lei de drogas

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Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 1 LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL– EXERCÍCIOS – POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO AULA 01 – LEI Nº 11.343/2006 – PARTE 02 Futuros Policiais Federais, Hoje continuaremos nossa conversa sobre a Lei de Drogas, assunto este que certamente estará presente em sua PROVA. Vamos começar! Bons estudos! *******************************************************

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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL– EXERCÍCIOS – POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO

AULA 01 – LEI Nº 11.343/2006 – PARTE 02

Futuros Policiais Federais,

Hoje continuaremos nossa conversa sobre a Lei de Drogas, assunto este que

certamente estará presente em sua PROVA.

Vamos começar!

Bons estudos!

*******************************************************

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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL– EXERCÍCIOS – POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO

LEI Nº 11.343/2006 - LEI DE DROGAS

1. (CESPE / Inspetor - PC-CE / 2012) As penas cominadas ao delito

de tráfico de drogas serão aumentadas de um sexto a dois terços se

o agente tiver utilizado transporte público com grande aglomeração

de pessoas para passar despercebido, sendo irrelevante se ofereceu

ou tentou disponibilizar a substância entorpecente para os outros

passageiros.

Certa. Questão interessante, pois, apesar de ter sido considerada certa pela

banca, traz um tema divergente e que suscita inúmeras discussões.

Perceba, abaixo, que há divergência entre o atual entendimento do STJ e do

STF. Assim, caso esta questão apareça em sua PROVA, a banca terá que

definir a linha a ser seguida pelo candidato.

1 – Segundo o STJ:

Informativo 472 do STJ (maio de 2011): No delito de tráfico ilícito de drogas,

a causa de aumento de pena do art. 40, III, da Lei n. 11.343/2006 incide

pela simples utilização do transporte público na condução da substância

entorpecente, sendo irrelevante se o agente a ofereceu ou tentou distribuí-la

aos demais passageiros no local.

2 – Segundo o STF:

Em recente julgado, noticiado no informativo nº 666 do STF, entendeu-se

que a hipótese de aumento de pena para o crime de tráfico cometido “em

transporte público” somente tem aplicabilidade quando houver a

comercialização da droga dentro do meio de transporte.

Observe o que noticiou o informativo:

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Tráfico: causa de aumento e transporte público – 1

A 1ª Turma, por maioria, deferiu, em parte, habeas corpus para reduzir, da

pena imposta, a causa de aumento prevista no art. 40, III, da Lei

11.343/2006 (“As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são

aumentadas de um sexto a dois terços, se: a infração tiver sido cometida nas

dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou

hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas,

esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde

se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de

tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades

militares ou policiais ou em transportes públicos”). No caso, a paciente fora

presa em flagrante delito quando trazia consigo, dentro de ônibus coletivo

público intermunicipal, maconha proveniente do Paraguai, para ser entregue

na cidade de São Paulo. Diante deste fato, com aplicação das causas de

aumento de pena previstas no art. 40, I e III, da Lei de Drogas, fora

condenada a 6 anos e 8 meses de reclusão.

HC 109538/MS, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o acórdão Min. Rosa Weber,

15.5.2012. (HC-109538)

Tráfico: causa de aumento e transporte público – 2

Entendeu-se que, com base em interpretação teleológica, o disposto no art.

40, III, do mencionado diploma, referir-se-ia a comercialização em

transporte público, não alcançando a situação de o agente ter sido

surpreendido quando trazia consigo droga em ônibus intermunicipal, sem

que nele a tivesse vendido. Por fim, fixou-se em 5 anos e 10 meses a

reprimenda e indeferiu-se o pedido de substituição da pena privativa de

liberdade por restritivas de direito, em razão de a condenação superar 4

anos (CP, art. 44, I e II).

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Enquanto para o STF é fundamental a comercialização da droga

dentro do transporte, o STJ se contenta com a simples utilização

do mesmo para que incida a causa de aumento.

HC 109538/MS, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o acórdão Min. Rosa Weber,

15.5.2012. (HC-109538)

Do exposto, podemos resumir que:

2. (CESPE / Inspetor de Polícia - PC-CE / 2012) O usuário e o

dependente de drogas que, em razão da prática de infração penal,

estiverem submetidos a medida de segurança terão garantidos os

mesmos serviços de atenção à sua saúde que tinham antes do início

do cumprimento de pena privativa de liberdade, independentemente

da posição do respectivo sistema penitenciário.

Certa. Questão simples que tem sua resposta encontrada no artigo 26 da Lei

nº 11.343/06. Observe:

Art. 26. O usuário e o dependente de drogas que, em razão da

prática de infração penal, estiverem cumprindo pena privativa

de liberdade ou submetidos a medida de segurança, têm

garantidos os serviços de atenção à sua saúde, definidos pelo

respectivo sistema penitenciário.

3. (CESPE / Inspetor de Polícia - PC-CE / 2012) As atividades de

prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e

dependentes de drogas a serem desenvolvidas pelo SISNAD incluem

a adoção de estratégias preventivas diferenciadas e adequadas às

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especificidades socioculturais das diversas populações, como a

internação compulsória.

Errada. A questão está incorreta, pois o SISNAD não tem competência para

determinar a internação compulsória.

A fundamentação legal está nos artigos 4º a 14, da Lei nº 11.343/06 - Lei de

Drogas. Recomendo uma leitura atenta a tais dispositivos, pois, muitas

vezes, são deixados de lado pelos candidatos.

Após a leitura, ficará ainda mais simples constatar que a internação

compulsória não é atribuição do SISNAD.

4. (CESPE / Inspetor de Polícia - PC-CE / 2012) As plantações ilícitas

deverão ser imediatamente destruídas pelas autoridades de polícia

judiciária, que recolherão quantidade suficiente para exame pericial,

de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas,

com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para

a preservação da prova.

Certa. Questão simples, mas que trata de um assunto que gera confusão na

cabeça de muitos candidatos.

Uma situação é a destruição de plantações quanto tão logo descobertas

(imediatamente destruídas).

Diferentemente, quando apreendidas, essa destruição se dará por

incineração e no prazo máximo de 30 dias.

É comum em provas o CESPE trocar essa ordem para confundir os

candidatos.

Observe:

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Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelas

autoridades de polícia judiciária, que recolherão quantidade suficiente

para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições

encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas

necessárias para a preservação da prova.

§ 1o A destruição de drogas far-se-á por incineração, no prazo máximo

de 30 (trinta) dias, guardando-se as amostras necessárias à preservação

da prova.

§ 2o A incineração prevista no § 1o deste artigo será precedida de

autorização judicial, ouvido o Ministério Público, e executada pela

autoridade de polícia judiciária competente, na presença de

representante do Ministério Público e da autoridade sanitária

competente, mediante auto circunstanciado e após a perícia realizada no

local da incineração.

§ 3o Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a plantação,

observar-se-á, além das cautelas necessárias à proteção ao meio ambiente,

o disposto no Decreto no 2.661, de 8 de julho de 1998, no que couber,

dispensada a autorização prévia do órgão próprio do Sistema

Nacional do Meio Ambiente - Sisnama.

§ 4o As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas,

conforme o disposto no art. 243 da Constituição Federal, de acordo com a

legislação em vigor.

5. (CESPE / Inspetor de Polícia - PC-CE / 2012) O inquérito policial

instaurado para a apuração da prática de tráfico de drogas deverá

ser concluído no prazo de trinta dias, se o indiciado estiver preso, e

de noventa dias, quando solto, sendo certo que tais prazos poderão

ser duplicados pelo juiz, ouvido o MP, mediante pedido justificado da

autoridade de polícia judiciária.

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Certa. Vamos aproveitar esta questão e traçar um breve resumo sobre o

tema:

REGRA GERAL CPP

� 10 dias se o investigado estiver preso – inicia-se a contagem no dia em

que for executada a ordem de prisão. Este prazo é improrrogável, sob

pena de haver constrangimento ilegal e consequente relaxamento da

prisão;

� 30 dias se o investigado estiver solto- inicia-se a contagem a partir da

data da expedição da portaria, quando a instauração for de ofício. Caso

a instauração seja provocada por requisição, representação ou

requerimento, a partir da data em que forem recebidos os documentos

pelo Delegado.

PRAZO PARA A CONCLUSÃO DO INQUÉRITO NOS CRIMES FEDERAIS:

No caso dos crimes investigados pela Polícia Federal, os prazos são regidos

pela lei 5.010/66 (Artigo 66), assim, tem-se:

� 15 dias se o investigado estiver preso – tal prazo pode ser prorrogado

por igual período (15 dias), a pedido devidamente fundamentado pela

autoridade policial e deferido pelo Juiz competente.

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� 30 dias se o investigado estiver solto – note que não há previsão legal,

neste caso, quando o réu estiver solto. Assim, aplica-se por analogia o

prazo do Código de Processo Penal.

PRAZO PARA A CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL NA LEI DE

DROGAS (ART. 51, LEI 11.343/06):

� 30 dias se o investigado estiver preso;

� 90 dias se o investigado estiver solto.

Observação: os prazos trazidos pelo artigo 51 da “lei de drogas” podem ser

duplicados pelo Juiz competente, após ouvido o Ministério Público, mediante

pedido devidamente justificado da Autoridade Policial.

6. (CESPE / Inspetor de Polícia - PC-CE / 2012) No território

nacional, é expressamente proibido produzir, extrair, fabricar,

transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar,

exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender,

comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou

matéria-prima destinada à sua preparação, não havendo previsão de

licença pública para tal fim.

Errada. A Lei nº 11.343/06 prevê a possibilidade de concessão de licença

para produção de drogas ou matéria-prima de substância entorpecente. Tal

situação ocorre, por exemplo, no caso dos laboratórios farmacêuticos.

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Observe o dispositivo legal:

Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade

competente para produzir, extrair, fabricar, transformar,

preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar,

reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender,

comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas

ou matéria-prima destinada à sua preparação, observadas as

demais exigências legais.

7. (CESPE / POLÍCIA CIVIL-TO / 2008) Considere que determinado

cidadão guardasse, em sua residência, cerca de 21 kg de cocaína, em

depósito, para fins de mercancia e que, durante uma busca realizada

por ordem judicial em sua casa, a droga tenha sido encontrada e os

fatos tenham sido imediatamente apresentados à autoridade policial

competente. Nessa situação, esse cidadão não pode ser preso em

flagrante, pois, no momento da abordagem, ele não praticava

nenhum ato típico da traficância.

Errado. Segundo o art. 33 da lei nº 11.343/06, constitui uma conduta típica

de tráfico importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir,

vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer

consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer

drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com

determinação legal ou regulamentar.

O art. 33 é um dos mais exigidos em PROVA (junto com o art. 28). Vamos

relembrar alguns importantes pontos:

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De uma forma bem ampla, a lei nº 11.343/06 descreve dois grandes tipos

de crimes:

• O primeiro já foi visto e está tipificado no art. 28 referindo-se ao

consumo de drogas. Como já aprendemos, apesar de a ele não estar

cominada pena privativa de liberdade (detenção e reclusão), tal

conduta não deixou de ser crime.

• O outro grande tipo de crime está presente no art. 33, que trata do

tráfico ilícito de drogas. Para essas condutas estão previstas rígidas

penas privativas de liberdade e multa. Observe:

Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir,

fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em

depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,

ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que

gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com

determinação legal ou regulamentar:

Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento

de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.

O caput do art. 33 versa sobre o que podemos chamar de condutas

típicas de tráfico, que ao todo são dezoito. Cabe ressaltar que este

dispositivo é o TIPO FUNDAMENTAL DO TRÁFICO DE DROGAS. Os

outros delitos previstos na lei nº 11.343/06 são considerados

MODALIDADES de tráfico.

Vamos analisar a figura típica:

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1 – Objeto Jurídico ��� O delito atinge a saúde pública (objeto jurídico

principal) e a tranquilidade das pessoas (objeto jurídico secundário).

2 – Objeto Material ��� É a droga.

3 – Sujeito Ativo ��� Com exceção da conduta de prescrever, que é

crime próprio cometido por médico ou dentista, trata-se de crime

comum, podendo ser cometido por qualquer pessoa.

4 – Sujeito Passivo ��� Como já vimos, é a coletividade.

5 – Conduta Típica ��� Para a prova do CESPE, que adora apresentar

“histórias” para verificar o conhecimento do candidato, é imprescindível

que se conheça o real significado de cada conduta tipificada, e é isso

que você vai aprender agora. Vamos lá!!!

CONDUTAS TÍPICAS DE TRÁFICO ILÍCITO

DE DROGAS

DICIONÁRIO DO CONCURSEIRO

IMPORTAR

CONSISTE EM FAZER ENTRAR O TÓXICO NO PAÍS POR VIA AÉREA, MARÍTIMA OU POR TERRA. O DELITO SE CONSUMA NO MOMENTO EM QUE A SUBSTÂNCIA ILÍCITA ENTRA NO TERRITÓRIO NACIONAL. DE ACORDO COM O PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE (ART. 12 DO CP), O ART. 334 DO CP (CONTRABANDO E DESCAMINHO) NÃO É APLICÁVEL QUANDO SE IMPORTA UMA SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE, OU SEJA, É APLICÁVEL NA IMPORTAÇÃO DE OUTRAS SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS.

EXPORTAR CARACTERIZA O ENVIO DA DROGA PARA OUTRO PAÍS.

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REMETER

SIGNIFICA O TRANSPORTE DA DROGA SEM QUE ELA SAIA DO PAÍS. A FORMA MAIS COMUM É ATRAVÉS DOS CORREIOS.

PREPARAR

CONSISTE EM COMBINAR SUBSTÂNCIAS NÃO ENTORPECENTES FORMANDO UMA TÓXICA PRONTA PARA O USO.

PRODUZIR

PRESSUPÕE A IDÉIA DE CRIAÇÃO. DIFERE-SE DA PREPARAÇÃO, ONDE O AGENTE JÁ POSSUI AS SUBSTÂNCIAS QUE SERVEM COMO MATÉRIA-PRIMA, ENQUANTO QUE NA PRODUÇÃO O PRÓPRIO AGENTE CRIA A MATÉRIA PRIMA OU A EXTRAI DA NATUREZA.

FABRICAR

É A PRODUÇÃO ATRAVÉS DO MEIO INDUSTRIAL.

ADQUIRIR

SIGNIFICA COMPRAR, OBTER A PROPRIEDADE, A TÍTULO ONEROSO OU GRATUITO. ESTA CONDUTA SÓ PODE SER PUNIDA COM AS PENAS DO ART. 33 SE A PESSOA ADQUIRIR COM A INTENÇÃO DE ENTREGAR AO CONSUMO DE TERCEIRO. AQUELE QUE COMPRA A DROGA PARA O CONSUMO PRÓPRIO, INCIDE NAS PENAS DO ART. 28 (PORTE DE DROGA PARA CONSUMO PRÓPRIO).

VENDER

É ALIENAR MEDIANTE UMA CONTRAPRESTAÇÃO QUE NÃO PRECISA SER NECESSARIAMENTE EM MOEDA CORRENTE.

EXPOR A VENDA CONSISTE EM DISPONIBILIZAR A MERCADORIA AOS INTERESSADOS NA AQUISIÇÃO.

OFERECER

SIGNIFICA ABORDAR EVENTUAIS COMPRADORES E FAZÊ-LOS SABER QUE POSSUI A DROGA PARA VENDA.

TER EM DEPÓSITO DÁ A IDÉIA DE QUE O AGENTE É DEPOSITÁRIO DA DROGA PERTENCENTE A TERCEIRA PESSOA.

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TRANSPORTAR

SIGNIFICA CONDUZIR DE UM LOCAL PARA OUTRO COM O USO DE ALGUM MEIO DE LOCOMOÇÃO, TAL COMO CARRO, BICICLETA, AVIÃO, ETC.

TRAZER CONSIGO

É UTILIZADO NO SENTIDO DE CARREGAR JUNTO AO PRÓPRIO CORPO, SEJA NO SEU INTERIOR OU NAS ROUPAS QUE O COBREM.

GUARDAR

DIZ RESPEITO À PRESERVAÇÃO, MANUTENÇÃO OU CONSERVAÇÃO DA SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE.

PRESCREVER

É SINÔNIMO DE RECEITAR. POR ISSO, TEM UMA LIGAÇÃO DIRETA COM OS PROFISSIONAIS DA ÁREA MÉDICA E COM OS DENTISTAS. OU SEJA, TRATA-SE DE UM CRIME PRÓPRIO, POIS SÓ PODE SER COMETIDO POR DETERMINADAS CATEGORIAS DE PROFISSIONAIS.

MINISTRAR

SIGNIFICA INTRODUZIR OU INOCULAR NO ORGANISMO HUMANO. DESSA FORMA, COMETE CRIME O FARMACÊUTICO QUE INJETA DROGAS EM DETERMINADA PESSOA SEM EXISTIR PRESCRIÇÃO MÉDICA.

ENTREGAR A CONSUMO

ESTA TIPIFICAÇÃO PROCURA ABRANGER AS DIVERSAS FORMAS DE FAZER AS DROGAS CHEGAREM A TERCEIROS.

FORNECER

TEM O SIGNIFICADO DE ABASTECER OU PROVER O MERCADO CONSUMIDOR DE DROGAS, PODENDO SER INDIVIDUAL OU ATÉ MESMO GRATUITO.

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6 – Tipo misto alternativo ou de conteúdo variado ��� Assim, como

vimos anteriormente no crime do Art. 28, o crime tipificado no Art. 33 é

considerado um crime de ação múltipla, no qual a realização de mais

de uma conduta, desde que em relação à mesma droga, constitui crime

único.

Veja este exemplo: O agente que transporta e guarda a droga consigo,

apesar de cometer duas condutas, pratica apenas um crime. Porém, não

haverá delito único quando as condutas se referirem a cargas diversas

de entorpecentes sem qualquer ligação. Assim, se em uma semana a

pessoa compra um quilo de maconha e na outra semana importa meio

quilo de cocaína, terá praticado dois delitos na forma de concurso

material, pois as condutas referem-se a substâncias diferentes.

7 – Elemento Subjetivo ��� O crime é doloso, não se exigindo finalidade

especial.

8 – Qualificação Doutrinária ��� Trata-se de crime doloso, comum, de

mera conduta, de perigo abstrato e coletivo.

Vale lembrar que é imprescindível a apreensão da droga

para fazer incidir a tipificação do Art. 33.

Sempre que se tratar de crime envolvendo drogas é

necessário que a substância aprendida seja periciada e

confeccionado laudo de constatação preliminar para

lavratura do auto de prisão em flagrante.

Prisão por tráfico de drogas decorrente

apenas de prova testemunhal é ILEGAL!

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9 – Consumação e Tentativa ��� A consumação ocorre na prática de

qualquer das condutas alternativas do tipo penal. É cabível a tentativa,

mas, devido à diversidade de condutas, dificilmente ocorrerá.

10 – Crime equiparado a hediondo ��� O tráfico de drogas é

equiparado a hediondo.

11- Prova da traficância ��� Uma das grandes dificuldades enfrentadas

pelos operadores de direito é como provar que o indivíduo é um

traficante. Para solucionar este problema, a jurisprudência vem adotando

como referencial a quantidade, variedade, modo de acondicionamento e

outros indicativos da traficância.

Neste sentido já se pronunciou o TJ-SP decidindo que a variedade e

quantidade da droga apreendida e anterior denúncia sobre o tráfico no

local são elementos suficientes para levarem à conclusão acerca do

comércio ilícito (Apelação nº 990.09.297118-2 – DJ 23/03/2010)

Ainda, segundo o TJ-SP, acompanhando o entendimento majoritário, não

há necessidade de que o sujeito seja preso no momento exato em que

fornece materialmente a droga para terceiro. Para que seja caracterizado

o tráfico, bastam circunstâncias seguras de que o objeto era destinado ao

comércio ilegal (Apelação nº 990.08.073079-7, DJ 29/01/2009).

8. (CESPE / DELEGADO POLÍCIA CIVIL-PB / 2009) No caso de porte

de substância entorpecente para uso próprio, não se impõe prisão

em flagrante, devendo o autor de fato ser imediatamente

encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o

compromisso de a ele comparecer.

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Certo. Segundo o art. 48 da lei nº 11.343/06, é vedada a prisão em flagrante

de usuário de drogas. Assim, apreendido o agente e a droga, o condutor

deverá apresentá-lo imediatamente ao juízo competente, ou na falta deste, à

autoridade policial, no local em que se encontrar, e deverá lavrar termo

circunstanciado sobre o comparecimento ao juízo competente.

Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes

definidos neste Título rege-se pelo disposto neste Capítulo,

aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de

Processo Penal e da Lei de Execução Penal. [...]

§ 2o Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não

se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser

imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta

deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-

se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições

dos exames e perícias necessários.

9. (CESPE / POLÍCIA CIVIL-PB / 2009) No crime de tráfico de

drogas, para a lavratura do auto de prisão em flagrante, é suficiente

o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, o qual

será necessariamente firmado por perito oficial.

Errado. Segundo o art.50 §1o, da lei de Drogas, caso não haja no momento

da lavratura um especialista no assunto, o laudo poderá ser realizado por

“pessoa idônea”.

10. (CESPE / MPE-SE / 2010) A legislação em vigor admite a fixação

de regime inicial diverso do fechado aos condenados pela prática de

crime de tráfico de drogas, desde que as circunstâncias judiciais e o

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quantum da pena assim autorizem, conforme entendimento

consolidado no STJ.

Errado. Apesar de ser admitida a progressão do regime, prevalece o

entendimento do cumprimento inicial em regime fechado.

11. (CESPE / MPE-SE / 2010) Para o STJ, os preceitos legais em

vigor impedem a conversão da pena corporal em restritiva de direitos

no caso de condenado por tráfico ilícito de substância entorpecente.

Errado. Hodiernamente, o STJ tem se posicionado pelo cabimento da

substituição da pena corporal em restritiva de direitos no caso de condenado

por tráfico ilícito de substância entorpecente (HC 128.256-SP, DJe

26/10/2009 e HC 120.353-SP, DJe 9/2/2010).

12. (CESPE / DELEGADO POLÍCIA CIVIL-PB / 2009) O IP relativo a

indiciado preso por tráfico de drogas deve ser concluído no prazo de

30 dias, não havendo possibilidade de prorrogação do prazo. A

autoridade policial pode, todavia, realizar diligências

complementares e remetê-las posteriormente ao juízo competente.

Errado. O parágrafo único do art. 51 da lei nº 11.343/06 determina que os

prazos para entrega do IP podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério

Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.

Já quanto às diligências, o parágrafo único do art. 52 da lei nº 11.343/06

deixa claro que as diligências complementares não impedem a remessa dos

autos. Apresento abaixo o processo esquematizado:

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IINNQQUUÉÉRRIITTOO PPOOLLIICCIIAALL 3300 DDIIAASS ��� IINNVVEESSTTIIGGAADDOO PPRREESSOO

9900 DDIIAASS ��� IINNVVEESSTTIIGGAADDOO SSOOLLTTOO

PPOOSSSSIIBBIILLIIDDAADDEE DDEE PPRROORRRROOGGAAÇÇÃÃOO

AARRQQUUIIVVAAMMEENNTTOO

DDEEVVOOLLUUÇÇÃÃOO PPAARRAA DDIILLIIGGÊÊNNCCIIAASS

DDEENNÚÚNNCCIIAA

DDIILLIIGGÊÊNNCCIIAASS SSUUPPLLEEMMEENNTTAARREESS

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11--AAPPRREESSEENNTTAADDOO OO PPRREESSOO

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AAFFAASSTTAAMMEENNTTOO CCAAUUTTEELLAARR SSEE FFUUNNCCIIOONNÁÁRRIIOO PPÚÚBBLLIICCOO

RREEQQUUIISSIIÇÇÃÃOO DDEE LLAAUUDDOOSS PPEERRIICCIIAAIISS

DDEESSIIGGNNAAÇÇÃÃOO DDEE AAUUDDIIÊÊNNCCIIAA((AAIIJJ)) EE CCIITTAAÇÇÃÃOO

RREEAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDAA AAIIJJ

AAIIJJ ��� 3300 DDIIAASS ��� RREEGGRRAA

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22 -- IINNQQUUIIRRIIÇÇÃÃOO DDAASS TTEESSTTEEMMUUNNHHAASS DDEE

AACCUUSSAAÇÇÃÃOO EE DDEEFFEESSAA

33 -- DDEEBBAATTEESS OORRAAIISS

44 –– SSEENNTTEENNÇÇAA

((IIMMEEDDIIAATTAA OOUU EEMM 1100 DDIIAASS))

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13. (CESPE / POLÍCIA CIVIL-PB / 2009) Findo o prazo para

conclusão do inquérito na apuração de crime de tráfico ilícito, a

autoridade policial remete os autos ao juízo competente, relatando

sumariamente as circunstâncias do fato, sendo-lhe vedado justificar

as razões que a levaram à classificação do delito.

Errado. Nos termos do art. 52 da lei nº 11.343/06, um dos itens que

precisam constar nos autos do inquérito é exatamente a justificativa das

razões que levaram a autoridade policial a classificar o delito no tipo

apontado.

Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a

autoridade de polícia judiciária, remetendo os autos do

inquérito ao juízo:

I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato,

justificando as razões que a levaram à classificação do delito,

indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto

apreendido, o local e as condições em que se desenvolveu a

ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a

qualificação e os antecedentes do agente; ou

II - requererá sua devolução para a realização de diligências

necessárias.

14. (CESPE / POLÍCIA CIVIL-PB / 2009) É legalmente vedada a não-

atuação policial aos portadores de drogas, a seus precursores

químicos ou a outros produtos utilizados em sua produção, que se

encontrem no território brasileiro.

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Errado. Retira-se do art.53, II, da lei nº 11.343/06 que é permitido,

mediante autorização judicial e ouvido o MP, a não-atuação policial sobre os

portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos

utilizados em sua produção que se encontrem no território brasileiro.

15. (CESPE / Promotor – MPE-RR / 2010) Segundo a Lei Antidrogas,

para determinar se a droga apreendida sob a posse de um indivíduo

destina-se a consumo pessoal, o juiz deve-se ater à natureza e à

quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que

se desenvolveu a ação, desconsiderando as circunstâncias sociais e

pessoais e também a conduta e os antecedentes do agente, sob pena

de violação do princípio da presunção de inocência.

Errado. Conforme o parágrafo 2º do art. 28 da lei nº 11.343/06, para

determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à

natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições

em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem

como à conduta e aos antecedentes do agente.

16. (CESPE / Promotor – MPE-RR / 2010) Como a Lei Antidrogas não

prevê a aplicação de medida educativa o agente apenado por portar

drogas para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em

desacordo com determinação legal ou regulamentar, devem ser

aplicadas as regras pertinentes do CP.

Errado. A questão está incorreta, pois a lei nº 11.343/06 prevê nos incisos

do art. 28 as penalidades a serem aplicadas. São elas advertência sobre os

efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade e medida educativa

de comparecimento a programa ou curso educativo.

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17. (CESPE / JUIZ DE DIREITO-AC / 2007) A nova Lei de Drogas (Lei

n.º 11.343/2006) estabelece um rol de penas possíveis para a

pessoa que adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou

trouxer consigo, para uso pessoal, drogas ilícitas. Para determinar se

a droga se destinava ao consumo pessoal, o juiz observará apenas a

natureza e a quantidade da droga.

Errado. Nos termos do parágrafo 2º do art. 28 da lei nº 11.343/06, para

determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à

natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições

em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem

como à conduta e aos antecedentes do agente.

18. (CESPE / JUIZ DE DIREITO-TO / 2007) A respeito do crime de

tráfico ilícito de entorpecentes, o inquérito policial deve ser concluído

no prazo de 30 dias, caso o indiciado esteja preso, e no de 60 dias,

caso este esteja solto.

Errado. Nos termos do art. 51 da lei nº 11.343/06 o inquérito policial será

concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90

(noventa) dias, quando solto. Os prazos podem ser duplicados pelo juiz,

ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de

polícia judiciária.

19. (CESPE / JUIZ DE DIREITO-TO / 2007) A Lei n.º 11.343/2006

possibilita o livramento condicional ao condenado por tráfico ilícito

de entorpecente após o cumprimento de três quintos da pena de

condenação, em caso de réu primário, e dois terços, em caso de réu

reincidente, ainda que específico.

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Errado. Conforme o parágrafo único do art. 44, o livramento condicional

pode ser concedido após o cumprimento de dois terços da pena, vedada a

sua concessão ao reincidente específico.

20. (CESPE / OAB-CE / 2007) A conduta daquele que, para consumo

pessoal, cultiva plantas destinadas à preparação de substância capaz

de causar dependência física ou psíquica permanece sem tipificação.

Errado. O parágrafo 1º, do art. 28, da Lei de Drogas, estabelece a

responsabilidade penal do agente que, para seu consumo pessoal, semeia,

cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de

substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.

21. (CESPE / OAB-CE / 2007) É possível, além das penas de

advertência, prestação de serviços à comunidade ou medida

educativa, a imposição de pena privativa de liberdade ao usuário de

drogas.

Errado. Conforme a nova disposição do art. 28 da Lei de Drogas, não há

pena privativa de liberdade para o crime de posse de drogas para consumo

pessoal.

22. (CESPE / OAB-CE / 2007) O porte de drogas tornou-se infração

de menor potencial ofensivo, estando sujeito ao procedimento da Lei

n.º 9.099/1995, que dispõe sobre os juizados especiais criminais.

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Certo. No que tange ao delito de porte de drogas, previsto no art. 28 da lei

nº 11.343/06, o legislador excluiu do preceito secundário da norma as penas

privativas de liberdade, estabelecendo penas educativas e restritivas de

direitos. Trata-se de crime de menor potencial ofensivo.

23. (CESPE / OAB-CE / 2007) Poderá ser imposta ao usuário de

drogas prisão em flagrante, devendo o autuado ser encaminhado ao

juízo competente para que este se manifeste sobre a manutenção da

prisão, após a lavratura do termo circunstanciado.

Errado. Não existe possibilidade de prisão em flagrante. O Art. 28 da lei de

drogas é de suma importância, pois prevê um novo tratamento à conduta de

porte de drogas para consumo pessoal. O intuito da Lei foi o de evitar, a

qualquer custo, a aplicação de pena privativa de liberdade ao usuário de

drogas.

24. (CESPE / PERITO MÉDICO LEGISTA – POLÍCIA CIVIL-AC / 2006)

A lei repressiva pune o consumo de substância entorpecente ou que

determine dependência física ou psíquica.

Errado. O art. 28 da lei nº 11.343/06 define que quem adquirir, guardar,

tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal,

drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou

regulamentar será submetido às seguintes penas: Advertência sobre os

efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade e medida educativa

de comparecimento a programa ou curso educativo.

As condutas “usar” ou “consumir” constituem fato atípico. Existe atipicidade,

porque o crime não é “usar” ou “consumir” a droga, mas sim adquiri-la,

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guardá-la, mantê-la em depósito, transportá-la ou trazê-la consigo para

consumo pessoal. Assim, podemos afirmar que não se pune o consumo em

si da droga.

25. (CESPE / PERITO MÉDICO LEGISTA – POLÍCIA CIVIL-AC / 2006)

A lei prevê a modalidade de crime culposo para os profissionais que

prescrevem ou ministram, aleatória e (ou) indevidamente, as

referidas substâncias a pacientes.

Certo. A questão refere-se ao delito do art. 38, da nova lei de drogas (lei n.º

11.343/2006), consistente na conduta de prescrever ou ministrar,

culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em

doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

Vamos conversar um pouco sobre este delito:

Para o correto entendimento deste crime, precisamos recorrer à redação

anterior, prevista na antiga Lei de Drogas, a fim de compreendermos a

correta extensão da nova norma. Observe o antigo texto legal:

Art. 15. Prescrever ou ministrar culposamente, o médico,

dentista, farmacêutico ou profissional de enfermagem

substância entorpecente ou que determine dependência física

ou psíquica, em de dose evidentemente maior que a necessária

ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Agora compare com a nova redação:

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Art.38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem

que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas

ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e

pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-multa

Perceba que o art. 38, diferentemente da redação anterior, não especifica

exatamente quem pode cometer o crime, ou seja, não trata

especificamente do “médico, dentista, farmacêutico ou profissional

de enfermagem”.

Assim, logo quando surgiu a lei nº 11.343/06, o comentário de muitos foi:

“Legal, agora o crime de prescrição ou ministração culposa não é mais um

crime próprio!!!”.

Ocorre, entretanto, que o parágrafo único do art. 38 dispõe:

Art. 38. [...]

Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao Conselho

Federal da categoria profissional a que pertença o agente.

Ora, se a lei prevê que o Juiz deverá comunicar a condenação ao Conselho

Federal da categoria profissional, é claro que o legislador não retirou a

obrigatoriedade de que o agente do delito seja da área biomédica, mas

apenas não especificou quais seriam estes profissionais.

Desta forma, podemos afirmar que o crime de prescrição ou ministração

culposa trata-se de um crime próprio dos profissionais da área

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biomédica e que só pode ser praticado na modalidade culposa por quem

prescreva ou ministre substância entorpecente ou que determine

dependência física ou psíquica, sem que delas necessite o paciente.

Também incide neste tipo penal os profissionais acima citados quando

prescrevem doses excessivas em desacordo com determinação legal ou

regulamentar.

Podemos resumir o delito da seguinte forma:

CONDUTAS QUE CARACTERIZAM O CRIME DE PRESCRIÇÃO OU MINISTRAÇÃO CULPOSA DE DROGAS (CRIME PRÓPRIO)

• PRESCREVER OU MINISTRAR DROGAS SEM QUE DELAS NECESSITE O PACIENTE;

• PRESCREVER OU MINISTRAR EM DOSES EXCESSIVAS;

• PRESCREVER OU MINISTRAR EM DESACORDO COM DETERMINAÇÃO LEGAL OU REGULAMENTAR.

Obs.: O crime se consuma com a entrega do receituário (prescrever) ou com a introdução no organismo da droga (ministrar). Como é um crime culposo, não admite tentativa.

26. (CESPE / Defensor Público - DPE-AL / 2009) As medidas

alternativas impostas em razão de uma transação penal e aquelas

previstas no art. 28 da Lei n.º 11.343/2006 (usuário de droga) não

geram os efeitos penais gerais próprios de uma sanção penal.

Certo. As medidas alternativas do art. 28 da lei 11.343/2006 (usuário de

droga) quando impostas por sentença penal geram reincidência.

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27. (CESPE / Defensor Público - DPE-ES / 2009) Na hipótese de

posse de drogas para consumo pessoal, não se impõe prisão em

flagrante. Nessa situação, o autor do fato deve ser imediatamente

encaminhado ao juízo competente ou, na falta desse, assumir o

compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo

circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e das

perícias necessários.

Certo. Tratando-se da conduta prevista no art. 28 da lei nº 11.343/06, não

se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente

encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso

de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se

as requisições dos exames e perícias necessários.

28. (CESPE / Policial Rodoviário Federal - PRF - Curso de formação /

2008) Considere que Joaquim, penalmente imputável, foi abordado

em uma barreira policial e, após vistoria em seu veículo, foi

encontrada pequena quantidade de maconha. Indagado a respeito,

Joaquim alegou que a droga se destinava a consumo pessoal. Nessa

situação, uma vez demonstrada a alegação de Joaquim, o policial

responsável pela diligência deverá apreender a substância e liberar o

usuário mediante admoestação verbal.

Errado. Segundo o § 2o do art. 28 da lei nº 11.343/06, tratando-se de porte

de drogas para consumo pessoal, não se imporá prisão em flagrante,

devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo

competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer,

lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos

exames e perícias necessários.

Page 28: Lei de Drogas

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29. (CESPE / Policial Rodoviário Federal - PRF - Curso de formação /

2008) A legislação em vigor acerca do tráfico ilícito de entorpecente

possibilita ao condenado por tráfico ilícito de entorpecente, desde

que seja réu primário, com bons antecedentes e que não se dedique

às atividades criminosas nem integre organização criminosa, a

redução de um sexto a dois terços de sua pena, bem como a

conversão desta em penas restritivas de direitos, desde que

cumpridos os mesmos requisitos exigidos para a redução da pena.

Certo. Segundo o art. 33, § 4o da lei nº 11.343/06, no delito de tráfico ilícito

de entorpecente, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços

desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às

atividades criminosas nem integre organização criminosa.

No que diz respeito a conversão de pena privativa de liberdade em restritiva

de direitos, o STF, no HC 97.256/RS, posicionou-se no sentido de conceder

parcialmente a ordem e declarar incidentalmente a inconstitucionalidade da

expressão “vedada a conversão em penas restritivas de direitos”, constante

do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006, e da expressão “vedada a conversão

de suas penas em restritivas de direitos”, contida no também aludido art. 44

do mesmo diploma legal. (Informativo nº 597 do STF).

30. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2008) Ainda que o fato tenha sido

cometido antes da vigência da Lei n.º 11.343/2006 e que o

condenado preencha os requisitos dispostos no art. 44 do CP, não é

possível a substituição da pena privativa de liberdade por penas

restritivas de direito em crime de tráfico de entorpecentes, já que o

STF, ao julgar inconstitucional o art. 2.º, § 1.º, da Lei n.º 8.072/1990

- Lei dos Crimes Hediondos -, passou a admitir somente a progressão

de regimes aos condenados por crimes hediondos, mas não a

conversão em pena restritiva de direito.

Page 29: Lei de Drogas

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Errado. No que diz respeito a conversão de pena privativa de liberdade em

restritiva de direitos, o STF, no HC 97.256/RS, posicionou-se no sentido de

conceder parcialmente a ordem e declarar incidentalmente a

inconstitucionalidade da expressão “vedada a conversão em penas restritivas

de direitos”, constante do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006, e da

expressão “vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos”,

contida no também aludido art. 44 do mesmo diploma legal. (Informativo nº

597 do STF).

31. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2008) Dispõe a Lei n.º

11.343/2006, quanto ao crime de tráfico ilícito de entorpecente, que

"as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a

conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja

primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades

criminosas nem integre organização criminosa.". Considerando que a

lei anterior não possuía redação similar, o Juízo das Execuções

Criminais poderá facultar ao condenado por crime de tráfico de

entorpecentes, sob a égide da Lei n.º 6.368/1976, que preencha tais

condições, a opção entre o regramento antigo e o atual, tendo em

vista que a pena de multa sofreu significativo aumento, não havendo

como afirmar, nesse aspecto, qual das leis é mais severa.

Certo. A norma insculpida no art. 33, § 4º da Lei n.º 11.343/06 inovou no

ordenamento jurídico pátrio ao prever uma causa de diminuição de pena

explicitamente vinculada ao novo apenamento previsto no caput do art. 33.

Não há que se admitir sua aplicação em combinação ao conteúdo do preceito

secundário do tipo referente ao tráfico na antiga lei (Art. 12 da Lei n.º

6.368/76) gerando daí uma terceira norma não elaborada e jamais prevista

pelo legislador.

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Em homenagem ao princípio da extra-atividade (retroatividade ou ultra-

atividade) da lei penal mais benéfica deve-se, caso a caso , verificar qual a

situação mais vantajosa ao condenado: se a aplicação das penas insertas na

antiga lei - em que a pena mínima é mais baixa - ou a aplicação da nova lei

na qual há a possibilidade de incidência da causa de diminuição, recaindo

sobre quantum mais elevado. Contudo, jamais a combinação dos textos que

levaria a uma regra inédita.

32. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2008) A competência para

processar e julgar crimes de tráfico ilícito de entorpecentes é, em

regra, da justiça estadual, exceto se caracterizado ilícito

transnacional, quando a competência será da justiça federal. Nesse

contexto, a probabilidade de a droga ser de origem estrangeira é

suficiente para deslocar a competência da justiça estadual para a

justiça federal.

Errado. Segundo pacífica jurisprudência, a competência para processar e

julgar crimes de tráfico ilícito de entorpecentes é, em regra, da Justiça

Estadual. Tratando-se, no entanto, de crime internacional, isto é, à distância,

que possui base em mais de um país, passa a ser da competência da Justiça

Federal.

Sendo apenas a provável origem estrangeira da droga, não se tem o crime

necessariamente como transnacional, reclamando, para tanto, prova

contundente da internacionalidade da conduta, de sorte a atrair a

competência da Justiça Federal.

33. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2008) É nula a sentença penal

condenatória por crime de tráfico ilícito de entorpecentes cuja pena-

base tenha sido exacerbada com base na quantidade da droga

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apreendida, entendendo-se, assim, haver maior censurabilidade da

conduta (culpabilidade), tendo em vista que tal critério é

expressamente previsto na legislação respectiva como definidor na

conduta do agente, isto é, se uso ou tráfico.

Errado. Segundo pacífico entendimento jurisprudencial, a quantidade de

drogas justifica a fixação da pena acima do mínimo legal (STJ, HC 140.221-

MS, DJ 22/9/2009).

34. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2008) A inobservância do rito

procedimental estabelecido pela Lei n.º 11.343/2006 quanto à

intimação e conseqüente apresentação de defesa preliminar constitui

causa de nulidade relativa, sendo, pois, necessário que se comprove

o prejuízo, restando preclusa a alegação, se não for feita no

momento oportuno.

Errado. Segundo o entendimento jurisprudencial, a ausência de defesa

preliminar no procedimento estabelecido na lei 11343/06 gera nulidade

absoluta e não relativa.

35. (CESPE / Promotor - MPE-ES / 2010) Segundo a Lei Antidrogas,

para determinar se a droga apreendida sob a posse de um indivíduo

destina-se a consumo pessoal, o juiz deve-se ater à natureza e à

quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que

se desenvolveu a ação, desconsiderando as circunstâncias sociais e

pessoais e também a conduta e os antecedentes do agente, sob pena

de violação do princípio da presunção de inocência.

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Errado. O § 2o do art. 28 da lei nº 11.343/06 define que para determinar se

a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à

quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se

desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à

conduta e aos antecedentes do agente.

36. (CESPE / Agente de Investigação - PC-PB / 2009) Considerando

que uma pessoa tenha sido presa em flagrante pelo crime de tráfico

de drogas, a autoridade de polícia judiciária deve fazer,

imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe

cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do MP, em 24

horas.

Certo. Conforme o art. 50 da lei nº 11.343/06, ocorrendo prisão em

flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente,

comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do

qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro)

horas.

37. (CESPE / Agente de Investigação - PC-PB / 2009) Considerando

que uma pessoa tenha sido presa em flagrante pelo crime de tráfico

de drogas, para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e

estabelecimento da materialidade do delito, é prescindível o laudo de

constatação da natureza e quantidade da droga.

Errado. Nos termos do § 1º do art. 50 da lei nº 11.343/06, para efeito da

lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade

do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e

Page 33: Lei de Drogas

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quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por

pessoa idônea.

38. (CESPE / Agente de Investigação - PC-PB / 2009) Considerando

que uma pessoa tenha sido presa em flagrante pelo crime de tráfico

de drogas, o inquérito policial será concluído no prazo de 30 dias, se

o indiciado estiver preso, e de 45 dias, se estiver solto.

Errado. Retira-se do art. 51 da lei nº 11.343/06 que o inquérito policial será

concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90

(noventa) dias, quando solto.

39. (CESPE / Agente de Investigação - PC-PB / 2009) Considerando

que uma pessoa tenha sido presa em flagrante pelo crime de tráfico

de drogas, a ausência do relatório circunstanciado torna nulo o

inquérito policial.

Errado. O art. 52 da lei nº 11.343/06 define que, findos os prazos do

inquérito, a autoridade de polícia judiciária, remetendo os autos do inquérito

ao juízo, relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as

razões que a levaram à classificação do delito, indicando a quantidade e

natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condições em

que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta,

a qualificação e os antecedentes do agente. Tal relatório não precisa ser

circunstanciado, ou seja, detalhado. Já decidiu o STJ que a ausência de

relatório configura mera irregularidade, pois se trata de procedimento de

caráter informativo, sem contraditório e ampla defesa.

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40. (CESPE / Agente de Investigação - PC-PB / 2009) Considerando

que uma pessoa tenha sido presa em flagrante pelo crime de tráfico

de drogas, a autoridade policial, após relatar o inquérito, deverá

remeter os autos à justiça, que os encaminhará ao MP. Depois disso,

a autoridade policial não poderá, de ofício, continuar a investigação,

colhendo outras provas.

Errado. Retira-se do art. 52, parágrafo único da lei nº 11.343/06 que a

remessa dos autos far-se-á sem prejuízo de diligências complementares.

41. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2010) O atual procedimento

adotado nos crimes de tráfico de drogas estabelece a necessidade de

notificação do acusado, antes do recebimento da denúncia, para que

o mesmo apresente indispensável defesa prévia, bem como

estabelece a realização do interrogatório ao final da instrução e

veda, de forma expressa, a absolvição sumária.

Errado. Muito embora a Lei 11.343/06 não faça previsão expressa sobre a

rejeição da denúncia após a resposta escrita, permite e aplicação subsidiária

do Código de Processo Penal e da Lei de Execução Penal (artigo 48, caput), o

que determina a aplicação da absolvição sumária prevista no artigo 397 do

Código de Processo Penal, no qual constam a existência manifesta de causa

excludente da ilicitude do fato (inciso I); a existência manifesta de causa

excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade (inciso II); que

o fato narrado evidentemente não constitui crime (inciso III); ou extinta a

punibilidade do agente (inciso IV).

42. (CESPE / Defensor Público - DPU / 2010) No que concerne ao

processo e ao procedimento dos crimes de tráfico de entorpecentes,

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é correto afirmar que circunstâncias inerentes à conduta criminosa

não podem, sob pena de bis in idem, justificar o aumento da

reprimenda.

Certo. Circunstâncias inerentes à conduta criminosa, como, por exemplo, a

propagação do mal e busca de lucro fácil, são próprias da conduta delituosa,

não podendo, sob pena de bis in idem, atuar para justificar aumento da

reprimenda. (STF, HC 85.507/PE, DJ 24.02.2006).

43. (CESPE / POLÍCIA FEDERAL / 2009) Nos crimes de tráfico de

substâncias entorpecentes, é isento de pena o agente que, em razão

da dependência ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força

maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que

tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de

entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com

esse entendimento.

Certo. Trata-se de disposição expressa do art. 45, da lei n.º 11.343/2006

(nova lei de drogas). Segundo o citado dispositivo, é isento de pena o agente

que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito

ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer

que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender

o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse

entendimento.

44. (CESPE / POLÍCIA FEDERAL / 2009) É atípica, por falta de

previsão na legislação pertinente ao assunto, a conduta do agente

que simplesmente colabora, como informante, com grupo ou

associação destinada ao tráfico ilícito de entorpecentes.

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Errado. A questão está errada, pois a atuação do informante encontra-se

prevista como conduta típica no art. 37 da lei nº 11.343/06.

Cabe ressaltar que no crime de colaboração com o tráfico, previsto no art. 37

da lei nº 11.343/06, o agente deve colaborar exclusivamente com

informações. Se, por exemplo, colaborar transportando a droga, responderá

por crime de tráfico, previsto no “caput” do art. 33 da referida lei.

45. (CESPE / Inspetor - PC-CE / 2012) As instituições que atuam nas

áreas de atenção à saúde e assistência social e que atendam

usuários ou dependentes de drogas devem comunicar ao órgão

competente do respectivo sistema municipal de saúde os casos

atendidos e os óbitos ocorridos, preservando a identidade das

pessoas.

Certa. Conforme leciona o art. 16, as instituições com atuação nas áreas da

atenção à saúde e da assistência social que atendam usuários ou

dependentes de drogas devem comunicar ao órgão competente do respectivo

sistema municipal de saúde os casos atendidos e os óbitos ocorridos,

preservando a identidade das pessoas, conforme orientações emanadas da

União.

46. (CESPE / Inspetor - PC-CE / 2012) As ações do SISNAD limitam-

se ao plano interno, ou seja, aos limites do território nacional, razão

pela qual esse sistema não comporta a integração de estratégias

internacionais de prevenção do uso indevido de drogas.

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Errada. A Lei de Drogas prevê que o SISNAD se valerá de atividades com a

finalidade de promover a integração de estratégias nacionais e internacionais

para a prevenção do uso indevido de drogas.

Art. 4o São princípios do Sisnad:

[...]

VII - a integração das estratégias nacionais e internacionais de

prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de

usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua

produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito;

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LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS

1. (CESPE / Inspetor - PC-CE / 2012) As penas cominadas ao delito

de tráfico de drogas serão aumentadas de um sexto a dois terços se

o agente tiver utilizado transporte público com grande aglomeração

de pessoas para passar despercebido, sendo irrelevante se ofereceu

ou tentou disponibilizar a substância entorpecente para os outros

passageiros.

2. (CESPE / Inspetor de Polícia - PC-CE / 2012) O usuário e o

dependente de drogas que, em razão da prática de infração penal,

estiverem submetidos a medida de segurança terão garantidos os

mesmos serviços de atenção à sua saúde que tinham antes do início

do cumprimento de pena privativa de liberdade, independentemente

da posição do respectivo sistema penitenciário.

3. (CESPE / Inspetor de Polícia - PC-CE / 2012) As atividades de

prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e

dependentes de drogas a serem desenvolvidas pelo SISNAD incluem

a adoção de estratégias preventivas diferenciadas e adequadas às

especificidades socioculturais das diversas populações, como a

internação compulsória.

4. (CESPE / Inspetor de Polícia - PC-CE / 2012) As plantações ilícitas

deverão ser imediatamente destruídas pelas autoridades de polícia

judiciária, que recolherão quantidade suficiente para exame pericial,

de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas,

com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para

a preservação da prova.

Page 39: Lei de Drogas

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5. (CESPE / Inspetor de Polícia - PC-CE / 2012) O inquérito policial

instaurado para a apuração da prática de tráfico de drogas deverá

ser concluído no prazo de trinta dias, se o indiciado estiver preso, e

de noventa dias, quando solto, sendo certo que tais prazos poderão

ser duplicados pelo juiz, ouvido o MP, mediante pedido justificado da

autoridade de polícia judiciária.

6. (CESPE / Inspetor de Polícia - PC-CE / 2012) No território

nacional, é expressamente proibido produzir, extrair, fabricar,

transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar,

exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender,

comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou

matéria-prima destinada à sua preparação, não havendo previsão de

licença pública para tal fim.

7. (CESPE / POLÍCIA CIVIL-TO / 2008) Considere que determinado

cidadão guardasse, em sua residência, cerca de 21 kg de cocaína, em

depósito, para fins de mercancia e que, durante uma busca realizada

por ordem judicial em sua casa, a droga tenha sido encontrada e os

fatos tenham sido imediatamente apresentados à autoridade policial

competente. Nessa situação, esse cidadão não pode ser preso em

flagrante, pois, no momento da abordagem, ele não praticava

nenhum ato típico da traficância.

8. (CESPE / DELEGADO POLÍCIA CIVIL-PB / 2009) No caso de porte

de substância entorpecente para uso próprio, não se impõe prisão

em flagrante, devendo o autor de fato ser imediatamente

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encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o

compromisso de a ele comparecer.

9. (CESPE / POLÍCIA CIVIL-PB / 2009) No crime de tráfico de

drogas, para a lavratura do auto de prisão em flagrante, é suficiente

o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, o qual

será necessariamente firmado por perito oficial.

10. (CESPE / MPE-SE / 2010) A legislação em vigor admite a fixação

de regime inicial diverso do fechado aos condenados pela prática de

crime de tráfico de drogas, desde que as circunstâncias judiciais e o

quantum da pena assim autorizem, conforme entendimento

consolidado no STJ.

11. (CESPE / MPE-SE / 2010) Para o STJ, os preceitos legais em

vigor impedem a conversão da pena corporal em restritiva de direitos

no caso de condenado por tráfico ilícito de substância entorpecente.

12. (CESPE / DELEGADO POLÍCIA CIVIL-PB / 2009) O IP relativo a

indiciado preso por tráfico de drogas deve ser concluído no prazo de

30 dias, não havendo possibilidade de prorrogação do prazo. A

autoridade policial pode, todavia, realizar diligências

complementares e remetê-las posteriormente ao juízo competente.

13. (CESPE / POLÍCIA CIVIL-PB / 2009) Findo o prazo para

conclusão do inquérito na apuração de crime de tráfico ilícito, a

autoridade policial remete os autos ao juízo competente, relatando

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sumariamente as circunstâncias do fato, sendo-lhe vedado justificar

as razões que a levaram à classificação do delito.

14. (CESPE / POLÍCIA CIVIL-PB / 2009) É legalmente vedada a não-

atuação policial aos portadores de drogas, a seus precursores

químicos ou a outros produtos utilizados em sua produção, que se

encontrem no território brasileiro.

15. (CESPE / Promotor – MPE-RR / 2010) Segundo a Lei Antidrogas,

para determinar se a droga apreendida sob a posse de um indivíduo

destina-se a consumo pessoal, o juiz deve-se ater à natureza e à

quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que

se desenvolveu a ação, desconsiderando as circunstâncias sociais e

pessoais e também a conduta e os antecedentes do agente, sob pena

de violação do princípio da presunção de inocência.

16. (CESPE / Promotor – MPE-RR / 2010) Como a Lei Antidrogas não

prevê a aplicação de medida educativa o agente apenado por portar

drogas para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em

desacordo com determinação legal ou regulamentar, devem ser

aplicadas as regras pertinentes do CP.

17. (CESPE / JUIZ DE DIREITO-AC / 2007) A nova Lei de Drogas (Lei

n.º 11.343/2006) estabelece um rol de penas possíveis para a

pessoa que adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou

trouxer consigo, para uso pessoal, drogas ilícitas. Para determinar se

a droga se destinava ao consumo pessoal, o juiz observará apenas a

natureza e a quantidade da droga.

Page 42: Lei de Drogas

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18. (CESPE / JUIZ DE DIREITO-TO / 2007) A respeito do crime de

tráfico ilícito de entorpecentes, o inquérito policial deve ser concluído

no prazo de 30 dias, caso o indiciado esteja preso, e no de 60 dias,

caso este esteja solto.

19. (CESPE / JUIZ DE DIREITO-TO / 2007) A Lei n.º 11.343/2006

possibilita o livramento condicional ao condenado por tráfico ilícito

de entorpecente após o cumprimento de três quintos da pena de

condenação, em caso de réu primário, e dois terços, em caso de réu

reincidente, ainda que específico.

20. (CESPE / OAB-CE / 2007) A conduta daquele que, para consumo

pessoal, cultiva plantas destinadas à preparação de substância capaz

de causar dependência física ou psíquica permanece sem tipificação.

21. (CESPE / OAB-CE / 2007) É possível, além das penas de

advertência, prestação de serviços à comunidade ou medida

educativa, a imposição de pena privativa de liberdade ao usuário de

drogas.

22. (CESPE / OAB-CE / 2007) O porte de drogas tornou-se infração

de menor potencial ofensivo, estando sujeito ao procedimento da Lei

n.º 9.099/1995, que dispõe sobre os juizados especiais criminais.

23. (CESPE / OAB-CE / 2007) Poderá ser imposta ao usuário de

drogas prisão em flagrante, devendo o autuado ser encaminhado ao

juízo competente para que este se manifeste sobre a manutenção da

prisão, após a lavratura do termo circunstanciado.

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24. (CESPE / PERITO MÉDICO LEGISTA – POLÍCIA CIVIL-AC / 2006)

A lei repressiva pune o consumo de substância entorpecente ou que

determine dependência física ou psíquica.

25. (CESPE / PERITO MÉDICO LEGISTA – POLÍCIA CIVIL-AC / 2006)

A lei prevê a modalidade de crime culposo para os profissionais que

prescrevem ou ministram, aleatória e (ou) indevidamente, as

referidas substâncias a pacientes.

26. (CESPE / Defensor Público - DPE-AL / 2009) As medidas

alternativas impostas em razão de uma transação penal e aquelas

previstas no art. 28 da Lei n.º 11.343/2006 (usuário de droga) não

geram os efeitos penais gerais próprios de uma sanção penal.

27. (CESPE / Defensor Público - DPE-ES / 2009) Na hipótese de

posse de drogas para consumo pessoal, não se impõe prisão em

flagrante. Nessa situação, o autor do fato deve ser imediatamente

encaminhado ao juízo competente ou, na falta desse, assumir o

compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo

circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e das

perícias necessários.

28. (CESPE / Policial Rodoviário Federal - PRF - Curso de formação /

2008) Considere que Joaquim, penalmente imputável, foi abordado

em uma barreira policial e, após vistoria em seu veículo, foi

encontrada pequena quantidade de maconha. Indagado a respeito,

Joaquim alegou que a droga se destinava a consumo pessoal. Nessa

situação, uma vez demonstrada a alegação de Joaquim, o policial

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responsável pela diligência deverá apreender a substância e liberar o

usuário mediante admoestação verbal.

29. (CESPE / Policial Rodoviário Federal - PRF - Curso de formação /

2008) A legislação em vigor acerca do tráfico ilícito de entorpecente

possibilita ao condenado por tráfico ilícito de entorpecente, desde

que seja réu primário, com bons antecedentes e que não se dedique

às atividades criminosas nem integre organização criminosa, a

redução de um sexto a dois terços de sua pena, bem como a

conversão desta em penas restritivas de direitos, desde que

cumpridos os mesmos requisitos exigidos para a redução da pena.

30. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2008) Ainda que o fato tenha sido

cometido antes da vigência da Lei n.º 11.343/2006 e que o

condenado preencha os requisitos dispostos no art. 44 do CP, não é

possível a substituição da pena privativa de liberdade por penas

restritivas de direito em crime de tráfico de entorpecentes, já que o

STF, ao julgar inconstitucional o art. 2.º, § 1.º, da Lei n.º 8.072/1990

- Lei dos Crimes Hediondos -, passou a admitir somente a progressão

de regimes aos condenados por crimes hediondos, mas não a

conversão em pena restritiva de direito.

31. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2008) Dispõe a Lei n.º

11.343/2006, quanto ao crime de tráfico ilícito de entorpecente, que

"as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a

conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja

primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades

criminosas nem integre organização criminosa.". Considerando que a

lei anterior não possuía redação similar, o Juízo das Execuções

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Criminais poderá facultar ao condenado por crime de tráfico de

entorpecentes, sob a égide da Lei n.º 6.368/1976, que preencha tais

condições, a opção entre o regramento antigo e o atual, tendo em

vista que a pena de multa sofreu significativo aumento, não havendo

como afirmar, nesse aspecto, qual das leis é mais severa.

32. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2008) A competência para

processar e julgar crimes de tráfico ilícito de entorpecentes é, em

regra, da justiça estadual, exceto se caracterizado ilícito

transnacional, quando a competência será da justiça federal. Nesse

contexto, a probabilidade de a droga ser de origem estrangeira é

suficiente para deslocar a competência da justiça estadual para a

justiça federal.

33. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2008) É nula a sentença penal

condenatória por crime de tráfico ilícito de entorpecentes cuja pena-

base tenha sido exacerbada com base na quantidade da droga

apreendida, entendendo-se, assim, haver maior censurabilidade da

conduta (culpabilidade), tendo em vista que tal critério é

expressamente previsto na legislação respectiva como definidor na

conduta do agente, isto é, se uso ou tráfico.

34. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2008) A inobservância do rito

procedimental estabelecido pela Lei n.º 11.343/2006 quanto à

intimação e conseqüente apresentação de defesa preliminar constitui

causa de nulidade relativa, sendo, pois, necessário que se comprove

o prejuízo, restando preclusa a alegação, se não for feita no

momento oportuno.

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35. (CESPE / Promotor - MPE-ES / 2010) Segundo a Lei Antidrogas,

para determinar se a droga apreendida sob a posse de um indivíduo

destina-se a consumo pessoal, o juiz deve-se ater à natureza e à

quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que

se desenvolveu a ação, desconsiderando as circunstâncias sociais e

pessoais e também a conduta e os antecedentes do agente, sob pena

de violação do princípio da presunção de inocência.

36. (CESPE / Agente de Investigação - PC-PB / 2009) Considerando

que uma pessoa tenha sido presa em flagrante pelo crime de tráfico

de drogas, a autoridade de polícia judiciária deve fazer,

imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe

cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do MP, em 24

horas.

37. (CESPE / Agente de Investigação - PC-PB / 2009) Considerando

que uma pessoa tenha sido presa em flagrante pelo crime de tráfico

de drogas, para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e

estabelecimento da materialidade do delito, é prescindível o laudo de

constatação da natureza e quantidade da droga.

38. (CESPE / Agente de Investigação - PC-PB / 2009) Considerando

que uma pessoa tenha sido presa em flagrante pelo crime de tráfico

de drogas, o inquérito policial será concluído no prazo de 30 dias, se

o indiciado estiver preso, e de 45 dias, se estiver solto.

39. (CESPE / Agente de Investigação - PC-PB / 2009) Considerando

que uma pessoa tenha sido presa em flagrante pelo crime de tráfico

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de drogas, a ausência do relatório circunstanciado torna nulo o

inquérito policial.

40. (CESPE / Agente de Investigação - PC-PB / 2009) Considerando

que uma pessoa tenha sido presa em flagrante pelo crime de tráfico

de drogas, a autoridade policial, após relatar o inquérito, deverá

remeter os autos à justiça, que os encaminhará ao MP. Depois disso,

a autoridade policial não poderá, de ofício, continuar a investigação,

colhendo outras provas.

41. (CESPE / Promotor - MPE-RO / 2010) O atual procedimento

adotado nos crimes de tráfico de drogas estabelece a necessidade de

notificação do acusado, antes do recebimento da denúncia, para que

o mesmo apresente indispensável defesa prévia, bem como

estabelece a realização do interrogatório ao final da instrução e

veda, de forma expressa, a absolvição sumária.

42. (CESPE / Defensor Público - DPU / 2010) No que concerne ao

processo e ao procedimento dos crimes de tráfico de entorpecentes,

é correto afirmar que circunstâncias inerentes à conduta criminosa

não podem, sob pena de bis in idem, justificar o aumento da

reprimenda.

43. (CESPE / POLÍCIA FEDERAL / 2009) Nos crimes de tráfico de

substâncias entorpecentes, é isento de pena o agente que, em razão

da dependência ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força

maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que

tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de

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entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com

esse entendimento.

44. (CESPE / POLÍCIA FEDERAL / 2009) É atípica, por falta de

previsão na legislação pertinente ao assunto, a conduta do agente

que simplesmente colabora, como informante, com grupo ou

associação destinada ao tráfico ilícito de entorpecentes.

45. (CESPE / Inspetor - PC-CE / 2012) As instituições que atuam nas

áreas de atenção à saúde e assistência social e que atendam

usuários ou dependentes de drogas devem comunicar ao órgão

competente do respectivo sistema municipal de saúde os casos

atendidos e os óbitos ocorridos, preservando a identidade das

pessoas.

46. (CESPE / Inspetor - PC-CE / 2012) As ações do SISNAD limitam-

se ao plano interno, ou seja, aos limites do território nacional, razão

pela qual esse sistema não comporta a integração de estratégias

internacionais de prevenção do uso indevido de drogas.

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GABARITO

1-C 2-C 3-E 4-C 5-C

6-E 7-E 8-C 9-E 10-E

11-E 12-E 13-E 14-E 15-E

16-E 17-E 18-E 19-E 20-E

21-E 22-C 23-E 24-E 25-C

26-C 27-C 28-E 29-C 30-E

31-C 32-E 33-E 34-E 35-E

36-C 37-E 38-E 39-E 40-E

41-E 42-C 43-C 44-E 45-C

46-E ***** ***** ***** *****