resenha 3 - fundamentos do comportamento em grupo

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ROBBINS, S.P. (2005). Capitulo 8: Fundamentos do comportamento em grupo. In: Comportamento Organizacional. So Paulo: Prentice Hall

Resenhado por:Ana Carolina dos Santos Leal - 10/0024432Universidade de BrasliaPsicologia Aplicada Administrao

Robbins inicia seu trabalho dando a definio de grupo, denominao que irar embasar todo o trabalho proposto neste captulo, sendo nada mais do que a reunio de dois ou mais indivduos, interdependentes e interativos, visando obteno de um determinado objetivo.Os grupos podem assumir duas categorias, formais e informais. Os grupos formais so determinados pela estrutura da organizao, onde o comportamento das pessoas dirigido e estruturado em funo das metas da organizao. Podendo se subdividir em dois: grupo de comando determinado pelo organograma da organizao, obedecendo a uma linha direta de comando e grupo de tarefa tambm determinado pela organizao, onde pessoas se renem com o intuito de executar uma tarefa, porm as fronteiras desse grupo podem ultrapassar as relaes de comando. Os grupos informais so alianas que no so determinadas pela organizao e so de grande importncia, pois satisfazem as necessidades sociais de seus membros. Subdivididos em grupos de interesse pessoas se renem para atingir um objetivo e comum e grupo de amizade membros que possuem caractersticas em comum.Tradicionalmente, ao se tratar de desenvolvimento dos grupos apresenta-se um modelo conhecido como modelo de cinco estgios de desenvolvimento do grupo. O primeiro estgio, formao, marcado pelo reconhecimento do territrio por parte dos membros do grupo. J no segundo estgio comea a aparecer os conflitos dentro do grupo, com membros questionando suas parcelas de individualidade. No terceiro estgio, normalizao onde j h uma hierarquia de liderana definida no fim do estgio anterior as relaes se tranquilizam e o grupo mostra coeso, alm do esprito de camaradagem. O estgio de desempenho, quarto, as energias do grupo e voltam para o desempenho da tarefa a ser realizada. Ainda h o quinto estgio, que apenas ocorre em grupos temporrios, que o d integrao, com membros se preparando para a sua dissoluo e as atenes voltam-se para a concluso da tarefa.Em contraposio ao modelo de cinco estgios do desempenho do grupo, quando se trata de grupos temporrios com prazo definido, foi criado o modelo de equilbrio pontuado. Esse modelo apresenta duas fases (fase 1 e fase 2) e o perodo de transio entre as fases. A fase 1 e 2 so caracterizadas pela inrcia do grupo e o perodo de transio marcado pela sada do grupo deste estgio inercial e pela execuo da tarefa. Sendo a conscincia de o tempo limitado o despertar do estgio inercial.Os grupos, apesar de parecerem apenas uma reunio de vrias pessoas, apresentam uma estrutura (papis, normas, status, tamanho e coeso) que definem um modelo de comportamento para seus membros.Uma das variveis estruturais do grupo so os papis desemprenhados por cada membro. Pois assim como na vida as pessoas desemprenham diversos papis, no dia-dia organizacional isso tambm ocorre. O mais famoso estudo realizado sobre ao assunto foi feito pelo psiclogo Philip Zimbardo, da Universidade de Stanford, conhecido com a Priso Simulada de Zimbardo. Onde se constatou a facilidade com que as pessoas incorporam um papel comportamental a partir da situao que esto inseridas. As pessoas criam uma determinada viso de como se deve agi em cada situao e passam a interpretar diversos comportamentos, baseados muitas vezes em padres determinados pelos meios miditicos. Por isso acabam criando expectativas sobre uma pessoa exercem determinado papel. Alm de haver os prprios conflitos de papis, aqueles que uma pessoa enfrenta por assumir diversos papis e alguns deles se contraporem.Outra varivel so as normas, as que estabelecem padres aceitveis de comportamento que permitem a manuteno dos grupos. A importncia dessas normas s se tornou explcita aps os estudos de Hawthorne, realizado por Elton Mayo, que conclui que o padro de comportamento de um grupo influencia tanto o comportamento e o resultado individual.Mesmo as normas sendo nicas para cada grupo h um consenso entre algumas classes comuns de normas que aparecem na maioria dos grupos. So normas de desempenho, de aparncia, de organizao social e de alocao de recursos.As pessoas possuem o desejo de pertencerem a um grupo e no serem vistas como diferentes dentro dele. Por causa disto em muitos casos acabam se submetendo s normas impostas pelo grupo, sem questionar, fato conhecido como conformidade. Que ao ser apresentado em grau elevado pode ser negativo.Em um planeta onde as sociedades ainda apresentam uma grande disparidade entre classes o status de uma pessoa ainda rege em muito se comportamento dentro dos grupos. A teoria de caractersticas do status deixa explcito trs fontes que os status tende a derivar: o poder que uma pessoa exerce sobre as outras; a capacidade de uma pessoa de contribuir para as metas do grupo; e as caractersticas pessoais do indivduo.Determinando, como por exemplo, pessoas com alto status aquelas que tm importncia crtica dentro do grupo, assim como gerentes que conseguem alocar mais recursos para seu departamento.O status, porm tem desvantagens, como a inibio de ideias por parte de um membro do grupo, por ele possuir um status mais baixo, uma maior liberdade para desviar das normas queles que possuem status elevado e por estes demonstrarem maior resistncia s presses para a conformidade.O tamanho dos grupos tambm uma varivel estrutural bastante estudada. Verificou-se, em um estudo, que grupos com nmero mpar de membros e de 5 a 7 integrantes so os melhores para se trabalhar, pois evitam empates em decises e apresentam um tamanho bom para evitar problemas e gerar boas contribuies. Na pesquisa de Ringelmann se constatou que o tamanho do grupo inversamente proporcional ao desempenho individual. E de grande importncia foi a descoberta do fenmeno conhecido como folga social tendncia que as pessoas tm de se esforarem menos ao trabalhar em grupo do que se estivessem trabalhando sozinhas que em muito afeta as organizaes, principalmente as ocidentais.A ltima varivel estrutural analisada no captulo foi a coeso graus em que os membros so atrados entre si e motivados a permanecerem com grupo. Sendo ressalvada sua importncia em relao ao nvel de produtividade do grupo.Robbins faz uma avaliao do processo de tomada de decises em grupo, mensurando os pontos fortes e fracos e citando algumas tcnicas de tomada de decises em grupo.As vantagens desse processo de tomada de decises em grupo so amplamente conhecidas: so um maior nmero de ideias e uma maior diversidade de pontos de vista. Proporcionando uma qualidade mais elevada das decises e aceitao de uma soluo. As desvantagens, tambm conhecidas, so: a ausncia de responsabilidade individual, presso para a conformidade e um consumo maior de tempo. Por isso comprovado que grupos so menos produtivos que os indivduos trabalhando sozinhos.Dois fenmenos so destacados no captulo em relao esse tipo de processo decisrio: o pensamento grupo, onde as pessoas se sentem intimidadas a apresentar um posicionamento diferente dos demais; e a mudana de posicionamento grupal, que pode ser uma mudana no caminho trilhado pelo grupo, divergindo para um caminho mais conservador ou arriscado.As tendncias de tomada de decises em grupo conhecidas so quatro: grupo de interao, interao fase a fase numa discusso; brainstorming processo de gerao de ideias; grupo nominal; e reunies eletrnicas. Cada uma sendo mais apropriada para uma determinada situao.Por fim, este captulo do texto de Robbins atingiu seu objetivo aqui preconizado de definir os fundamentos de um grupo dentro das organizaes. Citando desde seu processo de desenvolvimento, com o modelo de cinco estgios, at a estrutura padro dos diversos grupos. Porm ao citar o modelo de cinco estgios do desenvolvimento do grupo eu discordo quando ele diz que o quinto estgio interrupo ocorre apenas em grupos temporrios. Pois alguns grupos permanentes, mesmo que com menos frequncia, no acabam no quarto estgio, de desempenho, eles ainda enfrentam um processo de rotatividade, que pode levar ao quinto estgio, de interrupo.O autor consegue explicar e exemplificar muito bem as tcnicas de tomada de decises em grupo. Mas deixa de citar as videoconferncias, que ocorrem como forma de reunio eletrnica, em grupos e no s apenas em equipes.Ao falar sobre conformidade, dentro da varivel estrutural normas, Robbins deixa de falar sobre o que ocorre atualmente e que tem impacto direto sobre esse fenmeno. Hoje, as pessoas esto mais autnticas, mais abertas a discusses e as prprias empresas estimulam os colaboradores a se expressarem, por isso eles ficam menos sujeito a conformidade.

CARNEIRO, Mra Lcia F. Meeting Point - Servidor de conferncias.