revista bens & serviços
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Edição 131TRANSCRIPT
Entrevista Paulo Resende, da Fundação dom CabRal, elogia PRoFissionais que enFRentam a logístiCa bRasileiRa
Finanças Você conhece os custos e aspectos que
compõem os preços?
Contabilidade setor terciário tem a Folha de Pagamento reonerada
Flexibilização pode derrubar barreiras e aprimorar relações
dossiê o livro preserva o conhecimento da humanidade
desde a antiguidade
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çoRevista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul
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Presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac
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luiz carlos bohn
Flexibilidade: a via para o
crescimento
O BRaSil eStá PReSteS a viveR uM momento único na sua história, mas isto não é nada bom. Pela primeira vez, o país pode registrar três anos seguidos de recessão. Acompanhando a série histórica do Produto Interno Bruto (PIB), que mede a riqueza gerada, percebemos que somente em 1930 e 1931 tivemos recuo no indi-cador, respectivamente, de 2,1% e 3,3%.
As projeções dos analistas de mercado sinalizam para uma recessão de três anos, no atual momento que enfrentamos. Depois de um crescimento pífio de 0,1% em 2014, devemos fechar 2015 com retração de 3,5%. Para este ano, a perspectiva é ainda mais negativa, com apostas de que o PIB ficará em -4% – friso: são dois anos de queda acentuada, pois retrações superiores a 3% só ocorreram em 1908 (-3,2%), 1931 (-3,3%), 1981 (-4,25%) e 1990 (-4,35%). Ainda de acordo com institui-ções bancárias e economistas, nem em 2017 devemos nos recuperar. Para o próximo ano, as estimativas são de queda de 0,5% a 1%.
Temos, portanto, um horizonte de três anos de recessão. O feito inédito não é digno de orgulho, mas de reflexão, que passa não só pela política macroeconômica adotada pelo governo. As relações de trabalho têm uma forte ligação com esse contexto nebuloso. Sabemos bem o quanto a engessada legislação
trabalhista influencia no Custo Brasil. O paternalismo que vemos presente nos mais de 60 artigos da CLT derruba a nossa competi-tividade, e, em vez de melhorar as condições de trabalho, torna-se algoz da geração de emprego e da promoção do desenvolvimento.
Em um cenário recessivo, o custo elevado para manter as operações das empresas brasileiras (a maior parte delas de pequeno e médio portes) é um tiro certeiro contra o empresariado. Não é de se surpreender que, para aguentar firme e manter-se na ativa, muitas organizações redu-zam custos. Sem a possibilidade de flexibilizar as relações trabalhistas, a demissão começa a se consolidar como um dos reflexos mais sombrios da retração econômica.
Todo mundo perde com isso! O desemprego torna ainda mais difícil a retomada do cresci-mento, pois interfere diretamente no mercado consumidor e na arrecadação dos impostos. Já passou da hora de refletirmos sobre o peso imposto pelas leis trabalhistas. A flexibilização das relações de trabalho pode contribuir para a retomada do crescimento, ou, pelo menos, mi-nimizar o impacto da recessão. A Fecomércio-RS contribui com essas discussões promovendo o Congresso Estadual de Relações Sindicais e do Trabalho, entre 31 de março e 2 de abril, no Guarita Park Hotel, em Torres.
especial / Trabalho
revisTa bens & serviços / 131 / março 2016
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Dois laDos e um caminho a
seguir: o Do Desenvolvimento.
essa Deveria ser a lógica
norteaDora Das relações entre
empregaDores e empregaDos,
mas o objetivo De seguir juntos
em Direção a uma mesma
trajetória às vezes emperra em
barreiras legais
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sindicaTocrise hídrica
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a melhoria Da infraestrutura
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concessão roDoviária no estaDo
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Esta revista é impressa com papéis com a certificação FSC® (Forest Stewardship Council), que garante o manejo social, ambiental e economicamente
responsável da matéria-prima florestal.
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PubliCação mEnSal do SiStEma FEComérCio-rS FEdEração do ComérCio dE bEnS E dE SErviçoS do EStado do rio GrandE do Sulavenida alberto bins, 665 – 11º andar – Centro – Porto alegre/rS – brasil
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coordenação editorial: Simone barañano
Produção e eXecução: temática Publicações
edição: Fernanda reche (mtb 9474)
cheFe de rePortagem: marina Schmidt
rePortagem: Cláudia boff, diego Castro e marina Schmidt
colaboração: amanda Kaster, Edgar vasques, luciano de biasi, nathália Cardoso e nathália lemes
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Sobre / Competição
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Competição
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isHá dois tipos de pessoas, as que fazem o trabalho
e aquelas que levam o crédito. Tente estar no primeiro grupo: há menos competição por lá.“
IndIra GandhI Política e ativista
No muNdo dos Negócios,
a competição Nas empresas está
preseNte em todos os Níveis:
pessoal, iNterNo e exterNo. um
líder orgaNizacioNal desafia seus
colaboradores Na busca pela
competêNcia coNstaNte
”“Todas as empresas devem melhorar de forma contínua a eficácia operacional das suas atividades, mas as diferenças de desempenho sustentáveis quase sempre dependem de uma posição estratégica distinta. […] As estratégias são sustentáveis
em razão das opções excludentes, ou seja, as escolhas quanto à oferta de certos tipos de valor com o sacrifício de outros. Tanto as vantagens competitivas como as opções excludentes dependem não apenas das ativi-dades individuais, mas também da compati-bilidade ente as numerosas atividades.”
MIchael e. Porter, em Competição: estratégias competitivas essenciais
“A competição é importante
quando disputamos
conosco buscando
superação. Quando isso
ocorre, vemos o outro
como parceiro que nos
fornece subsídios e indicadores que nos ajudam a
pensar pontos de melhoria em nossas ações. O outro
não é o inimigo, mas sim um aliado que nos ajuda a
crescer. Por outro lado, a competição pode ser muito
ruim quando objetiva eliminar o concorrente. Em vez
de competição, devemos cooperar para aprender,
aprimorar processos, abandonar o que já não é tão
bom, superar as limitações e assim evoluir.”
rIcardo BuonannI, consultor e professor da Fundação Vanzolini
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Vendas do Varejo fecham 2015 em queda
O volume de vendas do varejo brasileiro teve
queda de 4,3% em 2015, de acordo com
dados anuais do IBGE. Apenas em dezembro,
as vendas do comércio diminuíram 2,7%
em relação ao mês anterior, mesmo com
o lucro do Natal. O segmento do varejo
que mais sentiu a queda foi o de móveis e
eletrodomésticos, que demonstrou retração
de 14% durante 2015. Contudo, esta
seção não foi a única a enfrentar desafios
no terceiro setor: híper e supermercados,
produtos alimentícios, bebidas e fumo tiveram
queda de 2,5% no ano; tecidos, vestuário e
calçados caíram 8,7%; livros, jornais, revistas e
papelaria retraíram 10,9%. Em contrapartida,
as farmácias cresceram: artigos farmacêuticos,
médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos
registraram avanço de 3%.
Desemprego em alta no Brasilde acordo com pesquisas do IBGE, o Brasil encerrou o ano com um contingente de 1,7 milhão de pessoas desempregadas, com uma porcentagem de 6,8% de desocupação da população economicamente ativa. Este índice aumentou em 2 pontos percentuais em relação a 2014, que registrou 4,8% na época. O aumento de 2015 é o maior da série anual de pesquisa e interrompeu a queda de desemprego em trajetória desde 2010. Contudo,
o índice de 2015 ainda é menor do que o início da série, em 2003, quando o desemprego fechou a 12,3%.
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espaço sinDical
Presidente do sindigêneros-rs assume co-
ordenação O presidente do Sindigêneros-RS,
João Francisco Micelli Vieira, foi eleito coorde-
nador da Câmara Brasileira do Comércio de
Gêneros Alimentícios (CBCGAL). A entidade
representa o setor na CNC por meio de discus-
sões sobre temas de interesse.
sindilojas santa rosa realiza encontro
Para debater situação do comércio O
Sindilojas Santa Rosa reuniu entidades para
debater a situação socioeconômica do
município, focando na área de comércio. As
empresas associadas ao sindicato relataram os
reflexos da crise econômica e criaram ações
de combate.
sindiótica-rs realiza camPanha de cons-
cientização no litoral A campanha de
verão Abra o olho! Curta o Sol com saúde, do
Sindiótica-RS, segue com as ações de cons-
cientização no litoral gaúcho. A equipe distribui
fôlderes sobre problemas causados por óculos
solares com lentes falsificadas.
sindilojas de bento gonçalVes aValia
oPeração PaPai noel com bm Para ava-
liar os resultados da Operação Papai Noel, o
Sindilojas de Bento Gonçalves reuniu membros
da diretoria e do comando do 3º Batalhão de
Policiamento de Áreas Turísticas. Para a ação,
o sindicato cedeu uma linha telefônica e um
celular para que a BM pudesse manter contato
via WhatsApp com todos os lojistas da região.
diretor do sindilojas Vale do jacuí assume
comitê O diretor do Sindilojas Vale do Jacuí,
Celso Rafael Elesbão, foi nomeado presidente
do Comitê Regional da Qualidade de Cachoei-
ra do Sul, parceiro estratégico do PGQP-RS.
VenDas Do tesouro em crescimentoo número de operações de venda de títulos aumentou em 169,6% em 2015, registrando um salto de 387 mil em 2014 para R$ 1 milhão em 2015, segundo balanço realizado pelo Tesouro Nacional. A diferença entre os títulos vendidos e os resgastes, denominada vendas líquidas, teve alta de 207,8%, subindo de R$ 2,5 bilhões em 2014 para R$ 7,7 bilhões em 2015. As vendas brutas ficaram em um valor total de R$ 14,5 bilhões, um aumento de 190,4% em relação ao ano anterior. De acordo com o Tesouro Nacional, uma série de melhorias no programa foram responsáveis por este salto. Dentre as melhorias estão a criação da recompra diária e do orientador financeiro, um gerente virtual.
estado tem alto índice de famílias endiVidadas De acordo
com a pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor
(PEIC-RS), divulgada pela Fecomércio-RS, os gaúchos entraram
2016 com contas a pagar: cerca de 67,1% das famílias do Estado
estavam endividadas em janeiro. Este percentual demonstra a alta
gradual da inadimplência devido à situação atual da economia,
tanto estadual como nacional. A PEIC-RS mostra que o maior meio
de endividamento dos gaúchos continua sendo o cartão de crédito,
com 83,5% dos endividados. Em seguida vêm os carnês (23,4%),
cheque especial (14%) e financiamento de carros (12,1%).
cartão De registro profissional está DisponíVel onlineo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) disponibilizou um cartão de registro profissional, que substitui as anotações nas Carteiras de Trabalho. Com isso, a pasta oferece um atendimento mais moderno e rápido aos profissionais que solicitam o registro, além de melhorar o grau de segurança das informações e fornecer mecanismos práticos de comprovação. A partir de 27 de janeiro, os trabalhadores que estiverem autorizados pelo MTPS poderão acessar o Sistema Informatizado de Registro Profissional
para imprimir o seu cartão. Desta maneira, não haverá mais a necessidade de voltar ao posto de atendimento para realizar a anotação do registro na Carteira de Trabalho.
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Divulgação/Sindilojas Santa Rosa
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três perguntas
Fernando Lemos é vice-presidente
de Tecnologia da Oracle para a
América Latina. Lemos é graduado
em Engenharia Elétrica com
ênfase em eletrônica, além de ser
especializado em Empreendedorismo e Criação
de Novos Negócios.
a era digital ainda é um desafio Para as
emPresas? Sim, é um desafio. Principalmente
porque muitas empresas ainda não confiam na
migração para a era digital. Acham que é ape-
nas uma onda. Mas não é, e já temos resultados
disso hoje. Estamos em uma era de disrupção, e
as empresas que não conseguirem acompanhar
as mudanças se tornarão obsoletas e eventual-
mente fracassarão nesse mercado.
qual é a melhor estratégia Para
organizações que querem fazer Parte
desse noVo momento? É fundamental estar no
mesmo passo da transformação digital em curso.
Se o cliente está conectado 24 horas, presente
em diversos canais e mais informado, o negócio
precisa atender a esse novo comportamento.
Isso significa também ser mais competitivo,
porque a concorrência tem os mesmos desafios
e está migrando para a era digital.
como a tecnologia Pode ajudar emPresas a
enfrentarem o atual contexto econômico?
Tecnologias como a nuvem entregam recursos
mais eficientes, ágeis e analíticos, empoderando
as empresas na tomada de decisão. E também
há a eficiência no custo: primeiro, o modelo de
aquisição de serviços na nuvem é elástico, ou seja,
paga-se apenas pelo volume usado. Além disso,
com uma variedade de aplicativos para diver-
sas necessidades e a segurança da gestão dos
serviços por um provedor confiável, as empresas
podem se dedicar aos seus objetivos de negócios.
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inVestimentos em ti poDem aumentar este ano
de acordo com levantamento do Instituto de Pesquisas em Tecnologia Gartner, o investimento em Tecnologia da Informação em 2016 deve atingir US$ 3,5 trilhões, com um aumento de 0,6% em re
lação a 2015. No ano passado, os gastos com TI diminuíram U$ 216 bilhões em todo o mundo, e, segundo o Instituto Gartner, esta queda está relacionada ao aumento do dólar em 2015. Está prevista uma redução em 1,9% no mercado de dispositivos móveis, devido a estagnação de crescimento de alguns países e encarecimento de telefonia móvel em nações emergentes. Contudo, o mercado de computadores deve ser impulsionado pelos dispositivos ultramobile, assim como a adoção de Windows 10 pelos computadores baseados no Intel Skylake.
teD não exige mais Valor mínimo
as transações bancárias por Transferência Eletrônica Disponível (TED) passaram a não ter mais valor mínimo desde 15 de janeiro. O anúncio foi realizado pela Federação Brasileira dos Bancos e, até então, este tipo de operação não poderia ter um valor menor do que R$ 250. A TED foi criada em 2002, e, inicialmente, apenas permitia transações acima de R$ 5 mil entre diferentes bancos com crédito no mesmo dia. A TED se diferencia dos
outros tipos de transação bancária, pois é aceita apenas quando o cliente tem recursos disponíveis e as informações estão todas corretas. Este tipo de avaliação não acontece com o cheque ou com o DOC, que não fazem o requerimento completo de fundos ou informações, e acaba voltando muitas vezes para o emissor. As tarifas do TED variam de acordo com cada banco.
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concessão de crédito teVe
diminuição em 2015 Devido
a uma conjuntura econômica
com alta de juros, aumento da
inadimplência e queda na ofer-
ta e procura de financiamen-
tos, as condições de crédito
registraram uma diminuição
de 3,2% em 2015. Segundo
dados do Banco Central, as
principais razões para o recuo
foram o crédito subsidiado, que
fechou o ano com diminuição
de 18%, além dos empréstimos
e taxas. A queda na liberação
de empréstimos acarretou uma
desaceleração do crescimento
em estoque de crédito, que
ficou em 6,6% em 2015. A taxa
média de juros de 2015 foi a
maior na série histórica desde
2011, e fechou cotada em
37,9% ao ano para as famílias e
20,9% ao ano para as empre-
sas. A inadimplência média do
sistema foi de 3,7% para 3,4%.
cnc recorre contra noVa forma De triButação Do e-commercea Confederação Nacional do Comércio (CNC) entrou com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) para requerer a suspensão do artigo de uma decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) sobre comércio eletrônico. A ação foi elaborada juntamente à OAB e tem como argumentação o fato de que o artigo ignora a lei que permite a cobrança de tributação unificada a micro e pequenas empresas. De acordo com a CNC, apesar de o segmento representar 70% do e-commerce, ele corresponde a 20% do faturamento total. As entidades do pequeno varejo afirmam que as empresas beneficiadas pelo Simples Nacional podem recolher os impostos unificados, e com as novas determinações do Confaz, esta unificação tributária foi deixada de lado.
o renascimento de um ícone
Depois de 70 anos reproduzindo o mesmo modelo de boneca, a Mattel decidiu inovar e apresentou em janeiro a sua nova coleção de Barbies. Com o intuito de se aproximar mais das consumidoras e criar um vínculo identitário com elas, a linha Barbie Fashionistas tem 33 modelos de bonecas que atendem aos mais diversos padrões de beleza. São quatro tipos de corpo: Tall (alta), Curvy (curvilínea), Petite (pequena) e a original (que também teve alterações de estilo). Além disso, agora
estarão disponíveis sete tons de pele, 22 cores de olhos e 24 estilos de cabelos diferentes. O estopim da mudança foi a queda em 20% das vendas entre 2012 e 2014. Além disso, foram levadas em consideração as críticas tão antigas quanto a própria boneca, de como o padrão de mulher loura e magra não compreende uma grande parcela das suas consumidoras.
Branding
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maioria Dos uniVersitários ainDa prefere liVro De papelmesmo com o advento dos e-books cada vez mais facilitados por e-readers, tablets e smart-phones, os livros físicos ainda detém a preferência dos leitores universitários. De acordo com pesquisa feita pela American University, 92% dos universitários preferem ler em livros impressos aos digitais. Segundo a professora responsável pela pesquisa, a leitura em papel permite o contato com componentes únicos, como o físico, tátil e cinestésico. Além disso, os estudantes também afirmaram gostar da sensação de realização ao terminar um livro e colocá-lo na estante. O livro digital, apesar de prático e ocupar pouco espaço, permite distrações fáceis e é responsável por cansaço nos olhos e dores de cabeça.
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crise hídricacrise hídrica
o Brasil enfrenta grandes desafios no setor. O Sudeste e o Centro-Oeste passam por crises hídricas sem precedentes em sua gravidade. O país perde 39% de sua água tratada antes que ela chegue ao consumidor. Sem água tra-tada, a segurança alimentar entra em risco. Tudo isso decor-re da falta de políticas públicas integradas que promovam o progresso em consonância com a dinâmica da natureza. Num contexto de visão sistêmica de processos, o varejo tam-bém pode (e deve) fazer a sua parte, adotando práticas sus-tentáveis de negócio.
A crise da água compromete seriamente a disponibili-dade de água para o abastecimento público e a seguran-
No mês em que se comemora o Dia muNDial Da Água (22/3),
arejo deve fazer parte
de esforço sistêmico
para sanar crise hídrica
adotando boas práticas de
negócios, que minimizem
impactos ambientais
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ReveRsão do efeito dominó
Fernando Frazão/ag. Brasil
crise hídrica
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crise hídricaça hídrica para todas as atividades e a socioeconomia do país. Durante anos, o Brasil (mesmo rico em água doce) adotou um modelo de uso e ocupação do solo que preju-dica a capacidade de a água se renovar nas áreas rurais e urbanas. Como salienta a coordenadora do Instituto Su-pereco, Andrée Ridder, é um efeito dominó, envolvendo a supressão em grande escala da vegetação das nascentes e rios, a agricultura extensiva e poluidora das águas com agrotóxicos, a irrigação sem planejamento que consome 70% da água doce, além da retirada das áreas verdes para a urbanização, da impermeabilização do solo pelo asfalto e da falta de saneamento básico a mais de 50% da popula-ção, entre outras causas.
“O cenário é complexo, mas seria mais simples se nos espelhássemos na observação da dinâmica cooperativa de funcionamento da natureza e a aplicássemos no cotidia-no”, explica. “Por falta da adoção nas cidades de tecnolo-gias planejadas de captação da água das chuvas, de reor-denamento do território com priorização de manutenção das áreas verdes e implementação de jardins verticais, estamos perdendo água doce e afetando a dinâmica das mudanças climáticas”, explica. O Brasil tem chuvas abun-dantes em 90% de sua área, mas não faz gestão de terri-tório com visão sistêmica. A lógica do uso do potencial dessa energia limpa e renovável está em planejar ações de forma adequada e com mais atuação em rede pelos go-vernantes de uma localidade e região.
“Adotar as bacias hidrográficas como um instrumen-to de gestão compartilhada no território, especialmente das águas, seria um grande avanço, bem como recuperar as fontes, evitar a poluição e diminuir as perdas na rede de abastecimento e pelos consumidores”, cita. Segurança hídrica é segurança alimentar. Um solo pobre não produz alimentos. A preservação de vegetações nativas, contu-do, enfrenta resistências. O exemplo foram os confron-tos para a aprovação do Novo Código Florestal. “Se qui-sermos ter a capacidade produtiva crescendo, devemos parar de olhar para os próprios interesses, numa visão simplista e imediatista, e planejar em rede com olhar nos benefícios coletivos: quem depende de quem e do quê?”, lembra Andrée.
A bióloga defende a adoção de um metabolismo circular nas cidades, em que todos (governantes, comércio, indús-
trias e sociedade civil) tenham a responsabilidade de ver o território como um organismo vivo, que recebe os insumos e recursos naturais, mas deve planejar seu cotidiano com visão sistêmica e boas práticas de sustentabilidade, fa-zendo circular e recircular por maior tempo suas fontes e minimizando a poluição, de modo que o impacto negativo sobre o meio ambiente seja o menor possível. “Veja o caso da água virtual: consumir menos, reciclar mais e descartar menos, comprar de produções locais, evitando gastos com transporte a longas distâncias, traz como consequência menor consumo de água doce”, observa.
ExEmplo na Capital
No centro de Porto Alegre, a Loja Eco da C&A reúne uma série de inovações na área de sustentabilidade. O te-lhado verde (área de 640m² que ocupa 50% da cobertura da unidade) promove a biodiversidade, absorve água da chuva, melhora o isolamento térmico do edifício e, con-sequentemente, diminui o uso do ar-condicionado. Lá, painéis solares foram instalados para aquecer a água; lâmpadas econômicas e equipamentos de baixo consumo foram adotados, bem como sensores de presença nas es-cadas rolantes e gerenciamento remoto de demanda para controle do ar-condicionado. As ações geraram economia de 35% no consumo de energia (quando comparado à loja antes da reforma e das adequações realizadas). Para re-duzir o consumo de água em até 40%, a loja instalou mic-tórios a seco, caixa acoplada com descarga de duplo fluxo nos banheiros e torneiras de baixa vazão (com arejadores de jato e temporizadores).
Na obra (realizada em 2009), foram escolhidos mate-riais que causam menor impacto ao meio ambiente, sem perder a qualidade do projeto, além de proporcionar a melhora da qualidade do ambiente interno para a saúde e segurança de associados e clientes. Também foi reali-zado o gerenciamento dos resíduos da obra, que foram encaminhados para recicladoras. As ações permitiram a conquista da certificação Leadership in Environmental and Energy Design (LEED), sistema internacional de cer-tificação para construções ambientalmente corretas mais utilizadas no mundo. A C&A foi a primeira loja do varejo de moda brasileiro a conquistar esta certificação.
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Telemarketing
Linha direta empresa
e cLiente
O telemarketing ativo ficou popularizado no país na década de 80, e
apesar de prática comum em vendas no Brasil, é muitas vezes apontado
como o terror dos clientes. apesar de parecer fácil e precisar de
relativamente pouco investimento, o telemarketing depende de muitas
variáveis para se demonstrar efetivo e comprovar a que veio
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CapaCitação dos atendentes
É fundamental que os atendentes de telemarketing ativo estejam preparados para
vender. Só porque não estão cara a cara com o cliente não significa que eles não
precisem participar de cursos de vendas. A ideia principal do telemarketing ativo é
apresentar o produto a um potencial comprador, e para isso, o vendedor tem que
estar consciente do seu papel.
preparação é o segredo
Para evitar surpresas na hora da apresentação do produto ou serviço, é recomendado
que o atendente siga um roteiro preestabelecido pela própria empresa. Este roteiro deve
ser desenvolvido pela equipe de desenvolvimento do produto, para mais esclarecimentos,
juntamente à equipe de atendimento, para sanar eventuais dúvidas.
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Use e abUse da teCnologia
Estão disponíveis no mercado diversos softwares para facilitar as vendas por
telemarketing. São programas que possibilitam registros rápidos dos dados do cliente,
acesso ao portfólio de serviços, atendimento ágil e simplificado. Investir neste tipo de
programa pode centralizar o serviço em pessoas mais interessadas, aumentando assim
o interesse na compra.
Venda para qUem qUer Comprar
Analisar públicos que estejam mais propensos a demonstrar interesse no produto ou
serviço que a empresa oferece pode ser vantajoso. Tempo é dinheiro, e cinco ligações
mal-sucedidas de um minuto desviam o atendente de uma ligação de cinco minutos
que pode resultar em venda. Prospecte bem os clientes e o tempo de trabalho será
mais bem aproveitado.
aUmento de públiCo-alVo
Em um país com dimensões continentais como o Brasil, o telemarketing se faz útil
por atravessar fronteiras ao toque dos dedos. Em tempos de telefonia mais barata e
recursos de web-telefonema, planos mensais que possibilitem a atuação neste setor
podem significar um grande diferencial para a sua empresa.
o Colaborador mereCe respeito
São muito comuns as causas trabalhistas advindas de atendentes de telemarketing, e a
terceirização deste tipo de serviço também é muito recorrente. Ambos os casos podem
dar uma grande dor de cabeça se mal administrados, então opte por um call center
respeitoso para com os funcionários. O sucesso da sua ligação começa por aí
Telemarketing10 passos
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exerCitar a empatia
Atender é diferente de entender. Mesmo no telemarketing ativo, o vendedor deve estar
preparado para ser o canal entre a venda da empresa e as necessidades do possível
cliente. De nada adianta tentar vender produtos ou serviços mais caros se eles não
atendem as prioridades do consumidor. O atendente deve ouvir muito e direcionar o
cliente para a opção mais vantajosa.
a internet não é sUa inimiga
Com a presença em peso das páginas de empresas nas redes sociais, é errôneo afirmar que
as mídias derrubarão o telemarketing. O atendimento personalizado e direto com o cliente
é melhor feito por telefone, então as mensagens a perfis da empresa na internet podem
direcionar dúvidas e interesse em produtos ao atendimento por telefone.
aCeitar a realidade
Em tempos de desafios, muitos supervisores lançam metas inatingíveis para os
colaboradores do telemarketing. E isso acaba sobrecarregando o serviço e o
atendente, acarretando um trabalho malfeito e sem sucesso. Estabeleça metas
reais e atingíveis, para que tanto a empresa quanto o cliente saiam satisfeitos, e o
atendente seja respeitado.
database segUro
Manter a segurança dos dados dos seus clientes é tarefa elementar para as
empresas que optam por utilizar o telemarketing. Além disso, o controle rígido
desse tipo de informação possibilita que a mesma pessoa não receba ligações
mais de uma vez se não tiver interesse, e que clientes prospectados não recebam
telefonemas em horários impróprios.
opi
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o
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A presidente dilmA rousseff defende a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) como sendo “fundamental para o país sair o mais rápido da crise”. Mas o “imposto do cheque”, embora seja visto pelo governo como uma tábua da salvação, além de não agradar a uma boa parte do Congresso, ainda sofre muita resistência também da própria população. A preocupação faz todo sentido, considerando que a volta da cobrança da CPMF afetará todos, pessoas físicas e também as empresas. Em vez de aumentar a já estratosférica carga tributária, o governo deveria promover uma efetiva redução de gastos públicos, com mais boa vontade.
Não há espaço para mais tributos, já que o país vive uma retração econômica, com o aumento do desemprego. A sociedade está sempre pagando o pato.
Se realmente o desejo da presidente prevalecer, a volta do imposto afetará toda a cadeia produtiva, pois toda compra e venda de bens e serviços será onerada pela CPMF. E assim também ocorrerá com qualquer pessoa que faça uma movimentação financeira. Para o ambiente de negócios, o efeito é desastroso, pois se soma a um contexto em que pesam a alta dos custos, provocada pelo aumento da inflação, e a redução no consumo das famílias, reflexo dos preços elevados, da baixa confiança no cenário econômico e da alta do desemprego. Aqueles que tiverem mais força no mer-cado poderão repassar esses custos para o consumidor final. Já o pequeno empre-sário, muitas vezes, não tem poder de barganha e acaba absorvendo boa parte do impacto do aumento da carga tributária. Por tudo isso, a CPMF é um tributo injusto, uma vez que onera mais os contribuintes de baixa renda.
Luciano De Biasi sócio-diretor da de Biasi Auditores independentes
CPMF PrejudiCará Pessoas FísiCas e
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Paulo Resende
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O RiO GRande dO Sul é cRiticadO pelO SeGmentO em-
pReSaRial pelOS GaRGalOS lOGíSticOS. ele eStá em deS-
vantaGem, neSSe SentidO, na cOmpaRaçãO cOm Ou-
tROS eStadOS? Isso é uma realidade, porque, em primeiro lugar, o Brasil não tem o transporte de cabotagem – que é feito ao longo da costa – que poderia fazer a conexão do Rio Grande do Sul com os estados consumidores dos seus produtos, principalmente aqueles que estão a uma distância de 200 a 300 quilômetros do litoral brasileiro.
Só esse problema, de não ter um transporte de cabota-gem, já coloca o estado gaúcho em uma situação menos competitiva, porque temos uma grande concentração do PIB brasileiro ainda em regiões costeiras, como São Pau-lo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Fortaleza – vamos fazendo essa curva toda chegando lá em Manaus, que é uma cidade do interior, mas é conectada por rios ao oce-ano. Começa por aí. No Rio Grande do Sul temos outra desvantagem de eficiência logística que é a falta de co-nexão ferroviária com o resto do país. Então, o problema fundamental é a altíssima dependência que o Rio Grande do Sul tem do modal rodoviário.
pesar de adotarem boas práticas de gestão, algumas empresas sentem o freio
puxar a contragosto quando emperram na baixa infraestrutura logística.
segundo a pesquisa Custos LogístiCos no BrasiL 2015, da fundação dom cabral,
esse tipo de despesa consome 11,73% da receita empresarial (alta de 1,8% em
relação a 2014). o responsável pelo estudo, paulo resende, coordenador
do núcleo de infraestrutura e logística da fundação dom cabral, explica por
que, nesse aspecto, o rio grande do sul é ainda mais prejudicado
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a“No meio do camiNho
tiNha uma pedra”
entrevista por marina Schmidt
entrevista
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e que é baStante deFicitáRiO nO paíS... Exatamente. Quando observamos a nossa pesquisa chegamos a uma conclusão de que o item de maior aumento nos custos logísticos tem sido o transporte de longa distância, que tem uma con-tribuição nas despesas com logística de 50%. Então, um estado como o Rio Grande do Sul, que tem altíssima de-pendência do transporte rodoviário, sai com uma grande desvantagem. O empresário gaúcho tem todo o direito e a razão em reclamar da incidência maior de custos logísti-cos por causa exatamente da contribuição do transporte de longa distância feito prioritariamente por rodovias a partir das linhas de produção do Rio Grande do Sul para o restante do país. Como se isso não bastasse, temos que esse transporte em longa distância rodoviário é feito em rodovias péssimas.
O que acOntece quandO um caminhãO SaindO dO RiO
GRande dO Sul paRa O SudeSte, centRO-OeSte e nORdeS-
te tRaFeGa pOR eStRadaS RuinS Ou péSSimaS? Ele tem um acréscimo de custos de 33%, comparado a ele trafegar em uma estrada em boas condições. A equação de fatores que formam o custo logístico do Rio Grande do Sul é uma equa-ção com fatores absolutamente negativos. A consequência disso é um encarecimento, através do chamado custo logís-tico, dos produtos originários do Rio Grande do Sul fazendo com que a competitividade das empresas fique menor.
O empReSáRiO cOnSeGue identiFicaR quaiS SãO OS cuStOS
diRetOS e indiRetOS daS SuaS OpeRaçõeS lOGíSticaS? Ele não consegue ter uma percepção precisa, vou te explicar por quê. Vamos colocar a formação desses custos: 50% dos custos estão relacionados com o transporte rodoviário de longa distância. O empresário, ao fazer essa conta, pega o quanto custa o combustível mais o custo da manutenção, reposição de peças e pneus, entre outros, e coloca aquilo em uma conta independentemente da condição de rodo-via em que ele está trafegando – ele não tem as despesas por rodovia. Dessa forma, ele forma o frete. O que aconte-ce é que quando forma o frete sem levar em consideração as condições do trecho rodoviário, o cálculo fica igualado ao do Brasil. Então, tem uma concorrência de frete que não leva em consideração a região de atuação da região a não ser pela distância da localidade de origem para a de destino da carga. Então, para o empresário gaúcho isso se torna muito injusto, porque o obriga a conceder um desconto maior do que um empresário do Sudeste para tentar ganhar o frete. O Rio Grande do Sul já está longe dos principais centros consumidores e a concorrência é contra empresários, como, por exemplo, os de São Paulo, que vivem uma condição de rodovia muito melhor. Então, quando isso acontece, quem paga por isso? É a margem dele, que acaba sendo menor do que os que vivem em re-giões com melhores condições rodoviárias. Mas como ele não coloca isso na ponta do lápis, ele simplesmente vê no
Paulo Resende
“O empresário gaúcho tem todo o direito e a razão em
reclamar da incidência maior de custos logísticos por causa, exatamente, da contribuição do transporte
de longa distância.”
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final do mês a margem dele ficando menor. O problema é que ele vê que a margem está ficando comprometida, mas não sabe onde. Então, imagina, você está sentindo uma dor, mas se não sabe de onde vem, pode estar tendo um infarto ou algum problema no dedão do pé. Sem conse-guir diferenciar não se encontra o remédio certo.
O que vOcê avalia cOmO avançOS na queStãO lOGíStica,
nOS últimOS anOS? O que eStá SendO FeitO cORRetamen-
te? O que está sendo feito está sendo feito pelas empre-sas. As organizações estão buscando de tudo para reduzir seus custos, parcerias são formadas entre elas. Hoje te-mos consórcios de empresas dividindo armazéns. Há em-presas contratando transporte em conjunto com outras. Existem companhias buscando redução dos custos opera-cionais por meio de terceirização, quando possível. Elas estão analisando com mais criticidade e atenção de que forma podem reduzir despesas. Também estão verifican-do se compensa ou não atuar em determinadas regiões do Brasil ou simplesmente revender seus produtos para intermediários e, a partir dali, os intermediários cuidam da distribuição final. Então, o que nós vemos é que os empresários estão reagindo a essa situação por meio dos princípios da gestão. E eles sabem fazer isso. Portanto, eu vejo os diretores e gerentes de logística das empresas bra-sileiras como os melhores do mundo, porque eles tiram leite de pedra e vivem situações do dia a dia onde apagam
“Eu vejo os diretores e gerentes de logística das empresas
brasileiras como os melhores do mundo, porque eles tiram leite de pedra e vivem situações do
dia a dia onde apagam incêndio o tempo inteiro.”
incêndio o tempo inteiro. Isso faz com que o executivo de logística do Brasil hoje seja um profissional preparado para lidar com qualquer situação no mundo inteiro, por-que vive o pior cenário – de guerra, eu diria.
pOR OutRO ladO, O que eStá deixandO de SeR FeitO Ou vem
SendO FeitO de FORma eRRada? Aí é o lado do governo. Pelo lado do governo temos todo tipo de trapalhada possível, todo tipo de desacerto na gestão. Por exemplo, não exis-tem projetos sendo realizados de construção de ferrovias que poderiam conectar o Rio Grande do Sul ao restante do país. Não há uma aceleração nas concessões rodoviárias – por exemplo, existem trechos no Sul do Brasil que são preparados para a concessão, mas que por brigas na Justi-ça e desacertos não são realizados. Não se veem ferrovias entrando nas áreas de produção agrícola do Centro-Oeste brasileiro. Não há melhoria na situação dos portos do país como um todo. O Brasil, hoje, não tem plano estraté-gico de aproveitamento portuário. Pelo lado do governo, a coisa não anda. Nossos investimentos em infraestrutu-ra são os mais baixos entre as 20 maiores economias do mundo. Entre as principais economias mundiais, somos a que menos investe em infraestrutura!
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sindicato
e dos Representantes Comerciais Autônomos da Região Nordeste do Rio Grande do Sul (Sire-com Nordeste-RS) remonta ao tempo dos caixeiros viajantes. Estes empreendedores do início do século passado foram os responsáveis pelo fortalecimento do comércio e indústria da região e de todo o Estado. Não por acaso, o fundador da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), no ano de 1901, era um caixeiro viajante.
De acordo com o presidente do Sirecom Nordeste-RS, Adair Umberto Mussoi, desde os anos 1930 esses profissio-nais já mantinham atividades associativas. O primeiro en-contro de profissionais do segmento ocorreu em 1938. Foi
A históriA do sindicAto dAs EmprEsAs dE rEprEsEntAção comErciAl
á mais de três décadas,
o sirecom Nordeste-rs
defeNde os iNteresses
dos represeNtaNtes
comerciais autôNomos
da serra Gaúcha
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pRincípios e bandeiRas
Comprometimento – Estar comprometido com os interesses
dos empresários de representação comercial, buscando
solução de problemas e inovações.
Transparência – Agir sempre com princípio maior de
exemplo a ser seguido, com clareza das ações, sempre
passando aos representados e associados a verdade, sem
distorções ou más intenções.
Qualidade no atendimento – prestar serviço e
desenvolver processos que busquem a satisfação dos
representados e associados.
Organização – ter como compromisso a organização dos
empresários de representação comercial, para que estes
tenham representatividade e força política.
Visão sistêmica – ter uma visão do sindicato no contexto
socioeconômico regional, estadual e nacional, buscando
associações e melhorias para os empresários de
representação comercial.
Zêlo pela categoria – ser uma entidade sempre atuante
na defesa dos reais interesses dos empresários de
representação comercial, buscando o seu bem-estar,
dando exemplos de garra, luta, persistência, determinação,
realização, de forma incansável.
uma festa de confraternização com toques característicos da Serra: vinho, galeto e polenta no cardápio.
Em outubro de 1962 foi criada a Sociedade dos Represen-tantes Comerciais do Nordeste do Rio Grande do Sul, que 20 anos depois se transformou em Sindicato. A denominação atual foi homologada pelo MTE em 2012. Hoje a entidade tem 490 associados e em sua base territorial representa mais de 3,5 mil empresas de Representação Comercial e Represen-tantes Comerciais Autônomos. Pioneira em diversas frentes, a entidade foi a responsável pela realização do 1º Congresso Gaúcho de Representantes Comerciais em 2006. Dois anos depois articulou e realizou o 1º Congresso Brasileiro de Re-presentantes Comerciais e o 2º Congresso Gaúcho. Foi lá, em 2008, durante o 1º Congresso Brasileiro, que nasceu a ideia de uma identidade visual única para todos os sindicatos que representam essa categoria econômica no país.
ConCessões e tributos na mira
Uma das bandeiras atuais do Sirecom Nordeste-RS é ampliar o debate público sobre as concessões rodoviárias. “Isso vai impactar no nosso custo de deslocamento, que é um custo direto, e, indiretamente, no preço dos produtos que comercializamos”, argumenta.
O presidente destaca que o acompanhamento da entidade sobre o tema vem lá dos anos 1990, durante o governo Bri-to. “Somos fundadores, junto com outras entidades, da Asso-ciação dos Usuários das Rodovias Concedidas – Assurcon.” O Sirecom Nordeste-RS, inclusive, participou da elaboração de propostas que culminaram na criação da EGR. Mussoi frisa, no entanto, que a empresa nunca chegou ao nível projetado pelos idealizadores devido a interferências políticas.
“Não somos contra a concessão de rodovias, mas quanto à forma de concessão pretendida pelo governo, sim. Sabemos que praticamente não há alternativas ao pedagiamento, mas precisamos que seja feito um debate com a sociedade para ver qual será o regramento a nortear a concessão”, explica,
exemplificando que o projeto de lei encaminhado à Assem-bleia Legislativa é baseado em estudos que preveem a criação de até 38 praças de pedágio com concessões fixas de 30 anos. “As realidades de cada trecho são distintas. Por que engessar antecipadamente o projeto?”, questiona. “O melhor seria es-tabelecer um marco regulatório e debater tecnicamente cada situação, com critérios.”
Além das concessões, a alta carga tributária paga pela cate-goria para exercer sua profissão tem sido uma luta constante do Sindicato. “Nem mesmo a opção pelo Simples é favorável à nossa categoria, pois a alíquota de tributação fica acima do que hoje pagamos no Lucro Presumido. E não temos nenhum outro benefício como isenção de IPVA, ICMS ou IPI”, relata.
“Quando converso com meus pares os vejo sempre lutando, apesar de toda esta maré contrária. Repito sempre que é um orgulho estar presidente de uma entidade que representa uma categoria tão empreendedora e ciente de sua importância no desenvolvimento de nosso estado e do Brasil”, encerra.
Presidente da entidade, Adair Umberto Mussoi,
na abertura do congresso de representantes
comerciais, em 2015
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finanças
inclusive no Rio Grande do Sul, alguns empreendedores estão buscando alternativas para chamar a atenção dos consumidores. Ao definir as estratégias para alavancar as vendas do negócio, especialistas indicam que é preciso estar atento ao preço praticado, para torná-lo compe-titivo, sem comprometer a lucratividade.
Segundo o técnico em atendimento da Regional Metropo-litana do Sebrae-RS, André Martinelli Niemczewski, o prin-cípio básico para a formação do preço é conhecer o mercado onde se atua e o valor praticado pela concorrência. “É preciso ir a campo, definindo quais empresas possuem produtos se-melhantes. Deve-se verificar a estrutura que elas possuem, o que pode explicar o porquê de um preço maior. Se o valor for menor, é possível que estejam fazendo compras em grande escala”, exemplifica. Nessa análise prévia, é preciso verifi-car, ainda, o perfil dos clientes: “Itens como a localização do ponto de venda, capacidade de atendimento e mesmo esto-que também ajudam a definir se determinado local é mesmo
Para driblar as dificuldades econômicas vivenciadas no brasil,
azer o controle de custos
e despesas é fundamental
para qualquer negócio. ao
definir a melhor estratégia
para precificar os produtos,
deve-se prever gastos, o
mark-up pretendido e ficar
de olho na concorrência
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Preços mais comPetitivos
©istock.com/shironosov
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concorrente. É importante ver o que eu tenho para oferecer, o que posso melhorar e como consigo me diferenciar”.
Outro fator fundamental, conforme o consultor, é ter cla-reza dos custos envolvidos. Eles podem ser fixos (aluguel, luz e telefone, entre outros) ou variáveis, atrelados à área e ao desenvolvimento do negócio: o que se gasta para produzir ou vender, considerando serviços adicionais, como transporte, segurança, folha de pagamento e investimentos com matéria-prima, além de outros. O CEO da Precifica, Ricardo Ramos, res-salta que a composição do preço de venda tem variações de acordo com o tipo de empreendimento. “Impostos, valor da embalagem, comissões e mark-up (valor desejado de margem de lucro adicionado ao preço de custo do produto) são alguns elementos envolvidos. Deixar passar um custo, tal como o de boleto bancário, representa a redução da margem de lucro.”
Contribuição de Cobertura
O contador e administrador Cláudio Fernando Ruschel, ti-tular da MarkUp Custos, Assessoria & Consultoria, considera indispensável a apuração das Margens de Contribuição de Co-bertura dos Custos Fixos (MGCC), que indica a possibilidade de redução de preços e da política de descontos. “É um pré-lucro obtido a partir da diferença entre os preços de venda e os cus-tos variáveis dos produtos. Se for negativa, os itens devem ser retirados de linha e substituídos por outros, evitando o prejuí-zo escalar em vendas com maiores volumes físicos.”
Aplicar um percentual fixo que agregue valores sobre o custo da matéria-prima, copiar preços dos concorrentes ou uti-lizar programas não condizentes com gastos e despesas pode ter consequências graves. “Há riscos de decrescimento, estag-nação econômico-financeira e até mesmo o de encerramento das atividades, impossibilitando ações futuras.” Para garantir resultados confiáveis, Ruschel sugere a implantação de um Sis-tema de Gestão de Custos e Preços que permite otimizar e men-surar a formação dos preços e a análise de resultados.
Produtos x serviços
Para Ramos, precificar produtos é mais fácil do que servi-ços. “A prestação de serviços envolve, por exemplo, o tempo gasto na atividade, inclusive do valor-hora com impostos dos profissionais envolvidos”, explica. Além disso, a percepção de
valor é outro fator que pode ser adicionado ao preço final do produto: “Uma impressão mais positiva no comprador pode permitir cobrar mais pelo mesmo serviço do concorrente”.
Também é importante, segundo Niemczewski, definir a margem de lucro. “Parte-se do preço do mercado, descontando os gastos a partir do demonstrativo de resultados que forma a seguinte equação: venda – custos variáveis – despesas variáveis – custos fixos”, ensina. Assim, é possível verificar se a empresa estará competitiva. “Pode-se estar acima do valor de mercado, mas é necessário ter alguma diferenciação”, acrescenta.
Em caso de aumento de preços, o especialista do Sebrae-RS alerta que é preciso ter cuidado para não assustar o cliente. “Muitas vezes, quando se compra em grande volume, o valor desembolsado acaba sendo maior. Se a compensação vier nas vendas, a diferença no preço não deve ser brusca. É melhor ir aumentando aos poucos”, orienta. “O ideal é comprar bem e com bom prazo, vendendo à vista. Na modalidade a prazo, há custos extras.” Fazer uma liquidação, segundo Niemczewski, é uma boa opção para ter dinheiro em caixa. “Quando o lojista tem estoque, já usou a margem alta e vendeu parte do lucro almejado, cobrindo custos e despesas, pode ‘torrar’ os preços porque o que vier é lucro”, explica.
vendendo com excelência
Confira dicas dos especialistas para não cair em ar-madilhas na hora de precificar produtos ou serviços:
invista tempo no levantamento dos custos e despesas
envolvidos na venda
usar uma planilha pode auxiliar na identificação da taxa de
retorno sobre o investimento no estoque de cada produto,
levando em conta preço de compra, despesas variáveis e
impostos, entre outros fatores
revise periodicamente a formação de preço
Tenha cautela na redução de valores
não confunda promoção com descontos. Pode-se investir
em divulgação, mexer na estrutura ou layout da empresa
para mostrar algo novo e chamar a atenção do cliente
em tempo de crise, o negócio tem que ser visto, podendo-
se investir em ações de comunicação e marketing com
baixos custos, inclusive no meio virtual
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ondições de contratação recrudescidas levam
tanto empregadores quanto
empregados a enfrentarem a crise econômica
sem muitas perspectivasCTrimestre após trimestre, a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mensal, realizada pelo IBGE, constata altas que trazem à tona um problema que é tanto efeito da recessão econômica como da falta de um re-gramento trabalhista mais condizente ao momento. O tema é pauta recorrente nos círculos políticos, empresariais e sindi-cais, mas a verdade é que a reforma trabalhista não avança.
Relegar esse debate, e, principalmente, suas ações, aca-ba sendo mais uma forma de contribuir para um contex-to em que todos perdem. O desemprego impacta tanto na vida do empresário quanto do empregado, que não deixa de ser um consumidor.
Apenas no último trimestre averiguado pela Pnad, entre setembro e novembro de 2015, mais de 9 milhões de pessoas
O desempregO vOltOu a apareCer nO Brasil.
traba
lho
Dois laDos De um mesmo
problema
texto marina schmidt
imagem de abertura ©istock.com/Wild pixel
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declararam estar desocupadas. A alta foi superior a 41% na comparação com igual período de 2014. Efeito direto da re-cessão, mas será que ele não poderia ser atenuado por uma legislação trabalhista mais favorável e menos onerosa? Essa é a pergunta que as empresas se fazem ao lidar com o estig-ma (e os elevados custos) da demissão.
insegurança jurídica
A questão trabalhista é um ponto de bastante queixa por parte das empresas e entidades empresariais por uma série de razões; uma delas é a insegurança jurídica e a falta de espaço para o estabelecimento de pontos acordados entre sindicatos patronais e trabalhistas.
Para a advogada e diretora do Instituto Brasileiro de Go-vernança Trabalhista (IBGTr), Alessandra Lucchese, a crítica procede. “É comum encontrar um empresário desolado com uma notificação de uma reclamatória trabalhista nas mãos sem entender como tendo feito tudo que acreditava estar certo pode estar sofrendo uma ação com tantos pedidos e com um valor de causa tão alto.”
A interpretação jurídica, ponto nevrálgico de um sis-tema que peca pela falta de clareza, é mais um fator que causa insegurança entre empregadores. “Não é raro que ocorram sentenças vultosas contra empregadores apenas por conta de entendimentos jurisprudenciais diversos, sem que este empregador tenha necessariamente infringi-do uma lei trabalhista.”
especial
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Todos os anos, a Justiça do Trabalho é sobrecarregada com um volume exagerado de ações. Alessandra calcula que o número chegue a 2 milhões anualmente. “A insegurança jurídica decorre, principalmente por conta das exíguas ne-gociações coletivas, do enorme número de leis com múlti-plas interpretações, com as inúmeras decisões divergentes dos tribunais regionais acabando por criar procedimentos diversos para situações idênticas dependendo de onde está localizada a empresa”, explica.
Dificulta ainda mais a situação o papel dos órgãos de fiscalização e mediação judicial, pontua a advogada. “A intervenção dos órgãos da fiscalização e do próprio Mi-nistério Público é agressiva e ideológica. As multas são aplicadas desconsiderando contratos e relações, inter-vindo na essência operativa das empresas apenas e tão somente por fundamentos baseados em meras presun-ções de risco ou de fraudes.”
entre empregado e empregador
Acordos que possam ser feitos entre sindicatos patronais e trabalhistas são um mecanismo para viabilizar as relações en-tre emprego e empregador, de modo que as demandas e neces-sidades de ambos sejam levadas em consideração na discussão, gerando aspectos que minimizem efeitos nocivos para ambos.
“As leis trabalhistas não estimulam e não permitem as conciliações e acordos que não sejam chancelados pela Justiça, não havendo segurança jurídica para o emprega-dor no atendimento de qualquer pleito extrajudicial de um empregado, pois ao extrajudicial a Justiça do Trabalho não defere validade jurídica, anulando um acordo que era do interesse do próprio empregado”, exemplifica a diretora o IBGTr, Alessandra Lucchese.
Essa é uma das questões mais importantes que deveria ser contemplada em uma reforma trabalhista. O advogado e especialista no tema Flávio Obino Filho revela que o as-sunto estará no cerne do Congresso Estadual de Relações Sindicais e do Trabalho promovido neste mês pela Feco-mércio-RS. “Até onde os sindicatos podem ajustar condi-ções de trabalho, de adequação e de flexibilização de nor-mas legais?”, questiona.
O advogado defende que os sindicatos, patronal e traba-lhista, já ajustem normas que são obrigatórias. “A constitui-ção já dá esse norte, só que a Justiça do Trabalho passa por cima disso”, critica, se referindo ao poder ativista do órgão sobre as negociações.
A questão nada mais é do que a chamada flexibilização, caracterizada pela adaptação da relação de trabalho a uma determinada situação, sem que os direitos constitucionais garantidos ao trabalhador na Constituição Federal de 1988
sejam desrespeitados. “Além disso, a flexibilização resguarda a garantia de normas de ordem pública, deixando para as negociações coletivas e in-dividuais a possibilidade de comple-mentação ou de adequação”, acres-centa Alessandra.
Os benefícios se estendem tanto para empresas e empregados, espe-
desemprego aumentou mais
de 41% entre setembro e
novembro do ano passado na
comparação com o mesmo
período de 2014
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trabalho
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cialmente em face de uma crise econômica. “A grande van-tagem vislumbrada, especialmente do prisma do trabalha-dor, é a garantia de emprego, pois empresas, sindicatos e o governo buscam adotar medidas que garantam uma redu-ção dos custos da empresa, sem que envolva diretamente a dispensa de funcionários, como, por exemplo, a redução da jornada de trabalho do empregado com a respectiva re-dução salarial”, esclarece a advogada.
O Programa de Proteção ao Emprego (PPE) instituído no ano passado é um bom exemplo de flexibilização. A lei que o instituiu permite que empresas façam a adesão ao progra-ma, possibilitando uma negociação coletiva em conjunto com sindicatos sobre adequações das condições de trabalho, como redução de jornada com redução de salário e férias coletivas, entre outras.
Porém, Flávio Obino pontua que o PPE é voltado para a indústria e foi estabelecido como uma medida para contor-nar a crise e não para criar melhores condições para as re-lações de trabalho. “Perdemos a oportunidade de fazer a re-forma em um momento de bonança”, sustenta. Ele defende a maior valorização das entidades sindicais como caminho para continuamente gerar um ambiente mais propício ao desenvolvimento do mercado de trabalho. “O modelo que temos de proteção está superado. É preciso discutir uma re-forma. Isso envolve a valorização das entidades sindicais e da negociação coletiva.”
Alessandra destaca ainda outro mecanismo que está ganhando força no mundo do trabalho e precisa ser con-siderado: a adoção do home office. “O trabalho remoto por funcionário traz muitos benefícios tanto para ele quanto para a empresa, uma vez que envolve questões de susten-tabilidade, ganhos de produtividade e de bem-estar do tra-balhador. A principal razão atualmente para a adoção do home office é driblar a necessidade de deslocamento do tra-balho de casa-trabalho e vice-versa”, explica. Novamente, uma perspectiva que depende de um olhar jurídico atento às novas formas de relacionamento entre empregados e empregadores.
sinalizações do governo
No final de 2015, quando assumiu o Ministério da Fazenda, o ministro Nelson Barbosa sinalizou que o go-
verno, além de encaminhar uma proposta de reforma da Previdência, avançaria na questão da reforma trabalhista ainda em 2016.
O apontamento do ministro foi feito durante telecon-ferência com jornalistas estrangeiros, em dezembro. Na ocasião, ele afirmou que as discussões com as centrais sindicais estavam evoluindo, indicando para a possibili-dade de que mudanças na legislação trabalhista fossem concretizadas ao longo deste ano.
Porém, a perspectiva foi se perdendo de lá para cá. A promessa se esgotou menos de dois meses depois. No mês
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A intervenção dos órgãos da fiscalização e do
próprio Ministério Público é agressiva e ideológica. As multas são aplicadas desconsiderando contratos e relações, intervindo
na essência operativa das empresas apenas e tão somente
por fundamentos baseados em meras presunções de risco
ou de fraudes.”
“
alessandra lucchese
advogada e diretora regional do iBgtr
especial
30
Mar
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016
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passado, o governo da presidente Dilma Rousseff alegou que concentraria suas forças na reforma da Previdência, indicando que a trabalhista, mais uma vez, ficaria relega-da ao segundo plano.
o custo trabalhista
O cenário atual, de desaceleração econômica, está colocando operações empresariais em dificuldades, de modo que para manter o funcionamento de suas estru-turas, muitos empresários têm reduzido ao máximo seus custos. A folha de pagamento é citada como excessiva-mente onerosa para o empregador.
Diante das turbulências financeiras e políticas, as empresas têm buscado diversas alternativas para mini-mizar os seus custos. Assim, é necessário ter uma visão sistemática e cautelosa para o empreendedor gerenciar as suas atividades econômicas. Definir as metas e formar planejamentos é uma das ferramentas fundamentais para “sobreviver” em um mercado cercado de incertezas.
No entanto, a partir do momento em que falamos de folha de pagamento e o seu elevado custo, o assunto torna-se objeto de “arrepios” para qualquer empresário. O principal fator é a quantidade demasiada de tributos
que encarecem a manutenção de qualquer empregado; segundo, porque o abalo financeiro é muito expressivo (quando deveria ser inverso para estimular a criação de mais vagas).
É habitual comentar que para todos os gastos com um colaborador, os outros 100% são gastos com o pagamento de encargos trabalhistas, dependendo da modalidade da empresa, sistema de tributação e investimentos.
Diante disso, é necessário investir em visões estratégi-cas, com respaldo na produtividade e faturamento, para a tomada de decisões com o menor risco para o seu negó-cio. No entanto, se mesmo assim houver a necessidade de contornar os efeitos de um cenário desfavorável, há ou-tras medidas alternativas, tais como a redução de jorna-da de trabalho, minimizar a quantidade de horas extras, bem como reduzir contratações desnecessárias.
Assim, a redução de custos trabalhistas torna-se um dos principais questionamentos que muitos empresários cos-tumam fazer juntamente com o seu RH. Podem-se reduzir facilmente os custos óbvios e diretos, como o controle de horas extras desnecessárias ou com um gerenciamento efi-ciente do turnover a fim de evitar o alto custo das rescisões. No entanto, será com a Governança de todos os pilares de uma empresa que geram despesas decorrentes das relações de trabalho que poderemos alcançar na diminuição de cus-tos efetivos e prevenção dos custos não contingenciados, como aqueles decorrentes de doenças ocupacionais, absen-teísmo, fraudes e acidentes de trabalho.
O trabalho preventivo quanto aos riscos trabalhistas é fundamental para minimizar custos presentes e futuros, pois quando colocamos todos os processos internos sob a análise de uma Governança efetiva muitos ralos desco-nhecidos de custos são encontrados, assim como riscos são geridos de forma a serem eliminados ou controlados. Em outras palavras, a partir do momento em que o em-pregador investe na prevenção é possível delimitar com inteligência financeira os riscos inerentes a qualquer ati-vidade econômica.
Não podemos esquecer que a transparência entre em-pregado e empregador, treinamento de gestores, manu-tenção de um bom clima organizacional, rigor na apli-cação de normas trabalhistas, bem como fiscalização de todas as regras de ordem pública e da empresa, são prá-
ma
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Br
ministro da Fazenda acenou para
possibilidade de reforma trabalhista, mas
o governo já voltou atrás
trabalho
31
Mar
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século 21 com leis ultrapassaDas
A Consolidação das Leis Trabalhis-tas (CLT) completou 72 anos. Desde 1943, quando foi criada, o mundo mu-dou. e novas formas de relacionamen-to e de organização laboral foram ins-tituídas. Como a Justiça do Trabalho tem enfrentado o desafio de mediar e regrar essa questão com a legislação?
No Congresso, não faltam proje-tos e discussões propondo a reforma da CLT, o que nunca avança. Os ad-vogados especialistas no tema ava-liam que ao longo dos anos a Justiça do Trabalho vem atualizando suas decisões quanto às novas ferramen-tas tecnológicas de trabalho, como celulares, computadores e redes sociais, entre outros. A nova realidade das profissões está sendo levada aos tribunais. No entanto, não há como vislumbrar na essência institucional da Justiça do Trabalho no Brasil uma modernização relevante, sinalizam. O IBGTr sublinha que existe uma tendência de proteção que é intrínseca ao Direito do Trabalho e que o Tribunal Superior do Trabalho atualmente é ainda mais protecionista ao trabalhador com decisões que beneficiam os empregados em situações muito particulares, mas que acabam por atingir um universo de empregadores que não estavam ali representados naquela discussão. Essas são decisões que, do dia para a noite, podem onerar todas as empresas do Brasil. Em outras palavras, significa dizer que ao dar uma proteção excessiva ao trabalhador, a Justiça pode acabar desprestigiando o trabalho e o emprego por tornar inviável a sustentabilidade das empresas.
ticas de Governança na minimização de riscos e custos. Redução dos encargos da folha de pagamento somente haverá com reforma legislativa, mas não há sinais do atual governo de que desonerações serão discutidas.
Essa condição cria um ambiente incômodo neste de-saquecido ano de 2016. Historicamente, a Justiça é ainda mais protecionista em épocas de recessão. Condenações mais vultosas e entendimentos jurisprudenciais ainda mais agressivos em favor dos empregados se destacam em momentos como o atual. Também a fiscalização ad-ministrativa tende a ser maior e menos leniente na sua aplicação de autuações e multas.
Por isso é importante que as empresas adotem medidas de prevenção. “Certamente teremos um ano em que as ne-gociações sindicais serão endurecidas, já que temos uma economia com pouca margem financeira de negociação para aumentos reais, e os grandes objetivos em comum de empregadores e empregados devem ser a manutenção dos empregos e a sustentabilidade das empresas.”
Talvez aí tenhamos uma oportunidade histórica diante da crise, que é a de reformulação nas bases negociais entre os sindicatos dos trabalhadores e os sindicatos patronais, pois se não houver eficiência no diálogo negocial, nem em-pregos nem empresas terão garantias sustentáveis.
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mais
rh / Bom relacionamento com colegas gera aumento nas vendas
Dizer que uma das qualidades essen-ciais de um vendedor é saber como manter um bom relacionamento com o consumidor já é tradição no mundo dos negócios. No entanto, um novo estudo realizado pela faculdade de administração da Michigan State Uni-versity mostra que o desenvolvimen-to de fortes ligações entre colabora-dores de uma empresa também leva a um aumento de vendas. A pesquisa,
realizada com 300 vendedores americanos, mostra que aqueles que têm me-lhor desempenho usam suas redes de contatos para criar conexões entre seus colegas de trabalho, independentemente do setor, resolvendo proble-mas de clientes com mais rapidez e assim aumentando as vendas. Para os autores do estudo, as empresas devem continuar focando nas necessidades dos clientes, incentivando ao mesmo tempo as relações entre funcionários.
TransporTe / Pesquisa revela o Perfil de ciclistas no Brasila ONG Transporte Ativo realizou uma pesquisa com 5 mil ciclistas de dez cidades brasileiras para analisar qual é o perfil de quem anda de bicicleta no país. A maioria dos ciclistas faz parte da geração Z (de 25 a 35 anos), tem renda de até três salários mínimos e usa a bicicleta como meio de trans-porte diário, principalmente para ir ao trabalho. Entre os motivos relaciona-dos para o início do uso estão a rapidez e praticidade (42,9%), saúde (24,2%) e baixo custo (19,6%), porcentagem que se manteve constante quando pergun-tados sobre os motivos pelos quais con-tinuaram a se locomover desta forma. Apesar dos benefícios, 34,6% dos ciclis-tas responderam que a falta de respeito dos condutores motorizados está entre os principais problemas enfrentados nas vias, seguida de falta de infraestru-tura adequada, como ciclovias e bici-cletários, com 26,6% das reclamações.
mais & menos
aluguelO Índice Geral de Preços do Mercado
(IGP-M) registrou alta de 10,95% no acumulado dos últimos 12 meses.
O índice acumulado é utilizado para o
cálculo do reajuste do aluguel e de tarifas
públicas, entre outros tipos de correções.
ConTas exTernasAs contas externas fecharam 2015
com déficit de us$ 58,942 bilhões, de acordo com dados
do Banco Central. O saldo negativo
das transações correntes, que são as
compras e as vendas de mercadorias e
serviços e transferências de renda do país
com o mundo, correspondeu a 3,32% do
Produto Interno Bruto (PIB).
supermerCaDosAs vendas do setor de supermercados
caíram 1,9% no ano passado em
comparação com o mesmo período
de 2014, de acordo com pesquisa
divulgada pela Associação Brasileira de
Supermercados (Abras).
resulTaDo primárioO Governo Central (Previdência Social,
Tesouro Nacional e Banco Central)
registrou, no ano passado, resultado
primário deficitário em R$ 114,9 bilhões, ou 1,94% do Produto
Interno Bruto (PIB). Trata-se do pior
resultado anual, desde o início da série
histórica, em 1997.
logísTiCaUm levantamento feito pela
Confederação Nacional do Transporte
(CNT), que avaliou 100 mil km em todo
o Brasil, identificou que 73,6%
(6.385 km) da extensão de rodovias do
Rio Grande do Sul apresentam algum
tipo de deficiência. A equipe estima
que são necessários R$ 6,24 bilhões
de investimentos para a reconstrução,
restauração e a manutenção dos
trechos danificados.
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Consumo / agência americana comProva os efeitos do imPosto rosamulheres pagam mais que homens pelos mesmos produtos. É isso que com-provou a agência de direitos dos consumidores de Nova Iorque (DCA), que conduziu pela primeira vez um estudo para analisar a disparidade de preços em produtos direcionados por gênero. A pesquisa confirmou o fenômeno que já tinha sido apontado por consumidoras, chamado de Pink Tax, ou Im-posto Rosa. Para a comparação, a DCA pesquisou cerca de 800 produtos com versões femininas e masculinas de 90 marcas vendidas em estabelecimen-tos na cidade, tanto em lojas físicas como online. O resultado mostrou que os produtos para elas custam, em média, 7% a mais do que a mesma opção para eles. Entre as 35 categorias pesquisadas, somente em cinco os produtos
voltados para os homens tinham preço maior: no vestuário e em produtos de beleza, em média, elas pagam 8% e 13% mais caro respectivamente. O estudo afirma ainda que alguns itens chegam a custar 50% a mais, fazendo com que as mulheres gastem aproximadamente US$ 1.351 a mais (ou R$ 5.343,48) de Pink Tax para adquirir os mesmos produtos.
TeCnologia / emPresa aPonta quais são as tendências Para o e-commerce em 2016o brasileiro está comprando cada vez mais na internet com uso de múltiplos dispositivos, é o que diz a pesquisa realizada pela empresa Criteo sobre publicidade digital e marketing de performance. Apenas no terceiro trimestre de 2015, 56% das compras online foram feitas através de aplicativos mobile, um índice inferior apenas ao da Coreia do Sul, que alcançou 64% no período, e superior a outros oito países, como Itália, França, Japão e Estados Unidos. A partir de estudos realizados no ano passado, a empresa apontou as cinco grandes tendências para o comércio eletrônico em 2016: a primeira diz que a maioria das compras pela internet será feita a partir de múltiplos dis-positivos, ou seja, varejistas precisarão redesenhar seus sites de forma mais responsiva e campanhas para serem ativadas em todas as plataformas. A empresa aponta ainda que compras nos smartphones continuarão ganhando força, já que a venda de aparelhos com telas maiores facilita a experiência de compra. Outra tendência mostra que datas promocionais de vendas online, como a Black Friday – que alcançou em 2015 um índice de vendas sete vezes maior do que outras sextas-feiras do mês de novembro –, serão cada vez maiores. E, conforme as previsões, a internet seguirá influenciando as compras nas lojas físicas, pois consumidores fazem pesquisa de preços e com-param produtos antes de sair às compras. Por fim, a quinta tendência indica que o marketing mudará seu foco, de dispositivos para o público para entender como os consumidores trafegam por múltiplos aparatos e ambientes para consumir informação. A previsão é de que surgirão mais campanhas focadas nas pessoas e na compreensão das intenções dos consumidores no ciclo de compra, em vez de apenas promover produtos.
emprego / maioria Dos profis-
sionais ConsiDera seus empregos
esTressanTes O site CareerCast, portal
de busca de empregos americano,
liberou os resultados de 2015 de sua
pesquisa anual de estresse no traba-
lho. O levantamento foi feito com 834
participantes empregados, de idades
e profissões diversas. Entre os fatores
que trazem mais ansiedade, 26%
responderam que a imprevisibilidade
na rotina causa mais extenuação, se-
guido de ambiente de trabalho (21%),
prazos (20%) e ser responsável pela se-
gurança de outras pessoas (16%). No
geral, 62% dos participantes respon-
deram que empregos são altamente
estressantes. Porém, o resultado mais
surpreendente foi que, após classifi-
carem notas altas de estresse (entre 7
ou 10) na escala, a nota mais votada
foi 1. Ou seja, sugere que profissionais
ou estão muito estressados em seus
cargos ou consideram seu ofício livre
de tensão, não há meio-termo.
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Claiton Dornelles/Divulgação Sesc-RS
nidades de atendimentos
gratuitos do sesc-rs
visitam cidades gaúchas
oferecendo exames durante
o ano todo
Udefendidas pelo Sesc-RS.
Por meio das unidades móveis OdontoSesc e de Saúde Pre-ventiva (USSP), a entidade já percorreu vários municípios gaúchos oferecendo milhares de exames gratuitos e consul-tas diversas. Cada OdontoSesc realiza atendimento anual, em média, de 8.500 pessoas (entre crianças e adultos) e está es-truturada com quatro consultórios odontológicos, central de esterilização e sala de Raio-X. Já a USSP dá assistência para quem tem mais de 18 anos e alcança 15 mil atendimentos anualmente, com exames preventivos como ultrassom (so-mente com prescrição médica), mamografias, citopatológicos de colo de útero e exames oftalmológicos.
Segundo a gerente de Saúde do Sesc-RS, Mari Estela Ken-ner, as ações educativas em saúde no Sesc têm por objetivo a promoção de saúde e a prevenção de doenças que acome-tem os gaúchos, assim ampliando a qualidade de vida e o bem-estar social. As áreas são complementares e inter-rela-cionadas, pois dizem respeito a dois mecanismos básicos de estratégia geral de atuação: o desenvolvimento de habilida-
A pRevenção àS DoençAS ContinUA SenDo UmA DAS pRinCipAiS bAnDeiRAS
Prevenção itinerante
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Bem-estar na região metropolitana A mais nova
Unidade Sesc no RS se localiza na rua Guilherme
Schell, 5340, em Canoas. inaugurada recentemen-
te, a estrutura conta com um teatro de 334 lugares,
Sala de Leitura (biblioteca com acervo de mais de 3
mil livros, revistas e periódicos para consulta local e
empréstimo), espaço Conexão (sala com acesso livre
à internet), cafeteria, sala multiuso, Sala Sesc Games
(jogos eletrônicos e de tabuleiro), espaço Kids, es-
tacionamento para clientes, academia de muscu-
lação, sala de pilates, piscina térmica e consultório
odontológico. A Unidade também disponibiliza servi-
ços de turismo e o programa maturidade Ativa.
sistema Fecomércio-rs na Festa da Uva entre os
dias 18 de fevereiro e 6 de março, o Sistema Feco-
mércio-RS/Sesc/Senac promoveu o espetáculo Som
e Luz, durante a Festa da Uva 2016, em Caxias do
Sul. Som e Luz é uma espécie de teatro sem atores
nem figurino, estrelado por 346 canhões de luzes
coloridas, efeitos especiais e amplificadores de som.
o conjunto de casas de madeira, uma igrejinha, um
campanário e o coreto, em meio à mata, lembram
Caxias do final de 1885, época da ocupação por
imigrantes italianos. os espectadores são envoltos
numa narrativa da saga da imigração italiana.
agenda de eventos
10/marsorrindo para o Futuro
ocorrerá no Centro de eventos do Plaza são
rafael, em Porto alegre, o 11º encontro estadual
do Programa sesc sorrindo para o Futuro,
que contará com a presença de profissionais e
educadores da área de aproximadamente 250
municípios do estado.
17/mar a 30/abrexposição aberta
no período, a exposição só Lâmina, do artista
nuno ramos, estará aberta para visitações no
Museu de arte Leopoldo gottuzo, em Pelotas.
des individuais e coletivas e o reforço da ação comunitária. “O objetivo da prevenção é a ausência de doença, enquanto o da promoção é maximizar o estado de saúde. Apesar de diferentes enfoques, ambas conseguem níveis distintos de saúde e o que as une é que os programas de prevenção são portas de entrada para a promoção”, explica.
O Sesc-RS possui sete unidades móveis de saúde, cinco da OdontoSesc) e duas de saúde preventiva (Unidade Sesc de Saú-de Preventiva-USSP). A itinerância através de unidades móveis é a estratégia para a ampliação do acesso a serviços de saúde. Em 2016, as ações de saúde serão intensificadas em Porto Ale-gre. A partir de parceria firmada com a Prefeitura e Sindicatos filiados à Fecomércio-RS, as Unidades Móveis levarão os aten-dimentos gratuitos a bairros da Capital – Camaquã, Lomba do Pinheiro, Santa Tereza, Rubem Berta, Sarandi e IAPI. A estima-tiva é de realizar 73 mil exames – 42.5 mil consultas odonto-lógicas, 9,6 mil consultas oftalmológicas, 9,6 mil mamografias, 3.840 ecografias, 3.840 exames citopatológicos de colo de útero e 3.840 check-ups (eletrocardiogramas, medição de pressão ar-terial e testes de triglicerídeos, colesterol e glicose).
Qualidade e impacto
As unidades OdontoSesc são certificadas pelo Bureau Ve-ritas Certification com a ISO 9001:2008, garantindo rigoroso padrão de qualidade em todos os processos de trabalho. A entidade também realiza pesquisas de satisfação de forma sistemática sobre o atendimento nas suas unidades móveis, tanto com os clientes quanto com os parceiros. “Na USSP, o trabalho desenvolvido demonstrou um forte impacto na saúde pública das cidades atendidas, pois permitiu realizar o diagnóstico de doenças mais precocemente e, consequen-temente, dar início ao tratamento”, argumenta.
O levantamento de dados epidemiológicos realizado no OdontoSesc também demonstra o nível da saúde bucal das comunidades. “O número médio de consultas necessárias para que os pacientes concluíssem o tratamento odontoló-gico, em 2015, foi de 10,39. Esse índice elevado significa que visitamos cidades com demanda clínica reprimida”, conta a gerente. Quando o atendimento chega a locais com menos acesso aos recursos odontológicos, o índice aumenta, num indicativo da relevância social do programa e do impacto positivo na qualidade de vida das pessoas atendidas.
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contabilidade
a carga tributária imposta a empresas de diversos ramos, o governo federal instituiu uma série de desonerações da folha de pagamento a partir de 2011, im-pondo aos setores econômicos contemplados a substituição da contribuição previdenciária patronal sobre a folha de sa-lários (equivalente a 20%) por receita bruta (com alíquotas de 1% e 2%, incidentes sobre o faturamento).
A mudança gerou um efeito desigual entre os segmen-tos que se adequaram à medida. Alguns ramos, de fato, fo-ram beneficiados, enquanto outros acabaram sofrendo com um efeito contrário ao esperado, aumentando o custo com a contribuição. Empresas que contratavam muita mão de obra e que tinham um custo previdenciário alto consegui-ram reduzir a despesa. Porém, nem todas as organizações que dependiam de poucos funcionários, e que, portanto, ti-
Como forma de estimular a geração de empregos e minimizar
igente desde 2011, a
redução tributária
incidente sobre a folha de
pagamentos concedida a
56 setores teve as regras
alteradas a partir de
2016, exigindo atenção
das empresas
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OneraçãO da desOneraçãO
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nham um menor gasto com a contribuição previdenciária, obtiveram vantagem com a desoneração.
Inseridas dentro de uma mesma regra tributária, apesar das nítidas diferenças, empresas de diferentes setores fo-ram obrigadas a se adequar à medida que acabou onerando ainda mais empresas com um quadro reduzido de emprega-dos ou com elevado faturamento. “A medida buscou reduzir o peso tributário incidente sobre a folha de pagamento das empresas e, assim, fomentar a criação (e a regularização) de novos empregos formais”, explica o advogado tributarista Rafael Pandolfo.
“Em outras palavras, o objetivo era de que o valor a ser pago ao INSS, a título de Contribuição Previdenciária Patro-nal, não estivesse atrelado ao volume de salários pagos pela empresa. O conceito era positivo, pois desvinculava o tribu-to do emprego, que é uma despesa”, contextualiza.
De acordo com o presidente do Sescon-RS, Diogo Cha-mun, a desoneração atingiu parcialmente as metas previs-tas. “Mesmo sem podermos fazer um vínculo direto, tivemos crescimento da economia nos anos subsequentes à implan-tação e crescimento da taxa de formalização de empregos, segundo o estudo Síntese de Indicadores Sociais do IBGE.”
Além das peculiaridades de cada empresa quanto aos possíveis benefícios da desoneração, Pandolfo ressalta que durante o período de vigência da regra não surgiram estu-dos apontando uma reação direta entre a desoneração (cha-mada também de contribuição substitutiva) e a redução do desemprego. “Sabe-se, todavia, que quando a Contribuição Substitutiva foi instituída, o país passava por uma fase his-tórica de baixos índices de desemprego. De lá pra cá, o de-semprego tem aumentado, principalmente em decorrência da crise econômica que o Brasil enfrenta.”
Mudança de cenário
A partir deste ano, as regras sofreram importantes al-terações, que podem fazer com que a desoneração deixe de ser uma vantagem mesmo para segmentos anterior-mente beneficiados. As alíquotas que antes eram de 1% e 2% passaram a ser entre 2,5% e 4,5%. “Foram aumentos de 150% e 125%”, frisa o presidente do Sescon-RS, Dio-go Chamun. Não à toa a mudança está sendo chamada de oneração da desoneração.
Com a mudança, o governo sinaliza que está deixando de lado a perspectiva de aumentar o benefício às empresas, clas-sifica Rafael Pandolfo. “O que é seguro de se afirmar é que o plano do governo federal de ampliar gradualmente a desone-ração falhou. Afinal, em vez de ampliar o rol de setores sujei-tos às alíquotas de 1% e 2% sobre a receita bruta, o governo promoveu o aumento dessas alíquotas”, sustenta. “A princi-pal causa disso foi a necessidade de superávit primário, o que pressionou o governo a aumentar o tributo.”
Para a classe empresarial, a situação fere a previsibilidade em relação às obrigações tributárias. “O problema da desone-ração é o mesmo que assola as questões tributárias no Brasil: a insegurança. As regras são provisórias, sendo que não resta alternativa para as empresas que não seja cumpri-las.”
O diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil, Ri-chard Domingos, concorda: “As regras foram mudadas no meio de jogo”. “Infelizmente, no meio de uma crise, isso re-presentará em mais um aumento nos gastos, o que com cer-teza tornará as empresas menos competitivas”, acrescenta.
Mas há uma boa notícia, pelo menos atenuante no meio do embate: a adesão ao sistema passou a ser facultativa. “Resta para os empresários e suas contabilidades correrem para ver qual o impacto que esse aumento de alíquota terá e qual será a melhor opção. Contudo, é certo que para grande porcentagem dos negócios não será mais vantajosa a opção pela desoneração”, explica Domingos.
CalCulandO O impaCtO
O advogado tributarista Rafael Pandolfo detalha o que deve ser levado em conta na hora de decidir sobre a adesão ou não à desoneração:
para saber qual a melhor opção, é aconselhável que
cada contribuinte realize um estudo minucioso da carga
tributária em cada regime.
a decisão deve ser tomada com cuidado, pois a opção
pela contribuição substitutiva é irretratável durante todo o
ano calendário.
além disso, a escolha por um regime mais oneroso causa
impactos à lucratividade do negócio e pode atuar como um
fator concorrencial negativo, uma vez que influenciará no
preço da mercadoria ou serviço oferecido no mercado.
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a distância concebidos pelo Senac-RS para a comunidade brasileira que vive no Japão esti-mularam a instituição a ampliar o portfólio de formações disponíveis. Focadas em gestão, as modalidades vão do Técnico em Administração, iniciado em 2015, às áreas de Marketing e Recursos Humanos, que passam a ser minis-tradas neste ano.
Realizado em parceria com a escola Alegria de Saber, o primeiro curso atraiu 20 alunos que buscaram a forma-ção de nível médio como forma de ampliar oportunidades profissionais tanto em solo nipônico como brasileiro, no caso dos que pretendem voltar ao país. Segundo o diretor
Os bOns resultadOs ObtidOs cOm a criaçãO de cursOs técnicOs
Conexão Brasil-Japão
s oportunidades
promovidas pelo ensino
a distância (ead) estão
transformando a
vida de brasileiros
residentes no Japão
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©istock.com/ruskpp
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Qualificação gratuita O senac erechim inicia o
projeto Qualifique-se, que promove a capacitação por
meio de workshops gratuitos nas áreas: administração,
comércio e vendas, informática e segurança do trabalho.
a programação foi iniciada com o tema Atendimento
Inteligente: o novo perfil do vendedor, ministrado nos
dias 16 e 17 de fevereiro pela professora daniela luisa
torriani. até 17 de março, serão tratados assuntos como
tecnologia, inovação, segurança e mercado de trabalho,
entre outros. a carga horária é de 20 horas. as inscrições
devem ser feitas pelos telefones (54) 3522-2999 e (54)
3522-7077 ou pelo e-mail [email protected]. mais
informações no site www.senacrs.com.br/erechim.
Senac faShion Day leva itgirl e itBoy a canoaS
as principais experiências do mundo da moda foram
destaque do evento, realizado em 5 de março, no senac
canoas. Foi promovida uma série de atividades, como
brechós, consultoria de imagem e oficinas. a programa-
ção contou com a participação da ItGirl Juju massena.
blogueira e locutora da rádio atlântida, ela é referência
em tendências de moda, assim como o ItBoy Vini uehara,
que é blogueiro, fashion designer e graduado em design
de moda, e também participou do evento.
agenda de eventos
de Educação a Distância do Senac-RS, Sidinei Rossi, as duas instituições de ensino estão fortalecendo os laços e dissemi-nando conhecimento por meio de uma ferramenta de alcan-ce global. “Para o Senac, a ampliação significa o reconheci-mento dos brasileiros que vivem no Japão da qualidade e da importância do trabalho que estamos desenvolvendo para a qualificação profissional deles.”
A proposta de oferecer dois novos cursos partiu da própria escola Alegria de Saber, que solicitou a continui-dade do Técnico em Administração e outras formações para atender a demanda dos brasileiros.
CurríCulo sob medida
A matriz curricular é igual a que temos no Brasil, mas os brasileiros em solo nipônico têm uma disciplina de língua e cultura japonesa, o que enriquece ainda mais o aprendi-zado, já que adapta as dinâmicas à realidade local e tam-bém à brasileira. “Nesta modalidade temos um diferencial que é a presença de um dos docentes durante dez dias par-ticipando dos encontros presenciais para a realização de trabalhos”, explica a coordenadora de EAD do Senac-RS, Emmanuelle Winck.
De acordo com o coordenador do curso de Administra-ção, Jean Bade, o material foi todo desenvolvido pensan-do na cultura local, de forma a se tornar mais atrativo. “Este público tem um envolvimento e comprometimento que chamam atenção. Eles utilizam o pouco tempo que têm para fazer as atividades em seus celulares e tablets no des-locamento entre suas casas e o trabalho”, apontou Bade.
7 a 11/Mar3ª feira de Beleza
Com 14 expositores e mais de 50 palestras,
workshops e oficinas, serão apresentadas as
tendências sobre saúde, moda e beleza, no senac
Camaquã. as inscrições são gratuitas. informações
pelo telefone (51) 3671-0363 ou no site www.senacrs.
com.br/camaqua.
14/MarDia da Mulher
o senac taquara promove três workshops gratuitos:
automaquiagem (19h), penteado com tranças (20h)
e massagem com terapias alternativas (21h). as
inscrições podem ser feitas pelo telefone (51) 3541-
5370. informações: www.senacrs.com.br/taquara.
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dossiê / Livros
em ele, pouco saberíamos
sobre o passado, e o futuro
seria diferente. a história
do livro se confunde com
a da escrita, somando mais
de 5,5 mil anos. saiba mais
sobre esse produto que
influencia diretamente o
curso da humanidade
salém de disseminar
ideias, o homem – em diversas culturas, épocas e locali-dades – sempre buscou, por milhares de anos, diferentes formas de reter conteúdo. Muitas foram as matérias-pri-mas testadas até se chegar ao livro como o concebemos hoje. Pedras e ossos deram conta das primeiras tentativas em armazenar informações para a posteridade. Os primei-ros livros foram escritos em tábuas de argila, uma espécie de tijolos. Assim a humanidade conhece, por exemplo, a história do rei Gilgamesh, de Uruk, na Mesopotâmia, que viveu há 5.000 anos e é considerado um herói. Foi através de registros nesses blocos de barro que suas lutas com leões e outras batalhas são hoje conhecidas, já que o ma-terial resistiu ao tempo.
Outro material bastante utilizado por outros po-vos, como os indianos, foram as folhas de palmeiras. Já os maias e astecas documentavam tudo em um material
Com a neCessidade de registrar ConheCimento, leis, regras e a própria história,
©istock.com/eduard andras
Retendo o conhecimento
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retirado por entre as cascas das árvores e a madeira. Os romanos, por sua vez, faziam uso de tábuas de madeira cobertas com cera. Veio dos egípcios, no entanto, a des-coberta do bastante difundido papiro, resultado de uma mistura a partir de plantas encontradas às margens do rio Nilo e que deu origem à palavra “papel”. Depois sur-giu também o pergaminho, feito a partir da pele de ani-mais, como cabras, carneiros, ovelhas e afins. Nas folhas de couro já se escrevia frente e verso, e o material ajudou muito na preservação de textos da Antiguidade, como a Bíblia Sagrada e obras de alguns pensadores clássicos. Esse material era mais resistente que o papiro.
Os pergaminhos eram organizados em encadernações, conhecidas como códices (codex, na origem), o que facilita-va o transporte e manuseio dos textos. No período medie-val, o acesso a essas obras era restrito aos monges. Eles faziam cópias para preservar as publicações. Desta forma, a Igreja teve papel importante na conservação de textos da cultura grega e romana.
Um pouco depois, na China do Século 2, foi criado de fato o papel (nome derivado de papyrus, em latim, ou pa-puros, do grego), em uma versão mais rústica que aquela que conhecemos. Os primeiros modelos foram desenvolvi-dos a partir de plantas, tecidos velhos e fragmentos de re-des. Misturavam-se as fibras com água até se transformar numa pasta que dava corpo ao material. Reza a lenda que foi observando como os marimbondos construíam suas ca-sas com serragem e saliva que se inventou o papel. No ano 105, o chinês T’sai Lun desenvolveu a descoberta, a partir da celulose, encontrada na casca das árvores. O papel era confeccionado com a casca da amoreira ou com o bambu, cuja polpa esmagada era transformada em fibras, espalha-da sobre um tecido e deixada assim para secar.
O primeiro livro impresso dessa forma foi Diamond Sutra (discursos de Buda), datado de 868, na China, com cunho religioso, textos e ilustrações. É considerado um importante documento do Budismo e ficou escondido por muito tempo em uma caverna fechada no noroeste da China. Cada letra foi entalhada em bloquinhos de madei-ra como forma de impressão. A fórmula chinesa do papel demorou, no entanto, a chegar no Ocidente. Este modelo desembarcou na Europa somente no século 12, substi-tuindo o pergaminho.
Somente depois de meados do Século 15, quando o alemão Johannes Gutenberg inventou a prensa de tipos móveis, que foi posteriormente utilizada em todo o mundo, o livro se tor-nou um produto mais acessível. O primeiro livro impresso a partir de tipos móveis foi a Bíblia, com uma tiragem de 300 có-pias em latim. No início, a fabricação era lenta (saiba mais sobre a invenção no quadro abaixo). A criação da imprensa, no entanto, não alterou a estrutura fundamental do livro, que já era com-posto por cadernos, folhas e páginas em um único objeto.
O livro e a literatura
Só o papel, no entanto, não basta para se ter livros. Eles representam um mundo a ser desbravado. Com eles, podemos nos transportar a outros lugares, épocas e his-tórias, sejam verdadeiras ou de ficção. Eles mudam vidas e fazem toda a diferença para milhares de pessoas. A li-teratura é uma viagem em que o livro é o passaporte. “Os livros são a nossa mais bela invenção para compartilhar ideias além das fronteiras do espaço e do tempo”, nas pa-lavras da diretora-geral da Unesco, Irina Bokova.
A Revolução de GutenbeRG
Conhecido como o pai da in-dústria gráfica e da imprensa, Gutenberg inventou, em 1440, a impressão por caracteres móveis, descoberta que revo-lucionou o mercado editorial. Sobre as extremidades de uma pequena haste de madeira ou
metal era gravada a forma, em relevo, de uma letra do alfabeto. A letra, embebida em tinta, imprimia sobre o papel a sua imagem. Sua maior obra de arte, o primeiro grande livro impresso do mundo, a Bíblia de 42 linhas ou Bíblia de Mazarino teve 1.282 páginas e foi finalizada em 1455, após anos depois do início do trabalho. A partir daí a tipografia espalhou-se rapidamente na Europa e no Oriente, por influên-cia dos portugueses, e posteriormente conquistou o mundo.
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dossiê / Livros
CUriosidades
Os mais vendidOso livro mais vendido do mundo
é nada menos que a Bíblia
sagrada. de acordo com o
guinness Book, o número de
exemplares distribuídos ultrapassou
os 5 bilhões. o livro Vermelho, com
citações de mao tsé-tung, e o
alcorão também despontam entre
o top10 dos livros mais vendidos de
todos os tempos.
Uma rOsa pOr Um livrOno dia internacional do livro, muitas
pessoas ao redor do mundo recebem
uma rosa ao comprar um exemplar.
a tradição das flores começou na
Catalunha (espanha) para expressar
o que são Jorge representa para a
região, já que o dia do santo coincide
com o da comemoração literária.
as rosas representam o amor, e os
livros, a cultura.
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Entre as primeiras obras escritas em papel estão As Mil e Uma Noites – uma compilação de histórias que antes eram contadas oralmente –, bíblias e enciclopédias. No início, as enciclopédias foram proibidas ao povo, pois ali havia uma fonte de saber. Desta forma, a popularização do mundo editorial através dos anos é considerada uma conquista da democracia.
Atualmente, a produção de livros é intensa no mun-do inteiro, hoje também em novo formato: o digital, por meio dos e-books e seus aparelhos de leitura. Para se ter uma ideia, mais de 150 títulos são lançados por dia no Brasil, em média. O Século 20 foi responsável por uma literatura histórica superior à de todos os outros séculos somados juntos. Entre os livros mais vendidos no mundo, considerando todos os tempos, estão: Dom Quixote de la Mancha (Miguel de Cervantes), O Pequeno Príncipe (Antoi-ne de Saint-Exupéry) e Guerra e Paz (Leon Tolstói).
A leitura também se traduz em um hábito saudável. Uma pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisa de Leitura, Lite-
dia mUndial dO livrOem 23 de abril se comemora o
dia mundial do livro. a data foi
instituída pela organização das
nações Unidas (onU) e Unesco em
homenagem ao aniversário da
morte de dois ícones da literatura
universal: William shakespeare
(Romeu e Julieta, entre outros
clássicos) e miguel de Cervantes
(Dom Quixote de la Mancha).
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ratura e Sociedade da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, investigou os hábitos de leitura, motivação, critério de escolha dos livros, frequência e efeitos que a leitura causa na vida das pessoas. O estudo, encomendado pelos chocola-tes Galaxy em nome do Quick Reads – programa que produz livros curtos por autores renomados para pessoas ocupadas e que não são leitoras menos confiantes –, mostrou que pes-soas que leem regularmente por prazer são mais propensas a ficarem satisfeitas com suas vidas.
Entre os resultados, 36% da população foi inspirada a viajar por causa de um livro e 27% das pessoas foram ins-piradas a fazer mudanças positivas na vida – desde leitura à procura de um novo emprego ou terminar um relacio-namento ruim. 41% dos adultos descobriram que curar as preocupações diárias com uma leitura é melhor do que sair à noite com amigos. Já 35% dos entrevistados revela-ram que os livros lhes trazem mais conforto quando estão se sentindo para baixo, enquanto 31% escolhem uma taça de vinho e 10% um banho quente.
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A Constituição FederAl de 1988 é festejada por ter consagrado a autonomia coletiva dos sindicatos e o poder normativo negocial, rompendo com o modelo interven-cionista. A sociedade, na nova ordem, pas-sou a acreditar na superação dos dissensos através de construção coletiva com vanta-gens mútuas. Neste cenário, novos direitos laborais foram conquistados em troca da adequação ou não da aplicação de normas previstas na legislação e que já não contri-buíam para a proteção do trabalhador. O esvaziamento do poder normativo da Justiça do Trabalho com a instituição do comum acordo como condição para a intervenção judicial completou o novo quadro.
Avançamos muito nas negociações trabalhis-tas. Na verdade aprendemos a negociar e os conflitos marcados pelo radicalismo das partes passaram a ser exceção. Parcela da magis-tratura, contudo, de cunho ideológico, que defende o ativismo e que não concebe solução de conflito fora da Justiça do Trabalho, hoje encastelada no TST, passou a intervir na nego-ciação coletiva, excluindo condições ajustadas em acordos e convenções coletivas e desequili-brando o que foi construído pelas partes.
A fotografia começa a ser alterada. Recen-temente o STF, na condição de guardião da Constituição, reformou decisão do TST que anulava regra negociada pelas partes. O STF
afirmou que é inafastável o princípio da au-todeterminação coletiva, sendo categórico em afirmar a necessidade de ser prestigiado o princípio insculpido no artigo 7º, inciso XXVI, da CF.
Conforme bem asseverou o ministro relator Luis Roberto Barroso, não há como considerar que nas negociações coletivas exista a mesma disparidade havida na relação individual entre patrão e empregado, e por consequência lógi-ca não há como aplicar princípios próprios do contrato individual de trabalho.
Segundo o ministro, devem ser aplicados às negociações coletivas os princípios da equivalência dos contratos coletivos, da liberdade sindical, da autonomia da vonta-de das partes e, principalmente, da boa-fé, não havendo que se falar em aplicação do princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas em tutela coletiva. Conclui-se que se a intenção do legislador fosse limitar a autodeterminação coletiva não teria inserido na Constituição Federal artigo expresso em sentido contrário.
A negociação coletiva volta a ser presti-giada. A decisão do STF tem repercussão geral. Esperamos que o TST, que trata toda uma categoria laboral organizada como hipossuficiente, reflita e também prestigie a negociação coletiva.
Flávio obino FilhoAdvogado trabalhista-sindical da Fecomércio-rs
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Os Limites da NegOciaçãO cOLetiva
e O stF
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ho Oficinas mecânicas
em seus pátios e dando férias coletivas aos trabalhadores, as oficinas mecânicas come-moram o aumento na procura dos clientes desinteressados em trocar de carro em função da instabilidade econômica. Nesses ambientes, cujo trabalho é favorecido também pelas más condições das ruas e estradas brasileiras, a conquista do cliente se dá pelo atendimento tempestivo e honesto, que confere à empresa prestadora de serviço o intangí-vel valor da credibilidade. No Rio Grande do Sul, há mais de 10,3 empresas do gênero, segundo dados da Audamec
Num ceNário em que as moNtadoras estão empilhaNdo automóveis
om a queda nas vendas de
carros novos, oficinas
mecânicas percebem
aumento na procura por
parte da clientela
cHospitais de veículos
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Marketing e Pesquisa Automotiva. O Estado tem uma fro-ta de 6,2 milhões de veículos, conforme o Detran-RS, para uma população de 11,2 milhões de habitantes.
Em Caxias do Sul, os empresários do ramo reuniram-se em torno da Associação das Empresas de Reparação Veicular (Aserv), há 25 anos, para encontrar soluções a um problema comum: a falta de qualificação dos funcio-nários. Atualmente, a entidade reúne um total de 230 em-presas do município-sede e cidades adjacentes como Ben-to Gonçalves, Flores da Cunha e Farroupilha. Ela oferece treinamentos, palestras e cursos técnicos gratuitamente aos associados, bem como manuais operacionais e convê-nios com planos de saúde e assistência jurídica.
“A inovação periódica na engenharia veicular nos força a constantes atualizações e investimentos”, explica o pre-sidente da Aserv, Paulo César Mosele Calbar. “Se os mecâ-nicos não forem treinados para ‘ler’ as partes de eletrônica embarcada e motorização não conseguem mexer no carro e se restringem a lidar com carburadores.” A Aserv, que congrega também oficinas de chapeação e autoelétrica, tem sede própria e planeja, em breve, montar um centro automotivo em parceria com uma grande marca multina-cional. O projeto prevê a possibilidade de proporcionar capacitação aos demais centros automotivos consorciados com a fabricante no Estado. Está em fase final de estudos também um curso para menores aprendizes, para sanar a falta de mão de obra no setor.
Tendência de crescimenTo
Na Serra, os varejistas apostam no crescimento do mercado como tendência para o ano. “As pessoas fi-carão mais tempo com seus veículos em virtude da crise. Reduzindo a tro-ca por automóveis novos, as manu-tenções devem ganhar mais espaço, de 10 a 15%” aposta Calbar. Aliando este fator às estradas e ruas em pés-simas condições em diversas partes do território gaúcho, bem como ao crescimento do número de furtos em carros (em razão da queda no poli-
ciamento), o setor passa por um momento estável com perspectiva de melhora.
Paulo Calbar é proprietário da Vidro Peças há 17 anos, com uma loja atuante na instalação de vidros e acessórios e uma oficina mecânica, 15 colaboradores ao todo. No pe-ríodo, ele viu a economia do país ascender e uma fatia da população ganhar poder aquisitivo. Com o aquecimento do mercado, a concorrência se acirrou, reduzindo as mar-gens de lucro em 30% na última década. Os clientes tam-bém se tornaram mais exigentes. “Eles querem, antes de tudo, ótimo atendimento, depois dão atenção ao preço”, conta. A Aserv mantém parceria com o Sebrae-RS com a finalidade de capacitar os responsáveis pelo contato com os donos de carros. Além da concorrência, um dos obstá-culos do negócio, citado pelo empresário, são os impos-tos. O aumento nas alíquotas de ICMS nos combustíveis e na energia foi repassado aos consumidores. Na estimativa de Calbar, “o governo é um dos sócios da empresa, traba-lhamos muito simplesmente para nos manter”, admite.
Emerson Nunes é proprietário da oficina Nunes e Con-ter, em Tapes, a 103km de Porto Alegre. Sua empresa, com uma década de vida, só não realiza consertos de direção
Empresa da Serra integra
associação que oferece cursos
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ho Oficinas mecânicas
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hidráulica e cárter automático. O restante (geo-metria e balanceamento, troca de óleo e peças, manutenção e revisão de motor, entre outros) está no escopo de serviços prestados por uma equipe de sete colaboradores. “Para o ramo au-tomotivo, melhorou o cenário pela redução nas vendas de carros novos. As pessoas estão procu-rando mais a manutenção. As negociações, con-tudo, estão mais justas, mais apertadas. É preci-so habilidade negociativa para saber até onde o cliente pode ir”, relata.
Trabalho com bandeiras
Num município cujo acesso asfáltico é um verdadeiro teste de suspensão veicular, Nunes ganha clientes pela credibilidade, sabedor de que em empresas similares muitos motoristas são engambelados na troca de peças por desco-nhecerem o funcionamento dos motores e aces-sórios. Ele oferece garantia nos consertos rea-lizados, mas reclama que, na região, a falta de fiscalização dá margem ao surgimento de muitas oficinas picaretas, sem CNPJ, sem adequação aos ditames ambientais, sem pagar impostos: “So-fremos concorrência desleal porque os fiscais acabam focando seus olhos somente aqui”.
O mecânico reforça as necessidades de treina-mento constante da equipe no setor, investindo em formação técnica. “Eu costumo adquirir os manuais técnicos lançados no mercado para atualizar o pessoal”, diz. Seu empreendimento é autorizado das marcas Bosch Car Service, Marelli e Mon-roe, que oferecem cursos e treinamento para lidar com as novidades do mercado, bem como livros especializados. “Estar li-gado a alguma bandeira é um facilitador, sem dúvida, e também um certificado de bons serviços”, admite. Além do diagnós-tico por escaner, outro diferencial da Nu-nes e Conter está na análise de emissões de gases gratuita, o que permite ajustes e reparos no funcionamento do motor.
esTéTica perde espaço
O freio na economia também tem levado os consumi-dores a deixar ajustes estéticos nos automóveis em se-gundo plano. A informação é corroborada por Leandro Bauer, proprietário da Copacabana Autocenter, na cidade litorânea de Torres. “O que tem gerado movimento é a manutenção necessária, mesmo”, afirma. Sua equipe tem quatro colaboradores que trabalham sob seu comando há três anos. Na praia, os problemas com a suspensão (molas, buchas e amortecedores) são os mais frequentes, em ra-zão das estradas ruins, além do desgaste provocado pela maresia, que movimenta os serviços de chapeação locais. Na época de veraneio, a oficina registra um aumento de 50% na procura.
Assim como em Tapes, o empresário de Torres não apenas enfrenta a forte concorrência legalizada como também a das mecânicas de fundo de quintal. Para ca-tivar a clientela, ele considera que, no ramo, a principal qualidade é ser honesto. “Aqui nós mostramos o defei-to real do carro e o que é preciso para consertá-lo, sem enganações”, discorre. As raras oportunidades de treina-mento surgidas na comunidade local são compensadas pelo aprendizado prático cotidiano, com uso de tecnolo-gia avançada com o escaner que se conecta à central dos veículos e diagnostica a raiz dos problemas eletrônicos.
Nunes e Conter: credibilidade é
chave para ganhar clientes
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pelo mundo
GooGle cria proGrama de benefícios para dicas de
usuários O Google Maps está fortale-cendo a utilização da ferramenta Guias
Locais – o serviço que pretende ser uma comunidade global para que usuários
compartilhem suas experiências, fotos e dicas – com a troca de benefícios na plataforma. É possível pontuar adicionando
novos lugares, escrevendo comentários, compartilhando fotos, corrigindo informações ou respondendo a perguntas sobre o
destino apontado. Para participar, basta se inscrever no site e permitir a opção “histórico de localização” nas configurações,
que o programa abre opções de inclusão. Cada informação gera um ponto, e quanto mais pontos são computados, novos níveis de acesso são liberados. A pontuação poderá ser convertida em prêmios, tais como ter seu próprio selo de aprovação no Google
Maps, espaço de 1 TB grátis no Google Drive, acesso antecipado a novos recursos e convites exclusivos para eventos realizados pela
empresa no Brasil. E você, o que indica na sua cidade?
portuGal quer livre circulação em países que
falem portuGuês O novo governo de Portugal apresentou
um projeto para estabelecer a liberdade de circulação e
residência para os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Se aprovada,
a proposta, intitulada de Carta de Cidadão Lusófono, derrubaria a
necessidade de visto para viagens e permitiria a fixação de residência
sem impedimentos em qualquer um dos estados-membro: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e
Timor-Leste. Além disso, o projeto reconheceria automaticamente
diplomas e qualificações profissionais, o exercício de
direitos políticos e a transferência de direitos sociais. O Itamaraty
informou que não há, a princípio, nenhum impedimento para que a medida seja implementada. No entanto, especialistas temem que países europeus criem barreiras
para Portugal, que já é signatário de outros acordos de livre
circulação na Europa.
Yale faz rankinG de países mais verdes do mundo Há 15 anos, especialistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, analisam quais países se preocupam mais com o meio ambiente. Para chegar a esta lista, chamada de Índice de Per-formance Ambiental (EPI, sigla em inglês), são compilados dados sobre biodiversidade, qualida-de do ar, água e saneamento, agricultura e flo-
restamento, condições de clima, energia e saúde geral de seus ci-dadãos. No documento de 2016, o Brasil está no 46º lugar, com um crescimento de 16,94% na última década. Confira ao lado quais são os países mais e menos sustentáveis do mundo.
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mais verdes menos verdes
1º Finlândia
2º Islândia
3º Suíça
4º Dinamarca
5º Eslovênia
6º Espanha
7º Portugal
8º Estônia
9º Malta
10º França
171º Congo
172º Moçambique
173º Bangladesh
174º Mali
175º Chade
176º Afeganistão
177º Níger
178º Madagascar
179º Eritreia
180º Somália
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DesDe o final Do ano passaDo, há um cenário de preocupação pairando sobre o setor das operadoras de turismo que vendem pacotes ao exterior. Esse cenário é consequência do entendimen-to da Receita Federal (IN 1.611/16) de que as remessas de valores destinadas ao paga-mento de gastos em viagens (hospedagem, transporte, passeios, etc.) estão sujeitas ao pagamento de 25%, a título de IRRF. Isso mesmo. Se você quiser se hospedar na linda cidade do Porto (Portugal) num hotel que lhe cobre 1.000 euros a semana, prepare-se para pagar mais 33,33% (custo efetivo dos 25%, pois o IRRF integra a própria base desse imposto). Assim, você gastará 1.333 euros. Mas o leitor deve estar pensando: “Comprarei o pacote direto do site do hotel ou de uma agência virtual estrangeira, em vez de comprar de uma agência no BR”. Aí está a desinteligência da medida, que atingiu resultados inéditos: penalizou um segmento da economia (operadoras brasileiras que vendem pacotes internacionais) e não incrementou a arrecadação.
Sobre o primeiro ponto, basta verificarmos os nefastos reflexos causados pelo acréscimo
de 33,33% a uma operação já fustigada pelo dólar valorizado. Sobre o segundo ponto, é evidente que grande parte das pessoas que viajar ao exterior fará suas reservas diretamente na internet de empresas estrangeiras não sujeitas ao imposto. Perderemos empregos, empresas e, consequentemente, arrecadação. Muitas operadoras já fecharam com a pá de cal colocada pelo Governo. O Congresso já estuda a aprovação de uma alíquota de 6%. Mas não se engane! A redução não muda o fato de que, além de inválida juridicamente – a exigência viola tratados internacionais e a própria legislação interna –, a medida retrata o atual estágio de desgoverno tributário. O Judiciário – sempre ele – já concedeu liminar contra a exigência. O mais incrível é que, julgando inválido o ato do Governo, acabará ajudando-o na correção desse estrondoso equívoco.
Enquanto a exigência não for definitiva-mente fulminada, fica a dica: ao preen-cherem os formulários de viagens para orçamento, no campo “acompanhantes”, cliquem na opção “governo”. Uma parte da hospedagem será paga a ele.
Rafael PandolfoConsultor tributário da fecomércio-Rs
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Não viaje ao exterior sem ler
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monitor de juros mensal
O Monitor de Juros Mensal é uma publicação que objetiva auxiliar as empresas no processo de tomada de
crédito, disseminando informações coletadas pelo Banco Central junto às instituições financeiras.
O Monitor compila as taxas de juros médias (prefixadas e ponderadas pelos volumes de concessões na primeira
semana do mês) praticadas pelos bancos com maior abrangência territorial no Rio Grande do Sul, para seis
modalidades de crédito à pessoa jurídica.
Capital de Giro Com prazo até 365 dias
Cheque espeCial
anteCipação de Faturas de Cartão de Crédito
no
tas
Capital de Giro Com prazo aCima de 365 dias
Conta Garantida
desConto de Cheques
Na modalidade de capital de
giro com prazo até 365 dias, o
Citibank voltou a ser banco com
as menores taxas médias para o
período, seguido pelo HSBC. Bradesco
e Banco do Brasil apresentaram as
médias mais altas entre os bancos
de maior abrangência no estado na
modalidade em questão.
Na modalidade de cheque
especial, Banrisul e Banco Safra,
apesar de elevarem suas taxas
médias em fevereiro, ainda se
mantêm nas primeiras posições.
O Santander, mais uma
vez, permanece com maior
taxa média de concessão
da modalidade.
Na modalidade de antecipação de
faturas de cartão, o Banco Safra
permanece com a menor taxa
média de concessão. Entre os
bancos de maior abrangência,
o Itaú permaneceu em
fevereiro com a maior taxa de
juros média entre os bancos
analisados para a modalidade.
Na modalidade de capital de giro
com prazo acima de 365 dias, o
Citibank se destacou como o banco
com a menor taxa média de juros
para o período em análise. O Banco
Safra, com uma taxa média bastante
semelhante, ficou na segunda
posição. O Banco do Brasil, por sua
vez, registrou a maior taxa média de
concessão da modalidade no mês.
Na modalidade conta garantida,
o Citibank manteve a primeira
colocação em fevereiro. Entre os
bancos de maior abrangência, HSBC
e Banrisul permanecem com a
segunda e a terceira posição,
respectivamente. O Banco Safra
registrou as maiores taxas médias de
juros da modalidade entre os
bancos analisados.
Na modalidade de desconto
de cheques, o Banco Safra, apesar
do aumento em sua taxa de juros
média, se manteve com a taxa mais
atrativa em fevereiro. Entre os
bancos de maior abrangência,
o Banrisul ficou na segunda
posição, enquanto o Bradesco
registrou a última colocação.
1) A fonte das informações utilizadas no Monitor de Juros Mensal é o Banco Central do Brasil, que as coleta das instituições financeiras. Como cooperativas de crédito e financeiras não prestam essa classe de informações ao Banco Central, elas não são contempladas no Monitor de Juros Mensal.2) As taxas apresentadas referem-se ao custo efetivo médio das operações, incluindo encargos fiscais e operacionais incidentes sobre elas.3) Período de coleta das taxas de juros: 1º/02/2016 a 5/02/2016.
Instituição
Instituição
Instituição
Instituição
Instituição
Instituição
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
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1,48
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2,57
2,72
2,16
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2,80
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Jan
9,17
11,02
11,67
11,63
11,94
12,59
12,93
13,43
Jan
1,97
3,53
2,86
2,67
3,16
3,75
Jan
–
2,89
2,30
2,43
2,54
2,52
2,71
2,74
2,41
Jan
2,50
2,72
2,76
2,78
2,91
3,52
5,12
6,48
Citibank
HSBC
Itaú
Santander
Banrisul
Banco Safra
Caixa
Bradesco
Banco do Brasil
Banrisul
Banco Safra
Caixa
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Banco do Brasil
Bradesco
HSBC
Santander
Banco Safra
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Banco do Brasil
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Citibank
Banco Safra
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Santander
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Bradesco
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Banco do Brasil
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1,50
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2,41
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3,19
FEV
9,37
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12,03
12,90
12,94
13,46
FEV
1,89
2,63
2,70
2,90
3,53
3,75
FEV
1,57
1,64
2,39
2,43
2,48
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2,76
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FEV
2,41
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2,80
2,82
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3,51
5,04
9,74
FEV
2,33
2,57
2,87
3,03
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3,18
3,25
3,42
Jan
2,08
2,59
2,93
2,98
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3,28
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3,25
É permitida a reprodução total ou parcial deste conteúdo, elaborado pela Fecomércio-RS, desde que citada a fonte. A Fecomércio-RS não se responsabiliza por atos/interpretações/decisões tomados com base nas informações disponibilizadas por suas publicações.
/ fevereiro 2016
50
Mar
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131
Tecnologia da informação como alavanca da empresa O livro A Reivenção da TI: como a tecnologia está transformando
as empresas, da jornalista Patrícia Knebel, debate o papel decisivo da Tecnologia da Informação dentro do mundo dos negócios. Patrícia
traz um panorama sobre as estratégias de desenvolvimento das empresas no Rio Grande do Sul, independentemente de segmento ou porte. A publicação traz 25 cases de
sucesso em TI, a partir de entrevistas com CIOs e depoimentos dos gestores de grandes empresas gaúchas, como
Tramontina, Marcopolo, Gerdau e Grendene. É um tipo de leitura para
interessados na área de atuação, que permite avaliar iniciativas dentro
do campo de aplicação de tecnologia e visualizar seus
efeitos. O livro foi publicado em 2013 e concorreu ao
Prêmio Jabuti na categoria Economia, Administração e
Negócios de 2014.
DICAS DO MÊS
o poder da confiança e da liberdade Com um título
convidativo e emblemático, o documentário Happiness at Work
explora o potencial da felicidade no ambiente de trabalho. Indispensável aos gestores, sobretudo os que estão
vinculados à gestão de pessoas, a obra apresenta soluções encontradas
por nove organizações do mundo, que estão priorizando o bem-estar e obtendo mais do que a satisfação
de seus colaboradores em troca. Duas palavras-chave sintetizam o contexto das experiências bem-
sucedidas: confiança e liberdade, que estão no cerne das novas
formas de relacionamento entre líderes e suas equipes. A criação
de um contexto em que as chefias exprimem a credibilidade em seus
colaboradores, permitindo que estes possam fazer escolhas sobre a forma de condução do trabalho,
tem aumentado a responsabilidade e o comprometimento com
resultados. Essa tendência se reflete em diferencial competitivo e em
corporações mais felizes.
docum
enTá
rio
Apl
icativo Treinador de bolso O aplicativo
Coach.me, disponível para sistemas iOS e Android, foi desenvolvido especialmente para ajudar os seus usuários a mudar de estilo de vida. Depois de cadastrado, você pode adicionar a primeira atividade que planeja fazer, que pode ser categorizada como “Melhorar relacionamentos”, “Praticar Habilidade”, “Produtividade”, “Desafios” e “Perder Peso”. Algumas das
seções já possuem tarefas predeterminadas, que você pode optar por realizar também. Escolha os dias para praticar cada uma das atividades, e o app funcionará como um treinador próprio, lembrando as regras a serem seguidas e demonstrando o seu progresso.
Ficha técnicaTíTulo: Happiness at work
gênero: Documentário
direTor: Martin Meissonnier/Campagne Première
duração: 90 minutos
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Ficha técnicaTíTulo: Reivenção da TI: como a tecnologia está transformando as empresas
auTora: Patrícia Knebel
ediTora: Edipucrs
ano: 2013
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Reprodução