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ASSEMBLEIA PARLAMENTAREURO–LATINO-AMERICANA

RESOLUÇÃO:

As relações económicas e financeiras com aRepública Popular da China na perspetivada Parceria Estratégica BirregionalUE-ALCcom base no relatório da Comissão dos Assuntos Económicos, Financeiros e Comerciais

Correlatores: Herman Olivero (Parlasul)Ashley Fox (Parlamento Europeu)

Quinta-feira, 22 de setembro de 2016 - Montevideu

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EUROLAT - Resolução de 22 de setembro de 2016 - Montevideu

[com base no relatório da Comissão dos Assuntos Económicos, Financeiros e Comerciais]

As relações económicas e financeiras com a República Popular da China na perspetivada Parceria Estratégica Birregional UE-ALC

A Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana,

- Tendo em conta as resoluções do Parlamento Europeu, de 14 de março de 2013, sobreas relações UE-China (2012/2137(INI)), de 9 de outubro de 2013, sobre as negociaçõesentre a UE e a China relativas à celebração de um acordo bilateral em matéria deinvestimento (2013/2674(RSP), e de 23 de maio de 2012, sobre a UE e a China:desequilíbrio comercial?(2010/2301(INI)),

- Tendo em conta a Agenda Estratégica para a Cooperação UE-China 2020, apresentadana 16.ª Cimeira China-UE, em 23 de novembro de 2013,

- Tendo em conta o documento Facts and figures on EU-China trade [«Factos e númerossobre as relações comerciais entre a UE e a China»], publicado em 2014 pelaDireção-Geral de Comércio da Comissão Europeia1,

- Tendo em conta o diálogo UE-China sobre direitos humanos, de 25 de junho de 2013,

- Tendo em conta o documento de síntese sobre a atividade das empresas europeias naChina em 2014/20152,

- Tendo em conta o documento, de fevereiro de 2014, intitulado China’s Environment:Ambitions, Challenges and Opportunities for EU Cooperation (Ambiente na China:aspirações, desafios e oportunidades de cooperação com a União], e de 2012 ChineseOverseas Direct Investment in the European Union3 [ (Investimento Direto Estrangeiroda China na União Europeia] de ECRAN (Europe China Research and AdviceNetwork),

- Tendo em conta a Declaração de Pequim da Primeira Reunião Ministerial do FórumChina-CELAC, realizada em janeiro de 2015,

- Tendo em conta o documento de janeiro de 2015 com o título «Primeiro Fórum daCELAC e da China: explorando as oportunidades de cooperação em matéria comerciale de investimento», da CEPAL,

- Tendo em conta o documento intitulado «Perspetivas económicas de América Latina2016: Rumo a uma nova associação com a China», publicado conjuntamente pelaOCDE e pela CEPAL,

1 http://trade.ec.europa.eu/doclib/docs/2009/september/tradoc_144591.pdf2 http://www.europeanchamber.com.cn/en/publications-position-paper3http://www.eeas.europa.eu/china/docs/division_ecran/ecran_chinese_investment_in_the_european_union_jeremy_clegg_and_hinrich_voss_en.pdf

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- Tendo em conta a análise aprofundada do Parlamento Europeu intitulada Trade andeconomic relations with China: 2014 [Relações económicas e comerciais com aChina: 2014] e Trade and economic relations with China: 2015 [Relações económicas ecomerciais com a China: 2015],

- Tendo em conta o estudo intitulado «China 2030: Building a Modern, Harmonious, andCreative Society [A China em 2030: construir uma sociedade moderna, harmoniosa ecriativa], do Banco Mundial,

- Tendo em conta o Plano de cooperação entre os países da América Latina e dasCaraíbas e a China (2015-2019), aprovado no Fórum China-CELAC em janeiro de2015, que inclui compromissos e propõe a via a seguir em matéria de política esegurança, assuntos internacionais, comércio, investimento e finanças, infraestruturas etransportes, energia e recursos naturais, agricultura, indústria, ciência e tecnologia,aviação e capacitação de recursos humanos, cultura e desporto, imprensa, meios decomunicação e publicação, turismo, proteção do ambiente, gestão de risco e redução decatástrofes, erradicação da pobreza e saúde e amizade entre os povos,

A. Considerando que a República Popular da China (China) se tornou um intervenienteglobal com um papel importante no sistema internacional em matéria financeira,económica e comercial, o que é demonstrado pelas suas taxas de crescimentoeconómico sustentado superiores à média, especialmente desde a sua adesão àOrganização Mundial do Comércio (OMC) em 2001,

B. Considerando que a China é uma das maiores economias do mundo e o maiorexportador de bens numa vasta gama de setores: indústrias que requerem uma utilizaçãointensiva de mão-de-obra (têxteis, vestuário, mobiliário), indústria pesada (navios) e altatecnologia (equipamentos de telecomunicações, computadores); que o comércio demercadorias entre a China e a região da América Latina e das Caraíbas (ALC) adquiriuum dinamismo crescente; que a quota de repartição das importações de origem chinesavaria muito em toda a região; que a quota da China no consumo mundial dematérias-primas estratégicas aumentou drasticamente, e que as matérias-primasprovenientes da ALC representam metade das importações chinesas da região (a saber,minério de cobre, oleaginosas, óleo de soja);

C. Considerando que, atualmente, a China é uma das principais fontes de investimentodireto estrangeiro (IDE) na ALC, juntamente com os Estados Unidos e a UniãoEuropeia;

D. Considerando que cerca de dois terços dos países da ALC reconheceram, em princípio,o estatuto da China como economia de mercado, ao passo que a União ainda não o fez;que a cooperação científica e técnica foi desenvolvida, tendo sido celebrados acordosentre a China e diversos países da ALC;

E. Considerando que a China é um parceiro estratégico fundamental para a União no querespeita ao comércio de mercadorias ou a reservas monetárias e ao potencial decrescimento do mercado dos serviços; considerando que a União é um dos principaisinvestidores na China e vice-versa;

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Oportunidades de associação à economia com o maior ritmo de crescimento do mundo

1. Assinala que as taxas de crescimento da China se situam em cerca de 7 %, o que podecontribuir para combater problemas sociais como a fome e a pobreza extrema; observaque, com o rápido desenvolvimento da China, fatores sociais e económicos como oaumento das exigências sociais e dos custos da mão-de-obra, a poluição e apreocupação sobre a segurança dos produtos, um ambiente empresarial incerto, osprocessos de produção novos e inovadores e os longos prazos de entrega podem afetar ocrescimento comercial e o emprego e conduzir à relocalização de empresas e de postosde trabalho que inicialmente tinham sido deslocalizados para a China; observa compreocupação as consequências para o mercado mundial da grande capacidade deprodução da China em setores como a siderurgia, a indústria química ou a cerâmica emconsequência da desaceleração da sua economia;

2. Congratula-se com a participação da China em fóruns bilaterais, regionais, multilateraise plurilaterais e manifesta interesse na aplicação das iniciativas de investimentoambiciosas da «nova normalidade chinesa», como o Banco Asiático de Investimentosem infraestruturas (no qual participam alguns países da União e da ALC), e naEstratégia da Rota da Seda para o reforço da interconexão entre a China, a Ásia Centrale a Europa;

A China e a região da América Latina e das Caraíbas

3. Reconhece as potencialidades das relações entre a China e a ALC e considera que, paraa China, a região da América Latina e das Caraíbas representa novos mercados e umafonte importante de recursos estratégicos vitais; considera que as relações da ALC coma China contribuem para diversificar o comércio externo da ALC, reduzem avulnerabilidade da sua balança comercial, aumentam as exportações e atraem oinvestimento e a tecnologia chineses em diferentes setores, como os transportes, aindústria petrolífera, as infraestruturas, a agricultura e o turismo, entre outros; constataque as relações com a China vêm juntar-se à relação estreita já existente com os seusparceiros tradicionais, como a UE; sublinha a importância de atrair investimentoschineses para o desenvolvimento das infraestruturas e dos transportes da ALC, fator queé determinante para a competitividade das exportações e a inovação, além de serfundamental para modernizar a sua base industrial e obter progressos na produtividadedo trabalho; recorda que a diversificação das exportações da ALC, associada a umamaior sofisticação tecnológica dos produtos industriais, é essencial para promoverelevadas taxas de crescimento económico;

4. Destaca as visitas dos Presidentes Hu Jintao e Xi Jinping à América Latina e Caraíbasentre 2004 e 2014, durante as quais foram concluídos acordos que abrangem setorescomo a ciência e a tecnologia, a saúde e a indústria aeroespacial, entre outros,assinalando que a aplicação desses acordos se deve centrar no desenvolvimento dospaíses da ALC através da inclusão de valor acrescentado nos produtos; assinala que asexportações da ALC para a China são sobretudo constituídas por produtos da extraçãomineral e produtos agrícolas;

5. Regista a adoção do Plano de Cooperação CELAC-China para 2015-2019, nos termosdo qual a China se compromete a investir 250 000 milhões de dólares na região durante

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a próxima década; salienta o quão importante é para a CELAC que a cooperaçãochinesa se traduza em projetos concretos em setores como os da energia, infraestruturas,transportes e comunicações, mas também nos domínios da ciência, tecnologia eeducação e outros que produzam valor acrescentado, em consonância com os interessessoberanos dos países em causa; reitera que o investimento público em setoresestratégicos pode ser essencial para assegurar um crescimento económico sólido;considera que as parcerias público-privadas se revestem de uma importância estratégicaconsiderável e podem desempenhar um papel fundamental desde que a região ALCpromova o apoio ao investimento de projetos concretos que satisfaçam a amplavariedade de necessidades sociais e que o setor público não abandone as suas missõesessenciais de serviço público;

6. Destaca a importância de empreender reformas estruturais para melhorar a inovação, deforma a aumentar a produtividade, a eficiência, a qualidade, a diversificação económica,o surgimento de um tecido industrial e a promoção de um crescimento sustentável, cominclusão, e um desenvolvimento equilibrado dos países através da produçãodiversificada, a começar pelos benefícios decorrentes da exportação de matérias-primasda ALC;

A China e a União Europeia

7. Assinala que, atualmente, a China é a maior fonte de importações da UE, mas que asempresas da UE, nomeadamente as empresas em fase de arranque e as PME, continuama enfrentar discriminações e problemas consideráveis relacionados com o acesso aomercado chinês e suas barreiras não pautais, e assinala que é importante garantir umacesso ao mercado em igualdade condições; considera que as relações comerciais entrea UE e a China devem basear-se no princípio da reciprocidade no acesso ao mercado;

8. Recorda que, desde a adesão da China à OMC em 2001, as relações económicas efinanceiras entre os dois blocos comerciais se têm regido pela cláusula da nação maisfavorecida (NMF), que garante a não discriminação; salienta que todos os membros daOMC devem respeitar a plena aplicação dos compromissos assumidos no âmbitodaquela organização; espera que a China desenvolva mais esforços para integrar oAcordo sobre Contratos Públicos (ACP); regista a sua participação ativa no Acordosobre as Tecnologias da Informação (ATI) e as negociações para a conclusão do Acordoem matéria de Bens Ambientais (ABA) e para a sua adesão ao Acordo sobre oComércio de Serviços (TISA); considera que a China deve prosseguir os seus esforçospara melhorar as condições sociais, laborais e ambientais, e que devem ser mantidosinstrumentos de defesa comercial eficazes que permitam proteger os trabalhadores e asempresas de práticas comerciais desleais;

9. Apoia a declaração conjunta aprovada na 16.ª Cimeira UE-China e a adoção da AgendaEstratégica para a Cooperação UE-China 2020, que constituiu a base para o início dasnegociações com vista a um acordo de investimento entre as duas partes e quesublinhou que a China, numa base de reciprocidade, atrairia mais IDE se abrisse o seumercado e eliminasse as barreiras existentes aplicadas a um grande número deatividades económicas;

10. Regista os esforços envidados por ambas as partes no que diz respeito à legislação emmatéria de direitos de propriedade intelectual (DPI) e insta à sua efetiva aplicação e

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execução em todos os níveis da administração incluindo as normas vigentes sobresegredos comerciais, transferências de tecnologia, transparência, comércio eletrónico,adjudicação de contratos públicos, alfândegas, segurança alimentar e segurança dosprodutos e luta contra o comércio de mercadorias ilícitas, tendo em vista favorecer ummaior diálogo bilateral e um ambiente mais transparente e justo para o desenvolvimentodo comércio e das relações económicas entre as partes; considera, todavia, que osprogressos da China continuam a ser insuficientes em matéria de respeito e aplicação dalegislação relativa aos direitos de propriedade intelectual e insta a União a trabalhar comeste país com vista a uma aplicação e execução mais eficazes dessa legislação;

11. Exorta todas as partes a honrarem os seus compromissos para assegurar a coerência dalegislação, melhorar as condições de acesso ao mercado, promover mecanismos deacesso à contratação pública com base numa reciprocidade positiva, trabalhar em prolda transparência, assegurar a não-discriminação e a igualdade de tratamento deempresas estrangeiras e privadas, bem como eliminar as formalidades burocráticasdesnecessárias e agilizar os procedimentos morosos;

12. Salienta que, para que as trocas comerciais sejam equilibradas e criem crescimentosustentável e emprego, é essencial que se processem em condições equitativas numquadro regido por normas que minimizem a concorrência desleal e as medidas dedistorção do comércio, sem reduzir as normas sociais e ambientais; insta as autoridadesde ambas as partes a promoverem o diálogo e a cooperação para assegurar que ocomércio e concorrência se mantenham mutuamente vantajosos;

13. Observa que, segundo o protocolo de adesão da China à OMC, atualmente todos osmembros da organização são livres de conceder o estatuto de economia de mercado àChina com base na sua legislação nacional para efeitos de inquéritos anti-dumping eque, atualmente, a legislação da União Europeia estipula cinco critérios para considerara economia de um país como uma economia «de mercado»: o país em questão precisade ter uma taxa de câmbio flutuante, um mercado livre, um governo não-intrusivo enormas de contabilidade empresarial eficazes, e tem de reconhecer os direitos depropriedade e dispor de legislação em matéria de insolvência e/ou falência, critériosque, na opinião da UE, a China não cumpre1; considera que qualquer decisão da Uniãosobre a possibilidade de conceder à China o estatuto de economia de mercado em 2016deve basear-se numa avaliação de impacto exaustiva por setores, que também deveanalisar as eventuais consequências para o emprego e o crescimento sustentável naUnião; considera que qualquer decisão deve ser tomada no âmbito da OMC, de formacoordenada entre os seus diferentes membros;

Conclusões

14. Está ciente da importância das relações económicas, financeiras e comerciais a níveltrilateral; considera que os três intervenientes mundiais podem beneficiar de umaestratégia cuidadosamente concebida de concorrência e cooperação equitativas, abertas,transparentes e recíprocas, respeito pelo Estado de direito, pelos direitos fundamentais epela soberania dos Estados, centrada na melhoria das condições sociais, laborais eambientais e nas diretrizes da OCDE sobre responsabilidade social das empresas,compatíveis com uma agenda sustentável que promova a criação de emprego para

1 Resolução do Parlamento Europeu, de 12 de maio de 2016 (2016/2667(RSP)), P8_TA-PROV(2016)0223.

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aumentar a prosperidade;

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15. Observa que, embora a necessidade da China em termos de matérias-primas e o seuinvestimento na região da América Latina e Caraíbas tenha sido um dos fatores quepermitiu o crescimento económico da região e uma melhor integração no sistema decomércio internacional, também conduziu a outras vulnerabilidades e, por conseguinte,apela a uma reflexão estratégica conjunta de longo prazo, que reforçará a posição daALC no comércio mundial;

16. Assinala que a China é um parceiro estratégico da UE com o qual se obtêm importantesbenefícios mútuos em setores como o dos serviços, que se reveste de importância para ocrescimento, o emprego e a competitividade na UE; regista as incertezas que subsistemnas relações UE-China, desde as tendências económicas e comerciais gerais a questõesespecíficas, como o Banco Asiático de Investimentos em Infraestruturas ou os diversoslitígios apresentados no quadro da OMC; realça, por conseguinte, que é desejável umaabordagem setorial específica centrada em domínios com o maior potencial dedesenvolvimento, incluindo o comércio eletrónico e os serviços digitais e empresariais;considera que tal só será possível quando as exigências da UE e a observância doscompromissos e obrigações que incumbem à China na qualidade de membro da OMCem matéria de proteção e respeito dos direitos de propriedade intelectual e dasindicações geográficas, melhoria das condições sociais, laborais e ambientais, bemcomo em matéria de investimento, acesso ao mercado, transparência, reciprocidade erequisitos da contratação pública se enquadrarem com as da China;

17. Salienta que a Parceria Estratégica Birregional UE-ALC pode constituir um elementofundamental para coordenar uma posição comum, a fim de que as relações económicas,financeiras e comerciais de ambas as regiões com a China possam desenvolver o seupotencial;

* * *

18. Encarrega os seus Copresidentes de transmitir a presente resolução ao Conselho daUnião Europeia e à Comissão Europeia, aos parlamentos dos Estados-Membros daUnião Europeia e de todos os países da América Latina e das Caraíbas, ao ParlamentoLatino-Americano, ao Parlamento Centro-Americano, ao Parlamento Andino e aoParlamento do Mercosul, ao Secretariado-Geral da Comunidade Andina, à Comissão deRepresentantes Permanentes do Mercosul, ao Secretariado Permanente do SistemaEconómico Latino-Americano e das Caraíbas e aos Secretários-Gerais da Organizaçãodos Estados Americanos, da União de Nações Sul-Americanas e das Nações Unidas,bem como à República Popular da China.