ndice

ndiceResumo 05Introduo051.0 Reuso de gua da Chuva 072.0 Coleta de dados082.1 Quantidade de gua Utilizada082.2 Clculo para Descargas09 2.3 Clculo para Lavagem102.4 Coletando gua103.0 Estrutura do Sistema124.0 Tanque Reservatrio (Cisterna)145.0 Bomba de gua156.0 Filtros157.0 Retorno Financeiro168.0 Ar Condicionado17Concluso19Bibliografia20

Resumo

Esta pesquisa buscou estabelecer o desenvolvimento no ramo sustentvel trabalhando com o reuso e aproveitamento de gua da chuva e similares e a pratica docente do professor do ensino superior e nosso orientador Joo Alves. Optou-se por uma abordagem quantitativa que se considerou mais indicada. Analises e resultados foram obtidos atravs de pesquisas e etapas propostas pelo orientador, contamos com o auxilio de profissionais da rea que nos informaram sobre a utilizao de materiais, valores e clculos. Foram desenvolvidos clculos envolvendo modelagem aplicada, fsica, CAD e gesto ambiental, matrias essas compreendidas na grade curricular do terceiro perodo do referido semestre do curso de bacharel em Engenharia de Produo na faculdade Carlos Drummond de Andrade.

IntroduoQuando falamos o termo gua, refere-se um elemento natural, desvinculado de qualquer uso ou utilizao, por sua vez, o termo recurso hdrico a considerao da gua como bem econmico passvel de utilizao com tal fim (REBOUAS, 1999).A atual presso sobre os recursos hdricos resulta do crescimento populacional, tecnolgico e econmico, traduzindo-se nas expressivas taxas de urbanizao das ltimas dcadas e aliando-se ocorrncia de cheias e secas e degradao do meio ambiente hdrico, que atingem cada vez maiores contingentes populacionais (ANA, 2002).A Agenda 21 chama ateno tambm para a necessidade do uso sustentvel dos recursos hdricos. A gua foi considerada por muito tempo um recurso natural infinito, de pouco ou nenhum valor econmico e teve no seu uso perdulrio um dos principais motivos geradores da reduo em sua oferta (HESPANHOL & MIERZWA, 1999)A falta de gua com qualidade e em quantidade suficiente um problema grave em muitas cidades brasileiras, fazendo sofrer grandes contingentes populacionais e prejudicando o desenvolvimento de suas atividades econmicas. Sobretudo nas periferias das grandes cidades, a intermitncia no abastecimento de gua uma realidade devido obteno de gua para o abastecimento pblico ser mais dispendiosa e complexa com o aumento da distncia dessas comunidades aos mananciais e a degradao ambiental desses corpos dgua (GONALVES; JORDO,2006,p.1, 6).Segundo o ltimoRelatrio Mundial das Naes Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hdricos, divulgado pela ONU - gua, os representantes de 28 organizaes das Naes Unidas que integram o rgo alertaram que entre 3 bilhes e 4 bilhes de pessoas ainda no tm gua encanada de qualidade confivel em seus lares.

Alm, de leis e regulamentos, fomentando ou at obrigando a adoo de medidas capazes de levar otimizao na utilizao dos recursos hdricos, a conservao da gua depende, sobretudo de mais que campanhas de conscientizao, esclarecendo sobre as maneiras de evitar o desperdcio, as formas de economizar e as fontes alternativas para a captao de gua, bem como a diferenciao dos usos da mesma, ou seja: para algumas atividades no h necessidade de utilizao de gua tratada (SENRA, 2006).Segundo a ONU atravs de pesquisas, comprovam que pases com maior desenvolvimento so os que mais consomem como, por exemplo, um brasileiro em media consome 1340 metros cbicos por ano, e um norte americano consome 2500 metros cbicos. Na medida que, a gua doce sofre com a degradao pela poluio, cresce o desafio de garantir acesso ao recurso para a populao, isso porque excluindo a gua congelada dos polos, a gua doce representa apenas 0,6% do total disponvel no planeta, destes, 98% esto contidas em aquferos e apenas 2% em rios e lagos. (22/03/2010 - Agncia Estado).Diante disso, prticas para o incentivo do desenvolvimento sustentvel surgem constantemente sendo coerente com seu fundamento bsico.Montibeller-Filho (2001, p.54) define o desenvolvimento sustentvel como o processo contnuo de melhoria das condies de vida (de todos os povos), enquanto minimize o uso de recursos naturais, causando um mnimo de distrbios ou desequilbrios ao ecossistema.Visando a abordagem da real situao com relao falta de gua na cidade de So Paulo, este trabalho tem por finalidade mostrar a possibilidade da contribuio da sustentabilidade atravs da captao de gua pluvial. Nos dias atuais, o consumismo excessivo, torna cada vez mais escasso os recursos. Alm de buscar alternativas para o acmulo e posterior utilizao de gua, o bom uso da gua potvel oferecida pela concessionria no caso a Companhia de Saneamento Bsico do Estado de So Paulo (Sabesp), utilizando-se de equipamentos economizadores de gua como os vasos sanitrios com caixa acoplada, registro com sensor de presena, acionamentos de torneiras temporizados e vasos sanitrios a vcuo, a condio primordial para a eficincia e economia de todo sistema hidrulico de edificaes.

Abstract

This work refers to one of the most spoken in our day: the sustentabilidade.Nos days, excessive consumerism, becomes increasingly scarce resources. Through research, we can see the great waste of water and how much is necessary to seek means to reaproveitarmos this natural resource, developing methods that can contribute to is not wasted. According to the UN "currently one billion people lack reliable water in 2025 will be about 3 billion. In surveys show that more developing countries are the most consuming, eg, a Brazilian consumes on average 1340 meters cubic per year, and a North American consumes 2,500 meters cubic. To the extent that freshwater suffers from degradation by pollution increases the challenge of ensuring access to the resource for the population, excluding that because water ice at the poles, fresh water represents only 0.6% of the total available on the planet, of these, 98% are contained in aquifers and only 2% in rivers and lakes. " .Currently there is an increased awareness regarding this fact, a good example is the Guarulhos International Airport in Guarulhos, which implemented a system to treat water used for washing and aircraft hangars, and reuse it in the bathrooms.Here's our challenge to show that there are many institutions and homes can promote our research using this water for reuse or recovery to perform their tasks with great economy.Besides seeking ways to build up so-called alternative or subsequent use of water, the proper use of drinking water offered by the utility (in our case Sabesp), using equipment such as water-saving toilets coupled with housing, registration with presence sensor, drives timed taps and toilets

, vacuum, is the primary condition for efficiency and economy of the entire hydraulic system of buildings

1.0 Reuso de gua da Chuva.A gua de longe a substncia mais abundante do globo terrestre, cobrindo cerca de 70% da sua superfcie (XAVIER, 2006).Acrise hdrica no Estado de So Paulo o evento que se refere ao momento crtico iniciado em 2014 no Estado mais populoso do Brasil no qual os nveis desecae reduo de ofertade gua atingiram nveis preocupantes e poucas vezes vistos na histria do local.Este cenrio de crise ameaa gerar srios problemas principalmente Regio Metropolitana de So Paulo(RMSP), que tem cerca de 20 milhes de pessoas, a stima rea urbana mais populosa do mundo e o centro econmico, financeiro e tcnico do Brasil. (ESTADO, 2014)Assim sendo, as iniciativas de racionalizao do uso e de reuso de gua se constituem em elementos fundamentais em qualquer iniciativa de conservao, pois atua de forma direta na disponibilidade deste recurso natural para atender o crescimento da populao, para implantao de novas indstrias e na preservao e conservao do meio ambiente.Para Oenning Junior e Pawlosky (2007), o reuso o processo de utilizao da gua por mais de uma vez, tratada ou no, para o mesmo ou outro fim. Essa reutilizao pode ser direta ou indireta, decorrente de aes planejadas ou no. A gua de reso tratada produzida dentro das Estaes de Tratamento de Esgoto e pode ser utilizada para inmeros fins.Hafner (2007) destaca que para lavagem de pisos e irrigao de jardim a gua da chuva no necessita de tratamento, exigindo apenas a remoo de impurezas pelo sistema de descarte a ser instalado a montante da cisterna.O reuso da gua resultante do tratamento do esgoto no atende o grau de qualidade para que possa ser utilizada como potvel (classe especial 1, 2 e 3), mas sanitariamente segura para fins que no exijam sua potabilidade (classe 4) conforme a resoluo CONAMA (n 357/2005).Conforme os parmetros da ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas - NBR (n 13.969 / 1997), a utilidade da gua para fins no potveis atende as caractersticas definidas nas classes 1, 2, 3 e 4. Em termos gerais, podem ser definidas as seguintes classificaes conforme o reuso: Classe 1 Lavagem de carros e outros usos que requerem o contato direto do usurio com a gua; Classe 2 Lavagens de pisos, caladas e irrigao dos jardins, manuteno dos lagos e canais para fins paisagsticos; Classe 3 Reuso nas descargas dos vasos sanitrios; Classe 4 Reuso nos pomares, cereais, forragens, pastagens para gados e outros cultivos atravs de escoamento superficial ou por sistema de irrigao pontual.Segundo Hespanhol e Gonalves (2010), conservar a gua pode ser definido como prticas, tcnicas e tecnologias que propiciam a melhoria da eficincia do seu uso, atuando de maneira sistmica na demanda e na oferta de gua.Hespanhol e Gonalves (2010) e Trentini (2007) afirmam que as guas denominadas cinzas claras, so aquelas livres de gorduras da cozinha e das descargas dos banheiros. Esse tipo de gua, de colorao cinza clara proveniente do uso domstico local, podem ser reutilizadas em casa sem o tratamento bsico e para fins diversos.Para melhor entendimento, em uma empresa, a gua usada em processos industriais pode ser tratada numa estao de tratamento de gua na prpria empresa e reutilizada no mesmo ciclo de produo. Em uma residncia, gua de banho pode ser captada e usada para lavagem de quintal e para dar descarga em vasos sanitrios. Nesse contexto, esse trabalho avalia a possibilidade de conservao da gua potvel em uma edificao educacional particular localizada no bairro da Penha em So Paulo Capital. A quantidade de gua pode variar dependendo da quantidade de chuvas no Estado.Sero captadas tambm as guas dispensadas pelos aparelhos de ares- condicionados. A ideia de captar gua de chuva antes que chegue ao solo, onde normalmente se contamina e fica imprpria para uso. As guas pluviais assim captadas servem, aps o tratamento adequado, para muitos usos no potveis.Conforme determinao da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), atravs da norma 15527:2007, a gua da chuva s pode ser usada em ambientes urbanos para fins no potveis, como lavagem de ptios, descargas etc., pois pode gerar risco sade da populao caso seja usada para beber, tomar banho e fazer lavagem ou cozimento de alimentos. (Plnio Tomaz, 2007)O sistema bsico de aproveitamento de gua da chuva prev a captao em calhas do telhado, uma pr-filtragem na calha para impedir o acmulo de resduos nos canos e conexes, a filtragem e o armazenamento final, a instalao de uma caixa dgua para armazenamento apenas da gua de reuso. Para se garantir a qualidade da gua armazenada na cisterna, possvel a instalao de equipamentos complementares, destacando-se: redutor de velocidade da gua, ladro e boia com vlvula de reteno.Igualmente importante, sobretudo nas reas urbanas, a reteno temporria. A chuva do telhado fica retida numa cisterna, e a parte que no for aproveitada ser liberada de forma controlada (0,2 a 0,6 litros por segundo). Alm de que preciso preocupar-se com casos de estiagem prolongada, pois a descarga e outras atividades feitas a partir da caixa dgua de reuso precisam continuar funcionando bem. Para este caso necessrio que esteja previsto a realimentao com gua potvel, diretamente na cisterna ou por uma ligao no filtro, emquantidades que garantam o consumo dirio.Alm de gerar economia de gua, o sistema tambm contribui para diminuir o problema das enchentes.A gua da chuva captada pode ser armazenada em cisterna e posteriormente utilizada em diversas tarefas do cotidiano. A chuva devidamente acumulada e tratada pode suprir 55% da gua utilizada em uma residncia conforme figura 01. Figura 01

2.0 Coleta de DadosNeste trabalho, consideraremos o reuso da gua nos sanitrios (descargas) e lavagens de ptio em geral. A partir deste ponto, inicialmente fizemos a coleta de dados nos prdios da faculdade, com o intuito de mensurar a quantidade de gua gasta por ms nestas atividades.Segue abaixo a tabela com os dados coletados:Alunos Seg. a sexta1320

Alunos Sbado20

Funcs. Seg. a Sexta80

Funcs. Sbado10

Vasos Sanitrios74

Mictrios21

Conforme analise da tabela acima a nossa populao total de 1400 pessoas circulando pelos prdios da faculdade de segunda a sexta feira, apenas para critrio de estudo consideramos que 40% deste total do sexo masculino e faz uso dos mictrios (que consumem bem menos gua que o vaso sanitrio), atravs de pesquisas verificamos que em mdia as pessoas utilizam o banheiro ao menos uma v num perodo entre 6 a 8 horas. Ento tomaremos por base que 60% da nossa populao total aciona a descarga uma vez ao dia.Cada vez que a descarga acionada so gastos em mdia 5l de gua (os vasos da faculdade possuem caixa acoplada, o que faz com que o gasto seja inferior aos 10l gastos em vasos de vlvula acionada).

2.1 Quantidade de gua UtilizadaA partir dos dados chegamos a concluso que durante o perodo do ano em que h aula na faculdade so gastos por ms de 100 mil litros apenas com descargas e mais 1584l com lavagens em geral.O que totaliza 101584l de gua na qual podemos utilizar a gua de reuso.

2.2 Clculos para as descargas:

Quantidade de litros gasta por dia:So necessrios dois clculos, um para os dias de semana e outro para o final de semana.Primeiramente de segunda a sexta teremos:Verificamos qual a quantidade de pessoas corresponde a 60% da nossa populao e multiplicamos pela quantidade de litros gasta em cada v que acionasse a descarga.60% de 1400 = 840 (total de pessoas que aciona a descarga uma vez ao dia)840 * 5 = 4200l (litros gastos por dia com as descargas)

Clculo para os sbados:O total de pessoas aos sbados 30. Sendo destes 10 alunos e 20 funcionrios, consideramos que cada um ative a descarga uma vez:30 * 5 = 150l (litros de gua gastos no sbado, com descarga).

Quantidade de litros por ms:Multiplicamos o total de litros gastos diariamente pela quantidade de dias teis no ms, e o resultado somamos ao resultado da multiplicao dos litros gastos aos sbados vezes 4 (pois a maioria dos meses apresenta 4 sbados).4200 * 22 = 92400l ( qt de gua gasta no total de dias teis do ms)150 * 4 = 600l (qt de litros gasta com descarga nos sbados do ms)92400 + 600 = 10000l (total de litros gastos ao ms com descargas).Esse resultado compreende os meses de Maro, Abril, Maio, Junho, Agosto, Setembro, Outubro e Novembro.

Perodo de Frias

Durante os meses de Dezembro, Janeiro e Julho no h aulas, devido isso reduz-se o consumo. A partir de informaes fornecidas pelo Coordenador da Faculdade, o nmero de pessoas circulando durante estes meses uma mdia de 20 por dia e a faculdade no abre aos finais de semana. Clculo referente ao perodo de frias:Multiplicamos a quantidade de pessoas pelo nmero de dias teis, e o resultado pela quantidade de litros gasto em uma descarga. 20*22 = 440440*5= 2200l (Quantidade de gua gasta com descarga durante o perodo de frias escolares).

Total anual

A soma dos dois perodos nos resulta na quantidade de litros gastos anualmente apenas com descargas:2200*100000 = 220.000.000l

2.3 Clculo para lavagem

Segundo pesquisas so gastos 2,2l de gua para cada minuto que passamos com uma mangueira ligada.Todos os sbados os prdios so lavados com mangueiras, que ficam ligadas em mdia por 3h a cada sbado, o que nos d um total de 12h ao ms. O que corresponde a 720 minutos de mangueira ligada ao ms.Estes 720 minutos com a mangueira ligada representam 1584l de gua por ms. E anualmente corresponde a 19008l de gua por ano.O total geral de gua anualmente utilizada em descargas e lavagens de 220019008l ou 220019 metros cbicos.

2.4 Coletando a gua

Antes de mais nada necessrio descobrir o ndice de precipitao mensal da cidade e somar os ndices para se obter o valor anual. O INMET fornece as mdias registradas nos ltimos anos. Os ndices so fornecidos em milmetros que o mesmo que litros por metro quadrado.

Este ndice ser multiplicado pelo tamanho do telhado em metros quadrados, pelo valor de eficincia no telhado e coeficiente de eficincia de filtragem para se obter o total de gua captada ano. No exemplo da Drummond, temos cobertura sobe dois prdios, sendo a rea do primeiro de 30X30, o que nos d 900 metros quadrados e o segundo de30X65 o que nos d 1950 metros quadrados.O total da nossa rea de cobertura de 2850 metros quadrados, a nossa rea de captao.A precipitao considerada foi de 1500 litros por ano, ou 1,5 metros cbico (ndice anual pluviomtrico da cidade de So Paulo em metros cbicos)O material de que feito o telhado, porosidade, inclinao e estado de conservao afetam na eficincia da drenagem do telhado. Quanto mais impermevel o telhado, maior ser a quantidade de gua redirecionada calha. Devido a todos os itens a serem considerados, assumimos que 15% da gua que cai no telhado seja pedido, o que quer dizer que 85% redirecionado corretamente.E o coeficiente de filtragem de 0.9, pois 10% da gua fica retida nos filtros junto com a sujeira. A partir dos coeficientes e dados acima temos:2850*1,5*0.85*0,9 = 3.270.375 metros cbicos ou 3.270.375 * 10 L

Para uma coleta e armazenamento correto de gua a ABNT define algumas normas, conforme tabela abaixo:

3.0 Estrutura do sistemaCom a finalidade de ilustra o sistema de instalao, foi elaborado um desenho esquemtico do prdio da faculdade, para assim mostrar com clareza os detalhes referentes ao reservatrio (cisterna) e as caixas de gua de reuso.Tendo em vista que o reuso da gua de interesse de todos. O governo do estado de So Paulo vai instalar cisternas nas escolas estaduais para armazenar gua da chuva e fazer o reuso na descarga do banheiro, A deciso foi tomada no dia 28/01/2015 em reunio do secretario estadual de educao, Herman Jacobus Corneilis Voorwald, com o presidente da companhia de Saneamento Bsico do Estado de So Paulo (SABESP), Jerson Kelman.O cenrio atual do Estado acaba viabilizando novos projetos e implantaes de sistemas de reuso, sendo assim, possvel ir adiante e aplicar o uso inteligente da gua em outros setores dentro de uma instituio de ensino.

Quando falamos o termo gua, refere-se um elemento natural, desvinculado de qualquer uso ou utilizao, por sua vez, o termo recurso hdrico a considerao da gua como bem econmico passvel de utilizao com tal fim (REBOUAS, 1999).A atual presso sobre os recursos hdricos resulta do crescimento populacional, tecnolgico e econmico, traduzindo-se nas expressivas taxas de urbanizao das ltimas dcadas e aliando-se ocorrncia de cheias e secas e degradao do meio ambiente hdrico, que atingem cada vez maiores contingentes populacionais (ANA, 2002).A Agenda 21 chama ateno tambm para a necessidade do uso sustentvel dos recursos hdricos. A gua foi considerada por muito tempo um recurso natural infinito, de pouco ou nenhum valor econmico e teve no seu uso perdulrio um dos principais motivos geradores da reduo em sua oferta (HESPANHOL & MIERZWA, 1999)A falta de gua com qualidade e em quantidade suficiente um problema grave em muitas cidades brasileiras, fazendo sofrer grandes contingentes populacionais e prejudicando o desenvolvimento de suas atividades econmicas. Sobretudo nas periferias das grandes cidades, a intermitncia no abastecimento de gua uma realidade devido obteno de gua para o abastecimento pblico ser mais dispendiosa e complexa com o aumento da distncia dessas comunidades aos mananciais e a degradao ambiental desses corpos dgua (GONALVES; JORDO,2006,p.1, 6).Segundo o ltimoRelatrio Mundial das Naes Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hdricos, divulgado pela ONU - gua, os representantes de 28 organizaes das Naes Unidas que integram o rgo alertaram que entre 3 bilhes e 4 bilhes de pessoas ainda no tm gua encanada de qualidade confivel em seus lares.

4.0 Tanque Reservatrio (Cisterna)

Elaboramos a partir de estudos de armazenamento e captao de gua, um reservatrio que tem sua estrutura de cimento pr-moldado de forma retangular com as dimenses de 3x2,5x3m que atende at 21000 litros, tendo como rea livre interna para vazo, aproximadamente um nvel para 1000 litros, esta rea utilizaremos para vazo um espcie de dreno, no qual ao atingir o nvel desejado elimina o fluxo de gua a mais, mantendo o reservatrio sempre dentro dos seus limites, sem que haja infiltrao de gua no solo e possveis vazamentos que poderiam acarretar em danos a estrutura predial. Este reservatrio alimentaria os dois prdios por isso de sua posio no layout estratgica, facilitando o fluxo de gua para as duas caixas superiores e reduzindo custos de instalao.A escassez de gua no planeta e a grande preocupao em armazen-la torna os reservatrios (cisternas) um grande aliado no combate ao desperdcio. O Objetivo armazenar a maior quantidade possvel de gua pluvial e outros.

Os componentes internos do mesmo so: Bomba dagua (vide item 2), Filtro (vide item 3), tubo de sada (dreno), tubo de entrada, filtro de sada e marcador de nvel.Segue abaixo clculos do reservatrio.

5.0 Bomba de gua Utilizaremos para este projeto uma bomba com as seguintes especificaes: Potencia 3CV, dimetro de suco 1 , recalque dimetro de 1, presso mxima sem vazo 44m c.a, altura mxima de suco 8m c.a, dimetro do rotor 157mm, vazo em metros cbicos/hora 6m c.a .Sendo assim utilizaremos a mesma, com o objetivo de bombear a gua acumulada no reservatrio, e lev-la a uma altura aproximada de 30 metros, para que as caixas destinadas a gua de reuso ou aproveitamento seja alimentadas, e com um sistema de desligamento automtico manteremos a bomba em repouso, quando o reservatrio estiver com o volume de gua abaixo do seu limite, para que no haja o desgaste do equipamento uma vez que no estar em operao, reduzindo tambm o consumo de energia, que para o propsito do projeto vem a ser um grande feito j que iniciamos nosso estudo com a ideia de reduzir gastos e tambm ser mais sustentvel.

6.0 Filtros

O sistema de filtragem tem como objetivo reduzir ao Maximo a contaminao da gua, para que seja feito um melhor aproveitamento e consumo da gua de reuso. O primeiro estgio da filtragem acontecera no momento da captao onde a gua ser conduzida via calha para suas extremidades, nessas extremidades estaro acoplados os filtros de entrada, onde ser feito o primeiro processo de filtragem, no qual sero separados por telas com pequenas malhas as folhas, galhos, e outros resduos que venham a ser deslocados atravs do fluxo da gua. Segundo estgio da filtragem ser feito na sada de gua e abastecimentos das caixas, nesse momento a gua passara por um processo de filtragem no qual teremos um filtro a carvo que ira melhorar a sua qualidade, para que esta gua chegue aos seus terminais podendo ser aproveitadas de diversas formas, exemplos: (Torneiras (banheiro), Mangueiras (jardins e corredores), Vasos sanitrios entre outro).

7.0 Retorno Financeiro

A partir dos resultados obtido anteriormente, podemos analisar o retorno do investimento realizado. Como neste estudo no determinamos os gatos com relao a mo de obra e instalao, fornecemos abaixo as frmulas para que o clculo possa ser realizado.

1 Mtodo:Clculo simples desconsiderando as variantes de custo de tarifa e aplicao financeira

Ri = C/Ci*Q

Ri = Retorno do investimento em mesesC = CustoCi = Custo do insumo Tarifa mensal em reaisQ = Quantidade do insumo economizado por ms

Na variante C, devero ser computados todos os gatos com manuteno previsto, incluindo mo de obra, troca de equipamentos ao trmino da vida til e peas de reposio.

2 Mtodo

baseado na frmula dos juros compostos. Duas variantes importantes so colocadas. A primeira considera o provvel rendimento lquido que o valor investido na instalao teria caso o montante fosse aplicado no sistema financeiro. Esse variante vai funcionar como um redutor do valor do investimento. Sabemos que h uma tendncia real e que o preo dos insumos (neste caso a gua) subam progressivamente nos prximos anos. Assim, a segunda variante considera a diferena entre o aumento real da tarifa e a inflao do ano anterior, funcionando como um fator de aumento do valor do retorno do investimento.O 2mtodo para o clculo do retorno do investimento, descrito a partir de dois passos:

O primeiro passo utiliza a expresso abaixo no excel:(C*(1+J)^Ms_Ri)+VF(Pa;Ms_Ri;Ci*Q;;1), onde:Ri = Retorno do investimento em mesesC = Custo total de implantao e manuteno em reaisJ = juros lquidos de aplicao de baixo risco ao msCi = Custo do insumo tarifa mensal em reaisQ= Quantidade do insumo economizado ao msPa = Previso de aumento do custo do insumo acima da inflao cobrada ao msVF = Valor Futuro

A expresso acima descrita matematicamente como a soma do capital investido corrigido por meio de juros composto para um ms (inicialmente ms = 1) e do Valor Futuro do produto: Taxa inicial do insumo pela economia mensal (essa funo acumula as parcelas mensais e seus respectivos juros, dando um resultado negativo, pois segue as regras de fluxo de caixa), ou seja:Investimento inicial X (1+J) Ms + (soma das parcelas de Taxa inicial de insumo X Economia at o ms do temo de retorno do investimento).

O segundo passo a obteno do ms correto de retorno, ou seja, o ms em que a segunda parte da soma (economia) fica maior do que o primeiro (custo corrigido). Nesse ms, a expresso ficar negativa (economia maior que o custo). Este valor e obtido atravs da ferramenta Atingir Meta, do Excel.

importante lembrar que as variantes J (juros lquidos) e Pa (Previso de aumento acima da inflao) so flexveis em funo de mudanas na economia. A metodologia de se estabelece um histrico dos aumentos dos insumos acima da inflao no garante a estabilidade de prognsticos futuros.A margem de erro ser to menor quanto:1- Maior a preciso na coleta de dados para J e Pa; e 2- maior a capacidade de se prever as taxas futuras.

8.0 Ar condicionado

Atravs de estudos e algumas pesquisas podemos perceber que o ar condicionado pode ser um fator importante no reuso de gua, uma vez que o mesmo utiliza um sistema de resfriamento que ao conduzir molculas de vapor no seu interior, essas molculas se condensam para a forma liquida, por isso eles gotejam, mas alguns funcionam com um motor que libera uma combusto de CO2, dessa forma a gua teria uma concentrao de CO2 mas to pequena que no trs danos a sade.Sendo assim podemos aproveitar essa gua que em muitos casos so descartadas direto no solo, sem que ocorro um reaproveitamento de uma gua limpa gerada atravs de um processo de condensao. Um ar condicionado de 18.000 BTU (British Thermal Unit) Unidade Trmica Britnica, gera em torno de 1,5L por hora, j o de 35.000 BTU, gera em mdia 3L por hora, esses so muito utilizados em empresas, escolas, prdios, etc. Com base nesses dados podemos captar aproximadamente com um ar condicionado de 18.000 BTU 25.5L dia ou 663L ms, j com o de 35.000 BTU 51L dia ou 1326L ms , levando em conta que o prdio equipado com 47 aparelhos e se esses estiverem em funcionamento dirio nos trs perodos no ms teremos um aproveitamento de 32.000L de gua que ser destina para limpeza do ptio, torneiras, banheiros, descargas, jardins entre outros. Lembrando que utilizamos para base de calculo aparelhos de 18.000 BTU.

Concluso

Considerando dados hipotticos com relao a instalao e mo de obra, verificamos que no caso da Drummond, seriam gastos aproximadamente R$10.000 e considerando que o valor pago pelo m de R$11,22 (j incluso a taxa de gua e esgoto), a economia anual de R$3.000, com isso o capital investido seria recuperado em aproximadamente 3 anos. Levando-se em conta de que o dinheiro economizado na conta de gua investido em outras atividades, gera-se lucro. Os equipamentos utilizados para armazenamento, bombeamento e distribuio no caso de reuso de gua das chuvas possuem grande vida til e exigem mnima manuteno.A utilizao da gua das chuvas uma alternativa vivel para poupar recursos naturais e torna-se uma alternativa atraente financeiramente. No entanto a divulgao de tcnicas como esta bem precria, talvez por interesse do prprio governo que estaria deixando de arrecadar uma verba razoavelmente considervel atravs das contas de gua.Alm da necessidade de poupar o planeta, existe tambm a necessidade de se poupar capital, por isso alternativas sustentveis podem ser a grande soluo para muitas empresas e at domiclios.Bibliografia

Estado (28 de fevereiro de 2014). Visitado em 18/05/2015.

HAFNER, A. V. Conservao e reuso de gua em edificaes experincias nacionais e internacionais. 2007. 177p. Dissertao (Mestrado). Programa de Ps-Graduao em Engenharias da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro RJ.ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas - NBR 15527:2007 / livro "Aproveitamento de gua de chuva para reas urbanas e fins no potveis", autor: Plnio TomazONU - Organizao das Naes Unidas 2015.http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,vai-faltar-agua-boa-para-o-consumo-alerta-onu,527639,0.htmANA Agncia Nacional de guas. A Evoluo da Gesto dos Recursos Hdricos no Brasil / The Evolution of Water Resources Management in Brazil. Braslia; ANA, 2002.ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas - NBR (n 13.969 / 1997)SAE - Superintendncia de gua e Esgoto - 2015REBOUAS, A.C. guas Doce no Mundo e no Brasil. In: guas Doces Do Brasil. Aldo da Cunha Rebouas [et al.] (Org). Escrituras Editora, 1999.HESPANHOL, Ivanildo. gua e Saneamento Bsico: uma viso realista. In: REBOUCAS, Aldo da Cunha, BRAGA, Benedito e TUNDIDI, Jos Galicia (Orgs). guas Doces no Brasil: Capital ecolgico, uso e conservao.So Paulo, Escrituras editora, 2002.

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