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  • 7/21/2019 Relatorio Elisabete Dias Producao Plantas Endemicas

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    Produo de plantas herbceas nativas dosAores

    Recuperao das comunidades vegetais e

    repovoamentos com espcies nativas

    SPEA -PROJECTO LIFE PRIOLONORDESTE

    JULHO, 2006

    ELISABETE FURTADO DIAS

  • 7/21/2019 Relatorio Elisabete Dias Producao Plantas Endemicas

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    Elisabete Furtado Dias

    2006

    Produo de plantas herbceas nativas dos Aores

    Capa:

    Fotos de Elisabete Dias

    Canto superior esquerdo - inflorescncias de Luzula purpureosplendens

    Canto superior direito - Planta de Leontodon filii.

    Ao centro e esquerda jovem planta de Luzula purpureosplendens

    produzida em laboratrio.

    Ao centro e direita jovem planta de Leontodon filii produzida em

    laboratrio.

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    ELISABETE FURTADO DIAS

    Produo de plantas herbceas nativas dosAores

    Recuperao das comunidades vegetais e

    repovoamentos com espcies nativas

    Programa Estagiar-L Relatrio de Estgio

    Orientao: Doutora Maria Joo B. T.Pereira (Universidade dos Aores)

    D. Joaquim Teodsio (SPEA- Projecto

    LIFE Priolo)

    SPEA - PROJECTO LIFE PRIOLONORDESTE

    JULHO, 2006

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    NDICE

    1. INTRODUO ............................................................................................................. 2

    2. ENQUADRAMENTO..................................................................................................... 2

    3. CARACTERIZAO DAS ESPCIES ESTUDADAS........................................................... 4

    4. PROPAGAO SEMINAL............................................................................................ 5

    4.1.MATERIAIS E MTODOS ...................... ..................... ...................... ...................... ...................... ...................... .. 5

    4.2.RESULTADOS..................... ...................... ...................... ...................... ...................... ..................... ..................... 6

    4.2.1 Leontodon filii(Hochst.) Paiva & Ormonde .................... ....................... ...................... ........ 6

    4.2.2 Luzula purpureosplendens Seub....................... ...................... ....................... ...................... .... 7

    4.2.3 Vaccinium cylindraceum Sm........................ ...................... ....................... ...................... ........... 8

    4.2.4 Plantas produzidas e entregues..................... ....................... ...................... ....................... ....... 8

    5. PROPAGAO VEGETATIVA ...................................................................................... 9

    5.1MATERIAIS E MTODOS.................... ...................... ...................... ...................... ...................... ..................... ...... 9

    5.1.1 Estacas de plantas semilenhosas de Prunus lusitanica ssp. azorica........... 9

    5.1.2 Estacas de plantas lenhosas de Vaccinium cylindraceume Ilex perado.... 10

    5.2.RESULTADOS.................... ...................... ...................... ...................... ...................... ..................... ................... 11

    5.2.1 Prunus lusitanicassp. azorica (Mouillef.) Franco....................... ....................... ......... 11

    5.2.2 Ilex peradoAit. ssp azorica(Loes.) Tutin .................... ....................... ...................... ...... 13

    5.2.3 Vaccinium cylindraceumSm. ..................... ...................... ....................... ...................... ......... 13

    6. CONSIDERAES FINAIS ........................................................................................ 15

    7. BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 17

    ANEXOS ...................... ...................... ...................... ...................... ...................... ..................... ....................... .............. 18

    ANEXO 1 ...................... ...................... ...................... ...................... ...................... ..................... ....................... .......... 19

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    Produo de plantas herbceas nativas dos Aores

    SPEA Projecto LIFE Priolo Elisabete Furtado Dias

    2

    1. Introduo

    O presente relatrio resultou da actividade desenvolvida no

    mbito do programa Estagiar-L e decorreu ao abrigo do Projecto Priolo

    financiado pelo Programa LIFE. Este projecto visa a recuperao do

    habitat natural do priolo na rea de distribuio atravs do corte e

    controle das espcies exticas e da produo e plantao de plantas

    nativas.

    2. Enquadramento

    A ilha de So Miguel, no arquiplago dos Aores, constitui o nico

    espao fsico onde habita o priolo (Pyrrhula murina), uma ave endmica

    desta regio.

    O Projecto LIFE Priolo, tem como objectivo principal a

    recuperao do habitat do priolo na Zona de Proteco Especial Picoda Vara/Ribeira do Guilherme e coordenado e gerido pela SPEA

    desde Outubro de 2003. O habitat do priolo consiste na tambm

    ameaada floresta Lauriflia dos Aores, caracterizada por um

    elevado grau de endemismo das espcies vegetais que a constituem.

    A recuperao deste habitat passa pela produo e plantao de

    vrias espcies da flora nativa, aps a limpeza da vegetao extica.

    Os Servios Florestais do Nordeste iniciaram a produo dasseguintes espcies lenhosas, Azevinho (Ilex perado ssp. azorica), a

    Faia-da-terra (Myrica faya), o Folhado (Viburnum tinus ssp.

    subcordatum), a Ginja-do-mato (Prunus azorica), o Louro (Laurus

    azorica), o Pau-branco (Picconia azorica), o Sanguinho (Frangula

    azorica), a Uva-da-Serra (Vaccinium cylindraceum). No entanto, a

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    Produo de plantas herbceas nativas dos Aores

    SPEA Projecto LIFE Priolo Elisabete Furtado Dias

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    recuperao de um habitat requer para alm da produo de

    plantas lenhosa a produo de plantas herbceas. As plantas

    herbceas fazem tambm parte da dieta do Priolo como o (Sargasso

    (Luzula purpureosplendens), o Patalugo-maior (Leontodon filii) e o

    Patalugo-menor (Leontodon rigens) que varia mensalmente conforme

    novas plantas que vo florindo e produzindo sementes.

    Este estgio, produo de plantas herbceas nativas dos

    Aores, surgiu da necessidade em produzir espcies herbceas no

    abrangidas actualmente pelo sistema de produo dos Servios

    Florestais.

    Face poca de execuo do estgio (Janeiro-Junho) no

    coincidir com a poca de produo das sementes no campo foram

    utilizadas sementes previamente recolhidas no campo pela equipa do

    projecto sediada no Nordeste e sementes do Banco de Germoplasma do

    Departamento de Biologia. Com o objectivo de produzir plantas isentas

    de agentes patognicos foram ainda realizados alguns ensaios de

    estacaria com duas espcies lenhosas.

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    4

    3. Caracterizao das espcies estudadas

    Foram estudados neste trabalho as seguintes espcies: Leontodon filii

    (Hochst.) Paiva & Ormonde, Luzula purpureosplendensSeub., Prunuslusitanica ssp. azorica(Mouillef.) Franco e Vaccinium cylindraceum

    Sm..

    A sua distribuio geogrfica, status (Gomez-Campos, 1987; Anexo 1) e

    preferncia ecolgica podem ser observadas na tabela 1.

    Tabela 1. Distribuio geogrfica, estatuto de conservao (status) e preferncias

    ecolgicas das espcies estudadas.

    EspcieDistribuioGeogrfica

    Status Preferncia Ecolgica

    Leontodon filii

    (Hochst.) Paiva &

    Ormonde

    Arquiplago dosAores excepto em

    Santa Maria,Graciosa e Corvo(SCHFER, 2005)

    Raro

    uma planta tpica da Laurissilva, surgindoacima dos 600 m. Em grotas com vegetaoherbcea entre os 400-800 metros (SCHFER,

    2005).

    Luzula

    purpureosplendens

    Seub.

    Arquiplago dosAores excepto em

    Santa Maria eGraciosa (SCHFER,

    2005).

    Noameaadas

    Encontra-se geralmente entre os 200 metros eos 900 metros. um membro muito frequenteda floresta de Juniperus e Erica. Aparece em

    encostas ngremes, ravinas e em pastosnaturais (SCHFER, 2005).

    Prunus lusitanica

    ssp. azorica

    (Mouillef.) Franco

    Arquiplago dosAores encontra-se

    somente nas ilhas deSo Miguel, Terceira,

    S. Jorge ePico(SCHFER,

    2005).

    Em perigo

    Esta espcie aparece sempre acima dos 500metros de altitude em crateras e ravinasprofundas e estreitas, fendas de rochas

    baslticas e margens de ribeiros, ou ento emzonas tipicamente desenvolvidas de floresta de

    Louro e Cedro (HANSEN, 1988).

    Vaccinium

    cylindraceum Sm.Arquiplago dosAores excepto na

    Graciosa(SCHFER,2005).

    Vulnervel

    Encontra-se geralmente acima dos 400 metrose raramente abaixo dos 100 metros. um

    membro da floresta de Louro e Cedro. Apareceem locais hmidos, preferencialmente emlocais fracamente expostos, em fendas de

    rochedos, em escoamentos vulcnicos e emgrossas camadas de hmus nas ravinas e

    crateras (HANSEN & SUNDING, 1985).

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    4. Propagao Seminal

    4.1. Materiais e Mtodos

    Os ensaios de germinao foram realizados em cmaras

    climatizadas, com controlo automtico de temperatura (preciso + 1 C)

    e iluminao fornecida por 6 lmpadas fluorescentes PhilipsTL 8W/33

    9H (intensidade luminosa mdia de 200 Lux).

    Os ensaios de germinao foram realizados segundo as normas

    do I. S. T. A. (2004). As sementes foram colocadas em caixas de Petri de

    12 cm de dimetro, sobre discos de papel de filtro Whatman n1

    humedecidos com gua destilada.

    Para cada lote de sementes foram realizados um ou mais ensaios. Cada

    ensaio consistiu na realizao de 4 repeties de 100 sementes por

    caixa de Petri com excepo para o lote de sementes provenientes da

    Achadinha em que se realizou apenas um ensaio com 4 repeties de 74

    sementes.

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    6

    4.2.

    Resultado

    s

    4.2.1

    Leontodonfilii(Hochst.)Paiva&Ormonde

    Tabela1.

    Taxasdegerminaoobtidasnosensaiosrealizadosemc

    adalotedesem

    entes.

    Temperatura(T)efotop

    erodo(FP),

    tempodeconservao

    (TC).

    Lote

    Condiesde

    Germinao

    Origem

    Datade

    Colheita

    Localda

    Colheita

    TC

    (meses)

    Ens

    aio

    N

    n

    T(C)

    F

    P

    (horas)

    Inciodo

    ensaio

    Final

    doensaio

    Germina

    o(%)

    12-1

    0-9

    9

    Nordeste

    84

    1

    400

    20

    8

    10-0

    1-0

    6

    26-0

    6-0

    6

    92,3

    12-1

    0-9

    9

    Nordeste

    84

    2

    400

    20

    8

    10-0

    1-0

    6

    26-0

    6-0

    6

    91,8

    12-1

    0-9

    9

    Nordeste

    84

    3

    400

    20

    8

    10-0

    1-0

    6

    26-0

    6-0

    6

    91,8

    12-1

    0-9

    9

    Nordeste

    84

    4

    400

    20

    8

    10-0

    1-0

    6

    26-0

    6-0

    6

    88,0

    12-1

    0-9

    9

    Nordeste

    84

    5

    400

    20

    8

    10-0

    1-0

    6

    26-0

    6-0

    6

    92,0

    Bancode

    Germoplasma

    do

    Departamento

    deBiologia

    12-1

    0-9

    9

    Tronqueira

    84

    1

    400

    10-2

    0

    8

    09-0

    1-0

    6

    26-0

    6-0

    6

    55,5

    Equipado

    ProjectoLIFE

    Priolo

    25-1

    1-0

    5

    Tronqueira

    2

    2

    400

    20

    8

    10-0

    1-0

    6

    26-0

    6-0

    6

    52,3

    =2

    800

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    7

    Curva de Germinao deLeontodon filii

    0

    10

    2030

    40

    50

    6070

    80

    90

    100

    0 6 7 8 10 14 16 22 29 36 39 46 51 58 63 64 70 74 78 85 97

    Tempo (dias)

    %G

    ermina 20C- TC 84 m

    20-10C- TC 84 m

    20C- TC 2 m

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    tempo(dias)

    %degermina

    10-20C

    20C

    30-20C

    Fig. 1-Curvas de germinao obtidas para sementes com diferentes tempos deconservao (TC): 2 meses (sementes fornecidas pelo projecto Life-Priolo) e84 meses (sementes do Germobanco do Departamento de Biologia).Regime de temperatura constante (20C) e alterna (20C-10C), fotoperiodode 8h.

    4.2.2 Luzula purpureosplendensSeub.

    Tabela 2. Taxas de germinao obtidas nos ensaios realizados em cada lote desementes.Temperatura (T) e fotoperodo (FP), tempo de conservao (TC).

    Fig. 2- Curvas de germinao obtidas com temperaturas constante (20C) e alternas(20C-10C) e (30-20C), com fotoperodo de 8h.

    LoteCondies da

    GerminaoOrigem

    Local daColheita

    Ensaio

    TC

    (meses)T(C)

    F(horas)

    Incio doensaio

    Final doensaio

    Germinao(%)

    Nordeste 1 2 20-10 8 11-01-06 26-06-06 73,25

    Nordeste 2 2 20 8 12-01-06 26-06-06 72,75

    Equipado

    ProjectoLIFE Priolo Nordeste 3 2 30-20 8 16-01-06 26-06-06 66,50

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    SPEA Projecto LIFE Priolo Elisabete Furtado Dias

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    4.2.3 Vaccinium cylindraceumSm.

    Tabela 3.Taxas de germinao obtidas nos ensaios realizados em cada lote de sementes.Temperatura (T) e fotoperodo (FP), tempo de conservao (TC)1.

    Fig. 3Curvas de germinao obtidas com temperaturas constante (15C) e fotoperodode 8h.

    4.2.4 Plantas produzidas e entregues

    Tabela 4.Resultados finais de produo e entrega de plantas

    Espcie

    N. total

    deensaios

    N. total de

    sementesusadas

    N.

    PlantasProduzidas

    Sobrevivncia

    (%)

    N.

    PlantasEntreguesLeontodon filii(Hochst.)Paiva &Ormonde

    7 28001576

    56,31147

    Luzula purpureosplendensSeub.

    3 1200629

    52,4483

    Vaccinium cylindraceumSm.8 3112

    525Ensaio adecorrer

    Em estufa2

    1Os ensaios que possuem data de comeo anterior a 1 de Janeiro de 2006 devem-se ao facto de na data referida estes estarem

    hidratados, os ensaios foram montados no dia 09-01-2006.2Estas plantas ainda no foram entregues ao LIFE Priolo encontrando-se na estufa do Departamento de Biologia da Universidadedos Aores, o ensaio ainda se encontra a decorrer.

    Lote

    Condies da

    Germinao

    OrigemLocal daColheita

    EnsaioT(C)

    F(horas)

    Incio doensaio

    Final doensaio

    Germinao(%)

    Achadinha 1 15 8 05-01-06 28-06-06 40,20

    Sete Cidades 1 15 8 09-12-05 28-06-06 67,25

    Sete Cidades 2 15 8 09-12-05 28-06-06 65,50Sete Cidades 3 15 8 15-11-05 28-06-06 65,75Sete Cidades 4 15 8 06-12-05 28-06-06 72,25So Miguel 1 15 8 15-12-05 28-06-06 55,50So Miguel 2 15 8 15-12-05 28-06-06 42,00

    Banco deGermoplasma

    doDepartamento

    de Biologia

    So Miguel 3 15 8 15-12-05 28-06-06 59,50

    Curva de GerminaoVaccinium cylindraceum

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    70,00

    80,00

    90,00

    100,00

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120

    Achadinha

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    70,00

    80,00

    90,00

    100,00

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180

    Sete

    Cidades

    Santo Antnio

    Achadinha

    Santo Antnio

    Sete Cidades

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    5. Propagao Vegetativa

    5.1 Materiais e mtodos

    Com o objectivo de produzir plantas isentas de agentes patognicos,

    foram recolhidas estacas semilenhosas de Prunus lusitanica ssp.azorica

    e estacas lenhosas de Ilex perado e Vaccinium cylindraceum.

    5.1.1 Estacas de plantas semilenhosas dePrunuslusitanica ssp. azorica

    Cortaram-se as estacas em lanamentos laterais entre o dia 30 de

    Janeiro a 22 de Fevereiro (fig. 4a).

    Utilizando a tesoura, encurtou-se a estaca de modo a ficar com o

    comprimento de 10 cm a 15 cm, conforme o vigor evidenciado por cada

    planta (fig.4b).

    Removeram-se as folhas da parte inferior de cada estaca em cerca

    de 5 cm. Reduziu-se o tamanho das folhas maiores, de modo a evitar

    que elas se sobrepusessem e perdessem muita gua atravs da

    respirao (fig.4c).

    Tratou-se a seco do corte basal com uma soluo de 0,4% de

    cido ndole-3-Butrico (IBA) (hormona de enraizamento).

    Executou-se a plantao da estaca a cerca de 4 cm de profundidade

    (fig.4d), de modo a que a sua base penetrasse no substrato. Regou-se

    com 200mg/l de benlate e Soluo de 1,5 ml Previcur + 1,0 ml Derosal

    por litro (fig.4e) (Browse, 1979).

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    5.1.2 Estacas de plantas lenhosas de Vacciniumcylindraceume Ilex perado

    Foram cortadas estacas lenhosas entre o dia 30 de Janeiro e o dia

    7 de Maro de 2006.

    queda da folha, cortar com uma tesoura de poda um ramo do

    ano. Os cortes inclinados e localizaram-se logo acima do gomo de topo

    seleccionado (fig.5 A). A extremidade inferior, foi cortada

    horizontalmente a 15 cm do corte de cima, no considerando a posio

    que tenham os gomos (fig. 5 B).

    A seco do corte basal da estaca foi tratada com 0,8% IBA (fig. 5-C).

    As estacas foram mergulhadas no substrato deixando apenas acima da

    terra 2,5 cm da extremidade superior de cada estaca (fig.5-D) (Browse,

    1979).

    Fig.4-a. Corte de estacas semilenhosas; b. Encurtamento das estacas; c. Reduo do tamanho das folhasmaiores; d. Planta o acerca de 4 cm; e. Rega com fungicida (Retirado de Browse, 1979).

    eca

    b d

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    Fig.5A- Corte Vertical; B- Corte Horizontal; C- Hormona de enraizamento nocorte basal da estaca; D- Plantao das estacas (Retirado de Browse, 1979).

    5.2. Resultados

    5.2.1 Prunus lusitanica ssp. azorica(Mouillef.) Franco

    Foram recolhidas um total de 51 estacas, as quais foram submetidas aum tratamento com fungicidas e posteriormente foram plantadas(Tabela 5)

    Tabela 5.Estacas de Prunus lusitanicassp. azoricacom os respectivos dados

    Tratamento

    CdigoN. dovaso

    N. deestacas

    Data deColheita

    Data dePlantio Fungicida

    nasestacas

    Hormona deenraizamento

    Fungicidano solo

    Local decolheita

    P 01 1 4 13-02-200614-02-2006

    200mg/lde benlate

    0,4% IBA

    Soluo de1,5 ml

    Previcur +1,0 ml

    Derosal /litro

    ServiosFlorestaisNordeste

    P 35 2 4 13-02-200614-02-2006

    200mg/lde benlate

    0,4% IBA

    Soluo de

    1,5 mlPrevicur +

    1,0 mlDerosal /

    litro

    ServiosFlorestaisNordeste

    P 35.1 Saco 1 1 30-01-200631-01-2006

    200mg/lde benlate

    0,4% IBA -Servios

    FlorestaisNordeste

    P 35.2 Saco 2 1 30-01-200631-01-2006

    200mg/lde benlate

    0,4% IBA -Servios

    FlorestaisNordeste

    P 35.3 Saco 3 1 30-01-200631-01-2006

    200mg/lde benlate

    0,4% IBA -Servios

    FlorestaisNordeste

    A B C D

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    P 35.4 Saco 4 1 30-01-200631-01-2006

    200mg/lde benlate

    0,4% IBA -Servios

    FlorestaisNordeste

    P847 3 4 22-02-200623-02-2006

    Soluo de1,5 ml

    Previcur +1,0 ml

    Derosal /litro

    0,4% IBA -Pico daVara

    P858 4 2 22-02-200623-02-2006

    Soluo de1,5 ml

    Previcur +1,0 ml

    Derosal /litro

    0,4% IBA - Pio da Vara

    P860 5 4 22-02-200623-02-2006

    Soluo de1,5 ml

    Previcur +1,0 ml

    Derosal /litro

    0,4% IBA -Pico daVara

    P864 6 4 22-02-2006 23-02-2006

    Soluo de1,5 ml

    Previcur +1,0 mlDerosal /

    litro

    0,4% IBA - Pico daVara

    P866 7 5 22-02-200623-02-2006

    Soluo de1,5 ml

    Previcur +1,0 ml

    Derosal /litro

    0,4% IBA -Pico daVara

    P869 8 5 22-02-200623-02-2006

    Soluo de1,5 ml

    Previcur +1,0 ml

    Derosal /litro

    0,4% IBA -Pico daVara

    P870 9 4 22-02-200623-02-2006

    Soluo de1,5 ml

    Previcur +1,0 ml

    Derosal /litro

    0,4% IBA -Pico daVara

    P871 10 5 22-02-200623-02-2006

    Soluo de1,5 ml

    Previcur +1,0 ml

    Derosal /litro

    0,4% IBA -Pico daVara

    P877 11 3 22-02-200623-02-2006

    Soluo de1,5 ml

    Previcur +1,0 ml

    Derosal /litro

    0,4% IBA -Pico daVara

    P933 12 3 22-02-2006 23-02

    Soluo de1,5 ml

    Previcur +1,0 ml

    Derosal /litro

    0,4% IBA -Pico daVara

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    5.2.2 Ilex peradoAit. ssp azorica (Loes.) Tutin

    Foram recolhidas um total de 4 estacas, as quais foram submetidas aum tratamento com fungicidas e posteriormente foram plantadas(Tabela 6)

    Tabela 6.Estacas de Ilex perado com os respectivos dados

    5.2.3Vaccinium cylindraceum Sm.Foram recolhidas um total de 191 estacas, as quais foram submetidas aum tratamento com fungicidas e posteriormente foram plantadas(Tabela 7)

    Tabela 7.Estacas de Vaccinium cylindraceumcom os respectivos dados

    TratamentoN.do

    vaso

    N. deestacas

    Data deColheita

    Data dePlantio Fungicida nas

    estacasHormona de

    enraizamentoFungicida

    no solo

    Local decolheita

    1 406-03-2006

    07-03-2006

    Soluo de 1,5ml Previcur +

    1,0 ml Derosal/ litro

    0,8% IBA -Pico

    Bartolomeu

    Tratamento

    SimbologiaN.do

    vaso

    N. deestacas

    Data deColheita

    Datade

    PlantioFungicida

    nasestacas

    Hormona deenraizamento

    Fungicidano solo

    Local decolheita

    V1 a 1 1313-02-2006

    14-02-2006

    200mg/lde benlate

    0,8% IBA

    Soluo de1,5 ml

    Previcur +1,0 ml

    Derosal /litro

    Entre aTronqueira e

    o PicoBartolomeu

    V1 b 2 4

    13-02-

    2006

    14-02-

    2006

    200mg/l

    de benlate 0,8% IBA

    Soluo de1,5 ml

    Previcur +

    1,0 mlDerosal /

    litro

    Entre aTronqueira e

    o PicoBartolomeu

    V1 c 3 313-02-2006

    14-02-2006

    200mg/lde benlate

    0,8% IBA

    Soluo de1,5 ml

    Previcur +1,0 ml

    Derosal /litro

    Entre aTronqueira e

    o PicoBartolomeu

    V1 d 4 413-02-2006

    14-02-2006

    200mg/lde benlate

    0,8% IBA

    Soluo de1,5 ml

    Previcur +1,0 ml

    Derosal /litro

    Entre aTronqueira e

    o PicoBartolomeu

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    Os ensaios encontram-se nas estufas da Direco de Servios deAgricultura e Pecuria.

    V1 5 9 30-01-2006 31-01-2006 200mg/l de benlate 0,8% IBA - Ribeira do Guilherme

    V2 6 14 30-01-2006 31-01-2006200mg/l

    de benlate0,8% IBA -

    Ribeira doGuilherme

    V3 7 7 30-01-2006 31-01-2006 200mg/lde benlate 0,8% IBA - Ribeira doGuilherme

    V4 8 7 30-01-2006 31-01-2006200mg/lde benlate

    0,8% IBA -Ribeira doGuilherme

    V5 9 13 30-01-2006 31-01-2006200mg/l

    de benlate0,8% IBA -

    Ribeira doGuilherme

    V3 7 7 30-01-2006 31-01-2006200mg/lde benlate

    0,8% IBA -Ribeira doGuilherme

    V4 8 7 30-01-2006 31-01-2006200mg/lde benlate

    0,8% IBA -Ribeira doGuilherme

    V5 9 13 30-01-2006 31-01-2006200mg/l

    de benlate0,8% IBA -

    Ribeira do

    Guilherme

    V6 a 10 16 22-02-2006 23-02-2006Soluo de 1,5 ml Previcur

    + 1,0 ml Derosal/ litro

    0,8% IBA -Ribeira doGuilherme

    V6b 11 13 22-02-2006 23-02-2006Soluo de 1,5 ml Previcur

    + 1,0 ml Derosal/ litro

    0,8% IBA -Ribeira doGuilherme

    V7 a 12 16 06-03-2006 07-03-2006Soluo de 1,5 ml Previcur

    + 1,0 ml Derosal/ litro

    0,8% IBA -Pico

    Bartolomeu

    V7 b 13 14 06-03-2006 07-03-2006Soluo de 1,5 ml Previcur

    + 1,0 ml Derosal/ litro

    0,8% IBA -Pico

    Bartolomeu

    V7 c 14 13 06-03-2006 07-03-2006Soluo de 1,5 ml Previcur

    + 1,0 ml Derosal

    / litro

    0,8% IBA -Pico

    Bartolomeu

    V7 d 15 9 06-03-2006 07-03-2006Soluo de 1,5 ml Previcur

    + 1,0 ml Derosal/ litro

    0,8% IBA -Pico

    Bartolomeu

    V7 e 16 9 06-03-2006 07-03-2006Soluo de 1,5 ml Previcur

    + 1,0 Derosal/ litro

    0,8% IBA -Pico

    Bartolomeu

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    6. Consideraes Finais

    No caso do Leontodon filii, fornecido pelo Germoplasma da

    Universidade dos Aores (com um tempo de conservao de 84 meses)

    obteve-se uma germinao superior ou igual a 90%.

    Conclui-se assim, que o Leontodon filii uma espcie passvel de

    ser mantida no Banco de sementes, temperatura ambiente, com slica,

    visto ter mantido elevadas taxas de germinao aps 7 anos em

    conservao.

    Relativamente aos ensaios de germinao da Luzula

    purpureosplendens, no foi encontrada qualquer referncia bibliogrfica

    relativa s condies de germinao da espcie. As sementes no

    apresentaram dormncia e as taxas de germinao obtidas foram

    superiores a outras espcies do mesmo gnero

    (http://tomclothier.hort.net/page03.html#l). Os ensaios efectuados

    permitiram realizar uma estimativa da capacidade de produo em

    laboratrio. Pois, considerando o nmero de ensaios que podem

    decorrer em simultneo no modelo de cmara climatizada, a durao de

    cada ensaio e as taxas de germinao das espcies, foi estimado o

    nmero de plantas que podem ser produzidas no espao de um ano.

    Assim, possvel produzir um nmero situado entre as 18.000 e as

    20.000 plantas por ano, por meio da utilizao de uma cmara com

    capacidade de receber cerca de 10 ensaios de 2 em 2 meses.

    Quanto ao Vaccinium cylindraceum, em comparao com as

    herbceas, considera-se que possui uma taxa de germinao menor,

    um maior perodo de durao de ensaio, rpida perda de viabilidade das

    sementes ( temperatura ambiente) e limitao do tempo de

    conservao das sementes at 2 meses no frigorfico. Isto leva a

    aconselhar um mtodo misto de germinao de sementes, seguido de

    micropropagao. Assim, numa cmara com 10 ensaios, 4000 sementes

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    e a produo de 2000 plantas, possvel obter-se, ao final de 3

    repicagens in vitro e 9 meses de germinao, 180.000 plantas para

    aclimatizar.

    Concluindo, com cerca de 200g de frutos de uva da serra,

    possvel produzir 180.000 plantas.

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    7. BIBLIOGRAFIA

    Browse, P. M., 1979. A propagao das plantas.Enciclopdia de prticas

    agrcolas, sob orientao da sociedade real de hortofruticultura da

    Gr-Bretanha. 3. ed. Publicaes Europa-Amrica. Pp.165-176.

    Gomez-Campos, C et al., 1987. Libro Rojo de Especies Vegetales

    Amenazadas de Espaa Peninsular ye Islas Baleares Srie

    Tcnica, Ministrio da Agricultura, Pescas e Alimentao,

    Espanha.

    Hansen, A., 1988. Checklist, Azores (Vascular Plants) 3. ed.,

    Copenhaga.

    Hansen, A. & Sunding, P., 1985. Flora of Macaronesia. Checklist of

    vascular plants. 3. ed., Sommerfeltia,Oslo.

    I.S.T.A., 2004 - International Seed Testing Association: InternationalRules for Seed Testing.

    Maciel, M. G. B., 1994. Ecofisiologia da germinao de sementes de

    plantas vasculares endmicas dos Aores. Pp. 5-18.

    Schfer, H., 2005. Flora of the Azores: A Field Guide. Margraf Verlag.

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    Anexos

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    Anexo 1O critrio que seguimos para cada uma das espcies foi segundo

    GOMEZ-CAMPO et al.(1987) e que a seguir se transcreve (MACIEL,

    1994):

    EXTINTA (Ex)

    Taxon que nunca foi localizado no seu estado selvagem nos ltimos 50

    anos.

    EM PERIGO (E)

    Taxon em perigo de extino e cuja sobrevivncia improvvel, se os

    factores que a causam persistirem. Includos esto os taxacujos

    nmeros foram reduzidos at um nvel crticos ou cujos habitats foram

    drasticamente reduzidos, o que os coloca em perigo de extino.

    Tambm se incluem os taxaque, possivelmente estejam extintos mas

    tm sido observados no seu estado selvagem durante os ltimos 50

    anos.

    VULNERVEL (V)

    Taxon que pensa ser, num futuro, includo esto taxa cuja, uma ou

    todas as populaes decresceram devido explorao macia,

    destruio extensiva do seuhabitat ou por outros distrbios

    ambientais. Includos esto tambm os taxacom populaes que ainda

    foram seriamente danificados e cujo ultimato de segurana no foi

    ainda cumprido, bem como os taxa com populaes que ainda so

    abundantes mas encontram-se ameaados por factores adversos

    existentes na zona de repartio.

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    RARA (R)

    Taxoncom pequenas populaes que pretensamente no se encontram

    nas categorias em perigo ou vulnerveis mas correm o risco de o

    serem. Estes taxaencontram-se usualmente dentro de reas

    geogrficas restritas, ou espalhadas em pequeno nmero numa grande

    zona de distribuio.

    INDETERMINADA (I)

    Taxon conhecido ou suposto como estando extinta, em perigo,

    vulnervel ou raro mas onde no h suficiente informaoque permita

    afirmar qual das quatro categorias ser a mais adequada.

    INSUFICIENTEMENTE CONHECIDA (K)

    Taxon que se suspeita pertencer a qualquer uma das cinco

    categorias precedentes, mas sobre o qual se carece de informao.

    FORA DE PERIGO (O)

    Taxon includo anteriormentenuma das cinco categorias precedentes,

    mas que agora se considera relativamente seguro, aps a adopo de

    medidas eficazes de conservao, eliminando-se a ameaa anterior que

    punha em perigo a sua conservao. Na prtica, as categorias em

    perigo e vulnervel podem incluir temporariamente espcies cujas

    populaes esto a comear a recuperar-se, em resultado de medidas

    de salvaguarda, mas cuja recuperao insuficiente para justificar a

    sua transferncia para esta categoria.

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    NO AMEAADAS (N ou nt)

    Taxonno includo em nenhuma das categorias anteriores, isto , no

    se encontra detectvel perigo ou risco.