retorno ao portfÓliocemig.com.br/sites/imprensa/pt-br/publicacoes/documents... · 2017-01-20 ·...

32
Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO Cemig recupera concessão de Três Marias e de outras 13 usinas

Upload: others

Post on 28-Jun-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016

RETORNO AO PORTFÓLIOCemig recupera concessão de Três Marias e de outras 13 usinas

Page 2: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

2 Universo Cemig

O papel utilizado neste impresso foi produzido com madeira de florestas bem manejadas, garantindo o respeito ao meio ambiente.

Filiado à Aberje

EXPEDIENTEDiretor-presidente:Bernardo Afonso Salomão de AlvarengaDiretor vice-presidentePaulo Roberto Castellari Porchia, interina e cumulativamenteDiretor de Distribuição e Comercialização Luis Fernando Paroli Santos, interina e cumulativamenteDiretor de Finanças e Relações com Investidores Paulo Roberto Castellari PorchiaDiretor de Geração e Transmissão Franklin Moreira Gonçalves Diretor de Gestão Empresarial Dimas Costa, interina e cumulativamente Diretor de Desenvolvimento de Negócios César Vaz de Melo Fernandes Diretor de Relações e Recursos Humanos Márcio Lúcio Serrano Diretor comercial Dimas Costa Diretor jurídico Raul Lycurgo Leite Diretor de Relações Institucionais e Comunicação Luís Fernando Paroli Santos

Universo CemigRevista institucional do Grupo CemigProduzida pela Superintendência deComunicação EmpresarialPublicação da Companhia Energética deMinas Gerais – CemigAno 7 - número 14 - Dezembro / 2016Av. Barbacena, 1.200 – 19º andarTel.: (31) 3506-4949/3506-2045Caixa Postal 992 - Belo Horizonte/MGe-mail: [email protected]. internet: www.cemig.com.brSuperintendente de Comunicação Empresarial Etevaldo Lucas QueirozGerente de Comunicação InstitucionalLucas SoutoEditor responsável: Carlos Henrique Santiago - Reg. nº 3.486/MTCoordenação de edição: Ana Paula MoraisRedação:Henrique FredericoEstagiária:Thais MilaniProjeto gráfico e editorial:Press Comunicação EmpresarialFoto de capa:Arquivo CemigProdução e edição:Press Comunicação EmpresarialJornalista responsável:Letícia Espíndola – Reg. nº 11.928 SJPMGEdição:Letícia Espíndola e Luciana NevesRedação:Ana Carolina Rocha, Letícia Espíndola, Luciana Neves e Thiago SilvérioRevisão:Cláudia RezendeEdição de arte e diagramação: Cláudia Daniel e Isabela DinizImpressão: Tamóios KoloroTiragem: 2.000 exemplares

4ATENDIMENTOCemig investe R$ 800 milhões de recursos próprios para levar eletricidade a 774 municípios e beneficiar mais de 200 mil pessoas

7INOVAÇÃO Projetos visam à eficiência nas inspeções aéreas dos ativos da Companhia, buscando economia e segurança para os envolvidos

10SUSTENTABILIDADEPrograma prevê iluminação de 250 campos de futebol amador e 50 quadras poliesportivas em todo o estado, até agosto de 2017

12NEGÓCIOS Empresa recupera concessão da hidrelétrica Três Marias e de outras 13 usinas e ainda conquista mais quatro novos ativos, totalizando cerca de 700 MW de energia

17QUALIDADE Companhia participa das Olimpíadas, assegurando fornecimento de energia elétrica para a realização de dez jogos no Mineirão e para as instalações prediais estratégicas

22COMUNIDADEInstalação de sistemas de aquecimento solar e troca de lâmpadas contribuem para reduzir consumo de energia em instituições hospitalares e asilos

25GERAÇÃO DISTRIBUÍDACemig ultrapassa a marca de mil clientes conectados a modelo que melhora a eficiência energética de edificações

27SOLIDARIEDADE Em parceria com a Defesa Civil, Cemig restabelece energia elétrica em moradias devido ao desastre em Mariana e em imóveis alugados para acolher os desabrigadas

29CIRCUITO CEMIG Companhia é reconhecida como uma das dez empresas brasileiras com as melhores práticas em mudanças climáticas na América Latina

31CEMIG EM NÚMEROSConfira os principais resultados da empresa nos últimos cinco anos

SUM

ÁR

IO

SELO FSC

Elde

rth

Th

eza

Page 3: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

Ano 7 - No 14 - Dezembro/2016 3

EDITORIAL

Riqueza humana e ativos de qualidade

Há 64 anos, a Cemig foi criada e, além de se tornar um símbolo para Minas Gerais, sempre foi orgulho de todos os mineiros. Muito além de gerar, transmitir e distribuir energia, a com-panhia busca desempenhar suas atividades de forma dinâmica e inovadora, para cumprir o seu papel social e promover o bem-estar de todos.

O país passa por um momento conturbado, e estamos em uma das situações mais desafian-tes da nossa história. Mas tenho certeza de que a Cemig vai superar os desafios e continuar em uma trajetória grandiosa com a nossa competência, a nossa experiência e a nossa força de trabalho.

Apesar de todas as dificuldades, a Empresa continua forte e é a principal referência do se-tor elétrico no país. No ano passado, tivemos uma importante vitória no leilão de usinas com concessões vencidas, retomando 14 usi-nas e agregando mais quatro ao nosso parque gerador, dentre elas, a de Três Marias, que tem uma história que se confunde com a da pró-pria Companhia. Além da representatividade desses ativos para o nosso parque gerador, es-sas usinas devem gerar caixa de, aproximada-mente, R$ 500 milhões por ano, o que é muito importante para a saúde financeira da Empre-sa para o futuro.

As maiores vantagens competitivas do Gru-po Cemig são as qualidades dos próprios ativos e do corpo funcional. A Empresa tem capacida-des que são referência no Brasil, com conheci-mento e competência nos diversos segmentos do setor elétrico, reconhecidos mundialmente. Essa grande riqueza de recursos humanos é de fato um aspecto fundamental. Temos um pa-trimônio humano muito elevado e um patri-mônio físico muito potente, do ponto de vista de estoque de capital materializado em ativos – usinas, linhas de transmissão, redes de dis-tribuição.

Juntando ambos, temos uma empresa de muita qualidade, reconhecida no mercado, o que é a base material para que possamos fazer com que a Companhia continue a cres-cer. Dessa forma, a Cemig deve fazer o que ela sempre fez, à luz dos novos paradigmas tecnológicos do setor elétrico mundial. O que queremos é que sejamos uma empresa líder em geração, transmissão e distribuição, nos moldes tecnológicos do século 21 e nos parâ-metros colocados para o setor.

Bernardo Afonso Salomão de Alvarenga Diretor-presidente da Cemig

Ale

xan

dre

Mot

a

Page 4: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

Força também para o campoPrograma de Eletrificação Rural levará energia para 100% da área de concessão da Cemig

Até meados de 2016, Orosino Pereira Go-mes, morador da zona rural de Felício dos San-tos (MG), e a família dele “não sabiam o que era luz em casa”. As noites eram iluminadas pelas chamas de velas, e equipamentos eletrônicos não faziam parte do dia a dia da família Gomes. Tudo isso mudou nos últimos meses, quando ele, juntamente com outras dezenas de pessoas da região, recebeu, no dia 4 de julho, a instalação da energia elétrica na residência onde vive. “O trans-

formador chegou no dia do meu aniversário. Foi um presente”, comenta Orosino, que, aos 46 anos, teve acesso, pela primeira vez, à internet.

A instalação da rede faz parte do Programa de Eletrificação Rural da Cemig, que pretende, até o final de 2018, levar eletricidade para toda a zona rural dos 774 municípios da área de con-cessão da Empresa. Serão ligadas, aproximada-mente, 50 mil propriedades, beneficiando mais de 200 mil pessoas. Para isso, serão construídos

ATENDIMENTO

Com luz em casa, Elisângela consegue dedicar mais

tempo aos estudos

Mar

celo

Coe

lho

4 Universo Cemig

Page 5: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

Ano 7 - No 14 - Dezembro/2016 5

15 mil quilômetros de rede _ o que equivale a quase meia volta ao redor da Terra _ e instala-dos 40 mil transformadores e milhares de pos-tes, além de outros materiais.

Para atender esse projeto, a Empresa está in-vestindo R$ 800 milhões de recursos próprios. Foi necessária uma mobilização interna muito gran-de, que contemplava desde os insumos financei-ros até a mão de obra necessária para a execu-ção, passando também pelos recursos materiais.

Fazer acontecerO Programa de Eletrificação Rural será de-

senvolvido ao longo de três anos. Primeira-mente, serão atendidas 30 mil pessoas que já solicitaram o serviço, por meio dos canais de comunicação da Empresa. Dentro desse grupo, estão propriedades rurais que se enquadram nos critérios do programa, poços artesianos co-munitários, assentamentos para fins de regula-rização fundiária de interesse social, quilombo-las, tribos indígenas, escolas rurais e produtores rurais. “Os outros 20 mil são uma previsão já feita para atender o desenvolvimento dessas regiões”, explica o gerente de Expansão de Mé-dia e Baixa Tensão da Distribuição Sudoeste, Welligton Gleydson Cabral.

Esse benefício é destinado a todos os produ-tores rurais que ainda não possuem rede e cuja carga instalada será de até 50 kW, com forneci-mento dado em baixa tensão. Além disso, “os produtores que têm o Número de Inscrição So-cial (NIS), ou seja, que são contemplados pelos programas do Governo Federal, recebem, gratui-tamente, um kit básico para instalação interna, que contém um padrão de entrada, um ramal de

conexão, três lâmpadas fluorescentes e duas to-madas”, enumera o engenheiro.

Com essas tomadas, Elisângela Aparecida Gomes, filha de Orosino, vai poder carregar o ce-lular e ligar a televisão. “Antes eu tinha que ir à casa de parentes e aqui não tinha nem água ge-lada para tomar”, revela. Além disso, ela poderá se dedicar mais aos estudos.

Complexidade do projeto“O principal desafio para a execução desse

projeto são as grandes distâncias envolvidas, já que as áreas que serão atendidas são bem espa-lhadas. Temos uma área de concessão cuja ex-tensão territorial pode ser comparada à de um país do porte da França e que possui ligações dispersas”, comenta Welligton.

O engenheiro conta, ainda, que, em determi-nadas regiões, como o município de Santana de Pirapama, para contemplar um dos atendidos pelo programa, o acesso é muito difícil, pois as comunidades estão localizadas no alto de uma montanha. “Em alguns trechos, só se chega a cavalo, a pé ou em carro com tração nas quatro rodas. Buscamos caminhos feitos por pessoas ou animais e, para a entrega dos materiais, deve-mos utilizar até carro de boi”, destaca.

Mas como encontrar essas propriedades, se muitas vezes nem endereço elas têm? Quem ex-plica é o também engenheiro de planejamento do programa Leonardo Luiz da Rocha. “O que fa-cilitou o processo de identificação da localização exata delas foi o trabalho de georeferrenciamen-to (levantamento das coordenadas de localiza-ção das propriedades com GPS, feito em todos os locais que serão atendidos)”, explica.

Georreferenciamento permitiu identificar todos os endereços,

independentemente do acessoMar

celo

Coe

lho

Page 6: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

VantagensO Programa de Eletrificação Rural

compõe o conjunto de ações de Enfrenta-mento da Pobreza, lançado pelo Governo do Estado, tendo em vista que a energia elétrica é um bem essencial. “Ela propor-ciona melhoria da qualidade de vida das famílias, redução do êxodo rural, além de contribuir para impulsionar o desenvolvi-mento econômico dessas regiões”, comen-ta o gerente de Gestão da Base Geográfica da Distribuição, Luiz Augusto da Costa.

As vantagens de se ter energia em casa vão além do conforto. Para Geraldo Mar-cos, do Sítio Natureza, do município de São Gonçalo do Rio Preto, ela é agregadora. “Os amigos vêm passear, fazem festinha, mas, quando chegava a tardinha, todo mundo achava um jeito de ‘escapulir’. Dava uma tristeza na gente, uma solidão”, comenta Geraldo. Agora, ele conta que as visitas do-braram e não vão embora mais cedo. Esse também é o sentimento compartilhado pela vizinha dele, Eunice de Jesus Santos Guieiro. “Receber as pessoas é muito im-portante. Agora, os filhos e os netos estão sempre presentes”, comemora. n

Benefícios da energia elétrica para as comunidades

l Conservação de alimentos e vacinasl Bombeamento de água para consumo próprio e irrigação de cultura de subsistêncial Utilização de aparelhos elétricos para tratamentos especiais de saúdel Inserção cultural por meio do acesso à TVl Maior tempo de estudo diáriol Aumento dos processos produtivos agrícolas e consequente elevação da renda das famílias atendidasl Agregação de valor aos produtos da comunidade, por meio da associação de produtoresl Aquecimento da economia de município, estado e paísl Injeção de dinheiro na economia com a aquisição de materiais e contratação de serviçosl Aumento da produção industrial para atendimento ao programa/geração de emprego

Mais de 200 mil pessoas que moram da zona rural terão luz

em casa, até o final de 2018

6 Universo Cemig

Elde

rth

Th

eza

Page 7: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

Ano 7 - No 14 - Dezembro/2016 7

INOVAÇÃO

Tecnologias emergentesCemig desenvolve dois projetos para melhorar a eficiência nas inspeções aéreas dos ativos que possui

A Cemig possui uma extensa malha de linhas de transmissão e de linhas e redes de distribui-ção que precisam ser monitoradas e inspecio-nadas para garantir o fornecimento de energia a 11 milhões de consumidores atendidos pela Empresa. São quase 526 mil quilômetros, que atravessam 805 municípios entre os estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, distância sufi-ciente para dar 13 voltas ao mundo ou fazer 120 viagens de ida e volta do Oiapoque ao Chuí. A manutenção preventiva dessa extensa malha que percorre cidades, montanhas e florestas é um grande desafio, que exige, sobretudo, cons-tantes pesquisas em novas tecnologias.

Para tentar melhorar cada vez mais a efi-ciência nas inspeções aéreas e auxiliar a equipe de manutenção dos ativos, a Empresa está de-senvolvendo dois projetos. Um deles estuda a utilização de uma aeronave remotamente pilo-tada, conhecida como Veículo Aéreo Não Tripula-do (Vant) ou, popularmente, como drone, para a inspeção aérea das linhas e demais ativos.

O outro estuda uma tecnologia que utiliza um software de realidade virtual, batizada de Tri-xel, que recria, em um computador, todos os de-talhes das estruturas das linhas de transmissão de energia. Ambos os projetos, além de visarem à rapidez no diagnóstico dos possíveis proble-mas, buscam economizar recursos empregados nas inspeções aéreas e segurança para os traba-lhadores envolvidos nessas inspeções.

O drone da Cemig está sendo desenvolvido em parceria com a Fundação para Inovações Tecnológicas (FITec), empresa que se tornou re-

Elde

rth

Th

eza

Testes com aeronave estão sendo realizados em uma

linha de transmissão na área rural de Lagoa da Prata

Page 8: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

8 Universo Cemig

ferência nacional no desenvolvimento dessa tec-nologia. Os testes com a aeronave estão sendo realizados em uma linha de transmissão na área rural do município de Lagoa da Prata, na região Oeste de Minas Gerais, a 220 quilômetros de Belo Horizonte.

A Cemig foi a primeira empresa do setor elé-trico e está incluída em uma seleta lista das que conseguiram, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave) para realizar testes com fins de pesquisa e desenvolvimento.

Análise em soloO sensor instalado no drone registra as ima-

gens dos ativos da Empresa, que, posteriormente, podem ser analisadas em solo, por técnicos das áreas de inspeção e de manutenção. Essa análise, segundo o coordenador do projeto, Maurício de Souza Abreu, engenheiro de tecnologia e norma-lização da Cemig, sendo realizada no escritório, poderá ser mais minuciosa e sem o risco de ocor-rência de acidentes em campo com os técnicos. “A Empresa realiza as inspeções aéreas com heli-cópteros tripulados que voam bem próximos às linhas, operação que é considerada de risco”, ex-plica Maurício Abreu. “A utilização do Vant poderá propiciar, além de maior segurança, ampliação na

quantidade de ativos inspecionados, assim como reduzir a periodicidade dessas inspeções”.

Sem se restringir às inspeções para a detec-ção de problemas nas estruturas e cabos das linhas de transmissão e linhas e redes de dis-tribuição, Maurício Abreu destaca que a Cemig poderá utilizar o Vant para outros fins, como mo-nitoramento de possíveis invasões das faixas de servidão, monitoramento do crescimento de ve-getação próximo às linhas, detecção de erosões próximas às torres etc. Estão previstos também testes do drone no monitoramento contra inva-sões nas bordas dos reservatórios das usinas, nas áreas ambientais da Empresa e em diversas ou-tras aplicações já identificadas.

Materiais empregadosPara cumprir as funções, o drone da Cemig foi

desenvolvido para estar adequado às necessida-des da Empresa nas inspeções aéreas rotineiras dos ativos. Possui 3,8 metros de envergadura e 1,7 metro de comprimento. Foi construído por meio da utilização de diferentes materiais, como fibra de vidro, fibra de carbono e aramida (fibra sintética conhecida pelo nome comercial Kevlar), dentre outros. A aeronave pode atingir a veloci-dade máxima de 140 km/h e tem autonomia de voo de duas horas.

Elde

rth

Th

eza

Page 9: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

Ano 7 - No 14 - Dezembro/2016 9

De acordo com Maurício Abreu, a entra-da em operação rotineira depende de alguns ajustes finais nos testes, que estão sendo rea-lizados próximo a Lagoa da Prata, e da entrada em vigor da regulamentação para a utilização dessas aeronaves no Brasil, que está em fase de aprovação pela Anac. Atualmente, só estão autorizados a voar os Vants utilizados para fins de pesquisa e desenvolvimento, que possuam o Cave para cada aeronave, e somente para voos até a linha de visada.

Computação gráficaParalelamente às pesquisas para a utiliza-

ção dos drones nas inspeções aéreas, a Cemig também estuda a aplicação da tecnologia de-nominada Trixel na análise das linhas de trans-missão. Essa tecnologia, que leva o nome da empresa que a desenvolveu, consiste em um sistema para obtenção de imagens, a começar por um conjunto de câmeras instaladas em um helicóptero tripulado. Em uma base estabiliza-dora, que contorna qualquer interferência dos movimentos do voo, ela consegue tirar fotos das estruturas em diferentes ângulos. Essas fo-tos, posteriormente, são processadas no com-putador, em um software próprio, que recria as linhas tridimensionalmente, com todos os

possíveis problemas, obstáculos ambientais e demais interferências externas.

A tecnologia Trixel, já usada para monitoramen-to e manutenção de linhas férreas, vem sendo es-tudada pela Cemig desde 2013. Até agosto deste ano, a Companhia realizou testes em trechos de até dez quilômetros de extensão de linhas. “Pre-tendemos, em breve, fazer um relatório de uma linha completa e, nos próximos anos, colocar esse modelo de inspeção na rotina da Empresa”, relata Marcus Vinicius Amaral, gerente do Projeto de P&D e técnico de linhas de transmissão da Cemig.

Assim como na inspeção aérea utilizando drone, a utilização da tecnologia Trixel busca maior eficiência na análise. Amaral explica que, na inspeção realizada em helicópteros tripula-dos, algum problema nas linhas pode passar despercebido pelos profissionais. Os que estão no sobrevoo precisam, visualmente, em uma fração curta de tempo, detectar os problemas na linha. “Com a computação gráfica, fica difí-cil algo escapar, já que as imagens poderão ser estudadas várias vezes, vistas e revistas sempre que alguma dúvida aparecer”. Amaral ainda ressalta a segurança. “Com a metodologia utili-zada pelo Trixel, o helicóptero pode voar a uma altitude bem maior do que na inspeção conven-cional, garantindo maior segurança de voo”. n

3,8 metros de

envergadura

1,7 metro de

comprimento

140 km/h - limite de velocidade

2 horas de

autonomia de voo

Confeccionado em fibra de vidro, fibra de carbono e aramida.

Page 10: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

10 Universo Cemig

SUSTENTABILIDADE

Futebol amador também à noitePrograma Campos de luz leva iluminação a espaços de lazer de 300 municípios em Minas Gerais

Quem conhece Adilson Carlos de Farias, 47 anos, sabe onde encontrá-lo nas tardes de do-mingo. O campo do Barra Longa, na cidade de Mutum, no território Caparaó, é compromisso indispensável para esse trabalhador rural. É ele o responsável por uniformes, bola, rede e água dos jogadores dos times de futebol aspirante e titular. “Treinar à noite, durante a semana, sempre foi um sonho pra gente. Mas o campo sem iluminação sempre inviabilizou nosso desejo”, comenta.

Agora, Adilson, os dois filhos, Agson, 21 anos, e Ellyson, 17 anos, e a comunidade já podem co-memorar. Mutum foi uma das cidades seleciona-das para receber o programa Campos de Luz II, da Cemig. O objetivo é iluminar, entre março deste

ano a agosto de 2017, 250 campos de futebol amador e 50 quadras poliesportivas em todo o estado, permitindo a atividade esportiva e a so-cialização no período noturno.

“Queremos formar um time infantil e passar a treinar durante a semana. Com energia elétrica, vamos furar um poço artesiano para colocar uma bomba e disponibilizar água para os frequenta-dores”, planeja Adilson.

O programa teve início em 2005, alcançan-do, de lá para cá, aproximadamente, 870 cam-pos amadores. Na edição atual, a novidade é a inclusão das quadras poliesportivas no projeto. Os locais são indicados pela Secretaria de Go-verno de Minas Gerais, com base nas carências

Arq

uiv

o C

emig

Page 11: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

Ano 7 - No 14 - Dezembro/2016 11

registradas no Programa do Governo Estadual de Redução da Criminalidade. Os primeiros 60 municípios foram indicados em abril.

Para receber o benefício, o espaço precisa ser de propriedade pública, estar próximo à rede da Cemig e possuir alambrado. A gestão da fatura mensal, da segurança e da manutenção das ins-talações fica a cargo da prefeitura. “A Superinten-dência de Sustentabilidade Empresarial da Cemig, juntamente com a Comunicação Empresarial, irá divulgar para as comunidades a importância de se conscientizar quanto à utilização e ao aprovei-tamento adequado dos espaços e sobre a devida manutenção e os cuidados com as instalações”, afirma o gerente de Coordenação Técnica e Proje-tos Estratégicos da Cemig, Agnaldo Morais Ataíde.

Interação social“Vai ser um sonho realizado”. Foi assim que o

técnico de segurança do trabalho Wanderley Ma-tias da Silva, 47 anos, recebeu a notícia de que o campo de Divino, na Zona da Mata, será ilumina-do. “Há mais de 30 anos lutamos por isso. Vamos poder treinar e promover torneios”, planeja ele. “Ajudei a plantar a grama, a manter o campo, fui um dos fundadores do time de futebol Nacional”, conta, orgulhoso. Agora, ao sair do serviço, no fi-nal da tarde, Wanderley pensa em passar em casa e pegar os filhos Keverton, 11 anos, e Pedro Emanuel, 6 anos, para, juntos, baterem uma bola

e encontrarem amigos e vizinhos em um dos principais espaços de lazer de Divino.

Recuperação de receitaO investimento da Cemig é estimado em R$

15 milhões, recurso necessário para viabilizar a criação dos projetos, a aquisição dos materiais e a execução das obras. Outra novidade é que o programa pretende recuperar receitas da Ce-mig, junto às administrações municipais ina-dimplentes. Isso porque, para receber a ilumi-nação, outro requisito é que a prefeitura esteja com as contas de energia em dia. Para quem estiver em atraso, a Empresa está negociando o pagamento das dívidas.

A iniciativa está sintonizada com as políticas públicas do Estado para as áreas social, cultural, esportiva e de segurança. O programa é voltado para a população carente e com maior vulnerabi-lidade social, principalmente os jovens. A parti-cipação da Companhia nesse projeto é de suma importância, uma vez que a Empresa cumpre um dos seus papéis, que é o de proporcionar a inclusão social, acolhendo os grupos mais fragili-zados. Ainda como resultado, as obras proporcio-narão mais tranquilidade e segurança aos mora-dores, pois contribuem para inibir as drogas e o alcoolismo junto aos jovens, por meio do estímu-lo à prática de esportes e à realização de eventos culturais em horário noturno. n

Campos de futebol amador e quadras poliesportivas receberão iluminação, permitindo atividades esportivas e sociais à noite

Arq

uiv

o C

emig

Page 12: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

12 Universo Cemig

NEGÓCIOS

De volta para casa Cemig recupera a concessão da histórica Usina Três Marias

A Usina Três Marias, localizada no rio São Fran-cisco, considerado um dos empreendimentos hidrelétricos mais importantes do Brasil, voltou a fazer parte do portfólio da Cemig. É que a Em-presa venceu a disputa pelo lote D da licitação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), rea-lizada em novembro de 2015, na sede da Boves-pa, em São Paulo. Além dela, a Cemig recuperou a concessão de mais 13 usinas e conquistou mais quatro novos ativos, totalizando quase 700 MW de energia (veja mais na página 14).

“Além do potencial de geração, a conquista desse lote é muito importante para o contínuo crescimento da Empresa, uma vez que ter o pró-prio parque gerador é um grande diferencial no mercado. Para os mineiros, também é muito posi-tivo, pois, em uma época de escassez de recursos hídricos, contar com a experiência de profissionais tão especializados faz toda a diferença na gestão dos empreendimentos”, afirma o diretor de Gera-ção e Transmissão, Franklin Moreira Gonçalves.

Antes do vencimento da concessão da Usina Três Marias, responsável por mais da metade da capacidade instalada de todo o lote, a Cemig ha-via optado por não renová-la pelas regras da Me-dida Provisória nº 579/2012. “A Medida Provisó-ria 579 não trazia benefícios para a Empresa, pois a remuneração era baseada apenas na prestação dos serviços de operação e manutenção, e não pela comercialização da venda de energia”, expli-

Page 13: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

Ano 7 - No 14 - Dezembro/2016 13

A Cemig recuperou a concessão da hidrelétrica Três Marias e de mais 13 usinas, também conquistou mais quatro

novos ativos, totalizando quase 700 MW de energia

Arq

uiv

o C

emig

Page 14: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

Universo Cemig14

ca o superintendente da Gestão Operacional de Subsidiárias Integrais e Sociedades Controladas e Coligadas da Cemig, Márcio José Peres.

A decisão de participar do leilão foi motiva-da, principalmente, pela mudança da lei. “A par-tir do ano passado, entrou em vigor a Medida Provisória nº 688/2015, transformada, poste-riormente, em lei, que melhorou consideravel-mente a atratividade do negócio. Diversos estu-dos foram realizados à época e apontaram que a taxa de retorno para os acionistas era muito positiva. Portanto, seria um excelente investi-mento para a Cemig”, considera Peres.

Além dele, o então superintendente de Aqui-sição e Gestão de Negócios de Geração, Wander Luiz de Oliveira, coordenou a participação da Cemig no leilão do lote D. “O fato de a Cemig ter sido a única empresa a apresentar lance in-tegralmente pelo lote provocou a desconside-ração dos lances das demais concorrentes, que apresentaram lances apenas para alguns su-

blotes, e contribuiu para que ela obtivesse taxa de retorno bastante atrativa. O conhecimento que a Empresa possui desses ativos também fa-vorecerá uma gestão de negócios mais eficiente e, portanto, mais lucrativa”, completa.

Ao todo, a aquisição do lote D exigiu desem-bolso de R$ 2,2 bilhões pela Cemig, viabilizados por meio de financiamentos. Para assegurar a sustentabilidade do investimento e garantir a taxa de retorno esperada, foram criadas, em ju-nho, sete Sociedades de Propósitos Específicos (SPEs). “Elas funcionam como empresas e são mais vantajosas em termos fiscais e tributários. Também seguem um modelo de gestão mais enxuto e focado nos resultados”, informa o di-retor Franklin Moreira Gonçalves.

A opinião é compartilhada por Márcio Peres. “O grande desafio é fazer uma gestão eficaz dessas empresas, para garantir a rentabilidade prevista no plano de negócio de cada uma de-las”, afirma.

Uberlândia

Três Marias

Divinópolis Carmo do Cajuru

Ipanema

Coroaci

Braúnas

Santa Maria de Itabira

São Gonçalo do Rio Abaixo

Manhuaçu/Reduto

GuiricemaMuriaé

ItutingaPiau

Martins

Três Marias

GafanhotoCajuru

Neblina

TronqueirasSalto GrandeDona RitaPeti

Sinceridade

ErváliaCel. Domiciano

Itutinga

Piau

Paciência

MarmelosMatias Barbosa Juiz de Fora

Camargos

USINASCAPACIDADE DE GERAÇÃO EM MW

7,7

396

147,2

6,47

8,51022,49,4

1,42

6,975,04

52

18,01

4,08

4

46

Total 699,57

Joasal 8,4

Page 15: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

A história da Usina Três Marias se confunde com a própria história da Cemig. Oficialmente chamada Bernardo Mascarenhas, a hidrelétri-ca começou a ser construída em 1958, sendo inaugurada quatro anos depois, em 1962. A barragem, entretanto, foi inaugurada, em 1961, pelo então presidente Juscelino Kubitschek. O empreendimento possui reservatório de 1.090 km² (mais de duas vezes o tamanho da Baía da Guanabara), seis turbinas geradoras e potência instalada de 396 MW.

Muito além da grandiosidade, a usina tem re-presentatividade histórica e social para o Brasil. Está localizada no rio São Francisco, popularmen-te conhecido como “Velho Chico”, um dos mais importantes cursos d’água do Brasil e da Amé-rica do Sul. Com nascente na Serra da Canastra, em Minas Gerais, o São Francisco tem 2.800 qui-lômetros de extensão e é considerado o rio da in-tegração nacional, pois passa por 521 municípios e banha, além de Minas, os estados da Bahia, de Pernambuco, de Sergipe e de Alagoas.

“Considerando a relevância do rio São Fran-cisco e o impacto que ele traz para as comunida-des que dependem dele, o reservatório da usina foi concebido para possuir múltiplos usos, e essa característica é algo que a diferencia de outros empreendimentos hidrelétricos”, explica o ge-rente de Planejamento Energético, Marcelo de Deus Melo.

Uma das principais funções do empreendi-mento é regularizar a vazão do rio São Francis-co. Por possuir um reservatório de acumulação, como o próprio nome diz, tem capacidade de gerar energia em períodos de estiagem, quando chove pouco. Isso possibilita que, em épocas de seca, a vazão do rio, nos trechos à jusante, seja aumentada. “Diferentemente do que acontece em Minas Gerais, onde há períodos com muitas chuvas, especialmente em janeiro, o Nordeste sofre com a falta delas. Portanto, ao possibilitar o aumento da vazão, a usina contribui para que não falte água para muitas comunidades. Em contrapartida, essa característica do reservató-

Usos múltiplos do reservatório

Nascente na Serra da Canastra/Minas Gerais

Considerado o rio da integração nacional Banha os estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas

Rio São Francisco

2.800 quilômetros de extensão

521 municípios estão

em seu trajeto

Ano 7 - No 14 - Dezembro/2016 15

Page 16: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

rio também é uma forma de evitar enchentes e inundações”, diz o gerente.

O impacto do reservatório da Usina Três Marias também é muito importante para a agricultura nacional. O Projeto de Irrigação Ja-íba, que contempla uma área de 27 mil hecta-res, é destinado à agricultura irrigada. Localiza-do nos municípios mineiros de Jaíba e Mathias Cardoso, o projeto está a 400 quilômetros de distância do reservatório de Três Marias e é responsável pela produção de mais da meta-de de todas as sementes produzidas no Brasil. “Podemos dizer que a manutenção da vazão de água nesses trechos é fundamental para a segurança alimentar do brasileiro”, ressalta Marcelo de Deus.

O gerente executivo do Projeto Jaíba, Marcos Medrado, também ressalta a importância do re-servatório para a manutenção das atividades agrícolas. “Essa vazão assegura a cota operacio-nal da captação principal para o fornecimento de água para a irrigação de todo o projeto”, diz. A iniciativa foi criada na década de 1950, quan-do foram realizados os primeiros estudos sobre o potencial agrícola do local. Vinte anos mais tarde, foram feitos os primeiros esforços para a implantação do projeto com as obras de irriga-ção de uso comum. “Porém, o marco foi na dé-cada de 1980, quando ocorreram as obras civis para a construção da principal estação de bom-

beamento e a ligação dela, em 1987”, recorda Marcos Medrado.

Três Marias também tem impacto na gera-ção de energia elétrica do Nordeste. À jusante do reservatório, está localizada a Usina Sobradi-nho. Operada pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), ela fica nos municípios baianos de Sobradinho e Casa Nova. “Podemos dizer que dois terços da energia hidrelétrica que abastece a região Nordeste são provenientes de Sobradinho, enquanto o restante fica a cargo de Três Marias”, destaca Marcelo de Deus.

Mais que contribuir para a geração de ener-gia na região, a Usina Três Marias tem influên-cia na rotina das comunidades que dependem do reservatório de Sobradinho, que também possui diferentes usos. “A vazão liberada pelo reservatório Três Marias tem influência, por exemplo, no volume de água que possibilita as atividades náuticas, muito comuns naquela re-gião”, conclui Marcelo de Deus.

Relacionamento com a comunidade

QUALIDADE

Ao longo da história, a Cemig sempre buscou estreitar os laços e desenvolver as comunidades do entorno das usinas onde atua. Exemplo disso é o programa Proximidade. Criado em 2005, rea-liza encontros com as populações para explicar e tirar dúvidas sobre os procedimentos operativos e de segurança de cada um dos empreendimentos.

Na Usina Três Marias, não foi diferente. Por meio do programa, foram realizados encontros anuais nos últimos dez anos. “Esse bom relacio-namento pode ser comprovado pela expectativa que se criou na população antes da realização do último leilão”, relembra Marcelo de Deus.

Para o mecânico caldeireiro Luís Carlos Sobri-nho, morador de Três Marias, na região Central, a comunidade sempre enxergou a Cemig com bons olhos. “Quem não quer ter uma empresa de alto nível no município e na vida da comunidade? É uma grande parceria”, elogia.

A opinião é compartilhada por Denilson Alves Caetano, funcionário da Copasa, também mora-dor do município. “A presença da Empresa é mui-to importante para as comunidades, tanto para a geração de energia quanto para as pessoas que vivem do rio e clamam pela manutenção da re-presa”, completa. n

A usina Três Marias tem representatividade

histórica e social para o Brasil

16 Universo Cemig

Page 17: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

Ano 7 - No 14 - Dezembro/2016 17

QUALIDADE

Trabalho brilhante nas Olimpíadas

Minas Gerais contou com o apoio da Cemig para a realização dos jogos e para abrigar delegações

Minas Gerais foi um dos estados anfitriões dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Além das diver-sas delegações abrigadas em Belo Horizonte, Viçosa, Juiz de Fora, Uberlândia e Lagoa Santa, o tradicional estádio Governador Magalhães Pin-to, o Mineirão, sediou dez partidas de futebol. Por isso, para fazer valer a velha máxima de que o mineiro sabe receber bem, o Estado investiu fortemente na infraestrutura do evento, que aconteceu nos meses de julho e agosto, e das paralimpíadas, em setembro.

A Cemig também fez parte dessa história e entrou nesse circuito como uma grande engre-nagem, compondo grupos de trabalhos dentre as 40 instituições representadas em locais como Centro Integrado de Comando e Controle (CICCR/MG), Cidade Administrativa, Centro de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (COP/BH), Centro de Coordenação de Defesa de Área do Exército

Brasileiro (CCDA) e Comissão Estadual de Minas Gerais da Segurança Pública e Defesa Civil para Realização de Grandes Eventos (Coesge).

“Essa mobilização teve o intuito de assegurar o fornecimento de energia elétrica para a reali-zação dos dez jogos de futebol no Mineirão, para as instalações prediais estratégicas, a exemplo dos hotéis e centros de treinamentos utilizados pelas delegações dos atletas, pontos turísticos e locais de comemorações”, afirma Agnaldo Parreiras, da Gerência de Relacionamento com Clientes Especiais do Poder Público da Cemig e representante da concessionária nesses órgãos.

Além desses grupos, ele também destaca que a Cemig ainda participou de oficinas temá-ticas, em consonância com as orientações do Ministério de Minas e Energia, do Operador Na-cional do Sistema Elétrico e da Agência Nacional de Energia Elétrica, cujos trabalhos subsidiaram

Elde

rth

Th

eza

Page 18: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

O Mineirão possui duas subestações próprias, um conjunto

de grupos motor-geradores e sistemas de nobreaks para

atender à demanda do estádio em caso de emergência

Elde

rth

Th

eza

18 Universo Cemig

Page 19: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

Ano 7 - No 14 - Dezembro/2016 19

a elaboração dos planos de operações e contin-gências das áreas afins da Empresa.

Um dos principais esforços desenvolvidos pela Companhia foi o desenvolvimento do pla-no de manutenção preventiva em usinas, su-bestações, linhas de transmissão e redes de distribuição que alimentam locais estratégicos para o evento, considerando desde aqueles com grande fluxo de pessoas, como aeroportos, me-trôs e rodoviárias, até hotéis e centros de trei-namento que receberam as delegações. “Foram feitas inspeções terrestres e aéreas em linhas e redes (transmissão e distribuição). Nas usinas e subestações, antecipamos as manutenções pre-ventivas para um prazo mínimo de 30 dias antes do início dos jogos. Foi um grande desafio, pois, excluindo-se o Rio de Janeiro, Minas Gerais foi o estado que mais recebeu delegações”, lembra o responsável pela coordenação desses trabalhos, Rodrigo Damasceno Souza, da Gerência do Cen-tro Integrado de Operação da Distribuição.

Ele ressalta que a experiência obtida pela Ce-mig, há dois anos, durante a Copa do Mundo, foi um importante preparatório para as Olimpíadas. “Além de os requisitos da Federação Internacio-nal de Futebol (Fifa) atenderem aos mesmos padrões impostos pelo Comitê Olímpico Inter-nacional (COI), responsável pelas Olimpíadas, ter participado do planejamento do setor elétrico para a Copa do Mundo foi uma boa oportunida-de de conhecimento e experiência para os profis-sionais da Cemig”, acredita Rodrigo.

Na época, a Empresa fez um aporte de R$ 500 milhões para receber megaeventos esportivos. Esses investimentos resultaram na construção de duas subestações, que somaram ao sistema elétrico da Região Metropolitana de Belo Ho-rizonte energia suficiente para abastecer uma cidade do porte de Barbacena, com 135 mil ha-bitantes. Além delas, foram reformadas outras quatro subestações e implantados mais 72 km de novas linhas de transmissão.

Para garantir o fornecimento de energia elétrica no Mineirão, a Cemig também inves-tiu em diversas melhorias. Atualmente, o está-dio é alimentado pela rede de distribuição de energia elétrica da Empresa, composta por dois alimentadores subterrâneos exclusivos. Por serem independentes, se houver falha em um deles, o outro assume automaticamente o for-necimento da energia necessária para o pronto funcionamento do estádio. O Mineirão também possui duas subestações próprias e um conjun-to de grupo motor-geradores e de sistemas de nobreaks para atender à demanda do estádio em caso de emergências. “Diversos testes fo-ram realizados antes do início das Olimpíadas, para simular vários tipos de cenários e ações e lidar com possíveis falhas no fornecimento de energia elétrica”, explica Rodrigo.

Outro diferencial é que a cobertura do estádio possui uma Usina Solar Fotovoltaica (USF). Por meio de aproximadamente 6 mil módulos fo-tovoltaicos, a usina tem potência de 1,42 MWp, suficiente para suprir o fornecimento de energia elétrica para aproximadamente 900 residências.

Toda essa energia gerada é injetada na rede da Cemig e distribuída para os diversos clientes dela.

Em operação desde junho de 2014, a USF Mineirão funciona em regime de comodato, en-tre a Cemig e o Estado de Minas Gerais, que é o proprietário do estádio. Em contrapartida, pela cessão do espaço, a Minas Arena, atual conces-sionária do Mineirão, recebe 10% da energia in-jetada na rede elétrica.

Ao todo, a USF Mineirão recebeu investimen-tos de R$ 10,5 milhões. Desse total, 80% foram financiados por meio do banco alemão KfW. A USF é um ativo da Cemig Geração e Transmissão e começou a ser implantada em 2011, contan-do com a supervisão e o acompanhamento de especialistas de diversos setores da Cemig. “Por ser um projeto de grande porte e visibilidade, cujo tempo de conclusão foi imposto, à época, pela Fifa, foi exigida uma alta qualificação téc-nica por parte dos profissionais envolvidos”, recorda Alexandre Heringer Lisboa, presidente da Efficientia, empresa que faz parte do grupo Cemig, e quem, à época, coordenou toda a im-plantação do empreendimento.

De olho no Mineirão

Page 20: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

20 Universo Cemig

Nota dez

A implantação da USF Mineirão colocou o espaço como referência quando o assunto é sustentabilidade. Ele é o primeiro estádio de futebol brasileiro e o único a conquistar o selo Platinum, categoria máxima de certificação ambiental Leadership in Energy and Environmen-tal Design (Leed), concedida pela Green Building Council Institute (GBCI), órgão responsável por reconhecer projetos que valorizem a gestão ambiental.

“Para a Cemig, esse título comprova o envolvimento da Empresa na busca por fontes de energias renováveis e pelo uso de tecnologias de ponta, que sempre se fez presente em toda a nossa história”, avalia Denio Cassini, da Gerência de Engenharia da Efficientia.

Atualmente, Minas Gerais é líder nacional na geração de energia elétrica a partir de fonte solar. Estima-se que 25% de todos os empreendimentos fotovoltaicos, na modalidade Gera-ção Distribuída (GD), do país estejam no estado. Dentre as condições que favorecem o uso dela, estão os altos índices de radiação solar, a capilaridade da rede de distribuição, os critérios técnicos definidos e implantados, os antecedentes e a disseminação do uso da energia solar fotovoltaica e as tarifas favoráveis. “Além desses fatores, incentivos legais, como o convênio que dá isenção fiscal aos clientes que utilizam sistemas fotovoltaicos, também contribuem para o fortalecimento desse tipo de energia no Brasil”, completa Alexandre Heringer.

Assim como em Minas Gerais, a Light, empre-sa que faz parte do Grupo Cemig, também mobi-lizou esforços para que não faltasse energia elé-trica no Rio de Janeiro. Foram investidos R$ 444 milhões para atender à demanda dos milhares de turistas que visitaram os principais pontos turís-ticos e de concentração dos atletas que competi-ram no Parque Olímpico, onde foram realizadas as disputas. Esses investimentos incluíram a cons-trução e a modernização de subestações, linhas e redes de transmissão. Porém, um dos principais destaques foi a implantação da subestação Olím-pica, estimada em R$ 153 milhões e realizada por meio de investimentos do Governo Federal.

Construída em parceria com Furnas, ela pos-sui potência total de 120 MVA, o que significa uma capacidade de suprir a demanda de energia de um bairro do porte de Ipanema, no Rio de Je-neiro, onde vivem cerca de 43 mil pessoas. Um

Infraestrutura carioca

A Light disponibilizou 197 geradores de energia, sendo 155

exclusivos para atender às arenas, em caso de necessidade

Arq

uiv

o Li

ght

Page 21: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

Ano 7 - No 14 - Dezembro/2016 21

dos diferenciais da subestação Olímpica é que ela recebe a energia de fontes distintas, por meio de linhas subterrâneas duplicadas, capazes de suprir todas as arenas olímpicas. “Ela possui ali-mentações diferentes, e isso foi uma das exigên-cias do COI, pois, dessa forma, se uma das fontes apresentasse alguma falha, a outra entraria em operação automaticamente, sem afetar o for-necimento”, explica o assessor geral do Projeto Olimpíadas, Carlos Eduardo Vizeu Pontes.

Além das linhas independentes, a Light tam-bém disponibilizou 197 geradores de energia, sendo 155 exclusivos para atender às arenas, em caso de necessidade. Após os jogos, a subestação Olímpica representará um importante reforço para o sistema de suprimento de energia elétri-ca para os bairros Barra da Tijuca e Jacarepaguá, também no Rio de Janeiro. “Vale ressaltar que

esse legado será de grande valia, pois a região da Barra da Tijuca passou por um boom de cresci-mento nos últimos anos, principalmente devido à proximidade do Parque Olímpico. Por isso, além da nova subestação, também foram realizados reparos em outras unidades”, comenta o assessor.

Antes do início do evento, equipes da Light participaram de um treinamento ministrado pela empresa UPKN, responsável pela distribuição de energia dos Jogos Olímpicos em Londres, em 2012. “Comparativamente, a Light e a UPKN, que abastece a capital inglesa e a região metropolita-na de Londres, atendem a demandas parecidas, que giram em torno de 5 mil kW. Dessa forma, o aprendizado adquirido nesse workshop foi funda-mental para os trabalhos da Light, principalmente no que diz respeito à gestão dos processos e trâ-mites envolvidos”, ressalta Carlos Eduardo. n

O projeto de iluminação das cerimônias de abertura

e encerramentos das Olimpíadas, no Maracanã,

encantou o público

Gab

riel

Nas

cim

ento

Page 22: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

22 Universo Cemig

COMUNIDADE

Investimento forte para reduzir custoSistema de aquecimento solar é instalado em entidades, instituições de longa permanência e conjuntos habitacionais

Muita gente precisa do Hospital Dr. Pacífico Mascarenhas, em Caetanópolis, no Território Metropolitano de Minas Gerais. Quase todos os atendidos, uma média de 80 por dia, são pesso-as carentes, que vivem na cidade e em distritos da zona rural do município. Dos 50 leitos, 37 são destinados a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Manter essa estrutura e uma folha de pagamento de 77 funcionários, dentre médicos e enfermeiros, requer, principalmente, boa vontade de empresas parceiras. E a Cemig é uma delas.

A instituição participou, em 2015, do Pro-grama de Eficiência Energética (PEE), promovido pela Companhia, destinado a entidades filan-trópicas e a conjuntos habitacionais no estado. Nesses locais, a Cemig instalou sistemas de aquecimento solar e promoveu troca de lâmpa-das incandescentes por modelos mais econômi-cos, como as fluorescentes compactas. Em hos-pitais que atendem o Sistema Único de Saúde (SUS), a Empresa substituiu centenas de equipa-mentos para esterilização de instrumentos, os chamados autoclaves, por aparelhos mais mo-dernos, que consomem menos energia.

A gerente do Hospital Dr. Pacífico Mascare-nhas, Maria Cristina Dale, considera que o pro-grama foi uma ajuda muito bem-vinda. “Nasce-mos pela filantropia e dependemos dela para nos mantermos de pé”, afirma. Ela chegou ao cargo há 11 anos, mas carrega no nome a história do local. Cristina é neta do médico Guilherme Mascare-nhas, que, em 1939, inaugurou a casa, e sobrinha-bisneta do primeiro doador, Pacífico Mascarenhas.

Cristina ressalta que, desde o início, a missão do hospital é prestar solidariedade aos que não

têm recursos para buscar os centros médicos de Belo Horizonte. Um trabalho que hoje conta com o suporte de algumas prefeituras, mas que precisa de muitas doações, como cestas básicas, roupas, remédios e, por que não?, energia.

O sistema de aquecimento solar instalado no hospital tende a contribuir economicamente. A energia elétrica utilizada pelos chuveiros, tidos como os grandes vilões no desperdício energéti-co, é eliminada, já que a luz do sol passa a aque-cer a água para os banhos dos pacientes.

Alerta para a sociedadeDesde 2010, o programa da Cemig contem-

plou 55 hospitais ligados ao SUS, 510 instituições de longa permanência para idosos (ILPI) e mais de 36 mil casas construídas pela Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais (Cohab/MG). “São investimentos elevados, mas o objetivo maior é a mudança de cultura. A energia elétrica é muito nobre para ser desperdiçada”, ressalta Ranieri César Leite Coelho, gerente de Eficiência Energética. “Essas entidades filantrópicas fun-cionam como ‘vitrines’ para a Cemig demonstrar para toda a sociedade que existem tecnologias capazes de consumir muito menos energia, e não são tão caras”, comenta Ranieri. Ele observa que, embora o investimento para aquisição desses equipamentos seja mais alto, eles geram econo-mia em longo prazo. “O preço acaba sendo amor-tizado com as contas mais baixas”.

Ranieri acrescenta que os projetos do progra-ma possuem apelo ambiental. “Mesmo com todo o cuidado que temos na produção de energia elé-trica, acabamos interferindo no meio ambiente. Então, usar a energia do sol para aquecer água,

Page 23: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

Ano 7 - No 14 - Dezembro/2016 23

evitando a ligação elétrica do chuveiro, é uma das formas mais inteligentes de utilizarmos o sistema”.

Lar Outra instituição atendida, da qual muita

gente também depende, é o Lar para Idosos São José, no bairro Olhos D’Água, em Belo Horizon-te. Com 32 anos de funcionamento, é ligado à Associação de Promoção Humana Divina Pro-vidência, mantenedora de 24 obras sociais em Minas Gerais. No local, vivem 65 pessoas, entre 61 e 99 anos, que não arcam com qualquer cus-to. “São pessoas carentes, alguns nem têm fa-mília”, afirma o coordenador Celso Pascoal.

Maria Cristina Dale, gerente do Hospital Dr. Pacífico Mascarenhas: “Missão do hospital é prestar solidariedade aos que não têm recursos”

Elde

rth

Th

eza

A energia elétrica é muito nobre para ser

desperdiçada

Page 24: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

A instituição possui uma área de 5 mil m2

construídos, divididos em quartos para duas e três pessoas. Só de banhos quentes, são mais de 65 horas por dia, o que faz da conta de luz um dos maiores custos no orçamento. Assim como o hospital de Caetanópolis, o São José precisa da boa vontade das pessoas para se manter. “Fechar essa conta é uma tarefa árdua para ser vencida todos os meses”, diz Pascoal.

O equipamento de captação de luz solar foi instalado na casa pela Cemig, no início de 2015. Segundo Pascoal, a nova estrutura consegue atender todos os cômodos. A situação melhorou, mas não o tanto esperado. O consumo é muito grande, e ainda se faz necessário acessar a rede elétrica. A expectativa do coordenador é realizar um trabalho de consciência junto aos moradores e aos mais de 80 funcionários, para que os gas-tos sejam reduzidos ainda mais. “Não há ajuda que seja suficiente se ninguém se lembrar de apagar a luz quando sair”, conclui. n

Elde

rth

Th

eza

Elde

rth

Th

eza

Consumo de luz ainda é

grande no Lar para Idosos

São José, onde Celso Pascoal é

coordenador

Desde 2010, o programa da Cemig contemplou 510 instituições de longa permanência, dentre elas, o Lar para Idosos São José

24 Universo Cemig

Page 25: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

Energia se faz em casaSistemas de captação da luz solar em residências e empresas ganham cada vez mais adeptos no Brasil

No Brasil, vem crescendo um movimento para que os consumidores adotem o sistema de geração distribuída. A partir de fontes renová-veis, como o sol e o vento, eles abastecem as pró-prias residências ou empresas, aliviando a carga sobre a rede elétrica. Nas contas de luz mensais, os adeptos dessas tecnologias arcam com tari-fas mínimas e, não raro, acabam por receber o chamado crédito de energia, por terem produzi-do além do consumo. Eles fazem, portanto, o ca-minho inverso. Ao invés de retirarem, retornam energia à rede de distribuição.

A geração distribuída começou a ganhar força no Brasil, a partir de 2012. No dia 17 de abril daquele ano, foi promulgada a Resolução Normativa 482, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estabelecia, para empresas e famílias, as condições gerais para criarem, de forma privada, estruturas de microgeração e mi-nigeração distribuídas.

Nos quatro anos que se passaram, a Cemig ganhou destaque dentre as companhias ener-géticas por incentivar os clientes a seguirem esse modelo. Em agosto de 2016, a Empresa se aproximou da marca de mil clientes conectados, o maior número entre as cadastradas na Aneel. Dos 5.000 consumidores conectados, mais de mil estão em Minas Gerais. A Efficientia, em-presa subsidiária da Cemig, auxilia quem quer

Cláudio Tannure instalou, na própria residência, um amplo sistema de captação

de energia solar e hoje comemora a redução em 65% da conta de luz El

dert

h T

hez

a

Ano 7 - No 14 - Dezembro/2016 25

Page 26: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

implantar projetos do tipo ou apenas melhorar a eficiência energética de edifícios residenciais, comerciais e industriais.

“Planejamos soluções de geração distribuída para clientes, com propostas que preveem redu-ção de despesas, além de contribuírem para o meio ambiente, por estarem utilizando uma fon-te renovável de energia”, explica Márcio Eli, enge-nheiro da Efficientia. “As experiências no Brasil, so-bretudo em Minas Gerais, vêm crescendo a cada ano, o que revela a aprovação dos consumidores”. Com base em números da Aneel, o engenheiro ressalta que o país terá, até 2024, cerca de 1,2 mi-lhão de consumidores com geração distribuída.

Instalação residencialUm desses consumidores é o também en-

genheiro Cláudio Tannure, que vive em Belo Ho-rizonte com a esposa e um casal de filhos. São quatro adultos que consomem, por mês, uma quantidade alta de energia. Há cerca de dois anos, ele decidiu investir em geração distribuída. Buscou informações, pesquisou tecnologias e instalou na própria residência um amplo sistema de captação de energia solar.

“Foi uma decisão motivada principalmente para reduzir despesas”, afirma. A conta de ener-gia da família girava em torno de R$ 400 mensais, no final de 2014. Hoje, segundo ele, não passa de R$ 140. Ele aprovou tanto a experiência que fez da energia solar uma fonte de renda. Transformou a própria empresa de prestação de serviços em engenharia em uma especialista na execução de projetos para sistemas fotovoltaicos. “Muita gen-te vem se convencendo de que o investimento inicial, embora alto, acaba sendo pago em alguns anos, apenas com a economia nas contas men-sais”. Um equipamento para captação de energia solar, do projeto à instalação, custa entre R$ 25 mil e R$ 30 mil.

Tannure não teve de enfrentar qualquer tipo de burocracia para se tornar um gerador de energia. Além do investimento, os interessados precisam entrar em contato com a companhia energética da área de concessão e solicitar o chamado “acesso de mini e microgeradores ao sistema elétrico”. Eles precisam também de um suporte de um engenheiro eletricista, que será o responsável técnico a ser contratado para a im-plantação do sistema.

No caso da Cemig, basta o cliente preparar alguns documentos, todos disponíveis no site da

Empresa (www.cemig.com.br), dentre eles, o for-mulário de análise de solicitação de acesso, me-morial descritivo. Depois, enviá-los para o e-mail [email protected] e aguardar a autorização, ou “parecer de acesso”, para conec-tar o novo sistema à rede.

Crédito Muitas vezes, a energia solar produzida na

casa de Tannure vai além do que a família dele precisa. A diferença positiva acaba virando uma espécie de crédito, a ser gasto posteriormente. “No verão, a gente acaba consumindo menos, o que nos garante uns quilowatts a mais para usarmos no inverno”.

O cálculo da compensação é simples. A ener-gia gerada pela unidade de geração distribuída é injetada na rede da distribuidora, que, como uma espécie de bateria, armazena tudo o que não for consumido. O consumidor receberá um bônus em kWh (quilowatt-hora), que pode ser abatido no mês seguinte ou ir se acumulando. Os créditos de energia gerados continuam válidos por 60 meses.

De acordo com a Aneel, há ainda a possibi-lidade de o consumidor utilizar esses créditos em outras unidades, previamente cadastradas e dentro da mesma área de concessão da compa-nhia energética. Porém, essa outra unidade pre-cisa estar registrada em um mesmo CPF. Cláudio Tannure, por exemplo, pode utilizar o crédito no abatimento da conta de luz da empresa dele. “É preciso deixar claro que não se trata de venda de energia. O cliente apenas usa em outro momen-to a energia que ele produziu e injetou na rede da concessionária”, explica Márcio Eli, engenhei-ro da Efficientia.

Elde

rth

Th

eza

Dos 5.000 consumidores conectados no país, mais de mil estão em Minas Gerais

26 Universo Cemig

Page 27: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

Ano 7 - No 14 - Dezembro/2016 27

SOLIDARIEDADE

Apoio para Mariana Empregados da Cemig redobram reforços na região

Há quase um ano, o município mineiro de Mariana esteve em evidência nos veículos de comunicação do Brasil e do mundo, devido ao rompimento da barragem de uma mineradora. Situada no subdistrito de Bento Rodrigues, dis-tante 35 quilômetros de Mariana, o rompimen-to da estrutura comprometeu o fornecimento de energia elétrica para aproximadamente 1.200 consumidores moradores dos distritos de Camargos, Paracatu, Cláudio Manoel (Águas Claras), Ponte do Gama, Pedras, Campinas e Bar-retos (Gesteira).

Por isso, com o intuito de restabelecer rapi-damente a energia elétrica, os empregados da Cemig atuaram conjuntamente com a Defesa Civil, para rastrear e localizar a rede e os pa-drões de energia, por meio de mapas da Empre-

sa, como relembra Andréa Gondim, da Gerência de Relacionamento com Clientes Especiais do Poder Público da Cemig e que trabalha no escri-tório regional da Cemig em Ouro Preto.

Durante os dez dias que se sucederam ao rompimento, ela viajou diariamente para a base, em Mariana. “Essa interação com a Defesa Civil foi fundamental para que o reestabelecimento da energia elétrica fosse efetuado somente nas residências que não estivessem comprometidas e que não oferecessem perigo à vida dos mora-dores, de acordo com o parecer daquele órgão. Caso contrário, corria-se o risco de eles voltarem para as casas que não ofereciam condições de habitação naquele momento”, explica Andréa.

Um dos consumidores atendidos foi o lavra-dor José Celestino de Jesus, 59 anos, do distrito

Arq

uiv

o C

emig

Page 28: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

28 Universo Cemig

de Paracatu, um dos mais atingidos pela lama da barragem. “Graças à disposição, à coopera-ção e ao empenho dos eletricistas, a energia da minha casa voltou rapidamente. O rompimen-to da barragem foi na quinta, e, no domingo, a energia já estava de volta. Estava com a geladei-ra cheia de alimentos e, felizmente, não perdi quase nada. A energia elétrica é muito impor-tante, pois o uso de eletrodomésticos ajuda no conforto de toda a família”, reconhece.

A atuação dos empregados também foi fun-damental para estabelecer e religar a energia elétrica nas mais de 300 residências alugadas pela mineradora para acolher as famílias desa-brigadas. “Do total, um terço delas correspon-dia a imóveis novos, sem energia, e, no restante, foi feito apenas o reestabelecimento dela. Em todos esses casos, as equipes da Cemig traba-lharam em caráter de urgência, para que essas famílias tivessem condições de se mudar rapi-damente”, lembra Andréa.

Helicóptero e interação entre as equipes Para os trabalhos de reestabelecimento da

energia elétrica nas regiões afetadas pelo aci-dente, 97 pessoas atuaram conjuntamente. Além do suporte dos profissionais, também foram disponibilizados 16 veículos, um cami-nhão-tanque de combustível, um gerador a diesel e um helicóptero. “A aeronave foi funda-mental, uma vez que, em alguns locais, não tí-nhamos acesso pelas estradas, principalmente nos primeiros dias, quando elas foram tomadas pela lama”, recorda o gerente de Manutenção

e Serviços da Distribuição de São João del-Rei, Cláudio Eduardo de Souza.

Uma base de trabalho também foi montada no distrito de Gesteira, situado no município de Barra Longa, um dos locais mais comprometi-dos pelo acidente. Nessa localidade, o helicóp-tero levou os equipamentos necessários e fez o transporte dos empregados que trabalharam no restabelecimento da rede local, que ficou completamente soterrada.

Usina de Candonga

Além de apoiar os consumidores, os trabalhos da Cemig também envolveram as usinas hidrelétricas localizadas no rio Doce e nos afluentes dele, como os rios Santo Antônio e Manhuaçu. Dentre es-ses empreendimentos, estava a Usina de Candonga, que fica próxima ao local da barragem. A enxurrada de rejeitos que desceu pelo curso d`água fez com que duas das três comportas, estrutura responsável por liberar a água do reser-vatório, ficassem bloqueadas. Com isso, técnicos e equipamentos pesados foram usados para a desobstrução das compor-tas, sem comprometer o funcionamento do empreendimento e a segurança da barragem.

Arq

uiv

o C

emig

Arq

uiv

o C

emig

Helicóptero foi usado para chegar a áreas inacessíveis, devido à lama

O rompimento da estrutura comprometeu o fornecimento de energia elétrica para sete distritos

Page 29: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

Ano 7 - No 14 - Dezembro/2016 29

CIRCUITO CEMIG

Índice Dow Jones de Sustentabilidade

Pelo 17º ano consecutivo, a Cemig foi listada entre as empresas que compõem o Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI World 2016/2017), divulgado, em setem-bro, em New York. Com base na análise de desempenho dos pilares de sustentabili-dade, o DJSI lista as empresas que se des-tacam por práticas de gestão social, ambiental e econômica. A nova composição do índice reúne 316 empresas de 28 países, um a menos que no ano passado. O levantamento para a seleção das participantes abrangeu 2.500 empresas de 60 ramos industriais. A Cemig foi a única da América Latina no setor de utilities listada nesta última edição.

Para o diretor-presidente da Cemig, Bernardo Alvarenga, a conquista desse índice reitera a determinação da Empresa em prosseguir com o crescimento sustentável. “Trabalhamos interna-mente e junto à sociedade, focados no desenvolvimento de soluções cada vez mais sustentáveis, em parceria com nossos clientes e fornecedores, o que nos permite obter resultados relevantes como a presença da Cemig no DJSI World por 17 anos consecutivos”, destaca.

Prêmio por práticas em mudanças climáticas

A Cemig é reconhecida como uma das dez empresas brasileiras com as melhores práticas em mudanças climáticas na Amé-rica Latina. Este é o quarto ano consecutivo que a Carbon Disclosure Project (CDP) pre-mia a companhia. A seleção levou em consi-deração o nível de detalhe das respostas com relação a critérios, como gerenciamento de riscos, comprometimento com a mitigação e iniciativas de redução de emissões de gases de efeito estufa. Segundo o superintendente de Sustentabilidade Empresarial, Ricardo Ca-margos, a expressiva pontuação obtida pela Empresa, que atingiu 99 em 100 pontos na atual edição, mostra para os mercados de ca-pitais e para a sociedade o compromisso da Companhia e o posicionamento dela frente às mudanças climáticas.

Na carteira do Índice Carbono Eficiente

Pela sexta vez consecutiva, a Cemig foi selecionada para compor a carteira do Índice Carbono Eficiente (ICO2), que agrupa 29 empresas que atuam de forma eficiente com relação às emissões de gases de efeito estufa. O ICO2 foi criado pela BM&FBovespa e pelo BNDES, com o objetivo de incentivar as empresas que possuem as ações mais negociadas na bolsa de valores a melhorarem a eficiência no combate à poluição atmosférica.

Arq

uiv

o C

emig

Page 30: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

30 Universo Cemig

Consumidor satisfeito O 1º lugar no Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (Iasc) 2015, na categoria acima de

400 mil consumidores da região Sudeste, é da Cemig. Os vencedores foram divulgados, em novembro de 2015, durante evento de premiação em Brasília, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Essa é a quarta vez que a empresa recebe o Prêmio Iasc. O resulta-do alcançado pela Cemig foi de 66,71% de aprovação, superando, mais uma vez, a média do Brasil, que foi de 57,03%. Segundo a Aneel, o índice fornece subsídios para as concessionárias aperfeiçoarem a prestação de serviços.

Mais sustentável do mercado emergenteA Cemig foi selecionada como uma das melhores empresas de países em desenvolvimen-

to pelo índice Emerging 70, da Vigeo-Eiris. A agência é especialista na avaliação do desempe-nho das companhias, quanto às práticas em questões ambientais, sociais e de governança. Ela ainda representa uma referência para investidores e administradores de recursos enga-jados com práticas de investimentos responsáveis e sustentáveis. O ranking, divulgado no primeiro semestre de 2016, reúne as 70 empresas que alcançaram as maiores pontuações, de um total de 842 pesquisadas. A metodologia baseou-se em critérios divididos em seis áreas: meio ambiente, direitos humanos, recursos humanos, engajamento com a comunidade, rela-cionamento responsável com as partes e governança corporativa.

Evento de utilitiesA Cemig participou do principal en-

contro de utilities da América Latina, em setembro, em São Paulo. O evento reuniu utilities, empresas e especialistas para de-baterem boas práticas nos segmentos de energia, água e gás. A Companhia apre-sentou o projeto “Sistema óptico para transmissão de dados em banda larga concomitante ao monitoramento da in-tegridade física de condutores de linhas aéreas de alta tensão”. O rompimento de condutores aéreos, na média e alta tensão, pode ter consequências fatais, se ocorrer em áreas com algum tipo de ocupação humana irregular. Para reduzir os riscos de acidentes, esse projeto desenvolveu uma solução inovadora que utiliza a tecnologia óptica CWDM para monitorar a integridade física dos condutores em conjunto com a característica primordial da transmissão de dados em banda larga por fibras ópticas. O benefício do projeto foi conceber um robusto e avançado projeto de smartgrid óptico para linhas áereas, e assim transmitir energia elétrica e banda larga por meio do mesmo condutor, desligar e evitar o religamento automático dos circuitos elétricos de alta tensão, nos casos de rompimento do condutor.

Arq

uiv

o C

emig

Page 31: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

Ano 7 - No 14 - Dezembro/2016 31

CEMIG EM NÚMEROS

Dados gerais 2010 2011 2012 2013 2014 2015Evolução no número de consumidores(em milhares)

7.065 7.336 7.535 7.781 8.008 8.078

Número de empregados 8.859 8.706 8.368 7.922 7.922 7.860

Número de municípios atendidos 774 774 774 774 774 774

Área de concessão – km2 567.740 567.740 567.740 567.478 567.478 567.478

Capacidade instalada – MW 6.896 6.964 7.032 7.158 7.717 7.800

Extensão das linhas de transmissão – km 8.768 8.794 9.413 9.748 9.748 9.748

Dimensão econômica 2010 2011 2012 2013 2014 2015Receita operacional líquida (R$ milhões) 12.863 15.749 18.460 18.966 19.540 21.292

Dimensão ambiental 2010 2011 2012 2013 2014 2015Recursos aplicados em meio ambiente (R$ milhões)

54,3 53,4 59,4 52,4 52,8 53,8

Dimensão social 2010 2011 2012 2013 2014 2015Média de horas de treinamento por empregado

75,66 43,18 35,50 69,6 49,37 37,26

Total de recursos aplicados em responsabilidade social (R$ milhões)

77,440 75,074 115,023 83,234 109,622 75.751

Áreas de investimento social - 2015

69%Ações sociais

25%Cultura

1%Saúde

2%Esporte

3%Educação

Page 32: RETORNO AO PORTFÓLIOcemig.com.br/sites/Imprensa/pt-br/publicacoes/Documents... · 2017-01-20 · Revista do Grupo Cemig Ano 7 - Nº 14 - Dezembro/2016 RETORNO AO PORTFÓLIO ... Três

Nos últimos anos, a Cemig cresceu no Brasil e no mundo. Mas algo importante fi cou para trás. Agora, ela volta às suas origens para quitar um compromisso histórico com Minas Gerais e levar energia a 50 mil famílias que vivem sem luz na zona rural. A Cemig e o Governo do Estado vão levar energia elétrica a essas famílias mineiras até o fi m de 2018. Trata-sede um dos maiores projetos de infraestrutura do Brasil, com 15 mil km de rede construída, 774 municípios atendidos e um investimento de 800 milhões de reais. Esse imenso trabalho é a contribuição da Cemig para o Programa Novos Encontros, o plano de ação do Governo de Minas para combater a pobreza no campo.A Cemig está de volta às suas origens porque a gente cresce mais forte quando coloca os mineiros em primeiro lugar.

ONDE TIVERUMA FAMÍLIAMORANDO,VAI TER LUZ. Geralda das Dores

Andrade, Orosino Pereira Gomes e Elisângela Aparecida Gomes.Felício dos Santos/MG.

www.cemig.com.br

NOVOS ENCONTROS

CID

A D A N I A P A R A T O

DO

S