resumo lei de drogas

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    MARTINA CORREIA

    LEI DE DROGAS (LEI 11.343/2006)PENAL E PROCESSO PENAL

    Lei de Drogas (Leis Especiaisjuspodivm) + Nestor Tvora + Dizer o Direito

    ANTIGA LEI DE DROGAS

    - A Lei 11.343/06 revogou a antiga Lei de Drogas (Lei 6.368/76). Alm de criar o Sistema Nacional de

    Polticas Pblicas sobre Drogas para substituir o antigo Sistema Nacional Antidrogas, a nova lei

    simbolizou um novo olhar do legislador sobre a questo do trfico de drogas.

    - O termo droga utilizado pela Lei 11.343/06 est de acordo com o panorama internacional

    (narcotic drugs) e substitui o termo entorpecenteutilizado na Lei 6.368/76 (nem todas as drogas

    so entorpecentes).

    Lei 6.368/76 Lei 11.343/06- Represso do trfico de drogas

    - Foco na figura do traficante- Droga: questo de sade pblica

    - Tratamento brando ao usurio e dependente(PREVENO, ATENO E REINSERO) com foco

    ressocializador- Punio mais enrgica ao traficante de drogas

    - A sucesso de leis despertou dvidas acerca da possibilidade de combinao de leis penais ( lex

    tertia). A Lei 6.368/76 previa uma pena mais branda para o trfico de drogas, mas no contava com a

    possibilidade de diminuio da pena. A Lei 11.343/2006 passou a prever uma pena mais gravosa,

    mas, em contrapartida, permite a reduo de pena no caso do traficanteprivilegiado(1/6 a 2/3).

    Antiga Lei de Drogas (Lei 6.368/76) Nova Lei de Drogas (Lei 11.343/06)

    3a 15 anos de priso(pena mais branda, mas sem possibilidade

    de diminuio de pena)

    5a 15 anos (pena mais gravosa)Possibilidade de diminuio de pena (1/6 a 2/3)

    - Se o crime foi cometido na vigncia da Lei 6.368/76, pode o juiz considerar a pena mnima desta (3

    anos) e a possibilidade de diminuio da pena trazida pela Lei 11.343/06, concomitantemente? Os

    Tribunais Superiores entendem que no: ao combinar as leis, o juiz transforma-se em legislador,

    criando uma terceira lei (lex tertia). Deve-se ponderar os benefcios e malefcios de cada lei

    separadamente (PRINCPIO DA PONDERAO UNITRIA). Essa a posio do STF (RE 600.817 einfo. 727) e do STJ(smula 501).

    - Smula 501 do STJ: cabvel a aplicao retroativa da Lei 11.343/06, desde que o resultado da

    incidncia das suas disposies, na ntegra, seja mais favorvel ao ru do que o advindo da

    aplicao da Lei 6.368/76, SENDO VEDADA A COMBINAO DE LEIS.

    - Vale registrar que respeitvel corrente entende ser possvel a combinao de leis para atender aos

    princpios constitucionais da ultra-atividade e da retroatividade benficas. O STF, em julgado de

    2008, j decidiu nesse sentido (HC 95435), bem como o STJ, no mesmo ano (HC 101836).

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    CONSIDERAES GERAIS SOBRE A LEI 11.343/2006

    - Droga(art. 1) = substncias ou produtos capazes de causar dependncia, assim especificados

    em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da Unio.

    - Tem-se aqui uma NORMA PENAL EM BRANCO EM SENTIDO ESTRITO OU HETEROGNEA (lei

    complementada por Portaria).

    - As substncias e produtos que esto na lista ostentam presuno absolutaquanto capacidade de

    causar dependncia (rol taxativo, no cabe prova contrria).

    - Atualmente, o Cloreto de Etila (lana perfume) considerado droga. J deixou de ser durante 8

    dias (quando foi retirada do rol pela Resoluo ANVISA RDC 104 de 07/12/2000). Surgiu, ento, uma

    abolitio criministemporria. O STF decidiu que os agentes que praticaram qualquer conduta antes de

    07/12/2000 tiveram a punibilidade extinta (HC 94397/BA).

    - No h trfico de drogas nas hipteses de autorizao regulamentar(da Unio) e de plantas de uso

    estritamente ritualstico-religioso.- Quanto Marcha pela Legalizao, o STF priorizou a liberdade de pensamento, expresso,

    informao e comunicao (info. 649).

    - constitucional o confisco da propriedade em que se cultive qualquer espcie de planta da qual se

    possa extrair droga (art. 243 da CF/88). O proprietrio no tem direito a justa indenizao. Alm

    disso, o STF entende que deve ser expropriada a totalidade do imvel(RE 543974/MG).

    - A Lei dedica um captulo a medidas de preveno e enumera princpios e diretrizes como o

    tratamento especial dirigido s parcelas mais vulnerveis da populao, levando em considerao as

    suas necessidades especficas e o compartilhamento de responsabilidade e a colaborao mtua com

    as instituies do setor privado e com os diversos segmentos sociais.

    - As aes de ateno e reinsero social so voltadas ao viciado e sua famlia, visando melhoriada qualidade de vida e reduo de riscos e dos danos.

    - A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podero conceder benefcios s instituies

    privadas que desenvolverem programas de reinsero no mercado de trabalho , do usurio e do

    dependente de drogas encaminhados por rgo oficial.

    - O dependente de drogas que estiver preso deve ter garantido os servios de ateno sua sade. O

    STF (HC 106477) j concedeu HC para assegurar tratamento psicolgico ao paciente usurio de

    drogas. Caso seja negligenciada a assistncia ao preso viciado, j se entendeu ser possvel o

    atendimento por mdico particular.

    ART. 28 E FIGURA EQUIPARADA

    - Na Lei 6.368/76, a pena correspondente era rigorosa: deteno, de 6 meses a 2 anos e multa. Esse

    foi um dos principais marcos da Lei 11.343/06, que quis solucionar a questo do sujeito que no era

    traficante, amoldando-se melhor figura do usurio. Para a Nova Lei, a conduta punida de maneira

    muito mais branda. Distino do crime de trfico: FINALIDADE DE CONSUMO PESSOAL.

    Art. 28 - Quem adquirir, guardar, tiver em depsito, transportar ou trouxer consigo, para

    consumo pessoal, drogas sem autorizao ou em desacordo com determinao legal ou

    regulamentar ser submetido s seguintes penas:

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    - Se um adolescente praticar um ato infracional anlogo do art. 28, no ser privado de sua liberdade

    (internao ou semiliberdade), porque o art. 28 no prev a privao de liberdade. Vide info. 742 do

    STF (final do resumo).

    - O art. 28 no se aplica posse de drogas para uso pessoal nas dependncias da administrao

    militar(princpio da especialidade: incide o art. 290 do CPM).

    - Muito importante: NO SE IMPOR PRISO EM FLAGRANTE, devendo o autor do fato ser

    imediatamente encaminhado ao juzo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a

    ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisies dos exames e

    percias necessrios. Nesse caso, ocorre a captura e a conduo coercitiva, mas no ser lavrado o

    Auto de Priso em Flagrante.

    REGRA DOS JUIZADOS (Lei 9.099/95) ART. 28 da Lei 13.343/06

    O infrator s ser preso se no assumir ocompromisso de comparecer ao JECrim.

    O infrator no ser preso nem mesmo se negar ocompromisso de comparecer aos Juizados.

    Vedao absoluta de priso.

    FIGURA EQUIPARADA AO ART. 28 (1)

    Quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas preparao de PEQUENAQUANTIDADEde substncia ou produto capaz de causar dependncia fsica ou psquica.

    - Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atender NATUREZA e

    QUANTIDADEda substncia apreendida, ao LOCAL, e s CONDIES EM QUE SE DESENVOLVEU A

    AO, s CIRCUNSTNCIAS SOCIAIS E PESSOAIS, bem como CONDUTAe aos ANTECEDENTESdo

    agente.

    DA REPRESSO PRODUO NO AUTORIZADA E AO TRFICO ILCITO DE DROGAS

    - As plantaes ilcitas sero imediatamente destrudaspelas autoridades de polcia judiciria, que

    recolhero quantidade suficiente para exame pericial.

    - A destruio de drogas far-se- por incinerao, no prazo mximo de 30 dias, guardando-se

    amostras necessrias preservao da prova. A incinerao ser precedida de autorizao judicial,

    ouvido o MP, e executada pela autoridade de polcia judiciria competente, na presena de

    representante do MP e da autoridade sanitria competente, mediante auto circunstanciado e aps a

    percia realizada no local da incinerao.- Os arts. 33 ao 39 tratam dos crimes. Vale destacar que o princpio da insignificncia no se aplica

    aos crimes abaixo.

    TRFICO DE DROGAS

    Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar,produzir, fabricar, adquirir, vender, expor venda,oferecer, ter em depsito, transportar, trazerconsigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar aconsumo ou fornecer drogas, ainda quegratuitamente, sem autorizao ou em desacordo

    com determinao legal ou regulamentar:

    - Nas dependncias da administrao militar: art. 290do CPM (especialidade).- Se a finalidade ter a posse da droga para consumopessoal: art. 28.- Ateno ao ainda que gratuitamente alargando otipo penal.

    - CRIME EQUIPARADO A HEDIONDO.- Competncia da Justia Estadual, salvo se o trfico

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    - O STF (HC 97256/RS)declarou a inconstitucionalidade da expresso vedada a converso em penas

    restritivas de direito. Priorizou-se a individualizao da pena e a dignidade da pessoa humana.

    1/6 a 2/3

    PRIMRIO

    BONS ANTECEDENTESNO SE DEDICAR A ATIVIDADES CRIMINOSAS

    NO INTEGRAR ORGANIZAO CRIMINOSA

    - A minorante no afasta a hediondez do crime (vide info. 734 do STF, no final do resumo).

    - Vide info. 514 do STJ (final do resumo).

    Art. 34.Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer ttulo, possuir,guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinrio, aparelho, instrumento ou qualquer objetodestinado fabricao, preparao, produo ou transformao de drogas, sem autorizao ou em desacordocom determinao legal ou regulamentar:

    Pena - recluso, de 3 a 10 anos, e pagamento de 1.200 a 2.000 dias-multa.- o crime de TRFICO DE MAQUINRIO: criminalizao dos atos preparatriosao trfico de drogas.- SE O AGENTE PRATICAR O TRFICO DE MAQUINRIO E TAMBM O TRFICO DE DROGAS, ESTE ABSORVEAQUELE (DELITO SUBSIDIRIO, SOLDADO DE RESERVA). Ex.: a polcia no conseguiu localizar nenhumaquantidade de droga em um laboratrio clandestino, mas encontrou uma balana de preciso com vestgiosde cocana. O agente responder pelo art. 34. Todavia, se a Polcia conseguir apreender droga junto balanade preciso, h o crime do trfico de drogas (art. 33), que absorve o trfico de maquinrio (art. 34). S PODEHAVER CONCURSO ENTRE OS ARTS. 33 E 34 SE FICAR DEMONSTRADA A AUTONOMIA DAS CONDUTAS . Paraentender melhor, vide info. 531 do STJ (final do resumo).- Tipo misto alternativo: se o sujeito praticar mais de um dos verbos do tipo no mesmo contexto ftico econtra o mesmo objeto material, responder por um nico crime (e no concurso de crimes) .- muito difcil encontrar um instrumento que tenha como finalidade exclusiva a produo de drogas.

    preciso verificar se o maquinrio encontrado era destinado para trfico analisando o caso concreto .- A maioria da doutrina entende que um delito equiparado a hediondo. Contra: Rogrio Sanches (ampliaodo art. 5, XLIII da CF/88 e violao ao princpio da legalidade).

    Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou no, qualquer doscrimes previstos nos arts. 33, caput e 1, e 34 desta Lei:Pena - recluso, de 3 a 10 anos, e pagamento de 700 a 1.200 dias-multa.Pargrafo nico. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a prtica reiterada docrime definido no art. 36 desta Lei.

    - o crime de ASSOCIAO PARA O TRFICO. Atos preparatrios.- Tem-se aqui um CRIME AUTNOMO, que independe da concretizao ou no do trfico de drogas. Ex.: se Ae B se associam para praticar trfico de drogas, eles incorrero no tipo da associao para o trfico (art. 35),

    ainda que no consigam traficar. Se conseguirem, respondero pelo art. 35 e pelo art. 33, em concursomaterial. Os bens jurdicos tutelados so distintos (na associao, a paz pblica).- O sujeito comete o crime quando se junta com outra pessoa, de forma ESTVEL E PERMANENTE (societassceleris)com o objetivo de praticar:

    a)Trfico de drogas (art. 33);b)Condutas equiparadas a trfico de drogas (1 do art. 33); ouc) Trfico de maquinrios para drogas (art. 34).

    - A consumao ocorre a associao, estvel e permanente, de duas ou mais pessoas com o objetivo depraticarem os crimes previstos acima. um crime formal(no exige resultado naturalstico).- Associao eventual no tipifica o crime, mas configura concurso de agentes .- Vide info. 509 do STJ.- A associao deve ter DUAS OU MAIS PESSOAS(crime de concurso necessrio). No importa se uma delas

    inimputvel.- Deve haver especial fim de agir: vontade de se reunir para praticar qualquer dos crimes previstos nos artigos

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    mencionados.- A materialidade do crime de trfico (art. 33) pressupe a apreenso da droga. J a materialidade daassociao pode advir de outros meios de prova. Ex.: haver o crime mesmo que o outro associado no sejaidentificado pela polcia, desde que se tenha certeza que havia, no mnimo, duas pessoas associadas.- inaplicvel a minorante do art. 33, 4 (trfico privilegiado). Vide info. 517 do STJ (final do resumo).

    - NO EQUIPARADO A CRIME HEDIONDO(entendimento do STJ).- Quanto ao livramento condicional, vide info. 568 do STJ.

    ASSOCIAO PARA FINS DE TRFICO (ART. 35) ASSOCIAO CRIMINOSA (ART. 288 DO CP)

    Exige, no mnimo, 2 pessoas associadas. Exige, no mnimo, 3 pessoas associadas.

    A finalidade da associao praticar trfico dedrogas(art. 33, caput), alguma das condutas

    equiparadas a trfico (art. 33, 1) ou, ento, trficode drogas (art. 34).

    A finalidade da associao praticar quaisquercrimes.

    Haver o art. 35 mesmo que as pessoas se associemcom a finalidade de praticar um s crime, dentre os

    listados acima.

    Somente haver o art. 288 do CP se as pessoas seassociarem com a finalidade de praticar mais de um

    crime. Se houver reunio para cometer um s crime,no se consuma o art. 288 do CP.

    Pena de 3 a 10 anos. Pena de 1 a 3 anos.

    Art. 36.Financiar ou custear a prtica de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e 1, e 34 destaLei:Pena - recluso, de 8 a 20 anos, e pagamento de 1.500 a 4.000 dias-multa.

    - o crime de FINANCIAMENTO DO TRFICO. Pena mais severa da Lei 11.343/06.- Incriminao, em tipo autnomo, do partcipe do trfico de drogas.- Se 2 ou mais pessoas se unem para financiar/custear o trfico (crime do art. 36), podem responder pelaassociao criminosa (art. 35) se essa reunio for para a prtica reiterada do art. 36.- Para parte da doutrina, o auxlio efmero caracteriza concurso de agentes, podendo responder como

    partcipe desse delito com o aumento de pena do art. 40, VII. Para Nucci, inexigvel a reiterao.

    Art. 37.Colaborar, como informante, com grupo, organizao ou associao destinados prtica de qualquerdos crimes previstos nos arts. 33, caput e 1, e 34 desta Lei:Pena - recluso, de 2 a 6 anos, e pagamento de 300 a 700 dias-multa.

    - A Lei pune a conduta do INFORMANTE. Exemplo tpico: fogueteiro(aquele que avisa aos traficantes quandoa polcia chega no local, soltando fogos de artifcio).- colaborador aquele que transmite informao relevante, til ou necessria, para o xito das atividades dogrupo, associao ou organizao criminosa, que visam prtica dos seguintes crimes:

    a)Trfico de drogas (art. 33);b)Condutas equiparadas a trfico de drogas (1 do art. 33); ouc)Trfico de maquinrios para drogas (art. 34).

    - A colaborao do informante deve ser efmera. Caso contrrio, o tipo o do art. 35 (associao).- Se o sujeito concorrer para o trfico, incorrer nas penas do art. 33 (trfico de drogas), em concurso deagentes.- Se o sujeito se associa para fins de trfico e, ao mesmo tempo, olheiro, incorrer nas penas do art. 35(associao para fins de trfico), no podendo ser punido pelos dois crimes. Vide info. 527 do STJ (final doresumo).- Se o colaborador funcionrio pblico e agiu no exerccio de sua funo:

    a)Se no tiver solicitado nem recebido qualquer vantagem indevida: deve responder pelo crime doart. 37 da LD, com a majorante prevista no art. 40, II;b) Se tiver solicitado ou recebido vantagem indevida: responder pelo art. 37 em concurso materialcom o crime de corrupo passiva (art. 317 do CP). Nesse caso, no haver a incidncia da majorantedo art. 40, II, da LD, considerando que a condio de servidor pblico j foi utilizada para caracterizar

    o crime do art. 317.- O crime uma exceo teoria monista (todas as pessoas que concorreram de qualquer modo, para aprtica do crime devem responder pelo mesmo tipo penal). Isto porque, no mesmo contexto, alguns podem

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    praticar atos de informante e outros podem praticar trfico, devendo ser responsabilizados por tipos diversos.Ateno ao limite entre um crime e outro: no art. 37, o agente se limita a colaborar como informante. Secolaborar de qualquer outro modo, responder por trfico de drogas (art. 33) ou trfico de maquinrio (art.34).- Considerando que o tipo fala em colaborar com grupo, organizao ou associao, s e o indivduo atua

    como informante de um nico traficante, pratica o crime do art. 37? Sim, para beneficiar o ru (analogia inbonam partem). Se o agente no respondesse pelo art. 37, responderia pelo art. 33, qualidade de partcipe.Ocorreria o seguinte: o informante de uma organizao teria uma pena muito menor do que o informante deum nico traficante.- O crime se consuma quando a informao chega ao grupo, organizao ou associao. No necessita deresultado naturalstico (crime formal).- No possvel que algum seja condenado pelo art. 35 e, ao mesmo tempo, pelo art. 37, sob o argumentode que o ru era associado ao grupo criminoso e que, alm disso, atuava tambm como olheiro . Vide info.527 do STJ (final do resumo).

    Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou faz-lo emdoses excessivas ou em desacordo com determinao legal ou regulamentar:Pena - deteno, de 6 meses a 2 anos, e pagamento de 50 a 200 dias-multa.Pargrafo nico. O juiz comunicar a condenao ao Conselho Federal da categoria profissional a quepertena o agente.

    - o crime de PRESCRIO CULPOSA DE DROGAS, que s pode ser praticado por profissionais de sade (crimeprprio).- NICO CASO DE CRIME CULPOSO DE MERA CONDUTA.- No crime equiparado a hediondo.- CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO. Ademais, como a pena mnima inferior a 1 ano (6 meses), osujeito pode ser beneficiado pela suspenso condicional do processo.

    Art. 39. Conduzir embarcao ou aeronave aps o consumo de drogas, expondo a dano potencial a

    incolumidade de outrem:Pena - deteno, de 6 meses a 3 anos, alm da apreenso do veculo, cassao da habilitao respectiva ouproibio de obt-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 a 400dias-multa.Pargrafo nico. As penas de priso e multa, aplicadas cumulativamente com as demais, sero de 4 a 6 anos ede 400 a 600 dias-multa, se o veculo referido no caput deste artigo for de transporte coletivo de passageiros.

    - Deve ser comprovado que o sujeito exps a incolumidade de outrem a provvel dano.- No crime equiparado a hediondo.

    - O art. 40 traz CAUSAS DE AUMENTO(1/6 A 2/3)aplicveis aos crimes (3 fase da dosimetria):

    I - A natureza, a procedncia da substncia ou do produto apreendido e as circunstncias do fatoevidenciarem a TRANSNACIONALIDADEdo delito;

    II - O agente praticar o crime prevalecendo-se de FUNO PBLICA ou no desempenho de MISSO DEEDUCAO, PODER FAMILIAR, GUARDA OU VIGILNCIA;

    III - A infrao tiver sido cometida NAS DEPENDNCIAS OU IMEDIAES DE ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS,DE ENSINO OU HOSPITALARES, DE SEDES DE ENTIDADES ESTUDANTIS, SOCIAIS, CULTURAIS, RECREATIVAS,ESPORTIVAS, OU BENEFICENTES, DE LOCAIS DE TRABALHO COLETIVO, DE RECINTOS ONDE SE REALIZEMESPETCULOS OU DIVERSES DE QUALQUER NATUREZA, DE SERVIOS DE TRATAMENTO DE DEPENDENTESDE DROGAS OU DE REINSERO SOCIAL, DE UNIDADES MILITARES OU POLICIAIS OU EM TRANSPORTESPBLICOS;

    IV - O crime tiver sido praticado com VIOLNCIA, GRAVE AMEAA, EMPREGO DE ARMA DE FOGO, OUQUALQUER PROCESSO DE INTIMIDAO DIFUSA OU COLETIVA;

    V - Caracterizado o trfico entre Estados da Federao ou entre estes e o Distrito Federal; (INTERESTADUAL)

    VI - Sua prtica ENVOLVER OU VISAR A ATINGIR CRIANA OU ADOLESCENTEou a quem tenha, por qualquermotivo, diminuda ou suprimida a capacidade de entendimento e determinao;

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    VII - O agente FINANCIAR OU CUSTEAR A PRTICA DO CRIME.

    - Vale ressaltar que o trfico interestadual tem a pena aumentada. Contudo, se o trfico ocorrer

    entre Municpios, no h razo para o aumento.

    - Cabe Justia Estadual julgar o trfico interestadual, de acordo com as regras de competncia doCPP.

    - Quando a arma utilizada exclusivamente para a realizao do trfico, o porte de armas

    absorvido. Se o sujeito portava a armas em outras ocasies, h concurso material.

    - O STJ (HC 109723/MS) j decidiu que no necessria a efetiva transposio da fronteira

    interestadual, bastando que fique evidenciado, pelos elementos de prova, que a droga

    transportada teria como destino localidade de outro Estado da Federao.

    - O art. 36 cuida do agente que financia o trfico de drogas de forma habitual. Se o financiamento

    for efmero, o agente ser partcipe do crime de trfico (art. 33) com a causa de aumento do inciso

    VII.

    - Se o agente levar a droga em transporte pblico, mas no a comercializar, no incidir a

    majorante do inciso II. Vide info. 543 do STJ (final do resumo).

    - A Lei de Drogas traz o instituto da DELAO PREMIADAcomo CAUSA DE DIMINUIO DA PENA(3

    fase da dosimetria):

    Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigao policial e

    o processo criminal na identificao dos demais coautores ou partcipes do crime e na

    recuperao total ou parcial do produto do crime, no caso de condenao, ter pena

    reduzida de um tero a dois teros.

    DELAO PREMIADA(colaborao voluntria com a investigao e o processo)

    1/3 a 2/3 VOLUNTARIEDADEIDENTIFICAO DOS DEMAIS AGENTES

    RECUPERAO TOTAL OU PARCIAL DO PRODUTO DO CRIME

    - Seguindo a regra geral, a Lei de Drogas tambm traz casos de INIMPUTABILIDADE (iseno de

    pena) e de SEMI-IMPUTABILIDADE(reduo da pena de 1/3 a 2/3).

    - Quando o juiz absolver o inimputvel (dependente qumico), poder, na sentena, encaminh-lo

    para tratamento mdico adequado.

    - O art. 42 traz uma regra especial bastante cobrada. Vale a pena sua transcrio:

    Art. 42 - O juiz, na fixao das penas, considerar, com preponderncia sobre o previsto no

    art. 59 do Cdigo Penal, a natureza e a quantidade da substncia ou do produto, a

    personalidade e a conduta social do agente.

    1 FASE DA DOSIMETRIA (FIXAO DA PENA-BASE)

    REGRA GERAL (CP) REGRA ESPECIAL DA LEI DE DROGAS

    ANLISE DAS CIRCUNSTNCIAS JUDICIAIS DOART. 59.

    NATUREZAQUANTIDADE

    PERSONALIDADE

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    doutrina: deveria ser dado o mesmo tratamento aos crimes hediondos e equiparados, tal como o

    crime de trfico de drogas. Em concursos, melhor afirmar que NO CABE SURSIS.

    CRIMES HEDIONDOS TRFICO DE DROGAS (EQUIPARADO)

    CABE A CONVERSO EM PENA RESTRITIVA DEDIREITOS E SURSIS.

    Com a inconstitucionalidade do regimeintegralmente fechado, passou a caber sursise PRD

    para os crimes hediondos e equiparados.

    CABE A CONVERSO EM PENA RESTRITIVA DEDIREITOS, MAS NO CABE SURSIS.

    A Lei de Drogas probe, mas o STF declarou ainconstitucionalidade do art. 44 (vedada a converso

    em penas restritivas de direitos). No falou nadasobre sursis(incoerncia).

    - Em maio de 2012, o STF, em controle difuso, declarou inconstitucional da expresso e liberdade

    provisria. Isto porque a vedao acarretaria uma priso preventiva obrigatria, o que viola os

    princpios da presuno de inocncia e do devido processo legal, alm de engessar o juiz no caso

    concreto. Logo, CABE LIBERDADE PROVISRIA. Vale destacar que a impossibilidade de pagar fiana

    em determinado caso no impede a concesso da liberdade provisria, pois so coisas diferentes .

    A prpria CF/88 admite a liberdade provisria sem fiana (ningum ser levado priso ou nela

    mantida quando a lei admitir a liberdade provisria, com ou sem fiana).

    NO SO CABVEIS... SO CABVEIS

    - Fiana- Graa, indulto e anistia

    - Sursis

    - Liberdade provisria- Converso em penas restritivas de direitos

    REGRA ESPECIALLIVRAMENTO CONDICIONAL

    CUMPRIMENTO DE 2/3 DA PENA NO SER CONCEDIDA AO REINCIDENTE ESPECFICO

    PRINCIPAIS ASPECTOS PROCEDIMENTAIS

    - Art. 28competncia dos Juizados Criminais, salvo se houver concurso de crimes.

    - NO SE IMPOR PRISO EM FLAGRANTE, devendo o autor do fato ser imediatamente

    encaminhado ao juzo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer,

    lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisies dos exames e percias

    necessrios.

    - Se ausente a autoridade judicial, as providncias sero tomadas de imediato pela autoridade

    policial, no local em que se encontrar, vedada a deteno do agente.- Concludos esses procedimentos, o agente ser submetido a exame de corpo de delito, se o

    requerer ou se a autoridade entender conveniente, e em seguida ser liberado.

    - Priso em flagrantecomunicao imediata ao juiz competente, que dar VISTA DO APF AO MP

    EM 24 HORAS.

    - Para a lavratura do APF, suficiente o LAUDO DE CONSTATAO DA NATUREZA E QUANTIDADE

    DA DROGA, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idnea.

    - O PERITO NO FICAR IMPEDIDO DE PARTICIPAR DA ELABORAO DO LAUDO DEFINITIVO.

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    MARTINA CORREIA

    Exemplo da Lei de Drogas: oferecida a denncia, a Lei de Drogas prev a defesa preliminar. O juiz

    recebe a pea acusatria e manda citar. Segundo a Lei de Drogas, o acusado citado para

    comparecer ao interrogatrio. Contudo, segundo o 4, deve haver a resposta acusao e a

    possibilidade de absolvio sumria. Assim, o sujeito citado para apresentar a resposta

    acusao.Numa interpretao literal, h duas manifestaes da defesa, o que contraproducente.

    H vrias interpretaes sobre o assunto. Parte da doutrina entende inaplicvel a defesa preliminar

    da Lei de Drogas. Na opinio de Renato Brasileiro, o ideal entender que no pode haver 2

    manifestaes da defesa. O ideal que o acusado apresente a defesa preliminar e a resposta

    acusao no mesmo momento. Num primeiro momento, o sujeito pediria a rejeio da pea

    acusatria, num segundo momento, buscaria sua absolvio sumria.

    - Em outro sentido (tese para a DPU), Nestor Tvora diz que deve ser oportunizado o oferecimento

    de resposta acusao objetivando-se a absolvio sumria no mbito do rito especial dos crimes

    de drogas. A Lei 11.343/06 anterior reforma do CPP trazida pela Lei 11.719/08. Nessa medida, a

    Lei de Drogas no previu a possibilidade de apresentao de resposta acusao, depois da citao,com o fim de se alcanar um ttulo judicial absolutrio antecipado, conforme dispe os arts. 396 e

    seguintes, relativos a rito comum ordinrio. No entanto, como norma processual tem aplicao

    imediata a partir de sua vigncia, os dispositivos trazidos pelo citado diploma alterador do CPP

    alcanaro o procedimento especial da Lei 11.343/06.

    - Caso se entenda que h oferecimento de resposta acusao na Lei de Drogas (corrente de Nestor

    Tvora), apresentada esta, o juiz ter oportunidade de absolver sumariamente o ru, com fulcro no

    art. 397 do CPP. Assim, apesar de o art. 56 dizer que o juiz, ao receber a denncia, designar

    audincia de instruo e julgamento, com a aplicao do art. 396 do CPP o juiz s designar data

    para a audincia de instruo e julgamento aps o conhecimento da resposta acusao , havendo

    por bem no ser caso de absolvio sumria, devendo intimar as partes.- Nos moldes do procedimento comum, o MP s ser intimado aps o oferecimento da resposta

    acusao, para que se manifeste em 5 dias, em analogia ao art. 409 do CPP (isonomia).

    - Afastamento cautelar do funcionrio pblico a lei autorizou que seja o funcionrio pblico,

    cautelarmente, desde o recebimento da denncia, afastado de suas funes. Essa medida cautelar

    no se confunde com o efeito da condenao previsto no art. 92, I, do CP. Nesta medida, sendo o ru

    absolvido, impe-se o retorno ao cargo.

    - Audincia de instruo e julgamentoser realizada dentro dos 30 diasseguintes ao recebimento

    da denncia, salvo se determinada a realizao de avaliao para atestar dependncia de drogas,

    quando se realizar em 90 dias.

    Regra geral Avaliao para atestar dependncia de drogas

    30 diasdo recebimento da denncia 90 diasdo recebimento da denncia

    - Esse prazo no considera se o acusado est preso ou solto, tanto faz.

    - Interrogatrio do acusado (primeiro ato!) oitiva das testemunhas debates orais (a

    sustentao oral ser de 20 minutos, para cada parte, prorrogveis, a critrio do juiz, por mais 10

    minutos).

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    MARTINA CORREIA

    QUE PRIVE A LIBERDADE DO ADOLESCENTE (INTERNAO OU SEMILIBERDADE) CASO ELE TENHAPRATICADO UM ATO INFRACIONAL ANLOGO AO DELITO DO ART. 28 DA LEI DE DROGAS. ISSO PORQUE OART. 28 DA LEI DE DROGAS NO PREV A POSSIBILIDADE DE PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE CASO UMADULTO COMETA ESSE CRIME.

    Info. 745 (2014): NO POSSVEL O DEFERIMENTO DE INDULTO A RU CONDENADO POR TRFICO DEDROGAS, AINDA QUE TENHA SIDO APLICADA A CAUSA DE DIMINUIO NO ART. 33, 4, DA LEI11.343/2006 PENA A ELE IMPOSTA, CIRCUNSTNCIA QUE NO ALTERA A TIPICIDADE DO CRIME. OSCONDENADOS POR CRIMES HEDIONDOS E EQUIPARADOS NO PODEM SER CONTEMPLADOS COM OINDULTO, MESMO O CHAMADO INDULTO HUMANITRIO. O FATO DE O CONDENADO ESTAR DOENTE OUSER ACOMETIDO DE DEFICINCIA NO CAUSA DE EXTINO DA PUNIBILIDADE NEM DE SUSPENSO DAEXECUO DA PENA.

    Info. 749 (2014): O ART. 40, III, DA LEI DE DROGAS PREV COMO CAUSA DE AUMENTO DE PENA O FATO DE AINFRAO SER COMETIDA EM TRANSPORTES PBLICOS. SE O AGENTE LEVA A DROGA EM TRANSPORTEPBLICO, MAS NO A COMERCIALIZA DENTRO DO MEIO DE TRANSPORTE, INCIDIR ESSA MAJORANTE?

    SIM (STJ) NO (STF)

    A simples utilizao de transporte pblico para acirculao da substncia entorpecente suficientepara a aplicao da causa de aumento. A aplicao

    da majorante prevista no art. 40, III, no est limitadaquelas hipteses em que o agente efetivamente

    venda, exponha venda ou oferea a droga. bastante, para tanto, a ocorrncia de quaisquer dosverbos contidos no tipo penal dentro de transporte

    coletivo.STJ. 5 Turma. AgRg no REsp 1392139/PR, Rel. Min.

    Moura Ribeiro, j. em 19/09/2013.STJ. 6 Turma. AgRg no REsp 1416431/PR, Min.

    Sebastio Reis Jnior, j. em 18/02/2014.

    A mera utilizao de transporte pblico para ocarregamento da droga no leva aplicao da causa

    de aumento. Com base em uma interpretaoteleolgica, o disposto no art. 40, III, somente podeser aplicado se houver a comercializao da droga

    em transporte pblico, no alcanando a situao deo agente ter sido surpreendido quando trazia consigo

    droga em nibus intermunicipal, sem que nele ativesse vendido.

    STF. 1 Turma. HC 119782, Rel. Min. Rosa Weber,julgado em 10/12/2013.

    STF. 2 Turma. HC 115815, Rel. Min. Ricardo

    Lewandowski, julgado em 13/08/2013.

    Info. 750 (2014): O RITO PREVISTO NO ART. 400 NO SE APLICA LEI DE DROGAS. ASSIM, OINTERROGATRIO DO RU CONTINUA SENDO O PRIMEIRO ATO DA AUDINCIA, EM MOMENTO ANTERIOR OITIVA DAS TESTEMUNHAS, DE ACORDO COM O ART. 57 DA LEI DE DROGAS (RITO PRPRIO, PRINCPIO DAESPECIALIDADE). NO ART. 400 DO CPP (RITO COMUM), O INTERROGATRIO REALIZADO AO FINAL DAAUDINCIA DE INSTRUO E JULGAMENTO.

    Info. 759 (2014): A NATUREZA E A QUANTIDADE DA DROGA NO PODEM SER UTILIZADAS PARA AUMENTARA PENA-BASE DO RU E TAMBM PARA AFASTAR O TRFICO PRIVILEGIADO (ART. 33, 4) OU PARA,RECONHECENDO-SE O DIREITO AO BENEFCIO, CONCEDER AO RU UMA MENOR REDUO DE PENA.HAVERIA, NESSE CASO, BIS IN IDEM.

    Exemplo 1 Exemplo 2 Exemplo 3Na 1 fase da dosimetria, o

    juiz assim argumentou:aumento a pena base para 6anos de recluso em virtude

    de ter sido encontrado com oru uma grande quantidade

    de droga (art. 42 da Lei11.343/2006).

    Na 3 fase da dosimetria, omagistrado afirmou: reputo

    que o condenado no tem

    direito ao benefcio previstono 4 do art. 33 da Lei

    Na 1 fase da dosimetria, o juizassim argumentou: aumento a

    pena base para 6 anos de reclusoem virtude de ter sido encontradocom o ru uma grande quantidade

    de droga (art. 42 da Lei11.343/2006).

    Na 3 fase da dosimetria, omagistrado afirmou: reputo que o

    condenado tem direito aobenefcio previsto no 4 do art.

    33 da Lei 11.343/2006,considerando que se trata de ru

    Na 1 fase da dosimetria, o juiz assimargumentou: aumento a pena base

    para 6 anos de recluso em virtude de adroga empregada no trfico ser a

    cocana, entorpecente conhecido porseu alto poder de gerar dependncia nos

    usurios (maior toxicidade secomparada com outras drogas),devendo essa circunstncia ser

    considerada desfavorvel, conformeautoriza o art. 42 da Lei 11.343/2006.

    Na 3 fase da dosimetria, o magistradoafirmou: reputo que o condenado tem

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    NA MESMA OCASIO, POR TRFICO (ART. 33) E PELA ASSOCIAO PARA O TRFICO (ART. 35). SE O RU FOICONDENADO POR ASSOCIAO PARA O TRFICO PORQUE FICOU RECONHECIDO QUE ELE SE ASSOCIOUCOM OUTRAS PESSOAS PARA PRATICAR CRIMES, TENDO, PORTANTO, SEU COMPORTAMENTO VOLTADO PRTICA DE ATIVIDADES CRIMINOSAS, O QUE IMPEDE A CONFIGURAO DO ART. 33, 4.

    Info. 527 (2013): NO POSSVEL QUE ALGUM SEJA CONDENADO PELO ART. 35 (ASSOCIAO PARA FINSDE TRFICO) E, AO MESMO TEMPO, PELO ART. 37 (INFORMANTE) DA LEI DE DROGAS EM CONCURSOMATERIAL, SOB O ARGUMENTO DE QUE ERA ASSOCIADO AO GRUPO CRIMINOSO E QUE, ALM DISSO,ATUAVA TAMBM COMO OLHEIRO. NESSE CASO, O RU RESPONDER APENAS PELO ART. 35(ASSOCIAO PARA FINS DE TRFICO). CONSIDERAR QUE O INFORMANTE POSSA SER PUNIDODUPLAMENTE (PELA ASSOCIAO E PELA COLABORAO COM A PRPRIA ASSOCIAO DA QUAL FAAPARTE), CONTRARIA O PRINCPIO DA SUBSIDIARIEDADE E REVELA INDEVIDO BIS IN IDEM, PUNINDO-SE, DEFORMA EXTREMAMENTE SEVERA, AQUELE QUE EXERCE FUNO QUE NO PODE SER ENTENDIDA COMO AMAIS RELEVANTE NA DIVISO DE TAREFAS DO MUNDO DO TRFICO.

    Info. 531 (2013): EM DOIS PRECEDENTES, O STJ DISCUTIU SE O ART. 34 DA LEI DE DROGAS ERA OU NOABSORVIDO PELO ART. 33. FORAM EXPOSTAS DUAS CONCLUSES:

    O TRFICO DE DROGAS (ART. 33) ABSORVE OTRFICO DE MAQUINRIO DE DROGA (ART. 34)

    TRFICO DE DROGAS (ART. 33) E TRFICO DEMAQUINRIO (ART. 34) EM CONCURSO

    O AGENTE PREPARA PARA VENDA CERTAQUANTIDADE DE DROGAS E MANTM, NO MESMOLOCAL, UMA BALANA DE PRECISO E UM ALICATE

    DE UNHA UTILIZADOS NA SUBSTNCIA.

    O AGENTE, ALM DE TER EM DEPSITO CERTAQUANTIDADE DE DROGAS ILCITAS EM SUA

    RESIDNCIA, POSSUI, NO MESMO LOCAL E EMGRANDE ESCALA, OBJETOS, MAQUINRIO E

    UTENSLIOS QUE CONSTITUAM LABORATRIOUTILIZADO PARA A PRODUO, PREPARO,

    FABRICAO E TRANSFORMAO DE DROGASILCITAS EM GRANDES QUANTIDADES.

    APLICA-SE O PRINCPIO DA CONSUNO.NO FICOU CARACTERIZADA A EXISTNCIA DE

    CONTEXTOS AUTNOMOS E COEXISTENTES APTOS AVULNERAR O BEM JURDICO TUTELADO DE FORMADISTINTA. NO H AUTONOMIA PARA EMBASAR A

    CONDENAO PELOS DOIS TIPOS PENAIS (BIS INIDEM).

    NO SE APLICA O PRINCPIO DA CONSUNO.EXISTE AUTONOMIA DE CONDUTAS E OS OBJETOS

    ENCONTRADOS NO SERIAM MEIOS NECESSRIOSNEM CONSTITUAM FASE NORMAL DE EXECUO

    DAQUELE DELITO DE TRFICO DE DROGAS,POSSUINDO LESIVIDADE AUTNOMA PARA VIOLAR

    O BEM JURDICO.

    Info. 534 (2014): DUAS CONCLUSES:

    O AGENTE FINANCIA OU CUSTEIA O TRFICO, MASNO PRATICA NENHUM VERBO DO ART. 33

    O AGENTE, ALM DE FINANCIAR OU CUSTEAR OTRFICO, TAMBM PRATICA ALGUM VERBO DO

    ART. 33

    RESPONDE PELO ART. 36. RESPONDE PELO ART. 33 C/C O ART. 40, VII(NO CONDENADO PELO ART. 36).

    Info. 536 (2014): NA LEI DE DROGAS, O INTERROGATRIO DO ACUSADO O PRIMEIRO ATO (RITO PRPRIOQUE AFASTA O RITO ORDINRIO DO CPPART. 400).

    Info. 536 (2014): O FATO DE O TRFICO DE DROGAS SER PRATICADO COM O INTUITO DE INTRODUZIRSUBSTNCIAS ILCITAS EM ESTABELECIMENTO PRISIONAL NO IMPEDE, POR SI S, A SUBSTITUIO DAPENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DE DIREITOS, DEVENDO ESSA CIRCUNSTNCIA SERPONDERADA COM OS REQUISITOS NECESSRIOS PARA A CONCESSO DO BENEFCIO.

    Info. 541 (2014): NO SE APLICA O PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA PARA O CRIME DE POSSE/PORTE DEDROGA PARA CONSUMO PESSOAL (ART. 28 DA LEI 11.343/2006). NO POSSVEL AFASTAR A TIPICIDADEMATERIAL DO PORTE DE SUBSTNCIA ENTORPECENTE PARA CONSUMO PRPRIO COM BASE NO PRINCPIO

    DA INSIGNIFICNCIA, AINDA QUE NFIMA A QUANTIDADE DE DROGA APREENDIDA.

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    Info. 543 (2014): O ART. 40, III, DA LEI DE DROGAS PREV COMO CAUSA DE AUMENTO DE PENA O FATO DE AINFRAO SER COMETIDA EM TRANSPORTES PBLICOS. SE O AGENTE LEVA A DROGA EM TRANSPORTEPBLICO, MAS NO A COMERCIALIZA DENTRO DO MEIO DE TRANSPORTE, NO INCIDIR ESSAMAJORANTE. A MAJORANTE DO ART. 40, II, DA LEI 11.343/2006 SOMENTE DEVE SER APLICADA NOS CASOSEM QUE FICAR DEMONSTRADA A COMERCIALIZAO EFETIVA DA DROGA EM SEU INTERIOR. A POSIO

    MAJORITRIA NO STF E STJ.

    Info. 549 (2014): A CONDENAO POR PORTE DE DROGAS PARA CONSUMO PRPRIO (ART. 28 DA LEI11.343/2006) TRANSITADA EM JULGADO GERA REINCIDNCIA. ISSO PORQUE A REFERIDA CONDUTA FOIAPENAS DESPENALIZADA PELA NOVA LEI DE DROGAS, MAS NO DESCRIMINALIZADA (ABOLITIO CRIMINIS).

    Info. 556 (2015): OS ARTS. 61 E 62 DA LEI 11.343/06 PERMITEM QUE, APS AUTORIZAO JUDICIAL,VECULOS, EMBARCAES, AERONAVES E QUAISQUER OUTROS MEIOS DE TRANSPORTE SEJAM UTILIZADOSPELA AUTORIDADE DE POLCIA JUDICIRIA, COMPROVADO O INTERESSE PBLICO. O JUIZ PODERAUTORIZAR QUE A AERONAVE SEJA UTILIZADA PELO RGO MESMO O RU NO ESTANDO RESPONDENDOPOR TRFICO DE DROGAS? SIM. POSSVEL A APLICAO ANALGICA DOS ARTS. 61 E 62 DA LEI11.343/2006 PARA ADMITIR A UTILIZAO PELOS RGOS PBLICOS DE AERONAVE APREENDIDA NO

    CURSO DA PERSECUO PENAL DE CRIME NO PREVISTO NA LEI DE DROGAS, SOBRETUDO SE PRESENTE OINTERESSE PBLICO DE EVITAR A DETERIORAO DO BEM. O ART. 3 DO CPP AFIRMA QUE A LEIPROCESSUAL PENAL ADMITIR INTERPRETAO EXTENSIVA E APLICAO ANALGICA, BEM COMO OSUPLEMENTO DOS PRINCPIOS GERAIS DE DIREITO. ASSIM, POSSVEL A APLICAO DA LEI DE DROGASPARA CRIMES REGIDOS PELO CPP COM BASE NO USO DA ANALOGIA.

    Info. 568 (2015): O ART. 83 DO CP PREV QUE O CONDENADO POR CRIME HEDIONDO OU EQUIPARADOQUE NO FOR REINCIDENTE ESPECFICO PODER OBTER LIVRAMENTO CONDICIONAL APS CUMPRIR 2/3DA PENA. OS CONDENADOS POR CRIMES NO HEDIONDOS OU EQUIPARADOS TERO DIREITO AOBENEFCIO SE CUMPRIREM MAIS DE 1/3 DA PENA (NO SENDO REINCIDENTES EM CRIMES DOLOSOS) OU SECUMPRIREM MAIS DE 1/2 DA PENA (SE FOREM REINCIDENTES EM CRIMES DOLOSOS). O CRIME DEASSOCIAO PARA O TRFICO DE DROGAS, PREVISTO NO ART. 35 DA LEI 11.343/2006, NO HEDIONDO

    NEM EQUIPARADO. NO ENTANTO, MESMO ASSIM, O PRAZO PARA SE OBTER O LIVRAMENTO CONDICIONAL DE 2/3 PORQUE ESTE REQUISITO EXIGIDO PELO PARGRAFO NICO DO ART. 44 DA LEI DE DROGAS.DESSA FORMA, APLICA-SE AO CRIME DO ART. 35 DA LD O REQUISITO OBJETIVO DE 2/3 NO POR FORA DOART. 83, V, DO CP, MAS SIM EM RAZO DO ART. 44, PARGRAFO NICO, DA LD. VALE RESSALTAR QUE, NOCASO DO CRIME DE ASSOCIAO PARA O TRFICO, O ART. 44, PARGRAFO NICO, DA LD PREVALECE EMDETRIMENTO DA REGRA DO ART. 83, V, DO CP EM VIRTUDE DE SER DISPOSITIVO ESPECFICO PARA OSCRIMES RELACIONADOS COM DROGAS (CRITRIO DA ESPECIALIDADE), ALM DE SER NORMA POSTERIOR(CRITRIO CRONOLGICO). UMA LTIMA OBSERVAO: SE O RU ESTIVER CUMPRINDO PENA PELAPRTICA DO CRIME DE ASSOCIAO PARA O TRFICO (ART. 35), O REQUISITO OBJETIVO PARA QUE ELEPOSSA OBTER PROGRESSO DE REGIME SER DE 1/6 DA PENA (QUANTIDADE DE TEMPO EXIGIDA PARA OS"CRIMES COMUNS"). OS CONDENADOS POR CRIMES HEDIONDOS OU EQUIPARADOS S TM DIREITO DEPROGREDIR DEPOIS DE CUMPRIDOS 2/5 (SE PRIMRIO) OU 3/5 (SE REINCIDENTE).

    Info. 569 (2015): A CONDUTA CONSISTENTE EM NEGOCIAR POR TELEFONE A AQUISIO DE DROGA ETAMBM DISPONIBILIZAR O VECULO QUE SERIA UTILIZADO PARA O TRANSPORTE DO ENTORPECENTECONFIGURA O CRIME DE TRFICO DE DROGAS EM SUA FORMA CONSUMADA (E NO TENTADA), AINDAQUE A POLCIA, COM BASE EM INDCIOS OBTIDOS POR INTERCEPTAES TELEFNICAS, TENHA EFETIVADOA APREENSO DO MATERIAL ENTORPECENTE ANTES QUE O INVESTIGADO EFETIVAMENTE O RECEBESSE.PARA QUE CONFIGURE A CONDUTA DE "ADQUIRIR", PREVISTA NO ART. 33 DA LEI N 11.343/2006, NO NECESSRIA A TRADIO DO ENTORPECENTE E O PAGAMENTO DO PREO, BASTANDO QUE TENHA HAVIDOO AJUSTE. ASSIM, NO INDISPENSVEL QUE A DROGA TENHA SIDO ENTREGUE AO COMPRADOR E ODINHEIRO PAGO AO VENDEDOR, BASTANDO QUE TENHA HAVIDO A COMBINAO DA VENDA.

    Info. 570 (2015): AO CONTROLADA UMA TCNICA ESPECIAL DE INVESTIGAO POR MEIO DA QUAL A

    AUTORIDADE POLICIAL OU ADMINISTRATIVA (EX: RECEITA FEDERAL, CORREGEDORIAS), MESMOPERCEBENDO QUE EXISTEM INDCIOS DA PRTICA DE UM ATO ILCITO EM CURSO, RETARDA (ATRASA, ADIA,

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