resumo do edirênio - 2

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CAPÍTULO XXX – EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA O DEVEDOR INSOLVENTE: INSOLVÊNCIA CIVIL Jhonatan Satelis Miranda Universidade de Rio Verde - UNIRV Processo Civil IV Prof. Edirênio Mauro Mendes Júnior A obra de Humberto Teodoro Júnior, cujo o título se afigura acima, em importância no seu capítulo 30, objeto deste trabalho, trata-se execução por quantia certa contra devedor insolvente, bem como a universalidade de credores com feição a falência civil. Aduz que a execução do devedor insolvente é espécie da execução forçada por quantia certa, em consequência, segue os mesmos princípios fundamentais que difunde a forma de atuação jurisdicional. Para que seja convalidado, ou seja, para que se exista, deve-se obedecer igualmente os pressupostos de admissibilidade da execução, em especial a coletiva deve-se obedecer os requisitos, quais sejam: o título, a mora e a declaração judicial de insolvência, que revelará a situação patrimonial do devedor, a sua impotência para satisfazer integralmente todas as suas obrigações exigíveis. Desta declaração, decorre efeitos análogos ao da falência do comerciante, que se faz sentir objetiva e subjetivamente, tanto para o dever como para seus credores. Tais efeitos, atingem os credores de várias maneiras, em destaque a que acontece a perda da eficácia das penhoras existentes, pois a força do juízo universal da insolvência arrasta para o clivo

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Trabalho do Prof. Edirênio M. Júnior

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Page 1: Resumo Do Edirênio - 2

CAPÍTULO XXX – EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA O DEVEDOR

INSOLVENTE: INSOLVÊNCIA CIVIL

Jhonatan Satelis Miranda

Universidade de Rio Verde - UNIRV

Processo Civil IV

Prof. Edirênio Mauro Mendes Júnior

A obra de Humberto Teodoro Júnior, cujo o título se afigura acima, em importância

no seu capítulo 30, objeto deste trabalho, trata-se execução por quantia certa contra devedor

insolvente, bem como a universalidade de credores com feição a falência civil.

Aduz que a execução do devedor insolvente é espécie da execução forçada por

quantia certa, em consequência, segue os mesmos princípios fundamentais que difunde a

forma de atuação jurisdicional. Para que seja convalidado, ou seja, para que se exista, deve-se

obedecer igualmente os pressupostos de admissibilidade da execução, em especial a coletiva

deve-se obedecer os requisitos, quais sejam: o título, a mora e a declaração judicial de

insolvência, que revelará a situação patrimonial do devedor, a sua impotência para satisfazer

integralmente todas as suas obrigações exigíveis. Desta declaração, decorre efeitos análogos

ao da falência do comerciante, que se faz sentir objetiva e subjetivamente, tanto para o dever

como para seus credores. Tais efeitos, atingem os credores de várias maneiras, em destaque a

que acontece a perda da eficácia das penhoras existentes, pois a força do juízo universal da

insolvência arrasta para o clivo das execuções singulares, bem como impede que outras sejam

iniciadas. Seguindo o mesmo paralelo, o Código de Processo Civil em especial no art. 748 e

750, traz as características da insolvência, que é pressuposto da execução concursal, para

tanto, pode ser real ou presumida.

Observa-se que existe para o devedor civil a obrigação de promover a própria

insolvência, diferentemente do empresário, que requererá a autofalência, do devedor civil, ou

o seu espólio, este requererá apenas a auto insolvência, conforme preceitua o art. 759 do CPC.

Seguindo esse mesmo desfrecho, a competência para o processamento da auto insolvência,

cabe ao juízo da Comarca onde o devedor têm seu domicílio. Com a decretação de

insolvência, o devedor perde a disponibilidade de administração do seu patrimônio, depois de

penhorados, arrecadados, o juiz designará um administrador de sua confiança. A tradição do

nosso direito, confere a obrigação dos credores privilegiados de disputarem suas pretensões

no concurso de credores, este, deve ser citado sob pena de perderem a preleção que lhes

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compete, conforme o disposto no art. 613 do Códex. Nessa ordem de ideias a sentença de

abertura da insolvência, é o título executivo geral, que abre a possibilidade da comunidade de

credores executar globalmente o devedor insolvável e a sentença do quadro geral, é a sentença

que confere título executivo especial e particular a cada credor particular a cada credor

habilitado, legitimado a respectiva atuação nos atos executivos posteriores. O processo se dá

por encerrado quando: pelo o cumprimento do acordo de pagamento ajustado entre devedor e

credor; sem chegar à execução coletiva, quando os embargos do devedor são acolhidos na

primeira fase do processo; por fim, quando atingir a liquidação total e final do ativo, apurado

entre os credores concorrentes. O processo de execução só se encerrara como a sentença

declaratória que tenha por objeto a extinção das obrigações do devedor, conforme disposto no

art. 776 do CPC. Já a suspensão se dá, em três casos: quando ocorrer a convenção entre

devedor e credores para estabelecimento de um plano de pagamento; quando o produto de

realização do ativo não é suficiente para a solução integral dos créditos concorrentes, dada a

possibilidade de reabertura da execução caso o devedor venha adquirir novos bens

penhoráveis; no mais, quando não se encontram bens a arrecadar ou ativo de massa não se

mostra suficientes nem para atender os gastos processuais de insolvência.

Nota-se se extingue a obrigação no processo de execução, a execução por quantia

certa contra devedor insolvente é uma verdadeira falência civil, culminando, por isso com a

extinção das obrigações, mesmo que não cumprida em sua integralidade satisfatória, tal como

ocorre como um simples comerciante, submetido ao regime falimentar típico. Com

equiparação feita pelo o Código Civil, decorrido 5 cinco anos, contados da data do

encerramento do processo de insolvência, considera-se extinta as obrigações contraídas pelo o

devedor, mas depende de declaração judicial para operar seus efeitos jurídicos, conforme

disposto no art. 778 e 783 do CPC. Para melhor um melhor entendimento, a prescrição é uma

extinção de uma ação ajuizada, em virtude da inércia de seus titulares durante um certo lapso

temporal. Assim, a sentença que declarar extinta as obrigações, serão publicadas por edital e

só transitará em julgado, se não houver recurso, após ultrapassar o prazo estipulado na

publicação, que será o mesmo, comum ao das intimações. A insolvência em consequência,

gerava a ruína do devedor, para tanto, a antiga lei de falência, previa o instituto da concordata,

forma especial de reabilitar o devedor antes que a insolvência atingisse a liquidações de todos

os seus ativos. Superado tal momento, o devedor que cujo o estado de insolvência, sem culpa

sua, poderá requerer ao juiz que lhe arbitre uma pensão, até a alienação dos bens. Portanto,

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conclui-se que a execução do devedor insolvente, segue todo um procedimento, em que busca

satisfazer a obrigação contraída.