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Reúso da Água

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Reúso da

Água

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Definição É o processo pelo qual a água, tratada ou não, é

reutilizada para o mesmo ou outro fim. Isto ocorre espontaneamente na própria natureza, no ciclo hidrológico ou através da ação humana, de forma planejada ou sem controle.

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Panorama da água no planeta

• 97,50% da água estão nos oceanos;

• 2,493% encontram-se em regiões polares ou subterrâneas de difícil aproveitamento;

• 0,007% é própria para o consumo humano e está em rios, lagos e pântanos (água doce).

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• O Brasil apresenta 14% do recurso hídrico mundial.

• 80% da água doce se encontra na Amazônia, mas que abastece apenas 5% da população, os outros 20% restantes estão divididos pelo país, e abastecem 95% da população.

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• Em função da escassez de água associada aos problemas de qualidade da água e devido a sua distribuição não uniforme , torna-se uma alternativa potencial de racionalização desse bem natural a reutilização da água para vários usos, principalmente para as indústrias e irrigação agrícola que utilizam grande demanda do recurso hídrico.

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Objetivos

• Mostrar a importância da conservação e do reúso da água, sendo um recurso essencial a vida do planeta.

• As formas de aplicações do reúso nos diversos setores, bem como seus benefícios e suas limitações.

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Histórico O CONCEITO DE REUSO DA AGUA NO PLANETA NÃO É ALGO NOVO .

DECRETO 24.643/34 CONHECIDO COMO CODIGO OU LEI DAS AGUAS .

NA DÉCADA DE 80 A NECESSIDADE DE CONTROLE DAS AGUAS MOTIVA INTESSAS DISCUSSOES ENTRE TÉCNICOS E ESPECIALISTAS BRASILEIROS LOGO APÓS OCORRERAM DEBATES INTERNACIONAIS E HOUVE AÍ A CRIAÇÃO DE UM SISTEMA INTEGRADO E DESCENTRALIZADO A NIVEL DE BACIAS HIDROGRAFICAS E TRATA A AGUA COMO UM BEM DE VALOR ECONOMICO .

CONSTITUIÇÃO DE 1988 E A LEI DE 9.433/97 MODIFICAM A QUESTÃO DE CLASSIFICAÇÃO QUANTO A DOMINIAILIDADE TENDO EM VISTA O USO E APROVEITAMENTO DESSAS AGUAS PARA INCENTIVAR E CONTROLAR O USO INDUSTRIAL E SUPRIR AS EXIGÊNCIAS DO RAMO HIDRAULICO .

LEI 9.433/97 –POLITICA NACIONAL DE RECURSOS HIDRICOS CRIOU O SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE RECUROS HIDRICOS –AGUA É UM BEM DE DOMINIO PUBLICO E EM 2006 O PLANO NACIONAL DE RECUROS HIDRICOS OBJETIVANDO UM TRATAMENTO GERENCIAL PARA RATIFICAR A AGUA COMO CONSUMO HUMANO .

O VALOR ECONÔMICO TROUXE A COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA, COMO MEIO DE CONTROLE RACIONAL DO USO E, SOBRETUDO, GERADOR DE RECURSOS PARA INVESTIMENTOS NA GESTÃO DA ÁGUA EM CADA BACIA HIDROGRÁFICA. ESTAS VIERAM A SER, A CADA ANO, O PRINCIPAL MEIO DE SUSTENTAÇÃO DO NOVO SISTEMA DECISÓRIO DESCENTRALIZADO E PARTICIPATIVO. AS BACIAS HOJE SÃO COMPOSTAS PELOS REPRESENTANTES DOS PODERES PÚBLICOS FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL, USUÁRIOS E DA SOCIEDADE CIVIL.

.

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Aspectos Legais e Institucionais• A Constituição de 1988 estabelece que a água é um

bem da União ou dos estados, ressaltando que o seu aproveitamento econômico e social deve buscar a redução de desigualdades.

• Com base na Constituição de 1988, foi elaborada a

Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei 9.433de 1997), que define a água como um bem de domínio público, dotado de valor econômico.

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• Na Lei 9.433, o Capítulo IV trata dos instrumentos definidos para gestão dos recursos hídricos, como a outorga pelo direito de uso da água e a cobrança correspondente.

• A primeira regulamentação que tratou de reúso de água no Brasil foi a norma técnica NBR-13.696, de setembro de 1997. Na norma, o reúso é abordado como uma opção da destinação de esgotos de origem essencialmente doméstica ou com características similares.

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• Quatro classes de água de reúso e seus respectivos padrões de qualidade foram definidos nesta norma técnica NBR-13.696, e são apresentados na tabela a seguir.

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ÁGUA DE REÚSO

APLICAÇÕES

PADRÕES DE QUALIDADE

CLASSE1

Lavagem de carros e outros usos com contato direto com o usuário com possível aspiração de aerossóis pelo operador, incluindo chafarizes.

Turbidez < 5 uTColiformesTermotolerantes <200 NMP/100 mLSólidos DissolvidosTotais < 200 mg/LpH entre 6 e 8Cloro residual entre 0,5 mg/L a 1,5 mg/L

CLASSE2

Lavagem de pisos, calçadas e irrigação dejardins, manutenção de lagos e canais paisagísticos, exceto chafarizes.

Turbidez < 5 uTColiformesTermotolerantes < 500NMP/100 mLCloro residual superior a0,5 mg/L

CLASSE3

Descargas em vasos sanitários.

Turbidez < 10 uTColiformesTermotolerantes <500NMP/100 mL

CLASSE4

Irrigação de pomares, cereais, forragens, pastagem para gados e outros cultivos através de escoamento superficial ou por sistema de irrigação pontual.

ColiformesTermotolerantes < 5000NMP/100 mLOxigênio dissolvido > 2,0mg/L

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Principais Grupos e Agentes Envolvidos

As práticas agrícolas e as indústrias de um modo em geral, onde ocorre um maior consumo de água, a colaborar

com um desperdício de grande relevância, havendo então nessas

áreas a necessidade do reuso.

O governo tendo papel importante como motivador / indutor através das políticas públicas – Política Nacional

de Gerenciamento dos Recursos Hídricos; Políticas Estaduais,

Municipais e Comitês de Bacia Hidrográfica – que atuam como

unidades principais, representativas e participativas no gerenciamento dos

recursos hídricos.

De maneira indireta a sociedade.

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A reutilização da água pode ser direta ou indireta, decorrente de ações planejadas ou não.

Reúso indireto não planejado:

• quando a água utilizada em alguma atividade humana e descarregada no meio ambiente e utilizada a jusante em sua forma diluída, de maneira não intencional e não planejada.

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Reúso indireto planejado:

• Efluentes depois de tratados são descarregados de forma planejada nos corpos d’água e pressupõe que exista também um controle sobre as eventuais novas descargas de efluentes no caminho, garantindo assim que o efluente tratado estará sujeito apenas a misturas com outro efluentes que também atendam aos requisitos de qualidade do reúso objetivado.

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Reúso direto planejado das águas:

• Os efluentes, após tratados, são encaminhados diretamente de seu ponto de descarga até o local do reúso, não sendo descarregados no meio ambiente. É o caso com maior ocorrência, destinando-se a uso em indústria ou irrigação.

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Reciclagem de água: • É o reúso interno da água, antes de

sua descarga em um sistema geral de tratamento ou outro local de disposição. Essas tendem, assim, como fonte suplementar de abastecimento do uso original. Este é um caso particular do reúso direto planejado.

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Modalidades de Reúso

Reúso para fins agrícolas;

Reúso para fins industriais;

Reúso para fins urbanos;

Reúso para fins ambientais

Reúso na aquicultura

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Reúso Agrícola

• O uso consultivo do setor agrícola é, no Brasil, de aproximadamente 70% do total. Essa demanda significativa, associada a escassez de recursos hídricos leva a ponderar que as atividades agrícolas devem ser consideradas como prioritária em termos de reúso de efluentes tratados.

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Reúso Industrial

• As atividades industriais no Brasil respondem por aproximadamente 20% do consumo de água, sendo que, pelo menos 10% é extraída diretamente de corpos d’água e mais da metade é tratada de forma inadequada ou não recebe nenhuma forma de tratamento.

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De acordo com o FIESP/CIESP (2004), pode-se dizer que a água encontra as seguintes aplicações na indústria:

Consumo humano

Matéria Prima

Uso como fluido auxiliar

Uso para geração de energia

Uso como fluído de aquecimento e/ou resfriamento

Outros usos

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Reúso Urbano

• Na área urbana os usos potenciais são os seguintes: irrigação de campos de golfe e quadras esportivas, faixas verdes decorativas ao longo de ruas e estradas, torres de resfriamento, parques e cemitérios, descarga em toaletes, lavagem de veículos, reserva de incêndio, recreação, construção civil, limpeza de tubulações, sistemas decorativos tais como espelhos d’água, chafarizes, fontes luminosas, etc.

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Reúso no meio ambiente

• Nesse caso, pode ser utilizado como em habitats naturais, estabelecimento recreacionais, pesca e canoagem, formação de represas e lagos.

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Recarga de aquíferos

• A recarga artificial de aquíferos com efluentes tratados pode ser empregada para finalidades diversas, incluindo o aumento de disponibilidade e armazenamento de água, controle de salinização em aquíferos costeiros e controle de subsidência de solos.

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Importância da Conservação e Reúso da Água

A água se faz ativamente presente nas mais variadas formas de atividade humana, como elemento imprescindível para a existência humana, para a saúde, boa qualidade de vida e para o desenvolvimento econômico .

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• Práticas conservacionistas como o uso eficiente e o reúso da água, constituem uma maneira inteligente de se poder ampliar o número de usuários de um sistema de abastecimento, sem a necessidade de grandes investimentos na ampliação ou a instalação de novos sistemas de abastecimento de água. FIESP/CIESP (2004).

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Benefícios

Sociais

Ambientais

Econômicos

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Benefícios sociais:

• Ampliação da oportunidade de negócios para as empresas fornecedoras de serviços e equipamentos, e em toda a cadeia produtiva;

• Ampliação na geração de empregos diretos e indiretos;

• Melhoria da imagem do setor produtivo junto à sociedade, com reconhecimento de empresas socialmente responsáveis.

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Benefícios ambientais:

• Redução do lançamento de efluentes industriais em cursos d água, possibilitando melhorar a qualidade das águas interiores das regiões mais industrializadas. Se tratando do tratamento destes para reutilização da água contida nestes efluentes.

• Redução da captação de águas superficiais e subterrâneas, possibilitando uma situação ecológica mais equilibrada.

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Benefícios econômicos:

• Conformidade ambiental em relação a padrões e normas ambientais estabelecidos, possibilitando melhor inserção dos produtos brasileiros nos mercados internacionais.

• Mudanças nos padrões de produção e consumo;

• Redução dos custos de produção;

• Aumento da competitividade do setor;

• Habilitação para receber incentivos e coeficientes redutores dos fatores da cobrança pelo uso da água.

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Algumas Limitações

• Na categoria de reúso de águas servidas para a agricultura irrigada de culturas e olericultura, as limitações se referem ao efeito da qualidade da água, principalmente a salinização dos solos, e a preocupação patogênica (bactérias, vírus e parasitas) na saúde pública.

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• Na categoria de reúso para recarga de aqüíferos (águas subterrâneas, intrusão salina e controle da subsidência), a limitação na aplicação diz respeito a traços de toxidade e seus efeitos nas águas de reúso, além da possibilidade de existência de sólidos dissolvidos totais, metais pesados e patógenos nas águas de reúso.

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Conclusão

Podemos concluir que a água é um bem limitado, que está se tornando escasso devido à distribuição não uniforme entre as regiões e ao intenso uso por diferentes setores da sociedade, que utilizam deste recurso de uma forma muitas vezes não racional.

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• É importante enfatizar que as opções de reúso devem ser consideradas após a implementação das opções de redução do consumo de água, pois, racionalizar o uso da água além de contribuir com o meio ambiente, apresenta-se como uma opção economicamente viável, diferente de algumas formas de reúso que dependem de processos de tratamento da água com valor econômico elevado.

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• Sendo assim o reúso tenderá a se consolidar em um instrumento de gestão eficiente, induzindo a um uso racional da água e propiciando o aumento da oferta, redução das demandas e diminuição da poluição ambiental.

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http://www.usp.br/cirra/br_tipos%20de%20reuso.html Data de acesso: 20 Fev. de 2012. • Departamento de água e esgoto de São Caetano do SUL. Água de Reúso. Disponível em: <http://daescs.sp.gov.br/index.asp?dados=conheca&conhe=agreu> Data de

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Manual de Orientações para o Setor Industrial, v. 1, 2004. • KRIEGER, Elizabeth Ibi Frimm. Avaliação do consumo de água, racionalização do uso e reúso do efluente líquido de um frigorífico de suínos, na busca da

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• RACIONALIZAÇÃO DO USO E REÚSO DA ÁGUA: Necessidades e Desafios – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. 2005. • SEBRAE. SERVIÇOS DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, Rio de Janeiro. MANUAL DE CONSERVAÇÃO E REÚSO DE ÁGUA NA

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• SECRETARIA DOS RECURSOS HÍDRICOS DO CEARÁ. Histórico Política das Águas. Disponível em: <

http://www.srh.ce.gov.br/index.php/a-secretaria/historico-politica-das-aguas> Data de acesso: 20 Fev. 2012. • SOARES FILHO, Albano. Racionalização do uso da água potável e reuso de efluentes líquidos em plantas siderúrgicas de ferro ligas: o caso da Rio Doce Manganês.

Salvador: Escola Politécnica, Universidade Federal da Bahia, 2008. 131f. Dissertação (Mestrado em Gerenciamento e Tecnologia Ambiental no Processo Produtivo). • Universidade da água. Disponível em: < http://www.uniagua.org.br/public_html/website/default.asp?tp=3&pag=reuso.htm >Data de acesso: 20 Fev. de 2012 • VIDRIH FERREIRA, Gabriel Luis Bonora; VIDRIH FERREIRA, Natália Bonora. Fundamentos da Política Nacional dos Recursos Hídricos. Bauru: 2006, 11p. Disponível em: <

http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/810.pdf> Data de acesso: 04 Fev. 2012.

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Obrigada pela atenção!