revista atma 1ª edicão

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12 DECORAÇÃO MODA DR. RICHARD MACIEL SUPERAÇÃO DR. DÉLCIO SCANDIUZZI DE ALMA LAVADA! MESAS DE FESTAS DE FIM DE ANO DIREITOS DO PACIENTE COM CÂNCER MULHERES VENCEDORAS HOSPITAL DR. HÉLIO ANGOTTI ATENDE MAIS DE 140 MUNICÍPIOS 12

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A cada dia são apresentados novos ideais, vivemos uma rotina cheia de eventualidades, um paradoxo, em que você é obrigado a eleger seus privilégios. Entretanto são tamanhas e rápidas as informações que as ideologias vitais são deixadas de lado ou esquecidas. Diante este posicionamento dispõe-se a reflexão de Atma – sopro vital, alma, absoluto, verdadeiro eu; a essência imortal do homem. Idealizamos um novo conceito em informação, de foco principal a consciência solidária. Estreamos com exemplo de superação e luta contra o câncer de doze mulheres. Elas posam para um calendário idealizado pela Atma, que é vendido com renda total destinada ao Hospital Dr. Hélio Angotti. Temas abordados de forma leve e objetiva como arquitetura, moda, direitos, beleza entre outros mais que salientam projetos de empresários que alinham seus negócios com responsabilidade social. A Atma chega até você para despertar o lado positivo da vida!

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Page 1: Revista Atma 1ª Edicão

12DECORAÇÃO

MODA

DR. RICHARD MACIEL

SUPERAÇÃO

DR. DÉLCIO SCANDIUZZI

DE ALMA LAVADA! MESAS DE FESTAS DE FIM DE ANO

DIREITOS DO PACIENTE COM CÂNCER

MULHERES VENCEDORAS

HOSPITAL DR. HÉLIO ANGOTTI

ATENDE MAIS DE 140 MUNICÍPIOS12

Page 2: Revista Atma 1ª Edicão
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Page 4: Revista Atma 1ª Edicão

05 PALAVRA DO EDITOR

06 DR. RAFAEL SCANDIUZZI - PREVENÇÃO E INFORMAÇÃO FATORES QUE REDUZEM O RISCO DE CÂNCER

10 DR. RICHARD MACIEL - DIREITOS GARANTIDOS POR LEI DO PACIENTE COM CÂNCER

04 REVISTA ATMA

ATMA SUMÁRIO CAPAPRODUÇÃO DE MODAGERALDO DJALMAMODELOARAHILDA GOMES ALVESCABELO E MAKE UPFRANK PRADOFOTOGRAFIAFRANCIS PRADOTRATAMENTO DE IMAGEMMÁRCIA FONSECA

14 GERALDO DJALMA - EDITORIAL DE MODA DE ALMA LAVADA!

24 DRA. GIOVANNA PRATA - ALEGRIA É O MELHOR REMÉDIO

26 MONA LISA BEVILACGUA - MUITO ALÉM DA VAIDADE UM BENEFÍCIO EMOCIONAL

28 HAIR STYLE - LENÇOS E TURBANTES

30 DRA. ANGELA KEFALÁS - AUTOESTIMA RESTAURADA E FÉ TEM PODER PARA ENFRENTAR O CÂNCER

40 ATMA SUPERAÇÃO - CONHEÇA 12 MULHERES QUE FIZERAM DA DOENÇA UM TRAMPOLIM

55 FAMOSOS E SUAS HISTÓRIAS DE SUPERAÇÃO

59 CLÓVIS ANTÔNIO GARCIA BORGES - EXERCÍCIOS REFLETEM NAS FUNÇÕES VITAIS DO ORGANISMO

63 NOVA DIRETORIA DA IEATM

67 VOLUNTARIADO - DOUTORES DA ALEGRIA INSPIRAM PALHAMÉDICOS

69 DANIELA PRATA TEIXEIRA - NUTRICIONISTA GARANTE QUE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PREVINE CÂNCER

71 ZULEIKA ACEDO LYRIO - VENCER APOIA DOENTES COM CANCÊR E SUAS FAMÍLIAS

72 FAMÍLIA MA SHOU TAO: EXEMPLO DE FÉ E RESPONSABILIDADE SOCIAL

74 SUSTENTABILIDADE - ADVOGADA ÉRIKA CUNHA

75 RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL - ALCIDES REALIZA SONHO E REVERTE RENDA PARA HOSPITAL DO CÂNCER GEISE DEGRAF - MULTIDÃO DE VOLUNTÁRIOS AJUDA HOSPITAL DO CÂNCER A SALVAR VIDAS

76 DR. DÉLCIO SCANDIUZZI - HOSPITAL DR HÉLIO ANGOTTI ATENDE MAIS DE 140 MUNICÍPIOS

32 DR. MARCO TÚLIO RODRIGUES DA CUNHA - RECONSTRUÇÃO DE MAMA PÓS-MASTECTOMIA

34 EDITORIAL DE NATAL

37 BEM-VINDOS À EXPOCIGRA 2015

Page 5: Revista Atma 1ª Edicão

REVISTA ATMA 05

ATMA EXPEDIENTE

ATMA PALAVRA DO EDITOR

DIRETORIA-RESPONSÁVELALÊ RÔSO, ELISA ARAÚJO E JACQUELINE POTENZA

PROJETO GRÁFICOAGÊNCIA TÁVOLA COMUNICAÇÃO E MARKETING

FOTOGRAFIAFRANCIS PRADO, BABI MAGELAJORNALISTA RESPONSÁVELROSE DUTRA - MG 06415 [email protected]

COLABORADORESATELIÊ FRANK PRADO, EMPÓRIO ABREU, PATRÍCIA BOSCOLO, LETÍCIA FACHINELLI

PAULO OTÁVIO, ANDRÉ BIAGGE (ATIVA ESTÉTICA)

REVISTA ATMA É UMA PUBLICAÇÃO [email protected]

Somos integrantes de um cenário atualmente de múlti-plos conceitos. A cada dia são apresentados novos ideais,

vivemos uma rotina cheia de eventualidades, um paradoxo, em que você é obrigado a eleger seus privilégios. Entretan-

to são tamanhas e rápidas as informações que as ideo-logias vitais são deixadas de lado ou esquecidas. Diante

este posicionamento dispõe-se a reflexão de Atma – sopro vital, alma, absoluto, verdadeiro eu; a essência imortal do

homem. Idealizamos um novo conceito em informação, de foco principal a consciência solidária. Estreamos com exem-

plo de superação e luta contra o câncer de doze mulheres. Elas posam para um calendário idealizado pela Atma, que

será vendido com renda total destinada ao Hospital Dr. Hélio Angotti. Profissionais que atuam nesta área articulam as várias nuances do câncer e como enfrentá-lo mantendo o equilíbrio de suas emoções. Estruturam com esta matéria principal outros temas abordados de forma leve e objetiva como arquitetura, moda, direitos, beleza entre outros mais

que salientam projetos de empresários que alinham seus negócios com responsabilidade social. A Atma chega até

você para despertar o lado positivo da vida!

AlmaLivre JAC POTENZA, ALÊ RÔSO E ELISA ARAÚJO

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06 REVISTA ATMA

ATMA CÂNCER

Manter hábitos saudáveis pode afastar o risco de desenvol-ver um câncer. Os exames pre-ventivos são para a detecção da doença em fase inicial, em que há maior taxa de curabilidade. A avaliação é do médico oncolo-gista Rafael Scandiuzzi, coorde-nador do setor de Oncologia do Hospital Dr. Hélio Angotti, em en-trevista à Atma. Não há compro-vação de que o estado de humor possa favorecer ou não o surgi-mento do câncer, mas quem é alegre tem mais disposição para rir, conversar, caminhar, o que melhora a saúde em geral. Scan-diuzzi garante que o câncer não ocorre de repente, ele é resultado de várias alterações na célula ao longo dos anos e para combater os fatores de risco devemos evi-tar o tabagismo, a obesidade, o sedentarismo. O médico revela que o cenário do câncer vivencia maior taxa de cura, porque em todas as suas áreas há mais in-formação e mais conhecimento.

Atma - O que é o câncer?

Como surge a doença? Rafael Scandiuzzi - O

câncer é um tumor maligno, que tem a capacidade de crescer lo-calmente, de se infiltrar e de se disseminar para outros órgãos dando o conceito de metástase. O câncer não surge de repen-te. Ele é resultado de várias al-terações na célula ao longo dos anos. Geneticamente, essa célu-la vai adquirindo mutações, que são alterações no seu DNA, nas informações que fazem com que ela se comporte. Essas transfor-mações vão se somando até que as mudanças em conjunto façam

com que ela se comporte diferen-te. Geralmente, as pessoas que têm câncer hereditário já nas-cem com algumas alterações, não quer dizer que elas sejam suficientes para formar um cân-cer, mas essas pessoas são mais suscetíveis e ao longo da vida e elas precisam de uma quantida-de menor de alterações para que aquela célula se transforme em um câncer. Por isso, essas pes-soas devem sempre se preocu-par em evitar os fatores de risco.

Atma - É verdade que a formação do câncer pode ser induzida por fatores não ape-nas genéticos, como também por hábitos alimentares ou de postura diante da vida?

Rafael Scandiuzzi - O cân-cer é resultado do meio. Desde que nascemos estamos expostos a agressões, no ar tem uma série de substâncias que nos agridem, na água que a gente toma, no alimento que a gente come. So-mos constantemente agredidos pelo meio ambiente. E são essas agressões ao longo da vida que vão estimulando as células para que elas adquiram essas trans-formações. Sem dúvida, existem fatores cancerígenos e quando a pessoa é exposta a eles aumen-ta o risco de ela desenvolver um

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“ “Na detecção precoce estão as

mais altas taxas de curabilidade

Dr. Rafael Scandiuzzi: “O que nós priorizamos durante o tratamento oncológico é a vida e quão bem a pessoa vive”

Prevenção e informação elevam taxade cura do câncer, alerta oncologista

Page 7: Revista Atma 1ª Edicão

REVISTA ATMA 07

Atma - O que é preciso evitar e o que é preciso fazer para prevenir o câncer?

Rafael Scandiuzzi - Em primeiro lugar a prevenção se submetendo a uma investigação através de exames como Papani-colau, mamografia e outros exa-mes ginecológicos rotineiros; os homens devem fazer o exame de próstata e PSA. Assim é possível a procura do câncer na população saudável, para tentar descobrir a doença em estágio inicial. Na detecção precoce estão as mais altas taxas de curabilidade. As pessoas podem diminuir o ris-co de vir a ter câncer mudando seus hábitos. Elas devem evitar: tabagismo, etilismo, obesidade, exposição ao sol, sedentaris-mo, enfim. É preciso reduzir os fatores de risco. Hábito de vida saudável não é frequentar aca-demia todo dia, nem ter extre-

mos alimentares. Alimentação equilibrada, manutenção de peso sem grandes dietas para engordar ou emagrecer. Tudo isso também é muito bom tam-bém para o bem-estar psíqui-co e social. Esta recomendação não funciona se for colocada em prática por três meses, por um ano, só vai ser eficaz se for colocada em prática ao longo de toda a vida, de forma regu-lar. É preciso achar um hábito que você consiga englobar to-das essas orientações de uma forma prazerosa durante o seu dia para que consiga repetir isso ao longo das suas próximas décadas de vida.

Atma - A mulher com al-gum tipo de câncer, pode en-gravidar?

Rafael Scandiuzzi - A grá-vida que descobre um câncer tem um desafio terapêutico muito grande, porque vários dos tra-tamentos têm uma interferência com o feto em desenvolvimento e pode trazer complicações. Há exames e tratamentos que po-dem ser feitos, outros não. Tudo

O câncer não surge de repente. Ele é resultado de várias alterações

na célula ao longo dos anos

ATMA CÂNCER

câncer. Por outro lado, existem as alterações que são não passíveis de você ficar livre, como o enve-lhecimento e a história familiar. O envelhecimento é uma agressão à célula e não há como evitar. O sexo masculino tem mais pro-pensão a alguns tipos de câncer, o sexo feminino tem propensão a outros. Porém, existem algumas substâncias carcinógenas que aumentam o risco de câncer, por exemplo, o cigarro, que é hoje sabidamente a maior causa evitá-vel de câncer. O índice de vários tipos de câncer aumenta por con-ta do hábito de fumar. Enquanto existem fatores que aumentam a chance de a pessoa ter câncer, a atividade física é um fator prote-tor para vários tipos da doença.

Atma - O bom humor pode contribuir para um trata-mento com mais qualidade de vida?

Rafael Scandiuzzi - Hoje não há nenhum estudo que com-prove que a pessoa com depres-são tem mais risco de câncer ou que a pessoa extremamente ale-gre e feliz tem menos risco. Isso não existe. Porém, uma pessoa depressiva geralmente fica mais parada, é mais sedentária e com hábitos alimentares não tão ade-quados. A própria forma psíquica com que ela se comporta gera uma série de outras situações do ponto de vista alimentar, do pon-to de vista da atividade física, de hábitos que acabam sendo im-portantes na formação ou não do câncer. Não se pode falar que uma pessoa depressiva tem mais risco, mas o comportamento, o estilo de vida que um depressi-vo tem é diferente daquele que é alegre. A pessoa de bom humor tem mais ânimo para ir a um clu-be, fazer caminhada, conversar e outros hábitos de vida saudável. Os hábitos saudáveis estão re-lacionados à saúde completa do corpo, independente de câncer.

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pensando tanto na saúde mater-na como fetal. É desafiador tratar uma mulher grávida com câncer. A que já está curada da doença, esta, sim, dependendo do tipo de tratamento, se não afetou os seus órgãos reprodutores, pode pensar em engravidar. São casos esporádicos e é preciso fazer uma série de exames e todo um acon-selhamento. Caso a caso. Esse desejo tem de ser conversado com o oncologista, o obstetra, o ginecologista; é preciso ver uma série de fatores, qual o risco de o câncer voltar, qual é o nível de fertilidade da pessoa para que possa fazer a orientação. Para quem no momento está com cân-cer a gravidez é contraindicada. Quem está fazendo tratamento de câncer de mama, de pulmão, ou outro tipo, deve aguardar o desfecho de seu tratamento.

Atma - É de fato possível um médico prever quanto tem-po uma pessoa com câncer vai viver?

Rafael Scandiuzzi - Existe uma série de fatores. Há câncer inicial extremamente agressivo e que a pessoa não vai ficar cura-da e o oposto também, que não é inicial e tem possibilidade de cura. Não depende só do está-gio em que ele se encontra. Um câncer de mama é diferente de uma mulher para outra. Cada caso é um caso do ponto de vis-ta terapêutico, do ponto de vista de prognóstico. O que nós prio-rizamos é a vida e quão bem a

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ATMA CÂNCER

pessoa vive. Uma vez que a pes-soa tem o diagnóstico de câncer Vamos discutir o prognóstico e o tratamento caso a caso. Os obje-tivos vão desde a cura até o bom controle dos sintomas tentando alcançar a melhor qualidade de vida possível. O que queremos é que enquanto ela estiver viva, que viva bem. O Moço lá de cima faz parte do nosso tratamento, por-que quanto tempo cada um de nós vai viver cabe a Ele e não a nós.

Atma – Há casos em que o paciente com câncer vive mais do que ele próprio poderia su-por?

Rafael Scandiuzzi – Temos uma série de histórias de pa-cientes que tinham prognósticos bastante reservados e que vários membros saudáveis de suas famí-lias faleceram antes deles. Uma das orientações que eu faço para os pacientes que estão frente a um prognóstico desfavorável, em que se sabe que não existe uma expectativa de cura, é não se pre-ocupar com a morte, mas em vi-ver bem, porque nós só podemos tratar de quem está vivo só tem como dar risada, só tem como ser feliz quem está vivo. Temos de pensar em viver e viver bem, não importa se por um dia, uma semana, um mês, três anos, dez anos. O que cabe a nós é tentar fazer com que enquanto o Moço lá de cima nos permita viver, que a gente faça com que as pesso-as à nossa volta vivam da melhor forma possível.

Atma - A evolução tecno-lógica seria a grande respon-sável por mudar aquela máxi-ma do passado de que câncer era sentença de morte? Quem recebe um diagnóstico de cân-cer, hoje, pode confiar que com o tratamento alcançará a cura?

Rafael Scandiuzzi – A prio-ridade é fazer com que o pacien-te viva bem e com qualidade. A responsabilidade não é só da tecnologia, mas principalmente da informação. Hoje as pessoas pronunciam a palavra câncer de uma forma mais tranquila. As pessoas aceitam fazer os exa-mes preventivos. Grande parte da população tem acesso e se previne. Se você perguntar para uma mulher de 80 anos, na épo-ca delas esse tipo de informação não chegava, e quando chegava muitas se sentiam envergonhadas de fazer um exame ginecológico. Atualmente, exames como mamo-grafia, ginecológicos, de prósta-ta, de PSA, são mais difundidos e a população tem um conhe-cimento maior. Isso aumentou o índice de diagnósticos em fases precoces e, consequentemente, aumenta a taxa de curabilidade. Com a informação e o acesso aos exames de rastreamento te-mos um arsenal muito maior e prognósticos diferentes.

Atma - Antigamente o câncer era uma doença só. Hoje quantos tipos de câncer existem?

Rafael Scandiuzzi - São mais de 300 tipos diferentes de câncer, que necessitam de um arsenal diagnóstico dife-rente, tratamento diferente. A tecnologia nos trouxe um co-nhecimento muito maior sobre o câncer e hoje a gente conse-gue diferenciar os tipos poden-do individualizar o tratamento. Do ponto de vista de trata-mento, tem aumentado mui-to, principalmente nas últimas

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só tem como ser feliz quem está vivo

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ATMA CÂNCER

Enquanto o cigarro aumenta a chance de a

pessoa ter câncer, a atividade física é um fator protetor para vários tipos

da doença.

duas décadas, o nosso arsenal terapêutico. Hoje temos medi-camentos já bastante individu-alizados.

Atma - Pode-se dizer que o cenário do câncer me-lhorou?

Rafael Scandiuzzi - Sim, o cenário do câncer vem vi-venciando essa maior taxa de cura, quando não cura, uma melhor expectativa de vida, um melhor controle, porque em todas as suas áreas estamos tendo mais informação e mais conhecimento, desde o início em que a gente pode começar a atuar com a prevenção. Hoje está bem definido que práticas saudáveis, atividades físicas, não tabagismo, evitar exposição ao sol, alimentação saudável, manu-tenção do peso, tudo isso diminui muito o risco de a pessoa vir a ter câncer. Há maior número de

pessoas se submetendo à inves-tigação para a detecção precoce do câncer. Naqueles pacientes que fazem o tratamento, nós te-mos muito mais capacidade de entender o que está acontecen-do, que tipo de câncer é, quais são as particularidades daquele câncer e, com isso, oferecer um tratamento de melhor qualida-

de e bem melhor dirigido para esses pacientes. Como um todo, melhorou não só o que eu faço no meu consultório atualmente, mas tudo o que é feito 30 anos antes de o paciente chegar ao meu consultório melhorou bas-tante. O cenário está numa situação favorável. Mas a pre-venção é essencial. Você atuar no início, diminuindo os riscos de câncer, ainda é muito mais importante do que qualquer tratamento sofisticado que te-mos a oferecer no outro extremo da situação. Temos de concen-trar nossas forças muito mais no início para evitar que o problema aconteça. A tônica é a medicina preventiva.

Rafael Scandiuzzi formou-se na Universidade de Taubaté (Unitau) em 2003 e fez Residência Clínica

na Unesp de Botucatu.

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ATMA DIREITOS

Os direitos especiais dos pacientes com câncer não de-correm apenas da existência da doença, mas também ligados à incapacidade para o trabalho, deficiências decorrentes da pa-tologia, dificuldade de mobilida-de ou outras condições previstas na legislação. De acordo com o advogado e professor universi-tário, Richard Maciel, cada caso deve ser analisado isoladamente. Ele recomenda que os pacientes mantenham um rol de documen-tos para que, surgindo a possibi-lidade jurídica e a necessidade, possam rapidamente obter os be-

nefícios das legislações especiais. Como qualquer doença,

desde que fique comprovada a incapacidade para o trabalho, Maciel diz que é possível a apo-sentadoria. A carência é de no mínimo 12 meses de recolhimen-to ao INSS. Por regras próprias, o servidor público também se apo-senta por invalidez.

Se precisar fazer valer seus direitos, o paciente deve procurar um advogado ou defensor públi-co, e, segundo Maciel, levar os documentos que possui como re-latórios, atestados, laudos, fichas e receituários médicos; todos os

exames laboratoriais e de ima-gens (laudos e imagens); guias de encaminhamento; requisições de exames e procedimentos; for-mulários preenchidos em servi-ços de saúde; outros documen-tos relacionados ao prontuário.

O advogado observa que todos os prestadores de serviços de saúde, como hospitais, clíni-cas, consultórios e laboratórios são obrigados a fornecer cópia de todos os documentos rela-cionados ao prontuário quando ocorrer solicitação do próprio paciente ou do seu procurador expressamente constituído para

Pacientes com câncer têmdireitos garantidos por Lei

Richard Maciel: “É importante estar com a documentação pronta para, se necessário, fazer valer os seus direitos”

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REVISTA ATMA 11

ATMA DIREITOS

este fim. Os documentos pessoais e

provas de direitos e obrigações são: carteira de identidade; CPF; certidão de nascimento; certidão de casamento; carteira de traba-lho e previdência social; carnês de contribuições previdenciárias; cartão de identificação do plano de saúde; contratos celebrados com planos e seguros de saúde, além de apólices de planos e se-guros de saúde e autorizações e negativas do plano de saúde.

Também é importante man-ter os protocolos de atendimen-to telefônico do plano de saúde; contrato de financiamento imo-biliário; cartão do PIS/PASEP; extratos do FGTS; Cartão Na-cional de Saúde (SUS); declara-ções de Imposto de Renda; con-tracheques; carta de concessão de auxílio-doença ou aposenta-doria, e, ainda, notas fiscais de compra de medicamentos e res-pectivas receitas médicas, notas fiscais ou recibos de consultas médicas e outros procedimen-tos realizados em prestadores de serviços de saúde; Certifica-do de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV); Carteira Na-cional de Habilitação (CNH) e outros documentos que possam comprovar a existência de direi-tos e obrigações.

Assistência Médica no exterior - Em razão de acordos internacionais, segundo Maciel, brasileiros que contribuem para a Previdência Social, além de seus dependentes, têm direito à assistência médica (ambulato-rial e hospitalar), farmacêutica e odontológica na rede pública dos seguintes países: Portugal, Itália, Cabo Verde, Grécia e Chile. Na Argentina e no Uruguai. nem é preciso ser contribuinte da Previ-dência Social para ter o benefí-cio, utilizando-se apenas do Cer-tificado de Direito à Assistência Médica, emitido pelo Ministério da Saúde.

Direitos do Idoso - Com a edição da Lei 12.896, de 18 de-zembro de 2013, que altera o Es-tatuto do Idoso (Lei 10.741/03), o advogado observa que se ga-rantiram novos direitos às pes-soas enfermas com idade igual ou superior a 60 anos, como atendimento residencial/domici-liar, perícias do INSS, expedição de laudos com isenção tributária (imposto de renda), auxílio-doen-ça, saque do FGTS, prioridade na tramitação de processos judiciais, entre outros.

Compra de veículos - O paciente de câncer com qual-quer tipo de limitação física que o incapacite de dirigir veículo co-mum, poderá adquirir a Carteira Nacional de Habilitação Especial, para a condução de veículo espe-cial adaptado às suas necessida-des, com a isenção dos seguintes impostos: IPVA; IPI; ICMS e IOF.

Medicamentos gratuitos - A Constituição Federal confe-riu ao Estado, por intermédio do Sistema Único de Saúde, o dever de garantir, a todos, sem precon-ceitos ou privilégios de qualquer espécie, o direito à saúde de for-ma integral e igualitária, incluin-do a assistência farmacêutica. Assim, se não for fornecido qual-quer medicamento necessário ao tratamento de câncer o paciente pode acionar o Judiciário, por meio de advogado ou junto ao Juizado Especial da Fazenda Pú-blica de sua cidade, mesmo face medicamentos não incorporados ao SUS.

Educação - A lei garante tratamento excepcional aos alu-nos de qualquer nível de ensino, portadores de doenças ou limi-tações físicas incompatíveis com a frequência aos trabalhos es-colares, desde que se verifique a conservação das condições inte-lectuais e emocionais necessárias para o prosseguimento da ativi-

dade escolar em novos moldes, podendo compensar ausência às aulas por meio de exercícios do-miciliares com acompanhamento da escola, sempre que compatí-veis com seu estado de saúde e a possibilidade do estabelecimento de ensino, com dispensa da Edu-cação física. Não há legislação que obrigue a instituição de ensi-no a reduzir o valor da mensali-dade ao paciente.

Transporte público - O transporte coletivo urbano é um serviço de interesse local. Cabe, portanto, aos municípios definir as regras para isenção de tarifas dos meios de transporte coletivo sob sua responsabilidade. O go-verno estadual também costuma administrar parte do sistema de transporte, sobretudo os intermu-nicipais, sendo que a maioria das legislações municipais e estaduais garante o direito à isenção da ta-rifa do transporte coletivo urbano para pessoas com deficiência. Em alguns locais, o direito à isenção dessa tarifa se estende a pacien-tes de determinadas patologias durante o tempo de duração de certos tratamentos. Sendo assim, é importante verificar na Secreta-ria dos Transportes da localidade onde reside o paciente, quais as hipóteses e requisitos previstos em lei para se obter a isenção da tarifa do transporte coletivo urbano.

Acesso gratuito à Justiça – Qualquer violação ou ameaça a violação dos direitos do paciente pode ser tutelado, gratuitamente aos necessitados, na justiça co-mum, federal ou nos Juizados Especiais. O ideal é que se pro-cure um advogado ou a defenso-ria pública, com a documentação em mãos quanto ao caso, para melhor defesa dos interesses em juízo. A lei 1060/50 regula a gra-tuidade de justiça àqueles que não podem arcar com custas e honorários do processo judicial.

Fonte - http://www.oncoguia.org.br.

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lavada!De alma

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ATMA EDITORIAL DE MODA

A mulher forte e determinada consegue transformar tempestade em uma divertida brincadeira na chuva. Depois de uma tormenta vem sempre a calmaria e o arco-íris. Nas próximas páginas daremos dicas de looks de festa para mulheres estilosas e que têm muitos motivos para comemorar.

Por Geraldo DjalmaFotos Francis Prado

Vestido Blusê Bordado Empório AbreuSandália e Acessórios Leara Calçados

Deixa eu ver!Deixa eu tocar!Alma! Alma!

Page 15: Revista Atma 1ª Edicão

De alma

REVISTA ATMA 15

Vestido Bordado Empório AbreuSandália e Acessórios Leara Calçados

Alma!Deixa eu ver sua almaA epiderme da almaSuperfície

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16 REVISTA ATMA

ATMA EDITORIAL DE MODA

Vestido Nude com Franjas Empório AbreuSandália e Acessórios Leara Calçados

Crise!Já acabou, livre

Já passou o meu temorDo seu medo sem motivo

Riso de manhã, riso de neném a água já molhou

A superfície!

ATMA EDITORIAL DE MODA

Page 17: Revista Atma 1ª Edicão

REVISTA ATMA 17

Vestido e Casaco Empório AbreuSandália e Acessórios Leara Calçados

Alma!Isso do medo se acalmaIsso de sede se aplacaTodo pesar não existe

Page 18: Revista Atma 1ª Edicão

Vestido Bordado Empório AbreuSandália e Acessórios Leara Calçados

Alma!Deixa eu tocar sua alma

Com a superfície da palma da minha mão.

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ATMA EDITORIAL DE MODA

Page 19: Revista Atma 1ª Edicão

REVISTA ATMA 19

Vestido Sereia Empório AbreuSandália e Acessórios Leara Calçados

Easy! Fique bem easyFique sem, nem razãoDa superfície!Livre! Fique sim, livreFique bem, com razão ou não. Aterrize!

Page 20: Revista Atma 1ª Edicão

20 REVISTA ATMA

ATMA EDITORIAL DE MODA

Vestido Bandage Evasê Empório AbreuSandália e Acessórios Leara Calçados

Lisa, que me alisaSeu suor, o sal que sai do sol da superfícieSimples, devagar, simplesBem de leveA alma já pousou na superfície

Page 21: Revista Atma 1ª Edicão

Vestido Bandage Longo Azul e Verde Empório AbreuSandália e Acessórios Leara Calçados

Alma!Daqui do lado de foraNenhuma forma detrauma sobreviveAbra a sua válvula agoraA sua cápsula almaFlutua na superfície

REVISTA ATMA 21

Page 22: Revista Atma 1ª Edicão

Alma!Como um reflexo na águaSobre a última camadaQue fica na superfície

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ATMA EDITORIAL DE MODA

Vestido Bandage com Franjas Empório AbreuSandália e Acessórios Leara Calçados

Page 23: Revista Atma 1ª Edicão

Vestido Paetê Grafite Empório AbreuSandália e Acessórios Leara Calçados

AlmaDeixa eu ver sua alma

A epiderme da almaSuperfície!

Deixa eu tocar sua almaCom a superfície da

palma da minha mãoSuperfície!

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FICHA TÉCNICA ESTILO GERALDO DJALMA

PRODUÇÃO DE MODA JACQUELINE POTENZA, ELISA ARAÚJO E GERALDO DJALMA

FOTOGRAFIA FRANCIS PRADOTRATAMENTO DE IMAGEM MÁRCIA FONSECA

MODELO FERNANDA OLIVECABELO LETÍCIA FACHINELLI

MAKE UP PAULO OTÁVIOROUPAS EMPÓRIO ABREU

SANDÁLIAS, BOLSAS ACESSÓRIOS LEARA CALÇADOS

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Alegria

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ATMA BELEZA

Os cuidados com a pele em quais-quer circunstâncias são imprescindíveis para que a autoestima permaneça em alta. Para as mulheres em tratamento de câncer, eles devem ser redobrados, no entanto, há uma receita infalível para iluminar um rosto: o sorriso. A dica é da médica dermatologista Giovanna Prata, convidada de Atma para falar sobre a importância da atenção à pele, nesse momento deli-cado, que envolve a luta contra uma doença que, embora nem sempre mortal, carrega consigo angústia e incerteza. Sorrir é preventivo, pois se sabe que a tristeza debilita o sistema imunológico, tornando o organismo menos combativo contra infecções e

é o melhor cosmético

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tumores.O diagnóstico de câncer, por si

só, é um baque, e a maioria das pes-soas nem se lembra da pele quando se vê diante de cirurgia, quimiote-rapia, radioterapia, etc. Entretanto, alguns procedimentos são muito im-portantes até para o conforto do pa-ciente durante o tratamento. Gio-vanna afirma que a radioterapia e a quimioterapia costumam ressecar bastante a pele, daí a importância de orientar o paciente quanto ao uso de um bom creme hidratante. De prefe-rência, sem fragrância, e mais emo-liente do que os cremes comuns, que costumam ser muito perfumados e pouco hidratantes.

Sintomas - A maioria dos sin-

tomas, como coceira, vermelhidão, irritação, de acordo com a derma-tologista, surge em consequência da pele ressecada. Nesse sentido, ela sugere banhos mornos (água quen-te resseca muito a pele), sem bucha, com sabonetes neutros (o glicerinado é ótima opção) e o uso do hidratante principalmente após o banho. A re-gra, durante o tratamento, é hidratar. E não precisa ser nada caro. Ela diz que existem ótimos hidratantes no mercado brasileiro, com bom custo-benefício. A radioterapia, em espe-cial, costuma agredir bastante a pele irradiada, tornando a hidratação no local essencial, sendo às vezes ne-cessário o uso de cremes cicatrizantes.

Protetor solar - Os lábios tam-

bém se ressecam bastante, podendo aparecer aftas. Giovanna sugere uma camada espessa de Bepantol em cre-me, à noite, antes de dormir, e a apli-cação de protetores labiais com filtro

Dra. Giovanna Prata: “O uso do protetor solar é tão importante quanto escovar os dentes”

Giovanna Prata Ciabotti se formou na Santa Casa de São Paulo, onde também concluiu residência médica em Dermatologia. Tem pós-graduação em Cosmiatria (parte da dermatologia que estuda a beleza) pela Faculdade de Medicina do ABC Paulista. Hoje, é membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology. Atua na URS Dr Lineu Miziara e é médica dermatologista voluntária do departamento de Dermatologia do HC-UFTM, além do consultório particular.

Rua Doutor Lauro Borges, 425 - Centro - Uberaba-MG

Fone: (34) 3336.3037

ENXOVAL PARA O BEBÊ

ROUPINHAS DE PREMATURO ATÉ 1 ANO

MOVELARIA INFANTIL

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MODA GESTANTE

ACESSÓRIOS DE PUERICULTURA LEVE

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CADEIRINHAS PARA CARRO

Page 25: Revista Atma 1ª Edicão

Alegria

REVISTA ATMA 25

ATMA BELEZA

solar, durante o dia. O paciente em tratamento deve proteger-se do sol. “Isso é fundamental.” A radiação so-lar, garante, ainda é a principal causa de câncer na pele, fazendo com que o uso de filtros solares seja a principal medida de proteção contra esse tipo de câncer. Chapéus, viseiras, roupas e, claro, protetor solar! A dermatolo-gista ressalva que não adianta usá-lo apenas na praia. O uso do protetor solar é tão importante quanto escovar os dentes, devendo ser aplicado todos os dias, mesmo se o céu estiver nubla-do. O batom é um ótimo aliado, assim como os filtros solares com base cos-mética. Giovanna diz que eles ajudam a camuflar as olheiras e a palidez, que costumam acompanhar o paciente em virtude dos efeitos colaterais das me-dicações: o filtro com base, além de proteger contra os efeitos deletérios da radiação solar, camufla as imper-feições da pele e ajuda a dar um "up"

no visual. Prevenção - A médica orienta

a preparação da pele para a cirurgia com cremes específicos para uma ci-catrização favorável. Explica que al-guns quimioterápicos costumam cau-sar manchas nas unhas, mas o efeito é reversível, após a suspensão da medi-cação. Nessa fase, se autorizada pelo médico oncologista, o ideal é usar esmaltes mais escuros, que ajudam a disfarçá-las até que termine o trata-mento. “Não aconselhamos a remover as cutículas nesse período, para pre-venir a formação de portas de entrada para infecções: durante a quimiotera-pia, devemos cuidar ao máximo para prevenir o aparecimento de infecções.”

Cabelos - As mulheres, princi-

palmente, se preocupam com a queda de cabelos, efeito colateral da maioria dos tratamentos quimioterápicos. Gio-vanna destaca que a medicação atua

sobre a multiplicação celular, para tentar coibir o crescimento do tumor. “Infelizmente, não é específica e todos os tecidos que se replicam com alta velocidade sofrem com o tratamento.” Neste caso se incluem a pele e os ca-belos. Mas é importante frisar que hoje existem próteses capilares supermoder-nas e - por que não? - lenços, que são um verdadeiro charme: bordados, pin-tados, coloridos ou discretos. Vale tudo nessa hora! “Só não vale se entregar”. Existem cuidados com o couro cabe-ludo, como higienização e hidratação, para prevenir o aparecimento de der-matites no local. Porém, segundo a médica, o mais importante, é saber que a alegria ainda é o melhor cos-mético. Afirma que um sorriso sozinho é capaz de iluminar um rosto, mesmo que ele esteja sem maquiagem e a pele também agradece a alegria. “Afinal, se é para termos rugas, que sejam de tanto sorrir”, finaliza Giovanna.

Rua Doutor Lauro Borges, 425 - Centro - Uberaba-MG

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26 REVISTA ATMA

Muito além da vaidade, a estética traz um grande benefício para as mulhe-res, em especial às que fazem tratamento de câncer. A farmacêutica Mona Lisa Bevilacqua diz que os cuidados com a aparência para alguns podem ser ape-nas vaidade, mas eles trazem benefícios incomparáveis ao emocional auxiliando no aumento da autoestima, pois os tra-tamentos de beleza e estética ajudam a aliviar o estresse e a fadiga das pessoas que apresentam quadros críticos da do-ença.

Os efeitos colaterais dos medi-camentos durante o tratamento podem interferir na aparência, o que acaba re-fletindo na autoestima. Mona Lisa enfa-tiza que olhar-se no espelho e gostar do que vê ajuda em qualquer tratamento de

saúde. Entre os problemas estéticos mais comuns e temidos estão rachaduras nos pés, ressecamento da pele, queda de cabelos, cílios e sobrancelhas.

O ressecamento de pele é um quadro temporário que na maioria das vezes desaparece ao fim do tratamento, mas há meios de diminuir o incômodo com o uso de produtos dermocosméti-cos específicos.

Quanto à queda de cabelos, cí-lios e sobrancelhas quando o tratamento de quimioterapia é oral, segundo ela, o risco é muito pequeno, quando isso ocorre, entretanto, é possível minimizar ao máximo o incômodo.

Mona Lisa afirma que a palavra de ordem é priorizar a recuperação, os cuidados com a estética entram como um auxiliar, aumentando a autoestima e, consequentemente a vontade de vencer os obstáculos.

Os cuidados com a aparência para alguns pode ser uma vaidade des-necessária em relação a doença, mas ele pode trazer benefícios incomparáveis no emocional auxiliando no aumento da auto-estima.

Tratamentos de beleza e estética ajudam a aliviar o estresse e a fadiga das pessoas que apresentam quadros críticos da doença.

Os efeitos colaterais interferem na aparência que sofre algumas alterações e essas alterações podem mexer muito com a auto-estima, olhar-se no espelho e gostar do que vê ajuda em qualquer tratamento de saúde.

Os problemas estéticos mais co-muns e temidos são, além dos prejuízos causados pleas cirurgias.

- Rachaduras nos pés;- Ressecamento da pele;- Queda dos cabelos, cílios e so-

brancelhas.O ressecamento de pele é um

quadro temporário que na maioria das vezes desaparece no final do tratamen-to, há como diminuir o incômodo com o uso de produtos dermocosméticos es-

ATMA ESTÉTICA

um grande benefício emocional!

Muito além da

vaidadepecíficos.

A queda dos cabelos, cílios e so-brancelhas quando o tratamento de qui-mioterapia é oral, o risco é muito peque-no, quando isso ocorre , entretanto, é possível lidar com o problema de forma a ele causar o menor incômodo possível.

Priorize sua recuperação, os cui-dados com a estética entram como um auxiliar, aumentando a auto-estima, que consequentemente aumenta a sua von-tade de vencer os obstáculos, a fim de nunca se entregar.

CUIDADOS COM A PELE

Ressecamento da pele: a utili-zação de cremes hidratantes e sabonetes específicos minimizam o quadro, temos hoje diversos deles no mercado.

A farmacêutica Mona Lisa Bevilacqua

Page 27: Revista Atma 1ª Edicão

REVISTA ATMA 27

água. Hidratação imediata, previne o ressecamento das área mais delicadas e melhora o sensorial da pele.

Hidrallate Face: Emulsão hi-dratante facial que contém em sua for-mulação o exclusivo Lipolactive 10% que promove a redução em até 80% da descamação cutânea e aumenta a maciez com excelência em 90%. Peles secas, ásperas e com descamação

CUIDADO COM OS

CABELOSPilexil Shampoo e Tônico

Antiqueda contém extrato de Sere-noa serrulata que apresenta a pro-priedade de inibir a 5 alfa-redutase, enzima responsável pela aceleração e encurtamento do ciclo capilar. Sua ação é potencializada pela presença do zinco PCA, que se opõe aos me-canismos enzimáticos que intervém na queda do cabelo, regulando também a secreção excessiva do sebo.

Amplexe Shampoo e Tônico Antiqueda e Estimu-lante do Crescimento Capi-lar baseado nos mais recentes estudos científicos para trata-mento da Alopecia Andro-genética e do Eflúvio Teló-geno.

Gliventi Ada Tina: Hidratante com Tecnologia Bioidêntica: Compo-sição 100% Compatível com a Pele. Gliventi de ADA TINA é um Tratamento para as Peles Ressecadas e Confere 70% de Hidratação Imediata

Compative Saponetta Hidra-tante: Ação Anti-Ressecamento, é uma emulsão de limpeza em barra formulada com glicerina hidratante e manteiga de Karité, que limpa suavemente as peles mais delicadas, sem provocar alergias.

Avene Cold Cream Sabone-te Barra: Barra de limpeza sem sa-bão para o rosto e para o corpo de altíssima tolerabilidade. Higieniza e hidrata a pele durante o banho sem-pre respeitando o pH cutâneo. Possui uma fórmula suave e protetora que não agride as peles mais sensíveis e alérgicas. Também diminui a perda de água da pele. Esta higiene diária das peles sensíveis é indicada para bebês, crianças e adultos. Aplicar diariamente na limpeza do rosto e do corpo. Enxa-guar. Composição:Complexo de He-misulfosucinatos e lsetionato de Álcool Graxo: base lavante de alta tolerabili-dade. Cold Cream com água termal da Avène (2%): suavizante e sobreen-gordurante.

Creme de Bagno Hidrata-ção: Utilizado pós banho, ainda no chuveiro. Creme hidratante resistente a

- 87% Redução da Queda dos Cabelos - 100% Crescimento de Novos Fios.- Tratamento da Alopecia Androgenética - Tratamento do Eflúvio Telógeno - Tratamento da Perda Capilar - Estímulo do Crescimento de Novos Fios

Kerium Anti Queda Sham-poo: uma fórmula que respeite o couro cabeludo e, ao mesmo tempo, seja adequada tanto para os cabelos longos como para os curtos, às mulhe-res e aos homens, e que deixe os fios macios e com brilho. Modo de usar: Em caso de queda capilar ocasional, aplicar 3 vezes por semana, durante 6 semanas, no mínimo. Em caso de que-da capilar hereditária, aplicar uma vez ao dia, e utilizar durante todo o ano. Pode ser utilizado em monoterapia ou como complemento à outros tipos de tratamento para queda.

Page 28: Revista Atma 1ª Edicão

28 REVISTA ATMA

ATMA HAIR STYLE

Lençose turbantes

Por Jéssica de Paula

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REVISTA ATMA 29

ATMA HAIR STYLEReceber o diagnóstico positivo de

uma doença nunca é algo fácil, tranqui-lo. Quando é um diagnóstico de câncer então, a sensação é de que o mundo de-saparece sob os nossos pés. E não basta todo o peso da doença em si, seu trata-mento é também outra etapa difícil, pois quase sempre é um tratamento estressante e que afeta diversos aspectos da vida do paciente. São alterações físicas, sociais, emocionais para as quais ninguém está preparado. Um dos efeitos colaterais da quimioterapia, a queda dos cabelos, é um dos mais temidos e angustiantes pela qual a maioria das pessoas com câncer precisa passar.

Os medicamentos utilizados na quimioterapia atacam as células cancerí-genas e tendem a atingir também, célu-las saudáveis, principalmente as células que se multiplicam em maior velocidade, como as do cabelo. Daí logo após as pri-meiras sessões de quimioterapia é comum o surgimento de nós muito emaranhados nos cabelos e a queda, a princípio de fios e depois, mechas inteiras. Em alguns casos também os pelos corporais, incluindo cílios e sobrancelhas também caem. É a perda da nossa identidade estética, o sinal mais visível da doença.

Nesse momento muitas mulheres optam por já raspar a cabeça, inclusive tornando esse momento, um evento entre amigas, com direito a vídeos e álbuns de fotos. Outras optam por cortes curtos, aci-ma dos ombros, mas, menos radicais que zerar o cabelo. Esse desapego mais lento do cabelo pode amenizar todo o proces-so, já que com o cabelo mais curto, os nós quase não aparecem e a queda é menos acentuada.

Quando os cabelos já estão escas-sos ou já caíram por completo, entram em cena os acessórios. Entre eles, os lenços tem seu papel de destaque por serem versáteis e baratos. Num momento em que a mulher está fragilizada, as inú-

meras possibilidades de uso dos lenços pode ser o estímulo que faltava para se reencontrar com a vaidade e a autoesti-ma. Ainda mais neste momento, em que a moda se rende às tendências étnicas e o uso dos lenços e turbantes voltam com força total, não só no Brasil, mas também nos principais centros de moda do mundo.

Para visuais mais discretos e clean, dê preferência aos lenços mais finos, como os de seda. Já para turbantes elaborados, com tendência afro, os tecidos devem ser mais encorpados para dar forma e volu-me. Ter alfinetes e grampos à mão também ajudam na hora de prender os turbantes mais volumosos, criando verdadeiras co-roas de tecido que alongam a silhueta da mulher e dão um ar de nobreza. Os teci-dos naturais, como a seda e o algodão, são termicamente mais confortáveis. Os lenços trabalhados com paetês e brilhos dão um ar de glamour aos looks de festa.

Outra dica importante é caprichar na maquiagem. Com o lenço ou turbante emoldurando o rosto, ele se torna o centro das atenções. As maquiagens cremosas ajudam a disfarçar a palidez. Invista em makes marcantes, que valorizem o seu rosto; você pode combinar o batom e as sombras com as cores do lenço.

Brincos grandes chamam a aten-ção para o colo; já os brincos pequenos destacam o pescoço, então escolha de acordo com a roupa que vai usar, que também deve combinar com o turbante. Outro acessório que casa bem com o tur-bante ou os lenços é a peruca, que ganha um ar mais natural, pois oculta a “raiz” e mantém a peruca mais firme na cabeça. Combine os dois acessórios com cuidado para não sofrer com o calor.

A grife francesa Hermés - que pos-sui uma famosa linha de lenços belíssimos – disponibiliza gratuitamente, o aplicativo Silk Knots, que ensina várias formas de amarrar o seu lenço, seja na cabeça, no pescoço, como blusa, cinto, saia ou até

Lençosmesmo bolsa. O aplicativo está disponível para iPhone e celulares com sistema opera-cional Android.

Invista em lenços di-versificados e os insira no seu dia a dia. Para as amigas que estão passando pelo processo da perda dos ca-belos, a mensagem é: isso passa. Seu cabelo vai vol-tar a crescer, sua vida vai voltar ao normal. Mas até lá, enfrente as adversidades linda e confiante, se cuide e se ame. Você merece.

Page 30: Revista Atma 1ª Edicão

30 REVISTA ATMA

ATMA PSICOLOGIA

Receber o diagnóstico de câncer provoca um turbilhão de emoções e nes-se momento em que para a maioria o chão se abre diante de seus pés, é im-portante manter o equilíbrio. Há quem busque apoio na família e outros que, além disso, buscam ajuda profissional, o que pode representar um alento para enfrentar um caminho que precisará de muita coragem e fé. A psicóloga clí-nica Angela Marina Kefalás Barbosa, em entrevista à Atma, avalia que todo e qualquer tipo de câncer, bem como outras doenças merecem ser tratadas com seriedade e, dentro do possível, com uma dose de leveza. Ela desta-ca que hoje a ciência estuda e explica como o cérebro produz o pensamento mágico que é a fé, que, ligada a no-vas práticas relacionadas à prevenção e saúde e valorização da vida, são os maiores aliados da coragem para en-frentar um diagnóstico de câncer. An-gela espera que este simples diálogo possa direcionar as pessoas com câncer a novos horizontes existenciais e que a doença não seja um foco de vida, mas sim um meio para o crescimento pessoal de todos que lidam com ela. Confira a íntegra da entrevista.

Atma - Diante do diagnóstico de um câncer muitos entram em pâ-nico. Como evitar?

Angela Marina Kefalás Barbo-sa - Receber o diagnóstico de câncer é como se viesse à cabeça uma série de incertezas até mesmo em relação ao tempo de vida, bem como enfrentar di-fíceis tratamentos com dúvida se vale-

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Angela Marina Kefalás Barbosa: “o sentimento de ira e a desesperança não ajudam o paciente a se organizar emocionalmente, nem mesmo alivia a sua dor”

Autoestima restaurada e fé têm poder para enfrentar o câncer

A ajuda que se pode dar às pessoas

em sofrimento é despertar nelas a confiança e transmitir-lhes

segurança para que possam falar

rão a pena e se existirá a possibilidade de cura. São inúmeras as perguntas e os sentimentos que surgem como os de indignação, raiva, tristeza e medo den-tre os mais frequentes. Porém, a pessoa talvez possa mudar o modo de encarar as coisas, pois o que mais nos incomoda nem tanto são as coisas e sim a opinião que temos a respeito delas.

Atma - Seriam tais indagações e sentimentos fruto de como vivemos e pensamos e consequência das inú-meras influências das variáveis so-cioafetivas sobre as nossas ações?

Angela Kefalás - Saúde, sinto-ma e doença são manifestações de um jogo complexo de forças quase sempre desconhecidas para o próprio indivíduo que vão além da circunscrição médico-biológica. As interações entre corpo e mente ocorrem, em geral, por meio de dinâmicas de organização e desorgani-zação. E a forma como os afetos sur-gem, suas funções e influências sobre o corpo, ainda intrigam os pesquisadores. O autoconhecimento e a atribuição de sentido ao que vivemos influem direta-mente sobre a forma como nos apro-priamos de nossas experiências. Ne-cessário se faz ter calma nessa hora e lembrar que hoje já se conta com muitos avanços da ciência no que se refere ao diagnóstico precoce e tratamentos de di-versos tipos de câncer.

Atma - Não é rara a depres-são em casos como esses chegar de forma galopante. Como enfrentar o momento de dor e angústia sem cair

em depressão?Angela Kefalás - É importante

explicar que a tristeza é normal, mas é preciso expressá-la. Falar do seu so-frimento facilita e ajuda o paciente a se organizar para continuar vivendo e com qualidade. Em geral, as mulhe-res costumam ter mais facilidade de falar de seus sentimentos do que os homens além desses também apresen-tarem maior dificuldade em lidar com suas fragilidades. E quando se trata de crianças, também não existe uma fórmula que as impeçam de sofrer. O lado positivo é que elas possuem uma capacidade de adaptação bem maior que a do adulto. A ajuda que se pode dar às pessoas em sofrimento é des-pertar nelas a confiança e transmitir-lhes segurança para que possam falar naquilo que as colocam em situação ameaçadora. Aproximar-se dela, fazê-la sentir-se compreendida e segura. Médicos, psicólogos e demais profis-sionais da área da saúde, devem prin-cipalmente tentar conter um ciclo de revolta e depressão junto ao paciente e familiares. O sentimento de ira e a desesperança não ajudam o paciente a se organizar emocionalmente, nem mesmo alivia a sua dor. O que funcio-na é o de sempre: o bom senso e rea-lismo, solidariedade e amor.

Atma - Como assimilar tudo que está acontecendo?

Angela Kefalás - As pessoas querendo ajudar cometem erros clássi-cos. Um deles é fingir que a pessoa não está doente. Assim sendo, a própria pessoa faz o mesmo e acaba não fa-lando nada também para proteger seus familiares e amigos, guardando para si todo seu sofrimento, o que não lhes fará bem. A percepção das coisas de-termina o próprio sentido da vida, pois na medida em que a realidade adquire nova dimensão, a própria existência ga-

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REVISTA ATMA 31

ATMA PSICOLOGIA

nha sentido e uma nova significa-ção, pois a vida sem provocações é pobre. Todo e qualquer tipo de câncer bem como outras doenças merecem ser tra-tadas com serie-dade e, dentro do possível, com uma dose de leveza. Exige uma série de cuidados, adapta-

é muito importan-te que ele tire suas dúvidas preparan-do-se assim para o enfrentamento do tratamento. É possível ainda que pessoas conheci-das ou amigas, com intuito de aju-dar, citem outros meios alternativos de tratamentos que devem ser analisados com

rapia (combinada com a cirurgia e a quimioterapia), a hormonioterapia e outros, é provável que em algum mo-mento as pessoas pensem em desistir do tratamento. Por ser este um período prolongado com muitos fatores estres-santes e que requer um acompanha-mento e controle posterior, o paciente precisa de uma maior mobilização e níveis elevados de tolerância . Desta forma, se faz necessário que ele e seus familiares sejam acompanhados por uma equipe multidisciplinar especiali-zada e possam até mesmo frequentar grupos de autoajuda. Quando você se depara com certas doenças como o câncer, você acaba tendo que lidar com algumas perdas e/ou limitações, baixa estima, problemas de relacio-namento, inseguranças e medos que o fortalecerão no enfrentamento de novas situações de vida. Cabe aqui ainda ressaltar que esses novos reper-tórios comportamentais adquiridos, as mudanças de hábitos do cotidiano, a autoestima restaurada, a aquisição de novas práticas ligadas à prevenção e saúde, a valorização da vida e a cons-tatação do poder da fé (que hoje a ciência estuda e explica como o cére-bro produz esse pensamento mágico), quero crer que se tornarão os maiores aliados da coragem.

ções na rotina e até mesmo mudanças no modo de vida. O paciente, ainda que inerte frente às vicissitudes da vida, traz consigo as condições para o reencontro de uma existência mais digna e plena.

Atma - O tratamento não pode ser adiado. Como enfrentá-lo?

Angela Kefalás - Os possíveis caminhos a serem percorridos devem ser delineados pela equipe médica com a participação do paciente e de seus principais familiares. Para tal, é impor-tante que a relação entre eles seja de confiança com transparência e clareza de informações. São eles que irão pe-sar os benefícios e as limitações de cada opção apresentada. E para o paciente

muita cautela podendo deixar o pacien-te confuso ou enfraquecido em relação às decisões já tomadas.

Atma - Dúvidas, medo, insegu-rança, preocupação permeiam a vida e muitos pensam em desistir. De que forma a pessoa pode se encher de co-ragem e seguir?

Angela Kefalas - Ainda que esteja ocorrendo aumento nas taxas de sobrevida, os avanços farmacológi-cos (que vêm permitindo a geração de agentes quimioterápicos cada vez mais eficientes, com maior controle de efeitos colaterais desconfortáveis), os avanços na área cirúrgica (a cirurgia minima-mente invasiva, a robótica), a radiote-

Hoje há muitos avanços da

ciência no que se refere ao

diagnóstico precoce e tratamentos de diversos tipos de

câncer

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32 REVISTA ATMA

A retirada cirúrgica dos tu-mores de mama apresenta altos índices de cura quando diagnos-ticados precocemente e realizado por profissionais capacitados.

Junto com a cura da doen-ça, entretanto, vem a consequên-cia inevitável que é uma deformi-dade permanente.

As mamas femininas são

órgãos com funções importantes como a amamentação dos re-cém-natos, mas seu papel na percepção da feminilidade e da sensualidade tem ge-rado efeitos emocio-nais devastadores após a cirurgia.

Os órgãos re-guladores da saúde já reconheceram a necessidade da repa-ração após a mastec-tomia e liberaram o procedimento para ser realizado pelo Sistema Único de Saúde. Uma nova mama pode me-lhorar muito a autoes-tima, autoconfiança e

a qualidade de vida.A reconstrução da mama é

conseguida através de técnicas que visam à restaurar a forma, aparência e o tamanho após a mastectomia.

Os resultados são variáveis e a mama reconstruída não terá a mesma sensibilidade que a mama não operada. As cicatrizes

Reconstrução de mamapós-mastectomia

Dr. Marco Túlio Rodrigues da Cunha, cirurgião plástico; membro tItular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica,

chefe da Disciplina de Cirurgia Plástica da UFTM

são visíveis e infelizmente perma-nentes, mesmo nas mamas bem reconstituídas.

A reconstrução será uma boa opção se a paciente estiver emocionalmente estável e em boas condições clínicas. A visão deve ser positiva, porém realis-ta, caso contrário a solução será sempre insuficiente. O programa de tratamento geralmente englo-ba duas ou mais cirurgias para que se atinja o melhor resultado possível. São utilizadas próteses de silicone, com expansão pré-via para gerar mais pele ou não, quando a mastectomia preserva a pele da mama.

A reconstrução pode utilizar músculos, pele e tecido gordu-roso do próprio organismo, que não geram rejeições. Existem ris-cos e complicações inerentes a todas as cirurgias e em um grau mais elevado nas mamas mas-tectomizadas. Uma vez vencida a doença surge uma visão diferente do problema e, apesar do alívio pela vitória da vida, pedir um pouco mais é muito justo e res-gata a integridade desta paciente muito fragilizada.

Page 33: Revista Atma 1ª Edicão
Page 34: Revista Atma 1ª Edicão

34 REVISTA ATMA

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Profissionais de sucesso dão sugestões incríveis de mesas para fazer bonito nas festas

de fim de ano. Inspire-se com a criatividade de nossos profissionais e encante seus

convidados. Boas Festas!

Rosemary Ribeiro e Fabiana Miranzi Feliz

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Page 35: Revista Atma 1ª Edicão

REVISTA ATMA 35

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Foto

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Renato Marajó - Brasilar

Maria das Graças Rossi Gonçalves - Vera Tuychi

Cristiana Terra - Brasilar

FelizNoiteFelizNoite

Page 36: Revista Atma 1ª Edicão

36 REVISTA ATMA

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FICHA TÉCNICA PROFISSIONAIS CRISTIANA TERRARENATO MARAJÓ

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FOTOGRAFIA FRANCIS PRADOAGRADECIMENTOS

REGINEZBRASILAR

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Page 37: Revista Atma 1ª Edicão

REVISTA ATMA 37

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Bem-vindos à ExpoCigra 2015

Nagib Galdino Facury, presidente do Centro das Indústrias do Vale do Rio Grande (Cigra) e sua esposa, Regina, felizes com o sucesso da segunda edição

A Feira Multisetorial do Vale do Rio Grande - Expocigra FIEMG, em sua segunda edição, trabalhou o conceito da indústria em movi-mento. A Expocigra Fiemg 2014 tem como parceiros, a Vale, a Pre-feitura de Uberaba e o Sebrae.

O lançamento aconteceu na última quinta-feira, dia 9. Uma das novidades deste ano é a parceria direta com a regional da FIEMG, presidida por Altamir Rôso, e que passa a assinar a promoção do evento junto com o Centro das Indústrias do Vale do Rio Grande. Além disto, conforme explica o pre-sidente do Cigra, Nagib Facury, o evento ganhou caráter regional e deve atrair indústrias das cidades vizinhas. A intenção é sempre de reunir os mais diferentes segmen-tos industriais Uberaba e todo Vale Rio Grande, apresentando diversi-

ATMA EXPOCIGRA 2015

dade de expositores e destacando o quão é eclético o setor. Em uma área de 2,5 mil metros quadrados bem à entrada à direita, do Parque Fernando Costa, os participantes e visitantes encontraram uma estru-tura de estandes, auditório para reuniões e atrações diversas. Tam-bém ali, a presença do ‘Compre Bem, e do ‘Cozinha Brasil’.

Os industriais e fornecedores tiveram naquele espaço um balcão de negócios, a população de for-ma geral pôde perceber a gama de itens que são produzidos, bem como o potencial da cidade e da região. As expectativas foram su-peradas, tanto que Nagib já co-meça a pensar na terceira edição, em 2015. Ele está convicto de que a ExpoCigra traz mais visibilidade para Uberaba e seus empreende-dores.

Page 38: Revista Atma 1ª Edicão

O TRÂNSITO E O TRANSPORTE COLETIVO VÃO MUDAR PARA MELHOR.

P R E F E I T U R A D E

PARA O BEM DE NOSSA GENTE

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Por que a Av. Leopoldino de Oliveira não terá estacionamento?Como a avenida terá uma faixa exclusiva para ônibus, será necessário eliminar o estacionamento para que as faixas restantes sejam pistas de rolamento. A prioridade é a agilidade do trânsito.

Por que a Av. Leopoldino de Oliveira está ganhando grades?Para segurança dos pedestres, evitando a travessia fora da faixa. Em outras cidades, onde sistemas de transporte coletivo parecidos foram implantados, ocorreram acidentes devido à ausência de grades.

Como vão funcionar as estações?O sistema VETOR terá vários ônibus rápidos percorrendo a Av. Leopoldino de Oliveira, indo de uma estação a outra até alcançar os terminais, onde o passageiro embarcará rumo ao destino final. Nas estações, acesso somente com cartão.

O embarque será mais rápido por várias razões: •O passageiro passará o cartão na estação, eliminando a fila na catraca do ônibus. •Não será preciso subir escada para entrar no ônibus. •Os ônibus passarão com intervalo de poucos minutos.

Como vai funcionar o sistema VETOR? O transporte coletivo passa a ser todo integrado e com mais opções para ir de um ponto a outro da cidade, com a utilização conjunta das linhas existentes, estações e terminais.

Como vão funcionar os terminais?Os terminais interligarão todas as linhas existentes e os ônibus rápidos que passarão nas estações.

Por que não será mais permitido virar à esquerda na Av. Leopoldino de Oliveira?Essa alteração evita o semáforo de 3 tempos, priorizando o fluxo que é maior, ou seja, de quem segue reto. Será preciso contornar o quarteirão para atravessar a avenida.

Por que vai melhorar o trânsito no Centro?O centro terá um sistema de semáforos inteligentes, que serão programados para mudar de acordo com a necessidade do trânsito, ficando abertos mais tempo onde e quando o fluxo de veículos for maior. O sistema também será integrado para que a avenida tenha sempre uma “onda verde”.

ENTENDA COMO:

7 A integração (tarifa única) vai continuar?Da origem ao destino, o passageiro pagará apenas uma passagem, podendo trocar de ônibus até 2 vezes, incluindo a utilização da estação, com limite de tempo de 90 minutos.

Via Especial de Transporte para Ônibus Rápido

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O TRÂNSITO E O TRANSPORTE COLETIVO VÃO MUDAR PARA MELHOR.

P R E F E I T U R A D E

PARA O BEM DE NOSSA GENTE

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Por que a Av. Leopoldino de Oliveira não terá estacionamento?Como a avenida terá uma faixa exclusiva para ônibus, será necessário eliminar o estacionamento para que as faixas restantes sejam pistas de rolamento. A prioridade é a agilidade do trânsito.

Por que a Av. Leopoldino de Oliveira está ganhando grades?Para segurança dos pedestres, evitando a travessia fora da faixa. Em outras cidades, onde sistemas de transporte coletivo parecidos foram implantados, ocorreram acidentes devido à ausência de grades.

Como vão funcionar as estações?O sistema VETOR terá vários ônibus rápidos percorrendo a Av. Leopoldino de Oliveira, indo de uma estação a outra até alcançar os terminais, onde o passageiro embarcará rumo ao destino final. Nas estações, acesso somente com cartão.

O embarque será mais rápido por várias razões: •O passageiro passará o cartão na estação, eliminando a fila na catraca do ônibus. •Não será preciso subir escada para entrar no ônibus. •Os ônibus passarão com intervalo de poucos minutos.

Como vai funcionar o sistema VETOR? O transporte coletivo passa a ser todo integrado e com mais opções para ir de um ponto a outro da cidade, com a utilização conjunta das linhas existentes, estações e terminais.

Como vão funcionar os terminais?Os terminais interligarão todas as linhas existentes e os ônibus rápidos que passarão nas estações.

Por que não será mais permitido virar à esquerda na Av. Leopoldino de Oliveira?Essa alteração evita o semáforo de 3 tempos, priorizando o fluxo que é maior, ou seja, de quem segue reto. Será preciso contornar o quarteirão para atravessar a avenida.

Por que vai melhorar o trânsito no Centro?O centro terá um sistema de semáforos inteligentes, que serão programados para mudar de acordo com a necessidade do trânsito, ficando abertos mais tempo onde e quando o fluxo de veículos for maior. O sistema também será integrado para que a avenida tenha sempre uma “onda verde”.

ENTENDA COMO:

7 A integração (tarifa única) vai continuar?Da origem ao destino, o passageiro pagará apenas uma passagem, podendo trocar de ônibus até 2 vezes, incluindo a utilização da estação, com limite de tempo de 90 minutos.

Via Especial de Transporte para Ônibus Rápido

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O TRÂNSITO E O TRANSPORTE COLETIVO VÃO MUDAR PARA MELHOR.

P R E F E I T U R A D E

PARA O BEM DE NOSSA GENTE

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Por que a Av. Leopoldino de Oliveira não terá estacionamento?Como a avenida terá uma faixa exclusiva para ônibus, será necessário eliminar o estacionamento para que as faixas restantes sejam pistas de rolamento. A prioridade é a agilidade do trânsito.

Por que a Av. Leopoldino de Oliveira está ganhando grades?Para segurança dos pedestres, evitando a travessia fora da faixa. Em outras cidades, onde sistemas de transporte coletivo parecidos foram implantados, ocorreram acidentes devido à ausência de grades.

Como vão funcionar as estações?O sistema VETOR terá vários ônibus rápidos percorrendo a Av. Leopoldino de Oliveira, indo de uma estação a outra até alcançar os terminais, onde o passageiro embarcará rumo ao destino final. Nas estações, acesso somente com cartão.

O embarque será mais rápido por várias razões: •O passageiro passará o cartão na estação, eliminando a fila na catraca do ônibus. •Não será preciso subir escada para entrar no ônibus. •Os ônibus passarão com intervalo de poucos minutos.

Como vai funcionar o sistema VETOR? O transporte coletivo passa a ser todo integrado e com mais opções para ir de um ponto a outro da cidade, com a utilização conjunta das linhas existentes, estações e terminais.

Como vão funcionar os terminais?Os terminais interligarão todas as linhas existentes e os ônibus rápidos que passarão nas estações.

Por que não será mais permitido virar à esquerda na Av. Leopoldino de Oliveira?Essa alteração evita o semáforo de 3 tempos, priorizando o fluxo que é maior, ou seja, de quem segue reto. Será preciso contornar o quarteirão para atravessar a avenida.

Por que vai melhorar o trânsito no Centro?O centro terá um sistema de semáforos inteligentes, que serão programados para mudar de acordo com a necessidade do trânsito, ficando abertos mais tempo onde e quando o fluxo de veículos for maior. O sistema também será integrado para que a avenida tenha sempre uma “onda verde”.

ENTENDA COMO:

7 A integração (tarifa única) vai continuar?Da origem ao destino, o passageiro pagará apenas uma passagem, podendo trocar de ônibus até 2 vezes, incluindo a utilização da estação, com limite de tempo de 90 minutos.

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O TRÂNSITO E O TRANSPORTE COLETIVO VÃO MUDAR PARA MELHOR.

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PARA O BEM DE NOSSA GENTE

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Por que a Av. Leopoldino de Oliveira não terá estacionamento?Como a avenida terá uma faixa exclusiva para ônibus, será necessário eliminar o estacionamento para que as faixas restantes sejam pistas de rolamento. A prioridade é a agilidade do trânsito.

Por que a Av. Leopoldino de Oliveira está ganhando grades?Para segurança dos pedestres, evitando a travessia fora da faixa. Em outras cidades, onde sistemas de transporte coletivo parecidos foram implantados, ocorreram acidentes devido à ausência de grades.

Como vão funcionar as estações?O sistema VETOR terá vários ônibus rápidos percorrendo a Av. Leopoldino de Oliveira, indo de uma estação a outra até alcançar os terminais, onde o passageiro embarcará rumo ao destino final. Nas estações, acesso somente com cartão.

O embarque será mais rápido por várias razões: •O passageiro passará o cartão na estação, eliminando a fila na catraca do ônibus. •Não será preciso subir escada para entrar no ônibus. •Os ônibus passarão com intervalo de poucos minutos.

Como vai funcionar o sistema VETOR? O transporte coletivo passa a ser todo integrado e com mais opções para ir de um ponto a outro da cidade, com a utilização conjunta das linhas existentes, estações e terminais.

Como vão funcionar os terminais?Os terminais interligarão todas as linhas existentes e os ônibus rápidos que passarão nas estações.

Por que não será mais permitido virar à esquerda na Av. Leopoldino de Oliveira?Essa alteração evita o semáforo de 3 tempos, priorizando o fluxo que é maior, ou seja, de quem segue reto. Será preciso contornar o quarteirão para atravessar a avenida.

Por que vai melhorar o trânsito no Centro?O centro terá um sistema de semáforos inteligentes, que serão programados para mudar de acordo com a necessidade do trânsito, ficando abertos mais tempo onde e quando o fluxo de veículos for maior. O sistema também será integrado para que a avenida tenha sempre uma “onda verde”.

ENTENDA COMO:

7 A integração (tarifa única) vai continuar?Da origem ao destino, o passageiro pagará apenas uma passagem, podendo trocar de ônibus até 2 vezes, incluindo a utilização da estação, com limite de tempo de 90 minutos.

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40 REVISTA ATMA

Vida! O que esta palavra quer dizer ultrapassa qualquer en-tendimento. É alegria, é dor, tristeza, luta, vitória. Um mis-to de todos esses sentimentos representa o dom da vida. O diagnóstico de câncer já foi sen-tença de morte. Hoje, é opor-tunidade para rever conceitos, mudar hábitos, valorizar o que de fato vale a pena. Quem tem um amadurecimen-to divino chega a considerar a doença um privilégio que per-mite às pessoas experimenta-rem o aperfeiçoamento huma-no. A maioria das pessoas não está atenta ao fato de que o fim

da vida chegará para todos, a qualquer momento, sem aviso, muitas vezes sem ter tempo nem para piscar, mas com várias desculpas: infarto, acidentes de trânsito, aneurisma, AVC e ou-tras tantas.Você conhecerá agora 12 mo-delos, mas não apenas foto-gráficos. São 12 mulheres que fizeram da doença um tram-polim para o progresso como pessoas. São exemplos de fibra e sensibilidade; de força e fra-gilidade. São modelos também de alma, de coragem, de alto astral, fé, alegria e, sobretudo, de renascimento.

ATMA SUPERAÇÃO

Page 41: Revista Atma 1ª Edicão

REVISTA ATMA 41

Valéria Cristina da SilvaFuncionária pública municipal, hoje aposentada, três filhos e quatro netos

Tudo posso

naquele que me

fortalece! A fé e a

vontade de vencer

sempre fizeram parte

da minha vida. Não

é fácil, mas eu

venci e vou

vencer sempre,

porque meu

Deus é vivo!

““Resolvi ir para o Shopping com-prar batom, perfume importado, e comecei a gostar de tudo, sem censura.” Valéria garante não ter medo da doença nem da caminha-da. Seguirá vivendo cada minuto, cada sorriso, cada encontro... O convite para ser uma das mode-los do calendário, ela recebeu com muita alegria, pois é uma forma de massagear o ego e de contribuir para ajudar a quem mais precisa.Fé é a palavra que a define e a sua mensagem é: “Tudo posso naquele que me fortalece! A fé e a vonta-de de vencer sempre fizeram parte da minha vida. Não é fácil, mas eu venci e vou vencer sempre, porque meu Deus é vivo!.”

ATMA SUPERAÇÃO

Inerte. Valéria ficou sem ação ao receber o diagnóstico de que es-tava com câncer no intestino, em 2009. Na hora, a família e pessoas que a amam vieram à sua cabeça. Muito católica, se lembrou da ima-gem de Nossa Senhora da Meda-lha Milagrosa, que sempre olhava para baixo, mas quando ela visita a igreja, tem a impressão de que a santa olha nos olhos dela. Valéria superou a doença, mas recente-mente soube que os seus pulmões estão comprometidos e recebeu do médico o cruel diagnóstico de que tem menos de um ano de vida. Mas ela tem fé na sua cura. Entre seguir com o tratamento emburrada ou feliz, ficou com a segunda opção.

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Page 42: Revista Atma 1ª Edicão

42 REVISTA ATMA

Em 2004, quando sua filha tinha sete anos, Sissa estava bem magra e achava que a perda de peso era devido à malhação e à prática de esportes, especialmente o tênis. Mas percebeu um pequeno caro-ço em uma das mamas. Ao saber que se tratava de um câncer optou pela mastectomia para eliminar o risco de ele se espalhar. Depois, reconstruiu a mama e seguiu vida normal. Depois de dez anos, de-parou novamente com a doença e recomeçou a luta, sem pensar em nenhum momento que não vence-ria. Fez transplante de medula e renasceu. Começou a amar mais, perdoar mais e a não guardar má-goa, pois ninguém sabe o dia de

amanhã. “Eu tive e tenho três mo-tivos para viver: minha mãe, meu marido e minha filha.” Hoje, Sissa não passa vontade de nada e ama festa. Ser uma das musas do ca-lendário, para ela, é uma forma de dar exemplo para as pessoas, pois apesar de tudo, sempre manteve a fé, sem nunca reclamar. Ela acredi-ta que esteja curada e agradece o amor da família. Alerta que a doen-ça é silenciosa e que a prevenção é o melhor caminho. Esperança é a palavra que a define e sua men-sagem é: “Deus não disse que a ca-minhada era fácil, mas também não disse que não valeria a pena lutar. Com esperança, fé, amor e apoio eu consegui minha vitória.”

ATMA SUPERAÇÃO

Deus não disse

que a caminhada

era fácil, mas

também não disse

que não valeria a

pena lutar. Com

esperança, fé,

amor e apoio eu

consegui minha

vitória

Sissa Rezende Borges Escriturária contábil, hoje aposentada,

casada, uma filha

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REVISTA ATMA 43

Para não esmorecer diante do diagnóstico de câncer no intestino, descoberto em 2012, Ana Paula criou uma força além, especial-mente revigorada a cada vez que olhava para o filho, na época com dois anos de idade. “A vida queria de mim um pouco mais de calma, um pouco mais de alma, como diz a canção do Lenine.” A partir daí a percepção das coisas e das pessoas por Ana Paula mudou. Ela desco-briu o que é realmente importante. Enquanto fazia o tratamento mer-gulhou no trabalho, pois acredita que manter a mente ocupada é es-sencial. Curtir a família já era uma rotina, mas a dedicação de tempo aumentou. Católica, diz que sua fé

transcende e ofusca o medo. “Às vezes encaro a doença como um presente, porque eu mudei e mu-dei para melhor.” O convite para ser uma das modelos a emocio-nou. Ana Paula é avessa a fotos, mantém sua vida pessoal bastante reservada, fez o tratamento sem alarde, apenas em família, mas pelo propósito, aceitou e está feliz por poder inspirar confiança. Para ela, os ingredientes para su-perar a doença são: fé, família e amor. Este é o tripé que a define e sua mensagem é: “Não deixe nada para depois, viva cada segundo intensamente, sem deixar de con-versar com Deus. Eu converso com Ele todos os dias.”

Não deixe nada

para depois, viva

cada segundo

intensamente, sem

deixar de conversar

com Deus. Eu

converso com Ele

todos os dias

“ Ana Paula Rodrigues

Empresária, casada, um filho

ATMA SUPERAÇÃO

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Page 44: Revista Atma 1ª Edicão

44 REVISTA ATMA

Neusa detectou o tumor em uma das mamas através do autoexame, em 2012. O diagnóstico só confir-mou o que já sabia, assim como cada passo que teria de dar a par-tir daquele momento, mas sempre com muita fé e otimismo. Ela não se deixou levar pelo desespero e, no início, nem comentou com a família. “É da minha natureza agir com essa força, porque mi-nha fé é inabalável.” Nossa Se-nhora da Aparecida e São Judas Tadeu são seus santos de devo-ção. Neusa optou pela mas-tectomia, mais tarde reconstruiu a mama e voltou a jogar tênis e a desenvolver as atividades do dia a

dia como antes. Passou a valorizar cada dia da sua vida, pois gosta muito de viver e conseguiu conti-nuar com naturalidade, de forma serena. Ao convite para posar e ilustrar o calendário, Neusa respondeu posi-tivamente e disse estar pronta para contribuir com a causa, que é no-bre. Ela tem experiência de mais de 20 anos no voluntariado e acredita que Deus não envia nada que Seus filhos não consigam enfrentar.Determinação é a palavra que a define e a sua mensagem é: “É pre-ciso ter muita fé, muita vontade de viver. Se você tiver fé e determina-ção, com certeza, vai vencer.”

ATMA SUPERAÇÃO

É preciso ter

muita fé, muita

vontade de viver.

Se você tiver fé

e determinação,

com certeza, vai

vencer

Neusa Maria Kopke VenceslauAgropecuarista, hoje aposentada,casada, quatro filhos e dois netos

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REVISTA ATMA 45

Há 14 anos, Maria do Socorro “Tuca” soube que estava com cân-cer de mama e achou que ia mor-rer. O chão lhe fugiu numa época em que a evolução tecnológica não era tão difundida, além de imperar grande desinformação sobre a doença, seu tratamen-to e consequências. As primeiras semanas foram de muita insegu-rança, medo, enfim, mas sempre contando com o imprescindível apoio do marido e de toda a fa-mília. Depois de muita conversa com os médicos percebeu que a cura não é impossível. Ela op-tou pela mastectomia, mas está convicta de que o que realmente a mantém viva é a alegria de vi-

ver e ter a consciência de que to-dos têm problemas e que só para a morte não há solução.Tuca passou a curtir mais a famí-lia e no dia a dia continuou jogan-do tênis e hoje também luta boxe. Uma de suas maiores alegrias é a arte plástica, à qual dedica grande parte de seu tempo. O convite para ilustrar um mês do calendário ela recebeu com muito orgulho. Diz que não pensou na pose, mas que acha muito bacana a iniciativa que vai ajudar o Hospi-tal Dr. Hélio Angotti, o Hospital do Câncer de Uberaba. Alto astral é o que a define e sua mensagem é: “Viva o hoje! Ama-nhã é outro dia!”

Viva o hoje!

Amanhã é

outro dia!“ “

Maria do Socorro Silva Sebastião (Tuca)

Artista plástica, casada

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Page 46: Revista Atma 1ª Edicão

46 REVISTA ATMA

Viviane está contando as horas para a cirurgia que fará em janei-ro do ano que vem: a mastectomia para extirpar a doença em uma das mamas descoberta há cinco anos, quando ainda enfrentava a dor de ter perdido sua sogra, vítima de câncer no cérebro. Um buraco se abriu diante de seus pés. “Agradeço a Deus por ser comigo, não sei se eu conseguiria dar aos meus filhos, marido, mãe e irmão, a força que estão me dando”. Viviane é cató-lica, mas com o amigo Luiz Carlos Souza Campos tem entendido mui-to à luz do Espiritismo. Na primeira semana, após o diagnóstico, ela se lembra de ter ficado prostrada e vi-veu como uma marionete indo pra uma clínica e outra para fazer inú-

meros exames. Depois, optou por levantar a cabeça e enfrentar. Se não envolvesse o sofrimento das pessoas da família, Viviane enten-de que esta doença seria essencial para que as pessoas passassem a valorizar o que realmente é impor-tante, como apreciar a natureza, ir à praia e, de fato, apreciar o mar e sentir o aroma de Deus. Ela con-ta que se sentiu privilegiada com o convite para ser uma das musas do calendário e aceitou prazerosa-mente. Ela confia na cura e acredi-ta que tudo isso vai passar. Vida. Esta é a palavra que a define e sua mensagem é: “Não desista! Erga a cabeça e bola pra frente com fé em Deus e muita vontade de viver.”

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Não desista!

Erga a cabeça e

bola pra frente, com

fé em Deus e muita

vontade de viver

“ “

Viviane QuirinoRepresentante comercial,

casada, três filhos

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REVISTA ATMA 47

Com uma dor intensa no intesti-no, Denisléia procurou um hospital em 2010 e já ficou internada. Ela teve que buscar forças não sabe de onde para absorver a notícia de que se tratava de um tumor malig-no, enfrentar o tratamento e a ci-rurgia. O primeiro médico opinou para que ela retirasse tudo, inclu-sive órgãos reprodutores, mas ela tem o sonho de engravidar. Mudou de profissional, fez a cirurgia, seis meses de quimioterapia, engordou dez quilos, voltou ao trabalho e à academia e foi promovida a sub-gerente. Dois anos depois, soube da presença de metástase no pul-mão e recomeçou a luta, sempre pra cima e com muito pensamento positivo. Fez a cirurgia em 2012 e

sente que está curada. Apesar de notar ter ficado mais emotiva, sente que melhorou muito como ser hu-mano. “Não me deixo abalar, vou à luta.” O médico dela diz que sua forma de conduzir tudo com fir-meza é referência para os demais pacientes dele com câncer. E o na-morado, que muitos pensavam que a abandonaria, está ao lado dela, sempre atencioso. Denisléia rece-beu o convite para posar de forma meio tímida, no entanto, aceitou pelo propósito e vai deixar fluir no olhar a confiança, palavra que a define. E sua mensagem é: “Nun-ca perca a esperança! Aceite de cabeça erguida qualquer dificulda-de. A fé, verdadeiramente, leva à superação da doença.”

Nunca perca

a esperança!

Aceite de cabeça

erguida qualquer

dificuldade. A fé,

verdadeiramente,

leva à superação da

doença

Denisléia Oliveira de SouzaFarmacêutica, solteira

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Page 48: Revista Atma 1ª Edicão

48 REVISTA ATMA

Quando tinha 8 anos, com o nariz sangrando e muita dificuldade para respirar, Belela foi levada pelos pais ao médico e tratou por mui-to tempo uma sinusite. Emagreceu bastante. Um dia, um amigo radio-logista pediu raios-X da face dela, quando então veio a explicação: um tumor na rinofaringe. Imedia-tamente ela foi levada para São Paulo e veio um período bem di-fícil além da saudade do pai, que teve de permanecer em Uberaba. “Minha mãe foi me ensinando a viver, pois por um tempo eu não queria ver ninguém”, conta. Dois anos depois, descobriu me-tástase no pulmão e seguiu novo tratamento. Logo, Belela tatuava o couro cabeludo e virava a sen-sação do hospital. Mesmo cató-lica, começou a frequentar um centro espírita, onde conheceu os artistas Oscar Magrini e Matilde

ATMA SUPERAÇÃO

A gente não pode

mudar o que vai

viver, mas pode

escolher como viver.

Temos sempre de

aprender a nos

colocar no lugar do

outro e a ter fé. A

fé e a família são

sempre o nosso

porto seguro

Ana Gabriela Brandão Zandonaide (Belela)

Médica, solteira

Mastrangi, seus amigos até hoje, e chegou a fazer uma ponta numa novela global. “Se Deus me man-dasse passar por tudo de novo, eu faria tudo igual. Tenho Deus e an-jos da guarda ao meu lado.” Ela optou por cursar medicina para aliviar a dor das pessoas e acredi-ta que a própria experiência faz a diferença na sua vida profissional. Belela é uma das divas do ca-lendário e diz que ficou feliz com o convite porque fará algo para ajudar, pois quem ler estas linhas verá que há esperança, já que ela é um feliz caso de sobrevivência. Positividade é a palavra que a de-fine e sua mensagem é: “A gente não pode mudar o que vai viver, mas pode escolher como viver. Temos sempre de aprender a nos colocar no lugar do outro e a ter fé. A fé e a família são sempre o nosso porto seguro.”

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Deus está sempre

ao nosso lado. O

tratamento nos torna

mais fortes. Não

devemos nos sentir

doentes, devemos ser

otimistas e saber que

vamos vencer mais

esta batalha!

““

Elaine Silva FurtadoEngenheira civil, arquiteta, professora universitária

casada, sem filhos

ATMA SUPERAÇÃO

Elaine sempre teve certeza da sua total recuperação. Quando desco-briu um caroço na mama direita, durante uma depilação, em 2006, só pensou que tudo ia dar cer-to. Acertou! Em 2010, um câncer apareceu no ovário e ela fez novas cirurgias. Em 2013, observou um pequeno caroço no nariz e, mais uma vez, câncer. Tratou-se e ven-ceu! Saber que Deus existe e que Ele só dá às pessoas o que elas conseguem carregar a fortaleceu para continuar sua bela caminha-da. Com o câncer, algumas coisas que ela achava essenciais, não são mais. Elaine diz que mudou e mu-dou para melhor. “Isso foi bom.

Carinho, amor, compreensão, respeito, amizade, é o que nos faz melhores”. Toda a sua família, bem como amigos, companheiros de trabalho e alunos sempre esti-veram ao seu lado, mas sem vê-la como a coitadinha que estava doen-te e sim aquela batalhadora que ia vencer mais esta luta. A palavra que a define é empreendedora, pois sempre teve certeza do que quer e faz tudo com muito gosto. Sua mensagem é: “Deus está sempre ao nosso lado. O tratamento nos torna mais fortes. Não devemos nos sentir doentes, devemos ser otimistas e saber que vamos ven-cer mais esta batalha!”.

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Durante exames de rotina, em 2007, Dulce descobriu que esta-va com diabetes. Levou o primeiro susto. Em 2008 soube que estava com câncer de tireóide, um susto maior ainda, e em 2009 recebeu o diagnóstico de que estava com um tumor na mama. Ela perguntou a Deus o que estava acontecendo. Através de uma amiga, veio a res-posta: POR QUE NÃO EU? Dulce diz que reconhece o fato de que muitas pessoas passam por gran-des provações, lutam e saem ven-cedoras. “Esta foi a minha força.”A família, o carinho, amizades e

orações foram seus remédios. Res-salta que se sentiu amada e pro-tegida. Hoje, ela fala com orgulho que se sente agradecida a Deus pela oportunidade de crescimento interior. Ficou mais forte e aprovei-ta os bons momentos ao lado do marido, Fernando, os filhos Marce-lo, Maria Fernanda e Rafael, e os netos, Mariana e Joaquim.Dulce descobriu que a felicidade está na simplicidade da vida. A ex-pressão que a define é alegria de viver. E a sua mensagem é: “Fé e otimismo são o melhor ca-minho.”

Fé e otimismo

são o melhor

caminho

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Dulce Helena Borges Guaritá Bento

Casada, três filhos, dois netos

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ATMA SUPERAÇÃO

Se o viver é uma

incógnita, saibamos

vivê-lo intensamente

seguindo rotas que

nos levam a tropeçar

e a desafiar, a analisar

e a cantar pelos

caminhos

““

Arahilda Gomes AlvesAposentada, um casal de filhos e cinco netos

Era maio, mês da Mulher e das Mães, deste ano, quando Arahilda fez visita rotineira ao ginecologis-ta, que solicitou punção na mama direita, uma vez que as mamogra-fias nada acusavam. Entre surpresa e choro contido, recebeu o diagnóstico de um nódulo positivo de 9 milímetros. Os fatos, com o passar dos dias, pa-receram normais, ela apenas não encarava suas atividades e projetos com euforia. Soube de casos idên-ticos, o que lhe trouxe um alen-to. "Por que seria eu uma vítima? Mesmo que em nossos caminhos pudéssemos encontrar obstáculos, encará-los sob aspectos insanáveis,

da arte (música e literatura) suas re-criações do viver. Sua crença baseia-se na espiritualidade. "Deus sabe a quem mandar mensagens." Suas visitas diárias ao hospital são a radiografia de que o orgulho não leva a nada e que praticar a virtude da benemerência é o que fortifica.A palavra que a define é arte e sua mensagem é "Se o viver é uma in-cógnita, saibamos vivê-lo intensa-mente seguindo rotas que nos levam a tropeçar e a desafiar, a analisar e a cantar pelos caminhos. Sou o que minha voz e meus gestos definem em catarse, na revelação de meu EU sempre corajoso e crédulo."

só Deus poderia me mostrar." Um fato a marcou. No dia da cirurgia foi à capela da Medalha Milagro-sa e pediu que, caso tudo corresse bem, que indicasse um trabalho voluntário, em agradecimento. Em seguida, na saleta de atendimento das Irmãzinhas soube que a Madre Maria dos Anjos queria falar com ela. Partiu da Madre o convite para Arahilda ministrar lá aulas de Can-to. A resposta imediata a comoveu. Nossa Senhora da Medalha Mila-grosa devolveu-lhe dias normais e agora pouco pensa na doença acreditando que ela tenha sido um acidente de percurso. Arahilda faz

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ATMA SUPERAÇÃO

Não tenho o

hábito de pedir

nada a Deus.

Tenho o hábito

de agradecer,

sempre. Tudo tem um

propósito. Devemos

ser guerreiras,

sorrir muito e

não desistir jamais.

Deus nos dará

a vitória!

“lio Angotti e buscou Deus, que é muito grande dentro dela. “Quan-do contei para a minha cunhada, ela sofreu mais do que eu”, revela. Seu habitual otimismo voltou com tudo ao lado da sua contagiante alegria de viver. Ela assimilou que fará o tratamento e enquanto isso viverá da melhor maneira possível. A doença lhe trouxe algo de bom: a aproximou mais do marido reco-nhecendo nele um companheiro leal e muito amoroso.Abençoada é a palavra que a defi-ne e sua mensagem é: “Não tenho o hábito de pedir nada a Deus. Te-nho o hábito de agradecer, sempre. Tudo tem um propósito. Devemos ser guerreiras, sorrir muito e não desistir jamais. Deus nos dará a vitória!”.

Depois de descobrir que estava com câncer de mama, durante a campanha Outubro Rosa des-te ano, Celina foi para São Paulo fazer compras. Até parece que ela não se importou, mas na verdade o trabalho representou para ela um alento, pois não queria preocupar o marido, a mãe e demais familiares, que ainda experimentavam a dor pelo falecimento recente da irmã dela, vítima de câncer no ovário. Sua primeira preocupação foi com a mãe, que depende de cuida-dos especiais após ter sofrido um aneurisma e ficou com sequelas na fala. Não demorou muito, Ce-lina levantou a cabeça, agradeceu aos céus pela ótima equipe médica que a atende no Hospital Dr. Hé-

Celina Maria Alves da SilvaEmpresária, casada, sem filhos

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Page 53: Revista Atma 1ª Edicão

Rua Rodolfo Machado Borges, 380.

Tel: 3317 6179

Venha conhecer o chopp

mais gelado da cidade!

Page 54: Revista Atma 1ª Edicão

54 REVISTA ATMA

Superacao

Page 55: Revista Atma 1ª Edicão

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Pesquisa da Organização Mun-dial da Saúde (OMS) aponta que o câncer lidera a relação de doenças que mais matam pessoas no mundo, no entanto, para mui-tos tipos há cura. A partir do diag-nóstico encontram forças não se sabe onde e a pessoa se en-che de coragem para ir à luta e muitas com um belo sorriso es-tampado no rosto. Entre os que venceram a doença assim, está o ator Reynaldo Gianecchini, embaixador do Instituto Boa Fé, em Uberaba, desde a sua funda-ção, em 2008, três anos antes de ele receber o diagnóstico.

Quando recebeu o convite para ser embaixador do Instituto Boa Fé, em 2008, o ator Reynaldo Gianecchini teve dúvida quanto a aceitar ou não, pois não vislum-brava uma ligação entre ele, seu trabalho como ator e o Instituto, mas sentiu uma motivação para ajudar, inclusive porque o convi-te, que partiu do presidente, Jô-nadan Ma, foi reforçado pelo seu

ATMA SUPERAÇÃO

Famosos e suas histórias deSuperacao, ~

tio, Luís Henrique Borges Fernan-des (irmão de sua mãe), que é vi-ce-presidente do Instituto. Quem conta é a mãe do ator, Heloísa Helena Gianecchini, que esteve recentemente em Uberaba.

Três anos mais tarde, Giane foi diagnosticado com um linfoma não-Hodgkins, um tipo muito

raro de câncer. Submeteu-se ao tratamento, que incluiu sessões de quimioterapia e também ao autotransplante de medula óssea e superou a doença sempre com um belo sorriso, otimismo e muita fé. “Ele se sentia curado desde o primeiro dia”, frisa a mãe, res-saltando que a postura dele du-rante o tratamento foi sempre de

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ATMA SUPERAÇÃO

confiança chegando a dizer que a doença pode ter sido uma dádiva para ele, porque passou a enxer-gar uma série de coisas. Além do apoio da família, se sentiu fortale-cido pelo amor do público, o que fez parte do seu crescimento. Heloísa ressalta que o filho é mui-to abençoado por Deus e merece essa atenção divina, pois além de ser um filho maravilhoso, é um ser humano raro, simples, apesar da fama, e, de fato, muito solidário. Giane permanece como embai-xador do Instituto e sendo um exemplo de superação. Ele diz que as religiões são uma força que resvala no amor e que sua aproximação com crianças que também enfrentavam a doença lhe fez muito bem, porque elas têm uma postura muito bonita, sendo muito bom compartilhar. Sobre a morte do pai, Reynaldo Cisoto Gianecchini, em decorrên-cia de um câncer no trato diges-tivo, Giane diz que foi um resga-

Jonadan Ma, Heloísa Helena Gianecchini e Luis Henrique Borges

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utra te muito bacana, porque houve

tempo para conversarem e de verbalizar o quanto o amava, He-loísa conta que o marido morreu nos braços do filho, que cantou “Nossa Senhora” de Roberto Car-los, enquanto desapareciam as suas funções vitais. Em 2012, a história de vida do ator Reynaldo Gianecchini vi-rou livro em biografia escrita por Guilherme Fiúza, com o tí-tulo "Giane - Vida, arte e luta”. Atualmente, ele roda o Brasil como protagonista da peça Toca do Coelho, em que atua com as atrizes Maria Fernanda Cândido e Bárbara Paz, sob a direção de Dan Stulbach.

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Vencedoras

REVISTA ATMA 57

ATMA SUPERAÇÃO

A atriz enfrentou uma leucemia e contou com a doação de medula vinda de uma pessoa anônima, que tinha cadastro no banco de sangue, no ano de 2010. Durante o tratamento, passou ainda por transfusão de sangue e sessões de quimioterapia. Atualmente ela está no ar, na novela “Império” interpretando a personagem Cora.

A atriz, mais conhecida pelos humorísticos “Escolinha do Professor Raimundo” e “Sai de Baixo” da Rede globo, descobriu e superou um câncer no mediastino (região do tórax), altamente maligno, em 1986. Ela passou por cirurgia e tratamento de quimioterapia e hoje segue com sua carreira nos palcos do teatro e na televisão.

Claudia Jimenes Patrícia Pillar

Foi durante o autoexame em 2001, aos 37 anos, que a atriz Patricia Pillar sentiu um nódulo em seu seio esquerdo. Depois de uma cirurgia para a retirada do tumor e sessões de quimioterapia, a atriz foi considerada curada pelos médicos.

Elba Ramalho

Elba Ramalho descobriu que estava com câncer de mama em 2010. Ela passou por uma cirurgia para a retirada de um nódulo no seio e fez radioterapia. Com o tratamento, Elba venceu o câncer.

Drica Moraes

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REVISTA ATMA 59

ATMA FISIATRIA

Exercícios refletem nas funções vitais do organismo

Faça exercícios associados a uma dieta bem orientada e equilibrada, mas com controle e supervisão de profissionais habilitados, e evite os efeitos da má prática ou hábito.

Clóvis Antônio Garcia Borges: “A reabilitação não é só uma prática que atinge o físico, mas envolve o psíquico, mental e motivacional”

O prazer de viver é um dos efeitos fisiológicos da prática de exercícios, que deixa as pessoas mais dispostas e com a sensação de ter tomado um estimulante ener-gético. A avaliação é do médico especialista nas áreas de Fisiatria - Medicina Física e Reabilitação e Ortopedia, Clóvis Antônio Garcia Borges, em entrevista à Atma. Ele alerta, entretanto, que antes de se prescrever uma atividade física para o paciente com câncer, se faz impe-rioso conhecer as atuais condições clínicas, seja qual for a fase do trata-mento e o estágio de convalescença. Ele frisa que o objetivo é restaurar as funções perdidas ou debilitadas pela doença e hospitalização, colocando a pessoa de volta às suas condições de qualidade de vida e independên-cia. De acordo com o especialista, os pacientes precisam absorver que os exercícios físicos representam o caminho para o retorno do prazer de viver.

Atma – Antes de prescrever atividades físicas para pessoas com diagnóstico de câncer, o que o médico fisiatra observa?

Clóvis Antônio Garcia Bor-ges - Você menciona câncer e ao assim se exprimir inclui uma gama enorme de cânceres, mas se você se referir aos cânceres que comprome-tem a sexualidade e a reprodução das mulheres, o universo se restringe às mamas, útero, ovários, trompas canal do parto e os anexos externos. Para o câncer, temos de levar em consideração alguns aspectos antes da indicação de qualquer terapia fí-sica, dentre elas exercícios reabilita-dores e de condicionamento físico. Para tanto, é importante investigar-mos e conhecermos as condições

clínicas atuais da paciente, e tam-bém é importante, entre outras, co-nhecer o tipo de câncer, localização, estagiamento, comprometimento de linfonodos, dos órgãos vizinhos e metástases, se foi realizado diag-nóstico e tratamento precoce e ou tardio, tipo de cirurgia e tratamentos complementares (quimioterapia e a radioterapia) e quais funções vitais e motoras se encontram comprometi-das.

Atma – Esse estudo das ati-vidades ideais passa então por uma investigação detalhada?

Clóvis Borges – Temos de sa-ber quais as medidas reabilitadoras foram tomadas desde a hospitaliza-ção e a alta da paciente. Justifico que cada fase é uma fase e, portan-to, deve ser abordada de forma par-

ticular e individualizada. Investigar se a paciente tem dor crônica, inca-pacidades e quais as repercussões estas produziram para as suas ativi-dades da vida diária (higiene pesso-al, alimentação, nutrição, vestuário) e na sua independência, se necessita de suportes e auxílios de locomoção como muletas, bengalas, andadores ou se é um paciente acamado.

Atma – Onde começa a re-abilitação física?

Clóvis Borges – A reabilita-ção física se inicia pela avaliação clínica realizada pelo médico fisia-tra, se existente, que prescreverá as modalidades de atividades físicas a serem realizadas, que envolvem o atendimento de fisioterapeutas, te-rapeutas ocupacionais, nutricionis-tas, fonoaudiólogos, enfermagem e

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60 REVISTA ATMA

professores de educação física, psi-cólogos, através de um tratamento em equipe multidisciplinar, com uti-lização de exercícios sejam eles pas-sivos, ativos, ativo-assistidos, contra a gravidade, resistidos com ou sem peso, mobilização no leito, treino de equilíbrio sentado, fortalecimento de tronco, treino levantar, treino de aumentar a resistência à posição em pé, o treino sentar-levantar, treino de equilíbrio estático e dinâmico, treino coordenação motora de membros superiores e inferiores e a marcha estática, dinâmica e coordenada, que sejam eles iniciados no hospital e continuados na pós-hospitaliza-ção.

Atma – Partindo do princí-pio de que a prática de exercí-cios físicos representa bem-es-tar e qualidade de vida, o que vem em primeiro lugar?

Clóvis Borges – É importante tratar as comorbidades preexistentes como a dor crônica, a presença de paralisia, rigidez articular, déficit de força, bem como restaurar as mo-

Atma - É verdade que a malhação afasta o risco de a pessoa ficar depressiva?

Clóvis Borges – Sim, é verda-de, e este é um dos grandes benefí-cios para todos nós, pacientes sau-dáveis ou portadores de qualquer doença crônica, ainda que cardio-vasculares (hipertensivas, coronario-patas), diabéticos, jovens, adultos, na senilidade, e aí se incluem os vitimados pelo câncer. Este milagre acontece porque o cérebro humano passa a liberar os hormônios da feli-cidade ou do prazer, como as endor-finas e noradrenalina, que inibem a substância P, a histamina.

Atma - O que é fadiga crô-nica?

Clóvis Borges - A fadiga crô-nica ou desânimo sem explicação aparente, dores no corpo, falta de motivação para continuar aquela atividade de que tanto gosta e uma vontade enorme de ir embora logo após chegar ao emprego acontece quando somos submetidos a situa-ções estressantes de trabalho físico e mental. Essa situação leva ao es-

ATMA FISIATRIA

bilidades articulares para melhorar as condições aeróbicas, o que se alcança com exercícios cardiorres-piratórios. O objetivo é restaurar as funções perdidas ou debilitadas pela doença e hospitalização, colocando a paciente de volta às suas condi-ções de qualidade de vida e inde-pendência.

Atma - O senhor acredita que a prática de exercícios me-lhora a resposta ao tratamento?

Clóvis Borges - Não só acre-dito como os indico, mas sempre se deve partir da avaliação médica, de-ve-se conhecer o eu do paciente, suas habilidades não afetadas e o que foi afetado, este é o ponto inicial, para começar um programa de reabili-tação física. Antes de se prescrever uma atividade física se faz imperioso conhecer as atuais condições clíni-cas da paciente, seja qual for a fase do tratamento e o estágio de conva-lescença. Isto só pode ser realizado através de uma consulta com o mé-dico especialista, de preferência da área.

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REVISTA ATMA 61

gotamento que conhecemos como fadiga crônica, porque ela se ma-nifesta por um período superior a três meses. De origem emocional, ela pode atingir crianças e adultos e compromete o desempenho na es-cola, no trabalho e na relação com as demais pessoas no dia a dia, tor-nando todas as atividades antes pra-zerosas, em obrigações desgastantes e chatas.

Atma - Por alterar todo o funcionamento do organismo, pode desencadear outras doen-ças?

Clóvis Borges – Sim, como hipertensão, fobias e ansiedade, problemas cardíacos e gastrite. Trei-no, caminhada e corre-corre com as crianças produzem muito cansaço. Mais popularmente conhecida como fadiga, a estafa periférica se caracte-riza por dores musculares e cansaço físico ocasionados principalmente pela combinação entre desgaste ex-cessivo (sem respeitar o tempo de re-cuperação) e pela má alimentação, além de estafa mental (central) falha de memória.

Atma - Que sintomas da estafa mental, o senhor pode citar?

Clóvis Borges - Insônia, ir-ritabilidade e choro com facilidade, além de desânimo, tristeza e angús-tia, bem como azia, má-digestão, palpitação e diminuição do desejo sexual. Entre as manifestações da estafa física, se encontram os sinto-mas: dores por todo o corpo, apa-tia, falta de ânimo, baixa resistência imunológica e distensão muscular.

Atma - E quais as suas re-comendações para combater a fadiga crônica?

Clóvis Borges - Relaxar é o lema para curar a estafa. Saiba aproveitar os momentos de lazer, converse sobre os problemas com os amigos ou com um profissional e cultive o bom humor. Aprenda a relaxar! Não faça várias tarefas ao mesmo tempo, procure resolver um problema de cada vez e organize as suas prioridades. Não leve preocu-pações do trabalho para casa. Prati-que atividade física com moderação,

respeite o ritmo de seu corpo e pro-cure ter uma alimentação balancea-da e saudável.

Atma - É um grande desa-fio convencer o paciente a conti-nuar praticando exercícios após a alta?

Clóvis Borges - Sim, muitos por comprometimentos de cunho social, psíquico-emocionail, encon-tram dificuldade para praticar regu-larmente atividades físicas recomen-dadas e indicadas.

Atma - O que os pacientes precisam entender com relação à prática de exercícios?

Clóvis Borges - Precisam entender que os exercícios físicos representam o caminho para o re-torno à vida. Necessitam muito do carinho e apoio dos familiares para motivá-los e compartilhar com eles esses momentos. A reabilitação não é só uma prática que atinge o físi-co, mas envolve o psíquico, mental e motivacional. É reabilitar para uma vida mais saudável.

Atma - Muitas vezes o pa-ciente pode ficar sem apetite e com baixa autoestima. Os exer-cícios podem contribuir para elevar o prazer de viver?

Clóvis Borges – Temos, em primeiro lugar, de buscar uma causa orgânica, psíquica e mental e para isso recorremos ao psiquiatra e à terapia de apoio com psicólogos. Sim, o prazer de viver, este é um dos efeitos fisiológicos dos exercícios. Após a prática de exercícios, nos sentimos mais dispostos, ligados, e com a sensação de ter tomado um estimulante energético, inibe o sono e, segundo o estudo, também pode matar a fome.

Atma – O benefício das ati-vidades físicas ultrapassa o obje-tivo de queima de calorias?

Clóvis Borges – Pode se di-zer que sim, claro. Pesquisadores da Unicamp revelam que a prática de exercícios pode também contro-lar a sensação de saciedade. Estudos mostram que a prática de exercícios intensos não abre o apetite, e sim di-minui a fome, a sensação de sacieda-de é duradoura depois de atividades aeróbicas, como a corrida. Os efeitos dos exercícios sobre o organismo não param aí, eles se refletem no organis-mo como um todo e na totalidade das nossas funções vitais. Quer viver mais? Faça exercícios associados a uma die-ta bem orientada e equilibrada, mas com controle e supervisão de profis-sionais habilitados, e evite os efeitos da má prática ou hábito.

ATMA FISIATRIA

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ATMA IEATM

As mulheres estão cada vez mais em ascensão ocupando naturalmente o espaço que merecem por direito. Com-petência não tem qualquer relação com gênero. É o que avalia o presidente do Instituto de Engenharia e Arquitetura do Triângulo Mineiro (IEATM), o engenheiro civil Eleiçon Mariano, que reúne em sua diretoria número recorde de mulheres na história de cinco décadas do instituto.

Entre as diretoras, está a engenhei-ra civil, arquiteta e professora universitá-ria, Elaine Furtado, que dirige o departa-mento universitário e integra o Conselho Diretor. Ela é uma das entrevistadas da revista Atma e uma das convidadas para ilustrar o calendário com renda revertida para o Hospital Dr. Hélio Angotti.

Eleiçon elogia a iniciativa do grupo responsável pela publicação, do qual faz parte a arquiteta Alexandra Rôso, que é 2º vice-presidente do IEATM, e entende que toda a sociedade tem de estar ciente das dificuldades que permeiam o câncer e re-conhecer que o Hospital Dr. Hélio Angotti tem prestado um grande serviço não ape-nas para os pacientes de Uberaba, mas de toda a região.

Para quem está em tratamento, Eleiçon observa que deve olhar a vida, enquanto puder, viver da melhor manei-ra possível. Ele leu uma notícia de que as pessoas acima de 70 anos têm mais propensão para desenvolver a doença. “A vida não acabou para quem tem câncer. Então, vamos olhar a vida.”

A gestão de Eleiçon no IEATM tem uma atenção especial para com a susten-tabilidade. Ele reforça que é responsabili-dade de todo engenheiro e arquiteto prio-rizar o meio ambiente em seus projetos. “Eles têm papel fundamental nesta ques-tão”, diz. Revela que há engenheiros am-bientalistas revolucionando o segmento e acrescenta que o IEATM quer contribuir para o progresso, mas respeitando a na-tureza e tentando melhorar as condições de vida para todos os habitantes.

Eleiçon observa que o Instituto está em fase de elaboração do Planejamento para 2015 e um dos pontos já divulgados envolve a construção da represa anuncia-da pela PMU e o Codau, para atender o abastecimento da cidade em períodos de seca. “Estamos contribuindo com suges-tões pensando no futuro de Uberaba, que passa por um bom momento em nível de avanço na área da construção civil”, fina-liza.

Nova diretoria do IEATM prioriza sustentabilidade

Eleiçon Mariano reforça que é responsabilidade de todo engenheiro e arquiteto priorizar o meio ambiente em

seus projetos

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Eleiçon Mariano de Almeida, 62 anos, é filho de José Mariano

de Almeida e Lígia Gonçalves Pereira. Formou-se em Engenha-ria Civil na Escola de Engenharia do Triângulo Mineiro, em agosto de 1977, e em Administração de Empresas pela Faculdade de Ci-

ências Econômicas, em janeiro de 1983. É casado com a dentista Ana Maria Gonçalves de Almei-da, com quem tem duas filhas: Amanda e Júlia. Dirige a M. Al-meida Engenharia Ltda, empresa do ramo de construção civil, que assinou obras como a ampliação do Hospital de Clínicas da UFTM, ampliação da Coca-Cola (Uber-lândia Refrescos); construção do CMEI (Creche); construção do

INSS (Agencia Araxá); ampliação do Hotel Tamareiras Uberaba.

REVISTA ATMA 63

Eleiçon Mariano, Paulo Piau, Gilberto Resende, José Elias Miziara e Altamir Rôso

Família de Eleiçon Mariano

Page 64: Revista Atma 1ª Edicão

Qualidade de vida do tamanho da sua

necessidade

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Page 65: Revista Atma 1ª Edicão

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ATMA VOLUNTARIADO

Com o passar do tempo, o trabalho do Palhamédicos se estendeu para além da humanização hospitalar

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Palhamédicos

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REVISTA ATMA 67

ATMA VOLUNTARIADO

O grupo Palhamédicos do Senhor sur-giu em 29 de julho de 2012, com visi-tas a pacientes do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), inspirado no traba-lho dos Doutores da Alegria, de São Paulo, e da ATMO, no Nordeste. A presidente do grupo, Patrícia Helena de Oliveira, conta que tudo começou após ela ter tido um sério problema de saúde e se recuperado em 100%, sem sequelas. Com o passar do tempo, o trabalho se estendeu para além da humanização hospitalar com realização de cam-panhas dentro e fora do hospital e a prestar assistência a famílias carentes, com doações de roupas, calçados, enxovais para recém-nascidos, leite, remédios mediante apresentação de receituário médico, cestas básicas e encaminhamentos a vagas de empre-go. Ao longo deste ano, o Palhamédicos realizou seis campanhas: Páscoa Soli-dária, Dia das Mães, campanha de in-centivo à doação de sangue, Campa-

nha de Incentivo à Doação de Medula Óssea, Dia da Criança e Natal. O grupo conta com 40 voluntários, que fazem visitas semanais aos pacientes do HC e que auxiliam na realização das campanhas.No hospital, trabalhamos diretamente com os pacientes e seus acompa-nhantes e também com os funcioná-rios do hospital. Eles atuam direto com pacientes em tratamento con-tra o câncer, tanto crianças como adultos. “É uma sensação única conseguir fazer aquela criança ou adulto esquecer, nem que seja por alguns momentos, a dor e toda a dificuldade que traz um tratamen-to como o de câncer. Conseguir arrancar sorrisos deles para nós é algo esplêndido, que não tem di-nheiro no mundo que pague”, re-vela, acrescentando que são sensa-ções e sentimentos impossíveis de se descrever com palavras. “É preciso vivenciar para saber.”Patrícia admite que não é um trabalho fácil. É árduo e leva os integrantes a

Doutores da Alegria inspiram

extremos. É preciso estar psicologica-mente preparado para vivenciar várias situações. Há aqueles que os levam ao delírio de tanta felicidade ao ver a vitória dos pacientes e também aque-les que sofrem muito ao perder um deles. “Viramos a segunda família de nossos pacientes e eles a nossa. Cria-mos laços afetivos com todos devido à longa convivência com eles”, enfatiza. Observa que o grupo vibra nas bata-lhas ganhas e chora nas que perdem.A ONG não recebe apoio do gover-no para o trabalho. Patrícia como presidente, se empenha para reunir recursos visando a manutenção das atividades. A compra de jalecos, ma-terial para pinturas e acessórios para os palhaços, é feita pelos próprios voluntários. A população uberaben-se conhece e admira o trabalho do Palhamédicos, tanto que durante as campanhas recebe muitas doações, o que motiva os voluntários a manterem a missão com a expectativa e a fé de que conseguirão alcançar suas metas com sucesso.

Conseguir arrancar sorrisos é algo esplêndido, que não tem dinheiro no mundo que pague

Palhamédicos

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ATMA NUTRIÇÃO

O câncer é uma doença multifato-rial e a má alimentação é um dos fatores que interferem no seu surgi-mento. A afirmação é da nutricio-nista, pós-graduanda em Nutrição Materno Infantil, Daniela Prata Tei-xeira, acrescentando que é impor-tante considerar a terapia nutricio-nal nas diversas etapas da doença, seja na prevenção, no tratamento, na cura ou mesmo em pacientes de câncer em fase terminal. Adotar uma alimentação saudável, segun-do ela, é fundamental na preven-ção da doença.

A nutricionista revela que alguns alimentos possuem agentes cance-rígenos que estão relacionados à causa de tumores e devem ser evi-tados. É o caso das nitrosaminas, produto final dos nitratos encontra-dos em embutidos e em algumas conservas e enlatados. O alcatrão, proveniente da fumaça do carvão, ressalta, encontrado em alimentos defumados e no churrasco, tam-bém é considerado um agente cancerígeno, assim como as afla-toxinas que podem ser encontradas em grãos e cereais armazenados em lugares inadequados e úmidos.

Daniela comenta que há vários estudos comprovando que o con-sumo regular de alguns alimentos que possuem substâncias nutracêu-ticas pode prevenir o surgimento de alguns tipos de câncer. É o caso da soja que possui isoflavonas, do tomate que possui licopeno, a pimenta (capsaicina), os óleos de peixe (DHA e EPA), a cebola e o alho (compostos organosulfúricos), uvas (resveratrol), o açafrão (cur-

cumina) e o gengibre (gingerol). “Porém, no que diz respeito à nutri-ção, é importante sempre levar em consideração a individualidade de cada paciente e buscar uma dieta equilibrada, sem rotular certos ali-mentos como vilões ou mocinhos”, destaca.

De uma maneira geral, a nutricio-nista recomenda a adoção de uma dieta rica em frutas, hortaliças e

alimentos integrais, bem como res-tringir preparações muito gorduro-sas, carne vermelha, processadas (frios, embutidos e carnes defuma-das) e restringir o consumo de sal, tem se revelado eficaz na preven-ção da doença.

Nutricionista garante que alimentação saudável previne câncer

Daniela Prata Teixeira: “Adotar dieta rica em frutas, hortaliças e alimentos integrais, bem como restringir preparações muito gordurosas, tem se revelado eficaz na prevenção”

REVISTA ATMA 69

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REVISTA ATMA 71

ATMA VENCER

A Associação dos Voluntários de Combate ao Câncer de Ubera-ba (AVCCU), mais conhecida por Vencer, tem compromisso com o ser humano desde a sua fundação em 9 de dezembro de 1998, por um grupo de uberabenses lidera-dos pelas senhoras Sandra Abadia Gomes de Andrade e Nilda Curi Barra, que, com apoio da Associa-ção Paulista Feminina de Comba-te ao Câncer, iniciou as atividades com 120 voluntários, em abril de 1999. A atual presidente da Ven-cer, Zuleica Acedo Lyrio, diz que o quadro de voluntários aumentou, saltou de 120 para 160, mas que ainda há muito espaço para que mais pessoas contribuam doando tempo e atenção, pois são atendi-das diariamente 500 pessoas..

A filosofia da Vencer, segun-do Zuleica, busca proporcionar à

pessoa carente com câncer o res-gate da sua cidadania, autoesti-ma e confiança. Ela observa que a instituição se empenha para pres-tar serviços assistenciais, e, ainda, para liderar e colaborar com a so-ciedade uberabense e da região, nas ações preventivas de combate à doença.

Enquanto os pacientes caren-tes aguardam consultas e sessões de quimioterapia, no ambulatório do Hospital Dr. Hélio Angotti, a Vencer oferece lanches diários em dois turnos, de segunda a sexta, preparados na sede da associação. Os que estão no leito recebem kits higiene pessoal em dois turnos. Também providencia corte de ca-belo, barba e unhas dos pacientes internados.

Para que as pacientes, em es-pecial às que fazem o tratamento

com a quimioterapia, mantenham o astral em alta, a Vencer faz dis-tribuição de perucas e lenços e promove oficinas de costura, em que confeccionam campos cirúrgi-cos, pijamas, camisolas, hotelaria para o Hospital Dr. Hélio Angotti, ou seja, toalhas de banho, lençóis, fronhas, etc, bem como oficina de confecção de fraldas, com repasse para o Hospital e para pacientes em domicílio. Entre as áreas de atuação se incluem distribuição de cestas básicas, repasse de medi-camentos para os pacientes após receberem alta, repasse de medi-camentos ao Hospital, suporte com a dieta aos pacientes que estão na alimentação especial e até paga-mento de consultas e exames não cobertos pelo SUS.

A sede da Vencer está lo-calizada na rua Governador Va-ladares, 629, com os telefones (34) 3333-1952 e 3333-0670. Os interessados podem fazer con-tato pelo e-mail [email protected]. Para doar, basta fazer um depósito na Cai-xa Econômica Federal, agência 0160 , operação 003, conta cor-rente 502.779-4.

VENCER apoia doentes com câncer e suas famílias

Zuleika Acedo Lyrio: “Atendemos 500 pessoas por dia; ainda há espaço para novos voluntários”

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A Família Ma Shou Tao tem uma história baseada totalmente na fé em Deus. A vinda para o Brasil aconteceu em 1959, por decisão dos patriarcas, então com dois filhos e esperando o nascimento do terceiro. Cristãos, eles colocaram nas mãos de Deus, pedi-ram a direção dEle. Havia duas op-ções: Estados Unidos e Brasil. Deus sinalizou para que eles viessem para o Brasil, mesmo sendo criticados por muita gente. Fim da década de 50, entre Estados Unidos e Brasil, uma fa-mília chinesa, que falava inglês, e vir para o Brasil, sem conhecer a língua, veio pela fé. Foram 55 dias de navio, via Hong Kong, África do Sul, apor-

ATMA AÇÃO

Família Ma Shou Tao:

exemplo de fé e responsabilidade social

Jônadan Ma concilia as suas atividades empresariais com a presidencia do Instituto Boa Fé

com lavoura de soja, trigo, cresceu, se desenvolveu, e, em 73, com a expan-são da atividade e do crescimento da empresa e da fazenda, acabou vindo para Uberaba (MG), onde entrou pelo Portal do Cerrado, e se instalou em Conquista (MG).

A vinda para Uberaba também foi um ato de fé. A família estava es-tabilizada e resolveu mudar de região, para o Cerrado, onde não havia nada na área da agricultura. Assim, a famí-lia veio para desenvolver a cultura da soja evidenciando que o pioneirismo e o empreendedorismo são as marcas da família.

Um passo à frenteCristã, a Família Ma Shou Tao

veio fugindo do comunismo, pois foi perseguida na China devido à questão ideológica, encontrou no Brasil uma hospitalidade fantástica e iniciou bus-cando manter uma atividade econo-micamente rentável e conseguiu. Ma Shou Tao sempre se destacou por de-senvolver tecnologias para ser tecni-camente adequado, avançado. E com o crescimento, a partir da década de 80/90, a questão ambiental passou a merecer mais atenção, quando deu início a uma agricultura mais respon-sável com a preservação dos recursos naturais, e utilizando tecnologias de conservação do solo, controle bioló-gico, controle de pragas e doenças, manejo integrado para que a ativida-de econômica, além de rentável, fosse ambientalmente correta. Conquistou três degraus: uma atividade economi-camente rentável, uma empresa tecni-camente avançada e ambientalmente correta.

O quarto péEm 2008, a família, que então já

era um grupo, com atividades também na pecuária, e um terceiro braço da indústria de alimentos e uma unidade de comércio internacional, todas liga-das ao agronegócio e viu que dentre os fundamentos econômicos faltava uma peça: tornar o grupo socialmen-te responsável e decidiu criar o quarto pé para ser uma empresa sustentável sob todos os aspectos. Na pesquisa para escolher onde investir optou pela saúde, especialmente o câncer, quan-do o Hospital Dr. Hélio Angotti estava prestes a fechar as portas. A definição se baseou em quatro pontos: o câncer é uma doença que atinge qualquer pessoa, independente da idade, do grau cultural, social, econômico, ra-cial; o tratamento é de altíssimo custo

taram em Santos, moraram em São Paulo de 59 a 63, e começaram a trabalhar na atividade industrial, com o pai economista e administrador de empresas.

Em 63, o patriarca percebeu que o Brasil queria começar a sua indus-trialização, com a vinda de indústrias automobilísticas, mas não tinha uma agricultura sólida. Ele aprendeu na economia que nenhum país torna-se desenvolvido sem primeiro passar por uma agricultura desenvolvida. Assim, deixou a indústria de lâmpadas e com a família se mudou para o Rio Gran-de do Sul, para investir na agricultu-ra, começou aprendendo a trabalhar

Page 73: Revista Atma 1ª Edicão

ATMA AÇÃO

REVISTA ATMA 73

em que a acessibilidade de 95% dos pacientes depende do governo, do SUS; é uma doença que desestrutu-ra toda a família e a inexistência de um trabalho permanente e consistente de suporte social, de responsabilidade social. Estava totalmente baseado em ações pontuais e filantrópicas.

O grupo avaliou que já existia uma associação de voluntários efi-ciente, que é a Vencer, e decidiu criar o Instituto emprestando o nome do grupo Boa fé, em 15 de outubro de 2008. Naquele ano, o Hospital Dr. Hélio Angotti passava pela sua pior crise, em consequência de anos de problemas crônicos, não só de gestão, mas de transparência, de prestação de contas, e falta de apoio.

Vencendo adversidadesQuando a sociedade viu que o

Grupo Boa Fé, um grupo consolida-do, composto pela família Ma Shou Tao, decidiu criar um instituto associa-do a empresários, profissionais libe-rais, pessoas de bem que se uniram para criar uma instituição de direito privado, mas aberto a eleição e com estatuto que rege objetivando suprir financeiramente para comprar medi-camentos e dar suporte à família dos pacientes oncológicos, com compro-metimento formal e ético, surgiu ques-tionamento grande, inclusive por amigos, além de críticas em geral. Jônadan Ma, presidente do instituto, lembra que o Gru-po acreditou na mudança, que poderia fazer a diferença, enfrentou e venceu as adversidades. “Um grupo acreditou junto conosco participando da diretoria e con-seguimos consolidar a história do Institu-to”, frisa.

Suporte permanenteO Instituto Boa Fé não repassa

dinheiro ao Hospital Dr. Hélio Angotti. Jônadan explica que o Instituto capta recursos revertidos à compra dos medi-camentos, a partir de uma lista repas-sada pelo hospital para o mês. É feita a compra, a entrega é conferida, bem como onde e com quem foi usada a medicação. Existe esse trabalho que dá a tranquilidade para a aplicação do recurso. O Instituto já arrecadou qua-se R$ 3 milhões, por meio de leilões, jantares, almoços, doações pontuais, doações permanentes com a contri-buição mensal de colaboradores de empresas. “Nós incentivamos o com-prometimento formal e permanente, pois o paciente de câncer precisa de um tratamento que pode durar seis meses ou talvez a vida inteira. Investi-

mos aproximadamente R$ 50 mil por mês para que não haja interrupção nos tratamentos. Este é o sentido do Instituto.” Com a fundação do Ins-tituto, outras pessoas começaram a ajudar.

Jônadan revela que o Instituto exigiu uma mudança de posição dentro do próprio hospital para que os medica-mentos pudessem ser aportados e hou-ve uma decisão por parte do Dr. Délcio Scandiuzzi, que imprimiu um choque de gestão transformando o hospital num dos mais importantes da região. Com-plementa que desde então, foi formado um somatório de doações e surgiu a Rede de Proteção Social composta pelo próprio hospital, o Instituto Boa Fé, a Vencer, e o Instituto Agronelli com ações coordenadas também na região.

Responsabilidade socialToda a família Ma Shou Tao e sua

rede de amigos abraçaram a causa. Há dois membros na diretoria e quatro no conselho. O conceito da responsabili-dade social empresarial, segundo Jô-nadan, ainda está sendo construído no Brasil. “As grandes empresas, principal-mente multinacionais, já têm suas ações de responsabilidade social empresarial para envolver e comprometer todos os que gravitam ao redor, de forma ética, formal e permanente.” Quem pratica este conceito é reconhecido pela so-ciedade. As empresas que têm res-ponsabilidade ambiental e social, não somente aos olhos internacionais, têm mais confiabilidade, bem como o que elas produzem têm aceitação maior. “No nosso caso, estamos salvando vi-das. Só quem faz pode experimentar como é gratificante, no fundo do seu coração, saber que com a sua ajuda alguém vive. E isso não tem preço”.

Sobre o presidenteJônadan Ma concilia as suas

atividades empresariais como diretor do Grupo Ma Shou Tao, com a pre-sidência do Instituto Boa Fé, desde a

sua fundação, em 2008, e também preside a Associação de Criadores de Girolando. Tanto quanto decidir sobre a cultura da soja, operação de vendas de gado e de leite e da indústria, ele precisa ter tempo de cuidar do Instituto, porque ele faz parte das atividades dele como em-presário. “Quanto mais apertado o tempo, mais tempo sobra, porque para ajudar Deus dá força. Se for colocar na agenda, não há tempo”, admite. Jônadan e a família são cris-tãos evangélicos, “mas respeitamos todas as religiões”. Dois de seus ir-mãos são missionários com atuação no exterior (Estados Unidos e África). Ele diz que a fé em Deus é igual e toda a família procura propagar esta fé, o que não a leva a ser discrimi-nada por ninguém, pois abraçam a todos. O símbolo do Instituto Boa Fé são três flores. Ele diz que a Bíblia fala que os três maiores dons que uma pessoa pode ter é fé, esperan-ça e amor, porém, o maior deles é o amor. Jônadan tem contato com beneficiados pelo Instituto e em um dos casos, a mãe de uma paciente com suspeita de câncer, felizmente o tumor era benigno, em gratidão pelo atendimento acolhedor e amo-roso oferecido à filha pelo Hospital Dr. Hélio Angotti, decidiu promover uma Cavalgada Solidária, com ren-da revertida para o Instituto. Jôna-dan observa que a grande diferença do Hospital Dr. Hélio Angotti é esta: embora 95% do tratamento sejam via SUS, é como se fosse o melhor particular. E é isso o que lhe dá ale-gria de trabalhar lá dentro. Essa mãe comprou a vaca, cozinhou e serviu as quase 200 pessoas sem cansa-ço para tentar retribuir um pouco o amor que a filha recebeu no hospi-tal. “As pessoas recebendo amor e depois retribuindo com amor: este é o melhor atestado da competência e do trabalho do Hospital e do Institu-to Boa Fé”, finaliza.

Jônadan Hsuan Min Ma é en-genheiro agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura (Esalq) da USP, tem MBA em Ges-tão Empresarial pela FGV e está entre as 100 personalidades mais influentes do agronegócio brasileiro, segundo publicação comemorativa dos 10 anos da revista Dinheiro Ru-ral, do último mês de outubro. Ele é casado há 31 anos com Ângela To-ledo Ma, com quem tem três filhos: Enos, Samuel e Ana.

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A busca da sustentabilidade é um processo em andamento e parece estar muito longe do fim. É tarefa de toda a sociedade. Um projeto que todos devem tentar se engajar. A avaliação é da advogada pós-graduada em Direito Ambiental, Érika Cristi-na da Cunha. Ela esclarece que o desenvolvimento sustentável, um conceito ainda em constru-ção, engloba as dimensões eco-nômico-ambiental e social das ações humanas, bem como suas consequências sobre o planeta e os seres que o habitam.Segundo Érika, para ser susten-tável, uma empresa ou empreen-dimento tem que buscar em suas ações e decisões, em seus proces-sos e produtos, permanentemen-te, a ecoeficiência. Significa dizer que tem de produzir mais e me-lhor com menos: mais produtos de melhor qualidade, com menos poluição e menos uso dos recur-sos naturais. Ela considera um grande desafio, sem dúvida, pois exige escolhas inovadoras e novas formas de pensar. A advogada acrescenta que uma empresa engajada na busca da sustentabilidade deve também

Sustentabilidade garante ganhos de imagem e visibilidade

ser socialmente responsável, pois ela está inserida num ambiente no qual influi e do qual recebe influ-ência. “Inicialmente, esta propos-ta deve estar focada na melhoria contínua na sua relação com seus funcionários, comunidade e par-ceiros”, frisa. Para alcançar es-tes objetivos, Érika cita práticas de sustentabilidade empresariais

Advogada pós-graduada em Direito

Ambiental, Érika Cristina da Cunha

mais valorizadas e imprescin-díveis como a não utilização do trabalho infantil e forçado, “infe-lizmente presenciado até hoje”. Para extinguir tão horrenda rea-lidade, de acordo com ela, deve ser exigido em contrato, que toda a cadeia de valor assuma a mes-ma postura. Outra forma de favorecer a sus-tentabilidade, diz, é oferecer oportunidade de igualdades, com programas de contrata-ção, capacitação e promoção de mulheres, negros e pessoas com deficiência. Não menos im-portantes, segundo ela, são o apoio e a preocupação com a reciclagem. Destaca que este é um ponto que já não basta ape-nas ser neutro, é preciso gerar impacto positivo, pois são mui-tas e diversas as formas de uma empresa comprometer-se com a sustentabilidade. Érika garan-te que essa postura empresarial é recompensada com ganhos de imagem e visibilidade, sendo ainda menos propícias a litígios judiciais. “De fato, um bom ne-gócio! Uma forma ética e rentá-vel de deixar sua marca no mun-do”, finaliza.

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O Hospital Dr. Hélio Angotti está credenciado pelo Ministério da Saúde para captar doações dedutíveis de pessoas físicas e jurídicas. O esclarecimento é da gerente de Relacionamento Corporativo da Rede de Proteção Social do Hospital, Geise Alvina Degraf Terra.

Atma - De que forma as pessoas podem contribuir com a manutenção do Hospital Dr. Hélio Angotti?

Geise Alvina Degraf Terra - As pes-soas têm contribuído muito com o Hospital Dr Hélio Angotti doando tempo, talento, conhecimento e recursos materiais e finan-ceiros. Neste ano de 2014, mais de 1,5 mil voluntários doaram 60 mil horas de traba-lho para a instituição, através da participa-ção no desenvolvimento de nossos eventos de arrecadação. Muitas pessoas fidelizam doações através de nossas campanhas de arrecadação, pela conta da CTBC, Cemig e Codau, e doações pelas contas bancárias, indicadas no site www.helioangotti.com.br. É uma multidão de pessoas voluntárias, a maioria anônima, que diariamente colo-cam-se à disposição de nos ajudar a salvar vidas.

Atma – As doações de pessoas físi-

cas e jurídicas são passíveis de dedução no imposto de renda?

Geise Degraf - Estamos divulgando neste momento a possibilidade de doação com dedução pelo Pronon – Programa Na-cional de Apoio à Atenção Oncológica. O

ATMA RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL

Multidão de voluntários ajudaHospital do Câncer a salvar vidas

Geise Degraf revela que mais de 1,5 mil voluntários doaram horas de trabalho

para o Hospital em 2014

O I Encontro de Comitivas, com renda para o Hospital Dr. Hélio Angotti, promovido pelo empresário Alcides Borges de Oliveira, que dirige a Renutre Comércio e Represen-tação, reuniu em sua fazenda, nos dias 5 e 6 deste mês, tropeiros de Uberaba, Tapira, Sacramento, Campo Florido, Frutal, Planura e Conceição das Alagoas. Ele gosta de co-memorar seu aniversário (4/12) fazendo algo que beneficie quem mais precisa. No ano passado, promoveu um grande evento com a presença do cantor Marciano, com arreca-dação para a Vencer. Com este encontro, o

Empresário realiza sonho e reverte renda para o Hospital do Câncer

Trajetória ganhará documentário especial do Canal do Boi

Alcides Borges de Oliveira

Hospital Dr. Hélio Angotti está credenciado junto ao Ministério da Saúde para captar doações dedutíveis de pessoas físicas e jurí-dicas. Os doadores deduzem até 1% do im-posto de renda. Estamos com uma equipe especializada para orientar as empresas e os contadores sobre a doação. As doações de roupas podem ser encaminhadas ao gru-po Vencer-Voluntários Empenhados contra o Câncer, nosso parceiro, que realiza bazar direcionando benefícios para o hospital.

Atma - De quanto o Hospital Dr.

Hélio Angotti precisa para se manter? Que percentual desse total vem de doa-ções?

Geise Gegraf - O tratamento de mais de quatro mil pacientes, atualmente, tem investimento médio mensal de R$ 4,3 milhões, conforme a nossa Direção Execu-tiva. As doações representam, em média, 26% do investimento mensal no tratamento dos pacientes.

Atma - O trabalho do Instituto Boa Fé tem representado uma ajuda impor-tante?

Geise Degraf - É um dos mais im-portantes parceiros. É uma instituição que tem mobilizado muitos atores regionais para apoio à causa. Nestes últimos cinco anos, realizou leilões anuais, beneficiando com os recursos arrecadados mais de seis mil pessoas.

Atma - Muitos acham que doar

para uma instituição é gasto, mas não se-ria um investimento?

Geise Degraf - Quando direciona-mos nosso olhar para o social, para a res-ponsabilidade social, percebemos que a questão de valor toma outra proporção. O tratamento do câncer, a qualidade de vida do paciente e de sua família são va-lores intangíveis, imensuráveis. Não se pode avaliar em cifras o bem-estar do ser humano, como se pode avaliar e mensu-rar os investimentos com medicamentos e materiais, por exemplo, (mensalmente o hospital faz investimento aproximado de um milhão de reais, nesta área). Solida-riedade é inerente ao ser humano, não é um sentimento de buscar algo em troca. É um dom que desperta em cada um de nós, de diferentes formas, em diferentes cau-sas, mas tão grandioso que literalmente salva vidas.

beneficiado direto é o hospital. Na sexta-feira, dia 5, foi a vez da Pou-

sada dos Tropeiros, em que havia nove cozi-nhas típicas que envolveram os participantes com os mais inusitados sabores e temperos. Os participantes acamparam no local com direito a café da manhã, almoço e jantar. A inscrição teve custo simbólico de R$ 30.

Um dos pioneiros na realização de cavalgada na região, chegou a fazer nove consecutivas, Alcides é um dos precursores da popularização do esporte, no interior mi-neiro. Admite que muitos foram parceiros e partilha a opinião de que ninguém faz nada sozinho. “Gosto de ajudar”, frisa. Ele não di-vulga, mas sabe-se que recentemente aju-dou a promover uma “Cãominhada” com renda para o Sanatório Espírita. Sua filoso-fia de empresário socialmente responsável o transforma num dos grandes incentivadores para a prática da solidariedade em Uberaba. Com a cavalgada, Alcides realiza um sonho, porque é saudosista, gosta de moda de viola e roça. Mesmo com o tempo chuvoso, o calor

é diferente. É calor humano. Ter uma família muito bem estrutura-

da - é casado com Monica Barbosa e tem dois filhos: Carolina e Túlio - e dirigir a bem su-cedida Renutre, que completará 30 anos em abril de 2015 deixa Alcides muito feliz. “Já tenho até sucessor, pois meu filho está cur-sando Administração e trabalha na empresa ao meu lado”, revela. Assim, ele tem mais tempo para pensar em estratégias com as quais possa beneficiar um número maior de pessoas. Tanto que a sua trajetória ganhará um documentário especial do Canal do Boi.

Em fevereiro de 2015, Alcides, através do Sindicato Rural de Uberaba, do qual é di-retor, trará à cidade o agricultor Pedro Diesel, conhecido como salvador das nascentes. Die-sel se dedica integralmente à recuperação de nascentes assoreadas, pisoteadas pelo gado ou simplesmente abandonadas. O evento será realizado nos dias 3, 4 e 5 de fevereiro. A inscrição é gratuita. Para quem se surpre-ende, ele responde: “já consegui patrocina-dor."

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O médico oncologista Délcio Scandiuzzi revela que a instituição fechou 2013 com déficit mensal próximo de R$ 600 mil, pois a cobertura do SUS

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Apenas para medicamentos e materiais hospitalares necessários para a manutenção do atendimento, a despesa do hospital corresponde a quase R$ 1 milhão

Hospital Dr. Hélio Angotti atende mais de 140 municípios da região

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O médico oncologista Délcio Scandiuzzi diz que os eventos organizados por parceiros são importantes para a sobrevivência do hospital

não ultrapassa 65%. Mais de 140 municípios, principalmen-te do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, região com mais de 3 milhões de habitantes, con-

forme cálculo do Ministério da Saúde, encaminham pacientes para o Hospital Dr. Hélio An-gotti, mantido pela Associação de Combate ao Câncer do Bra-sil Central (ACCBC).

O presidente do Hospital revela que os hospitais filantró-picos de câncer do Brasil têm vivido anos muito difíceis. Eles somam 33 instituições e são insuficientes para atender toda a população pelo SUS. Mas ele prefere buscar a ajuda de todas as esferas de governo e da sociedade a reclamar.Para funcionar, o Hospital Dr. Hélio Angotti tem custo mensal mé-dio de R$ 4,3 milhões e recebe aproximadamente R$ 1,7 mi-lhão do Sistema Único de Saú-de (SUS). O Estado de Minas Gerais complementa com aju-da mensal de R$ 176 mil (via Pro-Hosp) e o governo federal envia outros R$ 319 mil, além da remuneração do SUS pelos serviços.

No período 2010/2013, houve aumento de 1.000 para 4.000 pacientes e a instituição fechou 2013 com déficit mensal próximo de R$ 600 mil, pois a cobertura do SUS para os inves-timentos no tratamento não ul-trapassa 65% do total.

Os 311.414 atendimentos em 2013, assinalados no Balan-ço/2013, foi 63,50% superior ao verificado no ano de 2010. A aplicação de quimioterapia, por exemplo, item mais expres-

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sivo no tratamento, cresceu 204,59%, em comparação com 2010, quando a série social co-meçou a ser levantada.

Apenas para medicamen-tos e materiais hospitalares ne-cessários para a manutenção do atendimento a despesa corres-ponde a quase R$ 1 milhão.

A resposta aos pedidos de ajuda da instituição tem vindo da população dos municípios atendidos, como demonstra a agenda de ações em prol dos

pacientes.(www.helioangotti.com.

br/eventos.asp), onde estão listados mais de 20 even-tos, entre leilões, almoços e outros. Este ano, todos eles devem arrecadar mais de R$ 10 milhões para co-brir o déficit previsto (R$ 13 milhões).

Os eventos são coor-denados pela Rede de Pro-teção do Hospital Dr. Hélio Angotti, formada também

pelo Instituto Boa Fé e Ins-tituto Agronelli, além da As-sociação Vencer. “Eventos or-ganizados por esses parceiros também geram contribuições muito importantes para nossa sobrevivência”, avalia Scan-diuzzi. Embora a luta seja di-fícil, o presidente afirma que a equipe de gestores continua com o “pé na estrada” anga-riando apoios no Triângulo Mi-neiro para a missão do Hospi-tal de atender bem.

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