revista bens & serviços
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Edição 124TRANSCRIPT
Entrevista É importante entender o consumidor, defende flávia ávila, mestre em economia comportamental
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pós-vendas satisfação vai além do momento
da compra
Giro pelo estado
articulação política na defesa do setor
Do brilho no olho à realização
dossiê Brigadeiro, o doce mais festejado
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luiz carlos bohnPresidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac
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EmprEEndEdorismo inspirador
Você Já PaRou PaRa PenSaR em como seria o mundo sem empreendedores? Provavelmente, não poderíamos contar com muitos dos recursos que temos hoje à nossa disposição, ou, talvez, levaríamos mais tempo para obter acesso a eles. Da energia elétrica ao carro, passando por inúmeras outras conquistas, a classe empresarial sempre exerceu um papel decisivo na disseminação de inovações que nos levaram a grandes saltos tecnológicos.
E tudo isso foi possível graças ao brilho no olho de tantos empreendedores que aposta-ram nas grandes ideias, seja pelo entusiasmo quanto ao novo ou por perceber que atende-riam às necessidades de muitas pessoas. Difi-cilmente uma inovação sem escala comercial e que não esteja alinhada às necessidades dos consumidores irá se consolidar. Articular esse movimento, que faz a economia girar e amplia conquistas sociais, é o papel desempe-nhado tão bem pelos empresários.
Já não fica tão difícil compreender o termo “brilho nos olhos”, que, apesar de
ter se tornado praticamente um clichê do mundo corporativo, consegue exprimir adequadamente o sentimento que move aqueles que se arriscam na complexa tarefa de empreender. Essas são as pessoas que sabem que podem dar passos cada vez maiores, e algo que as empolga é saber que com o crescimento delas, muitos que as rodeiam vão crescer também. O poder agregador do empresariado é incalculável.
Por tudo isso, é importante frisar que, mais do que a paixão, o empreendedor de sucesso, aquele que inspira tantos outros, precisa ter acima de tudo responsabilidade e uma elevada dose de empenho pessoal. É atribuída ao inventor da lâmpada elétrica, Thomas Edison, a frase que diz que a genialidade é composta de 1% de inspiração e 99% de transpiração. Convém não nos esquecermos dela, pois o sucesso não se constrói apenas com a paixão. Mas é claro que com entusiasmo, ou para usar o termo que dá mote a esta edição, brilho no olho, as conquistas ganham ainda mais importância.
especial / empreendedorismo
revista bens & serviços / 124 / agosto 2015
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Esta revista é impressa com papéis com a certificação FSC® (Forest Stewardship Council), que garante o manejo social, ambiental e economicamente
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coordenação editorial: Simone barañano
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colaboração: Edgar vasques, Eduardo Ferraz, F. miguel a. Pires, ludmila Cafarate e nathália Cardoso
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Sobre / Colaboração
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Giro pelo Estado / articulações
Dossiê / brigadeiro
Monitor de Juros
Dicas do Mês
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Colaboração
“Uma sociedade que instituiu, como valores a perseguir,
esses que nós sabemos, o lucro, o êxito, o triunfo sobre o ou-
tro e todas estas coisas, coloca as pessoas numa situação
em que acabam por pensar que todos os meios são bons
para se alcançar aquilo que se quer. Deixamos de falar de uma coisa
muito simples, que são os deveres humanos, que são sempre deveres
em relação aos outros, sobretudo. E é essa indiferença em relação ao
outro, que eu me pergunto se tem algum sentido numa situação ou no
quadro de existência de uma espécie que se diz racional. Isso, de fato,
não posso entender, é uma das minhas grandes angústias.”
JOSÉ SARAMAGO, escritor português (1922-2010)
Nenhum de nós chegou onde está exclusivamente através do impulso de nossos próprios pés. Chegamos aqui porque alguém
se inclinou e nos alavancou. “THURGOOD MARSHALL Juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos (1908-1993)
SozinhoS não SabemoS Se aS
noSSaS ideiaS São boaS ou ruinS,
e a criação fica limitada àS
própriaS experiênciaS. o trabalho
em equipe ajuda a penSar em
novaS SoluçõeS e aprimora oS
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“Vamos consertar o mundo
Vamos começar lavando os pratos
Nos ajudar uns aos outros
Me deixa amarrar os teus sapatos
Vamos acabar com a dor
E arrumar os discos numa prateleira
Vamos viver só de amor”
VAMOS VIVER, Sandra de Sá
Na edição 123, nesta página, ironicamente na seção Sobre Erros, erramos ao creditar o depoimento de Paulo Cisneiros a outra pessoa, Saidul Rahman Mahomed, que colaborou para a edição 122. Confira ao lado os nomes corretos com as respectivas fotos.
SAIDUL RAHMAn MAHOMED, presidente da editora
Qualitymark (edição 122)
PAULO CISnEIROS, professor da Ufrpe e mestre em RH e Comportamento Organizacional (autor de texto publicado na edição 123)
Errata
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O anO de 2015 tem sidO bastante complicado para muitas empresas, com economia retraída, cortes de investimentos, aumento de impostos e inflação em alta. Os empresários estão fazendo o que podem para manter suas atividades em ritmo satisfatório. A mesma dificuldade se dá na gestão dos funcionários. Apontado como o segundo meio de atração de profissionais segundo pesquisa do Grupo Catho, está cada vez mais difícil promover aumentos salariais, bonificações e outros benefícios. Além disso, a produtividade está diretamente ligada à motivação. Manter uma equipe motivada e feliz é fundamental para garantir um ambiente corporativo mais produtivo.
Neste cenário, o que fazer para manter a equipe motivada, a produtividade e reter os bons talentos? Basicamente, é preciso estar atento a outras formas de motivação não monetárias, como segurança, aprendizado e reconhecimento. Hoje, tão ou mais impor-tantes, em alguns casos, que o dinheiro. Qual o papel do líder nesta equação? Quanto mais complicado for o contexto, mais desafiador será incentivar a equipe.
É muito mais honesto o chefe dizer “pessoal, a situação é grave, não vou tapar o sol com a peneira, mas crises vão continuar indo e voltando, só que nesse momento, nos próximos meses, vou precisar do máximo de empenho e dedicação, de esforço, de comprometimento, até passar essa tempestade”. As pessoas ficam muito mais inseguras e muitas vezes mais preocupadas em manter o próprio emprego do que trabalhar em equipe. Cabe ao gestor persuadir as pessoas a trabalharem melhor em grupo e melhorar os resultados até a crise diminuir.
Sobre reter ou não a equipe, o jogo tam-bém deve ser limpo: “O que eu posso dizer é que eu farei o máximo para não demitir, agora quando eu tiver que cortar custos por motivos que eu não consiga controlar, vocês serão os primeiros a saber”. Quando o chefe faz um discurso duro, mas mostra a realidade como ela é, em vez de gerar pavor, acaba conquistando o respeito das pessoas. É nessa hora de dificuldade que um bom líder faz uma enorme diferença e, às vezes, esse discurso aliado à prática consegue o fôlego que a empresa não teria.
Eduardo FErraz Consultor em Gestão de Pessoas
COMO MOTIVAR QUANDO A ECONOMIA NÃO AJUDA?
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Confiança do ComérCio é a menor des-
de 2010 O Índice de Confiança do Comércio
(Icom) chegou a 89,8 pontos, em julho, o
menor resultado desde o início da pesquisa
em março de 2010, segundo a Fundação
Getulio Vargas (FGV). A piora na confiança dos
varejistas é reflexo das projeções negativas
para a economia brasileira nos próximos me-
ses. De acordo com o Índice de Confiança
dos Consumidores (ICC), medido pela FGV, os
compradores também estão pessimistas em
relação ao quadro atual. O índice marcou 82
pontos – o menor desde setembro de 2005.
Intenção de consumo recua em 2015
a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Na-cional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou 86,9 pontos em julho. O resultado indica uma que-da de 27,9% em relação ao mesmo perí-odo de 2014. A ICF mantém o ritmo de
retração pelo sexto mês consecutivo, permanecendo abaixo dos 100 pontos, o que demonstra o pessimismo dos brasileiros dian-te da atual situação econômica do país. O levantamento aponta que o nível de confiança entre as famílias que recebem mais de dez salários mínimos é menor do que as que possuem renda in-ferior a isto. Elas atingiram 85,1 e 87,4 pontos, respectivamente.
©iStock.com/South Agency
Giro pelo rio Grande disCute a reforma tributária A próxima edição do evento Giro pelo Rio Grande, promovido pela
Fecomércio-RS, será no dia 25 de agosto, às 18h30, no Clube Comercial de São Borja (Av. Presidente Vargas, 1984).
A atividade contará com palestras do economista Marcelo Portugal, do tributarista Rafael Borin e do consultor político Rodri-
go Giacomet. O encerramento, às 21h, será feito pelo presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn.
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tCe e site reClame aqui firmam parCeria O Tribunal de Contas do
Estado (TCE) e o site Reclame Aqui acertaram uma parceria para
melhorar os serviços públicos oferecidos à população. Através do
acordo, o site estará aberto para receber reclamações a respeito
dos serviços prestados pelos órgãos municipais e estaduais do
Rio Grande do Sul, como segurança, limpeza urbana e ilumina-
ção pública. A parceria permite que o TCE tenha acesso a todas
as informações das reivindicações, incluindo o conteúdo da
postagem e a troca de mensagens entre reclamante e reclama-
do. A ação pretende tornar os problemas da cidade mais visíveis
e facilitar a resolução deles.
espaço sIndIcal
seCovi Centro GaúCho realiza feira
Casa Entre os dias 11 e 14 de junho, o Secovi
Centro Gaúcho promoveu a Feira Casa Aqui,
em Santa Maria. Mais de 180 negócios foram
encaminhados no evento, além das visitas e
agendamentos.
sindilojas são borja lança novo Con-
vênio Durante reunião de diretoria, o Sindilojas
São Borja apresentou seus novos membros e um
novo convênio com a Unicred. A parceria ofere-
ce benefícios para os empresários associados.
presidente do seCovi zona sul prestiGia
evento O presidente do Secovi Zona Sul e
coordenador da Aliança Pelotas, Sérgio Cogoy,
participou da posse da nova diretoria da Câma-
ra de Comércio do Rio Grande. Torquato Ribeiro
Pontes Neto assumiu a presidência em substitui-
ção a Renan Lopes.
porto aleGre reCebe a terCeira edição
do eGesCon O 3º Encontro Gaúcho das Em-
presas de Serviços Contábeis (Egescon) ocorrerá
nos dias 22 e 23 de outubro, na Sogipa, em
Porto Alegre. Uma das novidades desta edição
é o aplicativo para smartphone, que permitirá o
acesso a informações do evento.
seGurança no ComérCio é tema de en-
Contro do sinCopeças O Sincopeças-RS
promoveu um evento com o comandante do
11º Batalhão de Polícia da Brigada Militar, Régis
da Rosa. Ele recomendou que os participantes
mantenham ferramentas de monitoramento em
seus celulares para facilitar a busca em caso de
furtos ou roubos.
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Vendas de pacotes turístIcos recuam no paísde acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas, Estudos e Capacitação em Turismo (Ipeturis), a queda nas comer-cializações de pacotes turísticos já afetou 82% das agências de todo o Brasil. O levantamento mostra que a diminuição da procura por esses serviços se concentra, principalmente, entre as pessoas físi-cas, com um recuo de 39,8% nas vendas para este público, enquanto no setor corporativo privado a redução foi de 25,7%. Segundo a regional da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav-RS), a venda de pacotes turísti-cos, no Estado, caiu 40%, no pri-meiro semestre deste ano.
programa que reduz jornada de trabalho exIge pré-requIsItosas corporações que desejarem aderir ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE) deverão provar que estão passando por dificuldades econômico-financeiras e que esgotaram as possibilidades de utili-zação do banco de horas e do período de férias, inclusive coletivas. Para isso, o Indicador Líquido de Emprego do local deverá ser infe-rior a 1%. Com o PPE, os gestores podem reduzir em até 30% a jorna-da de trabalho e o salário dos funcionários. O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), do governo federal, complementará a renda dos empregados. A empresa também precisa demonstrar regularidade fiscal e previdenciária. A adesão pode ser solicitada até o fim deste ano e o prazo máximo de permanência é de 12 meses.
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Especialista em Gestão de Pessoas, o
diretor-presidente da DE Consultores,
Eduardo Tevah, viaja por todo o Brasil
compartilhando os seus conheci-
mentos com outros empreendedores,
através de palestras, workshops e
consultoria, e é autor de cinco livros sobre vendas.
no atual Contexto, qual é o maior desafio
para o varejo? O varejo vive um de seus momen-
tos mais complexos. A crise econômica, a hiper-
competição e a venda via internet contribuem para
este quadro. O grande desafio é construir uma em-
presa que consiga unir os elementos fundamentais:
equipe comprometida; marca relevante na mente
do consumidor; foco na rentabilidade; e experiência
de compra encantadora.
Como fazer os neGóCios prosperarem?
É preciso diminuir a preocupação com aquilo
que não se pode mudar (câmbio, taxa de
juros, governo) e focar na transformação da
sua empresa em um centro de excelência. O
momento exige criatividade e inovação. Acima de
tudo, é hora de ouvir as pessoas que estão na linha
de frente, como vendedores e gerentes, porque
eles poderão dar um poderoso diagnóstico
do que pode ser feito.
o que amplia a Competitividade de uma
empresa? A capacidade de não viver do passado.
O passado traz referências, mas o mundo
dos negócios mudou tanto que não permite
criar raízes excessivas com o que já passou.
Competitividade exige entender como pensa e
age o novo consumidor. Além disso, é fundamental
saber como trabalham os concorrentes. Para
ser competitivo é preciso usar a tecnologia
como forte apoio das estratégias empresariais. A
competitividade exige processos bem estruturados
e pessoas engajadas com o trabalho.
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InadImplêncIa cresce entre Idosossegundo dados da Serasa Experian, o segmento que teve o maior aumento de inadimplentes foi o de pessoas aci-ma dos 61 anos. De acordo com a pesquisa, o número de idosos endividados, em maio, subiu de 11,8% para 12,2%, em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar da diferença percentual ser pequena, o resultado mostra que 600 mil consumidores, nesta faixa etária, entraram na lista de inadimplentes de um ano para o outro. Os economis-tas da Serasa Experian apontam que o aumento do crédito consignado concedido entre 2014 e 2015 contribuiu para o maior endividamento dos mais velhos. Outro dado divulga-do pela organização mostra que a maioria dos aposentados não consegue ter uma vida tranquila porque não se planeja com antecedência. O Indicador de Educação Financeira (In-dEF) 2014, revela que 62% dos jovens entre 16 e 24 anos não fazem nenhum tipo de contribuição para a aposentadoria.
leI do salárIo mínImo não IncluI aposentadosa presidente Dilma Rousseff sancionou a Medida Provisó-ria 672, que mantém a atual política de reajuste do salário mínimo até 2019, mas vetou a extensão da regra para os benefícios e aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O salário mínimo é reajustado com base na correção da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais a variação do Produ-to Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. A MP 672 ti-nha sido aprovada pelo Senado no início de julho, incluindo os aposentados neste cálculo. Com o veto da presidente, a medida volta para a análise do Congresso Nacional. Atual-mente, o reajuste dos aposentados é corrigido apenas pela inflação, e segundo o governo federal a alteração no bene-fício geraria um gasto extra de R$ 9,2 bilhões por ano.
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Assista no canal da Fecomércio-RS, no YouTube, ao vídeo O Rio Grande tem saída?, produzido pela Zero Hora,
contando com a participação de lideranças empresariais. Nele, você pode conferir a opinião do presidente da Fecomércio-RS,
Luiz Carlos Bohn, www.youtube.com/videosfecomerciors
entIdades gaúchas apoIam jornada flexíVel no Varejoa proposta do governo federal que prevê a flexibilização da jornada de trabalho no comércio têm o apoio das entidades gaúchas do setor. Com as novas regras, seria possível contratar funcionários por períodos inferiores às oito horas determinadas por lei, adaptando a quantidade de trabalhadores de acordo com a movimentação de clientes nas lojas. Caso as mudanças sejam aprovadas, as empresas também poderão contratar pessoas para trabalhar em dias específicos, como, por exemplo, de quinta-feira a domingo. A remuneração deve ser proporcional às horas trabalhadas, diminuindo o número de demissões. O novo modelo depende da aprovação de uma medida provisória que será votada, em breve, no Congresso Nacional.
soliCitação do Cnpj fiCa mais fáCil A
Receita Federal e o Instituto de Registro de
Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídi-
cas do Brasil (IRTDP) acertaram um convê-
nio que simplificará a solicitação do CNPJ.
Com a parceria, os usuários poderão
solicitar, alterar e baixar o documento do
processo simultaneamente com o registro
do ato em cartório. Os requerimentos de
CNPJ poderão ser analisados e deferidos
diretamente pelos Cartórios de Registro
de Pessoas Jurídicas que aderirem ao
novo convênio. A ação faz parte da Rede
Nacional para a Simplificação do Registro
e Legalização de Empresários e Pessoas
Jurídicas (Redesim).
crescImento da população dImInuIrá no brasIl
o relatório Perspectivas da População Mundial: revisão 2015, produzido pela Orga-nização das Nações Unidas (ONU), projeta que o cresci-mento demográfico no país deverá desacelerar a partir de 2040, fazendo com que o Brasil caia de quinta para sétima nação mais populo-
sa do planeta. Atualmente, o país tem 207,8 milhões de habi-tantes, e segundo o relatório chegará a 228,6 milhões até 2030. Após o crescimento, o número de pessoas reduzirá para 200 milhões, em 2100. O principal motivo é a queda da taxa de fer-tilidade, que já chegou a ser de 4,3 crianças por mulher, nos anos 1980, e será de 1,6 entre 2015 e 2030.
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A diversidade gastronômica do Esta-do tem conquistado muitos adeptos, inclusive especialistas do ramo. Trazendo a temática Inovação x Tradição: Pampa, Ser-ra e Mar – As diversas cozinhas do Rio Grande do Sul, o Senac-RS e revista Prazeres da Mesa promoveram a primeira edição gaú-cha do Mesa ao Vivo, de 20 a 22 de julho. O evento, considerado o maior em enogastronomia do Brasil, reuniu mais de 2 mil participantes na Faculdade Senac Porto Alegre. Entre eles, mais de cem chefs, cozinheiros e auxiliares que realizaram um verdadeiro reality show de gastronomia.
A programação contou com oficinas, workshops, aulas-show, palestras, jantares magnos, encontros, debates e espa-
Nem só de churrasco e chimarrão vive a tradição gaúcha.
Tradição gasTronômica
dos pampas
rimeira edição gaúcha do
Mesa ao ViVo reuniu mais de
2 mil participantes, além de
especialistas em cozinha,
na Faculdade senac porto
alegre, de 20 a 22 de julho
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Destaque no Prêmio qualiDaDe rs 2015 o sistema Fe-
comércio-rs/sesc/senac foi destaque com 22 distinções
no Prêmio Qualidade rs 2015, obtidas por unidades de
sesc e senac de diferentes lugares do estado. a entrega
dos troféus nas categorias ouro, Prata e Bronze ocorreu
no dia 17 de julho, no centro de eventos da Federação
das indústrias do estado do rio grande do sul (Fiergs),
em Porto alegre. além disso, o sistema Fecomércio-rs
recebeu o prêmio de comitê destaque 2014, com o
comitê setorial comércio e serviços.
mais De mil aPrenDizes formaDos educando para o
trabalho, o senac-rs proporcionou, em 8 de agosto,
a formatura anual de mais de mil jovens capacitados
nos cursos de aprendizagem. a solenidade na casa
do gaúcho, em Porto alegre, contou com a presença
de empresários, autoridades locais, representantes do
sistema Fecomércio-rs sesc/senac, diretores e profes-
sores das unidades, além de convidados, amigos e
familiares dos formandos.
agenda de evenTos
ços de degustação. Nos dois dias de atividades foram produzi-dos 43 pratos em 21 horas, em quatro cozinhas e no auditório da Faculdade. Grandes nomes, como Alex Atala – top chef bra-sileiro de renome internacional – e Carlo Petrini – fundador e presidente de honra do movimento slow food – foram alguns dos destaques. Já o Rio Grande do Sul esteve representado por chefs e docentes do Senac-RS, como Mamadou Sène e Arika Messa, entre outros.
Para o diretor Regional do Senac-RS, José Paulo da Rosa, o que mais sobressaiu nos dois dias foi a aprendizagem, a qua-lificação e a troca de conhecimentos entre público, alunos e convidados. “A gastronomia envolve uma cadeia produtiva relevante, movimenta a economia e pode, com produtos e ser-viços de qualidade, fazer uma cidade, ou um Estado, tornar-se referência mundial”, observa. Para ele, a principal lacuna do segmento é contar com profissionais qualificados: “Com even-tos como este, na companhia de profissionais de excelência na gastronomia do país, contribuímos para vencer esse desafio”.
Desde 2004, o Mesa ao Vivo é realizado pela revista es-pecializada em gastronomia Prazeres da Mesa, em diver-sos estados brasileiros. O diretor da publicação, Georges Schnyder, considerou fantástica a estreia do evento no Rio Grande do Sul. “Todos os momentos foram grandes sur-presas. Esperávamos que fosse bacana, mas não que fosse tão legal como foi”, comemora ele. Elogia também a inicia-tiva: “A estrutura foi fantástica e a organização para fazer o evento foi brilhante.”
Também chamou a atenção de Schnyder a interação do público com as atividades. “Diferentemente de muitos ou-tros, aqui o público todo faz parte do mercado e está ávi-do por buscar conhecimento, o que tornou todas as aulas superinteressantes e com muita participação”, comenta. E completa: “Esse evento será um divisor de águas para a gas-tronomia do Rio Grande do Sul”.
Durante a programação, os participantes também pude-ram degustar pratos, vinhos e produtos gourmet. Paralela-mente, nos dias 20 e 21 de julho, foram realizados jantares magnos na cidade. Os encontros possibilitaram a integração de chefs locais e visitantes nos restaurantes Hashi Art Cruise e a PPKB Kitchen & Bar. Estrelas da cozinha nacional, como Jefferson Rueda, Manu Buffara e Morena Leite, entre outros, executaram cardápios especiais que foram apreciados pelos convidados dos restaurantes gaúchos.
25 a 27/agoCongresso em Caxias do sul
profissionais do campo imobiliário, estudantes e
demais interessados estão convidados a participar,
de 25 a 27 de agosto, do 2º congresso do curso téc-
nico em transações imobiliárias. o evento gratuito
é promovido pelo senac caxias do sul, a partir das
19 horas, no norton Hotel executive (r. ernesto
alves, 2083), com o tema o corretor imobiliário
e os desafios do novo cenário nacional. inscrições
pelo site www.senacrs.com.br/caxiasdosul ou atra-
vés do telefone (54) 3225-1666.
27/agoaula com alexandre Herchcovitch
o estilista brasileiro alexandre Herchcovitch
ministrará uma aula, no dia 27/8, para os alunos
dos cursos de moda do senac em canoas e novo
Hamburgo. o evento ocorrerá em novo Hamburgo,
às 19h. mais informações em www.senacrs.com.br/
novohamburgo ou pelo telefone (51) 3594-6133.
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Organização
mesa aRRUmaDa, TRaBaLHO
aPRImORaDOma mesa com várias pastas empilhadas é uma cena comum em
diversas empresas. ter todos os materiais guardados em seus
devidos lugares pode otimizar o tempo de produção. confira
estas e outras dicas nesta adaptação ao mundo corporativo de
A mágicA dA ArrumAção, best-seller de marie kondo – mestre na
arte japonesa da organização – pela editora sextante
U
Arrume tudo de umA vez
No momento de organizar a sua empresa,
o ideal é fazer tudo em um mesmo dia.
Assim, os resultados da arrumação serão
visíveis e isso trará motivação para que
todos os colaboradores mantenham o
local organizado. Quando as mudanças
são feitas aos poucos, elas não são
muito perceptíveis, logo é comum que
as pessoas voltem a bagunçar o que já
tinham arrumado.
orgAnize por cAtegoriA,
não por locAlizAção
Em vez de escolher se vai arrumar a recepção,
o escritório ou a sala de reuniões, defina se
vai começar pelos catálogos, documentos
ou agendas. A partir disso, separe todos os
materiais do mesmo tipo em uma caixa e
comece a organizá-los. A prática é mais
eficiente, pois oferece a real dimensão do que
você possui na empresa. Muitas vezes, existem
itens repetidos, como cópias de documentos
que não são necessários, e se a organização é
feita por sala, é difícil perceber o excesso.
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comece descArtAndo
É preciso deixar um momento
somente para pensar no descarte
dos objetos. Se você começa
a refletir sobre onde vai guardar
os produtos que restarem,
o descarte será interrompido
e você não se livrará de todos
os itens, que
não utiliza mais.
FAçA sozinho
Quanto mais pessoas
estiverem participando da
arrumação, mais difícil será
descartar os objetos.
Sempre alguém vai dizer
que precisa de determinado material,
mesmo que ele esteja
jogado em um canto da
sala há muito tempo.
O ideal é organizar o ambiente
sozinho ou com poucas pessoas.
retire tudo do lugAr pArA ArrumAr
Quando todas as peças são retiradas
dos seus lugares é possível visualizar tudo
que está dentro da sala, facilitando a
identificação do que não é mais útil
para a empresa. Além disso, se está
tudo desorganizado, o trabalho para
guardar e para descartar será o mesmo.
A estratégia evita a falta de descarte por
preguiça ou pressa.
orgAnize A pApelAdA
Primeiro descarte todo o excesso
de papéis que fica espalhado
pelas mesas, como folhetos
publicitários, folhas de rascunho
ou jornais velhos. Depois,
organize os documentos importantes
em pastas específicas para
cada categoria, como contratos,
contas pagas, garantias e manuais
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Organização10 passos
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Aposte nA ArrumAção verticAl
Não empilhe pastas e documentos. Essa
forma de armazenamento faz com que as
pessoas percam a noção da quantidade
de folhas que possuem e dificulta o acesso
aos papéis que ficam embaixo da pilha. A
melhor opção é enfileirar as pastas, uma do
lado da outra, na vertical. Assim, o acesso
será facilitado e qualquer acréscimo de
documentos será percebido, por ocupar
mais espaço, fazendo com que todos
repensem, frequentemente, a utilidade do
que está sendo guardado.
guArde todo o dinheiro em um único locAl
Embora menos prestigiadas,
moedas também são dinheiro.
Sempre que encontrar moedas no
chão, em gavetas, caixinhas ou
em cima das mesas, guarde junto às
notas, em um único local.
É um pequeno detalhe que
contribui para a organização do seu
ambiente de trabalho.
deFinA um lugAr pArA cAdA coisA
Esta é a receita para o sucesso da
organização. Uma vez que você definiu
quais itens ficam em cada categoria,
escolha locais próximos para guardar
objetos que tenham relação entre si. Isso
facilita a continuidade do seu trabalho de
organização. Outro fator importante, na
distribuição dos espaços, é evitar prateleiras
vazias. Elas são um convite para o depósito
de produtos aleatórios.
cuide com o excesso de inFormAção visuAl
Tão importante quanto manter
o ambiente de trabalho organizado
é cuidar da sensação visual que ele
transmite. Não adianta todos os objetos
estarem guardados, se o local parece
“barulhento”, devido à poluição visual.
Evite caixas e embalagens com muitos
desenhos, palavras e cores.
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InduzIr o desenvolvImento regIonal utilizando os recursos naturais disponíveis é a maneira mais antiga e sábia de tratar o tema. Acrescentar qualidade e produtivida-de reforça o método. O Rio Grande do Sul, com extensas hidrovias projetadas, está em condições de colocar em prática, com sabe-doria, ações de desenvolvimento empregan-do os conhecimentos acumulados ao longo de duas centenas de anos, desde a chegada dos primeiros colonos.
O crescimento dependerá da geração de cargas junto à hidrovia. O potencial está nos empreendimentos que se instalarem nas áreas lindeiras. Trata-se de ação eficaz, oferecendo, como contrapartida, os benefí-cios do transporte de insumos e produtos, de maneira econômica e segura.
O processo de desenvolvimento regional se inicia pela identificação das vocações, em seguida, pela implantação dos terminais, segundo diretrizes retiradas de um macroplanejamento. Tais diretrizes, contrariamente àquelas que presidiram políticas públicas anteriores, promoverão a interação entre as hidrovias e novos aglomerados produtivos de bens e serviços. A implantação de parques hidroviários, para abrigar empreendimentos, beneficiará, também, as regiões circunvizinhas,
gerando empregos, ativando o comércio e aumentando as receitas.
Por meio dessa visão haverá o direcionamento de esforços no sentido da inserção da indús-tria, dos serviços logísticos e dos parques temáticos turísticos no cenário hidroviário. Outro benefício diz respeito à sustentabili-dade, pois as hidrovias reduzem impactos ambientais. Parques hidroviários em áreas de preservação ambiental conviverão em harmo-nia com outras áreas dedicadas aos parques industriais, de serviços, ou de turismo e lazer.
No Rio Grande do Sul, 59 municípios contam com hidrovias e valiosa vantagem competiti-va por se conectarem a um porto marítimo. Apoiados em uma instituição de fomento, es-ses municípios irão oferecer facilidades para empreendimentos produtivos, industriais, de serviços logísticos e de turismo, vinculados ao transporte aquaviário.
Para o desenvolvimento das áreas lindeiras torna-se indispensável inovar. A instituição de gerenciamento deverá funcionar nos moldes de um órgão voltado ao desenvolvi-mento, com agilidade e competência para concretizar projetos. Atrair empreendi-mentos para regiões hidrográficas é induzir o desenvolvimento, e as hidrovias são o fundamento e o ponto de partida.
F. Miguel A. Pires engenheiro e gerente de Projetos da aBtP sul – associação Brasileira de terminais Portuários
DESENVOLVIMENTO COM HIDROVIAS
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Flávia Ávila
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A economiA comportAmentAl é um conceito novo
no pAís? Em linhas gerais, é uma área pouco explorada no Brasil, mas está cada vez mais consolidada no exte-rior. Ela está presente em tudo, no comércio, área de políticas públicas, finanças e várias esferas, mas é dife-rente da economia tradicional. O que aprendemos na fa-culdade de Economia e ao longo da carreira, quando se vai modelar o comportamento financeiro das pessoas, é que elas tomam decisões de forma racional. Ou seja,
conseguem fazer a melhor escolha quando raciocinam sobre a decisão. Normalmente usamos como ferramen-ta de investigação em experimentos controlados para observar o comportamento real do indivíduo frente a uma escolha. Quando uma pessoa toma uma decisão hi-potética nem sempre ela mostra qual será a sua escolha. E o que temos visto ao longo do tempo é que a tendência é de que a escolha seja feita de uma maneira mais fácil, nem sempre é a melhor opção.
om dez anos de experiência em estudos sobre o comportamento do
consumidor, a mestre em economia comportamental pela universidade
de nottingham, na inglaterra, Flávia ávila destaca que essa linha de
estudos da economia traz um novo olhar sobre a tomada de decisão
do ser humano. É a partir dessa nova perspectiva que lacunas não
respondidas pela economia tradicional começam a ser preenchidas
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cO cOmpOrtamentO
que mOve a ecOnOmia
texto marina schmidt
entrevista
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estAmos fAlAndo de um rAmo que só pAssou A ser
observAdo mAis recentemente? Existem estudos com-plexos desde a década de 1960, mas até aquele período não havia muita visibilidade. Essa área só começou a ga-nhar projeção na medida em que foi notado que muitos comportamentos a economia não conseguia explicar. Em 2002, Daniel Kahneman ganhou o Prêmio Nobel de Eco-nomia sendo um psicólogo. É claro que ele trabalhou em conjunto com um economista, o Amos Tversky, falecido prematuramente em 1996 – que era um grande parcei-ro de pesquisa. O importante do estudo do Kahneman é
que ele trabalha em uma linha que tem como pressuposto a tomada rápida de decisões. É o que nós chamamos de heurística. Ele divide a forma de pensar em dois sistemas (um e dois): a primeira é intuitiva e a segunda é a que a gente usa para trabalhar o raciocínio e decisão de longo prazo. Normalmente usamos o sistema um. Costumamos pensar em mudanças grandes, mas os resultados maiores estão nos pequenos detalhes.
quAl é o grAnde desAfio dA economiA comportAmen-
tAl? Quando você coloca o ser humano na jogada, as coi-sas ficam mais complexas. O desafio é tentar ver padrões, para que não fique um balaio de gato. Observamos que nossas decisões são tomadas de forma menos delibera-tiva. Porém, quando decidimos, ficamos com sensação de que estamos fazendo uma grande análise. Em linhas gerais, como a gente decide é a questão do que é mais fácil, imediato, o que influencia é o valor daquele benefí-cio imediato. A ideia do benefício imediato foi trabalhada em um estudo que perguntou a um grupo de pessoas se naquele momento preferiam comer um chocolate ou uma fruta: 70% escolheram chocolate naquele momento, mas se a pergunta fosse para o futuro 70% escolheram a fruta. Normalmente tomamos decisões mais racionais quando pensamos no longo prazo.
Flávia Ávila
“Uma das forças com as quais trabalhamos muito é a força dos outros, o poder
do outro. No marketing, existe a prática de enfatizar
o outro, o benefício dos outros que já optaram por um determinado produto.”
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entender melhor As necessidAdes dos clientes é um
dos desAfios dos vArejistAs. quAl é A Atitude fundA-
mentAl pArA AlcAnçAr esse objetivo? Além do consumi-dor, conheça bem o ser humano. Se você entra em um ní-vel anterior ao consumidor e foca no ser humano, novas ideias surgem. A intenção não é transformar as pessoas em marionetes, mas usar instrumentos reais para fazer experimentos, como o cartão fidelidade. Ou seja, agir de forma diferente para diferentes consumidores. Os cartões fidelidade têm um nível grande de detalhe de informação que permite segmentações incríveis.
os cArtões fidelidAde estão bAstAnte difundidos, mAs
é possível Adotá-los com mAis estrAtégiA? Na pesquisa de campo, muitas vezes não sabemos o nome da pessoa, mas quando você traz para o cartão fidelidade, consegue perso-nificar. É uma ferramenta que traz a decisão de compra para o contexto real, permitindo o acompanhamento no longo prazo. Na economia comportamental um desafio é como eu personifico a base de dados, e o cartão fidelidade traz essa opção, e é um instrumento que pode ser bastante explorado para melhorar a relação entre empresas e seus clientes.
isso interfere bAstAnte nos resultAdos do vArejo...
Muda muito a nossa forma de agir nesse momento de cri-se. Realmente o futuro está mais incerto. O varejista está restringindo o crédito por conta das possíveis perdas. Como tivemos o boom de consumo recente, o consumidor já está endividado. Mas como tem a questão do benefício imediato, essa força ainda tem muito poder sobre o con-sumidor. Uma das forças com as quais trabalhamos muito é a força dos outros, o poder do outro. No marketing, exis-te a prática de enfatizar o outro, o benefício dos outros que já optaram por um determinado produto. As pessoas levam em consideração o fato de outro comprador já ter identificado vantagens naquela compra.
AtuAlmente, há mAis ferrAmentAs pArA identificAr co mo
funcionA o processo de escolhA dAs pessoAs, grAçAs
A inúmeros recursos tecnológicos disponíveis, como
As redes sociAis e instrumentos de Análises de dAdos.
isso fAvorece os AvAnços nessA áreA? Vamos evoluindo ao longo do tempo. Iniciamos uma grande frente buscan-do entender como o ser humano age. E, claro, temos mais ferramentas agora. E com elas conseguimos entender o humor das pessoas. O Big Data é um banco de dados completo, muito mais individual, segmentado, e que ajuda a avaliar comportamento. Antes, esses dados exis-tiam, mas eram dados brutos. Atualmente, já existem ferramentas que permitem fazer esse tipo de análise de forma mais rápida.
“Além do consumidor, conheça bem o ser humano. Se você entra em um nível anterior ao consumidor e
foca no ser humano, novas ideias surgem.”
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Pós-venda
Pelo menos para as empresas que esperam fidelizar seu público e ter uma boa reputação. Especialistas no assunto e companhias que conseguiram bons resultados com ações pós-venda mostram que, seja qual o produto ou serviço comercializado, é após o negó-cio ser feito que começa o maior desafio para ser realmente bem visto pelo comprador.
“O pós-venda começa na própria venda. Um atendimen-to qualificado deixa tudo mais fácil, mas é preciso estendê-lo aos momentos após o negócio ser feito”, diz Alessandro Souza, diretor do curso de publicidade da ESPM-Sul. E para isso não importa o porte da empresa. São várias iniciativas possíveis, segundo ele, que muitas vezes não implicam cus-tos elevados. “Para começar, não custa muito fazer ações básicas como ligar ou mandar um e-mail para saber se a pes-soa está satisfeita”, sugere.
Atender bem os clientes é muito mAis que seduzi-los Até que A vendA AconteçA.
©istock.com/volk 65
Anter um bom
relAcionAmento com
clientes mesmo Após fAzer
o negócio é A chAve pArA
trAzê-lo de voltA mAis
tArde. conheçA iniciAtivAs
de sucesso e conselhos de
especiAlistAs no Assunto
mtexto rafael Faustino
Desafios Do pós-venDa
Mas para isso é preciso conhecer o público com que se está lidando. Como faz a farmácia de manipulação Quíron, que atua desde 1991 em Porto Alegre. A empresa precisa manter seus registros de vendas atualizados por questões de fisca-lização da Anvisa, e aproveita as informações para montar históricos de compras dos clientes e usá-los em ações futuras. “Sabemos os tipos de medicação que os clientes usam e faze-mos o acompanhamento. Se é algo de uso contínuo e a pessoa parou de comprar, a procuramos para saber o porquê”, ex-plica Fabiano Lima, diretor técnico da Quíron. Outra ação da empresa é, no dia do aniversário dos clientes, telefonar para parabenizá-los e convidá-los a retirar um brinde na loja. Com essas iniciativas, insatisfações são identificadas rapidamente e não se perde contato com o público.
Posturas de atendimento personalizado como essa fazem parte do que se passou a chamar de Customer Relationship Ma-nagement (CRM) ou Gestão de Relacionamento com o Cliente,
em português. Sabendo como cada pessoa compra, é possível separá-la em perfis. O bom atendimento deve ser generaliza-do, mas sabendo o perfil de cada comprador, é possível dire-cionar esforços para aqueles que geram mais lucratividade. “Não é errado que clientes tenham atendimentos diferencia-dos. A compra de um pirulito é muito diferente da de uma TV, por exemplo. O ideal é ter o histórico de compras levando em conta o tíquete médio e o valor do cliente ao longo da vida”, afirma Alessandro Souza.
É nos casos de produtos que envolvem serviços futuros, como entrega, suporte ou garantia, que o pós-venda se torna ainda mais importante. Na Dell, fabricante de computadores que vende também pelo seu site próprio, há uma equipe vol-tada só para esse tipo de atendimento. “Além do atendimen-to receptivo, comunicamos proativamente sobre a evolução dos pedidos, desde o recebimento até as etapas da entrega”, lembra Alexandre Ew, gerente de projetos e programas da em-
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Pós-vendapresa no Brasil. Depois de concluído o processo, uma pesquisa de satisfação verifica se tudo correu bem. Usar a internet para vender, como faz a Dell, abriu portas significativas, mas o am-biente virtual também pode ser fonte de grandes problemas.
Nos últimos anos, redes sociais e sites especializados em reclamações se tornaram vitrines importantíssimas para os negócios, que podem ter sua reputação enterrada ali se não tomarem cuidado. No Reclame Aqui, site em que todos os dias são postadas milhares de queixas de consumidores insatisfei-tos, 70% dos problemas reportados referem-se ao período pós-venda, segundo Mauricio Vargas, presidente do serviço.
É claro que quase todo produto ou serviço está sujeito a fa-lhas. Por isso, se evitar reclamações for impossível, o mais im-portante é respondê-las de forma eficiente para não ficar com uma imagem ruim. “600 mil pessoas entram no site todos os dias, mas só 25 mil para reclamar. A grande maioria vai apenas checar a reputação da empresa”, revela Mauricio. Já segundo Alessandro Souza, da ESPM, dar uma resposta rápida a qual-quer queixa se tornou ainda mais importante com a evolução da internet. “A geração atual é muito acelerada e qualquer vá-cuo irrita muito. Mesmo que não seja possível resolver o pro-blema na hora, é importante pelo menos dar uma posição de que está cuidando do caso”, adverte o especialista.
A Dell destacou uma equipe só para o atendimento em mídias sociais, onde as interações cresceram em 10 vezes desde 2010, segundo Alexandre Ew. Outra iniciativa da Dell
Farmácias Quíron acompanham histórico
de compras do cliente e fazem contato ativo
na web tem caráter preventivo: em um canal no YouTube, que já tem mais de 4,5 mil pessoas inscritas, a empresa posta vídeos com dicas para utilização, manutenção e prolonga-mento da vida útil dos equipamentos.
Todos os princípios do bom atendimento pós-venda conti-nuam valendo quando os clientes são outras empresas. A Sanvi-tron, de Três Coroas, que comercializa equipamentos de acesso para empresas, como cancelas de estacionamento e controles de ponto de funcionários, tem processos internos para avaliar todos os atendimentos, gravando os históricos e analisando em que é possível melhorar. “Procuramos sempre atuar proa-tivamente, avaliando os produtos após as instalações e ligando para os clientes. No fim, é mais barato, já que evitamos gastos com alguns atendimentos de emergência”, observa Guibson Santos, diretor da companhia.
Atuando com produtos que muitas vezes são alugados a longo prazo, e não comprados, a Sanvitron busca cultivar essa longevidade com atendimento diferenciado. Para quem está entrando no mercado, a empresa oferece estudos de im-plementação, medindo oferta e demanda futura para o possí-vel cliente. “Já houve casos em que trocamos os equipamen-tos de clientes sem cobrar nada, porque já havia versões mais novas disponíveis. Fazemos isso para manter essas empresas conosco”, afirma Guibson. O resultado é que, da base de 700 clientes da companhia, mais da metade está com a Sanvitron há mais de cinco anos. “Alguns estão conosco desde a criação da empresa, há 18 anos”, conta o diretor. Ou seja, fidelidade e recompra garantida.
divulgação/quíron
crie um banco de dados de clientes, com informações e
históricos de compra
categorize os clientes e os separe em perfis para ações
personalizadas
Faça projetos-piloto para testar iniciativas: selecione um grupo
pequeno de clientes e, se der certo, expanda para o restante
monitore reclamações na internet e aja rapidamente quando
aparecerem
dar brindes a clientes fiéis não é desperdício, e sim investimento
se houver atendimento técnico em seu negócio, não meça
esforços para resolver o problema. Problemas com pagamentos
se resolvem depois
DiCas e CUiDaDos paRao pós-venDa
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pelo mundoEngEnharia dE imprEssora Desde a sua invenção, sabe-se que as possibilidades de uso de uma impressora 3D são infinitas. E apesar de seu uso prático ainda ser um pouco nebuloso para o consumidor final, a prefeitura de Amsterdã, na Holanda, resolveu se utilizar da nova tecnologia para melhorar a infraestrutura da cidade. Em parceria com a empresa de robótica MX3D (já conhecida por desenvolver estruturas de metal complexas a partir de impressão 3D) e com a empresa de software de engenharia Autodesk, a prefeitura está desenvolvendo uma ponte de aço cujas peças geradas totalmente por uma impressora 3D. Com 7,3 metros de comprimento, apesar de ainda não ter sido revelada a localização exata, a ponte será construída sobre um dos canais que passam pela cidade.
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Voo futurista Ao que tudo indica, a humanidade caminha
para uma personalização de aten-dimento cada vez mais aguçada, ainda mais impulsionada pelas
novas tecnologias de reconheci-mento e identificação disponíveis hoje em dia. Os aeroportos, dada
a importância comercial e política que têm, não poderiam ficar para
trás nesta corrida tecnológica. Vários aeroportos já possuem
dispositivos chamados Beacons, um aparelho que emite informações
a dispositivos móveis por blu-etooth. No aeroporto de Gatwick, em Londres, o Beacon identifica o
viajante pelo smartphone e começa a fazer um serviço de GPS, ao
direcionar o passageiro para o portão de embarque e mostrando, durante o percurso, restaurantes e lojas. Em Düsseldorf, robôs servem
de manobristas e relacionam o itinerário do viajante à placa do
automóvel. Adentrando os meios de identificação digital, o Aeropor-
to de Dulles, nos EUA, conseguiu acelerar o check-in do cliente usan-
do sistemas de reconhecimento facial no controle de passaporte.
Também há planos de modernizar a logística dos aeroportos: futura-
mente os stands de check-in estarão mais esparsos. A ideia
principal é cortar gastos, acelerar a viagem e tornar os aeroportos
mais acolhedores para o viajante.
sustEntabilidadE para carrEgar o sEu tElEfonE A adequação às necessidades tecnológicas atuais respeitando a sustent-
abilidade é um fator de peso no desenvolvimento de um projeto. Foi pen-sando nisso que o gerente de projetos Nilson Dias se uniu ao marceneiro
Thalles Aguiar para criar o Bambu Smart Point, um poste sustentável à base de energia solar que carrega até 12 telefones de uma só vez. Feito
de bambu e impermeabilizado poliuretano vegetal à base de mamona, a invenção gera um total de 150W (a mesma voltagem de uma tomada co-
mum) por meio de um painel solar acoplado à parte superior do poste. O Bambu Smart Point foi idealizado principalmente para grandes eventos,
como feiras e bienais, e serve também como ponto de interação para pes-soas com um mesmo propósito.
Conhecida pela sua educação diferenciada ao ser pautada pelo
ensino da sustentabilidade, a Escola Parque, no Rio de Janeiro, foi a
primeira instituição a adquirir o Bambu Smart Point, pelo investi-
mento de R$ 10 mil.
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especial
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star apaixonado por uma ideia é estimulante e pode levar
qualquer pessoa ao sucesso. mas para além dessa força
motriz é preciso manter o pé firme no chão, mesmo
quando a mente voa na direção dos grandes sonhosEa ideia de que
o entusiasmo, perceptível a qualquer um, pode levar o empreendedor mais longe. E aquele empresário, que re-luz suas aspirações e conquistas, é sempre tido como ins-pirador. E deve ser assim mesmo. Afinal de contas, do que adiantam as conquistas se elas não te fazem brilhar?
Segundo a Endeavor Brasil, esses empresários, tidos como referência por tantos outros, são os empreendedo-res de alto impacto, terminologia que tenta dimensionar a importância deles não só para os grupos em que atuam, mas para toda a sociedade. Afinal de contas, eles inspi-
texto Marina Schmidt
imagem de abertura ©iStock.com/Okan Metin
NO uNivErSO cOrpOrativO, falar EM brilhO NO OlhO é traNSMitir
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Brilho no olho e mãos
à oBra
empreendedorismo
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ram, mas também são capazes de colocar em prática mo-delos de negócios tão bem-sucedidos que fazem com que todos que os rodeiam ganhem com o seu sucesso. Em ou-tras palavras, são propagadores de resultados positivos.
Porém, por trás dos feitos grandiosos muitas vezes está uma solução simples. Segundo dados da Endeavor Insight, a maioria dos empreendedores de alto impacto começa a empreender em áreas que domina e conhece. Entre os melhores Empreendedores Endeavor – aqueles cujas empresas cresceram em média 20% ao ano nos úl-timos três anos –, 94% começaram negócios que tinham
três fatores: o negócio estava em um mercado ou indús-tria em que o empreendedor já tinha alguma experiência; o negócio era sustentado por habilidades que o empre-endedor já possuía; ou tinha proximidade o suficiente com os consumidores para engajá-los muito cedo e com frequência.
Ou seja, não existe segredo: quem alcança o sucesso e que provavelmente te inspirou a ir para o mundo dos ne-gócios muito provavelmente iniciou fazendo algo que do-minava bem e, assim como você, começou pequeno. Mas é no tamanho do sonho que muitas vezes esses exemplos se
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diferenciam. Sonhar grande é o que mantém o brilho nos olhos e é o que move para o crescimento.
a curiosa menina do Vale
O ser humano nasce com uma curiosidade muito gran-de para conhecer o mundo. Basta acompanhar os primeiros anos de vida de uma criança para perceber como tudo é ins-tigante. As descobertas mais banais são acontecimentos de proporções inimagináveis para quem vê o novo em tudo. E em meio a tantos porquês, vamos contextualizando a vida e construindo conexões. A tendência é a de que uma pergunta leve a outra, alimentando o prazer para ir sempre um pouco além; porém, com o avançar dos anos, muitas vezes, essa aguçada curiosidade se perde em meio à rotina.
Mas não necessariamente precisa ser assim. Quem ob-serva o reluzente e curioso olhar da menina do Vale, Bel Pesce, percebe que as melhores características da criança que ela foi permanecem ali, conduzindo aquele olhar vi-brante para todos os lados. Muitas vezes é recorrendo à curiosidade da infância e a cada pequena descoberta feita
desde então que Bel Pesce conta a sua trajetória. E aquela lógica da infância, de que uma pergunta leva a outra, ou, melhor, de que uma descoberta leva a outra, nunca se per-deu. “Foi a minha curiosidade que me fez aprender diver-sas coisas, e que acabaram me abrindo portas”, conta.
Aos 27 anos, Bel Pesce já escreveu três livros, o mais co-nhecido deles é A menina do Vale, obra em que conta sua tra-jetória de empreendedorismo com foco no trabalho realiza-do no Vale do Silício, onde se destacou fundando empresas e liderando equipes. Recentemente, Bel criou a FazINOVA, escola de empreendedorismo e habilidades sediada em São Paulo, sua cidade natal.
É, ela não para. “Realmente, a curiosidade me move mui-to. Até mesmo quando eu estou viajando, por exemplo, se eu vejo alguma coisa curiosa, mesmo que eu tenha que desviar da minha rota ou andar 10 minutos em outra direção, eu vou ver. A minha curiosidade é muito grande, e eu acabo aprendendo.”
Com o prazer da descoberta sempre presente, a empre-endedora conta que gosta de saber o que as pessoas pensam e como elas são, mas adora desvendar, também, o que está por trás do tudo, o como e o porquê. “Isso acaba sendo bem poderoso também. Não sei se é o segredo do brilho nos olhos, porque às vezes não é necessariamente a curiosidade que leva a isso”, pondera, revelando que é impossível negar que a “curiosidade junto com um entusiasmo grande perante mui-tos temas acaba gerando esse brilho”.
Essa paixão é visível, destaca Bel. “Realmente dá para ver os olhos brilharem. Isso acontece quando estou apren-dendo novas coisas, mas também acontece quando eu estou me aprofundando em coisas que não são novas.” Para ela, é algo que tem a ver com propósito. Ou seja, o empreende-dor com essa característica é aquele que enxerga um porquê “fantástico” em tudo o que faz.
O grande desafio, argumenta, é passar daquela empolgação à concretização. “E é um desafio manter o brilho nos olhos, porque nessa trajetória vão surgir diversas dificuldades com os quais você não contava. Você vai precisar de resiliência, de-terminação, dedicação e perseverança. Então, às vezes é fácil perder o entusiasmo e o foco. E tem pessoas que, infelizmente, tentam tirar essa motivação.”
Como escapar dessas armadilhas? Mantendo o olhar re-luzente, compreendendo claramente aonde se quer chegar.
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Sa
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ga
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É importante que o brilho nos olhos seja sustentado por uma garra imensa. Dê valor a cada passo e, realmente,
curta a jornada. ”“
Bel pesce
Empreendedora
empreendedorismo
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“A dica é não perder o conceito do quanto é importante executar a cada dia e de quanto cada passo é essencial. O brilho nos olhos e a sua expectativa quanto aos negócios, às vezes fazem com que você espere que as passadas sejam muito grandes, e elas não são. Todo projeto vem com muito esforço, um passo atrás do outro.”
E é assim que se vence cada etapa, ensina Bel Pesce: “É fundamental que o negócio seja sustentado por uma garra imensa. Dê valor a cada passo. Realmente, curta a jornada. Se eu tenho uma grande ideia hoje é claro que eu quero che-gar no meu objetivo, mas o importante não é só a concreti-zação, é todo o processo”.
A jovem empreendedora, que ama aprender mas também tem muito a ensinar, foi considerada uma das “100 pessoas mais influentes do Brasil” pela Revista Época, além de ter en-trado no ranking dos “30 jovens mais promissores do Brasil”, da Revista Forbes, e fazer parte da seleta lista dos “10 líderes bra-sileiros mais admirados pelos jovens”, da Cia. de Talentos. Bel estudou no renomado Massachusetts Institute of Technology (MIT), trabalhou em grandes empresas, como Microsoft, Goo-gle e Deutsche Bank, e morou no Vale do Silício. Após sete anos estudando e empreendendo nos Estados Unidos, voltou ao Bra-sil em 2013 e fundou a FazINOVA, sua “escola dos sonhos”.
“Eu sou extremamente apaixonada por entender como fazer as coisas acontecerem. Eu tenho uma paixão gigan-tesca por criar produtos e por interagir com os clientes, mas tenho também por todos os pontos de gestão de fun-cionários ou de clientes. Isso tem um valor muito grande para mim. Não interessa só ter a boa ideia ou concretizar, para mim todo o meio me faz brilhar os olhos também, porque é aprendizado.”
em Busca do sonho
Descobrir o empreendimento que traria o brilho ao olhar exigiu dos franceses François-Ghislain Morillion e Sébastien Kopp viajarem por um ano em busca de uma iniciativa que serviria de inspiração para o negócio que pretendiam lan-çar. Morillion conta de forma bastante irreverente que tudo começou com uma conversa descontraída entre os dois ami-gos. Formados em Administração na França, eles estavam no topo do mundo, literalmente, em uma tarde de primave-ra em Nova Iorque, no ano de 2002.
Com a vida estabilizada, os dois trabalhavam no mer-cado financeiro americano. A carreira dos dois estava no nível em que muitos profissionais sonhavam, mas apesar disso, eles perceberam que almejavam mais da vida. “Dis-cutíamos que não estávamos felizes. Nossa vida estava vazia e a única preocupação dos nossos amigos era conse-guir a melhor mesa no melhor restaurante e entrar na ba-lada – nada contra a balada, mas sabíamos que o mundo enfrentava problemas maiores”, conta Morillion.
A reflexão, que muitos de nós fazemos por vezes, não ficou só na conversa. Os dois transformaram a angústia
morillion e Kopp viajaram o mundo
para criar o modelo de negócios
sustentável da Vert Shoes
especial
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no motor de que precisavam para empreender. Decidiram abandonar o emprego e viajar durante um ano para estu-dar sustentabilidade. Passaram três meses em cada um dos quatro países que visitaram: Índia, China, África do Sul e Brasil. Dos 56 projetos que conheceram, apenas um des-pertou o interesse dos jovens de 22 anos. Era o negócio de uma empresa francesa que comprava palmito pupunha de uma cooperativa do Norte do Brasil, pagando um valor pela matéria-prima acima do mercado e sem intermediários. “A sustentabilidade estava no negócio”, salientou Morillion.
Apostando em um modelo semelhante, os empreende-dores decidiram investir na fabricação de tênis e criaram a marca de sapatos Veja, que inicialmente era comercializa-
da apenas na Europa. “Nós gostamos de tênis, crescemos na geração Nike, mas conhecemos a realidade dessa indústria, em que os tênis são desenvolvidos a partir da exploração do Sul pelo Norte.” Resolveram empreender no Brasil. As matérias-primas básicas na produção dos tênis da marca são lona, algodão e borracha. Em todas as etapas, os fornecedo-res não recebem pelo preço de mercado, mas de acordo com valores acordados entre a empresa e as cooperativas.
Do Nordeste, principalmente do Ceará, vem o algodão orgânico, que é plantado em áreas de multicultura sem uso de agrotóxicos. Já a borracha vem do Acre, onde os serin-gueiros não só extraem o látex como beneficiam o produto em um processo semi-industrial, que eleva em mais de três vezes os ganhos dos produtores, favorecendo a manuten-ção dos seringueiros na atividade, sem que tenham que se dedicar a atividades menos sustentáveis, como a pecuária.
A fabricação dos cerca de 100 mil pares de calçados produzidos por ano também é realizada em um local es-colhido estrategicamente. Morillion diz que pesquisou as localidades que ofereçam mão de obra que assegurem as melhores condições aos trabalhadores e optou pela cida-de gaúcha de Campo Bom.
no caminho certo
comece com o que você conhece
comece pequeno, mas sonhe grande
Não se prenda ao plano de negócios
procure investimentos e ganhe conselhos
a experiência te leva mais longe
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05fonte: Endeavor brasil
A Endeavor Brasil define o empreendedor de alto im-pacto como aquele que é capaz de revolucionar o meio em que atua, gerando resultados e oportunidade de tra-balho, promovendo evolução social, mas, principalmen-te, inspirando as próximas gerações de empreendedo-res. Para isso, ele precisa reunir algumas características específicas, como as cinco listadas pela Endeavor:
os líderes de alto impacto...
... SoNHam graNde – têm ambição e capacidade de
enxergar longe
... tÊm briLHo No oLHo – Nutrem paixão pelo que fazem e,
por isso, fazem sempre mais e melhor
... iNoVam – Sabem que para se diferenciar não adianta fazer
igual ao concorrente
... botam Para FaZer – têm capacidade de executar
com excelência
... SÃo ÉtiCoS – fazem com transparência, gestão
e profissionalismo
Pura insPiração
fonte: Endeavor brasil
empreendedorismo
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“No Brasil, pagamos cinco vezes mais por um fun-cionário. Fazemos questão de estar em uma fábrica que respeita os trabalhadores”, sustenta. Apesar das escolhas que aparentemente inviabilizariam o negócio, Morillion reforça que a produção é viável.
A marca é vendida no Brasil há cerca de dois anos, sob o nome Vert Shoes. Os tênis são vendidos a R$ 200, abai-xo, inclusive, do preço de muitas marcas comercializadas aqui. Para garantir rentabilidade, a estratégia da Vert é abrir mão da publicidade. A empresa não investe um cen-tavo em propaganda. “Quando você compra um tênis, 70% do preço dos produtos tradicionais é publicidade”, justifi-ca. Além disso, a Vert trabalha com um estoque mínimo, produzindo na medida da demanda dos consumidores.
Morillion conta a fidelização dos consumidores e pro-pagação espontânea da marca. No mercado francês os tê-nis fabricados aqui e vendidos lá como Veja são vendidos há dez anos e já foram encomendados por artistas euro-peus como Lilly Alen e Chris Martins, vocalista da banda Coldplay. O empreendedor conta que sempre cobra pelos modelos e não gasta com propaganda, conseguindo assim viabilizar o negócio de forma sustentável. “Nós sabemos que não estamos resolvendo os problemas do mundo. Nossa missão é contar a nossa história para passar o bas-tão para os outros”, sacramenta o empresário.
além do entusiasmo
Para a professora da escola de Administração da Ufr-gs, Daniela Callegaro, hoje existe uma busca dos jovens empreendedores para que encontrem na realização pro-fissional algo a mais do que as gerações antecessoras bus-cavam. A noção de sucesso é completamente diferente. “Está muito ligado com uma nova característica da gera-ção atual, que trabalha buscando bem-estar na vida pro-fissional e pessoal”, comenta. A ideia que move a juven-tude que consagrou o modelo de negócios das startups é sobreviver do que gosta.
“Eles precisam estar envolvidos e felizes. Não é só ter, é estar feliz e realizado com o que se está fazendo”, dimensiona, comentando que é crescente o percentual de pessoas que pretendem empreender porque querem e não porque necessitam. Mas daí a conseguir alcançar
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Nossa missão é contar a nossa história para passar
o bastão para os outros.
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François-Ghislain morillon
fundador da vert Shoes
os objetivos é uma trajetória longa. “O planejamento é o primeiro passo para o negócio conseguir ter sucesso”, orienta a professora. Ela pondera, no entanto, que dife-rentemente da característica dos empreendedores mais velhos, hoje o plano de negócio não é mais a bíblia dos empresários. “Atualmente, a forma de empreender está mais dinâmica. Eles continuam planejando e fazendo seus planos, mas com maior flexibilidade.”
Mas as características estimulantes do presente mo-mento podem também colocar um balde de água fria nos negócios, alerta Daniela. A ansiedade para ver as coisas acontecerem pode minar a paixão do empreendedor mui-tas vezes. Outro ponto que é prejudicial ocorre quando o empreendedor aposta com tanta veemência na própria ideia que não é capaz de notar que ela não irá dar certo. “Ele está muito preso na sua ideia e acha que é o máximo e que vai dar certo, mas não faz avaliação de mercado e não verifica se vai ter aceitação”, adverte. Esse cenário, obviamente, culmina com a frustração.
“Focar a ideia e não colocar para avaliação acaba geran-do o resultado não esperado. O empreendedor de hoje tem formação sólida, mas como está tão apegado à questão téc-nica não consegue colocar a proposta para avaliação, perde a autocrítica.” A dica de ouro da professora é: corra riscos calculados. “Tem que ser uma aventura com fundamento.”
saiba
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mais
beleza / mercado para elesSegundo a Euromonitor internacional, o mercado de beleza masculino tem se di-ferenciado e crescido cada vez mais no Brasil. A gama de produtos destinados a eles, como shampoos, sabonetes, cremes de barbear e loções, tem se tornado cada vez mais diversificada e campeã de vendas. Esse sucesso está fazendo o mercado local se tornar um dos mais promissores, podendo alcançar a liderança mundial até 2019. A projeção da Euromonitor aponta um possível crescimento de 7,1% nos próximos quatro anos, movi-mentando cerca de US$ 6,7 bilhões e ultrapassando os campeões EUA, que devem movimentar US$ 6,4 bilhões até a data. Em 2014, o setor movimentou US$ 4,7 bilhões, um aumento de quase 100% em cinco anos de pesquisa. Em 2019, o mercado de beleza para homens deve chegar a US$ 40 bilhões ao redor do mundo, movimentado principalmente por países emergentes.
mais & menos
HabitaçãoA Caixa Econômica Federal liberou
R$ 4 bilhões para financiamento
imobiliário para mutuários que contribuem
para o Fundo de Garantia do Tempo
de Serviços (FGTS). Os imóveis devem
ter preço até R$ 400 mil, com prazo de
financiamento de 30 anos e juros máximos
de 8,85% ao ano.
DíviDa públicaA dívida pública federal subiu 3,50%
em junho, quando atingiu R$ 2,483 trilhões,
segundo dados do Tesouro Nacional.
GenéRicosA venda de medicamentos genéricos
apresenta crescimento superior à média
do mercado, com alta de 24,6%. Foram
movimentados R$ 9,1 bilhões no
primeiro semestre de 2015, contra R$ 7,3
bilhões no mesmo período do ano passado,
segundo a Associação Brasileira das
Indústrias de Medicamentos Genéricos.
contRataçõesDe acordo com pesquisa feita pela
Michael Page, consultoria global
especializada em recrutamento de
executivos, 55% dos gestores de RH
pretendem contratar ao longo do segundo
semestre deste ano. Porém, para a maioria
(63%) as contratações serão para substituir
profissionais com baixo desempenho.
consumoA pesquisa trimestral realizada pela
Associação Nacional das Instituições de
Crédito, Financiamento e Investimento
(Acrefi) e a TNS Brasil aponta que 92% dos consumidores acreditam que a
inflação impacta na decisão sobre novos
financiamentos e que já estão mudando os
padrões de consumo. O lazer foi o padrão
de consumo que mais teve impacto para
83% dos entrevistados, seguido de vestuário
(77%) e alimentação (76%).
RH / netwoRkinG & e-mails Ao contrário do que possa parecer, as redes
sociais perderam a preferência dos empresários na hora de fazer networking.
Segundo pesquisa da Robert Half Management Resources, 50% dos
empreendedores preferem o e-mail como forma de aumentar e conservar a
sua networking. O número é mais que o dobro do registrado em 2012, quando
apenas 22% dos empresários achavam a troca de e-mails a melhor forma
de fazer contatos. Em 2012, as preferidas eram as redes sociais, com 45% de
preferência, e em 2015, elas contabilizaram apenas 18% do interesse.
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tecnoloGia / apps que vendemO uso de mídias sociais e de dispositivos móveis está aumentando o conheci-mento dos clientes cada vez mais, dando o poder necessário para fazer suas compras de maneira autônoma. Segundo a pesquisa realizada pela Salesforce, a grande diferencial de sucesso é o uso de tecnologia como plataformas de CRM ou aplicativos de Sales Analytics (forma de vendas mais inteligente). No Brasil, 200 líderes de equipes de vendas foram entrevistados, e um terço deles afirmou usar Sales Analytics, sendo que esperam um aumento de mais de 100% do uso do aplicativo no próximo ano. 29% dos entrevistados afirmaram usar dispositivos móveis para vendas, e segundo projeções, esse ferramenta deve aumentar 160% nos próximos 18 meses. Dessa forma, esses líderes visam ga-nhar novos clientes, aumentar as compras dos já vinculados à empresa e criar relações mais profundas com eles. Os entrevistados também projetam aumen-to em 80% no volume de funcionalidade de tecnologia no próximo ano.
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tecnoloGia / níveis exponenciais do cibercrime o relatório trimestral Segurança na Internet da G Data Software AG alega que foram detectados mais de 440 mil novos malwares (programas maliciosos) para o sis-tema operacional de dispositivos móveis Android no primeiro trimestre de 2015, 21% a mais do que no ano anterior. A pesquisa também afirma que cerca de 5 mil novas amostras de softwares são detectadas diariamen-te – uma média de um novo código malicioso registrado a cada 18 segundos. Mais da metade desses novos vírus são criados para roubar dinheiro, o que comprova que os cibercriminosos estão cada vez mais ousados e enge-nhosos no crime virtual. Entre os principais crimes está o tradicional roubo de informações bancárias, contudo, há novos malwares que rastreiam as subscrições online de um serviço de chamadas e fazem chantagens por intermédio de programas maliciosos que impedem o
acesso ao sistema infectado e então cobram um resgate para que o internauta possa se conectar novamente ao programa infectado. A G Data ainda prevê que o número de novas ameaças cibernéticas deva crescer significativa-mente até o fim do ano.
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caRReiRa / escolha dos paissegundo pesquisa do banco HSBC, nove em cada dez pais brasileiros gostariam que seus filhos seguissem profissões tradicionais, como medicina, direito e engenharia. A pesquisa O valor da educação entrevistou 5,5 mil pais de 16 países diferentes, e 83% dos pais preferem carreiras tradicionais para seus filhos, média menor do que a por-centagem brasileira. Dentro do grupo de pais que preferem carreiras consolidadas, 23% preferem Medicina, 18% gostariam que os filhos fizessem Engenharia e 12% escolheriam Direito. Além disso, 82% dos pais responderam que gostariam que os seus filhos tivessem uma profissão diferente da sua. Segundo a pesquisa, os pais brasileiros valorizam o estudo, mas nem todos ajudariam ou poderiam pagar a educação dos filhos: 89% dos pais no Brasil consideram o diploma universitário essencial para ter sucesso na vida, e 88% deles estão dis-postos a ajudar financeiramente nos estudos dos filhos, enquanto a média global é de 95%.
FutuRo / cinco anos De muDança
As startups podem ser responsáveis pela mudança do
mundo como conhecemos, provocando profundas
mudanças no mercado e se inserindo cada vez mais na
economia mundial. O Young Entrepreneur Council (YEC)
identificou 9 grandes itens no cotidiano que podem
acabar até 2020. Veja a lista:
1 – sistema de táxi atual: será substituído pelos aplicativos
de celular cada vez mais populares, como 99 Taxis e Easy Taxi.
2 – correios: terão outras funções, como entrega de compras.
3 – papel: não vai desaparecer totalmente, mas perderá força.
4 – telefones residenciais: a quantidade de celulares já
ultrapassou a de linhas convencionais, que deverão ser extintas.
5 – planos de voz para celulares: com a multifuncionalidade
crescente dos celulares, a tendência é que, cada vez mais, os
planos de voz sejam substituídos por planos de dados.
6 – cartão de crédito: aplicativos via dispositivos móveis,
como o Apple Pay e a Google Wallet, estão ficando cada vez
mais populares pela sua versatilidade, o que é uma ameaça
para o descartável cartão de plástico.
7 – mídia de armazenamento: a praticidade do
armazenamento em nuvem está tornando os armazenamentos
físicos de mídia (CDs, DVDs, Pendrives) defasados.
8 – tv a cabo: com as possibilidades trazidas pelos serviços de
streaming como o Netflix, a TV a cabo deve sair de linha.
9 – trabalhadores de fast-food: robôs deverão substituir os
humanos, como os montadores de sanduíches e embaladores.
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Claudio Etges/Divulgação Sesc-RS
perfeiçoar o olhar para
desenvolver atividades lúdicas
também faz parte da nobre arte de
ensinar. e as férias são o melhor
período para debater a educação
a entre profissionais e estu-
dantes da área da educação infantil. Embora seja um perí-odo marcado pelo recesso do meio do ano, é o melhor mo-mento para rever práticas, debater temas de interesse do ramo e conhecer novos métodos. “É uma maneira de olhar para as crianças de uma outra forma”, sintetiza a gerente de Educação do Sesc Nacional, Maria Alice Lopes de Souza, que participou do 2º Fórum Sesc de Educação, em Porto Alegre.
Nesse mês, a instituição organizou atividades nas cida-des de Porto Alegre, Lajeado e Santa Cruz do Sul, reunindo especialistas e um público atento e inspirado a aprimorar o olhar. É a oportunidade para rever práticas educativas, como demonstra Maria Alice: “Qual é a concepção de in-fância que a gente tem dentro da escola? Como eu faço para ter essa concepção na minha escola? Se não fizermos essa reflexão, tudo fica no discurso, mas no fazer, ainda, continuamos a tratar todos da mesma forma, de maneira muito tradicional”.
O mêS DE julhO fOi DEDiCaDO a ativiDaDES quE pROmOvERam O intERCâmbiO
Um mês para reflexão
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Histórias de ontem, riquezas de Hoje Com o
objetivo de estimular o conhecimento e resgatar a
história dos municípios do Rio Grande do Sul, o Sesc-
RS realiza, neste ano de 2015, o projeto Histórias de
ontem, riquezas de hoje - Uma viagem pela história
das cidades gaúchas com a Maturidade Ativa. a
proposta é que os 47 grupos do programa pesqui-
sem sobre a história de suas respectivas cidades e
compartilhem esse conhecimento com a população
local. O projeto será concluído em novembro, com
apresentação oficial dos grupos na 12ª Convenção
Estadual da maturidade ativa, em torres.
jogos ComerCiários Estão abertas as inscrições
para as etapas municipais do 35° jogos Comerciá-
rios Sesc. as disputas contemplam as modalidades
esportivas: atletismo (masculino e feminino); bo-
cha (masculino de trio); Canastra (misto); futebol
7 masculino (adulto e máster); futebol de Campo;
futsal masculino (adulto e máster) e futsal feminino
(adulto); natação (feminino e masculino); vôlei de
duplas (feminino e masculino); voleibol (masculino e
feminino) e Xadrez. as fases municipais seguem até
outubro, em mais de 40 municípios gaúchos. já a
final estadual do 35º jogos Comerciários Sesc será
realizada nos dias 14 e 15 de novembro, em porto
alegre. mais informações: https://www.sesc-rs.com.br/
jogoscomerciarios.
agenda de eventos
16 e 23/agoCircuito sesc/Caixa de Corridas 2015
estão abertas as inscrições para as atividades de
agosto do Circuito sesc/Caixa de Corridas 2015, que
serão realizadas em santana do livramento (16 de
agosto) e em Ijuí (23 de agosto). Inscrições pelo site
www.sesc-rs.com.br/circuitodecorridas.
25 a 30/ago2ª mostra sonora Brasil sesc
será realizada em porto alegre a 2ª mostra sonora
Brasil sesc, entre 25 a 30 de agosto, com apresenta-
ções e oficinas sobre o tema violas Brasileiras.
O primeiro evento promovido em julho foi o Workshop Sesc de Formação de Educadores, em Lajeado, que contou com palestras, oficinas e bate-papos, além da presença da professora, escritora e contadora de histórias Marô Barbie-ri. No dia 11, Santa Cruz do Sul recebeu a primeira etapa do Seminário Infância e Novas Possibilidades, realizado em parceria com o Colégio Marista São Luís, onde foi discutido o uso da tecnologia na escola e na infância. Esse evento terá outras quatro etapas.
O encerramento do mês ficou por conta do 2º Fórum Sesc de Educação, realizado em Porto Alegre no dia 23 de julho. Com o tema Os ambientes e a aprendizagem na infância: rela-ções e conexões, o encontro ampliou para o público presente a percepção de mundo na infância, mostrando como é possí-vel conjugar inúmeras práticas lúdicas para ensinar, diver-tir e promover intercâmbio entre as crianças.
Para Maria Alice, esses eventos são “uma grande opor-tunidade para refletir sobre o trabalho, olhar o que a gente faz e o que a gente pode aprimorar”. A gerente de Educação do Sesc Nacional destaca, também, que as escolas de edu-cação infantil do Sesc no Rio Grande do Sul estão em pleno alinhamento com as práticas disseminadas pelos fóruns e workshops promovidos. “Essas escolas têm sido referência para o Brasil inteiro”, disse.
Inúmeras conexões
O som, a luz, as texturas, as cores, os sabores e as formas. Tudo pode entreter, divertir e ensinar. Mais do que isso, o con-tato com o outro e com aquilo que é novo amplia a percepção das crianças. Mas por mais que o mundo infantil seja repleto de elementos tão distintos, compreendê-lo é simples para os que estão dispostos a criar conexões totalmente novas, como representar o som com um desenho, um dos artifícios apre-sentados pelo atelierista colombiano Juan Carlos Melo Her-nández durante o 2º Fórum Sesc de Educação.
Referência mundial na área da educação, Hernández pren-deu a atenção dos participantes do fórum mostrando as distin-tas possibilidades para estimular o aprendizado e as relações que as crianças desenvolvem com os colegas e com o mundo. “A questão não é o espaço, mas a qualidade da experiência e qual será o seu impacto no curto, médio e longo prazos”, orientou Hernández ao final de sua apresentação.
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vem trazendo novos desafios aos lojistas. Na última década, um debate sobre a evolução das vendas com o avanço das lojas virtuais vem dividindo opi niões sobre como dirigir os negócios. Afinal, se comprar pela inter-net representa ter muito mais opções, e com cada vez mais gente fazendo isso – as vendas virtuais contabilizaram R$ 35,8 bilhões em 2014, crescendo 24% sobre o ano anterior, segundo a empresa especializada em e-commerce E-bit –, ocorrerá natu-ralmente uma diversificação dos produtos vendidos?
Em seu livro A Cauda Longa, de 2004, Chris Anderson le-vantou a questão ao prever que, com o barateamento das formas de produção e distribuição de mercadorias, permi-tido principalmente pela internet, os mercados segmenta-dos ganhariam força a ponto de igualar ou até mesmo supe-rar os chamados hits (sucessos de público). Isso porque, sem
A evolução do vArejo, dA tecnologiA e dos hábitos de consumo
©istock.com/kemalbas
m debate que cresceu nos
últimos anos movimenta
o varejo físico e virtual.
conheça as teorias e
veja como influenciam a
gestão comercial
u
BlockBuster ou cauda longa?
texto rafael Faustino
a limitação física, sites poderiam oferecer uma infinidade de produtos, e os consumidores, por sua vez, teriam muito mais opções de escolha. Anderson usou exemplos principalmente dos setores de livros, filmes e música para mostrar que ar-tistas e escritores menos conhecidos, somados, já vendem tanto quanto os best-sellers em serviços contemporâneos como a Amazon e o Netflix. Assim, pensando em um gráfico de distribuição de vendas, a cauda da curva de demanda se estenderia cada vez mais – daí o nome para sua teoria.
Essa tese foi colocada em dúvida por um novo livro, Blo-ckbusters, de Anita Elberse, publicado em 2013. Na obra, ela mostra como as coisas não caminharam exatamente como Anderson previu, e aposta que, seja qual for o mercado, os blockbusters (sucessos de venda) continuarão ditando os ru-mos dos mercados, se adaptando rapidamente a novas rea-lidades de distribuição e consumo. Será mesmo que o efei-to cauda longa preconizado por Chris Anderson virá? Ou,
ainda, será que ele se aplicará a qualquer mercado, como sugere o autor?
vendas online tornam cauda longa viável
A mudança de comportamento de compra na internet é corroborada por Marcio Okabe, especialista em marketing digital, que cita o famoso ZMOT (Zero Moment of Truth ou Momento Zero da Verdade). “O velho modelo de marketing pressupõe três etapas fundamentais para a compra: o estí-mulo, a escolha do produto e o teste do mesmo”, explica. O ZMOT vem antes de tudo isso: são as informações a que o consumidor tem acesso antes mesmo de ver o produto, via redes sociais e resultados de busca do Google, por exemplo, e podem mudar uma decisão de compra.
Já para Roberto Kanter, professor dos MBAs de Gestão Fi-nanceira e Marketing da Fundação Getulio Vargas, antes de
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dar qualquer veredito, é preciso entender quais condições pressupõem que possa existir uma cauda longa. “Cauda longa só existe quando você tem estratégia multicanal integrando varejo físico e virtual, com uma parcela do estoque para o físico e outro que vai ser abastecido através de vendas digitais”, con-ta. A questão seria não só atender a demandas mais variadas, mas sim promover uma nova gestão de produtos que permita um portfólio muito maior.
De fato, livrarias vêm se adaptando muito bem a esse novo momento, como mostra o exemplo da Traça, de Porto Alegre. Hoje, cerca de 80% das suas vendas se concentram no site, ao contrário do que se pode pressupor sobre livrarias menores sem o apelo digital das grandes redes. Segundo o sócio Fer-nando Conte, os títulos mais vendidos representam apenas 10% das vendas totais. “Nunca vendemos tanto. Reformula-mos o site, e parece que o modelo funciona. Do ano passado pra cá crescemos entre 85% a 90%”, comemora o empresário, que administra com sua esposa, Carmen Menezes, a livraria especializada em ciências humanas, que existe desde 1986.
Mesmo não sendo dependente dos seus blockbusters, a Traça precisa priorizar, na loja, os livros mais sujeitos à procura imediata. São 10 mil itens no espaço. Mas é no seu depósito que atende o site, com área de mil m² e a totalida-de de 200 mil títulos, que a empresa consegue dar conta de toda a diversidade que o público procura. “Cada vez mais pessoas compram pela internet, inclusive leitores com mais e 60 anos, que antes não compravam”, observa Fernando,
Paquetá movimenta por meio do site
itens menos vendidos nas lojas físicas
que aponta ainda outras mudanças. “Hoje estão comprando muito mais livros em língua estrangeira também”, afirma, citando um nicho que vem se formando.
Trabalhar com a cauda longa exige não só espaço dispo-nível e variedade de itens, mas inteligência para usá-los. E isso demanda, como explica o professor Roberto Kanter, o uso da tecnologia. “A primeira pré-condição é ter uma boa TI, sistema de informação para gerir o estoque em catego-rias e subcategorias. E outra é conhecer o perfil de consu-mo do seu shopper, que muda de acordo com a região, faixa etária e outros fatores”, aponta o especialista. Na Traça, há um sistema que mede essas informações e, com base nele, a livraria envia cerca de cem livros diariamente do depósito para a loja, enquanto outros com baixa procura são envia-dos da prateleira para a retaguarda.
modelo não se limita a entretenimento
Outros tipos de varejo, tradicionalmente menos habitu-ados ao ambiente virtual, também já começam a lucrar com esse modelo. Na Paquetá, rede de calçados e acessórios com lojas em oito cidades gaúchas e quatro catarinenses, o site é usado para vendas apenas há dois anos, mas já representa 5% das vendas totais. “Antes achávamos que o online seria só para comprar livros, CDs, eletrônicos, e que artigos de moda não venderiam. Hoje vemos que não é assim”, afirma Marcos Ravazzolli, diretor-executivo de Varejo, sobre a evo-lução dos hábitos de consumo.
Na Paquetá, as lojas físicas estão voltadas aos produtos que mais vendem, e com o site é possível movimentar os menos vendidos. “Mulheres que calçam 34, 33, ou acima de 39, sabem que dificilmente encontrarão nas lojas, então compram mais virtualmente. É uma oportunidade a explo-rar para diversificar um pouco as vendas”, ressalta Rava-zzolli. Além disso, pela internet a Paquetá vende para todo o país, alcançando perfis diferentes de público. O contraponto é que, para operar dessa forma, há gastos com frete, o que torna a venda online custosa. Ainda assim, a Paquetá prevê crescimento de 40% para as vendas virtuais neste ano.
São, portanto, muitos fatores a pesar, e provavelmen-te a queda de braço entre blockbusters e cauda longa ainda durará bastante tempo, assim como a própria evolução dos hábitos de consumo.
divulgação/Paquetá
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DurAnte suA recente visitA aos estados unidos, a presidente Dilma fez uma crítica explícita ao instrumento da delação premiada. referindo-se à delação de ricardo Pessoa, que aproximou a corrupção investigada pela operação Lava-Jato do Planalto, disse a presidente que “não respeita os delatores”. Lembrou que, durante a ditatura, apesar de torturada, não delatou seus companheiros. Ao contrário da saudação à mandioca e da importância das “mulheres sapiens” para o desenvolvimento da humanidade, comentários esses que contribuíram para melhorar o humor dos brasileiros em um ano tão negativo, a equiparação implícita feita entre a delação premiada e a delação sob tortura presta um desserviço à Justiça brasileira.
A presidente parece estar tentando equiparar os torturadores da ditadura aos procuradores que atuam na operação Lava-Jato. essa equiparação ajuda a desqualificar o importante e patriótico trabalho que vem sendo feito por membros da Justiça brasileira para desvendar um “descomunal” esquema de corrupção. não delatar companheiros sob tortura é uma atitude meritória,
assim como é desprezível o trabalho do torturador que tenta transformar o preso político em delator. contudo, isso é algo totalmente diferente da delação premiada. O promotor usa desse instrumento para conseguir evidências que permitam condenar indivíduos que descumpriram a Lei.
no campo da economia, os estudiosos de teoria dos Jogos já mostraram que as chamadas “Leis de Leniência” são instrumentos importantes para tornar instáveis os acordos de cartel que visam a prejudicar os consumidores. esse tipo de legislação econômica é comum em países desenvolvidos. As pessoas e empresas que denunciam e oferecem provas para condenar os membros de um cartel recebem um tratamento mais leniente por parte da Justiça. A delação premiada traz esse tipo de legislação para a área penal, tornando as quadrilhas mais instáveis.
A delação de ricardo Pessoa foi importante, pois confirmou que recursos de corrupção foram usados para abastecer campanhas presidenciais. esse é o fato relevante. O resto é dissimulação com o objetivo de tirar o foco da questão central.
Marcelo PortugalConsultor Econômico da Fecomércio-RS
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O PrOmOtOr e O tOrturadOr
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e mercadorias é essencial para o de-senvolvimento das economias. No Brasil, que praticamente descartou os meios fluvial e ferroviário para o deslocamento e abastecimento interno, o transporte sobre rodas sempre teve vital importância. O desenvolvimento humano e das grandes cidades só acelerarou esse processo, e com a orga-nização das leis de trânsito no país, os centros de formação de condutores se tornaram instituições fundamentais para a eficiente formação qualificada dos condutores que circu-lam com seus veículos nas vias públicas.
No Rio Grande do Sul, eles foram criados a partir da for-mação do Detran, em 1996, mediante certame público de se-leção, através de instrumentos de uma atividade regulada pelo Estado – o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), de 1997,
AtividAde centrAl em quAlquer pAís, o trAnsporte de pessoAs
om parte de sua atividade
padronizada pela lei, os Centros
de Formação de Condutores
modernizam suas prátiCas e
investem em qualiFiCação para
atrair Clientes em tempos de Crise
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DiriginDo para o crescimento
©istock.com/Zode Bala
texto rafael Faustino
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define a organização do sistema viário brasileiro, o processo de habilitação e regras de circulação e conduta, entre outras atribuições. Desta forma, os CFCs possuem liberdade comer-cial até certo ponto, já que precisam seguir os regramentos legais estabelecidos por lei. “Todos os CFCs credenciados têm as mesmas obrigações e são regidos por lei e por normas do Contran e Detran de forma igualitária, portanto têm a mesma operacionalidade. Como os preços dos serviços de habilitação são públicos e iguais em todo o Estado, eles precisam se dife-renciar pela qualidade dos serviços prestados”, explica Edson Luis da Cunha, presidente do Sindicato dos Centros de Forma-ção de Condutores do RS. No Estado, são 273 CFCs, donos de quase 4 mil veículos de aprendizagem de todas as categorias e que emitem, em média, 180 mil primeiras habilitações todos os anos, além de renovações de CNH e outros serviços presta-dos pelos CFCs que somam o atendimento de mais de 750 mil condutores por ano nos 273 CFCs do RS.
CapaCitação e teCnologia
Na medida em que parte dos serviços são padroniza-dos, a capacitação dos profissionais dos CFCs torna-se um diferencial. “Investir sistematicamente na qualificação dos colaboradores é fundamental. Por isso procuramos promover eventos como seminários, palestras internas e encontros periódicos para checar o nível de aprendiza-gem”, conta Alcione Santin, diretor do CFC Salgado Filho, de Erechim. No CFC Flora, que emite cerca de 150 habili-tações todos os meses em Guaíba, são formados grupos de estudos com temas específicos para uniformizar os procedimentos de ensino. “Os profissionais também pas-
sam por cursos de qualificação no Detran e Denatran e são supervisionados pela direção de ensino do CFC”, cita Luciano Aubin, diretor-geral do CFC. O SindiCFC também tem parceria com o Senac-RS para fornecer cursos de for-mação de diretores e instrutores de trânsito, capacitando mão de obra qualificada para as empresas, e desta forma proliferando as boas práticas em todo o Estado.
Mas o que vem transformando a forma de ensinar dos centros de formação de condutores é a modernização tra-zida pela tecnologia. A resolução 444 do Contran, de 2013, instituiu os simuladores de trânsito para os condutores que tiram a habilitação na categoria B (para dirigir carros). São equipamentos eletrônicos em que os alunos precisam pas-sar por pelo menos cinco aulas antes de dirigir um carro de verdade, e que simulam todas as difíceis condições que eles poderão enfrentar no trânsito, como chuva, neblina e aqua-planagem. “São situações reais do trânsito que dificilmente o aluno vivenciaria em suas aulas práticas nos carros”, afir-ma Rodimar Agnol, diretor-geral do CFC Viacentro, de Santa Maria. O Rio Grande do Sul liderou a implantação dos si-muladores no Brasil, servindo de case para essa prática, por
Capacitação é fundamental para
equipe do CFC Salgado Filho, de erechim
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CFC Flora, de Guaíba, forma grupos de
estudos para uniformizar procedimentos
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meio do SindiCFC, no Congresso Ibero-Americano de Segurança no Trânsito, ocorrido no México no ano passado. Já foram mais de 1,5 milhão de au-las ministradas em simuladores em todo o Estado, desde janeiro do ano passado.
Outras novidades em vias de implementação nos CFCs gaúchos são a filmagem das aulas e do processo de avaliação, para estudar a relação dos alunos com instrutores e examinadores, e a iden-tificação dos candidatos por biometria, utilizando
a impressão digital. “Assim teremos todo o controle e ofere-cemos a maior transparência possível no processo de habili-tação”, prevê Edson Cunha, do SindiCFC.
DiversifiCação é alternativa
Vale lembrar que, além dos serviços obrigatórios, como a primeira habilitação e renovação, os CFCs são livres para atuar de outras formas que também envolvam a direção. O CFC Viacentro, por exemplo, oferece cursos para pesso-as habilitadas que não dirigem há muito tempo voltarem à prática. Também selecionam condutores para empresas que procuram pessoas para trabalharem no trânsito e en-sinam outras modalidades de direção, como de veículos es-colares e de emergência. “Hoje o perfil de quem procura os CFCs mudou muito. Nós atendemos bastante as mudanças de categorias e os motoristas profissionais, entre outros. É
os cFcs no rio granDe Do sUL
273 cFcs em operação
Frota de 3.917 veículos
7.082 instrutores teóricos e práticos
13 mil funcionários no total
750 mil condutores atendidos por ano
180 mil primeiras habilitações emitidas por ano
bem mais diversificado do que antes, quando boa parte do público era formada por pessoas de 18 a 25 anos tirando a primeira habilitação”, conta Rodimar Agnol. Os CFCs Flora e Salgado Filho, assim como muitos outros, também têm ini-ciativas semelhantes, com cursos de transporte de cargas perigosas, cargas indivisíveis e de reciclagem para infrato-res do trânsito.
É verdade que, com as dificuldades econômicas recentes, a demanda por alguns serviços pode cair um pouco. Mas é possível buscar soluções para contornar. “Procuramos for-mas e alternativas para que as pessoas consigam, mesmo com dificuldade, se habilitar. Fazemos parcerias com finan-ceiras, parcelamento até 12 vezes, e com isso também não temos o risco de inadimplência, que fica com a financeira ou o cartão. Claro que ainda assim há uma retração, mas cartei-ra de habilitação hoje é algo necessário, praticamente todo mundo precisa estar habilitado por questões profissionais”, explica o diretor do Viacentro. A empresa vem conseguindo aumentar sua receita entre 15% e 20% ao ano, mas admite que em 2015 o crescimento será menor, em razão do público mais cauteloso com os gastos.
Para dar conta de serviços variados, as empresas preci-sam ter uma frota também diversificada e estrutura física robusta. No CFC Salgado Filho, assim como em outros, estão presentes, além de carros e motos, uma carreta, um cami-nhão e dois micro-ônibus. A empresa também montou uma estrutura especial para atender idosos e pessoas portadores de deficiências. Já no Viacentro, a frota completa chega a 42 veículos. O CFC, que hoje está em uma casa alugada que é tombada pelo patrimônio histórico, prepara-se atualmente para mudar-se para uma sede própria, onde poderá centra-lizar todos os serviços em um espaço mais acessível.
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Simuladores são realidade nos CFCs gaúchos,
a exemplo do CFC Viacentro, de Santa Maria
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Governar o rio Grande é, certamente, uma das mais difíceis tarefas públicas do país. Basta observar os números do déficit fiscal do setor, amplamente divulgados, que nos levam a uma única conclusão: vivemos no Estado mais endividado do país, o que nos impede de ter serviços públicos de qualidade e sequer sonhar com a realização de investimentos. Porém, se isso não é novidade, ainda menos inovadora é a alternativa de resolver o proble-ma com aumento de impostos. A escolha desta saída representa um equívoco estratégico, dos pontos de vista político e administrativo.
Começo analisando a eficiência que este aumento pode gerar para a administração pública. Sabemos que os gastos crescem naturalmente, mesmo que o governo tente impedir. É um processo natural, que acontece independentemente da matriz ideológica ou partidária. Portanto, ao aumentar impostos a receita do setor público aumentará propor-cionalmente à pressão das corporações sobre o governo por maiores salários e benefícios. Isso é tão certo quanto que o atendimento das reivindicações deste setor não irá melhorar a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos, não irá gerar investimentos, e muito menos resolver a situação financeira do Estado.
Politicamente, a escolha deste caminho será a mais cara ao governador. Além de repetir o
caminho trilhado por outros governadores no passado, sem sucesso, a aprovação da propos-ta pela Assembleia Legislativa é incerta. Atual-mente, a base de apoio do governo Sartori no legislativo é composta por 34 parlamentares, o que, em tese, seria suficiente para uma apro-vação. Mas é preciso analisar os detalhes: oito desses 34 parlamentares já votaram contra o aumento de impostos no passado, e o apoio da bancada do PP ao então candidato, no segundo turno das eleições de 2014, foi condicionado ao compromisso de não aumentar impostos. Se apenas esses parlamentares mantiverem a coerência, a proposta terá no máximo 22 votos favoráveis, mas há outros deputados da base que já se manifestam contrariamente.
A sociedade gaúcha, cansada de pagar impos-tos sem o devido retorno, rejeita veemente-mente o aumento de alíquotas. Propô-lo irá gerar um imenso desgaste ao governo, não somente junto à opinião pública, mas também junto ao setor político. Não existe solução mágica para as finanças do Estado. Existe, sim, um conjunto de ajustes de médio e longo pra-zos possíveis de serem feitos pelo governador. Um problema estrutural que levou décadas para ser gerado não será resolvido no curto prazo. Está na hora de rever muitas coisas. O que pode parecer um direito adquirido para alguns, é, necessariamente, uma obrigação compulsória para os contribuintes.
RodRigo giacometConsultor Político da Fecomércio-rS
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Dois argumentos para não aumentar
impostos
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stado Articulações
rticulações políticas em prol
do setor terciário fazem com
que a fecomércio-rs, assim
como os sindicatos da sua
base, garantam a defesa dos
direitos e interesses dos seus
associados e filiados
Aem prol da categoria são garantidas por meio
das articulações políticas realizadas pelos sindicatos junto aos poderes executivo e legislativo, seja nas esferas munici-pais e estaduais, assim como junto ao governo federal. Esse trabalho “de formiguinha” muitas vezes não é visto pelas empresas associadas, mas é feito de forma contínua e exige dedicação das entidades, que realizam reuniões periódicas com líderes da sociedade civil, representantes de órgãos pú-blicos e secretarias, entre outros. Seja liderando as manifes-tações do setor terciário ou assessorando as entidades que constituem a sua base territorial, a Fecomércio-RS realiza o acompanhamento deste trabalho, promovendo a defesa dos interesses de seus sindicatos e respectivas empresas.
O gerente da assessoria parlamentar da Fecomércio-RS, Rodrigo Giacomet, diz que esse princípio está assegurado
A defesA dos direitos, buscA por melhoriAs e outrAs Ações
Em prol dos intErEssEs colEtivos
©istock.com/Jodi Jacobson
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no mapa estratégico da Federação, presente em sua mis-são: “Assegurar às empresas do setor terciário as melhores condições para gerar resultados sustentáveis”. Ao mesmo tempo, ele cita que a própria constituição brasileira garante o livre direito de associação profissional ou sindical, como descrito no artigo 8º: “Ao sindicato cabe a defesa dos direi-tos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclu-sive em questões judiciais ou administrativas”.
Atendendo a esse preceito, Giacomet conta que a Feco-mércio-RS realiza junto à Confederação Nacional do Comér-cio (CNC) um trabalho de monitoramento permanente das atividades dos poderes legislativo e executivo. Por meio do grupo de trabalho (GT) Renalegis, a entidade gaúcha parti-cipa mensalmente de reuniões com técnicos do setor – en-tre cientistas políticos, advogados e comunicólogos – para a troca de experiências. “Dependendo do caso, acionamos o parlamento mais próximo”, afirma o especialista sindical.
Entre as ações vistas de perto pelo GT Renalegis da CNC está a redução da jornada de trabalho, por meio da apro-vação da convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho, que garante a estabilidade do emprego no setor privado. Outra iniciativa, segundo ele, é a participação nas audiências públicas de revisão da lei geral das micro e pe-quenas empresas, que atualiza o Simples Nacional. “Na As-sembleia Legislativa, realizamos, desde 2006, o acompanha-mento contínuo de 35 a 40 projetos que impactam no dia a dia das empresas”, revela Giacomet.
AtuAção nos municípios
A partir de setembro, o GT Renalegis da Fecomércio-RS pretende qualificar 12 sindicatos do interior do Estado para fazer o acompanhamento permanente de projetos em suas respectivas Câmaras de Vereadores. “O projeto-piloto con-tará com uma assessoria parlamentar estruturada, criando um modelo de treinamento e monitoramento para todos os sindicatos da federação”, explica o assessor. Por meio de um software fornecido pela CNC serão cadastradas as propostas de interesse do setor terciário. “Passaremos então a acom-panhar as reuniões, assim como a execução orçamentária dos municípios”, descreve o advogado.
Uma das entidades que já desenvolvem ações próprias é o Sincopeças-RS. Sugestões de projetos de lei, como a redu-
ção de IPVA para as convertedores de gás, apoio a iniciativas relacionadas ao comércio varejista de veículos e de peças e acessórios para veículos são algumas das articulações reali-zadas junto ao poder público frequentemente. “Verificamos as necessidades colocadas pelo segmento, buscando a ajuda da federação. Também visitamos deputados e vereadores para levar nossos problemas e encaminhar soluções”, des-creve o presidente, Gerson Nunes Lopes.
O Sindigêneros Caxias do Sul também possui um trabalho neste sentido junto ao poder público, em parceria com o Sindi-lojas da cidade. Uma das conquistas da entidade é a redução da taxa anual de placas menores de três metros quadrados junto ao comércio. O próximo passo, segundo o presidente Eduardo Luis Slomp, é conseguir a isenção de todos os tipos de placas de identificação (outdoors e letreiro de lojas, entre outros).
Segundo o executivo Vanderlei Fantinel, também são realizadas ações de monitoramento da fiscalização sobre a venda ilegal de produtos piratas, assim como das bancas de frutas que não possuem autorização para comercializar no município. “Também participamos do comitê de Segurança, repassando orientações aos comerciários para a prevenção de assaltos e quanto aos locais mais vulneráveis”, afirma o profissional. Segundo ele, o sindicato ainda repassa infor-mações ao executivo em prol da categoria, colaborando com projetos em andamento na Câmara Municipal.
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Lideranças do Sindigêneros Caxias
do Sul debatem ações para combater
o comércio ilegal na região
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dossiê / Brigadeiro
rigadeiro ou negrinho? Seja
como você chame, o quitute
eStá cada vez maiS preSente
no cotidiano doS braSileiroS.
conheça maiS Sobre eSSe docinho
que vem motivando novoS
negócioS culinárioS no paíS
BMas quando se pergunta qual
é o doce com a cara do Brasil, o mais famoso e popular do país, dificilmente a resposta será outra que não o brigadeiro. Ou negrinho, para os gaúchos. Manteiga, leite condensado, chocolate e granulado formam esse quitute que, ano após ano, continua presente em todas as festinhas de aniversário e fixado na cultura culinária do país. Não bastasse isso, ele ainda vem se tornando boa fonte de renda para pequenos negócios alimentícios que vêm surgindo.
Não se sabe quem fez ou onde e quando foi feito o primei-ro brigadeiro da História. Mas no início da década de 1940, um doce semelhante já era produzido, usando leite conden-sado e achocolatado em pó. Ainda sem granulado, apenas
Gosto não se discute, e talvez ele não seja o preferido de muitos.
©istock.com/Brasilnut1
O dOce mais queridO dO Brasil
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com açúcar em volta. Ele só surgiu porque na época, em fun-ção de dificuldades de abastecimento trazidas pela segunda guerra mundial, era difícil nas grandes cidades obter leite fresco e ovos, ingredientes muito usados nos doces de então. A novidade acabou pegando, mas ainda não tinha um nome conhecido por todos. Até que, na campanha presidencial do brigadeiro Eduardo Gomes em 1945, um grupo de mulheres que o apoiavam passou a levar nos eventos de angariação de votos os tais docinhos. A ideia era conquistar eleitores para o militar pela sua simpatia, acompanhando o lema “Vote no Brigadeiro; ele é bonito e solteiro”. Logo aquelas bolinhas achocolatadas viraram “o doce do Brigadeiro”, e aí o suces-so do doce fez com que a associação do nome com a patente militar ocorresse naturalmente. Segundo o linguista Mario Eduardo Viaro, foi no Novo Dicionário Brasileiro Ilustrado de 1971 que o termo brigadeiro apareceu pela primeira vez associado à guloseima. Eduardo Gomes perdeu a eleição, mas o brigadeiro ganhou rapidamente o paladar dos brasi-leiros em todas as regiões.
O que não pegou em todos os lugares foi o nome. Aqui no Rio Grande do Sul, brigadeiro continua sendo negrinho. É possível que ele tenha sido inventado no Estado com esse nome e, por isso, não houve necessidade de “importar” o título popularizado pelo candidato à presidência. Há até quem diga que a criação se deve a uma dona de casa loira de Ijuí que achou curioso o aspecto final escuro do doce e por isso o chamou assim. Mas faltam fontes históricas que comprovem a veracidade dessa lenda.
mercado promissor
De uma forma ou de outra, o brigadeiro inseriu-se de forma perene na culinária dos brasileiros. Não há festa de aniversário que não traga alguns, e não são poucas as pes-soas que preparam nas suas casas o brigadeiro “de pane-la”, sem modelá-los em bolinhas. É sabor certo em qualquer menu de pizzas doces e também vira cobertura e recheio de bolos, sorvetes, biscoitos e outros doces. As variadas formas de preparar e misturar o brigadeiro a outros sabores fez com que surgisse um tipo de negócio próprio em torno dele. A reboque do processo de gourmetização da alimentação no Brasil, com a proliferação dos food-trucks, paleterias, iogur-terias e lojas de cup-cakes, as brigaderias também vêm cres-
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cendo no país e movimentando bastante dinheiro. A rede Brigaderia, uma das mais famosas do setor, foi comprada recentemente pela Cacau Show em negócio milionário. Não se divulgou o valor exato, mas estima-se que a empresa te-nha separado nada menos que 50 milhões de dólares para expandir seu negócio de variadas maneiras, e a Brigaderia representou ao menos parte relevante desse montante. A empresa só tem lojas em São Paulo, mas não é difícil en-
Faça O seu BrigadeirO!
Ingredientes:
1 lata de leite condensado
1 colher (sopa) de manteiga ou margarina
4 colheres (sopa) de chocolate em pó ou achocolatado
1 xícara de chocolate granulado
Modo de preparo*:
1 – numa panela, coloque e misture o leite condensado, a
manteiga e o chocolate em pó.
2 – cozinhe em fogo baixo por 10 minutos ou até se
desprender do fundo da panela.
3 – deixe esfriar e unte as mãos com manteiga
4 – modele a mistura em bolinhas e passe-as em chocolate
granulado
5 – coloque nas forminhas e sirva!
*se você preferir, faça apenas até o passo 3 e coma o “brigadeiro de panela” com colher.
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dossiê / Brigadeiro
curiosidades
Virou liVrotão adorado, o brigadeiro virou
até tema de livro. escrito pela
doceira juliana motter, O livro do
Brigadeiro (panda Books, 2010) traz
a história, curiosidades e diversas
receitas de preparação do doce.
crepe de brigadeiro e bolinho de
chuva com calda de brigadeiro são
só algumas delas.
linha de produção Quando a demanda por brigadeiro
cresceu a ponto de se generalizar
em todo o país, nos anos 80, a nestlé
criou uma versão pronta do produto
vendido em latinhas, usando a tradi-
cional marca de leite condensado
moça. a procura é tanta que, neste
ano, a nestlé relançou o produto
com nova fórmula.
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contrar negócios semelhantes em Porto Alegre que fazem o brigadeiro no formato tradicional e também em copinhos, tacinhas ou formato de pão de mel. A variedade de sabores também é grande. O que era apenas chocolate agora se soma a frutas como limão, morango e pêssego, ou traz acabamen-tos de amendoim, paçoca e canela. Os brigadeiros agora vão não só às festas caseiras de aniversário, mas também a casa-mentos, eventos corporativos e outros eventos temáticos.
doces homenagens
Tão presente no dia a dia, ele virou elemento presente em produções culturais. Principalmente para as crianças, que aprendem desde cedo a gostar do doce. O SBT tinha, na década de 1990, o programa infantil Zuzubalândia, que tra-zia o personagem “Briga”, um brigadeiro lutador que ficava invocado na hora de defender os amigos. Com mais de 100 episódios exibidos, a atração fez sucesso entre as crianças e gerou produtos associados como livros infantis e brinque-dos, além de ter uma música dedicada ao personagem acho-colatado que fazia várias referências ao doce.
O brigadeiro também está na música da dupla sertaneja Thaeme e Thiago, fenômeno recente entre o público jovem. Na canção Pronto pra ser dela (Brigadeiro de panela), o refrão que diz “Tô gostando mais que brigadeiro de panela”, entre outros elogios, deixa claro a unanimidade que é o doce para a maioria das pessoas. Com mais de 4 milhões de curtidas em sua página no Facebook, a dupla leva a músicas a multidões em seus shows.
É verdade também que algumas das referências que levam o nome do brigadeiro não se referem ao doce, como muitos podem pensar. A expressão “céu de brigadeiro” para descrever um dia sem nuvens ou uma noite bastante estrelada, por exemplo, não faz alusão ao quitute, mas sim à patente mais alta da Aeronáutica, já que os brigadeiros só voam quando não há risco nenhum de mau tempo. Da mesma forma, a Serra do Brigadeiro, em Minas Gerais, re-cebeu esse nome em homenagem ao brigadeiro Bacelar, que foi um dos primeiros a desbravar a região, ainda no século 18. Mas isso não muda o fato de que, em qualquer lugar do Brasil, o doce brigadeiro é certamente mais co-nhecido que qualquer militar.
harmonizaçãoBrigadeiros também vão bem com
bebidas. segundo a especialista
juliana motter, são os chás que
melhor harmonizam com o gosto
do doce. em especial três tipos:
o masala chai, com notas de
gengibre e canela, o chá verde
e o chá earl Grey, que leva um
toque de bergamota.
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monitor de juros mensal
O Monitor de Juros Mensal é uma publicação que objetiva auxiliar as empresas no processo de tomada de
crédito, disseminando informações coletadas pelo Banco Central junto às instituições financeiras.
O Monitor compila as taxas de juros médias (prefixadas e ponderadas pelos volumes de concessões na primeira
semana do mês) praticadas pelos bancos com maior abrangência territorial no Rio Grande do Sul, para seis
modalidades de crédito à pessoa jurídica.
Capital de Giro Com prazo até 365 dias
Cheque espeCial
anteCipação de Faturas de Cartão de Crédito
no
tas
Capital de Giro Com prazo aCima de 365 dias
Conta Garantida
desConto de Cheques
Na modalidade de capital de
giro com prazo até 365 dias, o
Citibank voltou a ter informações
disponibilizadas na semana de
referência de julho e, com isso,
retorna ao primeiro posto do
ranking, seguido pelo HSBC. O
Bradesco, por sua vez, se mantém
com a taxa média de concessão
mais elevada da modalidade.
Na modalidade de cheque
especial, tradicionalmente marcada
por estabilidade nas taxas, Caixa,
Banco do Brasil e Itaú, apesar de
elevação em julho, permanecem
com as médias mais baixas de
concessão em julho. Também com
aumento nas últimas semanas, o
HSBC se aproxima do Santander na
última colocação.
Na modalidade de
antecipação de faturas de
cartão, mesmo com alguma
elevação em julho, as taxas
médias de concessão do Banco
Safra e do Santander permanecem
como as mais baixas. O Itaú, por
sua vez, se mantém na última
posição do ranking.
Na modalidade de capital de giro
com prazo mais longo, a ausência de
informações do Citibank manteve o
Banco Safra isolado na primeira
colocação em julho, seguido
pela Caixa. Apesar de alguma
variabilidade em sua média de
concessão, o Banco do Brasil
aparece com a maior taxa de
concessão na semana de referência.
Na modalidade de conta
garantida, HSBC e Banco do
Brasil registram as menores
taxas médias de concessão
em julho. Santander e Itaú,
próximos entre si, aparecem
em posições intermediárias do
ranking, enquanto o Banco
Safra registra, com folga, a
maior média da modalidade.
Na modalidade de desconto
de cheques, o Banco Safra se
mantém com a média de
concessão mais baixa, seguido por
Santander e Caixa. Bradesco,
Banco do Brasil e Itaú, com médias
acima de 3,0% a.m. na semana
de referência de julho,
ocupam as últimas posições.
1) A fonte das informações utilizadas no Monitor de Juros Mensal é o Banco Central do Brasil, que as coleta das instituições financeiras. Como cooperativas de crédito efinanceiras não prestam essa classe de informações ao Banco Central, elas não são contempladas no Monitor de Juros Mensal2) As taxas apresentadas referem-se ao custo efetivo médio das operações, incluindo encargos fiscais e operacionais incidentes sobre elas3) Período de coleta das taxas de juros: 1º/07/2015 a 7/07/2015.
Instituição
Instituição
Instituição
Instituição
Instituição
Instituição
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
JUN
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1,39
2,44
2,17
2,36
2,63
2,43
2,52
JUN
9,36
9,61
9,66
10,03
10,37
12,25
12,90
JUN
1,69
2,32
3,04
2,82
3,11
3,74
JUN
1,68
1,93
2,08
2,04
2,18
2,39
2,25
JUN
2,47
2,57
2,01
3,13
3,02
4,66
9,29
Citibank
HSBC
Banco Safra
Santander
Itaú
Banco do Brasil
Caixa
Bradesco
Caixa
Banco do Brasil
Itaú
Banco Safra
Bradesco
HSBC
Santander
Banco Safra
Santander
Bradesco
Banco do Brasil
HSBC
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Banco Safra
Caixa
Santander
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Bradesco
Banco do Brasil
HSBC
Banco do Brasil
Citibank
Santander
Itaú
Bradesco
Banco Safra
Banco Safra
Santander
Caixa
HSBC
Bradesco
Banco do Brasil
Itaú
JUL
1,65
2,75
2,15
2,24
2,30
2,38
2,42
2,52
JUL
9,63
9,74
9,92
10,03
10,13
12,55
12,88
JUL
1,80
2,50
2,89
2,97
3,37
3,77
JUL
1,74
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2,10
2,25
2,26
2,40
2,90
JUL
2,48
2,58
2,77
2,85
3,09
4,60
9,02
JUL
1,98
2,57
2,63
2,91
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Agos
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DICAS DO MÊSsé
rie
Mad Men Situada na elegante Nova York da década de 60, Mad Man é uma série televisiva produzida pela HBO que retrata a maneira de fazer
marketing e publicidade da época, além de abordar conceitos peculiares como sexo, feminismo, tabagismo e política. Sua primeira temporada foi ao ar em julho de 2007, e a sétima e
última está em curso em 2015. O pano de fundo é a agência de publicidade Sterling Cooper, na qual Don Draper
(Jon Hamm), o grande diretor de cria-ção e ganhador de vários prêmios em propaganda, é rodeado por diversas
personagens dentro da agência, e cada uma delas tem o seu espaço de relevância dentro da narrativa. Uma delas é Peggy Olson (Elisabeth Moss),
que inicia a série como uma ingê-nua secretária e logo ascende para a posição de primeira mulher redatora da agência. Mad Men é aclamada pela
crítica devido a sua autenticidade histórica, direção de arte (figurino e cenário) além de excelência no rotei-
ro, direção e atuações.
TraBaLHandO COM O QUe se aMa É possível começar um negócio que dá prazer com pouco dinheiro no bolso? Se você
acha que isto jamais poderia acontecer é porque não conhece o livro A startup de $ 100 – Abra o negócio dos seus sonhos e reinvente
sua forma de ganhar a vida, de Chris Guillebeau. O autor norte-ame-ricano viajou por diversos países do mundo, conhecendo histórias
de pequenos empreendedores que abriram suas empresas com um investimento inicial bastante
limitado, em média de US$ 600, e que hoje lu-cram cerca de US$ 50 mil por ano. Ele fez uma
pesquisa com 1.500 empreendedores e apresen-ta as histórias reais como lições para vencer as dificuldades. A principal aposta dos estudos de caso de Guillebeau foi investir no lado humano
dos negócios. O livro explica que para se ter a liberdade de trabalhar com o que se gosta
é preciso gerar valor para as pessoas, pois o sucesso só
chegará se houver interessa-dos nos serviços oferecidos.
LivrO
FERRAM
ENTA
Ficha técnicaTíTulo: Mad Men
Gênero: Drama
ClassifiCação: 16 anos
Canal: HBO e TV Cultura (também disponível no Netflix)
Horários de exibição: reprise na TV Cultura – quartas, quintas e sextas, às 22h
Ficha técnicaTíTulo: A Startup de $ 100
auTor: Chris Guillebeau
ediTora::Saraiva
ano: 2013
PáGinas: 240
reLaÇÕes inTerPessOais O teste do MBTI permite co-nhecer o perfil comportamental de cada pessoa, facilitando o autoconhecimento e a gestão de equipes. A ferramenta foi criada em 1942, pelas psicólogas norte-americanas Katharine Briggs e Isabel Briggs Myers. Elas se basearam na teoria dos tipos psicológicos do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung. O teste consiste em um questionário que identifica as preferências das pessoas entre quatro dicotomias: extroversão/introversão; sensação/intuição; pensamento/sentimento e julgamento/percepção. Ele é uma ótima opção para os RHs das empresas entenderem melhor as personalidades dos membros de seu
grupo, gerenciar conflitos, aprimorar o relacionamen-to e desenvolver lideranças. No entanto, apenas profis-sionais certificados no MBTI podem realizar a avaliação.
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