resenha de 'o ente e a essência"
DESCRIPTION
Resenha da obra de Tomás de AquinoTRANSCRIPT
Filosofia Medieval
Docente: Marcos Aurélio Fernandes
Discente: Rogério Gonçalves Graças. Matrícula: 140051040
Resenha de "O Ente e a Essência" - Tomás de Aquino
Universidade de Brasília
2015/1
1
O Ente e a Essência é uma obra escrita pelo filósofo italiano Tomás de
Aquino (1225-1275). Seu conteúdo teve grande influência na teologia e na filosofia,
sobretudo na tradição Escolástica. Nela, o leitor encontra a gênese de do pensamento
de seu autor, tratando de objetos tais como os que intitulam a obra, o ente e a essência,
além de versar acerca de suas relações.
Terminado o exame inicial de que o sentido de ente é tido de duas
maneiras, quais sejam, a do primeiro modo, o qual se divide pelas dez categorias, e a
do segundo modo, isto é, o da verdade das proposições, o leitor se depara com as
explanações que dizem respeito à essência, a qual é designada de algumas formas,
quais sejam, a quididade, a forma e a natureza. A essência, grosso modo, acaba por ser
entendida como o que faz com que uma coisa seja aquilo que é.
A relação e junção do ente e a essência gera a passagem da potência ao
ato. Isto significa que um determinado conceito é tornado em existência real,
possibilitando, dessa maneira, as substâncias. Pois o ente se afirma das substâncias, e
a essência nelas se encontra. Portanto, a união entre o ente e a essência possibilita as
substâncias. As substâncias, por sua vez, podem ser compostas ou simples.
O livro, após isto que foi supracitado, oferece ao leitor uma especial
atenção às caracterizações 'simples' ou 'compostas' ds substâncias. Por um lado, é dito
que a essência das substâncias compostas compreende simultaneamente a matéria e a
forma. Por outro lado, é dito também a respeito da matéria não assinalada, a qual se
refere ao homem. O gênero, a espécie e a diferença estão proporcionalmente para com
a matéria e a forma, na natureza, embora não sejam idênticos a eles. As substâncias
simples, por sua vez, são formas que são inteligíveis em ato, enquanto se separam da
matéria e dos seus condicionamentos. Ao contrário das substâncias compostas, a
essência das substâncias simples é apenas forma, e esta realidade simples só se pode
significar como um todo.
Visto isto, então, percebe-se que a essência se encontra em diversos
modos. Nas substâncias, todavia, há três meios de se ter a essência. O primeiro deles é
Deus, cuja essência é seu próprio ser. De um segundo modo encontra-se essência nas
2
substâncias criadas intelectuais, nas quais o ser é outro que a essência delas. De um
terceiro modo, encontra-se a essência nas substâncias compostas de matéria e forma.
Frente a tudo isto, a realidade diversa existe através da diferenciação e
união entre o ente e a essência. Todavia, é uma diferenciação causada a partir de
outro, e esse outro, é Deus. As criaturas adquirem existência real quando se dá a união
de ente e essência, que é a passagem da potência ao acto, e a qual requer a intervenção
criadora de Deus. E como o ser é o que está no mais íntimo em todas as coisas, resulta
que todas as coisas participam de determinada forma no ser de Deus. Esta concepção
origina uma hierarquia do mundo (dos seres). E quanto mais próximo se está de Deus,
mais elevada é a posição ocupada na hierarquia.
3
Bibliografia
TOMÁS DE AQUINO. O Ente e a Essência. Tradução de Carlos
Arthur do Nascimento. Ed. Vozes. Petrópolis: 2013.
4