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I REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE PROVÍNCIA DE ZAMBEZIA Governo do Distrito de Morrumbala PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO DO DISTRITO DE MORRUMBALA Novembro de 2014

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I

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE PROVÍNCIA DE ZAMBEZIA

Governo do Distrito de Morrumbala

PLANO LOCAL DE ADAPTAÇÃO DO DISTRITO DE MORRUMBALA

Novembro de 2014

II

FICHA TÉCNICA

DIRECÇÃO GERAL

Alberto Manharange- Administrador Subustituto do Distrito

Elisabete José Lundo- Secretaria Permanente Distrital

EQUIPE TÉCNICA DISTRITAL

Sérgio João Baptista J. Jofesse - SD

Leocádia Wine Lemos - SD

Fidel Benendito Bacalhão - SD

Rajú Chico Varinde - SDAE

Maria Leocadia Arcadio - SDAE

Raul Guiliche - INGC

Oliveira Bernardo - SDSMAS

Victorina Alberto Lopes - SDEJT

Filipe dos Anjos Coma - SDEJT

André Raimundo Mauirício - SDSMAS

Rosalina Gordinho Matos - SDPI

Almeida Luís Sulvai - SDPI

Mestre Wisk Ardicha - Rádio Comunitária

EQUIPE TÉCNICA PROVINCIAL

Leopoldo Dúlio Nobre - Técnica DPCA

Eduardo José Maebaze - Técnico DPPF

EQUIPE TÉCNICA NACIONAL

Carla Marina - MICOA

Saide Anlaue - SCI

Luís Artur - UEM/FAEF

Eduardo Castro - UEM/FAEF

III

TABELA DE CONTEÚDO 1. INTRODUÇÃO ..............................................................................................................- 1 -

2. METODOLOGIA ...........................................................................................................- 1 -

3. PERFIL DO DISTRITO DE MORRUMBALA ..............................................................- 5 -

3.1 Aspectos Físico-geográficos .........................................................................................- 5 -

3.2 Aspectos socioeconómicos............................................................................................- 6 -

3.3. Acesso aos Serviços básicos e Infra-estruturas .............................................................- 8 -

3.4. Vulnerabilidade Climática e Capacidade de Adaptação .............................................. - 10 -

3.4.1 Contexto actual ........................................................................................................ - 11 -

3.4.2. Projecções Climática ............................................................................................... - 19 -

4. MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DESENVOLVIMENTO DO DISTRITO ................... - 20 -

5. PLANO DE ACÇÃO .................................................................................................... - 24 -

6. SISTEMA DE MONITORIA E AVALIAÇÃO ................................................................ 29

7. OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO NO DISTRITO ............................................ 36

- 1 -

1. INTRODUÇÃO Moçambique é um país propenso a vários tipos de eventos climáticos adversos tais como chuvas irregulares, secas, inundações, cheias e ciclones tropicais. Tendo em conta o elevado índice de pobreza, a dependência da sua economia nos recursos naturais, e a ocorrência de epidemias como o HIV e SIDA, Moçambique encontra-se entre os países mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas. O estudo sobre o impacto das alterações climáticas e o risco de calamidades em Moçambique, realizado sob a direcção do INGC e publicado em 2009, indica que, em geral, o clima será mais extremo. Espera-se períodos secos mais prolongados intercalados com períodos de chuvas intensas e imprevisíveis, aumentando assim os riscos de secas e inundações. Ainda de acordo com o INGC (2009) a zona centro de Moçambique provavelmente será a mais afectada em termos de alterações climáticas, principalmente as regiões de menor altitude, como o vale do Zambeze. Este cenário coloca o país em situação de urgência na procura de soluções com vista a diminuir a vulnerabilidade das populações, o que passa pela tomada de medidas que promovam a adaptação das populações vulneráveis e em risco de calamidades. Ciente desta necessidade o Governo de Moçambique aprovou, na 39a Secção de Conselho de Ministros, realizada a 13 de Novembro de 2012, a Estratégia Nacional de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas (ENAMMC) para o período 2013-2025 que preconiza, entre outras medidas, o desenvolvimento de medidas de adaptação ao nível das comunidades. É no contexto da implementação desta estratégia que surge o presente Plano Local de Adaptação (PLA) do distrito de Morrumbala, que define as principais linhas orientadoras para o desenvolvimento harmonioso e resiliente ao nível de Morrumbala. Devido a sua localização geográfica, o distrito de Morrumbala, por sinal um dos mais populosos da província da Zambézia, é extremamente vulnerável a eventos climáticos adversos como cheias, inundações, secas e vendavais. Isso justifica o desenho de um plano local de adaptação tendo em conta que as projecções climáticas futuras, mostram uma tendência ascendente tanto da frequência como da intensidade de eventos climáticos extremos. As acções aqui apresentadas resultam de levantamentos feitos na Sede do Distrito, com os técnicos distritais e provinciais, e em duas comunidades representativas nos postos administrativo de Chire e de Megaza. Como um instrumento complementar ao Plano Estratégico de Desenvolvimento do Distrito (PEDD), o presente PLA tem como visão: “Morrumbala Desenvolvido e Resiliente `as Mudanças Climáticas”. Assim, pretende-se que as acções aqui apresentadas sejam integradas no processo de planificação do distrito de modo que este seja, ao longo do tempo, robusto o suficiente para fazer face as adversidades trazidas pelas mudanças climática.

2. METODOLOGIA O presente plano foi elaborado pela equipe técnica de planificação do distrito, num esforço intersectorial realizado sob a liderança do administrador do distrito. Para a sua elaboração, os têcnicos do distrito contaram ainda com apoio têcnico da Direcção Provincial para a Coordenação Ambiental (DPCA), da Direcção Provincial de Plano e Finanças (DPPF) e do Consórcio Africa Climate Change Reslience Alliance (ACCRA) formado pela Save the Children, Visão Mundial,

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Oxfam e CARE. A metodologia usada para a elaboração deste plano foi baseada no guião metodológico para os Planos Locais de Adaptação (PLA) produzido pelo MICOA. Foram, no geral seguidas seis (6) etapas que conduziram a elaboração deste PLA: Ø 1a Etapa: Seminário provincial sobre a metodologia dos PLA’s Este seminário decorreu de 28-29 de Julho de 2014 um seminário com representantes de vários distritos e da província para a apresentação e refinamento da metodologia a ser usada no desenho dos Planos Locais de Adaptação na Zambé. O encontro decorreu na sede da Visão Mundial em Quelimane. Neste seminário participaram os representantes do Governo nomeadamente uma técnica central e dois provinciais do Ministério para Coordenação da Acção Ambiental (MICOA), um técnico da Direcção Provincial do Plano e Finanças (DPPF), dois do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), os secretários permanentes dos distritos de Mopeia e de Morrumbala bem como dois representantes do consórcio ACCRA. Além das Instituições Estatais, também participaram neste evento algumas organizações da sociedade civil ligadas as Mudanças Climáticas nomeadamente: a RADEZA, a CONCERN e a Cruz Vermelha de Moçambique. Depois da apresentação e discussão sobre a relevância e metodologia dos PLAs, o segundo dia, iniciou com a apresentação das ferramentas usadas para a elaboração dos PLAs nomeadamente: na Análise de Capacidades e de Vulnerabilidade Climática (CVCA), e Teoria de Mudança (TdM). Depois desta apresentação seguiu-se a discussão em plenária sobre as ferramentas apresentadas. Durante o período da tarde fez-se a presentação sobre o contexto actual de vulnerabilidade climática de Moçambique e de Morrumbala em particular. E, por último deu-se a apresentação do programa de actividades e do plano logístico para o trabalho ao nível do distrito. Ø 2a Etapa: Capacitação e levantamento ao nível da sede do distrito De 31 de Julho a 06 de Agosto de 2014, decorreu o trabalho de campo para a elaboração do PLA a nível do distrito de Morrumbala. No 1o dia, antes do inicio das actividades, a equipa técnica e de facilitação teve um encontro com o Senhor Administrador do Distrito de Morrumbala, onde apresentaram os objectivos de trabalho, a metodologia e o programa de actividades. Em seguida, na qualidade de substituto da Secretária Permanente do Distrito, o director dos Serviços Distritais da Saúde, Mulher e Acção Social presidiu a abertura das actividades, numa das salas do Instituto de Formação de Professores onde também se encontravam todos os técnicos distritais e provinciais que participaram deste trabalho. Na sua nota introdutória, este director realçou a necessidade de se

O primeiro dia, do seminário tinha como pontos de agenda: (1) dar a conhecer a importância da elaboração dos PLAs; (2) dispertar os principais actores ligados as Mudanças Climáticas e da Sociedade civil sobre a necessidade da elaboração de PLAs, (3) discutir e rever o guião metodológico do PLA e (4) rever o programa para a elaboração deste PLA bem como as responsabilidades dos diferentes intervenientes no processo.

Figura 1 – Apresentação sobre os PLAs

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encontrarem novas abordagens para fazer face aos eventos climáticos e incorporá-las nos principais documentos de planificação distrital. Depois desta nota introdutória, um dos representantes do consórcio ACCRA procedeu uma breve apresentação do PLA com enfoque para a sua relevância e etapas. Em seguida, os facilitadores iniciaram a capacitação dos técnicos através da apresentação das ferramentas do CVCA, nomeadamente: Matriz de vulnerabilidades e capacidades, Calendário sazonal, Perfil histórico, Análise institucional e Mapeamento de risco e de recursos. Referiu-se que, com base na Matriz de vulnerabilidade, analisa-se as principais actividades económicas e de sustento da população, as ameaças a que estas estão sujeitas, as medidas tomadas e as respectivas propostas de soluções para fazer face a essas ameaças. Com o Perfil Histórico faz-se o levantamento dos principais eventos que marcaram a história da zona, o que permite avaliar a frequência e a intensidade desses eventos ao longo dos anos. Com o Calendário Sazonal analisa-se a variação intra-anual das principais ameaças que afectam as comunidades (ou distrito). A Análise Institucional é usada para mapear os principais actores que operam nas comunidades (ou no distrito), seu tipo de intervenção e as sinergias entre os diferentes actores. O Mapeamento de Riscos e de Recursos permite identificar a localização geográfica, dos vários recursos físicos e naturais existentes assim como das principias ameaças em cada região da comunidade. Com vista a estimular a percepção dos técnicos, depois desta apresentação decorreu o levantamento de dados ao nível da sede do distrito com base nas ferramentas apresentadas. Para este trabalho os técnicos dividiram-se em 4 grupos, de 3 a 4 elementos. Assim sendo, todos os grupos elaboraram a matriz de vulnerabilidades e capacidades, e cada grupo elaborou também uma outra ferramenta do CVCA. No fim, cada grupo apresentou o resultado do seu trabalho e a partir da discussão conjunta harmonizou-se os resultados obtidos em cada ferramenta do CVCA.

Figura 2 – Apresentação dos resultados do trabalho em grupo na sede do distrito No 2o dia da capacitação apresentou-se um resumo dos resultados do trabalho realizado no dia anterior e depois, os facilitadores introduziram a metodologia para a elaboração da TdM. E, a semelhança do dia anterior, de modo a garantir a sua percepção, os técnicos, organizados em 4 grupos de 4 a 5 elementos, desenvolveram a TdM com base nas acções de desenvolvimento propostas no trabalho do dia anterior (matriz de vulnerabilidades e capacidades). Desta vez, cada grupo trabalhou com 1 ou 2 áreas de desenvolvimento, nomeadamente: Agricultura, Pecuária, Pesca,

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Comércio, Sivicultura, Carpintaria e Artesanato. No fim cada grupo apresentou o resultado do seu trabalho e em conjunto discutiu-se sobre a veracidade, relevância e coerência dos dados apresentados. Depois deste exercício decorreu a preparação do trabalho de campo (nas comunidades). Para cada comunidade a equipe de trabalho esteve composta por dois técnicos distritais um técnico da provincia, e um facilitador do consórcio ACCRA. Importa referir que, em cada comunidade a equipe de trabalho foi liderada por um técnico distrital. Ø 3a Etapa: Levantamento ao nível das comunidades Nos dias 4 e 5 de Agosto (3o e 4o dia de trabalho de campo), cada um dos dois grupos trabalhou com uma das comunidades/localidades previamente seleccionadas (Megaza e Chire). A escolha destas localidades teve em conta a vulnerabilidade das mesmas aos eventos climáticos sendo ambas localizadas ao longo do rio Chire, e portanto, propensas sobretudo a inundações. No 3o dia, trabalhou-se com as ferramentas do CVCA, e dividiu-se os participantes das comunidades em quatro grupos: Idosos e Líderes comunitários, Homens, Mulheres e Jovens. Todos os grupos trabalharam com a matriz de vulnerabilidade e mais uma outra ferramenta do CVCA seleccionada por conveniência. O grupo de Líderes e idosos trabalhou com o perfil histórico, os Homens com o diagrama de Venn, as Mulheres com o calendário sazonal e os Jovens com o mapeamento de riscos e recursos. No fim todos os grupos apresentaram em plenário os resultados dos levantamentos efectuados e todos os participantes tiveram a oportunidade de criticar e de sugerir acréscimos para a validação da informação apresentada.

Figura 3 – Grupos formados na comunidade de Chire (da esquerda para a direita): Líderes, Homens, Mulheres, e Jovens.

No 4o dia, os grupos desenvolveram a teoria de mudança com base nas propostas de soluções sugeridas na matriz de vulnerabilidade e capacidades que foi elaborada no dia anterior. Deste modo, cada grupo trabalhou com uma ou duas áreas estratégicas como se segue: O grupo de líderes e idosos trabalhou com a Pecuária, os Homens com a Pesca, as Mulheres com a Agricultura e os Jovens com o Comércio. No fim, cada um dos grupos apresentou em plenário os resultados do trabalho realizado e todos os participantes tiveram a oportunidade de criticar e de sugerir acréscimos para a validação da informação apresentada. Durante este processo, em cada comunidade, os participantes definiram a sua visão, que a nível distrital ficou como: “Morrumbala Desenvolvido e Resiliente as Mudanças Climáticas”.

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Ø 4a Etapa: Harmonização geral dos dados Nesta etapa iniciou-se o processo de harmonização dos dados obtidos tanto, no levantamento preliminar, na sede do distrito assim como no levantamento de base nas duas comunidades. No 5o dia (6 de Agosto) trabalhou-se com a harmonização dos dados obtidos com as ferramentas do CVCA. No 6o dia, harmonizou-se a informação da TdM e no fim fez-se a análise de capacidade institucional através de uma entrevista semi-estruturada aos técnicos do distrito. No fim da harmonização identificou-se 4 objectivos estratégicos a partir das acções de adaptação propostas. Estas acções foram organizadas e orçamentadas numa planilha do PESOD. Para além da planilha do PESOD foi construída uma matriz para o processo de monitoria e avaliação, na qual, para além do indicador de produto considera-se também os indicadores dos outros níveis da TdM (resultados e impactos). Assim, na tarde do 6o dia de trabalho de campo (7 de Agosto) a equipe técnica provincial e nacional regressou a cidade de Quelimane na companhia de dois técnicos distritais. Ø 5ª Etapa: Elaboração do ‘draft’ zero Dado que o trabalho de levantamento de dados decorreu simultaneamente em dois distritos da província da Zambézia (Mopeia e Morrumbala), houve a necessidade da criação de um espaço de partilha de experiências. Assim sendo durante dois dias as equipem técnicas dos dois distritos tiveram um encontro na sede da Visão Mundial, em Quelimane onde, no primeiro dia, apresentou-se os resultados e os constrangimentos do trabalho de campo, e no segundo, elaborou-se o draft inicial (draft 0) do presente PLA bem como, definiu-se o programa de trabalhos, metas e responsabilidades para a conclusão do mesmo. Ø 6ª Etapa: Finalização do PLA Após a elaboração do ‘draft’ zero, a equipe têncica distrital continuou com os trabalhos de enriquecimento do plano, tendo para isso consultado documentos adicionais produzidos no distrito e outros que dizem respeito ao distrito com relação `as mudanças climáticas. Este processo que contou com os outros têcnicos que estiveram envolvidos desde o princípio culminou, finalmente, com a produção do actual documento. 3. PERFIL DO DISTRITO DE MORRUMBALA Esta secção apresenta um resumo dos principais aspectos físico-naturais e socioeconómico do distrito de Morrumbala. Informação mais detalhada sobre o perfil do distrito pode ser encontrada no PEDD, no PDUT e nas estatísticas distritais produzidas pelo INE. 3.1 Aspectos físico-geográficos Este Distrito está localizado a Sudoeste da Província da Zambézia, entre os paralelos 16° 21’ e 17° 39’ de latitude Sul e entre os meridianos 35° 09’ e 36° 27’ de longitude Este. É limitado ao Norte com o Distrito de Milange, a Sul pelo Distrito de Mopeia, através do rio Chiraba, a Este pelo Distrito de Derre, a Oeste pelos Distritos de Mutarara da Província de Tete e Nsanje da República do Malawi, ambos através do rio Chire. Com 8.249 km2 de superfícies, Morrumbala tem o relevo basicamente constituído por planaltos, que ocupam uma área de 8.548 Km2, o correspondente a 2/3 do território total do distrito, compreendidos entre as altitudes de 200 a 500 metros. O distrito é atravessado pelos rios Chire, Muelide, Missongue, Thambe, Luó e Bualizo.

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Figura 4 - Localização geográfica do Distrito de Morrumbala Tendo em conta que o Posto Administrativo de Derre foi recentimente elevado a categoria de distrito, em termos administrativos, actualmente Morrumbala está subdividido actualmente em 3 postos administrativos: Chire, Megaza e Morrumbala Sede subdivididos em 10 localidades: Chilomo, Gorro, Chire Sede, Megaza Sede, Pinda, Sabe, Boroma, Mepinha, Muandiua e Morrumbala Sede. Segundo as projecções do censo geral da população e habitação realizado em 2007; em 2014 Morrumbala contava com uma população estimada em 359.309 habitantes, sendo 174.188 homens e 185.121 mulheres, distribuídas segundo a tabela abaixo:

Tabela 1: População por Posto Administrativo em 2014

Posto Administrativo Homens Mulheres Total

Morrumbala Sede 98.239 103.594 201.834 Chire 56.307 60.524 116.831 Megaza 19.642 21.003 40.645 Total 174.188 185.121 359.31

Fonte: INE, 2007; 2014 O Posto Administrativo de Chire - o segundo mais populoso, e Megaza - o menos populoso do Distrito, ambos situados nas imediações do rio Chire, são os mais vulneráveis a calamidades naturais sobretudo cheias e inundações. O Posto administrativo de Morrumbala Sede, o mais populoso, é vulnerável a secas e vendavais. 3.2 Aspectos socioeconómicos Do total da população activa, 98% são trabalhadores familiares ou por conta própria. A percentagem de assalariados corresponde a apenas 2% da população activa do distrito. Em relação a distribuição da população activa pelos sectores de produção, 95% da mão-de-obra do distrito trabalha no sector agrário, os restantes 5% encontram-se em empregos formais, no comércio, nos transportes ou na prestação de serviços. Deste modo, as principais actividades económicas e de sustento da população

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do Distrito de Morrumbala são: agricultura, pecuária, comércio, pesca, artesananto e sivicultura. A agricultura é praticada em regime de sequeiro tanto para a subsistência como para a comercialização. As principais culturas produzidas são: milho, gergelim, feijão bóer, feijão nhemba, mapira, batata-doce, mandioca e algodão. Importa referir que as mulheres são responsáveis por todo o processo produtivos e os homens, geralmente polígamos, são responsáveis pela comercialização. Outra componente importante no âmbito da segurança alimentar, são as moageiras que podem ser encontrados em todo o distrito e que prestam o serviço de transformação de cereais, como o milho, em farinha. A principal cultura industrial importante neste distrito é o algodão contudo vem perdendo espaço devido ao preço baixo e as dificuldades para a sua produção (pragas e doenças) dando lugar a outras culturas industriais como o gergelim e o feijão boer. Em relação as culturas alimentates o milho encontra-se no topo na escala de importância, constituindo a principal fonte de carbohidratos para a maioria da população do distrito. Na pecuária, a pastorícia, geralmente é praticada por indivíduos do sexo masculino, que podem ser adultos, jovens ou crianças. O sistema de produção pecuário depende totalmente de pastagens naturais e abeberamento em fontes naturais de água como rios e lagoas. Como principais tipos de gado criados pela população pode-se citar: o gado bovino, suíno, caprino, ovino e avícola. Sendo que, a avicultura (principalmente galinhas e patos) e o gado caprino são mais importantes para o consumo familiar, e os restantes para a comercialização. O comércio se destaca por ter como base, todas as outras actividades tais como a agricultura, a pecuária, a pesca e o artesanato. Na agricultura, algumas culturas de importância industrial como o gergelim e o feijão bóer são produzidas com vista à sua comercialização que devido a grande procura muitas vezes é realizada na machamba do agricultor. Do mesmo modo, o excedente da produção das culturas alimentares básicas, como o milho, também se destina a comercialização nas vilas ou no vizinho Malawi. Em termos de comercialização da produção pecuária, a galinha cafreal é o animal mais comercializado nas vilas, em seguida tem-se o gado caprino e depois o gado bovino. Em relação a pesca, o excedente da produção passa por um processamento (secagem ou fumagem) e é comercializada a vários níveis (compra e revenda). A carpintaria também apresenta uma cadeia de valor desde a compara da madeira até a comercialização de materiais de construção e móveis. No artesanato, a produção de tijolos de barro e de utencílios domésticos destinam-se tanto à utilização familiar como para a comercialização. A pesca é praticada nas zonas próximas do rio Chiro, como Pinda, Chire e Megaza, daí que em termos de abrangência não é praticada por muitos habitantes, contudo a sua produção alimenta várias cadeias de comercialização. No artesanato, pode-se encontrar a produção de utensílios de palha como cestos e esteiras, o corte de capim para a cobertura das habitações, a produção de utensílios de barro como panelas e potes, bem como a produção de blocos de barro para a construção das habitações. Na silvicultura, a exploração de produtos florestais tais como a lenha, o carvão, capim de cobertura

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e estacas contribuem para o sustento dos agregados familiares principalmente nas zonas de baixa precipitação ao norte do distrito. As actividades acima listadas têm como base a exploração de recursos naturais tais como: a terra, a água e as florestas. Estes recursos são sensíveis às mudanças climáticas e a sua inadequada utilização pode ter impactos negativos nas condições ambientais e climáticas locais. Assim, a utilização dos recursos naturais está a sofrer da pressão devido ao acelerado crescimento demográfico do distrito. Nesse contexto, actualmente a promoção das florestas e da biodiversidade é vista como prioritária no âmbito da sustentabilidade e de adaptação as mudanças climáticas. 3.3. Acesso aos serviços básicos e infra-estruturas Nasta componente focaliza-se os aspectos de saúde, educação e as vias de acesso. Estes três aspectos são indispensáveis para odesenvolvimento do distrito e permitem avaliar o seu nível de vulnerabilidade. Outros aspectos igualmente importantes para avaliar a vulnerabilidade do distrito são os indicadoes de bem-estar que serão apresentados na secção seguinte. 3.3.1 Rede sanitária O Distrito conta com 20 Unidades Sanitárias, (1 Hospital Distrital, 1 Posto de Saúde, 2 Centros de 2 Centros de Saúde Tipo I e 16 Centros de Saúde tipo II), com 166 camas das quais 81 na maternidade e 85 nas enfermarias gerais.

Posto

Administrativo Nr de Unidades

Sanitárias Nr de

Camas Morrumbala

Sede 12 100

Chire 4 26 Megaza 4 15 Total 19 141

No que tange a situação epidemiológica do Distrito, as principais epidemias que ocorrem neste Distrito são a Malária, Diaréias, ITS’s (principalmente o HIV-sida), TB. Para a Malária a taxa de letalidade reduziu de 0.2% em 2013 para 0.07% em 2014, o que correspondente a uma redução de -185%. As Diarreias não causaram obitos mas em 2014 foram diagnosticados 502 casos contra 682 diagnosticados no ano 2013. Nas ITS's foram diagnosticados 1.751 casos em 2014 contra 793 notificado no ano 2013. Assim de modo a fazer face a pandemia do HIV-sida, o Distrito apresenta 14 Unidade Sanitárias com serviços TARV, sendo 1 Hospital Rural, e 9 outros Centro de Saúde (Chire, Megaza, Mepinha, Pinda, Mundiua, Guerissa, Sabe, Boroma, Fábrica, Machindo, Gorro, Chilomo e Muera), abertos no mês de Setembro e mais 3 unidades sanitárias de Sabe, Muera, Fabrica e Boroma. Em relação a Tuberculose durante o ano 2014 foram notificados 346 casos novos de TB BK positivo contra 202 casos notificados em igual período de 2013. A taxa de deteção da tuberculose no distrito passou de 17.85 % em 2013 para 23.71% em 2014, o correspondente a uma evolucao de 32.8%.

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3.3.2 Educação O distrito conta com uma rede escolar composta por 259 escolas, das quais 149 do EP1, 104 do EPC, 3 ESG1, 1 ESG2, 1 ETB e 1 IFP. Relativamente ao ano 2013, em que o distrito possuía 243 escolas, registando-se um crescimento de 9%, com entrada de mais 16 escolas. Em relação a Alfabetização e Educação de Adultos (AEA), foram aberturos 400 centros dos 410 planificados, o correspondente a 98% de Cumprimento.

Tabela 3: Rede Escolar do Distrito Tipo de Escolas 2013 2014 Crescimento

(%) Cresc. em

Nr Ensino Primário do 1º Grau 142 149 8.5% 7 Ensino Primário Completo 95 104 9.6% 9 E. Secundário Geral 1º Ciclo 3 3 0.0% 0 E. Secundário Geral 2º Ciclo 1 1 0.0% 0 E. Básico Técnico Profissional 1 1 0.0% 0 IFP 1 1 0.0% 0 Total 243 259 9.1% 16 AEA 298 400 34.2% 102

3.3.3 Vias de Acesso No global o Distrito, comporta uma rede viária de 650 quilômetros de estradas classificadas. Até ao terceiro Trimestre de 2014, decorreram obras de manutenção de rotina em todos os troços.

Tabela 4: Estradas Classificadas Estradas Distância (km) Classificação Situação actual

Mepinha/Lua-Lua 66 R1107 Transitável Mepinha/Morrumbala 36 R652 Transitável Morrumbala/Zero 50 R322 Transitável Morrumbala/Megaza 42 R477 Transitável Megaza/Pinda 30 R650 Transitável M’bala/Travecia do Chire 42 N322 Transitável Mepinha/Derre 50 R652 Transitável Derre/Alto Benfica 61 R652 Transitável Sapemo/Muandiua 12 R1109 Transitável Muandiua/Moriri/Chire 65 R650 Transitável Derre/Munhonha 100 Transitável Chire/Megaza 60 Em reabilitação Muzoforo/Chire 64 R650 Transitável João Ntara/Sabe/Chimuara 64 Transitável Chilomo /Milange 93 Transitável

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Quanto a reabilitação de estradas secundárias não classificadas foi planificado para 2014, a manutenção da estradas Boroma/Pedreira de Longoze numa extensão de 35 km e o melhoramento localizado de 10 km das ruas da vila sede, Plano executado em 100%. 3.4 Indicadores de Bem-estar

3.4.1 Água e Saneamento Neste momento o distrito conta com 521 fontes de abastecimento de água, destes, 17 encontram-se avariados, com uma taxa de cobertura rural de 34% olhando portanto, um furo está para 300 pessoas.

Tabela 5: Cobertura de Abastecimento de Água Rural Postos

Administrativos Fontes de Água Fontes

Operacionais Avariadas

Furos Pocos Furos Poços Furos

Morrumbala-Sede 271 0 265 0 6 Chire 34 18 31 15 3 Megaza 138 15 134 7 4 Total 443 33 430 22 13

Até ao período em analise foram criados 14 comitês de água beneficiando 11.288 famílias nos Postos Administrativos de Morrumbala Sede e Megaza, e Treinados 19 activistas comunitários beneficiando 15.827 famílias. Esta acção tem sido levada a cabo com parceiros de cooperação que tem operado no Distrito. 3.4.2 Energia Elétrica De um plano anual de 480 novas ligações, foram realizadas em 2014, 323 novas ligações correspondentes a uma execução de 67%. Comparativamente ao igual período do ano de 2013 em que tinham sido realizadas 88 ligações, registando-se um crescimento de 126% de novas ligações. Assim no ano 2014 foram realizadas actividades inerentes a expansão da corrente electrica numa distância de 4 Km, (a partir do Bairro Agostinho Neto á Zona de Expansão do Zaone), onde: 1.6 Km são de Média Tensão e 0.4Km de Baixa Tensão). Actualmente o número de consumidores da rede de energia eléctrica situa-se em 2.951 contra 2.628 do trimestre transacto. Actualmente, a energia é fornecida nos seguintes locais: Na Vila sede de Morrumbala, Localidade de Sabe e no Povoado de João Tara no Posto. 3.4. Vulnerabilidade Climática e Capacidade de Adaptação Esta componente está dividida essencialmente em duas partes: (1) o contexto actual do distrito de Morrumbala no âmbito das Mudanças Climáticas, onde também encontra-se o levantamento de base realizado ao nível do distrito; e (2) as projecções climática futuras, também no contexto das Mudanças climáticas. Assim pretende-se apresentar a situação actual e futura do distrito em relaçãoa a sua vulnerabilidade as calamidades naturais.

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3.4.1 Contexto actual O distrito de Morrumbala apresenta um clima tropical chuvoso de savana. Dados do Posto Climatológico de Morrumbala-sede indicam que, a temperatura média anual é de 23,4ºC. A precipitação total a partir das médias mensais é de 1.017mm, sendo Janeiro o mês mais chuvoso. A estação das chuvas tem o seu início em Novembro e tem a duração aproximada de cinco meses, terminando em Março, sendo os meses de Outubro e Abril considerados meses de transição, com precipitações médias mensais inferiores a 20mm. A evapotranspiração potencial (PET) anual é de 1.547mm, com os meses de Maio a Julho mostrando valores inferiores a 100mm, enquanto nos restantes meses do ano a PET é superior a 100mm, embora de Dezembro a Março a precipitação exceda a PET. Em relação aos eventos climáticos, a época de risco corresponde o período entre os meses de Outubro a Março, em que regista-se a ocorrência de Cheias/inundações e, vendavais e ciclones, com diferentes intensidades e frequências, ou seja, sem nenhuma regularidade o que dificulta as medidas de prevenção. Com estas ameaças, o distrito prepara o seu Plano de Contingência de acordo com a época prevista, os locais susceptíveis a vulnerabilidade, a magnitude de ocorrência das intempéries, classificando assim as previsões em três cenários: o mínimo, o médio e o máximo. Assim o Posto administrativo de Morrumbala-sede, por se situar numa zona alta, não é susceptível a ocorrência de cheias em quanto que os restantes postos administrativos são susceptíveis a todas as calamidades que assolam este distrito. Como se pode observar na tabela abaixo referente ao Plano de Contigência da época 2013/2014, a maior parte da população é vulnerável a ocorrência de cheias ou inundações em relação a outros eventos adversos. Tabela 6 - População em risco no distrito de Morrumbala 2013/2014

Actualmente o distrito conta com um total de 2.300 agregados familiares em risco, devido a ocorrência de calamidades naturais, das quais 500 no Posto Administrativo de Megaza e 1.800 no Posto Administrativo de Chire. Com base na tabela 3, pode-se analisar o impacto dos eventos climáticos (ou não) sobre as principais actividades económicas e de sustento da população do distrito de Morrumbala.

Posto

Administrativo

População

total

População em Risco (Cheias)

População em Risco (Ciclones)

População em Risco (Secas)

Max Min Max Min Max Min Morrumbala-sede 201,834 0 0 947 514 2,109 897

Chire 91.543 6,000 3,000 245 70 3,856 920 Megaza 32.638 1,500 1,000 220 38 1,240 354 Total 326.015 7,500 4,000 1,412 622 7,205 2,171

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Tabela 7 - Matriz de Vulnerabilidades

Inundações Seca Pragas Queimadas Ventos Fortes

Agricultura 2 2 2 1 1 Pecuária 1 2 1 1 0 Comércio 2 1 1 0 1 Pesca 1 2 0 0 2 Artesanato 2 0 0 0 1 TOTAL 8 7 4 2 5 Tendência (Impacto)

Baixa Mantém Crescente Baixa Mantém

Nota: pontuação máxima = 3 significando que o evento afecta bastante a actividade, e a mínima = 0 significa que o impacto do evento não é relevante. Em ordem decrescente de importância (de cima para baixo), na tabela acima são apresentadas as principais actividades económicas e de sustento praticadas pela população do distrito de Morrumbala. Do mesmo modo, são apresentados os principias eventos adversos também em ordem de importância (da esquerda para a direita). Segundo esta tabela ou Matriz de vulnerabilidade, a agricultura constitui a principal actividade económica praticada pela população, seguia da pecuária, comércio, pesca e em último o artesanato. Entretanto a população também prática outras actividades económicas e de sustento tais como a produção de carvão e a carpintaria, porém em menor escala tanto em termos de número de pessoas envolvidas assim como em termos de volumes de produção. Como principais eventos que limitam a produção neste distrito temos as cheias/inundações, secas/estiagens, pragas/parasitas/doenças, queimadas e ventos fortes/ciclones. As cheias/inundações danificam as machambas levando a perdas de produção agrícola, reduzem as áreas de pastagens, inviabilizam a produção artesanal, inibem a comercialização através da interrupção das vias de acesso, reduzem a produção de carvão vegetal e, em alguns casos afectam as carpintarias deixando-se submersas. A seca, ou seja a falta de chuvas no período chuvoso (estiagem), provocam perdas de sementeiras, e reduzem o potencial agrícola produtivo. Por outro lado, e geralmente, associada as queimadas, a seca reduz a áreas de pastagens obrigando os criadores a percorrer longas distâncias para o acesso as pastagens. Em alguns casos as queimadas podem levar a perdas de produção agrícola quando atingem os celeiros e os campos ainda não colhidos. As pragas, aqui referem-se a todos os factores bióticos que prejudicam a produção agro-pecuária. Isto é, o termo pragas refere-se as pragas e doenças agrícolas (tais como o gafanhoto elegante e a podridão radicular da mandioca) e os parasitas e doenças animais no sector pecuário (tais como caraças e a new castle). Assim pode-se perceber que estes afectam negativamente tanto a produção agrícola assim como a produção pecuária. Em casos extremos a população recorre a compra de

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pesticidas no vizinho Malawe e na aplicação destes por meio de regadores (como alternativa aos pulverizadores) Por sua vez, os ventos fortes afectam a agricultura provocando o acamamento de culturas erectas como o milho, mas também e principalmente prejudicam a pesca pois resultam em danos e até em percas de redes e das embarcações (canoas). Como complemento a matriz de vulnerabilidade, elaborou-se uma tabela (tabela 2) que expõe a capacidade de resposta do distrito aos eventos adversos. Nesta tabela constam as medidas de adaptação praticadas pelas comunidades para fazer face aos eventos climáticos, as suas limitações e as propostas de soluções para fazer face a cada um dos eventos adversos em cada actividade económica e de sustento.

Tabela 8 - Capacidades de Resposta AGRICULTURA

Evento Acção em curso Limitação Proposta de Solução

Seca

-Cultivo em zonas Baixas; -Colecta de frutos silvestres (Nhica); -produção de culturas tolerantes a seca (Mandioca e Batata-doce) -Trabalhos sazonais (Ganha-ganha); -Fomento de novas técnicas de produção.

-Insuficiência de áreas nas zonas baixas; -Falta de insumos e de ferramentas agrícolas; -Resistência a mudança.

-Fortalecer a assistência técnica aos agricultores potenciais; -Fortalecer o fomento e a monitoria de novas técnicas de produção; -Instalar pequenos sistemas de rega com recurso a energia solar; -Promover a produção de culturas tolerantes a seca.

Inun

daçõ

es -Cultivo em zonas altas;

-Ressementeiras; -Prática de outras actividades como a pesca;

-Solos pobres (Desfavoráveis) -Falta de sementes; -Pragas de Ratos e Ratazanas.

-Fomento de técnicas de melhoramento de solos; -Fabrico e montagem de Armadilhas.

Prag

as

-Pulverização dos campos com regadores; -Mudança de área de cultivo; -Compra de insecticidas.

-Falta de expansionistas; -Falta de pesticidas; -Falta de pulverizadores.

-Instalação de casas agrárias; -Expansão dos serviços de extensão

Que

imad

as

-Criação de aceiros (quebra-fogos); -Sensibilização para o combate e controle da queimadas (Líderes comunitários e CGRN); -INCÉNDIOS nas Machambas faz-se o combate manual com recurso a ramos de árvores.

-Falta de recursos Humanos; -Falta de meios para a preparação do terreno; -Dificuldade para identificar os causadores dos incêndios.

-Mobilização das comunidades para o uso da tracção animal; -Mobilização das comunidades para o combate as queimadas descontroladas; -Fortalecer os CGRN; -Fixar placas de combate as queimadas em zonas de risco; -Promover a apicultura.

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Ven

dava

is -Aproveitamento das culturas afectadas.

-Difícil previsão. -Plantação de quebra-ventos em zonas de risco.

PECUÁRIA Evento Acção em curso Limitação Proposta de Solução

Inun

daçõ

es -Transferência do gado para

zonas seguras; -Alimentação do gado no curral.

-Escassez de pasto.

-Promover a produção e conservação de feno.

Prag

as (p

aras

itas)

e

doen

ças

-Vacinações anuais contra as doenças de declaração obrigatória; -Compra de fármacos e uso de mangas de tratamento.

-Irregularidade das vacinações anuais das doenças de declaração obrigatória; -Falta de fármacos localmente.

-Expansão das vacinações anuais; -Instalação de casa agrárias

Seca

-Pastagem em áreas com maior disponibilidade de pasto.

-Longas distâncias -Promover a produção e conservação de feno.

Que

imad

as -Transferência do gado para

zonas com disponibilidade de pasto.

-Dificuldade para identificação dos causadores dos incêndios.

-Mobilização das comunidades para adopção de medidas de controlo de queimadas; -Promoção da apicultura.

COMÉRCIO Evento Acção em curso Limitação Proposta de Solução

Inun

daçõ

es

-Construção de celeiros Melhorados (pé alto); -Paralisação do comércio; -Prática de outras actividades como o ganha-ganha; -Uso de meios de transporte alternativos.

-Vias de acesso degradadas/intransitáveis.

-Promover a construção de edifícios habitacionais, celeiros e barracas em zonas altas; -Melhoria das vias de acesso (reconstrução de pontes seguras e de outros pontos vulneráveis das vias de acesso).

Ven

tos f

orte

s -Construção de barracas resistentes (Bloco queimado); -Diversificação de mercadorias (produtos de construção).

-Resistência para a construção de edifícios melhorados em zonas seguras.

-Promover a construção de edifícios anti-ciclones;

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A matriz de vulnerabilidade climática e a tabela de capacidade de resposta são importantes pois permitem avaliar o nível de impacto de cada evento climático sobres as actividades económicas e de sustento, entretanto, estas ferramentas não permitem avaliar a frequência com que esses eventos ocorrem. Deste modo, para se avaliar a frequência de ocorrência dos eventos climáticos elaborou-se o perfil histórico como se pode observar abaixo:

Figura 3 - Perfil Histórico do Distrito de Morrumbala Ano

Evento

1952 Cheias /Inundações (Mase apadre) 1958 Inundações (Mase a sassira) 1978 Cheias /Inundações 1990 Cheias /Inundações 1997 Cheias /Inundações e fuga da população para o povoado de Chingondore 2000 Cheias /Inundações 2005 Cheias/Inundações; chuvas fortes e criação de centros de acomodação 2006 Seca/Estiagem e fraca produção agrícola 2007 Cheias/Inundações, Cólera e fome; Censo da Populacional 2008 Seca/Estiagem, recurso a plantas silvestres para alimentação como a Nhica 2009 Cheias /Inundações; Realização das quartas Eleições Gerais 2012 Cheias /Inundações, Ventos fortes, fome; a população recorria a plantas silvestres para

alimentação como Nhica e Malassalassa 2013 Cheias /Inundações e criação de bairros de reassentamento em Chifungo, Masso e Ngulengule

Observando o perfil histórico acima apresentado, pode-se constatar que as cheias/inundações constituem o principal evento climático adverso do distrito de Morrumbala. Cheias/inundações cíclicas são frequentes no Distrito de Morrumbala, principalmente ao longo do rio Chire e Ruo. Estas cheias/inundações tem como origem elevadas precipitações pluviométricas em certos períodos e

PESCA Evento Acção em curso Limitação Proposta de Solução

Inun

daçõ

es -Redução da actividade

pesqueira. -Maior ocorrência de cobras, crocodilos e hipopótamos nos rios.

-Melhoria do SAP.

Seca

s

-Construção de diques tradicionais para a contenção do peixe; -Prática de outras actividades.

-Escassez de peixe. -Promoção da aquacultura em zonas baixas.

Ven

tos

fort

es -Paralisação momentânea

da actividade. -Uso de embarcações vulneráveis a ventos fortes (canoas).

-Melhoria do SAP.

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também o aumento excessivo das descargas nas barragens a montante do rio Zambeze. Assim, tendo em conta que os assentamentos humanos, a agricultura e gado são dependentes das fontes naturais de água como estes rios, pode-se entender o nível de impactos negativos que podem resultar de inundações repentinas. Entretanto, também se pode notar que a partir do ano 2000 houve um aumento na frequência de cheias/inundações bem como a ocorrência de outros eventos tais como as secas/estiagem, e ventos fortes. Pode-se notar que o perfil histórico é bastante útil para a avaliação global da frequência de vários eventos climáticos adversos. Uma outra ferramenta é o calendário sazonal (Tabela 9), muito importante para mapear os períodos de ocorrência tanto dos eventos adversos assim como as actividades económicas e de sustento, o que permite avaliar o nível de vulnerabilidade destas actividades e portanto das comunidades/populações.

Tabela 9 - Calendário Sazonal do distrito de Morrumbala ACTIVIDADE Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Agricultura Pecuária Comércio Pesca Artesanato Carpintaria Prod. de carvão EVENTO Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Seca/Estiagem Inundações Pragas Queimadas Ventos fortes Epidemias

Legenda:

- O evento ou a actividade não ocorre - O evento ou a actividade ocorre com baixa intensidade - O evento ou a actividade ocorre com alta intensidade

A partir do calendário acima pode-se notar que a agricultura, sendo a principal actividade económica e de sustento desenvolvida pela população do distrito de Morrumbala, é uma actividade praticada durante todo os meses do ano sendo que com maior intensidade entre os meses de Setembro a Maio do ano seguinte e, com menor intensidade, entre os meses de Junho a Agosto, período de pico de escassez da chuvas. Assim a primeira campanha agrícola decorre de Setembro a Fevereiro do ano seguinte e a segunda campanha decorre de Janeiro a Maio. Na primeira campanha agrícola a população produz: milho, arroz, batata-doce, feijão- nhemba e mapira; e na segunda campanha produz: algodão, gergelim, feijão bóer e mandioca.

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A pecuária, por se tratar de uma actividade rotineira é praticada durante todo o ano sem nenhum período específico de pico, mas naturalmente as reproduções aumentam depois do período chuvoso (principalmente para o gado bovino). Do mesmo modo o comércio e a pesca decorrem durante todos os meses do ano contudo, considerando que o comércio é alimentado principalmente pela agricultura, esta actividade intensifica-se depois da colheita da primeira campanha agrícola até a colheita da segunda campanha entre os meses de Fevereiro a Julho. Por sua vez a pesca intensifica-se durante o período chuvoso no qual regista-se maior abundância de peixe nos rios. Mesmo sendo actividades de menor importância ao nível do distrito, o artesanato, e a produção de carvão também estão sujeitas a sazonalidade, sendo que o artesanato é praticado apenas durante o período seco e a produção de carvão baixa durante o período chuvoso. De realçar que no artesanato estão incluídas actividades como a produção de utensílios domésticos de palha, bambu e argila, tais como cestos, esteiras e potes bem como o fabrico de tijolos de argila, e a renovação do capim de cobertura das casas. Entretanto, a carpintaria é praticada normalmente durante todos os meses do ano. Em relação aos eventos adversos, pode-se referir que: Ø A escassez de chuvas evidencia-se mais, ou seja, é mais prejudicial no período chuvoso, no qual

a população dedica-se a preparação dos solos e a sementeira, daí que a estiagem leva a perca de sementeiras;

Ø As queimadas resultam principalmente da preparação do solo para a sementeira. Ocorrem durante a época seca, no qual a vegetação contra-se seca e intensifica-se entre os meses de Julho a Setembro; e,

Ø As epidemias como malária e cólera ocorrem principalmente durante a época chuvosa entre os meses de Novembro a Março do ano seguinte.

Com as constatações acima apresentadas pode-se planificar melhor as medidas de mitigação para os grupos mais vulneráveis a cada um dos eventos adversos. Uma outra ferramenta bastante importante no contexto das medidas de mitigação é o diagrama institucional. Neste diagrama constam as principais organizações que operam no distrito, o seu sector ou área de acção e o respectivo nível de impacto como se pode observar na tabela 4, que se segue abaixo.

Tabela 10 - Diagrama Institucional do distrito Morrumbala Instituições ou Organizações

Área ou Sector de Acção Zonas Abrangidas Grau de Impacto

Governo Distrital Todos os sectores Todo o Distrito 3 Visão Mundial Educação, Saúde, Agricultura,

Água e saneamento Todo o Distrito 2

FGH Saúde Todo o Distrito 2 IRD Água e saneamento Pinda 2 Agentes económicos Comércio geral, Prestação de

serviços e Apoio social Morrumbala Sede 1

UNAC Agricultura, Associativismo Todo o Distrito 2

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Save the Children Educação, Saúde e apoio social Todo o Distrito 2 CELIM Apoio social, Promoção do

Associativismo, Peca Megaza, Pinda 1

Núcleo de pastores (Organização Religiosa)

Apoio social Morrumbala-sede 1

Movitel Comunicação Morrumbala-sede 2 OLAM Agricultura e comércio Morrumbala-sede 2 M-cel Comunicação Morrumbala-sede e

Pinda 1

Vodacom Comunicação Morrumbala-sede 1 CONCERN Apoio Social Megaza 1

Como principal organização que opera no distrito de Morrumbala tem-se o Governo distrital que através de órgãos específicos como o INGC, INE, e dos Serviços Distritais operam em todos os sectores socioeconómicos do distrito e, portanto possuem a pontuação máxima de nível de impacto. Outras organizações de impacto relevante ao nível do distrito são as Organizações Não Governamentais nomeadamente a Visão Mundial, a Save the Children, UNAC, IRD, FGH e a CONCERN. Estas organizações Promovem a construção de escolas e o apoio a crianças desfavorecidas (em bens materiais, alimentos, abrigo e na educação); promovem o activismo e a disponibilização de medicamentos na saúde; a distribuição de sementes na agricultura; a abertura de furos de água e a construção de latrinas melhoradas, contudo, de acordo com a abrangência em termos de zonas ou de comunidades apresentam nível de impacto que variam de 1 a 2. Na área da comunicação o distrito de Morrumbala conta com as três redes telefónicas que operam a nível nacional contudo a MOVITEM apresenta maior nível de abrangência. Outras organizações importantes principalmente durante a mitigação de eventos adversos como as inundações, são os agentes económicos e o núcleo de pastores. Nos agentes económicos encontra-se todos os comerciantes, transportadores e outras individualidades que prestam um apoio social as comunidades em casos de calamidades. Este tipo de análise institucional é bastante útil durante a definição de medidas de contingência e de adaptação pois permite ver com quem pode-se contar. Mais importante do que conhecer as organizações, é saber como o distrito percebe a sua capacidade nas diferentes vertentes e o resultado desta avaliação é apresentada abaixo.

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Figura 4 - Análise da Capacidade Institucional do distrito do âmbito das Mudanças Climáticas A partir do diagrama acima indicado pode-se constatar que o distrito de Morrumbala apresenta níveis aceitáveis (acima de 50%) em relação aos seguintes aspectos: Ø Integração das mudanças climáticas na planificação distrital – pois as mudanças climáticas são

integradas nos PESODs distritais desde o ano 2013; Ø Coordenação inter-institucional – esta coordenação envolve tanto a administração distrital nos

seus vários níveis assim como os líderes comunitários e agentes económicos através dos Conselhos Técnicos e Consultivos distritais;

Ø Capacidade técnica/conhecimento em mudanças climáticas – dado que os técnicos de vários serviços distritais beneficiam de capacitações sobre mudanças climáticas e alguns dos quais possuem formação superior nessa área;

Ø Usos de informação climática – os serviços distritais trabalham com as projecções (SARCOF) para o período de risco de desastres (Outubro a Março do ano seguinte) elaborados pelo INAME;

Ø Planificação no contexto de incertezas – a planificação é flexível pois conta com uma margem de erro de risco de 5%;

Ø Participação – o distrito apresenta óptimos níveis de participação pois os representantes das comunidades, os representantes do CGRA, e os técnicos dos serviços distritais participam dos conselhos técnico consultivo.

Todavia, como se pode observar na figura acima, o Distrito de Morrumbala apresenta baixos níveis de Orçamentação e Financiamento para as iniciativas ligadas as mudanças climáticas, por outras, a matéria das mudanças climáticas ainda é muito pouco financiada a nível deste Distrito 3.4.2. Projecções Climática Segundo o INGC (2009), projecções futuras apontam para um aumento das temperaturas entre 2 a 3°C no vale do rio Zambeze durante os meses SON (Setembro, Outubro e Novembro). A mesma fonte indica ainda que, prevê-se também um relativo aumento da precipitação contudo, os aumentos

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na evaporação serão provavelmente maiores do que os da pluviosidade durante a estação seca (Junho-Novembro). Assim sendo, a estação seca se tornará mais longa. À semelhança da temperatura e particularmente no vale do rio Zambeze, os maiores aumentos da evapotranspiraçao vão ocorrer durante os meses SON. Isto sugere que a evaporação aumentará significantemente nestas regiões antes do início das chuvas, o que, dependendo das alterações na pluviosidade, poderá resultar em decréscimos na humidade do solo antes do início da primeira campanha agrícola (INGC, 2012). A região Centro, onde se encontra o distrito de Morrumbala, apresenta as maiores probabilidades de ter um maior risco de secas e de perdas de colheitas, apesar dos modelos não conseguirem ser unânimes relativamente às localizações exactas da maior perda das colheitas. A extensão e gravidade do risco de seca aumentarão consideravelmente durante a estação OND (Outubro, Novembro e Dezembro). Portanto, deve-se considerar que a região Centro, apesar de ter apresentado uma grande produção agrícola na última década (em especial de milho e arroz), poderá enfrentar fracas colheitas devido a este cenário (INGC, 2009). Todavia, de acordo com o MICOA (2007), o distrito de Morrumbala apresenta um risco moderado de ocorrência de secas e um risco alto de ocorrência de cheias. Em relação ao risco de secas, como principais factores são apontados: as queimadas descontroladas, o abate indiscriminado de árvores, e a redução dos caudais dos rios. De acordo com o INGC (2009), seis dos sete modelos usados prevêem uma redução nos caudais do rio Zambeze em de cerca de 15% o que aumentará o risco de seca agrícola na bacia do Zambeze que inclui o distrito de Morrumbala. As actuais reduções no Zambeze poderão ser ainda maiores aumentando assim o risco de secas.

4. MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DESENVOLVIMENTO DO DISTRITO O perfil distrital acima apresentado mostra que os eventos climáticos adversos tem impactos negativos no desenvolvimento do distrito e portanto as mudanças climáticas poderão travar os esforços do governo distrital na promoção do desenvolvimento. De modo a garantir a sua resiliência o distrito definiu a seguinte visão no contexto de mudanças climáticas:

De modo a sustentar a visão acima, o distrito definiu igualmente quatro Objectivos Estratégicos como se segue:

1. Aumentar a Resiliência do sector Agro-Pecuário; 2. Promover a Construção de Infra-estruturas Resilientes; 3. Aumentar a Resiliência da Pesca; 4. Fortalecer a Capacidade Institucional para Responder as MC.

Morrumbala Desenvolvido e Resiliente as Mudanças

Climáticas

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Estes objectivos estratégicos e as respectivas propostas de actividades de adaptação são apresentados de forma esquemática na tabela abaixo. Contudo a sequência evolutiva das actividades propostas em cada um dos objectivos estratégicos até a grande visão de desenvolvimento do distrito podem ser observadas no esquema da teoria de mudanças que também é apresentado abaixo na componente 4.1. 4.1 Teoria de Mudanças: das actividades a VISÃO do Distrito Com vista a sintetizar as intervenções propostas para reduzir o risco climático do distrito de Morrumbala, foi desenvolvida a teoria de mudança com os sectores que compõem os serviços distritais ao nível da Sede do Distrito. Como se pode observar no esquema abaixo, esta teoria permite analisar a lógica e pertinência das acções propostas bem como acompanhar a sua evolução até ao alcance da visão formulada. De forma ascendente este esquema apresenta cinco níveis sequenciados como se segue: Actividades (agrupados em objectivos estratégicos), Produtos, Resultados, Impactos, e Visão.

OE 1- Aumentar a resiliência do sector Agro-Pecuário

OE 2- Promover a Construção de Infra-estruturas Resilientes

• Expandir os serviços de extensão agro-pecuária;

• Instalar casas agrárias; • Fortalecer os CGRN (aumentar o número de

activistas por regulado); • Promoção de feiras agrícolas; • Instalar pequenos sistemas de rega; • Disseminar a produção de culturas tolerantes

a seca e de ciclo curto; • Expandir as campanhas de vacinação para as

doenças de declaração obrigatória; • Promover o associativismo entre os

agricultores e criadores de gado; • Fomentar a produção de feno; • Fomentar a pratica da apicultura.

• Construir pontes resilientes; • Reabilitar as estradas e vias de acesso

vulneráveis a intempéries; • Promover a construção de celeiros

resilientes a inundação e ventos fortes; • Promover a construção de habitações

resilientes a chuvas e ventos fortes; • Expandir a rede eléctrica; • Aumentar o número de furos de água

OE 3- Aumentar a Resiliência da pesca OE 4- Fortalecer a capacidade institucional para responder as MC

• Melhorar o Sistema de Aviso Prévio; • Promover a aquacultura em zonas baixas. • Promover técnicas de pesca sustentáveis; • Expandir o acesso a insumos pesqueiros

(redes, embarcações e anzóis); • Promover o associativismo; • Introduzir a fiscalização pesqueira.

• Adquirir meios circulantes para M&A das actividades de PLA;

• Criação e oficialização de associações de agricultores, criadores de gado, e de pescadores;

• Capacitar e equipar promotores veterinários; • Contratar novos extensionistas agro-

pecuários; • Treinar e equipar os CGRN.

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Analisando o nível das actividades, pode-se observar que o quarto objectivo estratégico: Fortalecer a Capacidade Institucional para responder as Mudanças Climáticas, sustenta todos os outros. E assim cada um destes evolui sequencialmente até atingirem ou convergirem na grande visão de desenvolvimento do distrito. O primeiro objectivo estratégico “Aumentar a Resiliência Agro-pecuária” tem como actividades propostas: a expanção dos serviços de extensão, a instalação de casas agrárias, o fortalecimenro dos Conselhos de Gestão de Recursos Naturais, e outros. Assim estas actividades poderão levar a vários produtos, tais como: melhoria das técnicas de produção e de conservação de produtos agro-pecuários, maior disponibilidade de insumos, e maior disponibilidade de mel. Por sua vez, estes produtos poderão lecar aos seguintes resultados: aumento da produção e da produtividade agropecuária; melhoria na conservação e aumento da comercialização dos produtos agropecuários e redução de áreas queimadas. Ao nível dos impactos, estes resultados poderão levar a: melhoria da Segurança Alimentar e Nutricional, e ao aumento da renda dos agregados familiares. Este Objectivo estratégico também pode levar, no nível dos impactos, à melhoria da segurança física e material da população pois, o aumento da renda familiar possibilita a construção de casas melhoradas bem como a aquisição de bens duráveis importantes durante os períodos de evacuação como é o caso de bicicletas, motorizadas e barcos/canoas. O segundo objectivo estratégico para a resiliência do distrito de Morrumbala é “Promover a Construção de Infra-estruturas Resilientes”. Este espera-se que vai levar a vários produtos tais como: a melhoria da transitabilidade das vias de acesso, a melhoria da resiliência das pontes, e a adopção de técnicas de construção de casas resilientes pelas comunidades. Deste modo estes produtos levarão a vários resultados tais como: a melhoria da circulação de pessoas e bens, a redução do número de casas danificadas/afectadas por intempéries, e a melhoria da higiene e saneamento do meio. E estes, por sua vez, levarão, a nível dos impactos a: melhoria do SAP, aumento da renda familiar, e melhoria da segurança física e material das comunidades. As actividades ligadas ao “Aumento da Resiliência da Pesca” levarão, a produtos tais como: a adopção da aquacultura pelos pescadores, maior disponibilidade de insumos pesqueiros e melhoria do Sistema de Aviso Prévio; e estes levarão aos seguintes resultados: aumento da produção e da comercialização de peixe, melhoria das comunidades aos eventos extremos, e redução de práticas nocivas. Por sua vez estes resultados levarão ao nível dos impactos do seguinte modo: melhoria do SAP, aumento da renda familiar, e melhoria da segurança física e material das comunidades. Por fim todos estes impactos integrados convergem para grande visão do distrito: Morrumbala Desenvolvido e Resiliente as Mudanças Climáticas.

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Esquema da Teoria de Mudança

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5. PLANO DE ACÇÃO O presente PLA tem um horizonte de tempo de 5 anos. O Plano de Acção do PLA segue às matrizes actualmente em uso nos Planos Económicos Sociais e Orçamentais dos Distritos (PESOD). A perspectiva deste PLA é que, ao longo do tempo (5 anos), as acções apresentadas sejam incorporadas no PESOD e reflectidas no PEDD. Nessa ordem de ideias, pretende-se que o PLA seja um instrumento de apoio ao PEDD e ao PESOD e não um instrumento de planificação particular. As matrizes abaixo apresentam o plano de acção para a implementação das actividades propostas neste PLA. No entanto, é preciso frisar que, a implementação de cada uma das actividades será precedida por uma análise minuciosa da sua viabilidade técnica, social e ambiental ao nível do distrito. O orçamento global do PLA de Morrumabala é de cento sessenta e três milhões, quatrocentos e cinco mil meticais (163.405,000.00 Mts) como vem apresentado na tabela abaixo: Tabela 11: Resumo do orçamento dos objectivos estrategicos

Ordem Objectivo Estratégico Orçamento (Mts)

1 Aumentar a Resiliência do Sector Agropecuário 24,850,000.00

2 Promover a Construção de Infra-estruturas Resilientes 122,350,000.00

3 Aumentar a Resiliência da Pesca 4,680,000.00

4 Fortalecer a Capacidade Institucional para responderas Mudanças Climáticas

11,525,000.00

163,405,000.00Total

25

MATRIZ DE ACÇÃO DO OE 1: AUMENTAR A RESILIÊNCIA DO SECTOR AGRO-PECUARIO

I II III IV V

Nr de associacoes de criadores de gado criadas e oficializadas

50 10 10 10 10 10 Megaza, Pinda, Chire.

800 Criadores de gado 1,500,000.00 OE SDAE

Nr de associacoes de pescadores criadas e oficializadas

25 5 5 5 5 5 Megaza, Pinda, Chire. 130 pescadores 1,500,000.00 OE SDAE

Nr de capacitacoes realizadas

102 2 2 2 2

Megaza, Pinda, Chire.

800 criadores de gado 1,550,000.00 OE SDAE/SDAPI

Nr de promotores veterinarios capacitados 500

2 2 2 2 2 Megaza, Pinda, Chire e Morrrumbala sede.

800 criadores de gado

2,000,000.00 OE SDAE/SDAPI

Nr de promotores veterinarios treinados

102 2 2 2 2

Megaza, Pinda, Chire.

800 criadores de gado

350,000.00

OE SDAE

3

Contratar novos extensionistas agro-pecuarios;

Nr de novos extensionistas contratados 6

3 0 1 1 1 Megaza, Pinda, Chire.

1200 agricultores e criadores de gado

1,800,000.00 OE

SDAE

Nr de activistas treinados

5010 10 10 10 10 Todo Distrito

800,000.00OE SDAE

Nr de activistas equipados

5010 10 10 10 10 Todo Distrito

1,250,000.00OE SDAE

5 Instalar casas agrarias Nr de casas agrarias funcionais

41 1 1 1 0

Megaza, Pinda, Chire e Morrrumbala sede.

12000 agricultores e criadores de gado

5,600,000.00OE/Parceiros SDPI

Nr de sistemas de rega funcionais

122 2 3 3 2

Megaza, Pinda, Chire. OE/Parceiros SDPI

ha irrigados 60 10 10 15 15 10Megaza, Pinda, Chire. OE/Parceiros SDPI

Sub - total 24,850,000.00

Localização BeneficiáriosOrçamento por

ActividadeFonte de

Financiamento Responsabilidade

Criar e oficializar associações de agricultores, criadores de gado, e de pescadores;

Secretaria/Serviço Distrital de: Serviço Distrital de Actividades Económicas Orçamento (Mt): 24.850.000,00

Sector: AgriculturaPrograma do Governo: Mudancas Climaticas (MCA04)

Objectivo do Programa: Aumentar a Resiliência do Sector AgropecuárioIndicador de Resultado do programa:

Nº de Ordem Acção de Despesa Indicador de Produto Meta Fisíca

Realizacao / ano

7 Instalar pequenos sistemas de rega

150-350 agricultores 8,500,000.00

2 Capacitar e equipar promotores veterinários;

4 Treinar e equipar os CGRN. 50 activistas

1

26

MATRIZ DE ACÇÃO DO OE 2: PROMOVER A CONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURAS RESILIENTES

I II III IV V

Nr de troços vulneraveis reabilitados

9 3 2 2 1 1Megaza, Pinda, Chire Chilomo e

Morrumbala sede

300,000 habitantes 15,000,000.00

OE Gov. Distrito (SDPI)Kilometros de

estrada reabilitados

220Km 48 48 44 40 40Megaza,

Chire,Pinda e Chilomo

300,000 habitantes 6,000,000.00

OE Gov. Distrito (SDPI)

500 (Megaz)180(Chire)

Nr de celeiros resilientes

construidos 680100 100 150 180 150

Megaza,Chire680 familias 2,000,000.00

OE Gov. Distrito (SDAE)

Nr de comunidades abrangidas 4

2 1 1 0 0 Megaza, Chire, Pinda e Chilomo

40 familias 2,000,000.00OE Gov. Distrito (SDPI)

Nr de familias por comunidade

500 (Megaza180

(Chire)180 150 150 100 100 Megaza, Chire,

Chilomo e Pinda 40 familias 2,000,000.00 OE SDPI

Nr de comunidades com energia

eletrica

4 2 2 0 0 0Megaza,

Chire,Chilomo, Pinda

80 familias abrangidas 12,000,000.00 OE Gov. Distrito (SDPI)

Nr de novas ligaçoes 680 180 150 150 100 100

Megaza, Pinda,Chire,

Chilomo

80 familias abrangidas 2,000,000.00 OE EDM

Nr de furos de agua por PA 30

6 6 6 6 6Megaza,

Chire,Chilomo, Pinda

Nr de comunidades beneficiarias 4

2 2 0 0 0Megaza,

Chire,Chilomo,Pinda

Sub-total 122,350,000.00

Secretaria/Serviço Distrital de: Planeamento e Infraestruturas Orçamento (Mt): 122.350,000.00

Sector: Infra-estruturasPrograma do Governo: Construção e reabilitação de estradas e pontes

Objectivo do Programa: Promover a Construção de Infra-estruturas ResilientesIndicador de Resultado do programa:

Nº de Ordem Acção de Despesa

Indicador de Produto Meta Fisíca

Realizacao / anoLocalização Beneficiários

Orçamento por Actividade

Fonte de Financiamento Responsabilidade

1 Construir pontes resilientesNr de pontes

resilientes construidas

12 3 3 2

Gov. Distrito (SDPI)

2Reabilitar estadas e vias de acesso vulneraveis a interperios

3Promover a construção de celeiros resilientes a inundaçãoes e ventos fortes

Nr de comunidades abrangidas

2 1 1 0

2 2Megaza, Chire e

Morrumbala sede

325,000 habitantes 72,000,000.00

OE

Gov. Distrito (SDAE)

Nr de familias por comunidade

180 150 150 100 100Megaza e Chire

680 familias 250,000.00

0 0Megaza, Chire.

800 habitantes 100,000.00OE

5 Expandir a rede eléctrica

100 Megaza, Chire, Pinda, Chilomo

780 familias abrangidas 9,000,000.00 OE Gov. Distrito (SDPI)

OE Gov. Distrito (SDAE)

4

Promover a construção de habitaçoes resilientes a chuvas e ventos fortes em zonas seguras Nr de

habitações resilientes

construidos

680 180 150 150 100

6 Aumentar o número de furos de agua

350,000.00 habitantes 10.000.000,00 OE/Parceiros SDPI

27

MATRIZ DE ACÇÃO DO OE 3: AUMENTAR A RESILIENCIA DA PESCA

I II III IV VNr de comunidades abrangidas

3 1 1 1 0 0Pinda, Chire, Megaza 150,000

habitantes 120,000.00 OE/Parceiros INGC

Nr de pescadores previnidos

250 50 50 50 50 50Pinda, Chire, Megaza 250 Pescadores 130,000.00 OE/Parceiros SDAE

Nr de comunidades abrangidas

3 1 1 1 0 0 Pinda, Chire, Megaza

300,000 OE/Parceiros SDAE

Nr de tanques construidos 10 4 4 2 0 0

Pinda, Chire, Megaza 2,700,000.00 OE/Parceiros SDAE

Nr de campanhas realizadas

15 3 3 3 3 3 Pinda, Chire, Megaza

250,000.00 OE/Parceiros SDAE

Nr de pescadores abrangidos

250 50 50 50 50 50 Pinda, Chire, Megaza

200,000.00 OE/Parceiros SDAE

4Expandir o acesso a insumos pesqueiros (redes, embarcações e anzóis)

Nr de lojas ou fornecedores de insumos pesqueiros

6 1 2 1 1 1 Pinda, Chire, Megaza

300 pescadores 3.500,000.00 OE/Parceiros SDAE

Nr de associacoe de pescadores criadas

14 2 5 2 3 2 Pinda, Chire, Megaza

600,000.00 OE/Parceiros SDAE

Nr de associacoes de pescadores oficializadas

14 2 5 2 3 2 Pinda, Chire, Megaza

50,000.00 OE/Parceiros SDAE

Nr de fiscais 5 1 1 1 1 1Pinda, Chire,

Megaza 250,000.00 OE/Parceiros SDAE

Nr de fiscalizacoes por mes

10 2 2 2 2 2 Pinda, Chire, Megaza

80,000.00 OE/Parceiros SDAE

Sub - total 4,680,000.00

Secretaria/Serviço Distrital de: Actidades Económicas Orcamento (Mts): 4,680,000.00

Sector: PescaPrograma do Governo: Mudanças Climáticas (MCA 04)

Objectivo do Programa: Aumentar a Resiliencia da pescaIndicador de Resultado do programa:

Nº de Ordem Acção de Despesa

Indicador de Produto Meta Fisíca

Realizacao / anoLocalização Beneficiários

Orçamento por Actividade

3 Promover técnicas de pesca sustentáveis

250 pescadores capacitados

5 Promover o associativismo 300 pescadores

Fonte de Financiamento Responsabilidade

1 Melhorar o Sistema de Aviso Previo

2 Promover a aquacultura em zonas baixas 30 a 60 pecadores

6 Introduzir a fiscalização pesqueira 250 pescadores

28

ATRIZ DE ACÇÃO DO OE 4: REFORCAR A CAPACIDADE INSTITUCIONAL

Localização BeneficiáriosI II III IV V

1

Capacitar tecnicos do SDAE, em novas tecnologias Agro-pecuárias e organizacao de produtores e criadores

Nr de capacitacoes 10 2 2 2 2 2 Todo Distrito

12 tecn. do SDAE e 6 tecn.

da ETD 250,000.00 OE/ Parceiros SDAE

2 Realizar Monitorias do PLA e aquisicao de material de escritorio

Nr de Monitorias realizadas

25 5 5 5 5 5 Todo Distrito15 tec. Do SDAE e 10 Tec. ETD

5,000,000.00 OE/ Parceiros

Nr de motorizadas 5 1 1 3 0 0 Megaza chire 10HM 1,000,000.00 OE/ Parceiros SD

Nr de carros 2 2 0 0 0 0 Todo Distrito 10HM 3,300,000.00 OE/ Parceiros SD

4 Contratar mais tecnicos agrários

Nr de tecnicos contratados 10 2 2 2 2 2 Todo Distrito 10HM 1,300,000.00 OE/ Parceiros SDAE

5 Capacitar tecnicos de planificacao em Mudancas Climaticas

Nr de capacitacoes 10 2 2 2 2 2 Todo Distrito

10HM 225,000.00 OE/ Parceiros

SD

6Estabelecer sistemas de gestão e apoio a promotores veterinarios

Nr de sistemas estabelecidos 20 4 4 4 4 4

Megaza, Chire, Pinda

800 criadores de gado

300,000.00 OE/ Parceiros

SDAE

Nr de novas associacoes de

criadores8 1 1 2 2 2

Megaza, chire 50HM 150,000.00 OE/ Parceiros

SDAE

Nr de novas associacoes de

produtores8 1 1 2 2 2

Megaza, chire 50HM 150.000,00 OE/ Parceiros

SDAE

Sub - total 11,525,000.00

3 Adquirir meios circulantes para as actividades do PLA

Criar e oficializar novas associacoes de produtores e

criadores 7

Orçamento por Actividade

Fonte de Financiamento ResponsabilidadeRealização / ano

Nº de Ordem Acção de Despesa Indicador de

ProdutoMeta Física

Programa do Governo: Mudanças Climáticas (MCA 04)

Objectivo do Programa: Fortalecer a Capacidade Institucional para responder as Mudanças Climáticas

Indicador de Resultado do programa:

Secretaria/Serviço Distrital de: Secretaria Distrital Orçamento (Mt): 11.525.000,00Sector: Planificação

29

6. SISTEMA DE MONITORIA E AVALIAÇÃ O processo de monitoria e avaliação (M&A) do presente Plano Local de Adaptação será guiado pelos procedimentos do sistema de M&A das actividades do PESOD. Isto vai evitar a sobrecarga dos recursos humanos, materiais e financeiros do distrito. Enquanto a monitoria será um processo contínuo, espera-se que o processo de avaliação seja faseado. Portanto, é desejavel que seja feita uma avaliação de meio-termo no fim do segundo ano e, uma outra avaliação final após o 5º ano de implementação. Os indicadores apresentados nas tabelas abaixo, resultantam da Teoria de Mudança e deverão alimentar o sistema de M&E ao longo da vigência do PLA.

TABELAS DE INDICADORES

A: NIVEL DE PROCESSO

OE 1- Aumentar a resiliência do sector Agro-Pecuário OE 2- Promover a Construção de Infra-estruturas

Resilientes

Indicadores Dado de base e ano de

referência Fonte de

dados Indicador Dados de base e

ano de referência

Fonte de

dados 1. Expandir os serviços de

extensão agro-pecuária. Ø Nr de Extensionistas

por posto administrativo;

8 (2014)

SDAE 1. Construir pontes resilientes. Ø Nr de novas pontes

construídas;

. 3 (2013)

SDPI

Ø Nr de agricultores assistidos pelo serviço de extensão

32.000 (2014)

Ø Nr de pontes reabilitadas.

4 (2013)

2. Instalar casas agrárias. Ø Nr de casas agrárias

funcionais.

4 (2012)

SDAE 2. Reabilitar as estradas e vias de acesso vulneráveis a intempéries. Ø Nr de trocos

vulneráveis reabilitados;

6 (2014)

SDPI

Ø Km de estrada reabilitados.

40km (2013)

3. Expandir e Fortalecer os CGRN. Ø Nr de novos CGRN Ø Nr de CGRN activos; Ø Nr de capacitações

dadas aos CGRN.

18 (2014)

SDAE 3. Promover a construção de celeiros resilientes a intempéries. Ø Nr de comunidades

abrangidas;

4 (2013)

SDAE

30

Ø Nr de celeiros-modelo construídos.

7.500 (2013)

4. Fomentar a produção

de fogões melhorados. Ø Nr de campanhas

realizadas;

0 (2014)

4. Promover a construção de habitações resilientes a Intempéries. Ø Nr de comunidades

abrangidas;

11 (2014) SD

Ø Nr de produtores capacitados.

0 (2014) Ø Nr de habitações construídas segundo as recomendações de segurança.

1.045 (2013)

5. Promover feiras agropecuárias.

Ø Nr de feiras por campanha agrícola;

1 (2014)

SDAE 6. Expandir a rede eléctrica. Ø Nr de comunidades

com energia eléctrica;

7 (2014)

SDPI

Ø Nr de participantes (comerciantes) por feira;

82 (2014)

Ø Nr de novas

ligações.

2.050 (2014)

Ø Nr de produtos diferentes comercializados;

205 (2014)

Ø Quantidade de produtos comercializados;

2 ton de semente (2014)

Ø Nr de feiras por posto administrativo.

1 (2013)

6. Instalar pequenos sistemas de rega.

Ø Nr de sistemas de rega funcionais.

15 (2012)

SDAE 7. Aumentar o número de furos de água. Ø Nr de furos de água

aberto;

172 (2012) SDPI

Ø Numero de furos funcionais por PA.

164 (2014)

5. Disseminar a produção de culturas tolerantes a seca e de ciclo curto. Ø Nr de culturas

disseminadas;

4(2014)

SDAE

Ø Nr de hectares com culturas tolerantes e de ciclo curto.

76 hectares (2014)

6. Expandir as campanhas de vacinação para as doenças de declaração obrigatória.

SDAE

31

Ø Nr de campanhas por ano;

2 (2014)

Ø Nr de animais vacinados;

51.788 (2014)

Ø Nr de comunidades abrangidas.

11 (2014)

7. Promover o associativismo entre os agricultores e criadores de gado. Ø Nr de campanhas

realizadas

4 (2014)

SDAE

8. Fomentar a pratica da apicultura. Ø Nr de campanhas

realizadas; Ø

2 (2013)

SDAE

Ø Nr de colmeias instaladas;

550 (2013)

Ø Nr de produtores de mel

por localidade.

3 Associacoes (2013)

OE 3- Aumentar a Resiliencia da pesca OE 4- Fortalecer a capacidade institucional para

responder as MC

Indicador Dado de base e ano de

referência Fonte de

dados Indicador Dado de base e

ano de referência

Fonte de

dados 1. Expandir e equipar os

COE e os CLGRC Ø Nr de comunidades

abrangidas;

11 (2014)

SDAE 1. Adquirir meios circulantes para M&A das actividades de PLA. Ø Nr de carros

adquiridos; Ø

1 (2016) SD

Ø Nr de CLGRC funcionais;

18 (2014)

Ø Nr de motorizada adquiridas;

3 (2018)

Ø Nr de actores chave envolvidos na gestão de desastres.

18 CLGRC (2014) Ø Nr de bicicletas adquiridas.

0 (2014)

32

SI=Sem informação.

2. Promover a aquacultura em zonas baixas. Ø Nr de comunidades

abrangidas; Ø Nr de tanques-modelo

construídos; Ø Nr de pescadores

beneficiários.

3 (2013) 3 (2012) 30 (2013)

SDAE 2. Criar e oficializar associações de agricultores, criadores de gado, e de pescadores. Ø Nr de associações

de agricultores criadas e oficializadas;

Ø Nr de associações de criadores de gado criadas e oficializadas;

Ø Nr de associações de pescadores criadas e oficializadas.

11 (2015) 11 (2015) 12 (2016)

SDAE

3. Promover técnicas de pesca sustentáveis. Ø Nr de campanhas

realizadas; Ø Nr de pescadores

abrangidos; Ø Nr de casos de práticas

nocivas reportados.

1 (2013) 50 (2013) 0 (2013)

SDAE 3. Capacitar e equipar promotores veterinários. Ø Nr de capacitações

realizadas; Ø Nr de promotores

veterinários capacitados.

12 ate (2018) 50 (2015)

SDAE

4. Expandir o acesso a insumos pesqueiros (redes, embarcações e anzóis). Ø Nr de lojas ou

fornecedores de insumos pesqueiros;

Ø Diversidade de insumos pesqueiros disponíveis;

Ø Quantidade de insumos disponíveis.

0 (2014) 0 (2014) 0 (2014)

SDAE 4. Contratar novos extensionistas agro-pecuários. Ø Nr de novos

extensionistas contratados.

8 (2015)

SDAE

5. Promover o associativismo entre pescadores. Ø Nr de campanhas

realizadas

3 (2014)

SDAE 5. Capacitar os técnicos dos serviços distritais no âmbito da MC. Ø Nr de capacitações

realizadas, Ø Nr de técnicos

beneficiários.

1 (2015)

12 (2015) SD

6. Introduzir a fiscalização pesqueira. Ø Nr de fiscais treinados.

5 (2016)

SDAE

33

B: NÍVEL DE PRODUTOS

Indicadores Dado de base e ano de referência

Fonte de dados

1. Diversificação de culturas Ø Nr de culturas produzidas por campanha agrícola;

Ø Quantidade (ton) produzida por cultura.

9 (Arooz, milho, batata – doce, mandioca, horticolas, mexoeira, mapira, feijoes,gergelim e algodao) 2014. 212.360tn (2014)

SDAE

2. Melhoria das técnicas de produção e de conservação de produtos agrários Ø Nr de agricultores praticando novas técnicas de produção

e de conservação de produtos agrários.

9.200 (2014) SDAE

3. Maior disponibilidade de insumos agropecuárias Ø Nr de casa agrárias por Posto Administrativo; Ø Distancia percorrida para a aquisição de insumos; Ø Diversidade de insumos disponíveis.

1 (2012)

40km(2013) 0 (2014)

SDAE

4. Melhoria da gestão dos recursos naturais Ø Nr de placas anti-queimadas instaladas; Ø Nr de focos de queimadas;

60 (2013) 4 (2014)

SDAE

5. Maior disponibilidade de água de rega Ø Nr de agricultores beneficiários; Ø Nr de hectares irrigados.

13.020 (2014) 280h (2014)

SDAE

6. Melhoria da sanidade animal Ø Nível de incidência das doenças animais; Ø Nr de animais perdidos por doenças.

8 (2013) 0 (2014)

SDAE

7. Melhoria da transitabilidade das vias de acesso Ø Nr de pontes ou trocos danificados devido a interperies; Ø Km de estrada intransitáveis devido a intempéries.

2 (2013) 0 (2014)

SDAE

8. Melhoria do sistema de aviso prévio Ø Nr de comunidades abrangidas; Ø Nr de famílias afectadas por intempéries.

17 (2013)

9.200 (2013) SDAE

9. Adopção da aquacultura pelos pescadores Ø Nr de tanques pescicolas operacionais; Ø Nr de pescadores envolvidos; Ø Quantidade de peixe produzida por tanque.

2 (2013)

10 (2013) 102kg(2013)

SDAE

10. Maior disponibilidade de insumos de pesca Ø Diversidade de insumos usados pelos pescadores; Ø Qualidade dos insumos usados pelos pescadores; Ø Nr de pescadores que adquirem insumos fora do distrito.

0 (2014) 0 (2013)

250 (2013)

SDAE

11. Adopção de técnicas de construção resilientes pelas comunidades Ø Nr de novas casas construídas segundo as normas de

segurança;

50 (2014)

SDPI

34

Ø Nr de novos celeiros construídos segundo as normas de segurança.

50 (2014)

12. Aumento do nr de associações de agricultores e de criadores Ø Nr de associações de agricultores criadas e oficializadas; Ø Nr de associações de criadores de gado criadas e

oficializadas.

8 (2013) 11 (2013)

SDAE

13. Melhoria da fiscalização pesqueira Ø Nr de fiscais; Ø Nr de fiscalizações por mes; Ø Nr de registos de práticas nocivas pelos pescadores.

2 (2013) 3 (2013) 1 (2014)

SDAE

14. Aumento do nr de associações de pescadores Ø Nr de associações de pescadores criadas e oficializadas.

2 (2014) SDAE

15. Pontes e estradas mais resilientes Ø Nr de pontes danificadas por intempéries; Ø Km de estrada intransitáveis por intempéries.

1 (2014) 0 (2014)

SDPI

16. Maior disponibilidade de água potável. Ø Nr de furos funcionais por localidade; Ø Distancia percorrida para o acesso a água potável; Ø Tempo gasto na busca de água. Ø Nr de famílias por furo de água.

Chire(43);Megaza(137);

1.5km(2014) 20min. (2014)

300 (2013)

SDPI

17. Maior nr de comunidades com acesso a rede eléctrica Ø Nr de comunidades com acesso a rede eléctrica; Ø Nr de novas ligações

7(2014)

2.050 (2014)

SDPI

C. NÍVEL DE RESULTADOS

Indicadores Dado de base e ano de referência

Fonte de dados

18. Aumento da produção e produtividade de produtos agropecuárias Ø Rendimento das culturas agrícolas (kg/ha); Ø Nr de hectares cultivados, Ø Nr de animais do gado: bovino, caprino, suíno, e Ø avícola por AF.

SDAE

19. Redução de queimadas Ø Nr de hectares queimados.

0 (2014) SDAE

20. Melhoria da conservação e da comercialização de produtos agrários. Ø Nr de novos celeiros melhorados construídos; Ø Quantidade de alimentos (cereais) armazenada. Ø Nr de meses com reservas alimentares; Ø Quantidade de produtos agrícolas comercializados

(ton); Ø Quantidade (nr) de animais comercializados.

50 (2014) 1ton (2014)

8 (2014)

46.948ton (2014) 2.124 (2014)

SDAE

35

21. Melhoria da hegiene e saneamento do meio Ø Redução de doenças diarreicas

0 (2014) SD

22. Maior diversificação de actividades económicas. Ø Nr de novas actividades económicas, tais como:

serração, carpintaria e moajeiras.

9 (2014) SDAE

23. Redução de casas e celeiros afectadas por intempéries Ø Nr de casas afectadas/danificadas por intempéries; Ø Nr de celeiros afectados/danificados por

intempéries.

25 (2013) 31 (2013)

SD

24. Melhor circulação de pessoas e de bens. Ø Diversidade de produtos no mercado (no de

produtos diferentes) Ø Nr de transportadores Ø Preço da passagem Ø Nr de viagens por transportador

120 (2014)

37 (2014)

200mt (2014) 1 (2014)

SDAE

25. Aumento da Produção e comercialização pesqueira durante a época seca Ø Quantidade de peixe produzida durante a época

seca; Ø Quantidade de peixe comercializada durante a

época seca.

13.4ton (2013)

13ton. (2013)

SDAE

26. Redução de práticas nocivas pelos pescadores Ø Nr de registos de práticas nocivas; Ø Nr de pescadores com práticas nocivas.

1 (2014) 5 (2014)

SDAE

D. NÍVEL DE IMPACTOS

Indicadores Dado de base e ano de referência

Fonte de dados

1. Aumento da Renda Familiar Ø Nr de casas melhoradas Ø Nr de famílias que adquirem bens não

alimentares (bicicleta, rádio, celulares, mesa,cama, e outros)

Ø Nr de novos investimentos na zona Ø Nr de criança (pessoas) no ensino secundário; Ø Nr de criança (pessoas) no ensino superior; Ø Nr de pessoas com assistência sanitária fora do

distrito

934 (2012)

SDAE

2. Melhoria da Segurança Alimentar e Nutricional Ø Nr de refeições por dia Ø Taxa de desnutrição crónica Ø Nr de meses com comida armazenada Ø Nr de alunos que concluem o ano escolar Ø Nr de faltas por aluno

3 (2012)

8 (2012)

SDAE

3. Melhoria da segurança Física e Material das comunidades

SDAE

36

Ø Nr bens materiais como casas, áreas agrícolas, embarcações, e outros perdidos devido a interperies;

Ø Nr de vidas humanas perdidas devido a intempéries.

20 (2014)

0 (2014)

SI= Sem informação

7. OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO NO DISTRITO

Devido a sua localização geográfica, a sua topografia e condições edafo-climáticas, o distrito de Morrumabala é potencialmente rico em oportunidades nas diversas áreas de investimento, nomeadamente: Agricultura, Florestas e Recursos minerais. Agricultura Em relação a agricultura, este distrito conta com muita terra fértil disponível (160.000 ha), boa rede hidrográfica para a irrigação, evidenciada pelo rio Chire, condições naturais adequadas para represamento de água, existência de um estudo de zoneamento agro-ecológico do distrito, e adequadas condições edafo-climáticas e topográficas para a prática da agricultura (todas localidades com a excepção de Megaza). Florestas Em termos de recursos florestais, o distrito de Morrumbala, possui habitats de natureza virgem, diversidade da fauna e flora, paisagens de grande beleza e variedade, onde pode-se encontrar espécies de alto valor comercial como Pau-Preto, Pau-Ferro, Chanfuta, Umbila, Jambire, Panga Panga, etc. Nesse contexto, o distrito conta ainda com os seguintes instrumentos: estudo de zoneamento agro-ecológico, Legislação de Terras, Florestas e Fauna Bravia, plano para reflorestamento organizado pelo SDAE, programa um líder uma Floresta. Recursos Minerais Neste distrito, existem recursos minerais de areias e calcário, localizados no Posto Administrativo de Chire, e um potencial em outros minerais como Ouro, Cobre, Níquel e Ferro tem vindo a estimular o interesse de investidores. A área total actualmente alocada à exploração mineira é de cerca de 633,500 ha, das quais cerca de 441,700 ha são áreas com licenças de prospecção e pesquisa.

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DOCUMENTOS CONSULTADOS

Ø INE - Instituto Nacional de Estatística. (2010-2013). Estatísticas do Distrito de Morrumbala. Moçambique;

Ø Governo do Distrito de Morrumbala. (2014). Relatório Balanço do PES III Trimestre; Ø INGC - Instituto Nacional de Gestão de Calamidades. (2009). Estudo sobre o impacto das

alterações climáticas no risco de calamidades em Moçambique Relatório Síntese. Segunda Versão. Mocambique;

Ø Instituto Nacional de Gestão de Calamidades. (2012). Respondendo as Mudanças Climáticas em Moçambique-Tema 5-Água. Moçambique;

Ø INGC - Instituto Nacional de Gestão de Calamidades; INAM; FEWS NET (2011). Atlas for Disaster Preparedness and Response in the Zambezi Basin;

Ø MAE - Ministério da Administração Estatal. (2005). Perfil do distrito de Morrumbala provincia de Zambézia. Edição 2005. Moçambique;