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Resenha e Crítica
Thaísa Bueno
Lembrando
Por que a divisão do termo? – profissionalização/
concessões
Qual é o termos mais popular?
Qual a editoria mãe!?
Detalhes dessa mudança Coutinho (1975, p. 59 até o início do século XX as atividade eram
exercidas conjuntamente.
O jornalismo moderno, na opinião do autor, não mais comporta a atividade crítica, que exige “métodos e critérios”, incompatíveis com “o próprio espírito do jornalismo, que é informação, ocasional e leve”.
Público que consumia a obra de arte era o mesmo que lia o jornal
Segundo Melo (2003, p. 131), com a industrialização do jornalismo, desaparece (ou torna-se residual) a crítica estética, dedicada a apreciar o sentido profundo das obras de arte e situá-la no contexto histórico, surgindo em seu lugar a resenha, uma atividade mais simplificada, culturalmente despojada e sem critérios específicos de produção.
Diferenças
A crítica (gênero literário) destina-se ao público letrado, pois está cada vez mais voltada à atividade científica, com atribuição de densidade, conteúdo e métodos.
E a resenha (gênero jornalístico) dirige-se ao “consumidor popular”, caracterizada pelos textos curtos e pouco aprofundados
Enquanto a resenha, publicada no jornal, é um texto simples – com frases curtas e palavras fáceis – dedicado a amplo público;
A crítica é estruturada segundo padrões da análise acadêmica, destinada a um público seleto e publicada em periódicos especializados ou nos veículos restritos ao segmento universitário da sociedade brasileira
Lembrando
Quem escreve?
Para quem?
Por que escreve?
Onde publica?
Funções da resenha
Informar do que circula
Elevar nível cultural
Reforçar identidade comunitária
Aconselhar emprego de recursos
Estimular artistas
Definir o que é novo
Documentar a história
Divertir
A que mudou nossa história!
1876 anunciando a exposição de Monet e
seus amigos "A rua Le Peletier é uma rua de desastres. Depois do incêndio da Ópera, está acontecendo agora mais um desastre. Acaba de ser inaugurada uma exposição na Galeria Durand Ruel que supostamente contém pinturas. Entrei e meus olhos horrorizados depararam com algo terrível. Cinco ou seis lunáticos, entre ele uma mulher, reuniram-se para exibir suas obras. Vi pessoas sacudindo-se de riso diante dessas pinturas, mas o meu coração sangrou ao vê-las. Esses pretensos artistas intitulam-se revolucionários, 'impressionistas'. Tomam um pedaço de tela, tinta e pincel, besuntam meia dúzia de manchas sobre ela ao acaso, e assinam o nome nessa coisa."
Transformação
1916, nomeada A representação da tragédia “Orestes" no campo de sant'anna – não só a obra!
Não fossem aventurosos artistas de ultramares, que adoptam por patria o exilio amargo que o poeta de Só tão só deferia aos tristes e aos coitados e, com toda a certeza, nós não teriamos theatro nacional, senão nas esquecidas nostalgias do tempo de João Caetano.
Mas, o theatro, nacional por naturalização, estava mesmo assim, a morrer de estagnação, de entorpecimento, de vileza. 46
O brutal utilitarismo de alguns emprezarios compromettia o ultimo resquicio de dignidade, o escrupulo derradeiro dos que, acaso, ainda na alma sentiam certo desgarro para a arte (S/A, 1916).
1946 – peça Solange
Todos os seus interpretes (que não são poucos) se
mostraram suficientemente familiarizados com a peça.
Toda a ação se transcorreu sem qualquer hesitação, sem
tropeços, com a maior segurança. O notorio dominio que
cada qual revelava ter no seu papel, o conhecimento
denunciado do carater do personagem, a naturalidade
com que era ele representado, estava tudo isso indicando
não se tratar ali de uma coisa nova, ou buscada na poeira
dos arquivos, e trazida renovada para a vida moderna
(IMBASSAHY, 1946)
A esperada oportunidade de se conhecer a delicada opereta da Radial Filmes "Se não houvesse amor", que enchia de curiosidade todos os "fans", chega, finalmente, amanhã com a estréia desse filme no Cinema Metropole. (S/A, 1936)
4. Mas falar de cenografia sem o complemento das reproduções é como ensinar musica limitando-se á teoria e ao solfejo: bem gostariamos que estas publicações Bestetti tivessem entre nós a merecida divulgação, não fosse que pelo prazer egoista de mostrar porque não conseguimos aceitar tantas das cenografias que todo ano nos são apresentadas no palco do Municipal que mereceria, tambem neste campo tão importante do espetaculo, algo de bem melhor. (MASSARANL, 1956)
Resenhar o quê
Fotografia
Televisão
Arquitetura
Gastronomia
Digital
Moda
Beleza
Tipologias
Daniel Piza
1) Resenha “impressionista”, na qual o crítico descreve suas reações mais imediatas diante da obra, lançando adjetivos que a qualifiquem.
2) Resenha “estruturalista”, em que o crítico se concentra em características da linguagem e avalia o texto de acordo com transformações sofridas pela obra ao longo do tempo.
3) Resenha que trata apenas do autor, de sua importância, de seus temas e de sua recepção, seus modos e não observa aquela obra específica.
4) Resenha que trata somente do tema levantado pela obra em questão, deixando de lado a maneira como a obra o levanta
Marca
Segundo Piza, a resenha precisa buscar uma combinação
dos quatro atributos: Sinceridade, objetividade,
preocupação com o autor e com o tema. E ser em si uma
“peça cultural”, um texto que traga novidade e reflexão
para o leitor e que seja prazeroso de ler por sua argúcia,
humor e/ou beleza.
Segundo Melo (2003, p 132), a resenha configura-se como
um gênero destinado a orientar o público na escolha
dos produtos culturais em circulação. A atuação dos
resenhadores não se restringe ao monólogo que dirige ao
público, mas procura assumir a característica de “diálogo”
com os produtos, oferecendo ideias aos autores,
diretores ou autores dos produtos em apreciação,
e interferindo nos padrões das obras.
Para Melo (2003, p 66), a resenha pressupõe autoria
definida e explicitada, pois é o indicador que orienta o
receptor.
A resenha não precisa estruturar-se segundo uma
angulagem temporal que exija continuidade e imediatismo,
embora seja frequente sua publicação nos jornais.
Tipos mais comuns
Resenha descritiva e Resenha crítica
Grande ou pequena
Regras da Abnt e regras de Manual
Elementos I
Apresentação do produto (o quê, quem, quando, onde...)
Análise dos precedentes da obra (estético, político,
histórico – dizendo
Apreciação da obra (virtudes e falhas)
Conclusão
Serviço
Elementos II
Introdução criativa acerca do assunto da obra
Notas sobre autor e produção anterior
Anedotas
Juízo pessoal
Serviço
Sobre a resenha
Argumentar é poder participar ativamente da sociedade.
Para isso, é importante saber criar e reconhecer um
ponto de vista, compreender e refutar a argumentação de
um adversário e justificar posições com base em
conhecimentos adquiridos.
(Barreto, Ricardo Gonçalves. 2º Ano, 2010,p.347).
RESENHA
Para serem consideradas resenhas os textos que
trazem tanto o resumo do objeto quanto o
comentário ou avaliação do autor sobre ele.
Portanto, ele avaliará não só a leitura da obra,
através do resumo que faz parte da resenha, mas
também sua capacidade de opinar sobre ela.
Tipos mais comuns
A resenha apresenta alguns subtipos que valem destacar. O mais conhecido é a resenha acadêmica, que se subdivide em:
resenha crítica;
resenha descritiva;
resenha temática.
Definição completa
É um texto que avalia uma manifestação artística ou
intelectual. Seu objetivo é orientar o leitor que consome
ou utiliza um bem cultural, alertando para as qualidades e
os defeitos da obra. Conta com os saberes especializados
do resenhista e com sua argumentação para convencer o
leitor a conhecer ou não esse bem cultural, que pode ser
um livro, um filme, uma exposição, um CD, entre outros. Português, (Ensino Médio),Barreto, Ricardo Gonçalves. II Série, p.,356.
Finalidade
A finalidade de uma resenha é informar o leitor, de
maneira objetiva e cortês, sobre o assunto tratado no
livro ou artigo, evidenciando a contribuição do autor:
novas abordagens, novos conhecimentos, novas teorias.
A resenha visa, portanto, a apresentar uma síntese das
ideias fundamentais de uma obra.
Fonte: http://www.portugues.com.br/redacao/a-resenha-critica---um-genero-ambito-jornalistico-.html . A cesso em
08/07/2012.
Oito passos para a produção completa de uma resenha
crítica
1. Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos
essenciais do livro, artigo ou filme que você vai resenhar.
2. Apresente a obra: situe o leitor, descrevendo em poucas
linhas todo o conteúdo do texto a ser resenhado.
3. Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos,
em seções, sobre o foco narrativo ou até, de forma sutil, o
número de páginas do texto completo.
4. Descreva o conteúdo: aqui sim, utilize de 3 a 5
parágrafos para resumir claramente o texto resenhado
5. Analise de forma crítica: nessa parte, você vai dar sua opinião.
Argumente, faça comparações ou até mesmo se utilize de explicações, pontos
de vista. Agora sim, dê asas ao seu senso crítico.
6. Recomende a obra: você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é
hora de analisar para quem o texto realmente é útil. Utilize elementos sociais
ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda, etc.;
Língua Portuguesa, 3º Ano do Ensino Médio
Texto Argumentativo - Resenha Crítica
7. Identifique o autor: cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que
foi resenhada, e não o autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da
vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador.
8. Assine e identifique-se: agora sim. No último parágrafo, você escreve
seu nome e fala algo como “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade
de Caxias do Sul (UCS)” .
Fonte: http://www.lendo.org/como-fazer-uma-resenha/ Acesso em 08/07/ 2012.
Língua Portuguesa, 3º Ano do Ensino Médio
Texto Argumentativo - Resenha Crítica
Língua Portuguesa, 3º Ano do Ensino Médio
Texto Argumentativo - Resenha Crítica
Vamos ler abaixo uma resenha crítica para identificarmos os elementos
estruturadores desse gênero em estudo.
AZEVEDO, GONÇALVES. Aluízio Tancredo. O Cortiço. São Paulo: Editora Ática, 2000.
Uma Vida Subumana¹.
Maria Santana Aguiar Souza Interaminense².
O livro “O Cortiço”, (versão adaptada) de Aluísio Gonçalves Tancredo de
Azevedo, é composto de 16 capítulos, distribuídos em 53 páginas que relatam a vida de
pessoas pobres em uma habitação coletiva na cidade do Rio de Janeiro. O romance
tornou-se peça-chave para melhor explicar o Brasil do século XIX. Como obra
literária, não pode ser entendida segundo um documento histórico, mas uma
representação crítica e coerente das relações sociais corrompidas no país.
A obra, de cunho naturalista, é constituída de espaços em que
convivem desvalidos de várias etnias. Esses espaços se tornam personagens do romance, os quais se confundem com as próprias personagens que ali residem.
O narrador compara o Cortiço a uma floresta (estrutura biológica), um organismo vivo que cresce e se desenvolve, aumentando as forças daninhas e determinando o caráter moral de quem habita no seu interior. A obra é narrada em terceira pessoa, com narrador que tem conhecimento de tudo (consciente intruso), parece até entrar no pensamento das personagens, faz julgamentos e tenta comprová-los, como se fosse um contista.
Língua Portuguesa, 3º Ano do Ensino Médio
Texto Argumentativo - Resenha Crítica
O tempo é trabalhado de forma linear, com princípio, meio e fim, sem
precisão de datas, embora seja importante ressaltar o desenvolvimento do Cortiço
com o enriquecimento de João Romão. Os espaços explorados na obra são, em
primeiro plano, o próprio Cortiço, onde há amontoados de casebres mal-
arranjados, com habitantes pobres de diversas raças e classes sociais, como
funcionários públicos simples, operários, comerciantes e lavadeiras.
Língua Portuguesa, 3º Ano do Ensino Médio
Texto Argumentativo - Resenha Crítica
O segundo espaço é o sobrado aristocrático, representado pela burguesia
ascendente do século XIX. São espaços fictícios, mas que representam com grande
fidelidade o homem desse período. As personagens são psicologicamente
superficiais, isto é, são as personagens tipo. Dentre elas, destacam-se João Romão,
dono da padaria e do Cortiço, capitalista explorador; Bertoleza, quitandeira,
escrava cafuza que mora com João Romão. Miranda, comerciante português.
Jerônimo, trabalhador da pedreira de João Romão. Rita Baiana, mulata sensual e
provocante que realiza os pagodes no Cortiço. Piedade, portuguesa, casada com
Jerônimo. Capoeira Firmino, mulato que se envolve com Rita Baiana e as lavadeiras,
caixeiros, trabalhadores da pedreira, e o policial, Alexandre.
Língua Portuguesa, 3º Ano do Ensino Médio
Texto Argumentativo - Resenha Crítica
Diante dessa realidade, pode-se dizer que o Cortiço não é somente um
romance naturalista, mas uma alegoria do Brasil, por causa da descrição
realista e minuciosa dos diferentes tipos humanos e de suas relações com o
meio em que vivem. Além disso, o livro aborda também questões pertinentes
a um país com desigualdades sociais que se refletem até hoje.
Como leitora, recomendo que a obra seja lida e refletida, por ser um
livro muito solicitado nas provas internas e externas, principalmente por
vocês, estudantes, que irão participar dessas avaliações seletivas.
Língua Portuguesa, 3º Ano do Ensino Médio
Texto Argumentativo - Resenha Crítica
RESENHA
INSERÇÃO DE VOZES: DIFERENTES FORMAS DE MENÇÃO AO DIZER DO AUTOR.
Estrutura e
organização da
obra
Estruturar-se, dividir-se, organizar-se,
concluir, terminar, começar.
Indicação do
conteúdo geral
Apresentar, desenvolver, descrever,
explicar, demonstrar, mostrar, narrar,
analisar, apontar, abordar
Indicação de
objetivos da obra
Objetivar, ter o objetivo de, se propor a
Posicionamento
do autor da obra
em relação à sua
crença/tese
Sustentar, contrapor, confrontar, opor,
justificar, defender a tese, afirmar
RESENHA
O SEU JEITO DE FALAR SOBRE A OBRA
Quando se faz uma resenha sobre a obra de alguém, é importante seguir algumas regras de polidez, para evitar agredir o autor da obra resenhada. Para tanto, podemos usar vários recursos lingüísticos:
- O uso de expressões que atenuam as opiniões: parece-me, parece, acredito que, tal aspecto é mal explicado, apesar da qualidade do texto...
- O uso de tempos verbais que também tem a função de atenuar o que está sendo dito, como: futuro do pretérito.
- O uso de adjetivos, substantivos e mesmo advérbios para expressar a opinião do resenhista.
RESENHA
DICA: SIGA UM ESQUEMA
• Olivro de.../No texto “...”, (nome do autor)
• O objetivo do autor...
• Para isso...
• A obra divide-se em...
• Primeiro.../Primeiramente.../Na primeira parte...
• No item seguinte.../A seguir...
• Finalmente...
• O autor conclui..
RESENHA
SE VOCÊ PUDER RESUMIR AS PARTES DO TEXTO EM UM VERBO, QUAL SERIA? ESCOLHA UM VERBO QUE MELHOR EXPRESSA O EFEITO QUE VOCÊ ACHA QUE O AUTOR QUIS CAUSAR NO LEITOR:
Sustentar, contrapor, confrontar, opor, justiçar, defender a tese, afirmar, objetivar, ter o objetivo de, se propor a, apresentar, desenvolver, descrever, estruturar-se, concluir, dividir-se, organizar-se, concluir, terminar, começar, debruçar-se, sustentar que, dedicar-se ao estudo, fazer um relato, eleger, abordar.
Ideias
Nota- exemplo
Trabalho: Mirco Pagano e Moreno de Turco
Artistas de Curitiba
Material 6500 CDs
Resultado: reproduzir retratos dos mais famosos músicos
da história
200 horas juntando CDs para uma campanha no combate
a pirataria na internet.
Quem: Freddie Mercury, Elvis Presley, Bob Marley,
Michael Jackson, Jim Morrison, Jimmy Hendrix, James
Brown.
link
Nota
Dados para nota
Iris Scott, 28 anos, artista pernambucano
Historinha: Em 2009, quando ainda morava no sul do
Taiwan, Iris estudava arte e no meio de uma de suas aulas,
ao perceber que todos seus pinceis estavam sujos ela
resolveu tentar usar seus dedos para pintar.
Pintura com os dedos é sua técnica.
Confira a galeria
nota
Moda
Grife Holandesa Mud
Jeans alugados – novos – por 20 euros, mais uma
manutenção de 5 euros por mês.
Depois de um ano você compra definitivamente ou
devolve e aluga outro
Um lugar
para
praticar o
desapego!
E fazer
circular
bens como
numa
ciranda.
Dê-nos a
mão!
O que é?
Brechó virtual
Com coleções de até 40
peças por etapa
Compra, venda e troca
Todas as fotos têm
legendas com poemas
brasileiros
"Eu deixo aroma até nos
meus espinhos,
ao longe o vento vai falando de
mim.
E por perder-me é que vão me
lembrando,
por desfolhar-me é que não
tenho fim."
Cecília Meireles
Saia de saia
Saia de noite
Saia de dia
Saia de si!
Quem me compra um jardim
com flores?
Borboletas de muitas cores?
(Cecília Meireles)
Atividade