resenha do texto de eric hobsbawn

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  • 7/26/2019 Resenha Do Texto de Eric Hobsbawn

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    Resenha do Texto de Eric Hobsbawn: A Revoluo Francesa.

    Eric John Earnest Hobsbawm nasceu em Alexandria, Egito, no dia 9 de Junho

    de 1917. Foi um historiador marxista internacionalmente reconhecido.

    Contexto, causas e caractersticas da e!olu"#o Francesa $tamb%m conhecida

    como e!olu"#o &urguesa'.

    A Fran"a do s%culo ()*** era caracteri+ada como um as absolutista, onde o

    rei go!erna!a com oderes absolutos. Controla!a a economia, a -usti"a, a

    oltica e at% mesmo a religi#o dos seus sditos. A sociedade encontra!a/se

    estrati0icada e hierarui+ada. 2o too da ir3mide social, esta!a o clero, ue

    tamb%m tinha o ri!il%gio de n#o agar imostos.

    Abaixo do clero, esta!a 4 nobre+a, 0ormada elo rei, sua 0amlia, condes,

    duues, marueses e outros nobres. A base da sociedade era 0ormada elo

    5erceiro Estado $trabalhadores, camoneses e burguesia' ue, sustenta!a toda

    a sociedade com seu trabalho e com o agamento de altos imostos.

    A !ida dos trabalhadores e camoneses eram de extrema mis%ria, or isso,

    dese-a!am melhorias na ualidade de !ida e de trabalho. A burguesia, mesmo

    tendo uma condi"#o social melhor, dese-a!a uma articia"#o oltica maior e

    mais liberdade econ6mica em seu trabalho.

    A Fran"a aoiou a indeendncia das antigas 5re+e Col6nias inglesas $o atual

    E8A, eis A Esttua da :iberdade, resente da Fran"a'. ;egundo Hobsbawn,

    essa 0oi a causa direta ara desencadear a e!olu"#o. Com con!oca"#o dosEstados

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    Essa burguesia era essencialmente comercial e de0endia o liberalismo

    econ6mico. A re!olu"#o 0oi 0eita or esse gruo social emergente. As

    exigncias desse gruo 0oram exressas na >eclara"#o dos >ireitos do

    Homem e do Cidad#o, ue como 0ala brilhantemente Hobsbawn, 0oi um

    documento contra a sociedade hierruica de ri!il%gios de nobres, n#o um

    mani0esto a 0a!or de uma sociedade democrtica e igualitria.

    A e!olu"#o Francesa 0oi redominantemente burguesa, orue, mesmo com

    a resen"a de outros gruos sociais de grande massa neste 0en6meno, 0oi

    -ustamente a burguesia ue te!e resen"a oltica e intelectual dentro do

    5erceiro Estado $trabalhadores, camoneses e burguesia', e com o aoio das

    massas de camoneses e trabalhadores ue ganha!am em maioria como

    reresentantes dentro da Assembl%ia 2acional, a burguesia te!e sua 0or"a ara

    con!ocar os Estados

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    eidemia ue acionou a inuieta"#o camonesa e esalhou de 0orma obscura

    e eminente le!ando o as ao eu/se ao o!o o direito ao

    su0rgio uni!ersal, o direito a insurrei"#o, trabalho e subsistncia, tendo umaConstitui"#o genuinamente democrtica roclamada or um Estado oderno.

    Foi abolido todos os direitos 0eudais remanescentes, aumentando assim, as

    oortunidades ara o eueno comrador aduirir as terras con0iscadas dos

    emigrantes.

    Essas trans0orma"=es caitalistas deram base ara o rido desen!ol!imento

    econ6mico. Esses 0atores seriam as causas da !is#o da durabilidade dessa0ase, aesar das mortes ue aconteceram, como a de >anton, ue 0oi um lder

  • 7/26/2019 Resenha Do Texto de Eric Hobsbawn

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    girondino $burguesia moderada ue tinha articia"#o na Assembl%ia

    Constituinte com inten"=es liberais, eram contra o terror e a execu"#o do rei,

    de linha mais ideol@gica' e at% mesmo a do r@rio obesierre $burguesia

    liberal radical a 0a!or do terror', eles 0oram tragados ela r@ria re!olu"#o ue

    iniciaram.

    Fa+endo um aralelo com o Chile do s%culo ((, na %oca do ditador Binochet,

    o mesmo 0oi acusado or !rias mortes de essoas ue 0oram oositoras ao

    seu go!erno militar aoiado elos E8A. >urante a sua senten"a de ris#o or

    crimes contra a humanidade, milhares de essoas 0oram 4s ruas contra a sua

    ris#o, orue ele trans0ormou o Chile economicamente e ele!ou o ais ao

    desen!ol!imento dentro da Am%rica :atina. )oltando ara a e!olu"#o

    Francesa, enso ue o 5error reconstitui a Fran"a em todos os sentidos.

    2aole#o * e a imort3ncia do Ex%rcito

    A re!olu"#o trans0ormou toda a Euroa, or !arrer todo o sistema oltico

    absolutista. D erodo re!olucionrio ue erassa o >iret@rio e a onaruia

    Constitucional deram as bases ara sistema liberal ser imlantado e

    solidi0icado.

    D ex%rcito surge como solu"#o ara resol!er as guerras contra ustria e a

    Brssia. 2aole#o * como che0e do exercito resgata o go!erno com grande

    suerioridade militar, ois !ence brilhantemente as batalhas.

    D ex%rcito, ue era comosto or uma massa de cidad#os re!olucionrios, comle!as imro!isadas de soldados e recrutas mal/treinados, trans0ormou/se

    numa 0or"a de combatentes ro0issionais ue aduiriram treinamento e moral

    atra!%s de !elhos e cansati!os exerccios, em ue, era desre+!el a discilina

    0ormal da caserna. Ds soldados eram tratados como homens de regra absoluta

    e tinham romo"#o or m%ritos $ue signi0ica!a distin"#o na batalha', assim,

    rodu+iram uma hieraruia simles de coragem.

    D ex%rcito 0oi amarado or uma indstria de armamentos minimamente

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    adeuada as suas necessidades tri!iais. Em resumo, 0oi um ex%rcito ue

    conuistou toda a Euroa.

    D ex%rcito oderia ser como ualuer carreira aberta ara o talento na

    re!olu"#o burguesa, e os ue nele obti!eram sucesso, tinham um interesse

    in!estido na estabilidade interna como ualuer outro burgus. Com isso,

    &onaarte $2aole#o *' tornou/se a essoa adeuada ara concluir a re!olu"#o

    burguesa e come"ar o regime burgus. 2o ual Hobsbawn di+ ser uma tica

    mistura &onaartista.

    2aole#o * sobre!i!e 4 morte de obesierre se tornando c6nsul $1799/1G'

    e deois imerador $1G/11I', resol!e os roblemas do >iret@rio, do C@digo

    Ci!il, 0a+ uma concordata com a *gre-a e cria um &anco 2acional deixando a

    Fran"a numa estabilidade oltica e econ6mica.

    Hobsbawn re0ere/se a 2aole#o * $C6nsul 1799/1G e *merador 1G/11I'

    como sendo um homem de mil !irtudes, lhe 0e+ di!ersos elogios, s@ 0altou

    coloc/lo num edestal. *sso, sem d!ida se de!e ao re0lexo da dissemina"#o

    do mito 2aole6nico.

    Fa+endo um aralelo com as !is=es ue se tem de 2aole#o * $C6nsul 1799/

    1G e *merador 1G/11I' , e at% mesmo da heran"a ue o bonaartismo

    deixou, arx em seu li!ro o 1 de &rumrio ue trata do bonaartismo, gole

    de estado, luta de classes, re!olu"#o roletria, doutrina do estado, ditadura do

    roletariado e restaura"#o imerial re0ere/se ironicamente a 2aole#o *** $1/

    1I1 e 1I/17G', ue 0oi imerador a semelhan"a de seu tio 2aole#o *$C6nsul 1799/1G e *merador 1G/11I', como sendo medocre e grotesco,

    ois ara ele, este se aro!eitou das circunst3ncias das lutas de classes

    existentes na Fran"a ara desemenhar um ael de her@i.

    e0erncias?

    HD&;&AK2, Eric J. A e!olu"#o Francesa. *n? A Era das e!olu"=es / 179/ 1. Editora? Ba+ e 5erra. GGI.