projeto - reuso de Água

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Pré projeto para reutilização de água em em padarias.

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  • SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

    SERVIOS EM TECNOLOGIA E INOVAO - STI

    REA DE MEIO AMBIENTE

    PROJETO DE REAPROVEITAMENTO DE GUA

    Empresa: Padaria e Panificadora Buona Massa

    Responsvel pela Empresa: Francina

    Responsveis tcnicos SENAI:

    So Lus-MA, Abril de 2015

  • 1 IDENTIFICAO

    1.1 Ttulo: PROJETO DE REAPROVEITAMENTO DE GUA

    1.2 Instituio: Servio Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI

    1.2.1 Setor: Servios em Tecnologia e Inovao -STI

    1.2.2 rea: Meio Ambiente

    1.2.3 Empresa Atendida: Buona Massa

    1.2.4 Contato:

    1.3 Localizao:

    1.4 Parmetros: Gesto Ambiental. Sustentabilidade. Reuso da gua

    1.5 Perodo de Execuo:

    Incio: Maro de 2015

    Final: Maio de 2015

    1.6 Equipe

    O Presente projeto prope formas de diminuio de consumo, ausncia de

    desperdcio e reutilizao da gua PARA FINS NO POTVEIS da empresa

    Buona Massa.

    ________________________________________________

    Tcnico 1

    ________________________________________________

    Tcnico 2

  • 1 O SISTEMA ATUAL DE EFLUENTES DA EMPRESA BUONA MASSA

    O sistema de efluentes da empresa atendida, segue o comum das empresas

    do setor: em primeiro, a gua natural que distribuda pela rede publica de

    abastecimento captada por torneiras de uso comum, dispositivos sanitrios, lavatrios

    de reas comuns e da cozinha; em segundo, depois de utilizada, a gua dos sanitrios,

    das pias e ralos destinada a rede pblica de esgoto. A gua dos lavatrios da cozinha

    passam por uma caixa de gordura e depois destinada a rede pblica de esgoto.

    O sistema supracitado indica um sentido nico de utilizao da gua:

    recebimento - uso - disposio final. Porm, para uma empresa que necessita de gua

    para seus processos produtivos dirios e que busca adequao em consonncia a

    legislao ambiental e melhoria continua dos seus processos com relao a utilizao

    dos recursos naturais, o sistema no atende a sua necessidade e pode causar danos

    financeiros e ambientais. A caixa de gordura, por exemplo, retm apenas partes dos

    slidos e gorduras, o que por sua vez pode causar danos a rede pblica de esgoto atravs

    do entupimento das vias de canalizao.

    Para Castellanelli et al (2007), o resduo do leo de cozinha e gorduras

    gerados diariamente nos lares, indstrias e estabelecimentos do pas, devido falta de

    informao da populao, acaba sendo despejado diretamente nas guas, como em rios e

    riachos ou simplesmente em pias e vasos sanitrios, indo parar nos sistemas de esgoto

    causando danos no entupimento dos canos e o encarecimento dos processos das

    estaes de tratamento. Complementando, segundo Reis et al (2007), os despejos de

    leos de fritura nos esgotos pluviais e sanitrios provocam impactos ambientais

    significativos:

    Os leos emulsificam-se com a matria orgnica, ocasionando

    entupimentos em caixas de gordura e tubulaes; Quando lanados

    diretamente em bocas-de-lobo ocasionam obstrues, em funo de

    emulsificarem-se formando pastas, inclusive retendo resduos

    slidos. Em alguns casos a desobstruo de tubulaes necessita a

    alocao de produtos qumicos txicos;

    Em grande parte dos municpios brasileiros h ligao da rede de

    esgotos locais rede pluvial e a arroios. Nesses corpos hdricos, em

    funo de imiscibilidade do leo com a gua e sua inferior

    densidade, h tendncia formao de filmes oleosos na superfcie,

  • o que dificulta a troca de gases da gua com a atmosfera,

    ocasionando depleo das concentraes de oxignio e anaerobiose,

    resultando em morte de peixes e outras criaturas aerbias. Na rede

    de esgotos os entupimentos podem ocasionar presses que

    conduzem infiltrao do esgoto no solo, poluindo o lenol fretico

    ou ocasionando refluxo superfcie;

    Os esgotos ingressos aos sistemas municipais de tratamento de

    esgotos dificultam o tratamento, podendo encarec-lo em at 45%;

    No ambiente, em condies anaerbias, pode haver metanizao dos

    leos, contribuindo para o efeito estufa;

    2 SISTEMA PROPOSTO PARA REUTILIZAO DE GUA

    Para propor um sistema capaz de diminuir o consumo, reduzir o desperdcio

    e reutilizar a gua, alguns aspectos devem ser levados em considerao de forma prtica

    e rpida, assim surgem alguns questionamentos:

    1. Quantos pontos de gua o empreendimento possui?

    2. Qual a principal funcionalidade de cada ponto de distribuio de

    gua no empreendimento?

    3. Qual o volume de gua consumido diariamente, mensalmente e em

    casos extraordinrios?

    4. Qual o volume de efluentes produzidos diariamente, mensalmente e

    em casos extraordinrios?

    5. Existe manuteno rotineira das instalaes hidrulicas do

    empreendimento?

    Tais questionamentos fornecem informaes fundamentais para definio de

    um sistema que atenda a demanda atual e, suporte futuras expanses ou ampliaes do

    empreendimento. O sistema tambm no pode ser linear, ou seja, definir apenas o uso e

    a disposio final, o sistema deve ser alimentado pelo sistema pblico e ter suas

    guas reaproveitadas at que sejam exauridas as suas formas de uso.

  • 3 ESCOPO - SISTEMA DE REUSO DA GUA

    Objetivo: Reduzir consumo e desperdcios e propiciar o uso da gua para fins no

    potveis.

    Etapas: SISTEMA A - Pr-tratamento, SISTEMA B - Tratamento e SISTEMA C -

    Reutilizao

    SISTEMA A - Pr-tratamento

    O Sistema A a fase composta pela entrada da gua no sistema, ou seja, desde sua

    dispensa em ralos e pias at a caixa de gordura ou caixa de inspeo. Essa etapa

    considerada a preliminar. Nas pias e ralos do empreendimento onde escorrem gua da

    lavagem de utenslios, limpeza do cho e dos banheiros (exceto dos vasos sanitrios)

    devem ser colocados dispositivos que evitem o acumulo de slidos nas tubulaes.

    Os dispositivos devem ser limpos diariamente ou quando identificada a necessidade de

    limpeza.

    Exemplos de dispositivos:

    Para ralos:

    01 - Grelha do Tipo Abre e Fecha

    02 - Grelha Redonda Fixa

  • Nota: indica-se o uso de tampa ralos nos dispositivos j implantados e em

    funcionamento.

    Nota: Indica-se o uso de torneiras com dispositivos automticos (sensores) nas pias do

    banheiro.

    Para Pias:

    Durante o processo de lavagem, comum o acmulo de resduos no interior da

    cuba da pia. Para evitar entupimento e o bloqueio da gua dentro da canalizao da pia

    indica-se o uso de telas de Naylon ou dispositivos de proteo nos ralos.

    01 - Tela de Proteo em pias de cuba normal

    02 - Dispositivos de proteo em cubas maiores

    Nota: A canalizao da pia tambm deve ser adequada para a quantidade de gua que

    ser dispensada.

    Caixa de Gordura

    A caixa de gordura um pequeno "tanque" que retm a gordura que lanada

    na pia ou a que vem da mquina de lavar louas. A caixas de gordura so fundamentais

    na instalao hidrulica de qualquer empreendimento ou imvel porque a gordura,

  • quando esfria, vira um bloco slido que se fixa nos canos, entupindo e reduzindo o

    espao para a passagem do efluente.

    O sistema da caixa de gordura relativamente simples: na caixa h um pouco

    de gua, que serve como uma espcie de filtro da gua gordurosa. O lquido sujo entra

    pelo tubo, cai na gua que j est l dentro e sai pelo lado oposto, sem a gordura. gua e

    leo no se misturam, a gordura boia e s a gua passa.

    indicado fazer a limpeza periodicamente, retirando a crosta de gordura e

    descartando no lixo orgnico. H empresas especializadas que fazem esse servio. E

    tambm possvel fazer a limpeza despejando na caixa um produto que contm

    bactrias que se alimentam da gordura.H casos em que elas no so suficientes, sendo

    necessrio limpeza manual.

    01 - Esquema de funcionamento de uma caixa de gordura

    02 - Caixa de gordura j pronta. Um cesto tambm pode ser acoplado.

  • Caixa de Inspeo

    A caixa de Inspeo tambm um pequeno tanque com tampa onde

    despejado esgoto dos cmodos que no tem gordura, como banheiros e rea de servio.

    Serve para inspecionar, ou seja, verificar qualquer problema ou entupimento no

    caminho do esgoto antes que ele seja jogado na rede pblica. a partir dela que se faz

    qualquer manuteno da rede. Como esto instaladas a no muito distantes uma da outra

    ao abrir a tampa tem-se acesso a trechos da tubulao, podendo ser realizadas

    desobstrues e/ou manutenes.

    Semelhante ao processo de manuteno das caixas de gordura, indicado fazer

    a limpeza periodicamente. A limpeza feita levantando a tampa e observando se o fluxo

    de guas corre normalmente ou se tem objetos, plantas e detritos que impedem a

    passagem.

    01 - Modelos de Caixa de Inspeo

  • SISTEMA B - Tratamento

    Os processos descritos nas etapas acima, evitaro que o sistema de tratamento

    seja sobrecarregado pelo acmulo de slidos durante o funcionamento do

    empreendimento. No entanto, para que a gua seja novamente utilizada, se faz

    necessrio a utilizao de mecanismos independentes, que atuem em aes fsico-

    qumicas na gua, proporcionando o seu reuso sem riscos a sade, ao ambiente e aos

    produtos produzidos. As ETE's (Estao de Tratamento de Efluentes) como so

    chamados estes dispositivos, podem ser adquiridos j prontas, sendo apenas instalada e

    conectada com as redes de esgoto do empreendimento.

    Pensando nessas alternativas, o sistema proposto com base no mercado

    maranhense e no calculo mdio da produo de efluentes por dia da empresa Buona

    Massa (mx. 2000 l/h) descreve-se o sistema abaixo.

    01 - Filtros Logos - Para Material em Suspenso (EMF 01 e 02)

    A estao modulada flutuante, filtra e clora a gua com vazo de at 2 a 4 m3 / hora.

    Equipamento com flutuadores e cabo para amarrao, ideal para tratar gua em caso

    de inundaes, desastres naturais e embarcaes.

    O sistema funciona por separao:

    - O primeiro filtro retira material particulado de at 25 microns (meio filtrante

    retrolavvel).

    - O segundo, retira material particulado de at 5 microns.

    - O terceiro, de carvo ativado, retira sabores e odores indesejados.

  • - Depois desses estgios, a gua passa pelo dosador de cloro para eliminao das

    bactrias e microorganismos, devendo, antes de seguir para o consumo, ficar

    armazenada em uma caixa de contato por 30 minutos para permitir a ao do cloro.

    Juntamente com a mini-estao, seguem um analisador para determinao dos ndices

    de Cloro e sobressalentes dos meios filtrantes. A estao pode ser adquirida em duas

    situaes:

    EMF 02 - vazo at 4.000 L / h

    Comprimento 1,35 m

    Largura 1,35 m

    Altura 1,0 m

    Peso (c/ motobomba) 95 kg

    EMF 01 vazo at 2.000 L / h

    Comprimento 1,15 m

    Largura 1,15 m

    Altura 1,0 m

    Peso (c/ motobomba) 80 kg

    gua depois de tratada deve ser tonalizada (colorida) com produtos qumicos,

    para que no ocorra risco de seus uso na produo de alimentos ou para ingesto.

    Nota: O sistema proposta acima indicado pela empresa Hidromaranho, localizada no

    Bairro do Tibiri, BR 135, Km 04 - So Lus - MA. Mesmo assim, outras empresas

    podem ser consultadas para melhor avaliao de resultados e preos.

    Nota: Outras empresas:

    http://www.grupoalphenz.com.br/tratamento/produto-reuso-ete.php (19 3302 9606)

    http://www.sanefibra.com.br/site/ete.php

    http://www.saluta.com.br/produtos.php

  • SISTEMA C - A reutilizao

    Depois de tratada a gua deve ser armazenada e um tanque ou caixa d'gua

    (aqui prope-se uma caixa d'gua de 3000 litros*) e posteriormente bombeada para uma

    segunda caixa (2000 litros*) no teto do empreendimento. Como a gua estar com uma

    colorao diferenciada e as tubulaes no serem as mesmas o risco de contaminao

    ou uso indevido da gua baixo. Dessa forma, a gua da caixa de 3000 litros funcionar

    como um reservatrio para o uso; a caixa de 2000 litros conter a gua utilizada na

    limpeza do cho, do ptio e da irrigao de plantas e jardins.

    01 - Figura ilustrativa do processo de reaproveitamento de gua.

    ETAPA 01 - Depois do tratamento, a gua armazenada em uma caixa.

    ETAPA 02 - A gua bombeada para a caixa situada no teto, na qual, por gravidade,

    pode ser distribuda para os seus mais variados usos.

    ______________________________________________________________________

    * A capacidade da cada caixa pode ser alterada, conforme a necessidade.