revista crefitosp - ano 8 edição 1

36
O mercado de trabalho está exigente. Saiba como se preparar para ocupar o seu espaço Campanha pela valorização da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional já está nas ruas. Faça a sua parte. Pág18 >> Transparência absoluta na administração do Crefito-SP. Seja um fiscal do conselho. Pág5 >> Revista Impresso Fechado pode ser aberto pela EBCT CONSELHO DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO ANO 8 - EDIÇÃO 1 Rua Cincinato Braga, 277 - Bela Vista - CEP 01333-011 - São Paulo

Upload: crefitosp

Post on 06-Mar-2016

237 views

Category:

Documents


6 download

DESCRIPTION

Revista do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de São Paulo.

TRANSCRIPT

Page 1: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

O mercado de trabalho está exigente. Saiba como se preparar para ocupar o seu espaço

Campanha pela valorização da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional já está nas ruas.

Faça a sua parte. Pág18 >>

Transparência absoluta na administração do Crefito-SP.

Seja um fiscal do conselho. Pág5 >>

RevistaImpresso Fechado pode ser

aberto pela EBCT

CONSELHO DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

ANO 8 - EDIÇÃO 1 Rua Cincinato Braga, 277 - Bela Vista - CEP 01333-011 - São Paulo

Page 2: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

[2]

destaques

EDITORIAL 3

ESPAÇO DO LEITOR 4

IMPORTANTE SABER 5

ENTREVISTA PRESIDENTES DOS CREFITOS 6

ESPECIALIDADE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA 8

EMPREGABILIDADE POR UM LUGAR AO SOL 14

EMPREGABILIDADE CAMPANHA NAS RUAS 18

PROFISSÕES MELHOR IDADE SAUDÁVEL 20

FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL EXEMPLOS DE SUCESSO 26

SAIBA MAIS FORTES ALIANÇAS 30

NOTAS CREFITO-SP EM EVENTO DA OAB 32

NOTAS CONGRESSO DE FISIOTERAPIA 33

COMUNICADO OFICIAL A VIDA PEDE RESPEITO 34

INFORMAÇÕES ÚTEIS 35

08 14 20ESPECIALIDADEA Fisioterapia Cardiorrespiratória vem tendo um crescimento elevado nas últimas décadas, ajudando o paciente a teruma vida saudável e funcional

MERCADO DE TRABALHOEle está exigente. Mas diversos caminhos podem ajudá-lo a chegar mais perto da realização profissional. Saiba como se preparar para esse desafio

A MELHORIDADEUm dos grandes avanços da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional é ajudar a população com mais de 60 anos a ter umavida saudável

ÍNDICEíndice

Page 3: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

AO LEITORao leitor

CREFITO-3Conselho Regional de Fisioterapia

e Terapia Ocupacional da Terceira RegiãoServiço Público Federal

Área de Jurisdição: Estado de São Paulo

Rua Cincinato Braga, 277 - Bela VistaSão Paulo - SP - CEP 01333-011

www.crefitosp.gov.brGESTÃO 2008 / 2012

DIRETORIAPresidente: Prof. Dr. Gil Lúcio Almeida

Crefito-3 nº 18.719 – FtVice-Presidente: Prof. Dr. Augusto Cesinando de Carvalho

Crefito-3 nº 6.076 – FtDiretor Secretário: Dr. Neilson S. G. Palmieri Spigolon

Crefito-3 nº 15.577 - FtDiretor Tesoureiro: Dr. Elias Ferreira Porto

Crefito-3 nº 34.739 – Ft

COMISSÃO DE ÉTICA E DEONTOLOGIA DA FISIOTERAPIA (CEDF)

Presidente: Dr. Elias Ferreira PortoCrefito-3 nº 34.739 – Ft

Secretária: Dra. Anice de Campos PássaroCrefito-3 nº 24.093 – Ft

Vogal: Dr. Marcus Vinícius GavaCrefito-3 nº 9.015 – Ft

COMISSÃO DE ÉTICA E DEONTOLOGIA DA TERAPIA OCUPACIONAL (CEDTO)

Presidente: Dra. Danielle dos Santos Cutrim GarrosCrefito-3 n° 6.155 - TO

Secretária: Dra. Osmari Virgínia de Mendonça AndradeCrefito-3 n° 2.356 - TO

Vogal: Dra. Maria Cândida de Miranda LuzoCrefito-3 n° 4.906 – TO

COMISSÃO DE TOMADA DE CONTAS (CTC)Presidente: em recomposiçãoSecretário: em recomposição

Vogal: Dra. Danielle dos Santos Cutrim GarrosCrefito-3 n° 6.155 - TO

DEPARTAMENTO DE FISCALIZAÇÃO (DEFIS)Coordenador: Dr. Neilson S. G. Palmieri Spigolon

SECRETARIA GERALCoordenadores:

Ailton Alves FerreiraElza Martinhão

ASSESSORIA JURÍDICADra. Adriana Clivatti Moreira Gomes

OAB SP nº 195660

CONTABILIDADEContadora: Cíntia Mieko Kusaba Pasqualini

CRC – 1SP n° 213203/O-0

COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO (CPL)Presidente: Dr. Rubens Fernando Mafra

OAB SP n° 280695Secretária: Linda Magali Abdala Santos

Vogal: Felipe de Oliveira Simoyama

ASSESSORIA E ANÁLISE TÉCNICA (AATEC)Dr. Carlos Henrique Bruxelas

Dra. Fernanda [email protected]

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃ[email protected]

Editora Responsável: Francine Altheman – MTb 42.713/SP Redação: Lúcia Passafaro Peres Juliana Menezes Rodrigo Svrcek

Design / Infografia: Tommy PissiniWeb / Multimídia: Rodrigo Cavalheiro

Web / Animação: Giuliano GusmãoSecretária: Daiana Veronez

Impressão: Plural Indústria GráficaPeriodicidade: trimestral

Tiragem: 80 mil exemplares

AO LEITORao leitor

O Crefito-SP acaba de lançar a CAMPANHA PELA VALORIZAÇÃO DA FISIO-TERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL. Nesta edição você vai saber mais sobre a campanha e também o que você pode fazer para que a população saia das filas e tenha acesso aos serviços de nossos profissionais. Prescrever o atendimento de fisioterapia e terapia ocupacional e orientar o paciente a usar as vias legais gratuitas, para fazer valer o acesso imediato ao atendi-mento, é o primeiro passo para colocar nossas virtudes a serviço da vida.

TRANSPARÊNCIA ABSOLUTA NA ADMINISTRAÇÃO DO CREFITO-SP. A autarquia está digitalizando todos os processos econômicos financeiros e licitatórios desde 2004 e irá disponibilizá-los na web para que todos possam ajudar a fiscalizar os atos adotados pelos dirigentes do Conselho. Com acesso a essas informações, você poderá influenciar as ações e inves-timentos feitos pela autarquia, além de verificar quanto ganha e quais as virtudes que cada conselheiro agrega ao desenvolvimento do Crefito-SP.

O Conselho tem celebrado convênios de cooperação mútua com as prin-cipais entidades do Estado de São Paulo. Em função disso, estaremos mos-trando os serviços prestados pelos nossos profissionais em 100 eventos dessas entidades conveniadas. Veja mais nesta edição.

Você também verá, a partir da página 26, mais alguns exemplos de su-cesso de nossos profissionais, que estão recebendo prêmios internacionais e se destacando na área de terapia ocupacional e fisioterapia em saúde pública e administrativa.

A revista ainda traz os avanços da Fisioterapia Cardiorrespitatória na pá-gina 8 e os benefícios da Terapia Ocupacional e da Fisioterapia na promo-ção da longevidade com saúde, na página 20.

APROVEITE A LEITURA!

eraUmanova

Page 4: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

[4]//Contato: Para se corresponder com o Departamento de Comunicação do Crefito-SP

Email: [email protected] / Cartas: Departamento de ComunicaçãoRua Cincinato Braga, 277 - 9º andar - Bela Vista - São Paulo / SP - CEP 01333-011

Curso Fisioterapia na Unip e há al-guns dias tive contato com a Revista Crefito-SP. Gostaria de parabenizar pela qualidade do conteúdo, edição gráfica etc. Como aluno, gostaria de sugerir reportagens que abordassem os novos campos profissionais que ganham destaque na área de fisiote-rapia e terapia ocupacional. Também gostaria de receber as próximas edi-ções da revista.

Dilvan NunesEstudante de Fisioterapia

DilvanA Revista do Crefito-SP recebe mui-

tas sugestões de pautas, todas extrema-mente relevantes para ambas as pro-fissões. Todas as sugestões entram em nossa fila. Assim, você verá em nossas páginas sempre temas atuais. Esclare-ço também que, assim que se formar, passará a receber a revista automatica-mente. Enquanto isso, iremos mandar as edições para você. Obrigada pelo seu contato.

Gostaria de sugerir uma matéria sobre artrofibrose, um assunto pouco falado e estudado mesmo pelos orto-pedistas, sendo a abordagem fisiote-rapêutica essencial. Acho de extrema importância a abordagem de assuntos não tão conhecidos numa revista de grande importância como a Revista Crefito-SP. E espero alertar outros profissionais sobre a existência e cui-dados dessa patologia pouco discu-tida. Parabéns aos editores da revista e espero em breve ver esses assuntos retratados.

Priscila AraujoFisioterapeuta

Dra. PriscilaAgradecemos o elogio e a sugestão e

vamos colocar o tema na pauta das pró-ximas edições da revista. Aguarde!

LEITORleitor

Envie sugestões, críticas e elogios para a Revista do Crefito-SP.As cartas ou emails devem conter, obrigatoriamente, nome completo do profissional, número de inscrição no Crefito ou, se for estudante, nome da instituição de ensino, telefone e email para contato (caso não deseje a publicação, basta colocar esta informação). Por motivos de espaço ou de clareza, as cartas ou emails recebidos poderão ser publicados resumidamente ou não ser publicados, mas todos serão respondidos.

Falecom a gente

Revista do Crefito-SP

edição 4 de 2010

Sou terapeuta ocupacional e estou em busca de emprego. Encontrei, na maioria dos sites dos Crefitos de ou-tros Estados, ícones que levavam a vagas de emprego, tanto para fisiote-rapeuta quanto para terapeuta ocupa-cional. Gostaria de saber por que vocês também não disponibilizam esse tipo de serviço no site?

Francine DuarteTerapeuta Ocupacional

Prezada Dra. FrancineAgradecemos o seu contato e infor-

mamos que o site do Crefito-SP está passando por modificações e, em breve, teremos um novo site no ar, que vai con-templar diversas reivindicações dos pro-fissionais. Também aconselhamos que você dê uma olhada na matéria sobre mercado de trabalho nesta edição. Espe-ramos que lhe ajude.

Page 5: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

[5]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Depois de digitalizar 61 mil cadastros de profissionais inscritos e disponibilizá-los na rede, agora o Crefito-SP começa uma nova etapa para abolir definitiva-mente o uso do papel: a digitalização dos processos financeiros e de licitação.

São mais de 25 mil processos, de 2004 até os dias atuais, que estão sendo transformados em arquivos digitais. Até agora, foram digitalizados os processos de 2010, 2009 e 2008 e a previsão é de que a finalização do trabalho aconteça no começo do segundo semestre. O obje-tivo é colocar todos os processos on-line, disponibilizando-os para os profissio-nais inscritos no Conselho, que poderão visualizá-los em suas áreas restritas. Desde 2004, o Crefito-SP tem sua pres-tação de contas em seu site, na área de Controle Social.

Essa prática traz uma série de bene-fícios, dentre eles a economia de espaço físico, a preservação do meio ambiente, a praticidade para a consulta dos pro-cessos e, principalmente, a transparên-cia das ações do Conselho. “Ganhamos tempo, fazendo com que o trabalho seja ágil e eficiente. Além disso, a dis-ponibilização dos processos mostra a idoneidade da gestão do bem público,

IMPORTANTE SABERimportante saber

www.crefitosp.gov.br//Na internet:

????

? ?

pois o profissional vai visualizar onde são aplicados os recursos do Conselho”, afirma a contadora do Crefito-SP Cín-tia Mieko Kusaba Pasqualini.

O profissional também terá acesso aos processos econômicos financei-ros dos conselheiros, para verificar o que faz cada um para a autarquia e quanto ganha.

Como funcionaPara realizar o procedimento, o Con-

selho usa a Gestão Eletrônica de Docu-mentos (GED), uma tecnologia que pos-sibilita o gerenciamento de documentos em formato digital de forma segura.

O armazenamento digital é feito no Data Center e segue os padrões da GED, utilizando normas para a captação de documentos, armazenamento de dados, catalogação, recuperação e segurança de informações, em um equipamento a prova de falhas.

Ano passado, o Crefito-SP digita-lizou todos os prontuários dos profis-sionais inscritos, trazendo agilidade, eficiência e economia de espaço para a Secretaria Geral. Agora, em qualquer lugar, é possível localizar um processo em menos de um minuto.

Como é aplicado o seu dinheiro?

C re f i to - S P e n t ra e m u m a n ova f a s e d a d i g i t a l i za çã od e s e u s p ro ce s s o s, p a ra d i s p o n i b i l i za r a o j u r i s d i c i o n a d o

to d a a m ov i m e n t a çã o f i n a n ce i ra d o Co n s e l h o

Com a digitalização, tudo isso ficará on-line

É o fim do papel

folhas de processo financeiro

630mil

são necessárias paraarquivar esse material

420caixas

2004 a 2010Serão digitalizados os

processos financeiros de

Page 6: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

Por dentro dos Crefitos

Quais são os maiores desafios na administração do Crefito-6? E os maiores problemas que se apresentam atualmente relacio-nados às profissões Fisioterapia e Terapia Ocupacional?

Colocar em prática a política Na-cional de saúde funcional e a Classi-ficação Internacional da Funciona-lidade, Incapacidade e Saúde (CIF). A invisibilidade de procedimentos é um problema, pois ainda nos base-amos pela Classificação Internacio-nal de Doenças e Problemas Rela-cionados à Saúde (CID) no Brasil.

Quais são as áreas mais promis-soras dentro da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional no Ceará e Piauí? Quais as mudanças que estas profissões vêm sofrendo nos últimos anos?

Todas as áreas estão em fran-co crescimento, mas as áreas de dermatofuncional, geria-tria, respiratória e traumato-logia são as que mais crescem atualmente. Ultimamente há uma grande procura pela pro-moção de saúde e prevenção para uma vida melhor.

Quais são as conquistas da atual gestão? E os principais objetivos para o futuro?

A defesa do Ceará, Piauí e do Brasil pelo direito a uma fisio-terapia e terapia ocupacional de qualidade no sistema públi-co e privado. Principalmente com a inserção no SUS, atra-vés de PSF, Nasf, PAD, Cerest, CAPS, Apae, UTI, Policlínicas, Ambulatórios e UBS e tantos outros na fisioterapia e terapia ocupacional.

*R$1.445,50**R$963,00

Ceará8.180.087

Piauí3.119.015

4.818

795

Fisioterapeutas

População dos Estados abrangidos

Terapeutas Ocupacionais

Piso Salarial

Fonte: CREFITO-6 *30 horas semanais **20 horas semanais

Raios-XPrincipais informações dos estadose profissionais abrangidos pelos Crefitos

Nordeste

Para saber mais:http://www.crefito6.org.brhttp://www.crefito2.org.br

//Na internet:

Por Juliana Menezes

Fotos

- Ar

quivo

Pesso

al

Confira nas próximas edições entrevista com os demais presidentes

Presidido pelo Dr. Ricardo Lotif Araújo desde 14 de abril de 2010

Crefito-6

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

[6]

Page 7: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

Quais são os maiores desafios na administração do Crefito-2? E os maiores problemas que se apresentam atualmente relacio-nados às profissões Fisioterapia e Terapia Ocupacional?

A burocracia é um fator rele-vante que impede uma maior ação dos gestores do Crefito-2 e dos seus administrados, para bem atender os profissionais fisiotera-peutas e terapeutas ocupacionais. Precisamos integrar o Crefito-2 na modernidade. A informatiza-ção de todos os setores e departa-mentos é tarefa prioritária da atu-al gestão. Precisamos usar melhor a internet como ferramenta de trabalho, fazer com que ela possa interagir com os profissionais.

Quais são as áreas mais promis-soras dentro da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional no Rio de Janeiro e Espírito Santo? Quais as mudanças que estas profissões vêm sofrendo nos últimos anos?

Todas as áreas são promissoras na Fisioterapia e na Terapia Ocu-pacional, uma vez que ainda não atingimos parcela substancial da população. Como acontece em to-das as outras profissões, fisiotera-peutas e terapeutas ocupacionais não podem depender apenas dos conhecimentos básicos da gra-duação. As especialidades estão surgindo em um ritmo veloz e o profissional deve entender que a busca de novos conhecimentos é fundamental.

Quais são as conquistas da atual gestão? E os principais objetivos para o futuro?

Ainda não podemos falar em conquistas, pois encontramos um Conselho desestruturado, com um quadro funcional mal aproveitado. Nossa meta é estruturar o Crefito-2, modernizar o sistema de informá-tica, a telefonia e possibilitar aos profissionais usar a internet como ferramenta de busca. São inúmeros os objetivos da atual gestão, entre eles reestruturar os núcleos, criar delegacias ou subseções do Crefi-to-2, reativar as comissões de apoio científico-profissional, aproximar-nos do acadêmico, se possível pro-curando desde já integrá-los em comissões do Crefito-2.

Crefito-2Presidido pela Dra. Regina Maria de Figuerôa,

que assumiu em 20 de agosto de 2010

Por dentro dos Crefitos Conheça um pouco sobre os Crefitos de outras regiões do país

Entrevista com os presidentes...

***R$630

Rio de Janeiro15.993.583

Espirito Santo3.512.672

1.065

27.853

Fonte: Sinfito-RJ ***Valor fixado Sinfito

Sudeste

[7]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Page 8: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

Tum, tumbate coraçãoTum, tum

coração é um órgão muscu-lar que se localiza no meio do peito, ligeiramente des-

locado para a esquerda. Em uma pessoa adulta, pesa cerca de 400 gramas. Ele apresenta quatro cavi-dades: duas superiores, denomina-das átrios, e duas inferiores, deno-minadas ventrículos.

Mas para os apaixonados, poetas e artistas ele é muito mais do que isso. Ele praticamente se transfor-ma no próprio ser humano. Gonza-guinha fez desse órgão um amigo: “Diga lá, meu coração, da alegria de rever essa menina”. Caetano Veloso o fez parecer um malandro: “Meu

coração vagabundo quer guardar o mundo em mim”. E o poeta Mário Quintana fez a grande descober-ta sobre o coração: ele não é desse tempo, nem desse mundo – “O re-lógio do coração hoje descubro bate noutra frequência daquele que car-rego no pulso”.

Para cuidar desse coração, que se apaixona, que sofre, que bate feliz quando vê a pessoa amada, que ace-lera em momentos de tensão, existe uma categoria profissional que vem crescendo exponencialmente nas últimas décadas e conquistando seu espaço com maestria: a Fisioterapia Cardiorrespiratória.

opor Francine Altheman

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

[8]

Page 9: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

REABILITAÇÃO CARDÍACA E RESPIRATÓRIA

Os efeitos adversos da falta de atividade física após um infarto começaram a ser pesquisados em meados da década de 1960. Bengt Saltin, um fisiologista sueco que dedicou boa parte de seus estudos a esse tema, detectou em pesquisa que a capacidade funcional de in-divíduos sadios confinados ao lei-to por três semanas diminui cerca de 35%. Ele também relatou que todos os pacientes apresentaram melhora em relação ao seu estado controle após passarem por pro-gramas de exercícios.

A importância da Fisioterapia Cardiorrespiratória expandiu-se a partir da década de 1970, como uma área de atuação voltada aos períodos de pré e pós-operatório, utilizando recursos que visam a minimizar as complicações decor-rentes da cirurgia e, mais tarde, foi estendida a todos os pacientes crô-nicos e agudos. Em 1975, no Ins-tituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (In-Cor /HCFMUSP), a fisioterapeuta Vera Lúcia Guerra de Toledo, junto com outros profissionais da saúde, começam a compor a equipe mul-tiprofissional do instituto. “Foi um trabalho inovador, que fez com que a Fisioterapia Cardiorrespiratória crescesse rapidamente”, conta Dra. Maria Ignez Zanetti Feltrim, direto-ra do Serviço de Fisioterapia do In-Cor, que foi a terceira fisioterapeuta contratada pelo InCor, em 1977.

Mas foi somente em 1978 que a American Physical Therapy Asso-ciation (Apta) reconheceu quatro áreas de especialização da Fisiote-rapia, entre elas a cardiorrespirató-ria. Na prática, nessa época, a pres-são pela presença do fisioterapeuta em UTIs o maior tempo possível já era grande. “À noite, era um caos sem o fisioterapeuta, pois os pa-cientes regrediam em seu quadro clínico”, lembra Dra. Maria Ignez.

Dra. Emília Nozawa, chefe das Unidades de Terapia Intensiva Cirúrgica do InCor, ainda re-corda que “depois que o fisio-terapeuta ia embora, o paciente

era reentubado por motivos res-piratórios. No dia seguinte, tí-nhamos que recomeçar do zero. Isso tinha um impacto para o próprio paciente e no custo hospitalar”. Aberto o plantão à noite, a equipe de fisioterapeu-tas conseguia manter o paciente em respiração espontânea, o que permitia sua alta para a enfer-maria na manhã seguinte.

Nas décadas de 1980 e 1990, os fisioterapeutas foram responsá-veis por direcionar o programa de reabilitação cardiorrespiratória em uma variedade de ambientes. Melhorar a ventilação e a oxigena-ção pulmonar, reduzir a dor, ma-ximizar a tolerância ao exercício, ajudar a eliminar secreções e fazer com que o paciente retorne à uma vida ativa após uma cirurgia são algumas das atribuições do fisio-terapeuta cardiorrespiratório. Por isso, a expansão acentuada desse profissional nos últimos 30 anos.

Um dos precursores desse de-senvolvimento foi o fisioterapeu-ta Dr. Carlos Eduardo Azeredo, coordenador dos primeiros Sim-pósios de Fisioterapia Cardior-respiratória e em Terapia Inten-siva. “Sinto muito orgulho ao lembrar que participei deste que foi o evento científico responsável pela divulgação e estabelecimen-to definitivo dessa especialidade no Brasil”, emociona-se Dra. Sara Lúcia Silveira de Menezes, presi-dente da Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Inten-siva (Assobrafir).

O sistema cardiorrespiratório é vital para nossa sobrevivência. É ele que nos faz respirar, movimentar, ter energia, enfim... é ele que nos permite aproveitar cada minuto da vidabate coração

Fonte: InCor

Exemplo de qualidadeComo fúnciona o InCor

UTI cirúrgica

UTI clínica adulto

UTI neonatal

Unidade coronária

Altahospitalar

Unidade de Internação

(Enfermaria)

Pacientecirúrgico

Pacienteclínico

Centro Cirúrgico

[9]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Page 10: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

INCOR: FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA DE EXCELÊNCIA

1968. O cirurgião brasileiro Dr. Euryclides Zerbini e sua equipe re-alizam, no Hospital das Clínicas, o primeiro transplante de coração na América do Sul. O primeiro trans-plantado brasileiro viveu apenas 28 dias após a cirurgia. “Era muito co-mum os médicos avaliarem que a ci-rurgia havia sido um sucesso, mas o paciente morria principalmente por complicações respiratórias no pós-operatório”, conta Dra. Emília.

Alguns anos mais tarde, em 1975, Dr. Zerbini fundaria o InCor, com o trabalho já integrado a uma equi-pe multiprofissional. “O InCor foi o primeiro hospital a entender que o cardiopata deveria ser atendido em sua globalidade”, relata Dra. Maria Ignez. “A partir do momento em que o paciente entra na institui-ção, nós estamos preparados para atendê-lo em equipe. É um traba-lho que realizamos com maestria ímpar”, completa.

O InCor também foi pioneiro ao implantar o atendimento fisio-terapêutico 24 horas na UTI. Mas nem sempre foi assim. No começo eram somente três fisioterapeutas que trabalhavam oito horas por dia. “Graças aos resultados que es-távamos apresentando, a equipe de

enfermeiros e a equipe médica so-licitaram à direção que o fisiotera-peuta permanecesse por mais tem-po na UTI”, recorda-se Dra. Maria Ignez. Assim, em 1981, o InCor contratou mais 22 fisioterapeutas para atender também o período noturno. “Desde então, somos pelo menos seis fisioterapeutas por perí-odo na UTI, 24 horas por dia, 365 dias por ano”, afirma Dra. Emília.

A partir do modelo do InCor, outros serviços foram implanta-

Assobrafir

Representar a Fisioterapia Cardiorrespiratória e a Fisio-terapia em Terapia Intensiva, promover sua excelência pro-fissional e servir como defen-sora da qualidade da assistên-cia a saúde em todos os níveis de atenção. Essa é a missão da Associação Brasileira de Fisio-terapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Inten-siva (Assobrafir). Os 25 anos de sua existência confirmam sua representatividade e re-conhecimento de seus pares.

A associação já realizou 15 Simpósios Internacionais e organiza anualmente a Se-mana da Fisioterapia Respi-ratória, quando profissionais saem às ruas divulgando as especialidades de Cardior-respiratória e Terapia Intensi-va para a população.

Em 2009, lançou a revista científica eletrônica Asso-brafir Ciência, com o obje-tivo de estimular o cresci-mento técnico-científico da especialidade.

Dra. Sara Lúcia Silveira de Menezes, atual presidente da Assobrafir, lembra que “a possibilidade e o orgulho de contribuir com a mais antiga sociedade científica de espe-cialidades organizada deste país me estimulou a inscrever minha candidatura na eleição para a gestão 2007-2009. A necessidade de dar prosse-guimento a essas conquistas foi decisiva para minha reelei-ção em 2010”.

Saiba mais em:www.assobrafir.com.br

Uma história que merece ser contadaO desenvolvimento da Fisioterapia Cardiorrespiratória nos últimos anos

Começam as primeiras pesquisas sobre programas de reabilitação para pacientes pós-infarto

1960

Realizado o primeiro transplante de coração no Brasil. O paciente morre 28 dias depois por complicações pós-cirúrgica

1968

Fundação do InCor e contratação da primeira fisioterapeuta do instituto

1975

A Apta reconhece a cardiorrespi-ratória como especialização da fisioterapia

1978

A Fisioterapia Cardiorrespira-tória começa a se expandir

1970

O InCor tem três fisioterapeutas contratados

1977

Atendimento fisioterapêutico (procedimento de aspiração traqueal) no pós-operatório imediato de cirurgia cardiovascular

Fotos

- Cre

fito-

SP

Fonte: InCor/Assobrafir

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

[10]

Page 11: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

O InCor abre mais 22 vagas para fisioterapeutas e expande o atendimento para 24 horas por dia, 365 dias por ano

1981

A Assobrafir passa a outorgar o título de especialista em Fisioterapia Respiratória

1996

A Assobrafir passa a outorgar o título de especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva

2008

O InCor abre mais nove vagas para fisioterapeutas e expande o atendimento para 15 horas diárias

1980

Nasce a Socie-dade Brasileira de Fisioterapia Respiratória(Sobrafir), que mais tarde passaria a ser Assobrafir

1986

O Coffito edita a Resolução nº 188, que regulamenta a espe-cialidade Fisioterapia Pneumo-Funcional, que mais tarde seria al-terada para Fisioterapia Cardiorrespiratória

1998

A Anvisa edita a Resolução nº 7, que torna obrigatória a presença do terapeuta ocupacional nas UTIs e aumenta a carga horária do fisioterapeuta

2010

Hoje

dos e delineados nas mais diversas regiões do país. “Hoje no Brasil eu não acredito que haja um atendi-mento de cirurgia cardíaca que não tenha por trás uma equipe de fisio-terapeutas”, relata Dr. José Renato de Oliveira Leite, encarregado das atividades de ensino do InCor. O instituto realiza de 20 a 25 cirurgias por dia, sendo 10 a 12 de grande complexidade. “Todos os pacien-tes são acompanhados por fisiote-rapeutas, desde o pré-operatório,

passagem pela UTI, retorno à en-fermaria e alta hospitalar”, ressalta Dr. José Renato.

Com mais de 30 anos de atuação, o Serviço de Fisioterapia do InCor é reconhecido como precursor do de-senvolvimento da Fisioterapia Car-diorrespiratória no Brasil. Está divi-dido em UTI cirúrgica, onde ficam os pacientes logo após a cirurgia, e UTI clínica, que está subdividida em UTI neonatal, UTI clínica, Unidade Coronária, Unidades de Internação

geral, adulto e pediátrica. Na Unidade Coronária ficam os

pacientes que sofreram infarto ou que apresentam quadros de angina instável. Como eles estão restritos ao leito pelo comprometimento cardíaco, a prevenção de compli-cações respiratórias e motoras é fundamental. “Nosso objetivo é manter a capacidade funcional des-ses pacientes, para que eles tenham condições de, com brevidade, sen-tar, sair do leito, caminhar e retor-nar o mais breve às suas condições basais”, relata Dra. Ana Maria Pe-reira Rodrigues da Silva, chefe das UTIs clínicas do InCor.

As UTIs clínicas, tanto a neo-natal como a de adultos, tratam de diferentes cardiopatias. Con-siderando que a cardiopatia tem repercussão sistêmica, o paciente acaba perdendo força muscular e apresenta baixa tolerância aos es-forços, o que compromete sua fun-cionalidade. “Nós trabalhamos na recuperação e melhoria do movi-mento e do desempenho, para que ele tenha maior eficiência nas suas atividades”, explica Dra. Ana Ma-ria, que recentemente recebeu um prêmio da Assobrafir pelo estudo Comparação entre Métodos de Des-mame PSV e Tubo T da Ventilação Mecânica Prolongada em Pacientes com Insuficiência Cardíaca Des-compensada.

O InCor tem 65 fisioterapeutas em seu quadro e realiza de 20 a 25 cirurgias por dia, todas com a parti-cipação da equipe multiprofissional

Equipe do InCor: Dra. Emília, Dra. Maria Ignez, Dra. Ana Maria e Dr. José Renato

[11]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Page 12: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

//Na internet:Mais no site:www.crefitosp.gov.br

OS DESAFIOS DA ESPECIALIDADE

A especialidade em cardiorres-piratória é regulamentada pela Resolução Coffito nº 188/1998 e suas alterações. Os especialis-tas alertam que grandes desafios perpassam por essa área, que é apaixonante. “A Fisioterapia Car-diorrespiratória é altamente gra-tificante porque os resultados são imediatos. Para quem gosta de resolutividade, é fascinante”, con-ta Dra. Maria Ignez. No entanto, não basta gostar. Conhecimento e dedicação são imprescindíveis. “Você tem que saber bastante so-bre diversas áreas clínicas, desde a graduação. Se não houve essa formação na graduação, o fisio-terapeuta deve correr atrás. Es-

Equipe multiprofissional O trabalho realizado em conjunto por diversos profissionais da saúde é o segredo para a recuperação total do paciente

Fonte: InCor

Atendimento fisioterapêutico ao cardiopata internado em Unidade de Terapia Intensiva clínica

Assistentesocial

Psicólogo

Nutricionista

Fisioterapeuta

Terapeutaocupacional

Enfermeiro

Médico

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

[12]

Page 13: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

A equipe multiprofissional é fundamental porque eu sozinho não faço tudo. Se cada profis-sional da saúde fizer a sua parte, o trabalho é perfeito”

Dra. Maria Ignez, diretora do Serviço de Fisioterapia do InCor

A Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (Anvisa) instituiu a Resolução nº 7, de 24 de feve-reiro de 2010, que dispõe sobre os requisitos mínimos para o funcionamento de UTIs. A partir da resolução, a presença do tera-peuta ocupacional é obrigatória e a carga horária dos fisiotera-peutas passa a ser de 18 horas diárias de cobertura.

Para a Assobrafir, a multiplicida-de de intervenções na Terapia In-tensiva, cada uma com diferentes potenciais de riscos, benefícios e custos, fez com que esses profis-sionais se tornassem fundamen-tais no atendimento em UTIs. “O fisioterapeuta especialista em Te-rapia Intensiva é um profissional ativo e participativo na tomada de decisões e de cuidados ao pa-ciente crítico. Ele reduz os riscos e agrega qualidade ao atendimen-to com resolutividade, efetivida-

de e corresponsabilidade, o que exige que esse profissional seja um especialista com formação es-pecífica”, completa Dra. Sara.

Na prática, pesquisas já de-monstraram que a presença de fisioterapeutas e terapeutas ocu-pacionais 24 horas por dia nas UTIs reduz em 40% o período de internação. Em 2008, no Hos-pital das Clínicas, uma equipe de fisioterapeutas constatou, ao observar 500 pacientes de uma UTI durantes seis meses, que o período de internação caiu de 10 para seis dias quando houve o aumento da oferta de fisiotera-pia de 12 para 24 horas. Um dos principais benefícios demonstra-dos foi a diminuição do número de pacientes que estavam sob ventilação mecânica. Estudos mostram que os riscos de com-plicação, com uma única reintu-bação, aumentam para 50%.

Atuação de fisioterapeuta e terapeuta ocupacional em UTIs

tude. A especialização deve ser a imersão do aluno na prática. Tem que saber fazer e saber to-mar decisões rápidas e certeiras”, completa Dra. Maria Ignêz.

Cumprindo seu papel de enti-dade científica, a Assobrafir (veja box) outorga os títulos de espe-cialistas em Fisioterapia Respira-tória, desde 1996, e Fisioterapia em Terapia Intensiva, desde 2008, reconhecidos por meio de exame de proficiência. “Foi necessário reconhecer que o fisioterapeuta intensivista, embora fortemente associado à Fisioterapia Respira-tória, necessitava de identificação própria”, lembra Dra. Sara.

Tudo isso para que o coração continue sendo o nosso múscu-lo involuntário, mas, como diz a música, pulsando por você.

A assistência fisioterapêutica ao paciente pediátrico no período pós-operatório de cirurgia cardíacaem UTI cirúrgica

Fotos

- Cre

fito-

SP

20 dias depoisdo transplante,

paciente recupera sua funcionalidade

com a ajudada fisioterapia

[13]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Page 14: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

Diversos caminhos podem ajudar a chegar mais perto da realização profissional. Conheça alguns

Por u

mlu

gar a

o sol por Lúcia Passafaro Peres

uase todo recém-forma-do passa pela alegria de terminar um ciclo, mas também pela ansiedade

de começar outro: a busca de um emprego. Reunimos algumas di-cas para tornar essa procura mais fácil tanto para quem acabou de sair da faculdade como para quem deseja retornar ao merca-do de trabalho. Para várias dicas, contamos com a colaboração do fisioterapeuta e professor Dr. Ser-gio Paulo Jozely de Souza, mestre em educação, com especialização em Administração Hospitalar e MBA em Gestão Empresarial.

qCONTATOS

A comunicação entre as pessoas pela internet tem se tornado cada vez mais intensa e isso traz inova-ções na forma de se procurar um trabalho. E-mails, chats, mídias sociais como twitter, facebook, linkedin, entre outras, são hoje importantes ferramentas tanto para encontrar vagas, como para fortalecer sua rede de contatos. Muitas empresas já utilizam am-plamente esses meios. Além disso, vários perfis nas redes sociais se dedicam exclusivamente a infor-mar sobre oportunidades, sendo que muitos são direcionados so-mente a um tipo de profissão. Sites sobre concursos públicos também costumam ter perfis nessas redes e segui-los é uma forma de se man-ter sempre atualizado.

Dr. Sergio Paulo ressalta que um bom trabalho de networking pode “facilitar a vida de qualquer pessoa em momentos cruciais” e dá alguns conselhos: “ao montar a sua rede de amigos, não se es-queça de manter esses contatos sempre ativos. É como se fosse uma planta, que deve ser regada constantemente, senão morre, ou seja, procure sempre estar em con-tato com as pessoas da sua rede, lembrando do aniversário, datas especiais. Assim você fortalece o vínculo de amizades”. Porém, por mais útil que uma rede de conta-tos possa ser, é necessário cautela para lidar com ela. “Evite forçar a barra escrevendo todos os dias, enviando piadinhas ou assuntos sem interesse. Dependendo do seu comportamento, ao invés de a sua rede ajudá-lo, pode até distanciá-lo ainda mais do seu objetivo prin-cipal”, diz Prof. Sergio. [14]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Page 15: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

Mas não se esqueça: o contato pessoal e uma conversa since-ra são preciosos.

FórunsOrkutMySpaceFacebookTwitterLinkedinFlickr

blogsChatsSkypeBate-papoGrupos de e-mails

ENVIE O CURRÍCULO

Hoje, devido à multiplicação de possibilidades de vínculos de tra-balho, é necessário mais do que se ater a enviar currículo para as vagas que aparecem. Além disso, não dá para desconsiderar o fato da ampliação dos serviços tercei-rizados, dos profissionais autôno-mos e da existência de cooperati-vas, que podem auxiliar bastante alguém em início de carreira. “Es-peramos que surjam profissionais empreendedores, que possam gerar novos empregos, portanto vejo como uma grande possibili-dade de negócios apresentar uma proposta de trabalho bem elabo-rada, com consistência, persona-

lizada para o ramo de atividade da empresa, e solicitar uma reunião”, diz Prof. Sergio Paulo.

Uma dica para enviar currículo ou se apresentar a uma empresa é selecionar antes aquelas de seu in-teresse, relacionadas com sua área de afinidade, formação e até espe-cialização. “É difícil a manutenção do profissional quando ele não trabalha no que gosta”, afirma Dr. Sergio. E não é necessário esperar que a empresa abra uma vaga para enviar o currículo, já que muitas mantêm uma atualização cons-tante de seu banco de currículos. “Pesquise antes de enviar, entre no site da empresa e verifique se exis-te o link ‘cadastre seu currículo’ ou ‘trabalhe conosco’”, recomenda.

Como preparar o seu

“O currículo mostra o tipo de profissional que você é. Por isso deve ter informa-ções precisas e coerentes. Tenha em mente qual é seu objetivo com esse currículo – atirar para todos os lados não dá resultado nenhum, portanto direcione as infor-mações para a área e o tipo de empresa em que você pretende trabalhar. Procure escrever em uma linguagem clara, revise várias vezes para evitar erros de português – isso mostra domínio da co-municação e habilidade de escrita. Procure dar destaque somente a dados pessoais e profissionais importantes e de relevância para o cargo que está pretendendo e pes-quise o mercado de trabalho na área em que deseja atuar para se atualizar sobre salá-rios, exigências e novidades”.Sergio Paulo Jozely de Souzaé também coordenador das rotações clínicas e dos está-gios da Escola de Ciências da Saúde da Universidade Anhembi Morumbi. Ministra nessa universidade e na Uni-monte a disciplina de Gestão em Saúde.

Para aumentar as chances,

selecione empresas relacionadas

com sua área de afinidade e formação

Algumas opções para criar ou manter contatos...Na internet

Fotos

- ww

w.sxc

.hu

[15]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Page 16: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

Proteja sua profissão

Ao se inscrever em um con-curso público verifique se o edital fornece corretamente a carga horária de sua pro-fissão e as atribuições ade-quadas. No caso de qualquer irregularidade, comunique o Crefito-SP, pela Ouvidoria.

Contato:[email protected]. Telefone: 3252-2280

CONCURSOS PÚBLICOS

Os concursos públicos são uma boa opção para quem procura um trabalho com horário fixo, carteira assinada, entre outros be-nefícios de um trabalhador regis-trado. Há duas formas de contra-tação por concurso público: CLT ou o regime estatutário, que tem algumas peculiaridades como aposentadoria integral e reajuste salarial definido por lei.

Vagas para fisioterapeutas e tera-peutas ocupacionais são abertas o ano todo, geralmente por prefeitu-ras, institutos e fundações gover-namentais, hospitais universitá-rios, entre outros. Faculdades em todo país também oferecem vagas para professores da área.

A fisioterapeuta Dra. Elva Kar-linda Villalba, 30, já passou em dois concursos públicos. Depois de trabalhar quatro anos como fiscal concursada no Crefito-SP, passou na prova do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Esta-dual (Iamspe) como fisioterapeuta, em julho de 2010. Elva afirma que, devido à grande concorrência, é preciso estudar muito e continua-mente, mesmo que no momento não haja seleções abertas. “Os as-suntos são geralmente os mesmos, então é possível se organizar. Além disso, dá para estudar pelas provas que você guarda dos concursos an-teriores. Tem que ter muita perse-verança”, diz.

A fisioterapeuta Dra. Elva, que já passou em dois concursos

públicos em sua área, aconselha estudar pelas provas de concursos

anteriores. “Tem que ter muita perseverança”, diz.

Uma carreira se constrói com competência, tempo e muito trabalho, creio que o segredo do sucesso se baseia nisso. O mer-cado é como um jogo, conhecer as regras é um bom começo e associado a uma boa estratégia aumenta as chances de sucesso, vence o melhor”

Dr. Sergio Paulo Jozely de Souza

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

[16]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Page 17: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

SEU PRÓPRIO NEGÓCIO 

Ao optar pelo emprendedo-rismo, além de conseguir mais autonomia e ter as rédeas de seu próprio negócio, o profissional ainda pode abrir vagas para mais pessoas de sua área, colaborando para o aquecimento do mercado. Consultorias, atendimentos em clínicas e consultórios, prestação de serviços terceirizados em fi-sioterapia ou terapia ocupacional são algumas das possibilidades. O prof. Dr. Sergio indica algumas áreas em ascensão e que podem ser possibilidades de investimen-to, como saúde do trabalhador, saúde da mulher, dermatofuncio-nal, saúde do homem, esportes, além de estudos da dor e do sono.

Porém, antes de tentar iniciar um

negócio é necessário prestar aten-ção a uma série de fatores. “É preci-so saber se o profissional tem perfil empreendedor, conhecer o negócio que pretende abrir, saber bem as re-gras, ter um plano estratégico para manter o negócio funcionando e rentável e, antes de mais nada, ela-borar um bussines plan”, diz Prof. Sergio. Para quem quer abrir uma clínica, por exemplo, é importan-te se munir o máximo possível de conhecimento sobre a área e sobre administração. “É necessário estar atento às possibilidades do merca-do, trocar informações com cole-gas da área e de áreas correlatas, ser criativo e inovador, percebendo as novas tendências e ter, além do co-nhecimento técnico, conhecimento em administração/gestão para ge-rar bons resultados”, complementa.

ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL

Para aqueles que querem seguir a carreira acadêmica, a realização de uma pós-graduação stricto sensu (mestrado, doutorado, etc) é prati-camente imprescindível. Além dis-so, a pós stricto sensu, bem como a lato sensu (especialização) e outros meios de atualização profissional hoje fazem a diferença para quem quer alavancar sua carreira. “Hoje a especialização já é uma condição para uma melhor colocação profis-sional ou para captação de novos clientes paro o consultório ou clí-nica”, explica Prof. Sergio Paulo.

Os programas stricto sensu são avaliados e reconhecidos pela Co-ordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Já os lato sensu só podem ser ofere-cidos por Instituições de Ensino Su-perior (IES) reconhecidas pelo Mi-nistério da Educação (MEC). Tanto o diploma do stricto sensu quanto o certificado de lato sensu devem ser registrados no Crefito-SP.

Existem também os cursos livres, ofertados por instituições particu-lares. Eles não são reconhecidos pelo MEC e, por essa razão, o Cre-fito-SP não pode registrá-lo.

Ao escolher um curso stricto sen-su, o interessado deve conferir no

site da Capes a avaliação e pontua-ção do mesmo. Para a pós-gradua-ção lato sensu, é preciso verificar a credibilidade da IES. O presidente do Crefito-SP, Prof. Dr. Gil Lúcio Almeida, aconselha que o interes-sado consulte ex-alunos antes de se matricular em um curso. “O se-gredo do sucesso está em entender que o ´não´ nós já temos e a busca do ´sim´ requer dedicação e uma dose de obstinação. É melhor ser o seu próprio professor do que fre-quentar um curso sem qualidade. O mais importante é jamais dei-xar de desenvolver o que recebeu de graça ao chegar nesse mundo: a sua capacidade de aprender”

//Na internet:Mais no site:www.crefitosp.gov.br

Capes:www.capes.gov.br

MEC: http://portal.mec.gov.br

Fotos

- ww

w.sxc

.hu

[17]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Page 18: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

O que você pode fazer?

Prescreva o tratamento indicado diante do diagnóstico realizado. Mostre ao seu paciente o folder e o DVD, ensinando-o a recorrer ao Ministério Público e ao Poder Ju-diciário para que ele tenha acesso imediato ao tratamento, evitando filas e esperas.

Entre no site do Crefito-SP para ver o folder e o conteúdo do DVD. Faça também a distribuição des-se material para seus pacientes via internet. Esse mesmo material estará no site do Conselho.

saúdeVirada da

nas ruasbaixa remuneração e os limi-tes de cobertura dos serviços

de fisioterapia e terapia ocupacional ainda são os maiores obstáculos para o pleno desenvolvimento dessas pro-fissões e para que a saúde seja levada a todas as pessoas.

Por outro lado, já está mais do que comprovado que equipes multidisciplinares de saúde são o melhor negócio. Os profissionais fazem um diagnóstico abrangente, seguido de um atendimento ade-quado e periódico, que, na maio-ria dos casos, resolve os problemas da população. Evita-se o consumo desenfreado de remédios, a auto-medicação, pedidos de exames e retornos desnecessários aos hospi-tais. Uma equipe multidisciplinar conhece o paciente na sua totali-dade, com todas as suas potencia-lidades e disfunções.

Assim, a campanha Fisioterapia e Terapia Ocupacional – Exija esse di-reito!, promovida pelo Crefito-SP, vai às ruas para incentivar ações

políticas e jurídicas pela inclusão dos serviços de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais nas equi-pes de saúde, garantindo a cober-tura desses serviços nos planos de saúde e no SUS. Serão milhares de folders com DVD, que contém os vídeos veiculados na mídia, mais um vídeo institucional, que ex-plica o funcionamento das ações. Eles serão distribuídos em clínicas, hospitais e empresas, com o obje-tivo de mostrar que a saúde é um direito de todos e dever do Estado, ensinando a população como exi-gir esse direito.

Ano passado, a campanha en-trou a todo vapor nos meios de comunicação, em outdoors, TV, rádio, cinema, metrô, jornais e revistas. Em 2011, a campanha publicitária continua. Todos os esforços serão colocados para mu-dar o modelo atual de administra-ção da saúde, que foca na doença, para um novo modelo, focado na saúde e na prevenção.

a

Crefito-SP vai a clínicas, hospitais e empresas divulgar a campanha pela valorização da

Fisioterapia e da Terapia Ocupacional

//Na internet:Mais no site:www.crefito.com.br/imp/exija.html

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

[18]

Page 19: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

Foto

- Crefi

to-S

P

O milagre da multiplicaçãoCompartilhe o material com seus pacientes, amigos e familiares, para que a mensagem atinja o maior número possível de pessoas

Crefito-SPentrega o folder

para o profissional na clínica

Os colegas, pacientes e familiares comentam sobre o folder com seus colegas e familiares, que comentam...

O profissional mostra para seus

colegas, pacientes e familiares

O profissional recebe o material em sua clínica

O objetivo da campanha é propor um novo modelo se administração da saúde, focado na prevenção e qualidade de vida. O resultado é o aumento da longevidade, do desempenho escolar e da produtividade no trabalho, com diminuição dos gastos com doença. Assim, haverá mais emprego e melhor remuneração para os profissionais da saúde”

Crefito-SP

Infog

rafia -

Tom

my Pi

ssini

[19]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Page 20: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

idadeMelhorsaudável Um dos grandes avanços da Fisioterapia e da Terapia

Ocupacional é ajudar a garantir uma vida saudável à população

com mais de 60 anos

população envelhece a cada dia. De acordo, com pesquisa realizada pelo

IBGE, o número de idosos cresce-rá em média 5% até o ano de 2026. O estudo mostra que, na década de 20, cerca de 15% da população brasileira será composta por pes-soas com mais de 60 anos.

Proporcionar uma vida saudá-vel e ativa para o idoso é o novo desafio dos profissionais de fi-sioterapia e terapia ocupacional de todo o país. A cada dia sur-gem novos métodos que possibi-litam diagnosticar com antece-

dência o risco de quedas. A preocupação maior é com a

prevenção e as possíveis conse-quências que as quedas em idosos podem trazer, como por exemplo isolamento, depressão e pouca mobilidade. “A cada ano, de 5% a 10% da população idosa que cai tem lesões severas, principalmen-te no quadril”, afirma a fisiotera-peuta com especialização em ge-rontologia, Dra. Juliana Gazzola.

Segundo um estudo realizado pela Secretaria de Saúde do Es-tado de São Paulo, entre 2000 e 2008 subiu de 7.600 para 28.400

o número de mortes por ano em idosos em virtude de quedas. Para evitar esses problemas e propor-cionar uma vida confortável aos idosos, muitos profissionais da saúde têm adotado métodos de escala de equilíbrio para diagnos-ticar com antecedência a chance do paciente vir a ter uma queda no seu dia-a-dia.

Diversos exames ajudam a fa-zer o diagnóstico e, a partir dele, os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais podem usar téc-nicas para reforçar o equilíbrio corporal do idoso.

apor Rodrigo Svrcekcolaboração Juliana Menezes

Fotos - Arquivo Pessoal

Exercício com cama elástica e bola para reabilitação do equilíbrio postural

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

[20]

Page 21: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico correto é o pri-meiro passo para identificar a possibilidade de queda. De acordo com o fisioterapeuta e professor da Unesp, Prof. Dr. Marcos Eduardo Scheicher, os testes de campo são mais simples, porém apresentam limitações em relação à precisão dos resultados. “Os testes de labo-ratório são mais complexos e de-mandam maior custo, já que utili-zam aparelhos sofisticados”.

A Escala de Berg é um dos mais utilizados para verificar a possibili-dade de queda do paciente. Ela é di-vidida em pontos atribuídos a cada movimento realizado. Com total de 56 pontos, a medição tem como corte 45 pontos. A pessoa avaliada com pontuação inferior deve ser encaminhada para algum progra-ma de prevenção, pois ela terá uma grande chance de sofrer queda.

Em certos casos, essa escala não é suficiente para medir o grau do risco. Segundo a Dra. Juliana, há casos de idosos que conseguem uma pontuação mais alta e, mes-mo assim, pode ter risco de que-das por fatores comportamentais (subir em banquinhos, fazer as tarefas com pressa, usar sapatos inadequados). Nesses casos, reco-menda-se que sejam feitos testes de equilíbrio e de postura mais complexos, para que o diagnósti-co seja preciso.

Há idosos que têm a chance de cair aumentada por sofrerem al-gum tipo de doença que afeta a sua coordenação motora e cog-nitiva como, por exemplo, AVC, Parkinson e Alzheimer. “Das três, Parkinson é a mais compli-cada, pois compromete muito o equilíbrio. Tem paciente que che-ga a cair cinco vezes por semana”, comenta a fisioterapeuta respon-sável pelo programa de mestrado da Unicid, Dra. Mônica Perraci-ni. Ela ainda lembra que manter o paciente caminhando ou em cadeira de rodas, devido ao gran-de número de quedas, é uma de-cisão importante.

Uma questão de númerosDados do IBGE apontam um crescimento intenso da população idosa nos próximos anos. Isso vai refletir muito na cidade de São Paulo

Fonte: IBGE

As projeções de crescimento populacional indicam que a idade média da população brasileira está

aumentando e, naturalmente haverá um aumento significativo

na população idosa

da população brasileira tem 60 anos ou mais

10%

a previsão é de que haverá mais pessoas acima dos 80 anos do que entre 20 e 24 anos

2050

1992

0 - 14anos{

10 - 24anos

2007

{

2035

35 - 54anos {

De que forma a faixaetária do brasileiro será alterada?

HomensMulheres

O último Censo revelou que a cidade de São Paulo conta com pouco mais de um milhão de idosos

População acimade 60 anos na cidade

Lapa

12.519Jardins

17.281Consolação

10.600

[21]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Page 22: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

Lançado nos Estados Unidos, a realidade virtual chega ao país para ajudar os profissionais no tratamento de re-equilíbrio postural de idosos. O novo aparelho estimula o pa-ciente a fazer movimentos que reforçam seu equilíbrio, atra-vés de um ambiente computa-dorizado definido pelo profis-sional, aumentando o número de exercícios realizados em um espaço reduzido.Antes usado por crianças e ado-lescentes, o videogame passou a ser também uma importante ferramenta de trabalho para quem cuida de prevenção e tra-tamento de quedas em idosos. Com a nova tecnologia encon-trada no Wii, o paciente pode, ao mesmo tempo em que faz exercícios para melhorar o equi-líbrio, se divertir com os jogos.

Tecnologia

PREVENÇÃO E TRATAMENTO

Após diagnosticar, o próximo passo é providenciar o melhor tratamento possível para que o idoso recupere a plenitude do equilíbrio corporal e possa ter de volta a qualidade de vida.

Segundo a Dra. Mônica, os mé-todos de prevenção ou tratamento devem contemplar não só a parte motora ou física do paciente, mas também a parte emocional, já que a maioria dos idosos sente-se in-segura para fazer os movimentos corriqueiros após sofrer a primeira queda. Com isso, a pessoa, por ter seus movimentos restritos, acaba por se isolar.

As atividades em grupo têm sido muito úteis nesse sentido, pois além de proporcionar a rea-bilitação do paciente cria um es-

tímulo através de novas amizades, melhorando a autoestima.

Esse tipo de atividade geralmen-te é feito em um circuito formado por diversos obstáculos que simu-lam atividades cotidianas e dife-rentes formas de movimentos que exigem equilíbrio do corpo.

A prevenção vai além do trata-mento em clínicas e passa também pela adaptação do ambiente domi-ciliar. As mudanças estão relacio-nadas à criação de áreas livres para movimentação do idoso, aumento da iluminação do ambiente domés-tico, para evitar a colisão do idoso com algum móvel que possa trazer risco de queda, fixação ou retirada dos tapetes, pois eles podem levar o idoso a ter um sério acidente. “O profissional irá orientar quanto às adaptações possíveis, podendo ser: faixas antiderrapantes em locais

Dra. Juliana Gazzola, fisioterapeuta com especialização no cuidado com idosos

Fotos

- Ar

quivo

Pesso

al

Idosos fazendo circuitode readaptação postural

[22]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Page 23: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

Fora da realidade!O ™ BRU (Balance ™ Unidade de Reabilitação), criado pela empresa Medicaa™, é um equipamento de avaliação funcional e para terapia na reabilitação de pacientes que sofrem de distúrbios de equilíbrio.

De forma sistematizada, protocolizada e personalizada

são adaptadas às situações específicas

de cada paciente. São identificados os estímulos sensoriais em que o sistema de

equilíbrio do pacienteé menos eficiente

Com base no diagnóstico, são gerados estímulos específicos para atingir os fenômenos de

neuroplasticidade de adaptação postural através de simulação de situações da vida real, por meio

de realidade virtual.

Para controlar o equilíbrio, o Sistema Nervoso Central (SNC), integra e coordena

informações dos sistemas...

visual

vestibular

somatossensorial

A forma mais eficiente para recuperar o equilíbrio do paciente é através

de estímulos específicos dos diferentes sistemas sensoriais afetados

Somatossensoriais Usam-se colchões de espuma para desafiar o equilíbrio, alterando a entrada de informações somatossensoriais.

VestibularDetectando os movimentos da cabeça, permite que os estímulos visuais reajam em relação a eles, alcançando a integração vestibular. Com o uso das bolas suíças, também estimula o sistema vestibular.

VisualMover objetos exibidos nos óculos de realidade virtual e recriar versões estilizadas de situações da vida real, tais como a busca por um objeto em movimento ou olhar através da janela de um ônibus em movimento, além da estimulação dos reflexos oculomotores.

Somatossensoriais Identificação

AVALIAÇÃO POSTUROGRÁFICA

Realizada através da plataforma de força, é uma técnica utilizada para diagnosticar quais são os estímulos mais conflituosos para o pa-ciente na estratégia de controle postural.

TERAPÊUTICAS UTILIZANDOREALIDADE VIRTUAL

Com base em uma avaliação clínica, fun-cional e posturográfica, um programa de reabilitação personalizado é projetado por meio de óculos de realidade virtual, baseado nos os conceitos de neuro-rea-bilitação. O programa provoca estímulos conflitantes no paciente para desencade-ar tontura e desequilíbrio corporal e, as-sim, conseguir a compensação vestibular.

JOGOS DE TREINAMENTO POSTURAL (PTG)

Consiste em exercícios para o treinamento do controle postural utilizando um sistema de biofeedback. O programa recria exercícios posturais interativos, praticados sob a super-visão de um profissional, para estimular as estratégias de equilíbrio corporal. Os exercí-cios têm diferentes níveis de dificuldade para estimular a melhora do equilíbrio.

O programa salva todas as informações do paciente relacionadas à avaliação posturográfica e evolução terapêutica, além dos exercícios realizados em cada sessão e jogos de PTG e, com isso, os profissionais podem monitorar a evolução do paciente.

A exibição de avaliação posturográfica é

simplificada e os dados da evolução terapêutica são mostrados através do uso de gráficos eficazes que ficam disponíveis após cada sessão.

Também podem ser comparadas duas avaliações posturográficas diferentes selecionadas pelo fisioterapeuta, por exemplo, a primeira e a última, para comparar os resultados de uma interveção.

Relatórios

Fonte: www.medicaa.com

Simulação de terapia virtual em clinica

[23]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Page 24: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

O banheiro é considerado o cômodo mais perigoso

do domicílio

Fonte: www.casasegura.arq.br

Nova CasaModelo de casa adaptada às necessidades de idosos com pouca mobilidade ou com distúrbios de equilíbrio

Entrada Rampas de acesso a cadeiras de rodas. Portas com 80cm de largura, capachos e tapetes devem estar presos

Mesa de cabeceiraFixa no chão ou na parede, deve ter bordas arredondadas e estar 10 cm mais alta que a cama

EstanteEstar bem fixadaa parede ou ao chão, não use objetos de vidro

Sofás e poltronasAssentos mais rígidos, com dimensõesmáximas de 50x70 cm

MesinhasPara manter e facilitar o acessoao controle remoto

Mesade jantarCom bordas arredondadas e altura média de 75 cm.Remover qualquer tapete que esteja embaixo e cadeiras com braços de apoio

//Na internet:Mais no site:www.casasegura.org.br

Contato Medicaa na América Látina (Uruguai):www.medicaa.comxx 598 (2) 601-3839

é a estimativa de queda em pessoas idosas em países orientais

15%Dra. Marina Fulfaro, terapeuta ocupacional especializada no atendimento a idosos. Fo

to - A

rquiv

o Pes

soal

Doenças degenerativas que podem prejudicaro tratamento

Com o passar do tempo, algumas doenças causam perda gradual de sensibilidade e da habilidade cognitiva do paciente.

Parkinson: Falta de estabilidade postural, pois afeta a coordenação motora e muscular do paciente.

AVC: Afeta a coordenação motora do idoso em maior ou menor grau, de acordo com o tempoda recuperação.

Alzheimer: Perda gradativa da memória e função cognitiva. Dificulta o raciocíniodo idoso e atrapalhana memorização dastarefas rotineiras.

Infografia - Tommy Pissini

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

[24]

Page 25: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

propícios à queda, barras de segu-rança no banheiro, cozinha e em acesso a áreas externas da casa, en-tre outros”, diz a terapeuta ocupa-cional Dra. Carolina Thieppo.

A adaptação do ambiente resi-dencial do paciente deve ser lenta e progressiva, pois algumas pessoas têm dificuldade em assimilar novas formas de fazer as atividades do dia a dia. O ideal é que as alterações se-jam feitas de forma gradual, para o idoso ir se adaptando aos poucos com a nova realidade.

Uma pesquisa realizada em 1999 (*) mostra a importância do terapeuta ocupacional na re-abilitação do idoso. O estudo se-lecionou 503 pessoas divididas igualitariamente em grupos. Dos idosos que receberam a interven-

ção do terapeuta ocupacional, 36% tiveram queda no perí-odo de um ano. Já no grupo em que não houve interven-

ção, a incidência de queda no mesmo período foi de 45 %.

A terapeuta ocupacional Dra. Mariana Fulfaro recomenda que

as primeiras modificações devam ser na altura do vaso sanitário, com a colocação de barras de apoio, pois, assim como as escadas, o ba-nheiro é o responsável pelo maior número de acidentes em idosos. “Algumas atitudes simples que nós recomendamos é a fixação e colocação de fitas antiderrapantes nos tapetes, colocar proteção nas quinas de mesas, tudo para que o paciente tenha o menor risco pos-sível de quedas e ferimentos em sua movimentação na residência”.

É importante também tanto o fisioterapeuta quanto o terapeuta ocupacional entenderem o paciente como um todo. Afinal, ele não é só um paciente com idade avançada que sofreu ou pode sofrer uma que-da. Ele também tem um histórico de outras doenças que podem prejudi-car o seu sistema motor e cognitivo.

PoltronaEntre 45 e 50 cmde altura parafacilitar a colocaçãode sapatos e meias

Banco no BanheiroDimensões de 45 x 70 cm. Altura ideal de 46 cm, com superfície antiderrapante e impermeável

CamaAltura entre 45 e 50 cm, permite apoioao sentar

BoxPorta de material inquebrável ou de cortina de plástico. Conter barras de apoio e piso antiderrapante

Válvula de descargaAltura máxima de 1 metro e com alavancas ou dispositivos automáticos para acionamento

Vaso SanitárioCom barras de apoio a 30 cm do vaso, que deve ter altura entre 48 e 50 cm.

PiaArmários baixos. Deixar os objetos mais usados em fácil acesso. Altura máxima de bancada de 85 cm e com barras de apoio

FogãoControles automáticos de gás

PiaPossuir barras de apoio, torneiras de alavanca ou de sensor e estar fixada a uma altura entre 80 e 85 cm

Chão do banheiroTer no máximo 1,5 cm de desnível do chão do ambiente

dos idosos entendem como qualidade de vida manter a boa saúde

39%da população idosados países ocidentaisjá sofreram quedas

30%das quedas de idosos acontecem dentrode domicílio

70%

* Estudo realizado em 1.999 por Cum-ming RG; Thomas M; Szonyi G; Salkeld G; O’Neill E; Westbury C; Frampton G e publicado na biblioteca virtual em saúde.

//Na internet:Multimídia:www.crefito.com.br/imp/revista/melhoridade.html [25]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Page 26: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

UMA IDEIA NA CABEÇAE UM PRÊMIO NAS MÃOS

Todo fisioterapeuta que atua em musculoesquelética sonha em publicar no Journal of Orthopa-edic and Sports Physical Therapy (Jospt), a mais conceituada revista nessa área do mundo. Uma equipe da Irmandade da Santa Casa de Mi-sericórdia de São Paulo (ISCMSP) foi muito além disso. O artigo Short-Term Effects of Hip Abductors and Lateral Rotators Strengthening in Females with Patellofemoral Pain Syndrome: a Randomized Control-led Clinical Trial, além de ter sido publicado, ganhou o prêmio Jospt Excellence in Research como o me-lhor trabalho de 2010. É o primeiro trabalho da América Latina a rece-ber essa premiação.

Escrito pelo Prof. Dr. Thiago Y. Fukuda, Dr. Flávio Bryk, Dra. Nilza Ap. Almeida Carvalho, Dr. Flávio Rossetto, Dr. Eduardo Magalhães e

esta edição,

a Revista do

Crefito-SP continua

trazendo histórias de

profissionais que se

destacam no mercado de

trabalho: fisioterapeutas

e terapeutas ocupacionais

que trabalham com

paixão, conquistando

cada vez mais o sucesso

n

Dr. Thiago Fukuda discursa durante a entrega do prêmio

Fotos

- Ar

quivo

Pesso

al

ExemplossucessodePor Francine Altheman e Juliana Menezes

Prof. Dr. Paulo Lucareli, o trabalho foi o escolhido entre cerca de 80 pes-quisas realizadas no mundo todo. “Quando saiu o artigo em uma re-vista tão conceituada como a Jospt, eu já fiquei muito feliz. Mas receber o prêmio foi realmente emocionan-te”, conta Dra. Nilza, chefe do Setor de Fisioterapia da Santa Casa.

A cerimônia de premiação aconte-ceu no Combined Sections Meeting (CSM), organizado pela American Physical Therapy Association (Apta) no Hilton Riverside Hotel em New Orleans (EUA), entre os dias 10 e 12 de janeiro. Considerado um dos maiores eventos de fisioterapia do mundo, o CSM contou com a pre-sença de 9 mil fisioterapeutas.

O Crefito-SP parabeniza a equipe pelo feito, que demonstra o vasto ca-minho aberto para os profissionais brasileiros competirem e domina-rem o desenvolvimento científico e clínico da Fisioterapia e Terapia Ocupacional no mundo.

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

[26]

Page 27: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

A PESQUISAO trabalho premiado começou há três anos, com uma ideia simples, sem grandes investimentos e sem técnicas ou equipamentos mira-bolantes. “A gente não usou nada que fuja do conhecimento básico de um fisioterapeuta, aquilo que se aprende na faculdade – técnicas de cinesiologia, biomecânica, cinesio-terapia – e alguns recursos de baixo custo, como tornozeleiras e thera-band”, afirma Dr. Bryk. Foram analisadas 70 mulheres com síndrome da dor femoropatelar, conhecida como dor anterior no joelho. Elas estavam distribuídas em três grupos: o primeiro não re-cebeu nenhum tipo de tratamento, era o grupo de controle; o segundo, recebeu o tratamento tradicional, com ênfase no fortalecimento da musculatura ao redor do joelho; e para o terceiro grupo foram manti-dos os exercícios para o joelho, mas acrescentaram-se exercícios de for-talecimento do quadril. Após a análise estatística, a equipe detectou que ambos os grupos que fizeram a fisioterapia apresenta-

ram melhora significativa. Mas o grupo cujo enfoque foi o quadril, teve um resultado ainda melhor, quando comparado ao grupo que só tratou o joelho. “Chegamos à conclusão que o ponto chave para o tratamento do joelho é o con-trole da pélvis e do quadril”, res-salta Dr. Fukuda, que comandou o estudo e também é professor na Centro Universitário São Camilo. Ele ainda lembra que a literatura já apontava para essa tendência, mas nenhuma equipe havia feito a pesquisa e verificado. “Acredito que o rigor metodológico e cien-tífico, aliado à fácil aplicabilidade do protocolo, fez com que o tra-balho fosse escolhido. Qualquer fisioterapeuta pode aplicar esse trabalho na própria clínica”. Mesmo concorrendo com trabalhos cujo custo operacional ultrapassa-ram os milhões de dólares, a aplica-bilidade clínica, a simplicidade e a criatividade do trabalho, associadas à precisão científica, foram prova-velmente preponderantes para que o prêmio da Jospt em 2010 fosse para fisioterapeutas brasileiros.

Para saber mais: www.apta.org

//Na internet: www.jospt.orgFukuda et al, Short-term effects of hip abductors and lateral rotators strengthening in females with patellofemoral pain syndrome: A randomized clinical trial. J Orthop Sports Phys Ther. 2010; 40(11):736-742

A Jospt é a mais conceituada revista do mundo na área de musculoesquelética. Apenas

20% dos artigos recebidos são publicados. Já é difícil publicar nela. Por isso receber o prêmio

nos deixa muito felizes”

Dr. Thiago Fukuda, responsável pela pesquisa

Fotos

- Ar

quivo

Pesso

al

Dr. Flávio Bryk, Dr. Thiago Fukuda, Dr. Guy Simoneau (editor chefe do Jospt) e Dra. Nilza Carvalho

Exemplossucessode

[27]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Page 28: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

TERAPIA OCUPACIONAL PARA UMA VIDA MELHOR

Dra. Maria Cecília Leite de Moraes é formada em terapia ocupacional há 30 anos, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas. Fez mestrado e doutorado na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), na área de concen-tração materno infantil; lá foi pesqui-sadora no Centro de Crescimento e Desenvolvimento do Ser Humano e também editora assistente em uma publicação do setor.

Atualmente trabalha em um Centro de Atenção Psicossocial, onde atende portadores de doen-ças mentais graves. Atua na área de saúde mental há 7 anos. Também é professora universitária na área de Saúde Pública e Coletiva e coorde-na um curso de pós-graduação.

A terapeuta ocupacional teve a oportunidade de estagiar nos Esta-dos Unidos na área de Neurologia na University Southern California, no Hospital Rancho Los Amigos e no hospital Martin Luther King, onde trabalhou com terapia ocupa-cional pediátrica, experiência que representou uma conquista para a carreira da terapeuta ocupacional.

Dentre os bons momentos de sua

trajetória profissional, ela acha difí-cil destacar um só. No entanto, no começo de sua carreira, houve um caso marcante. Ela cuidou de um jovem que tinha um comportamen-to difícil. Era oriundo de gangues de rua e necessitava de tratamento, pois tinha sequelas neurológicas graves, após ter sido ferido por es-tilete. Mas o paciente se recusava a receber tratamento, sendo muitas vezes hostil com a terapeuta ocu-pacional. A profissional, na época recém-formada, tomou as rédeas da situação. “Coloquei-me profis-sionalmente, sem academicismo, com força e veemência. Lembro-me da força das minhas palavras e do enfraquecimento daquele olhar. No fundo, seu comportamento era fruto de medo, solidão e fragilida-de”, relembra Dra. Maria Cecília.

Ela ainda afirma que escolheu a terapia ocupacional por acreditar que um dos aspectos fundamen-tais da vida humana é a funciona-lidade. Para ela, fazer e viver an-dam lado a lado. Ela dá as dicas para ser bem-sucedido na terapia ocupacional. “É preciso ir além do conhecimento nas patologias e se debruçar na diversidade hu-mana. O segredo é compreender as diferenças”.

Exemplossucessode

A terapeuta ocupacional, Dra.

Maria Cecília Leite de Moraes, trabalha

em um Centro de Atenção Psicossocial

[28]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Page 29: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

Exemplossucessode

FISIOTERAPEUTAE EMPRESÁRIO

Dr. Antônio José Docusse Filho é formado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Presidente Pru-dente (SP) há 22 anos. Sua primeira especialização foi em Medicina do Esporte, na Universidade Gama Fi-lho do Rio de Janeiro. Posteriormen-te descobriu a osteopatia e realizou um curso na Escola de Madri, quan-do se tornou professor. “Quando conheci a osteopatia foi um grande choque para mim. Naquele momen-to percebi que podia compreender as doenças e que tinha ferramentas poderosas nas mãos para auxiliar os pacientes”, comenta o fisioterapeuta.

Atualmente é professor e fundador do Instituto Docusse de Osteopatia e Terapia Manual (Idot), que existe há 11 anos. A instituição é uma escola de Osteopatia com professores brasi-leiros formados dentro de uma filo-sofia própria. “Todos os professores do Idot passaram pela instituição antes de ministrar aulas”, explica.

Foi por acaso que o Dr. Antô-nio descobriu a profissão que iria seguir. “Eu era jogador de futebol e tive que realizar um tratamento fisioterapêutico para recuperação de uma lesão no joelho. Entrei em contato com a fisioterapia, gostei e fui procurar a formação”, diz.

Como todo profissional recém-formado, o fisioterapeuta teve um começo de carreira difícil. “Tinha a impressão de não saber nada e uma capacidade de resolução muito bai-xa. Trabalhava demais nessa época, não ganhava muito e me sentia um pouco frustrado”, desabafa.

Mas Dr. Antônio venceu os obs-táculos e conseguiu conquistar o tão almejado reconhecimento pro-fissional. Segundo ele o segredo do sucesso está em uma boa formação. “Nossa profissão é maravilhosa, po-rém a qualificação não é boa, pois o conhecimento clínico não está dentro das universidades. É preciso estudar, ter boas ferramentas. En-contrar boas referências também é fundamental”, recomenda.

DE PORTAS ABERTAS PARA A FISIOTERAPIA

Dra. Danielle Norberto é forma-da em fisioterapia pela Universi-dade Ribeirão Preto (Unaerp). Fez especialização na USP, na área de Fisioterapia Cardiorrespiratória, junto ao Departamento de Cirurgia Torácica. Também é especialista em Acupuntura Sistêmica e Auricular pelo Instituto Brasileiro de Acu-puntura (Ibram-RP).

A profissional está atualmente em uma área administrativa, mas sem-pre ligada à fisioterapia. Ela traba-lha em uma empresa multinacional voltada ao atendimento home care principalmente atendendo às em-presas de cuidados domiciliares e distúrbio do sono. “A empresa em que trabalho prioriza a formação em fisioterapia”, diz.

Faz parte do seu trabalho diário dar informação e suporte neces-sários sobre os equipamentos de ventilação invasiva e não invasiva

às empresas do setor de cuidados domiciliares, o que inclui convê-nios médicos, além de oferecer treinamentos exclusivos aos profis-sionais da saúde, que fazem parte do quadro de funcionários dessas empresas. Dra. Danielle iniciou na empresa como assistente de vendas em equipamentos de distúrbio do sono, depois foi promovida para gerenciar uma carteira de clientes importantes. “Utilizo o conheci-mento da minha formação acadê-mica agregado à experiência co-mercial adquirida”, explica.

A fisioterapeuta escolheu a pro-fissão porque sempre gostou de lidar com pessoas que necessita-vam de cuidados. “Com a fisiote-rapia você está mais tempo e mais próxima do paciente do que em outras profissões da área de saú-de. Vi na profissão uma forma de aprender muitas coisas sobre saúde e ao mesmo tempo poder praticar o que aprendia”, comenta com entusiasmo.

A fisioterapeuta,Dra. Danielle Norberto, trabalha em uma empresa multinacional voltada ao atendimento home care

O fisioterapeuta, Dr. Antônio José Docusse

Filho, é professor e fundador do Instituto

Docusse de Osteopatia e Terapia Manual (Idot)

[29]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Page 30: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

os últimos meses, o Cre-fito-SP assinou impor-tantes convênios com en-

tidades paulistas com o objetivo de promover ações dirigidas ao apoio e desenvolvimento interin-titucional. A primeira a assinar o protocolo de intenções foi a Cai-xa de Assistência dos Advogados de São Paulo (Caasp). Assinaram também o Sindicato das Empre-sas de Serviços Contábeis de São Paulo (SesCon), a Associação Paulista de Imprensa (API), a Ordem dos Advogados do Bra-sil (OAB), o Sindicato dos Cor-retores de Seguro do Estado de São Paulo (SinCor), o Instituto dos Advogados Previdenciários (IAPE) e o Sindicato dos Delega-dos de Polícia do Estado de São Paulo. Mais recentemente foi as-sinado o protocolo com o Con-selho Regional dos Corretores de Imóveis da 2ª Região (Creci-SP), a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 2ª Região (Amatra-SP) e a Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (Adesg).

npor Francine Altheman

aliançasCrefito-SP assina convênios com importantes entidades paulistasFortes

OAB

CRECI

SINDPESP

ADESG

SESCON

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

[30]

Page 31: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

Na prática, esses convênios vão somar esforços e recursos para a melhoria social e econômica dos seus membros, através do de-senvolvimento de atividades de cunho educativo, cultural, social, entre outras. “Vamos partir de um diagnóstico que permita conhecer quais são as necessidades de cada profissional conveniado e, a par-tir daí, estabelecer programas de orientação postural, de prevenção e de recuperação da saúde”, declara o presidente do Crefito-SP, Prof. Dr. Gil Lúcio Almeida.

A ideia é promover um inter-câmbio profissional, em que fisio-terapeutas e terapeutas ocupacio-nais poderão ampliar sua atuação, atendendo os profissionais dessas entidades e, em contrapartida, re-ceberão seu apoio técnico.

A partir da assinatura desses convênios, fisioterapeutas e tera-peutas ocupacionais já estão sen-do convidados para participar dos eventos dessas entidades, minis-trando palestras, falando sobre as profissões e sua importância para a comunidade e prestando atendi-mentos em forma de avaliação.

CAASP

AMATRA SINCOR

IAPE

API

Fotos

- Cre

fito-

SP /

JBO

asse

ssoria

[31]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Page 32: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

CREFITO-SP MARCA PRESENÇA EM EVENTO DA OABEncontro que reuniu advogados no interior de São Paulo ofereceu atendimentos e palestra sobre fisioterapia

Fotos - Crefito-SP

[32]

Organizado pela OAB de São Paulo, o 6º Encontro Regional de Advogados de São José do Rio Preto e Região, rea-lizado no dia 11 de março, no Ipê Park Hotel, reuniu aproximadamente 400 pessoas. Estavam presentes Dr. De-mosthenes Santana Silva Júnior, de-legado do Crefito-SP, e Dra. Neuseli Lamari, fisioterapeuta que ministrou palestra sobre os benefícios da fisiote-rapia para a saúde e qualidade de vida. O evento contou com a presença de profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional enviados pelo Conselho para esclarecer dúvidas e oferecer ava-liações em diversas áreas, como tera-pia manual, osteopatia, RPG, pilates e terapias convencionais de reabilitação e readaptação.

Durante o encontro os partici-pantes demonstraram interesse em discutir assuntos relaciona-dos às alterações posturais e es-tudos ergonômicos, tendo em vista as queixas diárias de dor relacionadas, na maioria das ve-zes, ao mau uso e adequação do ambiente de trabalho.

Estiveram presentes também o Presidente da OAB-SP, Dr. Luiz Flá-vio Borges D`Urso, e a presidente da Subseção da OAB – São José do Rio Preto, Dra. Suzana Helena Quinta-na. A participação da Fisioterapia no evento faz parte do convênio as-sinado pelo Crefito-SP com a OAB-SP em dezembro, promovendo o in-tercâmbio profissional.

NOTASnotas

//Na internet:Mais no site: www.crefito.com.br

Participantes do evento recebem orientaçãode fisioterapeutas

Dra. Neuseli ministra palestra sobre os benefícios da fisioterapia

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Page 33: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

O II Concresso de Fisioterapia Musculoesqulética, com ênfase em joelho e quadril, e o IV Congresso de Eletrotermofototerapia serão rea-lizados nos dias 10 e 11 de junho, no anfiteatro Dr. José Soares Hungria Filho (DOT), na Santa Casa de Mi-sericórdia de São Paulo. As inscri-ções podem ser feitas por e-mail e as vagas são limitadas. O evento conta com os palestrantes internacionais

RobRoy Martin e Sara S. Piva, am-bos de Pittsburgh, Estados Unidos.

Estarão em pauta temas clínicos como: LCA, LCP e canto posterola-teral, biomecânica do membro infe-rior, análise do movimento, síndro-me da dor femoropatelar, pubalgia, impacto femoroacetabular, artros-copia de quadril e joelho, fraturas de MMII, próteses de joelho, eletro-estimulação e laserterapia.

EVENTO DE FISIOTERAPIA SERÁ REALIZADOEM JUNHO NA SANTA CASACongressos de Fisioterapia Musculoesquelética e Eletrotermofoterapiacontarão com a presença de palestrantes internacionais

Foto - www.sxc.hu

[33]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

//Na internet:Mais no site:www.santacasasp.org.br/congressofisioterapia2011.htm

Informações ÚteisFone: (11) 2176-1585Local: Anfiteatro Dr. José Soares Hungria Filho (DOT)Santa Casa de Misericórdia de São PauloRua Dr. Cesário Motta Júnior, 112- Vila Buarque – SP

Page 34: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

A Fisioterapia e a Terapia Ocu-pacional são profissões reconheci-das no Brasil desde 1969 (Decre-to-Lei nº 938). Para cuidar da sua vida, os fisioterapeutas, por exem-plo, estudam 4 mil horas (Reso-lução CNE/CSE nº 4 de 6 de abril de 2009) dentro de sala de aula e outras tantas fora dela. Eles tam-bém passam por um treinamento rigoroso de 800 horas, atendendo pacientes portadores de várias do-enças e disfunções. Tudo feito sob a supervisão e os olhos atentos de um professor treinado para evitar problemas para sua saúde.

Para garantir uma formação ampla, o Ministério da Educação (MEC) estabeleceu as diretrizes curriculares que devem nortear a formação desses profissionais (Re-solução CNE/CSE nº 04 – fisio-terapia - e 06 – terapia ocupacio-nal – ambas de 19 de fevereiro de 2002). Além desse treinamento, a maioria dos fisioterapeutas e tera-peutas ocupacionais possui cursos de pós-graduação em suas áreas de especialidade. Essa formação sólida é o que tem garantido a qualidade na oferta dos serviços prestados por esses profissionais e a inexistência de danos à vida.

Essa situação, porém, está sendo modificada por ações temerárias de algumas instituições de ensino su-perior, que se esqueceram do bem maior que é a preservação da vida saudável. Elas passaram a oferecer cursos como se estivessem fazendo uma liquidação.

O aluno entra para fazer um curso de curta duração, conhecido como sequencial (por exemplo, Cuidador

de Idoso ou Acupuntura) e depois de mais um ou dois anos de estudo, ele se gradua em fisioterapia ou te-rapia ocupacional. Se não bastasse tudo isso, a instituição também di-vulga que, após a conclusão do cur-so de curta duração, o aluno pode se matricular em um curso de pós-graduação lato sensu. Resumindo: em quatro anos, o aluno sairia com três canudos - um diploma de curso sequencial, um diploma de bacha-relado e um certificado de pós-gra-duação lato sensu.

Infelizmente, o MEC permi-tiu que um portador de diploma de curso sequencial fizesse uma pós-graduação lato sensu (art. 1º, parágrafo 3º, da Resolução CNE/CES nº 01/2007 e art. 2º, parágra-fo único, da Portaria 4.363/2004). Entendemos que essas normativas ferem a LDB (artigo 44 da Lei nº 9.394/96) e levamos o assunto ao conhecimento das autoridades.

Agora esse grave erro poderá ser corrigido. A pedido do Crefito-SP, o Ministério Público Federal (MPF) editou, no dia 17 de fevereiro de 2011, a Portaria nº 62 (publicada no DOU em 22 de março), instau-rando um Inquérito Civil Público visando a eventual promoção de uma Ação Direta de Inconstitucio-nalidade contra o parágrafo 2º do art. 6º da Resolução CNE/CES nº 01/2007. Em outras palavras, existe a possibilidade de cassar na justiça esse regramento. Com isso, as insti-tuições de ensino com pouco apre-ço pela vida do cidadão seriam im-pedidas de afrontar a qualidade do ensino das profissões regulamenta-das, em especial das 14 profissões

da saúde que representam hoje 3,5 milhões de profissionais.

O Crefito-SP vai se reunir com as demais profissões da saúde em São Paulo para debater o assunto e o Coffito irá trabalhar esse movi-mento em todo o Brasil, para que os demais conselhos federais atuem com os seus regionais para impedir de vez as atitudes temerárias dessas instituições de ensino.

Essas instituições, que tratam a formação profissional como uma liquidação de mercadorias, estão confundindo a autonomia univer-sitária garantida por lei, com sobe-rania nacional aplicada apenas ao Brasil enquanto nação.

A atuação no ensino é uma con-cessão do Estado e essas instituições devem obedecer toda a legislação vigente que garante uma formação adequada aos fisioterapeutas e tera-peutas ocupacionais. Para garantir a qualidade dos serviços prestados à população as Resoluções Coffito proíbem aos portadores de certifi-cados de cursos sequenciais (Reso-luções ns. 211 e 212 de 2000) e tec-nológicos (Resoluções ns. 241 e 243 de 2002) o exercício da fisioterapia ou da terapia ocupacional.

O Crefito-SP estará decidindo em sua próxima Reunião Plenária a aprovação de uma campanha para conscientizar a população sobre evitar frequentar esses cursos, no-minando as instituições que estão oferecendo os mesmos.

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

[34]

A VIDA PEDE RESPEITOUMA VITÓRIA DO CREFITO-SP

COMUNICADO OFICIALcomunicado oficial

Page 35: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

Crefito-SPINFORMAÇÕESinformações

//Contato: EmailSeGer [email protected] / [email protected] [email protected] [email protected]

Novo Telefone da Sede (11) 3252-2255Endereço Rua Cincinato Braga, 277Bela Vista - CEP 01333-011São Paulo-SP

SUBSEDESOs profissionais do interior do Estado devem entrar em contato com a subsede mais próxima de sua cidade:

Campinas (19) 3295-9361Marília (14) 3454-4827Presidente Prudente (18) 3916-6919São José do Rio Preto (17) 3212-9381Ribeirão Preto (16) 3635-8307Santos (13) 3225-7670São José dos Campos (12) 3911-9022

Mais moderno Mais funcional Mais bonito

O Crefito-SP à sua disposição em qualquer lugar!Aguarde!

site doVem aí o novo

[35]

rev

ista

do

crefito

-sp

.a

bri

l.2011

Page 36: Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 1

7deabrilComemore esse dia com saúde!

Mundial da Saúde

Dia

www.crefitosp.gov.br