar do trabalho árduo, existe a determinação

para concertar estratégias e resultados”

Bastonário da Ordem dos Médicos assume o compromisso de consolidação da reforma no sector da saúdezDurante a sessão solenede abertura, o Prof. DoutorCarlos Alberto Pinto deSousa, bastonário da Or-dem dos Médicos (OM),firmou o compromisso pú-blico de continuar a traba-lhar em prol da qualidadede vida dos serviços desaúde prestados à popula-ção.

O VIII Congresso excedeu as

expectativas com participantes

de todo país

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10ll VIII CONGRESSO INTERNACIONAL DOS MÉDICOS EM ANGOLA Fevereiro 2013 lJSA

a. Os Congressistas assumi-ram:

i.A importância e o alcancedas linhas orientadoras emmatéria de saúde traçadas porSua Excelência o Senhor Vi-ce-Presidente da República,Eng. Manuel Domingos Vi-cente, que nortearão a sua ac-tividade.

ii.Como grande prioridade,prosseguir, no que lhes cabeno âmbito da saúde no nossopaís, o combate permanentecontra a pobreza, de forma apoder multiplicar as interven-ções específicas de combateàs doenças mais mortais emais incapacitantes, bem co-mo reforçar os sistemas deprestação de cuidados de saú-de às populações, especial-mente às mais pobres.b. Na Conferência “A Saúdeem Angola: o Presente e o Fu-turo”, Sua Excelência o Se-nhor Ministro da Saúde rela-tou os progressos registadosno sector e apontou os cami-nhos previstos no Plano Na-cional de DesenvolvimentoSanitário 2012-2025.

Em particular, referiu que osector vai continuar a traba-lhar com o MINFIN e o MA-PESS para a integração de no-vos quadros no sector públi-co. Recomendou o investi-mento em especializaçõesmédicas que possam assegu-rar o alcance dos objectivos eo desenvolvimento de traba-lhos de investigação de formaa transformar os seus resulta-dos num património colecti-vo. Recomendou ainda a ne-cessidade de se criarem ins-trumentos que garantam amonitorização das acções.

Nas outras conferências,painéis e temas livres, con-cluiu-se:

Perspectivas

da medicina

No tema “Perspectivas daMedicina – o fio condutor pa-ra uma visão integrada”, aapresentação sobre o estado

da arte à luz da bioética relem-brou que, embora a tecnolo-gia esteja cada vez mais evo-luída e ao serviço dos profis-sionais de saúde, esta não de-ve distanciar a relação médi-co-paciente.

Contributo

da investigação

A apresentação sobre ocontributo efectivo da investi-gação para o desenvolvimen-to da saúde concluiu que a in-vestigação em saúde gera co-nhecimento para interven-ções efectivas e eficientes,tem consequências económi-cas e sociais robustas, e eleva-do retorno – de longo termopara dispositivos médicos etestes para diagnóstico e demuito longo termo para medi-camentos, ou agentes preven-tivos.

Educação médica

No que se refere à adequa-ção da educação médica àconstante evolução das ciên-cias e tecnologias da saúde,concluiu-se pela necessidadede adoptar um currículo ba-seado em competências, pro-mover a educação interprofis-sional e de equipa.

Tendências

contemporâneas

No tópico relativo às ten-dências contemporâneas, foievidenciada a orientação dese trabalhar interdisciplinar-mente.

Informatização

serviços de sangue

A informatização e auto-matização dos Serviços deSangue e de Medicina Trans-fusional condicionam au-mentos dos níveis de seguran-ça e de eficácia. A informati-zação deve ser abordada deum modo holístico em rela-ção à cadeia transfusional. Ainformatização dever ser en-tendida como um processoestruturante em relação às ac-tividades desenvolvidas tantodirecta como indirectamente.

Impacto da globalização

A globalização tem impac-tes profundos e complexos naprópria natureza da nossa so-ciedade, criando novas opor-tunidades mas, igualmente,novos riscos. É necessário

que, na avaliação dos impac-tes, designadamente da glo-balização, a saúde seja sem-pre considerada

Serviços de urgência

A melhoria contínua daqualidade e a gestão do riscodevem fazer parte da culturados serviços de urgência.

Certificação

da qualidade

A certificação da qualidadepelo normativo internacionalISO 9001 nos serviços de saú-de garante o funcionamentodos serviços, equipamentos einformação e reforça a quali-ficação e valorização dos pro-fissionais da saúde através daadopção de boas práticas – sa-ber o que faz e como faz.

Cirurgia cardiovascular

Constata-se que, nos últi-mos anos, Angola iniciou umprocesso de intervenções ci-rúrgicas cardíacas em crian-ças e adultos, na Clínica Gi-rassol e no HJM com resulta-dos positivos. Concluiu-seque se deve incrementar a au-tonomia dos quadros angola-nos já existentes, intensificara formação de quadros tantodentro como fora do País eadequar infra-estruturas.

Formação médica

de especialistas

A formação médica de es-pecialistas deve ir ao encontrodas necessidades e objectivosestabelecidos pelo Executivo.

Polimorfismos

Eritrocitários

Relativamente a “AlgunsPolimorfismos Eritrocitáriose das Espécies de Plasmo-dium”, os resultados da inves-tigação apresentada reconfir-mam a presença de P. ovale,em Angola, a presença de in-fecções mistas (duplas e tri-plas) e relata, pela primeiravez, em Angola, a infecçãopor P. vivax em indivíduosDuffy-negativos. Contudo,novos estudos mais aprofun-dados com uma amostra demaior dimensão deverão serrealizados.

Pediatria

Foi apresentada uma pro-posta para criação de um Cen-tro de Pós Graduação em Pe-

diatria para a formação deprofissionais nesta especiali-dade e reforçar o papel doscuidados primários de saúde(com ênfase no AIDI).

Transplantação renal

Um programa de transplan-tação renal representa umenorme desafio e uma enormeresponsabilidade. O seu su-cesso assenta numa estruturaorganizada e eficaz regida pe-los mais rigorosos padrõeséticos e deontológicos e comrobusto suporte legislativo.

VIH e Sida

Quanto às perspectivas deVIH e Sida propõe-se: redefi-nir estratégias direccionadasaos grupos alvos de interven-ção já identificados; advogarum maior envolvimento dasinstituições públicas e priva-das; reforçar as acções direc-cionadas ao grupo de popula-ções dos15 aos 24 anos e o de-senvolvimento de acções paraaumento da qualidade dos ser-viços, adesão ao aconselha-mento e testagem voluntária,prevenção da transmissão ver-tical e a terapia antiretroviral.

Dermatologia

Na área da dermatologia,concluiu-se que tem havidoavanços positivos. Contudo,há necessidade de se criar ser-viços especializados a nívelregional e provincial, formarmais e melhores especialistas,desenvolver as subespeciali-dades, utilizar as novas tecno-logias, promover a investiga-ção científica e reforçar a es-trutura e o papel do Colégioangolano de Dermatologia eVenereologia.

Saúde da criança

As recomendações relati-vas à saúde da criança apon-tam para a necessidade da vi-gilância nutricional, vacinas,tratamento das doenças endé-micas e correntes, e uma ac-

ção ao nível das determinan-tes da saúde – água potável,saneamento e alojamento.

Saúde da mulher

As recomendações relati-vas à saúde da mulher subli-nham que a situação da saúdereprodutiva da mulher não émuito diferente da dos restan-tes países africanos. Os indi-cadores são ainda preocupan-tes, mas assiste-se a esforçosadequados para a aproxima-ção aos objectivos do milénio.A estratégia de revitalizaçãodo sistema municipal é a cha-ve principal para uma assis-tência materna de qualidade.

Diabetes

A educação e prevenção atrês níveis são fundamentaisna abordagem da Diabetes.Recomendação: uniformizarem todo o país as normas dediagnóstico, de tratamento eseguimento da doença, capa-citar enfermeiros e quadrosmédicos, nomeadamente en-docrinologistas.

Saúde mental

No domínio da saúde men-tal, as perturbações psiquiá-tricas e os problemas de saúdemental constituem actual-mente a principal causa de in-capacidade e uma das maisimportantes causas de morbi-lidade nas sociedades con-temporâneas. Entre outras re-comendações: implementarpolíticas e estratégias efecti-vas que vão ao encontro dasnecessidades específicas decada país; educar a populaçãodesde o ensino primário, con-ciliando a ciência e a cultura.

Modelo

de financiamento

Para alcançar um alto de-sempenho do sector da saúdefoi proposto a revisão do mo-delo de financiamento, a con-cepção, ampliação e reabilita-ção da rede de prestação de

cuidados.

Oncologia

No quadro da organizaçãodo Serviço de Oncologia, fo-ram propostos protocolos te-rapêuticos com guidelines in-ternacionais, a formação deuma comissão de coordena-ção oncológica e dispor deuma equipe disciplinar paraplanear a terapia.

Neurocirurgia

Na neurocirurgia perspecti-vou-se um programa neuro-endoscópio para a hidrocefa-lia.

Socorrismo

Delinear e implementaruma estratégia de intervençãoeducativa em matéria de so-corrismo.

Reabilitação

A reabilitação em Angolarecomenda ter serviços dispo-níveis de internamento, am-bulatório e oficinas orto-pro-tésicas.

Hábitos alimentares

A promoção de hábitos ali-mentares saudáveis, um ser-viço de nutrição comunitário,em estreita ligação com o ser-viço de nutrição hospitalar ca-paz de atender situações críti-cas de mal nutrição, desnutri-ção e subnutrição.

Pré-natal

Aumento da cobertura dopré-natal no país para preven-ção e tratamento da Maláriacongénita.

Gastrenterologia

Criação de protocolos es-pecíficos para indicação darealização de EndoscopiasDigestivas Altas tendo emconta que o excesso de usodeste meio diagnóstico nãoencontra correlação entre asindicações e os achados en-doscópicos.

z Na sessão de encerra-mento do VIII CongressoInternacional dos Médi-cos em Angola, a 26 de Ja-neiro, foram lidas e apro-vadas as seguintes con-clusões e recomenda-ções:

A saúde em Angola: o presente e o futuro

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

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12ll VIII CONGRESSO INTERNACIONAL DOS MÉDICOS EM ANGOLA Fevereiro 2013 lJSA

Highlights Cursos Pré-CongressoOs 13 cursos pré-Congresso, que decorreram nos dias 23 e 24de Janeiro, mobilizaram mais de uma centena de participantes. Devido aosucesso e à pertinência dos temas, publicamos nesta edição os hot topics de cada curso

Outros cursos pré-congresso:– Emergência médica; – Aspectos organizativos de um laboratório;– Riscos profissionais em Unidades de Saúde;– Segurança transfusional para prescritores de componentes sanguíneos.

Curso de Nutrição Parenteral Dr. Boaventura Cabecinhas

z“Pretendeu-se com estaapresentação sensibilizaros clínicos e nutricionistaspara a utilização e aper-feiçoamento das técnicasde avaliação e suporte nu-tricional correctas, realçara incidência da desnutrição hospitalar que con-tinua a ser elevada, agravando-se inclusiva-mente com o prolongar do período de inter-namento. Esta elevada incidência da desnutriçãoé comum e reflecte-se igualmente a nível dascomunidades extra-hospitalares. Aqui, é ne-cessário desenvolver projectos no ambulatóriopor equipas multidisciplinares compostas pormédicos, enfermeiros, nutricionistas e assistentessociais.”

Abordagem do doente com anemia falciforme z“A anemia das células fal-ciformes é uma patologiahematológica genética commaior prevalência no mun-do. Em Angola, estima-seque cerca de 20% da po-pulação seja portadora do traço falciforme, cal-culando-se que esta doença atinja 1.6-2% da po-pulação. É uma patologia de carácter crónica,com expressão clínica variada e com complica-ções agudas que motivam a ocorrência aos ser-viços de urgência/emergência. Com o objecti-vo de uniformizar as condutas, neste curso te-mos como propósito abordar os aspectos clíni-cos das complicações agudas e conduta tera-pêutica em situações de crise dolorosa, se-questração esplénica, infecções, anemia aguda,síndrome torácica aguda, acidente vascularcerebral e priapismo. Adicionalmente, focámosos aspectos relacionados com a terapia trans-fusional na anemia falciforme e as particulari-dades desta patologia nas grávidas, que este éum grupo considerado de alto risco.”

z “Este curso procurousensibilizar médicos, es-tudantes e outros profis-sionais de saúde, paraque os mesmos saibamreconhecer precocemen-te um paciente com ede-ma agudo do pulmão, manuseá-lo e tratá-lo.É importante que, depois da remissão do ede-ma, saibam manter os devidos cuidados pós-reanimação, encaminhando o doente para es-pecialidade afim (Cardiologia, Medicina interna,etc). Não há dados concretos sobre o edemaagudo. No entanto, como a população ango-lana tem uma carga muito elevada de doen-ças cardiovasculares, nomeadamente, hiper-tensão arterial e valvulopatias cardíacas (as prin-cipais causas do edema agudo do pulmão), logoesta situação clínica terá, eventualmente, umaprevalência elevada.”

Curso Básico de ORL para Clínicos Gerais

z “Este curso cumpre opropósito de ajudar osClínicos Gerais a lidaremcom as doenças mais co-muns na área da Otorri-nolaringologia. Há inú-meras patologias que podem ser tratadas peloClínico Geral, nomeadamente, as otites mé-dias agudas ou as otites médias crónicas (nãocomplicadas). Os médicos de Clínica Geral tam-bém podem ajudar a prevenir as doenças queconduzem à surdez, seja nas crianças ou nosadultos. No fundo, este curso pretende dotaros médicos de valências e conhecimentos teó-rico-práticos que permitam acompanhar as si-tuações mais simples ou referenciarem para aespecialidade.

Curso Básico de Gestão Hospitalar

z“A Gestão dos Hospitais éda responsabilidade exclu-siva dos seus órgãos direc-tivos internos, observada alegislação vigente, não ten-do os organismos que in-terferir na sua gestão e no seu funcionamen-to, salvo nos restritos limites da tutela, da su-perintendência dos Governos Provinciais e doMinistério da Saúde. A actuação dos gestoresavalia-se, geralmente, por padrões de eficiên-cia e eficácia. Para ser eficiente e eficaz, o ges-tor deve possuir e continuamente desenvolvervarias aptidões essenciais: aptidão conceptual;aptidão técnica e aptidão em Relações Huma-nas.”

Curso de Electrocardiografia para Clínicos Gerais z“Neste curso, pretende-mos desmistificar o elec-trocardiograma, fornecen-do informações genéricassobre este exame, paraque os Clínicos Gerais, aoobservarem um electrocardiograma, identifi-quem as diferentes ondas com o ciclo cardía-co (registo normal e patológico). No final des-ta sessão, cada um dos participantes deverá tera noção do que é necessário para realizar umelectrocardiograma e identificar as informaçõesreveladas por este exame. Este é um curso comespecial relevo, uma vez que a dor no peito éuma causa frequente de ida às Urgências e umdos exames fundamentais e básicos é o elec-trocardiograma. Todos os médicos que estão“nas portas de entrada” dos serviços de saú-de devem identificar um ECG normal de um re-sultado patológico.”

z“Em muitos países afri-canos, os sistemas de vi-gilância e resposta àdoença enfrentam desa-fios graves para conseguirresultados fiáveis de vigi-lância e resposta. A maio-ria dos países não dispõe dos requisitos míni-mos básicos de capacidades segundo o Regu-lamento Sanitário Internacional para a vigilância,comunicação, notificação, verificação e respostaimplementados, incluindo actividades apro-priadas nos pontos de entrada. Com esta for-mação pretende-se que os profissionais de saú-de tenham a oportunidade de praticar ascompetências e as actividades envolvidas na vi-gilância e controlo de doenças. Irão obter ascompetências e os conhecimentos apropriadospara a utilização de dados para detectar e res-ponder às doenças, condições clínicas e acon-tecimentos prioritários e, desta forma, reduziro impacto da doença, morte e incapacidade nascomunidades.”

z“A tuberculose, que re-gista uma incidência emcrescendo, ocupa o pri-meiro lugar no rankingdas doenças de foro in-feccioso com maior nú-mero de casos, sendo, por isso, consideradaum problema mundial de saúde pública. AOMS classifica a tuberculose como umaemergência que urge combater em todo omundo. Em Angola, a tuberculose é a segundacausa de morbi-mortalidade, sendo apenas su-perada pela malária. Nos doentes co-infec-tados pelo VIH/SIDA, a tuberculose é uma cau-sa importante de mortalidade. Este cursopropõe-se a reduzir o impacto negativo da TBsobre as comunidades, focando o plano te-rapêutico e um sumário das recomendaçõesde tratamento nas situações de TB resistenteou crónica.”

Dr. Matuba Filipe Dr. Sousa Diogo

Dr.ª Joseth Rita de Sousa Dr.ª Fátima Valente Dr. Afonso Wete

Dr.ª Brígida Santos

Abordagem e manuseio o doente com edemaagudo do pulmão

Dr. Luís Filipe Borges

Curso sobre normas de tratamento da tuberculose

Curso de Investigação em Surtos

Curso sobre diagnóstico e tratamento da malária

z “Este curso procuroucapacitar os profissio-nais de saúde (médicose estudantes de medici-na) no diagnóstico pre-coce e correcto manu-seamento da malária. A malária ainda é con-siderada como a doença infecciosa mais sé-ria em humanos, infectando cerca de 5 a10% da população mundial, estimando-seentre 300 a 600 milhões de casos e mais de2 milhões de mortes, anualmente. Apesarda severidade da doença, a compreensãoda variabilidade da resposta do hospedei-ro à infecção (traduzida desde a infecção si-lenciosa até formas crónicas da doença, pas-sando por quadros clínicos potencialmentefatais), continua a ser um dos grandes de-safios da investigação médica.”

Prof.ª Doutora Fernanda Dias Monteiro

O Centro de Convenções de Talatona foi o local do evento

O Ministro da Saúde em visita aos stands

Sessão de abertura do Congresso

MAIS IMAGENS EM WWW.MEDICAHOSPITALARANGOLA.COM

O presidente da Comissão

Científica, Miguel Bettencourt

A médica Ermelinda Ferreira com

a ilustre participante da USAID

A feira Médica Hospitalar contou com 125 expositores

directos e indirectos

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PUBLICIDADE ll 13Fevereiro 2013 l JSA

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14ll VIII CONGRESSO INTERNACIONAL DOS MÉDICOS EM ANGOLA Fevereiro 2013 lJSA

Orecente estu-do INTER-HEART, noqual foramincluídos

doentes de 52 países deÁfrica, Ásia, Austrália, Eu-

ropa, Médio-Oriente, Amé-rica do Norte e do Sul, mos-trou que 9 factores de riscofacilmente avaliados [taba-gismo, lípidos, hipertensão(HTA), diabetes (DM), obe-sidade, dieta, actividade fí-sica, consumo de álcool efactores psico-sociais] fo-ram responsáveis por maisde 90% do risco de EM. Es-tes riscos foram consisten-tes em todos os continentes,grupos étnicos e género. EmÁfrica, mas também no Mé-dio-Oriente e Sul da Ásia,os indivíduos afectadoseram mais novos (tinhamem média menos 10 anos) efoi mais forte a relação entrea HTA e o risco de EM.

Por outro lado o corela-cionado estudo INTERS-TROKE, que incluiu doen-tes de 22 países das mesmasregiões do Mundo, confir-mou esta relação entre osfactores de risco e o AVC e,em particular, a importân-cia da HTA nos países afri-canos, sobretudo nos gru-pos etários mais jovens.

Factores de risco

evitáveis

No seu conjunto estes es-tudos demonstraram que in-dependentemente da áreageográfica, condição étnicaou género, a morbilidade emortalidade das DCV de-pende de factores de riscoevitáveis ou tratáveis. O de-safio para as várias naçõesreside, portanto, na imple-mentação de programas po-pulacionais de educação emsaúde mas também em pro-gramas orientados para adetecção e tratamento dosfactores de risco que condi-cionam de forma mais sig-nificativa o aparecimentodaquelas doenças. Realce-se que a combinação demúltiplos factores de riscoaumenta o risco de formadesproporcional exigindo,por isso, abordagens maisincisivas.

Focalizado nesta realida-de, na apresentação duranteo VIII Congresso da Ordemdos Médicos procurei, deforma prática, discutir as

ferramentas de que dispo-mos para prevenirmos osfactores de risco evitáveisou, quando isso já não é

possível, para tratarmosaqueles que sendo inevitá-veis, não têm nem devemser deixados em livre curso.Utilizarei scores de riscoque nos ajudam a estratifi-car o risco cardiovascularglobal (RCV) e nos ensi-nam a definir o timing e aintensidade da nossa inter-venção. Incidimos a nossaatenção na HTA, DM e dis-lipidémias, pela elevadaprevalência que apresentame pelos confirmados benefí-cios que resultam do seutratamento atempado e ri-goroso.

Modificações

do estilo de vida

E dei ênfase às modifica-ções no estilo de vida. São,reconhecidamente, um pri-meiro e importante passono controlo dos diversosfactores de risco e no com-bate às DCV nos indiví-duos jovens e saudáveiscomo desempenham umpapel adjuvante decisivono tratamento de indiví-

duos com HTA ou DM, on-de podem mesmo retardara necessidade de fármacosou, quando estes se tornamimprescindíveis, facilitar aredução das doses e do senúmero, minorando, as-sim, os efeitos adversosdos tratamentos.

Por último, reconheçoque os desafios implícitossão tremendos. A ciênciamoderna permitiu caracte-rizar de forma inquestioná-vel aquilo que nos mata, te-mos nas mãos informaçãoe conhecimento que nospermite fazer mais e tratarmelhor, mas sabemos quenão será fácil conseguiraquilo que todos deseja-mos à escala global: mais emelhor saúde!

Mas não podemos desis-tir porque como diz Nor-man Vincent Peale "os co-vardes nunca tentam, osfracassados nunca termi-nam, os vencedores nuncadesistem." E nós quere-mos, efectivamente, ven-cer!

“Nove factores derisco facilmenteavaliados[tabagismo,lípidos,hipertensão(HTA), diabetes(DM), obesidade,dieta, actividadefísica, consumode álcool efactores psico-sociais] foramresponsáveis pormais de 90% dorisco de enfartedo miocárdio”

CARLOS RABAÇAL | Serviço de

Cardiologia HVFXira

z As doenças cardiovas-culares (DCV) são a princi-pal causa de morte noMundo. Na génese destasdoenças está a ateroscle-rose, doença arterial infla-matória crónica, que evo-lui insidiosamente ao lon-go dos anos até se tornarclinicamente visível, habi-tualmente sob a forma deum enfarte do miocárdio(EM), ou acidente vascularcerebral (AVC).

Avaliação do risco cardiovascular global

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A AUDIÇÃOA audição, tal como os res-

tantes sentidos, é muito im-portante para o nosso desen-volvimento como indivíduo,como parte da sociedade. Jáantes do nosso nascimento, aaudição é o primeiro sentido aser apurado, através do diálo-go da mãe com o seu bebé, dosnovos sons, do conhecimentodo mundo que nos rodeia.

É através desta que comu-nicamos com o mundo e estese comunica connosco, de-senvolvendo assim a nossaidentidade, os nossos senti-mentos, a compreensão domundo que está à nossa volta,os vínculos sociais, as intera-ções intra e inter – pessoais e,não esquecendo, o modo co-mo manifestamos os nossosanseios e necessidades.

A DEFICIÊNCIA AUDITIVAA surdez é a alteração sen-

sorial mais comum no ser hu-mano. Estima-se que, aproxi-madamente, 4% de indiví-duos com menos de 45 anos e29% com 65 ou mais anos te-nham défice auditivo. A sur-dez grave a profunda afetacerca de 1:1000 recém- nas-cidos. Sabe-se, igualmente,que mais 1:1000 crianças fi-cam surdas antes da idadeadulta, sendo estas formas desurdez menos graves e pro-gressivas.

Estima-se que, atualmente,mais de 60% dos casos desurdez tenham uma causa ge-nética. Sabe-se que a surdeznão é, por si só, uma doença,mas uma sequela ou manifes-tação de doenças distintas. Sóidentificando, tratando e pre-venindo as doenças será pos-sível reduzir e diagnosticar asurdez precocemente.

Deficiência Auditiva é aperda parcial ou total de audi-ção. Poder ser de nascença oucausada posteriormente pordoenças. No passado costu-mava-se achar que a surdezera acompanhada por algumtipo de deficit de inteligência.Entretanto com a inclusãodas pessoas portadoras de de-

ficiência auditiva no proces-so educativo, compreendeu-se que eles, na sua maioria,não tinham a possibilidade dedesenvolver a inteligênciaem virtude dos poucos estí-mulos que recebiam e que is-to era devido à dificuldade decomunicação entre deficien-tes auditivos e ouvintes. Po-rém, o desenvolvimento dasdiversas das duas modalida-des: Língua Gestual e Orali-dade, permitiram ás pessoassurdas os meios de desenvol-vimento da sua inteligência.

SINAIS DE ALERTAFamília – a primeira a sus-

peitar de surdez, por observa-ção da criança:

Em crianças muito peque-nas:– Nos primeiros 4 meses devida: ausência de reações aossons; sensibilidade exagera-da às vibrações; sono dema-siado calmo; comportamentodiferente do usual – a criançaé muito quieta, dorme muitoe em qualquer ambiente, nãose assusta com sons intensos;– Entre os 4 e os 12 meses:mantém os sintomas anterio-res; palrar não melódico; uti-liza uma comunicação ges-tual;– Dos 12 aos 24 meses: au-sência de palavras articula-das; desatenta a tudo o que es-tá fora do seu campo visual;emissões vocais descontrola-das – gritos; instalação deuma linguagem gestual pro-gressiva;

- Aos 24 meses: início dasperturbações do comporta-mento; dificuldades na mo-tricidade fina;

Em crianças maisvelhas:– Não desenvolvemlinguagem ou têmgrandes dificul-dades para apren-der a falar.

Na escola – ascrianças com sur-dez severa, pro-funda ou total sãogeralmente identifi-cadas cedo. As crian-ças com surdez ligeiraou moderada tendem maisa ser negligenciadas. As se-guintes características devemser encaradas como sinais dealerta:– Crianças com comporta-mento que se assemelha a ou-tros distúrbios como a defi-ciência mental ou problemas

comportamentais;– Olhar inexpressivo – po-dem não compreender o queestá a ser dito;– Bloqueio de comunicação –criança muito envolvida coma sua própria ansiedade;– Queixas de dores de ouvi-do, desconforto, assobios,zumbidos, resfriados e doresde garganta frequentes;– A criança aumenta o volu-me do rádio, TV, ou encosta oouvido ao altifalante para ou-vir melhor;– O aluno pede frequente-mente para repetir o que aca-bou de ser dito – têm o hábitode dizer “anh?”;– A criança não responde ou édesatenta quando se fala comela, são por vezes rotuladasde “criadores de conflito”;– O aluno recusa em partici-par em atividades orais na au-la.

COMO INTERVIRPensando na importância

da audição para o desenvolvi-mento não só da linguagem,mas de outros aspetos comocognitivo, afetivo e social,pensa-se também que o quan-to antes a perda de audiçãoseja detetada, a criança deveser devidamente protetizada (prótese auditiva ou implantecoclear ) e encaminhada parao Terapeuta da Fala , para quetenha um menor desfasamen-to no seu desenvolvimento.

Assim o pensamento atualé que o bebé deve ser avalia-do auditivamente no momen-to do nascimento e caso al-gum problema seja detetado

ele deve ser encaminhado aoutros exames. Com a confir-mação do problema, a famíliaé orientada a procurar umacompanhamento específicodo médico Otorrinolaringo-logista e do Terapeuta da Fa-la, para que seja iniciado oprocesso de protetização e te-rapia. É esperado que a crian-ça com seis meses de idade jáesteja protetizada e receben-do orientação terapêutica.

Intervenção da família

A família é o terapeutamais poderoso da criança,primeiro por ela ter total con-fiança e empatia pelas pes-soas que a compõe e segundopor estas pessoas estarem emcontado com a criança duran-te um tempo muito maior queo terapeuta. Então, o sucessodo desenvolvimento dacriança depende muito daajuda dos familiares. – Estimular o balbucio, de-volvendo-os ao bebê, se eleainda estiver sem qualqueraparelho de amplificação,manter a cabeça do bebê en-costada no seu peito para queele sinta a vibração; – colocar a criança em conta-to com estímulos sonoros devários tipos em situações co-tidianas; – respeitar a diferença entreidade cronológica e idade au-ditiva ( quando a criança re-cebeu o aparelho); – a criança precisa ouvir an-tes de emitir, por isso o traba-lho do resíduo auditivo é tãoimportante; – fazer com que a criança "vi-

vencie a linguagem", colo-cando-a em contato com oobjeto concreto sempre quefalar sobre ele; – verbalizar sempre, em to-das as situações, antes de fa-lar, deve chamar a atenção dacriança para que ela olhe parasi e receba a frase completa,isso facilita a compreensão; – deixar que a criança emitaos seus sons livremente, nãoter ansiedade para que ela fa-le corretamente, o importantede início é estimular o prazerem emitir; – permitir que a criança brin-que e tenha contato comcrianças ouvintes; – cantar para o bebê dormir; – entender que o trabalho lin-guístico com a criança defi-ciente auditiva se faz seguin-do a hierarquia da aquisiçãoda linguagem da criança ou-vinte, apenas com a primeiraserá necessário maior dedica-ção e empenho;

Intervenção

do terapeuta da fala

O trabalho do terapeuta dafala inicia-se por uma avalia-ção cuidada e meticulosa dasvárias áreas da sua competên-cia, para além de ter em aten-ção o disgnóstico clinico (tipoe grau de surdez), a ajuda téc-nica escolhida ou utilizada pe-la criança no momento, o ga-nho audi-tivo

que tem com a mesma, o con-texto familiar e educacional.

O terapeuta da fala deverá“respeitar” a opção comuni-cativa de eleição da família.Esta escolha irá influenciar aintervenção na medida emque , poderá dirigir a mesmapara a linguagem gestual por-tuguesa, para a comunicaçãototal ou para a oralidade.

No primeiro caso (LínguaGestual Portuguesa), o papeldo Terapeuta da Fala não po-derá ser direto porque a opçãoimplica o uso de uma outralíngua que terá de ser ensinadae trabalhada por falantes damesma. O Terapeuta da Falapode apenas orientar educa-dores e professores a nível decomunicação e pragmática.

No segundo (ComunicaçãoTotal), o Terapeuta da Fala temum papel preponderantes namedida em que tem de traba-lhar comunicação, linguagem,fala, leitura de fala e discrimi-nação auditiva. A metodologiaescolhida para o trabalho, po-derá utilizar gestos idiossin-cráticos, datilologia, gestos deLíngua Gestual Portuguesa,bem como sistemas aumenta-tivos e alternativos de comuni-cação, pistas fonéticas e fala. Échamado o método bimodal,porque a criança poderá de-senvolver a expressão verbaloral e gestual, em paralelo.

Na abordagem Oralista opapel do Terapeuta da Fala éfundamental, na medida emque o objetivo último é a fala.Apesar de serem trabalha-das as áreas referidas ante-riormente o ênfase deveráser dado ao desenvolvimen-to da audição e da fala. A in-

tervenção vai basear-se noestímulo da audição e no de-

senvolvimento da perceçãoda linguagem.

16ll TERAPIA DA FALA Fevereiro 2013 lJSA

SURDEZ Sinais de alerta Como intervir?

VANDA SARDINHA | Terapeuta da Fala

[email protected]

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MÉDICA HOSPITALAR ll 17Fevereiro 2013 lJSA

A1ª Feira Médi-ca Hospitalar,que ocupouuma área bru-ta de 1.800

metros quadrados, contoucom a presença de 57 expo-sitores e patrocinadores di-rectos e de 68 expositores in-directos (empresas represen-

tadas). No certame, cuja or-ganização coube à Ordemdos Médicos de Angola, Jor-nal da Saúde e à MarketingFor You, estiveram represen-tados 16 países: Angola, Co-reia do Sul, Portugal, China,África do Sul, França, Ho-landa, Alemanha, Bélgica,Estados Unidos da América,Japão, Espanha, Brasil, Di-namarca, Itália, Suíça.

Um inquérito realizadopara aferir o grau de satisfa-ção dos expositores revelaque a esmagadora maioriamarcou presença com o ob-jectivo de identificar novosclientes (80,5%). A promo-ção da empresa (80,5%), afidelização de clientes habi-tuais (48,8%) e o lançamen-to de novos produtos(46,3%) foram também fac-tores que pesaram na moti-vação dos expositores, dosquais 70% declararam teratingido os objectivos pre-tendidos com a respectivapresença na mostra especia-lizada. É também interessan-te constatar que a maioria

(57,5%) dos expositores in-quiridos revelou a pretensãode pretender participar comum espaço maior na ediçãodo próximo ano.

O certame foi inauguradopelo Vice-Presidente da Re-pública, Manuel Vicente,acompanhado pelo ministroda Saúde, José Van-Dúnem,pelo Secretário de Estado daSaúde, Carlos Masseca, e pe-lo bastonário da Ordem dosMédicos, Pinto de Sousa.

Sector público da saúde

terá novos quadros

O Ministro da Saúde, JoséVan-Dúnem, garantiu, noencerramento do VIII Con-gresso Internacional dosMédicos angolanos, que de-correu sob o lema “A Saúdeem Angola, o presente e o fu-turo”, no final do mês passa-do em Luanda, que “o sectorvai continuar a trabalharcom o MINFIN e o MA-PESS para a integração denovos quadros no sector pú-blico”. O responsável reco-mendou “o investimento em

especializações médicas quepossam assegurar o alcancedos objectivos e o desenvol-vimento de trabalhos de in-vestigação de forma a trans-formar os seus resultadosnum património colectivo”.

Por seu turno, secretáriode Estado da Saúde, CarlosAlberto Masseca, sublinhoua importância do evento nummomento em que o país traçaestratégias e perspectivaspara o combate de doençasprioritárias, adiantando queesses objectivos configu-ram, primordialmente, a uni-versalização do acesso aosserviços com qualidade, se-gurança e que permitam au-mentar o grau de satisfaçãodos utentes.

Carlos Alberto Massecasublinhou ainda a importân-cia do intercâmbio entre osmédicos angolanos e de ou-tros países, tendo em vista aampliação da formação dosquadros nacionais, bem co-mo, num futuro próximo, atransferência de tecnologiamédica através da imple-

mentação, no país, de em-presas da indústria farma-cêutica ou de dispositivosmédicos. “Acreditamos tam-bém que estamos em condi-ções de iniciar programas deintercâmbios com médicosde países com uma ligaçãopreviamente estabelecidascom Angola, seja por ques-tões culturais, históricas oupolíticas”, destacou.

O bastonário da Ordemdos Médicos de Angola,Carlos Alberto Pinto de Sou-sa enunciou, na sua interven-ção, as principais linhasmestras definidas no progra-ma do Executivo para o sec-tor para o quinquénio 2012-2017, entre as quais se desta-cam a consolidação da Re-forma do Sector da Saúde, apromoção de serviços hospi-talares nacionais, regionais eprovinciais e a redução damortalidade materna, infan-til e infanto-juvenil. Repor-tando-se ao tema do encon-tro, Carlos Alberto Pinto deSousa sublinhou a necessi-dade da Ordem dos Médicos

proporcionar aos seus asso-ciados abordagens técnico-científicas que olham para assuas grandes questões que secolocam à medicina e ciên-cias da saúde. “Isto significaque devemos reflectir sobreo que estamos a realizar emtermos do estado da arte e omodo como conseguimoscentralizar e focar as nossascapacidades no cidadão e nacomunidade, considerandoque às pessoas interessammais a qualidade do seu per-curso quando procuram cui-dados de saúde do que pro-priamente a gestão internade cada organização”, refe-riu. As conclusões do Con-gresso defendem a investi-gação em saúde atendendo aque esta gera conhecimentopara intervenções efectivas eeficientes, tem consequên-cias económicas e sociais ro-bustas, elevado retorno, delongo termo, para dispositi-vos médicos e testes paradiagnóstico e de muito longotermo para medicamentos,ou agentes preventivos.

z Em simultâneo com oCongresso Internacionaldos Médicos em Angoladecorreu, no final de Ja-neiro, em Luanda, a 1ª Fei-ra Internacional de Equi-pamento Médico-Hospita-lar, Tecnologia, Medica-mentos e Consumíveis. Oevento permitiu a cerca demil médicos e outros pro-fissionais de saúde teremacesso às mais avança-das soluções na área mé-dica – medicamentos,equipamentos, tecnolo-gias e formação – a bemda transparência do mer-cado e da saúde da popu-lação.

Médica Hospitalar atrai mil visitantesO EVENTO PERMITIU A CERCA DE MIL MÉDICOS E OUTROS PROFISSIONAIS DE SAÚDE TEREM ACESSO ÀS MAIS

AVANÇADAS SOLUÇÕES NA ÁREA MÉDICA – MEDICAMENTOS, EQUIPAMENTOS, TECNOLOGIAS E FORMAÇÃO – A BEM

DA TRANSPARÊNCIA DO MERCADO E DA SAÚDE DA POPULAÇÃO.

O certame foi inaugurado pelo Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, acompanhado pelo ministro da Saúde, José Van-Dúnem, pelo Secretário de Estado da Saúde, Carlos Masseca,

e pelo bastonário da Ordem dos Médicos, Pinto de Sousa.

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18ll MÉDICA HOSPITALAR Fevereiro 2013 lJSA

Expositores recomendam continuidade da feiraMÉDICA HOSPITALAR ANGOLA

zMotivados pelos bons resultados do evento, os expositores – que ao longo de dois dias estiveram na Médica Hospitalar 2013 a mostrar à classe médica, gestores hospitalares eoutros profissionais de saúde o que de melhor disponibilizam em termos de equipamentos e medicamentos – recomendam a sua continuidade. A 2.ª edição do certame já estáagendada para 24 e 25 de Janeiro de 2013. MARIA RIBEIRO

«Apresentámos equipamentos inovadores»Rui Coelho, administrador para a área comercial da Tecnimed

z«Esta é a primeira feira médica hospitalar dopaís. A Tecnimed é uma empresa que está nomercado há 20 anos e consideramos que é nos-sa obrigação participar neste evento com qua-lidade, para prestigiá-lo. Na feira procuramosapresentar cada uma das empresas que repre-sentamos. A maior é a Siemens. Trouxemos equi-pamentos que se nos afiguram ser de grande im-portância para os médicos, como por exemploo ecógrafo P300. É uma novidade no mercadointernacional. Em Angola já vendemos alguns.Apresentámos também o Arcadis, uma máqui-na usada no bloco operatório para apoio às ci-rurgias. Através dele, por fluoroscopia, conse-gue-se seguir a cirurgia ao paciente. Da Drager,expusemos um aparelho de anestesia. Exibimosum monitor próprio para as salas de ressonân-cia magnética. Também como novidade para An-gola mostrámos a digitalização das imagens deRaios X. São conversores que transformamimagens analógicas em digitais, o que pode aju-dar a potenciar a telemedicina no país. Em re-sumo, apresentámos equipamentos que certa-mente interessam aos médicos, porque são úteispara o seu trabalho».

«Com a sonda encostada no corpo do paciente é possível detectar se há presença de tecido cancerígeno ou não»Mateus Venâncio, director-geral da Medtrónica

z«Participámos na feira com o objectivo de con-tribuir para a melhoria da saúde dos angolanos.Acreditamos que é importante que os médicostenham um conhecimento real dos equipamentosque disponibilizamos. A Medtrónica é umaempresa que comercializa equipamentos de diag-nóstico clínico, mobiliário hospitalar e consumíveispara a área de medicina. Expusemos ecógrafospara várias modalidades de diagnósticos eequipamentos de Raios X para diagnóstico eodontologia. O produto que apresentámos nafeira é de uma marca que está a ser introduzi-da no mercado angolano há dois anos. O nos-so produto tem várias funções que o diferenciamdos de outros fornecedores da mesma marca,como, por exemplo a possibilidade de, atravésdele, detectar-se o cancro humano no organis-mo só com um toque do equipamento. Com asonda encostada no corpo do paciente é pos-sível detectar se há presença de tecido cance-rígeno ou não. É uma das novidades. Na áreada ginecologia e obstetrícia trouxemos a tec-nologia 4D. Com este equipamento tem-se umavisão realista do feto. Gostaríamos de ter maisoportunidades de expor para que os médicos eos angolanos em geral tenham maior contac-to com as novas tecnologias».

«Apresentámos, pela primeira vez em África, um Raios X digital portátil”Ricardo Sanjim, director comercial da Socafrin

z«A Socafrim trabalha na área da saúde há 12anos. Somos especializados em apetrecha-mento hospitalar. Tudo o que existe num hospitalnós fornecemos. Participámos na feira para in-teragir e mostrar equipamentos inovadores. Re-presentamos duas marcas em Angola: a FujiFilm,direccionada para os Raios X, e a Seca, que fa-brica balanças médicas. Apresentámos, pela pri-meira vez em África, um aparelho de Raios X di-gital da FujiFilm. É portátil, com funções digitais.Ou seja, o técnico faz o RX e a imagem é apre-sentada directamente no ecrã do equipamen-to, onde pode ser trabalhada. Caso queira im-primir usa a impressora acoplada. Ao mesmotempo, armazena a imagem no computador,para manter um histórico do paciente. Expuse-mos também um novo produto para a endos-copia rígida e o analisador de bioquímica seca.Este faz análises bioquímicas sem consumo delíquidos ou reagentes. Funciona com pequenosslides. Na área da marca Seca, apresentámosas novas balanças. Uma delas é também cadeirade rodas. O paciente é pesado enquanto ca-minha para o médico. Acresce que é wireless.O paciente é pesado e a informação é enviadapara a impressora. Promovemos também umabalança pediátrica desenvolvida exclusivamen-te para a Unicef, dirigida às enfermeiras que tra-balham nas aldeias».

«Trouxemos à feira novidades para a descontaminação hospitalar”José Couceiro, director técnico da divisão de sistemas médicosda Rocha Monteiro

z «Trouxemos à feira equipamentos para des-contaminação, desinfecção e esterilização de am-bientes hospitalares. É uma nova tecnologia naárea de desinfestação de ambientes hospitala-res e também domésticos. São equipamentospara blocos operatórios e salas de parto que po-dem ser utilizados mesmo com a presença de se-res humanos. É uma novidade na área da des-contaminação ambiental. Apresentamos tambémoutra novidade: um aparelho para desconta-minação de ambientes domésticos e instituições,como hotéis, salas de reunião, etc. São equi-pamentos eficazes. O primeiro sistema, o mé-dico, mata 99,99 porcento dos germes e bac-térias nos ambientes hospitalares. Os domésti-cos para descontaminação são soluções paracombater o mofo e ambientes que causam aler-gia. Esta feira é uma oportunidade que já se im-punha. Como empresários, temos a oportuni-dade de apresentar não só as novidades mastambém de nos dar a conhecer junto das distintasunidades sanitárias. A nossa participação foi po-sitiva e, pelo que vimos, também foi para o ladodos médicos e gestores hospitalares. É uma fei-ra que deverá continuar. Não sei ainda qual seráa periodicidade mas o ideal seria anual».

«A qualidade dos medicamentos é a nossa aposta em Angola»Marisa Mesquita, directora comercial da Gefarma

z«A Gefarma actua no mercado angolano dosmedicamentos desde 2008. Participámos na fei-ra para dar a conhecer aos médicos a empre-sa. Queremos crescer muito mais. Queremos es-tar de norte a sul. Trouxemos à feira a nossa ima-gem, a nossa força de vendas e os produtos quevendemos, de origem unicamente europeia.Apresentamos os novos medicamentos que es-tão a ser distribuídos pelos laboratórios europeuspara a área de cardiologia. A qualidade dos me-dicamentos é a nossa aposta em Angola. Estafeira é uma oportunidade única porque rece-bemos a visita de médicos de vários países. Nãoé uma feira nacional, mas sim internacional, oque permite partilhar os conhecimentos. Em ter-mos gerais consideramos que a organização dafeira está muito boa».

«É um evento que deve ser repetido»Ana Vicente, directora-geral da Labconcept, grupo Loupacle

z«A nossa empresa está há dois anos no mer-cado angolano. Dedica-se à comercialização deequipamento médico hospitalar e medicamen-tos, presta assistência técnica e formação. Dis-pomos de uma plataforma logística que nos per-mite fazer a distribuição por todo país. Temosuma equipa de assistência técnica que nos pos-sibilita fazer a manutenção, dar assistência aosequipamentos e respectiva formação técnica. Re-cebemos também formação comportamental eem outras áreas técnicas que não as de servi-ço. Representamos marcas líderes no mercadocomo a Karl Storz de endoscopia, ectoscopia ecirurgia não evasiva. Também a Abbott, líder nomercado de banco de sangue, hematologia ebioquímica. Disponibilizamos igualmente umavasta gama de medicamentos, quer genéricos,quer de marca. Também somos fortes ao nívelde ortopedia, devido às parcerias com várias mar-cas estratégicas, líderes no mercado. Na feira de-mos primazia à parte de laboratório, hemato-logia, bioquímica, cirurgia não evasiva e en-doscopia. A biologia molecular, parte de ana-tomia patológica e bancos de sangue são algunsdos nossos pontos fortes apresentados na feira.A Médica Hospitalar é um evento que deve serrepetido porque nos permite apresentar todo umleque de medicamentos e mais-valias que temospara a saúde em Angola».

«A feira e o congresso são uma feliz coincidência»António Azevedo, director-geral da Novera

z«A Novera é uma empresa de direito angola-no com actividade no mercado desde 1992. De-dica-se exclusivamente à terapia respiratória comparticular destaque nos sistemas de distribuiçãode fluidos medicinais. Na feira, a Novera expôsvários produtos ligados à terapia respiratória. Ins-talamos uma rede de gases medicinais para mos-trarmos como funciona e para permitir aos clien-tes determinar o que precisam relativamente ànatureza do seu projecto. Preparámos uma redeespecial e também um conjunto de acessóriosque funcionam com ela, onde encontramos ascalhas medicinais, as cabeceiras, as rampas degases, tudo equipamentos que funcionam comgases medicinais, terapia respiratória e anestesia.Portanto, é a rampa de gases a funcionar comtodos os acessórios e respectivos. A feira e o Con-gresso da Ordem dos Médicos são uma feliz coin-cidência que deve continuar assim. Os médicosestão a discutir o sistema de saúde e penso queisso tem muito a ver com o nosso trabalho. Aquijuntámos duas componentes muito importantesda saúde: a discussão, em si, das questões dasaúde e, por outro lado, um factor não menosimportante, a electromedicina, o suporte vitalpara a conclusão e execução dos objectivos da-quilo que se vem para aqui discutir. Penso queas duas coisas se entrelaçam e casam. É, de fac-to, uma coincidência feliz ter em simultâneo ocongresso dos médicos e a primeira feira de equi-pamentos médicos».

«Viemos mostrar que fazemos parte do cenárioda saúde em Angola»Raul Costa, sócio-gerente da Tambula Comércio Geral impor-tação Exportação, Lda

z«Somos uma empresa de direito angolano, se-diada no Projecto Nova Vida, e temos uma de-legação na província do Huambo. O nosso ob-jectivo é prestar um melhor serviço, quer do pon-to de vista comercial, quer na assistência pós-venda, designadamente na assistência técnicae também no acompanhamento dos nossos clien-tes em termos de consumíveis, gastáveis e rea-gentes. Participámos na feira pelo facto de ser-mos uma empresa nacional reconhecida pelo Mi-nistério da Saúde e por termos uma projecção,tanto em Luanda, como nas províncias, onde vá-rios participantes no Congresso nos conheceme com os quais já desenvolvemos vários projectos.Era de bom-tom estarmos aqui para nos re-presentarmos e mostrar que fazemos parte docenário da saúde de Angola. Temos dois tiposprodutos que estão ligados à área de laboratório,da imagiologia, porque são dois segmentos ondenos temos demarcado ao longo do percurso donosso projecto».

«Queremos incentivar as pessoas para a práticade exercício físico»Paulo Rodrigues, departamento de Comunicação e Imagem da Sistec

z«Participámos nesta feira porque representa-mos a italiana Tecnogym, uma marca de materialpara ginásios de treino físico. Aproveitámos aoportunidade para apresentar os nossos produtose incentivar as pessoas a usarem os nossos equi-pamentos. Somos nós que fornecemos a maiorparte dos ginásios de Angola. Também fizemosa apresentação do Projecto Doenças Não Trans-missíveis por Bactérias (DNTB), onde enqua-dramos obesidade, doenças cardiovasculares,diabetes. Tivemos a interface e uma coluna deuma marca que também representamos, a Beh-ringer. É uma coluna que já vem amplificada. Omicrofone e a interface ficam com o personal trai-ner, que vai passar as instruções com música defundo. O aparelho vai ser colocado num espa-ço a definir em Luanda e nas províncias onde te-mos filiais. Estamos a ponderar o arranque por-que esta é uma actividade conjunta com o Mi-nistério da Saúde. Queremos incentivar aspessoas para a prática de exercício físico. Tive-mos também algumas das nossas máquinas ex-postas, todas relacionadas com o exercício damedicina, para exercícios cardiovasculares».

«Introduzimos muitos produtosinovadores no mercado»

João Carlos Xavier, director comercial da Selquímica

z«A Selquímica está na área da saúde, princi-palmente na de medicamentos e material hos-pitalar, há mais de 15 anos. Somos uma empresaque introduziu muitos produtos inovadores nomercado. Na feira apresentámos produtoscomo Viusid, um suplemento alimentar que for-talece o sistema imunológico, e outros como Ka-letra, Aluvia, Anodyne, Cicatrix, Renalof, Diamel,Spermotrend, Glizigen-gel, Glizigen-spray, BlueCap shampu, Blue Cap sray, Blue Cap pomadae Blue Cap gel. Participámos da feira porque tudoo que está relacionado com a saúde interessa-nos».

“Esta feira é uma oportunidade única porquerecebemos a visita de médicos de vários

países”

«Tudo o que está relacionado com saúde interessa-nos»

«O nosso objectivo é prestar um melhorserviço quer do ponto de vista comercial,

quer na assistência pós-venda»

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PUBLICIDADE ll 19Fevereiro 2013 l JSA

Crievant – Comércio Geral, Lda.Rua da Samba, nº 12 – PR – 16, Bairro Prenda, Zona 6, Luanda

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Dispomos de uma equipa multidisciplinar ao seu serviço:– Imagiologia– Ortopedia– Anestesiologia– Oftalmologia– Bloco Operatório– Odontologia– Instrumental Cirúrgico– Maxilo-Facial– Ginecologia/Obstetrícia– Gastroenterologia– Cardiologia– Urologia– ORL - Otorrinolaringologia– Neurologia– Emergência Médica– Assistência Técnica Especializada– Consultoria/Soluções Integradas– Mobiliário Hospitalar– Consumíveis: Películas de Raio-x, Revelador

e Fixador, Papel de Ecografia e ECG, Gel de Ecografia, Produtos de Contraste Iomeron, Gastrografina

Criamos sinergias“Acções sincronizadas superam limites”

A CRIEVANT diferencia-se no mercado pela

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qualidade e abrangência de produtos, formação

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20llMÉDICA HOSPITALAR Fevereiro 2013 lJSA

«A Iberconcentra tem um conceito de soluções globais»Pedro Diogo e Paulo Pena, delegados comerciais daIberconcentra

z«Trouxemos uma gama de equipamento mé-dico hospitalar, especificamente equipamentospara bloco operatório. A Iberconcentra tem umconceito de soluções globais, ou seja, nós con-seguimos equipar todo o bloco operatório,desde os aparelhos de anestesia, os armários,aos consumíveis que são utilizados no decorrerdas cirurgias. Também temos equipamentos paraneonatologia, obstetrícia, incubadoras e berçosaquecidos. Nos cuidados intensivos temos ven-tiladores fixos e móveis. Na feira expusemos todaa nossa panóplia de equipamentos, com o quehá de mais recente em termos tecnológicos, des-de o desfibrilhador que saiu agora no mercadoa um equipamento com muito sucesso entre osvisitantes, o AutoPulse. Este é um equipamen-to para medição das pulsações cardíacas. É novo.Saiu em 2010. É o único equipamento no mer-cado que faz compulsões cardíacas, ao invés deser uma pessoa a fazê-lo. A feira é, para nós,a oportunidade de ter os médicos, entre nacio-nais e internacionais, num mesmo espaço.Tem a vantagem de permitir mostrar o que háde novo e todas as valências existentes que sepodem trazer para a saúde em Angola».

«Participamos nestes eventos porque procuramos as necessidades dos médicos»Manuel Salgado, gerente da Mundinter Angola

z«Estamos no mercado angolano há 16 anose actuamos nas várias valências da saúde, des-de equipamento geral, área cirúrgica, equipa-mentos e consumíveis para as áreas de neuro-logia, urologia e consumíveis hospitalares.Também temos apostado na formação dos en-fermeiros angolanos. Na feira apresentámos todonosso portfólio de produtos. Não viemos comequipamentos porque já somos uma empresaconhecida do mercado. Trouxemos sobretudo CDcom a história da empresa e com todos os equi-pamentos. A exposição física dos equipamentosnão nos pareceu muito importante. Participamosnestes eventos porque procuramos as necessi-dades dos médicos e assim podemos apoiá-los,para que possam melhorar os cuidados de saú-de. Este é, de facto, o objectivo. A realização des-ta feira é um marco importante, uma referên-cia de que em Angola existe uma feira médica».

«Feira permite à classe médica saber dosserviços e aparelhos no mercado»Teresa Carvalho, directora clínica do Centro de Diagnóstico porImagem de Luanda

z«Na feira apresentámos os nossos serviços. Te-mos um centro de diagnóstico por imagem quefunciona com uma médica radiologista assistentegraduada e estamos sempre ligados, por tele-medicina, ao Centro em Viana do Castelo. Fa-zemos Raios X convencional, ecografia, mamo-grafia digital, única em Luanda, com a possibi-lidade de fazer as biopsias por estereotaxia, TACde 128 cortes. São estes os nossos serviços. Achoóptimo a realização da feira porque ela permi-te à classe médica saber dos serviços e apare-lhos de que dispõem no mercado. Possibilita ocontacto com os fornecedores».

«Promover o nosso portfólio junto da classe médica»Helena Paradela, directora técnica e de assuntos regulamentares da Sandoz Farmacêutica de Portugal

z «A Sandoz Farmacêutica tem os seus medi-camentos presentes no mercado angolano. Es-tamos a trabalhar aqui através de distribuido-res. Temos um portfólio alargado de medica-mentos genéricos nas várias áreas terapêuticas,como contracepção e sistema nervoso central,mas também uma linha alargada na área de uro-logia. Dispomos de medicamentos específicosusados em casos hospitalares para anemia e on-cologia. Neste momento queremos promover onosso portfólio junto da classe médica para sa-berem que a Sandoz está no mercado angola-no. Queremos começar a trabalhar com os mé-dicos e farmacêuticos na parte da formação.Queremos ter um papel diferenciado enquan-to empresa farmacêutica, não só disponibilizandoum portfólio alargado, mas também serviços parapodermos chegar à população de outra ma-neira».

«Feira junta pessoas para podermos dar-lhes informações»Eugénia Cabanga, delegada de informação médica da Bayer

z «Somos uma empresa da indústria farma-cêutica. Estamos subdivididos em áreas como car-diologia, ginecologia, diabetes e área social.Apresentámos na feira os nossos produtos, dan-do maior destaque ao Xarelto, um medicamentoutilizado na prevenção do AVC, para cardiolo-gia, e o novo aparelho medidor de glicemia, prá-tico, de fácil manuseio, pequeno, portátil. Paranós é benéfica a realização desta feira pelo fac-to de estarem aqui várias pessoas e de poder-mos dar a um número maior informações re-lacionadas com o trabalho realizado pela Bayere os produtos que comercializamos».

«O nosso forte são as crianças»Carolina Tomas, coordenadora de marketing da Mosel

z«Somos representantes e distribuidores da Nu-triben em Angola e da linha de cosméticos à basede produtos naturais Interapothek. Temos a li-nha infantil e a linha de adultos. O nosso fortesão as crianças. Na feira expusemos a linha Nu-triben. Apesar do tempo em que estamos no mer-cado é uma linha que ainda poucos conhecemmuito bem. A Mosel é uma empresa que só tra-balha com farmácias de bairro comuns e hos-pitais, não com pessoas singulares. Qualquercliente interessado na compra dos nossos pro-dutos é encaminhado para uma das nossas far-mácias».

«Feira foi uma ideia muito bem pensada»Natchova Lopes Hendrik, directora executiva da Socinter - Sociedade de Comércio Internacional

z«A Socinter é principalmente distribuidora demedicamentos e também faz a venda a retalhonas farmácias Kinaxixe e Atrium. A empresa estáhá 22 anos no mercado e tem participado emvários eventos desta natureza. Para esta feiratrouxemos uma amostra de desinfectantes demãos e toalhitas para as clínicas. Representámostambém os laboratórios Basic, Bial. Temos me-dicamentos genéricos, como anti-infecciosos, dosistema nervoso central, analgésicos e anti-in-flamatórios. A feira foi uma ideia muito bem pen-sada. A organização está de parabéns porquefez com que se juntassem os médicos, os for-necedores e as farmácias».

«Este tipo de iniciativas permitem encontrarnovos clientes»Samir Banji, administrador da Crievant

z«A nossa empresa actua na área médica de Aa Z. Estamos preparados para oferecer um ser-viço de bens e equipamentos aos hospitais dotipo “chave na mão”. Na feira apresentámos, fun-damentalmente, a área de imagiologia, a digi-talização e também soluções para farmácias euma outra solução muito interessante de pul-seiras para identificação de pacientes. Apre-sentámos ainda artigos de ortopedia, que é umaárea onde somos muito fortes, embora tenha-mos uma abrangência grande de produtos. Játínhamos participado em duas feiras, há doisanos, mas nesta notámos que houve um gran-de desenvolvimento, quer na organização do pró-prio evento, quer na adesão. Há muito mais ex-positores, o que é muito positivo registar. Querdizer que estamos a crescer e o mercado estácada vez mais exigente. Para nós, este tipo deiniciativa permite-nos encontrar novos clientes.Para as pessoas ligadas ao ramo hospitalar es-tes encontros também servem para poderemidentificar fornecedores competentes, comknow-how e especializados».

«A NDC fez uma apresentação institucional»Nuno da Costa, presidente da NDC Medical

z«A NDC é uma empresa portuguesa que temuma participação na NDC Angola, uma empresade representações que, por sua vez, tem 50 porcento do capital da Farmalog. É uma empresade distribuição e importação de medicamentosde uso humano. O objectivo da Farmalog é ser-vir essencialmente o sector privado, primeira-mente clínicas e farmácias. Gradualmente vai en-trando no sector público. Na feira, em primei-ro lugar fizemos uma apresentação institucional.A empresa não é ainda muito conhecida do pú-blico nem das entidades ligadas a saúde. Trou-xemos algum mostruário do tipo de produtos quetemos, medicamentos que comercializamos.São essencialmente medicamentos portugueses,fabricados na Europa e comercializados em Por-tugal, e também dispositivos médicos. A Farmalogpretende ser um dos agentes na área da saú-de, no médio e longo prazo neste país. Com afeira a acontecer na mesma altura do Congressoda Ordem dos Médicos conseguimos reunir nummesmo espaço várias sensibilidades do sectormédico porque, no fundo, quem prescreve as re-ceitas são os responsáveis clínicos dos hospitais.Passaram pelo nosso stand muitos médicos in-teressados em inovação e isso é revelador do in-teresse de juntar no mesmo espaço os médicoscom as entidades que actuam no sector da saú-de».

«Esta é a grande feira do medicamento e do equipamento hospitalar»Maria do Rosário Boavida, representante da Sanofi em Angola

z«A Sanofi é uma empresa de origem francesa.É a número um mundial na área farmacêuticae, como tal, tem a responsabilidade de ser umaempresa que actua em várias áreas. Actua naárea da cardiologia e da diabetes mellitus, ondeé líder mundial. Na área do sistema nervoso cen-tral temos muitos produtos OTC, ou seja, produtosque não necessitam de receitas médicas. Depoistemos também uma área muito importanteque é a malária. Na feira promovemos o nossoantimalárico, o ASAQ, um produto utilizado hámuito anos no mundo mas que aqui, em Angola,só foi introduzido no ano passado. Tem a van-tagem de ser um único comprimido a tomar pordia e, como tal, o doente ser tratado rapidamente,ao final de três dias. Temos também uma linhade antibióticos hospitalares, com destaque para

«Há interesse em juntar no mesmo espaçoos médicos com as entidades que actuam

no sector da saúde»

«O AutoPulse, um equipamento paramedição das pulsações cardíacas, teve

muito sucesso entre os visitantes»

«Também temos apostado na formação dos enfermeiros angolanos»

«Contacto com fornecedores evita ter sempre que encomendar de fora»

«Queremos começar a trabalhar com os médicos e farmacêuticos na parte

da formação e ter um papel diferenciado»

«A organização está de parabéns porque fez com que se juntassem os médicos,

os fornecedores e as farmácias»

«Apesar do tempo em que estamos no mercado, a Nutriben é uma linha

que ainda poucos conhecem muito bem»

«Demos destaque na feira ao Xarelto, um medicamento utilizado na prevenção

do AVC e ao novo aparelho medidor de glicemia»

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MÉDICA HOSPITALAR ll 21Fevereiro 2013 lJSA

a teicoplanina, que é o Targocid e, ainda, o Ta-vanic. São antibióticos que a Sanofi possui nomercado. Além disso, a Sanofi possui uma linhade genéricos que estamos a divulgar: a linha Me-dley. A Medley é a maior empresa de genéricosda América Latina e pertence à Sanofi. Estamosa introduzi-la no mercado angolano e já apre-sentamos uma linha significativa de produtos. Es-tamos felizes por participar nesta que é a gran-de feira do medicamento e do equipamento hos-pitalar. Felizmente tivemos contactos com os nos-sos distribuidores, com médicos e com vários in-tervenientes na área».

«Todas as formas de exposição são positivas»Luís Viana, director executivo da Neofarma Distribuidora

z«Estamos há 10 anos no mercado angolanoprocurando atender principalmente os hospitaispúblicos e o Ministério da Saúde. Trabalhamoscom distribuição de medicamentos gastáveis ecosméticos para Luanda. Participámos porque to-das as formas de exposição são positivas. Fi-carmos mais próximo dos nossos clientes é im-portante para a divulgação da empresa. Expu-semos os nossos serviços e apresentámos a nos-sa linha de medicamentos aos parceiros comquem nós trabalhamos e também mostrámos aqualidade dos serviços que a Neofarma temapresentado no mercado angolano».

«Agradeço à organização uma feira, de facto,muito bem organizada»Nuno Cardoso, director da Bial em Angola

z«A Bial está em Angola há cinco anos. É umaempresa portuguesa com 89 anos de existên-cia, que tem uma grande variedade de medi-camentos. No mercado angolano os medica-mentos principais estão ligados à área dos an-tibióticos e temos outra área ligada à materni-dade. Neste momento, no mercado, temos já seisdelegados para promoção dos nossos medica-mentos junto da classe médica e dos hospitaise das farmácias. A participação na feira para nósfoi importante porque juntou os profissionais desaúde como um todo, num mesmo espaço. Esteano tenho de agradecer à organização porqueesta feira esteve, de facto, muito bem organizada,ao juntar muitos profissionais de saúde de to-das as áreas, desde as farmácias, às pessoas dadistribuição, dos laboratórios. Por isso, para umaempresa de referência como a Bial é importanteestar presente na feira, para apresentar as nos-sas marcas».

«É sempre bom participarmos neste tipo de eventos»Nádia Veloso, business manager na Shalina

z «A Shalina, em Angola, representa a AfricaPharmacy. Somos, única e exclusivamente,grossistas. Estamos representados em Luanda,Lobito, Benguela, Huambo, Uíge e estamos aperspectivar abrir uma loja no Lubango. O nos-so principal objectivo sempre foi produzir me-dicamentos com qualidade, com preços acessí-veis e que estivessem disponíveis em todo o mer-cado. Basicamente, somos um grupo que estávocacionado exclusivamente para o continenteafricano. Pretendemos, no futuro, montar umafábrica de medicamentos. Apesar de estarmosaqui há muito tempo, é sempre bom partici-parmos neste tipo de eventos. Esta é uma feirainternacional. Tivemos uma presença institucionale demos a conhecer os nossos serviços. A feiraé um acontecimento bom e também permiteatrair mais a população médica».

«As feiras são muito importantes porque ajudam a divulgar»Dulce Lubrano, directora geral da Joair Internacional

z«A Joair é uma distribuidora para a área da saú-de. Quando abrimos, tínhamos como objectivoa comercialização de medicamentos mas che-gou a uma altura em que houve a necessida-de de termos puericultura e também uma áreada cosmética. Além de vendermos aos hospitaistambém atendemos farmácias e clínicas. Mas onosso foco, mesmo, é medicamentos. Traba-lhamos com alguns laboratórios, como a Sanofie a Bayer. Mas nesta feira, por falta de espaço,fomos obrigados a fazer uma selecção dos me-dicamentos para a exposição. Então, trouxemosalguns produtos de alguns laboratórios que re-presentamos e somos parceiros. As feiras, pornatureza, são muito importantes porque ajudama divulgar, a partilhar, a conviver e trocarideias. É isso que queremos em 2013, o melhor».

«Queremos ser vistos como uma empresa de referência»Gonçalves Marques, director executivo da Australpharma

z«Somos uma empresa distribuidora de medi-camentos e produtos farmacêuticos. Participá-mos na feira por sermos uma empresa de re-ferência e porque o mercado começa a orga-nizar-se melhor, ao ponto de fazer cada vez maissentido participarmos nos eventos de referência.Viemos para continuar a promover a imagem daempresa e por a feira ser uma boa fonte paraangariar clientes, mostrar que estamos presen-tes, que somos um bom distribuidor no sector equeremos ser vistos como uma empresa de re-ferência, sólida no mercado. Apresentámosum bocadinho daquilo que a Australpharma re-presenta hoje em dia, desde os produtos de der-mocosmética, farmácia, aos materiais de orto-pedia, gastáveis, e também os produtos de diag-nósticos. Temos um pequeno aparelho de la-boratório. É um glicómetro. Faz um teste rápi-do de glicemia e permite o paciente monitori-zar o seu estado das diabetes. Como comple-mento, temos toda a panóplia de medicamen-tos que acompanham isso. É um aparelho de usosimples, com tiras-teste sempre disponíveis nomercado».

«Quisemos mostrar a qualidade dos serviços»Palmira Pinto, comercial da Mundifarda

z«Estamos há 9 anos no mercado. Temos umaparceria com uma empresa portuguesa que con-fecciona todos os tipos de uniforme. Fazemostudo o que for solicitado para um hospital, a ní-vel têxtil. Na feira, lançámos o nosso catálogoe apresentámos uniformes para a saúde. Par-ticipámos porque quisemos dar a conhecer a nos-sa empresa e mostrar a qualidade dos serviços».

«O que nos marca é o serviço e o cuidado ao cliente»António Pinheiro, responsável da Hospitec

z«Somos uma empresa que actua na área dediagnóstico quer laboratorial quer por imagens.Estamos há 12 anos no mercado, em Luanda eem diferentes províncias. Na feira, apresentá-mos todas as soluções globais de laboratório, des-tacando as áreas mais importantes: a hemato-logia, bioquímica, imunologia, microbiologia ecirtometria. Participámos para estabelecer con-tacto com os actuais clientes e os potenciais clien-tes. E, uma vez mais, mostramos o que pode-mos fazer. O que nos marca é o serviço que pres-tamos e o cuidado que damos ao cliente. Nãoestamos apenas interessados em vender os nos-sos produtos, mas sim em garantir que as so-luções que disponibilizamos conseguem ser defacto uma mais-valia para quem as implemen-tar. Foi uma ideia muito boa da Ordem dos Mé-dicos e da Marketing For You / Jornal da Saú-de juntar a feira com o Congresso. Permitiu-noster bons contactos».

«Estamos bastante satisfeitos»Nuno Andrade, administrador da Acail Angola, SA

z«Somos uma empresa de direito angolano queestá há 8 anos no mercado. Temos uma unidadede produção de gases medicinais e também de-partamentos independentes para equipamen-tos médicos, medicamentos, consumíveis egastáveis. Notou-se uma procura de produtosde elevada qualidade e não de produtos ba-seados no preço, o que é muito bom porque nosfacilita o trabalho em termos de assistência per-sonalizada, cliente a cliente. Estamos bastantesatisfeitos. Na feira estivemos com a ecografia,com imagem, radiologia, os blocos operatórioscompletos, a microscopia digital. Novidade fo-ram os ecógrafos 4D, ou seja, a ecografia evo-luiu dos 3D. Agora conseguimos captar os mo-vimentos do feto, o que é mais agradável no casodas grávidas, quando querem ver o bebé. Ti-vemos mesas cirúrgicas com autonomia (no casode estarmos no bloco operatório e faltar ener-gia, elas estão preparadas para aguentar até 48horas), próprias para radiologia. Tivemos tam-bém os carros anestésicos totalmente digitais,com touch screen de fácil utilização, intuitivos.Estamos a apostar também na comercializaçãode medicamentos».

«O pensamento desta feira foi uma simbiose agradável»Luís Costa, director do Grupo Solidariedade

z«O Grupo Solidariedade abarca empresas dosector clínico. A nossa empresa está a instalarclínicas pelo país. Prestamos serviços de con-sultoria. Além de apetrechar unidades hospita-lares, fazemos reabilitação e trabalhos para asáreas de imagiologia. Trouxemos também algunsconceitos de inovação para áreas fundamentaispara o sector da saúde, os sectores finais dos pro-dutos gerados pela actividade médica. Estamosa falar do tratamento dos resíduos hospitalarese não só. Na feira promovemos os serviços deincineração dos resíduos sólidos e a mostrámosos serviços de imagiologia. Apresentámos umecógrafo trifuncional para cardiologia, gineco-logia/obstetrícia e medicina interna, tudo in-corporado numa unidade. Expusemos apetrechoshospitalares, desde a cama ao consultório clí-nico. Tivemos equipamentos de laboratóriopara bioquímica e uma vasta gama de produ-tos. A feira foi uma experiência agradável. Já émeu vaticínio que a próxima feira não poderáser neste espaço porque os que vacilaram vãoquerer participar nela. O pensamento desta fei-ra foi uma simbiose agradável: combinar os mé-dicos com os fornecedores dos serviços. Isso fezcom que o leque de interessados se alastrassepelo país».

«Chegou a uma altura em que houve a necessidade de termos puericultura

e também uma área da cosmética»

«Somos um grupo que está vocacionado exclusivamente para o continente africano»

«Para uma empresa de referência como a Bial é importante estar presente

na feira, para apresentar as nossas marcas»

«Ficarmos mais próximo dos nossos clientes é importante para a divulgação

da empresa»

«A próxima feira não poderá ser neste espaço porque os que vacilaram

vão querer participar nela»

«Nota-se uma procura de produtos de elevada qualidade e não baseados

no preço»

«Não estamos apenas interessados em vender os produtos, mas sim em garantir

que as nossas soluções conseguem ser de facto uma mais-valia»

«Fazemos tudo o que for solicitado para um hospital, a nível têxtil»

«Viemos para continuar a promover a imagem da empresa e por a feira ser uma boa fonte para angariar clientes»

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z«Somos uma empresa que actua na área dodiagnóstico, abarcando tudo o que seja para la-boratório: equipamentos, reagentes, consumí-veis. Tudo o que houver para a área de labo-ratório, nós temos. Estamos no mercado desde2001. Mostrámos na feira equipamentos de ima-giologia, de bioquímica e fizemos uma exposi-ção global de informação sobre os nossosequipamentos. A feira esteve melhor do que apequena exposição de há dois anos, embora sai-ba que, na altura, não era realmente de equi-pamentos. Mas, melhorou bastante. Foi uma boaideia. Esperamos continuar aqui por maisanos».

22llMÉDICA HOSPITALAR Fevereiro 2013 lJSA

«Aproveitámos a feira para divulgar e vender»José Costa, representante da Lisfmar

z«A nossa empresa dedica-se, em termos de ven-das, à comercialização de material para labo-ratório e, independentemente disso, somosuma empresa de gestão e supervisão de reco-lha de resíduos hospitalares. Na feira, apre-sentámos o material que usamos na nossa ac-tividade para os resíduos hospitalares e tambémmaterial de laboratório. Estivemos a divulgar anossa empresa e a vender. Nesta feira, fomosos únicos que fazem o trabalho de gestão, re-colha e supervisão dos resíduos hospitalares».

«Pretendemos saber quais as necessidades dos nossos clientes»Maria Helena Henriques, gerente da Hemoangola

z«Sendo o nosso portfólio muito vasto – pois,além da Philips, representamos outras marcaspara completar as soluções para os clientes –,apresentámos na feira um ecógrafo multidisci-plinar que dá para diversas especialidades, comdiversas sondas, apresentando imagens em 3De 4D com alta resolução. Trouxemos também ummonitor com sinais vitais portátil, fácil de ser trans-portado. Expusemos ainda um manequim paratreino e um monitor desfibrilhador. Participámosna feira porque pretendemos ouvir o cliente, sa-ber quais são as suas necessidades e poste-riormente contactá-los. A feira pareceu-meequilibrada, tanto do lado do laboratório, comodo de equipamentos médicos. Do ponto de vis-ta estético também esteve muito bem porque aideia de fazer os stands todos brancos e uni-formes criou um equilíbrio visual simpático. Es-teve muito bem organizada».

«Temos um sistema de gestão extremamente funcional»Robson de Oliveira Santo, gerente da área de gerenciamentode cliente da Matrix

z«A convite do Grupo Sete, que é a nossa par-ceira em Luanda, participámos neste evento. Aempresa Matrix (Brasil) é especialista em softwarede gestão de pacientes. O foco da nossa actuaçãoé um sistema de gestão extremamente funcio-nal. Trouxemos não só os folders mas tambémo sistema, para que o público-alvo pudesse vere apreciar. Foi um factor diferenciador na feiraporque as pessoas não conhecem o sistema ea Matrix, por ter 30 anos de experiência, trou-xe algumas novidades para os profissionais an-golanos, como, por exemplo, o laudo (relatório)por reconhecimento de voz. É a primeira vez emAngola e gostámos da interacção e da troca deexperiências na feira. Foi muito interessante».

«Esperamos continuar nesta feira por mais anos»Mário Santos, gerente de assistência técnica da OMR, Lda

«Experiência que gostaríamos de repetir»Mara Rebelo, directora comercial da Mediag

z«Somos um laboratório de análises clínicas eestamos há quatro anos no mercado. Podem con-tar connosco para a elaboração de todos os ti-pos de exames médicos e vamos incrementar oleque em 2013. Estivemos na feira para anga-riar novos clientes, buscar novos parceiros paramedicina no trabalho e promover ainda mais osnossos trabalhos. Temos participado em várioseventos e este surpreendeu por ser de uma di-mensão diferente. É uma experiência que gos-taríamos de repetir».

«Os médicos querem saber as novidades do mercado»Mário Pone, director-geral da Internacional SOS Angola

z«Somos uma companhia de assistência médicae de segurança, líderes no mundo inteiro. Da-mos assistência médica a membros dos nossosclientes, fazemos evacuações internacionais, po-sicionamos médicos e paramédicos nas plata-formas ou em zonas remotas. Damos assistên-cia às clínicas, temos médicos nas clínicas comquem temos convénios. Apresentámos os ser-viços e também promovemos a imagem da com-panhia junto do público, no sentido de angariarmais clientes. Foi positiva a nossa presença. Ti-vemos vários contactos, não só com clientes no-vos, mas com fornecedores também. A realiza-ção da feira na mesma altura em que aconte-ce o Congresso da Ordem dos Médicos é im-portante porque uma complementa o outro. Osmédicos querem saber as novidades do mercado.Por isso é importante ter os dois eventos em con-junto. Foi uma boa oportunidade porque temosclientes que não sabiam que estávamos aqui (An-gola) e outros que necessitam dos nossos ser-viços e não sabiam onde nos localizar. Foi umaboa experiência e serviu não só para angariarclientes mas também para promover a compa-nhia junto da Ordem dos Médicos de Angola».

«Ficámos surpreendidos com a qualidade»António Wolf, director da Project Net Saúde

z«Somos uma empresa de direito angolano quetrabalha em três áreas fundamentais. A primeiraé a de fornecimento de projectos de hospitais pré-fabricados e a de construções definitivas; faze-mos toda a engenharia. Depois temos a área deNano Repro; fornecemos testes rápidos, comopor exemplo os de alcoolismo que estão a serusados pela polícia francesa, testes de gravidez,de sangue, hepatite, fertilidade, enfim, uma sé-rie de testes. Na área da Missionpharma, queé uma empresa dinamarquesa, fornecemos cai-xas de papelão para o Ministério da Saúde. Porúltimo, temos o mama kit e o kit de circuncisão.O mama kit é um kit que tem as coisas essen-ciais para fazer um parto, para as pequenas al-deias ou para os bancos de urgência dos hos-pitais. Achámos a feira muito boa e interessante.Recebemos a visita de muitos médicos e ficámossurpreendidos com a qualidade e o nível das per-guntas que nos fizeram».

«Excedeu as nossas expectativas»Ângelo Mangas de Oliveira, PCA da Farmácia Nova, da Com-panhia das Farmácias

z«Na feira mostrámos um pouco daquilo quesomos capazes de fazer. Os nossos clientes pre-cisavam de saber que tinham uma casa na fei-ra, no stand da Companhia das Farmácias/AFS.Procurámos receber da melhor maneira cada umdos nossos clientes, proporcionando-lhes um mo-mento de descanso. Também para clientes no-vos, que não nos conheciam, foi uma maneirade os conhecer. Além dos produtos da AFS, re-presentámos quatro laboratórios que têm par-cerias connosco: os laboratórios Basic de Portugal,Bial, Jaba Recordati e AFS. Para nós, foi excelentea participação, excedeu as nossas expectativas.Sabíamos que iria correr bem mas superou asnossas expectativas. Tivemos uma adesão mui-to grande, até mesmo dos profissionais de saú-de, no caso médicos, que estiveram sempre nonosso stand. Clientes que vieram cumprimen-tar-nos e clientes novos, possíveis clientes queapareceram e que ficaram com os contactos. Jul-go que vai haver resultados positivos».

«Feira permitiu divulgar cursos recentes»Luís Pedro, director do curso de Reabilitação Física e Psicossocial da Universidade Metodista

z«Estivemos representados na feira para pro-moção de outros cursos na área da saúde. Alémda Reabilitação Física temos também a Car-diopneumologia e as Análises Clínicas. Actual-mente, Análises Clínicas – o mais antigo – é umcurso que está a ser ministrado em Luanda, naUniversidade mãe. Os outros estão a ser mi-nistrados na zona do Caop Velha, onde pos-suímos o campus universitário criado com o ob-jectivo de promover licenciaturas nestes cursosde saúde. A nossa presença nesta feira foi exac-tamente para divulgar estes cursos relativamenterecentes, em actividade há apenas um ano. Nafeira estiveram alunos da Cardiopneumologiae da Reabilitação Física que estão apenas comum ano lectivo concluído. Os de Análises Clíni-cas já vão com quatro anos. O trabalho foi depromoção mas também de incentivo para o des-piste das doenças cardiovasculares, como a gran-de epidemia angolana. Fizemos avaliação dapressão arterial e para os alunos de Análises Clí-nicas o objectivo foi descobrir o grupo sanguí-neo. Muitos angolanos não sabem qual é o seugrupo sanguíneo e é um acto muito importan-te. A feira foi muito bem acolhida».

«Foi bastante rentável»Fernanda Fernandes, delegada comercial da HE Farmacêutica

z «A empresa HE é uma distribuidora. Repre-sentamos as marcas do laboratório Pierre Fabre.Somos os representantes em Angola das mar-cas Uriage, Avéne e da Elgydium, que é umamarca muito boa para a estomatologia. As nos-sas grandes áreas de negócio são dermatologia,pediatria, estomatologia e puericultura. Viemosà feira no sentido de angariarmos clientes, prin-cipalmente ficarmos com o contacto de médicospara, posteriormente, os visitarmos e dar-lhesinformações sobre estes produtos. A nossaparticipação na feira foi muito boa. Foi bastan-te rentável. Acho que temos contactos de áreasque nos interessam bastante. Houve muitaparticipação. Foi muito bom».

«Fomos os únicos que fazem o trabalho de gestão, recolha e supervisão

dos resíduos hospitalares»

«A feira pareceu-me equilibrada, tanto do lado do laboratório, como do

de equipamentos médicos»

«Trouxemos não só os folders mas também o sistema, para que o público-alvo pudesse

ver e apreciar»

«Fizemos uma exposição global de informação sobre os nossos equipamentos»

«Temos participado em vários eventos e este surpreendeu por ser de uma

dimensão diferente»

«Sabíamos que iria correr bem mas superou as nossas expectativas.

Tivemos uma adesão muito grande»«Achámos a feira muito boa e interessante»

«Tivemos vários contactos não só com clientes novos mas com

fornecedores também»

«O trabalho foi de promoção mas também de incentivo para o despiste das doenças cardiovasculares, como

a grande epidemia angolana»

«Viemos à feira no sentido de angariarmosclientes, principalmente para ficarmos

com o contacto de médicos para, posteriormente, os visitarmos

e dar-lhes informações»

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24ll EMPRESAS DE SUCESSO Fevereiro 2013 lJSA

– Porque é que o Grupo

CONCENTRA considera

o empreendedorismo, a

inovação e a formação as-

petos tão importantes?

– É a nossa missão. Pessoasfortemente habilitadas e for-madas vão ser empreende-doras e fortemente motiva-das para o trabalho. Este ca-pital é certamente o caminhoque nos levou ao sucesso.– Uma ética de trabalho?

– Sim. Somos um Grupo emque as pessoas são o maisimportante para nós.– Como começou o Grupo

CONCENTRA?

– Há 20 anos atrás tudo eradiferente. Angola mudoumuito nos últimos anos. Deuma empresa familiar, cres-cemos para um grupo econó-mico com expressão na in-dústria, no comércio, na saú-de e na educação. A nossahistória é feita de esforço,de privações, de sacrifí-cios, tal como a históriado povo angolano. Noentanto, tal como es-te, sobrevivemos equeremos dar onosso contributopara fazer desteenorme país, umpaís melhor parase viver, para setrabalhar e parase estar. – Quais são as

principais áreas

de negócio do

Grupo CON-

CENTRA?

– O nosso grupo es-tá presente nos seto-res da indústria, edu-cação, escritório, casae decoração, diagnósti-co laboratorial e saúde.Cada setor de atividadepossui a sua própria insígnia.– Qual a sua opinião sobre

o setor da saúde em Ango-

la?

– A saúde em Angola é umadas nossas paixões. Quere-mos contribuir e ter uma voz

ativa para o seu melhora-mento e, consequentemente,contribuir para o bem-estargeral da população. Semboas condições de saúde odesenvolvimento de Angolaserá bem mais difícil e lento.– Como é que o Grupo

CONCENTRA se posicio-

na no setor da saúde?

– O nosso Grupo tem umapresença forte no segmentodo diagnóstico através daCONCENTRA Diagnósti-cos. Paralelamente, tambémestamos preparados e voca-cionados para a distribuiçãode vacinas, medicamentos,reagentes, gastáveis, entreoutros.

Neste sentido, estamos emprocesso de Certificação deSistemas de Gestão de Qua-lidade pela Norma Interna-cional ISO 9001. É um desa-fio que queremos vencer.– A IBERCONCENTRA -

“Solução Global para a

Saúde, Lda” é uma empre-

sa nova no mercado da

saúde. Como surgiu?

– O Grupo CONCEN-TRA já possuíauma grandeoferta para

o mercado hospitalar ango-lano. Nesta segmentaçãoparticularizo o mobiliáriohospitalar.

Sentimos a necessidadede nos habilitar na área daelectromedicina, nomeada-mente na formação e assis-tência técnica efetuada lo-calmente e de uma formapermanente.

A IBERCONCENTRAnasceu de uma Parceria es-tratégica

entre o Grupo CONCEN-TRA e o Grupo IBERDATA.A IBERDATA é empresacom Certificação de Siste-mas de Gestão de Qualidadepela Norma InternacionalISO 9001 que atua há cercade 26 anos no mercado por-tuguês. É empresa líder e dereferência em muitos seg-mentos no setor da saúde emPortugal, possuindo qua-dros altamente especializa-dos para o desenvolvimentoda atividade.– Qual pretende ser a ativi-

dade da IBERCONCEN-

TRA?

– A IBERCONCENTRAprojeta soluções de saúde,comercializa e instala equi-pamentos de saúde, formaos utilizadores dos equipa-mentos, efetua manutençõesaos equipamentos local-mente, presta uma eficienteassistência técnica assim co-mo serviços de consultado-ria aos operadores do mer-cado.

– Daí o slogan “Solução

Global para a Saúde”?

– Sim. A IBERCONCEN-TRA através dos seus recur-sos humanos altamente es-pecializados possibilita aosseus parceiros de negócioum serviço global de exce-lência. Pretende posicionar-se como uma empresa de re-ferência no mercado da saú-de em Angola. Com a forma-ção de Recursos Humanosnacionais, poderemos sermais eficientes competiti-vos.– Como é que a IBER-

CONCENTRA pretende

distinguir-se no mercado

tão competitivo?

– A IBERCONCENTRA es-tá no mercado de uma formapositiva. Vê nos seus con-correntes uma oportunidadepara atingir a sua própria ex-celência. Não pretende estarde costas voltadas para osseus competidores mas simem permanente interação.Acreditamos que só assim éque podemos contribuir paraa promoção do setor da saú-de em Angola e consequen-temente o bem-estar da po-pulação do país.– Quais são os equipamen-

tos e marcas que a IBER-

CONCENTRA comercia-

liza?

– Atendendo à nossa filoso-fia de negócio, “SoluçãoGlobal para a Saúde”, osequipamentos que coloca-mos à disposição do merca-do são de diversas e amplastipologias, todos eles demarcas e patentes de reco-nhecida qualidade interna-cional.– Como vê o futuro da

saúde em Angola?

– Acreditamos que com acontribuição e partilha detodos os agentes do setor,isto é, clientes, fornece-dores, quadros clínicos,pessoal de apoio, deciso-res, técnicos, entre outros,a saúde em Angola tem tu-

do para melhorar. Muitacoisa tem sido feita e muitacoisa existe para fazer.

A mensagem que possodeixar desde já é que podemcontar com a IBERCON-CENTRA – “Solução Globalpara a Saúde” para prestar oseu contributo para o desen-volvimento do setor da saúdeem Angola. Estamos no mer-cado pela diferenciação ecom o princípio único – “So-lução Global para a Saúde”.

RUI MOREIRA DE SÁ

z Nurally Mamade Husse-ne, com o seu espírito em-preendedor, paixão pelainovação e desenvolvi-mento de Angola, condu-ziu a que, nos dias de hoje,o Grupo CONCENTRA se-ja um dos grupos empre-sariais de referência nomercado angolano.

Nurally Mamade Hussene lidera o

Grupo CONCENTRA

“O GrupoCONCENTRA estácentrado nas pessoas. Aformação de quadros erecursos locais é a nossaprioridade.Pretendemos ser umagente económico comcapacidade para aformar capital humanonacional de excelência.Acreditamos que ofuturo de Angola estánas mãos dosangolanos”

“Através da formaçãochegamos àaprendizagem e porconsequência àcompetitividade dosnossos negócios. Osnossos negócios são oresultado de uma longaaprendizagem de todosos quadros ecolaboradores doGrupo”

Grupo CONCENTRA: uma referência no mercado angolano

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26ll RECURSOS HUMANOS Fevereiro 2013 lJSA

Nas últimas dé-cadas, têmocorrido naeconomiamundial im-

portantes mudanças e trans-formações causadas por vá-rios factores, entre os quaisse registam: o fenómeno daglobalização, os significati-vos e sucessivos avanços naciência, tecnologia e inova-ção, e a consequente difusãoe crescente apetência peloconhecimento. No caso es-

pecífico da área da saúde, oenvelhecimento da popula-ção, o desafio tecnológico, odesenvolvimento da biotec-nologia, as preocupações so-ciais associadas à qualidadede vida da população e a vas-ta disponibilidade de infor-mação e formação, entre ou-tros aspectos, fazem elevaros custos com os cuidados desaúde para níveis nunca an-tes atingidos. O financia-mento, a organização e agestão dos serviços de saúdeconstituem matérias de ele-vada complexidade, com asquais as sociedades contem-porâneas se defrontam.

Estamos perante uma novacultura na saúde, fundada naconvergência de dois facto-res aparentemente inconci-liáveis: a qualidade na pres-tação de cuidados de saúde ea optimização da utilizaçãodos recursos disponíveis, ouseja, há que melhorar a efi-ciência na utilização dos re-cursos, maximizando a pro-dutividade, para que o siste-ma de saúde seja mais justo ede melhor qualidade, reco-

nhecido pelo cidadão en-quanto seu financiador. Sãodesejáveis, assim, novas so-luções no combate firme edeterminado ao desperdício,de estímulo à responsabiliza-ção dos gestores e a práticasfomentadoras de eficiênciaorganizacional. Qualidade,segurança, prática baseadana evidência, prevenção deriscos, clinical governance etransparência nos resultadossão termos da regulação dasaúde. Em síntese, no limitedos recursos existentes, pro-cura-se a excelência clínica ea humanização na saúde(Nunes, 2005).

Países emergentesA prestação dos serviços

de saúde, pela particularida-de de que se reveste o bem“Saúde”, determina caracte-rísticas específicas para asorganizações de saúde. A di-nâmica de governação (go-vernança organizacional)tem particularidades muitodiversificadas, nomeada-mente as relações de poderentre as corporações inter-nas, os sistemas de regula-ção internos, os sistemas deregulação da Saúde e de fi-nanciamento.

As questões relacionadascom a força de trabalho, i.e.,a Gestão de Pessoas, são es-tratégicas no actual contextoe afectam a performanceglobal das unidades de saúdeassim como a exequibilida-de e sustentabilidade das re-formas deste sector. Enca-rando as questões da GestãoEstratégica de Pessoas, as

autoridades são "obrigadas"a colmatar as lacunas exis-tentes entre as políticas e asua implementação. Estaspreocupações são igualmen-te partilhadas em muitos paí-ses emergentes (Fritzen,2007). Verifica-se, contudo,que os profissionais são ofactor central deste sistema.No entanto, este facto tem si-do negligenciado enquantocomponente de desenvolvi-mento do sistema de saúde(Hongoro e McPake, 2004).

Nestes países há uma ofer-ta diminuta de profissionaisnos sistemas de saúde com-parativamente à oferta veri-ficada nos países, dito, de-senvolvidos (ou em termosde requisitos de competên-cias para intervenções desaúde). Sérias preocupaçõesexistem no que concerne àqualidade e produtividadeda força de trabalho. Entre asestratégias equacionáveispara colmatar o problema, oaumento do número de mé-dicos e enfermeiros por viada formação não tem sidoper si suficiente. Outras es-tratégias têm sido sugeridas,tais como, sistemas de com-pensações, desenho de fun-ções baseadas na equipa,mão-de-obra flexível, me-lhoria das práticas de quali-dade e empowerment doscolaboradores.

O caso particular de AngolaNo caso particular de An-

gola verifica-se igualmentea escassez profissional espe-cializada, que é ainda agra-vada pela desproporcionadadistribuição de profissionaistanto a nível geográfico, co-mo de grupo profissional eainda pela falta de institui-ções de ensino, de incentivose de infra-estruturas (e.g.,transportes e zonas residen-ciais). Coonor, Averbug eMiralles (2010) salientamaqui o estabelecimento deprotocolos com universida-

des com vista a assegurar aatribuição de incentivos naforma de bolsas de estudoscom posterior obrigatorieda-de de fixação destes profis-sionais nos seus distritos deorigem, assim como a rein-trodução dos Agentes Co-munitários de Saúde.

Avaliação e critériosA tabela 1 sistematiza ava-

liação e critérios de base pa-ra a avaliação da situação derecursos humanos na área dasaúde.

As investigações mais re-centes têm realçado a neces-sidade de melhorar as práti-cas de gestão de pessoas nosector da saúde que permi-tam ancorar/servir de apoio àprossecução de outros ob-jectivos como seja assegurarum serviço de qualidade ecom segurança e, concomi-tantemente, incrementar aperformance dos cuidadosde saúde e os resultados parao paciente (Stanton, 2002;Leggat e Dwyer, 2005 cita-dos por Bartram, Stanton eLeggat, 2007). A Gestão dePessoas tem como finalida-de gerir, desenvolver e sus-tentar o potencial humanoatravés de uma gestão estra-tégica. O sucesso da Gestãode Pessoas resulta sobretudode uma gestão estratégicadefinida e orientada para aimplementação, desenvolvi-mento e partilha de saberes ecompetências.

Participação colectivaSe na economia tradicio-

nal as dimensões da gestãotática (recrutamento e selec-ção, formação, avaliação dedesempenho e gestão de re-munerações), baseadas narelação de subordinação,eram necessárias e suficien-tes, na actual economia deserviços e do conhecimento,apesar de continuarem a sernecessárias, mostram-se in-suficientes. Há então queevoluir para uma situação de

participação colectiva, quepotencie a emergência depráticas de uma Gestão Es-tratégica de Pessoas, asquais se articulam em tornode quatro dimensões:– Gestão da confiança, su-portada nos valores da auto-nomia e da responsabilidadedos actores organizacionais;– Gestão da coesão social,assente no valor da emprega-bilidade e do contrato psico-lógico;– Gestão das e pelas compe-tências, enquanto suporte doprojecto de cada indivíduo,ao longo da sua vida de tra-balho;– Gestão da aprendizagemorganizacional, enquantovia para a sustentabilidadedo desenvolvimento da or-ganização, baseada na noçãode capital intelectual.

Neste paradigma contem-pla-se ainda o factor “comu-nicação interna”, enquantoaspecto transversal a cadauma destas dimensões.

Neste contexto, importareferir que a governação clí-nica é influenciada pela for-ma como os profissionais/colaboradores são organiza-dos, os seus valores e pa-drões, a qualidade da suaformação, o seu comporta-mento para com os pacientese pela forma como comuni-cam com os colegas. É ne-cessário a adopção de umaabordagem mais proactivada Gestão de Pessoas quepermita ancorar um quadrode qualidade integrada(Som, 2007). Para que a mu-dança ocorra, torna-se ne-cessário que as organizaçõese aqueles que as gerem reco-nheçam que têm uma hipóte-se de sucesso na implemen-tação de uma Gestão Estraté-gica de Pessoas customizadaàs especificidades das orga-nizações de saúde.

Como refere Gratton(2003), estamos hoje perantenovas formas de pensar e deexecutar. Uma forma de pen-

A gestão de pessoas nos serviços de saúde GENEROSA DO NASCIMENTO|

Professora Auxiliar Convidada

do ISCTE-IUL

Formadora do Programa

de Especialização em Gestão da Saúde

(ISCTE – Jornal da Saúde)

z As questões relaciona-das com a força de traba-lho, isto é, a gestão depessoas, são estratégicasno actual contexto e afec-tam a performance globaldas unidades de saúde,assim como a exequibili-dade e sustentabilidadedas reformas do sector.

“Asinvestigaçõesmais recentestêm realçado anecessidade demelhorar aspráticas degestão de pessoasno sector dasaúde quepermitamancorar/servir deapoio àprossecução deoutros objectivoscomo sejaassegurar umserviço dequalidade e comsegurança e,concomitantemente, incrementara performancedos cuidados desaúde e osresultados para opaciente”

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RECURSOS HUMANOS ll 27Fevereiro 2013 lJSA

1º MÓDULO DO PROGRAMA DE ESPECIALIZAÇÃO

sar que coloca a criação do

significado no centro e uma

forma de fazer que constrói

uma Gestão de Pessoas,

quer através da visão, quer

através de uma profunda

compreensão da realidade e

ainda do grande envolvi-

mento de forças de trabalho

multifuncionais. Acrescen-

ta ainda que os gestores que

compreendem e aplicam

uma estratégia viva através

das pessoas conseguem me-

lhorar significativamente0

o desempenho da sua acti-

vidade e conseguem criar

organizações que possuem

significado e alma.

REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

Bartram, T., Stanton, P. e Leggat, S.

(2007),Lost in translation: exploring

the link between HRM and performan-

ce in healthcare, Human Resource Ma-

nagement Journal, 17(1), 21–41.

Connor, C., Averbug, D., e Miralles, M.

(2010). Angola Health System Asses-

sment 2010. Bethesda, MD: Health

Systems 20/20, Abt Associates Inc.

Fritzen, S.A. (2007), Strategic manage-

ment of the health workforce in develo-

ping countries: what have we learned?,

Human Resources for Health, 5(1), 4.

Gratton, L. (2003) – Estratégia Viva –

colocar as pessoas no coração de em-

presa. Porto: Ambar.

Hongoro, C. e McPake, B. (2004), How

to bridge the gap in human resources for

health, Lancet, 364, 1451–56.

Nunes, R. (2005) – Regulação da Saú-

de. Porto: Vida Económica.

Som, C. (2007), Exploring the human

resource implications of clinical gover-

nance, Health Policy, 80, 281–296.

EQUIDADE EQUIDADE EQUIDADE EQUIDADE EQUIDADE

TABELA 1 – DESEMPENHO DOS RECURSOS HUMANOS EM TERMOS DE CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE

Pon

tos

fort

es

e o

port

un

ida

des

– Os processos dedescentralização erevitalização têm opotencial de alterar aalocação de recursoshumanos até ao níveldistrital permitindo umadistribuição de profissionaismais equitativa ao níveldas unidades de saúde.– A reintrodução deAgentes Comunitários deSaúde pode fortalecer aligação entre ascomunidades e asunidades de saúde.

– A “importação” deprofissionais médicosconfigura uma solução decurto-prazo à escassezdestes profissionais desaúde.

Experiências promissoras em alguns distritos e províncias (formadores peritos, supervisores, modelos de Agentes Comunitários de Saúde, protocolos com universidades com vista à formação de residentes de áreas distantes).

– A informação adicionalobtida dos MapasSanitários permitirá ummelhor planeamento derecursos humanos.

– Novas universidades eescolas de medicina.

– Para além da prestaçãode serviços, os profissionais“importados” podem sertambém utilizados para aconstrução de capacidade.

– As compensações dostrabalhadores de saúdesão competitivas eentregues atempadamente.

– A dedicação dotrabalhador de saúde énotória a todos os níveisdo sistema.

Pon

tos

fra

cos

e a

mea

ças

– Má distribuição detrabalhadores de saúde

– Reduzido número detrabalhadores de saúdequalificados (nívelintermédio e alto)

– Escassez/falta de umsistema de informaçãosobre os recursos humanosactualizado e confiável.

– Inexistência de ummecanismo de avaliaçãoda partilha e decoordenação deexperiências e projectos-piloto, como os modelosde Agentes Comunitáriosde Saúde.

– Baixo nível de expertise(skills) da força de trabalhode saúde.

– Fraca formação préviaao serviço e no serviço.

– Falta de capacidade erecursos de supervisão.

– Incentivos devem serpostos em prática paraimpulsionar novas equipasde trabalhadores de saúde(Agentes Comunitários deSaúde) ouresponsabilidadesadicionais.

Fonte: Connor et al. (2010:46).

Agestão dos recursos huma-

nos e da mudança na saúde

foi o tema do 1º módulo do

programa de especialização em

gestão da saúde que decorreu em

Luanda, de 25 de Fevereiro a 1 de

Março, com a participação de 14

médicos.

Entre outras competências que

adquiriram, estes profissionais de

saúde ficaram aptos a procederem

ao diagnóstico das determinantes

de interacção em contexto organi-

zacional (cultura organizacional,

liderança e implicação organiza-

cional e indicadores de performan-

ce e desempenho), gerir eficazmen-

te as pessoas (do recrutamento à

gestão de conflitos), definir e im-

plementar estratégias de negocia-

ção e de comunicação organizacio-

nal e de mudança e desenvolvimen-

to organizacional. A gestão integra-

da de pessoas numa equipa multi-

disciplinar na prestação de cuida-

dos de saúde hospitalar constituiu

outra das áreas aprofundadas.

Os formadores foram os Prof.

Generosa do Nascimento e Pedro

Moreira, docentes no INDEG / IS-

CTE a universidade portuguesa de

excelência na área da gestão.

Médicos adquirem conhecimentos de gestãoGestão de operações e logística na saúde

O próximo módulo – para o qual aindahá algumas vagas – é dedicado à ges-tão de operações e logística na saúde.Entre outras, serão ministradas as se-guintes matérias: a logística, a cadeialogística e a sua gestão na área dasaúde, temas centrais da logística e dagestão da cadeia de abastecimentona prestação de cuidados de saúde, agestão dos pacientes, doentes, uten-tes ou clientes na saúde, a gestão dosmateriais e dos fornecimentos e servi-ços externos na saúde, instrumentalde gestão logística usado em presta-dores de cuidados de saúde, a gestãode stocks na prestação de cuidadosde saúde, gestão de filas de esperanos prestadores de cuidados de saú-de e layout das infra-estruturas deprestação de cuidados de saúde.Mais informações: Marketing For You /Jornal da Saúde - Elizabeth Domingos931298484 ou www.indeg.iscte.pt

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28ll DETERMINANTES DA SAÚDE Fevereiro 2013 lJSA

Na aldeia, ondesubsiste amais genuínatradição co-munitária, o

secretário do Grupo de Águae Saneamento, Jeremias Ela-voko (Esperança), mostra os

registos pormenorizados doconsumo e das contribuiçõesmensais dos aldeões. “Cadafamília leva cinco a seis ba-nheiras de 30 litros de águapor dia, o que perfaz as ne-cessidades dos nossos 2.400habitantes”, diz-nos.

O soba grande desta co-munidade rural, HorácioKulivela, mostrou a sua sa-tisfação, com a mudança dementalidade dos aldeões.“Estão a adoptar boas práti-cas de higiene, como a la-vagem das mãos e o trata-

mento da água dentro dassuas casas”, afirma.

O furo de água, com aprofundidade de 40 metros,faz parte do projecto deacesso a água potável paraas comunidades rurais doCachiungo e Chinguar, nas

províncias do Huambo eBié, financiado pela BPAngola com o valor deUSD 400 mil e implemen-tado pela ONG “Develop-ment Workshop” (DW).“Com a construção de 20furos de água potável, pro-

tegidos e com bomba ma-nual, a capacitação das co-munidades para geri-loscom eficiência e a sensibi-lização para as boas práti-cas de higiene, esperamoscontribuir para combater eerradicar as doenças endé-micas como a poliomielite,a cólera e a malária na re-gião”, de acordo com o ges-tor do programa de água esaneamento da DW Ango-la, Cupi Baptista.

Segundo o director dodesenvolvimento sustentá-vel da BP Angola, GasparSantos, “com este projectode responsabilidade social,pretende-se contribuir parao esforço do Executivo, no-meadamente do seu progra-ma de saúde pública, quevisa combater e/ou erradi-car as doenças endémicascomo a poliomielite, a có-lera e a malária, cujas cau-sas estão directamente liga-das à falta de acesso a águapotável, ao deficiente sa-neamento básico e boaspráticas de higiene”.

RUI MOREIRA DE SÁ

z "Esta água dá-nos maisconfiança, tem qualidade.As doenças diminuíram,especialmente as diar-reias nas crianças ".Quem garante à reporta-gem do Jornal da Saúde éTeresa Ntomaz, zeladorada aldeia Bairro Cabinda,município do Chinguar, nointerior do Bié, oito mesesapós a abertura de um furode água potável, protegi-do, com bomba manual.

Acesso a água potável diminui doençasNAS COMUNIDADES RURAIS DO MUNICÍPIO DO CHINGUAR, BIÉ

O soba grande, Horácio Kulivela, está satisfeito: “Os aldeões estão a

adoptar boas práticas de higiene”

Teresa Ntomaz, zeladora da aldeia: " As doenças diminuíram”

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JSA l Fevereiro 2013 l 29Saúde HUAMBO

Os moradoresdisseram seruma oportuni-dade poucovulgar naquela

localidade, pois aceder às uni-dades sanitárias do municípioobriga-os a percorrer distân-cias superiores a 22 quilóme-tros. Por isso, aproveitaram aoportunidade para expor todasas queixas que sentiam no mo-

mento e nos dias anteriores. Um dos nossos interlocuto-

res, que acabava de ser consul-tado, visivelmente satisfeito,solicitou que se envide esfor-ços para prosseguir com o pro-grama e para instalar os servi-ços mais próximo da comuni-dade. “Queremos que conti-nuem com este trabalho todosos dias, para que as nossascrianças possam crescer comsaúde e substituir os mais ve-lhos nos trabalhos da comuni-dade”, pediu.

“Estou satisfeito porque re-cebi medicamentos. O médi-co disse-me que tenho malá-ria e assim já posso combateras dores que sinto no corpocom esta medicação”, afir-mou outro aldeão.

Para o chefe de repartiçãomunicipal da Saúde do Uku-ma, Armando Pongolola, a si-tuação sanitária local tende amelhorar consideravelmente,na medida em que o municí-pio – que contava com apenasduas – hoje possui 14 unida-des sanitárias, o que tem per-mitido melhorar a saúde dapopulação.

Ukuma possui 2 médicos,90 técnicos auxiliares de en-

fermagem, 60 técnicos mé-dios de enfermagem, 9 técni-cos de diagnóstico e terapêu-tica, um número consideradoinsuficiente pelo responsá-vel: “Temos postos médicoscom três funcionários ape-nas, quando deviam ser cercade vinte em cada. Precisamosainda de cerca de 200 técni-cos para um melhor atendi-mento”.

Armando Pongolola afirmaque os esforços do executivohão-de continuar no sentido dealargar a rede sanitária munici-pal e já está prevista a inaugu-ração de mais dois postos mé-dicos, em Abril próximo.

O responsável municipalda Saúde do Ukuma apontouas doenças diarreicas agudase as doenças respiratóriasagudas como as mais fre-

quentes na região, tendo pas-sado a malária de primeira nalista para a terceira posição.Pongolola disse também queos programas de educaçãopara saúde estão a ser reforça-dos, no sentido de educar apopulação a praticar as medi-das básicas de higiene e, as-sim, evitar as doenças diarrei-cas agudas, que mais assolamo município.

O hospital municipal da

Caála (HMC), província

do Huambo, existe há mais

de 40 anos como unidade

sanitária. Há cinco foi am-

pliado, apetrechado e ele-

vado a hospital municipal.

Desde há três anos que pos-

sui duas salas de bloco ope-

ratório. Uma evolução que

permite, dia após dia, me-

lhorar a saúde do corredor

oeste do planalto central.

Convidado a falar sobre a

instituição, o director-geral

do HMC, Fernando Ferrei-

ra Vicente, aborda a situa-

ção actual.

– Qual é o movimento re-

gistado nestes últimos anos

no HMC?

– De acordo com a regionali-zação e desenvolvimento daprovíncia, o nosso hospitalrecebe doentes não só da pro-víncia do Huambo comotambém de das de Benguela eHuíla. Tivemos de aumentar

recentemente o número deserviços e contamos nestemomento com 14 serviços,incluindo os laboratóriosequipados, imagiologia e ou-tros. Por outro lado, o eleva-do número de traumatologiasfez com que abríssemos oserviço de bloco operatório(BO) e hoje são raros os ca-sos de emergência obstétricae de traumatologia que eva-cuamos para o Hospital Ge-ral. Temos intervindo tam-bém no BO em casos de com-plicações de febre tifóide,miomas, patologia da mamae outros casos de cirurgia ge-ral.– Quanto aos recursos hu-

manos e materiais, o hospi-

tal está bem servido?

– Não. Estamos muito malnesta vertente porque a lutaobriga-nos a evitar as mortespor doenças, mas as pessoasainda morrem por falta deprofissionais na hora certa enos locais certos. Precisamos

de uma média de 40 médicosespecialistas e, neste mo-mento, temos quatro, doisdos quais estão a fazer espe-cialidade, aumentando maisa lacuna. E esta falta de pro-fissionais não é só na quanti-dade, como também na qua-lidade, porque, em saúde, ca-da um deve ocupar a sua áreae não improvisar. Onde não

há determinado especialistapreenche-se a vaga com ou-tro de outro ramo, o que nãodeve ser. A outra preocupa-ção que nos aflige quanto aosprofissionais é fuga de técni-cos de saúde para outrasáreas, talvez por falta de in-centivo ou de outros factores.É assim que temos enfermei-ros a fazerem o papel do mé-dico e ninguém faz o do en-fermeiro. Certamente há es-forços e esta problemáticaserá ultrapassada pois já te-mos a Faculdade de Medici-na a funcionar localmente eesperamos que os estudantesque lá se estão a formar nosdêem a ajuda de que necessi-tamos. O nosso hospital temuma capacidade de 200 ca-mas e somos, no total, 230trabalhadores. Destaco a for-ça de vontade da classe inter-média, precisamente os en-fermeiros, que tem sido mui-tas vezes a mais sacrificada.Já disse que temos poucos

médicos e alguns deles a de-sempenham cargos adminis-trativos, tornando-os menosdisponíveis ainda. Quantoaos recursos materiais nãotemos que nos queixar, por-que estamos muito bem ser-vidos, assim como em rela-ção aos medicamentos, quesão abastecidos pontualmen-te, quer os vindos da Reparti-ção Municipal da Saúde queros da administração local.– Quais são as doenças

mais diagnosticadas?

– Além daquelas que são doquadro epidemiológico pro-vincial, temos muitos casosde traumatismos por aciden-tes rodoviários e domésticos,problemas intestinais, tuber-culose, gravidezes precocese multiparidades. Ao níveldos cinco bancos de urgên-cia, temos uma capacidadede 250 doentes por dia e efec-tuamos diariamente oito in-tervenções cirúrgicas noBloco Operatório.

ELSA INAKULO|

Correspondente no Huambo

z Os aldeões de Yuvu, mu-nicípio do Ukuma, provín-cia do Huambo, aderiramcom satisfação aos con-sultórios ambulantes queestiveram instalados nalocalidade durante cercade 8 horas, no dia 16 deFevereiro. A actividade de-nomina-se Uhayele Vimbo(Saúde na Aldeia, na lín-gua umbundo), foi promo-vida pela Direcção Provin-cial da Saúde, no âmbitodo Programa Nacional deMunicipalização da Saú-de, e acompanhada pelareportagem do Jornal daSaúde.

Consultórios ambulantes levam satisfação a Yuvu

«O desafio é converter o Hospital na principal unidade da região»

PROJECTO UHAYELE VIMBO CONTEMPLA ALDEIA DO MUNICÍPIO DO UKUMA

FERNANDO FERREIRA VICENTE, DIRECTOR-GERAL DO HOSPITAL MUNICIPAL DA CAÁLA

Os programas de educação para saúde estão a ser reforçados, no sentido de educar a população a praticar as

medidas básicas de higiene e, assim, evitar as doenças diarreicas agudas, que mais assolam o município

FERNANDO FERREIRA VICENTE

Queremos implementar, até 2016,

o serviço de segurança e saúde

do trabalhador e o prémio de in-

vestigação científica de saúde

mental

Os desafios desta equipasanitáriaO desafio fundamental éconverter o Hospital Muni-cipal da Caála em Com-plexo Hospitalar Oeste daProvíncia do Huambo, fa-zendo dele a principal uni-dade da região, com umacapacidade de respostado posto de vista assisten-cial, docente e de investi-gação. Queremos fazercom que os objectivos tra-çados no plano director dedesenvolvimento a médioe longo prazos se possamcumprir, de acordo o planodo executivo, em relação àprevenção e àqueles as-pectos que ainda afligemas nossas populações. Equeremos ainda imple-mentar, até 2016, o serviçode segurança e saúde dotrabalhador e também oprémio de investigaçãocientífica de saúde mental.

Resultadosda acçãoSegundo a chefe de repar-tição da Saúde Pública daDirecção Provincial daSaúde do Huambo, Geor-gina Figueiredo, foramrealizadas durante aqueledia (16 de Fevereiro) 150consultas de medicina,447 de pediatria e 43 deobstetrícia. Das análisesfeitas, 1.158 foram paratestar a glicémia (com 28casos de valores elevadosdetectados), 159 a malária(dos quais 32 positivos) e97 o VIH/sida (todos nega-tivos). Quanto à avaliaçãoda tensão arterial, 35 pa-cientes foram diagnostica-dos hipertensos, dos 133avaliados. No que respeitaà vacinação, os dadosapontam para 65 criançase grávidas vacinadas. Re-gistou-se igualmente a tes-tagem de 148 pacientespara identificação de ca-sos de sal não iodizado eforam encontrados 15,num total de 694 de recei-tas atendidas. O projectoSorriso (de saúde bucal)do programa Amosmidrealizou na sessão duaspalestras, 33 consultas, 44extracções dentárias, 14restaurações, 6 profilaxiasdentárias e foram distribuí-dos 72 kits de higiene oral.

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Não tenho pala-

vras para

agradecer”

foi a expres-

são utilizada,

no acto de entrega formal da

escola e de material escolar,

pelo administrador munici-

pal do Cubal, António Sarai-

va, ao receber a delegação da

BP Angola que, em conjunto

com a Sonangol e demais

parceiros do bloco 31, finan-

ciaram a obra e realizaram o

sonho desta comunidade.

“Das 80 mil crianças deste

município, cerca de 10 mil

ainda estão fora do sistema

formal de ensino. A explosão

escolar é grande e esta escola

vai beneficiar mais de mil fa-

mílias. A comunidade está

alegre porque sabe que os

seus filhos agora estão segu-

ros”, garantiu o administra-

dor à reportagem do Jornal

da Saúde.

De acordo com o director

municipal da educação, José

Chipupa, " o problema da

falta de salas de aula nesta

comunidade está resolvido".

O projecto foi implemen-

tado em quatro meses pela

Rise, uma ONG com vasta

experiência nesta área que já

erigiu cinco escolas, das

quais quatro em Benguela,

com fundos da BP e associa-

das dos blocos 18 e 31. Se-

gundo o seu responsável,

Adriano Huambo, “esta é

uma das mais funcionais e

belas escolas que construí-

mos e que permitirá a mais

de mil crianças terem condi-

ções de educação condig-

nas”.

Passo modesto,

mas significativo

Para o presidente regional

da BP Angola, Martyn Mor-

ris, presente na cerimónia,

trata-se de “um passo mo-

desto mas significativo para

melhorar o acesso ao ensino

das crianças, futuros qua-

dros responsáveis, e que são

o pilar do desenvolvimento

sustentável do país”. Segun-

do este responsável, a BP

Angola elegeu a educação

como uma das prioridades,

no quadro da sua política de

responsabilidade social e

corporativa. “Só com uma

educação sólida e abrangen-

te o País pode prosseguir a

sua rota de desenvolvimento

económico e social que vem

demonstrando nos últimos

anos”, concluiu.

No acto de entrega, estive-

ram ainda presentes o Admi-

nistrador adjunto municipal,

António Calianguila, o chefe

da repartição para a área so-

cial da administração muni-

cipal, Pedro Angulo Samuel

Daniel, o chefe da educação

e ensino, Frederico Cosi, o

regedor municipal, Barnabé

André, a chefe da área da fa-

mília e promoção da mulher,

Albertina Chilembo, o direc-

tor da escola, Mateus, o se-

culo da área, Adelino Um-

bumbo, os sobas Gervásio

Cachambe e Abel Pascoal

Aurelio e os directores de es-

colas do município, entre

outras individualidades. A

delegação da BP, chefiada

pelo presidente regional

Martyn Morris, era compos-

ta pela sua esposa Helen

Morris, o director de comu-

nicação, António Vueba , o

director do Desenvolvimen-

to Sustentável, Gaspar San-

tos, o conselheiro José Fer-

nandes, o assessor de comu-

nicação Henrique Malungo e

o responsável pela seguran-

ça, Rui Rosa.

30ll RESPONSABILIDADE SOCIAL Fevereiro 2013 lJSA

Kuquema é uma al-

deia remota no fir-

mamento do planal-

to central, sem água potável

nem energia, no município

de Kunhinga, interior do

Bié, um dos locais mais de-

vastados pela guerra. Che-

gar lá é difícil. Temos de

percorrer cerca de dez quiló-

metros de picada em mau es-

tado, rodeada de uma savana

verdejante, onde os aromas

da terra se confundem com a

fragrância das flores. Pelo

caminho ficam as viaturas

sem tracção às quatro rodas.

O acesso à educação das

1006 crianças que habitam

em Kuquema e nas três al-

deias próximas era, até ago-

ra, muito precário, amontoa-

das num pequeno barracão

onde chovia.

Por tudo isto, a inaugura-

ção de uma nova escola com

oito salas de aula apetrecha-

das, área administrativa e

WC, no passado dia 11 de

Fevereiro, foi recebida com

a mais profunda gratidão pe-

las famílias e constituiu um

motivo para uma festa na al-

deia.

“A escola vai contribuir

para diminuir as assimetrias

no Bié e beneficiar signifi-

cativamente as comunida-

des locais”, assegurou a ad-

ministradora do município,

Celeste Adolfo, à reporta-

gem do Jornal da Saúde.

Duas turmas vão acolher os

estudantes da iniciação à 7ª

classe. “O próximo passo é o

fornecimento de energia

eléctrica para que possamos

ter aulas nocturnas e fixar

professores na aldeia”, dis-

se.

Parcerias fortes

O pastor Bernardo Adeli-

no agradeceu “a visão e a

sensibilidade dos dirigen-

tes da BP”.

Para o presidente regio-

nal da BP, Martyn Morris,

presente no acto de entrega

formal da escola, foi “uma

experiência espiritualmen-

te edificante”. A constru-

ção “só foi possível graças

ao esforço conjunto da BP,

Sonangol e demais parcei-

ros do bloco 31, a adminis-

tração municipal, o Minis-

tério da Educação, a Igreja

Evangélica dos Irmãos em

Angola (IEIA), a imple-

mentadora Rise e a comu-

nidade desta área”. Para es-

te responsável, só com par-

cerias fortes e saudáveis se

podem obter resultados

sustentáveis para as comu-

nidades.

Kunhinga, terra do ana-

nás como lembrou a admi-

nistradora, situa-se a 30

quilómetros a norte do Kui-

to, tem duas comunas, uma

população de 82,9 mil ha-

bitantes, basicamente cam-

poneses, 178 autoridades

tradicionais e 1.348 profes-

sores registados.

Mais de mil crianças passam a ter acesso a escola primária condigna

RUI MOREIRA DE SÁ

z Uma nova escola primá-ria, com oito salas de aula,foi inaugurada, este mês,na aldeia de Vacaria-Chimbassi, município doCubal, província de Ben-guela.

Aldeões celebram oferta de escola primáriaNA COMUNIDADE DE CHIMBASSI, MUNICÍPIO DO CUBAL

NA KUNHINGA, BIÉ

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PUBLICIDADE ll 31Fevereiro 2013 l JSA

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32ll PUBLICIDADE Fevereiro 2013 lJSA

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Aergonomia é a

ciência que

utiliza os co-

nhecimentos

multidiscipli-

nares da engenharia, biome-

cânica, medicina, antropolo-

gia e ciências sociais, entre

outras, para buscar o entendi-

mento do trabalho e a relação

do trabalhador com este am-

biente.

No mundo, durante muitos

anos, procurou-se apenas en-

sinar as pessoas a convive-

rem com os pesos que tinham

a carregar e com as posturas

inadequadas. Na atualidade

nós perguntamos: Que peso é

este? Ele está no lugar ade-

quado? Quem deve transpor-

tá-lo? Eu preciso mesmo

deste peso dentro do meu

processo de trabalho? Existe

uma maneira mais fácil de fa-

zer este trabalho? As pessoas

realmente conhecem os ris-

cos ergonómicos do seu tra-

balho, a fim de se prevenir? E

minha postura? Posso mudá-

la para realizar o trabalho

com maior facilidade?

Respondendo a estas ques-

tões a Odebrecht iniciou, em

Janeiro, o Projeto de Implan-

tação do Programa de Ergo-

nomia nos seus contratos. As

equipes de Saúde e Seguran-

ça do Trabalho já iniciaram o

processo de capacitação e

implantação, o que aconte-

ceu nos projetos PRP - Pro-

grama de Realojamento das

Populações – Casa Zango,

AHE Cambambê e Desvio

do Rio – AHE Laúca.

Na segunda quinzena de

Fevereiro os profissionais

participantes do Curso de

Medicina do Trabalho, pro-

movido pela Odebrecht, re-

ceberam o módulo de Capa-

citação em Ergonomia que

foi ministrado pela fisiotera-

peuta Cristina Lopes, res-

ponsável pela implantação

do Programa de Ergonomia

nos projetos da empresa.

“Com as equipes mais pre-

paradas e conhecedoras das

questões ergonómicas, o tra-

balho e o trabalhador serão

beneficiados de maneira ím-

par, resultando em melhor

qualidade de vida, redução

do absenteísmo e melhor de-

sempenho na atividade labo-

ral”, garante Cristina Lopes.

De acordo com o gerente

de SSTMA, Antero Mafra,

“Nós, do PRP, com a imple-

mentação do Programa de

Ergonomia, já podemos me-

dir os resultados altamente

positivos, tanto na redução

das lombalgias, quanto na

melhoria de condições gerais

de trabalho, produtividade e

redução do absenteísmo”.

Segundo este responsável

“as atividades laborais,

quando iniciadas e desenvol-

vidas com planejamento er-

gonómico, projeto e avalia-

ção de tarefas e dos postos de

trabalho, além dos resultados

tangíveis, obtemos os intan-

gíveis, como a satisfação do

integrante, saúde e qualidade

de vida”.

RESPONSABILIDADE SOCIAL ll 33Fevereiro 2013 lJSA

z O entendimento dasquestões ergonómicaspermite atuar com eficáciana prevenção de doençasosteomusculares e na pro-moção da qualidade de vi-da no ambiente de traba-lho.

Ergonomia: entender para prevenir

“Com a implementação doPrograma de Ergonomia, jápodemos medir os resultadosaltamente positivos, tanto naredução das lombalgias, quanto namelhoria de condições gerais detrabalho, produtividade e reduçãodo absenteísmo”

NA ODEBRECHT ANGOLA

Apresentação de Resultados - EquipeCOERGO-PRP, em 15-02-2013Equipe COERGO. Membros do Comitê de

Ergonomia da Odebrecht, projeto PRP –

Programa de Realojamento das Populações

Casa do Zango. Da esquerda para direita:

1- Técnico de Segurança no Trabalho, Ger-

son Dala Ginga – Secretário do COERGO

2- Técnico de enfermagem, João Sebastião

– Ativador do COERGO

3- Fisioterapeuta Ergonomista – DS,

Cristina Lopes

4- Coordenadora de Medicina – DS,

Paloma Baiardi

5- Médica do Trabalho, líder de Ergonomia –

PRP, Isolina Freitas

6- Líder de Ergonomia, engenheiro

ambiental, Joaquim Ramos

7- Técnico de Segurança no Trabalho,

Coordenador do COERGO, Elieser de Paula

8- Gerente de Segurança no Trabalho,

Ativador do COERGO, engenheiro

Antero Mafra

9- Encarregado Geral de Construção Civil,

Líder de Ergonomia, Francisco Bezerra

Capacitação em Ergonomia para médicos, engenheiros e técnicos de enfermagem e de segurança do trabalho.

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34ll RESPONSABILIDADE SOCIAL Fevereiro 2013 lJSA

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PUBLICIDADE ll 35Fevereiro 2013 l JSA

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36llCLÍNICAS Fevereiro 2013 lJSA

Situado em plenocoração do bairrodo Prenda, numadas ruas transver-sais ao hospital

homónimo, o centro médicoMediLab, que divide a suaactividade entre consultasmédicas e a área laborato-rial, prepara-se para inaugu-rar uma nova unidade nosarredores do centro deLuanda (Talatona ou MorroBento – a localização aindanão está, para já, definida)até ao final do primeiro se-mestre deste ano.

Em jeito de balanço, Ce-leste Ferreira, directora daclínica e também analistano Hospital do Prenda,adiantou que, no ano de2012, o MediLab efectuoucerca de 40 atendimentosdiários, em média, entreconsultas e análises labora-toriais. O centro médico,que funciona apenas em re-gime de ambulatório, prestaatendimento em especiali-dades clínicas que CelesteFerreira considera emer-gentes, de entre as quais sedestacam a Medicina Geral

e Familiar, Pediatria, Gine-cologia/Obstetrícia, Car-diologia, Ortopedia e Der-matologia. “Na área labora-torial, desenvolvemos aná-lises clínicas nas áreas deHematologia, Bioquímica,Serologia e Imunologia.Em 2013, prevemos arran-car com a valência de Mi-crobiologia, um projectoque estava a ser estudado háalgum tempo”, acrescenta.

Oferta de serviços

integrada

A especialista lembra

que, no MediLab, há umaoferta de serviços integra-da, que reúne o atendimen-to médico e a área de diag-nóstico laboratorial. “Fun-cionamos como uma estru-tura autónoma dentro daárea de ambulatório, o quenos permite realizar consul-tas com o suporte de exa-mes de laboratório, em si-multâneo. As clínicas, emAngola, regra geral, pos-suem uma oferta de análiseslaboratoriais pouco dife-renciada (basicamente,uma gota espessa e um vi-

dal). A nossa postura é dis-tinta, pois, paralelamenteao atendimento médico,tencionamos prestar umaresposta mais diferenciadana área do diagnóstico la-boratorial. Aliás, todas asvalências funcionam empermanência (dentro do ho-rário de funcionamento docentro médico), o que nospermite dar resposta a aná-lises simples de rotina (no-meadamente, uma gota es-pessa) ou exames maiscomplexos, que carecem deaparelhos de imunologia ouequipamentos mais sofisti-cados.”

O MediLab, conformeexplica Celeste Ferreira, é“um projecto de ambulató-rio”, que funciona nos mes-mos moldes das clínicasportuguesas (dias úteis).“Nas situações de urgênciaou em que é necessário in-ternamento, encaminha-mos para os hospitais pú-blicos ou privados, depen-dendo da capacidade eco-nómica do doente”, escla-rece.

Medicina do trabalho

Dentro da oferta de servi-ços, o MediLab, ao abrigode contratos com empresas,está a realizar, desde Junhode 2012, consultas de Me-dicina do Trabalho. “Na se-quência desse contrato, ostrabalhadores e os respecti-vos familiares podem diri-gir-se ao centro médico,mas a um preço mais aces-sível”, explica Celeste Fer-reira.

Consulta de obesidade

Com uma equipa de 22funcionários, o MediLabtenciona alargar a oferta deserviços, criando uma novaunidade nos arredores deLuanda, até ao primeiro se-mestre deste ano. “Nestesegundo projecto, iremoscontar com a colaboraçãode uma nutricionista, estan-do previsto arrancarmos, apartir de Março, com umaconsulta direccionada àobesidade, que é uma preo-cupação cada vez mais pre-mente em Angola. Nestaclínica, que estará sedeadaem Talatona ou Morro Ben-to, teremos ainda uma áreade ginásio, que pretendedar apoio aos doentesacompanhados nesta con-sulta”, esclarece.

Método psico-profiláctico

para o parto

Celeste Ferreira também

lembra que, neste novo es-paço, haverá uma sala des-tinada exclusivamente aométodo psico-profilácticopara o parto. “É uma valên-cia ainda pouco divulgadaem Angola, sendo que, coma implementação deste es-paço, dirigido às grávidas,podemos diversificar a nos-sa oferta de serviços”, resu-me a responsável.

Profissionais de saúde

A directora médica reco-nhece que o MediLab, umcentro médico que contacom uma equipa de profis-sionais de saúde cubanos,portugueses e angolanos, jáconquistou a confiança dosutentes. “A população senteconforto quando há umapresença estrangeira numaclínica como o MediLab.Contudo, os médicos ango-lanos estão numa fase as-cendente, cabendo aos pro-fissionais de saúde expa-triados transmitir os seusconhecimentos ao staff an-golano. Ainda assim, hámatérias que não domina-mos, pelo que, através docontacto com profissionaisangolanos, acabamos porconjugar conhecimentosem algumas áreas.”

Segundo informa CelesteFerreira, a malária continuaa ser o principal motivo deconsulta médica, sendo queo ano de 2012, “provavel-mente por causa da fre-quências das chuvas”, ficoumarcado por uma elevadaincidência de “casos positi-vos e graves”, inclusiva-mente em recém-nascidos.Além da malária, a diabetese hipertensão correspon-dem, respectivamente, àsprincipais razões de con-sulta médica no MediLab.

ANDREIA PEREIRA

z O centro médico Medi-Lab, com sede no bairrodo Prenda, em Luanda,tenciona abrir mais umaunidade até ao final do pri-meiro semestre de 2013,em Talatona ou Morro Ben-to (a localização ainda estápor definir). A directora doMediLab, Celeste Ferreira,afirmou ao Jornal da Saú-de de Angola que este es-paço, que também funcio-nará em regime de ambu-latório, contará com duasnovas valências: uma con-sulta de Nutrição (comuma área de ginásio incor-porada) e uma sala de pre-paração para o parto.

MediLab prevê alargar a oferta de serviços este ano

CELESTE FERREIRA No MediLab há uma oferta de serviços integrada, que reúne o atendimento médico e a área

de diagnóstico laboratorial

A equipaNeste momento, o Medi-Lab conta com uma equi-pa de 22 funcionários, in-cluindo a área administrati-va. Nesta unidade, sedea-da no bairro do Prenda, co-laboram, até ao momento,seis médicos cubanos. Osenfermeiros são de nacio-nalidade angolana, à ex-cepção de uma enfermeirade origem cubana. Por ou-tro lado, os técnicos de la-boratórios são, fundamen-talmente, angolanos. Ce-leste Ferreira, radicada emLuanda há sete anos, éportuguesa e lidera estecentro médico.

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Rua 53, Projecto Nova Vida, Luanda Tel.: + 244 227 270 167 Site: www.clinicacaridade.com

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38ll FISIOTERAPIA Fevereiro 2013 lJSA

Localizada nobairro de Alva-lade, a BomSenso ofereceum moderno e

completo serviço de fisiote-rapia, com equipamentosdotados de tecnologia deponta, abrangendo as váriasáreas da fisioterapia, confor-me nos informou Kali. “Esteprojecto visa oferecer emAngola um nível de serviçointernacional, com tecnolo-gia de vanguarda, equipa-mentos que permitem recu-perações plenas no menorespaço de tempo possível euma equipa muito compe-tente, com elevado grau deformação. É por isso queapostamos numa equipamulticultural, composta porfisioterapeutas angolanos eportugueses, todos licencia-dos em fisioterapia”. Aindade acordo com este respon-sável “os fisioterapeutas quevêm de fora trazem consigoalgum know-how diferen-ciador, dado que passarampor clubes internacionais eclínicas de renome fora deAngola”.

De acordo com Kali “temsido uma aposta ganha e comresultados positivos, pois ograu de satisfação dos nos-sos clientes, com base em in-quéritos periódicos que faze-mos, e na nossa observação,tem sido mesmo muito posi-tivo”.

Exigência dos desportistasNesta nossa visita à Bom

Senso, foi possível observarvários atletas a fazerem tra-tamento, o que diz bem da

aposta desta clínica na áreadesportiva. “Efectivamente,quando lançámos a BomSenso, a ideia passava pordar aos atletas, desportistas epúblico em geral um nível detratamento internacional.Daí termos feito um elevadoinvestimento, quer em meiostécnicos, quer humanos”.Mas a Bom Senso não se cin-ge ao tratamento de atletas,“os quais, hoje em dia, nãorepresentam mais do que10% dos seus clientes”, diz-nos. A clínica continua, noentanto, “a apostar na áreadesportiva, pois é muito exi-gente e obriga-nos a evoluirtodos os dias”. De acordocom Kali “ um clube exigeque um atleta seja recupera-do no menor espaço de tem-po e o melhor possível, ograu de exigência na recupe-ração desportiva é tremenda-mente elevado, e, se conse-guirmos dar uma boa respos-ta nesta área tão exigente, es-taremos também cada vez

mais próximos da qualidadede excelência que buscamostodos os dias”. Sem citar no-mes, Kali deu a entender quemuitos dos nossos atletasbuscam os serviços da BomSenso e saem satisfeitos comos tratamentos. “Confiamnesta equipa para a sua recu-peração, para além de se sen-tirem num ambiente fami-liar”, rematou.

Recuperação de casos deAVC

Observámos também mui-tos casos de neurologia osquais têm um espaço própriopara o atendimento de pato-logias nesta área. “A nossaaposta passa também porcriar condições para albergarcada vez mais casos de neu-rologia, nomeadamente ca-sos de AVC e problemas doneuro-desenvolvimento.Ainda recentemente fizemosalguns investimentos nestaárea, pois temos tido bastan-te procura, tendo alguns pro-fissionais com formação es-pecífica para este tipo de pa-tologia”, garante Kali. Paraeste responsável “se, por umlado, apostamos forte na ver-tente músculo-esquelética,não queremos descurar asmelhores condições para umpleno tratamento nas áreasneurológica e pediátrica.Queremos que quem nosprocura encontre na BomSenso todas as condições pa-ra a sua recuperação”.

Consultas médicasPara além da Fisioterapia,

a Bom Senso também ofere-ce consultas médicas. Se-

gundo Kali, “este é um com-plemento chave para a ofertae credibilidade da clínica,pois permite que as avalia-ções e diagnósticos sejambem feitos e com base nelesse façam bons planos de tra-tamento. Temos consultas deOrtopedia, Medicina Des-portiva, Neurologia, Reu-matologia e Nutricionismo,com médicos de renome ecredibilidade firmados nopaís. É muito importante termédicos destas especialida-des, pois todas elas têm rela-ções muito próximas com otipo de patologias que osnossos clientes apresentam”.Com a ajuda deste corpo clí-nico e nestas áreas de actua-ção, “sentimo-nos confortá-veis para um trabalho multi-disciplinar e de excelênciana área da Fisioterapia”.

Ondas de choqueNesta clínica encontrámos

um espaço agradável e muitocompleto. Demos conta dealguns equipamentos que di-ferenciam esta clínica de fi-sioterapia das demais, comoé o caso das Ondas de Cho-que. Como diz o responsávelde fisioterapia da Bom Sen-so, o fisioterapeuta João Vi-laça, “esta é uma clínica queem nada fica atrás das gran-des clínicas de fisioterapiainternacionais, quer as euro-peias quer as americanas.Especificamente, as ondasde choque têm sido bastanteutilizadas e com resultadosmuitíssimo interessantes,mas não é o único equipa-mento que nos diferenciados demais. Esta é efectiva-mente uma clinica de fisiote-rapia muito completa e compessoal altamente qualifica-do que nos permite assumirque o nível de tratamentosque oferecemos está ao níveldas melhores”.

Projectos futurosQuanto a projectos futu-

ros, Kali refere que “nestemomento é mais importantecimentar este projecto, me-lhorar ainda mais esta clíni-ca, adaptá-la cada vez mais ànecessidade dos nossosclientes e depois de garantirque estamos muito próximosda excelência é que poder-mos pensar em investir nou-tros projectos. Temos de darum passo de cada vez, e te-mos de ser tão exigentesconnosco como o públicoque nos procura o é, pois tra-ta-se de um tipo de clienteexigente, muito dele já viaja-do e que se tratou em outrasclínicas no estrangeiro. Co-mo tal, exige muito da BomSenso. Isso faz-nos evoluirtodos os dias e termos sem-pre o lema da qualidade co-mo factor chave para nosconsolidarmos no mercado.”

z A Bom Senso Fisiotera-pia completou um ano deexistência no dia 1 destemês Fevereiro. O projecto,contudo, já vinha a serpensado há mais tempo,conforme revelou ao Jor-nal da Saúde o ex-capitãoda Selecção Nacional deFutebol e proprietário des-ta clínica, Carlos Alonso,mais conhecido por Kali.“Foi há quase dois anosque, com a ajuda de al-guns amigos, resolviavançar com este projec-to”.

Bom Senso Fisioterapia comemorou o 1º aniversário

“A Bom Senso ofereceem Angola um nível deserviço internacional,com tecnologia devanguarda,equipamentos quepermitem recuperaçõesplenas no menor espaçode tempo possível e umaequipa muitocompetente, comelevado grau deformação.”

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PUBLICIDADE ll 39Fevereiro 2013 l JSA

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40 ll PUBLICIDADE JSA l Fevereiro 2013