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requisitos sistema integrado MANUFATURA DE INSUMOS

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Page 1: requisitos sistema integrado

requisitossistemaintegrado

Manufatura de insuMos

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13. Pesquisa e desenvolviMento

Definições e RefeRências

12. resPonsabilidade social

11. saúde e segurança no trabalho

10. resPonsabilidade aMbiental

9. Pessoal e treinaMento

6. Produto acabado

5. gestão e controle de Processo

4. recebiMento e controle de insuMos Produtivos

7. estocageM, transPorte e distribuição

8. higiene, liMPeza e controle

de Pragas

essência

aPResenTaçÃO

cOMO LeR esse ManUaL

3. instalações físicas

2. PrograMa de gestão da qualidade

1. legislação

Fornecedores de insuMos

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a natura, por seu comportamento empresarial, pela qualidade das relações que estabelece e por seus produtos e serviços, será uma marca de expressão mundial, identificada com a comunidade das pessoas que se comprometem com a construção de um mundo melhor através da melhor relação consigo mesmas, com o outro, com a natureza da qual fazem parte, com o todo.

visão nossa razão de ser é criar e comercializar produtos e serviços que promovam o bem-estar/estar bem.

bem-estar é a relação harmoniosa, agradável, do indivíduo consigo mesmo, com seu corpo.

estar bem é a relação empática, bem-sucedida, prazerosa, do indivíduo com o outro, com a natureza da qual faz parte, com o todo.

razão de ser

crençasa vida é um encadeamento de relações. nada no universo existe por si só, tudo é interdependente.

acreditamos que a percepção da importância das relações é o fundamento da grande revolução humana na valorização da paz, da solidariedade e da vida em todas as suas manifestações.

a busca permanente do aperfeiçoamento é o que promove o desenvolvimento dos indivíduos, das organizações e da sociedade.

O compromisso com a verdade é o caminho para a qualidade das relações.

Quanto maior a diversidade das partes, maior a riqueza e a vitalidade do todo.

a busca da beleza, legítimo anseio de todo ser humano, deve estar liberta de preconceitos e manipulações.

a empresa, organismo vivo, é um dinâmico conjunto de relações.

seu valor e sua longevidade estão ligados à sua capacidade de contribuir para a evolução da sociedade e seu desenvolvimento sustentável.

Fornecedores de insuMos

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no mundo inteiro, as empresas estão despertando para seu papel na construção de um novo modelo de negócios. começam a aliar de forma equilibrada a prosperidade econômica, as necessidades humanas e a conservação do meio ambiente, modificando profundamente o antigo modelo, que demonstra claros sinais de esgotamento.

Mais do que serem capazes de responder prontamente às demandas de seus consumidores, as empresas precisam agora gerenciar e reduzir seus impactos socioambientais, mantendo um diálogo aberto, transparente e ético com a sociedade, que cada vez mais exige uma postura diferenciada das empresas.

políticas e práticas inovadoras, éticas e transparentes à nossa gestão, em um processo de aprendizado permanente em conjunto com nossos diversos públicos. esperamos que isso também seja incorporado por nossos atuais e futuros parceiros e que todos os nossos negócios sejam conduzidos de maneira íntegra e colaborativa.

boa leitura!

equipe de Desenvolvimento e relacionamento com Fornecedores Natura

nós da natura acreditamos que o compromisso com a transformação social e com o desenvolvimento sustentável só é possível com o engajamento de toda nossa cadeia produtiva. Por isso, procuramos construir relações comerciais baseadas no compartilhamento de experiências, na melhoria contínua e na crença de que é possível viver de forma mais harmônica com o planeta.

e tudo isso está expresso neste Manual. com ele, buscamos esclarecer a nossos parceiros os requisitos necessários para a concretização de uma parceria de sucesso com a natura.

É com essa visão que reafirmamos nosso compromisso de incorporar

Fornecedores de insuMos

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Deve (I)Imprescindível para todas as operações. terá peso 5 durante a avaliação do fornecedor.

Precisa (N)Necessário para todas as operações. terá peso 2 durante a avaliação do fornecedor.

Recomenda-se (r)Desejável como boa prática, porém não imprescindível. terá peso 1 durante a avaliação do fornecedor.

Os requisitos de sistema de gestão aqui apresentados são orientativos para as empresas que tem interesse em estabelecer parcerias ou já tem esta parceria estabelecida com a Natura.

essas diretrizes serão utilizadas nas avaliações de novos fornecedores, bem como no monitoramento dos fornecedores atuais da Natura.

Cada um dos requisitos apresenta uma classificação, e para compreender cada uma das solicitações desse manual, a tabela abaixo apresenta a orientação.

esse manual

Fornecedores de insuMos

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1. LegisLaçÃO

_ É imprescindível que o parceiro tenha todos os documentos legais requeridos para a operação da organização. Deve também estabelecer um controle adequado para as respectivas renovações e para se manter atualizado, cumprindo as normas dentro dos prazos estimados.

Exemplos de Requisitos Legais:

_ Licenças sanitárias e ambientais;

_ Normas do Ministério do Trabalho;

_ Normas e requisitos legais ambientais.

Atender aos requisitos legais é fundamental para que uma empresa estabeleça uma conduta ética perante os órgãos competentes, seus parceiros e seus colaboradores. Na Natura, defendemos essa premissa e orientamos nossos parceiros para que estejam em conformidade com as exigências legais de cada setor.

Fornecedores de insuMos

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Um programa de gestão da qualidade auxilia a empresa a administrar e melhorar continuamente processos, além de incentivar a inovação, a eficiência e a flexibilidade para satisfazer as necessidades de seus clientes. Essa Gestão também ajuda a reduzir custos e melhorar a produtividade.

POnTOs-chave

_ controle de documentos e registros.

_ controle de produto não conforme.

_ rastreabilidade de lotes.

_ Métodos de análise e solução de problemas (MasP).

_ Plano de auditorias internas com frequência definida, como um dos passos para a melhoria contínua (ação corretiva e preventiva).

_ controle de dispositivos de medição.

_ Plano de manutenção preventiva.

2. PROgRaMa De gesTÃO Da QUaLiDaDe

_ qualificação do laboratório de análise.

_ Plano de treinamento estruturado.

_ controle de fornecedores e subcontratados.

_ estudo de capacidade produtiva.

_ Planos de contingência.

_ controle de alterações e mudanças.

_ objetivos com metas definidas para análise e monitoramento do sistema de gestão pautado com reuniões de análise crítica documentada.

Fornecedores de insuMos

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2.1 CONtrOles De DOCumeNtOs e regIstrOs

o controle de documentos tem a função de assegurar a análise crítica em tempo hábil, a distribuição e implementação de todas as normas e especificações dos clientes e as alterações efetuadas e baseadas no planejamento requerido pela natura.

Já os registros da qualidade são documentos que fornecem evidências objetivas sobre a extensão do atendimento dos requisitos para a qualidade. eles devem estabelecer dados, eventos específicos e resultados alcançados em relação a pessoas, produtos ou processos vinculados aos sistemas da qualidade. devem, também, permitir também a verificação da conformidade e eficácia do sistema.

todos os procedimentos relevantes e instruções de trabalho devem ser mantidos e disponibilizados para os colaboradores que influenciam na qualidade dos produtos. estes funcionários devem receber treinamentos apropriados e alinhados às descrições de cargo. É necessário estabelecer um plano de treinamento para todas as atividades.

O fornecedor deve validar as alterações antes da sua implementação. Quaisquer mudanças de especificação no produto, processo, auxiliares de processos, matéria-prima ou materiais de embalagem devem ser acordadas e autorizadas previamente por seus clientes (Natura). todas as alterações devem ser documentadas e geridas de forma a manter o histórico e controle das informações (gerenciamento de mudanças).

2.2 aNálIse Da CapaCIDaDe prODutIva

a capacidade Produtiva é o valor máximo que define as saídas do processo produtivo por unidade de tempo. o fornecedor deve realizar e manter registrado o estudo da capacidade produtiva das linhas e seus gargalos de produção.

2.3 CONtrOle De alterações e muDaNças

o controle de alterações é um processo desenvolvido para gerenciar e reagir a alterações que impactem a qualidade do produto. ele deve avaliar os efeitos de qualquer mudança e definir as atividades de verificação e validação necessárias para assegurar o atendimento às exigências do cliente

_ Todo parceiro deve ter uma Política de Qualidade atualizada, documentada e divulgada na organização. A Política de Qualidade é o ponto de partida para o Sistema de Gestão e precisa definir a visão de qualidade da organização, incluindo a intenção de satisfazer seus clientes, o compromisso de treinar seus colaboradores e a busca pela melhoria contínua.

_ É imprescindível possuir um Manual de Qualidade que defina papéis e responsabilidades, que faça referência aos procedimentos e instruções de trabalho e que descreva elementos de boas práticas de fabricação. Ele deve ser revisto regularmente pela equipe de gerenciamento, com o objetivo de continuar as melhorias implementadas.

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2.4 plaNO De auDItOrIas INterNas

o plano de auditorias internas tem como objetivo verificar se o sistema de qualidade está funcionando conforme documentado e também apontar e controlar ações corretivas. o plano serve ainda como instrumento para o gerenciamento do processo de melhoria contínua.

_ todo o parceiro deve ter um plano de auditoria estabelecido que avalie se o sistema de gestão está em conformidade com os requisitos def inidos pela organização. a frequência mínima para as auditorias deve ser anual e elas precisam gerar um plano de ação para os pontos levantados.

_ É necessário que as auditorias sejam conduzidas por pessoas capacitadas e as organizações precisam assegurar que elas sejam imparciais na execução do processo. É recomendável que os resultados de auditorias façam parte de uma das entradas para a análise crítica.

2.5 plaNOs De CONtINgêNCIa

o Plano de contingência é o “plano b” para reduzir o impacto na qualidade do produto em caso de incidentes (falta de água, queda de energia, quebra de equipamentos, falta de mão-de-obra, dentre outros). todo fornecedor deve ter um plano para satisfazer os requisitos de qualidade e de produção em casos emergenciais.

2.6 aNálIse e sOluçãO De prOblemas

existem várias metodologias de análise e solução de problemas. uma delas, recomendada pela natura, é o MasP, que adota um método prescritivo, racional, estruturado e sistemático para o desenvolvimento de um processo de melhoria num ambiente organizacional, visando obter resultados otimizados.

_ É imprescindível definir um processo para análise e soluções para tratamento de não conformidades e oportunidades de melhoria, incluindo, mas não se limitando, a implementação de ações corretivas e preventivas.

um método para a análise e solução de problemas pode ser constituído por oito etapas:

etapa 1: Identificação do problema/ oportunidade de melhoria

etapa 2: Observação

etapa 3: análise e investigação de causas

etapa 4: Desenvolvimento de plano de ação

etapa 5: Implementação das ações

etapa 6: verificação e avaliação dos resultados

etapa 7: padronização

etapa 8: Conclusãodica: todo fornecedor deve realizar o treinamento em métodos de análise e solução de problemas e aplicar o método diariamente, armazenando as evidências.

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2.7 seleçãO e gereNCIameNtO De FOrNeCeDOres (QuaNDO aplICável)

fornecedores devem ser apro-vados por processo interno e/ou homologados pela natura, para ga-rantir o atendimento aos requisitos básicos da cadeia de fornecimento.

elementos-chave para o parceiro

_ ter um processo de seleção e aprovação de todos os fornecedores.

_ assegurar que testes e avaliações de risco de matérias-primas e materiais de embalagem são realizados com frequência.

_ especificações das concordatas e contratos de compra.

_ acompanhamento contínuo de desempenho dos fornecedores (ex. avaliação de indicadores).

_ a aquisição de matérias-primas provenientes da biodiversidade brasileira deve ocorrer conforme o acordo comercial assinado com a natura, respeitando estritamente a necessidade de licenças ambientais, contratos e áreas acessadas, quando aplicável.

_ o parceiro deve ter um plano de gerenciamento de reclamações dos clientes e um processo estruturado para ações de emergências.

2.8 prOgrama De QualIDaDe asseguraDao Programa de qualidade assegurada consiste em um conjunto de ações sistemá-ticas ou planejadas que visam garantir um nível de confiança adequado aos serviços e produtos. ele dá ênfase nos processos e ferramentas que detectam e previnem ocorrências de falhas, para que os mesmos venham a atender as necessidades relativas à qualidade.

Minimamente, o programa deve ser composto pelos 10 requisitos explicados a seguir:

1. Fmea de projeto (análise de modo e efeitos de Falha potencial de projeto)

um fMea de projeto precisa ser utilizado para analisar um novo produto ou serviço, antes da sua introdução, para compreender como ele pode falhar quando for liberado para produção contínua.

o objetivo é expor problemas que podem resultar em falhas de segurança, mau funcionamento, diminuição da vida útil do produto, redução da satisfação do cliente ou outros problemas.

2. Diagrama(s) do Fluxo do processo

os fluxogramas que indicam as principais atividades que compõem o processo devem estar disponíveis e ser de conhecimento dos colaboradores. eles devem incluir todas as etapas do processo, inclusive os retrabalhos, e devem estar relacionados ao plano de controle.

3.Fmea de processo (análise de modo e efeitos de Falha potencial de processo)

um fMea de processo deve ser utilizado para entender como pessoas, materiais, métodos, equipamentos e o ambiente podem causar problemas nos processos operacionais e como reduzir os riscos de falhas.

o objetivo desta análise é evitar falhas de planejamento e execução do processo, tendo como base as não conformidades do produto com as especificações do projeto. ele utiliza diagramas de fluxo de processo como fonte.

dica: É necessária a aplicação de um sistema de gerenciamento de risco em todas as etapas dos processos de manufatura e verificação para todas as linhas de produtos.

o sistema aPPcc* pode ser implementado para avaliação dos riscos associados. Pra indústrias de fabricação de matérias-primas é necessária sua implementação.

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_ *appCC é a sigla para análise de perigos e pontos Críticos de Controle, um sistema baseado em uma forma sistemática de identificar e analisar os perigos associados com a produção e definir maneiras para controlá-los.

_ O sistema de HaCCp (appCC) minimamente deve conter os seguintes requisitos:

_ Identificar os perigos e analisar os riscos de severidade e probabilidade de ocorrência;

_ Determinar os pontos críticos de controle necessários para controlar os perigos identificados;

_ especificar os limites críticos para garantir que a operação está sob controle nos pontos críticos de controle (pCC);

_ estabelecer e implementar o monitoramento do sistema;

_ executar as ações corretivas quando os limites críticos não foram atendidos;

_ verificar o sistema; e

_ manter registros

_ Os sistemas de controle devem privilegiar sistemas a prova de falha (poka Yoke). trata-se de um dispositivo à prova de erros destinado a evitar a ocorrência de defeitos em processos de fabricação e/ou na utilização de produtos.

_ Quando isto não for possível, outros meios devem ser estabelecidos, tais como: Controle estatístico de processo, inspeções por variáveis ou por atributos.

4. plano de Controle de processo

esse plano é a descrição detalhada dos sistemas e processos requeridos para controlar o produto. ele determina as estratégias de controle a serem aplicadas, assegurando a qualidade do produto final e deve conter todas as características críticas ou especificações que requerem inspeção.

conforme o direcionamento dado pelo fMea de Processo deve-se estabelecer um modo de realização dos controles para cada etapa do processo.

É imprescindível que o plano de controle seja estabelecido para todos os parâmetros de insumos e produtos, considerando amostragem, limites de aceitação e níveis de qualidade aceitáveis (nqa’s). eles devem ser definidos e acordados com seus clientes (natura).

5. estudos de análises dos sistemas de medição (msa)

o objetivo dos estudos de análises dos sistemas de Medição é viabilizar a construção de meios de controle de processo e produto, que realizem estudos de estabilidade, tendência, linearidade, repetibilidade e reprodutibilidade dos métodos analíticos empregados.

o parceiro deve efetuar estudos de Msa para avaliar se as variações inerentes ao sistema de medição não comprometem as decisões tomadas com o resultado das medições efetuadas.

6. relatórios dimensionais

este relatório é um formulário pré-estabelecido para o fMea (ou outra ferramenta utilizada) que deverá ser preenchido com as informações dimensionais obtidas das análises realizadas, bem como com todas as informações pertinentes ao produto avaliado.

7. Certificados dos ensaios dos Insumos

certificados de ensaios de insumos são documentos que relatam especificamente os resultados de testes realizados em uma amostra representativa de um material a ser fornecido. trata-se de um documento emitido pelo fabricante/fornecedor, garantindo a pureza físico-química, microbiológica (quando aplicável) e o atendimento às especificações estabelecidas para um determinado lote de matéria-prima e/ou produto acabado.

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os certificados de análise devem conter, no mínimo, as seguintes informações:

_timbre do fornecedor;

_número do lote de fabricação;

_especificações, método de teste e resultados obtidos;

_data de inspeção e responsável;

_data de fabricação e de validade do produto

_nome, e-mail e telefone para contato em caso de eventuais dúvidas.

8. estudo de Capabilidade Inicial

o estudo de capabilidade busca avaliar a estabilidade do processo, demonstrando o quão capaz ele é de manter as especificações ao longo do tempo.

o fornecedor deve realizar o estudo de capabilidade durante a etapa de validação do processo e buscar um cpk mínimo de 1,00. deve, também, ter um plano de avaliação para verificar periodicamente a estabilidade e capabilidade do processo.

CpK – indicador de capabilidade que leva em consideração a centralização do processo. ele relaciona a distância entre a média do processo e o limite de especificação mais próximo, com a metade da dispersão total do processo.

9. amostra padrão

o propósito da amostra padrão é auxiliar na definição o padrão de produção, especialmente nos quais os dados são ambíguos ou os detalhes insuficientes para produzir completamente a peça no seu estado original de aprovação.

amostras de matérias-primas e de produto acabado devem ser conservadas pelo fabricante no mínimo até 12 (doze) meses após a data de vencimento do produto acabado, devidamente identificadas. a quantidade de amostra deve ter pelo menos o dobro das unidades requeridas para efetuar todas as análises previstas em compêndios oficiais.

a organização deve reter uma amostra para cada posição de múltiplas cavida-des, molde, ferramenta ou matriz, ou processo de produção a menos que especificado em contrário pelo cliente.

10. Dossiê de aprovação do produto

o dossiê de aprovação do produto é um compendio que deve agregar todos os documentos relativos aos registros de cada um dos requisitos da qualidade assegurada em um único local. o dossiê pode estar disponível em meio físico ou eletrônico. o tempo de retenção do dossiê deve ser a vida útil do produto mais um ano.

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3. insTaLaçõesfísicas ter premissas, equipamentos

e facilidades localizadas, projetadas e construídas para facilitar a circulação de pessoas e produtos é fundamental para o bom funcionamento e entrega dos produtos.

boas instalações também colaboram para minimizar e prevenir a possibilidade de contaminação, o aparecimento de pragas e o fluxo cruzado, permitindo um maior controle sobre cada um dos setores da organização.

dica: os requisitos gerais descritos neste documento definem os padrões necessários que nossos parceiros devem manter e melhorar continuamente em suas instalações. dependendo do produto a ser desenvolvido, requisitos adicionais podem ser aplicáveis e estes serão comunicados diretamente pelo seu contato natura.

uma boa construção ainda facilita o controle climático, a limpeza e a desinfecção dos diversos ambientes, propiciando um local de trabalho limpo e saudável para os colaboradores e produtos desenvolvidos.

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3.1INFra-estrutura

3.1.1áreas externas

a infraestrutura geral da unidade produtiva começa em seu acesso, que precisa permitir a continuidade das operações na instalação, não sendo comprometido por fortes intempéries, impedir que poeira e impurezas sejam carregadas para as instalações, garantir a segurança das instalações e processos por meio de de controles e monitoramentos aplicáveis (cercas, câmeras, seguranças, etc.) e permitir que carga e descarga não comprometam o entorno da unidade produtiva e sejam realizados no interior da mesma.

nota:o acesso à planta produtiva precisa ser controlado e monitorado de modo a garantir a segurança das instalações e dos processos ali executados

as instalações precisam ter apólice de seguro que assegure as instalações com cobertura a riscos diversos, na mais ampla modalidade, incluindo, mas não se limitando a incêndio, raio, explosão, roubo, extravio, perdas e danos, ou outros riscos que possam vir a afetar os produtos, materiais de produção, equipamentos de propriedade de seu cliente, inclusive durante o transporte, armazenamento e manuseio. além disso, é necessário o seguro de responsabilidade civil geral; seguro garantia e danos causados decorrentes de fatos das atividades executadas, inclusive a terceiros.

3.1.2Instalações gerais

nota:Prédios e instalações precisam ser construídos com materiais não tóxicos e precisam ser fáceis de manter e limpar.

_ deve-se disponibilizar um espaço adequado para o trabalho (ex. corredores com no mínimo 80 cm de largura, saídas de emergência sinalizadas e com distâncias que respeitem a legislação, etc.);

_ as instalações precisam ser mantidas em bom estado de conservação, de modo a propiciar um ambiente agradável e seguro aos seus colaboradores;

_ o projeto das edificações deve permitir limpeza fácil e adequada, prevenir a entrada e abrigo de pragas e de contaminantes ambientais (ex. poeira);

_ as áreas gerais e locais sociais (ex. entradas, salas de espera, cantinas, banheiros, vestiários) não devem ter acesso direto às áreas de produção e armazenamento.

_ no layout, um fluxo lógico de pessoas/processo e o mínimo de fluxo cruzado de materiais necessitam ser considerados.

_ refeitório, vestiários e banheiros devem possuir condições sanitárias e espaços adequados (ex: distâncias de saída de emergência, corredores com no mínimo 80 cm etc.) para acomodar os seus colaboradores.

_ todas as janelas devem ter telas de proteção.

_ todos os pisos devem ser facilmente e regularmente limpos.

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_ todos os materiais e processos necessitam de identificação clara e padronizada. estabelecer padrão de nomenclatura e criar etiquetas que contenham as informações básicas de identificação é uma prática recomendada), que garante a rastreabilidade e previne possíveis trocas e misturas

_ as lixeiras das áreas de manufatura necessitam ser identificadas e mantidas fechadas. É necessário que esses recipientes não tenham acionamento manual (recomenda-se o uso de lixeiras com pedais ou sensores).

_ todos os pisos e ralos devem ser inclinados adequadamente para facilitar a drenagem (projeto higiênico);

_ nos acessos ás áreas produtivas é necessário que existam instalações e/ou sanitizante para limpeza das mãos.

3.1.4. manutenção preventiva e corretiva _ deve-se ter um programa estabelecido para as manutenções corretivas e preventivas que contemple todos os equipamentos dos processos produtivos e de utilidades (caldeiras, chillers, compressores; equipamentos de impressão, corte, montagem e colagem; moldes, etc.).

_ os registros das manutenções devem ser mantidos como histórico das ações para análise e definição do plano de manutenção preventiva.

_ É necessária a instalação de uma infraestrutura (oficina) com equipamentos para realização de manutenção das linhas de produção, fabricação de dispositivos, etc. ela deve ter mão de obra qualificada (mecânicos, eletricistas) para instalação e manutenção das linhas de produção.

_ equipamentos e máquinas devem ser mantidos em um estado apropriado de manutenção.

3.1.3áreas de manufatura _ as áreas de manufatura, inclusive áreas de pesagem e higienização de utensílios, devem ter piso, paredes e tetos livres de rachaduras e juntas abertas. também devem ser facilmente laváveis, para não acumular e/ou soltar partículas e minimizar a contaminação física e microbiológica.

_ os utensílios e recipientes utilizados na manufatura e nos processos devem ser de aço inox, silicone ou plástico para evitar contaminações. devem também ser limpos, sanitizados e armazenados de modo a conservarem a limpeza realizada e as características originais dos produtos.

_ as instalações necessitam ter espaço físico suficiente para que equipamentos e o fluxo de materiais e pessoas não sejam comprometidos. dessa forma previne-se erros e a contaminação cruzada. as operações definidas para cada um dos locais da planta devem ser estritamente respeitadas.

_ as manutenções devem ser executadas de forma a reduzir o risco aos produtos. se terceiros realizam este serviço, devem existir procedimentos para assegurar que estes estão em conformidade com os requerimentos de higiene e segurança do produto.

_ após a manutenção, um time de inspeção deve realizar uma nova liberação de linha, verificando sua integridade, a inexistência de corpos estranhos e a conformidade com os requerimentos relevantes de higiene. todos os lubrificantes utilizados devem estar conforme os requisitos de aplicação às indústrias cosmética, farmacêutica ou alimentícia - quando aplicável.

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3.1.5.laboratórios de controle _ os laboratórios precisam ser instalados em ambientes separados das linhas de produção e providos dos instrumentos necessários para execução das análises requeridas pelos produtos/processos. Precisam, também, possuir equipamentos de segurança do trabalho. as áreas devem ter espaço suficiente para execução das atividades e também distribuição ordenada dos instrumentos.

_ instrumentos de controle para medições diretamente em linhas de produção devem ser montados de tal maneira que os controles possam ser realizados sem causar contaminação à produção contínua.

_ o laboratório de microbiologia deve ter acesso restrito; quando houver manipulação de patógenos o local deve ser projetado para operação dentro de padrões apropriados.

dica: todos os equipamentos críticos de medição e controle devem ser calibrados regularmente, segundo a frequência de uso. as autoclaves, estufas e fluxo laminar dos testes microbiológicos devem ser qualificados para garantir os resultados propostos.

3.1.6. Instalações sanitárias, vestiários e banheiros. _ vestiários e banheiros devem estar localizados de maneira adequada e ainda possuir espaço suficiente para comportar os colaboradores, conforme as normas aplicáveis que definem número de sanitários necessários de acordo com o número de colaboradores da empresa.

_ os colaboradores devem ter armários individuais, dotados de chave, para guarda de pertences durante o trabalho.

_ as instalações devem ser bem iluminadas e ventiladas.

3.1.7armazéns (estoque de insumos e produtos acabados) _ as áreas de armazenamento devem ter capacidade suficiente para possibilitar o estoque ordenado de materiais e produtos. É necessário um sistema de endereçamento para facilitar a localização e também evitar trocas no momento da sua disponibilização.

_ todos os materiais devem ser estocados em pallets, distantes do chão e afastados das paredes. o empilhamento e a armazenagem devem ser realizados de acordo com a especificação e característica de cada material ou produto, preservando a identidade e integridade física dos mesmos.

_ toda área de estocagem deve ser limpa e os corredores devem estar desimpedidos de materiais.

_ É imprescindível a definição de uma área segura e protegida, de acordo com os requisitos legais, para substâncias inflamáveis e/ou perigosas. elas devem conter meios para alerta de acidentes, como avisos sonoros, detectores de fumaça, diques de contenção, entre outros. devem, também, seguir as normas técnicas aplicáveis para o armazenamento deste tipo de material.

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3.2utIlIDaDes

3.2.1.Iluminação e acústicaa iluminação e a acústica são fatores importantes que influenciam diretamente o conforto e a produtividade e até mesmo a saúde dos colaboradores no ambiente de trabalho.

_ É necessário que a iluminação (natural ou artificial) em cada área de trabalho seja adequada e suficiente para a condução das atividades.

_ a iluminação em todos os ambientes da organização, incluindo as áreas de produção, estocagem e aquelas gerenciadas por terceiros, necessita estar equipada com proteções que retenham fragmentos de vidro e resíduos no caso de quebra de lâmpadas.

3.2.2.ventilação, controle do ar ambiente e ar comprimido. _ ventilação adequada precisa ser providenciada para remover calor, vapor e poeira excessiva e para secar a área em tempo hábil depois de limpeza com água.

_ quando condições climáticas como temperatura ou umidade são críticas para garantir a qualidade do produto ou segurança de materiais, um sistema de controle deve estar instalado com capacidade de monitorar e registrar os dados obtidos.

_ filtros de óleo devem ser utilizados em compressores de ar comprimido direta ou incidentemente em contato com o produto (exceção para o caso em que o compressor não utilize óleo).

3.3 eQuIpameNtOs

3.3.1. Condições gerais projetos e preservação de equipamentos _ Materiais utilizados na construção dos equipamentos devem ser adequados a cosméticos e/ou alimentos, de fácil limpeza e resistentes ao produto, materiais de limpeza e desinfetantes. devem também estar dentro das condições de uso especificadas e estar projetados de modo a prevenir contaminação dos produtos por lubrificantes, graxas, etc.

_ os equipamentos fora de uso ou “em manutenção” devem, quando possível, ser removidos da área de produção ou possuir identificação definindo o seu status.

3.4. tubulações

_ todas as tubulações fixas devem ser identificadas com o seu conteúdo e direção do fluxo.

_ É necessário que os ralos sejam construídos de modo a conter as quantidades de vazamentos/derramamentos que possam ser gerados. devem, também, ser equipados com sifão para evitar refluxos. recomenda-se que canais de drenagem abertos sejam evitados, porém, se forem indispensáveis, devem ser rasos para facilitar a limpeza.

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4.ReceBiMenTO e cOnTROLe De insUMOs PRODUTivOs (MaTÉRias-PRiMas e MaTeRiais De eMBaLageM)

4.1. reCebImeNtO e armazeNagem De matérIas-prImas e materIaIs De embalagem _ ao chegarem à empresa os veículos e recipientes (bombonas, caixas, etc.) devem ter as condições de higiene, integridade e contaminações cruzadas inspecionadas antes da descarga.

nota:todas as ocorrências devem ser registradas, bem como ter estabelecidas diretrizes para tratamento de não conformidades identificadas.

A seleção criteriosa das matérias-primas e dos demais materiais utilizados na fabricação das embalagens é fundamental para manter a qualidade dos produtos.

Para isso, ter um controle adequado sobre todo o processo é essencial, assegurando a segurança, a qualidade e a conformidade de tudo que é utilizado na produção.

todo material deve ser claramente identificado, no mínimo com as seguintes informações: código, lote e validade.

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_ Material não conforme deve ser identificado e separado de material aprovado, seja fisicamente ou por sistema de gerenciamento de material. além disso, deve–se ter um gerenciamento adequado destes itens com definição clara das responsabilidades para agilidade na disposição / destinação.

_ somente materiais de embalagem e matérias-primas que estejam dentro dos respectivos prazos de validade devem ser utilizados.

_ o parceiro deve ter um sistema de controle e gestão dos estoques confiável, para garantir a identificação e segregação de materiais vencidos (fifo/fefo) e bloqueios adequados para os itens aguardando liberação do controle de qualidade.

_ recipientes de matérias-primas não podem ser usados para qualquer outra finalidade que possa levar à contaminação de produtos e deverão ser descartadas quando vazios.

4.2. espeCIFICações e aprOvações De INsumOs _ todas as matérias-primas e materiais de embalagem devem ter especificações estabelecidas que detalhem os parâmetros críticos acordadas previamente com o fornecedor e, quando apropriado, com a natura.

_ É imprescindível que as fichas de segurança de matérias-primas (Msds/fisPq) sejam disponibilizadas em todas as áreas que houver manuseio deste produto.

_ deve-se ter um processo estruturado para análise e monitoramento de todos os insumos utilizados (matérias-primas e materiais de embalagem). as análises devem ser realizadas conforme métodos e especificações definidos e em consenso com os fornecedores e clientes.

_ Padrões de referência devem ser mantidos e disponibilizados para as análises e monitoramento dos insumos. o parceiro deve ter um processo de gestão que garanta a validade e integridade dos padrões de referências.

_ É imprescindível ter instruções específicas para a amostragem de matérias-primas/material de embalagem.

_ deve existir uma área que assegure a amostragem dos materiais de forma que evite a contaminação por partículas, microrganismos e contaminação cruzada.

_ inventários, controles e registros permanentes das matérias primas controladas devem ser efetuados, bem como o enviados aos órgãos oficiais, quando solicitado.

Fornecedores de matérias-primas devem manter amostras de retenção para cada lote produzido, numa quantidade maior ou igual a 200g/200 ml, durante um período não inferior à validade mais um ano.

_ cada entrega de material deve ser avaliada e registrada quanto à integridade, conformidade e identidade do material, assegurando que a entrega esteja de acordo com o pedido feito ao fornecedor.

_ os certif icados de análise emitidos pelos fabricantes devem acompanhar o material e serem mantidos como registro dos recebimentos.

_ todo material deve ser estocado e preservado de acordo com os requerimentos inclusos na especif icação e /ou def inidos pelo fabricante.

_ quando ocorrerem devoluções de materiais ao estoque (sobras de processo), elas devem obedecer aos requisitos de preservação qualidade, integridade e identif icação. É necessária que as devoluções tenham identif icação padronizada, garantindo a rastreabilidade das informações.

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5.gesTÃO e cOnTROLe DO PROcessO

para assegurar que os processos e envase sejam bem executados e garantam um produto seguro, de alta qualidade e de acordo com a legislação e com os padrões de qualidade da Natura, as especificações acordadas devem ser seguidas e monitoradas sistematicamente pelas organizações.

dica:É imprescindível ter o controle estatístico de Processo (ceP) para os parâmetros críticos. todos os processos, manutenções, amostragens e ações corretivas devem ser executados de maneira que consumidores e clientes sejam protegidos.

além disso, orientamos nossos parceiros a ter medidas e procedimentos para o tratamento de não conformidades, a instalação de ações corretivas e operadores treinados e certificados em cgmp, responsáveis por garantir a melhoria contínua de todo esse processo.

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5.1. prOCessO e aNálIse De rIsCOs

_ os processos de fabricação e envase devem ser projetados para serem completamente seguros. são necessárias a avaliação e o gerenciamento de riscos em todas as suas etapas, por meio de ferramentas estruturadas.

dica:sugestão de ferramentas estruturadas para análise e gerenciamento de riscos: análise dos Perigos e Pontos críticos de controle (aPPcc); análise de Modo e efeito de falha (fMea, na sigla em inglês); análise Preliminar de risco (aPr).

_ quando alguma área for indicada pela avaliação de risco ou pela natura como de alto risco, ela deve ser fisicamente segregada e padrões específicos de higiene devem ser implementados. os requerimentos específicos de segregação serão estabelecidos de acordo com cada projeto desenvolvido com a natura.

5.2INstruções De trabalHO

_ o parceiro deve estabelecer instruções de trabalho para todas as atividades críticas de processo, ou seja, todas as etapas concernentes à segurança dos produtos – incluindo limpeza, controle em processo e as especificações com metas e limites críticos. as instruções e procedimentos devem estar disponíveis.

_ todas as pessoas envolvidas na qualidade do produto devem ser treinadas nas atividades que executam.

_ as instruções de trabalho e os manuais de equipamentos devem ser disponibilizados no idioma de domínio dos colaboradores.

5.3.CODIFICaçãO e rastreabIlIDaDe

_ É necessário que exista um sistema de rastreabilidade para permitir que materiais possam ser rastreados por todo o processo até o produto acabado.

5.4.pesagem e/Ou preparaçãO De INsumOs

_ deve existir procedimento específico para as operações de pesagem e/ou preparação de insumos. o fornecedor deve ter procedimentos próprios e ajustes necessários deverão ser acordados pra cada projeto ou processo especifico.

_ É necessário que os volumes pesados e/ou preparados para cada lote sejam mantidos agrupados para evitar misturas e trocas. recomenda-se que todos os volumes sejam conferidos antes do processamento.

5.5.prOCessO e embalagem De prODutO – DIretrIzes geraIs

_ todas as etapas de processamento, e também os equipamentos, os recipientes e os materiais do processo devem ser identificados de forma a prevenir contaminações cruzadas.

_ quando houver processamento/utilização de produtos ou matérias secos, deve-se tomar precauções para evitar a formação e disseminação de poeira no ambiente.

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_ o controle em processo deve obedecer às diretrizes da especificação do produto e a qualquer outro critério adicional que seja especificado e definido por seu cliente (a ser formalizado pela natura quando do estabelecimento de cada projeto).

_ todos os equipamentos providos de sensores atrelados à condição de monitoramento da qualidade do produto devem ser verificados e avaliados com frequência definida; as verificações devem ser registradas.

_ deve-se ter um procedimento para tratamento, investigação e registro de não conformidades. todas as ocorrências de desvio devem ser analisadas.

5.6.lIberaçãO De lINHa e CONtrOle em prOCessO

_ Para prevenir trocas e/ou misturas e assegurar que o início de uma nova operação de produção esteja de acordo com os requisitos definidos, é imprescindível que seja efetuada uma inspeção nas áreas de trabalho e equipamentos antes de iniciar qualquer operação de produção (manipulação, envase, etc.). dessa forma, garante-se que todo o ambiente esteja limpo, sanitizado e livre de quaisquer materiais/produtos ou documentos que não sejam necessários ao novo processo.

recomenda-se que o responsável pelo Controle/garantia da Qualidade seja envolvido no processo de investigação de ocorrências. ações corretivas para manter o processo dentro de seus limites estabelecidos devem ser registradas.

_ devem ser estabelecidos e implementados métodos estatísticos de resolução de problemas, que reduzam continuamente variabilidades do processo, e consequentemente, melhore a qualidade do produto.

5.7.prODutOs e materIaIs NãO CONFOrme

_ Produtos bloqueados ou não conformes somente devem ser liberados por pessoas autorizadas.

_ todas as não conformidades devem ter ações imediatas de acordo com procedimentos estabelecidos. todas as situações devem ser registradas com planos de melhoria definidos para prevenção de reincidências.

_ os materiais e produtos não conformes devem ser identificados e segregados adequadamente para prevenir misturas.

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5.8.retrabalHO / reprOCessO

_ as operações de retrabalho precisam ser conduzidas de maneira ordenada e em local distinto da linha de produção, prevenindo trocas e misturas.

_ as pessoas envolvidas nos processos de retrabalho devem ter conhecimento claro do desvio encontrado. a operação precisa ser monitorada pela área da qualidade.

_ todas as operações de retrabalho precisam ser registradas com as respectivas quantidades de refugo e aproveitamento.

5.9.DesCaraCterIzaçãO De materIaIs e prODutOs reFugaDOs

a descaracterização é o processo de destruição que inviabiliza a utilização do material para as finalidades para as quais foram projetadas, protegendo a exposição indevida da Marca.

_ Para fornecedores de embalagem (primária ou secundária) e de fragrâncias, o parceiro deve ter diretrizes e prover recursos para garantir a descaracterização de todos os refugos oriundos dos processos, bem como a correta destinação destes. desta forma, garante a preservação da imagem e evita fraudes que comprometam a reputação da Marca a seus clientes (natura).

_ quando a operação de descaracterização não for realizada na instalação do parceiro, é imprescindível estabelecer meios de controle e auditorias nas instalações da empresa contratada para realização do serviço, assegurando os pontos acima mencionados.

5.10.regIstrOs De QualIDaDe

_ devem ser mantidos todos os registros das etapas dos processos de fabricação e envase dos lotes.

_ toda documentação relevante deve ser legível, datada, registrada e acessível.

5.11.CalIbraçãO

_ a calibração de equipamentos críticos deve ser registrada, documentada e realizada de acordo com as datas pré-estabelecidas.

5.12.CONtrOle De COrpOs estraNHOs

_ É imprescindível a instalação de filtros e detectores de metais quando o material estiver sujeito a tal contaminação durante o processo, prevenindo a contaminação por corpos estranhos.

_ É recomendável o monitoramento microbiológico periódico nas áreas de produção onde estiverem sendo processados produtos suscetíveis à contaminação.

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6.PRODUTO acaBaDO

6.1espeCIFICações

_ especificações serão fornecidas pela natura ou devem ser acordadas com a natura. todo produto fornecido deve cumprir as especificações.

_ Mudanças no produto acabado devem ser comunicadas e/ou autorizadas por escrito pela natura.

_ deve-se ter um sistema para controle e registro das especificações e/ou métodos para assegurar que todas as revisões de especificações ou procedimentos sejam atualizadas internamente, assim que houver o envio pela natura.

_ É imprescindível que o parceiro assegure a fiel reprodução da fórmula padrão acordado para cada produto.

6.2verIFICaçãO De CONFOrmIDaDe à espeCIFICaçãO

6.2.1 Controle e garantida da Qualidade

_ inspeções regulares devem ser feitas durante a produção para verificar se o produto está conforme as especificações. elas devem seguir as metodologias e ensaios estabelecidos, bem como as frequências definidas para garantia da qualidade. quando aplicável, metodologias e ensaios estabelecidos serão consensados entre natura e o fornecedor.

Quando a condição para realização de análises não tiver condições de ser atendida, é imprescindível a contratação de serviço de análise por uma empresa comprovadamente habilitada para execução do serviço proposto.

O processo da Natura resulta em produtos seguros e de qualidade, de acordo com as especificações e com as regulamentações necessárias.

para assegurar esta premissa, é importante que todas as especificações estejam bem-definidas, garantindo os pontos de segurança e qualidade para que eles atendam aos requisitos mínimos já previamente definidos.

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_ o laboratório de controle de qualidade deve ter pessoal qualificado e instrumentação apropriada para realização de todas as análises especificadas, tanto das matérias-primas como a do produto acabado.

_ todos os ensaios microbiológicos, quando aplicável, devem ser conduzidos de maneira a assegurar a integridade dos resultados. todos os meios de cultura devem registrar o preparo e, para que seja verificada sua adequação, os controles de viabilidade de crescimento (positivo e negativo) devem ser registrados.

_ todas as soluções e reagentes utilizados no laboratório de controle de qualidade devem ter identificação clara, controle dos prazos de vencimento, procedimentos específicos para preparo e fatoração quando aplicável.

_ no caso de fornecedores de embalagens – todas as análises de atributo devem ser estabelecidas de acordo com os nqa’s definidos e conforme os critérios de amostragem estabelecidos pela norma técnica vigente; assim como os padrões de defeito (panóplias), padrões de cor e aparência devem ser aprovados pelo cliente (natura).

_ os padrões que possuem prazo de validade devem ser constantemente atualizados e precisam ser armazenados de maneira a manter a sua integridade e identidade de referência.

nota: todas especificações, metodologias, padrões, critérios serão fornecidos pela natura oportunamente quando do desenvolvimento de cada projeto/produto.

6.2.2 rastreabilidade de produto

_ o lote de produto, no mínimo, deve ser rastreável aos parâmetros de processo do lote, resultados de análise dos pontos de controle, informações do período de produção, registros de calibração dos equipamentos, lotes de matérias-primas e seus resultados analíticos, assim como os laudos de análise dos fornecedores.

6.2.3 Certificado de análise

_ o parceiro deve emitir, e enviar juntamente com o produto, um laudo analítico contendo todas as especificações e os resultados da aprovação do lote.

6.3 reteNçãO

_ Para fornecedores de matérias-primas, é imprescindível que o parceiro disponha de área física ara retenção e controle de amostras de referência de cada lote de produto. a área de ser estabelecida de tal forma que garanta a integridade e disponibilidade das amostras quando requerido, devendo também preservar as características originais da amostra.

6.4. reClamações DO CONsumIDOr/ ClIeNte

_ reclamações, tanto de consumidor como do cliente, serão enviados para o parceiro quando considerado apropriado. cada reclamação deve ser registrada e investigada, e uma avaliação escrita encaminhada ao contato da natura.

O tamanho do inóculo utilizado nos controles positivos deve ser apropriado à sensibilidade do meio de cultura

Os meios de cultura adquiridos prontos devem ter a informação do teste de promoção de crescimento no certificado de análise emitido pelo fabricante.

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7. esTOcageM, TRansPORTe e DisTRiBUiçÃO

a qualidade da estocagem, do transporte e da distribuição garantem que o produto chegue em ótimas condições aos clientes e consumidores. para assegurar que as condições críticas para a segurança e a qualidade do produto sejam mantidas e controladas, alguns procedimentos devem ser implementados, evitando danos.

além disso, os produtos não conformes devem ser claramente identificados e fisicamente separados de outros produtos, seguindo regras previamente acordadas.

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7.1CONDIções geraIs De estOCagem De prODutOs aCabaDOs

_ todos os produtos na área de estocagem devem ter identificação clara, com informações sobre a descrição, código, lote, data de fabricação e validade do produto.

_ todo produto deve ser estocado afastados do chão e das paredes, possibilitando a inspeção dos produtos e o controle de pragas.

_ deve-se estabelecer orientações de empilhamento dos produtos, bem como das condições necessárias de empilhamento e armazenamento para manter a sua integridade.

_ os pallets devem estar em boas condições, limpos e livres de defeitos.

7.3expeDIçãO De prODutOs

_ deve-se ter um controle confiável do estoque para garantir o fifo (first in first out).

_ a cada lote enviado, deve-se agregar um certificado de análise com o código do produto/lote de produção, além da nota fiscal.

_ É necessário que as operações de separação de produtos sejam conduzidas de maneira ordenada e registrada, evitando danos no manuseio das embalagens, falhas e/ou trocas.

7.4rastreabIlIDaDe

_ É necessário que se estabeleça um sistema e/ou controle para rastreabilidade por meio da nota fiscal.

7.5DevOluções

_ É necessário que se estabeleça um controle para produtos retornados dos clientes. uma área definida para segregação até a análise e disposição do controle/garantia da qualidade precisa ser disponibilizada, bem como um fluxo adequado para evitar misturas / trocas.

7.2CONDIções DOs veíCulOs/ CONtrataçãO De traNspOrte

_ as condições gerais de preservação e higiene dos veículos de transporte devem ser inspecionadas antes do carregamento. a possibilidade de contaminação cruzada (prevenção de transferência de odor entre os produtos, matérias-primas, dano nas embalagens, etc.) também deve ser avaliada. É imprescindível que a inspeção seja registrada.

dica: recomenda-se ter um processo estruturado para a contratação e a qualificação de transportadoras, observando-se minimamente os requisitos legais e competências técnicas para realização de transporte de produtos de higiene pessoal e cosméticos.

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8. higiene, LiMPeZa e cOnTROLe De PRagas

para prevenir a contaminação e assegurar a segurança dos produtos, o processo de manufatura deve validar e utilizar procedimentos de desinfecção e limpeza adequados. assim, a Natura e seus parceiros conseguem garantir que não houve nenhum tipo de contaminação por pragas ou pelo mau uso de químicos e que o produto final está de acordo com o padrão de qualidade desejado e percebido pelos consumidores.

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8.1prINCípIOs De lImpeza e DesINFeCçãO

_ todos os equipamentos de processo, áreas gerais e os procedimentos de limpeza e desinfecção devem ser documentados com definição clara sobre:

o método e a frequência de limpeza e sanitização;

o tipo e a concentração de detergente e desinfetante utilizado, o tempo de contato e a temperatura;

o nível de desmonte dos equipamentos (caso aplicável) e;

a garantia de remoção dos químicos de limpeza e sanitização até um nível residual aceitável;

_ os químicos de limpeza devem ser estocados em uma área específica, afastados das linhas de produção. o estoque deve ser trancado e utilizado somente por pessoal autorizado.

_ todas as limpezas e sanitizações de equipamentos devem ser registradas e conter informações sobre o sanitizante utilizado, a data/hora, validade e o responsável pela execução.

8.2. prINCípIOs De HIgIeNe pessOal

_ as regras de higiene devem estar disponíveis a todo o pessoal, inclusive temporários, subcontratados e visitantes. É preciso assegurar que todos tenham entendimento destes padrões.

_ os visitantes precisam ser informados antecipadamente sobre a higiene pessoal e a vestimenta adequada para acesso às áreas produtivas.

_ todo o pessoal nas áreas de produção deve usar aventais e/ou uniformes limpos. estas roupas limpas devem ser fornecidas em quantidades suficientes.

_ roupas de trabalho não podem ser utilizadas fora do perímetro da fábrica.

_ as toucas descartáveis devem ser produzidas com material que garanta a condição de proteção ao produto (ePP). É imprescindível que estas sejam usadas e cubram completamente o cabelo.

_ o pessoal deve manter as mãos limpas. as luvas devem ser feitas de materiais não tóxicos e de durabilidade adequada e também devem ser mantidas limpas.

a utilização de luvas não isenta a obrigação de lavagem regular das mãos.

_ não deve ser permitida a utilização de adornos como relógios e jóias nas áreas produtivas.

_ as unhas devem estar curtas e limpas.

_ o consumo de qualquer tipo de alimento ou cigarros nas áreas de manufatura deve ser expressamente proibido.

_ os princípios de higiene devem def inir diretrizes para assegurar que nenhuma pessoa tenha acesso às áreas de manufatura ou estocagem se ciente ou sob suspeita de uma doença que possa resultar risco de contaminação que resulte em perigo à segurança do consumidor.

_ É necessário prover instalações adequadas para higiene pessoal dos colaboradores.

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8.3.lImpeza e saNItIzaçãO

_ a limpeza úmida deve ser feita com detergente adequado (próprio para limpeza industrial) e iniciada com uma remoção física dos resíduos. em processos abertos, a remoção pode ser feita manualmente com ferramentas como raspadores ou aspiradores.

_

_ as linhas de processo devem ser limpas imediatamente após o término da produção.

_ todos os equipamentos e partes que tenham contato direto com o produto devem ser limpos e sanitizados. após os processos de fabricação e/ou envase, é necessário limpar os equipamentos logo após a conclusão de cada operação.

_ se após a limpeza e sanitização o equipamento/linha não for entrar em operação, a sanitização deve ser realizada novamente antes do uso.

dica: o período de sanitização não deve exceder a duas (2) horas.

_ dependendo do equipamento e/ou processo, a desinfecção pode ser feita por calor ou saneantes químicos.

8.4 sIstemas INterNOs De lImpeza (CleaN IN plaCe - CIp)

_ sistemas de controle de limpeza ciP precisam ser monitorados e registrados.

_ Para prevenir a contaminação por químicos de limpeza, o ciP deve ser adequadamente separado das linhas durante a produção. os demais controles específicos serão fornecidos pela natura.

8.5 CONtrOle De pragas

_ um programa de manejo integrado de pragas deve estar implementado, com frequência definida, cronograma das aplicações e controles, e tipos de produtos utilizados.

_ Por causa da natureza específica do controle de pragas, é recomendado que este controle seja feito por uma empresa terceirizada e especializada. a empresa contratada deve possuir todas as licenças requeridas para operação

em nenhuma hipótese deve-se utilizar produtos de limpeza de uso domésticos, pois eles deixam resíduos em máquinas e equipamentos que são foco de contaminação do produto, danificando as instalações e reduzindo a sua vida útil.

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9.PessOaL eTReinaMenTO

Cada um dos trabalhadores que faz parte do processo de produção é também um agente de qualidade e segurança do produto final. assim, todos eles devem ser competentes, com base em habilidades, experiências, educação e treinamentos, bem como estar conscientes da importância do gerenciamento adequado das suas atividades. eles também devem compreender os aspectos críticos mais relevantes para a qualidade e a segurança do produto para o consumidor.

a organização deve garantir esses aspectos por meio da definição das competências necessárias a cada função e da implantação de planos de treinamentos estruturados e contínuos, alinhados ao papel e à responsabilidade de cada colaborador no processo.

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_ todo pessoal deve receber treinamento apropriado, alinhado ao cargo que ocupa e às responsabilidades a ele atreladas. É imprescindível que o programa estabelecido contemple a conscientização dos colaboradores nos requisitos de boas praticas de fabricação (cgMP). os programas de treinamento devem ser fundamentados nestes mesmos requisitos.

_ É necessário definir treinamentos específicos para a investigação de desvios e ferramentas da qualidade para os colaboradores envolvidos nestas ações.

_ quando houver um sistema de gerenciamento de risco implementado, é necessário que os pontos críticos de controle sejam conhecidos pelas pessoas da operação.

_ a organização deve estabelecer um programa de treinamento anual para assegurar que as competências necessárias de cada função estão sendo aplicadas. ele deve contemplar e definir os objetivos que se pretende alcançar com este programa.

_ o programa de treinamento deve apresentar minimamente os registros dos treinamentos executados, das horas de treinamento ministradas, dos temas abordados, avaliando a eficácia do programa frente aos objetivos traçados e prevendo a reciclagem periódica dos temas.

vIsaNDO O COmprOmIssO Da empresa COmO DeseNvOlvImeNtO De uma sOCIeDaDe maIs IgualItárIa e COm a geraçãO De valOr para esta, reCOmeNDam-se a pratICa De INvestImeNtOs em eDuCaçãO FOrmal De seus COlabOraDOres.

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10. ResPOnsaBiLiDaDe cOM O MeiO aMBienTe a Natura é uma empresa

reconhe-cida por seu compromisso ambiental e por buscar melhorar continuamente seus processos produtivos. e nossos parceiros são importantes aliados nesta missão.

estimulamos as organizações a identificarem e minimizarem seus impactos ambientais, pois coletivamente temos mais força e multiplicamos a geração de valor ambiental, beneficiando toda a sociedade.

cada empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte, contribui com a degradação do meio ambiente. Para demonstrar sua responsabilidade com o tema, é necessário que o parceiro implante um sistema para gerenciar seus aspectos e impactos ambientais. o sistema de gestão necessita minimamente identificar e ter acesso às leis e às normas aplicáveis às atividades realizadas pela empresa, além de identificar quais são os aspectos ambientais e os potenciais impactos ao meio ambiente.

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dica: deve-se ter claro que cada aspecto ambiental identificado está associado a pelo menos um impacto ambiental, que pode ser definido como qualquer alteração das propriedades físico-químicas e/ou biológicas do meio ambiente.

_ o compromisso com o atendimento aos requisitos legais, com a prevenção da poluição e com a melhoria contínua do desempenho ambiental necessita ser estabelecido através de uma Política ambiental. logo, todo parceiro precisa ter uma Política ambiental atualizada, documentada e divulgada na organização.

_ a empresa precisa identificar quais são os aspectos ambientais de suas atividades, ou seja, quais os elementos das atividades, produtos ou serviços podem interagir com o meio de forma adversa ou benéfica, como por exemplo: consumo de água e de energia, geração de resíduos, emissões de gases de efeito estufa, etc..

10.1gestãO De águas a captação de água necessita ser monitorada de modo a identificar o volume real consumido, bem como os pontos de utilização e as potenciais oportunidades de minimização do consumo.

_ os parceiros devem ter implantados sistemas de drenagem eficiente, bem como sistemas de descarte de águas cinzas (efluentes) com capacidade adequada, em boas condições de operação e de acordo com os requisitos legais.

a instalação e operação de uma estação de tratamento de efluentes que atenda aos padrões legais exigidos são imprescindíveis.

10.2gestãO De resíDuOs a identificação dos tipos de resíduos gerados, sua classificação de periculosidade segundo normas técnicas aplicáveis, e incompatibilidade entre tipo de resíduos é imprescindível para estabelecer o controle de geração, armazenamento e destinação final adequados.

_ É necessário estabelecer um processo estruturado para contratação e qualificação de empresas para destinação final dos resíduos gerados, observando-se minimamente os requisitos legais aos quais estão sujeitos e as competências técnicas para realização de cada método de destinação.

_ a destinação final de resíduos deve ser realizada em total conformidade com a legislação aplicável vigente.

dica: recomenda-se privilegiar os métodos de reciclagem de resíduos quando possível e disponível.

10.3gestãO De emIssões atmOsFérICas as emissões atmosféricas na indústria de higiene pessoal e cosmética não estão associadas somente a atividades de geração de vapor e queima de combustíveis fósseis, mas também aos processos de fabricação de pós diversos, manuseio de matérias-primas, e fabricação que podem gerar material particulado e substâncias odoríferas. além disso, atividades indiretas, como movimentação e transportes internos de materiais e transportes externos são geradoras de emissões atmosféricas.

é imprescindível que a empresa comprove a concordância com os requisitos legais: todas as licenças aplicáveis à legislação nas esferas municipal, estadual e federal.

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_ o parceiro deve implantar um processo de identificação e quantificação de suas emissões atmosféricas de modo a atender os requisitos legais aplicáveis para seu tipo de empresa.

dica: recomenda-se adotar os modelos do Protocolo brasileiro ghg Protocol para identificação e quantificação das emissões de gases de efeito estufa.

10.5DesempeNHO ambIeNtal as organizações devem apurar e reportar periodicamente seu desempenho ambiental.

devem ser estabelecidos indicadores absolutos e relativos às unidades produzidas, de modo a gerar comparabilidade entre diferentes processos internos e indústrias do setor. os indicadores ambientais devem, pelo menos, estarem associados à água, resíduos, energia, emissões atmosféricas.

dica: os processos de gestão dos impactos ambientais devem ter procedimentos documentados, além de instruções de trabalho e planos de auditorias para o controle de aspectos ambientais significativos:

_ compromisso com a redução de emissões atmosféricas

_ contaminação de solo e mananciais

_ gerenciamento de substâncias perigosas, de utilidades e de efluentes líquidos.

_ gerenciamento do consumo de água e de energia

_ gerenciamento da destinação de resíduos sólidos perigosos e não perigosos

10.4emergêNCIas ambIeNtaIs É preciso que haja procedimentos estabe-lecidos para as emergências ambientais, tais como vazamentos, derramamentos e situa-ções de risco que possam causar impactos significativos sobre o meio ambiente.

_ situações que podem colocar em risco a reputação da companhia, tais como multas, autuações e interdições devem ser registradas e reportadas imediatamente à natura.

_ É imprescindível que uma lista de não conformidades legais e de recla-mações ambientais dos últimos três anos, assim como as ações corretivas associa-das, esteja disponível, quando aplicável.

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11.saÚDe e segURançanO TRaBaLhO

trabalhar em condições seguras e de acordo com os requisitos legais são premissas básicas para garantir a segurança dos colaboradores e, consequentemente, a qualidade da produção.

11.1 geral

_ É imprescindível que a organização tenha um sistema efetivo de saúde e segurança no trabalho e que este esteja em concordância com os requisitos legais do Ministério do trabalho e emprego.

_ condições seguras e saudáveis devem ser disponibilizadas para todos os colaboradores.

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11.2 reQuerImeNtOs espeCíFICOs

_ os colaboradores devem ser treinados, entender os riscos relevantes e as suas precauções antes de iniciar o trabalho com equipamentos.

_ o acesso a partes em movimento de máquinas e ferramentas deve estar protegido, conforme os requerimentos legais.

_ equipamentos de proteção individual (ePi’s) adequados devem ser disponibilizados e utilizados pelos colaboradores.

_ o parceiro deve ter um plano de combate a incêndios, garantindo que os extintores e hidrantes estejam instalados da forma adequada e em número suficiente para

a estrutura das instalações. o controle de validade dos extintores deve ser efetuado periodicamente.

_ todas as áreas destinadas aos equipamentos de segurança devem ter fácil acesso e estar sempre desobstruídas.

_ É imprescindível estabelecer um Plano de emergências, incluindo formas seguras de evacuação de áreas (rotas de fuga e mapas de risco). simulados de abandono de área são necessários, de acordo com os requerimentos legais.

_ ingredientes que apresentem características de segurança críticas (irritante, explosivo, enzimas, etc.) devem ser manuseados

adequadamente. fichas de segurança de Materiais devem ser disponibilizadas em idioma de domínio dos colaboradores.

_ colaboradores com atividades que requeiram competências especificas, como operadores de equipamentos de movimentação de materiais (empilhadeiras) devem apresentar capacitação técnica adequada, registrada e identificável. reciclagens periódicas das capacitações requeridas devem ser realizadas.

_ Para as atividades que apresentem caráter repetitivo devem ser estabelecidas sistemas de rodizio de colaboradores para minimizar o aparecimento de lesões por esforços repetitivos.

_ Perigos e riscos associados às atividades de trabalho devem ser identificados, registrados, avaliados e controlados conforme laudo apresentado nos relatórios do Programa de Prevenção de riscos ambientais (PPra) e do Programa de controle Médico de saúde ocupacional (PcMso).

_ as organizações devem apurar e reportar periodicamente seu desempenho em segurança do trabalho, avaliando os incidentes e acidentes ocorridos.

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12. ResPOnsaBiLiDaDesOciaL

a Natura incorpora e busca a adesão de seus parceiros em políticas e práticas de gestão responsáveis, que se baseiem na ética e na transparência para construir um processo de diálogo permanente com os mais diversos públicos.

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12.2DIreItOs HumaNOs

_ a empresa deve apoiar e respeitar a proteção de direitos humanos reconhecidos internacionalmente. É imprescindível assegurar que violações desses direitos não ocorram de forma alguma

12.3prátICas DIsCIplINares

_ É necessário combater todas as formas de punições físicas ou psicológicas de qualquer natureza. a empresa deve possuir políticas formais que busquem erradicar essas práticas.

12.4DIreItOs DO trabalHO (CONFOrme NOrma sa 8000)

_ a empresa deve legalizar a relação de trabalho e apoiar a liberdade de associação a sindicatos de trabalhadores de livre escolha dos funcionários. É necessário também que ela reconheça o direito à negociação coletiva e permita o acesso dos membros de seus sindicatos ao local de trabalho.

_ a empresa deve cumprir as leis aplicáveis e os padrões da indústria sobre o horário de trabalho.

_ É necessário assegurar que os salários pagos satisfaçam, ao menos, os padrões mínimos da indústria. estes devem ser suficientes para atender às necessidades básicas dos funcionários e proporcionar renda extra a eles.

_ a empresa precisa assegurar que as deduções dos salários não sejam feitas por razões disciplinares. Precisam também declarar a composição de salários e benefícios. os pagamentos devem ser realizados em conformidade com todas as leis aplicáveis.

12.1COmprOmIssOs étICOs

_ a empresa deve ter seus princípios éticos documentados em um código de ética ou uma declaração de crenças e valores. ele deve ser incorporado nas ações do dia a dia da empresa.

dica: recomenda-se uma política de diálogo aberto e transparência com os seus públicos: colaboradores, fornecedores, clientes, comunidades do entorno e outros com os quais o parceiro tenha algum relacionamento.

além de ser uma prática de cidadania e ética corporativa, esses canais de diálogo podem apontar oportunidades de melhoria e novos investimentos.

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12.7trabalHO FOrçaDO Ou COmpulsórIO

_ É imprescindível o respeito à legislação que proíbe o trabalho forçado. a empresa deve ter políticas formais que visem à erradicação de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório. devem, também, discutir e estimular seus fornecedores a refletir sobre esta questão, auxiliando-os a cumprir a legislação. além disso, deve contar com cláusula específica em seus contratos proibindo este tipo de trabalho.

12.8COmbate à COrrupçãO

_ a empresa deve combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina.

12.9gereNCIameNtO DO ImpaCtO Da empresa JuNtO à COmuNIDaDe

_ É necessário que a empresa monitore e repare possíveis impactos na vida da comunidade (solicitação de equipamentos sociais, tráfego, zoneamento urbano, relações com vizinhos, etc.). É preciso também que sejam mantidos canais de diálogo para o recebimento de demandas, reclamações e manifestações da comunidade.

12.6valOrIzaçãO Da DIversIDaDe

_ É necessário o combate a todas as formas de discriminação, bem como a promoção de programas de inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais, com a contratação de deficientes (oferecendo, inclusive recursos físicos para facilitar seu deslocamento).

é preciso que haja igualdade de remuneração e valorização das oportunidades oferecidas pela riqueza étnica e cultural de nossa sociedade.

12.5COmprOmIssO COm O FuturO Das CrIaNças

_ o parceiro deve possuir políticas formais que busquem erradicar o trabalho infantil. deve também discutir com seus fornecedores esta questão, estimulando-os a cumprir a legislação e a efetuar reparações às crianças que forem encontradas trabalhando nessas situações. além disso, os contratos devem possuir cláusula específica sobre a proibição deste tipo de trabalho.

é imprescindível que a empresa respeite a legislação que proíbe o trabalho antes dos 16 anos (exceto aprendizes sob a recomendação 146 da Organização Internacional do trabalho – OIt).

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13. PesQUisa &DesenvOLviMenTO (P&D)

estimulamos constantemente a adesão dos nossos parceiros em projetos de desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, cocriando soluções e diferenciais para os nossos produtos e promovendo relações mais perenes e duradoras.

13.1 INstalações

_ será considerado um diferencial a existência de um departamento estruturado de Pesquisa e desenvolvimento (P&d), principalmente quando dispuser de projetos de novos materiais, processos de transformação ou engenharia em parceria com a natura.

13.2 prOCessO De DeseNvOlvImeNtO

_ É recomendada a implementação de sistemas de gestão de desenvolvimento de produtos, que tenham acesso a tecnologias no brasil ou no exterior, contratos com institutos de pesquisa ou universidades

_ É imprescindível que os procedimentos utilizados nas etapas de desenvolvimento de materiais ou produtos até sua viabilidade técnico-financeira sejam documentados e registrados.

13.3 CapItal INteleCtual

_ É recomendado que a equipe de Pesquisa e desenvolvimento tenha formação acadêmica compatível com as tecnologias adotadas.

também é recomendada a existência de um processo de educação continuada, de modo a manter atualizada a gestão do conhecimento da organização.

_ É preciso que os projetos acordados com a natura tenham a estrutura necessária para cumprirem os prazos e custos estipulados.

dica: É recomendável que a equipe de desenvolvimento transpareça dinamismo, eficácia e transparência.

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Parceiro nossos fornecedores e terceiros.

Prevenir eliminar a ocorrência (objetivo de zero defeito).

controle garantir a qualidade e segurança do produto dentro das especificações acordadas com a natura.

limpeza remoção de sujeira, resíduos de produtos, poeira, graxa e outros materiais.

contaminantesquaisquer agentes microbiológicos, físicos ou químicos, ou outra substância que possam comprometer a qualidade ou a segurança do produto.

desinfecçãouso de agentes químicos e/ou métodos físicos para reduzir o número de microrganismos no ambiente a um nível que não comprometa a qualidade ou a segurança dos produtos.

fifo (first in first out) Primeiro que entra - Primeiro a sair

fefo (first expire first out) Primeiro a expirar – Primeiro a sair

fMeaMetodologia analítica utilizada para garantir que problemas potenciais sejam considerados, abordados e tratados durante todas as etapas de desenvolvimento do produto e do processo.

nqanível de qualidade aceitável para uma determinada população - definida e acordada entre as partes e avaliada através da norma técnica aplicável vigente.

cgmp (*) boas práticas de manufatura atualizadas - fundamento de qualquer sistema de qualidade da indústria cosmética, alimentícia e farmacêutica.

especificaçãoDocumento com as exigências Natura para o material, incluindo os parâmetros que devem ser controlados, assim como seus limites de aceitação.

nbr is09000: 2000 sistemas de gestão da qualidade

nbr iso14000:2004 sistemas da gestão ambiental

Portaria anvisa 348 Manual de boas Práticas de fabricação para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes.

ohsas 18000 sistema de gestão de segurança e higiene no trabalho

sa 8000

nbr iso 16001 sistema de gestão de responsabilidade social

referências

(*) current good Manufacturing Practices

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