revista bens & serviços

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& 118 Fevereiro Revista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul BENS SERVIÇOS GIRO PELO ESTADO Fronteira desafia o comércio do interior EQUIPES Reunião em excesso, ou sem critério, mais atrapalha do que ajuda CONTABILIDADE Entrevista SECRETÁRIO DA FAZENDA DE PORTO ALEGRE, JORGE TONETTO, FALA SOBRE A REVERSÃO DO DÉFICIT NO ORÇAMENTO RH VAI FICAR MAIS DINÂMICO COM A CHEGADA DO ESOCIAL DOSSIÊ Jeans está há mais de um século ditando estilos e tendências

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Edição 118

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Revista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul

BENS SERVIÇOS

giro pElo EStado

Fronteira desafia o comércio do interior

EquipES Reunião em excesso, ou sem critério,

mais atrapalha do que ajuda

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Entrevista secRetáRio da Fazenda de poRto alegRe, joRge tonetto, Fala sobRe a ReveRsão do déficit no oRçamento

rh vai ficar mais dinâmico com a chegada do esocial

doSSiê Jeans está há mais de um século ditando estilos e tendências

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luiz carlos bohnPresidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac

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Há ceRcA de doiS AnoS, A clASSe empresarial tem observado com apreensão as mudanças previstas com a implantação do eSocial. O projeto é, de fato, grandioso, já que concentra em um mesmo ambiente diversos órgãos, além de reunir todas as informações relativas aos recursos humanos, e até para além deles. Não surpreende que a novidade seja recebida com espanto.

Porém, o projeto também é visto com descrença. Tantas foram as idas e vindas, vários foram os cronogramas anunciados, que, naturalmente, a preocupação vai cedendo, deixando a sensação de que tudo permanecerá como é hoje. Do ponto de vista legal, realmente, nada mudará. Continuam valendo as mesmas obrigações trabalhistas, com as mesmas sanções em caso de descumprimento.

Porém, a sistemática será totalmente nova. Mudar processos não deveria ser algo tão assustador para empresários, grupo que sem-pre precisa estar preparado para mudanças, sejam econômicas, nos hábitos de consumo, legislativas e, obviamente, de processos.

O eSocial vai exigir um RH dinâmico, capaz de gerar e enviar informações em tempo real. E não é exatamente essa a característica do nosso tempo? Como vantagem, aquela pressão no fim do mês e no fim do ano está com os dias contados. Se informação gerada é informação enviada, compilar dados virou coisa do passado. O retrabalho de ter que enviar documentos semelhantes a órgãos distintos também não existirá mais.

Passada a adaptação, tudo fluirá com mais celeridade. Temos um ano mais para nos prepararmos – caso o cronograma não mude novamente –, mas quanto mais demorarmos para rever nossas práticas, mais prejudicados nos sentiremos. Sabemos que, na prática, as mudanças são implantadas e, inicialmente, geram transtorno. Falhas podem e provavelmente vão acontecer até que todas as arestas sejam ajustadas. De qualquer maneira, eficiência nunca é demais, e é isso que o eSocial exigirá das empresas. Ótima oportunidade para começar a rever, desde já, processos que possam ser aprimorados.

Novos processos, Nova meNtalidade

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especial / contabilidade

revista bens & serviços / 118 / fevereiro 2015

sum

ário

26

é hora de a preocupação

com a implantação do

esocial dar espaço à

iniciativa. em um ano o

novo ambiente para repasse

de informações trabalhistas

ao governo deve estar em

vigor, mas é importante se

preparar desde já

44

nicho

36

tendênciasalimentação

nrf 2015 apresenta novidades

que farão a diferença em

negócios de diversos ramos

neste e no próximo ano

24

manipulação de alimentos

requer práticas e cuidados

para evitar riscos à saúde

dos consumidores

o pastel é apreciado de norte a

sul do país e é um mercado que

tem público garantido, desde

que o cardápio colabore

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Esta revista é impressa com papéis com a certificação FSC® (Forest Stewardship Council), que garante o manejo social, ambiental e economicamente

responsável da matéria-prima florestal.

Selo FSC

PubliCação mEnSal do SiStEma FEComérCio-rS FEdEração do ComérCio dE bEnS E dE SErviçoS do EStado do rio GrandE do Sulavenida alberto bins, 665 – 11º andar – Centro – Porto alegre/rS – brasil

CEP 90030-142 / Fone: (51) 3284.2184 – Fax: (51) 3286.5677 www.fecomercio-rs.org.br – [email protected]

www.revista.fecomercio-rs.org.br

Presidente:luiz Carlos bohn

Vice-Presidentes: luiz antônio baptistella, andré luiz roncatto, levino luiz Crestani,ademir José da Costa, alécio lângaro ughini, arno Gleisner, diogo

Ferri Chamun, Edson luis da Cunha, Francisco José Franceschi, ibrahim mahmud, itamar tadeu barboza da Silva, ivanir antônio Gasparin, João

Francisco micelli vieira, Joel vieira dadda, leonardo Ely Schreiner, marcio Henrique vicenti aguilar, moacyr Schukster, nelson lídio nunes, ronaldo

Sielichow, Sadi João donazzolo,Júlio ricardo andriguetto mottin, Zildo de marchi, leonides Freddi, Paulo roberto diehl Kruse, adair umberto mussoi, élvio

renato ranzi, manuel Suarez, Gilberto José Cremonese, ivo José Zaffari

diretores: Walter Seewald, Jorge ludwig Wagner, antonio trevisan, Carlos Cezar Schneider, Celso Canísio müller, Cladir olimpio bono, daniel amadio,

davi treichel, denério rosales neumann, denis Pizzato, dinah Knack, Eduardo luiz Stangherlin, Eduardo luís Slomp, Eider vieira Silveira, Elenir luiz bonetto, Ernesto alberto Kochhann, élio João Quatrin, Gerson nunes lopes, Gilberto

aiolfi, Gilmar tadeu bazanella, Giraldo João Sandri, Guido José thiele, isabel Cristina vidal ineu, Jaucílio lopes domingues, João antonio Harb Gobbo,

Joel Carlos Köbe, Josemar vendramin, José nivaldo da rosa, liones oliveira bittencourt, luciano Stasiak barbosa, luiz Caldas milano, luiz Carlos dallepiane, luiz Henrique Hartmann, marcelo Francisco Chiodo, marice Fronchetti, mauro Spode, nerildo Garcia lacerda, olmar João Pletsch, Paulo roberto Kopschina,

remi Carlos Scheffler, rogério Fonseca, Silério Käfer, Sueli morandini marini, alberto amaral alfaro, aldérico Zanettin, antônio manoel borges dutra, antônio

odil Gomes de Castro, ary Costa de Souza, Carina becker Köche, Carlos alberto Graff, Celso Fontana, Cezar augusto Gehm, Clori bettin dos Santos, daniel miguelito de lima, daniel Schneider da Silva, Eliane Hermes rhoden, Elvio morceli Palma, Erselino achylles Zottis, Flávia Pérez Chaves, Francisco

amaral, Gilda lúcia Zandoná, Henrique José Gerhardt, Jamel Younes, Jarbas luff Knorr, Jolar Paulo Spanenberg, José lúcio Faraco, Jovino antônio demari, leomar rehbein, luciano Francisco Herzog, luiz Carlos brum, marcelo Soares

reinaldo, marco aurélio Ferreira, miguel Francisco Cieslik, nasser mahmud Samhan, ramão duarte de Souza Pereira, reinaldo antonio Girardi, régis luiz Feldmann, ricardo Pedro Klein, Sérgio José abreu neves, valdir appelt, valdo

dutra alves nunes, vianei Cezar Pasa

conselho Fiscal: luiz roque Schwertner, milton Gomes ribeiro, rudolfo José müssnich, Hildo luiz Cossio, nelson Keiber Faleiro, Susana Gladys

Coward Fogliatto

delegados rePresentantes cnc: luiz Carlos bohn, Zildo de marchi, andré luiz roncatto, ivo José Zaffari

conselho editorial: Júlio ricardo andriguetto mottin, luiz Carlos bohn e Zildo de marchi

assessoria de comunicação: aline Guterres, Camila barth, Caroline Santos, Catiúcia ruas, Fernanda romagnoli, liziane de Castro, luana trevisol e

Simone barañano

coordenação editorial: Simone barañano

Produção e eXecução: temática Publicações

edição: Fernanda reche (mtb 9474)

rePortagem: Cláudia boff, diego Paiva de Castro, marina Schmidt e micheli aguiar

colaboração: amanda Gomes, Edgar vasques, Kátia Souza e José augusto de Castro

edição de arte: Silvio ribeiro

diagramação: Camilla moura e Silvio ribeiro

reVisão: Flávio dotti Cesa

imagem de caPa: ©iStock.com/alengo

tiragem: 19,2 mil exemplares

é permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião do veículo.

seção página

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Palavra do Presidente

Sobre / desafios

Notícias & Negócios

Equipes

10 Passos / Escolha de Fornecedor

Opinião

Entrevista

Giro pelo Estado / Fronteiras

Alimentação

Especial / Contabilidade

Saiba Mais

Sesc

Tendências

Senac

Dossiê / Jeans

Visão Econômica

Nicho / Pastelarias

Pelo Mundo

Visão Política

Monitor de Juros

Dicas do Mês

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Desafios

Você nunca estará preparado para os desafios que vão surgir. O importante é aprender rápido e poder consultar pessoas que já

passaram por coisas parecidas.“Mike krieger Engenheiro de software e cofundador do Instagram

DesDe o momento em que levantamos Da

cama pela manhã, Deparamo-nos com

Diversos Desafios a serem enfrentaDos. alguns

pequenos, outros imensuráveis, são uma

constante Diária necessária à viDa humana.

afinal, por meio Deles, aprenDemos a aprimorar

nossas habiliDaDes e, assim, crescer

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”“O primeiro passo é encarar desafios como oportunidades e não como ameaças. Em situações de estresse, nosso sistema nervoso simpático entra em ação, aumentando os batimentos cardíacos e a pressão arterial, o que diminui a oxigenação no cérebro e nossa capacidade de raciocínio. Portanto, sair por aí alardeando o terror não ajuda a encontrar uma boa solução. No estado de calma, junte um grupo de líderes de diversos níveis e áreas diferentes para conversar de modo franco e aberto. Depois de construir um entendimento comum sobre o desafio, deixe-os livres para definir uma única ação que prometa ter um alto impacto sobre o sistema e possa ser implantada imediatamente. A técnica, chamada de ação

por acupuntura, promove ganhos de maneira rápida e sem muito esforço, desde, é claro, que as agulhadas sejam nos pontos certos. É aí que entra a inteligência coletiva: duas cabeças pensam melhor do que uma, certo? Imagine, então, várias delas.” Fábio betti, sócio da Corall Consultoria

“Todo negócio tem

momentos difíceis,

por isso é importante

manter-se firme e

constante em seus

propósitos. Deve-se

buscar a superação,

mas sem perder a

objetividade e a clareza frente às situa-

ções. É preciso agir diante de um obstá-

culo, percebendo os limites, atuando re-

pentinamente ou mudando de estratégia

para enfrentar ou superar um desafio.”

Aldo Antonio SchMitz, Agência de Comunicação: gestão, desafios e oportunidade

(Combook, 2ª Edição, 2008)

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notícias negócios&Ed

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Fecomércio-rS inaugura nova unidade SeSc/Senac

Em evento realizado no dia 27 de janeiro, o Sistema Fecomércio-RS inaugurou oficialmen-te sua nova Unidade Sesc/Senac, localizada na cidade de Camaquã (R. Marcírio Dias Lon-garay, 01). A solenida-

de reuniu diversos convidados e autoridades. A sede é composta por 3.450 m² de área construída em um terreno de 9 mil m². No setor per-tencente ao Sesc estão presentes um teatro com capacidade para 300 pessoas, consultório odontológico, campo de futebol sete, academia de musculação e ginástica, aposentos multiúso e a Escola Sesc de Edu-cação Infantil. Já a estrutura do Senac inclui uma biblioteca, cantina, administração, espaço de convivência, cinco salas e seis laborató-rios. O investimento total foi superior a R$ 15 milhões. Para mais informações, ligue (51) 3671-6492 ou (51) 3671-0363.

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ApEnAs sEis sEtorEs AumEntArAm A

produção Em 2014 Entre um total de

24 segmentos industriais, somente seis

obtiveram um aumento na produção

no ano de 2014. Os dados foram

divulgados na Pesquisa Industrial Mensal

– Produção Física (PIM-PF), conduzida

pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE). Os resultados mais

positivos foram do setor extrativista, com

um crescimento de 5,7% se comparado

a 2013. Reparação e instalação de

máquinas ficou em segundo lugar,

tendo ampliado em 3,8%. Em seguida,

vêm os produtos derivados do petróleo

e biocombustível (2,4%), artigos

farmoquímicos e farmacêuticos (2,1%),

perfumaria, sabão e limpeza (0,9%) e,

por fim, bebidas (0,8%).

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novaS regraS de Seguro-deSempregono início de março devem entrar em vigor as novas regras para o seguro-desemprego. Entre as mudanças, a primeira solicitação de um profissional só valerá após 18 meses em uma mesma em-presa. Já em uma segunda demanda, ele deverá ter ao menos 12 meses no trabalho. Antes, para qualquer situação, bastava cumprir um período de seis meses. Também está prevista redução em rela-ção ao número de parcelas, conforme o tempo de tra-balho. Somente em 2014, 8 milhões de brasileiros rece-beram seguro-desemprego. O Ministério calcula que o número de benefícios con-cedidos cairá em 26%.

eSpaço Sindical

CAxiAs do sul rEforçA sEgurAnçA Durante a

Operação Papai Noel, entre dezembro e janeiro,

o Sindilojas Caxias do Sul reforçou a segurança

do comércio, com o apoio da Brigada Militar,

Câmara de Dirigentes Lojistas, Câmara de

Indústria e Comércio, Sindigêneros, Polícia Civil,

Bombeiros, Guarda Municipal e Secretaria de

Segurança Pública e Proteção Social.

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do

Sul

sindilojAs rEgião CEntro fAz 68 Anos O

Sindilojas Região Centro comemorou, em 28 de

janeiro, 68 anos de história. Com foco na repre-

sentação legal dos varejistas junto à sociedade,

atualmente, representa cerca de 5 mil empre-

sas. Sua diretoria é composta por 25 pessoas,

presididas por Ademir José da Costa.

sindilojAs são BorjA lAnçA logo ComE-

morAtivo Celebrando 25 anos, o Sindilojas São

Borja lançou logomarca comemorativa, desen-

volvida por alunos de Publicidade e Propaganda

da Unipampa, orientados pelo professor João

Antônio Perereira. O presidente, Ibrahim Mah-

mud, e associados prestigiaram o lançamento.

fórum rEúnE CorrEtorEs Em pElotAs Em de-

zembro, o Secovi/Zona Sul realizou o Fórum do

Mercado Imobiliário. O evento reuniu estudantes,

corretores, gerentes e proprietários de imobiliá-

rias, incorporadoras e construtoras. O aconte-

cimento ainda contou com a participação do

consultor e coach Guilherme Machado.

sinComérCio moBilizA EntidAdEs O Sinco-

mércio Passo Fundo manifestou publicamente

contrariedade ao cancelamento da linha aérea

que conecta a cidade a Porto Alegre. A presi-

denta do sindicato, Sueli Morandini Martini, diz

que o varejo depende da ponte para crescer.

eua deSejam Facilitar a contratação de eStrangeiroSEm 13 de janeiro, senadores republicanos e democratas dos Esta-dos Unidos apresentaram um plano de lei que visa à inserção de especialistas estrangeiros em ciência, tecnologia e engenharia no mercado de trabalho norte-americano. Assim, a contratação seria facilitada, aumentando a quantidade de vistos permitida a empresas high-tech de 65 mil para 115 mil ao ano. Se a demanda for ainda maior que o esperado, o número poderá ser ampliado até 195 mil. A proposta também diminuiria as restrições para que esses trabalhadores e seus familiares se tornassem residen-tes permanentes do país. Atualmente, o projeto ainda está em trâmite e aguarda análise da Câmara dos Deputados.

inflAção AnuAl BrAsilEirA Está EntrE As mAiorEs O relatório

mensal da Organização para Cooperação e Desenvolvimento

Econômico (OCDE) revelou uma pequena desaceleração no Brasil,

com a inflação anual subindo de 6,4% a 6,6%. O país ficou atrás

da Argentina (23,9%), Rússia (11,4%) e da Indonésia (8,4%). As taxas

das economias desenvolvidas se mostraram em seu menor nível

desde a recessão causada pela última crise global, passando,

em média, de 1,5% em novembro de 2014 para 1,1% no mês

seguinte. A desaceleração também foi registrada nos Estados

Unidos (0,8%, de 0,5%), Reino Unido (+0,5%, de +1,0%), Alemanha

(+0,2%, de +0,6%) e França (+0,3%, de +0,1%).

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trêS perguntaS

Jessé Rodrigues é professor de Marke-

ting e Mídia Digital no MBA da ESPM-Sul.

Também foi fundador da Escola do

Marketing Digital, na qual continua a

ministrar cursos online.

EntrE os divErsos CAnAis digitAis,

quAis são os mAis promissorEs? São os canais que

somam, minimamente, três pré-requisitos importantes:

o público-alvo da empresa, formatos de mídia e am-

biente para engajamento. Por exemplo, determinado

negócio pode possuir uma atuação tímida no Face-

book, com baixo retorno sobre o investimento; contudo,

se simultaneamente esse mesmo empreendimento

impacta milhões de pessoas por meio do Instagram,

significa que eles souberam utilizar os três fatores críticos

de sucesso de um canal digital para expandir seus

negócios através da internet.

CitE os prinCipAis ACErtos E Erros Ao rECorrEr

Ao mArkEting digitAl. Como acertos, apresento os

seguintes: começar com uma cuidadosa análise do seu

mercado na internet para conhecer bem as oportuni-

dades e ameaças que o meio lhe oferece; ter objetivos

e metas claras ao definir seu planejamento de marke-

ting digital; medir todo o processo de marketing digital,

tornando os números os seus melhores amigos. Referen-

temente aos erros, são memoráveis: não assumir riscos

no ambiente digital – há muito para se aprender sobre

negócio na internet utilizando testes de marketing digital;

não investir tempo suficiente no planejamento detalha-

do das suas estratégias; e, por fim, não ouvir seu público.

o quE é importAntE AvAliAr AntEs dE invEstir Em

mArkEting digitAl? Certifique-se de que os profissionais

ou fornecedores de serviços contratados entendam

bem a área. Marketing digital é um assunto complexo,

que sofre constantes atualizações. Se possível, invista em

treinamentos, permitindo-lhe assessorar corretamente os

esforços e resultados de sua equipe. Amplie sua capa-

cidade de gestão neste campo buscando cursos online

ou presenciais, ainda que de curta duração.

notícias negócios&BraSileiroS poupam menoS para a apoSentadoria um estudo global feito pela gestora de investimentos Bla-ck Rock expôs que, embora os brasileiros sejam otimistas quanto ao seus futuros financeiros, continuam a economizar pouco com foco na aposentadoria. Somente 57% pensam em poupar desde cedo vi-sando à terceira idade – ainda assim, 77% se dizem confiantes nas finan-ças da posteridade. Considerando-se a América Latina em geral, o valor sobe para 67%. Na média mundial, o índice fica em 62%. Participaram da pesquisa 27,5 mil pessoas distribuí-das por 20 países. Do total, 4 mil eram latino-americanos provenientes do Brasil, Chile, Colômbia e México.

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Em 10 de fevereiro, cinco federações empresariais gaú-chas (Fecomércio-RS, Fiergs, Federasul, Farsul e FCDL) repassaram ao governador José Ivo Sartori uma proposta que objetiva a equalização das alíquotas de ICMS do Rio Grande do Sul, tanto sobre produtos locais quanto para aqueles provenientes de fora. Segundo as entidades, a isonomia da carga tributária entre operações regionais e interestaduais é indispensável ao desenvolvimento do Es-tado. As organizações sugerem a redução da base de cál-culo nos processos de industrialização e comercialização, igualando, assim, as taxas internas e externas.

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EndividAmEnto dos gAúChos rECuA 9,6% Segundo a análise

Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela

Fecomércio-RS, o percentual de débitos das famílias gaúchas

passou, em janeiro, de 55,4% para 44,8%. Levando em conta

a totalidade do ano de 2014, também houve recuo, caindo de

56% a 55,2%. Conforme o presidente da entidade, Luiz Carlos

Bohn, o resultado foi motivado pela desaceleração do consumo

e do crédito nos últimos meses, ocasionados, por sua vez,

pela inflação elevada e altas taxas de juros. No estudo, foram

consultadas aproximadamente 600 famílias.

tentativa de equalizar alíquotaS de icmS no rS

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Os Seminários Bilaterais de Comércio Exterior e Investimento visam à promoção e aproximação

de empresas brasileiras e estrangeiras. Acessando fecomercio-rs.com.br você pode se informar mais sobre o

assunto, além de se inscrever para as próximas edições!

criSeS da água e da energia prejudicam piBA mudança da equipe econômica governamental e as crises de abastecimento influenciaram negativamente as projeções do Produto Interno Bruto (PIB) para 2015. Em um espaço de qua-tro semanas, a variação despencou de 1,04% para 0,03%, segundo o estudo Focus promovido pelo Banco Central (BC) em parceria com cem instituições financeiras e consultorias. De acordo com

a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a insegu-rança quanto ao suprimento de energia e a possibilida-de de um racionamento de água afetam as atividades econômicas em geral e inter-ferem na quantidade de in-vestimentos. Seguindo essa tendência, é provável que o risco de recessão aumente ao longo do ano.

BraSil lidera índice de mal comportamento em Sala de aulauma pesquisa sobre ensino e aprendizagem, organizada pela ODCE, apontou que os estudantes brasileiros são os mais bagunceiros do mundo. A média internacional de tempo requerido para organizar a classe foi 13%. No Brasil, esse número alcançou 20% em 2013. Apenas 13% dos professores japoneses relataram terem alunos malcompor-tados. Já aqui, 60% dos mestres alegam encontrar essa dificuldade. Ainda conforme a análise, a indisciplina ocasiona perdas significativas na instrução acadêmica e, conse-quentemente, nas futuras oportunidades. Foram consultados 34 países.

AnEEl AumEntA Custo dA BAndEirA

tArifáriA Em 1º de janeiro, a recém-

criada bandeira tarifária começou

a ser cobrada nas contas de luz. A

justificativa para sua implementação

foi o crescimento do custo de geração

de energia elétrica. Agora, a Agência

Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

aprovou uma proposta que aumenta

seu valor em até 83%. O preço da

bandeira amarela passou de R$ 1,50

por 100 kWh a R$ 2,50, configurando

uma ampliação de 67%. Na bandeira

vermelha, a taxa subiu de R$ 3 para

R$ 5,50 (ou seja, 83%). Consumidores

enquadrados na bandeira verde não

estão sujeitos a cobranças, bem como

quaisquer moradores do Amazonas,

Amapá ou Roraima.

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equipes

esmo sendo vitais para

tomadas de decisões,

reuniões ainda são

encaradas como perda

de tempo e trazem prejuízo

financeiro às empresas

Mde uma empresa quanto ao planejamento estra-

tégico e ao foco das ações. Então, por que ainda se tem a ideia de que, muitas vezes, são desnecessárias? Certamente, quem pensa assim passa por encontros que são mal planejados, conduzidos de forma inadequada ou que tomam tempo além do necessário. O problema é que reuniões com esse perfil não são apenas perda de tempo, mas também geram prejuízo fi-nanceiro para as empresas. Tudo que empresário não quer.

Para o consultor em excelência empresarial José Augus-to Wanderlei, muitas organizações fracassam nesse sentido. “Reunião é muito importante para uma empresa. E, por isso, precisa ser bem preparada, executada e avaliada. Caso contrá-rio, o cenário é o que temos nas empresas brasileiras: falta de propósito, perda de tempo e dinheiro”, afirma Wanderlei, que

Reuniões são iMpoRtantes paRa as decisões

Reunião é mesmo impoRtante?

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texto Micheli aguiar

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também é coautor do livro Gerente total – Como administrar com eficácia no século XXI e colaborador dos livros Negociação: tecnolo-gia e comportamento e Cada empresa tem o consultor que merece.

Prova de que as reuniões não têm sido bem vistas pelos bra-sileiros é o índice de insatisfação, que chega a quase metade dos profissionais – 46% afirmam não acreditar na eficácia dos encontros. Mudar esse conceito não é simples, mas possível, acredita o consultor. “Antes de reunir as pessoas em torno de uma mesa algumas coisas devem ser planejadas, como propó-sito da reunião, quem será o líder, se haverá apoio, local e du-ração. Além do mais, é preciso conhecer muito bem o assunto a ser tratado. O resto é treino, treino e treino”, ressalta.

Saber quem são os participantes também é necessário. O assunto da reunião é o definidor para convocar a equipe. O pro-pósito também deve ser levado em consideração, pois reuniões de definição e de comunicado têm objetivos diferentes e, por-tanto, participam pessoas com funções distintas. A psicóloga e professora do IBMR Centro Universitário Theresa Pinto afirma que o ser humano é mais criativo e resolve questões com mais eficiência em grupo, mas é preciso planejamento para que isso funcione. “Sem objetivo não existe reunião. As ações devem acontecer para que as decisões sejam concretizadas”, explica.

de olho no relógio

A duração de uma reunião também é fator importante para o sucesso. Encontros longos, com mais de 1h30, são maçantes e abrem precedente para indisposição, irritação e ansiedade dos participantes. A definição de duração do encontro deve ser feita antes de ele começar. Ter alguém monitorando também é importante. “Reuniões longas são cansativas e improdutivas. Os smartphones e tablets também acabam roubando a cena, tan-to que algumas empresas solicitam que esses equipamentos fi-quem de fora”, afirma Thereza. Para a psicóloga, as anotações sobre as decisões devem ser feitas usando papel e caneta.

O consultor em excelência empresarial José Augusto Wan-derlei afirma que atender ou ficar mexendo no celular durante uma reunião é desrespeitoso e também mostra que o encontro não está indo bem. Para ele, cada assunto e cada propósito têm um tempo necessário para serem discutidos, o que pode levar desde 15 minutos até um dia inteiro. “Uma reunião de decisão pode demorar meia hora tranquilamente, mas uma que en-volve o planejamento estratégico precisa de tempo. Às vezes,

pode ser uma semana inteira. Por isso, o planejamento faz toda a diferença”, explica. Wanderlei também destaca que para reu-niões maiores que 1h30 é preciso prever intervalos para des-canso, algo como 15 minutos. Já para aquelas que vão além de quatro horas é preciso considerar horário de almoço e lanche.

Stand up meeting

Comuns nas empresas de Tecnologia da Informação (TI) e cada vez mais incorporadas nas empresas de modo geral, as stand up meeting, ou reuniões em pé, são alternativas para deci-sões de curto prazo, mas não servem para todo o momento. “Só funciona para algo já decidido, para comunicar o que tem que ser feito agora, nunca para discutir algo”, alerta Wanderlei.

1 – Domine o assunto

uma reunião só deve acontecer se ela de fato for necessária,

e quando isso está definido, o líder ou a pessoa que irá

conduzi-la, deve dominar completamente o assunto.

2 – Defina o processo

o processo envolve as seguintes questões: qual a finalidade

da reunião? decisão, negociação ou divulgação? ter uma

pauta definida e quais temas serão abordados é vital, assim

como o tempo de duração para o encontro.

3 – Relacionamento e comunicação

o líder deve saber como se expressar, ter boa comunicação

e capacidade de compreensão. as pessoas envolvidas na

reunião devem entender exatamente o que ele está dizendo

e querendo. não há espaço para ruídos.

4 – estado mental e emocional rico de recursos

o estado mental e emocional rico de recursos significa

acreditar no que se está fazendo e propondo. se o líder

acreditar que aquela reunião não dará em nada, ela com

certeza não dará. transmitir para o restante da equipe aquilo

que se deseja é vital.

5 – Conheça o ambiente

o local onde a reunião acontecerá deve proporcionar

conforto aos participantes e recursos físicos para que ela

aconteça. papéis, canetas, infográfico, computador, projetor,

quando necessários, devem ser organizados antes e estar

disponíveis no momento do início. Água e café também

fazem parte do conforto.

paRa daR ceRto

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ass

os

Escolha de fornecedor

VERIFIQUE A QUALIDADE

Atente à qualidade da matéria-

prima, produtos ou serviços oferecidos.

Principalmente se você está em processo de

troca de fornecedores, os consumidores certa-

mente irão reparar nas mínimas diferenças. Ga-

ranta que os atributos dos artigos sejam compatí-

veis aos de seu negócio. Afinal, a satisfação dos

clientes está intimamente atrelada aos ganhos

da empresa. Dispor de um material excelen-

te e único é o que vai diferenciá-lo

da concorrência. Solicite amostras

para facilitar sua decisão final.

À PROCURA DO PROVEDOR IDEAL

seleção de bons fornecedores pode representar uma economia

considerável para a sua empresa. escolhendo fontes confiáveis e adequadas

a necessidades específicas, você jamais passará por uma situação de

escassez de provimentos ou serviços. a parceria, como qualquer outras,

deve ser baseada em princípios de qualidade, responsabilidade e excelência

ADEFINA O NEGÓCIO

Monte um plano de ações claro e

descubra quem é o seu público-alvo, o que ele

procura e quanto poderia pagar. Assim, você con-

seguirá estimar quais serão as suas necessidades fu-

turas, bem como fazer um cálculo-base dos possíveis

gastos e lucros que obterá. “Dedicar um tempo para

especificar corretamente, em linguagem de mer-

cado, o que será comprado influencia no suces-

so do fornecimento”, explica o consultor senior

da Nexor Consultoria e Gerenciamento,

Onevair Ferrari.

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NÃO SE PERMITA ENGANAR

Não se iluda com provedores

que disponibilizam artigos ou trabalhos de quali-

dade a um custo muito baixo. Lembre-se: eles têm

uma empresa como a sua e, de alguma forma, pro-

curarão lucrar. Encontre um fornecedor transparente,

no qual você possa confiar. Entreviste bem os candi-

datos e não tenha medo de fazer perguntas deta-

lhadas. Estude o passado deles. Caso se depare

com uma informação negativa, questione o

que motivou a situação.

BUSQUE FLEXIBILIDADE NO PAGAMENTO

Procure por fornecedores que aceitem a flexi-

bilização do pagamento, oferecendo descontos

e vantagens quando forem adquiridos grandes lo-

tes, por exemplo. Se possível, faça sempre as nego-

ciações pessoalmente e busque condições diferen-

ciadas. Realize orçamentos em diversos locais a fim

de poder utilizá-los como argumento no momento

de barganhar. Antes de escolher

oficialmente alguém, consulte

sua equipe de contabilidade e

avalie os riscos.

PESQUISE A FUNDO

Pesquise o mercado. Se uma mar-

ca é conhecida por um grande número

de pessoas, provavelmente há uma razão

para tanto. “Refletir sobre as qualificações da

empresa, analisando suas capacidades técni-

ca, financeira, estrutural e administrativa, deve

ser um trabalho contínuo e recorrente, mesmo

após o estabelecimento de um

contrato”, afima Ferrari. Uma boa

alternativa é descobrir quais forne-

cedores estão sendo utilizados pela

concorrência e, a partir disto, es-

colher o seu.

FUNCIONÁRIO IDEAL

A pessoa responsável pela escolha

deve ser munida de algumas ca-

racterísticas indispensáveis. Além de paciência

para negociar com os candidatos, é preciso es-

quecer a impulsividade. “Exija propostas de dife-

rentes locais. Faça tudo com calma e atenção.

Depois de selecionar uma empresa confiável,

não deixe de criar um contrato coerente às

suas necessidades. Ele é indispensável, es-

pecialmente para serviços ou produtos

complexos”, sugere Ferrari.

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Escolha de fornecedor10 passos

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CONSIDERE PRAZO, DISTÂNCIA E CUSTO

Pontualidade no cumprimento dos

prazos é essencial. Avalie, ainda, a dis-

tância física entre o fornecedor (ou seus estoques)

e o endereço que receberá as encomendas. Atentar

exclusivamente ao preço do que está sendo compra-

do e desconsiderar o valor do frete/combustível é um

erro muito comum e pode ser fatal para a receita da

empresa. O custo/benefício deve ser um dos prin-

cipais elementos em análise – mas como um

todo, e não apenas em se tratando do valor

específico do produto ou serviço.

TENHA UMA SEGUNDA OPÇÃO

Mesmo que o seu fornecedor cumpra as exi-

gências necessárias, ainda assim, imprevistos

podem ocorrer. Logo, é importante ter outras

opções à mão. Para nunca correr o risco de de-

sabastecimento e ser forçado a ficar com o seu

negócio parado, mantenha uma lista atualizada

de cadastro reserva, tendo em

mente situações emergenciais.

OUÇA O CLIENTE

Por fim, escute os feedbacks dos

clientes e atenda-os imediatamente. Des-

ta maneira, fica fácil de identificar a neces-

sidade de uma troca de fornecedor. Faça

pesquisas, mantenha páginas nas redes so-

ciais, tenha um setor voltado a reclamações

em seu site e designe uma equi-

pe para responder às mensagens,

mostrando que a empresa se im-

porta com as críticas.

O fornecedor escolhido deve ser alguém preo-

cupado em atender aos requisitos exigidos pelo

governo, tais quais especificações técnicas, regras

de segurança do trabalho e normas administrativas.

Preocupar-se com os impactos ambientais, des-

carte, reaproveitamento de materiais e sustenta-

bilidade em geral é imprescindível.

PREOCUPE-SE COM ASPECTOSLEGAIS E éTICOS

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opi

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O Brasil tem elevadO sua participação no comércio mundial de serviços. Entre 2008 e 2012, as exportações aumentaram a uma taxa maior que a média mundial e o país saiu de 0,7% para 0,9% do total das exportações globais. Em 2012, com vendas de US$ 38,1 bilhões, o Brasil ocupou a 29ª posição no ranking dos países exportadores de serviços. Nas importações também houve expansão acima da média global, e em 2012, o Brasil fi-cou em 17º lugar, com aquisição total de US$ 77,8 bilhões, tendo a participação brasileira passado de 1,1% para 2% do total mundial.

Há acirrada competição mundial no campo dos serviços, o que torna financiamento e garantia ferramentas fundamentais na com-petitividade, em especial quando associados a outras políticas públicas de apoio à expor-tação. Constata-se que os instrumentos de apoio às exportações de serviços existentes em nossos concorrentes, especialmente europeus e asiáticos, são, em geral, mais amplos.

No âmbito dos serviços, o segmento de enge-nharia tem especial relevo, pois a execução de obras no exterior, além das receitas cambial e financeira a serem proporcionadas pelo contrato de serviço negociado, abre perspec-tivas para a própria empresa de engenharia e fornecedores de bens e serviços do projeto realizarem exportações adicionais, ampliando

mercados, desenvolvendo e absorvendo novas tecnologias e diluindo o risco comercial. Isto representa importante ferramenta para a geração de receitas cambiais para o Brasil e financeiras para as empresas exportadoras, absorção de tecnologias, internacionalização de empresas e impacto econômico-social na geração de empregos, rendas e tributos. Esse conjunto de fatores demonstra que a expor-tação de serviços caracteriza-se como impor-tante instrumento de política estratégica de comércio exterior.

Serviços têm a expressiva participação de 68,7% do PIB do Brasil, mas baixo volume de exportação de US$ 38,1 bilhões em 2012 e com crônico déficit na balança de serviços (exportações – importações), sendo de US$ 39,7 bilhões em 2012. Dessa forma, um grande espaço para expansão das exportações de serviços está aberto.

Considerando tudo isso, a AEB promove anualmente o Encontro Nacional de Comér-cio Exterior de Serviços, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e o apoio da Fecomércio-SP. O ENAServ 2015 tem por tema geral Agenda Estratégica para o Comércio Exterior de Serviços e será realizado no dia 8 de abril, na Fecomér-cio-SP. Mais informações estão disponíveis no site: www.enaserv.com.br.

José Augusto de CAstro Presidente da associação de Comércio exterior do Brasil (aeB)

ImportâncIa EstratégIca das

ExportaçõEs dE sErvIços

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entrevista

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Jorge Tonetto

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Como foi assumir o Cargo tendo dois anos de dé-

fiCit Como passivo? A experiência que eu tive aqui em Porto Alegre foi uma reprise do que já tinha vivido no Estado do Rio Grande do Sul. Em 2007 e 2008, a equipe que eu integrava conseguiu reverter um déficit de 40 anos. Então, eu já tinha vivido um pouco isso. Inclusi-ve, na George Washington University, a minha tese era sobre como criar um tesouro dentro de um período de reajuste fiscal e quais os resultados possíveis de se ob-ter. Então, logo que eu entrei aqui eu já apresentei para o prefeito Fortunati o que eu achava que dava para con-

duzir. A partir dos macronúmeros que eu tinha anali-sado antes de assumir, eu achava que em termos fiscais dava para contornar facilmente. Eu me surpreendi com a situação financeira, bem pior do que eu esperava em relação aos recursos do Tesouro. No financeiro e no glo-bal, Porto Alegre não está mal. Se somar todos os have-res financeiros – Previmpa e DMAE, que também é su-peravitário em alguns fundos –, então Porto Alegre tem uma situação invejável quanto ao fundo financeiro, mas esse fundo não é disponível, porque ele está todo

secretário municipal da Fazenda de porto alegre, Jorge tonetto,

assumiu o cargo em agosto passado, quando o orçamento da capital

acumulava dois anos de déficit, desaFio vencido até o Final de 2014,

que Fechou com superávit. a missão não está vencida, no entanto.

na verdade, contas públicas, como as de uma empresa, precisam de

vigilância constante, prega o gestor da Fazenda

Cris

tine

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O Olhar vigilante sObre as finanças

da Capital

texto marina schmidt

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entrevista

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marcado por despesas específicas. É o comprometimento com o futuro de Porto Alegre, com as aposentadorias, com investimentos na água e assim por diante. Então, no re-curso do Tesouro eu vi um grande aperto financeiro. Nos níveis de situação fiscal, embora tivesse dois anos anterio-res com um pouco mais de dificuldade, eu vi que também o investimento estava muito alto. O investimento estava na faixa de R$ 400 milhões a R$ 450 milhões. Isso, para ter uma ideia no tempo de ajuste fiscal em que estive no Esta-do, o investimento era R$ 600 milhões.

ou seja, a Cidade estava investindo quase no mesmo nível

do estado? Isso. Eu tinha essa noção de que era muito alto, mas era um espaço que estavávamos cobrindo com financia-mentos da Caixa. O que estava acontecendo era que o ritmo en-tre despesa e receita não estava muito adequado. Então, agora, conseguimos em 2014 regularizar um pouco mais esse fluxo, o que nos permite pensar em manter o ritmo de investimento na faixa dos R$ 400 milhões por ano. Claro que em 2014 não che-gamos a esse nível. Investimos R$ 323 milhões, que eu já achei muito alto. Não tem mistério, uma das variáveis de ajuste é sempre investimento, a mais fácil. Mas eu tenho como método que o custeio não é possível descuidar. Claro que hoje fica mui-to difícil cortar o custeio. Tem que ver que nós passamos por um ano de Copa e que os serviços estavam pressionados. En-

tão, entre as medidas principais que eu tomei aqui a primeira foi financeira. Tivemos que readequar fluxos, direcionar des-pesas para fundos e preservar tesouro para pagar salário, ou corríamos riscos. Foi o primeiro momento. Enquanto isso, saiu uma série de medidas que podia gerar um pouco mais de re-sultado. Na Receita, colocamos o aerolevantamento no ar, que ainda está com pouco resultado, mas tá na rua. Implantamos a nota fiscal conjugada, a nota fiscal eletrônica, as equipes aqui se motivaram, tanto que tivemos alta do IPTU em 6,5% acima da inflação, e sem reajuste. O reajuste foi só do IPCA. Então, foi um resultado muito bom. O ISS teve crescimento de 4% acima da inflação no ano passado, excelente. Isso ajudou nas recei-tas. Tivemos a sorte, também, do Funcopa, que devia para o Tesouro mais de R$ 40 milhões e ressarciu. Isso tudo foi dando fôlego para o que o Tesouro chegasse ao final do ano, inclusive, com os fornecedores todos em dia. Ter uma capital como Porto Alegre com fornecedor em dia, mas em dia mesmo, é muito difícil. Outra coisa: nossa área de compras reforçamos desde o início e estamos com um projeto agora de criar a central de licitações, que deve ir para aprovação na Câmara. Essa central

Jorge Tonetto

“Esse espaço que estamos buscando de

financiamento precisa de critério para depois

não comprometer o orçamento do ano em

grande volume. Estamos tentando

readequar tudo isso para um cenário que não é

muito fácil.”

leonardo Contursi/divulgação Cmpa

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quais são os benefíCios de reverter o défiCit, além do

Controle das Contas? Nos dá segurança. Porque para quem olha de fora, e nós tínhamos capacidade de buscar alguns financiamentos na área externa, Porto Alegre não estava trabalhando muito. Conseguimos agora a Corpora-ção Andina de Fomento (CAF) que está em missão em Porto Alegre. Quem observa as finanças de Porto Alegre vê que o endividamento é baixíssimo, é de 10% da receita corrente. Então é quase nada. Tem um espaço, mas tem que ser feito com critério. Temos que jogar para operações de crédito o que vamos compartilhar com gerações. Não jogamos des-pesas correntes para isso. O que vamos financiar? Todo o projeto da orla, investir em um novo data center, que vai ter 15 anos de vida de produção. Toda a questão da repavi-mentação, que é analisar a estrutura do pavimento, que faz 30 anos que não se faz. Esse espaço que estamos buscando de financiamento precisa de critério para depois não com-prometer o orçamento do ano em grande volume. Estamos tentando readequar tudo isso para um cenário que não é muito fácil. O primeiro mês de 2015 já mostrou que este não será um ano fácil.

de licitações, para se ter uma ideia, só no uso de pregão, teve um resultado de R$ 94 milhões de economia no ano passado. Então, estamos concentrando mais licitações na Fazenda, di-minuindo a pulverização que existia na prefeitura e vamos investir mais na qualificação desse mecanismo e adotar um sistema mais eficiente para garantir que esse modelo tenha maior aderência e maior sustentabilidade.

Como foi feito o rearranjo de Cortar gastos no ano

passado, de onde foram Cortados? Na verdade, reduzimos o ritmo de crescimento, que estava muito alto. O que dava para entender também é que os investimentos que vinham sendo feitos eram tampouco decorrente da Copa ou do processo de preparação para ela, porque o investimento de Porto Alegre até 2010 era de R$ 200 milhões. Em 2010, que seria a fase pré-Copa e até a Copa, passou de R$ 300 milhões para R$ 400 mi-lhões. O fato é que hoje muitos investimentos puxam custeio junto, porque quando se desenvolve algo é preciso mantê-lo depois. Há muito a ser considerado quanto a um investimento. Uma pavimentação se aumenta a vida útil é investimento, se-não é só custeio, além de trazer muitos serviços agregados, que acabam sendo despesa. Custeio não é só aumento de despesa administrativa. A despesa administrativa foi muito bem con-trolada, mas não deixamos de gastar na despesa finalística.

“O que estava acontecendo era que o ritmo entre despesa

e receita não estava muito adequado. Então, agora,

conseguimos em 2014 regularizar um pouco mais

esse fluxo, o que nos permite pensar em manter o ritmo de investimento na faixa dos R$

400 milhões por ano.”

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proximidade geográfica do

UrUgUai e da argentina pode ser

tanto benéfica qUanto maléfica

para o varejo fronteiriço. o

cenário depende do câmbio e

da inflação, e o consUmo anda

baixo no lado brasileiro

Ado Mercosul não influencia

somente a cultura local – tem fortes impactos no comércio. Quem vive e trabalha nas cidades adjacentes ao Uruguai e à Argentina precisa manter um olho no dólar e outro no clien-te. Com a alta da moeda americana, a inflação superando metas do governo e os aumentos no preço dos combustíveis e da energia, o consumidor está cauteloso e segura seus in-vestimentos. O varejo se queixa de movimento mais baixo do que o de costume para a época do ano e mantém reservas quanto ao desempenho durante o ano que começou.

Em Uruguaiana, município que faz divisa com Paso de los Libres, na Argentina, e a 70 quilômetros de Bella Unión, no Uruguai, os problemas com o câmbio são constantes. Se-gundo o presidente do Sindilojas local, Giancarlo Ferriche

A pArticulAridAde gAúchA de fAzer fronteirA com dois pAíses

Disputa De forças

©istock.com/gannet77

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Fonseca, muitos consumidores se dirigem ao país de Mara-dona para adquirir carne, produtos de limpeza e, mais re-centemente, gasolina. Alguns artigos têm preço 40% menor. “O fluxo de dinheiro que vai para lá cria desemprego aqui. A cidade vizinha, de 30 mil habitantes, oito anos atrás tinha quadras inteiras de imóveis para alugar, e hoje está tudo muito valorizado”, conta.

Os comerciantes uruguaianenses se mantêm com os clientes que têm dificuldade em fazer a travessia, e com as vantagens do crédito parcelado e da pronta-entrega. “Pas-sar pela ponte exige procedimentos de imigração, há fila para ir e voltar, às vezes leva-se uma hora para atravessar a ponte de 2km, mas se a economia é de R$ 40 ou R$ 50 o pessoal vai, passa o dia e almoça lá, faz outras compras, e depois retorna. A alta do combustível prejudica ainda mais.” Processo semelhante ocorre no trânsito para Bella Unión, embora lá o combustível não esteja barato. “Com os cinco free shops, as famílias tiram o sábado ou o domingo para ir às compras de perfumaria, tênis, eletroeletrônicos. Cerca de 35% é nossa perda financeira”, diz. Algumas lojas reduziram sua equipe e agora têm espaço inoperante. “Já promovemos campanha de valorização do comércio da ci-dade, mas os fatores macroeconômicos falam mais alto e temos de conviver com isso”, relata.

Em São Borja, fronteira com Santo Tomé, na Argenti-na, as queixas são parecidas. Ibrahim Mahmud, presiden-te do Sindilojas São Borja, revela que a vizinha argentina tornou-se o destino preferido para abastecer o automóvel. Lá os brasileiros também compram vinhos e produtos de limpeza, preferencialmente. “Vinhos argentinos têm va-riedade muito grande e são baratos, mas em virtude da carga tributária lá encontramos até mesmo vinhos bra-sileiros mais baratos do que aqui. O mesmo ocorre com produtos de limpeza”, garante. Até mesmo o fluxo de tu-ristas rumo ao litoral diminuiu pela desvantagem cambial. Santo Tomé, por sua vez, apesar de abrigar apenas 35 mil habitantes, oferece curso de medicina e outras faculdades, atraindo muitos brasileiros. O varejo brasileiro sobressai em confecções, calçados e eletroeletrônicos.

PreocuPante redução

Nos municípios gaúchos fronteiriços com o Uruguai, a redução no consumo preocupa os lojistas. “Vivemos um

cenário de depressão”, observa o presidente do Sindilojas Jaguarão (ao lado de Rio Branco), Valdo Dutra Alves Nunes. “Em janeiro, a queda nas vendas foi de 10% em relação ao ano passado, sem considerarmos a inflação, e fevereiro está ainda pior.” Mesmo nos free shops, o movimento decresceu, apesar de atraírem um público consumidor de maior poder aquisitivo. “Começa a haver demissão”, admite Nunes.

Em Santana do Livramento, a cautela também impera en-tre os comerciantes. “O movimento no varejo está discreto, muito calmo, em torno de 10% abaixo do mesmo período no ano passado. O dinheiro rareou, inflação, dívidas, tudo isso reduz o poder de compra”, reflete o presidente do Sindilojas Santana do Livramento, Luiz Pablo Escosteguy. De acordo com ele, a questão cambial não apenas inibe o consumo no lado uruguaio como prejudica por tabela os ganhos no RS, trazendo perdas a hotéis e supermercados. “Se entra pouco dinheiro lá, alguns setores nossos sentem o reflexo”, diz.

Para o assessor econômico da Fecomércio-RS, Lucas Schiffino, o ano será de vendas fracas em geral, sendo recomendável o investimento em gestão de aumen-to da eficiência e racionalização de custos. Diversi-ficar clientes também é uma alternativa, de modo a não depender muito de estrangeiros. “A relação do câmbio, além do baixo crescimento argentino, torna todo mundo linearmente mais pobre. É difícil esta-belecer receita para contornar a crise advinda de fa-tores macroeconômicos”, declara. O vice-presidente da Fecomércio-RS, Arno Gleisner, acredita que essas questões são de curto e médio prazos, e mais cedo ou mais tarde terão solução. Uma das possibilidades aguardadas pelo comércio é a abertura de free shops também no lado brasileiro. A proposta, em fase de regulamentação pela Receita Federal, permitirá a diversificação de atividades. “Será um adicional ao movimento do setor terciário e deve ocorrer até o final do ano. A normatização está sendo finalizada, requer software de controle e outras questões que exigem meses para serem concluídas, mas o proces-so começou a se acelerar”, observa Gleisner.

ano De venDas fracas

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alimentação

uidados com o manejo

e preparo das refeições

são fundamentais para

o bom funcionamento e

para a imagem de bares,

restaurantes e lanchonetes

Co aspecto do ambiente, cheiro da

refeição e, claro, o custo. Mas quantos pensam na segurança envolvendo o preparo dos alimentos? Essa é uma preocupação que muitas vezes passa despercebida, pois se pressupõe que se o estabelecimento está funcionando é porque cumpre as regras para atender o público. A grande questão é que mesmo com toda a documentação em dia, bares, restaurantes e lanchone-tes estão passíveis de erros e de contaminação dos alimentos.

Para o nutricionista e professor do curso de Nutrição na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Virgílio José Strasburg, a garantia das condições higiênicas e sanitárias dos alimentos é uma obrigação de quem fornece refeições. “É necessário treinamento constante dos funcionários sobre os cuidados de manipulação de alimentos, além dos registros e manutenção dos equipamentos. Os aspectos de um ambiente adequado se traduzem numa relação de confiança e fidelidade por parte do cliente.”

Ao esColher um restAurAnte se levA em ConsiderAção

Segurança doS alimentoS em jogo

©istock.com/miflippo

texto micheli Aguiar

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O nutricionista afirma que os alimentos oferecem peri-go quando manipulados de maneira equivocada, sendo eles de natureza física, como objetos estranhos: pedras, plástico, madeira; química, com acúmulo de agrotóxicos; ou então biológica, que seriam os parasitas, bactérias e vírus. “A pro-dução de uma refeição envolve três aspectos fundamentais, que começam pela escolha do produto e do fornecedor, pas-sam pelas instalações onde serão armazenados e preparados os alimentos até chegar às pessoas responsáveis pelo prepa-ro. Todo esse processo exige sintonia e regras”, afirma.

Procedimentos seguros

Não adianta os estabelecimentos cumprirem a sua parte se lá no início do processo, no fornecedor, há falha. A Agên-cia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que comerciantes façam inspeção no recebimento dos produtos, observando as condições dos veículos e também dos produ-tos quanto aos aspectos visuais, integridade de embalagens, data de validade e verificação de temperatura. Há alimentos que exigem controle térmico, ou seja, resfriamento e conge-lamento; outros, como os de gêneros secos e alguns tipos de frutas, legumes e verduras, podem permanecer em locais que não sejam diretamente no chão ou em contato com paredes.

Já o preparo das refeições exige fluxo correto e cuidado dos manipuladores na preparação. Uniformes, como avental e gorros, são fundamentais. Os funcionários também devem ser treinados sobre os corretos hábitos de higiene, e a lavagem das mãos deve ser constante. “Os responsáveis pelo preparo não devem conversar, tossir, assoviar ou espirrar sobre os alimen-tos. É importante também manter utensílios como facas, pla-cas de corte e outros equipamentos limpos e em bom estado de conservação”, explica o nutricionista Virgílio José Strasburg.

Quanto à distribuição dos alimentos, os donos de restau-rantes devem estar atentos à temperatura de conservação dos equipamentos. Para balcões de alimentos frios a temperatura fica entre 0° e 10°C. Já nos balcões quentes e bufês a temperatu-ra deve ser superior a 60°C. “Essas medidas ajudam a garantir a qualidade microbiológica, uma vez que a maioria das bacté-rias tem uma condição favorável de multiplicação justamente numa faixa de temperatura ente 10° e 60°C”, ressalta.

Esses cuidados são exigidos para evitar a contaminação dos alimentos, problema que, além de pôr em risco a saúde dos

consumidores, pode resultar no fechamento do estabelecimen-to pela Vigilância Sanitária. Os surtos da chamada DTA, doença transmitida por alimento, não são raros e acontecem devido às más práticas de conservação e manipulação da comida.

A DTA mais comum é salmonelose, causada pela bactéria Salmonella entérica, presente em alimentos crus, em especial, os de origem animal, como o ovo e as carnes. Os principais sinto-mas são diarreias, vômitos e dores abdominais. “As DTAs tra-zem efeitos bastante nocivos, tanto para os usuários, que arcam com hospitalização, dias sem trabalhar, quanto para os empre-sários, que têm exposição negativa na mídia, perda de clientes e, consequentemente, de faturamento.” Em Novo Hamburgo, uma maionese de batata servida em um restaurante da cidade foi responsável pela contaminação de 300 pessoas no ano pas-sado. Além de gerar risco à saúde, o estabelecimento, que não tinha o alvará de Saúde, foi fechado pela Vigilância Sanitária. “Desde crianças de colo até idosos foram hospitalizados devido à contaminação pela salmonelose”, afirma a fiscal sanitária da Vigilância em Saúde Julyana Simões Matos.

Bares e restaurantes no rio Grande do sul seguem as diretrizes

de duas legislações sanitárias específicas. são elas: a Portaria

78/2009 da secretaria estadual de saúde e a resolução nº

216/2004 da Anvisa, que dispõe sobre o regulamento técnico

de Boas Práticas para serviços de Alimentação.

Quando um estabelecimento não cumpre as regras sanitárias

ele está sujeito a punições que podem chegar à multa e ao

fechamento do local. o primeiro passo da vigilância sanitária

é fazer a notificação ao proprietário e solicitar as adequações.

mais do que simplesmente uma obrigação legal, a

legislação é um instrumento para a gestão de restaurantes.

A sua utilização serve como guia para se ter uma melhor

eficiência dos processos.

higienização de instalações, equipamentos e móveis

Controle integrado de vetores e pragas urbanas

higienização do reservatório de água

higiene e saúde dos manipuladores

Como funCiona a fiSCalização

itenS obrigatórioS de Controle

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especial

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Esocial dEvE sEr obrigatório

Em 2016

ovo sistema unificará dados tributários, trabalhistas e fiscais,

de órgãos como caixa econômica federal, inss, ministérios da

Previdência social e do trabalho e emPrego e receita federal,

Por meio de software PróPrio que será testado neste anoNse preparar para o novo Sistema de Escritura-

ção Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Traba-lhistas (eSocial). O grupo de trabalho confederativo (GTC), que auxilia no planejamento e desenvolvimento de ações para a unificação de informações trabalhistas, previdenciá-rias e fiscais, espera lançar na segunda quinzena de fevereiro o layout da nova plataforma. O cronograma provável de im-plantação (veja no quadro da página 29) prevê ainda para 2015 os testes do software próprio e do módulo web para as micro e pequenas empresas, além de uma ferramenta de consultas para a qualificação cadastral de profissionais. No entanto, a adesão obrigatória só deve acontecer em meados de abril de 2016, após o novo sistema ser testado pela adesão voluntária de empresas de qualquer porte. Até o fechamento desta edi-

texto Cláudia Boff

imagem de abertura ©iStock.com/Alengo

AS empreSAS BrASileirAS terão mAiS um ANo pArA

conta

bilidade

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contabilidade

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ção, o cronograma oficial do eSocial não havia sido publica-do pelo governo federal e demais entidades participantes.

Oficializado pelo decreto nº 8373 – que foi publicado pela presidente Dilma Rousseff, no Diário Oficial da União de 12 de dezembro de 2014 –, o eSocial é uma nova for-ma de organizar informações relativas a empregados e trabalhadores. Também chamado de folha de pagamento digital, ele está vinculado ao Sistema Público de Escritu-ração Digital (Sped), permitindo o lançamento de eventos e a geração de documentos, ligados a órgãos como a Caixa Econômica Federal, Instituto Nacional de Seguridade So-cial (INSS), Ministérios da Previdência Social e do Trabalho e Emprego e Receita Federal. Entre eles, dados sobre con-tribuições previdenciárias, folha de pagamento, acidentes

de trabalho, aviso prévio, escriturações fiscais e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O coordenador do GTC do eSocial, José Alberto Maia, diz que a iniciativa representa uma nova forma de registrar even-tos trabalhistas. “Tudo o que acontece no mundo do trabalho, e é relevante, tem que ter um registro, o que significa um novo evento a ser publicado pelas empresas”, explica o também re-presentante do eSocial junto ao Ministério do Trabalho e Em-prego (MTE). Segundo o auditor-fiscal do Trabalho, o projeto significa uma nova forma de tornar os dados dos empregados ativos, dentro dos prazos já determinados pela legislação. “Um dos objetivos é assegurar, de forma mais eficaz, os direitos dos trabalhadores. Será um jeito mais simples e barato de gerar in-formações para o Estado, mas com melhor qualidade.”

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lançamento de dados

Depois de sucessivos adiamentos, devido a alterações nos campos de dados, o GTC do eSocial planeja lançar o layout do software principal do projeto ainda em fevereiro. Nessa etapa, as empresas desenvolvedoras farão os ajustes necessários, preparando-se para os testes do novo sistema que devem ser efetuados entre julho e dezembro deste ano.

Atualmente, empregados e empregadores preenchem diversas declarações e documentos com as mesmas infor-mações para fontes diferentes. Por meio da unificação de dados, a expectativa do governo é simplificar e desburocra-tizar a escrituração das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas. O presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perí-cias, Informações e Pesquisas do Rio Grande do Sul (Sescon-RS), Diogo Chamum, diz que cada empresa terá seu banco de dados no Sped. “Deverão ser informados dados funcionais, como admissão, cargo, funções, jornada de trabalho e horas extras, controle dos atestados, avisos de férias e afastamen-tos”, descreve. O cadastramento digital, segundo ele, inclui-rá dados que não são comuns para as empresas, como a cor da pele do empregado e se ele possui residência própria.

A prestação de informações será feita por meio do regis-tro de eventos trabalhistas, que contará com um arquivo no formato XML. O documento será validado e armazenado em um ambiente na internet e depois distribuído aos entes con-sorciados: Caixa, INSS, Ministérios da Previdência Social e do Trabalho e Emprego e Receita Federal. O diretor da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fena-con), Helio Donin Júnior, explica que se devem transmitir três tipos de eventos. “Vão-se gerar os eventos iniciais e tabelas do empregador/contribuinte, eventos periódicos, como folha de pagamento, e eventuais, como acidentes de trabalho e doenças funcionais”, descreve o também integrante do GTC do eSocial. O prazo de guarda para essas informações, conforme o artigo 173 do Código Tributário Nacional é de cinco anos.

Qualificação cadastral

Para que as empresas possam migrar com tranquilidade para o novo sistema é fundamental que os dados cadastrais dos colaboradores estejam atualizados. “O eSocial exige uma grande quantidade de informações e cadastro comple-to dos empregados. A existência de dados faltando, desatu-alizados ou em duplicidade pode ‘trancar’ o andamento dos trabalhos ou mesmo a migração para o novo sistema”, alerta o contador Cássius Régis Antunes Coelho, que representa o Conselho Federal de Contabilidade no GTC do eSocial.

Uma das situações comuns, segundo Chamum, é o caso de funcionárias que casam e mudam de nome. “Acaba fican-

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como sE prEparar para a mudança

A adesão ao eSocial será obrigatória e abrangerá todas as empresas em 2016. Confira algumas dicas de especialistas para que a mudança não seja traumática:

Não deixe para conhecer o eSocial na última hora

procure se informar sobre prazos e o funcionamento do

novo sistema

Faça um bom planejamento de implantação

Analise os seus processos e veja o que é preciso melhorar

Verifique o cadastro interno de funcionários, atualizando os

dados nas diferentes fontes que integram o eSocial

Adapte o seu sistema contábel aos parâmetros do software

do novo sistema

prepare-se para uma mudança sensível de cultura,

estabelecendo novos costumes para o registro de

informações internas

Veja se é preciso contratar novos colaboradores

treine a sua equipe e mantenha as obrigações em dia, pois

ninguém poderá deixar de registrar o que aconteceu fora

dos prazos previstos na legislação

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do o nome de solteira no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). Nesse caso, somente o próprio funcionário consegue alterar o registro na Receita Federal”, observa o presidente do Ses-con-RS. Esse e outros dados, segundo ele, já podem ser revi-sados pelas empresas no cadastro interno de funcionários, preparando-as para a futura adesão ao novo sistema.

A partir de março, o GTC do eSocial deve disponibilizar uma ferramenta de consulta para a qualificação profissio-nal. Segundo Maia, o módulo possibilitará o cruzamento do banco de dados da Caixa, Previdência Social, Receita Fede-ral, FGTS e MTE. “As empresas terão tempo para analisar os seus cadastros para que não haja problemas quando o siste-ma for obrigatório”, reforça o profissional, citando que não há registros graves de ‘queda’ durante a consulta ao banco de dados de outros sistemas governamentais.

mudança de cultura

De acordo com os especialistas, a implantação do eSocial trará diversos impactos para as empresas, que demandarão uma nova organização de processos, treinamentos das equi-pes de Recursos Humanos, assim como a adequação dos con-tadores envolvidos. “A grande mudança nas empresas será cultural. Temos prazos da Consolidação das Leis do Traba-lho (CLT) que estão em vigor há 70 anos, mas até hoje não são cumpridos a rigor e não há uma fiscalização efetiva”, enfatiza Chamum.

Na prática, segundo ele, alteram-se algumas rotinas de trabalho, como a atualização quase que diária dos eventos relativos ao trabalhador. “Em muitos casos, o registro de novos empregados é feito quase 30 dias depois de eles já terem iniciado na empresa, quando a legislação pede que

Div

ulg

ão

/CN

Seg

Será uma mudança gigantesca que envolverá

todas as empresas, gerando informações com melhor

qualidade.

”“

José alberto maia

Auditor-fiscal do mte e coordenador do GtC do eSocial

cronograma provávEl dE implantação*

Período

Fevereiro/2015

março/2015

Julho a dezembro/2015

até dezembro/2015

Janeiro/2016

abril/2016

Junho/setembro/2016

atividade

lançamento do layout do software do eSocial

início da consulta à qualificação profissional

testes do software do eSocial

lançamento e teste do módulo web para as

micro e pequenas empresas

Cadastramento voluntário no eSocial

início da obrigatoriedade para o primeiro grupo

de empresas

Adesão obrigatória para o segundo grupo de empresas

Quem participa

empresas de desenvolvimento

todas as empresas

empresas de software

empresas de desenvolvimento

empresas de qualquer porte

pessoas jurídicas com faturamento acima

de r$ 78 milhões no ano de 2014

pessoas jurídicas com faturamento até r$

78 milhões no ano de 2014

Fonte: Gt confederativo do eSocial / *Sujeito a alterações a critério do governo e entidades envolvidas no novo sistema.

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as admissões sejam feitas um dia antes do começo das ati-vidades”, alerta. Outros casos citados por Chamum são o descumprimento da emissão de atestados ocupacionais, que deveria ocorrer a cada dois anos, e do aviso de férias, que deve ser formalizado 30 dias antes do seu gozo.

Para Domin Júnior, haverá reflexos em todos os níveis corporativos. “As empresas de maior porte contam com De-partamentos Pessoais e de Recursos Humanos e são as que geram a maior massa de informações trabalhistas. Em 90% dos casos, os serviços contábeis são terceirizados, que devem oferecer uma ferramenta ágil”, observa ele, citando que ha-verá uma mudança de logística na comunicação interna. “O novo sistema oferece mais organização, possibilitando maior controle e gerenciamento das informações. É a troca de um modelo arcaico e físico para um digital, mais inteligente.”

consolidação de dados

A chave de identificação do trabalhador no eSocial será o CPF, associado ao Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), que conterá as informações de trabalhadores e con-tribuintes individuais, empregadores, vínculos empregatí-cios e remunerações. À medida que forem sendo lançados dados e eventos, o banco de dados do eSocial será consoli-dado. Isso possibilitará que sejam substituídos documentos

financeiros e rotinas contábeis obrigatórias, que passarão a ser armazenados em um único local. “As empresas deixarão de enviar a mesma informação para diferentes fontes. A pu-blicação dos dados será padronizada, além das informações serem guardadas em um ambiente seguro e sem ônus para as empresas”, aponta o coordenador do GTC do eSocial.

A folha de pagamento digital conterá ainda os dados do Cadastro Geral de Empregados e Empregadores (Caged), a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), a Declaração do Imposto sobre a Renda Retida na Fonte (Dirf) e a Ficha Registro do Empregado, entre outros dados unificados, pos-sibilitando a geração de guias do INSS e FGTS e até mesmo o débito em conta do FGTS. “Podem-se gerenciar melhor os custos nas áreas tributária e trabalhista. Será um grande ga-nho não ter que enviar a grande quantidade de obrigações acessórias que se tem hoje”, comemora Coelho.

Devido aos erros e fraudes apontados na divergência de da-dos em folha de pagamento e a guia de recolhimento do FGTS, segundo dados divulgados pela Receita Federal e a Consultoria Ernst & Young, acredita-se que o governo deixou de recolher em 2012 R$ 4 bilhões. Conforme Chamum, com o eSocial o go-verno esperava arrecadar mais de R$ 20 bilhões por ano. Outros resultados almejados com o novo sistema são a melhoria da fis-calização, agilidade na concessão de benefícios e o aumento do emprego formal e das inclusão previdenciária.

micro e peQuenas empresas

A Secretaria da Micro e Pequena Empresa está desenvol-vendo um módulo simplificado para o eSocial, voltado às empresas de pequeno porte. Uma consulta pública eletrôni-

Divulgação/Conselho Federal de Contabilidade

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uivo

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sso

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O eSocial não cria novas regras, mas força que todos cumpram o que está na lei.”

Helio donin Júnior

Diretor da Fenacon e integrante

do GtC do eSocial

Último encontro de 2014 do grupo

de trabalho Confederativo

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contabilidade

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EntEnda o Esocial

O eSocial é um projeto do governo federal que prevê a unificação eletrônica de informações trabalhistas, previdenciárias, tributárias e fiscais relativas à con-tratação e utilização de mão de obra e outros dados previdenciários e de rendimentos. Esse grande ban-co de dados nacional será armazenado pela Serpro, prevendo o cadastramento e a inclusão de novos eventos a partir de janeiro de 2016. Os prazos das obrigações acessórias seguirão a legislação vigente. Já os arquivos deverão ser transmitidos em formato XML, sendo que as micro e pequenas empresas terão um módulo web simplificado. A regulamentação do eSocial deverá ocorrer através de medidas que serão publicadas pela Caixa Econômica Federal, Ministério do Trabalho, INSS e Previdência Social.

grupo de trabalho Confederativo

O Grupo de Trabalho Confederativo (GTC) foi criado em outubro de 2014 para apresentar sugestões de imple-mentação e desenvolvimento do eSocial, juntamente com o governo e a sociedade. As reuniões são realizadas mensalmente com integrantes de entidades como o Con-selho Federal de Contabilidade (CFC), Federação Nacio-nal das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), Sebrae Nacional, Confederações Nacional da Indústria e do Comércio (CNI e CNC), Receita Federal, INSS, Ministérios da Previdência Social e Emprego e Ser-viço Federal de Processamento de Dados (Serpro), além de empresas de software.

Premissas do novo sistema

Construção coletiva e gestão compartilhada

Autonomia no tratamento das informações e utilização dos

dados no limite das atribuições e competências

prestação única da informação

Não criação de novas obrigações

ca foi realizada entre 6 de outubro e 4 de novembro para a coleta de sugestões que subsidia a proposta. No novo mode-lo, conforme o governo, serão unificados o recolhimento de tributos e as obrigações que precisam ser cumpridas pelas micro e pequenas empresas. A previsão é de que a ferramen-ta seja lançada e testada até dezembro deste ano.

Conforme o GTC do eSocial, as empresas de menor porte contarão com um módulo web para prestação de informações de forma simplificada. A tecnologia fará o repositório de dados para o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). O objetivo é possibilitar o envio de informações e eventos em for-mato XML para os empregadores de menor porte. Conforme Maia, haverá aplicativos web direcionados para o empregador doméstico, segurado especial, pequeno produtor rural, optan-tes pelo Simples Nacional e o Micro Empreendedor Individual.

Coelho, no entanto, diz que o desenvolvimento de um siste-ma paralelo gera uma certa disparidade no modelo unificado de informações, proposto pelo governo. “A legislação trabalhista é igual para todos. O que muda são algumas alíquotas, por isso o tratamento precisa ser o mesmo para todas as empresas.”

fase-piloto e obrigatoriedade

Após os seis meses de testes no software próprio, o GTC do eSocial pretende que o novo sistema seja liberado em janeiro de 2016 para o cadastramento voluntário de empresas de qual-quer porte. A fase-piloto do projeto, segundo Maia, termina com o início da obrigatoriedade para a adesão de pessoas jurí-dicas que tiveram faturamento acima de R$ 78 milhões no ano de 2014. Dentro de três a seis meses, segundo ele, será a vez das demais empresas migrarem para o eSocial. “Em 2015, pode-se experimentar à vontade. As multas só serão cobradas ao final da fase-piloto, pois não existe obrigatoriedade sem multa”, ga-rante o coordenador do GTC do eSocial.

As informações e eventos transmitidos para o novo siste-ma, segundo ele, são passíveis de retificação. “Se os dados esti-verem errados, gerarão cadastros e guias com dados e valores incorretos.” O auditor-fiscal alerta, porém, que problemas de conexão não serão justificativa para o não cumprimento dos prazos. “Cada uma das obrigações tem o seu prazo previsto na legislação. Não se deve deixar para a última hora.” Com o funcionamento do novo sistema, a expectativa do governo é de que mais empresas mantenham-se adimplentes. “A fiscali-zação hoje é feita de forma intuitiva e precária, atingindo de 3

a 4% das grandes empresas. Isso representa 60% dos trabalha-dores brasileiros. Com maior percepção de risco, as empresas terão que estar em dia com a legislação.”

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saiba

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mais

TribuTos/ SimpleS NacioNal regiStra 500 mil NovaS adeSõeSCom prazo para inclusão encerrado em 30 de janeiro, o Simples Na-cional registrou uma alta de 500 mil novas micro e pequenas empresas na modalidade para o exercício de 2015, uma alta de 125% em relação às adesões para o exercício de 2014. O regime tributário, cujas arreca-dação, cobrança e fiscalização são compartilhadas entre a União, os es-tados e os municípios, permite às empresas pagar com um único boleto oito impostos. Segundo o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, o aumento registrado neste ano é fruto da universalização do Simples, com a abertura para outras cate-gorias. A expectativa do governo foi superada, já que a estimativa era a de 420 mil novas empresas aderindo.

maiS & meNoS

VeíCulosA produção de veículos automotores,

reboques e carrocerias recuou 16,8% em 2014, em relação ao ano anterior.

TribuTosNo ano passado, os brasileiros pagaram

mais de r$ 1,85 trilhão em

impostos, o que corresponde a um volume

de R$ 58.713,11 por segundo, segundo

cálculos do Impostômetro. Cada habitante

contribuiu com R$ 9.392,45.

imposTo de rendaA Receita Federal espera receber este

ano 27,5 milhões de declarações

do Imposto de Renda Pessoa Física

(IRPF), pouco mais que as 26,8 milhões

declarações recebidas em 2014.

FalênCiasEm janeiro, o país registrou 113

requerimentos de falências, queda de

11,7% em relação a dezembro,

segundo a Serasa Experian. Na

comparação com janeiro de 2014, o

número de pedidos caiu 8,9%.

e-CommerCeCom faturamento de r$ 39,5 bilhões, o e-commerce brasileiro

fechou 2014 com alta de 27% na

comparação com 2013, segundo

pesquisa feita pela Associação Brasileira

de Comércio Eletrônico (ABComm).

TeleFoniaAs ligações locais e interurbanas de

telefone fixo para celular ficarão em

média 22% mais baratas, com valor

semelhante aos das ligações entre DDDs

iguais, segundo definição da Anatel.

TeCnologia / peSquiSa poSSibilita deSpoluição de águaS

uma pesquisa realizada pelo Insti-tuto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) identificou que é possível adotar medidas para despoluição de águas contaminadas por metais pesados e agroquímicos. O estudo, iniciado em 2013, mapeia a diversidade de micro-organismos ao longo do curso do Rio Tietê, no estado de São Paulo, e mos-trou a capacidade do rio em recupe-

rar-se mesmo depois de trechos muito poluídos. Algumas bactérias e fun-gos reagem contra os poluentes e fazem com que a água volte a ter boa qualidade, podendo ser usada para nadar e até pescar. A pesquisa propõe usar esses micro-organismos na água poluída, antes que ela seja escoada para o rio. A nova técnica de tratamento poderá ser reaplicada, evitando não só a poluição do Tietê, mas também de outros rios. Nas áreas mais poluídas, os pes-quisadores identificaram espécies de bactérias resistentes a metais pesados, que poderiam ser usadas em processos de remediação de áreas contaminadas e mesmo em estações de tratamento de esgoto. Outra linha de pesquisa do es-tudo indica a descoberta de antibióticos eficazes contra bactérias atualmente resistentes à ação de remédios. Como a quantidade de bactérias e fungos no Rio Tietê é muito grande e a tendência é de que haja uma competição de so-brevivência entre elas, existe a possibilidade de que elas produzam moléculas de defesa, que podem funcionar como antibióticos e antifúngicos em pessoas e animais. O grupo estuda o potencial de cura dessas moléculas.

©iStock.com/Bitenka

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mobilidade/ carroS compartilhadoSa onda do compartilhamento de bicicletas, presente em diversas ci-dades brasileiras, chegou aos automóveis. Em dezembro, Recife inau-gurou o primeiro sistema de compartilhamento de veículos elétricos do país e trouxe para o Brasil uma tendência já em curso nos Estados Unidos e na Europa. O mecanismo é o mesmo: o usuário pega o carro em vagas ou garagens espalhadas pelas cidades e devolve, depois, em um período determinado. Neste ano, o modelo deve estar em funciona-mento também no Rio de Janeiro, que já lançou chamada pública sobre a viabilidade do projeto. Uma empresa em São Paulo oferece o serviço desde 2010, mas tem somente carros movidos a combustível.

inTerneT / minisTério da JusTiça pede

sugesTões sobre proTeção de dados

O Ministério da Justiça está coletando

sugestões da sociedade para elaborar

dois documentos relativos ao uso da

internet e à proteção de dados do

cidadão. Um visa a consubstanciar a

minuta de decreto presidencial que

vai regulamentar o Marco Civil da

Internet, sancionado em abril de 2014;

e o outro subsidiará o anteprojeto de

lei de proteção de dados pessoais. As

sugestões podem ser apresentadas até

o final do mês de fevereiro, devendo ser

encaminhadas pelos sites www.marcocivil.

mj.gov.br e www.dadospessoais.gov.br.

O anteprojeto pretende assegurar ao

cidadão direitos básicos sobre seus dados

pessoais, armazenados em território

nacional ou em centrais fora do país,

garantindo controle sobre informações

pessoais, usadas por organizações,

empresas ou governo.

a realização da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, não foi suficiente para transformar o país no destino preferido para os viajantes de países latinos. Mesmo assim, Porto Alegre entrou para o ranking TOP 20 do Uruguai, segundo pesquisa realizada pela Decolar.com, que consolidou a relação dos 20 destinos internacionais prediletos, em 2014, pelos turistas argentinos, bolivianos, chilenos, colombianos, mexicanos, paraguaios, peruanos, uruguaios e venezuelanos. Comparando os resultados com os dados de 2013, nota-se um crescimento de turistas vindos para o Brasil e a inclusão de outras cidades nacionais nos respectivos rankings. No caso dos uruguaios, entre as cidades favoritas aparecem São Paulo e Rio de Janeiro, na segunda e na terceira posição, Fortaleza em sétimo lugar e Porto Alegre em décimo em um ranking com 20 cidades.

Turismo / uruguaioS iNSerem porto alegre No ranking

©iStock.com/RGB Alpha

©iStock.com/Frank Ramspott

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sescFe

vere

iro

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ara amantes da natureza

e do esporte, a travessia

torres tramandaí sesc (ttt) é a

oportunidade perfeita para juntar

as duas coisas e ainda testar o

condicionamento físico

Pa Travessia Torres Tramandaí Sesc (TTT)

é considerada uma das maiores e mais difíceis provas do Rio Grande do Sul, com um percurso equivalente a 81.240 me-tros – que representa quase o dobro da Maratona Interna-cional de Porto Alegre e o equivalente a mais de cinco vezes a distância da Corrida Internacional de São Silvestre.

Neste ano, 2,2 mil atletas de diferentes estados participa-ram das provas, que podem ser realizadas individualmente ou em grupo, nas categorias dupla, quarteto e octeto. Para o ge-rente de Esporte e Lazer do Sesc-RS, Marcelo de Campos Afon-so, esta edição da Travessia foi a melhor dos últimos anos. “O clima estava bastante agradável para os atletas, a questão da logística também deu muito certo. Esta foi a melhor edição”, afirmou. O dia nublado favoreceu os atletas, mas não dimi-nuiu a importância do condicionamento físico adequado para uma prova que, independentemente das condições de tempo e vento, é sempre exaustiva, exigindo preparo dos atletas e dos organizadores. “Contamos com o apoio da Unimed no caso de alguma urgência, mas não tivemos nenhum problema”, conta.

Para dar conta do trajeto é preciso, ainda, estar com a cabeça tranquila, comenta o campeão da categoria Indivi-

Realizada Pela 11ª vez em 31 de janeiRo de 2014,

Prova de fôlego

Guto oliveira/Transpire/divulgação Sesc

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CirCuito SeSC de CorridaS ocorreu no dia 7

de fevereiro, em atlântida Sul, a primeira etapa

de 2015 do Circuito Sesc de Corridas. a prova

contou com 927 atletas inscritos e movimentou

o litoral norte. Com distâncias de 3km, 5km e

10km na categoria adulto (a partir dos 16 anos) e

de 1km e 2km na categoria infantil (10 a 12 anos

e 13 a 15 anos, respectivamente), a corrida foi

uma realização do Sistema Fecomércio-RS/Sesc

com o apoio da Prefeitura municipal de osório.

neste ano, o Circuito Sesc de Corridas conta com

13 etapas. a próxima está programada para a

manhã do dia 29 de março, em Caxias do Sul, e

as inscrições já estão abertas no site www.sesc-rs.

com.br/circuitodecorridas.

Prêmio SeSC de Literatura 2015 estão

abertas, até 1º de março, as inscrições para o

Prêmio Sesc de literatura 2015. Pela primeira vez,

desde a criação do prêmio, em 2003, o processo

seletivo será inteiramente realizado pela internet,

incluindo o envio de informações pessoais e da

obra propriamente dita. outra novidade

desta edição é que os vencedores serão

anunciados em julho durante a 13ª edição da

Festa literária de Paraty, a Flip.

dual Masculino, Jeferson Dias, 32 anos. “Quem se propõe a fazer essa prova fisicamente está pronto. O que pesa mesmo é o psicológico do atleta”, diz. Jeferson, que participou da edição passada, ficando em segundo lugar, aproveitou que estava no seu melhor momento e decidiu que voltaria a cor-rer no TTT em 2015 para tentar a primeira colocação.

Realizada pelo Sistema Fecomércio-RS/Sesc, com apoio do Clube de Corredores de Porto Alegre (Corpa), a prova teve largada a partir das 6h da manhã em Torres, próximo à Casa do Estação Verão Sesc; e chegada na praia de Imbé (junto à Barra). “Não é uma prova elitizada, é para amantes do esporte. É com foco nesse objetivo, de bem-estar das pes-soas, que trabalhamos”, resume Afonso.

agenda de eventos

28/Fev e 1º/marFinal estadual do Circuito Verão Sesc de esportes

depois de passar por mais de cem cidades em todo

o estado, durante as etapas locais, o Circuito ve-

rão sesc de esportes realiza a final estadual nos

dias 28 de fevereiro e 1º de março, em torres, com

a participação de 2,5 mil atletas.

10/marencontro do Programa Sesc Sorrindo para o Futuro

o teatro do sesc gravataí sedia o próximo encontro

estadual sesc sorrindo para o futuro, no dia 10 de

março. o evento reunirá representantes dos mais de

200 municípios gaúchos participantes do programa.

Categoria – individual

masculino

1º jeferson dias

2º eduardo Campelo Carvalho

3º alex Rodrigo da Silva

Feminino

1º daniela Santarosa

2º Renata vidal Peixoto

3º Gilceia a. da Silva

masculino master

1º Claudio nunes de oliveira

2º luciano Bitencourt marcos

3º osvaldo luis Paiva

Feminino master

1º Rosana de Fátima S. almeida

2º daniela Signori

3º marcia denize S. de lima

Categoria – duplas

masculino

1º Perfect Run 23

2º Cia dos Cavalos

3º danivist Running

Feminino

1º Sol Personal Running/

Claudia Weber

2º Cia dos Cavalos

3º Run4life 1

misto

1º Cia dos Cavalos / Koi

2º danivist Running 11

3º lexis / oxigênio

Categoria – Quartetos

masculino

1º Cia dos Cavalos

2º oxigênio Sports d

3º Faccat/acad. energia vital m2

Feminino

1º Winners/adidas/Powerate QTTT4

2º Percorrer/Sogipa

3º oxigênio Sports C

misto

1º Gruppen dell Software i

2º Cia dos Cavalos/arroz de melo

3º Base1 a

Categoria – octetos

masculino

1º Cerro largo/agrale/jr autopeças

2º miriam Caldasso

3º Cia dos Cavalos

Feminino

1º Gruppen dell Software iii

2º União 100% Corrida

3º dB endurance/

Powerade/Betiolo

misto

1º ascort Torres RS

2º R.a. Runners 98

3º Sogipa Percorrer na madrugada

misto master

1º Cia dos Cavalos

2º Gruppen dell Software

3º R.a. Runners 97

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tendências

por inúmeros canais de comunicação já não podem ser mais negligenciados, até porque seria inevitável: ce-lulares, tablets e afins já viraram extensões do corpo humano. Aliás, nem esse conceito pode ser reconhecido como novo: a expressão foi cunhada pelo teórico canadense da comunicação Marshal McLuhan, em 1964. Ele se referia aos meios de comu-nicação eletrônicos, como o rádio e a televisão, mas por que seria diferente com os canais digitais? Não é.

Andamos nas ruas com smartphones em mãos para realizar desde as tarefas mais simples, como chamar um táxi, às mais complexas, como identificar o trajeto mais curto até o destino final da corrida. Enxergar com atenção esse movimento, que

Os dispOsitivOs móveis e a cOnectividade favOrecida

©istock.com/s-cphoto

a internet, nas redes

sociais, em qualquer

lugar. sua empresa tem que

acompanhar o seu cliente,

onde quer que ele esteja

n

NRF: uma jaNela paRa o FutuRo

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não é recente, mas bastante revelador em relação aos nossos hábitos de consumo, é dar um passo à frente da concorrência. Essa foi a principal mensagem da 104ª Retail’s Big Show, promo-vida pela National Retail Federation (NRF), em Nova Iorque.

Para a economista-chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Paler-mo, o recado é claro: “A incorporação da tecnologia no dia a dia do varejo é um caminho sem volta”. Mas não é só por conta da tendência que a presença no ambiente digital deve ser apri-morada. Além de inevitável, os canais de comunicação disponí-veis hoje são uma forma de melhorar resultados. Uma pesquisa realizada pela consultoria Deloitte e divulgada durante a NRF assegura que 78% das compras ainda são concretizadas em lo-jas físicas, porém, 84% dos compradores pesquisam a loja no ambiente virtual antes de efetuar a compra. No entanto, o dado mais revelador do estudo aponta que consumidores que se en-gajam com a marca no ambiente digital são 21% mais rentáveis do que os que recorrem a apenas um canal da marca.

Onipresente

Onde estiver o seu cliente, sua loja também precisa estar. É óbvio? Talvez, mas ainda existem pontos de venda que dis-ponibilizam apenas o espaço físico como opção para os consu-midores. Esses tendem a ficar cada vez mais obsoletos, alerta a economista Patrícia Palermo. “Quando uma empresa não está na internet, parece que ela nem existe. Muitos consumidores pesquisam antes de ir às compras de fato”, esclarece. Mas não basta ter apenas um site para estar ligado ao consumidor. É preciso, realmente, se fazer presente, com páginas nas redes sociais e interação constante com o público, partindo sempre da premissa de que o comportamento da sua empresa na inter-net não pode ser diferente do que a marca prega.

“O varejo precisa ter uma relação onipresente com o con-sumidor, com múltiplos canais de vendas simultâneos”, indica Patrícia. É fácil entender o motivo: assim como um cliente pre-fere comprar pela internet, outro pode não abrir mão da loja fí-sica. Nas redes sociais, as preferências também se manifestam: existem internautas que ficam ligados o tempo todo no Twitter e os que só curtem o Facebook. E você não pode se dar ao luxo de perder qualquer um desses pretensos compradores!

A mensagem deixada pela NRF pode ser assustadora para empresas de pequeno e médio portes, mas todas podem incor-porar as novidades. De que maneira? Seguindo as tendências

comportamentais dos clientes e se diferenciando nos detalhes que caracterizam negócios de menor porte. “O segredo é inves-tir na aproximação e no afeto com o cliente”, indica Patrícia.

A comitiva gaúcha que foi à NRF contou com a participação de Gabriel Duarte, sócio-fundador do mercado Brasco, empre-endimento instalado há dois anos em Porto Alegre e que é um exemplo de ambiente pequeno, mas aconchegante. Uma das apostas do Brasco é o contato com os clientes pelo Facebook, por onde consumidores conhecem um pouco mais da história de quem coloca o mercado para funcionar todos os dias. Assim, o Brasco consolida a empatia do contato presencial com um recurso que não requer grandes investimentos, apenas a iden-tificação com o propósito da marca.

Confira as novidades das redes sociais e de marcas que estão se renovando para encantar o novo consumidor:

Com um clickO twitter e o facebook já estão estudando a incorporação de

um novo ícone para os usuários das duas mais aclamadas redes

sociais. além de curtir, os internautas poderão clicar, também,

em comprar para adquirir produtos ou serviços anunciados

Quem nunca?

se você nunca teve o sonho de dormir em uma loja, prova-

velmente já conheceu alguém que já tenha desejado isso.

pensando nisso, a rede de varejo de utilidades para casa ikea

promoveu uma experiência imersiva para os clientes, permi-

tindo que dormissem na própria loja, vivenciando o conceito

defendido pela marca, que tem como lema a criação de uma

vida melhor a cada dia para muitas pessoas. Quem realizou o

sonho de dormir em uma loja ganhou um amanhecer de co-

mercial de televisão, com café da manhã e cachorros. a ação

foi realizada por lojas da rede em vários países.

Gostou, pagou

no Japão, a rede varejista Gu oferece uma espécie de test-dri-ve das roupas que comercializa. O cliente leva, experimenta e

só depois de 24 horas paga pelo produto. a venda é baseada

na confiança no consumidor. Quando a roupa é devolvida, ela

passa a compor o visual dos manequins da loja.

Shopping digital

a compra digital é uma tendência tão forte que já existe, inclusive,

um aplicativo com status de shopping. É a Wanelo (Want, need e

Love), que reúne lojas e consumidores para comercializar de tudo.

Novidade à vista

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no que diz respeito à capacitação voltada para o mercado de trabalho. Por isso, a entidade firmou uma parceria com a rede de escolas japo-nesa Alegria de Saber a fim de capacitar brasileiros carentes de formação técnica naquele país. O curso de Administração EAD é a primeira ação nessa linha e já conta com uma turma

em andamento. A aula inaugu-ral aconteceu no dia 7 de feve-reiro, na cidade de Hamamatsu.

O braço gaúcho da entidade foi escolhido para atender essa demanda em função da expe-riência que possui na oferta de cursos a distância. A Alegria de Saber, por sua vez, é uma rede de escolas que atende brasilei-ros e está presente em sete ci-dades na Terra do Sol Nascente. Diante da necessidade de ofere-cer aos imigrantes uma opção de curso técnico, a instituição procurou a embaixada brasi-leira, que indicou o Senac. “O

Inovação é uma das marcas do senac-rs, referêncIa nacIonal

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fevereiro, na cidade de Hamamatsu

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Pós-GrAduAção A distânciA o senac-rs, por meio

do centro universitário senac de são Paulo, abriu inscri-

ções (até 26/2) para 18 opções de cursos de Pós-Gra-

duação a distância nas áreas de educação, gestão,

meio ambiente e produção de alimentos. os interes-

sados precisam ter graduação concluída e acesso à

internet, bem como conhecimentos de informática e

navegação para acompanhamento do curso. é neces-

sário ter disponibilidade de participar de um encontro

presencial por semestre para avaliações obrigatórias no

polo escolhido pelo aluno.

QuAlificAção ProfissionAl: cursos técnicos o

senac-rs oferece mais de 30 opções de cursos téc-

nicos no primeiro semestre de 2015. as capacitações

são oferecidas tanto na modalidade presencial quanto

na modalidade a distância (ead) e têm duração média

de dois anos. os cursos presenciais abrangem quali-

ficações nas áreas de ambiente, beleza, comércio,

gestão, informática, moda, saúde, segurança e turismo.

na modalidade educação a distância, são opções de

cursos nas áreas de comércio, gestão, meio ambiente

e segurança. as aulas se iniciam no mês de março.

AgEnDA DE EvEntos

proprietário das escolas esteve aqui em 2013 numa reunião conosco, depois eu fui até o Japão para conhecer as instala-ções da escola e assinamos o termo de cooperação”, relata o diretor regional do Senac-RS, José Paulo da Rosa.

O perfil dos interessados até o momento, de acordo com Rosa, é de pessoas adultas, com certa experiência pro-fissional e curso médio concluído, mas sem formação téc-nica consolidada. A maior parte deseja retornar ao Brasil no futuro. “Esperamos que o curso possa se repetir semes-tralmente, e até oferecer outras formações, como técni-co em Marketing, Transações Imobiliárias, Segurança do Trabalho e Informática. Havendo demanda, poderemos até ampliar a oferta”, conta.

MesMo currículo e Metodologia

O curso técnico terá o mesmo currículo e metodologia do oferecido no Brasil. A única diferença serão os encontros pre-senciais concentrados ao final de cada semestre. Com ênfase na prática, a qualificação segue os princípios, a legislação e a cultura brasileiros, porque a maioria dos alunos deverá utilizar a titulação em seu retorno. “A maior parte do conteúdo tem a ver com a realidade brasileira e mundial, porque a gestão é um conhecimento global. Mas incluímos conteúdos referentes à realidade, cultura e leis japonesas também”, explica o diretor.

A parceria busca melhorar as condições de vida dos bra-sileiros que vivem no país. “A oportunidade que o Senac ofe-rece permitirá que eles obtenham essa qualificação e pos-sam ter mais sucesso, permanecendo lá ou retornando ao Brasil”, diz Rosa, ressaltando também a visão de futuro da iniciativa. Com carga horária de 800h, a instrução permite que 80% do total aconteça a distância, mas 20% da educação deve ser realizada por aulas presenciais. Por isso, haverá três momentos com os professores brasileiros que irão até o país asiático para ministrar as aulas, além dos encontros realizados por web conferência. O polo autorizado para re-cebê-los fica na cidade de Hamamatsu.

Pelo curso a distância, o estudante tem autonomia para assistir às aulas conforme a sua rotina. O conteúdo didático fica disponível ao aluno por meio de um ambiente virtual de fácil navegação, onde são promovidas interações entre cole-gas e docentes. Mais informações podem ser obtidas através do e-mail [email protected].

24/fevÚltima prova do Vestibular complementar

A Faculdade senac porto Alegre e a Faculdade de

tecnologia senac pelotas realizam a última prova

do vestibular Complementar às 19h. Comerciá-

rios, empresários do comércio e seus dependentes

têm preços diferenciados na matrícula. os aprova-

dos no processo seletivo podem optar pelo financia-

mento parcial ou total das mensalidades pelo Fies.

Mais informações pelo site http://www.senacrs.

com.br/vestibular.

Até 2/Marunidade Móvel em tramandaí

oficinas nas áreas de beleza, informática e gestão

podem ser frequentadas na Beira Mar de traman-

daí, das 10h às 18h, na Unidade Móvel do senac-

rs. Inscrições podem ser feitas no local. o ingres-

so é um quilo de alimento não perecível.

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dossiê / Jeans

escontraído, mas também

sofisticado, o jeans se adapta

a qualquer estilo. nunca uma

tendência foi tão forte a ponto

de fazer a cabeça de pessoas de

todas as idades, geração após

geração, por mais de um século

Dou da atualidade. É, obvia-

mente, um conceito que se aplica ao nosso estilo, do ves-tuário aos penteados de cabelo, mas que em nada pare-ce representar o jeans, tecido secular que sobreviveu a qualquer modismo e continua firme e forte nos nossos guarda-roupas. Nada mais justo, já que ele foi criado jus-tamente para ser durável!

As calças jeans surgiram há mais de 140 anos, em 1873, criadas pelo alemão Levi Strauss, que, anos antes, viajou ao velho oeste estadunidense para vender lonas, usadas para cobrir as carroças dos mineradores. Foi observando a rotina desses trabalhadores que ele notou que as rou-

MoDa poDe ser DefiniDa coMo uMa tenDência passageira

Para todos os gostos

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pas não resistiam ao trabalho pesado. Com o excedente de lonas que não conseguia vender, Strauss procurou um alfaiate para produzir calças com o tecido, que era, efeti-vamente, durável, porém bastante desconfortável.

No entanto, já dava indícios de como as peças deve-riam ser: resistentes, porém flexíveis. Para chegar a esse ideal, Strauss optou pelo algodão sarjado, também conhe-cido como brim, vindo da região de Nîmes, na França. A origem do tecido o levou a ser chamado de denim (de Nî-mes). O jeans estava quase pronto. Faltava um toque fun-damental: o azul. A peça que tinha uma tonalidade mais puxada para o marrom e para o bege só ganhou coloração quando Strauss passou a tingir as peças com o corante de Indigus, planta que deu origem ao termo índigo. Pronto, a receita do sucesso durador estava escrita.

evolução constante

Os modelos mais tradicionais de jeans foram concebi-dos pela marca Levi’s, que originalmente se chamava Levi Strauss & Co, empresa fundada por Levi Strauss em 1853, quando ele se mudou para São Francisco, nos Estados Uni-dos, em plena época da corrida pelo ouro. Vinte anos de-pois, ele seria responsável por criar a primeira calça jeans, e assim nasceu o primeiro modelo de jeans da história, o XX – já prenunciando que o século seguinte seria o da peça. Nunca ouviu falar no modelo Levi’s XX? Talvez porque você o conheça como 501, isso porque em 1890 uma remes-sa dessas calças foi armazenada no lote 501, o que bastou para que o modelo ficasse caracterizado pelo número.

A Levi Strauss & Co, a essa altura, era uma empresa voltada exclusivamente para esse negócio, inovando nas confecções a cada dia. O logo Two Horses, usado atualmen-te, já havia sido criado e estava em todas as peças, que chegavam ao mundo todo. Em 1895, veio a roupa de per-formance, com as primeiras calças desenvolvidas para ci-clistas. Em 1909, a marca lançou o modelo de calças cáqui e três anos depois (1912) a LS & Co lançava as primeiras calças para crianças. Só em 1918 surgem modelos espe-cíficos para as mulheres: os Freedom-Alls, uma espécie de túnica/calça que permitia liberdade de movimento às mulheres e também de escolha, já que era uma opção às tradicionais roupas da época.

Mais de 50 anos depois de confeccionar o primeiro jeans, a Levi Straus & Co passa a ser a marca registrada Levis, em 1928, mas sem perder a característica que congregava até então: a da busca pelo conforto, lá dos primórdios das pesquisas sobre as melhores combinações para fazer peças resistentes que não gerem desconforto, e a inovação na tentativa de atender a todos os públicos. Foi com esse espírito que em 1934 sur-giu a Lady Levi’s, uma calça com as mesmas características do jeans 501, só que com um cintura pensada especialmente para o corpo feminino, mais alta e ajustada.

Na década de 1960 a Levis lançou as Slim Fits, calças mas-culinas de sarja de cinco bolsos para homens, dando início a uma série de possibilidades de ajustes, comprimentos e experimentações mantidas até hoje por diversas marcas ao redor do mundo.

Jeans dos brasileiros

De acordo com pesquisa realizada pelo Ibope com mil pessoas, quase a metade dos brasileiros usa jeans diariamente.

Frequência

46% – usam roupa jeans todos os dias

23% – usam de quatro a seis vezes por semana

23% – de duas a três vezes por semana

6% – uma vez por semana

2% – a cada 15 dias

Nas capitais

goiânia é a cidade em que o jeans está mais presente: 76%

dos entrevistados dizem usá-lo todos os dias

florianópolis tem o menor percentual de entrevistados que

usam peças jeans diariamente: apenas 38%

porto alegre tem percentual próximo ao da média nacional:

47% disseram usar roupa jeans todos os dias

Preço

em média, o brasileiro gasta r$ 95 por peça

apenas 1% dos entrevistados mencionou gastar acima de r$

300, enquanto 5% dizem gastar entre r$ 21 a r$ 40

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dossiê / Jeans

acoMpanhe

curiosidade o nome jeans foi dado como

uma referência aos marinheiros

de gênova, na itália, que desde

o século 16 chamavam as suas

calças de genes. Devido ao sotaque

italiano, a palavra acabou se

tornando jeans.

Ícone pop“eu quero morrer de jeans”, disse o

pintor e cineasta andy Warhol, um dos

mais celebrados nomes da pop art.

graças à identificação com o tecido

mais jovial de todos os tempos, Warhol

inspirou, recentemente, uma coleção

da grife inglesa pepe Jeans.

dica de livroEm Moda Jeans – fantasia estética

sem preconceito (editora ideias

e Letras), a escritora Lu catoira

recupera a história do jeans e como

ele sobreviveu às efemeridades da

moda, tornando-se indispensável

para qualquer guarda-roupa.

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a conquista do mundo

Inicialmente, o jeans só era usado para o trabalho. A popu-larização só veio na década de 1950, quando a peça caiu no gos-to de celebridades como James Dean, Marilyn Monroe, Marlon Brando e Elvis Presley, que começaram a ser copiados pelos jovens da época. A tendência daquele tempo nunca cessou.

Basta olhar ao seu redor. Provavelmente, você encon-trará uma, se não muitas, peças confeccionadas em jeans, usadas por pessoas das mais diferentes idades: dos mais velhos aos bebês – sim, existe jeans em tamanho miniatura para o público baby. Para além do cinema, astros do rock, como Bob Dylan e Jimi Hendrix, incorporaram a peça ao seu estilo e ditaram, também, o estilo dos fãs. Que o diga o Festival de Woodstock. Fotos e vídeos daqueles dias de 1969 não deixam dúvida: o jeans era uma presença tão forte quanto o lema paz e amor.

Uma situação curiosa é que justamente pela grande dis-seminação entre os jovens, na década de 1950 o denim foi proibido em algumas escolas, especialmente no Leste esta-dunidense. A alegação era a de que a peça seria uma influên-cia negativa pela imagem de bad boys usando o produto no

cinema e na TV. Por sorte, o jeans caiu no gosto também dos mocinhos e hoje não tem lado.

À moda brasileira

No Brasil, entre 2008 e 2012, a produção foi elevada em 27%. Só em 2012, 348,8 milhões de peças foram con-feccionadas no país, segundo o Instituto de Estudos e Marke-ting Industrial (IEME). O aumento é enorme quando com-parado à fabricação de outros artigos de vestuário, que registram alta de cerca de 4%.

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Em 2014, o país prEsEnciou o maior des-controle das contas públicas dos últimos 16 anos. as contas do setor público consolidado (união, Estados e municípios) apresentaram um déficit primário pela primeira vez desde 1998. Isso significa que, mesmo sem contar com as despesas de pagamentos de juros, as contas públicas registraram um déficit de R$ 32,5 bilhões (0,63% do PIB). Como, infelizmen-te, tivemos que pagar uma conta de juros de R$ 311,4 bilhões (6,07% do PIB), o resultado final das contas públicas foi deficitário em R$ 343,9 bilhões (6,70% do PIB). O crescimento do déficit, que dobrou no último ano, passando de 3,25% do PIB, em 2013, para 6,70% do PIB, em 2014, é resultado de uma conta simples: os gastos cresceram mais que a receita.

Gastar mais do que se ganha é fácil e pra-zeroso. Há sempre despesas indispensá-veis e meritórias que precisam ser feitas. agora, em 2015, vem a parte difícil. Temos de fazer um ajuste fiscal para reduzir o tamanho do déficit. as primeiras medidas foram anunciadas pelo governo, e vão na direção do aumento de tributos (ipi, ioF e cide) e da contenção de gastos (redução das pensões, dos benefícios do seguro desemprego e do abono salarial). Tudo junto, o aumento de tributos e a conten-ção de gastos, gera uma redução estimada

em R$ 43 bilhões no déficit. Um valor ainda insuficiente, de modo que novas medidas devem ser anunciadas nos próximos meses.

O necessário ajuste fiscal hora em curso segue um script já conhecido da sociedade brasileira. primeiro, como ocorreu em 2014, o governo aumenta os gastos de forma irresponsável em um ritmo acima da arrecadação, sem que isso implique uma melhoria efetiva nos serviços públicos. Depois, quando o déficit público ameaça a solvência fiscal e prejudica a ativi-dade econômica, há uma contenção parcial dos gastos e uma nova rodada de elevação nos tributos. É preciso romper o círculo vicioso no qual o Estado arrecada para existir e existe para arrecadar. Em qualquer sociedade de-mocrática, a razão última do Estado é prestar serviços à população, sendo a arrecadação de tributos apenas uma forma de viabilizar finan-ceiramente esses serviços.

A carga tributária já atingiu, na última estatística oficial disponível divulgada pela receita Federal do Brasil, referente ao ano de 2013, 35,95% do piB. Dessa forma, é funda-mental que o necessário das contas públi-cas seja feito majoritariamente através da contenção dos gastos públicos, sem perda na quantidade e na qualidade dos serviços públi-cos prestados à população.

Marcelo PortugalConsultor Econômico da Fecomércio-RS

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Contas PúbliCas:fáCil de estragar,

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proporcionou que alguns hábitos se tornassem rotina. Um deles é a alimentação fora de casa, que 51% da população já encara como algo comum. No dia a dia, 16% dos trabalhadores fazem suas refeições em restaurantes, e no final de semana, almoçar ou jantar fora é algo comum para 24% dos brasileiros. Esse novo perfil de gasto com alimenta-ção faz girar R$ 121,4 bilhões por ano no país, quase o triplo de uma década atrás. Em 2002, o valor era de pouco mais de R$ 59 bilhões, de acordo com a consultoria Data Populares.

Com tamanha demanda, abriu-se a oportunidade para que novos negócios surgissem e antigos se firmassem no

O aumentO da renda dOs brasileirOs nOs últimOs anOs ©

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mercado. Para se ter uma ideia, atualmente, há no país mais de 1,5 milhão de estabelecimentos dedicados à ali-mentação, entre restaurantes, lancherias e pastelarias. Este último é um dos negócios mais antigos no país e está entre os preferidos por quem busca sabor, variedade e preço acessível.

APROVEITANDO O MOMENTO

Em 2004, Leandro Machado de Jesus desistiu de sua ofici-na de motos para se aventurar no concorrido e em ascensão mercado de pastelarias. Convencido pelo cunhado, Jesus in-vestiu numa rede de franquias, a Cenoura Pastéis, para co-meçar o negócio. Pelo visto deu certo. Dez anos depois, a loja, que fica na avenida Assis Brasil, em Porto Alegre, tem 25 fun-cionários, abre de segunda a segunda e tem na tele-entrega um dos pontos fortes. “É um negócio muito legal. Todos os dias é um desafio, precisamos estar em constante moderniza-ção, pensando no que o cliente quer. Eu amo isso.”

Essa busca pelo que o cliente quer também fez com que Je-sus tivesse um olhar mais crítico sobre o próprio negócio. De-pois que a franquia se dissolveu, ele precisou reformular sua atuação e abriu o leque de produtos oferecidos. Seguindo com o pastel como produto principal, a Cenoura Pastéis também passou a oferecer lanches, pratos quentes e, desde o início deste ano, pizzas à la carte durante as noites. “Eu percebi que não podiamos ficar só com um produto, ou iríamos quebrar, por isso investi na diversificação”, explica.

Para o empresário, o operacional do pastel é mais com-plicado e exige atenção redobrada no preparo e variedade de produtos para os recheios – a loja oferece 25 opções de pastéis salgados e dez doces. Colocar no processo de pro-dução pratos quentes, lanches e pizza foi mais simples, de acordo com Jesus, “porque tudo já estava pronto”. Confian-te, ele acredita que 2015 será um ano de bons resultados. “Nós estamos ampliando nossos produtos e a pedido dos próprios clientes. Estou muito confiante, tenho certeza de que será um ano muito bom.”

CRIATIVIDADE É ALMA DO NEGÓCIO

Acreditar no que o consumidor quer e proporcionar a ele não apenas uma refeição, mas uma experiência de estar

em um local que o faz se sentir especial, tem sido a receita da rede O Pasteleiro, que tem lojas em Novo Hamburgo, Gra-mado e Canela. Trabalhando com uma massa que propor-ciona qualquer tipo de recheio, a criatividade é quem guia o cardápio, que ganhou ar pitoresco com a introdução do universo do cinema em todo o conceito do negócio.

Os clientes podem pedir por um pastel Central do Brasil, que leva brócolis, cenoura, milho, ervilha, catupiry e mus-sarela, ou quem sabe Moscou contra 007, que tem strogonoff, catupiry e mussarela; os românticos talvez prefiram o Ghost – Do outro lado da vida, com palmito, catupiry e queijo parme-são. “Este é um propósito que surgiu no início da franquia para justamente oferecer ao cliente algo inusitado, que cha-masse a atenção e que o fizesse comentar com os outros, ajudando a propagar o nome do Pasteleiro”, afirma a geren-te da loja de Novo Hamburgo, Paola Ornelles Reis.

O Pasteleiro oferece 25 sabores de pastéis salgados e dez de doces, todos levando nomes de clássicos do cinema. Atendendo das 11h30 às 23h30, a loja tem no período da noite o seu maior movimento. No meio-dia o local também oferece a opção de pratos à la carte e saladas. “Foi uma tendência natural servir pratos além dos pastéis, pois não são todas as pessoas que que-

Pastel pequeno R$ 3,00

Pastel médio R$ 5,50

Pastel grande R$ 8,00

Salgados

1º – Frango com catupiry

2º – Carne

3º – mussarela

Doces

1º – Chocolate preto

2º – Chocolate com morango

3º – Chocolate branco e preto

Média de preçO pOr pastel

sabOres Mais pedidOs nO brasil

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rem pastel no meio-dia e precisávamos atender esse público”, explica Paola. A venda de pastel, no entan-to, ainda é o carro-chefe do negócio, representando 80% do faturamento.

NEGÓCIO EM FAMÍLIA

O dito popular de que a ‘oportunidade faz o ladrão’ pode ser aplicada à pastelaria da família Gonçalves, em Pelotas. Há um ano, Júlio e a esposa

repensaram o negócio e resolveram “começar do zero”. Para isso saíram de um bairro onde a concorrência era grande e se estabeleceram no número 1 da rua Bento Martins, no bairro do Porto, local frequentado por estudantes universitários que buscam refeição rápida e barata. Assim nascia o Pastel do Porto, uma pastelaria administrada e tocada por marido e mulher, de domingo a domingo. “Aqui nós seguimos com bastante concorrência, mas temos um público mais abran-gente disposto a comer pastel”, explica Gonçalves.

O Pastel do Porto pode ter apenas um ano, mas o Gon-çalves já está no ramo de pastelaria há uma década e, por experiência, sabe que “só pastel não segura o negócio”, que tem como custo mais alto o aluguel, luz, telefone e a tele-entrega. “Nós trocamos a nossa loja de lugar e com isso os custos também aumentaram, por isso, também precisamos variar o cardápio para não perder freguesia”, afirma. Além das 25 variedades de pastéis servidas, o Pastel do Porto tam-bém oferece lanches, batata-frita e pizza. “É claro que nosso público não é só universitário, mas eles são a maioria. Então, servimos aquilo de que eles gostam”, conta Gonçalves.

UM POUCO DE HISTÓRIA

Acredita-se que o pastel brasileiro, que é uma iguaria na-cional, tenha surgido de uma variação do rolinho primavera – uma espécie de pastel feito com massa de arroz, recheada com verduras e enrolada em formato de tubinho para daí ser frito, típico da culinária chinesa. Mas foi com a chegada em massa de imigrantes japoneses, que se passavam por chineses ao chegar ao Brasil com medo de ser retaliados por serem de um país do Eixo (Alemanha-Itália-Japão) durante a II Guerra Mundial, que o pastel ganhou fama e dimensão. Um dos primeiros negócios dos japoneses no Brasil foram as pastelarias. Naquela época, os pastéis eram recheados com o que se tinha à disposição e com os produtos mais baratos. Diferentemente do que se vê hoje, quando os pastéis têm recheios que vão desde o clássico frango desfiado até lagosta com vinho branco.

Pastel de feijoada com ou sem queijo

Pastel de siri com azeitona

Pastel de lagosta com vinho branco

Pastel de lombo com abacaxi

Pastel de carreteiro

Pastel de sonho de Valsa com Ouro branco

Pastel de maçã caramelada e nozes

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pelo mundo

arquitetura inovadoraA Cliff House (em português, Casa no Penhasco), desenvolvida pela

empresa australiana Modscape, é uma criação diferenciada. A proposta visa à implantação de uma residência

no topo de um rochedo em frente ao oceano. Intencionalmente,

a moradia teria uma decoração interna completamente minimalista,

possibilitando que seus visitantes atentassem apenas à beleza do

cenário ao redor. Também contaria com três quartos (sendo um destes

uma suíte), sala de estar, lavabo, garagem, churrasqueira e spa a

céu aberto. O projeto foi inspirado pela maneira como as cracas prendem-se nos cascos de navios. O esboço

está disponível para quem desejar adquiri-lo e fazê-lo sair do papel. Mais informações e imagens da planta você encontra em modscape.com.au.

FoLGa daS teCnoLoGiaS Hoje em dia, boa parte das pessoas está permanentemente conectada à internet, seja pelo smartphone, computador, notebook ou tablet. Às vezes, porém, o contato ininterrupto com a tecnologia pode ser desgastante, impedindo que vivenciemos ao máximo os momentos importantes de nossas vidas. A fim de evitar situações como essas, a empresa nova-iorquina The Way We See The World desenvolveu um guardanapo confeccionado em um material capaz de bloquear os sinais de celular. Estampada no lenço está a mensagem My phone is off for you (Meu telefone está desligado por você), dando um ar romanceado à iniciativa.

Assim, a interação de familiares, casais e amigos não precisaria mais ser interrompida por eventuais ligações ou acessos às redes sociais. O produto encontra-se disponível no website www.uncommongoods.com pelo valor de US$ 15.

Lavanderia onLine Em uma época na qual a economia de água é um assunto debatido frequentemente, o empreendedor Humberto de Andrade Soares criou uma lavanderia capaz de diminuir drasticamente os gastos domésticos deste bem. A empresa, denominada aLavanderia, permite que os usuários escolham um plano mensal adequado às suas necessidades (econômico, família, executivo ou customizado). Nas segundas-feiras, um carro passa na casa do cliente para recolher as roupas sujas; na quinta, elas são devolvidas limpas. O negócio não dispõe de uma loja física, mas sim, de um centro de operações localizado no bairro Butantã, em São Paulo. Atualmente, apenas as zonas sul e oeste são contempladas. Futuramente, porém, espera-se atender o restante da cidade e abrir filiais em outras partes do país, como Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Porto Alegre. O serviço pode ser requisitado pelo endereço www.alavandeira.com.

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A condução de Aléxis TsiprAs como primeiro ministro da Grécia se deve, princi-palmente, ao descontentamento dos gregos com a política de austeridade imposta pela União Europeia ao país. Tsipras prometeu aumentar o salário mínimo, diminuir im-postos e negociar a dívida externa do país, que soma 300 bilhões de euros. Durante muito tempo, os gregos expandiram o setor público e os benefícios sociais à custa de endividamento, e agora se veem com uma dívida que representa 175% do PIB do país.

Na prática, o Rio Grande do Sul pode se considerar a Grécia brasileira. Hoje, pagamos por escolhas feitas no passado. Nosso estado possui um dos maiores e mais antigos estamentos burocráticos do país. Contratamos mais servidores do que deveríamos, concedemos benefícios previdenciários que agora não podemos pagar, criamos instituições de que já não precisamos e não as conseguimos fechar. O resultado disso está exposto nos números da dívida pública do RS, que é de aproximadamente 2,5 vezes a receita líquida anual, na má qualidade dos serviços públicos e na escassez dos investimentos em infraestrutura.

Durante algum tempo, a ideia de dívida no setor público era vista de forma positiva.

Afinal de contas, contraíam-se dívidas para financiar obras que beneficiariam diversas gerações, então parecia lógico que o seu pagamento fosse compartilhado. Não se imaginava, até então, que esse dinheiro seria necessário para custear atividades básicas como saúde, educação e segurança. Hoje, aprendemos a duras penas que a gestão pública precisa ser tão eficiente quanto a gestão do setor privado, principalmente no que diz respeito ao equilíbrio fiscal.

Conciliar interesses entre diferentes gerações é a principal tarefa dos governantes. Mas para isso, o Rio Grande do Sul precisa definir suas prioridades. Fechar instituições que não atendem ao interesse público, privatizar aquilo que pode ser absorvido pelo mercado, aprimorar o gerenciamento do setor público e, inclusive, rever a concessão de benefícios e direitos adquiridos no passado.

É certo que gostaríamos de viver em um Estado provedor, que fornecesse todo o tipo de serviços ao cidadão, sem custos. Mas, como diria Friedmann, não existe almoço grátis, e a conta precisa ser paga por alguém. A Grécia é um ótimo exemplo do que podem se tornar o Rio Grande e o Brasil, se não agirmos agora.

RodRigo giacometconsultor político da Fecomércio-rs

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Eu sou você, amanhã

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monitor de juros mensal

O Monitor de Juros Mensal é uma publicação que objetiva auxiliar as empresas no processo de tomada de

crédito, disseminando informações coletadas pelo Banco Central junto às instituições financeiras.

O Monitor compila as taxas de juros médias (prefixadas e ponderadas pelos volumes de concessões na primeira

semana do mês) praticadas pelos bancos com maior abrangência territorial no Rio Grande do Sul, para seis

modalidades de crédito à pessoa jurídica.

Capital de Giro Com prazo até 365 dias

Cheque espeCial

anteCipação de Faturas de Cartão de Crédito

no

tas

Capital de Giro Com prazo aCima de 365 dias

Conta Garantida

desConto de Cheques

Na modalidade de capital de

giro com prazo até 365 dias,

Citibank e HSBC se mantêm

nas primeiras posições,

seguidos pela Caixa. Por sua

vez, a taxa média de

concessão do Banco do Brasil

retornou ao último posto da

modalidade.

Na modalidade de cheque

especial, a Caixa, instituição

que tradicionalmente apresentava

a taxa média de concessão mais

baixa, registrou novo aumento em

janeiro, aproximando-se do

Banco Safra, que ocupa o

segundo posto. O Santander

se mantém com a taxa mais

elevada da modalidade.

Na modalidade de antecipação

de faturas de cartão, o Banco Safra

mantém, com folga, a taxa média

mais baixa em janeiro. Banco do

Brasil e Santander, com elevação

no mês, figuram nas próximas

colocações. O Itaú permanece

com a média mais alta da

modalidade.

Na modalidade de capital de giro

com prazo mais longo, o Citibank

permanece na primeira colocação

em janeiro, seguido pela Caixa. Muito

próximos entre si, HSBC e Banco Safra

ocupam, respectivamente, o terceiro

e quarto lugares. Banco

do Brasil, com forte elevação no

mês, passou a ocupar a última

posição da modalidade.

Na modalidade de conta

garantida, o Citibank, com

elevação em janeiro, teve sua

média igualada à do Banco do

Brasil na primeira colocação.

Santander e Itaú também

registraram aumento em suas

médias e ocupam, em janeiro,

o terceiro e o quarto posto na

modalidade, respectivamente.

Na modalidade de desconto

de cheques, houve elevação

generalizada das taxas no

mês de janeiro. O Banco Safra per-

manece com a média mais baixa,

seguido por Caixa e Santander,

muito próximos entre si. Com

estabilidade no mês, o Bradesco

mantém a média mais elevada.

1) A fonte das informações utilizadas no Monitor de Juros Mensal é o Banco Central do Brasil, que as coleta das instituições financeiras. Como cooperativas de crédito efinanceiras não prestam essa classe de informações ao Banco Central, elas não são contempladas no Monitor de Juros Mensal2) As taxas apresentadas referem-se ao custo efetivo médio das operações, incluindo encargos fiscais e operacionais incidentes sobre as mesmas3) Período de coleta das taxas de juros: 02/01/2015 a 08/01/2015.

Instituição

Instituição

Instituição

Instituição

Instituição

Instituição

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

Taxa de juros(% a.m.)

DEZ

1,41

1,66

1,94

1,81

1,86

2,11

1,97

1,95

DEZ

7,72

9,19

9,08

9,07

9,45

10,98

12,78

DEZ

1,34

2,29

2,19

2,82

2,75

3,65

DEZ

1,45

1,60

1,84

1,62

2,15

1,93

2,22

1,71

DEZ

2,31

1,57

2,22

3,05

4,00

6,33

2,28

Citibank

HSBC

Caixa

Banco Safra

Santander

Bradesco

Itaú

Banco do Brasil

Caixa

Banco Safra

Banco do Brasil

Itaú

Bradesco

HSBC

Santander

Banco Safra

Banco do Brasil

Santander

Bradesco

HSBC

Itaú

Citibank

Caixa

HSBC

Banco Safra

Bradesco

Santander

Itaú

Banco do Brasil

Banco do Brasil

Citibank

Santander

Itaú

Bradesco

Banco Safra

HSBC

Banco Safra

Caixa

Santander

HSBC

Itaú

Banco do Brasil

Bradesco

Jan

1,38

1,47

1,64

2,10

2,15

2,29

2,50

2,77

Jan

8,70

8,78

9,05

9,33

9,44

11,10

12,74

Jan

1,26

2,41

2,56

2,74

2,91

3,63

Jan

1,40

1,60

1,90

1,91

2,17

2,24

2,47

2,78

Jan

2,27

2,27

2,55

3,26

3,88

6,44

7,53

Jan

2,14

2,41

2,42

2,60

2,89

2,94

2,98

DEZ

1,93

2,12

2,30

2,47

2,84

2,81

2,98

É permitida a reprodução total ou parcial deste conteúdo, elaborado pela Fecomércio-RS, desde que citada a fonte. A Fecomércio-RS não se responsabiliza por atos/interpretações/decisões tomados com base nas informações disponibilizadas por suas publicações.

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Vale-tudo motiVacional

Em tempos de recessão econômica, uma imobiliária de

Chicago decide promover uma ação motivacional predatória entre seus

corretores, interpretados por um time de craques: Jack Lemmon, Al Pacino, Ed Harris e Alan Arkin. O novo chefe de vendas (Alec Bald­win) decide estabelecer prêmios por desempenho. O melhor ven­

dedor ganha um Cadillac Eldorado, para o 2º colocado o prêmio será

um conjunto de seis facas para churrasco e o 3º prêmio é a demis­

são. Quem tiver boa performance receberá uma cartela com boas

dicas de clientes potenciais, mas o roubo delas deixa a situação ainda

mais tensa. Em um cenário de forte pressão psicológica, os colabo­

radores precisam repensar suas estratégias e abrir mão de antigos

hábitos se quiserem garantir o emprego. Filme baseado em peça

homônima premiada com o Pulit­zer. O roteiro é de David Mamet.

DICAS DO MÊS

ges

tão

film

e

Gerenciador financeiro Grátis

O serviço para gestão financeira de micro e pequenas empresas chamado Zeropaper ganhou uma versão móvel. Por meio dele, o usuário pode fazer lançamentos e verificar contas, tirar fotos de recibos e marcá­los com dados de localização e associá­los a determinados fornecedores ou clientes. O aplicativo para celula­

res produz relatórios customizados, acessíveis por um clique, que podem ser enviados por e­mail. Caso o seu negócio precise de mais

recursos, há outros serviços exclusivos disponíveis que tornarão sua gestão ainda mais eficiente: recorrência e parcelamento, ca­

dastro de clientes e fornecedores, regime por caixa e competência, importação de OFX

e de arquivos de outros sistemas e

serviços bancários, por exemplo. Os da­

dos são protegidos por criptografia SSL

(segurança utiliza­da pelos bancos).

Ficha técnicaTíTulo: O Sucesso a Qualquer Preço

Gênero: Drama

Direção: James Foley

Duração: 100 minutos

ano De lançamenTo: 1992

liVro

estudo aprofundado sobre modelo de sociedadeO livro Sociedade em Conta de Participação (2014) estuda de modo aprofundado

um dos tipos societários mais importantes para a prática contemporânea. A

sociedade em conta de participação é amplamente utilizada nos mais diversos

empreendimentos, especialmente no setor imobiliário,

sendo que, recentemente, passou a ser centro de

debates devido à exigência da Receita Federal de que

tais sociedades necessitam ter CNPJ. A obra aborda as

características, a origem e a estrutura da sociedade;

a responsabilidade dos sócios; o mito da sociedade

secreta; as diferentes formatações; as aplicações

práticas; as figuras próximas; os desvirtuamentos;

os deveres e os direitos dos sócios; a

dissolução da sociedade; a prestação de

conta e os aspectos contábeis e tributários

relativos ao tipo. O prefácio foi escrito por

José Alexandre Tavares Guerreiro, professor

da Faculdade de Direito da USP.

Ficha técnicaTíTulo: Sociedade em Conta de Participação

auTores: Luís Felipe Spinelli e João Pedro Scalzilli

eDiTora: Quartier Latin

PáGinas: 370

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