revista arte decor - 1ª edição

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LUIZ HUMBERTO - A ARTE DE INTERPRETAR AMBIENTES CASA COR BAHIA2014 CASA FOA 2014 - BUENOS AIRES O ESTILO DE CATIA BACELLAR arte DECOR Edição 01 | Dezembro 2014 Estilo Moderno de Cozinhas!

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ARTE DECOR é uma revista conceito que reúne informações, dicas e vários projetos desenvolvidos por profissionais de arquitetura e decoração. A ARTE DECOR é pensada para atender ao público baiano com projetos de profissionais que atuam na capital, desde construção, reforma, tendências de interiores e exteriores, soluções criativas para todos os tipos de espaço, até moda e dicas gastronômicas. A revista ARTE DECOR será o espaço para profissionais dos mais renomados aos estudantes, e trará desde os conceitos mais arrojados, até os mais simples. Nossos profissionais darão dicas de construção, revestimentos, metais, texturas, materiais, móveis, cores, iluminação, objetos de decoração, tecidos e acessórios, enfim, tudo o que você precisa para realizar o seu projeto.

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LUIZ HUMBERTO - A ARTE DE INTERPRETAR

AMBIENTES CASA COR BAHIA2014

CASA FOA 2014 - BUENOS AIRES

O ESTILO DE CATIA BACELLAR

arteDECOREdição 01 | Dezembro 2014

Estilo Moderno de Cozinhas!

2 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

3ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

4 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

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SUMÁRIO

06 A Arte de Interpretar – Luiz Humberto Carvalho

08 Brasileira de Coração – Ximena Dell Pilar

10 Papel de Parede Moderno

13 Homenagem - Sizininha Simões e Sérgio Rodrigues

14 Nágila Andrade – Um Caso de Amor pela EBADE

16 Estilo Moderno de Cozinha

23 Casa FOA 2014 – Buenos Aires

24 O Segredo de uma Cozinha

26 O Estilo de Catia Bacellar

28 Charme de Cozinha

31 Ambientes Casa Cor Bahia 2014

40 Design Ética Técnicas

43 Meias Palavras sobre Jardinagem

44 Profissionais

51 Gastronomia – Tipicamente Portuguesa

52 Tendência – Fique Antenado

54 A Arte da Pintura

56 Inauguração Criare

DEZEMBRO 2014

26 06ARQUITETURA, DESIGN E DECORAÇÃO

5ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

É com grande prazer e satisfação que concretizamos a primeira edição da “Revista Artedecor”. Nós procura-mos engrandecer esse projeto com a produção de textos desenvolvidos por profissionais nas áreas de decoração e arquitetura, como também abrir espa-ços para publicações e divulgação no

segmento de moda, paisagismo e gastronomia.Todos os textos publicados nesta primeira edição da revis-ta foram submetidos à análise crítica do corpo editorial, que consta de cinco profissionais da área de jornalismo, design e áreas correlatas. A construção do projeto da Revista Artedecor, passou por diversas etapas até a sua conclusão. No decorrer do pro-cesso os responsáveis pela revista, tiveram a humildade de ouvir a opinião de diversos profissionais até o resul-tado final. Um dos grandes aprendizados que absorvemos nessa elaboração foi à ética, humildade e o amor pela profissão, pelo que se faz.Finalizamos agradecendo a Deus, a Terenzo Design, aos profissionais e a ABD, Associação Baiana de Decoração, em especial a diretora Catia Bacellar pela contribuição com sugestões, ideias, indicações e textos para concretização desse projeto.

Arnaldo Almeida Filho

• Projeto Gráfico e Diagramação • JV Design e Comunicação Visual

• Editor Chefe • Núbia Passos

• Corpo Editorial • Arnaldo Almeida, Jéssica Mendes, Milena de Oliveira Ribeiro, Núbia Passos e Rosânia Maxixe

• Fotografia • Roberto Cunha

• Revisão • Anna Maria Vasconcelos de Paula

• Impressão • Halley S/A Gráfica e Edi-tora

• Colaboraram nesta edição •

Ana Lúcia Almeida, Bianca Borges, Catia Bacellar, Cris Ávila Camerino, Decarla Senna, Fabiana Lessa, Isadora Alencar, Jefi Zavarize, Luiz Humberto, Luzia Vitório, Manuela Embiruçú, Marcelo de Oliveira, Mariana Pedrão, Marister Manfroi, Marizete Vieira, Nágila Andrade, Rosânia Maxixe, Paulo Jorge Mendes, Simone Drouillard, Tatiane Rodrigues, Ximena Del Pilar.

Rua Euvaldo Santos Leite, nº 256Loja 2, Centro, Lauro de Freitas, CEP 42700-000

Tels. +55 71 3508-0148 +55 71 9100-2553 +55 71 9600-0783

[email protected]

expediente ARTEDECOR

Diretor

A maior vitória numa competição é derivada da satisfação interna de saber que você fez o seu melhor, e que obteve o máximo daquilo que você deu.

6 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

A ARTE DE INTERPRETAR COM SIMPLICIDADE E ORIGINALIDADE

ARQUITETURA

POR: MILENA RIBEIRO

As primeiras residências surgiram na

Antiguidade, no Oriente Médio e na Ásia

Central. Naquele momento, a arquite-

tura, ainda rudimentar, era à base de

construções com lama, argila e madeira.

O primeiro arquiteto da história, Imhotep,

300 a.C, foi o responsável pela construção

da primeira pirâmide do Egito. A partir

desse momento cronológico, a arquitetura

começou a criar sua identidade e, tempos

depois, fixou a forma geométrica impe-

trada nas imponentes estruturas gregas.

Séculos se passaram até o aparecimento

da arquitetura pós-moderna que daria

origem à então conhecida como “arquite-

tura do futuro”. Do passado, algumas

características permaneceram, ou, sim-

plesmente, foram readaptadas, como a

formatação atual do “Museu do Louvre”,

na Europa, por exemplo, que foi inspirado,

nas citadas pirâmides.

O advento da universalização, a troca de

hábitos culturais e a adaptação de fatores

estrangeiros, bem como a evolução da

tecnologia nas últimas décadas propi-

ciaram um novo alcance do conceito de

arquitetura.

Atualmente, assim como o setor de ves-

tuário, as residências estão cada vez mais

modernas e arrojadas à moda do cliente.

E não somente relacionadas ao perfil

histórico de um determinado país, como

as próprias pirâmides são para o Egito.

No Brasil, nos primórdios do século

passado, as casas e os apartamentos

tinham um desenho mais comum e nada

versátil. Chamados de “caixa de fósforo”,

por serem quadrados e sem mais recortes

ou sem muitas divisões, as dependências

eram montadas de acordo com a “deter-

minação natural” de onde o sol nascia,

por exemplo. Internamente, os móveis e

decorações, eram praticamente fixos e

diretamente ligados aos cômodos, como

uma mesa de jantar na cozinha.

Somente no século XXI, mais precisa-

mente nos últimos 10 anos, o perfil práti-

co e versátil do consumidor imobiliário

fez o mercado se reconfigurar. Hoje, as

plantas - menores e menos subdivididas

– atendem à exigência e à praticidade

desse novo consumidor.

A partir de 2010, é possível perceber

um hiato no tempo. Os cômodos agora

são vistos e desenhados como áreas de

interação e não mais individualizados. A

modernização passa pelos quartos, que

se integram entre si através de uma única

porta ou parede invisível, salas que agre-

gam áreas e móveis sociais e, até mesmo

a cozinha, apesar de ser atualmente o

espaço que mais diminuiu, tem sido um

dos principais alvos da decoração.

Na onda da arte de “descombinar”, ter

uma cozinha aconchegante é ter o menor

número de aglomerados e o maior

número de cores possíveis. A área, que

antes era tida como estritamente reser-

vada a empregados domésticos, hoje

valorizou-se e tornou-se um espaço

muito peculiar. Chique mesmo é o pro-

prietário preparar seus próprios pratos

num ambiente agradável, antes de levá-

los à mesa. Nesse contexto, a evolução

desse ambiente passou por um cometa

de adaptações. Antes chamada de cozinha

americana, pelo modelo importado como

sala e cozinha divididos apenas por uma

estrutura de prateleiras, os grandes pro-

jetores de ambientes, apontam a cozinha

gourmet como o diferencial de quase 70

% dos lares.

Há mais de 40 anos no mercado, o

arquiteto e também artista plástico

Luiz Humberto Carvalho, proprietário da

empresa LHC Arquitetura e Designer, em

Salvador, explica o fenômeno: “

7ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

A Arquitetura deixou de ser arte para ser

consumo de moda. As pessoas atrelam

isso a uma expressão de que eu não gosto,

que é a tendência”, desconstrói.

Luiz Humberto garante que entende essa

mobilização pela praticidade, mas con-

dena a americanização da arquitetura:

“A cozinha é simplesmente uma cozinha.

É possível se pensar em elaborar um

local aconchegante para se preparar as

melhores comidas. É importante lembrar

que a moda é atemporal, mas ainda assim

é possível manter a identidade do pro-

prietário em seus espaços particulares.”,

acrescenta.

O arquiteto alerta aos novos consumi-

dores de imóveis que é necessária uma

avaliação do profissional da área antes

da contratação. “Muitas vezes, o cliente vê

um exemplo de construção na televisão

e quer fazer o mesmo em sua própria

casa e, por isso, a qualquer custo, escolhe

uma pessoa sem experiência na área, que

realiza o pedido, sem mesmo encaminhar

o melhor projeto que se adeque ao perfil

do contratante.”

Com muitos trabalhos pelo exterior e

grandes construções na capital baiana,

Luiz Humberto dá a dica para quem pre-

tende decorar uma moradia e também

para os profissionais da área: “Já que

estamos falando do cômodo que mais

se modernizou com o passar do tempo,

vamos pensar a arquitetura como um

prato de comida: Se é para fazer, que

seja bem feito, com filé mignon ou chupa

molho”.

Tanta tecnologia que mexe com a cabeça

do consumidor imobiliário só se tor-

nou possível a partir da inserção de

um equipamento: o condicionador de ar.

Luiz Humberto lembra que existem dois

momentos, um antes e um depois do

aparelho. O condicionador de ar propor-

cionou uma adaptação da arquitetura, de

forma independentemente de estações,

por exemplo. Isso porque as pessoas não

mobíliam mais as suas moradias pen-

sando em posicionar cômodos a favor

da climatização. E esse é outro fator de

influência nas mudanças promovidas pela

Arquitetura: o clima.

Cidade tipicamente quente, Salvador tem

uma arquitetura única, não somente nas

cozinhas que precisam ser mais arejadas,

como na manutenção dos próprios espa-

ços públicos. Mas o Luiz Humberto faz

uma pausa para lembrar como a cidade

parou no tempo e anda na contramão

da modernização: “as últimas referências

da arquitetura da capital, de fato repre-

sentativas, são a Casa do Comércio e o

Centro Administrativo da Bahia, construí-

dos ainda nos anos 80”.

Para quem está lendo essa matéria, o

arquiteto manda um recado muito impor-

tante: “Não comece a se desesperar e que-

rer desconstruir tudo. Tudo se reaproveita

na arquitetura, nada se joga fora”.

Luiz Humberto define a arte com a qual

se consolidou no mercado como a lei dos

espaços. Para ele, a sensação da área é o

profissional que dá, e a arquitetura é a

arte de interpretar espaços de acordo com

cada cliente.

Questionado sobre dicas para uma boa

moradia e modernização de cozinha, o

artista dos lares não pensou duas vezes e

garantiu que, nos últimos cinco anos, indi-

cou um advento prático, que é o triturador

para reduzir o lixo orgânico. No entanto,

para ele, morar com modernidade inde-

pende de um fator único como a decora-

ção ou apenas objetos, e sim do equilíbrio

entre localização e orientação, além do

acesso facilitado.

8 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

“Todo arquiteto é um psicólogo”, é assim

que a arquiteta chilena, Ximena del Pilar,

define a profissão que escolheu desde cri-

ança. Se Ximena é chilena de nascimento,

é brasileira e baiana de coração. Isso

porque, quando ainda tinha nove anos,

seu pai, tecnólogo em Petróleo, resolveu ir

para São Paulo junto com toda a família, a

trabalho. Depois de mais 10 anos, a famí-

lia toda migrou para Salvador, na Bahia. E

foi com o seu pai, arquiteto não de forma-

ção, mas de coração, que ela começou a

se apaixonar por arquitetura e decoração.

Formada em Arquitetura e Urbanismo pela

Universidade Federal da Bahia há mais de

vinte anos, Ximena conta que começou a

rabiscar os primeiros traços ainda criança,

enquanto via seu pai trabalhando. E hoje

afirma que não consegue se ver atuando

em outra área.

Ximena, que atualmente atua em home

office, é também arquiteta da Fundação

José Silveira e presta assessoria para o

Outubro Rosa do Shopping Barra. Com

vasta experiência no mercado baiano,

já tendo passado por diversas empresas

renomadas. Del Pilar afirma que o segredo

para agradar o cliente é seguir sempre o

seu perfil. “Quando alguém nos chama

para fazer alguma intervenção na casa, é

porque ela quer também mudar alguma

coisa interna. E o arquiteto tem que

entender isso, nós precisamos entender

isso”, explica.

Para a arquiteta, não adianta decorar

um ambiente e não deixar marcas da

personalidade do cliente no local. “Não

podemos acabar com seus sonhos”, pon-

tua. Sendo assim, a avaliação deve ser

cuidadosa, ouvindo bem as necessidades

do cliente, para buscar de forma inteli-

gente e criativa atender às expectativas

e superá-las.

“Se o cliente é clássico, eu sou clássica; se

o cliente é moderno, eu sou moderna.”, é

assim que ela se define. Ximena também

ressalta que, com essa afirmação não quer

dizer que ela não tenha estilo e preferên-

cias pessoais. Ela, por exemplo, afirma que

é mais adepta ao estilo clássico, então,

BRASILEIRADE CORAÇÃO

PERFIL

“Não adianta decorar um ambiente e não deixar marcas da personalidade do cliente no local”.

quando chamada para atender um cliente

mais moderno, ela opta por acrescentar

uma peça, um detalhe clássico ao local,

pois acha que uma peça clássica valoriza

muito a decoração e ainda garante sua

marca no ambiente.

E falando em marca, Ximena revela que a

iluminação é uma marca de seus projetos.

Para a chilena, não adianta gastar uma

fortuna em móveis se a iluminação não

está adequada. “É a mesma coisa que uma

mulher que investe muito na roupa, mas

vai à festa sem maquiagem. Ninguém vai

olhar”, comparou. A iluminação para ela é

fundamental.

Sobre a dúvida na hora de contratar um

profissional para decorar sua casa, Ximena

orienta que o cliente procure referências

antes da contratação. Para ela, é impor-

tante conhecer o trabalho do arquiteto

ou decorador antes de negociar. E levar

em consideração a empatia que teve com

o arquiteto. “Precisa ter afinidade, pois é

alguém que irá entrar não apenas na sua

casa, mas na sua vida e conhecer seus sen-

timentos”, afirma.

POR: NÚBIA PASSOS Ximena Del Pilar

9ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

10 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

A diversidade vai de cores, estampas, até texturas, possibilitando harmonizar o ambiente e o projeto com o papel.

PAPEL DE PAREDE

MODERNO

Ele transforma os ambientes da sua casa. Faz uma grande mudança sem os transtornos de uma reforma.

desafio da decoração para um profissional é

expressar no ambiente as características e indi-

vidualidades de cada morador. Existem alguns

elementos no projeto que os profissionais usam

para imprimir essa característica. O principal são os objetos de

decoração, mas o que mais se destaca e é o queridinho, atual-

mente, é o papel de parede. Sua utilização tem se destacado

devido á facilidade de instalação e o baixo custo de manutenção,

ou seja, esse acessório de decoração está em alta e o mercado

apresenta diversas inovações que o tornam mais atraente.

Historicamente, o primeiro registro sobre a utilização do Papel de

OParede como elemento decorativo ocorreu na China, aproximada-

mente 200 a.C. Os primeiros papéis foram produzidos rudimen-

tarmente com palha de arroz, totalmente brancos, sem qualquer

tipo de detalhe, e, posteriormente, passaram a ser feitos com

pergaminho vegetal, ganhando motivos e cores para embelezar

os ambientes.

No início, as pinturas eram feitas à mão por artesãos, depois

evoluíram para grandes carimbos de madeira decorativos que,

depois de entalhados por artistas, eram embebidos em tinta para

imprimir os desenhos em sequência. No Brasil, o papel de parede

apareceu devido à forte imigração europeia no final do século

POR: ANA LÚCIA ALMEIDA

11ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

XIX. Porém, até 1930, a importação desse

produto era pequena, em função dos altos

custos, sendo, em seguida, esquecido por

anos. Em 1960, com a modernização da

indústria brasileira e com a redução dos

custos, o papel tornou-se um popular

revestimento decorativo de paredes.

Hoje, os papéis de parede são criados

por vários estilistas que utilizam diversos

elementos na sua criação. Já é possível uti-

lizar até mesmo cristais, como faz a empre-

sa austríaca Swarovski, por exemplo, que

utilizou diversos cristais em uma coleção

luxuosa de papéis de parede.

Existem várias opções de papel de parede

no mercado, para todos os gostos e bol-

sos. Segundo a Designer de Interiores

Leiva Perensin, o papel “veste” a

parede e dá ao ambiente um ar

mais aconchegante.

A diversidade vai desde

cores, estampas, até tex-

turas, possibilitando

harmonizar o ambiente

e o projeto com o

papel. As principias

novidades e tendên-

cias da decoração

contemporânea são

variações na textura e

no efeito do revestimento.

Os destaques ficam para a

palha, os tecidos, e o papel com

efeito em 3D.

Com tantas opções, agora é só “ousar”!

No início, as pinturas eram feitas à mão por artesãos.

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HOMENAGEM

uando a decoração no Brasil

ainda estava engatinhando e, na

Bahia, pouco ou nada se encon-

trava sobre o assunto, Sizininha

Simões, hoje com 85 anos, foi pioneira

no estudo e na aplicação da decoração

soteropolitana. De família tradicional,

Sizininha foi uma autodidata, com cursos

no Rio de Janeiro, São Paulo e Paris. Ao

lado do italiano Carlos Georgetti, ela

revolucionou o mercado baiano na década

de 50, trazendo originalidade e elegância

para a Bahia. Como autônoma, começou a

atuar em Salvador em 1957 e, na década

de 70, trabalhou em instituições como a

Associação de Poupança do Estado da

Bahia (ASPEB), quando decorou aparta-

mentos em Conjuntos Habitacionais na

Calçada, no Cabula, Bonocô e Politeama

(Edifício Minhocão).

Por cerca de 30 anos Sizininha manteve a

loja de artigos e decoração - “As

Pandoras” – e, como sempre, com instinto

inovador e pioneiro, em 1991, ela criou

o outdoor tridimensional, que foi insta-

lado em via pública, no bairro do Rio

Vermelho. Com um espaço de 10m², o

outdoor tridimensional tinha ambienta-

ções diferentes a cada semana e tornou-

se referência em divulgação e valori-

zação do espaço do ponto de vista do

decorador.

SIZININHA SIMÕESPIONEIRISMO E OUSADIA

SÉRGIO RODRIGUESO CRIADOR DA POLTRONA “MOLE”

omenageado este ano pela

“Casa Cor”, o arquiteto e

designer carioca Sérgio

Rodrigues, falecido em setem-

bro de 2014, ficou conhecido mundial-

mente ao transformar o design brasileiro

em design industrial. O profissional, que

iniciou sua carreira na arquitetura do

projeto do Centro Cívico de Curitiba,

juntamente com nomes como David

Azambuja, Flávio Régis do Nascimento e

Olavo Redig de Campos, chegou ao auge

da sua carreira nos anos 50 e 60.

Reconhecido internacionalmente por seu

pioneirismo no design industrial, con-

solidou sua carreira também ao pro-

duzir móveis inovadores, como a poltrona

“Mole”, de 1957, exposta no Museu de

Arte Moderna de Nova York, e, em 1961,

quando ganhou o Concurso Internacional

do Móvel de Cantù, na Itália.

Bastante influenciado pelo Modernismo

no Brasil, Rodrigues trouxe para seus tra-

balhos a identidade brasileira, tanto nos

desenhos, quanto nos materiais tradicio-

nais – couro, palhinha e madeira - exal-

tando a cultura brasileira e indígena.

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POR: NÚBIA PASSOS

14 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

MINHA VIDA

POR: BIANCA BORGESNágila Andrade

alar sobre Nágila Andrade é

traduzir competência e dedicação

ao que faz: Design de Interiores!

Particularmente, entrevistá-la, estar

perto dela é algo que me deixa imensa-

mente, feliz por ser uma Design de Interiores

graças ao seu convite. Faz alguns anos que

fui me matricular em um curso de vitrinismo

na EBADE (Escola Baiana de Arte e

Decoração) que não aconteceu, e ela logo

falou, quando me viu na secretaria: “Por

que você não faz Design de Interiores?”

Conversas e pensamentos aconteceram e

hoje me encontro totalmente envolvida e

fascinada por minha profissão que tanto

amo: Ser Designer de Interiores!

1) Nágila, qual o futuro profissional do Design de Interiores a partir do seu olhar?

O profissional de Design de Interiores tem

de gostar de viver o momento e estar dentro

desta profissão, na qual as portas estão aber-

tas para o Design em suas mais diversas

especializações: interiores, mobiliário, ilu-

minação, etc. Nossa profissão, em relação

ao futuro, vai ser construída pelos jovens

talentos que estão se inserindo no mer-

cado de forma plena, técnica, responsável

e respeitável.

2) Conte-nos sobre sua trajetória pro-fissional.

Minha trajetória começou na EBADE! Após

uma separação fui reconstruir minha vida

e cheguei na EBADE, onde fui acolhida e

contemplada com uma bolsa de estudos.

Sair de um casamento com quatro filhas

pequenas foi o grande motivador para exercer

uma profissão que já era um dom. Então,

entrei na EBADE para ter mais bagagem e

conhecimento sobre o mundo do Design

de Interiores.

A minha descoberta e desejo em atuar na

profissão aconteceu quando Neilton Dórea

e Luis Humberto (na época sócios da

Escola) me falaram e aconselharam a fazer

o curso de decoração. Foi o norte que pre-

cisei para tomar a decisão acertada que só

faz me encher de alegria: minha profissão.

3) O que acha do mercado de Design de Interiores na Bahia?

Crescente e em ascensão, apesar do

momento de crise que nosso país está

vivenciando, mas esta ainda não chegou a

nossa profissão. O mercado baiano cresceu

muito com os lojistas investindo

A EBADE é tudo para mim, é minha “bebida”,

minha “cachaça” meu vício! Ninguém con-

segue lembrar de Nágila Andrade sem lembrar da

EBADE,

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NÁGILA ANDRADEUM CASO DE AMOR PELA EBADE

15ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

Ter ética sempre!

Colocar o cliente em

primeiro, segundo,

terceiro e quarto lugar.

Além de respeitar

todos os envolvidos

no projeto.

tanto no mercado quanto nos produtos

em Salvador, bem como a aparição de

bons profissionais nutrindo positivamente

o nosso mercado.

4) Conte-nos um pouco sobre a EBADE.

A EBADE é tudo para mim, é minha “bebi-

da”, minha “cachaça” meu vício! Ninguém

consegue lembrar de Nágila Andrade sem

lembrar da EBADE, bem como não se fala

da EBADE sem falar de Nágila Andrade.

Assim, deixarei um legado, uma experiên-

cia de vida e de profissionalismo para as

gerações futuras com a Escola Baiana de

Arte e Decoração, fundada desde de 1978,

capacitando profissionais egressos do

segundo grau e do ensino superior. Têm

saído da Escola profissionais fantásticos, e

você (Bianca) é uma delas (fiquei emocio-

nada!) e isto me deixa muito orgulhosa.

5) Como você enxerga o Design de Interiores

no contexto atual do nosso país?

Estamos numa luta muito bem repre-

sentada pela Diretora Regional da ABD

(Associação Brasileira de Designer de Interiores)

Catia Bacellar. Mostrando de forma ética,

responsável e técnica que Designer

de Interiores é Designer de Interiores;

Arquiteto é Arquiteto e Engenheiro é

Engenheiro. Eu, como Designer de

Interiores, sou segura e muito satisfeita

com todo profissionalismo que exerço.

6) Qual a pergunta imprescindível que você faz aos seus clientes no momento da primeira entrevista?

Por que Nágila Andrade? Pois, com tanta

gente boa por aí, é bom ouvir do cliente

tudo o que ele espera de você.

7) O que é ser um Designer de Interiores para Nágila Andrade?

Ter ética sempre! Colocar o cliente em

primeiro, segundo, terceiro e quarto lugar.

Além de respeitar todos os envolvidos

e parceiros do projeto, pois, a partir do

momento em que sabemos respeitar, sabe-

mos passar de forma tranquila nossos

limites.

8) O que o profissional formado ou recém formado deve buscar para obter uma trajetória de sucesso?

Estudar e pesquisar sempre. Não pode

parar!

9) Qual sua principal fonte de inspira-ção?

O amor! O amor pelo que eu faço, o amor

da minha família e o amor pela vida! Se

você tem amor, só sai coisa boa. Entre elas,

o sucesso!

16 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

POR: ROSÂNIA MAXIXE

à algum tempo atrás a cozinha deixou de ser

apenas o local de preparação de alimentos, para

se tornar um ambientes de convivência e bem

estar, atendendo as modificações e novos hábitos

da sociedade moderna.

A area isolada com pouca luminosidade e pequeno espaço,

vem se transformando a cada dia em ambientes bem planeja-

dos, com toques de cor e boa iluminação, associado a utilidade

e funcionalidade dos utensílios e aparelhos eletrodomésticos

de tecnologia avançada.

A integração da cozinha a sala de jantar está se tornando muito

comum nas residências, ganhando mais adeptos a cada dia

melhorando o espaço, associando beleza, praticidade e funcio-

nalidade, ampliando e harmonizando, além de proporcionar

uma melhor comunicação dentro dos lares, contribuindo de

forma agradável nas relações familiares e com os amigos. O

hábito de cozinhar, assistir TV ou conversar com as pessoas que

estão na sala de jantar tornou o momento prazeroso.

Uma cozinha conjugada pede mais atenção na decoração, com a

utilização de materiais adequados e de bom acabamento. O uso

de azulejos coloridos, utilização das cores em materiais como o

vidro, laminados e madeira de reflorestamento, vem ocupando

espaço nesse ambiente, trazendo muito estilo e sofisticação . A

cozinha colorida se tornou o charme do momento.

H

ESTILO MODERNOCOZINHA

A mescla do madeirado com as portas de vidro cor platina, proporcionam um

contexto arrojado e acolhedor para a

cozinha.

17ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

CHARME

INOVAÇÃO

ESTÉTICA

18 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

“A cozinha colorida se tornou o charme do

momento” Rosânia Maxixe

O contraste dos padrões tornam o ambiente

ideal para momentos extrovertidos.

19ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

Leveza e moderni-dade em uma combi-nação ideal, de cores naturais e claras, para

um ambiente com estilo sofisticado.

20 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

O termo tendência também é usado como sinônimo de moda, no sentido de se tratar de uma espécie de mecanismo social que regula as escolhas pessoais.

POR: DECARLA SENNA

TENDÊNCIA

om, dizem que o mais difícil

é dar o primeiro passo, mas

vamos lá. Na verdade para

mim é muito mais fácil falar....

Preciso ter muito cuidado, pois quero que

vocês fiquem ansiosos para saber o que

virá na próxima edição.

Segundo um dicionário, o termo tendên-

cia significa:

s.f. Ação, força pela qual um corpo é levado

a mover-se em direção a alguma coisa.../

Fig. Pendor, inclinação....// Psicologia: Diz-

se para designar certos instintos, certos

impulsos do homem, especialmente na

medida em que esses instintos ou impul-

sos são conscientemente experimentados

no comportamento que determinam.

Temos ainda:

“O termo tendência também é usado

como sinônimo de moda, no sentido de

se tratar de uma espécie de mecanismo

social que regula as escolhas pessoais.”

Palavra empregada de diversas for-

mas, seja para indicar fluxo - em termos

econômicos ou estar diretamente vin-

culada à palavra moda. No universo de

design e arquitetura, não é diferente, e, a

cada ano nos é apresentada a cor do ano

pelas grandes fábricas de tintas.

A meu ver, tendência é uma consequência

de um conjunto de fatores, que podem ser

econômicos, sociais e culturais, em que é

feita uma análise criteriosa e chega-se a

B

uma percepção do que poderá vir acon-

tecer daqui a um determinado tempo.

Hoje, estando todas as distâncias encurta-

das com o advento do mundo cibernético,

as tendências começam a ser percebidas

por uma quantidade maior de pessoas,

podendo, inclusive, já ser vivenciada, como

a Arquitetura Eco sustentável. Isto me

faz lembrar de uma matéria falando de

um arquiteto italiano, Alessandro Mendini,

que fez uma palestra em São Paulo onde

apresentou cinco macrotendências. Irei

citar duas:

• Live in the city na qual Mendini defende

o fato de que não vamos somente viver

nas cidades; vamos querer transformá-las.

Como exemplo, temos as pichações pelas

cidades que são verdadeiras obras de arte.

• Insperiences seria como um contato

direto com a nossa essência. Podemos

falar das casas de telhado verde, os jar-

dins verticais, ou até mesmo, da presença

do verde de forma essencial nas grandes

feiras de lançamentos e exposições.

Mediante esse momento conflitante,

polêmico e violento que percebemos hoje,

espero que as novas tendências venham

resgatar vibrações positivas e respeito ao

próximo.

FIQUE ANTENADO

TENDÊNCIA

21ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

CASA FOA 2014BUENOS AIRES

22 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

P

PONTOS DE LUZ

EVIDENCIAR DETALHE

CANTOS SEM SOMBRA

FOCOS DE DESTAQUE

O SEGREDO DE UMA

COZINHA

ILUMINAÇÃO

POR: BIANCA BORGES

ara o sucesso de qualquer pro-

jeto de Design de Interiores,

é necessário um bom projeto

de iluminação! E, falando em

cozinhas, a iluminação é essencial, por

ser uma área de trabalho onde se arma-

zenam e se preparam comidas, além de,

atualmente, ser a vedete das residências,

sendo integradas ao living ou até mesmo

ganhando ares de espaço gourmet nas

varandas.

Na cozinha, assim como nos demais

ambientes, necessita-se de uma ilumi-

nação geral, podendo ter outros pon-

tos para fortalecer e evidenciar algum

detalhe projetado, como revestimentos,

cores e texturas.

Para iluminar a cozinha devem-se usar as

lâmpadas de 4.000 K (luz neutra) a 6.000

K (luz branca-azulada). Essas temperaturas

de cor são adequadas aos espaços de

trabalho, porque são mais semelhantes

às luzes do dia, o que proporciona a

reprodução de cor autêntica. Em relação à

disposição dos pontos de luz, em primeiro

lugar, deve ser pensado em uma ilumina-

ção geral que garanta cantos sem sombra

e, se houver elementos decorativos, plane-

jar os focos de destaque.

Importantes e muitas vezes esquecidos,

são os bicos de luz sobre as áreas de

preparo e cocção, que são luzes distribuí-

das ao longo do perímetro da bancada e

encostadas às paredes. Essa luminosidade

é fundamental para evitar que o corpo do

cozinheiro faça sombra sobre o mobiliário

e a comida. Para essa função, busque lâm-

padas com IRC de 80 a 100, para que não

haja distorção das cores dos alimentos.

Nas casas e apartamentos com cozinha e

salas integradas, invista em uma mesma

linguagem visual por meio das luminárias

e da temperatura de cor. Por exemplo,

se escolher um pendente redondo para

iluminar a mesa de jantar, use luminárias

embutidas também de formato redondo

na cozinha. Então, cozinha iluminada já!

Além do conforto visual, ela evidencia

pontos de elementos na decoração, tor-

nando o ambiente lindo e fiel às especifi-

cações dos profissionais

23ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

24 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

COZINHA: CRIARE LAURO DE FREITAS

25ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

Bahia tem uma grande representante no Designer de Interiores:

além de Diretora Regional da Bahia da ABD ( Associação Brasileira

de Designer de Interiores ) Catia Bacellar é uma verdadeira

mãezona para todos, desde os estudantes até os profissionais

renomados, além de uma profissional atuante no mercado. Há quatro anos

a frente da ABD Bahia, Catia faz questão de ser presente na vida dos estu-

dantes, seja em eventos e palestra nas escolas, ou realizando outros eventos

pela ABD, além de ouvi-los nos bastidores.

Nascida em uma família com 05 irmãos, era a menina jeitosa que, nas festas

de fim de ano, a mãe pedia para arrumar a casa, trocar o tecido das cortinas e

do sofá. Mais tarde foi trabalhar como telefonista, até ser secretária executiva

em uma empresa de construção civil na capital, e, aos 26 anos, resolveu fazer

EBADE.

Catia afirma que desde que ingressou na profissão, nada passa por ela

despercebido. Desde um filme em que presta atenção aos detalhes de um

ambiente, até nos locais por onde passa, o olhar clínico nunca desliga. Mas,

para a Designer, saber ouvir o cliente é um dos aspectos mais importantes

para essa profissão: “Saber ouvir é o sucesso do projeto. É do cliente que

vem a minha inspiração” afirma Catia.

Em sua casa, prefere um ambiente mais clean, mas gosta de luxo com a como-

didade da automação. Mesmo assim, sua casa tem um toque de ousadia, com

uma parede preta. Para Catia o que está in hoje é o amarelo, queridinho das

designers e arquitetas. Já na Feira de Milão, a tendência foi a cor verde e as

hortas verticais. O out é exagerar, forçar a barra, ter muitos móveis e passar

se batendo: “O exagero é out!” conclui. Em seus projetos, sempre tenta incluir

um balizador de chão e uma iluminação diferenciada. Acredita que essa seja

sua marca.

Seu sonho atual é a regulamentação da profissão de Designer de interiores.

Esteve em Brasília em prol dessa luta e não cansa de levantar essa bandeira.

Faz questão de apoiar os estudantes e fazê-los se associar a ABD, para ter

respaldo e benefícios nacionais, como escritório para receber os clientes e

consultoria contábil e jurídica. Além disso, gosta de salientar as habilidades

técnicas dos designers, como revestimento de superfícies, rebaixamento de

teto, remanejamento de pontos elétricos e hidráulicos, sugestão de pontos

de iluminação, instalação de marcenaria e divisórias de madeira, gesso e

outros matériais.

A

O ESTILO DECATIA BACELLAR

POR: JÉSSICA MENDES

26 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

POR: TATIANE RODRIGUES

REVESTIMENTOS

CHARME DE COZINHAA cozinha é um dos ambientes mais

charmosos de uma casa ou apartamento.

“No meu projeto, quero uma cozinha

maravilhosa!”, esse é o desejo de muitos

clientes ao contratar um profissional.

Antes, a cozinha era afastada da área

social, onde ficavam os criados. Os azule-

jos portugueses faziam a composição das

paredes, enquanto o chão era de pedra.

Acreditava-se que o fogão à lenha e a

fumaça incomodavam os nobres convi-

dados.

Após a abolição da escravatura, as patroas

assumiram o comando do processo de

produção de alimentos. A cozinha era

imensa para acolher as fornalhas, chami-

nés, panelas de cobre, bancadas em pedra

ou ferro fundido, os pendures para as

colheres e outros utensílios. Assim, alguns

equipamentos tiveram uma modificação

para facilitar o manuseio e as atividades

nesse cômodo, que antes eram feitas

pelos escravos.

O estilo Colonial Português e o Neoclássico

que prevalecia acabaram dando lugar

ao estilo modernista com a Revolução

Industrial. Muitos arquitetos destacaram-

se nos projetos inovadores com linhas

retas, formas simples e leves, expressando

uma habitação mais funcional, prática.

Arquitetos como Niemeyer, Le Corbuiser,

Mis Vander Rohe, Walter Gropius, por

exemplo, são dessa época. A cozinha

ganhou um destaque com linhas retas

e utensílios mais eficientes , fáceis de

manuseio e leves. Porém, foi com a Escola

Alemã, Bauhaus, Walter Gropius, que se

formaram profissionais imbuídos de uma

renovação estética com novos materiais

como aço, couro, vidro e metal, com o

máximo de economia na produção em

larga escala, a linha de correspondência

entre a forma e função.

Isso abriu o mercado para utensílios da

cozinha mais inovadores, leves e com

designer. Os revestimentos teriam um

destaque para proporcionar essa pratici-

dade e figurações artísticas; os armários,

planejados, ganharam espaço de destaque

nesse cômodo.

Nos anos 80, a inovação do rejunte colorido

dava a cor no ambiente, junto com revesti-

mentos brancos de 15 e de 10cm. O piso

também acompanhava esse tamanho de

bitola ou dava espaço para o granito na

cozinha também, conferindo às cozinhas

um ar nobre como os ambientes da sala.

Os revestimentos foram aumentando de

tamanho quando nos anos 90 as inova-

ções das indústrias do ramo começaram

a produzir a Monoporosa e o Porcelanato

técnico. Os revestimentos, então, foram

ganhando as bitolas de 25x 33, 25 x 41,

33x 45. O porcelanato foi o divisor de

águas na inovação de padrões estéticos e

resistentes nos revestimentos da parede e

do piso. Só que era para poucos, devido ao

preço alto em relação à cerâmica tradicio-

nal. A cozinha passou a integrar-se com

a área social, diminuindo, muitas vezes

significativamente, de tamanho em rela-

ção às tendências anteriores.

A cozinha Americana ganha destaque.

As grandes mesas foram substituídas por

balcões, fazendo, assim, com que a exigên-

cia do revestimento fosse ainda mais

nobre, pois seria visto pela visita quando

se entrasse na casa. Também as varandas

ganharam de presente: algumas atividades

desenvolvidas na cozinha, estão presentes

hoje em 80% dos projetos das residên-

cias ou apartamentos, chamadas varandas

gourmet.

A integração da visita com a elaboração

dos pratos a serem servidos nos eventos

seria uma realidade que exigiria mais

glamour aos utensílios, bem como mais

estética e conforto à cozinha. O visual

conta como um convite a um bom menu

servido aos amigos.

Atualmente, a depender do tamanho da

casa, a cozinha sempre tem um lugar de

destaque. É a querida dos profissionais.

A questão é que, com tantas opções de

revestimentos, temos um grande trabalho

na escolha e no direcionamento do proje-

to. O porcelanato ganhou lugar na parede

, piso , teto etc, e tornou-se mais acessível.

Encontramos, nas diversas marcas, opções

de porcelanatos uniformes , imitando

pedra, cimento, madeira, aço, ouro, ferru-

gem , couro, pastilhas e ladrilhos .

27ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

A dica fica em dar prioridade às partes que

não podem impregnar sujeiras, como atrás

do fogão e acima da pia. Pode-se revestir

toda a cozinha, mas isso já não é mais

uma regra. Temos opções de mosaicos,

porcelanatos e ladrilhos, mas o importante

é utilizar produtos com absorção quase

zero, pois ainda temos muitas opções em

cerâmicas, para não ter problemas com

a limpeza e a umidade. Isso serve para o

rejuntamento também. Existem peças que

imitam o mosaico, mas o rejuntamento é

mínimo. Daí tem-se a opção de rejuntes

específicos como epóxi e os que recebem

aditivos na hora da aplicação, assim não

mudam de cor após as limpezas.

A harmonia da parede com o piso é

importante, além de atender ao gosto do

cliente. Usar estampa na parede e o piso

liso; parede e piso lisos; porcelanatos

que imitam a madeira; porcelanatos que

imitam o couro; usar a estampa chão e

parede; usar a estampa apenas no chão;

o mosaico apenas onde se vê o reves-

timento... Hoje a variedade oferece um

leque vasto de opções.

O grande trunfo é sempre estar atento às

inovações e aos lançamentos das marcas

do ramo. Só assim, tem-se mais facilidade

para unir elementos harmônicos conforme

o gosto do cliente. É importante também

sempre visitar as lojas como forma de

visualizar e compor criativamente; sair um

pouco dos nossos escritórios. Lembrando

que as cores têm um fator determinante

nas nossas atividades, principalmente na

culinária, e a harmonia delas com os mate-

riais sempre vai dar o que falar.

A harmonia da parede com

o piso é importante, além de

atender o gosto do cliente.

28 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

29ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

30 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

Ambientes Casa Cor bahia 2014

nágilaandrade

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nágilaandrade

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catiabacellar

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catiabacellar

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36 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

isadoraalencar

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38 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

profissão de Design de Interiores

consiste na arte de criar, desen-

volver e planejar espaços seguindo

as normas técnicas e a tendência

de mercado. A história do design de interiores

compreende as artes plásticas, a arquitetura,

a decoração e as histórias social, econômica

e cultural. Porém, existe uma diferença entre

arquitetura, design de interiores e decoração. A

arquitetura estrutural caracteriza os espaços, o

decorador tem a função de escolher acessórios,

móveis, tecidos e cores. Já o designer de inte-

riores é um profissional que tem a função

de elaborar um ambiente de forma coerente,

seguindo as normas técnicas de ergonomia,

acústica, térmica e luminotécnica.

Tudo que você precisa saber sobre o curso de Design de Interiores e Ambientes.

A

DESIGNÉTICATÉCNICAS

POR: ANA LÚCIA ALMEIDA

39ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

• Entrevista com o cliente.• Medidas (Planta baixa).• Estudo da circulação e Ergonomia.• Distribuição do mobiliário.• Escolha de acabamentos e revestimentos.• Paginação de piso.• Revestimento de parede.• Detalhamento de teto – rebaixo, sancas e molduras.• Iluminação.• Desenho de mobiliário.• Tecidos, objetos e acessórios decorativos.• Detalhamento de todas as soluções propostas.• Execução do projeto.• Acompanhamento à obra.

Softwares que o designer de interiores precisa dominar para

realizar o trabalho

Existem vários softwares disponíveis, porém os melhores e mais

comumente usados são:

AutoCAD (2D e 3D),

Promob,

Sketch Up e

3D Max.

Escolas que oferecem o curso de Designer de Interiores:

Escola Baiana de Arte e Decoração – Ebade.

Universidade Federal da Bahia – Ufba.

Universidade Salvador – Unifacs.

Universidade Jorge Amado – Unijorge.

O profissional é habilitado para atuar na gestão de projetos,

analisando o layout do espaço, reestruturando-o, através da

ampliação ou redução dos efeitos cênicos, e aplicação de novas

técnicas e tendências, e no desenvolvimento de peças exclusi-

vas. Além de realizar o trabalho de um decorador criando um

determinado espaço com harmonia, escolhendo móveis, alteran-

do revestimentos, objetos e acessórios, como cortinas e tapetes,

procurando conciliar conforto, praticidade e beleza.

Para criar um ambiente, o profissional necessita realizar uma

entrevista com seu cliente e reunir todas as informações: seu

desejo principal, suas solicitações, cores e estilo que lhe são

agradáveis, fluxograma do uso diário dos espaços, composição

familiar ou empresarial entre vários outros elementos. Com

essas informações é possível realizar um perfil psicológico/

social do cliente. Após essa etapa o profissional começa o trabal-

ho para gerar as alternativas de projetos que possam preencher

suas expectativas. Com essa etapa concluída o design apresenta

as opções para análise e aprovação do seu projeto. Caso não

seja aprovado, o trabalho continua até que o profissional consiga

apresentar um projeto que atenda as expectativas do cliente. É

aconselhável criar um manual de uso para o cliente saber

como lidar com os equipamentos e materiais utilizados

no ambiente.

Como o mercado imobiliário está lançando empreendi-

mentos cada vez menores, o design de interiores é requi-

sitado com mais frequência a fim de atender à necessidade

de espaços cada vez mais detalhados e personificados. Para

isso, é essencial que o profissional de Design tenha boa afini-

dade com os avanços tecnológicos em equipamentos, materiais

e uso destes espaços.

Fases do projeto:

Evolução técnica e estética da decoração.

40 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

41ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

POR: MARIZETE VIEIRA

O homem sempre sentiu-se

atraído pela beleza das plan-

tas. Sempre sentiu curiosi-

dade em cultivar os vegetais

para o seu deleite, seja este vegetal,

silvestre ou exótico.

As plantas de jardim são todas cultivadas,

e distinguem-se das plantas silvestres que,

em cuja vida, o homem não tem qualquer

intervenção. As plantas silvestres crescem

em condições naturais mais ou menos

favoráveis. E é na luta pela conservação

da espécie que todas elas se multiplicam.

Já as plantas exóticas, que se cultivam nos

jardins, são frequentemente provenientes

de outros países e de climas diferentes. É

necessário que o jardineiro, apaixonado

por jardim tenha o conhecimento dos

fenômenos e das possibilidades de acli-

matação.

A jardinagem consiste essencialmente

em:

• Criar e cultivar plantas;

• Adaptar ao nosso jardim plantas de

outros lugares ou climas;

• Transformar as plantas silvestres em

planta de jardim.

As três operações da transformação: Poda,

Hibridação e Conservação de estames em

pétalas (flores dobradas) deram origem

às plantas e flores de jardim já completa-

mente diferenciadas das plantas e flores

silvestres. A jardinagem é, portanto, a

arte de cultivar as plantas para o nosso

prazer. Muitas vezes esse cultivo é para

aproveitamento útil ou por um propósito

puramente estético.

PAISAGISMO

MEIAS PALAVRAS SOBRE JARDINAGEM

42 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

CLEAN, JOVEMMODERNO

ara compor o espaço foi priorizado a união familiar como conforto e bem

estar. Primeiramente focamos na interligação das áreas com fechamento tipo

reike proporcionando total conexão entre home, espaço gourmet e piscina,

também na mesma linha foi realizado um projeto de sonorização ambiente

que atende todos os três espaços. bNa piscina, instalação de cascata para proporcionar

um entretenimento das crianças sem esquecer da iluminação que sofistica o ambiente

à noite.

Não esquecemos das plantas com sua iluminação direcionada. No muro da varanda lateral

instalação de jardineiras suspensas em madeira para disponibilização do orquidário. No

home foram instaladas persianas, sofá L, puffs sempre proporcionando descontração

deste espaço. Os souvenirs de viagens realizadas, os veleiros componentes de coleções

por hobby, também foram inseridos na decoração!

PO ambiente foi projetado pela arquiteta e

urbanista mariana pedrão, para um casal

que valoriza arte e curte receber os amigos,

por isso foi feita a reforma unindo cozinha

com living.

A intenção foi traduzir o bem-estar, num

ambiente clean, jovem, moderno com o

toque clássico, utilizando de cores atempo-

rais, matérias - primas naturais, dando uma

pitada de nobreza, destacando-se assim

nos elementos arquitetônicos e nos aca-

bamentos.

Os móveis da loja terreno design foram

de fundamental importância para compor

o espaço projetado, dando um ar moderno

o bufê amarelo se coloca como peça

coringa e o sofá complementa a leitura do

moderno com o clássico.

NOBREZA

MATÉRIAS - PRIMAS NATURAIS

CORES ATEMPORAIS

PROFISSIONAIS

MÓVEIS: CRIARE LAURO DE FREITAS WWW.TERENZO.COM.BR

Mariana Pedrão

43ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

BEM-ESTAR

MODERNO COM O CLÁSSICO

Os móveis da loja Terenzo Design foram de fundamen-tal importância para compor o espaço projetado, dando um ar moderno.

PROJETADO

MÓVEIS: CRIARE LAURO DE FREITAS WWW.TERENZO.COM.BR

44 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

“Não adianta decorar um ambiente e não deixar marcas da personalidade do cliente no local”.

A harmonia da parede com

o piso é importante, além de

atender o gosto do cliente.

Bianca Borges

45ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

Jefi Zavarize

46 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

Cris Ávila Camerino

47ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

Rita Gomes Viviane Dias

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Jéssica Mendes

49ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

GASTRONOMIA

A

POR: NÚBIA PASSOS

TIPICAMENTEPORTUGUESA

s tradicionais padarias foram

introduzidas no Brasil com

a chegada de portugueses a

partir da virada do século XX.

Entre os anos 1950 e 1960 desembar-

caram no País cerca de 240 mil portu-

gueses. Esses imigrantes chegaram a

dominar 90% do mercado de padarias

em São Paulo e foram passando esse

comércio de pai para filho e, hoje somam

63 mil unidades em todo Brasil. Mas

essas padarias foram perdendo a essên-

cia lusa e se transformando em padarias

luso-brasileiras.

Porém, muitas pessoas gostam mesmo

é de um pão português autêntico ou do

famoso Pastel de Belém. Então, um casal

luso-brasileiro (ela é brasileira e ele por-

tuguês) resolveram montar uma Padaria

Portuguesa em Vilas do Atlântico, bairro

de Lauro de Freitas. Neide Nascimento, a

esposa do português Luís Carlos, conta

que a ideia de abrir uma padaria com

produtos portugueses veio do marido,

pois ele sentia falta da culinária natal

aqui na Bahia. Ele, que é um conhecedor

da culinária mundial, dá dicas e ideias

das delícias portuguesas, e ela executa.

Para trazer o tempero de Portugal,

eles trouxeram um confeiteiro e dois

padeiros portugueses para trabalhar no

estabelecimento e, também, decoraram

o ambiente com um clima português.

Neide explica que muitas receitas portu-

guesas foram “abrasileiradas” aqui, como

por exemplo, a Broa. “A Broa portuguesa

é grande, dura, tem uma tampa, como

se fosse uma moranga e recheada,

geralmente, com bacalhau, couve e nata.

Essa é a Broa tipicamente portuguesa”,

explica.

Neide se diverte quando conta as

experiências dos brasileiros com certos

pratos típicos de Portugal. “Têm pes-

soas que pedem Broa e depois voltam

reclamando que é dura, pois estão acos-

tumadas com a Broa luso-brasileira, que

é bem diferente. Então, após essas situa-

ções, alguns produtos não são expostos

na vitrine: só fazemos por encomenda,

geralmente para portugueses, holande-

ses e espanhóis”, afirma.

Para a produção de seus doces, a Padaria

Portuguesa tem o cuidado de selecionar

muito bem os seus fornecedores, para

que as guloseimas mantenham-se com o

sabor original, e qualidade incomparável.

“Nossas tortas são feitas com o mínimo

de gordura hidrogenada, e usamos

chocolate de verdade, que compramos

em Ilhéus. Nós pensamos na saúde de

quem vai comer. Não vou vender uma

‘bomba’ que pode entupir as artérias do

cliente. Fazemos também uma torta com

o pão de ló português”, frisou.

Com um investimento para o público A,

a empresária, que inaugurou a Padaria

Portuguesa há quatro meses, afirma que

já existem interessados em comprar

franquias da marca, e reitera que é a

intenção deles também, mas que antes

pretendem consolidar a marca no

mercado.

50 ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

intar é apenas uma das muitas expressões disponíveis

para a comunicação. Comunicação é a base e o impulso

para nossa evolução. Os símbolos que desenvolvemos

são necessários para entendermos e aperfeiçoarmos

os nossos pensamentos, manifestando-os plenamente em ações

criativas. Quando estivermos preparados, sem preconceitos e com

pureza de coração, filtraremos as infinitas informações que per-

manentemente recebemos e rapidamente nos harmonizaremos

uns com os outros, com reflexos positivos no ambiente. Para isso,

Arte é essencial. É a sensibilidade e o comprometimento com o

qual nos expressamos. É o sopro que gera o próximo instante. É a

beleza de toda intenção e movimento, é a continuação que leva à

eternidade.

Arte não é comparação, mas contínua elevação. Enfim, Arte é a

sinceridade, a integridade com que nos relacionamos e fazemos

todas as coisas. É a verdade com a qual pessoas se expressam nas

ruas, em seu trabalho, nos círculos sociais, em suas casas. O mundo

carece de Arte, porque o homem abraça estereótipos, torna-se

limitado imitador, esquecendo-se da singularidade das suas dife-

renças, de seus valores individuais ainda ocultos.

Muitos acessam às distâncias sem conhecimento das proximi-

dades, da intimidade. Arte, é a percepção de si e do outro. Egoísmo

não é Arte. Arte, é a evolução a partir do que sou, do que tenho.

Arte não é inveja, é a troca, é o calor do acolhimento. É a trama que

tecemos juntos para soluções definitivas na eterna caminhada.

Como observadora da vida a partir da Arte, meu objetivo não é

focal, é linear. É aberto, expansivo. Desde as proximidades e além.

Arte não salta as etapas, vive-as.

Estou neste trajeto aprendendo, sendo transformada pela dor,

pela alegria, pela realização e insatisfação, até chegar a entender

o amor que move montanhas e retira toda carga inútil que pesa

sobre o homem no mundo inteiro. A sutil beleza de todas as

coisas só alcançamos com Arte. Nos detalhes da Criação, vemos a

Suprema Arte. Arte é o que nos aperfeiçoa. Todo o resto é efêmero.

P

A ilusão se desfaz quando tudo se desvenda...

A dor não é lugar de morada. Para a luz

somos feitos. A timidez se desnudará e o

homem chegará ao seu lugar atravessando o

insondável Universo.

“Solidão”.1

NOITE DE FESTA

SOLIDÃO

A ARTE DAPINTURA

Marister Manfroi

51ARTEDECOR - www.artedecor.com.br

ARTE NÃO É INVEJA

É A TROCA

É O CALOR DO ACOLHIMENTO.

Nada há para nos aprisionarmos. Todas as

noites se vão para um lugar. Uma noite,

surgem as lágrimas, na outra, o lam-

pejo, a faísca de alegria. Suficiente para

recomeçar

“Noite de Festa”.2

Se formos livres, nos pertenceremos, como

um jogo de cores no mar, ao final da tarde,

intermediando formas em movimento.

Imagens assimiladas, projetadas, e lança-

das ao olhar do que busca a integração

da própria natureza. É a Graça do Amor,

receptáculo e doação transbordante e

infinita, que, sem censura, nos é entregue

na perfeição do encontro.

“Por do Sol”.3

Não há magia sem um sentimento de

assombro que antecipe ao olhar... Nada é

belo, nada é diferente se não estivermos

dispostos a receber. A essência, quem

poderá percebê-la?...

“O Peixe”.4

POR DO SOL

O PEIXE

Arte é a sinceridade, a integridade com que nos relacionamos e fazemos todas as coisas.

W

INAUGURAÇÃO CRIARE LAURO DE FREITAS

1

2 3

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6 7

8

9

10 11

12

1413

15

16 18

4

17

2- Viviane Dias, Márcio Lima, Cleonice de Jesus, Felipe Lima, 3- Thiago Orlandi e Arnaldo Almeida, 4- Tuvinha Papaleo, Juliana, Ana Lúcia e Catia Bacellar, 5- Paulo Mendes, Catia Bacellar e Ana Lúcia, 6- Viviane Lobo, Linda Nascimento, Cristiane Paixão, Ana

Lúcia, Daniela Granjo e Decarla, 7- Jéssica Mendes e Mônica , 9 - Rita Barros, Nádia Barros, Rosa Lamelas e Edjaimes Geitenes, 10- Ângela Rios, Paulo Mendes, Ana Lúcia e Rosânia Maxixe, 11- Barbara e Ana Lúcia, 12- Mariana Pedrão e Marizete Vieira, 14- Arnaldo Almeida e Ana Lúcia, 15- Ana Lúcia, Decarla, Paulo Gehlen, Marcelo, Rafael e Marcos Bruno, 16- Cleonice, Ângela

Rios e Rosânia Maxixe, 17- Elizama e Elisângela Chaves

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