revista corporativa nº 11

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Gerenciamento é essencial para o sucesso de um projeto Sustentabilidade Finanças e investimento É fundamental o acompanhamento para cuidar dos detalhes Empresas fomentam consciência ecológica entre funcionários Bolsa de valores: sem medo de investir ANO III - EDIÇÃO 11 - JULHO | AGOSTO | SETEMBRO 2010

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Revista Corporativa nº 11

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Gerenciamento é essencial para o sucesso

de um projeto

Sustentabilidade

Finanças e investimento

É fundamental o acompanhamentopara cuidar dos detalhes

Empresas fomentam consciênciaecológica entre funcionários

Bolsa de valores: sem medo de investir

ANO III - EDIÇÃO 11 - JULHO | AGOSTO | SETEMBRO 2010

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Prezado Leitor,

Passado o clima de Copa do Mundo e aproveitando o tema, a Revista Corporativa aborda como matéria principal desta edição a atividade de gerenciamento de obras, tendo em vista a necessi-dade urgente do planejamento das obras para o maior torneio de futebol do mundo que ocorrerá aqui em 2014. É fato que o Brasil será beneficiado com os eventos esportivos planejados, Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016), entretanto, corremos um risco enorme de fracasso se não iniciarmos a planejar profissio-nalmente a infraestrutura adequada para tais eventos. Vale dizer que o fracasso mencionado poderá significar o não atendimento às exigências mínimas que os órgãos reguladores destes eventos exigem, ou, simplesmente, um aumento exagerado dos gastos previstos, face a falta de planejamento adequado e profissional e o sempre presente “jeitinho brasileiro”. Guardadas as devidas pro-porções, o tema gerenciamento é afeto a todo e qualquer pessoa que estuda a realização de uma obra ou projeto (imobiliário ou não), sendo que a matéria da história do gerenciamento e do PMI, a demonstração clara de que o planejamento, seja ele em qual área for, é essencial para o sucesso de um projeto. O assunto gerenciamento (planejamento) é extenso e as pessoas que se interessarem por ele poderão verificar através do referido instituto (PMI) que ações práticas e simples são suficientes para a gestão adequada de um projeto. Além do tema principal acima coloca-do a Revista Corporativa destaca as campanhas de doação de sangue que as empresas Venturus e HP realizam no GlobalTech, assim como aborda temas relevantes do nosso dia a dia, rela-cionados a telecomunicações e meio ambiente. Esperamos que gostem desta edição e convocamos a todos a participarem com sugestões de pautas e matérias que podem ser feitas através do e.mail [email protected].

Desejamos a todos uma boa leitura!

Carlos F. Corsini - INI2 Implantações Imobiliárias.

Revista Corporativa é uma publicação da INI2 Implantações Imobiliárias Ltda.

Rua Dr. Sylvio de Moraes Sales, 95 Cambuí, CampinasCEP 13025-160 - Fone: (19) 3251.2388www.ini2.com.br - [email protected]

Conselho Editorial: Augusto Manarini, Beatriz Marra,Carlos F. Corsini, Denis Piassa, Hélio Bazílio eHenrique Cicchetto.

Projeto editorial: newslink comunicação

Jornalista Responsável: Élcio Ramos, Mtb: 27.784.

Reportagens: Carolina Pimentel, Janaína Nascimento, Michele Medola e Raquel Mattos.

Projeto Gráfico: Charles de Souza Leite.Diagramação: Lucas Andrade e Ana Luiza Pelicer

Fotos: Celso de Menezes.

Comercial: Talita Mollar (newslink comunicação).Fone (19) 3579.2233www.newslink.com.br - [email protected]

Editorial

Expediente

Indice

EntrevistaCopa de 2014: cenário otimista

EspecialGerenciamento é essencial na

construção corporativa

Artigo JurídicoA pedra tributária no caminho do desenvolvimento

Responsabilidade SocialEmpresas se unem para ajudar o próximo

TecnologiaConexão com o mundo sem sair da cadeira

FinançasBolsa de valores: sem medo de investir

SustentabilidadeAmbiente profissional verde

Novos NegóciosA importância de saber contratar

numa gestão de obras

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ACopa do Mundo de Fu-tebol da África do Sul já terminou e começa agora a contagem re-

gressiva para o evento que será realizado no Brasil. Temos exatos quatro anos para preparar tudo. Devido à capacidade geradora e multiplicadora de riquezas para o País, além da importância do campeonato, a Ernst Young, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), concluiu e apre-sentou, no mês de junho, o estu-do “Brasil Sustentável: Impactos Socioeconômicos da Copa do Mundo 2014”. De modo geral, as expectativas são otimistas, os investimentos são grandiosos e haverá reflexos e benefícios em

Estudo apresentado pela Ernst Young, em

parceria com a FGV analisou

o impacto da realização da

Copa do Mundo no Brasil. Diversos

setores da economia serão

beneficiados e, se bem trabalhado,

deixará um legado positivo para toda

sociedade

Copa de 2014: cenário otimista

diversos setores da economia do nosso País. Campinas não é uma das cidades-sede, mas fica há 98 quilômetros de São Paulo e poderá receber delegações para algum centro de treinamento, além de inúmeros turistas, que poderão utilizar o Aeroporto Inter-nacional de Viracopos. Portanto, é importante o conteúdo do es-tudo, no sentido de pequenas, médias e grandes empresas es-tarem organizadas para usufruir desses benefícios em favor de seus negócios. A Revista Corpo-rativa falou com José Carlos Pin-to, sócio de consultoria em ris-cos da Ernst & Young e, abaixo, segue um raio-x do estudo. Sua empresa está preparada?

POR RAQUEL MAT TOS

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Entrevista

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De uma forma geral, o estudo lançado “Brasil Sustentável: Impactos Socioeconômicos da Copa do Mundo 2014” tem um resultado positivo, ou seja, o estudo aponta que as cidades serão beneficiadas pelo megaevento? Trata-se de um resultado otimista?

Sim, ele mostra um impacto na produção e PIB de diversos seto-res. A Copa do Mundo de 2014 terá um efeito multiplicador capaz de quintuplicar os investimentos diretos realizados no País para viabilizar o campeonato. As cida-des brasileiras vão ser fortemente beneficiadas pelo evento, que vai gerar R$ 142 bilhões adicionais para a economia brasileira.

O senhor poderia resumir qual foi a metodologia utilizada para a realização de tão detalhado estudo?

Para capturar a totalidade des-ses “efeitos multiplicadores”, este estudo desenvolveu um modelo de Insumo-Produto Estendido, baseado na Matriz Insumo-Pro-duto (MIP) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que representa a economia bra-sileira por meio de 55 atividades econômicas, 110 categorias de produtos e 10 perfis de renda/consumo da população, e permi-te estimar os impactos totais (di-retos, indiretos e induzidos) das atividades relacionadas à Copa sobre a produção nacional, em-prego, renda, consumo e arre-cadação tributária. As previsões utilizadas neste levantamento se pautaram, tanto quanto possível, por experiências comparáveis e pelo planejamento financeiro dos órgãos públicos. Os impactos fo-ram mensurados de acordo com critérios específicos, como a dife-rença entre os dispêndios efetu-ados em cenários com e sem a Copa. Além disso, os custos de todas as operações e aquisições foram considerados estáveis, de forma a permitir a soma entre quantias referentes a transações feitas em qualquer momento até 2014, sem a utilização de taxas de desconto intertemporais. Não foram consideradas eventuais oscilações ou tendências do am-biente macroeconômico.

O estudo conseguiu apontar uma expectativa dos valores de investimentos que serão realizados no País nesses quatro anos de preparação para a Copa de 2014?

Além dos gastos de R$ 22,46 bilhões no Brasil relacionados à Copa para garantir a infraestrutu-ra e a organização, a competição deverá injetar, adicionalmente, R$ 112,79 bilhões na economia brasileira, com a produção em cadeia de efeitos indiretos e indu-zidos. No total, o País movimen-tará R$ 142,39 bilhões adicionais no período 2010-2014, gerando R$ 63,48 bilhões de renda para a população, o que vai impactar, inevitavelmente, o mercado de consumo interno. A arrecadação também será beneficiada, com um adicional de R$ 18,13 bilhões para reforçar os cofres públicos. O impacto direto sobre o PIB no período 2010-2014 é de R$ 64,5 bilhões, valor que corresponde a 2,17% do valor estimado do PIB para 2010, de R$ 2,9 trilhões. Certamente haverá vários desdobramentos, mas há uma expectativa de geração de empregos?

Sim, de 3,63 milhões por ano en-tre 2010 e 2014.

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Há um apontamento dos setores da economia que serão mais beneficiados?

Os setores mais beneficiados pela Copa do Mundo serão os de construção civil, alimentos e bebidas, serviços prestados às empresas, serviços de utilidade pública (eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana) e ser-viços de informação. Em conjun-to, todas essas áreas deverão ter sua produção aumentada em R$ 50,18 bilhões. Os investimentos em mídia e publicidade são da ordem de R$ 6,51 bilhões, feitos principalmente pelo setor privado e concentrados majoritariamen-te em 2014. Com relação aos investimentos necessários em tecnologia da informação, há um dado interessante: em 32 dias, a Copa do Mundo na Alemanha gerou a produção e tráfego de 15 terabytes de dados, o equivalente a 100 milhões de livros. Isso exi-giu a implantação e operação de uma extensa infraestrutura de TI, com a participação de mais de mil profissionais da área. Há estimati-vas que esses números são bem maiores na Copa de 2014, por-tanto, são estimados investimen-tos da ordem de R$ 309 milhões para acomodar o fluxo de dados e capacidade de processamento associados ao evento.

E os aeroportos brasileiros? Esses devem receber também grandes investimentos, certo?

Sim. E o investimento para equa-cionar os principais gargalos es-truturais, como a limitação dos aeroportos, deve favorecer tam-bém o fluxo turístico. A perspec-tiva é de que o número de visi-tantes internacionais para o Brasil pode crescer 79% até a Copa, podendo ter impacto superior nos anos seguintes. O estudo apon-ta que, no período 2010-2014, o número de turistas internacionais deve crescer em 2,98 milhões de pessoas. Ao longo de junho e julho de 2014, a Copa gerará um fluxo adicional de 2,25 milhões de passageiros nos aeroportos. Esse fluxo corresponde a 11,8% da de-manda média mensal do sistema aeroviário em 2009. Para fazer frente a esse aumento de deman-da, serão realizados investimentos de R$ 1,21 bilhão.

Quanto será o investimento estimado em infraestrutura com relação a cada uma das 12 cidades-sede?

Esses investimentos de infraestru-tura estão estimados em R$ 14,54 bilhões, que vão além da cons-trução ou modernização dos es-tádios, com significativa influência sobre os PIBs municipais. Só para revitalizar as áreas turísticas, os en-tornos dos aeroportos e estádios serão necessários R$ 2,84 bilhões em investimentos. Há ainda investi-mentos representativos na base de tecnologia de informação em cada cidade, em mídia e publicidade, segurança pública, na expansão e adequação de complexos ho-teleiros e soluções de mobilidade urbana, entre outros.

Entrevista

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Com relação às pequenas e médias empresas, o estudo aponta números de como o evento irá beneficiá-las?Há algum setor específico que receberá os maiores investimentos?

Todos os setores contam com um amplo número de pequenas e médias empresas que serão puxadas pela economia e impac-tadas por esses investimentos. Além dos impactos diretos e in-diretos por setores econômicos já mencionados, há pelo menos 11 outros setores com um con-tingente expressivo de pequenas, médias e grandes empresas que será diretamente atingido pelo evento da Copa, como por exem-plo, o têxtil, eletrodomésticos, pe-ças para veículos automotores.

O estudo listou alguns passos que podem ser tomados para tornar a Copa do Mundo de 2014 a primeira Copa sustentável da história. Quais são esses passos?

São sete passos que permeiam todas as atividades da Copa, de estádios erguidos com o critério de construção verde ao impacto das viagens de avião no cálculo da pegada de carbono: Conser-vação de energia e mudanças climáticas: como minimizar a pe-gada de carbono; Água: como promover a conservação da água; Gestão interna de resíduos: como reduzir, reutilizar, e reciclar resíduos com apoio dos cata-dores; Transporte, mobilidade e acesso: como alcançar a eficiên-cia energética, com uso de trans-portes acessíveis e universais que minimizem a poluição; Paisagem e biodiversidade; Edifícios verdes e estilos de vida sustentáveis e Construção sustentável.

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Analisar o projeto, es-tudar os custos, con-tratar mão de obra, escolher e trabalhar

o terreno, buscar os materiais, acompanhar cada passo, ti-jolo a tijolo, conversar, discu-tir, mudar de ideia, reestudar. Eis um rápido resumo do que é a construção de um prédio corporativo. Obras desse por-te, médio e grande, exigem

Ao iniciar o projeto da obra, é fundamentalo acompanhamento de uma gerenciadora paracuidar dos detalhes até a entrega do imóvel

Gerenciamento é essencialna construção corporativa

estudo, disciplina e acompa-nhamento em cada fase, em cada item. Numa empreitada dessas, o gerenciamento é o suporte técnico indispensável em todos os procedimentos da obra para garantir segu-rança, orçamento, qualidade e prazos. Plínio Morais, gerente de desenvolvimento e negó-cios e relações institucionais do Instituto Eldorado, conta

POR MICHELE MÉDOL A

que não teve dúvidas quanto à necessidade de contratar uma gerenciadora de obras quan-do decidiram mudar a empre-sa de prédio. “Queríamos um projeto bonito, funcional e que coubesse no orçamento aper-tado e em curto prazo”, define Morais. O espaço, para abrigar todos os funcionários e os la-boratórios de análises e testes do Instituto Eldorado, tornou-

Especial

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Plínio Morais, gerente de desenvolvimento, negócios

e relações institucionais do Instituto Eldorado

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Conheça oProject ManagementInstitute (PMI)

se pequeno com o crescimen-to da empresa. Especializada em tecnologia da informação, precisava de um imóvel maior, com muitas salas e configura-ções planejadas para atender às necessidades peculiares da área de atuação. Tarefa grande e repleta de detalhes.Iniciar uma obra como essa exige mais que recursos finan-ceiros, mas um planejamento minucioso, que vai desde co-nhecer o perfil do cliente e do projeto em si, passa pela contratação de mão de obra e segue até a reta final, com as chaves entregues e o imó-vel pronto para ser ocupado. Posto assim, está claro que cumprir esses objetivos ne-cessita de suporte especiali-zado. “Quando se pensa em um projeto, é preciso definir especificações dentro do or-çamento possível e o que se espera. Nós planejamos por

dois anos e meio antes de iniciar o processo de constru-ção do novo prédio”, diz.Apesar dos avanços tecnoló-gicos, do maquinário moder-no, de software para projetos, estudos detalhados, a cons-trução civil ainda lança mão de técnicas consideradas até rudimentares durante a exe-cução da obra. É a opinião do engenheiro civil Eduardo Souza, do gerenciamento de projetos e obras da INI2 Im-plantações Imobiliárias. “Os materiais e as técnicas utiliza-dos numa construção pouco evoluíram ao longo dos anos. A questão não é apenas em como se constrói, mas como o trabalho é pensado. Contar com uma empresa de geren-ciamento é a forma de evitar armadilhas, custos extras, ter controle do cronograma e transparência nos trâmites da obra”, diz o engenheiro.

O PMI foi fundado em 1969 por cinco pessoas de vanguarda que entendiam o valor do ne-tworking, do compartilhamento das informações dos processos e da discussão dos problemas comuns de projetos. Após a pri-meira reunião oficial, no Georgia Institute of Technology em Atlan-ta, Geórgia, EUA, o grupo consti-tuiu oficialmente a associação na Pensilvânia, EUA. Desde então, o PMI cresceu e se tornou o maior defensor mundial da profissão de gerenciamento de projetos. O PMI conta com mais de 240.000 associados – em mais de 160 pa-íses. Todos os principais setores estão representados, inclusive tecnologia da informação, defesa e aeroespacial, serviços finan-ceiros, telecomunicações, en-genharia e construção, agências governamentais, seguro, saúde e muitos outros. A meta principal do PMI é avançar na prática, na ciência e na profissão de geren-ciamento de projetos em todo o mundo, de uma maneira cons-ciente e pró-ativa, para que as or-ganizações em todos os lugares apóiem, valorizem e utilizem o ge-renciamento de projetos – e então atribuam seus sucessos a ele.

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Eng. Eduardo Souza, gerente de projetos e obras da

INI2 Implantações Imobiliárias

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Pontos importantes

• Cliente deve acompanhar a obra. Embora seja gerenciada, a obra é de quem contrata e todos os itens devem ser discutidos e avaliados.

• Flexibilidade durante o processo. Mesmo com planejamento anterior, toda obra tem imprevistos.

• O ideal é que a gerenciadora entre o mais cedo possível no processo, ou seja, quando a obra ainda está sendo planejada.

• Não existem regras, uma fórmula que funcione a todos, obras corporativas são complexas e, por isso mesmo, necessitam de acompanhamento

• O controle e a gestão sobre a obra são durante todo o processo

Os olhos do dono

Três aspectos fundamen-tais no gerenciamento de obras são destacados pelo engenheiro civil Cristiano Roberto Cantúsio Abrahão, que está à frente de obras como a galeria Tilli Center, em Barão Geraldo, da lan-chonete Mc Donald´s, de Barão Geraldo e da Aveni-da John Boyd Dunlop e do supermercado Pão de Açú-car, também em Barão Ge-raldo: manter o nível exigi-do pelo cliente, administrar os custos e controle fiscal. “A empresa que gerencia a obra deve manter o suporte técnico e cumprir o projeto conforme a concepção”, diz Cristiano. Auxiliar no con-trole financeiro da obra, in-cluindo o processo de con-corrência e contratação de mão de obra é outra frente de trabalho imprescindível na opinião do engenheiro ci-vil. Por fim, cuidar das ques-tões burocráticas de docu-mentação juntos aos órgãos e instituições diversas.O engenheiro considera es-sencial o trabalho da geren-ciadora, do planejamento à entrega do imóvel, mas lem-brando que o dono nunca deve deixar de acompanhar passo a passo do processo.

“É assim que deve ser feito, para evitar falta de comunica-ção. Esta deve ser frequente e aberta, entre gerenciadora e proprietário. O envolvimento deve ser total”, avalia. Com-partilha da mesma opinião o gerente de desenvolvimento Plínio Morais. “O cliente tem de acompanhar a obra em todas as fases. Tudo deve ser transparente para que, se houver necessidade, haja flexibilização”, considera. Ele sabe do que fala, afinal trata-se de uma obra muito peculiar. Além da beleza e do conforto que sempre fizeram parte do projeto do Instituto Eldorado, a funcionalidade vai além do que aparenta à primeira vista. Sim, é um prédio corporativo, mas com salas blindadas, la-boratórios para testes diver-sos, sistemas de comunica-ção de alta performance, que não podem ser perdidos ou vazados de maneira alguma. E, para completar, um toque de informalidade para conver-sas e reuniões nos corredores e salas da empresa e espaço para cursos e treinamentos dos funcionários com pare-des em drywall e divisórias móveis. “Tudo tem que ser pensado e estudado, em pro-jetos detalhados”, diz Morais.

Especial

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Transparência nos procedimentos

Somente quem se embrenha no universo da construção civil aprende o quanto essa área é repleta de armadilhas. É o disseminado ditado “O barato sai caro” e, em se tra-tando de construir prédios corporativos, pode-se dizer que sai muito mais caro. O en-genheiro civil Eduardo Souza, da INI2 Implantações Imobili-árias, diz que não vale a pena tentar quebrar a cabeça e iniciar as obras sem planeja-mento adequado. Isso pode resultar numa dor de cabe-ça sem remédio para sanar.

Por isso, além de firmar uma parceria, o relacionamento profissional que se forma en-tre cliente e gerenciadora de obras deve ser sólido e trans-parente. “A gerenciadora é o braço técnico dentro da obra”, diz. O primeiro passo é saber o que o cliente espera, que tipo de obra pretende e quais serão as finalidades. A seguir, o quanto tudo isso custa e o quanto há para investir. Nes-se momento, é preciso estar aberto a discussões e flexi-bilidade. O projeto inicial tal-vez precise de alterações ou

substituições para que cai-bam no orçamento. Escolher e contratar mão de obra estão num item importantíssimo do planejamento. Abrir concor-rência e executar o processo seletivo entre os profissionais que vão trabalhar podem ser responsabilidade da gerencia-dora e o cliente acompanha, aprovando ou não cada eta-pa. “Pode ter, por exemplo, um concurso de arquitetos organizado pela gerenciado-ra, com banca dos clientes no momento de avaliar os candi-datos”, afirma Eduardo Souza.

Tilli Center

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Depois de conhecer profun-damente quais as necessi-dades em relação ao projeto que se inicia é o ponto prin-cipal. A partir daí é que cada item passa a ganhar forma. Procurar e trabalhar o terreno em que se vai construir. Plí-nio Morais tem conhecimen-to de causa. Para construir o Instituto Eldorado, ele bem lembra: “O terreno era ingra-to, todo desnivelado. De um lado, 10 metros de terra acima e do outro, 15 metros faltan-do. Decidimos que não querí-amos importar nem exportar terra, iríamos resolver tudo ali mesmo”, conta. E esse foi o caminho, totalmente geren-ciado. Foi feita terraplanagem do solo, que era considerado “podre”. Quando o gerente de desenvolvimento olhava para tudo aquilo, custava a acreditar que no final o resul-tado seria totalmente satis-fatório. Quem vê o prédio da instituição hoje, não imagina o quão trabalhoso foi essa reforma do local onde viria a ser um empreendimento de primeira linha. Outro detalhe exemplificado por ele foi re-lativo à fundação. Optaram, por questões de segurança, em não utilizar estacas pré-moldadas, mas um sistema diferenciado, em que hélices

Passo a passo

abrem espaço e o concreto é moldado depois. “Respei-tamos o conhecimento téc-nico, mas participamos de todos os detalhes”, diz.Cada detalhe da obra é tão impor-tante que Morais cita a obra como um trabalho visível e duradouro. “Daqui a 30 ou 40 anos, a construção ainda está lá, viva. Mas, temos que lembrar que para ser assim, todas as etapas precisam acontecer na hora certa. O concreto tem tempo de cura. Tem de ser rápido, nada pode falhar, tem de ser no ponto certo, nas condições plane-jadas”, afirma. Por isso, ele completa, é preciso ter um observador acompanhando tudo, o tempo todo.Antes da construção do pré-dio do Eldorado, Plínio ob-servou que grande parte das obras corporativas tendia a seguir um padrão estético e funcional. Embora o proje-to do Instituto também esti-vesse incluído nessa ideia, a busca era por um diferencial. “A arquitetura corporativa ge-ralmente usa galpões. Mas conseguimos um desenho detalhado, que descaracte-rizou esse padrão, embora tenhamos galpões. E ganha-mos com isso”, conta. Hoje, além de espaço para todas

as necessidades de trabalho, como salas para reuniões, salas para aulas, salas para desenvolvimento, laborató-rios, biblioteca, refeitório, o prédio vai além. Há plantas no interior, passagem, corre-dores que servem para reu-niões informais, discussões, cafezinho, espaços externos onde os funcionários da em-presa podem se reunir com os colegas e atender clien-tes. “Toda arquitetura do prédio converge no hall, que é bem amplo, com plantas e luminosidade natural. O pes-soal aqui é informal e por isso quisemos um projeto arquite-tônico que os espaços inter-nos da empresa não sejam somente de passagem, mas locais onde possam convi-ver, bater papo, tomar café, discutir ideias” diz Plínio Mo-rais. Embora a gerenciadora acompanhe todo o processo de uma obra, até o dia em que o imóvel está pronto e com todo aparato para fun-cionar plenamente, existe a opção de contrato para ape-nas uma das etapas. “Às ve-zes o cliente já tem seu arqui-teto, mas quer uma avaliação de orçamento. Então, existe a opção de gerenciamento parcelado”, explica o enge-nheiro civil Eduardo Souza.

Especial

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O que é feito pela obra

• Controle de cronograma

• Controle de custos e avaliação de orçamento

• Negociar contratações e realizar todo o processo de seleção

• Propor soluções aos profissionais também contratados para a obra, como arquitetos

• Sugerir assistência técnica

• Processo de cotação dos serviços da obra

• Analisar qualitativamente o portfólio dos profissionais a serem contratados

• Avaliar e providenciar documentos e certidões relacionados ao imóvel em construção

• Prever serviços indispensáveis à obra

• Analisar riscos de atrasos no cronograma

• Melhorar ou alterar o projeto em benefício da obra

• Acompanhar a obra em si (medições, qualidade de material, entre outros)

Page 14: Revista Corporativa nº 11

Após passarmos pelo penoso desafio do reconhecimento in-ternacional como

nação política e economica-mente estável com poten-cial de desenvolvimento, é chegada a hora de firmar-mos as bases para um só-lido ciclo de prosperidade. Entretanto ainda carecemos de reformas estruturais que permitam nos desenvolver-mos de forma sustentável para que não sejamos mais uma vez um “quase país do futuro” como se deu em ou-tras ocasiões de nossa his-tória. Para tanto precisamos remover obstáculos postos no caminho do desenvolvi-mento tal qual a pedra tri-butária que traz em seu bojo uma carga fiscal desmedida, o alto custo burocrático e a insegurança jurídica latente. Esta tarefa hercúlea não é tarefa para um homem só, sendo uma empreitada para toda a sociedade que a deve encarar como um fator críti-co para o sucesso do país e cada segmento deve assumir o seu quinhão de responsa-bilidade. E nem adianta re-corremos às “reformas tribu-tárias”, pois estas propostas não tem sido mais que car-tas de boas intenções es-condendo uma briga feroz pela repartição de receitas públicas entre os entes tri-butantes. Assim, a questão

A pedra tributária no caminho do desenvolvimentoda carga tributária deve ser debatida entre os contribuin-tes e o poder executivo com franqueza a fim de definir o seu patamar justo bem como a retribuição mínima à socie-dade em serviços e infraes-trutura e ainda o nível aceitá-vel em termos de eficiência no uso destes recursos. Já o poder legislativo precisa atu-ar para consolidar as normas em uso e eliminar o cipoal de leis fiscais tornando o siste-ma tributário mais racional e simples, reduzindo o vultoso custo burocrático que onera tanto ao setor privado quan-to o público. Por fim temos a insegurança jurídica que traz nuvens às questões tribu-tárias examinadas no poder judiciário, pois tem sido co-mum que os tribunais supe-riores contrariem o consen-so geral formado em suas próprias fileiras alterando radicalmente entendimentos sobre a validade de tributos. Estas oscilações, muitas ve-zes imprevisíveis e pendendo aos interesses governamen-tais, causam profundos es-

tragos nas finanças do setor privado ao ponto de rever-terem balanços e transfor-marem empresas lucrativas em deficitárias da noite para o dia, gerando um estado de insegurança jurídica sem paralelos em outro lugar do mundo. É imperativo que haja segurança jurídica na área tributária, via estabilidade e previsibilidade das decisões que põem fim às pendengas judiciais, para que o setor privado não viva infelizes so-bressaltos e possa apurar os lucros e planejar com relativa tranquilidade. Sem eficiência, racionalidade e estabilidade tributária podemos colaborar para seremos novamente um “quase país do futuro” des-perdiçando mais uma chan-ce de ouro que a história nos oferece por conta de percal-ços que não soubemos su-perar como uma verdadeira nação desenvolvida.

Paulo Henrique de Almeida Carnaúba:

Advogado – Tributário, Lemos e Associados

Advocacia

Artigo Jurídico

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Ajudar o próximo é um ato de amor. Unir forças para sal-var vidas foi a forma

que o Venturus, em parce-ria com a HP Brasil e a INI2 Implantações Imobiliárias, encontrou para realizar com sucesso uma campanha de doação de sangue no mês de abril. Com lema “Sangue Bão” funcionários das em-presas deram uma pausa no trabalho e exerceram a cida-dania, em um espaço prepa-rado dentro do condomínio empresarial Globaltech, do-ando sangue para o Centro de Hematologia e Hemotera-pia, Hemocentro da Unicamp.De acordo com a Analista de RH e integrante do Comitê de Responsabilidade Social do Venturus, Mirian Albu-querque, esta foi a 8ª cam-panha de doação de sangue realizada pela empresa com a participação dos funcio-nários e a primeira em par-

Campanha de doação de sangue realizada na Globaltech Campinas

pelo Venturus - Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e

Inovação Tecnológica - teve a participação

da HP Brasil e da INI2 Implantações

Imobiliárias, que também abraçaram a causa

POR CAROL INA P IMENTEL

Maurício Xavier Faria, do VenturusMirian Albuquerque (Venturus), Monica Meirelles (Hemocentro), Keli Sobreira (HP Brasil)

Romeu de Almeida Machado, do Venturus

Responsabilidade Social

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ceria com a HP e INI2. “O marco dessa campanha é o laço que o Venturus criou com outras empresas que abraçaram essa causa. Re-forçamos muito o valor da doação e o despertar para a cidadania. ”, explica.A administração do condo-mínio Globaltech, que é feita pela INI2 Implantações Imo-biliárias, cedeu um espaço e realizaram algumas mudanças na estrutura para que a ação pudesse acontecer. “A empre-sa que abre suas portas para o Hemocentro ajuda a divulgar a doação de sangue. A ida da nossa equipe até o local faz com que haja um aumento significativo no número de do-adores. Os funcionários ficam mais sensibilizados e ainda po-dem tirar muitas duvidas sobre doar sangue”, explica Mônica Meirelles, Assistente Social da Captação de doadores do He-mocentro da Unicamp.Para a PSG Suplly Chain da HP Brasil, Keli Cristina Sobreira, a instalação da equipe do Hemocentro ga-rantiu o sucesso da cam-panha. “Temos um departa-mento chamado HP cidadã, que conta com a participa-ção dos funcionários. Como já temos uma campanha in-terna de doação de sangue, em que deslocamos as pes-

soas até o local da doação, aproveitamos a oportunidade de ter o Venturus organizan-do a campanha e trazendo o Hemocentro para dentro do condomínio, acabamos aju-dando com o engajamento da equipe da HP”, afirma.Na coleta de sangue é reti-rado aproximadamente 450 ml de sangue. Esse volume não causa prejuízo nenhum à saúde do doador, ele é re-posto rapidamente com in-gestão de líquidos e o ferro é reposto através da alimen-tação. “Poder ajudar quem precisa é sempre muito bom, ainda mais sem muito esfor-ço já que a doação foi feita aqui dentro do condomínio. Não senti nada e já estou voltando ao trabalho”, afirma o funcionário da HP Brasil, Valdemiro Santana.A doação de sangue é um gesto insubstituível que re-presenta esperança de vida para muita gente sem contar que é um ato de cidadania. A próxima campanha acon-tece no dia 28 de setembro.

Faça com que sua empresa também abrace essa cau-sa. Para participar da próxi-ma campanha do Venturus entre em contato com a Mi-rian Albuquerque no telefo-ne (19) 3755-8515.

“Essa é a terceira vez que partici-po da campanha. Tive um caso na família que precisou de transfusão e a necessidade de alguém tão próximo me fez doar sangue com regularidade. A iniciativa de doar sangue sem sair da empresa é uma excelente ideia” Claudio Tezzin Je-remias, do Venturus.

“A HP já tem vários incentivos para a responsabilidade social. É muito boa essa união de empresas para fazer o bem. Fazer a captação do sangue na própria empresa é muito interessante e bem melhor do que ir até o Hemocentro. Doar sangue não pode ser um mito” Adoniran Vieira, da HP Brasil.

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Realizar reuniões com pes-soas que estão distantes como se elas estivessem realmente presentes no

local, essa tecnologia é a telepre-sença, que combina áudio e vídeo através de uma rede de protocolo de internet (IP), proporciona uma experiência realista ao reproduzir em tamanho real a imagem de pes-soas que estão distantes, mas par-ticipando de forma virtual de uma reunião. Além da maior sensação de realidade, neste caso, as pes-soas podem, por exemplo, parar ou caminhar ao redor da sala e, ainda assim, apesar da distância física,

A telepresença contribui para

aumentar a produtividade dos funcionários, pois permite reuniões

com pessoas distantes e colabora

com o meio ambiente reduzindo

a emissão de carbono

Conexão com o mundo sem sair da cadeira

interagir de forma dinâmica com os demais participantes. De acordo com um novo estudo da empre-sa Verdantix, envolvendo grandes empresas dos Estados Unidos e Reino Unido, esse recurso pode gerar uma economia de quase US$ 19 bilhões até 2020 e redu-zir as emissões de gás carbônico em até 5, 5 milhões de toneladas. Essa tecnologia está sendo cada vez mais adotada por empresas dos mais diversos portes, uma de-las foi a NetGlobe em parceria com a Polycom, empresa americana lí-der no segmento dessa tecnologia, que inaugurou um ambiente com-pleto, o primeiro em Campinas, situ-ado no Galeria Office Park, com as soluções de Telepresença, Telefo-nia IP, Concentrador Multiponto IP/ISDN, Estúdio IP em Alta Definição, Sistemas de Gravação, Portal Mul-timídia e NOC com a mais alta tec-nologia de serviços. “As soluções de telepresença estão no mercado há mais de uma década, mas está recebendo mais atenção agora do que antes. Isso acontece em razão da melhora da qualidade obtida com a chegada da tecnologia de alta definição para a videoconfe-rência e a entrada no mercado de

POR JANA ÍNA NASCIMENTO

Tecnologia

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grandes empresas que oferecem soluções de telepresença”, afi rma Renato Batista, diretor executivo de vendas da NetGlobe. Um espaço com esses recursos pode chegar a R$ 250 mil reais. “A sala poderá ser alugada por empresas para a rea-lização de conferência visual com alta defi nição em voz, vídeo e apre-sentação ou servir como um show room de demonstrações para os empresários que interessarem em adquirir a solução”, diz Renato. Um sistema de telepresença pode co-nectar até quatro salas simultanea-mente, intercalando as imagens de cada sala. “Quando a pessoa sen-tar na poltrona e a câmera fechar nele, terá a nítida sensação que ele está do outro lado da mesa, e sua voz é direcionada, deixando a interação mais realista”, explica o di-

A telepresença é uma evolução da vídeo conferência que permi-te substituir as viagens a negó-cios dos executivos por reuniões on-line, essa tecnologia faz com que as empresas criem um elo de

responsabilidade ambiental. Fazer uma reunião onde não há a neces-sidade de deslocar 10 pessoas de Campinas para uma sala em São Paulo, sem precisar utilizar carro ou avião é um grande ganho para a natureza, pois reduz a emissão de CO2. “Leroy Merlin e Natura, tem essa preocupação e está utilizan-do a tecnologia com esse apelo”, diz Renato. Segundo projeções da empresa Verdantix, as reduções de emissões de gases de efeito estufa por empresas dos EUA com receita anual superior a US$ 1 bilhão de-vem totalizar aproximadamente 4,6 milhões de toneladas até 2020. As mesmas estimativas feitas para grandes empresas do Reino Unido mostram que as reduções de CO2� até 2020 totalizariam cerca de 940 mil toneladas.

Sustentabilidade

retor. O sistema funciona em uma sala na qual é instalado um ramal. Quando é completada uma ligação para esse aparelho de telefone, ele é identifi cado de maneira automáti-ca e a transmissão começa. A sala também é equipada com câmeras de alta defi nição, que funcionam sem interferência do usuário. Se-gundo Renato a telepresença ajuda empresas a melhorar a condução de seus negócios e, ao mesmo tempo, torna possível a redução das emissões de carbono.

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Quando o assunto é investir em ações, uma série de mi-tos ronda o assun-

to. Um deles é acreditar que iniciantes na bolsa de valores necessitem de alto capital. Além desse, é deixar de lado a ideia de investimento quan-do o panorama econômico sinaliza crise. De acordo com o empresário Rafael Noguei-ra Pinto, da Manhattan In-vestimentos, empresa espe-cializada no ramo, a partir de R$ 27,00 é possível entrar no mercado de ações. É um in-vestimento como tantos que existem. Há quem aposte as fichas em poupança, fundos, imóveis, previdências, entre outros que existem nas insti-tuições financeiras, conside-rados mais conservadores, sem riscos de perdas, mas com baixo ganho. Quando se trata de bolsa, o medo de perder dinheiro costuma acometer. Ainda mais quan-do se ouve falar ininterrup-tamente em quedas de bol-sa, baixa de ações desta ou aquela empresa e crise finan-ceira. Por receio, evita-se até mesmo o envolvimento neste mercado específico.Apesar do ritmo frenético que o mercado de ações

Aplicar no mercado de

ações é fácil e rentável,

bastam alguns trocados e boa

orientação

Bolsa de valores: sem medo de investir

costuma aparentar, investir na bolsa não é nenhum bicho de sete cabeças. Segundo Rafael, o primeiro passo para quem pensa em investir, mas pouco entende do riscado, é procurar uma assistência es-pecializada. Dessa forma, o mercado de ações pode ser muito produtivo, rendendo bem mais do que qualquer outro tipo de investimento.

Rafael explica que, por lei, os investimentos em ações devem ter intermediadores financeiros, como banco ou corretora. A diferença entre essas instituições é que a corretora é especialista no ramo e no banco é apenas um dos serviços prestados. “A corretora de valores se aproxima do cliente, orienta de maneira personalizada, sugere opções de investi-mentos, avalia o mercado e a situação do cliente”, expli-ca o empresário.“O brasileiro ainda precisa ampliar a edu-cação financeira”, comenta.Posto dessa forma, parece relativamente simples investir em ações. E é mesmo. É cla-ro que, como qualquer tipo de aplicação, existem regras e orientações que visam ga-rantir resultados satisfatórios

no mercado financeiro. A

POR MICHELE MÉDOL A

Finanças

20 | Corporativa

Page 21: Revista Corporativa nº 11

principal é ter consciência de que, geralmente, aplicar na

bolsa é investimento a médio e longo prazo, entre cinco e 10 anos. No entanto, existem tipos de operações especí-ficas que podem ser de um dia ou até uma semana.

E a crise? É o período ideal para investir?

Quando se fala em mer-cado de ações surge logo uma pergunta: “E a crise?”. Sim, a crise existe, de tem-pos em tempos, mas não é preciso se desesperar. Ra-fael explica que realmente é complicado saber a situa-ção do mercado no próximo momento. As notícias vão e vêm e mudam a situação da bolsa rapidamente. A ques-tão primordial é estar pre-parado para agir nesse mo-mento. Quem tem ações, não deve vender quando o mercado entra em baixa. Basta aguardar, não mexer no investimento. “Quando as ações baixam, há quem fique com medo e queira vender tudo, mas esse é o momento de esperar”, diz.Aliás, é o contrário. Quando há crise, as ações entram em liquidação e, aí sim, é bom comprar. Sempre levando em conta o segmento e as empre-sas na quais está investindo, analisando a chamada rela-ção preço-custo, o equivalente a custo-benefício, com base em cálculos específicos.“Crise é a melhor época para inves-

tir”, afirma Rafael. As ações baixam de valor, é o momen-to para comprar. Em pouco tempo voltam a valer mais e, não raramente, muito mais. “Só perde dinheiro na bolsa se vender por menos do que comprou”, avisa o empresário.Para pessoas jurídicas ou físicas, os procedimentos são os mesmos. No entan-to, empresas podem aplicar em outros segmentos e, des-sa forma, diversificar o ramo em que atua, como um novo negócio. Qualquer que seja o caso, quem for investir deve ter orientação básica inicial. “Sem orientação, muitos se perdem e tomam decisões que não são as mais ade-quadas”, avisa o empresário.

Investimento na bolsa de valores

• No EUA, 50% da população investem na bolsa de Valores

• No Brasil apenas 0,28% da população investem na Bolsa de Valores

• O objetivo é que até 2014 o Brasil tenha 5 milhões de novos investidores

• Nos EUA, é costume a criança ganhar ações quando nasce

• De 1968 a 2004, o investimento em poupança rendeu três vezes mais que o capital investido, em imóveis rendeu oito vezes mais e na bolsa, 23 vezes mais

Rafael Nogueira Pinto: “A crise é o momento ideal para investir, mas é preciso ter noção do segmento que vai aplicar”

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A preocupação com o meio ambiente entrou definitivamente na agen-da dos negócios. Está

cada vez mais claro que as empre-sas que não forem ecoeficientes terão mais dificuldades em compe-tir quando os recursos se tornarem escassos e a poluição se trans-formar num verdadeiro fator de custos. Diante disso é importante que políticas relacionadas a recur-sos energéticos, meio ambiente e responsabilidade social, entre outros temas, sejam mais discu-tidas no âmbito das companhias e que transformem em projetos para conscientização ambiental. Algumas empresas já começaram agir para evitar uma crise indese-jável. Na Rigesa – Soluções em Embalagem, que tem fábricas em todo o Brasil a coordenadora de Comunicação, Ana Flávia Vallim, acredita que os projetos promo-vem a conscientização geral sobre as principais questões ambientais, levando conhecimento e recursos a centenas de pessoas. “A Rige-sa promove diversas ações, entre elas, o Seminário Rigesa de Edu-cação Ambiental, que esse ano completa 10 anos e ocorre anual-mente durante o mês de junho em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente”, completa Ana. O seminário é destinado aos pro-fessores de 5º e 6º anos de es-colas municipais, estaduais e par-

Empresas fomentam

consciência ecológica entre

funcionários

Ambiente profissional verde

ticulares. “Acontece em todas as fábricas uma abertura com um discurso padrão para todos os fun-cionários onde contamos quel será o tema da atividade do seminário que vai ser desenvolvido com os professores, que são replicadores das informações para os alunos. Essa ação atende as escolas que estão próximas das fábricas onde o filho do funcionário estuda e de-pois reforça com os pais”, explica Ana. “A Rigesa acredita, que plan-tando a idéia de conscientização ambiental nas crianças, a natureza poderá ser preservada para as ge-rações futuras”, opina Ana. Rigesa CampinasNa unidade de Campinas, a ação é focada na coleta seletiva de lixo, in-clusive todo o material de outras em-presas instaladas no prédio. “Esse material é destinado à favela Mos-cou, que fica próxima ao Carrefour D. Pedro, neste lugar é desenvolvido o Projeto Gaia”, afirma Ana.

DHLOutra empresa que busca incorporar critérios ambientais entre colaboradores e parceiros é a DHL Supply Chain, com 46 unidades em diversas regiões do Brasil. “As ações sociais e ambientais fazem parte do dia a dia da empresa sempre preocu-pados em realizar seus projetos de forma cada vez mais susten-

POR JANA ÍNA NASCIMENTO

Sustentabilidade

22 | Corporativa

Page 23: Revista Corporativa nº 11

tável e com o menor impacto ambiental”, afirma Marcial José de Souza, gerente de SHE, Segu-rança, Saúde e Meio Ambiente.Uma das ações que acontece em todo Brasil é o gerenciamento de resíduos. “Esse programa destina resíduos recicláveis aos locais pré-determinados e que darão conti-nuidade do processo, existe tam-bém o tratamento para os resíduos perigosos como óleo e lâmpadas. É um programa muito forte, que funciona já há algum tempo, aten-dendo a legislação e contribuindo para fazer a maior reciclagem pos-sível dos resíduos”, afirma Marcial. Outra iniciativa é o sistema de reu-so de água, onde por meio de es-tações de tratamento permite que a água seja utilizada em diversas operações como a irrigação.A Semana do Meio ambiente, tam-bém é outra ação, que ocorre uma vez por ano na data de comemora-ção do meio ambiente. São aplica-

das palestras sobre o tema para os colaboradores. “Nesse evento distri-buímos mudas de árvore para incen-tivar o plantio e conservação”, diz.

DHL CampinasDentro da empresa em Campinas, em uma ação específica existe a iniciativa da coleta seletiva que foi implantada há três meses. “No início teve um treinamento para to-dos, orientando como fazer essa separação e ainda um desenvol-vimento com o condomínio para entender como seria feita separa-ção e a destinação dos resíduos”, explica Marcial. Reutilização de papeis, diminuição na utilização de papel, incentivo ao uso de arquivos eletrônicos, reuso do papel, separação de documen-tos não confidencias que po-dem virar blocos de rascunhos ou reimpressão todas são pe-quenas ações de colaborado-res que fazem a diferença.

Projeto Gaia

A Cooperativa de Reciclagem Aliança é hoje responsável pelo encaminhamento de toneladas de resíduos de plásticos, me-tais, papel, vidro e óleo vege-tal usado para uma destinação correta e eficiente. Além disso, é geradora de trabalho e renda para 28 cooperados, que tiram seu sustento integralmente das

atividades desenvolvidas de coleta, triagem e venda de seus materiais reciclados. A coope-rativa, coordenada por Ander-son Macedo, tem um caminhão que faz a coleta própria em condomínios e empresas, e por isso não depende da prefeitura. A coleta no complexo Galleria, administrada pela INI2 Implan-tações Imobiliárias, acontece às terças e quintas no início da

manhã. Neste ano completará 11 anos de história, conquista-das com muita luta.

Venha participar deste projeto como cooperado ou voluntário Endereço:Rua São Simão, 535, Bairro Matão, Condomínio Coronel - divisa Campinas / Sumaré. Telefone: (19)3864.3795

A sua empresa é ecologicamente correta? Escreva para nós pelo e-mail [email protected] participe das matérias.

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Page 24: Revista Corporativa nº 11

A Gestão de Contrata-ções trata-se de uma sub-etapa da fase de planejamento, extrema-

mente fundamental para o bom desenvolvimento de uma obra e tem como objetivo trazer Segu-rança, Economia, Tranquilidade e Qualidade. O trabalho se inicia com a análise minuciosa do ma-terial técnico disponível e envol-ve projetos, memoriais e as reais condições do cliente dando base para um adequado planejamen-to dos pacotes de contratações e modelos de contratos. A partir disso, são selecionadas as em-presas para a participação nas concorrências e cotações para a execução das obras, sempre com o aval do contratante do serviço. O serviço de Gestão de Contratações cresce no mercado da construção civil a percentuais antes nunca medidos. Para a INI2, essa Gestão vai além: a empre-sa fica responsável por todos os detalhes técnicos e jurídicos ne-cessários para uma boa contrata-ção de obras e o cliente partici-pa dos pontos mais relevantes e das negociações comerciais. Isso significa otimização de tempo, economias extras e aumento da qualidade e segurança de todas as etapas do processo. A contra-tação dos serviços das empresas é feito através de cartas-convite e os cadernos de encargos, com todas as condições de contratação (es-

A importância de saber contratar numa

gestão de obras

Novos Negócios

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copo, forma de pagamento, prazo de obra, minuta contratual, projetos, dentre outros detalhes), dando iní-cio a um rigoroso processo de in-teração técnica, comercial e jurídica para se chegar às equalizações das propostas apresentadas pelos for-necedores. Já a negociação final e contratação das empresas que vão executar as obras é feita com bases técnicas sólidas e com a participa-ção do cliente, dando total transpa-rência ao procedimento. Em geral, os orçamentos de obra são com-plexos por envolverem centenas de itens e composições de custos. A descrição dos itens, a quantifica-ção e a precificação de produtos e serviços para a execução de uma obra variam de concorrente

para concorrente. A INI2 possui profissionais especialistas que vi-vem neste meio em período integral e sabem interpretar adequadamen-te as propostas e podem encontrar falhas, oportunidades de reduções e garantir a consistência do proces-so de análise. Ainda possui méto-dos de contratação e modelos de contratos que incorporam a expe-riência de quem vive diariamente o setor da construção civil, o que resulta em margens de erro muito menores. Portanto, a Gestão de Contratações atua diretamente na falta de planejamento, no pouco envolvimento dos clientes na fase dos projetos ou lacunas de enten-dimento real dos clientes sobre as definições técnicas do projeto,

Augusto Manarini é Diretor da INI2 Implantações Imobiliárias

nas contratações inadequadas ou escolha de fornecedores inade-quados para o tipo de obra, nos custos extras durante a obra devi-do a má especificação ou enqua-dramento no momento da contra-tação; nas mudanças de escopo durante a obra; no despreparo profissional e de mão de obra; na cultura do imediatismo; no siste-ma artesanal de construção; no alto índice de terceirização; na falta de repetição, pois cada obra é um universo completamente novo e, enfim, nos problemas de comunicação entre os fornece-dores que falam uma língua e os clientes que nem sempre con-seguem traduzir o seu ideal num projeto de construção civil.

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