resumo do controle dos diabetes

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Controle do nível de glicose no sangue: Hiperglicemia: Acima do nível normal de glicose no sangue. Hipoglicemia: Abaixo do nível normal de glicose no sangue. Normoglicemia: Nível normal de glicose no sangue. DIABETES: UM DESAFIO ( Artigo na integra ) Segundo Marcos André Dantas (01/11/2001), “Quando me d paciente portador de diabetes tenho um misto de depressão sentimento seria devido saber da evolução da doença e da necessida paciente para que possamos ajudá-lo, fico triste ao me deparar co muitos pacientes desistem ou mesmo abandonam o tratamento apesar d para o contrário, e fico feliz quando me deparo com um paciente q médico, com a sua doença, buscando uma ajuda, pois na atualidade a grande valor no controle das conseqüências da alta da glicose. Mas vamos começar do inicio, para que possamos entender melhor ess pontos descritos abaixo são extremamente importantes, como veremo 1 - Nossoorganismo depende da glicose presente nos alimentos paraum bom funcionamento, sem glicose não há vida. 2 - Não existe glicose nos alimentos, somente na forma combinada, c ou polissacarídeo, como a lactose, o amido, o açúcar comum. 3 - Os carboidratos são quebrados em monossacarídeos ou dissacaríd digestão, depois seguem para o sangue. 4 - No sangue seguem para o fígado passando por cinco processos, r fosfato, teremos a glicose-6-fosfato, que estimula a liberação da 5 - Importante que a glicose não tem entrada nas nossas células, a com a presença da mesma, mas existe uma barreira para a sua entrad insulina, concluímos que a falta de insulina levaria à falta da gl 6 - A doença seria a falta da insulina, ou a sua secreção diminuíd insulina para a entrada da mesma nas células, ou misto onde temos insulina com a dificuldade da sua entrada, por resistência perifér Agora que entendemos um pouco da doença podemos entender que o glicose no sangue com a falta da mesma nas células, por falta da i cérebro interpretar como fome, estimulando a fome e a necessidade exagerada. Com a glicose alta no sangue o corpo parte para eliminá com conseqüente aumentada vontade de urinar; temos finalmente os q doença, que seriam: fome, sede, poliúria, polidipsia. Como muito tempo começa a se caramelizar nos tecidos, levando progressi Importante informar que o aumento da glicose é a maior cauda de ce Temos ainda lesão renal, lesão na microcirculação, levando a falta uma isquemia lenta e progressiva.

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Parte de estudo que fiz sobre pessoas portadoras de diabetes.Diabetes, tratamento alternativo, tipos de diabetes

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Controle do nvel de glicose no sangue:Hiperglicemia: Acima do nvel normal de glicose no sangue. Hipoglicemia: Abaixo do nvel normal de glicose no sangue. Normoglicemia: Nvel normal de glicose no sangue.

DIABETES: UM DESAFIO(Artigo na integra) Segundo Marcos Andr Dantas (01/11/2001), Quando me deparo com um paciente portador de diabetes tenho um misto de depresso e felicidade, o primeiro sentimento seria devido saber da evoluo da doena e da necessidade da ajuda do paciente para que possamos ajud-lo, fico triste ao me deparar com a estatstica de que muitos pacientes desistem ou mesmo abandonam o tratamento apesar dos nossos esforos para o contrrio, e fico feliz quando me deparo com um paciente que se interage com o mdico, com a sua doena, buscando uma ajuda, pois na atualidade a nossa ajuda de grande valor no controle das conseqncias da alta da glicose. Mas vamos comear do inicio, para que possamos entender melhor essa doena. Alguns pontos descritos abaixo so extremamente importantes, como veremos. 1 - Nosso organismo depende da glicose presente nos alimentos para um bom funcionamento, sem glicose no h vida. 2 - No existe glicose nos alimentos, somente na forma combinada, como dissacardeo ou polissacardeo, como a lactose, o amido, o acar comum. 3 - Os carboidratos so quebrados em monossacardeos ou dissacardeos no processo de digesto, depois seguem para o sangue. 4 - No sangue seguem para o fgado passando por cinco processos, recebendo um radical fosfato, teremos a glicose-6-fosfato, que estimula a liberao da insulina. 5 - Importante que a glicose no tem entrada nas nossas clulas, apesar de s funcionarem com a presena da mesma, mas existe uma barreira para a sua entrada, regulada pela insulina, conclumos que a falta de insulina levaria falta da glicose nas clulas. 6 - A doena seria a falta da insulina, ou a sua secreo diminuda, ou uma resistncia insulina para a entrada da mesma nas clulas, ou misto onde temos a diminuio da insulina com a dificuldade da sua entrada, por resistncia perifrica. Agora que entendemos um pouco da doena podemos entender que o acmulo da glicose no sangue com a falta da mesma nas clulas, por falta da insulina, levaria ao crebro interpretar como fome, estimulando a fome e a necessidade de comer doce exagerada. Com a glicose alta no sangue o corpo parte para elimin-la, provocando sede, com conseqente aumentada vontade de urinar; temos finalmente os quatro sinais da doena, que seriam: fome, sede, poliria, polidipsia. Como a glicose permanece alta muito tempo comea a se caramelizar nos tecidos, levando progressivamente cegueira. Importante informar que o aumento da glicose a maior cauda de cegueira no mundo. Temos ainda leso renal, leso na microcirculao, levando a falta de sangue nos ps, uma isquemia lenta e progressiva.

No se assustem, tudo isso pode ser revertido, pode ser controlado, pode ser retardado, com o uso de novos medicamentos, que atuam aumentando a secreo da insulina, melhorando os receptores, atuando dentro das clulas, em caso de no funcionamento podemos usar a prpria insulina. Para finalizar, atualmente, sabemos que o uso da vitamina E, da vitamina C, do beta-caroteno, do zinco, do selnio, do licopeno, da vitamina B6 e, principalmente, da vitamina B3, so vitais para evitar a cegueira, as complicaes da doena. Importante que faam um tratamento, com a ajuda do seu mdico e cobrem dele uma ajuda, um apoio para essa doena to devastadora, mas de fcil controle.

Controle dos diabetesPara se evitar as complicaes dos diabetes, as taxas de acar no sangue devem ser mantidas as mais prximas possveis do normal. O DIABTICO pode estar se sentindo bem, mesmo com taxas elevadas de acar. Por esta razo, importante que mea as taxas de glicose, no sangue ou na urina, nos horrios que seu mdico indicar. Isto ajudar no ajuste da sua medicao, da dieta e dos exerccios, permitindo um melhor controle da doena.

OS VALORES NORMAIS DE GLICEMIA SOEM JEJUM at 110mg%. DUAS HORAS APS COMER at 160mg%, idealmente at 140 mg%. Nas pessoas com bom controle dos diabetes, a glicosria e a cetonria so, geralmente, negativas, e os nveis de glicose no sangue costumam estar normais ou pouco elevados. 1. Na maior parte das pessoas, s aparecer acar na urina (glicosria positiva), QUANDO A GLICEMIA FOR MAIOR QUE 180mg%. 2. Glicosrias positivas freqentes so indicao de MAU CONTROLE. FITAS PARA MEDIDA DE GLICOSRIA E CETONRIA Fitas para medida de glicosria (glicose na urina): 1. Existem vrios tipos de fitas que medem glicose na urina: Glicofita Plus, Diastix, Glukotest, outras medem glicose e cetona na urina: Gluketur test e Keto-diastix. 2. Teoricamente, elas so iguais, na prtica, elas podem dar resultados um pouco diferentes. 3. Para que o resultado seja confivel, muito importante observar o prazo de validade das fitas. O prazo de validade, sem ABRIR O FRASCO, vem marcado pelo fabricante. Aps aberto o frasco, a validade , geralmente, de 60 a 90 dias (VEJA A BULA DA FITA EM USO). 4. Em termos de custo, o ideal usar fitas que s meam glicosria (Glicofita Plus, Diastix, Glukotest). 5. Quando for importante dosar cetona e glicose na urina, use fitas do tipo Ketodiastix ou Gluketur. Fitas para medida de cetonria (cetonas na urina):

1. Cetonas podem aparecer na urina, quando se tem aumento importante da glicose sangnea (geralmente maiores que 250mg% ou glicosria maior que trs cruzes), jejum prolongado ou hipoglicemia. Quando houver HIPERGLICEMIA COM CETOSE (diabetes descontrolado) temos glicosria positiva e cetonria positiva, alm dos sinais de descontrole do diabetes. Na HIPOGLICEMIA, a glicosria negativa e a cetonria pode ser negativa ou positiva, estando presentes tambm os sintomas de queda de acar. Portanto quando voc tiver: 1. Glicosria positiva + Cetonria positiva = falta insulina. 2. Glicosria negativa + Cetonria positiva = falta comida. A cetona na urina (cetonria) demora mais para desaparecer que a glicosria, mesmo quando se faz o tratamento correto. FITAS PARA MEDIDA DE GLICOSE NO SANGUE (GLICEMIA) Existem hoje diversas marcas de fitas para medida de glicemia, cada uma delas serve para um tipo especial de aparelho. Algumas podem tambm ser usada sem aparelhos, so as fitas: Haemoglukotest, Glucostix e Glucofilm. Os testes so fceis de fazer: com uso de aparelhos especiais glicosmetros, ou sem aparelhos, comparando os valores obtidos com a escala de cores, marcadas no frasco. Hoje em dia devido aos custos sempre praticamente iguais entre as fitas para leitura sem aparelho e as usadas nos aparelhos, a dificuldade em se achar fitas para leitura visual, e a superioridade das medidas de glicemia com aparelhos, o melhor sempre que possvel us-los. Os aparelhos existentes hoje no Brasil so de uso fcil e preo acessvel. Existem muitas marcas de glicosmetros de boa qualidade, com preos semelhantes e razoveis. Consultar o mdico, para saber qual tipo de glicosmetro, o certo a fazer. Os resultados da medida de glicemia capilar quando feitas com glicosmetros, so quase iguais aos obtidos em laboratrios, desde que a tcnica de medida e a calibrao do aparelho estejam corretas. A maior parte deles mede a glicemia at 600mg%, a partir desse valor aparece no visor a sigla HI (high) que significa alto em ingls, quando est abaixo de 20mg% aparece no visor a sigla LO (low) que significa baixo em ingls. Todos eles tm memria, que guarda os ltimos resultados de glicemia medidos, os mais sofisticados chegam a guardar as ltimas 100 a mais de 200 medidas. Essas medidas podem ser carregadas e lidas diretamente no computador, tornando a anlise dos resultados mais fcil pelo mdico. Os resultados das medidas com leitura visual (sem glicosmetros) tambm so confiveis, quando feitas por pessoas treinadas: sem problemas importantes da viso ou daltnicos. GLICEMIA: OBSERVAES QUANTO TCNICA DE MEDIDAS 1. Como no caso das fitas de glicosria, deve-se observar o prazo de validade das fitas e nunca usar fitas vencidas. 2. O tempo indicado pelo fabricante, para a colocao da gota de sangue na fita e desta, no aparelho, muito importante para um resultado correto. 3. Deve-se colocar uma gota de sangue na fita, cobrindo por igual toda a rea reagente da fita.

4. Para conseguir uma boa gota de sangue: Deve lavar as mos com gua quente, secar com uma toalha e furar o dedo com um dos picadores de dedo existentes no mercado. Regular a presso de acordo com a pele, se ela for mais fina usar as menores graduaes do picador. Tentar picar do lado do dedo, pois di menos. Se no tiver picador, usar uma agulha de insulina se a pele for mais fina, seno usar seringas para injees intramusculares. 5. Se for usar lcool para a limpeza do dedo ao invs de lav-lo, antes da pulso, secar bem com algodo estril. Se o dedo estiver molhado de lcool, ele poder alterar o grau de glicemia. GLICOSRIA: OBSERVAES QUANTO TECNICA DE MEDIDAS 1. No tocar na rea reagente da fita. 2. Ler o resultado, rigorosamente, no tempo indicado. A medida do acar na urina recm formada pode ajudar, quando se quer ter uma idia de como est a glicemia. Recomenda-se esvaziar a bexiga, j que a urina pode estar acumulada h vrias horas, no refletindo a glicemia atual. Recomenda-se na prxima vez que urinar, medir a glicosria. HORRIOS IDEAIS PARA AS MEDIDAS DE GLICEMIA A medida da glicemia dar informaes sobre o grau de controle dos diabetes, bem como sobre o resultado do tratamento utilizado. Quando estiver usando insulinas de ao intermediria (como por exemplo: NPH, Lenta), o melhor horrio para medir o seu efeito mximo de oito a 12 horas aps a aplicao de insulina. Quando estiver usando Insulinas de ao rpida Regular(R), o melhor horrio para medir o seu efeito mximo de duas a quatro horas aps a aplicao de insulina. Para aqueles usando insulinas de ao mais rpida (Humalog ou NovoRapid), o melhor horrio para medir o seu efeito de duas horas aps a sua aplicao. QUANDO MEDIR A GLICEMIA Os pacientes bem controlados podem medir sua glicemia duas a trs vezes por semana, antes das refeies em alguns dias e ps-refeies em outros dias, controlando com a glicosria (medida da glicose na urina) nos outros dias. Em pacientes diabticos instveis, grvidas, ou com infeco ou stress grave, medidas mais freqentes sero necessrias, antes e duas horas aps as refeies, antes de deitar e, s vezes, de madrugada, entre trs e quatro horas da manh. O mdico indicar os melhores horrios e tipos de exame para serem feitos, em cada caso. MEDIDA DE CETONA NO SANGUE (CETONEMIA) A medida de cetona no sangue melhor do que sua medida na urina. Os valores so mais exatos, seu aumento no sangue aparece antes do que na urina, e mostram melhor o que est acontecendo no organismo, do que a medida na urina. Alm disso, permitem saber os nveis de cetona no sangue e determinar se eles so crticos ou no. A nica fita existente no mercado a Optium Cetona, usado num aparelho que pode medir cetona e glicose no sangue, usando fitas de tipos diferentes. Pessoas com diabetes do tipo 1 devem medi-los quando as taxas de glicemia estiverem

iguais ou maiores do que 250mg% ou quando as medidas de glicosria estiverem muito elevadas. Alm disso, essas pessoas devem medi-los quando estiverem se sentindo doentes, ou urinando muito e bebendo muita gua. Embora, raramente, estejam presentes nas pessoas com diabetes do tipo 2 (antigamente chamado do adulto), tambm se deve medir cetonas no sangue ou na urina, quando com febre ou infeces graves e com taxas de glicemias maiores do que 300mg%. NDICE DE TERMOS MDICOS E SEU SIGNIFICADO Glicemia medida de glicose (acar) no sangue. Glicosmetro aparelho porttil, medidor de glicemia. Glicosria medida de glicose na urina. Cetonria medida de cetonas na urina. Cetonemia dosagem de cetona no sangue. Cetoacidose diabtica descompensao grave dos diabetes. Edulcorantes adoantes dietticos. Hipoglicemia queda dos valores de glicemia. Coma hipoglicmico coma por grande queda da glicemia. Glicofita fita para medida de glicosria. Hipoglicemiantes orais comprimidos para tratamento dos diabetes. Insulina suna insulina extrada do pncreas do porco. Insulina mista mistura de insulinas extradas do pncreas do porco e do boi. Insulina humana insulina obtida por engenharia gentica, igual humana. Descompensao do diabetes aumento das taxas de glicemia com aumento da sede, fome e do volume de urina, geralmente acompanhado de perda de peso e prostrao. Hemoglobina glicosilada ou glicada (Hgb A A1C C ou A A1) dosagem laboratorial que permite saber como esteve o controle dos diabetes nos ltimos 60 a 90 dias. Deve ser dosada, no mnimo, de quatro em quatro meses.

Diabete deve dobrar no mundo at 2030, dizem cientistas. (Cpia na integra)Whashington (Reuters) 26/04/2004 O nmero de pessoas diabticas deve dobrar em todo o mundo at 2030, passando para 366 milhes, e isso mesmo que a taxa de obesos fique estvel, disse na segunda-feira uma equipe internacional de pesquisadores. Mas a diabete se tornar ainda mais comum se, conforme se prev, aumentar o nmero de pessoas sedentrias com excesso de peso e com uma dieta ao estilo ocidental, afirmaram os pesquisadores em relatrio. O nmero de pessoas com diabete deve subir de 171 milhes em 2000 para 366 milhes em 2030, afirmaram os cientistas na mais recente edio do Diabetes Care, publicado pela Associao Americana de Diabete. A doena aparece quando o corpo no produz insulina de forma apropriada. A insulina um hormnio necessrio na converso do acar, amido e outras substncias em energia.

Sarah Wild, da Universidade de Edimburgo (Gr-Bretanha), e cientistas da Austrlia, da Dinamarca e da Sua, analisaram dados mundiais sobre a diabete tipo 2. Partindo-se do pressuposto de que a predominncia etria continue constante o nmero de pessoas com diabete no mundo deve dobrar entre 2000 e 2030, disseram Wild e seus colegas. Os maiores aumentos relativos devem acontecer em pases do Oriente Mdio, na frica e na ndia. Os dados no incluem a diabete tipo 1, ou diabete juvenil, uma doena autoimune diferente da diabete tipo 2. O Instituto da Terra da Universidade de Columbia deve divulgar um outro relatrio a respeito do aumento de doenas cardacas no mundo. Os problemas no corao, no passado, mais comuns em pases ricos, esto matando cada vez mais gente nos pases pobres. O relatrio culpa o fumo, a comida de m qualidade e a vida urbana pelo aumento desses males no mundo em desenvolvimento. Os pesquisadores da Columbia notaram ainda que a obesidade e a diabete tambm estavam aumentando nos pases pobres. A diabete e os problemas cardacos esto relacionados e ligados falta de exerccios e uma m alimentao. Fonte: Corpo e Sade http://www.diabete.com.br/artigo/artigos.asp?Artigo=20040426.html

Saiba mais sobre a DiabetesDra. Jane Feldman

Saber como descobrir qual o problema quando uma pessoa portadora de diabetes sente-se mal e como san-lo, talvez seja o sonho de muitos diabticos. No entanto, a complexidade dessa mquina fantstica que o nosso corpo e o pequeno conhecimento tcnico sobre seu funcionamento, que a maioria das pessoas tem, dificulta bastante a sua realizao. O que pensar ento quando se tratam da manipulao de alimentos, exerccios fsicos e medicamentos. Na era da globalizao, o diabtico necessita receber informaes cientficas seguras, objetivas e atualizadas sobre sua doena, para que possa fazer frente s dificuldades inerentes ao diabetes. De acordo com dados do prprio Ministrio da Sade, aproximadamente 7,6% da populao brasileira entre 35 e 69 anos de idade devem ser portadores de diabetes. Isso equivale a cerca de 11 milhes de pessoas, sendo que a boa parte dessas pessoas ignora sua condio e portanto no recebe qualquer tipo de cuidado. Embora se associe o diabetes ao idoso e ao obeso, ele a principal causa de doenas crnicas na infncia. O diabetes uma sndrome caracterizada pela presena de nveis elevados de glicose no sangue. A maior parte dos alimentos ingeridos sofre a ao de diversos sucos digestivos, que os quebram em molculas mais simples, geralmente acares. A glicose um acar proveniente da dieta. Uma vez ingerido, absorvido pelo intestino, passando circulao sangnea, onde fica disponvel para as clulas. Toda vez

que um indivduo ingere hidratos de carbono, dos quais a glicose um dos mais importantes, a glicemia (glicose sangunea) sobe. As clulas b das ilhotas de Langerhans, localizadas no pncreas, que uma grande glndula localizada atrs do estmago, ao detectarem pequenos aumentos de glicemia, secretam insulina, que faz com que essa glicose seja utilizada pelas clulas. A glicose o principal combustvel utilizado pelas clulas para produzir energia e crescimento. Quando a quantidade de insulina no adequada, a maior parte das clulas no consegue utilizar a glicose, que permanece no sangue, atingindo nveis excessivamente altos e extremamente prejudiciais sade. Essa glicose que no foi utilizada e ficou no sangue, eliminada em parte pela urina, carregando consigo grande quantidade de gua. Isso faz com que a pessoa urine muito (poliria), perdendo gua. Essa perda de gua provoca a sensao de boca seca e muita sede (polidpsia). Se o indivduo no conseguir compensar a perda de gua ingerindo mais gua, pode ficar desidratado. A insulina permite que o corpo armazene glicose sob a forma de gorduras e protenas, principalmente protenas musculares. Importantes enzimas participam deste processo e so dependentes da insulina. Na deficincia severa de ao de insulina, ocorre a quebra de gordura e protenas armazenadas, levando sensao de fraqueza e muita fome (polifagia), alm de perda de peso. A quebra de gorduras pode levar a uma produo excessiva de cidos e cetonas que, em quantidades excessivas, levam a uma situao clnica bastante grave, chamada de ceto-acidose diabtica, que requer imediata ateno mdica. Esse quadro manifesta-se atravs de uma mudana no padro respiratrio: a respirao torna-se rpida e profunda e o hlito tem um cheiro de acetona. Essas so, portanto, as principais manifestaes clnicas do diabetes. Valores normais de glicemia (nveis de glicose no sangue) so aqueles que oscilam entre 80 e 110 mg/dl. Quando os nveis de glicemia ultrapassam os 180 mg/dl, aparece glicose na urina (glicosria). Existem indivduos, principalmente obesos, que tm quantidades normais de insulina, s vezes at maiores do que a de indivduos no diabticos, s que essa insulina no funciona adequadamente. Essa situao conhecida como resistncia perifrica ao da insulina. A prevalncia de diabetes vem aumentando progressivamente na populao em geral, mais significativamente nas faixas etrias acima dos 60 anos. Dentre as possveis causas desse aumento so citadas o aumento da urbanizao e industrializao, sedentarismo, incidncia de obesidade, expectativa de vida e maior sobrevida da prpria populao de diabticos. A etiologia do diabetes complexa, entrando em jogo fatores genticos e ambientais, como viroses e os citados acima. De uma maneira simplista, podemos dividir o diabetes em tipo I ou insulinodependente e tipo II ou insulino-independente. O diabetes tipo I ocorre geralmente em indivduos jovens e magros e tem um incio tempestuoso. Antigamente era conhecida como diabetes juvenil. Nessa forma, ocorre uma destruio das clulas b do pncreas, destruio essa ainda no muito bem compreendida e que acarreta a insuficincia total da secreo de insulina. Em sua etiopatogenia participam, com certeza, fatores genticos, imunolgicos (auto anticorpos anti-insulina, anti-ilhotas e anti GAD) e ambientais. Modernas tcnicas genticas vm sendo desenvolvidas com o intuito de identificar parentes de diabticos tipo I predispostos doena e com isso tentar minimizar seu risco. J o diabetes tipo II, muito mais freqente, tem um incio insidioso, ocorrendo em pessoas mais idosas e em geral obesas. Muitas vezes o indivduo portador de diabetes durante anos sem perceb-lo. Esses indivduos produzem insulina, podendo ter uma

diminuda reserva da mesma ou, como ocorre em obesos, existe uma resistncia ao perifrica da insulina. Alm dessas duas formas mais comuns de diabetes, existe ainda o diabetes gestacional e o diabetes associado a outras patologias, como algumas sndromes ou o uso de altas doses de glicocorticides. O diabetes gestacional surge durante a gestao e freqentemente desaparece ao trmino da mesma. As mulheres que tiveram diabetes gestacional tem grande risco de desenvolver diabetes no futuro. Muitas dessas pacientes conseguem manter-se compensadas apenas com dieta e exerccios. No entanto, algumas podem requerer o uso de insulina. O uso de hipoglicemiantes orais contra-indicado durante a gestao, devido aos riscos para o feto. Mais raramente, o diabetes pode ser manifestao de outras patologias, como por exemplo a doena de Cushing e a acromegalia. Dra. Jane feldman Endocrinologista - So Paulo/SP http://www.saudevidaonline.com.br/artigo47.htm

FRIAS, FERIADOS MUDAM A ROTINAAlm das alteraes na alimentao, a quantidade de atividades fsicas costuma mudar quando samos da rotina. Afinal, frias, viagens e passeios sempre pressupem maior gasto de energia. Estas duas transformaes principais vo influenciar as doses de insulina ou comprimidos a serem tomados. A primeira providncia para voltar rotina reorganizar os horrios e retomar os velhos hbitos A monitorizao da taxa de glicose ou glicosria fundamental. Atravs dos exames de glicemia ser possvel ajustar insulina e remdio nova vida. Procure conhecer seu medicamento para tomar as decises necessrias nas ocasies de descontrole e possveis emergncias. indispensvel consultar o mdico para ouvir suas instrues. Em crianas e adolescentes a alimentao mais leve das frias, em geral, e a grande quantidade de atividades fsicas, fazem com que a dose de insulina seja reduzida e o esquema, em geral, modificado. importante manter o controle da glicemia e consultar o mdico para fazer as devidas modificaes. Em adultos a retomada das atividades do dia-a-dia deve ser feita sempre de modo gradativo, para dar tempo de se readaptar aos novos horrios. Durante este perodo, h alteraes no metabolismo. Por isto, consulte seu mdico para avaliar as mudanas ocorridas e ajudar no recomeo. Em Idosos com o passar dos anos, as funes orgnicas vo decrescendo. natural que os rgos dos sentidos (especialmente a audio e a viso) comecem a falhar. Com isso, o idoso encontra alguma dificuldade, por exemplo, no manuseio de objetos. normal, portanto, que surjam dificuldades em colocar a insulina na seringa e enxergar os traos que indicam as unidades a serem utilizadas. Sirva-se, ento, (alm dos culos de praxe) de uma lupa que se acopla seringa. Procurando-a em lojas especializadas em artigos para diabticos. Nas grandes cidades h algumas que vendem por reembolso postal. Recomendaes aos idosos: Os exerccios, se praticados regularmente, auxiliam no controle. Nadar e caminhar so as atividades mais indicadas para esta faixa etria, alm da hidroginstica. A caminhada a atividade mais indicada.

Para possveis falhas de memria, existem caixinhas de plsticos com reparties indicando o dia da semana. Coloque o comprimido a ser tomado a cada dia, assim no d para esquecer ou se enganar. Deixe a caixinha em um lugar seguro e fcil de encontrar. Este recurso pode ser muito til tambm durante suas viagens, pequenas ausncias de casa etc. Quanto insulina, preste ateno s unidades recomendadas. Caso no consiga aplicar as injees, pea ajuda a um familiar ou amigo, treinados para fazer a aplicao em caso de necessidade. Aprenda a reconhecer os sinais e sintomas da hipoglicemia e o que fazer, caso isso ocorra. importante que os que vivem com voc tambm saibam como proceder. Na volta rotina, um ponto importante a alimentao. Se andou fora da linha, vamos l. Como voc sabe, os acares devem ser evitados e os adoantes, priorizados. Lembre-se de que importante comer sempre em menor quantidade e em refeies mais freqentes - cinco a seis vezes por dia. No se esquea dos alimentos que contm fibras: verduras, legumes, frutas. Coma laranjas com bagao, ma e pra com casca etc. Recomendao dos especialistas: comer alimentos que contenham carboidratos (massas, pes, cereais etc.) em at 60% dos alimentos ingeridos em um dia. Eles fornecem energia, indispensvel ao idoso. Por outro lado, no abusar dos alimentos gordurosos, frituras, sal etc. e lembrando de hidratar-se bem, tomando gua e sucos de frutas (com adoantes, se desejar) em quantidade suficiente. Isso saudvel. Por fim, quanto aos medicamentos, usar religiosamente os que o mdico prescreveu seja comprimidos ou insulina.

12 Solues para o dia-a-dia do Diabtico:

Identificao: complicaes crnicas (de viso, rins, corao e vasos sangneos etc.) podem ser extremamente graves e ameaar a vida. O que fazer: segundo um estudo chamado DCCT, feito nos EUA, cujos resultados foram publicados em 1993, o controle da glicemia diminui muito a freqncia e a gravidade das complicaes. Como fazer: converse com seu mdico para que ele lhe prepare um esquema de tratamento, mantendo as suas taxas de glicemia e de hemoglobina glicosilada o mais prximas, possvel do normal. Ateno: consulte seu mdico pelo menos duas vezes ao ano, mesmo sentindo-se bem. No tente ser seu prprio mdico ou do seu filho(a). Isso s diminuir as chances de um bom tratamento.

Identificao: vrias vezes, por problemas de sade, temos de tomar remdios que nos so receitados. O que fazer: diga ao mdico que voc tem diabetes. Pea instruo de como proceder

para controlar a doena, se for tomar medicamentos que possam aumentar a sua glicemia. No tome por conta prpria. Ateno: corticides podem aumentar a glicemia e devem ser tomados com acompanhamento mdico. Os diabticos podem tomar antitrmicos e analgsicos sem complicaes, a no ser que tenham problemas de reao a esses medicamentos.

Identificao: ferida(s) nos ps ou frieiras, com ou sem vermelhido, calor ou dor em volta. O que fazer: Em feridas: 1. Lave bem com gua e sabo e seque-a com uma toalha limpa. 2. Proteja a ferida com uma gaze esterilizada e seca. 3. Fique em repouso, com a perna elevada, e procure o mdico para que ele veja a gravidade do ferimento. 4. Lave e seque bem entre os dedos dos ps. Em caso de frieiras sem vermelhido, dor ou pus: 1. No tente tirar ou cortar a pele. 2. Aplique um antimictico local duas a trs vezes ao dia. 3. No resolvendo em dois dias ou piorando, procure seu mdico. Ateno: ferimentos nos ps podem ser muito perigosos para o paciente de diabetes e, por isso, devem ser sempre tratados por mdicos. Mesmo pequenos ferimentos podem estender-se e levar a complicaes muito srias. No espere que eles sarem sem tratamento. Procure imediatamente seu mdico!

Identificao: quando diminuir a alimentao por estar vomitando, deve-se tomar cuidados especiais. O que fazer: no interrompa totalmente a medicao. Se possvel, entre em contato com seu mdico para que ele possa medic-lo. Como fazer: assim que passar a nsia de vmito, triture o comprimido para diabetes, dissolva-o em gua e tome-o, aps ter feito uma refeio leve ou lquida. Se estiver tomando insulina, diminua a dose para de dois teros at a metade da dose habitual. Ateno: quando estiver vomitando muito, sem melhorar, deve-se testar a presena de cetonas na urina. Pode ser que esteja comeando uma cetoacidose diabtica. Nesse caso, o tratamento deve ser feito por mdico, geralmente em hospitais, envolvendo aumento e no diminuio da dose de insulina.

Identificao: taxas altas de acar, com aumento do volume de urina e sede, fome, turvao visual, tontura e sonolncia. Se no tratada adequadamente, a descompensao pode levar ao coma diabtico.

O que fazer: confirmar o excesso de acar fazendo testes em casa, no sangue e na urina, medindo a glicosria e tambm a cetonria (se for insulinodependente) Ateno: essa situao pode ser extremamente sria, necessitando de tratamento imediato, geralmente levando internao hospitalar. Procure imediatamente o seu mdico. Se no o encontrar, v a um pronto-socorro. Nesses casos, alm de se investigar a causa do aumento de acar, o mdico responsvel pelo tratamento vai aumentar a dose da medicao ou troc-la por outra mais efetiva para o tratamento.

Identificao: excesso de sede, fome, quantidade de urina e nmero de mices, tonturas e mal-estar. Pode ser grave. O que fazer: teste a glicemia ou glicosria e, se for do Tipo 1, verifique a cetonria. Como fazer: tome bastante lquido (gua ou ch), aplique insulina Regular (ao rpida) na dose de acordo com seu peso: se for grande, 6 unidades. Pequeno, 4 unidades. Crianas usam de 1 a 3 unidades, dependendo do tamanho. Aps uma hora faa as medidas novamente. Se ainda estiverem muito altas, repita a dose. Ateno: veja se seu mdico concorda com estas instrues. Mas elas s devem ser tomadas caso no haja possibilidade de socorro mdico.

Identificao: no causar alterao se acontecer raramente. O que fazer: se esquecer no caf, tome no almoo. Se esquecer no almoo, tome antes do jantar. Ateno: os comprimidos que forem esquecidos durante o dia nunca devem ser tomados aps o jantar ou antes de deitar.

Identificao: pode haver alteraes nas taxas de acar sangneas, tanto aumentando os valores de glicemia como os abaixando e causando hipoglicemia (quando se est de estmago vazio, por exemplo). O que fazer: se for beber, beba moderadamente. Se beber cerveja, no exagere na comida, pois ela tende a aumentar as taxas de acar mais que vinho e destilados. Se for beber pinga, usque ou rum, coma alguma coisa junto. Nunca fique de estmago vazio. Ateno: quem toma hipoglicemiantes orais (principalmente Diabinese) pode ter reao severa. Se este for o seu caso e se voc bebe freqentemente, converse com seu mdico. Tente beber o menos possvel.

Identificao: para pacientes que usam dois tipos de insulinas. O que fazer: aplicar numa s picada, com a mistura na mesma seringa. Seguir sempre a mesma ordem: comece com a transparente e depois a turva.

Como fazer: limpe a tampa do frasco com algodo e lcool e agi-te. Injete no frasco de insulina turva a mesma quantidade de ar que voc vai tomar de insulina, retire a seringa sem aspirar a insulina. A seguir, usando a mesma seringa, injete ar no frasco de insulina Regular. Sem tirar a agulha do frasco, vire-o ao contrrio e aspire a insulina transparente. Quando tiver aspirado a quantidade necessria, retire a agulha e introduza no frasco de insulina turva. Aspire a quantidade desejada. Ateno: se por engano for injetada insulina turva no frasco transparente, este deve ser jogado fora.

Identificao: uma complicao diabtica sria que pode ocorrer com quem tem grande diminuio de insulina no organismo. A cetoacidose diabtica comea com descompensao do diabetes (aumento das taxas de glicemia), causando grande aumento da quantidade da urina, sede, aumento da fome, mal-estar, seguidos de nuseas, vmitos e, se no tratada a tempo, coma diabtico. O que fazer: dose a glicemia com fitas domiciliares, dose a glicose e cetona na urina. Se a glicemia estiver alta e houver glicosria importante (maior que + + + ou 1000mg/dl) e cetonria, provavelmente uma cetoacidose. Procure imediatamente o seu mdico ou pronto-socorro. No espere. Como fazer: faa as dosagens em casa. Se os sintomas forem os descritos acima e a medida de glicose na urina estiver elevada, pode ser uma cetoacidose diabtica. Ateno: se no for tratada a tempo pode causar srios danos. Quando procurar ajuda, fale de suas suspeitas. No v para casa sem ser medicado e pea que repitam os testes.

O que fazer: quanto maior o atraso, menor a quantidade a ser tomada. Reduza a dose para 2/3 ou metade. Se lembrar antes de deitar, reduza para 1/3. Como fazer: mea a sua glicemia ou glicosria ou cetonria. Se as taxas forem maiores que 300 mg% ou houver glicosria de + + + a + + + +, tome junto 6 unidades de Insulina Regular. Ateno: se acontecer com criana ou descontrole importante em adultos, fale com um mdico imediatamente.

Identificao:: caroo doloroso, com vermelhido e aumento de temperatura no local. O que fazer: no aplicar insulina neste lugar. No se trate em farmcia e fale com seu mdico. Ateno: abcessos so sinal de infeo local. 1 - Em diabticos, acontece quando no houve limpeza adequada do local ou agulha contaminada. 2 - Eventualmente precisam ser drenados e tratados com a ajuda de antibiticos. Mas procure o mdico. 3 - Como em toda infeco, a tendncia aumentar a glicemia e, por isto, um ajuste na medicao pode ser necessrio. Nunca faa por sua conta, procure um mdico.

As Carncias do Diabtico (Baseado no artigo do Dr. Rogrio F. Oliveira)Carente, do latim Carere, significa etimologicamente "ser falto de", "no ter", "no possuir". Contudo, por conhecido mecanismo de lngua, chamado contaminao, surgem os sentidos extensivos, que ampliam o espectro semntico da palavra. Carente, hoje, alm de significar "no ter", "no possuir", "ser falto de", significa tambm, e com muito mais freqncia, "necessitar", "precisar". que, em princpio, quem no tem, precisa. Os diabetes, doena crnica grave, impem, por toda a gama de peculiaridades, a identificao ntida de dois grupos de pacientes: o diabtico carente por desnvel social, de parco poder aquisitivo, que, uma vez motivado a conseguir boa sade, dedica o melhor dos seus esforos para a obteno gratuita dos remdios e exames especficos, procurando as associaes de diabticos ou os servios especializados dos hospitais pblicos, que, em geral, fornecem a medicao prescrita por suas equipes mdicas. Sem dvida, as carncias deste grupo so mais facilmente trabalhadas, pois sua expresso maior est no mbito material: exames, remdios, alimentao adequada, etc... No o que ocorre com o segundo grupo, constitudo de pacientes cujo alto poder aquisitivo, da maioria deles, lhes assegura a pronta e plena satisfao das necessidades materiais. So pacientes de trato difcil; o equipamento psicolgico mais complexo suscita especulaes e indagaes, normalmente irresponsveis, que acirra o sentimento de revolta indefinida, decorrente da absoluta incapacidade de resoluo de seus males a poder de dinheiro. Essa incapacidade se volta, como forma de vingana compensatria, contra toda e qualquer limitao que a molstia lhes imponha, inclusive - e muito especialmente - contra o mdico, que , em verdade, a expresso mais abalizada das restries que os progressos cientficos impem. Essa insubordinao declarada e acintosa , em geral, a lastimvel causa da incidncia comum de complicaes degenerativas, das mais simples s mais graves, como, por exemplo, a gangrena diabtica. Se, com os componentes do primeiro grupo a ajuda material de grande valia, para os do segundo grupo a assistncia psicolgica o caminho mais curto para ser bem trabalhada a carncia afetiva, a falta de auto-estima, sentimentos que avultam o carter do paciente diabtico e que, por isso, interessam no s a ele, mas tambm - e em alta dose ao grupo familiar. A sade uma conquista diria, cujo afrouxamento a derrota e, por sinonmia, a morte. Viver bem com a diabete , sem dvida, tarefa difcil, mas conviver com suas complicaes crnicas certamente muito pior. O bom controle evita as complicaes e permite uma vida saudvel, cheia de realizaes.

AS CAUSAS DA OBESIDADESegundo Dr. Perseu Seixas de Carvalho (30/08/2000), nos ltimos anos, vem ocorrendo em todo o mundo, um aumento assustador do nmero de pessoas obesas. Alguns pases apresentam nmeros alarmantes. Nos Estados Unidos, metade da populao adulta apresenta excesso de peso e existe tambm um aumento dos casos de obesidade infantil. No Brasil, o nmero de obesos j passa dos 50 milhes e vem crescendo cada vez mais. E quais seriam os motivos? A causa bsica da obesidade um desequilbrio entre a ingesto calrica e o gasto de energia, mas os mecanismos que levam a este desequilbrio ainda no esto totalmente esclarecidos.

Os mecanismos que controlam o gasto de energia e mesmo uma srie de fatores que regulam o apetite obedecem a uma determinao gentica. Entretanto, estudos realizados tm mostrado que, para a grande maioria dos indivduos, os fatores genticos contribuiriam com cerca de 1/3 de importncia, ficando os outros 2/3 para os fatores ambientais. A importncia dos fatores ambientais fica bem clara se analisarmos que, o aumento considervel da obesidade nos ltimos 20 anos evidentemente no obedece a nenhuma mudana gentica , pois estas mudanas levam milhares de anos para ocorrer. Tal fato se deve unicamente modificaes no estilo de vida das populaes, que o que chamamos de fator ambiental. Dentre os principais fatores responsveis pelo aumento dos casos de obesidade se encontram os chamados confortos da vida moderna; o automvel, o elevador, o controle remoto, telefone e uma srie de inventos que determinaram uma reduo brusca e intensa da atividade fsica. Reduo da atividade fsica significa menor gasto energtico e, portanto, acmulo de energia sob a forma de gordura. Um outro fator muito importante a mudana nos hbitos alimentares e a maior oferta de alimentos. Os alimentos fornecedores de energia so os carboidratos, as protenas e as gorduras ou lipdeos. Desses, os 2 primeiros fornecem 4 calorias por grama, enquanto que os lipdeos fornecem 9 calorias/grama. H cerca de 100 anos, o alimento bsico da maioria das populaes em todo o mundo era o carboidrato, que um nutriente encontrado nos alimentos de mais fcil acesso, como o trigo, milho, gros, cereais e razes em geral. Este nutriente correspondia 60% do total ingerido na dieta da poca. Com o progresso comeou a haver uma maior oferta dos alimentos industrializados, as refeies tornaram de preparo rpido e ingesto mais rpida ainda, o chamado "fast food", e estes alimentos tem como caracterstica principal o alto teor de gordura e protena e uma baixa oferta de carboidratos. Inverteu-se, portanto, o padro normal de alimentao - a " pirmide alimentar ". Se levarmos em conta que 1 grama de gordura contm 9 calorias fica fcil entender quem o vilo da histria. De fato, os estudos tm mostrado claramente que quanto maior a ingesto de gordura maior a incidncia de obesidade num determinado grupo populacional.

Atividade Fsica e Diabetes no Brasil: Necessidade x RiscosSegundo a Dra. Ana Claudia Ramalho, desde o sculo dezoito, o exerccio vem sendo defendido como instrumento benfico no tratamento de pacientes com diabetes mellitus(DM). Como ocorre em indivduos sem diabetes, pacientes com DM apresentam um aumento na utilizao perifrica da glicose associado com um aumento na sensibilidade perifrica a ao da insulina que persiste por 12 horas ou mais aps o final do exerccio. Em pacientes com DM tipo 1, um programa de exerccio pode melhorar a sensibilidade insulina. Alguns estudos, porm, no demonstram uma melhora no controle glicmico nestes pacientes. Entretanto bem claro o efeito benfico do exerccio na performance cardiovascular e no perfil lipdico, aumentando HDL colesterol e reduzindo triglicrides, tornando valioso o seu efeito sobre a morbi-mortalidade em pacientes com DM tipo 1 e 2. No paciente com DM tipo 2, a ocorrncia freqente de resistncia insulina, obesidade, anormalidade no perfil lipdico e doena cardiovascular, tornam o exerccio um potente coadjuvante aliado na teraputica e com baixo risco de hipoglicemia. No

paciente com DM tipo 1, o risco de hipoglicemia ou de piora da hiperglicemia e cetose conseqentes ao exerccio merecem uma abordagem mais cautelosa. Todos os pacientes diabticos que iniciaro um programa de exerccios fsicos devem ser previamente avaliados. Se o controle glicmico pobre, dever ser equilibrado antes do incio do exerccio. Como regra geral a glicemia deveria ser inferior a 250mg/dl e sem cetose. Retinopatia severa contra indica exerccio intenso pelo risco de hemorragia. Exerccios envolvendo membros inferiores em pacientes com neuropatia perifrica requerem observao cuidadosa de leses nos ps e pode mesmo ser contra-indicado. Para pacientes com neuropatia pode ser necessrio selecionar atividades que no coloque em risco o trauma de membros inferiores, como por exemplo: nadar. Os diabticos reconhecem a atividade fsica como um elemento importante no controle metablico. Porm, em raros casos recebem um suporte e apoio tcnico adequados para faz-la. Muitas vezes os pacientes diabticos so orientados pelos endocrinologistas a fazerem uma atividade fsica, porm no sabem como comear, qual atividade fazer e como reajustar seu controle; ao se inscreverem numa academia, em geral, os pacientes se deparam com profissionais sem nenhuma noo sobre atividade fsica em diabticos. Aps o incio da atividade fsica, faz-se necessrio a realizao de glicemias capilares antes, durante (para treinos com durao maior de 1 hora) e depois da atividade. Com esses registros de glicemia capilar possvel o ajuste da dose de insulina que em geral reduzida com a atividade fsica.

Abordagem Diagnstica e Teraputica do Diabetes GestacionalSegundo Josivan Gomes de Lima, a gestao um estado diabetognico devido secreo de hormnios contrainsulinicos (GH, ACTH, lactognio placentrio humano, progesterona). Na gestao normal, as adaptaes metablicas so suficientes para manter a glicemia normal, utilizando fontes alternativas de energia (cetonas e cidos graxos livres) e reservando a glicose para o feto (1). Quando estes mecanismos compensatrios falham, prevalecendo a ao dos hormnios contrainsulinicos, desenvolve-se diabetes gestacional com suas potenciais complicaes (pr-eclmpsia, polidrmnio, macrossomia, necessidade de cesrea, hipoglicemia, hiperbilirrubinemia, hipocalcemia, bito perinatal, maior risco de diabetes tipo 2 na me). O teste Screening: A ADA (2) sugere que o rastreamento daquelas pacientes que no tm fatores de risco (>25 anos, peso elevado, histria familiar de diabetes, raa) no custo-efetivo e no deveria ser realizado. At 10% das mulheres com diabetes gestacional podem no ser diagnosticadas com o screening seletivo (3), modo que o screening universal, realizado entre a 24 e 28 semanas, o nosso preferido. Ele pode ser realizado mais cedo se houver suspeita de diabetes tipo 2. No existe um consenso em relao ao teste diagnstico a ser utilizado. O teste de 75g o nosso preferido. Se diabete aparece aps a idade de 25 anos, ou antes, da 20 semana, diabetes tipo 2 provvel. Cerca de 10% das mulheres com DMG tm anticorpos antiilhotas positivos e se a paciente magra, teve cetoacidose durante a gestao ou hiperglicemia severa necessitando de altas doses de insulina aumenta a chance de DM tipo 1. O tratamento adequado ir prevenir complicaes fetais. Consiste de monitorizao e insulina se necessrio.

A Dieta deve ter adequado suporte calrico, ingesto de carboidratos e refeies dirias (3 principais e 3 lanches), visando a normoglicemia, preveno de cetose, adequado ganho de peso e boa sade fetal. Quanto a monitorizao, devem ser medidas as glicemias 1 hora aps as refeies, tentando alcanar metas de glicemia de jejum